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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRO-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS
HÉLIDA CORDEIRO PENNAFORT SANTOS
POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO ÂMBITO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ: O PLANO DE LOGÍSTICA
SUSTENTÁVEL
MACAPÁ 2016
HÉLIDA CORDEIRO PENNAFORT SANTOS
POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO ÂMBITO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ: O PLANO DE LOGÍSTICA
SUSTENTÁVEL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Bacharelado em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Ambientais.
Orientador: Dr. Marco Antônio Chagas
MACAPÁ 2016
HÉLIDA CORDEIRO PENNAFORT SANTOS
POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO ÂMBITO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ: O PLANO DE LOGÍSTICA
SUSTENTÁVEL
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à banca examinadora do Curso de Bacharelado
em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá, como parte dos requisitos
necessários para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Ambientais.
Aprovado em: 21/09/2016
______________________________________________
Prof. Dr. Marco Antônio Chagas (Universidade Federal do Amapá-UNIFAP)
Presidente/Orientador
______________________________________________
Prof. Dr. Marcelo José de Oliveira (Universidade Federal do Amapá-UNIFAP)
Membro Titular
______________________________________________
Profª. Msc. Alzira Marques Oliveira (Universidade Federal do Amapá-UNIFAP)
Membro Titular
RESUMO
O objetivo da pesquisa foi analisar a Política de Responsabilidade Socioambiental no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá através do seu Plano de Logística Sustentável para o período de 2015-2020. A metodologia constou de pesquisas em fontes secundárias: livros, sítios eletrônicos, artigos científicos; e em fontes primárias, através de entrevistas do tipo padronizada ou estruturada com os responsáveis pelos Planos de Ação. Há um ano em vigor o Plano de Logística Sustentável encerrou 2016 com um total de dez Planos de Ação, dos quais, seis estão em andamento, dois com ações paradas, um deles com a meta atingida e um sem informações publicadas. Com um custo orçado em R$5.790.233,34 (cinco milhões, setecentos e noventa mil, duzentos e trinta e três Reais e trinta e quatro centavos) contra uma economia prevista em R$672.849,60 (seiscentos e setenta e dois mil, oitocentos e quarenta e nove Reais e sessenta centavos) o Plano de Logística carece de sensibilização e comprometimento das partes envolvidas para que o Poder Judiciário do Amapá possa cumprir sua missão de maneira sustentável. Palavras-chave: Planejamento. Plano de Logística Sustentável. Responsabilidade Socioambiental.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Planos de Ação e metas do Plano de Logística Sustentável do Tribunal de Justiça
do Estado do Amapá para o período 2015-2020 .................................................................. 28
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS A3P Agenda Ambiental na Administração Pública
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CF/88 Constituição da República Federativa do Brasil (1988)
CNJ Conselho Nacional de Justiça
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
GRI Global Reporting Initiative
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
GP Gabinete da Presidência
ICMBIO Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
ISO International Standards Organization
NBR Norma Brasileira
MMA Ministério do Meio Ambiente
ONG Organização Não Governamental
ONU Organização das Nações Unidas
ONS Operador Nacional do Sistema
PA Plano de Ação
PIB Produto Interno Bruto
PJ Poder Judiciário
PJe Processo Judicial Eletrônico
PLS Plano de Logística Sustentável
PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PRSA Política de Responsabilidade Socioambiental
RSA Responsabilidade Socioambiental
STIC Solução de Tecnologia de Informação e Comunicação
TI Tecnologia da Informação
TJAP Tribunal de Justiça do Estado do Amapá
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9
2 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ............................................................. 11
2 1 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO SETOR PÚBLICO......................... 14
2.2 AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A3P) ........................... 15
2.3 RESOLUÇÃO Nº 201/2015 E O PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL ............... 16
2.4 PLANOS DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL ................................................................ 18
3 PLANEJAMENTO E O PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL ......................... 19
3.1 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO ............................................................................ 19
3.2 TIPOS DE PLANEJAMENTO ...................................................................................... 20
3.3 FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .......................................................... 20
3.4 INDICADORES ............................................................................................................ 22
4 PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO AMAPÁ (PLS-TJAP) ................................................................................. 23
4.1 PLANO DE AÇÃO I: USO EFICIENTE DE PAPEL, COPOS DESCARTÁVEIS, ÁGUA
E IMPRESSÃO ................................................................................................................... 23
4.2 PLANO DE AÇÃO II: ENERGIA ELÉTRICA .............................................................. 24
4.3 PLANO DE AÇÃO III: ÁGUA E ESGOTO .................................................................. 24
4.4 PLANO DE AÇÃO IV: GESTÃO DE RESÍDUOS ........................................................ 25
4.5 PLANO DE AÇÃO V: QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO ... 25
4.6 PLANO DE AÇÃO VI: SENSIBILIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO .................................. 26
4.7 PLANO DE AÇÃO VII: CONTRATAÇÕES SUSTENTÁVEIS.................................... 26
4.8 PLANO DE AÇÃO VIII: LAYOUT ................................................................................ 26
4.9 PLANO DE AÇÃO IX: DESLOCAMENTO DE PESSOAL .......................................... 27
4.10 PLANO DE AÇÃO X: PROJETOS SOCIAIS.............................................................. 27
4.11 TABELA DOS PLANOS DE AÇÃO E METAS DO PLANO DE LOGÍSTICA
SUSTENTÁVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ (2015-2020) 28
5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 30
5.1 ETAPAS DA PESQUISA .............................................................................................. 30
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 32
7 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 34
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 35
APÊNDICE A .................................................................................................................... 37
APÊNDICE B ..................................................................................................................... 38
APÊNDICE C .................................................................................................................... 39
9
1 INTRODUÇÃO
O termo “sustentável” cada vez mais ocupa posição de adjetivo nas agendas, planos,
programas e projetos de empreendimento privado e nas esferas administrativas do governo.
A expressão ganhou corpo a partir da década de 1980, com a formação da Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas
(ONU) que discutiu problemas ambientais no mundo. O “Desenvolvimento Sustentável” foi
proposto como alternativa para fazer frente às previsões catastróficas do Clube de Roma”.
A partir de então, questões como o crescimento populacional, necessidades básicas de
habitação, saúde e educação, consumo de energia, industrialização, modo de produção, entre
outras, entraram nas pautas de discussões em todo o mundo.
A pobreza, desperdício de recursos e ignorância ecológica,comprometem a capacidade
de suporte do planeta, ou seja, sua sustentabilidade (MILLER, 2007, p. 03).
A economia e o crescimento de um país dependem de recursos naturais. Segundo o
Ministério do Meio Ambiente (2015), 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro depende
da biodiversidade, o que demanda a adoção de novos padrões de sustentabilidade, bem como
a busca por novas formas de pensar o desenvolvimento.
A administração pública tem um importante papel na operacionalização da
sustentabilidade. Como grande consumidora de produtos e serviços, exerce influência nos
processos de compra e contratação. Mesmo assim, foi uma das últimas grandes áreas a
perceber a necessidade de reformulação de conceitos e da tomada de medidas vigorosas para
conter o desperdício, aumentar sua eficiência no uso de recursos naturais e diminuir seu
potencial poluidor (PINI, 2015).
Considerando a efetiva influência do Poder Público na atividade econômica nacional,
especialmente por meio das contratações e efetiva prestação de serviços ao público e a
importância de ações planejadas e continuadas ligadas à mobilização e sensibilização para
questões socioambientais no âmbito do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) publicou a Resolução N º 201/2015 que dispõe sobre a criação e competências das
unidades ou núcleos socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário e
implantação do respectivo Plano de Logística Sustentável (PLS).
10
Em atenção a essa Resolução, o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP)
publicou seu Plano de Logística Sustentável (PLS), sob a marca TJAP-RESPONSÁVEL,
baseado no tripé: responsabilidade ambiental, desenvolvimento de projetos sociais e combate
ao desperdício de recursos públicos.
O presente trabalho tem como objetivo o analisar a Política de Responsabilidade
Socioambiental do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, através de seu Plano de Logística
Sustentável, para o período 2015-2020. O plano tem uma estrutura clara e bem definida em
suas etapas? Quais desafios têm sido encontrados para sua execução? Sua efetividade
ocasionará vantagens financeiras para a instituição?
