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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
ENGENHARIA AGRONÔMICA
ISRAEL CAMPOS SILVA
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E FORRAGEIRAS DE VARIEDADES
DE CANA-DE-AÇÚCAR, CONDUZIDAS COM IRRIGAÇÃO E EM SISTEMA DE
SEQUEIRO
Sete Lagoas
2015
ISRAEL CAMPOS SILVA
Título do trabalho: Características
agronômicas e forrageiras de variedades
de cana-de-açúcar, conduzidas com
irrigação e em sistema de sequeiro.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Engenharia
Agronômica da Universidade Federal de
São João Del Rei campus Sete Lagoas
como requisito parcial para obtenção do
título de Engenheiro Agrônomo.
Área de concentração: Produção
Vegetal/Fitotecnia
Orientador: Prof. DSc.Iran Dias Borges
Coorientador: Karina Toledo da Silva
Sete Lagoas
2015
ISRAEL CAMPOS SILVA
Título do trabalho: Características
agronômicas e forrageiras de variedades
de cana-de-açúcar, conduzidas com
irrigação e em sistema de sequeiro.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Engenharia
Agronômica da Universidade Federal de
São João Del Rei campus Sete Lagoas
como requisito parcial para obtenção do
título de Engenheiro Agrônomo.
Sete Lagoas, 04 de dezembro de 2015
Banca Examinadora:
_________________________________________________
Iran Dias Borges – Doutor (UFSJ)
Orientador
_________________________________________________
Karina Toledo da Silva – Doutoranda (EPAMIG)
Coorientador
_________________________________________________
João Paulo Rocha – Mestre em Produção Vegetal (UFSJ)
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por toda a solidariedade e paciência durante toda a
minha trajetória acadêmica. Agradeço a minha namorada Paula por toda apoio,
companheirismo, atenção e cumplicidade dentro e fora do desenvolvimento desse
trabalho. À Karina Toledo da Silva pela oportunidade e por todo conhecimento
repassado. Ao orientador Iran Dias Borges pelos inúmeros conselhos e por me
direcionar nesse momento. À todos amigos sempre presentes. Agradeço à EPAMIG
pela oportunidade de estágio e por ceder espaço e pessoal para realização do
presente trabalho. À FAPEMIG pelo financiamento de todo o projeto.
.
RESUMO
O objetivo do trabalho foi avaliar características agronômicas e forrageiras de
variedades de cana-de-açúcar de terceiro corte, sob irrigação e em sistema de
sequeiro. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da EPAMIG,
Prudente de Morais (MG). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso,
com tratamentos em esquema fatorial, 5 variedades (SP80-1842, RB85-5536,
IAC86-2480, RB86-7515, RB83-5486) x 2 ambientes (irrigado e sequeiro), com seis
repetições. Foram avaliados número de plantas, altura da planta, diâmetro do colmo,
chochamento, peso da planta inteira, porcentagem de matéria seca, produção, teor
de sólidos solúveis (Brix) e características bromatológicas. O número de plantas,
produção do colmo, produção de matéria seca do colmo e produção apresentaram
interação entre ambientes e variedades. A irrigação proporcionou maior densidade
de plantas na variedade SP80-1842. A variedade RB85-5536 obteve maiores
produções e matéria seca do colmo e produção total no ambiente sequeiro, sem
efeito da irrigação. O Brix teve maior teor em ambiente sequeiro. A variedade IAC86-
2480 apresentou o menor teor de fibra em detergente neutro. A irrigação no período
final de maturação da cana-de-açúcar não proporcionou melhora nas características
agronômicas avaliadas. Destacam-se as variedades SP80-1842 e RB85-5536 com
maiores potenciais produtivos e qualitativos para alimentação animal.
Palavras-chave: forragem, FDA, déficit hídrico
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the agronomic characteristics of
sugar cane varieties, in the third harvest, cultivated under irrigated and rainfed
systems. The experiment was carried out at EPAMIG Experimental Farm,,Prudente
de Morais (MG). The experimental design was a randomized block with five varieties
(SP80-1842, RB85-5536, IAC86-2480, RB86-7515, RB83-5486), under irrigation and
rainfed conditions, with six replications. The plant numbers, plant height, stem
diameter, stem drying degree, plantweight, dry matter content, yield, Brix content and
bromatological characteristics were evaluated. The plant numbers, stem yield, stem
dry matter yieldstem and presented interaction between environments and varieties.
