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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE DUAS FORMULAÇÕES DE MINOCICLINA EM CONDIÇÕES DE JEJUM E APÓS DIETA RICA EM CÁLCIO ANA PAULA DE AZEVEDO LEITÃO FORTALEZA – CE 2001

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me desanima, teu amor exigente me faz crescer.” v DEDICATÓRIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA

AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE DUAS

FORMULAÇÕES DE MINOCICLINA EM CONDIÇÕES DE

JEJUM E APÓS DIETA RICA EM CÁLCIO

ANA PAULA DE AZEVEDO LEITÃO

FORTALEZA – CE

2001

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L 548a Leitão, Ana Paula de Azevedo Avaliação farmacocinética de duas formulações de

minociclina em condições de jejum e após dieta rica em cálcio / Ana Paula de Azevedo Leitão – Fortaleza, 2001.

181 f. Orientadora: Profa. Dra. Maria Elisabete Amaral de

Moraes. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Ceará.

Departamento de Fisiologia e Farmacologia. 1. Minociclina 2. Dieta rica em cálcio 3. Farmacocinética

I. Título. CDD 615.329

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA

AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE DUAS

FORMULAÇÕES DE MINOCICLINA EM CONDIÇÕES DE

JEJUM E APÓS DIETA RICA EM CÁLCIO

ANA PAULA DE AZEVEDO LEITÃO

Dissertação submetida à Coordenação do Curso de Pós Graduação em Farmacologia do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Farmacologia.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes

2001

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AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE DUAS

FORMULAÇÕES DE MINOCICLINA EM CONDIÇÕES DE

JEJUM E APÓS DIETA RICA EM CÁLCIO

ANA PAULA DE AZEVEDO LEITÃO

Esta dissertação foi submetida como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de Mestre em Farmacologia, outorgado pela UFC e encontra-se a disposição dos interessados na Biblioteca do Centro de Ciências da Saúde da referida universidade. A citação de qualquer trecho desta dissertação é permitida, desde que realizada de acordo com as normas da ética científica.

Dissertação aprovada em:22 / 08 / 2001

Profª Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes Orientadora

Profª Dra. Geanne Matos de Andrade Cunha

Profª Dra. Helena Serra Azul Monteiro

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PPOOEEMMAA

“Teu amor sem exigência me diminui,

tua exigência sem amor me desanima,

teu amor exigente me faz crescer.”

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DDEEDDIICCAATTÓÓRRIIAA

Dedico esta dissertação a todas as preciosidades que Deus me deu, meu pai,

minha mãe, meu esposo e meu filhinho que estar por nascer.

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Agradecimentos

A Deus, por se fazer sempre muito presente, dando-me forças para

enfrentar todos os momentos dessa caminhada.

Minha Família, em especial ao Carmelo Filho, por me compreender e

me ajudar sempre, participando de todos os momentos desse trabalho, em

especial os mais difíceis, me apoiando em tudo que fosse necessário.

Dra. Mª Elisabete Amaral de Moraes, minha orientadora, a qual

apoiou-me na construção do saber científico, através de seus ensinamentos, bem

como, oferecendo a oportunidade de realização de cursos em outros estados

brasileiros. Também pude observar o afinco, a dedicação e o respeito a pesquisa

clínica, ao voluntário, o que a faz conquistar espaços ainda obscuros.

Dra. Geanne Matos de Andrade Cunha, por ter aceitado participar da

banca examinadora da dissertação de mestrado. Por ser um exemplo de ser

humano. Com sua sala sempre cheia de bolsistas e pós-graduandos de diversos

laboratórios, sempre fui recebida com um sorriso largo e despedi-me com uma

valiosa contribuição científica.

Dra. Helena Serra Azul Monteiro, por ter aceito participar como

membro da banca examinadora da dissertação de mestrado.

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Dr. Manoel Odorico de Moraes, por colaborar sempre, seja com sua

biblioteca, ou na confecção de slides, ou ainda com seus ensinamentos

enriquecedores que muito contribuíram ao longo do Mestrado, bem como em

sua participação no Exame de Qualificação.

Dr. Fernando Antônio Frota Bezerra, amigo e professor, por estar

sempre disposto a nos ensinar a ciência com grande arte e sabedoria de um

mestre.

Dra. Gisela Costa Camarão, por ter participado da banca do Exame de

Qualificação contribuindo bastante para o meu engrandecimento acadêmico.

Dr. Jaime Ilha por estar sempre disposto à prestar seus valiosos

esclarecimentos sobre bioestatística.

Professores do Curso de Pós-Graduação, por terem transmitido com

muita sapiência seus conhecimentos.

Amigos da Unidade de Farmacologia Clínica, meu agradecimento a

todos vocês por terem colaborado na minha pesquisa científica, fazendo do

trabalho diário um ambiente mais ameno e alegre.

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Colegas de Pós-Graduação, por termos juntos vencidos tantas

disciplinas, apresentações de artigos e provas com um saldo maravilhoso, que é

nossa amizade.

À Maria Tereza e Flávia, da UNIFAC, pela presteza e competência

com que colaboram, bem como pelos momentos agradáveis que tivemos.

Ao Ronaldo Soares, da UNIFAC, por sempre transmitir com boa

vontade seu saber e sua experiência.

As secretárias do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Sílvia,

Aura, Marta, Joana e Rejane que sempre estiveram dispostas a nos ajudar no que

fosse preciso.

Aos técnicos, Silvana e Evanir pelo apoio na realização dos

experimentos.

Comitê de Ética em Pesquisa Clínica, pelas críticas e sugestões,

engrandecendo ainda mais o trabalho a ser desenvolvido e não permitindo

abusos com seres humanos.

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Laboratório Stiefel Ltda., Brasil, por ter patrocinado o estudo,

oferecendo subsídios para que o mesmo fosse realizado.

CNPq, por ter colaborado financeiramente durante todo o

desenvolvimento da pesquisa.

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Índice Poema iv Dedicatória v Agradecimentos vi Índice x Lista de Abreviaturas xiv Lista de Figuras xv Lista de Tabelas xvi Anexos xviii Resumo xix Abstract xx Prefácio xxi Definições xxiii Introdução 02

A Importância da Farmacologia Clínica 02 As Quatro Fases da Terapêutica 08

Fase Farmacêutica 08 Figura 1 - Fase Farmacêutica 09 Fase Farmacocinética 10

Absorção 10 Distribuição 12 Biotransformação 12 Eliminação dos Fármacos 14

Fase Farmacodinâmica 16 Fase Terapêutica 17

Minociclina 17 Figura 2 - Fórmula estrutural da minociclina 18 Figura 3 - Fórmula estrutural da tetraciclina 19 Farmacologia 19 Farmacologia Clínica 21

Farmacocinética 23 Biodisponibilidade 23 Distribuição 24 Metabolismo 24

Relação Dose-Efeito 25 Microbiologia 25

Espectro Antibacteriano 26 Bactérias Gram Negativas 26 Bactérias Gram Positivas 26

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Indicações Terapêuticas 27 Contra-indicações 28 Interações com Drogas 33

Exemplos de Interações Medicamentosas com Tetraciclinas

34

Interações com Alimento 35 Tetraciclinas versus Alimentos 37

Apresentação Farmacêutica 38 Objetivos 39 Material e Métodos 40

Protocolo Clínico 42 Delineamento do Estudo 42 Seleção de Voluntários 43 Exames Laboratoriais 43 Critérios de Inclusão 44 Critérios de Exclusão 45 Critérios para a Retirada do Estudo 46 Entrada do Voluntário no Estudo 47 Internamento 47 Restrições 48 Produtos Estudados 49 Esquema Experimental 49 Inventário das Amostras 50

Tabela 1 - Randomização da Minociclina 51 Coleta de Sangue 52 Efeitos Adversos 53

Definições de Efeitos Adversos quanto à Intensidade 53 Relacionamento suposto com a Droga Experimental 53

Etapa Analítica 54 Análise da droga 54

Preparo das Soluções Padrões Reagentes 55

Preparação das Amostras da Curva de Calibração e Controles de Qualidade

55

Pré-tratamento das Amostras de Plasma 56 Condições Cromatográficas e de Espectrometria de

Massa 57

Recuperação 58 Precisão e Acurácia 58 Especificidade 59

Parâmetros Farmacocinéticos Determinados 59 Tabela 2 - Parâmetros Farmacocinéticos 60

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Análise Estatística 60 Comitê de Ética 32 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 62 Confidenciabilidade 64

Resultados e Discussão 65 Resultados 66

Tabela 3 - Resultados Hematológicos das Determinações Laboratoriais (média ± SD) dos 24 voluntários

68

Tabela 4 - Resultados Bioquímicos das Determinações Laboratoriais (média ± SD) dos 24 voluntários

69

Tabela 5 - Resultados das Determinações Laboratoriais do Exame de Sumário de Urina (média ± SD) dos 24 voluntários

70

Etapa Analítica 71 Figura 4 - Curva de Calibração - Linearidade 72 Figura 5 - Plasma em condições de jejum, hiperlipêmico e

hemolizado. 74

Figura 6 - Área do pico padrão (analito e padrão interno) 76 Etapa Farmacocinética 77 Tabela 6 - Parâmetros farmacocinéticos após a

administração de 100mg de minociclina (Minomax®) em 24 voluntários em condições de jejum

78

Tabela 7 - Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de minociclina (Minomax®) + dieta padrão específica em 24 voluntários

79

Tabela 8 - Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de minociclina (Minoderm) em 24 voluntários em condições de jejum

80

Tabela 9 - Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de minociclina (Minoderm) + dieta padrão específica em 24 voluntários

81

Tabela 10 - Média dos parâmetros farmacocinéticos obtidos dos 24 voluntários após a administração de 100mg de minociclina em condições de jejum

82

Tabela 11 - Média dos parâmetros farmacocinéticos obtidos dos 24 voluntários após a administração de 100mg de minociclina + dieta padrão específica

83

Figura 7 - Média ± desvio padrão (SD) da concentração plasmática da minociclina (ng/mL) versus tempo (h) obtida após uma única administração oral de 100mg de minociclina, formulação referência (Minomax®), na ausência e na presença de dieta padrão específica em 24 voluntários sadios

84

Figura 8 - Média ± desvio padrão (SD) da concentração 85

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plasmática da minociclina (ng/mL) versus tempo (h) obtida após uma única administração oral de 100mg de minociclina formulação teste (Minoderm), na ausência e na presença de dieta padrão específica em 24 voluntários sadios

Tabela 12 - Valores médios de concentração plasmática (ng/mL) de minociclina (Minomax®) sob condições de jejum e com dieta padrão específica durante o período médio de absorção de uma droga administrada por via oral

86

Tabela 13 - Valores médios de concentração plasmática (ng/mL) de minociclina (Minoderm) sob condições de jejum e com dieta padrão específica durante o período médio de absorção de uma droga administrada por via oral

87

Figura 9 - Resultados médios (n=24) obtidos das curvas de concentração plasmática (ng/mL) versus tempo (h) do medicamento referência (Minomax®) e do teste (Minoderm) sob condições de jejum

88

Figura 10 - Resultados médios (n=24) obtidos das curvas de concentração plasmática (ng/mL) versus tempo (h) do medicamento referência (Minomax®) e do teste (Minoderm) na presença de dieta padrão específica

89

Tabela 14 - Análise estatística das razões individuais de AUC(0-96h) e Cmax para as duas formulações de minociclina (Minoderm e Minomax®) na ausência e na presença de dieta padrão específica

90

Tabela 15 - Meia vida de eliminação-t1/2 (h) obtida das curvas de concentração plasmática (ng/mL) versus tempo (h) das duas formulações de minociclina (Minoderm e Minomax®) na ausência e na presença de dieta padrão específica

91

Discussão 92 Conclusão 97 Referências 100 Anexos 109

Anexo I - Ficha clínica do voluntário 01 SCC 110 Anexo II - Gráficos da concentração plasmática (ng/mL)

versus tempo (h) dos 24 voluntários quando administrado minociclina (Minomax® e Minoderm) em condições de jejum e quando administrado minociclina (Minomax® e Minoderm) na presença de dieta padrão específica

130

Anexo III - Procedimento Operacional Padrão para Transporte das Amostras da UNIFAC para a Unidade Analítica Cartesius - ICB – USP

178

Anexo IV - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 179

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Lista de Abreviaturas

% porcentagem

± mais ou menos

≤ menor ou igual

µg/mL micrograma por mililitro

µL/min microlitro por minuto > maior art. artigo cm centímetro SD desvio padrão eV elétron volt h hora Kcal kilocaloria Kg kilograma

L litro ln logaritmo neperiano mg/dia miligrama por mililitro mg/Kg miligrama por kilograma mg/mL miligrama por mililitro mM milimolar ng/mL nanograma por mililitro nº número rpm rotação por minuto tto tratamento V volt v/v volume por volume

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xv

Lista de figuras

Figura 1. Fase farmacêutica

Figura 2. Fórmula estrutural da minociclina

Figura 3. Fórmula estrutural da tetraciclina

Figura 4. Curva de Calibração - Linearidade

Figura 5. Plasma em condições de jejum, hiperlipêmico e hemolizado

Figura 6. Área do pico padrão (analito e padrão interno)

Figura 7. Média ± desvio padrão (SD) da concentração plasmática da

minociclina (ng/mL) versus tempo (h) obtida após uma única administração oral

de 100mg de minociclina, formulação referência (Minomax®), na ausência e na

presença de dieta padrão específica em 24 voluntários sadios

Figura 8. Média ± desvio padrão (SD) da concentração plasmática da

minociclina (ng/mL) versus tempo (h) obtida após uma única administração oral

de 100mg de minociclina formulação teste (Minoderm), na ausência e na

presença de dieta padrão específica em 24 voluntários sadios

Figura 9. Resultados médios (n=24) obtidos das curvas de concentração

plasmática (ng/mL) versus tempo (h) do medicamento referência (Minomax®) e

do teste (Minoderm) sob condições de jejum

Figura 10. Resultados médios (n=24) obtidos das curvas de concentração

plasmática (ng/mL) versus tempo (h) do medicamento referência (Minomax®) e

do teste (Minoderm) na presença de dieta padrão específica

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Lista de tabelas

Tabela 1. Randomização da Minociclina

Tabela 2. Parâmetros Farmacocinéticos

Tabela 3. Resultados Hematológicos das Determinações Laboratoriais (média ±

SD) dos 24 voluntários

Tabela 4. Resultados Bioquímicos das Determinações Laboratoriais (média ±

SD) dos 24 voluntários

Tabela 5. Resultados das Determinações Laboratoriais do Exame de Sumário de

Urina (média ± SD) dos 24 voluntários

Tabela 6. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de

monociclina (Minomax®) em 24 voluntários em condições de jejum

Tabela 7. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de

minociclina (Minomax®) + dieta padrão específica em 24 voluntários

Tabela 8. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de

monociclina (Minoderm) em 24 voluntários em condições de jejum

Tabela 9. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de 100mg de

minociclina (Minoderm) + dieta padrão específica em 24 voluntários

Tabela 10. Média dos parâmetros farmacocinéticos obtidos dos 24 voluntários

após a administração de 100mg de minociclina em condições de jejum

Tabela 11. Média dos parâmetros farmacocinéticos obtidos dos 24 voluntários

após a administração de 100mg de minociclina + dieta padrão específica

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xvii

Tabela 12. Valores médios de concentração plasmática (ng/mL) de minociclina

(Minomax®) sob condições de jejum e com dieta padrão específica durante o

período médio de absorção de uma droga administrada por via oral

Tabela 13. Valores médios de concentração plasmática (ng/mL) de minociclina

(Minoderm) sob condições de jejum e com dieta padrão específica durante o

período médio de absorção de uma droga administrada por via oral

Tabela 14. Análise estatística das razões individuais de AUC(0-96h) e Cmax para as

duas formulações de minociclina (Minoderm e Minomax®) na ausência e na

presença de dieta padrão específica

Tabela 15. Meia vida de eliminação-t1/2 (h) obtida das curvas de concentração

plasmática (ng/mL) versus tempo (h) das duas formulações de minociclina

(Minoderm e Minomax®) na ausência e na presença de dieta padrão específica

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xviii

Anexos

Anexo I. Ficha clínica do voluntário 01 SCC

Anexo II. Gráficos da concentração plasmática (ng/mL) versus tempo (h) dos 24

voluntários quando administrado minociclina (Minomax® e Minoderm) em

condições de jejum e quando administrado minociclina (Minomax® e

Minoderm) na presença de dieta padrão específica

Anexo III. Procedimento Operacional Padrão para Transporte das Amostras da

UNIFAC para a Unidade Analítica Cartesius - ICB – USP

Anexo IV. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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Resumo Avaliação Farmacocinética de Duas Formulações de Minociclina em Condições de Jejum e Após Dieta Rica em Cálcio.Ana Paula de Azevedo Leitão. Dissertação de Mestrado. Curso de Pós-Graduação em Farmacologia, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Faculdade de Medicina, UFC, 2001. Objetivo: avaliar, em voluntários sadios, o comportamento de uma formulação teste de minociclina, Minoderm comprimido 100mg, fornecida pelo Laboratório Stiefel Ltda., Brasil, contra uma formulação referência de minociclina, Minomax®, comprimido 100mg, fornecida pelo Laboratório Wyeth, Brasil, na ausência e na presença de uma dieta padrão específica: 200mL de suco de laranja, 200mL de iogurte de morango, 4 bolachas e 20g de queijo. Desenvolver um método preciso e sensível para quantificação das duas fórmulas de minociclina 100mg utilizando espectrometria de massa (LC-MS-MS).Método: 24 voluntários sadios, ambos os sexos, foram selecionados para o estudo. Todos concordaram em participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aberto, randomizado, cruzado, dose única e 4 tratamentos. Para quantificação da minociclina no plasma humano foi desenvolvido um método acurado e sensível utilizando Cromatografia Líquida Acoplada ao Espectrômetro de Massa (LC-MS-MS).Resultados: ambas formulações de minociclina foram bem toleradas na dose administrada. A administração com dieta padrão específica retardou o tempo de absorção comparada em condições de jejum, porém sem interferir em Cmax e AUC. Análise estatística das razões individuais de AUC(0-96h) e Cmax para as duas formulações de minociclina (Minoderm/Minomax®) na ausência e na presença de dieta padrão específica foram: AUC em jejum 101,2 e sob dieta 97,2; Cmax em jejum 106,0 e sob dieta 91,2. Os exames clínicos e laboratoriais realizados não apresentaram alterações de significado clínico. Conclusão: os parâmetros farmacocinéticos da minociclina administrada em jejum ou na presença de dieta padrão específica permaneceram inalterados sendo bioequivalentes com um intervalo de confiança de 80-125%. O método analítico desenvolvido mostrou-se adequado para sua quantificação.

