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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período: Agosto/2014 a julho/2015. ( ) PARCIAL ( X ) FINAL 1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): Samambaias e Licófitas ocorrentes nos ecossistemas do Estado do Pará. Nome do Orientador: Marcio Roberto Pietrobom. Graduação do Orientador: Doutor Departamento: Biologia Unidade: Campus de Bragança Laboratório: Biologia Vegetal Título do Plano de Trabalho: Análise ecológica de samambaias e licófitas em fragmentos florestais do Município de Peixe-Boi, Estado do Pará, Brasil. Nome do Bolsista: Elyete do Socorro Costa Souza. Tipo de Bolsa : ( ) PIBIC/CNPq ( ) PIBIC/UFPA (X) PIBIC/INTERIOR () PIBIC/FAPESPA ( ) PARD ( ) PARD - renovação ( ) Bolsistas PIBIC do edital CNPq 001/2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período: Agosto/2014 a julho/2015.

( ) PARCIAL

( X ) FINAL

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): Samambaias e

Licófitas ocorrentes nos ecossistemas do Estado do Pará.

Nome do Orientador: Marcio Roberto Pietrobom.

Graduação do Orientador: Doutor

Departamento: Biologia

Unidade: Campus de Bragança

Laboratório: Biologia Vegetal

Título do Plano de Trabalho: Análise ecológica de samambaias e licófitas em fragmentos

florestais do Município de Peixe-Boi, Estado do Pará, Brasil.

Nome do Bolsista: Elyete do Socorro Costa Souza.

Tipo de Bolsa :

( ) PIBIC/CNPq

( ) PIBIC/UFPA

(X) PIBIC/INTERIOR

() PIBIC/FAPESPA

( ) PARD

( ) PARD - renovação

( ) Bolsistas PIBIC do edital CNPq 001/2007

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RESUMO

A Mesorregião Nordeste do Pará vem sofrendo ao longo das décadas com grandes perturbações

antrópicas com o desflorestamento para plantio de monoculturas, áreas de pastagens, exploração de

madeira além das queimadas, desta forma as florestas nativas primárias remanescentes estão sendo

restritas a pequenos fragmentos. Diante deste contexto, o presente estudo apresenta o levantamento

das espécies de samambaias e licófitas em remanescentes florestais do Município de Peixe-Boi

(Mesorregião Nordeste do Pará). O trabalho objetivou listar as espécies bem como caracterizar as

formas de vida, microambiente preferencial, habitat, e hábito, além de correlacionar as espécies que

são exclusivas para cada tipo de habitat. A vegetação é constituída por florestas não inundáveis

(floresta primária de terra firme e capoeiras) e florestas inundáveis (igapó). O clima é quente e

úmido, megatérmico, com uma estação chuvosa de (janeiro a junho) e outra menos chuvosa (julho a

dezembro). O estudo foi realizado através de coletas realizadas durante os meses de maio a

setembro de 2014. Na área estudada ocorrem 55 espécies (cinco licófitas e 50 samambaias), 33

gêneros e 15 famílias (duas licófitas e 13 samambaias). As famílias com maior número de espécies

foram Pteridaceae (14spp.) e Polypodiacaeae (11 spp.) e o gênero mais representativo foi Adiantum

(6spp.). Quanto às formas de vida, 20 espécies são epífitas, 20 espécies são terrestres, três

hemiepífitas, três anfíbias, duas trepadeiras e uma aquática flutuante, as demais apresentaram forma

de vida variada. Com relação ao microambiente preferencial, 20 espécies ocorreram exclusivamente

na margem da mata, 18 espécies no interior da mata e três espécies sobre forófito. Quanto ao

habitat, 17 espécies são exclusivas na floresta não inundável, 6 são exclusivas na floresta inundável,

6 espécies são de áreas alagada aberta, 2 são comuns em área urbana e uma é típica de área de

pastagem, as demais espécies foram observadas ocorrendo em mais de um habitat. Apenas duas

espécies de Cyatheaceae são subarborescentes, as demais espécies são herbáceas. O Município de

Peixe-Boi possui fragmentos de florestas primárias que abrigam espécies de samambaias (Adiantum

pulverulentum L., Campyloneurum repens (Aubl.) C. Presl, C. costatum (Kunze) C. Presl, Danaea

simplicifolia Rudge, Niphidium crassifolium (L.) Lellinger e Phlegmariurus linifolius (L.) Øllg. var.

jenmanii (Underw. & F.E. LIoyd) B. Øllg.) que são raras para essa região devido ao alto grau de

desflorestamento.