Under irrigation, the variety SP80-1842 showed higher plant density. The variety
RB85-5536 obtained higher stem yield,stem dry matter content and total production
in rainfed environment, with no effect of irrigation. The Brixhighest content was
observed in rainfed system. The irrigation in the final maturation period did not
improve the agronomic traits of sugar cane varieties. The variety SP80-1842 and
RB85-5536 showed higher quality and yield potential for animal feeding.
Keywords: environment, feeding, yield
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.…………………………………………………………….1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.…………………………………………….3
3. MATERIAL E MÉTODOS.………………………………………………..9
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO …………………......………………….12
5. CONCLUSÃO...……………………………………………………………17
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS…...……………………………….18
1
INTRODUÇÃO
A cana-de- açúcar tem sua origem na Nova-Guiné e foi introduzida no Brasil em
1532 onde hoje é o estado de São Paulo. A cana-de-açúcar é uma planta perene da
família Poaceae, do gênero Saccharum, sendo que os atuais cultivares são híbridos
(MATSUOKA, 1996; MATSUOKA et al. 1999). É uma planta C4 com alta capacidade
fotossintética, apresentando maior desenvolvimento e crescimento em regiões mais
quentes, (Matsuoka, 1996). De acordo com Magalhães (1987), os fatores ambientais
que mais influenciam na bioconversão de energia na cana-de-açúcar são a luz
(intensidade e qualidade), a concentração de CO2, a disponibilidade de água e de
nutrientes e a temperatura.
Diversos fatores provocam a perda da capacidade produtiva de forrageiras,
sendo os principais o estresse hídrico e a queda de temperatura no período seco,
algo que, consequentemente, afeta o desempenho animal durante essa época
crítica do ano.
Como forma de solucionar essa defasagem, várias práticas como o uso do feno
e silagens podem ser adotadas. Devido à eficiência apresentada como
suplementação volumosa, o uso da cana-de-açúcar (Saccharum sp.) é uma
alternativa econômica para a alimentação de bovinos nos períodos de seca, época
em que há menor produção das pastagens. Canaviais bem formados e manejados
adequadamente apresentam rendimentos de massa verde que podem variar entre
60 a 120 toneladas, podendo chegar a 200 toneladas por hectare, por um período de
até cinco anos, apresentando maior produtividade no primeiro corte (THIAGO e
VIEIRA, 2002).
A prática da irrigação na cultura da cana-de-açúcar é adotada com o objetivo
de melhorar o potencial produtivo, principalmente no primeiro estádio de seu
desenvolvimento (SCARDUA, 1985). Neto et al., 2006 encontraram resultados
positivos com a irrigação na fase inicial de crescimento e no início do máximo
desenvolvimento da primeira soca.
A composição química das variedades de cana-de-açúcar é algo diversificado e
apesar de apresentar características de interesse comunal com a indústria, nem
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todas são desejáveis para a suplementação animal. Sendo que, um menor teor de
fibras aliado ao alto teor de sacarose, baseado em uma baixa relação FDN/açúcares
para que a fibra não limite o consumo pelo animal é o recomendável para
alimentação de bovinos (RODRIGUES et al., 2001).
O presente trabalho teve como objetivo avaliar as características agronômicas
e forrageiras de cinco variedades de cana-de-açúcar de terceiro corte, cultivadas
sob sistema de irrigação e de sequeiro, em Prudente de Morais – MG.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A cana-de-açúcar é originaria da Nova-Guiné e foi levada para o sul da Ásia,
onde foi usada, no início, principalmente em forma de xarope. A primeira evidência
do açúcar em sua forma sólida, data do ano de 500, na Pérsia (MOZAMBANI et al.
2006).