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xx

Abstract Pharmacokinetic Analyse of Two Formulations of Minocycline in Conditions of Fast and After Rich Diet in Calcium. Ana Paula de Azevedo Leitão. Principal Guide: Dra Maria Elisabete Amaral de Moraes. Department of Phisiology and Pharmacology, Faculty of Medical Sciences, UFC, 2001. Aims The purpose of this study was to evaluate, on healthy human volunteers, the performance of one minocycline tablet formulation (Minoderm, tablets, 100 mg, by Laboratórios Stiefel Ltda., Brazil) against one standard minocycline tablet formulation (Minomax®, tablets, 100 mg, by Wyeth, Brazil) in the absence and in the presence of a diet pattern specific: 200mL of orange juice, 200mL of strawberry yogurt, 4 crackers type cream cracker and 20g of cheese. So, we developed an accurate and sensitive liquid chromatography-tandem mass spectrometry (LC-MS-MS) method, for the quantification of minocycline in human plasma and to assess the bioequivalence of two commercial 100 mg tablet formulations of the drug. Methods Twenty four healthy male and female volunteers (twelve of each sex) were enrolled on study. All subjects gave their written informed consent to participate in the study. This study was conducted as an open-label, randomized, single dose, four treatment, crossover design.. For quantification of the minocycline in the human plasma a perfected method was developed and sensitive using Liquid Chromatography Coupled to the Spectrometer of Mass (LC-MS-MS). Results Both minocycline formulations were well tolerated in the administered dose. The administration with diet pattern specific delayed the time of absorption compared in fast conditions, however without interfering in Cmax and AUC. Statistical analysis of the individual reasons of AUC (0-96h) and Cmax for the two minocycline formulations (Minoderm/Minomax®) in the absence and in the presence of diet pattern specific they were: AUC in fast 101,2 and under diet 97,2; Cmax in fast 106,0 and under diet 91,2. The clinical exams and accomplished laboratorial didn't present alterations of clinical meaning. Conclusion the parameters pharmacokinetics of the minocycline administered in fast or in the presence of diet pattern specific they stayed unaffected being bioequivalents with an interval of confiance of 80-125%. The developed analytic method was shown appropriate for your quantification.

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xxi

Prefácio

A importância de um estudo clínico que avalie a interferência da

alimentação na biodisponibilidade de fármacos é de extrema importância sob os

aspectos farmacocinéticos e principalmente dentro do contexto atual da Política

Nacional de Medicamentos adotada em nosso país.

Primeiramente, através da realização desse estudo, desmistificamos o

fato de que as tetraciclinas, especificamente a minociclina, apresenta alterações

significativas na sua biodisponibilidade quando ingerida com alimentos,

principalmente, aqueles ricos em metais como cálcio.

Outro aspecto relevante é o estudo da bioequivalência em si, termo até

bem pouco tempo desconhecido, uma vez que nosso país aprovou apenas

recentemente a Lei de Medicamentos Genéricos (Lei 9787 de 1999) e a

Resolução que regulamenta esta lei (Res. 391/97 e RDC nº 10, de 2 de janeiro de

2001-ANVISA). Estas dizem exatamente que para um medicamento ser

bioequivalente, ter-se-á que ser intercambiável com o medicamento de marca ou

inovador.

O ponto que considero mais importante e que na verdade, é

conseqüência da Lei de Medicamentos Genéricos, é a produção de

medicamentos com qualidade e segurança comprovada com preços reduzidos,

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xxii

permitindo que a classe menos favorecida tenha acesso, possibilitando o

tratamento farmacológico completo, minimizando os riscos de não adesão ao

tratamento ou interrupção do mesmo.

Não podemos esquecer que para alguns pacientes o preço de uma

prescrição é o principal fator, portanto, sugiro aos profissionais médicos que

tenham conhecimento de quanto custa o tratamento, pois o compromisso do

paciente com o mesmo depende também da possibilidade em adquirir a

medicação.

Com os pontos abordados, demonstro o valor dessa pesquisa tanto no

âmbito da saúde como no social e econômico, já que o nosso país apresenta uma

grande população desfavorecida, pois tenho certeza que essa pesquisa extravasa

os limites da Unidade de Farmacologia Clínica da Universidade Federal do

Ceará, para atender, de um modo geral, aos anseios de cura do povo brasileiro,

nos estimulando cada vez mais a trabalhar na área de Farmacologia Clínica.

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xxiii

DDEEFFIINNIIÇÇÕÕEESS

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xxiv

Definições

Biodisponibilidade Absoluta (F): a fração da droga sistemicamente absorvida e

a disponibilidade da droga da forma farmacêutica quando comparada com a

biodisponibilidade da droga após administração intravenosa. É usualmente

calculada como a razão da área sobre a curva (AUC) da concentração plasmática

versus tempo, para a forma farmacêutica administrada oralmente em relação a

AUC obtida após administração intravenosa da droga. Um valor F de 0,80 ou

80% indica que apenas 80% da droga ficou disponível sistemicamente da forma

farmacêutica.

Biodisponibilidade Oral: indica a velocidade e a extensão de absorção de um

princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração

plasmática versus tempo na circulação sistêmica ou a partir de sua excreção

urinária. É a fração da dose de um medicamento, oralmente administrado, que

foi absorvida e atinge a circulação como princípio ativo.

Biodisponibilidade Relativa: disponibilidade sistêmica da droga a

partir de sua forma farmacêutica quando comparada a uma formulação de

referência. É calculada como a razão da área sobre a curva da concentração

plasmática versus tempo, AUC para a forma farmacêutica em relação ao AUC

da referência. Uma biodisponibilidade relativa de F = 1,0 ou 100% implica que a

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biodisponibilidade apartir da forma farmacêutica é a mesma, mas não indica a

completa absorção sistêmica da droga. A determinação da biodisponibilidade é

muito importante em estudos de medicamentos.

Bioequivalência: dois medicamentos são ditos bioequivalentes quando são

administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais e não

apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação à

biodisponibilidade, segundo a Resolução RDC nº 10, de 2 de janeiro de 2001-

ANVISA.

Bioequivalência: existe quando a natureza e a extensão dos efeitos tóxicos e

terapêuticos são iguais seguindo a administração de dose iguais. É usada para

comparar duas formulações ou rotas diferentes de administração de uma droga.

Food and Drug Administration (USA).

Curva de Calibração: é preparada usando plasma humano controle com

soluções padrões contendo o analito a ser quantificado.

Denominação Comum Brasileira: denominação do fármaco, ou princípio

farmacologicamente ativo, aprovado pelo órgão federal brasileiro responsável

pela vigilância sanitária, e recomendada pela Organização Mundial de Saúde.

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Denominação Comum Internacional: denominação do fármaco ou princípio

farmacologicamente ativo, e recomendada pela Organização Mundial de Saúde.

Droga: é a matéria prima mineral, vegetal ou animal da qual se podem extrair

um ou mais princípios ativos. De acordo com esta acepção, os agentes

terapêuticos de origem sintética não são drogas.

Droga Referência: medicamento inovador registrado no órgão federal

responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país cuja eficácia,

segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão

federal competente, por ocasião do registro. É o primeiro medicamento que foi

registrado no país. Seu nome é determinado pela Denominação Comum

Brasileira (DCB) e na ausência desta, seguir-se-á a Denominação Comum

Internacional (DCI).

Droga Teste: medicamento que se propõe a ser intercambiável com o

medicamento referência.

Equivalência Farmacêutica: assegura que dois medicamentos apresentam o

mesmo princípio ativo, ou seja, mesmo sal ou éster da mesma molécula

terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou

não conter excipientes idênticos.

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Equivalentes Farmacêuticos: são medicamentos que contém o mesmo

princípio ativo, ou seja, mesmo sal ou éster da mesma molécula

terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou

não conter excipientes idênticos. Devem cumprir as mesmas especificações

atualizadas da Farmacopéia Brasileira; no caso desta não abordar, deve-se seguir

à outros códigos autorizados pela legislação vigente ou ainda com outros

padrões aplicáveis de qualidade, relacionados à identidade, dosagem, pureza,

potência, uniformidade de conteúdo, tempo de desintegração e velocidade de

dissolução, quando for o caso.

Estudo Aberto: tanto o pesquisador responsável, como o sujeito da pesquisa, é

informado e têm conhecimento sobre a medicação que será administrada.

Estudo Cruzado: em uma das fases da pesquisa administra-se ao sujeito da

pesquisa (voluntário) o medicamento referência e na outra o medicamento teste,

ou vice–versa. O mesmo voluntário deve ser submetido às duas formulações.

Fármaco: é a substância química de constituição definida que pode ter

aplicação em Farmácia, seja como preventivo, seja como curativo, seja como

agente de diagnóstico; a ser aceita esta definição, a matéria prima mineral,

vegetal ou animal da qual se podem extrair uma ou mais bases medicamentosas

não é fármaco, pois sua constituição química não é necessariamente conhecida.

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Índice de Massa Corpórea (IMC): é a razão do peso (Kg) pela altura ao

quadrado (m). É o melhor indicador de obesidade, pois enfatiza a adiposidade

relativa dos indivíduos e minimiza os efeitos da altura. O valor ótimo é de 20 -

27 segundo Ministry of National Health and Welfare, Canadá, entretanto, a

National Academy of Sciences enfatiza que o IMC aumenta com a idade, de 19 –

24 para adultos jovens e de 24 – 29 para acima de 65 anos.

Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com

finalidades profiláticas, curativas, paliativas ou para fins de diagnóstico. É uma

forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação

com adjuvantes farmacotécnicos (Resolução 391, de 9 de agosto de 1999). É o

mesmo que fármaco, mas especialmente quando se encontra na sua forma

farmacêutica (Andrejus Korolkovas, Joseph H. Burckhalty. Química

Farmacêutica. Editora Guanabara Koogan S.A., 1988, Rio de Janeiro – RJ).

A Organização Mundial de Saúde não faz distinção entre fármaco e

medicamento como “toda substância contida em um produto farmacêutico

empregado para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados

patológicos em benefício da pessoa a que se administra”, e produto farmacêutico

com “forma farmacêutica que contém um ou mais medicamentos juntamente

com outra substância adicionadas no curso do processo de fabricação”.

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Padrão Interno: substância que apresenta semelhanças com a droga em

questão, fórmula estrutural e tempo de retenção diferente na determinação

analítica. Deve apresentar concentração conhecida, pois funcionará como um

controle de qualidade do funcionamento do aparelho que irá quantificar o

princípio ativo e/ou seus metabólitos.

Parâmetros Farmacocinéticos

Área sob a Curva da Concentração Plasmática versus Tempo, de

Zero ao Infinito – AUC(0-∞): relaciona-se com a quantidade ou a extensão de

absorção da droga. A quantidade da absorção sistêmica da droga é diretamente

relacionada com AUC que é geralmente calculado pelo método trapezoidal e

expresso em unidades de concentração vezes tempo. A extrapolação dessa área

para o infinito (AUC(0-∞)) é feita adicionando-se o valor Cx/K ao calculado

(AUC(0-xh)) [onde Cx = concentração plasmática calculada da equação da

regressão log-linear obtida através de K xh após a dose]. X é o último horário de

coleta de sangue.

Concentração Máxima Atingida no Plasma - Cmax: concentração mais elevada

da droga atingida na circulação sangüínea após administração de um fármaco.

Relaciona-se a intensidade da resposta farmacológica. O Cmax ideal deve estar

dentro da janela terapêutica.

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Constante de Eliminação K: representa a soma de todas as taxas constantes

para remoção da droga do organismo, incluindo a taxa constante da excreção

renal e metabolismo (biotransformação) como descrito através da equação: K =

Ke + Km, onde Ke = constante de excreção renal e Km = constante de

metabolismo. Determina a taxa de eliminação da droga dos vasos sangüíneos.

Serve para determinar a concentração da droga em um tempo t. É inversamente

relacionada à meia vida do fármaco: K= 0,693/t1/2.

Meia Vida de Eliminação da Droga t1/2: representa o tempo em que a

concentração da droga no plasma é reduzida a metade. Calcula-se através do

logaritmo neperiano (ln) de 2 (ln2= 0,693) dividido pela constante de eliminação

t1/2 = ln2/K

Tempo correspondente à Concentração Máxima Atingida no Plasma -

Tmax: tempo correspondente para que o fármaco atinja a concentração máxima

(Cmax).

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IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

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INTRODUÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA FARMACOLOGIA CLÍNICA

Até meados do século XIII a terapêutica era realizada sem qualquer

embasamento científico, portanto, era na maioria dos casos ineficiente. Nessa

época ainda não havia conhecimentos sobre farmacologia, fisiologia, bioquímica

e fisiopatologia, o que levou o escritor inglês Richard Gordon a afirmar: “A

história da medicina foi, em grande parte, até os fins do século passado, a

substituição da ignorância por mentiras”.

No século XIX um cientista francês chamado Claude Bernard formalizou

critérios para reunir informações com base na experimentação, tratando, a partir

daí, a medicina como ciência; apesar de ainda haver muitas falhas como, por

exemplo, o efeito terapêutico de um medicamento era baseado nos costumes de

um povo ou relato individual do médico. Essa falha na segurança e eficácia do

medicamento é devido à inexistência, até então, de uma ciência chamada

Farmacologia Clínica, a qual refere-se a investigação de fármacos em seres

humanos, e que só foi introduzida no meio científico em 1952, apesar de estudos

com pesquisa clínica controlada terem sido iniciados por Harry Gold em 1930.

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Pode-se tentar definir a Farmacologia Clínica como sendo uma ciência

que define métodos científicos, a fim de desmistificar a terapêutica

medicamentosa, promovendo a cura ou aliviando o estado patológico.

Atualmente, a Farmacologia Clínica desenvolve principalmente duas

atividades, ou seja, estudos farmacocinéticos e elaboração, execução e análise de

ensaios clínicos para verificar a segurança, qualidade e eficácia dos

medicamentos em seres humanos.

Os testes de bioequivalência são de extrema importância, pois através

deles assegura-se que o medicamento pesquisado apresentará eficazmente o

efeito esperado, após ter passado com sucesso pelas etapas que antecedem a

etapa terapêutica, as quais sejam farmacêutica, farmacocinética e

farmacodinâmica.

O 1º teste de bioequivalência farmacêutica realizada no Brasil foi em

1989, até então esse tipo de estudo era desconhecido no país. Sabia-se apenas da

experiência internacional, enquanto que o Brasil era palco para o mercado de

centenas de medicamentos similares e com Denominação Comum Brasileira

(DCB), supostamente cópias fiéis dos originais que os inspiravam, mas sem

apresentarem a comprovação necessária de qualidade, eficácia e segurança.

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Após 12 anos dos primeiros estudos de bioequivalência pode-se observar

um grande avanço nessa área, pois no princípio trabalhava-se com estrutura

precária e com enorme ceticismo da comunidade científica. Atualmente o Brasil

conta com tecnologia de ponta, estrutura física adequada e corpo científico

qualificado, o que contribui para a credibilidade com que se faz jus desta nova

área de pesquisa, a Farmacologia Clínica. Diante de tantas mudanças pode-se

afirmar que o objetivo foi mantido, verificar se duas ou mais formulações

farmacêuticas podem ser intercambiáveis, termo muito popular na atualidade

frente a política de medicamentos genéricos.

Como tudo que é novo, inédito no país, a comunidade científica

demonstrou um sentimento de rejeição mesmo sobre o que era desconhecido. No

início da década de 90, os meios de comunicação desencadearam forte

campanha contra o recrutamento de voluntários sadios para testar drogas cuja

toxicidade já havia sido exaustivamente demonstrada. Com um pouco de

conhecimento a polêmica foi intensamente discutida por órgãos federais, como o

Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Nacional de Saúde. Foi então

elaborada uma regulamentação, baseada na Declaração de Helsinque, e

publicada a Resolução CNS nº 196/96, que disciplinou as condições e critérios

para participação de seres humanos em pesquisa.

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Uma parcela da indústria farmacêutica sempre demonstrou interesse em

avaliar alguns de seus produtos, antes mesmo que houvesse uma regulamentação

própria pelo Sistema de Vigilância Sanitária do Brasil. Até a década de 90, foi

realizado o primeiro Teste Fase I no Brasil (Frota Bezerra, 1999), estudo que

corresponde à primeira administração de uma nova entidade química em

humanos, além de vários estudos de interação de drogas em voluntários sadios,

assim como avaliação de eficácia terapêutica em suas diversas Fases, em

voluntários pacientes.

O tempo para realização de um estudo de bioequivalência deve-se à

instância de tramitação com o Conselho de Ética em Pesquisa (CEP)

credenciado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP-CNS) e às

etapas de seleção e internação dos voluntários, terminando com a quantificação

do medicamento no líquido biológico e análise estatística.

Para realização dos estudos clínicos de bioequivalência, voluntários de

ambos os sexos são selecionados através de rigorosa avaliação clínica e

laboratorial, só sendo internado depois de comprovado estado de higidez.

O ressarcimento do voluntário que participa de um estudo de

bioequivalência depende de vários fatores. Podemos citar entre eles, o tempo

despendido pelo voluntário na sua participação no estudo que, vai desde o

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momento em que realiza a avaliação clínica e laboratorial, o número de

formulações a serem testadas, o número de internamentos e o tipo de desenho do

estudo, se dose única ou múltipla. A complexidade da etapa analítica, como se

há ou não a necessidade de quantificar metabólitos, não é preditivo para o

ressarcimento do voluntário, mas é um dos fatores que contribui

substancialmente com o orçamento do estudo.

As normas que regem a vigilância sanitária no país permitem assegurar

ao medicamento genérico sua intercambialidade com o medicamento inovador.

Ou seja, através de estudos in vitro (equivalência farmacêutica) e estudos in vivo

em voluntários sadios (bioequivalência) verifica-se a qualidade, eficácia e

segurança do medicamento teste em relação à referência.

Os testes de bioequivalência consistem em estudos comparativos de

medicamentos que contêm o mesmo fármaco, na mesma concentração e que são

administrados pela mesma via a voluntários sadios. Dois produtos são

considerados bioequivalentes quando, ao serem administrados ao mesmo

indivíduo, sob as mesmas condições experimentais e a mesma dose molar não

apresentam diferença significativa em relação a velocidade e a extensão de

absorção do princípio ativo (Resolução RDC nº 10, de 2 de janeiro de 2001-

ANVISA).

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Na realidade, pequenas diferenças, mesmo que significativas, são

aceitas, desde que contidas dentro de uma faixa validada cientificamente e

estabelecida por lei. Este processo de absorção é quantificado através dos

parâmetros AUC, Cmax e em alguns casos o Tmax é também levado em

consideração.

O cronograma de coletas das amostras deve contemplar um tempo igual

ou superior a 3 a 5 (três a cinco) vezes a meia-vida de eliminação (t1/2) do

fármaco ou do metabólito, caso este seja quantificável e ativo.

O intervalo entre os dois períodos de coleta (estudo cruzado) deve ser de,

no mínimo, 7 (sete) vezes a meia-vida de eliminação (t1/2) do fármaco ou do

metabólito ativo, o que assegura a depuração completa do fármaco, evitando um

efeito de carreamento (Resolução – RDC nº 10/2001-ANVISA).

No caso específico deste estudo, avaliou-se a farmacocinética de um

medicamento em duas situações: jejum e sob alimentação e ainda comparou-se

os resultados deste com o de outra marca também em igual situação, ou seja, foi

feito estudo de biodisponibilidade e bioequivalência.

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AS QUATRO FASES DA TERAPÊUTICA

Para que um medicamento possa atuar em seus sítios receptores, deve

concluir com êxito uma série de etapas, as quais são: farmacêutica e

farmacocinética. Após essas duas etapas ele passará a fase farmacodinâmica, a

qual nos referimos anteriormente e a terapêutica, objetivo final de toda

administração de fármaco.