Palavras-chave: Pteridófitas, Floresta Amazônica, Nordeste do Pará.

3

2. INTRODUÇÃO

As plantas vasculares sem sementes ou samambaias e licófitas, exibem uma ampla

diversidade de adaptações morfológicas e fisiológicas, correspondentes aos vários tipos de habitats,

hábitos, substratos e ambientes de ocorrência, incluindo plantas herbáceas de poucos centímetros

até vegetais de porte arbóreo com 15 m de altura (Windisch 1992), podendo ser encontradas na

maioria dos ecossistemas tropicais, subtropicais, temperados e boreais (Moran & Smith 2001).

As samambaias e as licófitas normalmente são encontradas em ambientes relativamente

úmidos e sombreados, em virtude da dependência hídrica para sua reprodução, porém podem

ocorrer em locais de clima extremamente seco e também algumas espécies conseguem se

estabelecer em áreas resultantes de impactos antrópicos (Sharpe et al. 2010). Além disso, apesar

desse grupo vegetal exibir um elevado potencial adaptativo, há uma maior concentração de espécies

nas florestas pluviais tropicais, já que, esse bioma propicia condições indispensáveis à ocorrência

dessas plantas, sendo cerca de 1/3 representadas por formas epífitas (Zuquim et al. 2008), estas se

destacam entre as demais formas biológicas, por serem consideradas importantes bioindicadoras de

ambientes preservados e / ou conservados (Gentry & Dodson 1987).

Com relação à diversidade das samambaias e licófitas Moran (2008) afirma que pode haver

aproximadamente 13.600 espécies em nível mundial, destas cerca de 3.500 ocorrem na América do

Sul (Moran 2008). Para o Brasil, estima-se a ocorrência de 1.253 espécies e 35 variedades, das

quais 503 espécies e 16 variedades são registradas no bioma Amazônia (Prado & Silvestre 2015).

No que se refere aos estudos desenvolvidos no Estado do Pará, tem-se os trabalhos

realizados por Rodrigues et al. (2004), Costa et al. (2006a,b), Maciel et al. (2007), Pietrobom et al.

(2009), Ferreira et al. (2009), Costa & Pietrobom (2007, 2010), Maciel & Pietrobom (2010a,b),

Fernandes et al. (2012), Góes-Neto & Pietrobom (2012a,b, 2014), Silva & Rosário (2008),

Travassos et al. (2014), Góes-Neto et al. (2014) e Miranda et al. (2015) com enfoque florístico e/ou

taxonômico.

Especificamente para a Microrregião Bragantina, tem-se os trabalhos realizados por Costa

(2013), Lima (2013), Soares (2013) e Vilhena (2013) com abordagem taxonômica para algumas

famílias de samambaias. Neste contexto, torna-se relevante o desenvolvimento de estudos,

especialmente de cunho florístico que enfatize os aspectos ecológicos, tais como formas de vida,

microambientes preferenciais e habitat, que influenciam o estabelecimento da pteridoflora nessa

área.

Ao longo das últimas décadas a cobertura vegetal primária do Município de Peixe-Boi vem

sendo reduzida e convertida de forma alarmante em extensas áreas de vegetação secundária

(capoeira e área de pastagens), em virtude da intensificação de atividades antrópicas

(desmatamento, exploração de madeira, pecuária, etc.), que comprometem o conhecimento da

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diversidade de samambaias e licófitas que sofrem extinção local com todos esses impactos

ambientais (Santos & Lisboa 2008).