No Brasil, a cana-de-açúcar foi introduzida em 1532, trazida por Martin Afonso
de Souza da Ilha da Madeira (Portugal) e plantada na capitania de São Vicente, hoje
estado de São Paulo. Em 1535, Duarte Coelho implantou a cultura da cana na
capitania de Pernambuco, e em 1540 Pero de Goés introduziu a cultura na capitania
da Paraíba do sul, o que corresponde hoje a região de Campos, norte Fluminense.
Destas três regiões a cana-de-açúcar foi levada para os demais estados do país
(ANDRADE e CARDOSO, 2004).
A cana-de-açúcar é uma planta perene da família Poaceae, do gênero
Saccharum, sendo que os atuais cultivares são híbridos (MATSUOKA, 1996;
MATSUOKA et al. 1999). É uma planta C4 com alta capacidade fotossintética,
apresentando maior desenvolvimento e crescimento em regiões mais quentes,
segundo Matsuoka (1996). De acordo com Magalhães (1987), os fatores ambientais
que mais influenciam na bioconversão de energia na cana-de-açúcar são a luz
(intensidade e qualidade), a concentração de CO2, a disponibilidade de água e de
nutrientes e a temperatura.
Segundo Rodrigues (1995), o fotoperíodo é muito importante no
desenvolvimento da cana-de-açúcar, afetando o comprimento do colmo. Em
fotoperíodos de 10 a 14 horas o colmo aumenta, sofrendo redução, no entanto, em
fotoperíodos longos, entre 16 e 18 horas.
Segundo Andrade (2006), em termos de exigência climática, a cana apresenta
uma particularidade importante: na fase de brotação, perfilhamento e crescimento
vegetativo, primeira fase do ciclo da cultura, exige temperatura média do ar maior
que 20ºC, sendo a faixa ideal de 25ºC a 30ºC, e umidade disponível no solo. Já na
fase de maturação, segunda fase do ciclo da cultura, a cana exige temperaturas em
4
torno de 20ºC e/ou déficit hídrico, para que entre em repouso fisiológico e haja um
maior acúmulo de sacarose nos colmos.
Com relação aos solos que vem sendo utilizado para o plantio de cana,
podemos destacar os mais pobres na maioria das vezes os degradados que
necessitam de correções de PH e fertilidade, são solos que foram intensivamente
utilizados pela agricultura e pecuária e que agora são as novas fronteiras de setor
sucroalcoeiro (MACEDO e CARVALHO, 2005).
A irrigação na cana-de açucar
A irrigação é um conjunto de técnicas destinadas a deslocar água para
modificar a capacidade agrícola de cada região visando proporcionar uma maior
produtividade, em complementação às demais práticas agrícolas (Bernardo et al.
2006).
Atualmente, em função da constante preocupação com a gestão dos recursos
hídricos, é imperativo o aperfeiçoamento de métodos de manejo de solo e água,
bem como o aprimoramento de sistemas de irrigação que garantam a produção
desejada com máxima eficiência no consumo de água (COSTA et al. 2007).
A irrigação justifica-se como recurso tecnológico indispensável ao aumento da
produtividade das culturas, e a água é um elemento essencial para a realização
desta atividade, sendo um recurso de valor inestimável. Além do seu uso na
irrigação a água apresenta várias outras utilidades, como a geração de energia
elétrica, a navegação, o abastecimento doméstico e industrial, a irrigação, a pesca e
a assimilação e condução do esgoto.
Devido ao crescimento populacional, a disponibilidade de água doce vem
diminuindo em consequência à expansão das fronteiras agrícola e da crescente
degradação do solo, aumentando assim a busca por uma utilização mais racional e
inteligente deste recurso (Macedo e Carvalho, 2005).
5
Para o planejamento, construção e operação de sistemas de irrigação e
drenagem, são necessárias técnicas eficientes e informações detalhadas do
consumo de água pelas culturas agronômicas envolvidas. Um dos procedimentos
comumente utilizado na estimativa envolve a determinação da evapotranspiração
potencial de referência (ETo), padrão grama, a qual, mediante o uso de coeficiente
de cultura (Kc) apropriado, permite calcular a evapotranspiração potencial da cultura
(ETc), considerando diferentes estádios de seu ciclo fenológico (PERES et al. 1992).
