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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS SETE LAGOAS CURSO DE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM BIOSSISTEMAS DAIANE BATISTA RODRIGUES ANÁLISE DE RESULTADOS DE UM PROJETO DE FRUTOS DO CERRADO: Pequi em foco. Sete Lagoas – MG Março de 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS SETE LAGOAS

CURSO DE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM BIOSSISTEMAS

DAIANE BATISTA RODRIGUES

ANÁLISE DE RESULTADOS DE UM PROJETO DE FRUTOS DO CERRADO:

Pequi em foco.

Sete Lagoas – MG

Março de 2016

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DAIANE BATISTA RODRIGUES

ANÁLISE DE RESULTADOS DE UM PROJETO DE FRUTOS DO CERRADO:

Pequi em foco.

Trabalho de Conclusão de Curso

(Monografia) apresentado ao Curso de

Bacharelado Interdisciplinar em

Biossistemas do Campus Sete Lagoas -

UFSJ, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel

Interdisciplinar em Biossistemas.

Orientador: Prof. Dr. Júlio Onésio Ferreira Melo

Sete Lagoas – MG

Março de 2016

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DAIANE BATISTA RODRIGUES

ANÁLISE DE RESULTADOS DE UM PROJETO DE FRUTOS DO CERRADO:

Pequi em foco.

Trabalho de Conclusão de Curso

(Monografia) apresentado ao Curso de

Bacharelado Interdisciplinar em

Biossistemas do Campus Sete Lagoas -

UFSJ, como requisito parcial para

obtenção do título de

BacharelInterdisciplinar em

Biossistemas.

Sete Lagoas _____ de ______________de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Júlio Onésio Ferreira Melo _____________________________________

Orientador

Prof. Dr. Amauri Geraldo de Souza ______________________________________

Examinador

Prof. Dr. Eric Marsalha Garcia ______________________________________

Examinador

Profa. Dra. Hosane Aparecida Taroco ______________________________________

Suplente

Nota Final: _____________

Sete Lagoas – MG

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Março de 2016

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................8

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................10

2.1 BREVE HISTÓRICO DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS....................................10

2.1.1 Regulamentação de Alimentos Funcionais no Brasil....................................................10

2.2 DEFINIÇÃO DE ALIMENTOS FUNCIONAIS......................................................11

2.2.1 Características dos Alimentos Funcionais.....................................................................11

2.3 O CERRADO...............................................................................................................12

2.3.1 FRUTOS DO CERRADO..........................................................................................13

2.3.1.1 Utilização dos Frutos do Cerrado..................................................................................13

2.3.1.2 Colheita e Armazenamento dos Frutos.........................................................................13

2.3.1.3 Comercialização Frutos do Pequi.................................................................................15

2.4 FRUTO DO PEQUIZEIRO.......................................................................................17

2.4.1 Caracterização Física.....................................................................................................17

2.4.2 Utilização do Pequi.......................................................................................................18

2.5 COMPOSTOS BIOATIVOS DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS.........................19

2.5.1 Compostos Bioativos e Potenciais Antioxidante da Polpa do Pequi.......................19

2.5.1.1 Vitaminas Antioxidantes...............................................................................................19

2.5.1.1.2 Vitamina A.................................................................................................................20

2.5.1.1.3 Vitamina E.................................................................................................................21

2.5.1.1.4 Vitamina C (Ácido Ascórbico)..................................................................................21

2.5.1.2 Ômega 9 – Ácido Oléico..............................................................................................22

2.5.1.3 Fibras Alimentares........................................................................................................22

3. OBJETIVOS................................................................................................................24

3.1 Objetivo Geral...............................................................................................................24

3.2 Objetivos Específicos....................................................................................................24

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.............................................................25

4.1 Caracterização geral do universo de pesquisa...............................................................25

4.2 Instrumento de coleta de dados.....................................................................................25

4.3 Atividades preparadas para as intervenções..................................................................25

5. RESULTADOS............................................................................................................27

6. CONCLUSÃO.............................................................................................................35

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7. REFERÊNCIAS..........................................................................................................36

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Colheita de frutos de pequi................................................................................14

Figura 2 Colheita de frutos de pitomba............................................................................14

Figura 3 Mangaba............................................................................................................15

Figura 4 Cagaita...............................................................................................................15

Figura 5 Murici................................................................................................................15

Figura 6 Pitomba..............................................................................................................15

Figura 7 Amêndoas torradas de baru...............................................................................15

Figura 8 Comercialização de frutos de pequi às margens da rodovia no Norte de Minas

Gerais.................................................................................................................16

Figura 9 Comercialização de frutos de pequi com barracas montadas............................16

Figura 10 Comercialização de pequi in natura com a casca e sem a casca.......................16

Figura 11 Pequizeiro..........................................................................................................18

Figura 12 Pequi..................................................................................................................18

Figura 13 β-caroteno..........................................................................................................20

Figura 14 Estrutura química dos tocoferóis.......................................................................21

Figura 15 Estrutura química da vitamina C.......................................................................22

Figura 16 Alunos participando das atividades realizadas – temas abordados por meio de

exposição oral e cartazes...................................................................................27

Figura 17 Alunos participando das atividades realizadas – temas abordados por meio de

exposição oral e slides.......................................................................................27

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1 Porcentagem dos alunos que já tinham estudado ou que já tinham algum

conhecimento sobre educaçãoambiental, antes da execução do

projeto................................................................................................................28

Gráfico 2 Porcentagem da percepção dos discentes que estudavam ou discutiam sobre

educação ambiental, depois da execução do projeto.........................................28

Gráfico 3 Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, antes

da realização do projeto.....................................................................................29

Gráfico 4 Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas,

depois da realização do projeto.........................................................................29

Gráfico 5 Porcentagem de alunos antes da execução do projeto que conhecem no bairro

da escola as árvores frutíferas nativas do Cerrado............................................30

Gráfico 6 Porcentagem de alunos depois da execução do projeto que conhecem no bairro

da escola as árvores frutíferas nativas do Cerrado............................................30

Gráfico 7 Frutos nativos do bioma que podem ser encontrados em Sete Lagoas de acordo

com os alunos pesquisados antes da execução do projeto.................................31

Gráfico 8 Frutos nativos do bioma que podem ser encontrados em Sete Lagoas de acordo

com os alunospesquisados depois da execução do projeto...............................31

Gráfico 9 Você gostou do Projeto Frutos do Cerrado – Pequi e Cagaita? Por quê?.........32

Gráfico 10 Bioma de Sete Lagoas de acordo com as cozinheiras das escolas....................33

Gráfico 11 Frutos característicos de Sete Lagoas segundo a percepção das cozinheiras das

escolas................................................................................................................33

Gráfico 12 Utilização da cagaita no preparo de receitas de acordo com as cozinheiras

pesquisadas........................................................................................................34

Gráfico 13 Formas de consumo da cagaita de acordo com as cozinheiras das escolas.......34

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LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

cm Centímetro

g Grama

m Metro

mg Miligrama

MMA Ministério do Meio Ambiente

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1. INTRODUÇÃO

A sobrevivência da humanidade implica em uma série de atividades indispensáveis ao

homem, dentre elas a alimentação, que faz parte da rotina diária. Não por ser um fator de

necessidade básica, mas devido sua obtenção ter se tornado um problema de saúde publica,

sendo que o excesso ou a falta pode causar doenças (ABREU et al., 2001).

Os primeiros estudos que comprovam a relação entre saúde e alimentação surgiram

nos anos de 1960, direcionando para os impactos negativos do excesso de gordura e açúcar.

Desta forma, na década de 1980 produtos diet e light começaram a ser comercializados

(MORAES & COLLA, 2006).

Os frutos nativos do Cerrado - base de sustentação da vida silvestre e fonte de

alimentos para os índios e as populações rurais – além de apresentar importância cultural, são

altamente nutritivos, pois oferecem valor energético, são ricos em vitaminas, sais minerais e

alegam propriedades que combatem o envelhecimento precoce (HARBORNE & WILLIAMS,

2000).

Até os anos 60 a Região do Cerrado sofreu pouca intervenção humana e era

considerada área marginal para produção de alimentos. As atividades agrícolas restringiam-se

em apenas aos cultivos de subsistência. A partir de 1970 o acelerado processo de

desenvolvimento agrícola passou a comprometer a sustentabilidade deste ecossistema,

causando desiquilíbrio ecológico como erosão do solo, poluição ambiental e diminuição dos

mananciais de água. A ação direta de queimadas e desmatamentos contribuiu para extinção de

diversas espécies da fauna e flora, incluindo as espécies frutíferas nativas do Cerrado (SILVA

et al., 2001).

Dentre os diversos frutos do Cerrado, destaca-se o pequi (Caryocar brasiliense

Camb), um fruto com polpa de sabor peculiar e muito apreciado na culinária regional. O pequi

também tem sido utilizado por indústrias de cosméticos, pelo seu alto teor e composição em

lipídeos (RIBEIRO, 2011).