Parte-se da hipótese de que uma maior sensibilização das partes envolvidas se faz
necessário para o alcance das metas e eficácia do Plano de Logística da instituição.
Para testar a hipótese foi avaliado o PLS do TJAP a partir do levantamento
bibliográfico da primeira fase do trabalho e de entrevistas com os responsáveis pela sua
execução.
11
2 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
A adoção de práticas, individual ou coletivamente, em benefício da sociedade e do
meio ambiente, melhorando a qualidade de vida das pessoas é o que se pode entender por
responsabilidade socioambiental (INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE, 2013).
Responsabilizar-se por alguém ou por algo, denota um compromisso, de caráter moral
ou jurídico, que deve ser levado a cabo e pelo qual se está passível a sanções.
A palavra responsabilidade tem origem no verbo do latim "Respondere". Significa
então que quando alguém diante uma ação ou omissão causa um dano, tem a obrigação de
responder, assumindo as consequências que este dano tenha causado, trazendo assim uma
ordem jurídica na sociedade (GAGLIANO, 2011).
Há uma unanimidade na literatura ambiental de que o lançamento do livro Primavera
Silenciosa, publicado em 1962, pela escritora americana Rachel Carson, seja o marco inicial
da conscientização social e política sobre as questões ambientais. Primavera Silenciosa
denunciou o desaparecimento dos pássaros nos campos dos Estados Unidos, provocado pela
utilização do pesticida DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) na agricultura (LEMOS, 2013).
Primavera Silenciosa é referência global para o movimento ambiental e
consequentemente para o surgimento de políticas ambientais em todo o mundo. As
organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas que começaram a surgir nessa época
e o aumento da sensibilização sobre tais problemas contribuíram para que as Nações Unidas
realizassem a Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, entre 5 a 16 de junho de 1972,
em Estocolmo, na Suécia (LEMOS, 2013).
Ainda, segundo Lemos (2013), em 1971, durante o processo preparatório para a
Conferência de Estocolmo, o Clube de Roma (formado por cientistas de vários países)
publicou seu primeiro relatório Os limites do crescimento (The limits to growth), baseado em
um complexo modelo matemático mundial. Esse relatório demonstrava que, se perdurasse as
mesmas taxas de crescimento demográfico, de industrialização e de utilização de recursos
naturais, em meados do século XXI, ocorreriam inevitáveis efeitos catastróficos – fome,
escassez de recursos naturais, altos níveis de poluição – os quais culminariam com uma
incontrolável mortandade da população.
12
Para evitar as previsões catastróficas do Clube de Roma, o relatório recomendava a
imediata adoção de uma política mundial de contenção do crescimento, de modo que a
população pudesse atingir um estado de equilíbrio o mais cedo possível. O estado de
equilíbrio global poderia ser planejado de forma que todas as pessoas tenham suas
necessidades básicas atendidas e que lhes fossem dadas oportunidades iguais, permitindo a
realização de seu potencial humano (LEMOS, 2013).
O modelo de desenvolvimento dos países industrializados foi posto em debate. Os
representantes desses diziam que as nações em desenvolvimento não deveriam seguir o
mesmo modelo, sob pena de contribuir severamente para poluição atmosférica e dos recursos
hídricos de seus países.
A reação dos países em desenvolvimento à proposta do “crescimento zero” foi
liderada pelo Brasil e pela Índia. Como resposta, a primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi,
durante seu discurso, afirmou que “o pior tipo de poluição é a pobreza – a falta de condições
mínimas de alimentação, saneamento e educação”. Em virtude da reação dos países em
desenvolvimento, a proposta do crescimento zero não foi aprovada (LEMOS, 2013).
A década de 1970, mais precisamente a partir do ano de 1972, quando ocorreu a
Conferência de Estocolmo, fomentou subsídios jurídicos para uma maior proteção ambiental.
Os países que elaboraram suas constituições a partir desta década puderam assegurar tutela
eficaz para o meio ambiente, nos moldes que pudessem responder aos clamores universais
para com as questões ambientais (MILARÉ, 2011).
A partir de Estocolmo, a agenda ambiental aproximou-se da agenda social e o discurso
do desenvolvimento sustentável pautou as Conferências da ONU (ECO/92, Rio+10 e
Rio+20), incluindo novas categorias e instrumentos de gestão socioambiental aplicados a
administração pública e empresas.
No campo empresarial, a ISO 14.001 apresenta-se como o principal instrumento
voluntário de gestão ambiental, sinalizando ao mercado e a administração pública possíveis
interfaces proativas a quebra do paradigma desenvolvimento econômico versus preservação
ambiental.
Entre a família ISO, a recente NBR ISO 26000 (2010, p. 4), traz a responsabilidade
social entendida como a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas
decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético
e transparente que: a) contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e bem
13
estar da sociedade; b) leve em consideração as expectativas das partes interessadas; c) esteja
em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais
de comportamento e; d) esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas
relações.
Por se tratar de uma iniciativa recente, Chagas (2013, p. 48) destaca que a ISO 26000
é um importante avanço para aproximar a gestão ambiental das questões de ordem social.
Entretanto, não se tem clareza como a norma será colocada em prática. Tal questão vem sendo
testada pela elaboração de rotinas empresarias que comunicam ações de responsabilidade
socioambiental.
As preocupações com as questões sociais e ambientais ocupam lugar de destaque na
contemporaneidade. Um olhar no cotidiano de muitas cidades brasileiras evidencia a ausência
ou queda na qualidade de vida de parcela expressiva da população. Esse fenômeno remete a
demandas e responsabilidades que envolvem toda a sociedade, o que inclui as organizações.
Para essas últimas, a disseminação do termo responsabilidade social tem marcado o peso de
suas ações, com o potencial de agravar ou atenuar problemas sociais e ambientais de algumas
comunidades (CARRIERI et al, 2009).
Organizações em todo o mundo, assim como suas partes interessadas, estão se
tornando cada vez mais cientes da necessidade e dos benefícios do comportamento
socialmente responsável. O objetivo da responsabilidade social é contribuir para o
desenvolvimento sustentável (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
NORMA BRASILEIRA INTERNATIONAL STANDARDS ORGANIZATION 26000, 2010).
Para Hupffer (2012), o Brasil optou por ser uma democracia socioambiental quando na
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, o legislador deixa aos cuidados do Estado o
bem-estar, o interesse e o destino dos cidadãos. Este artigo delega, claramente, ao poder
público a responsabilidade em assegurar o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
Uma sociedade, do ponto de vista ambiental, atende às necessidades atuais de sua
população em relação a alimentos, água e ar limpos, abrigo e outros recursos básicos sem
comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades (MILLER,
2007).
O Poder Público assume seu papel em contribuir para uma sociedade sustentável
considerando que a sustentabilidade não pode ser um assunto somente para seminários ou
14
produção de relatórios, mas sim um critério a ser inserido em todas as atividades
governamentais, sejam elas atividades meio ou finalísticas (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2009).
O histórico da questão ambiental sempre esteve relacionado ao crescimento da
economia e desenvolvimento das nações. No início dos anos de 1970 questionou-se um limite
para o crescimento econômico; a partir das décadas de 1980, um modelo para esse;
atualmente entende-se que independente de taxas ou modelo de crescimento, são das práticas
adotadas no uso de bens naturais que depende a saúde do planeta.
Desta forma, a responsabilidade ambiental ou socioambiental, mesmo reconhecendo
que esse campo depara-se com críticas diante da necessária definição da legitimidade do
discurso tanto pelo Poder Público quanto empresarial, apresenta ações que buscam avaliações
de resultados e das lições apreendidas, em diferentes escalas.
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO SETOR PÚBLICO
Para oferecer serviços à sociedade, as instituições públicas lançam mão de uma grande
e complexa estrutura logística: recursos naturais renováveis como a água, recursos não
renováveis na forma de insumos para materiais de tecnologia da informação, recursos
humanos etc.
No âmbito do setor público, até o momento não existe um entendimento único ou uma
definição universal para a Responsabilidade Socioambiental. O conceito pode divergir entre
os diferentes órgãos e entidades, e também dos utilizados por diferentes organizações da
sociedade civil e setor empresarial (MMA, 2009).