Nos trópicos úmidos podem ser considerados bons rendimentos da cultura de
cana-de-açúcar de sequeiro, produções na faixa de 70 a 100 toneladas por hectare
de cana-de-açúcar e nos trópicos secos com irrigação, entre 100 e 150 toneladas
por hectare (DOORENBOS; KASSAM, 1994).
Segundo Souza et al. (1999) a avaliação econômica da irrigação
freqüentemente envolve a quantificação da produtividade em resposta ao total de
água aplicada. A caracterização da resposta da cultura a aplicação de água tem sido
amplamente conhecida como função de produção água – cultura.
O uso de água para irrigação é um item essencial para a agricultura no mundo;
para uma superfície agrícola colhida no ano de 2000, de 1.500 milhões de hectare,
cerca de 275 milhões de hectare são irrigados. A superfície produtiva agrícola sob
sequeiro, esta em torno de 1.225 Mha (cerca de 82% do total), responsável por 58%
da produção. A área irrigada (cerca de 18% do total plantado) é responsável por
42% da produção, evidenciando a importância da irrigação (MACEDO e
CARVALHO, 2005).
O crescimento populacional gera a necessidade de uma maior produtividade na
agricultura e a expansão das áreas agricultáveis para que assim haja alimento à
disposição da população mundial, que cresce exponencialmente. Estima-se que
50% da população mundial depende de produtos irrigados, segundo estudo “O uso
da irrigação no Brasil” realizado pela Aneel (Agência Nacional de Águas e Energia
Elétrica).
É cada vez mais importante fazer o uso eficiente e responsável da água já que
a água doce no mundo está distribuída em 76,7% nas geleiras e lençóis glaciais;
22,1% em lençóis subterrâneos, e apenas 1,2% nas águas de superfície. O Brasil se
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destaca pela grande abundância de recursos hídricos, na superfície e em lençóis
subterrâneos (MACEDO e CARVALHO, 2005).
O desenvolvimento de estudos aplicados ao planejamento da irrigação em
cana-de-açúcar é importante especialmente quando se busca melhoria de
produtividade. Atualmente, a produtividade do Estado de São Paulo registra média
de 79,3 toneladas por hectare, valor ainda muito distante do potencial produtivo
biológico da cana-de-açúcar, o qual aponta para a estrondosa marca de 320,60 t ha-
1 ano-1 em experimento com gotejo subsuperficial para a variedade RB72-454
(DALRI, 2006).
Matioli et al. (1998) definiram os benefícios da irrigação da cultura da cana-de-
açúcar em “benefícios diretos” e “benefícios indiretos”. Os benefícios diretos
consistem no aumento de produtividade agrícola e longevidade das soqueiras, sobre
o aumento de produtividade existem trabalhos na literatura que confirmam o
acréscimo significativo em termos de produção e qualidade comparado as áreas não
irrigadas, conforme trabalhos de pesquisa de Barreto et al. (1971), Cambuim e Lima
(1978), Tuler & Salibe (1980), Tuler et al. (1981 a, b, c), Leme et al. (1981),
Rosenfeld & Leme (1984), Mota et al. (1996), Lima & Barbosa (1996), Souza et al.
(1999), Oliveira et al. (1999), Coelho et al. (2002 a, b) e Oliveira et al. Sobre o
aumento de longevidade das soqueiras os trabalhos são escassos, permitindo inferir
resultados de experimentos que visaram essencialmente o aumento de
produtividade (MATIOLI, 1998).
Contudo, Matioli (1998) destaca que a maioria das soqueiras pesquisadas por
ele era de final de safra, com corte no mês de outubro. Nestas condições, a resposta
da cana a irrigação é pequena, porque nessa época do ano, quando inicia o primeiro
estádio de desenvolvimento das socas, praticamente não existem deficiências
hídricas para a cultura, nas condições climáticas do Estado de São Paulo.
Os benefícios indiretos são aqueles relacionados com redução de custos no
processo produtivo agrícola, proporcionados pelo aumento de produtividade, tais
como: otimização dos projetos com redução de custo, redução do custo do
transporte da cana, pois a produção fica próxima da usina, redução da área
plantada, dispensa/redução de arrendamentos e melhor aproveitamento do adubo.