Diante deste contexto o presente estudo objetivou inventariar as espécies de samambaias e

licófitas ocorrentes em remanescentes florestais do Município de Peixe-Boi, Estado do Pará, Brasil,

bem como caracterizar as formas de vida, microambiente preferencial, habitat e hábito, além de

correlacionar as espécies que são exclusivas para cada tipo de habitat, dessa forma, acrescentando

dados ao conhecimento da pteridoflora Paraense.

3. MATERIAL E MÉTODOS

O Município de Peixe-Boi está situado na Microrregião Bragantina, Mesorregião Nordeste do

Pará (IBGE 2013) (Figura 1). A cobertura vegetal da área estudada é constituída por florestas não

inundáveis (fragmentos de floresta primária de terra firme e vegetação secundária de terra firme -

capoeiras) e florestas inundáveis (matas de igapó).

O clima é quente e úmido, megatérmico, com temperaturas médias anuais máximas entre 30º

e 33ºC, e mínimas entre 21º e 25ºC (Marinho et al. 2004), com precipitação anual de 2.500 mm a

3.000 mm segundo Martorano et al. (1993 apud Sousa et al. 2008), tipicamente tropical. A área é

caracterizada por duas nítidas estações anuais, uma chuvosa de janeiro a junho e outra menos

chuvosa de julho a dezembro (Santos & Lisboa 2008).

O estudo foi desenvolvido a partir da análise do material botânico coletado no Município de

Peixe-Boi bem como por exsicatas depositadas no acervo do herbário HBRA da Universidade

Federal do Pará, Campus de Bragança.

As coletas foram realizadas entre maio de 2014 a setembro de 2014, sendo que cada excursão

durou entre 2 a 3 dias e consistiu em explorar aleatoriamente o maior número possível de

fragmentos florestais presentes no Município.

As amostras foram coletadas e herborizadas, quando possível, com pelo menos quatro

duplicatas para cada espécimes. O material testemunho foi depositado no acervo do herbário HBRA

da Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança e as demais duplicatas serão utilizadas no

processo de intercâmbio com outros herbários nacionais e / ou internacionais.

Para a herborização do material botânico, seguiu - se a metodologia padrão para as plantas

vasculares segundo Bridson & Forman (1998).

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Figura 1. A. Localização da área de estudo no Brasil. B. Localização do Município de Peixe-Boi na

Microrregião Bragantina; C. Pontos de amostragem no Município de Peixe-Boi. Fonte: Ulf Mehlig

– Projeto OPENSTREETMAP.org.

B

B

A

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A identificação do material botânico foi realizada mediante bibliografia especializada como as

Floras do Peru, da Guiana Venezuelana, do México e Mesoamericana, dentre outras. O sistema de

classificação adotado para a circunscrição das famílias e gêneros de samambaias foi Smith et al.

(2006), exceto para o tratamento dos gêneros de Thelypteridaceae que seguiu Smith (1992) e

Fernandes (2015). A circunscrição para as famílias e gêneros de licófitas seguiu Jermy (1990) para

Selaginellaceae e Øllgaard (2012) para Lycopodiaceae. A abreviatura dos nomes dos autores das

espécies seguiu Pichi-Sermolli (1996).

A classificação das espécies quanto ao hábito seguiu Mori et al. (1989) em herbácea: planta,

geralmente de pequeno porte, cujo caule não possui ou apresenta pouco tecido lenhoso; trepadeira

herbácea: vegetal sem tecido lenhoso e com caule longo ou ramos que podem subir sem a ajuda de

qualquer adaptação especial ou que sobem se enrolando em torno do forófito ou ainda que se

prendem ao forófito mediante raízes originárias do caule; arborescente ou subarborescente:

planta geralmente com caule lenhoso e normalmente com altura superior a 50 cm.