O município de Sete Lagoas se assenta na região central do estado de Minas Gerais,

localizado a 70 km de Belo Horizonteabrange a região metalúrgica de Minas Gerais

(BOTELHO, 2008). Atualmente, suas principais atividades econômicas são a agropecuária, e

indústrias do setor de metalurgia e de alimentos. Dentre os inúmeros frutos encontrados no

Cerrado de Sete Lagoas, destacam-se a cagaita e o pequi. No entanto, a cidade tem passado

por algumas transformações, devido ao crescimento populacional e econômico, em virtude da

instalação de várias indústrias e também a instalação de um Campus da UFSJ, em 2009. A

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instalação destas indústrias levou ao desmatamento e, consequentemente, à derrubada de

inúmeras árvores de cagaiteiras e de pequizeiros. Mas, mesmo com toda devastação, essas

árvores ainda são encontradas na zona urbana e rural, a sua abundância está relacionada ao

clima e ao solo da região de Sete Lagoas. Apesar disso, grande parte da populaçãosete-

lagoana desconhecem essas árvores e os seus frutos.

A educação ambiental é uma essencial ferramenta que concede ao indivíduo e a

comunidade refletirem sobre a edificação de novos valores sociais, éticos e sobre o

desenvolvimento de atitudes voltadas para conservação, utilização e manuseio adequado dos

recursos naturais, sem comprometer as gerações futuras (SILVA et al., 2014). Esse processo

de aprendizagem inicia-se com as crianças e deve ser inserida na escola e também no

cotidiano dos estudantes, para provocar um olhar crítico dos mesmos na busca contínua de

melhorias para os problemas ambientais e utilização dos recursos naturais de maneira

sustentável (KINDEL et al., 2006).

Após observar essas necessidades de adequar o comportamento em relação aos

pequizeiros e às cagaiteiras, houve a ideia e em seguida a execução de um programa de

extensão no ano de 2014, intitulado “Cagaita e Pequi, Importância Econômica e Social para a

População de Sete Lagoas”, executado por alunos dos cursos de Engenharia de Alimentos,

Engenharia Agronômica e de Engenharia Florestal e professores da UFSJ – Campus Sete

Lagoas. Este projeto estreita a relação da comunidade científica com a comunidade externa,

assim promove a interação transformadora entre a universidade e a sociedade em questão,

visando à formação do aluno juntamente com a mobilização da sociedade para a resolução de

seus problemas.

O Programa de extensão foi desenvolvido no BairroItapoã (próximo ao Campusda

UFSJ),que aponta uma população de baixa renda e alto risco social. Outro fator a ser

destacado é que geralmente, pessoas com esse perfil consomem alimentos baratos, calóricos e

de baixo valor nutricional, o que favorece o aumento do número de pessoas obesas e

desnutridas, tornando-se um problema de saúde pública. Assim, a cagaita e opequi podem ser

utilizados como alimentos alternativos.

O bairrodo presente estudo apresenta grande quantidade de pequizeiros e de

cagaiteiras nativas, que estão distribuídas nas praças, nos quintais e nas calçadas, se

destacando entre as mais de seis mil espécies encontradas no Cerrado e são benéficas ao uso

alimentício e ao uso medicinal. Porém, essas plantas são pouco conhecidas e exploradas pela

população local.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 BREVE HISTÓRICO DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS

Na década 1920 surgiram os primeiros alimentos com valores nutritivos alterados,

como por exemplo, com adição de sais minerais, com intuito de aumentar o valor nutricional

do alimento. Nas décadas seguintes, as mudanças persistiram com enfoque no

desenvolvimento da tecnologia de alimentos em vários campos, tendo destaque o das

embalagens, desenvolvimentos de novos ingredientes e equipamentos. Em seguida, após as

décadas de 1970 a 1980 a atenção se voltou para oferecer um benefício a mais para o

consumidor, acarretando o desenvolvimento dos alimentos funcionais (FAGUNDES &

COSTA, 2003).

Estudos em alimentos na década de 1980 eram realizados no Japão, como intuito de

apresentar e comprovar a atuação de certos alimentos com efeitos fisiológicos benéficos ao

metabolismo humano. O interesse do país estava relacionado ao fato da maioria da população

concentrar-se numa faixa etária cada vez mais avançada e consequentemente reduzir a

incidência de doenças com os respectivos custos gerados por elas. Após esse despertar, o

governo japonês criou um programa com intuito de desenvolver alimentos saudáveis, com

propriedades medicinais, em pouco tempo ocorreu o interesse das indústrias e das

universidades e dos centros de pesquisas (MORAES & COLLA, 2006).

2.1.1 Regulamentação de Alimentos Funcionais no Brasil

No Brasil, o Ministério da Saúde por meio da ANVISA, estabelece de acordo com a

Resolução nº 18 de 30/04/1999 as DIRETRIZES BÁSICAS PARA ÁNALISE E

COMPROVAÇÃO DE PROPIEDADES FUNCIONAIS OU DE SAÚDE ALEGADAS EM

ROTULAGEM DE ALIMENTOS. A legislação brasileira não afirma o que é alimento

funcional, aponta as alegações de propriedade funcional (MORAES & COLLA, 2006).

A ANVISA regulamenta os alimentos Funcionais através da lista de Alimentos com

Alegações de Propriedades Funcionais. As alegações vigentes foram propostas por meio de

uma reavaliação das alegações aprovadas em evidências científicas. As alegações foram

padronizadas com o intuito de melhorar o entendimento do consumidor quanto às

informações e as propriedades veiculadas os rótulos destes alimentos. As alegações não são

aprovadas para ingredientes ou componentes dos alimentos e sim para o produto final que

contenham esse componente ou ingrediente (BRASIL, 2015).

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2.2 DEFINIÇÃO DE ALIMENTOS FUNCIONAIS

Na comunidade científica não se conserva uma definição universal para os alimentos

funcionais. De maneira geral, alimento funcional é aquele alimento ou ingrediente que contem

em sua composição alguma substância biologicamente ativa (antioxidante) que produz efeitos

metabólicos e/ou fisiológicos como vitaminas, ômega 3 e culturas bacterianas que possam

contribuir para a manutenção da saúde e redução dos riscos de doenças. Pode-se definir

alimentos funcionais como: aqueles que oferecem além da nutrição básica, promovem a saúde

ou podem reduzir riscos de doenças quando consumidos em quantidades tradicionais

(MORAES & COLLA, 2006).

Os alimentos funcionais apresentam propriedades benéficas além das nutricionais

básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. Atestama capacidade de regular

funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão, diabetes,

câncer, osteoporose e coronariopatias (SOUZA et al., 2003). Os alimentos funcionais são

todos os alimentos ou as bebidas que, consumidos na alimentação diária, podem trazer

benefícios fisiológicos específicos, devido à presença de ingredientes fisiologicamente

saudáveis (CÂNDIDO & CAMPOS, 2005).

Para o alimento ser considerado funcional deve demonstrar que o mesmo afeta

beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, além de possuir os adequados efeitos

nutricionais, de maneira que seja tanto relevante para o bem-estar e a saúde quanto para a

redução do risco de uma doença (ROBERFROID, 2002).

Para KRUGER & MANN (2003) os ingredientes funcionais são um grupo de

compostos que apresentam benefícios à saúde, tais como os carotenóides e os flavonóides

constatados em frutas e vegetais, os ácidos graxos poliinsaturados presentes em óleos vegetais

e em óleo de peixe.

2.2.1 Características dos Alimentos Funcionais

Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser agrupados quanto à fonte - origem

vegetal ou animal; ou quanto aos benefícios que oferecem atuando no sistema gastrointestinal;

no sistema cardiovascular; no metabolismo de substratos; no crescimento, no

desenvolvimento e diferenciação celular; no comportamento das funções fisiológicas

(SOUZA et al., 2003).

Segundo MORAES & COLLA (2006), os alimentos funcionais apresentam as

características abaixo:

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a) são alimentos convencionais e podem ser consumidos na dieta normal;

b) deve ser composto por componentes naturais, algumas vezes, em elevada concentração ou

presentes em alimentos que normalmente não os supririam;

c) deve ter efeito positivo, além do valor básico nutritivo, que aumenta o bem-estar e a saúde

e/ou reduz o risco de ocorrência de doenças, oferecendo benefícios à saúde além de aumentar

a qualidade de vida, inclusive os desempenhos físico, psicológico e comportamental;

d) as alegações das propriedades funcionais devem ter embasamento científico;

e) pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido

removido;

g) pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha sido modificada;

h) pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha sido

modificada.