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Segundo, Oliveira et al. (2002b) adotando manejo adequado de variedades, de
calagem, de adubação e tratos culturais adequados, podem-se alcançar
produtividades superiores a 150 toneladas de matéria natural por hectare. Sob
irrigação complementar, a produtividade média da cana pode ultrapassar a 200
toneladas anuais de matéria natural por hectare, um acréscimo na produção na
ordem de 33%.
Segundo Doorenbos et al. (1979), mais importante do que relacionar a
produtividade da cana com a disponibilidade de água (a relação de 8,0 a 12,0 mm
de água evapotranspirada para cada tonelada de cana produzida é muito usada) é
manter uma umidade adequada durante todo o crescimento para obter altos
rendimentos. Dependendo do clima, as necessidades hídricas da cana-de-açúcar
são de 1.500 a 2.500 mm uniformemente distribuídos durante o ciclo.
Segundo Dillewijn, (1952), citado por Maule, (2001), a cana-de-açúcar
apresenta elevado consumo de água, necessitando de 250 gramas de água para
formar 1 grama de matéria seca na planta.
Cada cultura apresenta uma necessidade hídrica durante seu ciclo de
desenvolvimento diferente, a cana-de-açúcar apresenta uma exigência relativamente
pequena se compararmos com outras culturas de ciclo curto 5-6 meses como o
arroz e a soja. O arroz apresenta uma necessidade hídrica quase das vezes superior
ao da cana e a soja um pouco maior, levando-se em conta dois ciclos por ano.
A fase inicial, germinação, perfilhamento e desenvolvimento vegetativo é
quando a cultura da cana-de-açúcar é mais exigente em água. Que demonstra a
importância da irrigação na formação do canavial.
Conforme Howell et al. (1990), a freqüência de aplicação de água, a qualidade
de água aplicada, a uniformidade e a eficiência de aplicação, juntamente com a
precipitação são parâmetros que ditam a relação entre água e produtividade
potencial da cultura.
Segundo Bernardo (2006), as principais características desejáveis nas
variedades de cana, quando irrigadas, são: elevada produtividade de colmos e alto
teor de sacarose, precocidade e longevidade das socas, baixo índice de
8
tombamento, boa resistência a pragas e doenças e facilidade para colheita
mecanizada.
Segundo Veiga et al. (2006), a produtividade da cana-de-açúcar no Brasil, no
período de 1970 a 2004, aumentou de forma significativa, variando de 46,23
toneladas por hectare na safra 1970/1971 a 73,88 toneladas por hectare, na safra
2004/2005.
Na Usina Cururipe, situada na região litoral Sul de Alagoas, na safra 2003/2004,
a variedade RB72-454 obteve, em 21.712 hectares, produtividade média de 91,40 t
ha-1. Para a variedade SP70-1011, as médias da soca e ressoca, sob duas ou três
irrigações de 60 mm por irrigação e não irrigados, foram 111,3 e 89,2 toneladas por
hectare, respectivamente (SANTOS, 2005).
À medida que se aumentou a quantidade de água aplicada (irrigação +
precipitação), houve incrementos positivos de produtividade até atingir um valor
máximo, (BERNARDO, 2006). Verifica-se que o incremento máximo de
produtividade, devido à irrigação foi 84 e 75 toneladas por hectare, para as
variedades RB72-454 e SP70-1011, respectivamente.
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MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Santa Rita da EPAMIG
Centro Oeste, localizada no município de Prudente de Morais, (latitude 19° 28’ S e
longitude 45° 15’ W, altitude de 732 m), cujo clima foi classificado, segundo Köppen,
como Cwa (clima mesotérmico, com verão quente e chuvoso). A temperatura média
anual é de 22,1ºC com a mínima de 10,7ºC, ocorrendo no mês de julho e máxima de
29,3ºC, no mês de fevereiro. A precipitação média anual é de 1.340 mm, sendo
1.155 mm de novembro a abril e 185 mm de maio a outubro. O solo é classificado
como Latossolo Vermelho Amarelo.