Quanto as formas de vida, as espécies foram classificadas em terrestres: espécies que se

desenvolvem diretamente no solo, onde permanecem durante todo o ciclo de vida; aquáticas

(segundo Irgrand et al. 1984): anfíbias: emersas fixas, grupo de espécies aquáticas que vivem

dentro d’água, nos períodos de cheia, mas conseguem sobreviver por períodos variáveis no solo

livre de inundação durante o período de seca; aquáticas flutuantes (segundo Irgrand et al. 1984):

espécies que se desenvolvem exclusivamente em ambientes aquáticos (lagos, açudes, etc.), sem

manter qualquer ligação com o solo; epífitas (segundo Benzing 1990): espécies que sobrevivem

sem nenhum contato com o solo da floresta ou com o sistema vascular do forófito (vivos ou em

decomposição); hemiepífitas (segundo Benzing 1990): espécies que ocorrem sobre troncos de

árvores com contato com o solo que se prendem ao forófito mediante raízes originárias do caule.

A estrutura textual desde a Introdução até as Referências, bem como as citações das

bibliografias ao longo do texto foram padronizados mediante as normas da Revista Acta Botanica

Brasilica.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na área estudada foram registradas 55 espécies, das quais cinco são licófitas (distribuídas

em quatro gêneros e duas famílias) e 50 espécies são samambaias (pertencentes a 33 gêneros e 15

famílias) (Tab. 1). Entre as famílias registradas, Pteridaceae apresentou o maior número de espécies

(14spp.), o mesmo resultado foi observado por Maciel & Pietrobom (2010) que estudou somente

esta família no município de Moju, seguida de Polypodiaceae com 11 e Hymenophyllaceae com

cinco espécies. Estes dados reforçam os resultados obtidos nos trabalhos realizados para o

7

Tabela 1. Samambaias e licófitas do Município de Peixe-Boi, Estado do Pará, Brasil. Microambiente Preferencial: MM: margem da mata; IM: interior

da mata; SF: sobre forófito. Habitat: FI: floresta inundável; FNI: floresta não inundável; AAA: área aberta alagada; AP: área de pastagem; AU: área

urbana.

FAMÍLIAS

Espécies Formas de vida Microambiente

Preferencial Habitat Hábito Material testemunho

LICÓFITAS

LYCOPODIACEAE

Palhinhaea cernua (L.) Vasc. & Franco Terrestre MM AP/FI Herbáceo Souza & Pietrobom 69

Phlegmariurus linifolius (L.) Øllg.

var. jenmanii (Underw. & F.E. LIoyd) B. Øllg. Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 45

Pseudolycopodiella caroliniana (L.) Holub Terrestre MM AAA Herbáceo Vilhena & Pietrobom 52

SELAGINELLACEAE

Selaginella conduplicata Spring Terrestre MM/IM FI/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 14

Selaginella radiata (Aubl.) Spring Terrestre MM/IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 32

SAMAMBAIAS

ASPLENIACEAE

Asplenium serratum L. Rupícola/ Epífita MM/ IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 21

BLECHNACEAE

Telmatoblechnum serrulatum (Rich.) Perrie et al. Terrestre MM AAA Herbáceo Souza & Pietrobom 09

CYATHEACEAE

Cyathea microdonta (Desv.) Domin Terrestre MM/IM AAA/FI/ FNI Subarbor. Souza & Pietrobom 57

Cyathea pungens (Willd.) Domin Terrestre IM FI/FNI Subarbor. Souza & Pietrobom 82

DRYOPTERIDACEAE

Cyclodium meniscioides (Willd.) C. Presl var. meniscioides Terrestre/

Hemiepífita IM FI/FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 15

Polybotrya caudata Kunze Terrestre/

Hemiepífita MM/IM FI/FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 04

HYMENOPHYLLACEAE

Didymoglossum kapplerianum (J.W. Sturm) Ebihara & Dubuisson Epífita MM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 66

Continua.

8

Tabela 1. Continuação.