Os novos desafios globais e a necessidade de promover uma Agenda de
Desenvolvimento que atenda às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de
as futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades, tendo como princípio a
necessidade de mudar comportamentos e adotar novas práticas éticas e responsáveis – tanto
no setor empresarial como público – destaca a importância da criação de políticas e
programas de Responsabilidade Socioambiental (RSA) (MMA, 2009).
Ainda, segundo o Ministério do Meio Ambiente (2009), a adoção de critérios
ambientais nas atividades administrativas e operacionais da Administração Pública constitui-
se um processo de melhoramento contínuo que consiste em adequar os efeitos ambientais das
15
condutas do poder público à política de prevenção de impactos negativos ao meio ambiente.
Em outras palavras, a conservação racional dos recursos naturais e a proteção contra a
degradação ambiental devem contar fortemente com a participação do poder público.
Além da capacidade de indução, o poder de mobilização de importantes setores da
economia exercido pelas compras governamentais, que movimentam de 10 a 15% do Produto
Interno Bruto (PIB), é inquestionável e deve ser usado para garantir a mudança e adoção de
novos padrões de produção e de consumo que reduzam os impactos socioambientais
negativos gerados pela atividade pública, contribuindo para o crescimento sustentável e
promovendo a responsabilidade socioambiental (MMA, 2009).
A administração pública tem a responsabilidade de contribuir no enfrentamento das
questões ambientais, buscando estratégias inovadoras que repensem os atuais padrões de
produção e consumo, os objetivos econômicos, inserindo componentes sociais e ambientais.
Diante dessa necessidade, as instituições públicas têm sido motivadas a implementar
iniciativas específicas e desenvolver programas e projetos que promovam a discussão sobre
desenvolvimento e a adoção de uma política de Responsabilidade Socioambiental do setor
público (MMA, 2015).
2.2 AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A3P)
Dadas as características em comum no âmbito das instituições públicas,
principalmente no que tange a estrutura logística, o Ministério do Meio Ambiente criou a
Agenda Ambiental na Administração Pública.
A A3P tem sido o principal programa da administração pública de gestão
socioambiental. Implementado por diversos órgãos e instituições públicas das três esferas de
governo, no âmbito dos três poderes, podendo ser usado como modelo de gestão
socioambiental por outros segmentos da sociedade (MMA, 2009).
Surgida em 1999 como um projeto do Ministério do Meio Ambiente, a Agenda
buscava revisar padrões de produção e consumo e a adoção de novos referenciais de
sustentabilidade ambiental nas instituições da administração pública. Dois anos após o
lançamento do projeto, foi criado o Programa Agenda Ambiental na Administração Pública,
cujo objetivo era sensibilizar os gestores públicos para a importância das questões ambientais,
16
estimulando-os a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental em suas atividades
rotineiras (MMA, 2009).
O programa está fundamentado nas recomendações do Capítulo IV da Agenda 21, que
indica aos países o “estabelecimento de programas voltados ao exame dos padrões
insustentáveis de produção e consumo e o desenvolvimento de políticas e estratégias
nacionais de estímulo a mudanças nos padrões insustentáveis de consumo”, no Princípio 8 da
Declaração do Rio/92, que afirma que “os Estados devem reduzir e eliminar padrões
insustentáveis de produção e consumo e promover políticas demográficas adequadas” e,
ainda, na Declaração de Johanesburgo, que institui a “adoção do consumo sustentável como
princípio basilar do desenvolvimento sustentável”(MMA, 2015).
Em 2012, a publicação do Decreto nº 7.746, que estabeleceu critérios, práticas e
diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações
realizadas pela administração pública federal, também determinou a adoção de iniciativas,
dentre elas a A3P, referentes ao tema da sustentabilidade pelos órgãos e entidades federais,
bem como suas vinculadas (MMA, 2015).
São seis os eixos temáticos que instruem a elaboração da A3P: Gestão de Resíduos,
Licitação Sustentável, Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho, Sensibilização de
Capacitação de Servidores, Uso Racional de Recursos e Construções Sustentáveis.
2.3 RESOLUÇÃO Nº 201/2015-CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA E O PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL
Publicada no dia 3 de março de 2015, a Resolução n° 201, do Conselho Nacional de
Justiça, dispõe sobre a criação e competências das unidades ou núcleos socioambientais nos
órgãos e conselhos do Poder Judiciário e implantação do respectivo Plano de Logística
Sustentável (PLS-PJ).
Para a elaboração dessa Resolução, o Conselho Nacional de Justiça (2015) considerou
a escalada legislativa que começou em 1988, com a promulgação da Constituição Federal que
em seu artigo 170, VI trata da defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação; bem como do artigo 225 que estabelece que todos tem direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado.
17
Entre as demais legislações consideradas, estão sintetizadas:
a) O disposto no artigo 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que cuida das
normas para licitações e contratos da Administração Pública e Decreto nº 7.746, de5 de junho
de 2012, que regulamenta o artigo 3º da citada Lei, estabelecendo critérios, práticas e
diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações
realizadas pela Administração Pública Federal (BRASIL, 2012);
b) A Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional de
Mudança do Clima, com diretrizes ao estímulo e apoio à manutenção e promoções de padrões
sustentáveis de produção e consumo. Um de seus instrumentos é a adoção de critérios de
preferência nas licitações e concorrências públicas para as propostas que propiciem maior
economia de energia, água e outros recursos naturais e a redução da emissão de gases de
efeito estufa e de resíduos (BRASIL, 2009); e o disposto na Lei 12.305, de 2 de agosto de
2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e Decreto 7.407, que regulamenta a
supracitada Lei;
c) A Resolução CNJ nº 198/2014, que dispõe sobre o Planejamento e a Gestão
Estratégica no âmbito do Poder Judiciário, classificando como atributo de valor judiciário a
Responsabilidade Socioambiental (CNJ, 2014);
d) Os modelos de boas práticas de gestão sustentável do Poder Executivo, constantes
das Instruções Normativas CNJ nos 1/2010; 10/2012, que estabelecem regras para elaboração
dos Planos de Gestão de Logística Sustentável de que trata o art. 16 do Decreto nº 7.746, de 5
de junho de 2012; e 2, de 4 de junho de 2014, o qual dispõe sobre a economia de energia nas
edificações públicas (CNJ, 2014); e
e) As recomendações do Tribunal de Contas da União, dispostas no Acórdão nº 1.752,
de 5 de julho de 2011, que trata das medidas de eficiência e sustentabilidade por meio do uso
racional de energia, água e papel adotadas pela Administração Pública; entre outras.
A implantação do PLS, no âmbito do Judiciário brasileiro é mais um degrau rumo a
práticas sustentáveis na prestação do serviço público.
18
2.4 PLANOS DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL
O planejamento de ações sustentáveis e sua continuidade são vitais para garantir a
eficiência nos serviços prestados pelo Judiciário.
De acordo com a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (2012), os Planos de Gestão Logística Sustentável são
ferramentas de planejamento com objetivos e responsabilidades definidas, ações, metas,
prazos de execução e mecanismos de monitoramento e avaliação, que permite ao órgão ou
entidade estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização de gastos e processos na
Administração Pública.
Em sua Instrução Normativa nº 10, de 12 de novembro de 2012, a qual estabelece
regras para a elaboração dos PLSs, a expressão Logística Sustentável é definida por essa
Secretaria como o processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços e de
informações, do fornecimento ao desfazimento, que considera a proteção ambiental, a justiça
social e o desenvolvimento econômico equilibrado.
Para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Plano de Logística Sustentável (PLS) é
definido como instrumento vinculado ao planejamento estratégico do Poder Judiciário, com
objetivos e responsabilidades definidas, ações, metas, prazos de execução, mecanismos de
monitoramento e avaliação de resultados, que permite estabelecer e acompanhar práticas de
sustentabilidade, racionalização e qualidade que objetivem uma melhor eficiência do gasto
público e da gestão dos processos de trabalho, considerando a visão sistêmica do órgão (CNJ,
2015).
Para uma melhor compreensão do parágrafo acima, a Resolução nº 201/2015-CNJ
considera: a) logística sustentável: processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços
e de informações, do fornecimento ao desfazimento, que considerando o ambientalmente
correto, o socialmente justo e o desenvolvimento econômico equilibrado; b) práticas de
sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura
institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder
Judiciário; c) práticas de racionalização: ações que tenham como objetivo a melhoria da
qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento contínuo na gestão dos processos de trabalho
(CNJ, 2015).