2.3 O CERRADO

O Cerrado brasileiro é um bioma único que ocupa aproximadamente 23% do território

nacional e ocorre em mais da metade do Estado de Minas Gerais envolvendo a região Central

Mineira. Como consequência de sua larga extensão, ocorre uma grande variabilidade de

climas e solos, consequentemente a presença de uma grande diversidade de tipos e formas de

vegetação. Porém, o Cerrado sofreu alterações devido à ocupação humana. Essas

transformações ocorridas no Cerrado também trouxeram grandes danos ambientais como

fragmentação de hábitats, extinção da biodiversidade, invasão de espécies exóticas, erosão

dos solos, além do bioma sofrer exploração predatória de seu material lenhoso para produção

de carvão (RIBEIRO & WALTER, 1998).

Para minimização da degradação do Cerrado, uma opção foi incluir a valorização das

espécies nativas estimulando a pesquisa de suas potencialidades, melhor conhecimento de

recursos genéticos da região, estudo da rentabilidade e da sustentabilidade de seu uso,

contribuindo assim para a preservação (JEPSON, 2005).

A alta diversidade de ambientes se reflete em uma elevada riqueza de espécies, com

plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas e cipós, totalizando 12.356 espécies que ocorrem

espontaneamente e uma flora nativa somando 11.627 espécies (MENDONÇA et al., 2008)

As espécies da flora que compõem o Cerrado são utilizadas, em maior ou menor

escala, como alimento, remédio, planta ornamental, material para confecção de artesanato,

forragem para o gado e pasto agrícola (SILVA et al., 2008). Dentre as várias espécies nativas

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com potencial econômico frutífero na região do Cerrado, destaca-se a Caryocar brasiliense

Camb, cujo nome popular é pequizeiro (SOUZA & LORENZI, 2005).

2.3.1 FRUTOS DO CERRADO

As espécies de frutos comestíveis da região do Cerrado conserva a cultura alimentar

do homem primitivo, ou seja, são empregados desde há muitos anos atrás pela população. As

inúmeras espécies de frutos proporcionam alto valor nutricional e características atrativas

sensoriais peculiares que contribuem com seus aromas intensos e com suas cores (SILVA et

al., 2001).Os frutos são tradicionalmente utilizados pela população local através do consumo

in natura ou processados (MALTA et al., 2007).

2.3.1.1 Utilização dos Frutos do Cerrado

Os frutos das plantas nativas do Cerrado além de serem consumidos in natura são

destinados à produção de geleias, compotas, doces, licores, sorvetes, pães, bolos e sucos, com

grande aceitação popular.Nas indústrias de sucos, sorvetes e geleias ocorrem crescente

demanda por novos sabores e cores. O picolé e sorvete dos frutos do Cerrado fazem o maior

sucesso em sorveterias - onde maioria das vezes os frutos são beneficiados pela indústria

caseira - que comercializam estes produtos (SILVA et al., 2001).

Em várias ocasiões passada a importância industrial e estratégica dos frutos do

Cerrado já pôde ser observada. O caule da mangabeira, por exemplo, foi intensamente

explorada durante a Segunda Guerra Mundial, para extração de látex. Na década de 70,

devido à crise do petróleo, o coco-de-macaúba foi bastante estudado e mostrou grande

possibilidade como fonte alternativa de combustível em substituição ao óleo diesel; a polpa e

o óleo de macaúba são utilizados na fabricação de sabão de coco (SILVA et al., 2001).

Os frutos do Cerrado Brasileiro apresentam elevados teores de açúcares, proteínas,

sais minerais, ácidos graxos e vitaminas, além de um sabor característico sem igual. O

interesse por essas particularidades tem alcançado diversos segmentos da indústria

alimentícia, cooperativas, instituições de pesquisa, universidades entre outros. Por se tratar de

frutos exóticos, com sabores e aromas desconhecidos em muitos países o mercado externo

também poderá ser conquistado(SILVA et al., 2001).

2.3.1.2 Colheita e Armazenamento dos Frutos

No período de frutificação, os frutos podem ser coletados de duas maneiras: nas

plantas ou logo após caírem no chão. Quando maduros, a maioria dos frutos apresentam

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mudanças em sua coloração, geralmente predominam cores amareladas e escuras. Quando a

coleta for realizada no chão deve-se eliminar os frutos malformados e deteriorados. Quando a

coleta for realizada em plantas de porte arbóreo, como pequi (Figura 1) e a pitomba (Figura

2), deve-se estender uma lona, forro de pano ou plástico ao redor da planta, os galhos devem

ser balançados levemente, em seguida recolher os frutos sadios, sem sinais de ataques de

pragas ou doenças, e acondiciona-os em recipientes adequados para o transporte. Os frutos de

pequi devem ser apanhados preferencialmente no chão, pois quando estão maduros caem

naturalmente e frutos coletados diretamente na planta podem não apresentar sementes

completamente desenvolvidas (SILVA et al., 2001).

Figura 1: Colheita de frutos de pequi.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues, 2014.

Figura 2: Colheita de frutos de pitomba.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues, 2014.

Enquanto aguardam o processamento, os frutos podem ser armazenados em

refrigerador ou freezer. Os frutos de casca fina como a mangaba (Figura 3), a cagaita (Figura

4) e o murici (Figura 5), devem ser acondicionados em camadas finas no recipiente de

transporte, para evitar as possíveis perdas por esmagamento ou rompimento da casca. O ideal

é processá-las próximo ao local da colheita e transportá-las em forma de polpa congelada,

pois não resistem ao transporte para longas distâncias (SILVA et al., 2001).

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Figura 3: Mangaba.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues,

2014.

Figura 4:Cagaita.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues,

2014.

Figura 5: Murici.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues,

2014.

No processamento artesanal, a extração de polpa de frutos como a cagaita e mangaba,

pode ser feita amassando esses frutos numa peneira. No caso da pitomba (Figura 6), para

extrair a polpa, primeiramente deve-se quebrar a fina casca do fruto. A polpa pode ser

conservada em saco plástico e congelada. Sementes de frutos secos, como o baru (Figura 7),

podem ser armazenadas em recipientes fechados e mantidas em ambiente ventilado (SILVA

et al., 2001).

Figura 6: Pitomba.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues, 2014.

Figura 7:Amêndoas torrada de baru.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues, 2014.

2.3.1.3 Comercialização Frutos do Pequi

Atualmente, a comercialização das frutas nativas do Cerrado é realizada nas feiras

livres da cidade ou região, nos mercados, nos centros urbanos e nas margens dasrodovias.

Entre a diversidade de frutos, o pequié um dos frutos mais comercializados às margens das

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rodovias do Norte de Minas (Figura 8). No período de ocorrência do pequi, a comercialização

pelos agricultores, familiares de baixa renda e moradores de regiões carentes, representa uma

fonte alternativa para complementar a renda familiar. Alguns vendedores do fruto constroem

barracas geralmente de palha e lona, para se protegerem do sol e da chuva durante os dias de

comercialização (Figura 9). O fruto pode ser comercializado in natura na casca, desta maneira

o próprio consumidor no momento de preparo retira o caroço (polpa amarela e castanha) da

casca com auxílio de uma faca ou pode ser comercializado o caroço sem com a casca,

acondicionados em sacos plásticos, pronto para utilização ou armazenamento (Figura 10).

Figura 8: Comercialização de

frutos de pequi às margens da

rodovia no Norte de Minas Gerais.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues,

2016.

Figura 9: Comercialização de

frutos de pequi com barracas

montadas.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues,

2016.

Figura 10: Comercialização de

pequi in natura com a casca e sem

a casca.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues,

2016.

O Estado de Minas Gerais é o principal produtor e consumidor do pequi, sendo que,

no ano de 2006 o Brasil produziu 5.000 toneladas de amêndoas de pequi, por sua vez, o Norte

de Minas Gerais foi responsável por 22,34% dessa produção. Nessa região, a extração do

pequi colabora com 17,73% da renda familiar, atrás apenas do feijão (33,52%) e da mandioca

(32,64%). Já em 2009 a produção alcançou 5.992 toneladas, com o valor da produção na

extração vegetal do pequi (amêndoa) em R$ 8.793.000,00. O norte de Minas obteve 25%

deste valor, perdendo apenas para o estado do Ceará e a totalidade de Minas Gerais

(CÂNDIDO et al., 2012).

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2.4 FRUTO DO PEQUIZEIRO

2.4.1 Caracterização Física

O pequizeiro (Figura 11) pertence à família Caryocacacerae engloba dois gêneros e

cerca de 25 espécies, por sua vez, no Brasil ocorrem os 2 gêneros e 13 espécies, distribuídas

em 10 Caryocare três Anthodiscus(SOUZA & LORENZI, 2005). Pelo fato do Brasil ser o

centro de dispersão do Caryocar, o pequizeiro é considerado árvore símbolo do Cerrado

(CÂNDIDO et al., 2012). O pequizeiro é considerado uma árvore melífera, pelo falo de atrair

diversos tipos de abelhas devido ao porte de sua copa e beleza de suas flores (RIBEIRO,

2011).

