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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE HELENO ALMEIDA LIMA DIAGNÓSTICO DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS TURÍSTICAS: UM ESTUDO DE CASO DO PARQUE MUNICIPAL DO MINDU - MANAUS / AM BELÉM - PA 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

HELENO ALMEIDA LIMA

DIAGNÓSTICO DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS TURÍSTICAS:

UM ESTUDO DE CASO DO PARQUE MUNICIPAL DO MINDU - MANAUS / AM

BELÉM - PA

2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

HELENO ALMEIDA LIMA

DIAGNÓSTICO DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS TURÍSTICAS:

UM ESTUDO DE CASO DO PARQUE MUNICIPAL DO MINDU – MANAUS / AM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

graduação em Ciências e Meio Ambiente do

Instituto de Ciências Exatas e Naturais da UFPA

como requisito final para a obtenção do grau de

Mestre.

Orientador: Profº. Dr. Claúdio Nahum Alves

BELÉM - PA

2017

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DadosInternacionaisdeCatalogação-na-Publicação(CIP)BibliotecadePós-GraduaçãodoICEN/UFPA

____________________________________________________________________________

Lima,HelenoAlmeidaDiagnósticodesinalizaçãoemtrilhasturísticas:umestudodecasodoParqueMunicipaldoMindu–Manaus/AM/HelenoAlmeidaLima;orientador,CláudioNahumAlves.-2017.70f.:il.29cmIncluibibliografiasDissertação(Mestrado)–UniversidadeFederaldoPará,InstitutodeCiênciasExataseNaturais,ProgramadePós-GraduaçãoemCiênciaseMeioAmbiente,Belém,2017.

1. Educaçãoambiental.2.Trilhas-Habitat(Ecologia).3.Sinaiseplacasdesinalização-Habitat(Ecologia)-conservação.4.Conservaçãodanatureza-Educação.I.Alves,CláudioNahum,orient.II.Título.CDD22ed.372.357____________________________________________________________________________

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa, meu filho,

minhas duas irmãs e a todos que trabalham na

busca de melhoria à vida humana a partir das

atividades de pesquisa.

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AGRADECIMENTOS

A TODOS que concederam seu tempo para a realização deste trabalho;

Ao meu orientador, profº. Dr. Claudio Nahum Alves, primeiro por ter aceitado

participar deste desafio, depois pelo conhecimento transmitido e muito mais por ter

mostrado o caminho certo a percorrer, pois na estrada havia alguns trechos sem

ponte e a queda seria grande caso eu lá caísse. Obrigado Professor!

A minha esposa, que por vezes foi minha revisora, incentivadora e minha

sombra neste trabalho. Esse estudo também é um pedaço dela;

À turma da sala de aula de Mestrado pelo apoio e torcida nos trabalhos

apresentados nos vários módulos no ITEGAM/AM. Chegamos ao final. Sentirei

saudades;

À equipe do ITEGAM/AM pela estrutura, suporte e organização de minha vida

acadêmica durante o processo que cominou em minha defesa final – em especial ao

Professor Dr. Jandecy Cabral e Teresa Felipe - sem vocês não seria possível realizar

esse sonho;

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Meio

Ambiente da UFPA (PPGCMA), pois não mediram esforços para viajar quase mil

quilômetros para compartilhar o conhecimento. Foram momentos bastante relevantes

para o meu crescimento intelectual;

A todos que ajudaram direita e indiretamente na produção deste estudo

científico.

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“Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;

Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;

Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;

Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os

imprescindíveis. “

Bertolt Brecht

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RESUMO

As trilhas remontam a uma história tão antiga quanto o homem, muito antes de

existirem estradas, autoestradas e complexos viários. As trilhas e mais tarde, as

estradas, desde o estágio embrionário da civilização, incorporaram a necessidade de

serem sinalizadas. Este documento discorre sobre importância da sinalização em

trilhas de uma unidade de conservação ambiental, utilizando como objeto de estudo a

sinalização do Parque Municipal do Mindu, unidade de conservação criada para

proteger o habitat do primata Sauim-de-coleira situada em Manaus/Amazonas. A

pesquisa de campo foi realizada nas trilhas do parque nos sábados do mês de agosto

de 2016 e 18 de março de 2017. Com objetivo de analisar a sinalização existente, foram

feitos diversos levantamentos fotográficos, e posteriormente uma análise qualitativa a

partir de relatos de visitantes do Parque em rede social (TripAdvisor). Constatou-se

através destas modalidades de pesquisa, as deficiências da sinalização turística do

Parque. E também, a partir dos dados de redes sociais, ficou clara a insatisfação dos

visitantes quanto ao conjunto de placas existente. Assim, mostrou-se comprovada a

necessidade de reformulação do conjunto de placas nas trilhas do parque, de modo

que visitantes tenham acesso a um maior número de informações, melhorando desta

forma o conhecimento e percepção dos visitantes quanto ao Parque em atividades

turísticas e/ou educacionais, seja essas uma visita técnica, ou um simples passeio de

domingo com a família no parque.

Palavras-chave: Sinalização, Trilha, Educação Ambiental.

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ABSTRACT

Tracks date back a story as old as man, long before there roads, highways and

roads complexes. The trails and later, roads, from early stages of civilization,

incorporated the need to be signaled. This document discusses the importance of

wayfinding on tracks of an environmental conservation unit, using as object of study

the sign system on Mindu Municipal Park, a conservation unit created to protect a

primate specie called Sauim-de-Coleira located in Manaus / Amazonas. A field

research was conducted in the park trails on four saturdays mornings on August, 2016

and on March 18th, 2017 and a photographic report was collected during these visits.

Also, a qualitative analysis from park visitors reports in social specialized network was

compiled. From both sources, we discovered the shortcomings of touristic wayfinding

of the Park. From social network data, the dissatisfaction of visitors with current

existing sign system was clear. Therefore, we proved the need for wayfinding redesign

on park trails, so visitors can have access to more information, improving their

perception of the Park, during touristic and educational activities or on a simple Sunday

visit with the family.

Keywords: Wayfinding, Trail, Environmental Education.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Sinalização – Painel interpretativo. ................................................ 22

Figura 2: Exemplos de sinalização direcional. .............................................. 24

Figura 3: Exemplos de sinalização Interpretativa – Painéis. ......................... 25

Figura 4: Tipos de sinalização feita por terceiros. ......................................... 26

Figura 5: Local da pesquisa: Parque do Mindu, Manaus/AM. ........................ 27

Figura 6: Foto Aérea – Parque do Mindu e contexto urbano. ....................... 28

Figura 7: Cartilha oficial do Parque. .............................................................. 29

Figura 8: Placa e pista de acesso / saída pedestre – Parque do Mindu. ...... 30

Figura 8: Área das nascentes e educação ambiental. .................................. 31

Figura 9: Facebook Eventos no Mindu. ......................................................... 32

Figura 10: Flora, Trilhas e Fauna – passeio ecológico. .................................. 32

Figura 11: Trilhas e Prática Esportiva. ........................................................... 33

Figura 12: Trilhas sem nenhuma sinalização de acesso ou saída. ................ 35

Figura 13: Trilhas sem placas, danificadas ou sub otimizadas. ..................... 35

Figura 14: Trilhas contam apenas com placas de indicação da trilha. ........... 36

Figura 15: Bifurcação de trilhas Baixio e Sauim. ............................................ 36

Figura 16: Bifurcação de duas trilhas, sem sinalização alguma. .................... 37

Figura 17: Aclive e Declive – esforço físico para o visitante desavisado. ...... 37

Figura 18: Praça da Paz (final da Trilha da vida) sem sinalização. ................ 37

Figura 19: Placa informativa, afastada da trilha. ............................................ 38

Figura 21: Sinalização de advertência improvisada. ...................................... 39

Figura 22: Problema com a atual sinalização de acesso ao parque. ............. 40

Figura 23: Gráfico de avaliação com 170 pessoas ........................................ 45

Figura 24: Mapa de trilhas estilizado por cores. ............................................. 46

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Figura 25: Possível esquema cromático para as trilhas. ................................ 47

Figura 26: Exemplo de placa educacional, Salem City. ................................. 48

Figura 27: Sinalização que faz uso de pictogramas ícones. .......................... 50

Figura 28: Cores e materiais das atuais placas em conflito com o ambiente. 51

Figura 29: Madeira, o material adequado à estrutura de placas e totens. ..... 51

Figura 30: Ponte de acesso à uma das trilhas interditada. ............................ 52