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Foi a Resolução nº198/2014, do mesmo Conselho Nacional de Justiça, que ao dispor
sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário, classificou como
atributo de valor judiciário a Responsabilidade Socioambiental (CNJ, 2015).
A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, através da Instrução Normativa nº 10, de 12 de novembro de 2012,
estabeleceu as regras para a elaboração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável
(BRASIL, 2012), às quais o PLS-TJAP está moldado.
A Instrução estabeleceu o mínimo de indicadores que devem sofrer avaliação e
controle, mas cada instituição é livre para acrescentar outros, uma vez que diferenças
geográficas e culturais influenciam nas despesas logísticas.
3 PLANEJAMENTO E O PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL 3.1 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO
Planejamento é a elaboração de um conjunto de ações a serem tomadas em busca de
um futuro almejado.
O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os
objetivos que devem ser atendidos e como se deve fazer para alcançá-los da melhor maneira
possível (CHIAVENATO, 2014; SANTOS, 2004). Consiste na determinação do que a
organização deverá fazer no presente, no sentido de alcançar a situação desejada no futuro, a
partir dos recursos humanos e financeiros que possui (PORTO, 2006).
O planejamento no setor público é um método coerente e compreensivo de formação e
implementação de diretrizes, controlado por uma vasta rede de órgãos e instituições
interdependentes.
Nos trabalhos práticos de instituições governamentais há certa confusão entre
diretrizes, planos, normas, programas e projetos. Rozely Santos (2004) esclarece que as
diretrizes referem-se a um conjunto de instruções ou indicações de caráter geral necessárias
para o estabelecimento dos planos e normas, com seus programas e projetos. Os planos, que
tem como linha mestra as diretrizes, são formulados como um conjunto de ações a serem
adotadas, visando determinado objetivo ou meta.
20
O usual é que os planejamentos venham adjetivados com palavras que definem ou
caracterizem seu principal rumo de ação. Os “adjetivos” permitem identificar o tema, a área, o
setor de atividade; o ideário ou mesmo o paradigma em que se alinha o trabalho (SANTOS,
2004).
TJAP – Responsável é a marca do PLS-TJAP. O adjetivo responsável encerra o
compromisso que a instituição assume com as questões socioambientais.
3.2 TIPOS DE PLANEJAMENTO O PLS é a primeira iniciativa de responsabilidade socioambiental planejada que
envolveu toda a cúpula da administração do TJAP.
De acordo com a abrangência, o planejamento pode ser: estratégico, tático e
operacional (CHIAVENATO, 2014).
O planejamento estratégico é o mais amplo e abrangente da organização. Tem efeitos e
consequências estendidos a vários anos pela frente, além de envolver a organização como um
todo, abrangendo todos os seus recursos e áreas de atividade, e preocupar-se em atingir os
objetivos a nível mais abrangente. É definido pela cúpula da organização e corresponde ao
plano maior ao qual todos os demais estão subordinados (CHIAVENATO, 2014).
O planejamento tático é projetado a médio prazo; envolvendo segmentos da
organização, abrangendo recursos específicos (CHIAVENATO, 2014).
O planejamento operacional, por seu turno, é feito para cada tarefa ou atividade.
Geralmente é projetado para o curto prazo, e envolve cada tarefa ou atividade isoladamente,
preocupando-se com o alcance de metas específicas (CHIAVENATO, 2014).
Planejado para um período de cinco anos, elaborado pela alta gestão da instituição e
com um investimento previsto de R$ 5.790.233,34, o PLS pode ser considerado um
planejamento estratégico no âmbito do TJAP.
3.3 FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Não existe uma metodologia padrão para a elaboração e implementação do
planejamento estratégico, pois as instituições se diferenciam umas das outras em vários
21
aspectos, mas quatro fases têm um caráter essencial: a definição, o diagnóstico, o
planejamento (ação) e o controle e avaliação.
Na fase da Definição, a instituição assume sua missão dentro da sociedade e visualiza
expectativas apoiadas em valores. Nesse sentido, cabe ao TJAP garantir cidadania plena por
meio de um sistema de justiça integrado, ágil, efetivo e acessível, tendo como expectativa ser
reconhecido como um Poder Judiciário transparente, eficiente e efetivamente justo, baseado
nos valores de Acessibilidade, Agilidade, Desjudicialização, Desburocratização, Efetividade,
Integração, Sinergia com a opinião pública, Valorização de talentos (TJAP, 2015).
No diagnóstico, é feita a leitura da realidade e a identificação do problema
(OLIVEIRA, 1996). É estabelecido como se encontra a organização, a partir de análises de
informações sobre seu ambiente interno. No caso do PLS-TJAP foi feito uma atualização do
inventário de bens e materiais do TJAP para identificação de similares de menor impacto
ambiental para substituição.
Um inventário parcial, feito em 17 de mar de 2015, mostra uma tabela com 110 itens,
no valor total de R$160.526, 77 adquiridos pela instituição seguindo critérios ambientais
(TJAP, 2015, p. 71)
Na fase de planejamento ou ação, busca-se atingir a situação desejada. São
estabelecidos os objetivos, desafios e metas; são elaborados os projetos e planos de ação. Nela
são feitas também as projeções econômico-financeiras do planejamento orçamentário,
associadas à estrutura da organização, necessárias ao desenvolvimento dos planos de ação,
projetos e atividades previstas (OLIVEIRA, 1996).
A última fase é o acompanhamento e avaliação, quando é verificada como a
organização está se comportando para atingir a situação desejada. É comparado o desempenho
real e os objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos, por meio da análise dos desvios,
com tomadas de ação visando corrigi-los (OLIVEIRA, 1996), seguidas de acompanhamento,
no sentido de avaliar a eficiência da correção; finalmente, a incorporação de informações ao
processo de planejamento para desenvolver os ciclos futuros da atividade administrativa.
(PORTO, 2006).
Essa última fase está ausente na estrutura do PLS-TJAP.
22
3.4 INDICADORES São ferramentas que quantificam informações. Quando comparados entre si, em
matrizes de indicadores, permitem avaliar a influência de uns sobre os outros.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2010) define indicadores como
instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado
conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção na realidade. A principal
finalidade de um indicador é traduzir, de forma mensurável, determinado aspecto de uma
realidade dada ou construída, de maneira a tornar operacional a sua observação e avaliação.
São ferramentas constituídas de variáveis que, associadas a partir de diferentes
configurações, expressam significados mais amplos sobre os fenômenos a que se referem
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2015).
Santos (2004) considera que, de forma geral, indicadores são parâmetros, ou funções
derivadas deles, que têm a capacidade de descrever um estado ou uma resposta dos
fenômenos que ocorrem em um meio.
Ainda segundo a autora, os indicadores são fundamentais para tomadores de decisão e
para a sociedade, pois permitem tanto criar cenários sobre estado do meio, quanto aferir ou
acompanhar os resultados de uma decisão tomada. São indicativos das mudanças e condições
no ambiente e, se bem conduzidos, permitem apresentar a rede de causalidades presente num
determinado meio. A principal característica dos indicadores é sua capacidade de quantificar e
simplificar a informação (SANTOS, 2004).
Indicadores são informações quantificadas, de cunho científico, de fácil compreensão
usadas nos processos de decisão em todos os níveis da sociedade, úteis como ferramentas de
avaliação de determinados fenômenos, apresentando suas tendências e progressos que se
alteram ao longo do tempo. Indicadores ambientais são estatísticas selecionadas que
representam ou resumem alguns aspectos do estado do meio ambiente, dos recursos naturais e
de atividades humanas relacionadas (MMA, 2015).
O PLS-TJAP conta com um total de 62 indicadores em seus Planos de Ação.
23
4 PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAPÁ (PLS-TJAP).
O plano é o resultado imediato do planejamento. Para Chiavenato (2014), os planos
têm um propósito comum: a previsão, a programação e a coordenação de uma sequência
lógica de eventos, os quais devem conduzir ao cumprimento do objetivo que os comanda. É
um curso predeterminado de ação sobre um período específico e que representa uma resposta
projetada a um ambiente antecipado, no sentido de alcançar um conjunto específico de
objetivos adaptativos.