É uma árvore que pode chegar a 10 m de altura por 6 a 8 m de diâmetro de copa. O

pequizeiro floresce durante os meses de agosto a novembro. Já a frutificação ocorre de

novembro a fevereiro, mas podem ser encontrados frutos fora dessas épocas. A quantidade de

frutos por planta pode variar de 500 a 2000.Pode ser encontrada de 1 a 6 sementes por fruto,

sendo que o fruto possui dimensões de 6 a 14 cm de comprimento por 6 a 20 cm de diâmetro

(SILVA et al., 2001).

O nome pequi, fruto do pequizeiro, é de origem indígena e significa “casca

espinhenta” (ALVES, 2007).É mais comumente encontrado nos estados de Mato Grosso,

Minas Gerais e Goiás, sendo os dois últimos responsáveis por 63,8% da produção nacional,

sendo que os maiores polos de concentração dessa produção são as regiões do Norte de

Minas e Vale do Jequitinhonha (RÉGIS et al., 2013).

O pequi (Figura 12)é composto por exocarpo de coloração marrom-esverdeada,

mesocarpo externo (polpa branca), que abriga de 1 a 6 pirênios (caroços), e mesocarpo interno

(polpa comestível do fruto) de coloração amarelada, com odor forte e característico. O

endocarpo espinhoso do pequi protege uma amêndoa macia e saborosa, por isso é preciso ter

cuidado ao roer o pequi cozido, pois embaixo da polpa há uma camada de espinhos finos que

podem perfurar a mucosa bucal (RIBEIRO, 2011).

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Figura 11: Pequizeiro.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues, 2014.

Figura 12: Pequi.

Fonte: Daiane Batista Rodrigues, 2016.

O pequi é bastante conhecido pelo elevado valor energético e nutritivo, sendo uma

excepcional fonte de vitaminas A, C e E, sais mineiras (fósforo, potássio e magnésio) e

carotenoides que podem impedir a formação de radicais livres no corpo (ALVES, 2007).

2.4.2 Utilização do Pequi

O pequi é bastante apreciado nas regiões de ocorrência e o uso alimentar é bastante

difundido. A principal utilização do fruto é na alimentação, em preparo de pratos típicos da

culinária regional, como arroz com pequi, feijão com pequi, galinha cozida com pequi e carne

moída com pequi (ALMEIDA et al., 1998).

Já a amêndoa pode ser consumida salgada, como petisco de farofas, doces e paçocas

(ALMEIDA et al., 1998). Também pode ser utilizada na indústria de cosmético para a

produção de sabonetes e cremes, devido à alta quantidade de óleo que contém e por suas

características químicas (SILVA E TASSARA, 2001).

O chá das folhas é tido como regulador do fluxo menstrual (ALMEIDA et al., 1994).

O óleo da polpa é utilizado na medicina popular pelo seu efeito tonificante, sendo usado

contra bronquites, gripes e resfriados. O óleo comestível da polpa do pequi é rico em vitamina

A e proteínas, transformando-se em importante complemento alimentar (SILVA &

TASSARA, 2001).

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2.5 COMPOSTOS BIOATIVOS DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS

Os alimentos funcionais são estudados pela ciência chamada nutracêutica, a

responsável pela descoberta dos compostos bioativos nos alimentos, ou seja, os elementos que

podem atuar diretamente na prevenção de doenças como doenças do coração, osteoporose,

problemas intestinais, reduzir a chance de ocorrência de certos tipos de cânceres e outras

doenças crônicas não transmissíveis. Em grande parte os compostos bioativos estão dispersos

em frutas, verduras, legumes, cereais, leite fermentado, peixes de água fria, etc. Estes

compostos podem ser aproveitados no próprio consumo dos alimentos in natura ou estão

isolados e inseridos em outro produto passando então a ser enriquecido com nutrientes

(MORAES & COLLA, 2006).

Compostos ou substâncias bioativas são constituintes nutricionais presentes em

alimentos de origem vegetal, que desempenham papel metabólico ou fisiológico no

crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo. As

substâncias bioativas são em sua maioria metabólitos vegetais secundários, ou seja, produzido

pelas plantas podendo ser divididas em três grupos: compostos fenólicos, substâncias

terpenoides/ isoprenoides e compostos contendo nitrogênio ou enxofre (RIBEIRO, 2011).

Nas ultimas décadas, estudos realizados com o pequi têm revelado quantidades

importantes de alguns compostos bioativos (MIRANDA-VILELA et al., 2008).Entre os

componentes quantificados na polpa de pequi, merece destaque o elevado teor de lipídeos

(33,4 g/ 100g), ainda há presença de carotenoides (7,25 mg/ 100g) (LIMA et al., 2007). O

perfil de ácidos graxos da polpa de pequi é composto predominantemente por ácidos graxos

insaturados (61%), especialmente o ácido oléico. Ainda se destaca o conteúdo considerável de

fibras alimentares (10%) (LIMA et al., 2007; OLIVEIRA et al., 2010).

2.5.1 Compostos Bioativos e Potenciais Antioxidante da Polpa do Pequi

Levando em consideração a biodiversidade do bioma Cerrado, estudos acerca dos

teores de compostos bioativos em frutos desse bioma, são escassos, ou, quando existentes, a

maioria estão delineados de maneira inadequada (RIBEIRO, 2011).

2.5.1.1 Vitaminas Antioxidantes

Os antioxidantes agem diretamente na neutralização da ação dos radicais livres ou

participam indiretamente de sistemas enzimáticos com essa função. Dentre os antioxidantes

estão a vitamina C, a vitamina E e os carotenoides (SHAMI & MOREIRA, 2004).

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Os carotenoides estão presentes em frutas e hortaliças, com coloração que podem

variar de amarelo, vermelho e laranja (SHAMI & MOREIRA, 2004). Os alimentos vegetais

são fonte de carotenoides, como por exemplo,a abóbora e o mamão (RIBEIRO 2011).

A polpa do pequi é rica em vitamina A, vitamina E, vitamina C e carotenoides, na qual

indica sua coloração amarela alaranjada (SILVA & TASSARA, 2001; ALMEIDA et al.,

1998).

Os principais representantes dos carotenoides são os carotenos e o licopeno

(MORAES & COLLA, 2006).Entre os carotenoides, o β - caroteno é o mais farto em

alimentos e o que exibe a maior atividade de vitamina A. O β - caroteno é um eficiente

antioxidante com ação protetora contra doenças cardiovasculares (AMBRÓSIO et al., 2006).

Os resultados de um estudo feito por AZEVEDO MELEIRO & RODRIGUEZ-

AMAYA (2004) com a polpa de pequis (Caryocar brasiliense) oriundos de Belo Horizonte –

MG, mostraram que os carotenoides identificados na polpa deste fruto foram violaxantina,

luteína e zeaxantina.

2.5.1.1.2 Vitamina A

Foi a primeira vitamina lipossolúvel a ser reconhecida em 1913,em alimentos de

origem vegetal está sob forma de pro- vitamina A (β-caroteno) (Figura 13). O aquecimento

menor que 100°C não afeta sua estabilidade. Suas funções no organismo são: papel no ciclo

visual; crescimento dos ossos e para a manutenção desenvolvimento do tecido epitelial. A

deficiência de vitamina A pode causar cegueira noturna e em casos mais graves –

xeroftalmia.Pode ser encontrada em alimentos de origem animal e origem vegetal como

agrião, mostarda, couve, abóbora moranga, cenoura, mamão, manga, entre outros (RIBEIRO

& SERAVALLI, 2004).

Em 100 g de pequi fresco foi encontrado 20.000 mg de vitamina A (FRANCO, 2002).

Segundo RIBEIRO (2000), o pequi possui alto teor de vitamina A, sendo este valor quase

vinte vezes superior ao da cenoura, e duas vezes ao do dendê.

Figura 13.β-caroteno.

Fonte: AMBRÓSIO et al. (2006)

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2.5.1.1.3 Vitamina E

É a principal vitamina antioxidante transportada na corrente sanguínea pela fase

lipídica das partículas lipoproteicas. A vitamina E junto com β-caroteno e outros antioxidantes

naturais, protege os lipídios da peroxidação. A ingestão da vitamina Ereduz o risco de

doenças cardiovasculares e melhora a condição imune (SOUZAet al.,2003).

Segundo BIANCHI & ANTUNES (1999), a vitamina E é um componente dos óleos

vegetais encontrada na natureza em quatro formas diferentes α, β, γ e δ-tocoferol, sendo o α-

tocoferol a forma antioxidante amplamente distribuída nos tecidos e no plasma.

São estáveis ao calor, mas são sensíveis a luz ultravioleta, álcalis e oxigênio. São

destruídas nos alimentos, por reações de rancidez, frituras e congelamento. Ocorre em quase

todos os alimentos (animal e vegetal), como tomate, alface e frutas (RIBEIRO &

SERAVALLI, 2004). A figura 14 representa a estrutura dos tocoroferóis.