Figura 31: Placa em uma das trilhas necessitando de manutenção. ............. 53

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Atrativos naturais e atividades físicas por trilha ...................... 41

TABELA 2. Extensão e tipo de terreno das trilhas .................................... 42

TABELA 3. Extensão e tipo de placas existentes nas trilhas .................... 42

TABELA 4. Extensão das trilhas e possível disposição de placas ............ 49

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BIRDWATCHING: Observação de pássaros

REVIEW: Termo inglês que designa avaliação

SEMMAS: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade

UCA: Unidade de Conservação Ambiental

WAYFINDING: Termo inglês que designa sinalização

WWF: World Wide Found for Nature (Fundo Mundial para a Natureza)

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SUMÁRIO

CAPITULO I .................................................................................................. 16

1.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 16

1.2 JUSTIFICATIVA E ABORDAGEM DO PROBLEMA ................................... 17

1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 17

1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 17

1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 18

1.4 HIPÓTESE .................................................................................................... 18

1.5 CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 18

1.6 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ................................................................... 18

1.7 ESCOPO DO TRABALHO ........................................................................... 18

CAPITULO II : REVISÃO BIBILIOGRÁFICA ............................................... 20

2.1 TURISMO, SINALIZAÇÃO E TRILHAS ....................................................... 20

2.2 TRILHAS INTERPRETATIVAS E CARACTERÍSTICAS ............................. 20

2.3 A IMPORTÂNCIA DE PLACAS E SINALIZAÇÃO PARA PARQUES ........ 22

2.4 TIPOS DE SINALIZAÇÃO PARA PARQUES .............................................. 24

2.4.1 Sinalização Direcional ................................................................................... 24

2.4.2 Sinalização Interpretativa .............................................................................. 25

2.4.3 O mito da falta de sinalização ....................................................................... 25

CAPITULO III : MATERIAIS E MÉTODOS .................................................. 27

3.1 ÁREA DE ESTUDO: PARQUE DO MINDU ................................................. 27

3.2 COLETA DE DADOS E PESQUISA CIENTÍFICA ....................................... 28

CAPITULO IV : DIAGNÓSTICO ................................................................... 30

4.1 DIAGNÓSTICO 1: ATRATIVOS NATURAIS E ATIVIDADES ..................... 30

4.2 DIAGNÓSTICO 2: SINALIZAÇÃO EXISTENTES NAS TRILHAS .............. 34

4.3 DIAGNÓTICO 3: TRILHAS E SUAS CARACTERÍSTICAS ........................ 40

4.4 DIAGNÓSTICO 4: PESQUISA DE EVIDÊNCIAS EM REDES SOCIAIS .... 43

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CAPITULO V : RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................ 46

5.1 RECOMENDAÇÃO 1: MAPA DE LOCALIZAÇÃO EM CORES ................. 46

5.2 RECOMENDAÇÃO 2: CORES NA SINALIZAÇÃO DAS TRILHAS ........... 47

5.3 RECOMENDAÇÃO 3: PLACAS INTERPRETATIVAS NAS TRILHAS ....... 47

5.4 RECOMENDAÇÃO 4: DISTRIBUIÇÃO DE PLACAS E PAINÉIS ............... 48

5.5 RECOMENDAÇÃO 5: PICTOGRAMAS EM PLACAS E PAINÉIS ............. 49

5.6 RECOMENDAÇÃO 6: MATERIAIS PARA SUPORTES E PLACAS .......... 50

5.7 RECOMENDAÇÃO 7: CONSERVAÇÃO DE SINALIZAÇÃO E TRILHAS . 52

CAPITULO VI : CONCLUSÕES ................................................................... 54

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 55

APÊNDICES ................................................................................................. 59

ANEXOS ....................................................................................................... 65

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CAPITULO I

1.1 INTRODUÇÃO

A atividade de turismo envolve diversas áreas, possui características

particulares e se foca em seu elemento máximo: os turistas. Segundo Pietrochinski;

Silva (2008), alguns autores preferem utilizar o termo turismo de forma holística, uma

vez que o termo pode englobar vários aspectos que tornam possível uma abordagem

inter e multidisciplinar.

O turismo, se analisado como um todo, é o equipamento receptivo de hotéis,

agencias de viagens, transportes, espetáculos, passeios, guias-interpretes que tem

por objetivo atender o turista. Por sua amplitude e diversidade, é dividido em vários

segmentos, entre eles o ecoturismo, que no decorrer dos anos tem crescido em

função da busca por “espaço verde” pelas pessoas que vivem ou moram nos espaços

urbanos das grandes metrópoles ou mesmo em países estrangeiros. Esse público é

um dos principais alvos do turismo regional na Amazônia, por sua curiosidade especial

com a nossa fauna e flora únicas e ainda selvagens.

O Parque Municipal do Mindu é uma unidade de conservação ambiental para

a espécie Sauim-de-coleira, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal de Manaus

por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAS, 2016), localizado na

Zona Centro-Sul da Cidade, no bairro Parque Dez de Novembro. O ecossistema do

Parque Municipal do Mindu possui uma diversidade de espécies de fauna e flora com

possível utilização no Ensino de Ciências, Educação Ambiental e ou mesmo pesquisa

cientifica (CASCAIS; TERAN, 2011). O Parque possui algumas estruturas naturais

(trilhas) e outras construídas (pontes e estruturas) que possibilitam a realização de

eventos culturais ou ambientais, a prática de atividades esportivas como corridas e

caminhadas e a nascente de um dos igarapés que corta a Cidade de Manaus – o

igarapé do Mindu. É uma área grande, de exploração complexa se for feita sem

orientação adequada. Pietrochinski; Silva (2008) diz que a sinalização é um dos

equipamentos turísticos de fundamental importância, uma vez que o turista quando

chega a um determinado lugar, este ainda lhe é desconhecido.

Nas Unidades de Conservação, embora ainda não exista um padrão para as

placas de sinalização, as mesmas costumam se adequar ao meio ambiente para

causar o menor impacto visual possível. Além disso, as placas devem informar e

indicar o atrativo, distância a ser percorrida, grau de dificuldade, animais que podem

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ser encontrados no caminho, informações sobre a fauna e flora locais.

O objetivo deste estudo é determinar se a sinalização presente nas trilhas do

Parque do Mindu atende às necessidades dos visitantes e se é necessária a

reformulação do sistema de sinalização existente.

1.2 JUSTIFICATIVA E ABORDAGEM DO PROBLEMA

O Parque do Mindu é uma unidade de conservação ambiental para a espécie

Sauim-de-coleira, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal de Manaus por meio

da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAS), localizado na Zona Centro-Sul

da Cidade, no bairro Parque Dez de Novembro. O parque possui estrutura e atrativos

naturais para o lazer e a atividade do turismo ecológico em suas trilhas, porém essas

características são pouco percebidas pelos visitantes ou turistas.

Observamos também que o Parque possui estruturas naturais e ou construídas

que possibilitam a realização de eventos culturais ou ambientais, a prática de

atividades esportivas como corridas e caminhadas, e um igarapé (igarapé do Mindu)

que corta a Cidade de Manaus. A partir da pesquisa de campo no Parque, definimos

que o produto “sistema de sinalização e placas interpretativas” seria o tema deste

estudo, uma vez que este foi o problema mais preocupante, além da poluição do

igarapé. O autor, no processo de pesquisa de campo, ao abordar algumas pessoas

em visita ao Parque, ouviu de muitas delas, espontaneamente, que a sinalização era

deficiente ou inexistente em algumas trilhas, e esta deficiência influencia a construção

de um saber especializado, fundamentado na educação e experiência ambiental. O

que ficou mais claro, na pesquisa não-probabilística na rede social TripAdvisor.

O foco deste trabalho é estudar a sinalização existente, e partir deste estudo,

definir se existe a necessidade de um sistema de sinalização com elementos visuais

que ajudem em uma melhor interpretação, e melhor guie os visitantes do Parque do

Mindu em visitas técnicas de escolas e institutos de educação, ou em passeio de

famílias no parque.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1. Objetivo Geral

Analisar a sinalização existente nas trilhas do Parque Municipal do Mindu.