Fase Farmacêutica

A fase farmacêutica inicia-se, a depender da forma farmacêutica, mesmo

antes da administração, pois em relação aos medicamentos de uso parenteral, o

manuseio ou o preparo para administração é fundamental para o êxito da

terapêutica. Tratando-se de medicamentos de uso enteral, como sob a forma

sólida, a fase farmacêutica ocorre após a administração do medicamento e antes

que ele seja absorvido. Essa fase agrega as seguintes etapas: desintegração

liberação da droga do produto farmacêutico, formando grânulos ou agregados;

desagregação transformando esses grânulos ou agregados em partículas cada

vez mais finas e dissolução da droga em ambiente aquoso permitindo a

solubilização da mesma. Para as drogas sólidas que possuem essa solubilidade

limitada, a dissolução torna-se um passo limitante à etapa farmacocinética, uma

vez que para drogas de liberação controlada, a liberação da forma farmacêutica é

um passo limitante.

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Figura 1: Fase Farmacêutica. Adaptado do gráfico de Leon Shargel.

Comprehensive Pharmacy Review. Second edition. Harwal Publishing, 1994,

Unites States of America.

As soluções, misturas homogêneas de um ou mais solutos dispersos

molecularmente em um solvente, são ditas apresentarem a maior

biodisponibilidade, pois já estando dissolvidas, não há necessidade da

dissolução antes da absorção. Portanto, em relação as formulações orais sólidas

são tidas como referência. Quando o solvente utilizado é hidroalcoólico (elixir),

a droga forma um precipitado fino no trato gastrointestinal, de tal modo que

serão redissolvidas antes da absorção. O mesmo ocorre com as suspensões, onde

as partículas encontram-se finamente dispersas no líquido.

Partículas

finas

Comprimido ou cápsula

Droga em solução

Grânulos ou agregados

Dissolução

Desagregação

Desintegração

Dissolução

Dissolução

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Fase Farmacocinética

A fase farmacocinética, a qual teve por objetivo essa dissertação,

compreende os processos de absorção, distribuição, metabolização e eliminação.

Uma das definições clássicas de farmacocinética é exatamente o que o

organismo faz com a droga.

Absorção

Primeiramente, a droga é absorvida do sítio de administração, atinge

circulação sistêmica e se distribui pelo organismo; a velocidade e o padrão de

distribuição podem variar largamente de uma droga para outra. Finalmente, a

droga é removida do plasma e eliminada do organismo através de

biotransformação metabólica e/ou excreção da droga inalterada.

As drogas são absorvidas a partir dos muitos sítios de administração,

mas cada rota leva a um diferente acesso da droga a circulação sistêmica. A

escolha da via de administração é feita, entre outras, pela via oral, sublingual,

subcutânea, intravenosa, intra-arterial, intramuscular, tópica, pulmonar ou retal.

A absorção da droga do sítio de administração pode ser influenciada por

muitos fatores, dentre eles destacamos: 1) os físico-químicos, como a presença

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de alimentos no trato gastrointestinal, como é o caso da interação que ocorre

com alguns antibióticos tetraciclínicos com o íon cálcio principalmente; veículo

de administração; o pH gástrico; o tamanho e a formulação das partículas; a

velocidade de dissolução para formas sólidas que é o fator limitante da absorção,

e 2) fatores fisiológicos, como as condições intrínsecas do sítio de

administração, como a circulação para o local de absorção; adiposidade do

tecido; área da superfície absorvente; motilidade gastrointestinal e o fluxo

sangüíneo esplâncnico o qual é reduzido em estados hipovolêmicos diminuindo

a absorção.

A taxa de absorção reflete o tempo para obter a concentração máxima da

droga no plasma, inferindo dois parâmetros muito importantes analisados, os

quais são: tempo para atingir a concentração máxima no plasma (Tmax) e a

própria concentração plasmática máxima (Cmax).

Quando a droga é administrada por via intravenosa, 100% é liberado

direto na circulação sistêmica, não fazendo sentido o termo absorção.

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Distribuição

Após a absorção da droga, atingindo a circulação sistêmica, inicia-se o

processo de distribuição para os tecidos do organismo.

Os fatores principais que podem interferir nessa fase são: 1) o fluxo

sangüíneo, levando o fármaco para os órgãos de melhor perfusão como coração,

cérebro, rins e fígado; 2) a lipossolubilidade devido a natureza extremamente

permeável das membranas endoteliais capilares; 3) a ligação às proteínas

plasmáticas; 4) o elevado peso molecular levando ao confinamento no espaço

intravascular, prolongando a ação do fármaco no mesmo tecido ou em local

distante atingido através da circulação. Muitas drogas são suficientemente

pequenas e lipossolúveis fazendo com grande parte da dose administrada que foi

absorvida, seja distribuída para o espaço extravascular. É importante lembrar

que o término da ação do fármaco é dependente do processo de

biotransformação e de excreção.

Biotransformação

Esse processo consiste em transformar as drogas ou seus metabólitos em

produtos capazes de serem eliminados pelos rins. As drogas lipofílicas são um

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exemplo, onde elas têm que se tornar mais hidrofílicas para posterior

eliminação.

O metabolismo de fármacos depende de vários fatores, sejam internos

como sexo, idade, peso, estado nutricional, gestação, fatores de administração

dos fármacos, via, local e velocidade de administração, volume administrado,

veículo e fatores ambientais externos como temperatura, umidade, luz e hora do

dia.

As reações de biotransformação podem ser de oxidação, redução,

hidrólise, hidroxilação ou dealquilação dos sítios ativos e ocorrem nas frações

microssomais hepáticas das células do fígado. Essas reações são mediadas por

uma classe de enzimas conhecidas por sistema do citocromo P-450. Através

dessa classe de enzimas os metabólitos das drogas sofrem essas reações, ditas

reações de Fase I, tornando-as mais hidrofílicas que seus progenitores. Em geral

as reações de Fase I alteram muito pouco a estrutura estérica da droga, formando

com freqüência substâncias farmacológicas ativas.

A quantidade e a atividade das enzimas metabolizadoras hepáticas

podem estar aumentadas em várias condições, como fumo ou mesmo uso de

drogas que sejam indutoras enzimáticas como o fenobarbital. Da mesma

maneira tais enzimas também podem ser reduzidas ou inibidas em decorrência

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de drogas que as inibam ou por patologias hepáticas como é o caso de cirrose e

hepatite.

O processo de biotransformação também pode ser acompanhado de

reações de Fase II, consumindo energia, através das quais ocorre a adição de

grupos químicos à droga, também conhecida por reações de conjugação. As

enzimas que promovem esse tipo de reação são chamadas transferases ou de

conjugação, facilitando a substituição de grupos covalentes por ácido

glicurônico, glicina, sulfato, acetil ou glutationa para a droga. Em geral os

metabólitos de Fase II são inativos.

Predominantemente as drogas são metabolizadas através de

biotransformação hepática numa série de reações de Fase I terminando na Fase

II, com a conjugação do ácido glicurônico a glicuronídeo, o qual é inativo,

hidrofílico e excretado pelos rins.

Eliminação de fármacos

A eliminação é o último processo da etapa farmacocinética e como o

próprio nome já sugere sua função primordial é excretar os fármacos, afim de

não levar a uma intoxicação ao longo do período de uso.

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Os fármacos podem ser excretados do organismo sob sua forma

inalterada, ou seja, sem sofrer metabolização, e sob a forma de metabólitos.

Com exceção dos pulmões, os órgãos excretores eliminam mais facilmente os

compostos polares em comparação às substâncias lipossolúveis, as quais devem

sofrer biotransformação até tornar-se mais polares.

O órgão que mais se destaca na eliminação de drogas e/ou metabólitos é

o rim. A via fecal restringe-se às substâncias administradas por via oral que não

sofrem absorção, ou os metabólitos excretados na bile que não são reabsorvidos

pelo trato gastrointestinal.

A excreção no leite materno é importante pelo fato de, mesmo em baixas

concentrações, serem fontes potenciais de efeitos farmacológicos indesejáveis

ao lactante. A importância da excreção pulmonar deve-se à eliminação de

vapores e gases anestésicos.

A principal função dos rins é a formação de urina, através da qual o

organismo elimina os produtos nitrogenados do metabolismo protéico, controla

o volume do fluido extracelular, controla a concentração dos íons no organismo

e o pH dos fluidos corporais; de uma maneira simplificada o rim promove a

homeostase corporal.

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Fase Farmacodinâmica

A farmacodinâmica é a fase que culmina com a conclusão das etapas da

fase farmacocinética. É nesta fase que ocorre a interação fármaco-receptor no

tecido alvo. Pode ser definida como o estudo dos efeitos bioquímicos e

fisiológicos das drogas e os seus mecanismos de ação, ou seja, é a avaliação

quantitativa dos efeitos biológicos e terapêuticos das drogas. Através dela,

demonstra-se o efeito terapêutico esperado da droga e, quando possível, o seu

mecanismo de ação. Além deste, a farmacodinâmica também pesquisa os efeitos

nos principais sistemas do organismo, os efeitos terapêuticos e os efeitos

tóxicos.

No estudo farmacodinâmico, o mecanismo de ação é investigado de

modo íntimo e específico em todos os níveis possíveis, do tecidual até o

bioquímico e o molecular.

Os objetivos da análise da ação das drogas são identificar a ação

primária, através dos efeitos, delinear as interações químicas ou físicas entre a

droga e a célula e caracterizar a seqüência e o campo de ação e efeitos

completos.

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Fase Terapêutica

Nessa fase observa-se se o efeito farmacológico (farmacodinâmica), está

sendo transformado no efeito terapêutico adequado. Sendo o paciente

beneficiado com a terapêutica medicamentosa, o efeito farmacológico deve ser

transformado em benefício clínico, podendo ser verificado através de sinais e

sintomas, ou indiretamente através de exames complementares.

MINOCICLINA

A minociclina foi o centro de estudo dessa pesquisa por ser um derivado

da tetraciclina, a literatura ainda é muito controversa, no que diz respeito da

interferência de alimentos ricos em metais como o cálcio, na sua

biodisponibilidade.

A tetraciclina interage quimicamente, a nível de trato gastrointestinal,

com cálcio, magnésio, alumínio ou outros metais formando quelantes,

resultando em uma insuficiência total ou parcial da absorção do complexo

cátion-tetraciclina. A maioria dos estudos científicos com tetraciclina e

derivados mostrou um efeito inibitório na absorção quando administrado com

alimento (Leyden, 1985).

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A minociclina foi desenvolvida na década de 1960 através de

fermentação seguida de transformação química. É um antibiótico de amplo

espectro indicado para o tratamento de infecções causadas por organismos

sensíveis à tetraciclina bem como é eficaz no tratamento de organismos

tetraciclina-resistente, como é o caso de cepas de estafilococos (Brogden et al

1975). Com relação ao uso no tratamento de estafilococos meticilina-resistente

há relatos de que sua atividade é limitada (Smilack, 1999) e de que apresenta

boa eficácia sem causar resistência (Qadri et al, 1994). É considerado o

tratamento de escolha para infecção por clamídia, micoplasma e brucelose

(Wrightson et al, 1998). É uma tetraciclina lipídica, solúvel freqüentemente

usada em casos de acne resistente à tetraciclina (Leyden, 1985).

A minociclina por ser um derivado semi-sintético da tetraciclina

apresenta quatro anéis benzeno em sua fórmula estrutural. Seu nome químico é

[4S-(4α, 4aα, 5aα, 12aα)]-4, 7-bis (dimetilamino) - 1, 4, 4a, 5, 5a, 6, 11, 12a-

octahidro- 3, 10, 12, 12a, tetrahidroxi-1, 11 dioxo-2- naftacenecarboxamido

monohidrocloridrato.

Figura 2: Fórmula estrutural da minociclina

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Figura 3: Fórmula estrutural da tetraciclina

Apresenta peso molecular de 493,9, mas sob a forma de base livre o peso

molecular é de 457,5. A presença de vários grupos ionizáveis na molécula

confere diferentes graus de dissociação (pKa: 2.8, 5.0, 7.8, 9.3) em solução.

Possui solubilidade em água maior que no álcool, sendo de aproximadamente

1:30 e 1:100 respectivamente. Apresenta sabor amargo, é ligeiramente

higroscópica e sensível à luz. O composto clinicamente útil é a forma levógira.

A minociclina não se encontra disponível combinada a outros produtos.

FARMACOLOGIA

A minociclina é uma tetraciclina semi-sintética que tornou-se

terapeuticamente viável em 1972. Apresenta um amplo espectro de atividade

contra bactérias aeróbias e anaeróbias e possui uma penetração tecidual elevada,

comparada às outras tetraciclinas (Allen, 1976). Além de seu efeito antibiótico

possui atividade quelante, formando complexos com íons cálcio, magnésio e

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alumínio no trato gastrointestinal (Dollery, 1993), o que mais uma vez nos

impulsionou ao estudo realizado, frente a essas contradições existentes na

literatura sobre esse tipo de interação alimentar.

A minociclina é mais lipofílica que as outras tetraciclinas e passa

diretamente pela bicamada lipídica da parede celular bacteriana, além de

apresentar um transporte ativo por um sistema de bombas através da membrana

citoplasmática. Seu mecanismo de ação antibacteriano, assim como a

tetraciclina, ocorre através da inibição da síntese protéica na porção 30S

ribossômica. A droga parece inibir o acesso do RNAt ao sítio receptor do

complexo RNAm-ribossomo, o que impossibilita a adição de aminoácidos para

o desenvolvimento da cadeia peptídica. Em altas concentrações, a minociclina

inibe a síntese protéica em células de mamíferos (Dollery, 1993).

De acordo com estudos recentes a minociclina causa aumento na

expressão da ciclooxigenase do tipo 2 (COX2) elevando os níveis de

prostaglandinas do tipo E2 (PGE2) (Patel et al, 1999; Attur et al, 1999).

Os testes de toxicidade em animais não apresentaram resultados de

relevância clínica. Não existem dados disponíveis a respeito de estudos em

animais sobre a carcinogenicidade e mutagenicidade a longo prazo. Efeitos

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teratogênicos foram demonstrados em ratos e coelhos (mas não em cães ou

macacos) (Jackson, 1975).

FARMACOLOGIA CLÍNICA

A minociclina é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal após

administração por via oral. Dose única de dois comprimidos de 100mg de

minociclina, administrada em 18 voluntários adultos sadios, atingiu a

concentração máxima sangüínea de 2,1 e 5,1µg/mL (média de 3,5µg/mL) entre

1 e 4 horas (média de 2,1 horas). A meia-vida em voluntários sadios variou entre

11,1 e 22,1 horas (média de 15,5 horas) (PDR®, 1998).

Quando a minociclina é administrada simultaneamente com refeições,

que incluem alimentos de consumo diário, a extensão de sua absorção não é

consideravelmente influenciada. O pico de concentração plasmática é reduzido

de forma insignificante (11,2%) e retardado por uma hora quando administrada

com refeições comparado quando administrada fora das refeições.

Administração de dose única de 200mg por via intravenosa (iv) em 10

voluntários sadios produziu níveis séricos de 2,52 a 6,63µg/mL (média de

4,18µg/mL). Após 12 horas da administração os níveis plasmáticos variaram

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entre 0,82 e 2,64µg/mL (média de 1,38µg/mL). Em um grupo de 5 voluntários

sadios do sexo masculino, níveis séricos de 1,4 a 1,8µg/mL foram mantidos

entre 12 a 24 horas quando a minociclina foi administrada por 3 dias na dose de

100mg a cada 12 horas. Quando administrado 200mg a cada 24 horas por 3 dias,

os níveis séricos caíram para aproximadamente 1µg/mL em 24 horas. A meia-

vida plasmática de doses intravenosas de 100mg de 12/12h ou 200mg a cada 24

horas não diferiu significativamente e variou de 15 a 23 horas (PDR®, 1998).

A administração oral de 100mg em 10 voluntários sadios apresentou

níveis plasmáticos variando entre 0,74 e 4,45µg/mL em 1 hora (média de

2,24µg/mL), que após 12 horas alcançou uma faixa de 0,34 a 2,36µg/mL (média

de 1,25µg/mL) (PDR®, 1998).

A quantidade de minociclina recuperada nas fezes e na urina quando

administrada por via oral em 12 voluntários sadios é metade a um terço da

quantidade de outras tetraciclinas (PDR®, 1998).

Em estudos anteriores, a meia-vida da minociclina variou de 11 a 17

horas em 12 voluntários sadios quando administrado 200mg por via oral, de 11 a

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17 horas em 7 pacientes com disfunção hepática, e de 18 a 69 horas em 5

pacientes com insuficiência renal (Welling et al, 1975).

Farmacocinética

O método analítico de escolha é a cromatografia líquida de alta pressão

(HPLC) com capacidade de detecção de até 0,5µg/mL, com especificidade de

93,6% (Leenheer et al, 1979). Já o método de cromatografia líquida acoplada a

espectrometria de massa (LC-MS-MS) oferece uma significante vantagem para

a confirmação das tetraciclinas residuais (Oka et al, 1998).

Biodisponibilidade

A absorção oral da minociclina é de aproximadamente 100%. Após

administração de uma dose de 200mg, o pico plasmático máximo (Cmax) ocorre

com uma concentração de 2 a 3µg/mL em 2 horas (Tmax). A literatura mostra que

a absorção de minociclina não é muito afetada na presença de leite e alimentos,

porém os parâmetros farmacocinéticos não são quantitativamente

esclarecedores. Já com a administração simultânea de minociclina com

antiácidos contendo metal como cálcio e magnésio e composto contendo ferro,

relatos mostram que a absorção pode ser reduzida (Smith &Woods, 1984;

MacDonald et al, 1973). A meia-vida varia de 12 a 16 horas em pacientes com

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função renal ou hepática normal (Carney et al, 1974). Em pacientes com função

renal comprometida, a meia-vida aumenta para 32 horas (Devulder et al, 1974;

Kunin et al, 1967).

Distribuição

A minociclina é amplamente distribuída nos líquidos e tecidos corporais.

Ela tem uma penetração tecidual maior quando comparada às oxitetraciclinas, e

na maioria das vezes atinge níveis teciduais que excedem os níveis plasmáticos

em tecidos como bile, tireóide, pulmão e fígado, mas também tem boa

penetração na mama, pele e seios paranasais (Kunin, 1967). A minociclina

atinge o líquido cefalorraquidiano melhor que as outras tetraciclinas, porém em

concentrações ainda mais baixas. Possui boa penetração na saliva e lágrimas,

além de ser eliminada no leite materno e atravessar a placenta.

A minociclina se liga mais fortemente as proteínas que as

oxitetraciclinas (76% a 30%) (Kunin, 1967). Com meia-vida de 12-16 horas,

apresenta um volume de distribuição de 78,6 ± 10,8L.

Metabolismo

Sofre um metabolismo pré-sistêmico inferior a 5%. A minociclina é

metabolizada em compostos microbiologicamente inativos por conversão

bioquímica no organismo; apesar da investigação desses compostos ainda está

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sob pesquisa, estudos em animais demonstraram a conversão em 4-

epiminociclina. A excreção da minociclina administrada por via intravenosa

parece ser similar a doses orais. A minociclina é mais lentamente excretada na

urina que as oxitetraciclinas, somente 5% nas primeiras 24 horas. A minociclina

é extremamente solúvel no tecido adiposo. Cerca de 32% é eliminada como

droga ativa, sendo 12% na urina e 20% nas fezes. Altas concentrações são

encontradas na bile.

RELAÇÃO DOSE-EFEITO

A faixa terapêutica da minociclina dependerá da concentração inibitória

mínima (CIM) do antibiótico para o microrganismo em questão, ou seja, da

menor concentração do antibiótico capaz de inibir a replicação bacteriana.

A sensibilidade completa ocorre quando o CIM é ≤ 4µg/mL, e a

suscetibilidade intermediária quando CIM estiver entre 4,0 e 12,5µg/mL e

resistente se > 12,5µg/mL.