FAMÍLIAS

Espécies Formas de vida

Microambiente

Preferencial Habitat Hábito Material testemunho

HYMENOPHYLLACEAE

Didymoglossum pinnatinervium (Jenman) Pic. Serm. Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 44

Didymoglossum punctatum (Poir.) Desv. Epífita IM FI/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 37

Trichomanes pedicellatum Desv. Hemiepífita MM FI Herbáceo Souza & Pietrobom 65

Trichomanes pinnatum Hedw. Terrestre MM FI Herbáceo Souza & Pietrobom 62

LINDSAEACEAE

Lindsaea lancea (L.) Bedd. var. lancea Terrestre MM FI Herbáceo Souza & Pietrobom 63

LOMARIOPSIDACEAE

Lomariopsis japurensis (Mart.) J. Sm. Hemiepífita IM FI/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 13

Lomariopsis prieuriana Fée Hemiepífita MM/IM FI/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 67

Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott Epífita MM FI/FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 27

Nephrolepis brownii (Desv.) Hovenkamp & Miyam. Epífita/Terrestre MM AAA/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 01

LYGODIACEAE

Lygodium venustum Sw. Trepadeira MM AAA/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 23

Lygodium volubile Sw. Trepadeira MM/IM FI/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 19

MARATTIACEAE

Danaea simplicifolia Rudge Terrestre IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 18

METAXYACEAE

Metaxya rostrata (Humb., Bonpl. et Kunth) C. Presl Terrestre IM FI Herbáceo Souza & Pietrobom 61

POLYPODIACEAE

Campyloneurum costatum (Kunze) C. Presl Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 46

Campyloneurum phyllitidis (L.) C. Presl Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 40

Campyloneurum repens (Aubl.) C. Presl Epífita IM FI/FNI Herbáceo Vilhena & Pietrobom 78

Microgramma lycopodioides (L.) Copel. Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 91

Microgramma reptans (Cav.) A.R. Sm. Epífita MM/ IM AP/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 03

Niphidium crassifolium (L.) Lellinger Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 47

Continua.

9

Tabela 1. Continuação.

FAMÍLIAS

Espécies Formas de vida

Microambiente

Preferencial Habitat Hábito Material testemunho

POLYPODIACEAE

Pecluma plumula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) M. G. Price Epífita SF AU Herbáceo Vilhena & Pietrobom 109

Phlebodium decumanum (Willd.) J. Sm. Epífita SF AP Herbáceo Souza & Pietrobom 50

Pleopeltis desvauxii (Klotzsch) Salino Epífita IM FNI/ FI Herbáceo Souza & Pietrobom 43

Pleopeltis polypodioides (L.) E. G. Andrews & Windham

var. burchelli (Baker) A.R. Sm. Epífita SF AU Herbáceo Souza & Pietrobom 74

Serpocaulon triseriale (Sw.) A. R. Sm. Epífita/ Terrestre MM/ IM AP/FI Herbáceo Souza & Pietrobom 02

PTERIDACEAE

Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch. Terrestre/Anfíbia MM/IM AAA/FI Herbáceo Vilhena & Pietrobom 76

Adiantum glaucescens Klotzsch Terrestre MM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 33

Adiantum latifolium Lam. Terrestre MM/IM FI/FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 54

Adiantum lucidum (Cav.) Sw. Terrestre MM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 20

Adiantum pulverulentum L. Terrestre MM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 22

Adiantum terminatum Kunze ex Miq. Terrestre MM FI/ FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 16

Adiantum tomentosum Klotzsch Terrestre MM FI Herbáceo Souza & Pietrobom 64

Ananthacorus angustifolius (Sw.) Underw. & Maxon Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 42

Anetium citrifolium (L.) Splitg. Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 38

Ceratopteris thalictroides (L.) Brongn. Anfíbia MM AAA Herbáceo Souza& Pietrobom 64

Hecistopteris pumila (Spreng.) J. Sm. Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 28

Pityrogramma calomelanos (L.) Link. var. calomelanos Terrestre/ Anfíbia MM AAA Herbáceo Souza & Pietrobom 06

Polytaenium guayanense (Hieron.) Alston Epífita IM FNI Herbáceo Souza & Pietrobom 39

Vittaria lineata (L.) Sm. Epífita MM/IM AP/FNI/FI Herbáceo Souza & Pietrobom 24

SALVINIACEAE

Salvinia auriculata Aubl. Aquática MM AAA Herbáceo Souza & Pietrobom 95

TECTARIACEAE

Triplophyllum hirsutum (Holttum) J. Prado & R.C. Moran Terrestre MM FI Herbáceo Souza & Pietrobom 17

Continua.