Figura 14. Estrutura química dos tocoferóis.

Fonte: SPEER & SPEER (1999).

2.5.1.1.4 Vitamina C (Ácido Ascórbico)

O ser humano consome altas doses de vitamina C, pois o ácido ascórbico é adicionado

em muitos produtos alimentares para impedir a formação de metabólitos nitrosos

carcinogênicos (BIANCHI & ANTUNES, 1999). Os vegetais crus, principalmente acerola,

caju, frutas cítricas, laranja, tangerina, limão pimentão e repolho, são as principais fontes. A

vitamina C desempenha funções antioxidantes, é responsável pela produção e manutenção do

colágeno (co-fator enzimático), oxida a fenilalanina e tirosina, além de aumentar a absorção e

utilização do ferro (RIBEIRO & SERAVALLI, 2004). A figura 15 apresenta a estrutura

química da vitamina C.

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Figura 15: Estrutura química da vitamina C.

Fonte: MORAES & COLLA (2006)

A deficiência em vitamina C pode ocasionar diátese hemorrágica (sustentação

inadequada dos capilares pelo colágeno) e distúrbio da síntese do colágeno (perda de dentes,

gengivite, cicatrização deficiente de feridas, incapacidade de limitar infecções) (RIBEIRO &

SERAVALLI, 2004).

Na indústria alimentícia, a vitamina C é importante para padronização de sucos e o seu

teor nos alimentos é nutricionalmente essencial (CHITARRA & CHITARRA, 1990). A

castanha do pequi é rica em zinco e em vitamina C, os quais são responsáveis pela proteção

contra formação de radicais livres e auxiliam no retardamento da velhice (ALVES, 2007). O

pequi apresenta 78,72 mg de vitamina C por 100 g, este valor é superior ao de frutas

tradicionalmente cultivadas e consumidas pela população brasileira como a laranja (40,9 mg/

100 g) e o limão (26,4 mg/ 100 g) (SANO & ALMEIDA, 1998).

2.5.1.2 Ômega 9 – Ácido Oléico

A composição em ácidos graxos dos alimentos é fundamental. Sua classificação pode

ser: saturado ou insaturado e se divide em monoinsaturado ou poliinsaturado(CASTELLUCI

& SAMPAIO, 2002).O ácido oleico é um ácido graxo de cadeia longa com uma dupla ligação

entre os carbonos - monoinsaturado. O acido oléico atua no nosso metabolismo, assim como

os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, eles desempenham um papel fundamental na síntese

dos hormônios(RIBEIRO & SERAVALLI, 2004).

2.5.1.3 Fibras Alimentares

As fibras alimentares são compostos provenientes de vegetais, não são disponíveis

como fonte de energia, pois não são sujeitas de hidrolise pelas enzimas do intestino humano.

Grande parte das substâncias classificadas como fibras são polissacarídios não amiláceos.

Portanto, as fibras são substâncias com alto peso molecular, constatadas nos vegetais, tais

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como os grãos (arroz, soja, trigo, aveia, feijão, ervilha), em verduras (alface, brócolis, couve,

couve-flor, repolho), raízes (cenoura, rabanete) e outras hortaliças (chuchu, vagem, pepino)

(PIMENTEL et al., 2005).

Segundo SALINAS (2002) as fibras podem ser classificadas em dois grupos de acordo

com o papel que elas cumprem nos vegetais:

a) polissacarídeos estruturais: estão associados à estrutura da parede celular e incluem a

celulose, hemiceluloses, pectinas, gomas e mucilagens segregadas pelas células e

polissacarídeos tais como o ágar e as carragenas produzidas pelas algas e liquens marinhos;

b) polissacarídeos não estruturais: engloba a lignina.

Também pode-se classificar as fibras de acordo com sua solubilidade em água,

podendo ser solúveis ou insolúveis. As fibras solúveis são as pectinas e hemiceluloses. Estas

formam géis em contato com água, elevando a viscosidade dos alimentos parcialmente

digeridos no estômago (PIMENTELet al., 2005). As fibras solúveis reduzem a absorção de

ácidos biliares. Quanto ao metabolismo lipídico, parecem abaixar os níveis de triglicerídeos e

colesterol. Uma característica essencial da fibra solúvel é a capacidade para ser metabolizada

por bactérias, com a conseguinte produção de gases (flatulência) (RODRÍGUEZ et al.,2003).

As fibras insolúveis mantêm-se intactas através de todo o trato gastrointestinal e

compreendem a lignina, a celulose e algumas hemiceluloses (PIMENTEL, et al., 2005). São

responsáveis pela estrutura das células vegetais, porém, sua fonte está na camada externa dos

grãos de cereais. O aspecto mais importante das fibras insolúveis é de acelerar o transito

intestinal, devido à capacidade de retenção de águas destas, pois absorvendo a água disponível

aumentam em volume, afrouxando a parede do colón e facilitando a eliminação do bolo fecal

(RODRIGUEZ et al., 2003).

O pequi também é fonte de fibra alimentar (10%) (LIMA et al., 2007). Já VILAS

BOAS (2004) relatou 13% de fibra encontrada no pequi. Isso mostra que o consumo da polpa

do pequi pode trazer benefícios à saúde, uma vez que o consumo regular de fibras na dieta

está relacionado com a redução do risco de diversos quadros patológicos (LIMA et al., 2007).

Entretanto, mostra-se necessário a investigação e pesquisas científicas a respeito das

características químicas e do valor nutricional dos frutos do Cerrado, pois são chaves

fundamentais para avaliação do consumo e formulação de novos produtos. Porém, poucos

dados e informações estão disponíveis na literatura em relação à composição química destes

frutos e sua aplicação tecnológica.

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Fornecer aos discentes, aos professores e aos servidores das escolas envolvidas no

projeto e também à comunidade informações sobre os frutos do Cerrado, disponibilizando

materiais de apoio para sensibilização da preservação ambiental.

3.2 Objetivos Específicos

Analisar se houve mudança na percepção das crianças quanto aos frutos do Cerrado

após a execução do projeto de extensão;

Disseminar as espécies frutíferas (cagaita e pequi) nativas da Região do Cerrado de

Sete Lagoas, abordando as suas características, potencialidades e maneiras de

utilização racional;

Transmitir as formas de coleta de frutos dascagaiteiras e dos pequizeiros;

Apresentar a comunidade receitas por meio do Manual Culinário da Cagaita.

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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 Caracterização geral do universo de pesquisa

O público alvo dessa pesquisa foram alunos dos 4° e 5° anos, professores e

cozinheiras, de duas Escolas Municipais do bairro Itapoã. A primeira escola, com crianças dos

4° e 5° anos e a segunda escola, com alunos do 5° ano, sendo que ao todo, seis turmas foram

envolvidas no projeto de extensão, além de 6 professores e de 12 cozinheiras.

4.2 Instrumento de coleta de dados

A coleta de dados foi realizada com aplicação de um questionário, em dois momentos

distintos: no início eno final da execução do projeto, no período de agosto de 2014 a julho de

2015, sendo posteriormente feita a tabulação e a análise de seus dados. O questionário

elaborado foicomposto por 9 questões, que buscavam averiguar o conhecimento do

participante sobre a existência dos frutos do Cerrado, no bairro de sua escola e na cidade de

Sete Lagoas.

4.3 Atividades preparadas para as intervenções

O trabalho foi realizado em quatro etapas:

1) Preparo do Material Didático;

2) Elaboração do Manual Culinário da Cagaita;

3) Intervenção nas Escolas;

4) Intervenção na Comunidade.

Na primeira etapa preparou-se o material didático para os alunos, onde foi elaborada e

distribuída uma cartilha com o tema Frutos do Cerrado, com explicações gerais sobre o

Cerrado, sobre a sua fauna e a sua flora, sobre algumas plantas medicinais e alimentícias, com

fotos, e descrição das árvores frutíferas e dos frutos do Cerrado, abordando o período de

ocorrência dos frutos, especialmente no que tange às cagaiteiras e aos pequizeiros, árvores

que produzem frutos que se destacam na região de desenvolvimento desse projeto, ou seja,

como elas nascem, crescem e se reproduzem, além de informações nutricionais, agronômicas

e como seus frutos podem ser utilizados pela população. Essa cartilha também contém

exercícios de fixação, elaborados para os estudantes, com base nas disciplinas estudadas e em

informes sobre o pequi e a cagaita e demais frutos do Cerrado, que em geral são encontrados

na região de Sete Lagoas, como a pitomba e o coco da macaúba.

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A segunda etapa iniciou-se por meio da elaboração e da aplicação de um questionário

às cozinheiras das escolas envolvidas. Posteriormente, foi preparado um Manual Culinário da

Cagaita paraempoderamentoda comunidade, com receitas alternativas de uso e de preparo da

cagaita, de forma a conservar a cultura alimentar.