Baseado nos eixos temáticos da Agenda Ambiental na Administração Pública, o Plano
desdobra-se em dez temas: a) uso eficiente de papel, copos descartáveis, água e impressão, b)
energia elétrica, c) água e esgoto; d) gestão de resíduos; e) qualidade de vida no ambiente de
trabalho; f) sensibilização e capacitação; g) contratações sustentáveis; h) layout; i)
deslocamento de pessoal; e j) projetos sociais. Para cada tema foi designado um setor
responsável e foram criados Planos de Ação com objetivos, prazos, metas, metodologias, e
indicadores para subsidiar o acompanhamento do trabalho.
Esses Planos de Ação estão sob a responsabilidade de cinco serventuários do quadro
efetivo do TJAP.
4.1 PLANO DE AÇÃO I: USO EFICIENTE DE PAPEL, COPOS DESCARTÁVEIS, ÁGUA E IMPRESSÃO
Com um total de vinte indicadores, tem como objetivo racionalizar o consumo e
combater o desperdício de insumos e materiais e apoiar melhoria dos processos e
consequentemente otimização no uso de recursos por meio do uso de tecnologia da
informação (TJAP, 2015).
Dentre os subprodutos da madeira um merece atenção especial: o papel. Nas
atividades desenvolvidas na administração pública o papel é um dos principais recursos
naturais consumidos. O papel A4 - 75 g/m2 ocupa posição de destaque quanto ao uso nas
ações rotineiras. Entretanto, também fazem parte do uso diário das instituições públicas os
envelopes, cartões de visita, agendas, papéis de recado, entre outros, todos envolvendo
grandes quantidades de papel (MMA, 2009).
24
Para alcançar o objetivo, o Núcleo Socioambiental que é o setor responsável por este
plano, promoveu o projeto Ecocaneca, com o objetivo de substituir copos descartáveis por
canecas personalizadas; bem como já adquiriu 100 garrafões de 20 litros para bebedouros com
o objetivo de substituir as garrafas de 1,5l de água mineral.
4.2 PLANO DE AÇÃO II: ENERGIA ELÉTRICA Com um total de seis indicadores, busca promover o uso racional e eficiente de
Energia Elétrica no Tribunal de Justiça do Amapá, tendo como meta diminuir em 15% até
2020 a quantidade de Kwh consumidos, com a consequente redução no gasto com energia
elétrica e consumo por área construída, considerando que o consumo incide em
aproximadamente 80% do valor da fatura mensal.
Quanto maior a eficiência energética de um país, maiores são os benefícios, tais como
redução do peso da conta de energia nos custos totais de produção, menores impactos e custos
ambientais decorrentes do processo produtivo. Buscar a eficiência energética faz parte do
planejamento para melhor aproveitar os recursos energéticos e reduzir os impactos ambientais
gerados pelas atividades econômicas (IBGE, 2015).
Neste Plano de Ação, a instituição conseguiu atingir a meta de redução prevista.
4.3 PLANO DE AÇÃO III: ÁGUA E ESGOTO O objetivo deste plano é combater o desperdício de água potável e utilizar água pluvial
e de ar condicionado para fins não nobres. Para isso a Divisão de Serviços Gerais, unidade
responsável por esse eixo, construiu quatro indicadores.
Entre outras medidas, estão planejadas instalações de descargas e torneiras mais
eficientes com dispositivos economizadores e medidores de consumo; realização de
campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao uso da água potável. Estão
previstos, também, estudos para instalação de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Gerados pela instituição.
Segundo o responsável desse PA, a instituição já conta com estudos de
reaproveitamento de água da chuva para fins menos nobres.
25
4.4 PLANO DE AÇÃO IV: GESTÃO DE RESÍDUOS Tem o objetivo de minimizar o impacto ambiental dos resíduos gerados pela atividade
do Tribunal de Justiça do Amapá, por meio de redução reutilização ou reciclagem.
O Decreto nº 5.940/06, publicado em 26 de outubro de 2006, instituiu a separação dos
resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal
direta e indireta na fonte geradora e sua destinação às associações e cooperativas de catadores
de materiais recicláveis e constituiu a Comissão da Coleta Seletiva Solidária, criada no âmbito
de cada órgão e entidade da administração pública federal direta e indireta com o objetivo de
implantar e supervisionar a separação dos resíduos recicláveis descartados na fonte geradora e
a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis (MMA,
2009).
A reciclagem está presente em oito dos doze indicadores deste Plano de Ação. De
acordo com informações do gestor responsável desse PA, o TJAP ainda não conseguiu
resultados com relação ao descarte apropriado de resíduos, parte por não ter conseguido
firmar parcerias com associações de reciclagem e por outro lado, a cidade não contar com
serviço municipal de coleta seletiva.
4.5 PLANO DE AÇÃO V: QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Significa a promoção da valorização, satisfação e inclusão do capital humano da
instituição, em ações que estimulem o seu desenvolvimento pessoal e profissional, assim
como a melhoria das condições das instalações físicas.
Com um total de três indicadores, este plano tem o objetivo de melhorar a qualidade
de vida no ambiente de trabalho. Para isso, diversas ações de caráter social já fazem parte do
calendário de eventos da instituição, como a Corrida do Judiciário que tem um percurso de 6,7
km com a finalidade de promover estilo de vida saudável aos servidores e público presente;
campanha de incentivo aos serventuários de que façam exames médicos de rotina no mês de
aniversários, entre outras.
26
4.6 PLANO DE AÇÃO VI: SENSIBILIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Tem como objetivo sensibilizar e capacitar magistrados, servidores, a força de
trabalho e interessados a respeito da sustentabilidade, racionalização e consumo consciente de
materiais e serviços.
Esse PA prevê em suas ações a realização da Semana do Meio Ambiente, com
realização palestras, distribuição de mudas de plantas e outras atividades, visando à educação
ambiental e divulgação das iniciativas sustentáveis do TJAP; bem como oferta de curso à
distância com a temática sustentabilidade socioambiental. Porém, até agora não há resultados
divulgados quanto a implementação das ações.
4.7. PLANO DE AÇÃO VII: CONTRATAÇÕES SUSTENTÁVEIS
Em todo o mundo, o poder de compra e contratação do Governo tem um papel de
destaque na orientação dos agentes econômicos quanto aos padrões do sistema produtivo e do
consumo de produtos e serviços ambientalmente sustentáveis. No Brasil estima-se que as
compras governamentais movimentem cerca de 10% a 15% do PIB nacional (MMA, 2009).
Este tema tem como objetivo incluir critérios de sustentabilidade nas contratações,
visando também a eficiência do gasto público. Os nove indicadores foram construídos para os
serviços de telefonia, vigilância e limpeza, uma vez que a instituição já adotava, antes do PLS,
critérios de sustentabilidade para aquisição de bens como eletrodomésticos, equipamentos de
refrigeração, lâmpadas, reatores, bombas d’água e motores, para os quais é exigido o Selo
Procel de Economia de Energia na especificação constante do termo de referência (TJAP,
2015).
O TJAP já considera os “selos verdes” e a logística reversa nos processos licitatórios.
4.8 PLANO DE AÇÃO VIII: LAYOUT
Tem um (1) indicador e o mesmo objetivo das contratações sustentáveis de incluir
critérios de sustentabilidade nas contratações, visando a eficiência do gasto público
Deve definir padrão de layout (padronização de espaço, iluminação e móveis
ambientes) nas reformas e novas construções.
27
4.9 PLANO DE AÇÃO IX: DESLOCAMENTO DE PESSOAL
Buscar a eficiência no gasto do recurso público e diminuição do impacto ambiental no
que se refere aos gastos com transporte é o objetivo deste plano que comporta seis
indicadores.
Para isso foram definidos procedimentos para o uso da frota, tais como: escalas de
saída, lotação mínima, rotas preferenciais entre os destinos mais utilizados, com apoio de
sistema de Tecnologia da Informação (TI).
4.10 PLANO DE AÇÃO X: PROJETOS SOCIAIS
Tem como objetivo organizar e definir padrões de qualidade para diversas iniciativas
de intervenção social já realizadas pelo TJAP.