10

Tabela 1. Continuação.

FAMÍLIAS

Espécies Formas de vida

Microambiente

Preferencial Habitat Hábito Material testemunho

THELYPTERIDACEAE

Meniscium macrophyllum Kunze Terrestre MM/IM AAA/ FI Herbáceo Souza. & Pietrobom 11

Meniscium serratum Cav. Terrestre MM/IM FI/FNI/AAA Herbáceo Souza & Pietrobom 79

Thelypteris interrupta (Willd.) K. Iwats. Anfíbia MM AAA Herbáceo Souza & Pietrobom 08

11

Estado do Pará, especialmente para a microrregião de Belém, que citam também estas famílias como

as mais representativas (Rodrigues et al. 2004; Costa et al. 2006a; Maciel et al. 2007; Costa & Pietrobom

2007, 2010; Fernandes et al. 2012; Travassos et al. 2014) sendo que neste último trabalho apenas

Hymenophyllaceae não foi citada entre as mais representativas.

As três famílias juntas (Pteridaceae, Polypodiaceae e Hymenophyllaceae) representam mais de 50%

do total da riqueza específica inventariada na área de estudo. A maior representatividade de Pteridaceae está

relacionada ao elevado número de espécies de Adiantum, que foi registrado como o gênero mais

representativo, com seis espécies (Tab. 1), sendo quase o mesmo número de espécies (oito spp.) registradas

para o Município de Acará por Miranda et al. (2015), e quase a metade das espécies registradas na

Microrregião Bragantina (14 spp.) por Soares (2013). Campyloneurum (Polypodiaceae) e Didymoglossum

(Hymenophyllaceae) foram registrados com três espécies cada (Tab. 1). Em conformidade com a afirmação

de Tryon & Conant (1975) de que a pteridoflora da Amazônia brasileira apresenta uma alta

representatividade específica dos gêneros Adiantum e Didymoglossum.

Quanto às formas de vida, foram registradas exclusivamente 20 espécies epífitas, 20 terrestres, três

hemiepífitas, três anfíbias, duas trepadeiras e uma aquática flutuante, as demais espécies apresentaram forma

de vida variada (Tab. 1).

De acordo com Costa et al. (2006a), Maciel et al. (2007), Costa & Pietrobom (2007, 2010) e Travassos

et al. (2014) registraram a ocorrência epifítica de Asplenium serratum, no entanto no presente estudo esta

espécie foi observada crescendo tanto epífita como rupícola, o mesmo observado por Góes-Neto &

Pietrobom (2012a).

Cyclodium meniscioides var. meniscioides e Polybotrya caudata foram observados como hemiepífitas e

terrestres, o mesmo comportamento foi observado em Polybotrya caudata por Costa et al. (2006a). No

entanto esta espécie foi observada apenas como hemiepífita por Travassos et al. (2014) e como terrestre por

Maciel et al. (2007). Nos estudos desenvolvidos por Costa & Pietrobom (2010) e Travassos et al. (2014), C.

meniscioides var. meniscioides foi registrado apenas como terrestre e Costa et al. (2006a) e Costa &

Pietrobom (2007) registraram como terrestre e epífita.

Pityrogramma calomelanos var. calomelanos e Acrostichum danaeifolium ocorreram como

terrestre/anfíbia. Porém Acrostichum danaeifolium foi observado somente como terrestre por Travassos et al.

(2014) e P. calomelanos var. calomelanos foi registrada como terrestre e rupícola por Costa et al. (2006a),

como epífita por Maciel et al. (2007) e como terrestre por Costa & Pietrobom (2007).

Nephrolepis brownii e Serpocaulon triseriale ocorreram como epífita e também como terrestre, o

mesmo comportamento foi observado em N. brownii por Maciel et al. (2007) e Travassos et al. (2014).

Porém Costa et al. (2006a) e Costa & Pietrobom (2007, 2010) observaram apenas a ocorrência epífita de

Serpocaulon triseriale.