As duas últimas etapas definiu-se pela intervenção, primeiramente em sala de aula, um

contato direto com os professores e com os alunos, através da aplicação dos exercícios e do

desenvolvimento de atividades lúdicas. E, por fim, pela intervenção no bairro, para que toda a

comunidade tivesse acesso às informações e pudesse participar do projeto realizado.

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5. RESULTADOS

As seis turmas participantes do projeto foram escolhidas pela direção da escola, que

justificaram que esses alunos teriam mais preparo para participarem do projeto e as crianças

do 5º ano, no ano seguinte iriam para outras escolas, sendo capazes de transmitirem o

aprendizado aos colegas nas novas instituições de ensino.

Entretanto, algumas crianças faltaram às aulas no dia de aplicação do questionário.

Portanto, contabilizou-se 92 crianças participantes do questionário inicial e 89 crianças ao

questionário final.

Durante a execução do projeto foram realizadas várias atividades participativas por

meio da cartilha elaborada, onde os temas foram abordados por meio de: exposição oral,

slides, cartazes com figuras do pequi e da cagaita. As atividades contaram também com a

confecção de um mural sobre o Cerrado brasileiro, o mural foi confeccionado com figuras que

os alunos trouxeram de suas casas.

Figura 16: Alunos participando das atividades

realizadas – temas abordados por meio de exposição

oral e cartazes.

Foto: Lidiane Teixeira da Costa, 2015.

Figura 17: Alunos participando das atividades

realizadas – temas abordados por meio de exposição

oral e slides.

Foto: Daiane Batista Rodrigues, 2015.

A aplicação do questionário foi realizada em dois momentos distintos, antes e após as

intervenções realizadas nas escolas, com o objetivo de medir, de compreender e de comparar

o nível de conhecimento dos alunos sobre as possíveis mudanças de percepção a respeito da

existência dos frutos do Cerrado. Como já foi dito anteriormente, o questionário elaborado foi

composto por 9 questões que contemplavam, inicialmente, as informações gerais do discente

– gênero, idade e série. A faixa etária predominante dos alunos foi entre 8 e 13 anos.

A primeira pergunta do questionário foi “Em suas disciplinas você discute ou estuda

educação ambiental?”. Pôde-se perceber que houve uma diferença significativa nas respostas

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dos alunos ao responderem o mesmo questionário antes

realização das intervenções em sala de aula. Antes do projeto 77% dos alunos tinham

conhecimento sobre a Educação Ambiental; 21% dos alunos responderam que não tinham

conhecimento sobre a Educação Ambiental e apenas 2% não res

questão também foi solicitado que os alunos citassem as práticas de educação ambiental

desenvolvidas na escola, sendo que 80% dos alunos citaram palestras, passeatas e teatro sobre

a água, porém nenhuma atividade era desenvolvida

frutíferas nativas do Cerrado.

Gráfico 1: Porcentagem dos alunos que já tinham estudado ou que já tinham algum conhecimento sobre

educação ambiental, antes da execução do projeto.

De acordo com a Política Nacional de

abril de 1999 -, entendem

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a cons

1999).

Após a execução do projeto nas escolas, somente 1% dos alunos responderam que não

estudavam ou não discutiam sobre Educação Ambiental (Gráfico 2).

Gráfico 2: Porcentagem da percepção dos d

depois da execução do projeto.

21%

2%

99%

1%

dos alunos ao responderem o mesmo questionário antes do início do projeto e após a

realização das intervenções em sala de aula. Antes do projeto 77% dos alunos tinham

conhecimento sobre a Educação Ambiental; 21% dos alunos responderam que não tinham

conhecimento sobre a Educação Ambiental e apenas 2% não responderam (Gráfico1).

questão também foi solicitado que os alunos citassem as práticas de educação ambiental

desenvolvidas na escola, sendo que 80% dos alunos citaram palestras, passeatas e teatro sobre

a água, porém nenhuma atividade era desenvolvida quanto à preservação das espécies

frutíferas nativas do Cerrado.

Porcentagem dos alunos que já tinham estudado ou que já tinham algum conhecimento sobre

educação ambiental, antes da execução do projeto.

De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9.795 de 27 de

, entendem-se por educação ambiental “os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente e sua sustentabilidade

Após a execução do projeto nas escolas, somente 1% dos alunos responderam que não

estudavam ou não discutiam sobre Educação Ambiental (Gráfico 2).

Porcentagem da percepção dos discentes que estudavam ou discutiam sobre educação ambiental,

77%

Sim

Não

Não responderam

99%

Sim

Não

28

do início do projeto e após a

realização das intervenções em sala de aula. Antes do projeto 77% dos alunos tinham

conhecimento sobre a Educação Ambiental; 21% dos alunos responderam que não tinham

ponderam (Gráfico1). Nessa

questão também foi solicitado que os alunos citassem as práticas de educação ambiental

desenvolvidas na escola, sendo que 80% dos alunos citaram palestras, passeatas e teatro sobre

quanto à preservação das espécies

Porcentagem dos alunos que já tinham estudado ou que já tinham algum conhecimento sobre

Lei nº 9.795 de 27 de

rocessos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

sua sustentabilidade” (Brasil,

Após a execução do projeto nas escolas, somente 1% dos alunos responderam que não

iscentes que estudavam ou discutiam sobre educação ambiental,

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Os gráficos 3 e 4, mostram o quantitativo de estudantes, que após serem apresentados

todos os seis Biomas Brasileiros existentes, que saber

brasileiro característico da cidade de Sete Lagoas.

Gráfico 3, percebeu-se que os alunos ficaram divididos e não s

bioma brasileiro característico da cidade de Sete Lagoas, contudo, 54% dos discentes

responderam que o Cerrado ocupa a região de Sete Lagoas.

Gráfico 3: Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, antes da realização do

projeto.

Após as atividades de

responderam que o Cerrado é o bioma característico da cidade de Sete Lagoas, demostrando

que a maioria das crianças compreenderam que a

Gráfico 4: Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, depois da realização do

projeto.

Nos dois questionários também foi efetuado a seguinte pergunta: “V

bairro da escola as árvores frutíferas nativas do bioma d

gráfico 5 que antes da apresentação da cartilha e desenvolvimento das atividades 22% dos

6%

21%

4%4%

4%

7%

2%2%

Os gráficos 3 e 4, mostram o quantitativo de estudantes, que após serem apresentados

todos os seis Biomas Brasileiros existentes, que saberiam ou não, identificar

da cidade de Sete Lagoas. Antes da distribuição da cartilha, conforme

se que os alunos ficaram divididos e não souberam identificar qual era o

rasileiro característico da cidade de Sete Lagoas, contudo, 54% dos discentes

responderam que o Cerrado ocupa a região de Sete Lagoas.

Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, antes da realização do

pós as atividades de execução do projeto, a maioria dos discentes (96%)

errado é o bioma característico da cidade de Sete Lagoas, demostrando

que a maioria das crianças compreenderam que a cidade se sustenta em torno do C

Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, depois da realização do

Nos dois questionários também foi efetuado a seguinte pergunta: “V

bairro da escola as árvores frutíferas nativas do bioma de Sete lagoas? Quais?”

gráfico 5 que antes da apresentação da cartilha e desenvolvimento das atividades 22% dos

54%

Cerrado

Pampa

Amazônia

Mata Atlântica

Pantanal

Caatinga

Não sei

96%

Cerrado

Pampa

Amazônia

29

Os gráficos 3 e 4, mostram o quantitativo de estudantes, que após serem apresentados

iam ou não, identificar qual o bioma

Antes da distribuição da cartilha, conforme

ouberam identificar qual era o

rasileiro característico da cidade de Sete Lagoas, contudo, 54% dos discentes

Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, antes da realização do

, a maioria dos discentes (96%)

errado é o bioma característico da cidade de Sete Lagoas, demostrando

cidade se sustenta em torno do Cerrado.

Percepção dos alunos sobre qual é o bioma característico de Sete Lagoas, depois da realização do

Nos dois questionários também foi efetuado a seguinte pergunta: “Você conhece no

as? Quais?”. Nota-se no

gráfico 5 que antes da apresentação da cartilha e desenvolvimento das atividades 22% dos

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alunos assinalaram que não conheciam as árvores frutíferas e 78% assinalaram que sabiam

quais árvores frutíferas típicas do C

Gráfico 5: Porcentagem de alunos antes da execução do projeto que conhecem no bairro da escola as árvores

frutíferas nativas do Cerrado.

Em contrapartida, detectou

exemplificaram com a banana, mamão e manga. Mostrando assim a n

diferenciar os frutos do Cerrado dos demais frutos ao longo

projeto. Os frutos tropicais, como a laranja e banana são consumidos e encontrados em tod

território nacional, enquanto os frutos do

Cerrado, ou seja, são espécies endêmicas, s

período de ocorrência dos frutos é restrito.

De acordo com gráfico 6,

árvores frutíferas do Cerrado. N

salientando aos alunos a riqueza em frutos que o C

Gráfico 6: Porcentagem de alunos depois da execução do projeto que conhecem no bairro da escola as árvores

frutíferas nativas do Cerrado.