Aperfeiçoamento dos projetos sociais existentes por meio da prestação de
assessoramento e definição de padrões de qualidade.
Em março de 2015, os adolescentes do Programa Menor Aprendiz foram estimulados
à leitura. Cada jovem bolsista assumiu a responsabilidade de escolher um livro para leitura e,
com base nele, escrever uma redação. Em abril do ano em curso, a Presidência do TJAP
premiou 30 das 368 redações produzidas.
4.11 TABELA DOS PLANOS DE AÇÃO E METAS DO PLS-TJAP (2015-2020)
A tabela abaixo relaciona os dez Planos de Ação com suas respectivas metas a serem
alcançadas até 2020.
28
Tabela 1
PAs/metas do PLS-TJAP
Plano Metas
PA 1- Uso eficiente de papel, copos descartáveis, água e impressão
- Reduzir o Consumo total e respectivo gasto de papel branco e reciclado em 50% até
2020, na razão de 10% a cada ano, considerando o ano‐base. Na proporção de consumo
de papel branco x reciclado, de 30%x70% em 2016 até 70%x30% em 2020.
- Reduzir o consumo e de copos descartáveis em 95% até 2020 e respectivo gasto com
aquisição. Com impacto maior a partir de 2017, com a efetivação dos projetos de redução
de consumo de copos descartáveis.
- Aumentar para 90% a proporção do volume de água proveniente de garrafões de 20l em
relação à água envasada em embalagens de 1.500ml.
- Reduzir em 50% a volume de impressões e estabelecer a média de até 2 equipamentos
de impressão por unidade, e conseqüente redução do gasto com impressoras e
suprimentos em 56%, até 2020
PA 2-Energia elétrica - Diminuir em 15% até 2020 a quantidade de Kwh consumidos, com a conseqüente
redução no gasto com energia elétrica e consumo por área construída, considerando que
o consumo incide em aproximadamente 80% do valor da fatura mensal.
PA 3-Água e esgoto Sem informação.
PA 4-Gestão de resíduos Sem informação.
29
PA 5-Qualidade de vida no ambiente do trabalho - Até 2020: chegar a 70% do total de servidores de participantes nas ações de qualidade
de vida; a 5% de participação de servidores em ações de voluntariado; e 3 ações de
inclusão de servidores com deficiência.
PA 6-Sensibilização e Capacitação Sem informação.
PA 7-Contratações Sustentáveis - Estudar e aprimorar os contratos de vigilância, telefonia e limpeza, visando a inserção de critérios de sustentabilidade.
PA 8-Layout Reduzir em 20% até 2020 o valor gasto com mudança de layout nas unidades.
PA 9-Deslocamento de Pessoal Reduzir em 30% o gasto com manutenção por veículo até 2020; Reduzir em 15% o consumo de litros de combustível por km rodado
PA 10-Projetos Sociais Sem informação
Fonte: autora com base nos dados do PLS-TJAP (2015-2020).
30
5 METODOLOGIA
Amparado no tripé da Responsabilidade Ambiental, Desenvolvimento de Projetos
Sociais e Combate ao Desperdício de Recursos Públicos, o PLS-TJAP vai ao encontro da
Resolução 201/2015, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que dispõe sobre a criação e
competências das unidades ou núcleos socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder
Judiciário e implantação do respectivo Plano de Logística Sustentável (PLS) e a adoção de
modelos de gestão organizacional e de processos estruturados na promoção da
sustentabilidade ambiental, econômica e social (TJAP, 2015).
O PLS foi elaborado pela “Comissão Gestora de Responsabilidade Socioambiental do
Tribunal de Justiça do Estado do Amapá”, composta por dez membros, da qual fazem parte
um Juiz de Direito, como Presidente da Comissão, Assessores, Diretores de Departamento,
Analistas Judiciários e Técnicos Judiciários. Essa comissão foi instituída pela Portaria nº
33985/2012-GP sob a denominação TJAP Socioambiental e recebe o apoio técnico de uma
segunda equipe, composta por dezoito membros: um Juiz de Direito, na qualidade de
Presidente, Diretores de Departamento, Analistas Judiciários, Técnicos Judiciários e
Auxiliares Judiciários.
5.1 ETAPAS DA PESQUISA
Este trabalho foi dividido em duas fases: a primeira constituiu-se em um levantamento
bibliográfico sobre os temas: responsabilidade socioambiental e o PLS do TJAP.
Segundo Marconi & Lakatos (2006) a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias,
abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Sua finalidade é
colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito sobre determinado
assunto.
Para cumprir essa fase, foram consultados o PLS-TJAP, livros, artigos científicos e
sítios eletrônicos do Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional de Justiça, Tribunais
de Justiças Estaduais etc.
A segunda fase constituiu-se de entrevistas com os gestores das metas dos PAs As
entrevistas foram do tipo Padronizada ou Estruturada, que se segundo Marconi & Lakatos
(2006) se caracterizam pelo entrevistador seguir um roteiro previamente estabelecido, com
31
perguntas pré-determinadas, conforme um formulário elaborado e é efetuada de preferência
com pessoas selecionadas de acordo com um plano.
Os formulários foram enviados por e-mail (APÊNDICE A) e dúvidas e maiores
esclarecimentos foram sanados por contatos telefônicos. Os objetivos desta fase foram
conhecer o perfil dos gestores; os resultados até agora conquistados e os desafios para
alcançar as metas.
A equipe responsável pelos Planos de Ação é composta por cinco serventuários do
quadro efetivo; destes, quatro responderam a entrevista.
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com a missão de garantir a cidadania plena por meio de um sistema de justiça
integrado, ágil, efetivo e acessível, o Judiciário do Amapá tem a frente o grande desafio de
atender a uma demanda pública crescente dentro das diretrizes de sustentabilidade.
A estrutura logística que sustenta o TJAP é grande, cara e complexa. Envolve desde o
uso de recursos renováveis como a água até os recursos não renováveis, como minerais na
forma de insumos utilizados nos equipamentos de tecnologia da informação; além de uma
significativa gama de recursos humanos.
Quanto a estrutura dos Planos de Ação, nenhuma apresenta a etapa de Controle e
Avaliação, consequentemente a retroalimentação (feedback) está comprometida, uma vez que
não se pode medir a eficácia das metodologias para o cumprimento das metas e objetivos
esperados.
A equipe responsável pelos Planos de Ação é composta por 5 (cinco) serventuários do
quadro efetivo, e tem característica multidisciplinar: 1 (um) Licenciado em Matemática, 1
(um) bacharel em Administração, 1 (um) bacharel em Ciências Contábeis, 1 (um) Técnico
Eletromecânico e Acadêmico em Engenharia Elétrica. O quinto responsável não respondeu a
entrevista. Esta equipe conta com o apoio técnico de 18 (dezoito) membros, dentre eles: 1
(um) magistrado, diretores de departamentos, assessores, auxiliares, técnicos e analistas
judiciários.
Foi consenso entre os entrevistados que o principal desafio para o alcance das metas e
objetivos tem sido a falta de sensibilização por parte de todos.
Poucos resultados se fizeram sentir até agora:
No PA 1-Uso eficiente de papel, copos descartáveis, água e impressão; os garrafões de
20 litros já estão tomando lugar das garrafas de 1.5 litro; e as canecas de cerâmica estão
substituindo copos descartáveis;
O PA 2 - Energia Elétrica atingiu sua meta de redução no consumo; e
O PA 5 – Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho está com as seguintes ações em
andamento: inclusão de servidores com deficiência; perfil saúde, onde no mês de aniversário
do servidor, este é incentivado a fazer exames médicos de rotina; corridas do judiciário, com
33
percurso de 6,7 km e a finalidade de promover estilo de vida saudável aos servidores e
público presente.
No PA 7 - Contratações Sustentáveis; os eletrodomésticos, equipamentos de
refrigeração, lâmpadas, reatores, bombas d’água e motores adquiridos pela instituição já
adotam critério de sustentabilidade, sendo exigido o Selo Procel de Economia de Energia na
especificação constante do termo de referência. Outro critério refere‐se aos equipamentos de
grande porte destinados à solução de Tecnologia de Informação e Comunicação como os
storages e blades (equipamentos de informática que aumentam a capacidade de
armazenamento e melhoram a segurança dos dados), nos quais se exige dos licitantes a
realização da chamada logística reversa (TJAP, 2015, p. 37)
Os PAs tem um custo total previsto em R$5.790.233,34 e uma economia de
R$671.596,94. Sendo que o PA de Energia Elétrica é o que prevê maior investimento por
conta da aquisição de no-breaks e grupos geradores (APÊNDICE B).