Para o tratamento químico do solo, foi realizado a análise do mesmo e baseado
no seu resultado foi efetuada calagem e aplicados 500 kg ha-1 do NPK 20-0-20 e 70
kg ha-1 de KC.
O sistema de irrigação realizado foi por aspersão com tubos enterrados. A
necessidade hídrica determinada para a irrigação da cultura foi obtida através dos
dados da estação meteorológica da Embrapa Milho e Sorgo, onde a lâmina a ser
aplicada era obtida a partir de uma planilha desenvolvida no programa Excel.
Adotou-se um turno de rega de dois e três dias e a lâmina acumulada foi
aplicada posteriormente na cultura. A cana-de-açúcar foi irrigada nos meses de abril,
maio e junho, sendo interrompida trinta dias antes do início da colheita.
O gráfico a seguir (Figura 1) apresenta as médias de temperatura e
precipitação, organizadas em períodos de 10 dias (Decêndios). O intervalo analisado
corresponde a todo o ciclo da cultura, iniciado em outubro de 2011 e com fim em
julho de 2012.
O período irrigado está compreendido nos decêndios 18 e 28. Neste período
observou-se uma temperatura média de 22,2 ºC e uma precipitação média de
2,36mm por decêndio, sendo a lâmina a ser aplicada calculada a partir desses
dados.
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A avaliação da produção de colmos foi feita de acordo com a metodologia
descrita por Gheller et al. (1999).
Para as avaliações de despalha, diâmetro do colmo, altura de planta,
florescimento, intensidade e extensão de chochamento (isoporização) foi retirado
uma amostra composta por 40 plantas inteiras do experimento e utilizou-se a
metodologia descrita no Manual da UFPR (1999), a determinação de Brix também
foi realizada a partir da amostra utilizando refratômetro.
Encerrado as avaliações descritas anteriormente, as amostras foram
submetidas a retiradas de folhas e de palhas (despontar), o colmo e a ponta foram
pesados e retirou-se uma amostra de cada parte para a realização de avaliações
químico-bromatológicas, sendo elas determinação de matéria seca (MS), proteína
bruta (PB), fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácido (FDA) e lignina.
Para isso, utilizou-se a metodologia citada por SILVA (1990).
Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados, com cinco
variedades de cana-de-açúcar de terceiro corte (SP80-1842, RB85-5536, IAC86-
2480, RB86-7515, RB83-5486), seis repetições, em dois ambientes irrigado e
sequeiro, conforme o modelo matemático:
Temperatura
Precipitação
11
Yijk = ụ + Ai + Bj(i) + Vk + (AV)ik + erroijk
Em que:
Yijk = variável de resposta, por ambiente e variedade
ụ = média geral da variável de resposta
Ai= efeito do i-ésimo ambiente (i= 1,2)
Bj(i) = efeito do j-ésimo bloco dentro do i-ésimo ambiente (j= 1,2,...,6)
Vk= efeito da k-ésima variedade (k= 1,2)
(AV)ik= efeito da interação ambiente x variedade
erroijk= efeito do erro experimental
Cada parcela experimental constou de 12 linhas de plantio espaçadas 1,40 e
12 m de comprimento. Foram avaliados o número de plantas, altura da planta,
diâmetro do colmo, chochamento, peso da planta inteira, produção total, teor de
sólidos solúveis (Brix) e porcentagem de matéria seca segundo Silva (1990).
A cana foi mantida livre da competição de plantas invasoras, sendo aplicado
herbicida recomendado para a cultura. Foi realizado o monitoramento de pragas e
doenças, bem como o controle das mesmas. O controle de formigas foi constante,
utilizando formicidas disponíveis no mercado.
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram
comparadas utilizando o Teste de Scott-Knott (P<0,05).
12
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as características agronômicas avaliadas, as médias do número de
plantas, produção do colmo, produção de matéria seca do colmo e da produção total
das variedades apresentaram interação entre ambientes e variedades (P<0,05)
(Tabela1).
O ambiente irrigado proporcionou maior número de plantas para a variedade
SP80-1842 e em sequeiro para a variedade RB85-5536.