MICROBIOLOGIA

As tetraciclinas são primariamente bacteriostáticas e exercem suas

atividades antimicrobianas inibindo a síntese protéica. As tetraciclinas,

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incluindo a minociclina, têm similar espectro antibacteriano contra Gram-

negativos e Gram-positivos. A resistência cruzada desses microorganismos é

comum (Wrightson et al, 1997).

Espectro antibacteriano

∗ Bactérias Gram negativas

Bartonella barciliformis, Brucella species, Campylobacter fetus,

Francinella tularensis, Haemopphillus ducrey, Haemophillos influenzae,

Listeria monocytogens, N. gonorrhoeaae, V. cholereae e Yersini2a pestis.

Algumas bactérias Gram-negativas têm demostrado ser resistentes às

tetraciclinas, deste modo, recomenda-se teste de sensibilidade e cultura para

os microorganismos: Acinetobacter, Bacteroides, Enterobacter aerogenes, E.

coli, Klebsiella species,e Shigella.

∗ Bactérias Gram positivas

Muitos microorganismos Gram-positivos são resistentes às tetraciclinas.

Cerca 44% de cepas de Streptococcus pyogenes são resistentes, por isso as

tetraciclinas não são usadas em infecções estreptocócicas exceto se houver

sensibilidade. Recomenda-se, portanto, cultura e teste de sensibilidade às

tetraciclinas para: Actinomyces, Bacillus antrasis, Borrelia, Chlamidia

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trachomatis, Chlamidia psittaci, Entamoeba, Clostridium, Mycoplasma

pneumoniae, Rickettsiae, Treponema pallidum, Treponnema pertenue,

Ureoplasma urrealyticum.

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

A minociclina está indicada no tratamento das seguintes patologias: acne

vulgaris, cólera, gonorréia, granuloma e cancro inguinais, infecções

estafilocócicas, infecções por clamídia, infecções respiratórias, nocardiose,

quimioprofilaxia de infecções meningocócicas e sífilis (Baytch, 1974).

A suspensão oral e os comprimidos de minociclina são indicados no

tratamento das seguintes patologias: febre das montanhas rochosas, febre tifóide,

febre Q, infecção respiratória por micoplasma, linfogranuloma venéreo,

tracoma, uretrites não gonocócica e infecções retal e endocervical

porureoplasma, cancróide, tularemia, peste, brucelose, granuloma inguinal,

infecções por Vibrio species e outras infecções por germes sensíveis (Smilack,

1999).

Quando as penicilinas são contra-indicadas, as tetraciclinas são uma

alternativa para infecções causadas por gonococos, actinnomices, sífilis,

listeriose, antraz, infecção de Vincent. Nas amebíases intestinais agudas, as

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tetraciclinas podem ser usadas como coadjuvante amebicida. A minociclina

também pode ser usada no tratamento da acne vulgar (Freeman, 1989).

Minociclina oral é contra indicada para o tratamento de infecção meningocócica

(PDR®, 1998).

A minociclina também pode ser usada em associação no tratamento de

infecções anaeróbias, fibrose cística, gengivite, malária e lepra.

CONTRA-INDICAÇÕES

A Hipersensibilidade a tetraciclinas embora rara, pode acarretar

urticária, asma e edema facial, na gravidez a minociclina, como outras

tetraciclinas, pode causar danos fetais quando administrada em mulheres

grávidas. Caso a droga seja usada durante a gravidez ou a paciente engravidar no

decorrer do tratamento, deve ser alertada sobre os possíveis efeitos sobre o feto

como coloração amarelada dos dentes decíduos, pois liga-se aos dentes e ossos.

O uso da droga na primeira metade da gravidez e na infância até oito anos de

idade pode causar descoloração permanente dos dentes. Os efeitos adversos são

comuns durante um longo tratamento, porém podem surgir a curto prazo. Ela se

liga nos dentes e ossos (em crescimento) causando fluorescência amarelada

(Cohlan et al, 1977), em pacientes menores de 12 anos causam descoloração da

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dentição permanente, hipoplasia do esmalte, e deprime o crescimento ósseo,

pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico podem apresentar exacerbação

dessa condição (Doniz, 1969).

Recomenda-se que todos os pacientes recebendo minociclina,

principalmente por mais de 1 ano, necessitam de “screening” para

desenvolvimento de pigmentação (Eisen & Hakin, 1998). Até o momento não há

relatos de efeitos letais.

Todas as tetraciclinas formam um complexo estável com o cálcio no

tecido ósseo em formação. Uma redução da taxa de crescimento da fíbula tem

sido observada em crianças prematuras que receberam doses de 25mg/kg a cada

6 horas. Essa reação foi mostrada ser reversível quando a droga é descontinuada

(PDR®, 1998).

Estudos em animais demonstraram que as tetraciclinas atravessam a

barreira placentária, são encontradas nos tecidos fetais e podem promover

efeitos tóxicos no desenvolvimento fetal. Um efeito freqüentemente relatado é o

retardo do desenvolvimento esquelético. Evidências de embriotoxicidade têm

sido observadas em animais tratados em períodos gestacionais precoces (PDR®,

1998).

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Na presença de insuficiência renal e, principalmente, na gravidez, a

terapia diária intravenosa com tetraciclina em doses superiores a 2gm leva a

morte por falência hepática. Quando é necessário um tratamento intensivo deve-

se considerar seu potencial prejudicial, associado principalmente com a gravidez

e a presença de insuficiência renal ou hepática, e investigar, portanto, a função

renal e hepática antes e durante a terapia, bem como as concentrações séricas de

tetraciclina.

As ações antianabólicas das tetraciclinas podem aumentar a uréia,

enquanto isso não representa qualquer efeito prejudicial em pacientes com

função renal normal, ao mesmo tempo em que pode precipitar uma azotemia,

hiperfosfatemia e acidose em pacientes com falência renal. Caso esta realmente

exista, doses orais ou parenterais pequenas podem levar ao acúmulo sistêmico

excessivo da droga e possíveis efeitos tóxicos hepáticos. Nessas condições, as

doses administradas devem ser menores que o habitualmente indicado. Caso a

terapia se estenda por um período prolongado, é necessária a determinação

plasmática da droga, o que é particularmente importante se a via de

administração for a parenteral em gestantes ou em pacientes com pielonefrite.

Nessas circunstâncias, os níveis sangüíneos não devem exceder 15µg/mL e os

testes de função hepática devem ser feitos com freqüência. O uso concomitante

de drogas hepatotóxicas deve ser evitado (PDR®, 1998).

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A fotosensibilidade é observada também como uma reação adversa em

indivíduos que, em uso de tetraciclinas, têm história de exposição exagerada ao

sol. No caso desses pacientes recomenda-se o uso de protetores solares, bem

como a orientação de não se expor a radiação ultravioleta. O tratamento deve ser

interrompido ao primeiro sinal de eritema na pele. A fotosensibilidade tem sido

relatada raramente com o uso de minociclina (PDR®, 1998).

Alguns dos efeitos que estão associados ao sistema nervoso central são:

cefaléia e vertigem. Pacientes que trabalham no controle de máquinas ou

conduzindo veículos devem tomar minociclina com cautela. Esses sintomas

desaparecem com a interrupção da droga (PDR®, 1998).

Algumas suspensões orais contêm sulfito de sódio, substância que pode

causar reação alérgica incluindo sintomas anafiláticos ou efeitos menos severos

em indivíduos suscetíveis. Pacientes asmáticos têm maior freqüência de

reatividade ao sulfito que indivíduos normais. É desconhecida a prevalência de

sensibilidade ao sulfito de sódio na população geral, mas estima-se que seja

baixa (PDR®, 1998).

Como qualquer outra preparação antibiótica, o uso dessa droga pode

levar ao supercrescimento de organismos não suscetíveis, como os fungos. Em

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caso de superinfecção a droga deve ser descontinuada e instituída uma nova

terapia apropriada (PDR®, 1998).

Em adultos, um pseudotumor cerebral (hipertensão intracraniana) tem

sido associado com o uso de tetraciclina. As manifestações usuais são cefaléia e

visão turva. A minociclina pode causar tontura, ataxia e náusea por disfunção

vestibular, o que parece ser mais freqüente em mulheres e reversível com a

descontinuação da terapia.

Em doenças venéreas com suspeita de coexistência de sífilis, deve ser

realizado um exame minucioso antes do tratamento e a sorologia sanguínea deve

ser repetida mensalmente por pelo menos 4 meses. Todos os pacientes com

gonorréia devem ser investigados para sífilis no momento do diagnóstico e

iniciado o tratamento com minociclina. Devem ter um seguimento sorológico

para sífilis por 3 meses. No tratamento longo com minociclina, deve-se

acompanhar a função hematopoiética, renal e hepática periodicamente (Baytch,

1974).

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INTERAÇÕES COM DROGAS

O número de interações com drogas é enorme, principalmente em

pacientes hospitalizados os quais, na grande maioria, necessitam de seis ou mais

medicamentos. Embora muitas das interações não sejam observadas

clinicamente ou os casos reportados sejam inconclusivos, observa-se que vem

aumentando a cada ano.

Um aspecto que não pode ser esquecido é que o fato de uma interação

maléfica ou benéfica já ter sido relatada, não necessariamente ocorrerá em todos

os pacientes e que o oposto também não garante que não venha a aparecer.

As interações classificam-se de acordo com o mecanismo da interação e

podem ser divididas em: 1) físico-química na qual há uma incompatibilidade

física ou química de uma droga com a outra e ocorre antes da administração das

drogas, ainda fora do organismo; são muito comuns em misturas destinadas a

administração intravenosa; 2) farmacocinética onde há interação em um ou

mais de um dos quatro processos que compõem a etapa farmacocinética, seja na

absorção, distribuição, metabolismo ou excreção e existe também a interação 3)

farmacodinâmica que se dá nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os

mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam.

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Exemplos de interações medicamentosas com tetraciclinas

As tetraciclinas têm sido envolvidas na redução da atividade das

protrombinas plasmáticas, pacientes em terapia anticoagulante precisam de

ajuste da sua posologia.

Drogas bacteriostáticas como as tetraciclinas, interferem com a ação

bactericida das penicilinas, por isso é aconselhável evitar a administração

concomitante de drogas das classes das tetraciclinas com penicilinas.

A absorção da tetraciclina é prejudicada por antiácidos contendo

alumínio, cálcio ou magnésio, e preparações contendo ferro.

O uso concomitante de tetraciclina e metoxiflurano tem sido relacionado

com a ocorrência de toxicidade renal fatal (Kuzneu, 1970).

As tetraciclinas não devem ser usadas concomitantes com contraceptivos

orais, por reduzirem sua eficácia e aumento de sangramento intermenstrual.

As drogas podem interagir com substâncias químicas, reagentes

empregados em testes de diagnóstico, outras drogas e com o próprio alimento,

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interação esta que foi estudada nesta dissertação, portanto será abordada com

mais ênfase.

INTERAÇÕES COM ALIMENTO

As interações de drogas com alimento devem ser consideradas como

uma interação da formulação com o alimento, devido as evidências de que a

droga pode ser afetada diferentemente pelo alimento quando administrada em

formulações diferentes. Podem ser classificadas em 5 categorias: as que causam

redução, atraso, aumento ou aceleram a absorção e ainda as que a alimentação

não exerce efeito sobre a droga.

Os alimentos induzem alterações na fisiologia do trato gastrointestinal.

Essas mudanças fisiológicas provocadas pelo alimento podem resultar em atraso

no esvaziamento gástrico, estimulação do fluxo biliar, mudanças no pH, e

aumento do fluxo sangüíneo esplâncnico. A alimentação também pode alterar o

metabolismo no lúmen e interagir física ou quimicamente com a substância ativa

(Guidance for Industry. Food-Effect Bioavailability and Bioequivalence Studies.

U.S. Department of Health and Human Services. Food and Drug Administration.

Center for Drug Evaluation and Research (CDER) - October 1997 BP X).

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Os efeitos da alimentação na biodisponibilidade de drogas ou

bioequivalência entre elas depende de propriedades da droga, sejam físico-

químicas como solubilidade ou farmacocinéticas como sítio de ação, taxa e

extensão de absorção e metabolismo de 1ª passagem, bem como da liberação do

princípio ativo do produto farmacêutico. Os efeitos da co-administração de

alimentos com drogas é máximo quando o produto é administrado

imediatamente após a alimentação. O conteúdo da alimentação, o volume de

fluido, a temperatura e o conteúdo calórico dos alimentos influenciam a

magnitude da alteração fisiológica que pode afetar a absorção da droga.

Alimentos ricos em calorias, gorduras e de alta densidade são os mais prováveis

de levar a alterações na biodisponibilidade de drogas (Guidance for Industry.

Food-Effect Bioavailability and Bioequivalence Studies. U.S. Department of

Health and Human Services. Food and Drug Administration. Center for Drug

Evaluation and Research (CDER) - October 1997 BP X). Welling e

colaboradores (1977) relataram que uma dieta rica em gordura, carboidratos e

proteínas produz 50% de inibição na absorção de tetraciclina e 20% de inibição

na absorção de doxiciclina.

É necessário examinar as interações droga-alimento para específicas

drogas e formulações, explorando mecanismos padrões que possam levar a uma

melhor predição da natureza e extensão das mudanças nos níveis de droga

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circulante devido à presença de alimento e o possível impacto clínico (Welling,

1996).

Tetraciclinas versus alimento

Yu e colaboradores (1990), Baggot (1992) e Sutter e colaboradores

(1993); mostraram que a presença de alimento no trato gastrointestinal pode

afetar a absorção de drogas administradas por via oral, e que o grau da interação

depende da droga em questão bem como da espécie animal.

Segundo Palmer e colaboradores (1983) e Kniffen e colaboradores

(1989), a administração de tetraciclinas com alimento pode resultar em

interações que influenciam na biodisponibilidade da droga, alterando a

possibilidade de obter concentrações terapeuticamente ativas no plasma e nos

tecidos.

Meyer (1996) demonstrou que a administração de tetraciclina e

derivados juntos com alimento resulta numa redução na biodisponibilidade.

Diferentemente da espécie humana, Luthman e colaboradores, (1989),

observaram que a concentração plasmática era muito reduzida em porcos

alimentados comparados aos que estavam em jejum, e concluíram que a

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biodisponibilidade é grandemente reduzida quando a tetraciclina é misturada ao

alimento.

Apresentação farmacêutica

O laboratório inovador nos Estados Unidos e Reino Unido é o Lederle

Laboratories que comercializou a minociclina com o nome de Minocin. No

Brasil a minociclina de referência é o Minomax® do Laboratório Wyeth.

Comprimidos de 50 e 100mg de minociclina estão disponíveis tanto nos

Estados Unidos como no Reino Unido. O período de validade é de 3 anos, desde

que armazenados em ambiente de temperatura variando de 10 a 30ºC, na

embalagem original ou em recipientes protegidos contra a umidade.

Nos Estados Unidos existe ainda sob a forma farmacêutica de suspensão,

50mg/5mL, a qual apresentam em sua formulação parabenos e 5% de álcool

como preservativos. A forma intravenosa só está disponível para pacientes pré-

determinados (Dollery, 1993). No Brasil a minociclina está disponível apenas

sob a forma farmacêutica de comprimidos de 100mg.

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OOBBJJEETTIIVVOOSS

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OBJETIVOS

Determinar a farmacocinética da minociclina administrada em condições

de jejum e após uma dieta padrão específica.

Comparar a biodisponibilidade de duas formulações de minociclina,

fabricadas por dois laboratórios, um teste e outro de referência, em condições de

jejum e após dieta padrão específica.

Desenvolver e validar um método específico para quantificação da

minociclina em plasma humano.

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MMAATTEERRIIAALL EE MMÉÉTTOODDOOSS

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MATERIAL E MÉTODOS

PROTOCOLO CLÍNICO

Delineamento do Estudo

A pesquisa consistiu de um estudo aberto, com replicação, de 24

voluntários sadios, adultos (doze homens e doze mulheres, não grávidas).

Depois da seleção e observado um período de pelo menos 4 semanas sem fazer

uso de qualquer medicação, os voluntários qualificados para participar do estudo

foram internados por quatro períodos de aproximadamente 36 horas, com duas

semanas de intervalo entre os internamentos. Em cada internamento, os

voluntários receberam a formulação teste ou referência acompanhada ou não de

uma dieta padrão específica a qual foi elaborada objetivando-se um alto teor de

cálcio.

A dieta padrão consistiu de 200mL de suco de laranja, 200mL de iogurte

de morango, 4 bolachas tipo cream cracker e 20g de queijo, perfazendo um total

de 452mg de cálcio; 8,64mg de gordura e 303,5Kcal. A quantidade de cálcio

recomendado para adultos sadios acima de 25 anos de idade é de 800 –

1200mg/dia, de acordo com National Research Council recommended Dietary

Allowances National Academy of Sciences, Washington, D.C., 1989.

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Em dois dos quatro internamentos foi administrado minociclina com

uma dieta padrão específica, sendo uma vez com a minociclina referência

(Minomax®) e em outra a minociclina teste (Minoderm). Quinze minutos após a

ingestão da dieta padrão específica, administrou-se a minociclina conforme uma

tabela de randomização para quatro períodos.

Nos outros dois internamentos, a administração constou apenas da

formulação de minociclina referência ou a minociclina teste.

Seleção do Voluntário

Os voluntários foram selecionados através de uma avaliação clínica

completa, conduzida por um profissional médico, realização de exames

laboratoriais para avaliar as funções renal, hepática e hematológica, bem como

avaliação da função cardíaca através de um eletrocardiograma (ECG).

Exames Laboratoriais:

Os seguintes exames laboratoriais foram realizados nos períodos pré-

estudo (período de avaliação para seleção de voluntários saudáveis) e pós-estudo

(período após o quarto e último internamento):

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1) Análise Hematológica: Hemoglobina, Hematócrito, Contagem total e

diferencial de leucócitos, Contagem de plaquetas e Velocidade de

Hemossedimentação (VHS).

2) Análise Bioquímica: Uréia, Creatinina, Bilirrubina Total, Proteína

Total, Albumina, Glicose em jejum, Fosfatase Alcalina, Aspartato – amino -

transferase (AST), Alanina - amino - transferase (ALT), Colesterol Total,

Triglicérides, Ácido Úrico e Gama GT.

3) Sumário de Urina

4) Exames realizados somente no período pré-estudo: Parasitológico de

Fezes; Análise Sorológica para Hepatite B, Hepatite C, HIV (Síndrome da

Imunodeficiência Adquirida-AIDS) e Teste sorológico para gravidez (Beta –

HCG) no caso de tratar-se de voluntários do sexo feminino.

Critérios de Inclusão

Os seguintes critérios foram satisfeitos para que o voluntário participasse

do estudo:

1. Homem ou mulher que não estivesse grávida, com idade entre 18 a

50 anos;

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2. Peso corporal entre 55 e 95Kg dentro de uma variação de 15%, de

acordo com seu índice de massa corpórea (IMC);

3. Ser submetido a uma história clínica e exame físico, e ser considerado

saudável;

4. Concordar livremente e assinar o termo de consentimento, após todos

os elementos essenciais do protocolo serem esclarecidos, antes de qualquer

procedimento.