Com relação ao hábito, a maioria das espécies são herbáceas e apenas Cyathea microdonta e C.

pungens são subarborescentes. A ocorrência de C. microdonta foi registrada na maioria dos estudos

12

realizados para a microrregião de Belém (Costa et al. 2006a; Costa & Pietrobom 2007; Maciel et al. 2007;

Travassos et al. 2014). Cyathea pungens foi registrada apenas por Costa & Pietrobom (2007) e Fernandes et

al. (2012).

As 55 espécies registradas na área estudada foram observadas associadas a três microambientes

preferenciais, definidos como margem da mata, interior da mata e sobre forófito. Na margem da mata

ocorreram exclusivamente 20 espécies, no interior da mata 18 espécies e sobre forófito três espécies, as

demais espécies ocorreram em mais de um microambiente preferencial (Tab. 1). Observou-se que houve

preferência pela margem da mata, indicando que essas espécies apresentam tolerância a ambientes alterados,

com pouca umidade e luminosidade relativamente alta. Porém em algumas áreas inventariadas na

microrregião de Belém, demonstrou-se predominância de espécies de samambaias e licófitas no sub-bosque

(interior da mata) em detrimento a outros ambientes (Rodrigues et al. 2004; Costa et al. 2006a; Maciel et al.

2007; Costa & Pietrobom 2007, 2010).

Em relação ao habitat, foram registradas exclusivamente 17 espécies de floresta não inundável, seis

espécies de floresta inundável, seis espécies de área alagada aberta, duas espécies de área urbana e uma

espécie de área de pastagem. As demais espécies foram observadas crescendo em mais de um habitat (Tab.

1).

Rodrigues et al. (2004) comenta que as florestas de terra firme da Amazônia possuem uma baixa

diversidade de samambaias e licófitas, devido ao dossel fechado que fornece pouca luminosidade e a

escassez de nutrientes, que podem limitar o desenvolvimento deste grupo no interior da mata. Entretanto no

presente inventário, verificou-se que a floresta não inundável (terra firme) apresentou maior número de

espécies exclusivas (17spp.) em relação à floresta inundável (igapó – seis spp.), sendo que das 17 espécies

registradas exclusivamente na floresta não inundável, a maioria são epífitas (12 spp.) e ocorreram no interior

da mata (Tab. 1).

Segundo de la Sota (1971) as espécies epífitas podem atuar como indicadoras de ambientes

preservados, visto que algumas espécies de samambaias e licófitas são pouco tolerantes às variações

ambientais. Demonstrando que apesar da floresta não inundável ser relativamente alterada e aberta, o

predomínio de espécies epífitas pode estar refletindo ainda as condições propícias do ambiente para o

estabelecimento dessas plantas. A dominância de espécies epífitas em relação às terrestres em áreas de terra

firme também foi constatada por Maciel et al. (2007), no Bosque Rodrigues Alves, município de Belém.

Na floresta inundável foi registrada uma baixa riqueza de espécies exclusivas (6 spp.), destas a maioria

são terrestres (5 spp.) e cresceram na margem da mata (Tab. 1), no entanto estas mesmas espécies foram

observadas ocorrendo no interior da mata por Costa & Pietrobom (2010). Dentre os estudos realizados nos

ambientes inundáveis da Amazônia, em florestas de igapó (Rodrigues et al. 2004) e em florestas de várzea

(Freitas & Prado 2005; Travassos et al. 2014) constataram que houve maior representatividade de espécies

epífitas em relação às terrestres.

Segundo Freitas & Prado (2005) as samambaias terrestres são menos tolerantes à ambientes sujeitos ao

13

ritmo de inundação, desta forma, sendo um fator limitante para o estabelecimento e desenvolvimento de

espécies terrestres em ambientes inundáveis de várzea e igapó.

Na área alagada aberta foram registradas exclusivamente seis espécies (Pseudolycopodiella

caroliniana, Telmatoblechnum serrulatum, Ceratopteris thalictroides, Pityrogramma calomelanos var.

calomelanos, Salvinia auriculata, Thelypteris interrupta). De acordo com os estudos realizados por Costa et

al. (2006a), Costa & Pietrobom (2007), Silva & Rosário (2008) e Fernandes et al. (2012) a maioria destas

espécies também foram registradas em ambiente alagado e aberto, ocorrendo junto com a vegetação das

margens de reservatórios d`água.