22%

10%

alunos assinalaram que não conheciam as árvores frutíferas e 78% assinalaram que sabiam

árvores frutíferas típicas do Cerrado sobrevivem no bairro da escola.

Porcentagem de alunos antes da execução do projeto que conhecem no bairro da escola as árvores

Em contrapartida, detectou-se que os discentes ao citarem quais são essas árvores

emplificaram com a banana, mamão e manga. Mostrando assim a n

errado dos demais frutos ao longo das atividades desenvolvidas n

. Os frutos tropicais, como a laranja e banana são consumidos e encontrados em tod

território nacional, enquanto os frutos do Cerrado são variedades exóticas

errado, ou seja, são espécies endêmicas, só existem nas regiões de bioma C

período de ocorrência dos frutos é restrito.

De acordo com gráfico 6, houve maior entendimento das crianças quanto a temática

errado. Neste sentido revela que é preciso prosseguir com o projeto

unos a riqueza em frutos que o Cerrado nos oferece.

Porcentagem de alunos depois da execução do projeto que conhecem no bairro da escola as árvores

78%

Sim

Não

90%

Sim

Não

30

alunos assinalaram que não conheciam as árvores frutíferas e 78% assinalaram que sabiam

sobrevivem no bairro da escola.

Porcentagem de alunos antes da execução do projeto que conhecem no bairro da escola as árvores

se que os discentes ao citarem quais são essas árvores

emplificaram com a banana, mamão e manga. Mostrando assim a necessidade de

das atividades desenvolvidas no

. Os frutos tropicais, como a laranja e banana são consumidos e encontrados em todo

errado são variedades exóticas das árvores do

ó existem nas regiões de bioma Cerrado e o

ior entendimento das crianças quanto a temática

este sentido revela que é preciso prosseguir com o projeto

Porcentagem de alunos depois da execução do projeto que conhecem no bairro da escola as árvores

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS … · Gráfico 9 Você gostou do Projeto Frutos do Cerrado – Pequi e ... alimentício e ao uso medicinal. Porém, essas plantas

Sendo que dos 90% que assinalaram “sim” apenas 3 alunos citaram laranja, manga e

banana. O pequizeiro e a cagaiteira foram as

Os gráficos abaixam mostram o conhecimento e a percepção dos discentes quando

questionados sobre os possíveis frutos encontrados em Sete Lagoas e que são característicos

do nosso bioma. Os alunos podiam assinalar

Todos os frutos mencionados na questão são encontrados em Sete Lagoas, assim, esperava

que todos os itens fossem marcados. Porém, nenhum estudante marcou todas as alternativas.

Antes da aplicação da cart

assinalado (35%) foi o pequi

Gráfico 7: Frutos nativos do bioma que podem ser encontrados em Sete Lagoas de acordo com os alunos

pesquisados antes da execução do projeto

No questionário final todos os frutos foram assina

mostrando que os discentes ampliaram seus co

Cerrado e reconheceram os frutos do C

Gráfico 8: Frutos nativos do bioma q

pesquisados depois da execução do projeto.

Segundo o MMA, além dos aspectos ambientais o Cerrado e seus frutos

importância social. Os quilombolas e ribeirinhos, por exemplo, sobrevivem de seus recursos

17%

21%

35%

8%

18%

19%

17%

Sendo que dos 90% que assinalaram “sim” apenas 3 alunos citaram laranja, manga e

banana. O pequizeiro e a cagaiteira foram as respostas mais frequentes entre os alunos.

Os gráficos abaixam mostram o conhecimento e a percepção dos discentes quando

questionados sobre os possíveis frutos encontrados em Sete Lagoas e que são característicos

do nosso bioma. Os alunos podiam assinalar quantas alternativas que julgassem como certas.

Todos os frutos mencionados na questão são encontrados em Sete Lagoas, assim, esperava

que todos os itens fossem marcados. Porém, nenhum estudante marcou todas as alternativas.

Antes da aplicação da cartilha e resolução dos exercícios lúdicos, o fruto mais

foi o pequi (Gráfico 7).

Frutos nativos do bioma que podem ser encontrados em Sete Lagoas de acordo com os alunos

pesquisados antes da execução do projeto.

o final todos os frutos foram assinalados em proporções próximas,

que os discentes ampliaram seus conhecimentos sobre as espécies nativas do

os frutos do Cerrado da cidade (Gráfico 8).

Frutos nativos do bioma que podem ser encontrados em Sete Lagoas de acordo com os alunos

pesquisados depois da execução do projeto.

, além dos aspectos ambientais o Cerrado e seus frutos

importância social. Os quilombolas e ribeirinhos, por exemplo, sobrevivem de seus recursos

17% 4%

15%

21%

Araticum

Baru

Cagaita

Jatobá

Pequi

Pitomba

14%

15%

17%

AraticumBaruCagaitaJatobáPequiPitomba

31

Sendo que dos 90% que assinalaram “sim” apenas 3 alunos citaram laranja, manga e

respostas mais frequentes entre os alunos.

Os gráficos abaixam mostram o conhecimento e a percepção dos discentes quando

questionados sobre os possíveis frutos encontrados em Sete Lagoas e que são característicos

quantas alternativas que julgassem como certas.

Todos os frutos mencionados na questão são encontrados em Sete Lagoas, assim, esperava-se

que todos os itens fossem marcados. Porém, nenhum estudante marcou todas as alternativas.

resolução dos exercícios lúdicos, o fruto mais

Frutos nativos do bioma que podem ser encontrados em Sete Lagoas de acordo com os alunos

lados em proporções próximas,

nhecimentos sobre as espécies nativas do

em Sete Lagoas de acordo com os alunos

, além dos aspectos ambientais o Cerrado e seus frutos tem grande

importância social. Os quilombolas e ribeirinhos, por exemplo, sobrevivem de seus recursos

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS … · Gráfico 9 Você gostou do Projeto Frutos do Cerrado – Pequi e ... alimentício e ao uso medicinal. Porém, essas plantas

naturais, por meio de consumo local e venda de frutos como o pequi, nos centros urbanos, em

feiras e estradas (BRASIL, 2014

Finalmente, o questionário

vale ressaltar que está foi a única pergunta inclusa no questionário final. As demais perguntas

acima estavam contidasno questionário antes e depois da execução do projeto de extensão

(Gráfico 9).

Gráfico 9: Você gostou do Projeto Frutos do Cerrado

Os alunos demonstraram interesse pelas atividades desenv

extensão. Alguns depoimentos for

informações nos dizendo sobre a necessidade de conservar e proteger nossos frutos, pois

sobrevivemos no Cerrado e podemos utilizar os frutos na alimentação” disse um aluno; b)

não gostei, porque eu não gosto de comer frutas”, diss

projeto.

Desta forma, WOITOWICZ (2014) afirma que

comunicação entre a academia e a comunidade, fazendo com que o estudante se agrupe com o

local em que vive, desenvolvendo atividades sociais,

população deste espaço. Portanto,

prática, em que o conhecimento se estende para fora da sala de aula e é reproduzido no meio

social, o que permite a aprendizagem por

O manual culinário da cagaita foi apresentado e argumentado expondo as informações

da cagaita na culinária brasileira, em seguida, foram entregues às cozinheiras das escolas

meio do questionário aplicado as cozinheiras obtiveram

seguir.

No gráfico 10 foi possível perceber que antes de apresentar o manual culinário da

cagaita, uma parcela das cozinheiras não sabiam qual é o bioma predominante da cidade de

Sete Lagoas, onde 67% disseram ser o Cerrado e

96%

4%

naturais, por meio de consumo local e venda de frutos como o pequi, nos centros urbanos, em

e estradas (BRASIL, 2014).

Finalmente, o questionário procurou saber se os discentes tinham gostado do projeto,

vale ressaltar que está foi a única pergunta inclusa no questionário final. As demais perguntas

acima estavam contidasno questionário antes e depois da execução do projeto de extensão

Você gostou do Projeto Frutos do Cerrado – Pequi e Cagaita? Por quê?

Os alunos demonstraram interesse pelas atividades desenvolvidas no projeto de

extensão. Alguns depoimentos foram relatados: a) “Eu gostei do p

informações nos dizendo sobre a necessidade de conservar e proteger nossos frutos, pois

sobrevivemos no Cerrado e podemos utilizar os frutos na alimentação” disse um aluno; b)

não gostei, porque eu não gosto de comer frutas”, disse um dos alunos que não gostou do

WOITOWICZ (2014) afirma que a extensão universitária é a

comunicação entre a academia e a comunidade, fazendo com que o estudante se agrupe com o

local em que vive, desenvolvendo atividades sociais, culturais, que contribuem com a

população deste espaço. Portanto, “trata-se de um relacionamento entre teoria

prática, em que o conhecimento se estende para fora da sala de aula e é reproduzido no meio

social, o que permite a aprendizagem por meio da aplicação”.