Critérios de Exclusão

Qualquer um dos seguintes critérios excluía o voluntário do estudo:

1. Os resultados dos exames laboratoriais estavam fora dos valores

considerados normais (± 10%), a menos que fossem considerados clinicamente

irrelevantes;

2. O voluntário participou de qualquer estudo experimental ou ingeriu

qualquer droga experimental nos últimos três meses que antecederam o início do

estudo;

3. Fez uso de medicação regular nas últimas 4 semanas que antecederam

o inicio do estudo, ou fez uso de qualquer medicação uma semana antes do

início do estudo;

4. Ter sido internado, por qualquer motivo, até 8 semanas antes do início

do estudo;

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5. Apresentava história de abuso de álcool ou drogas, ou tinha ingerido

bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecederam o período de internação para

início do estudo;

6. Possuía história de doença hepática, renal, pulmonar, gastrointestinal,

epiléptica, hematológica ou psiquiátrica;

7. Apresentava hipotensão ou hipertensão de qualquer etiologia que

necessitasse de tratamento farmacológico;

8. Apresentava história ou tinha tido infarto do miocárdio, angina e/ou

insuficiência cardíaca;

9. O voluntário tinha doado ou perdido 450mL ou mais de sangue nos

últimos três meses que antecederam ao estudo;

10. Mulher com teste imunológico positivo para gravidez;

11. O voluntário tinha qualquer condição que o impedia de participar do

estudo pelo julgamento do investigador.

Critérios para Retirada do Estudo:

As seguintes condições foram consideradas como critérios de retirada do

estudo:

O voluntário não deseja continuar no estudo, por razões outras que a

ocorrência de eventos adversos da droga teste; por ex. indisponibilidade,

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intolerância aos procedimentos do estudo. Efeitos adversos da droga, testes

laboratoriais anormais julgados de relevância clínica, doença intercorrente

requerendo medicação.

Entrada do Voluntário no Estudo:

Os voluntários foram aceitos no estudo somente se fossem considerados

saudáveis, como determinado pela história médica, exame físico e os exames

laboratoriais que antecederam o início do estudo.

Uma vez avaliada a higidez, os voluntários foram submetidos a uma

entrevista para avaliação das condições emocionais para participar da

investigação. Após todas as dúvidas, por parte dos voluntários, terem sido

esclarecidas, e os mesmos tendo concordado com o protocolo clínico, assinaram

o termo de consentimento (Anexo IV) para participação no estudo.

Internamento:

Solicitou-se ao voluntário que se apresentasse para internamento, na

Unidade de Farmacologia Clínica - UNIFAC - da Faculdade de Medicina da

Universidade Federal do Ceará, aproximadamente às 21:00 horas da noite

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anterior à administração do medicamento, e que permanecesse na mesma até 24

horas após a administração da medicação.

Restrições:

Todos os voluntários chegaram à Unidade de Farmacologia Clínica

tendo feito uma refeição normal noturna (jantar). A partir das 23:00 horas da

noite do internamento, os voluntários ficaram em jejum até a manhã seguinte e

durante o período de 2 horas após a administração da medicação quando um

desjejum foi servido. O almoço foi servido entre 5 e 6 horas após administração

e o jantar após 12 horas. Não foram permitidos outros alimentos no período de

internação. Em dois dos quatro períodos, os voluntários tomaram um café da

manhã padronizado 15 minutos antes da administração da medicação e as

demais refeições seguiram o mesmo protocolo. Líquidos foram permitidos ad

libitum após as refeições, mas bebidas contendo xantinas (incluindo chá, café e

cola) foram evitadas.

Não foi permitido fumar durante o período de internamento. Medicações

concomitantes foram evitadas quando possível, mas em caso de necessidade,

quando utilizada foi registrada em formulário próprio. O consumo de álcool foi

limitado durante o período de estudo e evitado completamente durante as 48

horas que antecedem cada coleta de sangue.

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Produtos Estudados

Formulação Teste Formulação Referência

Nome Minoderm Minomax®

Ingrediente Ativo Minociclina Minociclina

Forma Comprimidos Comprimidos

Potência 100mg 100mg

Lote CT 010/99 CT 011/99

Fabricante Laboratórios Stiefel Laboratórios Wyeth

Esquema Experimental

Os voluntários receberam em cada uma das fases (período) de

internamento, de acordo com a randomização (tabela 1), os seguintes produtos:

Minomax®, comprimido contendo 100mg de cloridrato de minociclina

(formulação referência), da Wyeth, em jejum.

Minoderm, comprimido contendo 100mg de cloridrato de minociclina

(formulação teste), da Stiefel, em jejum.

Minomax®, comprimido contendo 100mg de cloridrato de minociclina

(formulação referência), da Wyeth com dieta padrão específica.

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Minoderm, comprimido contendo 100mg de cloridrato de minociclina

(formulação teste), da Stiefel com dieta padrão específica.

Inventário das amostras

Minoderm 100mg Stiefel Minomax® 100mg Wyeth

Amostra Utilizada 48 unidades Amostra Utilizada 48 unidades

Amostra de Retenção 12 unidades Amostra de Retenção 08 unidades

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Tabela 1: Randomização da Minociclina

Vol. Fase I Fase II Fase III Fase IV 1. Minomax® Minoderm Minomax® + dieta Minoderm + dieta

2. Minomax® + dieta Minoderm Minoderm + dieta Minomax®

3. Minoderm + dieta Minomax® Minoderm Minomax® + dieta

4. Minoderm Minomax® + dieta Minoderm + dieta Minomax®

5. Minomax® Minomax® + dieta Minoderm Minoderm + dieta

6. Minoderm + dieta Minomax® Minoderm Minomax® + dieta

7. Minomax® + dieta Minoderm + dieta Minomax® Minoderm

8. Minoderm Minoderm + dieta Minomax® Minomax® + dieta

9. Minoderm Minoderm + dieta Minomax® + dieta Minomax®

10. Minomax® + dieta Minoderm Minomax® Minoderm + dieta

11. Minomax® Minomax® + dieta Minoderm + dieta Minoderm

12. Minoderm + dieta Minomax® Minomax® + dieta Minoderm

13. Minomax® + dieta Minoderm + dieta Minoderm Minomax®

14. Minoderm + dieta Minomax® Minoderm Minomax® + dieta

15. Minoderm Minomax® + dieta Minomax® Minoderm + dieta

16. Minoderm + dieta Minomax® Minomax® + dieta Minoderm

17. Minoderm Minoderm + dieta Minomax® + dieta Minomax®

18. Minoderm Minomax® + dieta Minomax® Minoderm + dieta

19. Minomax® Minoderm Minoderm + dieta Minomax® + dieta

20. Minomax® Minomax® + dieta Minoderm + dieta Minoderm

21. Minomax® + dieta Minomax® Minoderm + dieta Minoderm

22. Minomax® Minoderm + dieta Minoderm Minomax® + dieta

23. Minoderm + dieta Minoderm Minomax® + dieta Minomax®

24. Minomax® + dieta Minoderm Minoderm + dieta Minomax®

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Coleta de Sangue

As amostras de sangue para determinação da concentração plasmática de

minociclina foram obtidas, através de escalpe heparinizado introduzido em veia

superficial do antebraço do voluntário, imediatamente antes da administração de

uma das preparações de minociclina (tempo ZERO), e aos seguintes intervalos a

partir da administração: 0:30, 1:00, 1:30, 2:00, 3:00, 4:00, 6:00, 8:00, 10:00,

12:00, 16:00, 24:00, 48:00, 72:00 e 96:00 horas.

A cada intervalo de tempo foram coletados 8mL de sangue e colocados

em tubos vacutainer de vidro contendo 30µL de heparina. Depois de

centrifugadas a 3.000 rpm, na temperatura de 8°C, durante 12 minutos, o plasma

foi separado, colocado em dois tubos e em seguida os tubos devidamente

identificados foram mantidos em freezer, numa temperatura de –20ºC, até sua

análise.

Três dias após a última coleta de sangue do 4º internamento, os

voluntários foram reavaliados clinica e laboratorialmente (período de pós-

estudo).

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Efeitos Adversos:

Foi solicitado aos voluntários que relatassem qualquer evento adverso e

quando este evento ocorreu para que fosse acompanhado clínica e

laboratorialmente até que os parâmetros alterados voltassem ao normal. Foi

também solicitado se houve ou não necessidade de usar medicação adicional. As

perguntas realizadas para saber se os voluntários tiveram algum evento adverso

foram limitadas a perguntas gerais, tais como: Como vai você?

Definições de efeitos adversos quanto à intensidade

Leve: experiência adversa facilmente tolerada.

Moderada: experiência adversa desagradável o bastante para interferir

nas atividades cotidianas.

Intensa: experiência adversa que impossibilita a realização das

atividades cotidianas normais.

Relacionamento suposto com a droga experimental

Sem relação: a experiência adversa definitivamente não está relacionada

à droga em teste.

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Improvável: há outras causas mais prováveis e não há suspeitas de que a

droga seja a causa.

Suposto: não foi demonstrado um relacionamento de causa e efeito

direto entre a droga e a experiência adversa, porém, há uma possibilidade

razoável de que a droga esteja envolvida.

Provável: há provavelmente um relacionamento direto de causa e efeito

entre a experiência e a droga em estudo.

ETAPA ANALÍTICA

Análise da droga

Todas as amostras de um mesmo voluntário foram analisadas em

duplicata e no mesmo dia para evitar variação inter-ensaio. As concentrações

plasmáticas de minociclina foram analisadas através de Cromatografia Líquida

de Alta Pressão acoplada a espectrometria de massa (LC-MS-MS) com fase

reversa, ionização eletronspray positiva usando um monitor múltiplo de reação

(MRM).

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Preparo das soluções padrões e reagentes

Soluções de minociclina foram preparadas, a partir de uma diluição

apropriada de uma solução estoque de 1mg/mL em metanol/água (50/50, v/v)

nas concentrações 2000, 1000, 500, 50, 20ng/mL.

A solução do padrão interno, claritromicina 100µg/mL, foi preparada a

partir de uma diluição apropriada de uma solução estoque de 1mg/mL em

metanol/água (50/50, v/v).

O tampão utilizado foi o ácido etilenodiaminotetraacético EDTA. O

dietil éter/diclorometano (70/30, v/v) foi preparado no dia de cada ensaio.

Preparação das amostras da curva de calibração e controles de

qualidade

Os padrões da curva de calibração foram preparados contaminando

plasma humano com soluções padrões de minociclina, obtendo-se as

concentrações 2 ,5, 10, 20, 50, 100, 200, 500, 1000, 2000ng/mL. O volume de

0,2mL de uma concentração fixa do padrão interno (claritromicina 0,2µg/mL em

EDTA 10mM) foi adicionada a todos os tubos do estudo. Os padrões de

calibração e o branco foram preparados antes de cada análise e em duplicata,

sendo extraído juntamente com a amostra de plasma e o controle de qualidade.

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Os controles de qualidade foram preparados contaminando o plasma humano

com concentrações definidas de minociclina 20, 100, 1000ng/mL. Uma amostra

do controle de qualidade para cada uma das 3 concentrações descongeladas, a

cada ensaio, foi extraída junto com as amostras de plasma.

Pré-tratamento das amostras de plasma

Cada alíquota de 200µL da amostra de plasma, de cada tempo de coleta,

foi adicionada a tubos contendo o padrão interno (claritromicina, 0,2µg/mL). Os

tubos foram agitados num vortex e colocados numa estante à temperatura

ambiente, por 5 minutos. Adicionou-se 0,2mL de dietil éter/diclorometano

(70/30, v/v) e agitou-se num vortex por 30 a 40 segundos. Os tubos foram

centrifugados a 2000rpm por 10 minutos a 4ºC. A fase orgânica foi removida

cuidadosamente e transferida, usando pipeta Pasteur, para tubos siliconizados. O

solvente foi removido através de um fluxo de nitrogênio em banho seco a 37ºC.

Adicionou-se 4mL da fase móvel aos tubos, sendo mais uma vez agitados no

vortex por 15 segundos para que os resíduos fossem reconstituídos. As soluções

foram transferidas para pequenos frascos, que posteriormente foram fechados e

acondicionados na bandeja do injetor automático HP 1100 (Hewlett-Packard,

CA, USA). Alíquotas de 40µL foram injetadas automaticamente no sistema de

cromatografia líquida.

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Condições cromatográficas e de espectrometria de massa

Um HPLC modelo 1100 da Hewlett-Packard, com bomba binária,

desgaseificador, auto-injetor, termostato de coluna analítica (Zorbax RX – C8;

4,6mm x 15cm adaptado a uma coluna guarda do mesmo material) foi utilizado.

A fase móvel foi preparada com 80% de acetonitrila, 20% de água e 0,1% de

ácido trifluoroacético; o pH da solução não foi ajustado. A coluna analítica foi

feita em gradiente isocrático, num fluxo de 1mL/min, o tempo total de corrida

foi de 4 minutos. A fase móvel da coluna do HPLC foi injetada e monitorizada

por espectrometria de massa. A coluna operou a uma temperatura de 40ºC e uma

coluna fina e flexível foi empregada para desviar a fase móvel para os resíduos

nos tempos apropriados. A temperatura do auto-injetor foi de 10ºC e o volume

injetado 40µL. A agulha do auto-injetor foi lavada com uma solução fresca de

acetonitrila 50% em água para prevenir efeito cumulativo.

A espectrometria de massa foi executada com um Quattro II triplo

estágio quadrupole espectrômetro de massa (Micromass, Manchester, UK)

equipado com uma interface de ionização de pressão atmosférica com

eletronspray (API-ES), operando em íon positivo usando um fluxo cruzado

(cross-flow) como o counter eletrodo (Micromass). O espectrômetro de massa

foi calibrado com solução de sódio/iodeto/iodeto de césio no intervalo

massa/carga de 20 – 1000 de acordo com as especificações. A otimização das

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condições da espectrometria de massa para todos os compostos estruturados foi

feita com solução padrão na fase móvel (cada 5µg/mL e fluido de 10µL/mL)

usando uma bomba de infusão conectada diretamente no probe do eletronspray.

O espectrômetro de massa equipado com interface de eletronspray

correu no modo positivo (ES+) e calibrado para monitorar múltiplas reações

(MRM): 748,4 > 157,8 para claritromicina e 457,92 > 441,04 para minociclina.

Recuperação

Preliminarmente, os experimentos avaliaram a recuperação da extração

do método para minociclina. A recuperação (%) foi expressa como intervalo da

área do pico da extração do plasma branco contaminado com cada padrão

relativo para a área do pico de uma solução padrão não extraída.

Precisão e acurácia

Entre as corridas, a acurácia e a precisão foram calculadas para as

amostras de calibração e amostras do controle de qualidade. Dentro da mesma

corrida a precisão foi calculada para as amostras do controle de qualidade. Os

experimentos da curva de calibração foram feitos em duplicata. Cada amostra do

controle de qualidade foi analisada 3 ou 4 vezes a cada ensaio.

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Especificidade

Para avaliar a especificidade foram utilizadas amostras de plasma

humano normal, hiperlipêmico e hemolizado. Para realização do teste, as

amostras branco foram testadas, segundo a interferência, usando o procedimento

de extração proposto bem como as condições cromatográficas ou

espectrofotométricas e comparadas às obtidas com a solução aquosa do analito

(minociclina) em concentração próxima ao limite de quantificação.

Parâmetros Farmacocinéticos Determinados

Parâmetros farmacocinéticos (tabela 2) tais como a área sob a curva do

tempo zero ao infinito (AUC(0-∞)), do tempo zero a 96 horas (AUC (0-96h)),

concentração máxima atingida (Cmax), tempo para atingir a concentração

máxima (Tmax), meia-vida plasmática (t1/2) e constante de eliminação terminal

(K) foram calculados.

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Tabela 2. Parâmetros Farmacocinéticos.

AUC(0-∞) Área sob a curva de concentração plasmática da droga versus tempo. Do tempo 0 (zero) ao infinito

AUC(0-96h) Área sob a curva de concentração plasmática da droga versus tempo. Do tempo 0 (zero) ao tempo 96h, calculada pelo método trapezoidal

Cmax Pico de concentração plasmática máxima da droga, obtida diretamente dos dados

Tmax Tempo para atingir o Cmax t1/2 Representa o tempo em que a concentração da droga no plasma é

reduzida a metade. Calcula-se através do logaritmo neperiano de 2 dividido pela constante de eliminação, t1/2 = ln2/K

K Determina a taxa de eliminação da droga dos vasos sangüíneos. Serve para determinar a concentração da droga em um tempo t

Análise estatística

A constante de eliminação terminal (K) de primeira ordem foi estimada

através da regressão linear dos pontos da fase de eliminação numa plotagem log-

linear. A meia vida foi calculada através da fórmula (t1/2 = ln 2/K). A

concentração plasmática máxima observada (Cmax) e o tempo para obter esta

concentração (Tmax) foram obtidos diretamente da curva. A área sob a curva da

concentração plasmática de minociclina versus tempo de 0 a 96horas (AUC(0-

96h)) foi calculada através do método trapezoidal. A extrapolação dessa área para

o infinito (AUC(0-∞)) foi feita adicionando o valor C96/K ao calculado (AUC(0-

96h)) [onde C96 = concentração plasmática calculada da equação da regressão log-

linear obtida através de K 96h após a dose].

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A distribuição da população foi analisada usando o plote do histograma

do valor da transformação normal (NTV), plote do probito e o teste de

Kolmogorov-Smirnov, mostrando-se consistente com a distribuição Gaussiana

se p>0,05 (Dallal & Wilkinson, 1986). A análise da variância entre as

populações foi observada através do teste F (Snedecor).

A bioequivalência entre ambas as formulações foi avaliada calculando a

razão do medicamento teste/medicamento referência do (AUC(0-96h)) individual e

Cmax utilizando os dados transformados logaritmicamente para as médias e o

intervalo de confiança de 90%. A inclusão de 90% do intervalo de confiança

para a razão no intervalo de bioequivalência de 80 – 125% foi analisada usando

teste paramétrico (Análise de variância - ANOVA).

Os programas de computador utilizados nessas análises foram o

WinNonlin Professional NetNetwork Edition, versão 1,5m (Pharsight, Mountain

View, CA, USA), Programa de Bioequivalência para Estudos Cruzados em Dois

Períodos, versão 3,4 (Herman P. Wijnand, Oss, A Holanda), Microsoft Excel

versão 7 (Microsoft, Redmond, WA, USA), GraphPad Prism versão 2,01

(GraphPad Software, San Diego, CA, USA) e WinSTAT versão 3,1 (Kalmia

Co., Inc., Karlsruhe, Germany).

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Comitê de Ética

O protocolo experimental e o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido foram submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal do Ceará.

O Estudo foi conduzido de acordo com a Declaração de Helsinki (1965)

e as revisões de Tokyo (1975), Venice (1983) e África do Sul (1996), e a

Resolução 196/96 e 251/97 do Conselho Nacional de Saúde - MS.

A Declaração de Helsinque foi formulada em 1964 quando da sua

adoção pela Associação Médica Mundial (AMM). Até o ano de 2000 já foram 5

alterações, sendo a última realizada na 52ª Assembléia Geral da Associação

Médica Mundial em 7 de outubro em Edimburgo, Escócia.

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

O termo “consentimento livre e esclarecido” é uma tradução brasileira

originária do termo francês consentement livre et éclairé. Esta forma é utilizada

nas resoluções da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) aprovadas

pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS - MS), o órgão que regula a

ética na pesquisa em seres humanos no Brasil.

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Segundo a Declaração do Congresso Mundial de Bioética, da Sociedade

Internacional de Bioética (SIBI), realizado em junho de 2000, o art. 11º,

dedicado aos temas da pesquisa e experimentação, relata que “os sujeitos das

experimentações deverão dar o seu consentimento livre e esclarecido e

plenamente informado”.