A variedade RB85-5536 obteve maior produção de colmo, matéria seca do
colmo e produção total no ambiente sequeiro, não havendo efeito da irrigação. Esse
efeito observado pode ser atribuído ao período em que foi realizada a irrigação,
período de maturação da cana, em que necessita de teor mais baixo de água. De
acordo com o Agrianual (2008), a média geral de produção da região sudeste do
Brasil é de 81,75 toneladas de cana por hectare, o que demonstra a superioridade
das variedades SP80-1842 e RB85-5536 em relação à produção regional.
Produtividade superior (100,02 t/ha) foi encontrada por Tasso et al., (2011) para a
variedade RB85-5536 no entanto, essa maior produção pode ser atribuída ao fato de
ser cana-de-açúcar de primeiro corte.
Não houve interação significativa entre ambiente e variedade (P>0,05) para as
médias do teor de sólidos solúveis do caldo (Brix), altura de planta (m) e diâmetro de
colmo (mm). Para o Brix, a variedade SP80-1842 foi superior às demais no ambiente
irrigado. No ambiente sequeiro observou-se maior teor de para a variedade SP80-
1842, seguido das variedades RB85-5536, IAC86-2480 e RB83-5486, sendo inferior
na variedade RB86-7515. Para a produção de MS do colmo (t ha-1), foram
verificados os maiores valores para as variedades SP80-1842 e RB85-5536 para os
dois ambientes, sendo que em ambiente sequeiro a RB85-5536 foi superior.
As maiores alturas de plantas foram observadas nas variedades SP80-1842 e
RB85-5536, tanto no ambiente irrigado como no sequeiro. Com relação ao diâmetro
de colmo, as maiores médias foram observadas nas variedades RB86-7515 e RB83-
5486.
Foi observado ausência de chochamento nos colmos avaliados.
13
Tabela 1 - Médias da interação ambiente x variedade para número de plantas,
produção do colmo, produção de matéria seca (MS) do colmo e produção total das
variedades de cana-de-açúcar SP80-1842, RB85-5536, IAC86-2480, RB86-7515 e
RB83-5486 em ambiente irrigado e sequeiro.
Ambiente Variedades Erro CV (%)
SP80- 1842 RB85- 5536 IAC86- 2480 RB86- 7515 RB83-5486
Número de plantas
Irrigado 101aA 83bB 72cB 66cA 76bA 1,36 10,53
Sequeiro 89bB 101aA 87bA 65cA 68cA
1Altura de planta, m
Irrigado 2,67a 2,28b 1,86c 1,91c 1,91c 12,44 0,04
Sequeiro 2,62a 2,61a 1,92b 1,84b 1,68b
Produção de colmo, t ha-1
Irrigado 72,27aA 45,27bB 33,87cB 47,06bA 51,27bA 2,21 16,02
Sequeiro 67,14bA 81,36aA 52,87cA 48,71cA 41,29cA
1Diâmetro de colmo, mm
Irrigado 22,56c 23,81c 24,99b 29,28a 25,01b 0,33 6,34
Sequeiro 23,81b 24,80b 24,26b 28,76a 25,70b
Produção MS colmo, t ha-1
Irrigado 18,72aA 11,12bB 7,71cB 10,60bA 12,11bA 2,21 22,10
Sequeiro 18,79aA 20,64aA 12,05bA 11,55bA 10,28bA
Produção total, t ha-1
Irrigado 89,13aA 62,87bB 43,55cB 56,29bA 63,17bA 2,52 20,56
Sequeiro 81,72bA 96,52aA 62,79cA 57,19cA 50,50cB
1Brix, °
Irrigado 22,05a 20,13b 19,32b 19,77b 20,75b 0,21 4,62
Sequeiro 22,27a 20,51b 20,44b 19,18c 20,68b
1Interação não significativa a 0,05 de probabilidade. Médias seguidas da mesma letra minúscula na
linha e maiúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste de Scott-Knott (P<0,05).
14
Os dados das análises de matéria seca (MS), proteína bruta (PB) apresentaram
interação entre ambientes e variedades (P<0,05) (Tabela2).