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1.3.2. Objetivos Específicos

• Identificar os suportes de sinalização existentes, assim como seu estado e

funcionalidade;

• Mapear as trilhas, observando importância, nome, utilização e a existência de

sinalizações adequadas;

• Propor recomendações para a solução de problemas encontrados no sistema

de sinalização do Parque do Mindu.

1.4 HIPÓTESE

As trilhas do Parque do Mindu necessitam de um novo projeto de sinalização

que possibilite uma melhor compreensão do entorno ambiental (fauna, flora e

localização) para visitantes e frequentadores?

1.5 CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA

- Identificar, e evidenciar os problemas na sinalização das trilhas do Parque do Mindu;

- Estimular novos estudos sobre trilhas e atrativos naturais;

- Estimular um novo projeto de placas e sinalização, tendo por consequência a maior

valorização do Parque, seus recursos naturais e bem-estar de seus visitantes e

frequentadores.

1.6 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Estudar a sinalização e o conjunto de placas dispostas nas trilhas do Parque

Municipal do Mindu, Manaus/AM no período de agosto de 2016 a março de 2017 a

partir da coleta de dados secundários em artigos científicos, livros e revistas on-line e

dados primários a partir da coleta de opiniões, tabulação de reviews na rede social

TripAdvisor e imagens em redes sociais como Facebook.

1.7 ESCOPO DO TRABALHO

A presente dissertação possui 5 (cinco) capítulos:

a) O CAPÍTULO I é uma introdução geral sobre essa dissertação, seu tema e

objetivos;

b) CAPÍTULO II intitulado “Revisão de Literatura”, apresenta informações sobre

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o Parque do Mindu; importância de sinalização, seus tipos e problemática;

c) CAPÍTULOS III intitulado “Materiais e Métodos”, delimita a área de estudo

desta pesquisa e métodos de coleta e análise de dados;

d) CAPÍTULO IV intitulado “Diagnóstico”, discorre sobre o estado de

conservação, potencialidades naturais, sinalização existente nas trilhas e a pesquisa

de evidências em redes sociais;

e) CAPÍTULO V intitulado “Resultados e Discussões”, onde são formuladas

recomendações que irão ajudar no futuro desenvolvimento do projeto de sinalização

do Parque, observando a estruturação a partir da elaboração de um novo mapa, uso

de cores para identificação das trilhas, disposição de placas e painéis interpretativos,

uso de pictogramas em placas e painéis e uma melhor gestão de conservação para o

Parque e sua estrutura artificial (sinalização e estruturas).

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CAPITULO II : REVISÃO BIBILIOGRÁFICA

2.1 TURISMO, SINALIZAÇÃO E TRILHAS

Segundo Dray; Simonetti (2012) o turismo é uma atividade recente que busca

sua compreensão em outras áreas do conhecimento. Entretanto, ainda existem

imprecisões quanto a sua definição e conceitos. A atividade turística movimenta

diversas áreas como a economia, o social, o cultural e o ecológico, gerando impactos.

Para Ruschmann (apud Simonetti; Dray 2012) não há turismo bom ou mal, ou

um que respeita o meio ambiente e outro que destrói. Diz Simonetti; Dray (2012) que

as consequências desse pensamento podem ser erros ou decepções a médio e longo

prazo, pois qualquer tipo de turismo, mesmo que bem conduzido e praticado, não será

capaz de evitar agressões à natureza. Um projeto de sinalização ambiental pode

ajudar ao frequentador, turista ou mesmo estudantes a compreender e melhor

contemplar o ambiente natural do Parque Municipal do Mindu, minimizando possíveis

danos. Em outras palavras, uma caminhada pelas trilhas naturais, se bem planejada

e orientada, pode facilitar a relação com meio ambiente, gerando aprendizado e

sensibilidade no visitante do Parque.

Reforçando esse pensamento Silva; Lorencini Jr (2010) dizem que a história

da interpretação ambiental remonta momentos da história dos primeiros parques

americanos nos anos 1960. Nestes espaços, os apaixonados pela natureza

acompanhavam e explicavam aos visitantes a interpretação e sua paixão pela

natureza ali exposta. No decorrer do tempo, esta prática passou a ser bem vista, pois

integravam positivamente o visitante ao espaço natural, através da conscientização

acerca da importância da preservação das áreas naturais.

2.2 TRILHAS INTERPRETATIVAS E CARACTERÍSTICAS

Para Silva; Lorencini Jr (2010) as trilhas são caminhos “através de um espaço

geográfico, histórico ou cultural”, traçados pelo homem para sua mobilidade física ou

intelectual. As trilhas podem estar presentes geograficamente em meios naturais,

urbanos ou artificiais. Possuem os mais diversos fins, tais como caça, comércio,

guerras, transporte, e atualmente possuem um novo valor e significado que vem

sendo atribuído a elas de forma consensual por muitos pesquisadores e especialistas,

na figura das trilhas interpretativas. As trilhas interpretativas não são apenas espaços

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geográficos traçados para a mobilidade física e para a contemplação em espaços

naturais, como muitos pensam ao confundirem com trilhas de aventura e trilhas

ecológicas. Elas devem ser caminhos geográficos ricos em significados históricos,

culturais e ecológicos. Neste contexto, a fauna, a flora, a diversidade ecológica e o

Sauim-de-coleira são os elementos citados pelos visitantes e frequentadores como

objetivos contemplativos nas visitas ao Parque do Mindu. Uma sinalização que

indicasse possíveis pontos de observação ou presença destes atores naturais

ajudaria a tornar a visitação mais positiva, menos cansativa ou frustrante para crianças

e adultos que visitam o parque.

Vale citar a principal importância da Interpretação Ambiental, segundo o site

Ambiente Brasil: A satisfação do visitante está relacionada, em grande parte, à experiência de

aquisição de novos conhecimentos ou, em outras palavras, quanto mais

novidades captura, maior o seu grau de contentamento. Mas para isso o

visitante não espera leituras ou exposições cansativas e maçantes, diante das

quais tenha que manter uma atitude passiva. Espera participar ativamente num

processo real e agradável e que lhe desperte o interesse, a disposição.

(AMBIENTEBRASIL, 2016).

E ainda o site Ambiente Brasil cita os principais objetivos da interpretação

ambiental:

1. Facilitar o conhecimento e a apreciação da natureza;

2. Conservar seus recursos naturais, históricos e culturais;

3. Aumentar a satisfação dos visitantes;

4. Servir de ferramenta para o manejo dos visitantes;

5. Estimular a participação do visitante nas questões político-

ambientais.

6. Acrescentar valor à experiência do visitante, elevando o seu

nível de satisfação;

7. Realçar a necessidade da conservação do patrimônio visitado.

Placas e sinalização interpretativas tem importância para esta modalidade de

apoio ao Ecoturismo, uma vez que orienta, informa e estimula o pensamento dos

visitantes no espaço ambiental.

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2.3 A IMPORTÂNCIA DE PLACAS E SINALIZAÇÃO PARA PARQUES

Segundo a WWF/Brasil (2015) as placas devem ter informações sobre a

atração a ser visitada, distância a ser percorrida, grau de dificuldade para chegar no

local, animais que podem ser encontrados no caminho e informações sobre a fauna e

flora presentes em uma trilha ou região. As placas de sinalização, portanto, ajudam

no bom processo de educação ambiental, promovendo o melhor uso público dos

locais e evitando que visitantes se percam ou coloquem suas vidas em risco por falta

de informação.

Abordando o aspecto técnico, Corrêa (2015) afirma que o estudo preliminar de

sinalização é a associação de dois elementos estruturais que se complementam. O

primeiro, denominado suporte da informação, compreende o design das placas,

totens, luminosos e demais elementos físicos, assim como o dimensionamento,

especificação de materiais, processos de fabricação e acabamentos (Quadro 1). O

segundo elemento é a própria informação que a sinalização deve passar,

compreendendo a comunicação visual e sua organização, composta por pictogramas,

cores, alfabetos e diagramação (Figura 1).

Figura 1: Sinalização – Painel interpretativo.

Fonte: Menezes, 2015.