O manual culinário da cagaita foi apresentado e argumentado expondo as informações

da cagaita na culinária brasileira, em seguida, foram entregues às cozinheiras das escolas

meio do questionário aplicado as cozinheiras obtiveram-se os resultados apresentados a

No gráfico 10 foi possível perceber que antes de apresentar o manual culinário da

cagaita, uma parcela das cozinheiras não sabiam qual é o bioma predominante da cidade de

onde 67% disseram ser o Cerrado e 33% disseram ser a Caatinga.

96%

Sim

Não

32

naturais, por meio de consumo local e venda de frutos como o pequi, nos centros urbanos, em

procurou saber se os discentes tinham gostado do projeto,

vale ressaltar que está foi a única pergunta inclusa no questionário final. As demais perguntas

acima estavam contidasno questionário antes e depois da execução do projeto de extensão

olvidas no projeto de

am relatados: a) “Eu gostei do projeto, trouxe muitas

informações nos dizendo sobre a necessidade de conservar e proteger nossos frutos, pois

sobrevivemos no Cerrado e podemos utilizar os frutos na alimentação” disse um aluno; b) “Eu

e um dos alunos que não gostou do

a extensão universitária é a

comunicação entre a academia e a comunidade, fazendo com que o estudante se agrupe com o

culturais, que contribuem com a

se de um relacionamento entre teoria educacional e

prática, em que o conhecimento se estende para fora da sala de aula e é reproduzido no meio

O manual culinário da cagaita foi apresentado e argumentado expondo as informações

da cagaita na culinária brasileira, em seguida, foram entregues às cozinheiras das escolas. Por

e os resultados apresentados a

No gráfico 10 foi possível perceber que antes de apresentar o manual culinário da

cagaita, uma parcela das cozinheiras não sabiam qual é o bioma predominante da cidade de

33% disseram ser a Caatinga.

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Gráfico 10: Bioma de Sete Lagoas de acordo com as cozinheiras das escolas

Quando solicitado

Bioma de Sete Lagoas, 19% das cozinheiras marcaram o araticum, 27% marcaram a cagaita, o

jatobá foi assinalado por 20% das cozinh

pitomba e nenhuma das can

Gráfico 11: Frutos característicos de Sete Lagoas segundo a percepção das cozinheiras das escolas

Fazendo uma comparação entre os dados

execução do projeto e os dados col

pitomba também são poucos conhecidos, sendo necessário difundir estes frutos

populariza-los no meio social.

Entre as entrevistadas 75% já consumiram a cagaita ou já utilizaram no preparo de

receitas, enquanto 25% nunca consumiram ou utilizaram a cagaita no preparo de receitas

(Gráfico 12). Quando questionadas sobre as possíveis maneiras de consumo de cagaita, 46%

das cozinheiras disseram consumir a cagaita na forma de suco, 9% já consumiram

de licor e 18% fazem o chá das folhas da cagaiteira, e

utilizaram a cagaita no preparo de receitas

33%

19%

20%

29%

5%

Bioma de Sete Lagoas de acordo com as cozinheiras das escolas.

Quando solicitado às cozinheiras que marcassem quais frutos são encontrados no

Bioma de Sete Lagoas, 19% das cozinheiras marcaram o araticum, 27% marcaram a cagaita, o

oi assinalado por 20% das cozinheiras, 29% marcaram o pequi, 5% marcaram a

pitomba e nenhuma das cantineiras assinalou o fruto baru (Gráfico 11).

Frutos característicos de Sete Lagoas segundo a percepção das cozinheiras das escolas

Fazendo uma comparação entre os dados coletados com os discentes antes da

execução do projeto e os dados coletados com as cozinheiras, percebe

também são poucos conhecidos, sendo necessário difundir estes frutos

los no meio social.

Entre as entrevistadas 75% já consumiram a cagaita ou já utilizaram no preparo de

receitas, enquanto 25% nunca consumiram ou utilizaram a cagaita no preparo de receitas

(Gráfico 12). Quando questionadas sobre as possíveis maneiras de consumo de cagaita, 46%

das cozinheiras disseram consumir a cagaita na forma de suco, 9% já consumiram

o chá das folhas da cagaiteira, enquanto 27% das cozinheiras nunca

utilizaram a cagaita no preparo de receitas (Gráfico 13).

67%

Cerrado

Caatinga

19% 0%

27%

Araticum

Baru

Cagaita

Jatobá

Pequi

Pitomba

33

cozinheiras que marcassem quais frutos são encontrados no

Bioma de Sete Lagoas, 19% das cozinheiras marcaram o araticum, 27% marcaram a cagaita, o

eiras, 29% marcaram o pequi, 5% marcaram a

Frutos característicos de Sete Lagoas segundo a percepção das cozinheiras das escolas.

coletados com os discentes antes da

etados com as cozinheiras, percebeu-se que o baru e a

também são poucos conhecidos, sendo necessário difundir estes frutos, para melhor

Entre as entrevistadas 75% já consumiram a cagaita ou já utilizaram no preparo de

receitas, enquanto 25% nunca consumiram ou utilizaram a cagaita no preparo de receitas

(Gráfico 12). Quando questionadas sobre as possíveis maneiras de consumo de cagaita, 46%

das cozinheiras disseram consumir a cagaita na forma de suco, 9% já consumiram na forma

nquanto 27% das cozinheiras nunca

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Gráfico 12: Utilização da cagaita no preparo de

receitas de acordo com as cozinheira

Os resultados encontrados no início da pesquisa mostraram que os discentes e os

servidores, apresentavam uma percepção incip

especial a cagaita e o pequi. Percebe

Cerrado foi obtido a partir do repasse das informações de maneira interdisciplinar.

75%

25%

Utilização da cagaita no preparo de

itas de acordo com as cozinheiras pesquisadas.

Gráfico 13: Formas de consumo da

com as cozinheiras das escolas

Os resultados encontrados no início da pesquisa mostraram que os discentes e os

servidores, apresentavam uma percepção incipiente em relação aos frutos do C

especial a cagaita e o pequi. Percebe-se que o conhecimento adquirido sobre o tema Frutos do

Cerrado foi obtido a partir do repasse das informações de maneira interdisciplinar.

75%

Sim

Não

46%

9%18%

27%

34

Formas de consumo dacagaita de acordo

eiras das escolas.

Os resultados encontrados no início da pesquisa mostraram que os discentes e os

iente em relação aos frutos do Cerrado em

se que o conhecimento adquirido sobre o tema Frutos do

Cerrado foi obtido a partir do repasse das informações de maneira interdisciplinar.

46%

Suco

Licor

Chá

Apenas ingerir o fruto natural, nunca utilizei em receitas

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6. CONCLUSÃO

Os alunos participaram de forma espontânea demonstrando grande interesse no

desenvolvimento das atividades. A preservação ambiental é a fonte da diversidade biológica

no Cerrado Brasileiro e a perda da diversidade implicará também em perdas do uso

sustentável de vários recursos, como as espécies frutíferas e seus potencias efeitosbioativos

quando inseridos na dieta alimentar.

Foi possível fornecer aos alunos e a comunidade informações sobre o pequi e a

cagaita, de forma a orientá-los para que os frutos possam ser utilizados de forma sustentável e

distribuídos de maneira homogênea. Além de apontar as diversas formas de consumo dos

frutos de pequi e decagaita, desde in natura até processados.

As cartilhas elaboradas foram apresentadas, estudadas e entregues aos discentes. Os

discentes (96%) compreenderam que nossa região se sustenta em torno do Cerradoe que

também podem usufruir de frutos que o Cerrado oferece. Por meio das cartilhas elaboradas

houve incentiva à leitura, à escrita e descoberta de novas palavras. O pequizeiro e a cagaiteira

passou a serentre as crianças (mais de 80%), as árvores de referência do bairro.

Segundo as cozinheiras das escolas que não utilizavam a cagaita, o fruto não poderia

ser consumido pelo fato de causardiarreia. Ao saber que o fruto pode ser consumido de

diversas formas, foi despertado o interesse em inserir a cagaita na alimentação. O número de

cozinheiras participantes do projeto (12),foi significativo em relação a toda população do

bairro, pois houve melhor entendimento sobre a cagaita.

O projeto contribuiu e favoreceu o desenvolvimento econômico e social da região

onde a universidade está inserida, visto que a educação ambiental tem como tarefa despertar a

percepção do indivíduo salientando a formação de cidadãos mais responsáveis para sua

responsabilidade na manutenção dos espaços urbanos e proteção dos espaços naturais. Após

as intervenções, notou-se que, de forma geral, o objetivo de trazer mudanças no entendimento

e no comportamento dos discentes quanto à conservação do Cerrado teve resultados

satisfatórios, contudo, as perspectivas futuras visa abranger toda a população sete-lagoana

para conseguir resultados mais efetivos.

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