Em relação à áreas de pastagem, Phlebodium decumanum foi registrada exclusivamente em local

aberto bastante ensolarado associado a pastagem, crescendo sobre tronco vivo de palmeira. O mesmo

comportamento foi observado por Costa (2013), que estudou a família Polypodiaceae na Microrregião

Bragantina. Fernandes et al. (2012) também registrou a ocorrência desta espécie na margem da mata em

local aberto, crescendo sobre troncos vivos ou em decomposição. Dessa forma, evidenciando que esta

espécie apresenta tolerância à ambientes alterados, decorrentes de desmatamento e queimadas, visto que é

típica de ambientes abertos com alta exposição ao sol, ocorrendo geralmente em área de pastagem habitando

troncos vivos de palmeira ou troncos em decomposição.

Quanto à área urbana foram registradas exclusivamente duas espécies pertencentes a família

Polypodiaceae (Tab. 1), como por exemplo, Pecluma plumula foi observada crescendo sobre troncos, ramos

de árvores e mangueiras localizadas em praças no centro urbano. O mesmo comportamento foi observado

por Maciel et al. (2007), na cidade de Belém e Costa (2013), no município de Peixe-Boi).

Pleopeltis polypodioides var. burchelli também foi observada crescendo sobre árvores localizadas em

praças, ao longo de ruas e avenidas no centro urbano. O mesmo comportamento foi observado por Costa &

Pietrobom (2007) e Costa (2013). Isso demonstra que a preferência destas espécies por locais antropizado,

reflete o potencial adaptativo de algumas espécies de samambaias e licófitas em se estabelecerem em

ambientes adversos e desfavoráveis.

14

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos no presente estudo demonstram a importância do Município de Peixe-Boi para a

preservação e conservação da biodiversidade local de plantas vasculares sem sementes. Visto que, apesar da

área estudada sofrer diversos impactos ambientais, ainda apresenta fragmentos de florestas primárias que

abrigam espécies de samambaias pouco tolerantes às alterações ambientais, sendo raras para essa região

devido ao alto grau de desflorestamento, como por exemplo, Adiantum pulverulentum, Campyloneurum

repens, C. costatum, Danaea simplicifolia, Niphidium crassifolium e Phlegmariurus linifolius var. jenmanii.

A exclusividade de espécies por habitats pode estar refletindo as condições ecológicas ainda

favoráveis para a ocorrência de algumas espécies de samambaias e licófitas, o que contribui para indicar o

grau de preservação e alteração do habitat. Diante deste contexto, torna-se relevante o desenvolvimento de

estudos especialmente de caráter florístico para o conhecimento sobre o comportamento da pteridoflora.

Bem como a ampliação da distribuição geográfica das espécies ainda não referidas para a região, para o

aumento das coleções deste grupo nos acervos dos herbários paraenses e como subsídio para implementação

de ações futuras de preservação e conservação de áreas floristicamente importantes que abrigam espécies de

samambaias e licófitas consideradas raras.

15

6. REFERÊNCIAS

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18

7. TRABALHO (RESUMO) PARA O 66° CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA (2015)

1. Análise Ecológica de samambaias e licófitas em fragmentos florestais do Município de Peixe-Boi, Estado

do Pará, Brasil. Elyete do Socorro Costa Souza & Marcio Roberto Pietrobom. Status: aprovado.

8. PARECER DO ORIENTADOR:

A aluna Elyete do Socorro Costa Souza (regularmente matriculada no Curso de Ciências Naturais)

apresentou interesse e dedicação em desenvolver seu projeto referente a Bolsa PIBIC/INTERIOR e como

membro da equipe do Laboratório de Pteridófitas possui capacidade de trabalhar em equipe. Meu parecer é

excelente.

DATA: 12/agosto/2015

_________________________________________

Marcio Roberto Pietrobom