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23

Abaixo, as funções principais de sistema de sinalização, segundo Corrêa

(2015):

1. Localizar e Orientar: informar ao usuário onde ele está, qual é o caminho

para chegar a um outro local desejado e, por fim, informar a chegada. O

usuário deve ser constantemente informado sobre a sua evolução durante

o seu deslocamento;

2. Alertar e Advertir: prestar informações que possam prevenir situações

perigosas e/ou insalubres e fazer advertências em relação a condutas e

comportamentos;

3. Reforçar a identidade visual do local: auxiliar na padronização do espaço

quanto às suas características conceituais e marcas;

4. Prestar informações complementares: informar sobre todo e qualquer

aspecto complementar que se deseje, como, por exemplo, aspectos

históricos, culturais, ambientais, tecnológicos, acadêmicos, etc.

Quadro 1

Escopo de um projeto de sinalização e suas funções.

Funções da sinalização Características específicas Itens de Sinalização Localizar e Orientar Funções (expectativas) sociais Pictogramas

Alertar e Advertir Estrutura arquitetônica Tipografia

Reforçar identidade visual Estilo ambiental Código cromático

Prestar inf. complementares Diagramação

Suporte da informação

Fixações e conexões

Manual de normas

Fonte: Corrêa, 2015.

O que valida Andretta; Macedo; Vitorino; Martis (2006) ao afirmarem que a

presença de placas de sinalização em áreas naturais é primordial em qualquer

localidade que receba visitantes, podendo garantir a segurança destes, e

demonstrando respeito e cuidado com os mesmos.

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2.4 TIPOS DE SINALIZAÇÃO PARA PARQUES

Na linguagem técnica, a sinalização de uma trilha se divide basicamente em

dois tipos: direcional e interpretativa.

2.4.1 Sinalização Direcional

Para Menezes (2015) é o tipo de sinalização que usa SOBRETUDO setas. Mas

também pode usar símbolos, tais como círculos ou retângulos coloridos, ou ainda

logotipo de alguma trilha, como é o caso da trilha Transcarioca (RJ): uma pegada de

bota de caminhadas com Cristo Redentor desenhado em sua sola (Figura 2).

Figura 2: Exemplos de sinalização direcional.

Fonte: Menezes, 2015.

A sinalização direcional de uma trilha tem dois objetivos básicos, indicar a

direção correta aos visitantes, evitando que se percam e facilitar ações de manejo e

interesse da respectiva unidade de conservação, evitando processos erosivos,

impedindo a criação de atalhos e desestimulando o pisoteio de áreas sensíveis, entre

outros benefícios ambientais.

Ainda Menezes (2015), afirma que a sinalização direcional possui quatro tipos:

1) Direcional – É aquela que, como o nome diz, aponta a direção e o sentido

que o caminhante deve seguir;

2) Confirmatória – É aquela que, logo após uma bifurcação, confirma que o

caminhante escolheu a opção correta;

3) Calmante – É aquela que, de tempos em tempos, reassegura ao caminhante

de que está no caminho correto. Em oposição, sempre que o caminhante

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andar mais de cinco minutos sem ver uma sinalização calmante, saberá que

errou o caminho e tentará retornar até encontrar a última sinalização e voltar

à trilha certa;

4) Indutiva – Sinalização usada para segurança ou manejo. É aquela que induz

o caminhante a seguir na direção que interessa à Unidade de Conservação,

evitando que ele pisoteie áreas sensíveis, estimulando-o a não pegar atalhos,

e direcionando-o para trajetos mais longos, em detrimento de opções mais

curtas, mas com alto potencial de acidentes ou de impactos ambientais.

2.4.2 Sinalização Interpretativa

Segundo Mafra (2012), é o tipo de sinalização que usa placas e painéis. Em

geral, apresenta textos complementados por ilustrações como desenhos, mapas e

fotografias que facilitam o entendimento e deixam a experiência mais agradável

(Figura 3). A função dessa sinalização é atrair o visitante para detalhes, aprimorar seu

olhar e instigá-lo a descobrir mais informações. Normalmente implantadas ao longo

de um roteiro de visitação, as placas servem para reforçar o tema central do percurso,

além de auxiliarem o usuário a se localizar e orientar.

Figura 3: Exemplos de sinalização Interpretativa – Painéis.

2.4.3 O mito da falta de sinalização

Menezes (2015) afirma que algumas pessoas no Brasil ainda defendem que as

Unidades de Conservação (UC) não devem sinalizar suas trilhas. Trata-se de um mito.

A prática já demonstrou que a falta de uma sinalização, com regras

internacionalmente aceitas e testadas, acaba por gerar uma sinalização feita de

qualquer maneira pelos usuários. Essa sinalização feita por usuários normalmente é

muito mais danosa ao meio ambiente do que uma sinalização técnica e, por não

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respeitar regras ou padronização entendidas por todos, acaba só servindo a quem a

fez. Em suma, quando a Unidade de Conservação não faz o seu trabalho direito

alguém o faz por ela. Muitas vezes essa sinalização “não-oficial” é feita com sacos

plásticos, a golpes de facão em árvores e pinturas completamente desproporcionais,

causando grande impacto ao meio ambiente e à paisagem (Figura 4). A sinalização é

necessária. Se a Unidade de Conservação não faz, alguém faz… e normalmente faz

malfeita, sem considerar consequências ao meio ambiente.

Figura 4: Tipos de sinalização feita por terceiros.

Fonte: Menezes, 2015.

Andretta; Macedo; Vitorino; Martis (2017) dizem que nunca se deve fixar as

placas em árvores e plantas do local. A fixação de ser feita em um suporte, que pode

se ser de madeira ou rochas empilhadas (totem) com altura adequada.

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CAPITULO III : MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ÁREA DE ESTUDO: PARQUE DO MINDU

O objeto da presente pesquisa é o Parque Municipal do Mindu, região norte do

Brasil. Segundo SEMMAS (2016) O Parque possui 40,8 hectares (408.000 m2) de

biodiversidade, no coração de Manaus e a 15 minutos do centro da cidade (Figura 5).

O Parque foi criado a partir de um movimento popular iniciado em 1989, pelos

moradores do bairro Parque Dez de Novembro, como forma de proteger o habitat do

primata sauim-de-coleira (Saguinus bicolor). Em 1993 foi oficialmente instituído

como espaço protegido, pela Lei 219 de 11 de novembro de 1993, e em área de 30,9

ha, e após o Decreto nº 9.043/2007, passa a ter uma área de 40,8 há (Figura 6). Trata-

se de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, sendo admitido o uso

indireto dos seus recursos. O parque possui 11 (onze) trilhas onde são realizadas

atividades de passeio, pesquisa e atividades físicas.

Figura 5: Local da pesquisa: Parque do Mindu, Manaus/AM.

Fonte: Google Earth. Elaborado por Douglas Melo, 2016.

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Figura 6: Foto Aérea – Parque do Mindu e contexto urbano.

Fonte: Dray; Simonetti, 2012.

3.2 COLETA DE DADOS E PESQUISA CIENTÍFICA

3.2.1 Pesquisa de Campo no Parque do Mindu

Segundo Lima; Moreira (2015) a escolha do método e da técnica de pesquisa

a serem empregados deve fundamentar-se naquele referencial teórico e metodológico

que mais se adeque ao problema de pesquisa. A abordagem desta pesquisa foi de

natureza qualitativa através do levantamento da sinalização existentes nas trilhas do

Parque, por meio da observação e registro in loco (fotografia).

Quanto aos procedimentos metodológicos utilizou-se de pesquisa bibliográfica

e documental quanto a definição da área de estudo (Parque do Mindu) e levantamento

fotográfico com forma de registro da realidade existente. Por ser essencialmente uma

pesquisa de campo, o estudo da sinalização no Parque do Mindu foi realizado por

meio de visitas técnicas com registro fotográfico e método observacional, visando

mapear evidências a cerca da utilização, funcionamento e o nível de conservação das

placas de sinalização existentes trilhas no Parque. A pesquisa de campo aconteceu

durante o mês de agosto de 2016 e no dia 18 de março de 2017, onde foram

realizados registros fotográfico e observações in loco no Parque, registrando as

formas de visitação nas trilhas (turismo, educação ou lazer/esporte) e estado de

conservação. Foi também coletado um material informativo disponível para visitantes,

no caso, a cartilha oficial do Parque (Figura 7) onde constam informações do parque

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em três idiomas (português, inglês e espanhol). As visitas técnicas consistiram em

fazer caminhadas ao longo das trilhas, acompanhar alguns grupos de visitantes e

documentar fotograficamente aspectos relevantes às trilhas, tais como terreno,

extensão, desafios naturais e situação de conservação das mesmas.