O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido é uma condição

indispensável na pesquisa em seres humanos. Trata-se de uma decisão

voluntária, verbal ou escrita, protagonizado por uma pessoa autônoma e capaz,

selecionada após um processo informativo, para experimentação consciente dos

seus riscos, benefícios e possíveis conseqüências.

Além desses aspectos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

pode ser considerado sob o aspecto jurídico. A possibilidade de ser apresentado

sob a forma de declaração escrita poderá contribuir, futuramente, para a

comprovação de um fato quando de um processo de natureza jurídica, podendo

ser utilizado como testemunho defensivo.

Irrefutavelmente, a prática do termo de consentimento livre e esclarecido

contribui no exercício da ética dignificando e engrandecendo tanto ao sujeito da

pesquisa como o próprio pesquisador.

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xciv

Os voluntários selecionados para essa pesquisa com a minociclina

receberam uma explanação da natureza e dos objetivos do estudo. Foi enfatizado

que o trabalho teria a finalidade de pesquisa e que o voluntário não poderia

esperar que houvesse qualquer efeito terapêutico. O voluntário também tinha

conhecimento de que ele/ela era livre para se retirar a qualquer momento do

estudo sem que isto lhe causasse qualquer prejuízo no seu atendimento junto a

Unidade de Farmacologia Clínica ou ao Hospital Universitário Walter Cantídio

da Universidade Federal do Ceará. Foi solicitado a cada voluntário que, caso

concordasse com o protocolo de estudo, assinasse o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido para participação no mesmo.

Confidenciabilidade

Os resultados da avaliação médica, o eletrocardiograma e os exames

laboratoriais foram registrados em folha individual de cada voluntário. Toda a

informação obtida durante o estudo referente ao estado de saúde do voluntário

ficaram disponíveis aos médicos do Hospital Universitário Walter Cantídio da

Universidade Federal do Ceará. Uma cópia dos exames laboratoriais, realizados

no período pré e pós-estudo, foi fornecida aos voluntários, quando solicitado

pela parte interessada.

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xcv

RREESSUULLTTAADDOOSS EE DDIISSCCUUSSSSÃÃOO

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xcvi

Resultados

O desenho consistiu de um estudo aberto, randomizado, com replicação,

de 24 voluntários sadios, adultos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 39

anos, (22,63 ± 4,34), peso variando de 50,2 a 76,2Kg (65,40 ± 7,96) e altura

entre 155 e 181cm (166,68 ± 6,88).

Os voluntários qualificados para participar do estudo foram internados

por quatro períodos de aproximadamente 36 horas, com pelo menos catorze dias

de intervalo entre os internamentos.

Amostras sangüíneas para a determinação dos níveis plasmáticos de

minociclina foram obtidas antes da administração (tempo zero) e após a

administração (0:30, 1, 1:30, 2, 3, 4, 6, 8, 10, 12, 16, 24, 48, 72 e 96 horas) de

uma das formulações de minociclina.

Os voluntários foram acompanhados clinicamente durante o período do

estudo. Aferição de sinais vitais, pulso, pressão sangüínea sistólica e diastólica,

foi realizada a cada período de coleta de sangue.

Ambas as formulações de minociclina foram bem toleradas. Apenas um

voluntário (Vol-11), durante o segundo internamento, (formulação referência

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xcvii

com dieta padrão específica), queixou-se de cefaléia por 8h, mas a relação desse

sintoma com a droga é desconhecida. O sintoma cedeu após a administração de

1 comprimido de Paracetamol 750mg. Os parâmetros bioquímicos

permaneceram inalterados e dentro do limite dos valores de referência.

Todos os voluntários concluíram o estudo, não havendo nenhuma

desistência ou retirada.

Para cada voluntário foi preenchida uma ficha clínica que consta dos

critérios de admissão, história médica pré-estudo, exame físico geral pré e pós-

estudo, resultado ECG pré e pós-estudo, fichas de administração, coleta de

sangue e aferição de sinais vitais do 1º, 2º, 3º e 4º internamentos, registro de

eventos adversos, medicação para tratamento de eventos adversos, término

prematuro do estudo, determinações laboratoriais e comentários adicionais. Para

exemplificar encontra-se em anexo a ficha clínica do vol.01 SCC (Anexo I).

Os exames clínicos e laboratoriais, pós-estudo, não apresentaram

alterações significativas quando comparados aos exames realizados no período

pré-estudo (tabelas 3, 4 e 5).

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xcviii

Tabela 3. Resultados Hematológicos das Determinações Laboratoriais

(média ± SD) dos 24 voluntários.

Hematologia Pré-estudo Pós-estudo Normal Hemoglobina g% 13,80 ± 1,28 13,47 ± 1,48 13,5-18,0

Hematócrito % 41,54 ± 3,67 40,37 ± 3,99 40-54

Leucócitos 103/mm3 6,41 ± 1,48 6,64 ± 1,21 5-10

Contagem diferencial(%)

Bastões 1,0 ± 0 1,0 ± 0 1-3

Segmentados 56,96 ± 6,03 54,58 ± 5,72 40-75

Linfócitos 30,17 ± 5,39 32,96 ± 5,66 20-45

Monócitos 8,50 ± 1,82 7,92 ± 1,28 2-10

Basófilos 0,04 ± 0,20 0,29 ± 0,46 0-1

Eosinófilos 3,33 ± 3,05 3,25 ± 1,78 1-6

Outros

Plaquetas 103/mm3 250,63 ± 61,08 267,0 ± 72,62 150-450

VHS mm-1ªh 9,67 ± 4,96 7,96 ± 5,95 0-20

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xcix

Tabela 4. Resultados Bioquímicos das Determinações Laboratoriais (média

± SD) dos 24 voluntários.

Bioquímica Pré-estudo Pós-estudo Normal Uréia mg/dL 25,64 ± 6,48 27,85 ± 5,73 15-43

Creatinina mg/dL 0,85 ± 0,14 0,84 ± 0,13 0,7-1,4

Bilirrubina Total mg/dL 0,7 ± 0,27 0,67 ± 0,29 0,2-1,3

Proteína Total g/dL 7,23 ± 0,41 7,09 ± 0,36 6,3-8,2

Albumina g/dL 3,89 ± 0,31 3,80 ± 0,21 3,9-5,0

Glicemia (jejum) mg/dL 81,21 ± 6,73 80,13 ± 8,32 70-110

Fosfatase Alcalina U/L 72,71 ± 18,27 70,75 ± 15,85 38-126

SGOT (AST) U/L 24,13 ± 7,41 21,54 ± 5,96 17-59

SGTP (ALT) U/L 31,04 ± 10,43 29,83 ± 9,64 21-72

Colesterol Total mg/dL 160,25 ± 41,88 161,79 ± 30,59 < 200

Triglicérides mg/dL 88,13 ± 32,41 80,21 ± 33,12 até 200

Ácido Úrico mg/dL 4,63 ± 1,19 4,75 ± 1,19 3,5-8,5

Gamma GT U/L 26,04 ± 15,49 24,54 ± 12,98 8-78

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c

Tabela 5. Resultados das Determinações Laboratoriais do Exame de

Sumário de Urina (média ± SD) dos 24 voluntários.

Sumário de Urina Pré-estudo Pós-estudo Normal Densidade 1023,92 ± 5,66 1067,29 ± 205,11 1005-1030

pH 5,60 ± 0,53 5,54 ± 0,69 5,0-8,0 Albumina ---- ---- ---- Glicose ---- ---- ---- Cetonas ---- ---- ----

Microscopia Leucócitos raros raros 0-3 Hemácias 0,63 ± 1,38 0,96 ± 2,53 0 Cilindros ---- ---- 0-5

Células Epiteliais raros raros 0-5 Cristais ---- * ----

Bactérias ---- ** ---- Outros

* Vol 16 (raro)

** Vol 12 Bacilo Gram -

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ci

Etapa Analítica

O método descrito foi linear de 5 – 10.000ng/mL. Permitiu uma

linearidade até 10.000ng/mL com um coeficiente de determinação (r2 = 0,994),

entretanto, consideramos a nossa curva de calibração com validade até a

concentração de 2000ng/mL, r = 0,999.

Para definir a precisão e a acurácia foram utilizadas 4 concentrações

distintas dentro da faixa das concentrações esperadas, incluindo o limite de

quantificação (LOQ) e as concentrações do controle de qualidade. Por definição,

o coeficiente de variação (CV) para a precisão não pode exceder 15% para cada

concentração analisada (tolerância até 20% da concentração do limite de

quantificação). Em se tratando da acurácia, o CV deve estar dentro de 15% do

valor atual em relação à média das amostras de cada concentração (tolerância até

20% da concentração do limite de quantificação). No método analítico utilizado,

o coeficiente de variação para LOQ foi de 11,23%.

O menor limite de quantificação foi 5ng/mL. O método analítico

permitiu uma recuperação de 57%.

Tabela 6 – Recuperação dos resultados

Àrea média Amostra Amostras

extraídas Amostras não

extraídas Recuperação

% Média de

recuperação %QCA 188,6 379,8 50 QCB 966,8 2242,6 43 QCC 9907,2 12804,0 77

57

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cii

Figura 4. Curva de Calibração - Linearidade.

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ciii

O tempo de retenção para a claritromicina e para a minociclina a partir

do espectrômetro de massa foi de 2,07 e 1,78 minuto, respectivamente.

Os testes de congelamento e descongelamento demonstraram que os

analitos no plasma humano foram estáveis por 3 ciclos de congelamento e

descongelamento quando estocados à temperatura de –70°C.

Não houve interferência no tempo de retenção da droga ou do padrão

interno nos plasmas hiperlipêmico e hemolisado (figuras 3 e 4).

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civ

Figura 5. Plasma em condições de jejum, hiperlipêmico e hemolisado.

normal blank plasma pool minociclina

0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00Time0

100

%

0

100

%

gdn2199bt03 Sm (SG, 2x10) MRM of 2 Channels ES+ 748.40 > 157.80

9302.66

0.76 1.71

gdn2199bt03 Sm (SG, 2x10) MRM of 2 Channels ES+ 457.92 > 441.04

9001.441.000.57 1.95

hyperlipemic blank plasma lot 0101276144

0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00Time0

100

%

0

100

%

gdn2199bt01 Sm (SG, 2x10) MRM of 2 Channels ES+748.40 > 157.80

1.11e30.34 1.841.290.83

gdn2199bt01 Sm (SG, 2x10) MRM of 2 Channels ES+457.92 > 441.04

1.15e30.34 2.260.81

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cv

Figure 5. Plasma em condições de jejum, hiperlipêmico e hemolisado (continuação)

hemolized blank plasma lot GDN

0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00Time0

100

%

0

100

%

gdn2199bt12 Sm (SG, 2x10) MRM of 2 Channels ES+ 748.40 > 157.80

8111.06

1.92

gdn2199bt12 Sm (SG, 2x10) MRM of 2 Channels ES+ 457.92 > 441.04

7671.19 1.95

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cvi

Figura 6. Área do pico padrão (analito e padrão interno). Standard minociclina 2ng/ml

0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50Time0

100

%

0

100

%

gdn2199s159 Sm (Mn, 2x3) MRM of 2 Channels ES+ 748.40 > 157.80

4.63e4Area

2.09;10244

gdn2199s159 Sm (Mn, 2x3) MRM of 2 Channels ES+ 457.92 > 441.04

1.01e3Area

1.80;75

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cvii

Etapa Farmacocinética

Os parâmetros farmacocinéticos para a minociclina (Minomax® e

Minoderm) em voluntários sadios em condições de jejum e alimentados estão

mostrados nas tabelas 6, 7, 8, 9, 10 e 11.

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cviii

Tabela 6. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de

100mg de minociclina (Minomax®) em 24 voluntários em condições

de jejum.

AUC(0-96h) ngh/mL

AUC(0-∞) ngh/mL

Cmax ng/mL

Tmax h

K h-1

t1/2 h

Vol. 01 15749 15923 988 2,0 0,05 14,2 Vol. 02 10321 10344 787 2,0 0,06 11,0 Vol. 03 12504 12592 794 1,5 0,05 13,1 Vol. 04 31216 31846 1614 2,0 0,04 17,8 Vol. 05 25903 26141 1977 2,0 0,05 14,4 Vol. 06 35759 36653 2049 2,0 0,04 18,4 Vol. 07 12191 12523 744 2,0 0,04 19,7 Vol. 08 20993 21183 1144 1,5 0,05 13,0 Vol. 09 13120 13351 757 2,0 0,04 16,7 Vol. 10 11748 11834 875 1,5 0,05 12,9 Vol. 11 16343 16490 1381 2,0 0,04 16,6 Vol. 12 13325 13458 907 2,0 0,05 14,7 Vol. 13 19051 19414 1148 2,0 0,04 17,3 Vol. 14 20211 20381 1270 6,0 0,05 13,6 Vol. 15 13379 13761 927 2,0 0,03 22,4 Vol. 16 16046 16307 1020 1,5 0,04 18,0 Vol. 17 14649 14803 927 2,0 0,04 16,5 Vol. 18 15393 15492 1393 2,0 0,05 13,2 Vol. 19 16529 16743 1489 3,0 0,05 14,6 Vol. 20 11007 11133 769 3,0 0,04 18,5 Vol. 21 18960 19203 1461 2,0 0,04 15,7 Vol. 22 17378 17607 828 3,0 0,05 13,5 Vol. 23 15911 16179 1146 2,0 0,04 16,0 Vol. 24 13616 13975 715 1,5 0,03 21,5

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cix

Tabela 7. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de

100mg de minociclina (Minomax®) + dieta padrão específica em 24

voluntários.

AUC(0-96h) ngh/mL

AUC(0-∞) ngh/mL

Cmax ng/mL

Tmax h

K h-1

t1/2 h

Vol. 01 14175 14624 934 1,5 0,04 17,3 Vol. 02 11590 11707 929 2,0 0,05 15,0 Vol. 03 16589 16709 1190 2,0 0,05 13,7 Vol. 04 24713 26068 1210 2,0 0,03 26,0 Vol. 05 27601 27828 1787 2,0 0,05 14,3 Vol. 06 36320 37172 1646 8,0 0,04 16,4 Vol. 07 11626 11809 657 2,0 0,04 17,5 Vol. 08 16837 17056 1368 2,0 0,04 18,5 Vol. 09 13691 13891 825 1,5 0,04 16,6 Vol. 10 11836 11933 823 3,0 0,05 13,9 Vol. 11 13514 13616 1112 1,5 0,05 14,3 Vol. 12 13328 13460 700 1,5 0,05 13,8 Vol. 13 17270 17763 918 1,5 0,03 21,8 Vol. 14 16288 16382 1368 3,0 0,05 14,5 Vol. 15 12841 13104 816 1,5 0,04 18,7 Vol. 16 12235 12331 899 2,0 0,05 14,0 Vol. 17 11060 11154 704 3,0 0,05 13,5 Vol. 18 14753 14828 1352 2,0 0,06 12,3 Vol. 19 14066 14355 993 6,0 0,03 21,4 Vol. 20 15114 15159 952 4,0 0,06 11,6 Vol. 21 17078 17430 973 3,0 0,03 21,6 Vol. 22 16870 18075 953 3,0 0,02 32,7 Vol. 23 9867 9975 637 2,0 0,05 13,2 Vol. 24 11934 12195 1011 1,5 0,04 18,1

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cx

Tabela 8. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de

100mg de minociclina (Minoderm) em 24 voluntários em condições

de jejum.

AUC(0-96h) ngh/mL

AUC(0-∞) ngh/mL

Cmax ng/mL

Tmax h

K h-1

t1/2 h

Vol. 01 14745 14923 1211 2,0 0,04 15,7 Vol. 02 15446 15530 903 4,0 0,05 12,8 Vol. 03 15413 15711 1347 1,0 0,04 15,9 Vol. 04 19680 20026 1058 1,5 0,04 16,3 Vol. 05 28509 28888 1877 2,0 0,04 18,5 Vol. 06 25953 26527 1928 1,0 0,04 17,1 Vol. 07 10908 11292 687 1,0 0,03 21,6 Vol. 08 16148 16280 1181 6,0 0,05 14,4 Vol. 09 17086 17284 1249 2,0 0,04 16,3 Vol. 10 132,69 133,44 949 1,5 0,06 12,5 Vol. 11 13262 13336 880 3,0 0,06 12,2 Vol. 12 17705 17896 1096 2,0 0,05 14,4 Vol. 13 20628 21100 1093 4,0 0,04 18,5 Vol. 14 18690 18818 1241 3,0 0,05 12,6 Vol. 15 14132 14502 765 2,0 0,04 16,1 Vol. 16 13730 13826 1321 1,0 0,05 13,5 Vol. 17 10057 10093 1039 1,5 0,06 10,8 Vol. 18 14798 14831 1243 3,0 0,06 10,8 Vol. 19 17126 17207 1224 2,0 0,06 11,9 Vol. 20 19089 19197 1781 2,0 0,06 12,5 Vol. 21 31022 31636 1471 1,5 0,04 16,8 Vol. 22 16246 16677 887 2,0 0,04 17,6 Vol. 23 13661 13909 1009 1,5 0,04 16,9 Vol. 24 14768 15158 945 3,0 0,03 20,1

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cxi

Tabela 9. Parâmetros farmacocinéticos após a administração de

100mg de minociclina (Minoderm) + dieta padrão específica em 24

voluntários.

AUC(0-96h) ngh/mL

AUC(0-∞) ngh/mL

Cmax ng/mL

Tmax h

K h-1

t1/2 h

Vol. 01 13579 13853 724 1,5 0,04 17,4 Vol. 02 10831 10928 871 2,0 0,05 13,5 Vol. 03 12459 12622 876 2,0 0,05 15,3 Vol. 04 25048 26065 1347 1,5 0,03 24,0 Vol. 05 25350 25653 1613 2,0 0,05 13,4 Vol. 06 29817 30479 1406 3,0 0,04 18,0 Vol. 07 11058 11313 1424 1,5 0,04 18,1 Vol. 08 15339 15595 892 3,0 0,04 15,5 Vol. 09 16038 16122 884 3,0 0,05 13,3 Vol. 10 13542 13673 860 2,0 0,05 14,0 Vol. 11 13173 13220 753 3,0 0,06 11,2 Vol. 12 11780 11912 597 2,0 0,05 14,2 Vol. 13 18431 18864 1175 1,5 0,04 16,9 Vol. 14 18796 18921 1221 2,0 0,05 13,3 Vol. 15 11982 12068 755 1,5 0,05 13,1 Vol. 16 13093 13196 763 2,0 0,05 13,5 Vol. 17 10103 10167 654 3,0 0,05 12,7 Vol. 18 14296 14405 1358 1,5 0,04 16,3 Vol. 19 14427 14616 682 1,5 0,05 14,3 Vol. 20 11826 11837 902 3,0 0,07 9,7 Vol. 21 13246 13577 581 8,0 0,04 18,8 Vol. 22 14721 15005 1016 1,5 0,04 15,5 Vol. 23 13542 13980 774 4,0 0,03 24,1 Vol. 24 14162 14368 679 3,0 0,05 15,3

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cxii

Tabela 10. Média dos parâmetros farmacocinéticos obtidos dos 24

voluntários após a administração de 100mg de minociclina em

condições de jejum.