Dos três PAs destinados aos bens de consumo (PAs I, II e III) todos preveem a
educação ambiental, através de campanhas de sensibilização, entre outras, como metodologia
para atingir as metas e os objetivos; e nos planos de Sensibilização e Capacitação e Projetos
Sociais, estão previstos cursos de capacitação na área ambiental bem como a instituição da
Escola Comunitária Ambiental (APÊNDICE C).
Os resultados obtidos através dos indicadores, se associados a diferentes cenários de
demanda pelos serviços do judiciário do Amapá, poderão auxiliar a administração nas
tomadas de decisões visando o bem estar social e a redução de impacto ambiental.
34
5 CONCLUSÃO
A elaboração e implantação do Plano de Logística Sustentável no âmbito do Poder
Judiciário do Amapá é um avanço rumo a eficiência socioambiental na prestação de serviços
desse Poder. Porém o êxito de práticas sustentáveis na Administração Pública depende mais
da sensibilização e comprometimento dos agentes envolvidos do que de Resoluções, Decretos
ou Instruções Normativas.
Os PAs encontram-se em diferentes estágios de implantação: o PA 1, está com as
ações em andamento, a substituição de copos descartáveis por garrafas e canecas e a
substituição de água em garrafas de 1,5 l por garrafões de 20 l são as ações de maior resultado
neste plano; o PA 2, cumpriu sua meta na redução de energia elétrica; o PA 3, não tem
projetos em andamento; o PA 4, está com as ações paradas por não ter firmado parcerias com
cooperativas de reciclagem e os serviços municipais não contarem com um sistema de coleta
seletiva; o PA 5, está com as ações em andamento: ações de inclusão à servidores com
deficiência, perfil saúde, corridas do judiciário; o PA 6, não tem informações publicadas; o
PA 7, a partir de 2015 inseriu critérios de sustentabilidade nos processos de licitação; o PA 8,
está com as ações em andamento nas reformas e novas construções; o PA 9, está com as ações
em andamento; e o PA 10, também está com ações em andamento através do projeto de
incentivo à leitura.
Em resumo, dos dez Planos de Ação analisados, sete (7) estão com ações em
andamento, sendo que um (1) já conseguiu alcançar a meta; dois (2) estão com ações paradas
e um (1) deles não publicou informações.
A pesquisa realizada permitiu uma avaliação do PLS do TJAP, instrumento de gestão
ambiental que permite desdobramentos positivos da administração pública rumo a práticas de
sustentabilidade. A ausência da fase de avaliação e os poucos resultados divulgados
confirmam a hipótese de que o plano precisa de maior sensibilização das partes envolvidas
para que o Poder Judiciário do Amapá possa cumprir sua missão de maneira sustentável.
35
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MILLER, G. T. Ciência Ambiental. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2007. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p/item/8852.>. Acesso em jan/2016.
______. Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P. Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arquivos/cartilha_a3p_36.pdf>. Acesso em jan/2016. MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Planos de Gestão de Logística Sustentável. Disponível em < http://www.planejamento.gov.br/assuntos/secretaria-executiva/spoa/copy_of_planos-de-gestao-de-logistica-sustentavel> . Acesso em jan/2016.
NBR ISO 26000. Diretrizes sobre Responsabilidade Social. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/[field_generico_imagens-filefield-description]_65.pdf >. Acesso em jun/2015.
OLIVEIRA, D.P.R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias, prática. 10ª edição. São Paulo:Atlas, 1996. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. A ONU e o Meio Ambiente. Disponível em <https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>. Acesso em jan/2016. PINI, S. In:______. Plano de Logística Sustentável do Tribunal de Justiça do Amapá 2015-2020. Disponível em <http://www.tjap.jus.br/portal/images/stories/documentos/CHECK-LIST/DEGESP/plano_sustentavel_tjap.pdf>. Acesso em nov/2015.
PORTO, M.A.G.O Planejamento estratégico como forma de otimizar o gerenciamento nas organizações. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006. Disponível em <http://docplayer.com.br/327111-O-planejamento-estrategico-como-forma-de-otimizar-o-gerenciamento-nas-organizacoes.html>. Acesso em jan/2016.
SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo:Oficina de Textos, 2004. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ. Plano de Logística Sustentável do Tribunal de Justiça do Amapá 2015-2020. Disponível em <http://www.tjap.jus.br/portal/images/stories/documentos/CHECK-LIST/DEGESP/plano_sustentavel_tjap.pdf>. Acesso em nov/2015.
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APÊNDICE A – Entrevista com os responsáveis pelos Planos de Ação
Prezado Sr. (a) , bom dia!
Conforme PA. n 6300/2015,esta serventuária foi autorizada pela Desª. Presidente, Sueli Pini, a desenvolver pesquisa ( Trabalho de Conclusão de Curso) no âmbito deste Tribunal de Justiça sobre o tema Política de Responsabilidade Socioambiental. Constando o nome de V.Sa. na equipe responsável pela implantação do Plano de Logística Sustentável - TJAP, solicito atenção no sentido de responder em breves palavras o seguinte questionário: Antecipadamente grata!
Hélida Pennafort
Pergunta 1: Qual o cargo e, se for o caso, a função que o (a) senhor (a) desempenha no TJAP?
Pergunta 2: Qual sua formação acadêmica?
Pergunta 3: Em qual (is) Plano (s) de Ação que o (a) senhor (a) está envolvido (a)?
( ) 1 Uso eficiente de papel, copos descartáveis, água e impressão
( ) 3 Energia Elétrica
( ) 3 Água e Esgoto
( ) 4 Gestão de Resíduos
( ) 5 Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho
( ) 6 Sensibilização e Capacitação
( ) 7 Contratações Sustentáveis
( ) 8 Layout
( ) 9 Deslocamento de Pessoal
( ) 10 Projetos Sociais
Pergunta 4: Quais os resultados até agora obtidos pelo Plano de Ação de sua
responsabilidade?
Pergunta 5: Como o (a) senhor (a) identificaria a importância de alcançar os objetivos/metas
desse Plano de Ação para a manutenção da sustentabilidade?
Pergunta 6: Qual (is) o (s) principal (is) desafio (s) para a implantação do Plano de Ação sob
sua responsabilidade?
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APÊNDICE B – Quadro Demonstrativo de Previsão de Investimento e Economia Gerada
pelo PLS
Quadro Demonstrativo de Previsão de Investimento e Economia Gerada pelo PLS
Plano de Ação Investimento R$ Economia R$
PA I - Uso eficiente de papel, copos
descartáveis, água e impressão
1.453.500,00 441.271,43
PA II - Energia elétrica 3.421.733,34 208.865,52
PA III - Água e esgoto 23.000,00 S/I*
PA IV - Gestão de resíduos S/I* S/I*
PA V - Qualidade de vida no ambiente do
trabalho
892.000,00 S/I*
PA VI - Sensibilização e Capacitação S/I* S/I*
PA VII - Contratações Sustentáveis S/I* 21.459,99
PA VIII - Layout S/I* S/*I
PA IX - Deslocamento de Pessoal S/I* 1.252,66
PA X - Projetos Sociais S/I* S/I*
Total 5.790.233,34 672.849,60
S/I*: Sem informação Fonte: autora com base nos dados do PLS-TJAP (2015-2020).
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APÊNDICE C – Quadro Demonstrativo de Ações e Estágio de Implementação dos PAs
Quadro Demonstrativo de Ações e Estágio de Implementação dos PAs
Plano Metas Ações Estágio de Implementação
PA I - Uso eficiente de papel, copos descartáveis, água e impressão
- Reduzir o Consumo total e respectivo gasto de papel branco e reciclado em 50% até 2020, na razão de 10% a cada ano, considerando o ano‐base. Na proporção de consumo de papel branco x reciclado, de 30%x70% em 2016 até 70%x30% em 2020. - Reduzir o consumo e de copos descartáveis em 95% até 2020 e respectivo gasto com aquisição. Com impacto maior a partir de 2017, com a efetivação dos projetos de redução de consumo de copos descartáveis.