Figura 7: Cartilha oficial do Parque.

3.2.2 Pesquisa de Reputação Online (TripAdvisor)

Delimitou-se quanto ao título utilizado pelos turistas, escolhendo “Parque do

Mindu”, coletando diversas opiniões espontâneas no site TripAdvisor, foram filtradas

por palavras-chave como “placa” “sinalização” e observamos qual era o nível de

satisfação do visitante do Parque quanto a estes termos. O recorte temporal das

avaliações, compreende as datas, desde julho de 2015 a outubro de 2016. A amostra

desta modalidade de pesquisa é não-probabilística, pois os dados usados são

baseados em opiniões pessoais (SANTOS; NETO; GÂNDARA; SILVA apud GIL,

2006) ou seja, coletamos opiniões (reviews) sobre a sinalização, placas e a

problemática deste estudo. O tratamento dos dados coletados (reviews) do site

TripAdvisor (reputação online) é apresentado neste documento por meio de dados

qualitativos (ver anexos).

Ao compararmos os resultados desta modalidade de pesquisa experimental,

com os dados obtidos da pesquisa de campo (levantamento fotográfico e anotações)

– verificamos que ambos são válidos e fortalecem a necessidade de sinalização nas

trilhas do Parque do Mindu.

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CAPITULO IV : DIAGNÓSTICO

Como base para uma melhor compreensão sobre o atual estado de

conservação do Parque Mindu e buscando avaliar, neste contexto, como a sinalização

era percebida, analisamos o levantamento fotográfico que ilustra o documento e a

pesquisa on-line tendo como base de dados da rede social TripAdvisor, buscando

identificar pontos fortes e fracos na visão dos visitantes do Parque. Esses dados foram

confrontados, gerando um diagnóstico com o objetivo de informar a sociedade se a

atual sinalização existente se encontra em conformidade com o mínimo padrão

recomendado.

4.1 DIAGNÓSTICO 1: ATRATIVOS NATURAIS E ATIVIDADES

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEMMAS (2016), o objetivo do Parque do Mindu é promover e desenvolver atividades

ambientais e culturais com a finalidade de propiciar momentos de integração

comunitária, permitindo despertar os moradores do entorno e os visitantes para

questões socioambientais e culturais no que diz respeito à valorização do mesmo,

além de possibilitar a realização de pesquisas científicas, preservando os

ecossistemas naturais de grande relevância ecológica.

Figura 8: Placa e pista de acesso / saída pedestre – Parque do Mindu.

Fonte: Norte, 2011.

O Parque é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral e foi criado

para proteger e preservar três das principais nascentes que dão origem ao Igarapé do

Mindu, as quais apresentam água cristalina, própria ao consumo humano. O Parque

possui 40,8 hectares, com uma flora de 70% de espécies nativas e fauna composta

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por pequenos roedores e mamíferos, como sauins-de-coleira, macacos-de-cheiro e

também aves, como tucanos, saracuras, corujas, gaviões. O parque é utilizado em

projeto de educação ambiental da SEMMAS – como por exemplo, no terceiro domingo

de cada mês, alunos de escolas públicas são levados para conhecer o Parque (Figura

8).

Silva (2014) diz que diversidade de vegetal da Amazônia é tão grande, que

ainda não se tem noção de todas as espécies arbóreas ou arbustivas existentes no

Parque do Mindu. A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria do Meio ambiente

e Sustentabilidade (SEMMAS), realizou um estudo de identificação das espécies, em

parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) que constatou a

existência de mais de 300 espécies entre cipós, árvores frondosas e arbustos, entre

elas andirobas, ingazeiras, buritizeiros, açaizeiros e escadas de jabuti.

Figura 8: Área das nascentes e educação ambiental.

Fonte: Prefeitura Municipal de Manaus, 2016.

O Parque também é palco de diversos eventos de cunho socioambiental e

artísticos, tais como a Virada Sustentável/Manaus, promovido pela Fundação

Amazonas Sustentável além de outros eventos socioambientais promovidos por

ONGs com o Greenpeace, escolas e entidades de Cultura e Desporto do Estado do

Amazonas (Figura 9).

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Figura 9: Facebook Eventos no Mindu.

Fonte: Facebook – Parque do Mindu, 2016.

SEMMAS (2016) diz que os principais atrativos presentes no ecossistema do

Parque do Mindu, são (Figura 10 e 11):

a) Nascentes principais do igarapé do Mindu preservadas

b) Trilhas interpretativas para atividades de educação ambiental

c) Fauna Silvestre em vida livre

Figura 10: Flora, Trilhas e Fauna – passeio ecológico.

Fonte: Facebook – Parque do Mindu, 2016.

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Figura 11: Trilhas e Prática Esportiva.

Fonte: Facebook – Parque do Mindu, 2016.

Todas atividades que acontecem no Parque têm por finalidade a educação

ambiental, o lazer e a integração com a natureza. Na pesquisa qualitativa várias

pessoas enumeram a tranquilidade, o caráter verde e a natureza como principais

motivadores à sua frequência.

Analisando o cenário do Parque, a partir do estudo de Pietrochinski;

Silva (2008) nos permitiu observar seis modalidades de visitação existentes no Parque

Municipal do Mindu:

1) Caminhadas em trilhas: onde a observação geral da fauna e flora permite a

interação mais efetiva entre os elementos do ambiente e o visitante. É uma

modalidade mais importante e essencial ao Parque;

2) Observação de aves (ou “birdwatching”) e primatas (Sauim-de-coleira):

geralmente praticado por grupos de todas as idades que aperfeiçoam suas

habilidades em localizar e identificar as diferentes espécies de animais nos

respectivos habitats, observando seus comportamentos. Pode ser realizada ao

longo das 11 trilhas existentes no Parque;

3) Fotografia da Natureza: que tem como objetivo, fotografar o ambiente natural,

podendo ser feito em grupos de fotógrafos amadores ou profissionais. Apesar

de ser pouco praticada pelos visitantes do Parque, a região tem um potencial

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imenso para atividades fotográficas. Esta modalidade poderia ser melhor

divulgada;

4) Turismo de Bem-Estar: É também uma modalidade de recreação recente

dentro de Unidades de Conservação. Utilizado por jovens e pessoas que

gostam de praticar uma atividade física ao ar livre em ambientes calmos com

grande beleza cênica;

5) Café-da-manhã Regional (aos domingos): É uma das modalidades que

costuma levar famílias ao parque nas manhãs de domingo, uma vez que existe

uma estrutura “chapéu de palha” e um playground que possibilita esta

modalidade, apesar de não existir, em essência, o apelo ambiental;

6) Eventos Eco sustentáveis: Apesar de alguns eventos serem sazonais, também

são momentos que geram visitação ao Parque;

7) Atividades Culturais: Palestras, shows, gincanas entre outras.

4.2 DIAGNÓSTICO 2: SINALIZAÇÃO EXISTENTES NAS TRILHAS

Em agosto de 2016 e 18 de março de 2017 foram realizadas incursões no

Parque do Mindu onde se buscou observar as trilhas, sinalização existente, pontos

críticos e lugares onde poderiam ser instaladas placas ou painéis para uma

sinalização, tanto direcional quanto interpretativa, para orientação dos visitantes e

frequentadores do Parque.

Nem todas as trilhas dentro do Parque desempenham a função de serem

caminhos contemplativos e uma ferramenta de Educação Ambiental, uma vez que

não percebemos uma sinalização (Figura 12 e 13) que ofereça um conhecimento

sobre os espécimes de fauna e flora presentes nas trilhas, ou mesmo sobre a

conformação do terreno das trilhas, como declives, aclives – o que pode tornar, por

falta de sinalização, esse passeio na natureza uma situação desagradável ou insegura

ao visitante. Uma vez que Andreta, Macedo; Vitorino; Martins (2006) afirma que se

bem construídas e devidamente mantidas, as trilhas protegem tanto o ambiente contra

impactos de uso, assim como asseguram aos visitantes maior conforto, segurança e

satisfação, tendo um papel importante na experiência e na impressão que o visitante

levará sobre a área visitada.

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Figura 12: Trilhas sem nenhuma sinalização de acesso ou saída.

Figura 13: Trilhas sem placas, danificadas ou sub otimizadas.

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Figura 14: Trilhas contam apenas com placas de indicação da trilha.