Parâmetros Farmacocinéticos Minoderm

Média SD

Minomax®

Média SD

AUC(0-96h) ([ngh]/mL) 17132 5133 17128 6210

AUC(0-96h) ([ngh]/mL) 17416 5221 17389 6347

AUC(0-96h) / AUC(0-∞) (%) 98.4 ---- 98.5 ----

Cmax (ng/mL) 1183 324 1130 380

Tmax (h) 2.0 1.0-6.0 2.0 1.5-6.0

t1/2 (h) 15.3 10.8-21.6 16.0 11.0-22.4

K (h-1) 0.05 0.03-0.06 0.04 0.03-0.06

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cxiii

Tabela 11. Média dos parâmetros farmacocinéticos obtidos dos 24

voluntários após a administração de 100mg de minociclina + dieta

padrão específica.

Parâmetros Farmacocinéticos Minoderm

Média SD

Minomax

Média SD

AUC(0-96h) ([ngh]/mL) 15249 4974 15864 5965

AUC(0-96h) ([ngh]/mL) 15518 5115 16193 6157

AUC(0-96h) / AUC(0-∞) (%) 98.3 ---- 98.0 ---

Cmax (ng/mL) 950 298 1032 299

Tmax (h) 2.0 1.5-8.0 2.0 1.5-8.0

t1/2 (h) 15.5 9.7-24.1 17.1 11.6-32.7

K (h-1) 0.05 0.03-0.07 0.04 0.02-0.06

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cxiv

Observamos uma pequena diferença na concentração média entre os dois

horários de 72 e 96 horas na ausência e na presença de dieta padrão específica

(figuras 7 e 8).

Figura 7. Média ± desvio padrão (SD) da concentração plasmática da

minociclina (ng/mL) versus tempo (h) obtida após uma única administração

oral de 100mg de minociclina, formulação referência (Minomax®), na

ausência e na presença de dieta padrão específica em 24 voluntários sadios

Minomax e Minomax + dieta

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 960

250

500

750

1000

1250Minomax

Minomax + dieta

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o M

édia

(n

=24)

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cxv

Figura 8. Média ± desvio padrão (SD) da concentração plasmática da

minociclina (ng/mL) versus tempo (h) obtida após uma única administração

oral de 100mg de minociclina formulação teste (Minoderm), na ausência e

na presença de dieta padrão específica em 24 voluntários sadios

Minoderm e Minoderm + dieta

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 960

250

500

750

1000

1250MinodermMinoderm + dieta

Time (h)

Con

cent

raçã

o M

édia

(n

=24)

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cxvi

As tabelas 12 e 13 mostram os valores médios da concentração

plasmática de minociclina (ng/mL) sob condições de jejum e com dieta padrão

específica durante o período de 0,5 - 4 horas em relação à formulação referência

(Minomax®) e teste (Minoderm) respectivamente.

Tabela 12. Valores médios de concentração plasmática (ng/mL) de

minociclina (Minomax®) sob condições de jejum e com dieta padrão

específica durante o período médio de absorção de uma droga

administrada por via oral

Tempo (h) Concentração

plasmática (ng/mL) Jejum

Concentração plasmática (ng/mL)

Dieta % redução Valor de p

0,5 383,75 87,54 77,19 0,0001

1,0 853,54 362,38 57,54 0,0001

1,5 979,96 701,75 28,39 0,0091

2,0 985,25 801,58 18,64 0,0684

3,0 903,83 789,50 12,65 0,1273

4,0 794,41 731,58 7,91 0,3740

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cxvii

Tabela 13. Valores médios de concentração plasmática (ng/mL) de

minociclina (Minoderm) sob condições de jejum e com dieta padrão

específica durante o período médio de absorção de uma droga

administrada por via oral

Tempo (h) Concentração

plasmática (ng/mL) Jejum

Concentração plasmática (ng/mL)

Dieta % redução Valor de p

0,5 328,70 77,04 76,56 0,0014

1,0 697,29 388,75 44,25 0,0019

1,5 878,71 760,92 13,40 0,2002

2,0 1058,25 868,04 17,97 0,0775

3,0 917,83 862,79 5,99 0,52

4,0 780,46 786,46 ---- 0,94

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cxviii

Nas figuras 9 e 10 temos os resultados médios (n=24) obtidos das curvas

de concentração plasmática (ng/mL) versus tempo (h) do medicamento

referência (Minomax®) e do teste (Minoderm) sob condições de jejum e na

presença de dieta padrão específica respectivamente.

Figura 9.

Média Minociclina sob jejum

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500Minoderm

Minomax®

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

L)

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cxix

Figura 10.

Média

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000Minoderm

Minomax®

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

L)

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cxx

A tabela 14 mostra a análise estatística das razões individuais

teste/referência dos parâmetros: AUC(0-96h) e Cmax em relação as duas

formulações de minociclina na ausência e na presença da dieta padrão

específica.

Tabela 14. Análise estatística das razões individuais de AUC(0-96h) e Cmax

para as duas formulações de minociclina (Minoderm e Minomax®) na

ausência e na presença de dieta padrão específica

Minoderm /

Minomax®

Análise estatística + dieta padrão

específica

Análise estatística sob jejum

Média geométrica 90% IC Média geométrica 90% IC

AUC(0-96h) % 97,2 (tto)

99,1 (períodos)

92,2 – 102,5

94,0 – 104,5

101,2 (tto)

103,9 % (períodos)

92,2 – 111,1

94,7 – 114,1

Cmax % 91,2 (tto)

104,0 (períodos)

82,8 – 100,5

94,4 – 114,6

106,0 (tto)

103,7 (períodos)

95,6 – 117,5

93,6 – 115,0

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cxxi

Os resultados médios da meia vida de eliminação da formulação teste

(Minoderm) e da formulação referência (Minomax®) estão representados na

tabela 15.

Tabela 15. Meia vida de eliminação-t1/2 (h) obtida das curvas de

concentração plasmática (ng/mL) versus tempo (h) das duas formulações de

minociclina (Minoderm e Minomax®) na ausência e na presença de dieta

padrão específica

MINODERM MINOMAX®

JEJUM DIETA JEJUM DIETA

T1/2 (h)

(média ± SD)

15,24 ± 2,91 15,48 ± 3,42

15,97 ± 2,86 17,11 ± 4,85

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cxxii

Discussão

O método analítico descrito para a determinação da minociclina

confirma que o LC-MS-MS está de acordo com os conceitos de alta

sensibilidade, alta especificidade e rápido processamento de amostras

requerido para um estudo farmacocinético (Bennett et al, 1997).

Outros métodos descritos para minociclina usando HPLC quantificam

o analito a 50ng/mL (Leenheer & Nelis, 1979 e Orti et al, 2000), comparado a

nanograma apresentado por esse método.

Os valores farmacocinéticos médios como AUC(0-96h), AUC(0-∞), Cmax,

t1/2, K, Cmax/AUC(0-96h) e Tmax foram similares para ambas as formulações

(tabelas 10 e 11) e um importante grau de sobreposição foi observado mostrando

não haver interferência da alimentação na absorção de minociclina.

Comparando-se a concentração média de minociclina administrada com

e sem dieta padrão específica, nos tempos 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 3,0 e 4,0h, tempo

médio de absorção de uma droga administrada por via oral, (Tabela 12 e 13),

verificamos ter ocorrido um retardo na absorção da droga quando administrada

com a dieta, com ambas as formulações, notadamente nos primeiros horários,

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sem interferir, no entanto com a extensão da absorção, já que a análise das

razões individuais de AUC(0-96) e Cmax não mostram diferença com significado

estatístico (Tabela 14). Atribuímos esse fato à grande quantidade de cálcio,

452mg, administrada na dieta padrão específica, já que nos tempos subseqüentes

de coleta de sangue não houve diferença na absorção de minociclina, pois

sabemos que a absorção da tetraciclina e derivados pode ser retardada em função

do teor de cálcio na dieta (Meyer et al, 1996).

A meia vida de eliminação da minociclina não apresentou diferença

quando administrada na ausência de dieta padrão específica e na presença em

ambas as formulações, teste e referência (Tabela 15).

Desde que o intervalo de confiança de 90% para a razão das médias

geométricas de AUC(0-96h) estava entre 80 – 125%, intervalo proposto pela US

Food and Drugs Administration (authorities) [1985, 1993] concluímos que a

minociclina 100mg teste é bioequivalente, em relação a extensão de absorção e

razão média de Cmax, a minociclina referência.

De acordo com a literatura, a meia vida de eliminação da minociclina é

de aproximadamente 16h e sabe-se que as coletas de sangue devem

compreender 3 – 5 meias vida, então nesse estudo coletou-se sangue até 96h,

mas como foi demonstrado através dos gráficos não há necessidade de coletar-se

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cxxiv

sangue até 96h, pois não existe diferença na concentração média de 72 – 96h.

Considerando que (LC-MS-MS) é muito rápido e sensível, sugerimos para

estudo a posteriori coletar sangue apenas até 72h; Leenheer & Nelis (1972)

utilizando cromatografia líquida para determinação de minociclina em plasma

humano coletou sangue até 78h após a administração.

A literatura relata que administrando a droga com alimento pode resultar

em interações que influenciam na biodisponibilidade da droga, alterando então a

possibilidade de obter concentrações terapeuticamente ativas no plasma e nos

tecidos (Palmer et al, 1983; Kniffen et al, 1989). A presença de alimento no trato

gastrointestinal pode afetar a absorção de drogas administradas por via oral, não

esquecendo que o grau da interação depende da droga em questão bem como da

espécie animal (Yu et al, 1990; Baggot et al, 1992; Sutter et al, 1993).

A literatura se refere sobre a administração de tetraciclina e derivados

juntos com alimento, demonstrando que ocorre uma redução na

biodisponibilidade (Meyer et al, 1996). Diferentemente da espécie humana,

Luthman e colaboradores 1989, observou que a concentração plasmática era

muito reduzida em porcos alimentados do que em relação aos em jejum,

podendo concluir que a biodisponibilidade era grandemente reduzida quando a

tetraciclina era misturada ao alimento, o que também foi corroborado por

Nielsen P & Gyrd-Hansen (1996).

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cxxv

A literatura é conflitante sobre a interferência da alimentação na

absorção em relação aos derivados de tetraciclina. Nesse estudo concluímos que

não há diferença quando a minociclina é administrada com ou sem dieta padrão

específica, esse resultado é corroborado por outros autores Blasing & Goldberg,

2000 e Ferner & Moss, 1996.

Há hipóteses para explicar tais observações. Algumas pesquisas

demonstram que a absorção de minociclina é influenciada no mesmo grau da

tetraciclina quando administrada com cálcio, magnésio, alumínio e metais

(Kimato et al, 1969). É conhecido que as tetraciclinas formam complexos com

um número de cátions, como cálcio, magnésio, metais e alumínio, e que esses

íons reduzem a absorção intestinal das tetraciclinas em seres humanos e animais

(Price et al, 1957; Weinberg, 1957). Entretanto, as constantes de estabilidade da

oxitetraciclina, tetraciclina e clortetraciclina com esses íons e metais são

idênticas. Isso significa que a formação de tais complexos não explica as

diferenças na biodisponibilidade das três tetraciclinas observadas nesse e em

outros estudos (Nielsen P & Gyrd-Hansen, 1996). Outra possibilidade seria a

influência da composição da alimentação administrada juntamente com o

antibiótico, entretanto, esses resultados ainda estão em fase de especulação.

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cxxvi

No nosso estudo, observamos que não há diferença em se administrar

minociclina com ou sem alimentação, o que também é corroborado por Blasing

& Goldberg, 2000.

Como segunda hipótese, a quantidade de cálcio na dieta padrão ainda

não foi suficiente (452mg) para interferir na biodisponibilidade da minociclina,

apesar de podermos considerar que foi uma alimentação rica em cálcio, mais de

800mg ao longo do dia.

Estudos de Leyden em 1985 demonstram que a presença de leite reduz a

absorção de tetraciclina em torno de 65% e somente em 27% da minociclina.

Isso poderia ser explicado por uma diferença estrutural entre a minociclina e a

tetraciclina, que dificultaria ou impediria a quelação. Este fato explicaria que o

uso terapêutico com a minociclina tenha uma maior eficácia que o tratamento

com tetraciclina.

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cxxvii

CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

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cxxviii

CONCLUSÃO

A biodisponibilidade da minociclina (Minomax® e Minoderm) não é

alterada pela administração simultânea com alimento em dose única de um

comprimido de 100mg.

A formulação de minociclina, comprimido de 100mg, do laboratório

Stiefel (Minoderm) é bioequivalente ao comprimido de minociclina 100mg do

laboratório Wyeth (Minomax®).

O método analítico mostrou-se preciso, pois os coeficientes de variação

para os controles de qualidade, baixo, médio e alto permaneceram abaixo de

15% e abaixo de 20% para o controle de qualidade com a mesma concentração

do limite de quantificação.

Verificou-se acurácia, pois os valores médios permaneceram dentro dos

15% do valor nominal para o controle de qualidade baixo, médio e alto e não se

desviou mais que 20% do limite de quantificação.

O método é considerado sensível, pois o menor limite de quantificação

apresentou um coeficiente de variação inferior a 20%.

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Não houve interferência nos tempos de retenção dos picos dos analitos

ou ficaram abaixo de 20% da resposta do limite de quantificação. Em relação ao

padrão interno, o tempo de retenção também não foi alterado ou permaneceu

abaixo de 5% da resposta da concentração do padrão interno.

A estabilidade do método foi assegurada, através dos testes de

congelamento e descongelamento, onde se verificou não haver degradação

devido à temperatura, em 3 ciclos de congelamento e descongelamento.

O método analítico utilizado LC-MS-MS para quantificação da

minociclina em plasma humano desenvolvido e validado apresenta vantagens

sobre os já descritos. Não necessita de derivatização e o tempo total de corrida é

rápido, 4 minutos. O LOQ de 5ng/mL é suficiente para estudos de

bioequivalência, mas pode ser melhorado através de concentração de amostras.

A performance do ensaio mostrou ser um método robusto, preciso e

acurado para a determinação da minociclina.

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cxxx

RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS

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cxxxix

AANNEEXXOOSS

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cxl

ANEXO I Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01 1. Critérios de Admissão

1.1 Critérios de Inclusão

Os seguintes critérios devem ser satisfeitos para que o voluntário possa participar do estudo.

1. Voluntário do sexo feminino ou masculino com 18 a 50 anos de idade. (3) Sim ( ) Não 2. O voluntário tem seu peso corporal dentro de uma variação de ± 15% de acordo

com sua altura e estrutura óssea. (3) Sim ( ) Não

3. O voluntário apresenta boa condição física, de acordo com os requisitos das páginas 2 a 4.

(3) Sim ( ) Não 4. O voluntário concordou livremente e assinou o termo de consentimento, após

todos os elementos essenciais do protocolo terem sido esclarecidos, antes de qualquer procedimento.

(3) Sim ( ) Não

1.2 Critérios de Exclusão Qualquer um dos seguintes critérios excluirá o voluntário da participação do estudo:

1. Os resultados dos exames laboratoriais e do ECG estão fora dos limites da normalidade, a menos que sejam considerados clinicamente insignificantes pelo investigador.

( ) Sim (3) Não

2. Participou de qualquer estudo experimental ou ingeriu qualquer droga no período de três meses anterior ao início deste estudo.

( ) Sim (3) Não 3. Fez uso de medicação regular nas 4 semanas prévias ao início do estudo. ( ) Sim (3) Não 4. Foi hospitalizado por qualquer motivo nas oito semanas antecedentes ao início do

estudo. ( ) Sim (3) Não

5. Tem história de abuso ao álcool ou drogas, ou ingeriu bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecedem o início deste estudo.

( ) Sim (3) Não 6. Tem história de doença hepática, renal, epiléptica ou hematológica. ( ) Sim (3) Não 7. Tem hipo ou hipertensão de qualquer etiologia com necessidade de tratamento

farmacológico. ( ) Sim (3) Não

8. Tem história ou teve angina pectoris, infarto e/ou insuficiência cardíaca congestiva.

( ) Sim (3) Não 9. Doou ou perdeu 450 ml ou mais de sangue até 3 meses antes do início do estudo ( ) Sim (3) Não 10. Tem qualquer outra condição que o investigador julga relevante para a não

participação do estudo ( ) Sim (3) Não

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Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

2. História Médica - Pré-Estudo

Data 28/04/99

Data Nasc: 27/06/79

Sexo: Masc. ( ) Fem (3) Ocupação: Acad. Medicina

Sistema revisto Normal Anormal Se Anormal, descreva os achados Alergia (3) ( ) Olhos-Ouvido (3) ( ) Nariz-Garganta (3) ( ) Respiratório ( ) (3) Asma

Cardiovascular (3) ( ) Gastrointestinal (3) ( ) Genitourinário (3) ( ) S. Nervoso Central (3) ( ) Hematopoiético/linfático (3) ( )

Endócrino (3) ( ) Dermatológico (3) ( ) Músculo-esquelético (3) ( ) Estabilidade Emocional (3) ( ) História Familiar ( ) (4) Diabetes Mellitus (avó)

História Cirúrgica (4) ( ) Outros ( ) (3) Uso de Anticoncepcional Oral

Comentários :

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cxlii

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

3. Exame Físico Geral - Pré-Estudo

Data 28/04/99 Pressão arterial

sist/diastólica (mmHg) Pulso

(bat/min) Altura (cm)

Peso (Kg)

Temperatura Axilar (oC)

90/60 64 166 58 36

Sistema revisto Normal Anormal Se Anormal, descreva os achados Aspecto geral (3) ( ) Pele (3) ( ) Cabeça-Pescoço (3) ( ) Olhos (3) ( ) Ouvidos (3) ( ) Nariz (3) ( ) Boca (3) ( ) Garganta (3) ( ) Tórax (3) ( ) Coração (3) ( ) Abdome (3) ( ) Genitália (3) ( ) Linfonodos (3) ( ) Neurológico (3) ( ) Extremidades (3) ( ) Outros (3) ( )

Comentários:

Médico Assinatura Data

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cxliii

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

4. ECG - Pré-Estudo Data 28/04/99

Ritmo cardíaco Sinusal FC (bpm) 68

SAP (°) 60 PR intervalo (s) 0,14

SAQRS (°) 75 QRS duração (s) 0,08

SAT (°) 30 QT (s) 0,40

Conclusão: (3) Normal

( ) Anormal, sem significado clínico

( ) Anormal, clinicamente importante

Comentários:

Médico Assinatura Data

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cxliv

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.1 Primeiro Internamento

5.1.1 Exame Pré-dose

Alterações desde o período de pré-estudo? SIM ( ) NÃO (4)

Comentários:

Médico Assinatura Data

5.1.2 Exame Pós-dose

Alterações durante o internamento? SIM ( ) NÃO (4) Comentários:

Médico Assinatura Data

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cxlv

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.1 Primeiro Internamento (cont.) 5.1.3 Droga Administrada, Dose, Coletas de Sangue, Sinais Vitais Data: 17/06/99 Droga administrada neste período:

(3) Minomax® 100mg – Wyeth

( ) Minomax® 100mg + dieta– Wyeth ( ) Minoderm 100mg – Stiefel ( ) Minoderm 100mg + dieta– Stiefel

Admin. Tempo de coleta (h)

Hora (24h)

PA (mm/Hg)

Pulso (bat/min)

Temp axilar

4 0:00 07:09 90/60 56 36,4

0:30 07:39 100/65 52

1:00 08:09 100/60 56

1:30 08:39 90/60 60

2:00 09:13 90/60 64

3:00 10:09 100/60 68

4:00 11:09 110/70 60

6:00 13:09 110/60 60

8:00 15:09 110/60 80

10:00 17:09 100/60 72

12:00 19:09 110/70 68

16:00 23:09 100/60 56

24:00 07:09 100/60 64

48:00 07:09 110/70 64

72:00 07:09 120/70 68

96:00 07:09 110/80 80 Início Jejum: 23:00h 1ª refeição: 9:30h Almoço: 12:30h Jantar: 18:30h