A variedade SP80-1842 apresentou maior teor de MS (P<0,05) em relação às
demais variedades em ambiente irrigado. No ambiente sequeiro, apenas a variedade
IAC86-2480 apresentou menor teor em relação às demais. As variedades RB85-
5536, RB86-7515 e RB83-5486 apresentaram maior teor de MS em ambiente
sequeiro (P<0,05) em relação ao irrigado.
As variedades RB86-7515 e RB83-5486 não tiveram influência do ambiente na
PB (% da MS). Os maiores valores foram encontrados para a variedade IAC86-2480
em ambiente irrigado.
As variáveis fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA)
e lignina não apresentaram interação entre ambientes e variedades (P>0,05). A FDN
não teve diferença para as variedades em ambiente irrigado. Em ambiente sequeiro
os maiores valores foram para as variedades RB86-7515, RB83-5486, RB85-5536,
já as variedades SP80-1842 e IAC86-2480 apresentaram menores valores.
A FDA não apresentou diferença em ambiente sequeiro entre as variedades
(P>0,05). As variedades RB85-5536, IAC862480 e RB835486 apresentaram os
menores teores em relação às demais em ambiente irrigado. Valores semelhantes
de MS, FDN e FDA foram encontrados por Freitas et al. (2006), para a variedade
SP80-1842 (26,48; 55,66; 34,63) quando comparados ao ambiente irrigado no
presente trabalho e de FDN e FDA para a variedade RB83-5486 (53,53; 30,18),
utilizando diferentes genótipos de cana soca de segundo corte.
15
Tabela 2. Teores de matéria seca (MS), Proteína Bruta (PB), Fibra em detergente
neutro (FDN), Fibra em detergente ácido (FDA) e Lignina das variedades de cana-
de-açúcar SP80-1842, RB85-5536, IAC86-2480, RB86-7515 e RB83-5486 em
ambiente irrigado e sequeiro
Ambiente
Variedades
Erro CV (%) SP80-1842
RB85-5536
IAC86-2480
RB86-7515
RB83-5486
MS, % da MN
Irrigado 25,76aA 24,57bB 22,97cA 24,66bB 24,36bB
0,24 3,27 Sequeiro 26,25aA 26,04aA 24,00bA 26,46aA 25,77aA
PB, % da MS
Irrigado 2,72bA 2,96bA 3,63aA 2,67bA 2,42bA
0,021 14,35 Sequeiro 2,10aB 2,17aB 2,46aB 2,41aA 2,34aA
FDN, % da MS1
Irrigado 55,16a 53,45a 51,86a 57,34a 53,84a
0,6 6,11 Sequeiro 49,68b 52,59a 48,45b 54,96a 52,73a
FDA, % da MS1
Irrigado 32,73a 28,29b 28,47b 30,96a 29,32b
0,1 8,32 Sequeiro 28,57a 29,19a 27,37a 32,07a 30,24a
Lignina, % da MS1
Irrigado 4,44a 3,96a 3,79a 4,05a 3,11b 0,14 20,91
Sequeiro 4,05a 4,00a 3,91a 4,12a 3,30a
1Interação não significativa a 0,05 de probabilidade. Médias seguidas da mesma letra minúscula na
linha e maiúscula na coluna não diferem entre si pelo Teste de Scott-Knott (P<0,05).
A variedade RB83-5486 apresentou o menor teor de lignina em relação às
demais em ambiente irrigado. No ambiente sequeiro não houve diferença entre as
variedades (P>0,05).
16
O menor teor de FDN, o maior valor de Brix e produção total para a variedade
SP80-18942, podem ser indicativos de qualidade da variedade para sua utilização
na alimentação de bovinos, entretanto a irrigação não afetou as características
produtivas e qualitativas.
17
CONCLUSÕES
A irrigação no período inicial de maturação não favorece as características
agronômicas e bromatológicas das variedades de cana-de-açúcar avaliadas.
As variedades SP80-1842 e RB85-5536 destacam-se das demais por
apresentarem maior potencial produtivo.
A cana-de-açúcar responde positivamente á irrigação.
18
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