Uma boa sinalização poder tornar agradável e inesquecível a visita ao parque

– contudo, observamos que algumas trilhas não possuem a quantidade necessária de

placas (Figuras 14 e 15) para guiar e reforçar a localização do visitante e estimular

seu conhecimento ambiental durante a caminhada nessas trilhas.

Figura 15: Bifurcação de trilhas Baixio e Sauim.

Algumas trilhas e locais de interesse não são sinalizados (Figuras 16 ). As que

possuem sinalização, possuem placas e totens apenas na entrada ou acesso à

alguma bifurcação, e algumas placas encontram-se em péssimo estado de

conservação ou estão danificadas (Figuras 13 e 19) ou mesmo encobertas pela

vegetação (Figura 15). Inexistem placas dentro das trilhas que indiquem animais,

obstáculos naturais ou estruturais das trilhas e parque (Figuras 16, 17 e 18).

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Figura 16: Bifurcação de duas trilhas, sem sinalização alguma.

Figura 17: Aclive e Declive – esforço físico para o visitante desavisado.

Figura 18: Praça da Paz (final da Trilha da vida) sem sinalização.

As algumas placas com informações sobre algumas espécies da flora

presentes nas trilhas estão em locais afastados (Figura 19), e acabam sendo não

percebidas pelo visitante ou inexistem.

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Figura 19: Placa informativa, afastada da trilha.

Durante as visitas, encontramos diversos tipos de sinalização improvisada

(Figuras 20 e 21) e/ou improvisações estruturais a partir de galhos de árvores,

indicando trilhas interditadas e advertências diversas.

Figura 20: Trilhas fechada e placa de sinalização danificada.

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Figura 21: Sinalização de advertência improvisada.

Um outro ponto percebido nas visitas técnicas é que muitas trilhas não estão

corretamente mapeadas quanto ao seu inicio e fim, o que causa insegurança do

visitante quanto a sua localização atual. Outra inadequação encontrada diz respeito à

atual sinalização do parque (Trilha de Acesso), que passou por uma questão jurídica

referente ao uso da marca da atual gestão da prefeitura de Manaus na Unidade

Conversavação, que foi coberta usando adesivo de contato (Figura 22).

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Figura 22: Problema com a atual sinalização de acesso ao parque.

4.3 DIAGNÓTICO 3: TRILHAS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Segundo Silva (2014) o Parque do Mindu possui 10 trilhas catalogadas, mas

em pesquisa exploratória no próprio Parque, descobrimos no mapa oficial a existência

de 11 trilhas. Outro ponto observado na pesquisa: as trilhas não estão totalmente

mapeadas quanto aos atrativos naturais que possuem. A partir da comparação entre

o estudo de Silva (2014) e do mapa encontrado no Parque, pudemos finalizar essa

questão, apontando 11 (onze) em nosso estudo.

Abaixo, as trilhas existentes e catalogadas na pesquisa:

1. Trilha Margareth Mee: Tem uma extensão de 296m, observam-se em seu

trajeto diversos aspectos de vegetação, principalmente a vegetação rasteira

com predominância de pequenos arbustos;

2. Trilha do Baixio: Tem uma extensão de 80m, o seu trajeto é em declive;

3. Trilha Principal: Tem extensão de 280m, é a trilha que dá acesso ao Parque,

em seu trajeto, observa-se o “Monumento da Fertilidade”;

4. Trilha da Vida (antiga Palmeiras): Tem uma extensão de 241m, com existência

de vegetação de porte médio, com maior ocorrência de palmáceas (buriti, açaí,

pupunha); o seu trajeto é em declive. Possui barras laterais em aço tubular

propiciando acessibilidade à cadeirantes.

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5. Trilha das Bananeiras: Tem uma extensão de 288m, nessa trilha de ondulação

encontramos no declive a “Bananeira Brava (Phenakospermum sp)”

6. Trilha do Buritizal: Tem uma extensão de 108m, vegetação encharcada,

predomina a espécie Buriti (Mauritia vinifera);

7. Trilha Sauim-de-Coleira: Tem uma extensão de 264m, ocorre a incidência

maior do primata Saguinus Bicolor Spix 1823;

8. Trilha das Nascentes: Tem uma extensão de 177m, possui o maior número de

espécies, seco ou úmido, porém encharcado;

9. Trilha da Cachoeira: Tem uma extensão de 366m, é a maior das trilhas

interpretativas, observa-se em seu trajeto uma cachoeira degradada

proveniente do Igarapé do Mindu;

10. Trilha da Selva: Tem uma extensão de 1.000m. Esta é uma área de mata de

baixio, mantida intacta, para se ter uma amostragem da Selva Amazônica;

11. Trilha Suspensa: Tem uma extensão de 150m. A mata tropical vista de perto

das copas das árvores; é um ponto onde pássaros e primatas podem ser

observados.

As análises presentes nas tabelas 1, 2 e 3 foram feitas a partir de análise de

dados obtidos nas visitas às trilhas do Parque em agosto de 2016. Essas análises

visaram descobrir tanto os atrativos naturais, assim como as características do terreno

de cada trilha, e observar onde existiam placas de sinalização.

Tabela 1

Atrativos naturais e atividades físicas por trilha.

TRILHA ATRATIVOS NATURAIS (*)

ATIVIDADEFÍSICACAMINHADA ACESSIBILIDADE CORRIDA

SELVA X X X CACHOEIRA X X

MARGARETH MEEE X X BANANEIRAS X X

PRINCIPAL X SAIUM-DE-COLEIRA X X X

VIDA X X X NASCENTES X X SUSPENSA X X BURITIZAL X X X

BAIXIO X X X (*) fauna, flora e recursos naturais

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Tabela 2 Extensão e tipo de terreno das trilhas

TRILHA EXTENSÃO (METROS)

TERRENODATRILHA

DECLIVE ACLIVE PLANO

SELVA 1000 X X X CACHOEIRA 366 X X

MARGARETH MEEE 296 X BANANEIRAS 288 X X

PRINCIPAL 280 X SAIUM-DE-COLEIRA 264 X X X

VIDA 241 X X NASCENTES 177 X X SUSPENSA 150 X BURITIZAL 108 X X

BAIXIO 80 X X

Tabela 3

Extensão e tipo de placas existentes nas trilhas

TRILHA EXTENSÃO (METROS)

TIPOSDEPLACAS

INTERPRETATIVA DIRECIONAL ADVERTÊNCIA EXTENSÃO

SELVA 1000 X CACHOEIRA 366 X X

MARGARETH MEEE 296 X BANANEIRAS 288 X

PRINCIPAL 280 X X SAIUM-DE-COLEIRA 264 X

VIDA 241 X X X NASCENTES 177 X SUSPENSA 150 X X BURITIZAL 108 X

BAIXIO 80 X

Observamos após análise, a existência de um conjunto de sinalização apenas

presente na entrada do Parque. Apenas 3 (três) delas possuem placas de advertência,

uma possui placas de extensão (para entrada e saída da trilha), e apenas em uma

delas (trilha principal) existe placas interpretativas que comunicam a quantidade

reformas, história do parque, proteção ao sauim-de-coleiras e um conjunto de placas

que indicam as estruturas artificiais do Parque (biblioteca, auditório, chapéu-de-palha,

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playground). Estas placas estão localizadas na entrada do Parque e na área do

chapéu de palha. As demais trilhas contam apenas com placas direcionais (acesso),

e em algumas, esse tipo de placa inexiste.

4.4 DIAGNÓSTICO 4: PESQUISA DE EVIDÊNCIAS EM REDES SOCIAIS

A partir dos julgamentos pessoais presentes no site TripAdvisor, na busca de

informações qualitativas sobre o Parque, buscando Pontos fortes e fracos – foi

realizada uma triagem a partir de palavras chaves como: “placas”, “trilhas”. Como

resultado encontramos diversas opiniões ou mesmo sugestões que poderiam ajudar

na solução dos problemas do Parque, e entre elas, a questão da sinalização e placas.

Os dados obtidos são amostras não-probabilísticas, uma vez que procurávamos

verificar se as opiniões ali dispostas corroboravam com o resultado da pesquisa in

loco no Parque.

A seguir, algumas opiniões observadas no site TripAdvisor (2016):

Renan L, Manaus, Am. Junho de 2015 - “Lindo Parque, mas esquecido pela

administração...”