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cxlvi

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.2 Segundo Internamento

5.2.1 Exame Pré-dose

Alterações desde o primeiro internamento? SIM ( ) NÃO (4)

Comentários:

Médico Assinatura Data

5.1.2 Exame Pós-dose

Alterações durante o internamento? SIM ( ) NÃO (4) Comentários:

Médico Assinatura Data

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Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01 5.2 Segundo Internamento (cont.) 5.2.3 Droga Administrada, Dose, Coletas de Sangue, Sinais Vitais

Data: 01/07/99 Droga administrada neste período:

( ) Minomax® 100mg – Wyeth ( ) Minomax® 100mg + dieta– Wyeth

(4) Minoderm 100mg – Stiefel

( ) Minoderm 100mg + dieta– Stiefel

Admin. Tempo de coleta (h)

Hora (24h) PA (mm/Hg) Pulso (bat/min)

Temp axilar

4 0:00 07:21 100/70 68 36,6

0:30 07:51 100/70 60

1:00 08:21 110/70 62

1:30 08:51 110/70 66

2:00 09:21 110/70 76

3:00 10:21 110/70 76

4:00 11:21 110/70 76

6:00 13:21 120/70 72

8:00 15:21 110/70 64

10:00 17:21 110/60 64

12:00 19:21 110/70 68

16:00 23:21 110/70 64

24:00 07:21 100/70 68

48:00 07:21 110/70 76

72:00 07:21 120/65 84

96:00 08:45 110/65 76 Início Jejum: 23:00h 1ª refeição: 9:30h Almoço: 12:30h Jantar: 18:30h

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Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.3 Terceiro Internamento

5.3.1 Exame Pré-dose

Alterações desde o segundo internamento? SIM ( ) NÃO (4)

Comentários:

Médico Assinatura Data

5.1.2 Exame Pós-dose

Alterações durante o internamento? SIM ( ) NÃO (4) Comentários: Médico

Assinatura Data

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cxlix

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.3 Terceiro Internamento (cont.) 5.3.3 Droga Administrada, Dose, Coletas de Sangue, Sinais Vitais Data: 29/07/99 Droga administrada neste período:

( ) Minomax® 100mg – Wyeth

(4) Minomax® 100mg + dieta– Wyeth

( ) Minoderm 100mg – Stiefel ( ) Minoderm 100mg + dieta– Stiefel

Admin. Tempo de coleta (h)

Hora (24h) PA (mm/Hg)

Pulso (bat/min)

Temp axilar (oC)

4 0:00 07:28 110/70 64 37,0

0:30 07:58 110/70 68

1:00 08:28 110/70 68

1:30 08:58 100/60 72

2:00 09:28 100/60 64

3:00 10:28 100/60 68

4:00 11:28 110/60 72

6:00 13:28 120/70 64

8:00 15:31 120/70 68

10:00 17:31 100/60 68

12:00 19:31 100/70 72

16:00 23:28 110/70 76

24:00 07:28 110/70 76

48:00 07:28 110/70 80

72:00 07:28 100/60 76

96:00 08:07 120/70 72

Início Jejum: 23:00h 1ª refeição: 9:30h Almoço: 12:30h Jantar: 18:30h

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cl

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.4 Quarto Internamento

5.4.1 Exame Pré-dose

Alterações desde o período de pré-estudo? SIM ( ) NÃO (4)

Comentários:

Médico Assinatura Data

5.1.2 Exame Pós-dose

Alterações durante o internamento? SIM ( ) NÃO (4) Comentários: Médico

Assinatura Data

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cli

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

5.4 Quarto Internamento (cont.) 5.4.3 Droga Administrada, Dose, Coletas de Sangue, Sinais Vitais Data: 11/08/99 Droga administrada neste período:

( ) Minomax® 100mg – Wyeth ( ) Minomax® 100mg + dieta– Wyeth ( ) Minoderm 100mg – Stiefel

(3) Minoderm 100mg + dieta– Stiefel

Admin. Tempo de coleta (h)

Hora (24h)

PA (mm/Hg)

Pulso (bat/min)

Temp axilar (oC)

4 0:00 07:12 90/60 60 35,9

0:30 07:42 110/65 72

1:00 08:12 110/60 68

1:30 08:42 100/60 80

2:00 09:12 100/60 84

3:00 10:12 110/60 68

4:00 11:12 110/70 60

6:00 13:12 110/65 84

8:00 15:12 110/65 68

10:00 17:12 100/60 68

12:00 19:12 100/70 68

16:00 23:12 100/70 68

24:00 07:12 120/70 72

48:00 07:12 100/60 80

72:00 07:12 100/70 72

96:00 07:44 110/80 76

Início Jejum: 23:00h 1ªrefeição: 9:30h Almoço: 12:30h Jantar: 18:30h

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clii

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

6. Registro de Eventos Adversos

Eventos adversos durante o estudo? ( ) Sim (4) Nã

Descrição Características Ação adotada Data de início Hora de início Severidade Duração

1.

Atribuída a droga?

Data de início Hora de início Severidade Duração

2.

Atribuída a droga?

Data de início Hora de início Severidade Duração

3.

Atribuída a droga?

Data de início Hora de início Severidade Duração

4.

Atribuída a droga?

Severidade Leve, Moderada, Severa

Atribuída a droga? Sim, Possivelmente, Não e Desconhecida

Comentários:

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cliii

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

7. Medicação para Tratamento de Eventos Adversos

Se a ocorrência de evento adverso necessitou uso de drogas para tratamento, abaixo encontram-se as informações relevantes.

No do evento

adverso Droga administrada (nome genérico ou

comercial)

Via (Oral, IV, IM)

Dosagem (mg/dose/dia)

Total administrada

(mg)

Comentários:

Médico Assinatura Data

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cliv

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

8. Término Prematuro do estudo

Voluntário saiu do estudo? Sim ( ) Não (4)

Data da saída: __________

Razões que o levou a sair do estudo:

9. Autenticação

Declaro que todos os dados contidos neste protocolo são acurados, completos, verdadeiros e que todos os dados correspondem aos obtidos durante o estudo

Médico Assinatura Data

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clv

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

10. Exame Físico Geral - Pós-Estudo

Data 31/08/99

Pressão arterial sist/diastólica

(mmHg)

Pulso (bat/min)

Altura (cm)

Peso (Kg)

Temperatura

Axilar (oC)110/70 68 166 54,2 35,9

Sistema revisto Normal Anormal Se Anormal, descreva os achados Aspecto geral (3) ( ) Pele (3) ( ) Cabeça-Pescoço (3) ( ) Olhos (3) ( ) Ouvidos (3) ( ) Nariz (3) ( ) Boca (3) ( ) Garganta (3) ( ) Tórax (3) ( ) Coração (3) ( ) Abdome (3) ( ) Genitália (3) ( ) Linfonodos (3) ( ) Neurológico (3) ( ) Extremidades (3) ( ) Outros (3) ( )

Comentários:

Médico Assinatura Data

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clvi

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

11. ECG - Pós-Estudo Data: 31/08/99

Ritmo cardíaco Sinusal FC (bpm) 68

SAP (°) 0 PR intervalo (s) 0,14

SAQRS (°) 0 QRS duração (s) 0,08

SAT (°) 60 QT (s) 0,38

Conclusão: (4) Normal

( ) Anormal, sem significado clínico

( ) Anormal, clinicamente importante

Comentários:

Médico Assinatura Data

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clvii

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

12. Determinações Laboratoriais

Hematologia Pré-estudo Pós-estudo Normal Comentários

Data (dia/mês/ano) 29/04/99 20/08/99

Hb g% 13,1 12,5 13,5-18 Ht % 39,0 37,0 40-54 Leucócitos 10

3/mm3 5,9 5,6 5-10 Cont. Diferencial (%)

Bastões 1 1 1-3 Segmentados 57 56 40-75 Eosinófilos 6 6 1-6 Basófilos 0 1 0-1 Linfócitos 28 28 20-45 Monócitos 8 8 2-10

Outros Plaquetas 103/mm3 271 338 150-450 VHS mm-1ªh 14 9 0-20

Bioquímica Pré-estudo Pós-estudo Normal Comentários

Data (dia/mês/ano) 29/04/99 20/08/99

Uréia mg/dL 21,3 16 15-43 Creatinina mg% 0,7 0,7 0,2-1,3 Bilirrubina Total g% 0,5 0,6 0,2-1,3 Total Proteína g% 7,5 7,4 6,3-8,2 Albumina g% 3,7 3,8 3,9-5,0 Glicemia mg% 71 80 70-110 Fosfatase alcalinaU/L 62 62 38-126 SGOT (AST) U/L 18 17 17-59 SGPT (ALT) U/L 19 22 21-72 Colesterol Total mg% 147 129 0-200 Triglicérides mg% 58 62 0-170 Ácido Úrico mg% 3,7 3,8 3,5-8,5 Gamma GT U/L 15 15 15-73

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clviii

Bioquímica Pré-estudo Pós-estudo Normal Comentários

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

12. Determinações Laboratoriais

Sumário de Urina Pré-estudo Pós-estudo Normal Comentários

Data (dia/mês/ano) 29/04/99 20/08/99

Densidade 1025 1030 1005-1030 pH 5,5 5,0 4,5-8 Albumina - - - Glicose - - - Cetonas - - - Microscopia:

Hemácias - - 0-4 Cilindros - - 0-1 Células Epiteliais 03 02 Algumas Leucócitos 02 raros 0-4 Cristais - - - Bactérias - - -

Outros: - - - Parasitológico de Fezes: Negativo Sorologia: Hepatite B (4) negativo ( ) positivo Hepatite C (4) negativo ( ) positivo HIV (4) negativo ( ) positivo Comentários:

Patologista ou Farmacêutico Assinatura Data

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clix

Estudo de Bioequivalência da Minociclina

Unidade de Farmacologia Clínica –UNIFAC – 21/1999

Voluntário nº: 01

13. Comentários Adicionais

14. Autenticação

Declaro que todos os dados contidos neste protocolo são acurados, completos, verdadeiros e que todos os dados correspondem aos obtidos durante o estudo

Médico Assinatura Data

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clx

ANEXO II

Voluntário 01

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 02

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxii

ANEXO II

Voluntário 03

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxiii

ANEXO II

Voluntário 04

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxiv

ANEXO II

Voluntário 05

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000

3000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxv

ANEXO II

Voluntário 06

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000

3000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxvi

ANEXO II

Voluntário 07

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

250

500

750

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxvii

ANEXO II

Voluntário 08

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxviii

ANEXO II

Voluntário 09

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxix

ANEXO II

Voluntário 10

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxx

ANEXO II

Voluntário 11

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxi

ANEXO II

Voluntário 12

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxii

ANEXO II

Voluntário 13

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxiii

ANEXO II

Voluntário 14

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxiv

ANEXO II

Voluntário 15

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

Page 176: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me desanima, teu amor exigente me faz crescer.” v DEDICATÓRIA

clxxv

ANEXO II

Voluntário 16

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxvi

ANEXO II

Voluntário 17

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxvii

ANEXO II

Voluntário 18

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxviii

ANEXO II

Voluntário 19

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxix

ANEXO II

Voluntário 20

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

Page 181: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me desanima, teu amor exigente me faz crescer.” v DEDICATÓRIA

clxxx

ANEXO II

Voluntário 21

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxxi

ANEXO II

Voluntário 22

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxxii

ANEXO II

Voluntário 23

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

Page 184: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me desanima, teu amor exigente me faz crescer.” v DEDICATÓRIA

clxxxiii

ANEXO II

Voluntário 24

MINOCICLINA

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxxiv

ANEXO II

Voluntário 01

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxxv

ANEXO II

Voluntário 02

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxxvi

ANEXO II

Voluntário 03

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

Page 188: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me desanima, teu amor exigente me faz crescer.” v DEDICATÓRIA

clxxxvii

ANEXO II

Voluntário 04

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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clxxxviii

ANEXO II

Voluntário 05

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

Page 190: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE … · “Teu amor sem exigência me diminui, tua exigência sem amor me desanima, teu amor exigente me faz crescer.” v DEDICATÓRIA

clxxxix

ANEXO II

Voluntário 06

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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cxc

ANEXO II

Voluntário 07

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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cxci

ANEXO II

Voluntário 08

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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cxcii

ANEXO II

Voluntário 09

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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cxciii

ANEXO II

Voluntário 10

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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cxciv

ANEXO II

Voluntário 11

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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cxcv

ANEXO II

Voluntário 12

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

250

500

750MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 13

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 14

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 15

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

250

500

750

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 16

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 17

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

250

500

750MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 18

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

1000

2000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 19

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 20

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 21

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ccv

ANEXO II

Voluntário 22

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

l)

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ANEXO II

Voluntário 23

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

250

500

750

1000MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

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ANEXO II

Voluntário 24

Minociclina + Dieta

0 2 4 6 8 10 12 14 16

0

500

1000

1500MinodermMinomax

24 48 72 96

Tempo (h)

Con

cent

raçã

o (n

g/m

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ANEXO III Procedimento Operacional Padrão para Transporte das Amostras da UNIFAC para a Unidade Analítica Cartesius - ICB –USP As amostras de plasma, armazenadas a temperatura de -20 °C, encontram-se identificadas e embaladas em sacos plásticos, lacrados, por voluntário, em freezer exclusivo para amostras biológicas, na Unidade de Farmacologia Clínica da Faculdade de Medicina – Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC. Foram retiradas do freezer e acondicionada em caixa térmica, mantidas em baixa temperatura, através da adição de gelo em quantidade suficiente para mantê-las congeladas. A caixa térmica foi isolada e embalada adequadamente para evitar troca de temperatura. Em seguida a caixa térmica foi identificada, e transportada para o terminal de carga aéreo de Fortaleza, onde, após preenchido um formulário de transporte de material biológico da INFRAERO, recebeu um número de protocolo da companhia de transporte. Seguiram em transporte aéreo diretamente de Fortaleza para São Paulo, onde foram liberadas e transportadas até as instalações da Unidade Analítica Cartesius – ICB – USP, estando desde então na responsabilidade do Professor Dr. Gilberto de Nucci. Quando recebidas em São Paulo, ao serem novamente colocadas em freezer apropriado para armazenamento de amostras biológicas, foi realizada uma verificação das condições de congelamento. Em caso de descongelamento durante o transporte, e conforme as características de estabilidade térmica do fármaco em estudo, as amostras podem ser descartadas. No caso do item 7, serão enviadas réplicas, mantidas por medidas de segurança, em freezer apropriado nas mesmas condições de armazenamento, conforme item 1.

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ANEXO IV

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DE DUAS FORMULAÇÕES DE

MINOCICLINA EM CONDIÇÕES DE JEJUM E APÓS DIETA RICA

EM CÁLCIO

Você está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa. Sua participação é importante, porém, você não deve participar contra a sua vontade. Leia atentamente as informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar, para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos. Responsáveis: Drs. Maria Elisabete Amaral de Moraes, Manoel Odorico de Moraes, Fernando A. Frota Bezerra e Gilberto de Nucci O abaixo-assinado, nome, idade, prontuário no HUWC/UFC, declara que é de livre e espontânea vontade que está participando como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, de responsabilidade dos médicos Maria Elisabete Amaral de Moraes, Manoel Odorico de Moraes, Fernando A. Frota Bezerra da Unidade de Farmacologia Clínica do HUWC- UFC. O abaixo-assinado está ciente que: i - O objetivo da pesquisa é verificar se comprimidos de 100mg de minociclina (Minoderm-Stiefel) atingem níveis plasmáticos equivalentes aos comprimidos de 100mg de minociclina (Minomax®-Wyeth) em condições de jejum e sob uma dieta padrão. ii - Durante o estudo, será internado quatro vezes por 36 horas cada período, com intervalo de 14 dias. Em duas ocasiões do internamento, serão administrados 100mg de minociclina na forma de comprimidos seguido de jejum de 2 horas da administração da droga e em outras duas serão administrados comprimidos de 100mg concomitante com alimentação. Serão coletadas amostras de sangue (8mL) através de butterfly heparinizado antes e aos seguintes intervalos a partir da administração: 0:30, 1, 1:30, 2, 3, 4, 6, 8, 10, 12, 16, 24, 48, 72 e 96h, para dosagem sérica de Minociclina. iii - A participação neste estudo não tem objetivo de se submeter a um tratamento terapêutico.

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iv - A administração oral de minociclina de maneira continuada pode causar efeitos colaterais como urticária, tonturas, náuseas, vômitos, diarréia, dor na barriga. Entretanto, o aparecimento de efeitos indesejáveis após administração de dose única de minociclina tem menor probabilidade de aparecer. Além dos efeitos citados, a administração de qualquer medicamento pode causar reações imprevisíveis. v - Será submetido antes da primeira e após a quarta internação aos seguintes exames laboratoriais: de sangue (hemograma completo, transaminases, fosfatase alcalina, bilirrubina total, proteínas, colesterol total, triglicérides, uréia, creatinina e ácido úrico, glicemia em jejum, gama GT), de urina (sumário de urina), e do coração (eletrocardiograma). Sorologias para HIV, beta HCG, hepatites B e C e parasitológico de fezes serão realizados apenas antes da primeira internação. vi - Obteve todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a participação no referido ensaio clínico. vii - Tem a liberdade de desistir ou interromper a participação neste estudo no momento que desejar, sem necessidade de qualquer explicação e sem que isto venha interferir no seu atendimento médico desta Instituição. viii - A interrupção não causará prejuízo ao seu atendimento, cuidado e tratamento pela equipe da Unidade de Farmacologia Clínica. ix - Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo, e a Unidade de Farmacologia Clínica não identificará o voluntário por ocasião da exposição e/ou publicação dos mesmos. x - Durante o período de 180 dias a partir da data da assinatura do mesmo, o voluntário estará assegurado (Seguro de Vida em Grupo) pela empresa Vera Cruz Seguradora. xi - Caso surja alguma intercorrência, deverá procurar o serviço de ambulatório médico do Hospital de Clínicas da UFC e solicitar que o mesmo contacte os médicos responsáveis pelo ensaio clínico, nos telefones abaixo. xii - A Unidade de Farmacologia Clínica o manterá informado e prestará qualquer tipo de esclarecimento em relação ao progresso da pesquisa, conforme solicitação do voluntário. xiii - Poderá contactar a Secretaria da Comissão de Ética (fone: 288-8346) para apresentar recursos ou reclamações em relação ao ensaio clínico.

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xiv - De acordo com valores previamente estabelecidos, os voluntários serão ressarcidos das despesas e dispêndio de tempo na realização do supracitado estudo clínico xv - É condição indispensável, para participação no ensaio clínico, que esteja em boa saúde e, portanto, não esteja no momento sob tratamento médico ou fazendo uso de quaisquer drogas ou medicações. xvi - Aos voluntários do sexo feminino é condição indispensável para participação no ensaio clínico que não esteja grávida, comprovado pela sorologia (Beta-HCG). Fortaleza, ____________________________________________ Assinatura do voluntário Manoel Odorico de Moraes – Fone: 3288-8201 Maria Elisabete Amaral de Moraes – Fone: 3288-8346 Fernando A. Frota Bezerra – Fone: 3288-8250 Ana Paula de Azevedo Leitão – Fone: 3288-8250