- Aumentar para 90% a proporção do volume de água proveniente de garrafões de 20l em relação à água envasada em embalagens de 1.500ml. - Reduzir em 50% a volume de impressões e estabelecer a média de
- Campanha de Consumo Consciente e Combate ao Desperdício: papel, suprimentos de impressão, copos descartáveis e água engarrafada; - Ampliação da Virtualização de processos judiciais e administrativos: Novo SisPortaria (emissão eletrônicas de portarias), Novo SCPA (Sistema de Controle de Processos Administrativos Virtual) e E‐Cidade (módulos contábil, financeiro e compras); - Aquisição de estrutura de hardware (storage, Banco de Dados, blades) para suporte à virtualização;
- Aquisição de Software de gerenciamento de impressões;
- Padronização dos modelos de impressora; - Estudos para contrato de outsourcing de impressão;
- Aquisição de Ecocanecas/Garrafas Squeeze para a redução do consumo de descartáveis;
Ações iniciadas.
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até 2 equipamentos de impressão por unidade, e conseqüente redução do gasto com impressoras e suprimentos em 56%, até 2020
Obs. Storages e blades são equipamentos de informática que aumentam a capacidade de armazenamento e melhoram a segurança dos dados
PA 2-Energia elétrica
- Diminuir em 15% até 2020 a quantidade de Kwh consumidos, com a conseqüente redução no gasto com energia elétrica e consumo por área construída, considerando que o consumo incide em
aproximadamente 80% do valor da fatura mensal.
- Adequar o Contrato de Demandas firmado com a Concessionária e manter acompanhamento das Tarifas do Grupo A‐4;
- Grupos Geradores, como infraestrutura elétrica para suporte à Virtualização;
- No‐breaks, como infraestrutura elétrica para suporte à virtualização;
- Campanha de Consumo Consciente;
- Revisar o contrato de energia visando à racionalização em razão da real demanda de energia elétrica; - Instalação (colagem) de papel laminado nos interiores das luminárias que não possuem refletância para
Ações iniciadas.
Meta do período 2015/2016 foi atingida.
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otimização do lúmen e redução do quantitativo de luminárias por setor de trabalho;
- Redução da quantidade de lâmpadas por setor, estabelecendo um padrão por m² e estudando a viabilidade de se trocar as calhas embutidas por calhas “invertidas”; - Aprimoramento da eficiência energética, substituindo as lâmpadas fluorescentes normais por lâmpadas em LED, com ganho na redução de consumo e otimização do fluxo luminoso e consequentemente melhor produção e qualidade de vida;
- Uso adequado de equipamentos eletroeletrônicos que possuam o selo Inmetro categoria de consumo de energia "A" sempre evitando o desperdício; - Estudos para utilização de energias renováveis.
PA 3-Água e esgoto Sem informação. - Aproveitamento das águas pluviais; - Aproveitamento da água de condicionadores de ar;
- Adotar medidas para evitar o desperdício de água, como a instalação de descargas e torneiras mais eficientes com dispositivos economizadores e medidores de consumo;
- Realizar campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao uso da água;
- Estudos para instalação de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Gerados;
Ações iniciadas.
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PA 4-Gestão de resíduos
Sem informação. - Realizar campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao descarte correto de resíduos; - Coleta seletiva: Ampliar a ação “Garrafa Pet, sai do lixo” para coleta seletiva de papel (caixa de papelão) e adoção de lixeira de coleta seletiva lixo molhado x lixo seco; - Promover a implantação da coleta seletiva em consonância com a Resolução CONAMA 275/2001, o Decreto 5.940/2006, a Lei 12.305/2010 e demais legislações pertinentes, quanto ao estabelecimento de parcerias com cooperativas de catadores (sempre que possível, respeitadas as limitações dos municípios) e tabela de cores.
- E-Lixo Day ‐ destinação ecológica do lixo eletrônico do TJAP.
Ações paradas.
PA 5-Qualidade de vida no ambiente do trabalho
- Até 2020: chegar a 70% do total de servidores de participantes nas ações de qualidade de vida; a 5% de participação de servidores em ações de voluntariado; e 3 ações de inclusão de servidores com deficiência.
- Implantação de modelo de gestão de pessoas baseado em competências, envolvendo atualização da descrição de cargos, mapeamento e avaliação;
- Vida Ativa: Projeto piloto de qualidade de vida no Fórum Virtual;
- Programa Perfil de Saúde: Serviços de aferição de glicemia, pressão, vacinação etc;
- II Corrida do Judiciário: com percurso de 6,7 km e a finalidade de promover estilo de vida saudável aos servidores e público presente; - Sala de Repouso: local de descanso e socialização para
Projetos em andamento
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servidores;
- Programa de Voluntariado: estímulo à participação de servidores em projetos sociais;
- Ações de Inclusão para servidores com deficiência; - Projeto Bolsistas: inclusão de palestras com a temática PLS‐TJAP e sustentabilidade; despertar consciência e incentivar a leitura, além de divulgar a este público as ações desenvolvidas pela instituição
PA 6-Sensibilização e Capacitação
Sem informação. - Definição de identidade visual, formato, periodicidade, conteúdos e envio de mensagens pop‐up digitais com informações sobre ações propostas;
- Definição de locais, em todas as comarcas e edifício sede, para fixação de cartazes para divulgação eficiente das ações propostas sobre o uso racional de energia, água, descarte de materiais e demais constantes deste plano; - Elaboração de informativos digitais, impressos periódicos ou cartilhas para mobilização de magistrados, servidores, terceirizados, familiares e usuários para ações especificas como coleta seletiva; - Organização e oferta de palestras de cursos de capacitação para magistrados e servidores direcionado para sustentabilidade, racionalização e consumo consciente, com inclusão na ambientação de novos servidores;
- Incentivar e premiar iniciativas nas unidades;
Sem informação
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- Realização anual da Semana do Meio Ambiente, com realização palestras, distribuição de mudas de plantas e outras atividades, visando à educação ambiental e divulgação das iniciativas sustentáveis do TJAP; - Oferta de Curso à Distância com a temática sustentabilidade socioambiental
PA 7-Contratações Sustentáveis
- Estudar e aprimorar os contratos de vigilância, telefonia e limpeza, visando a inserção de critérios de sustentabilidade.
- Estudar e aprimorar o contrato de telefonia, visando à inserção de critérios sustentáveis e eficiência do gasto público; - Estudar e aprimorar o contrato de vigilância visando à inserção de critérios
sustentáveis e eficiência do gasto público; - Estudar e aprimorar o contrato de limpeza visando à inserção de critérios sustentáveis e eficiência do gasto público.
Ações em andamento
PA 8-Layout Reduzir em 20% até 2020 o valor gasto com mudança de layout nas unidades.
- Definir padrão de layout (padronização de espaço, iluminação e móveis ambientes).
Ações em andamento
PA 9-Deslocamento de Pessoal
Reduzir em 30% o gasto com manutenção por veículo até 2020; Reduzir em 15% o consumo de litros de combustível por km rodado
- Expansão do software de controle de combustível/veículos para as Comarcas do Interior.
- Realizar planos para redução de consumo de combustível definindo procedimentos para o uso da frota, tais como: escalas de saída, lotação mínima, rotas preferenciais entre os destinos mais utilizados, com apoio de sistema de Tecnologia da Informação.
Ações em andamento
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PA 10-Projetos Sociais
Sem informação - Selo de Qualidade dos Projetos Sociais: catalogação das iniciativas existentes, treinamento dos gestores de projetos, definição de critérios de qualidade, estabelecimento de indicadores e metas e premiação dos destaques;
- Jovens construindo o futuro: do direito ao deleite de ler e escrever. Projeto de estímulo à leitura voltado aos bolsistas do TJAP; - Escola Comunitária Ambiental (parceria com VEPMA e Juizados Especiais Criminais), visando implantar penas alternativas de ação socioambiental para os apenados em delitos ambientais.
Ações em andamento
Fonte: autora com base nos dados do PLS-TJAP (2015-2020).