Mariana B. Curitiba, PR. Junho de 2015.“[...]as trilhas estão mal sinalizadas

(não informa a duração da caminhada, não há sinal para saída). Seria

interessante ter mais informações sobre os animais e arvores do local (existem

algumas placas identificando as espécies das arvores, porem estão apagadas e

não da para ler quase nenhuma). “

Barbara D. Junho de 2016 - “ [...]não há muitas placas, nem informações

em local de 40,8 hectares, fácil para se perder, principalmente crianças. Local

para conhecimento de árvores, mas se estiver com um guia...”

Thiago Tumpinamba. Setembro de 2015 - “ [...]faltam placas indicativas

nas trilhas...”

Fernandapa, São Leopoldo, RS. Abril de 2016 - “ [...]as trilhas não têm

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nenhuma sinalização, você entra por uma e tem dezenas de caminhos possíveis,

mas tem que ir na sorte para chegar a algum lugar... Falta de interesse total da

administração em manter a coisa toda funcionando e atraente... Decepção!!”

Um fato observado no tratamento de dados a partir das redes sociais – os

visitantes, em sua grande maioria, gostam do espaço verde do Parque, porém é citada

a ausência do poder público quanto à conservação da estrutura artificial (placas,

sinalização, estruturas) e natural do Parque (igarapé poluído, trilhas fechadas por

quedas de árvores, pontes interditadas por deterioração natural).

Apesar dos muitos problemas do Parque, apontados nos reviews no site

TripAdvisor, no atemos aqui apenas à análise das opiniões a partir das palavras

chaves da pesquisa qualitativa (placa, sinalização). Nos comentários citados acima,

é percebida a falta de uma sinalização melhor nas trilhas, o que acarreta um certo

nível de frustação aos visitantes, tais como alienação sobre o entorno ambiental, ou

mesmo a possibilidade de acontecer acidentes e contratempos diversos nas trilhas,

como por exemplo uma criança se perder nas trilhas enquanto o Parque está

fechando.

A falta de placas interpretativas e a pouca oferta de placas direcionais acabam

privando o visitante de conhecimentos acerca dos atrativos naturais, dimensões das

trilhas e vida animal presentes nas trilhas. E, apesar do Parque contar alguns guias

ambientais, nem sempre eles estão disponíveis a todos os visitantes nos dias de maior

frequência – outro aspecto que por si só, também justificaria o projeto de uma

sinalização interpretativa e direcional para as trilhas do Parque.

Os dados observados validam Andretta; Macedo; Vitorino; Martis (2017) que

afirmam, que se bem construída e devidamente mantida, as trilhas protegem o

ambiente do impacto do uso e ainda asseguram aos visitantes maior conforto,

segurança e satisfação, tendo papel significativo na experiência do visitante e na

impressão que esse levará sobre a área visitada.

Foi possível observar em diversas opiniões no TripAdvisor (2016) que as

pessoas citam a sinalização do Parque como um problema, quando falam sobre a

estrutura do Parque – apesar da exuberância ambiental que o principal ponto positivo

do Parque, esse detalhe merece um olhar diferenciado. Das 170 pessoas que

comentaram e avaliaram o Parque na rede social (Figura 23), obtêm-se os dados

abaixo:

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Figura 23: Gráfico de avaliação com 170 pessoas

Fonte: TripAdvisor, 20 de setembro, 2016

O site indica que 170 pessoas avaliaram ao total – 165 brasileiros (de Manaus

e diversos Estados), 5 avaliadores de idioma Inglês e 2 do idioma Francês. Os

avaliadores estrangeiros acham o parque bonito, porém sujo e com sérios problemas

de conservação e poluição.

Um aspecto interessante descoberto na pesquisa on-line – apesar da

sinalização do parque ter sido refeita, em função do aquecimento do turismo durante

a Copa do Mundo de Futebol de 2014, ainda assim, se percebe o problema até a

presente data de encerramento deste trabalho.

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CAPITULO V : RESULTADOS E DISCUSSÕES

Algumas recomendações formuladas a partir dos resultados obtidos pela

analise in loco (levantamento fotográfico e coleta de evidências físicas) e evidências

da necessidade de um projeto de sinalização para o Parque do Mindu (base de dados

captada a partir das redes sociais) estão discriminadas a seguir.

5.1 RECOMENDAÇÃO 1: MAPA DE LOCALIZAÇÃO EM CORES

Um dos primeiros passos foi remontar o mapa (Figura 24), agora com trilhas

diferenciadas por cores. Estas cores seriam utilizadas como “balizadores por zona”

para identificar as trilhas e melhor informar aos visitantes dentro do próprio Parque.

Normando (2015) diz que o recurso da setorização ou zoneamento pode-se

explicar que é possível promover agrupamentos homogêneos de serviços,

instalações, ou de usuários que têm características ou funções comuns e que podem

ser identificados em zonas funcionais. A diferenciação destas áreas facilita a

compreensão do espaço e auxilia na definição de um número de placas de

sinalização.

Figura 24: Mapa de trilhas estilizado por cores.

Fonte: O autor, adaptado do mapa existente no local, 2016.

TRILHAS DASBANANEIRAS

AUDITÓRIO

ANFITEATRO

CENTRO DE ATIVIDADES

ORQUIDÁRIO

TRILHAMARGARETH MEE

ESTACIONAMENTO

PORTÃODE ACESSO

TRILHA DE ACESSO

PRAÇA DASAMAÚMA

TRILHADA VIDA

TRILHADA SAUIM

TRILHA DOBAIXO

TRILHA DOBURITIZAL

TRILHA DA SELVATRILHA DASNASCENTES

TRILHA DA SELVA

PRAÇADA PAZ

TRILHA DACACHOEIRA

PRAÇADA CACHOEIRA

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5.2 RECOMENDAÇÃO 2: CORES NA SINALIZAÇÃO DAS TRILHAS

Normando (2015) recomenda a utilização do mesmo padrão cromático adotado

no zoneamento de um espaço (mapa) deve ser utilizado na identificação visual das

trilhas e suas placas de sinalização, de forma que o mesmo esquema cromático

informe imediatamente aos visitantes e frequentadores em qual das trilhas do parque

está, sejam eles adultos ou crianças.

Figura 25: Possível esquema cromático para as trilhas.

5.3 RECOMENDAÇÃO 3: PLACAS INTERPRETATIVAS NAS TRILHAS

Para Mafra (2012), as placas educacionais ou interpretativas informam os

visitantes sobre os atrativos naturais e estruturais das trilhas. Informações sobre fauna

e flora observáveis a cada etapa das trilhas em painéis são uma forma de oferecer

essa informação sem interferir com o ambiente (Figura 26).

Placas de advertência sobre as atividades que não são recomendadas, tais

como descarte de lixo, andar de bicicleta, caçar pássaros, alimentar os animais,

recolher frutos devem conter informação educativa, visto que se o publico entende

razão porque essas ações não são recomendadas, a adesão é muito mais significativa

(CITY OF SALEM, 2017).

Sinalização deste tipo pode ser utilizada para mitigar os impactos nocivos em

BANANEIRAS

SELVA

DO BAIXIO

NASCENTES

BURITIZAL

CACHOEIRA

VIDA (ACESSIBILIDADE)

SAUIM

MAGARETH MEE

PRINCIPAL (TRILHA DE ACESSO)

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áreas de habitat sensíveis e para garantir que visita ao Parque do Mindu seja uma

experiência agradável para todos.

Figura 26: Exemplo de placa educacional, Salem City.

Fonte: City of Salem, 2017

5.4 RECOMENDAÇÃO 4: DISTRIBUIÇÃO DE PLACAS E PAINÉIS

A distribuição de placas e painéis, em parte, é um dos momentos cruciais na

definição de um Projeto de Sinalização – os critérios para sua definição estão ligados

ao trajeto, a partir das singularidades, dificuldades ou advertências.

Para uma sinalização interpretativa, é vital mostrar os diferenciais naturais ou

estruturais presentes em uma trilha. Nesta recomendação adotamos critérios, tais

como a extensão da trilha, os atrativos definidos e, a seguir estipulamos o número de

cada tipo de placas em um possível projeto de sinalização para o Parque do Mindu

(tabela 4).

Ao pesquisarmos as trilhas do Parque do Mindu, notamos que a sinalização se

concentra na entrada do Parque e área do Chapéu de Palha, inexistindo em algumas

trilhas – fato que se confirmou na pesquisa em bancos de informação nas redes

sociais e no levantamento in loco no Parque. Também observamos não haver

sinalização confirmatória (que assegura que o visitante está em determinada trilha) ou

mesmo calmante, indicada para trilhas extensas, onde o visitante precisa ter a noção

de que está no caminho correto e que não está perdido. As quantidades de placas

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indicadas (tabela 4) são mínimas. Para estipular esses números, adotamos como

critérios: distância a ser percorrida nas trilhas e o traçado morfológico das mesmas

(curvas, retas, declives, aclive).

Tabela 4

Extensão das trilhas e possível disposição de placas

TRILHA EXTENSÃO (METROS)

PLACADIRECIONAL PLACADIRECIONAL PLACAINSTRUCIONAL

ENTRADA E SAÍDA DA TRILHA (ÍCONE + NOME +

CORES + INFOS ADVERTÊNCIA)

DISTÂNCIA, SENTIDO E ADVERTÊNCIA

ÍCONES, INFOS DO ECOSSISTEMA DA TRILHA,

FOTO

SELVA 1000 2 A CADA 100 M 4 CACHOEIRA 366 2 A CADA 80 M 3

MARGARETH MEEE 296 2 A CADA 40 M 1 BANANEIRAS 288 2 A CADA 40 M 3

PRINCIPAL 280 2 A CADA 40 M 2 SAIUM-DE-COLEIRA 264 2 A CADA 40 M 3

VIDA 241 2 A CADA 40 M 2 NASCENTES 177 2 A CADA 40 M 3 SUSPENSA 150 2 A CADA 40 M 2 BURITIZAL 108 2 A CADA 40 M 2

BAIXIO 80 2 A CADA 40 M 1

5.5 RECOMENDAÇÃO 5: PICTOGRAMAS EM PLACAS E PAINÉIS

Os pictogramas são formas eficazes de transmitir informação de forma rápida

e direta (Figura 27). É um sistema gráfico de representação de imagens, geralmente

simplificadas. Apesar de termos observado o uso de setas na atual sinalização do

Parque do Mindu, é bem mais interessante também fazer-se o uso desses

pictogramas para representar as trilhas em conjunto com um bom padrão cromático.

Diz Linhares; Silva Lorencini Jr (2012) que para a atividade turística, o

pictograma se apresenta como uma forma de comunicação e informação que,

permeando a infraestrutura urbana ou rural existente, estará então, sujeita às

condições de sinalização destas, e igualmente demandará uma sinalização própria

em relação aos equipamentos, serviços e atrativos turísticos para parques e unidades

de conservação.

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Figura 27: Sinalização que faz uso de pictogramas ícones.

Fonte: Ninham, 2017.

Afirmam Andretta; Macedo; Vitorino; Martis (2006) que o uso de sistema de

pictogramas em uma sinalização turística induz ao aprendizado e consequente

interpretação de elementos do entorno ambiental.

5.6 RECOMENDAÇÃO 6: MATERIAIS PARA SUPORTES E PLACAS

Segundo Menezes (2014) o material ideal devido as próprias características do

Parque e suas características como UC são os materiais naturais tais como madeira

e/ou materiais que interferiam pouco quando degradados pelo meio ambiente

(corrosão, apodrecimento e fim da vida útil) na própria natureza. Os atuais dispositivos

apesar de duráveis, entram em conflito visual e ambiental com a natureza pujante da

vegetação do Parque (Figura 28). O ideal que as placas sejam confeccionadas em

tintas atóxicas em superfície de madeira e troncos, galhos de árvores ou mesmo pedra

sejam utilizadas com estrutura de suporte das placas (Figura 29).

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Figura 28: Cores e materiais das atuais placas em conflito com o ambiente.

Figura 29: Madeira, o material adequado à estrutura de placas e totens.

Fonte: City of Salem, 2017

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5.7 RECOMENDAÇÃO 7: CONSERVAÇÃO DE SINALIZAÇÃO E TRILHAS

A gestão do parque deve adotar práticas que levem a uma melhor conservação

da estrutura e sinalização do mesmo. As trilhas devem ser sempre inspecionadas a

fim de verificar situações de reparo ou substituições de placas danificadas ou por

ações naturais (decomposição natural) ou por queda de árvores.

A prática de manutenção e conservação gera segurança e conforto ao visitante

(ANDRETA, MACEDO, VITORINO, MARTINS, 2006)

Figura 30: Ponte de acesso à uma das trilhas interditada.

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Figura 31: Placa em uma das trilhas necessitando de manutenção.

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CAPITULO VI : CONCLUSÕES

O Parque Municipal do Mindu reúne um grande número de atrativos naturais e

estruturais ideais para Educação Ambiental e o Ecoturismo, além de possuir uma

natureza exuberante em suas trilhas verdes.

O resultado da pesquisa de campo nas visitas ao Parque, mostrou a partir de

levantamento fotográfico e observação direta, que placas de sinalização sequer

existem em algumas de suas trilhas e aquelas encontradas pouco informam sobre a

existência de espécies diversas de fauna e flora, as particularidades geográficas das

trilhas, ou mesmo guiam o visitante com confiança, seja em uma caminhada até ao

igarapé no parque, ou mesmo ajudando esse visitante a determinar sua própria

localização nas trilhas.

A amostragem não-probabilista obtida, a partir de relato de visitantes no site

TripAdvisor, confirmou a superficialidade de placas ou inexistência de sinalização nas

diversas trilhas observadas e seu impacto na percepção dos visitantes do Parque.

A partir do levantamento fotográfico, das visitas técnicas e do mapeamento dos

reviews no site TripAdvisor, foi-nos possível entender as deficiências do conjunto de

placas e totens ali existentes e comprovar a hipótese da necessidade de uma melhor

sinalização, e por fim, fazer recomendações para um possível desenvolvimento de

uma sinalização com placas interpretativas e direcionais mais adequadas às 11 trilhas

existentes no Parque do Mindu. Conclui-se que existe a necessidade do

desenvolvimento de um projeto de sinalização adequado e mais moderno que ofereça

informações atualizadas sobre espécies animais e vegetais, atrativos naturais ou

geográficos, avisos, posição, distância, ou mesmo conteúdos interativos para

visitantes locais, nacionais e estrangeiros do Parque do Mindu a cerca de seu maior

patrimônio: o sauim-de-coleira.

E, este trabalho, por ter um tema com foco diferenciado, sugere que novas

pesquisas podem serem feitas em outras Unidades de Conservação, a fim de

identificar se as mesmas dificuldades encontradas no Parque do Mindu também

existem em outras Unidade de Conservação Ambiental, e se existem, que se explicite

a necessidade de sinalização e placas direcionais e interpretativas em trilhas nestes

Parques.

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APÊNDICES

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Apêndice A – Questionário da pesquisa exploratória.

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Apêndice B – Manual de Sinalização – ICMBio (2014).

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Apêndice C – Manual de Sinalização – Menezes (2014).

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Apêndice D – Capa da Cartilha do Parque do Mindu em três idiomas (2016).

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Apêndice E – Trails, Signare & Wayfinding, City of Salem (2017).

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ANEXOS

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ANEXO A – opiniões de visitantes e frequentadores do Parque do Mindu (TripAdvisor,

2016).

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ANEXO A1 – opiniões de visitantes e frequentadores do Parque do Mindu

(TripAdvisor, 2016).

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ANEXO A2 – opiniões de visitantes e frequentadores do Parque do Mindu

(TripAdvisor, 2016).

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ANEXO B – Termos de aprovação da publicação (ITEGAM-JETIA, 2016).

To,

HELENO ALMEIDA LIMA, CLÁUDIO NAHUM ALVES.

Dear Authors,

We are pleased to inform you all that your paper entitled “DIAGNÓSTICO DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS TURÍSTICAS: PARQUE MUNICIPAL DO MINDU/MANAUS/AM.” was reviewed and found suitable for publication. this, paper

has been accepted for publication at the peer-reviewed, indexed and abstracted

“itegam–journal of engineering and technology for industrial applications” and will be published in vol.02, No.08, Dezember 2016 issue.

Editor ITEGAM-JETIA

Available online

www.itegam-jetia.org

Manuscript ID: ITEGAM-JETIA 07122016

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ANEXO B1 – Termos de aprovação da publicação (II Seminário de Pesquisas em

Meio Ambiente e Conservação, 2016).