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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica MARALISE PERÍGOLO DE OLIVEIRA Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica Recife 2014

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica

MARALISE PERÍGOLO DE OLIVEIRA

Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica

Recife

2014

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MARALISE PERÍGOLO DE OLIVEIRA

Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação

biológica

Tese de Doutorado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Inovação

Terapêutica, da Universidade Federal de

Pernambuco, para a obtenção do Título de

Doutor em Inovação Terapêutica

Orientador: Prof. Dr. Ivan da Rocha Pitta

Co-orientador: Prof. Dr. Jean Luc Décout

Recife

2014

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Catalogação na fonte

Elaine Barroso CRB 1728

Oliveira, Maralise Perígolo de Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica/ André Seco Marques da Silva– Recife: O Autor, 2014. 289 folhas : il., fig., tab.

Orientador: Ivan da Rocha Pitta Coorientador: Jean Luc Décout Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco.

Centro de Ciências Biológicas. Inovação Terapêutica, 2014. Inclui referências e apêndice

1. Agentes antivirais 2. Nucleosídeos 3. AIDS I. Pitta, Ivan da

Rocha (orientador) II. Décout, Jean Luc (coorientador) III. Título 615.5 CDD (22.ed.) UFPE/CCB-2016-180

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica

REITOR:

Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado

VICE-REITOR:

Prof. Silvio Romero de Barros Marques

PRÓ-REITOR PARA ASSUNTOS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO:

Prof. Francisco de Souza Ramos

DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS:

Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva

VICE-DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS:

Profa. Oliane Maria Correia Magalhães

COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO

TERAPÊUTICA:

Prof. César Augusto Souza de Andrade

VICE-COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

INOVAÇÃO TERAPÊUTICA:

Prof. Luiz Alberto Lira Soares

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Nome: Oliveira, Maralise Perígolo

Título: Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica

Tese apresentada à Universidade Federal de Pernambuco para obtenção do

título de Doutor em Inovação Terapêutica

Aprovada em: 22 / 12 / 2014

Banca Examinadora

Prof. Dr. Ivan da Rocha Pitta

Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco

Assinatura:_________________________________________________

Prof. Dr. Jean-Luc DECOUT

Instituição: Université Jouseph Fourié

Assinatura:_________________________________________________

Profa. Dra. Marina da Rocha Pitta

Instituição: Universidade Federal de Pernambuco

Assinatura:_________________________________________________

Prof. Dr. Francisco Jaime Bezerra Mendonça Junior

Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco

Assinatura:_________________________________________________

Profa. Dr. Ricardo José Alves

Instituição: Universidade F ederal de Minas Gerais

Assinatura:_________________________________________________

Prof. Dr. Antônio Rodolfo de Faria

Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco

Assinatura:_________________________________________________

Prof. Dra. Ana Cristina Lima

Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco

Assinatura:_________________________________________________

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Mauro Maurício e Maria das Graças, que sempre estiveram ao

meu lado e que são meus exemplos de vida.

Às minhas irmãs, Maise e Mauriane.

À minha filha Lina e meu esposo Amauri.

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AGRADECIMENTOS

Aos professores Doutores Jean Luc Décout, Suely Lins Galdino, Ricardo José

Alves, Ivan da Rocha Pitta, Maria do Carmo Alves de Lima, Vera Guarda pela

orientação, amizade, confiança, apoio e incentivos constantes para realização

deste trabalho e, sobretudo, pela inestimável contribuição à minha formação

acadêmico-científica e pessoal.

As professoras Doutoras Cláudia Simões e Maíra Galdino pela colaboração na

realização da avaliação da atividade biológica.

Aos meus amigos e colegas do Laboratório de Planejamento e Síntese de

Fármacos, do Departamento de Antibióticos da UFPE.

Aos meus amigos e colegas do Departément de Pharmacochimie Moleculaire

da UJF-Grenoble-França.

Ao amigo Lucas Lopardi pela amizade e importante contribuição na realização

dos experimentos de RMN.

A amiga Aline pela contribuição na realização do experimento de

espectrometria de massa.

As minhas amigas Carol e Flavi pelo apoio e momentos que passamos juntas

durante o doutorado sanduíche em Grenoble-França.

À Dominique pelo carinho, apoio e amizade. Agradeço por fazer parte da minha

história.

Aos meus amigos, colegas e professores do Laboratório de Química

Farmacêutica, da Escola de Farmácia da UFMG: Lucas, Ana Carolina,

Stefânia, Flaviano, Bruno, Marcela, Saulo Andrande, Saulo, Thiago, Raquel,

Dayara, Aline, Luan, professoras Renata e Thaís por me receber de braços

abertos, pelos ensinamentos, pelos agradáveis momentos e pela colaboração

direta ou indireta na realização de todas as etapas deste trabalho.

A todos aqueles não mencionados que, de alguma maneira, contribuíram de

forma direta ou indireta na finalização deste trabalho.

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RESUMO

A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença infecciosa e

desde que foi descoberta nos EUA, em 1981, a AIDS se espalhou rapidamente,

sendo considerada uma epidemia mundial caracterizada por uma

imunodeficiência severa, infecções oportunistas, neoplasia e um resultado fatal.

Apesar de já ser empregado a multiterapia anti-HIV, tal tratamento

farmacológico traz como inconveniente resistência já relatada aos antivirais e a

toxicidade provocada por esses fármacos. Dessa forma, é um desafio para os

pesquisadores a busca por fármacos mais eficazes e menos tóxicos.

A meta é minimizar o impacto dessa doença no Brasil e no mundo. Para tanto,

conhecendo-se as propriedades dos tionucleosídeos, objetivou-se, no presente

trabalho, a síntese, a caracterização e a avaliação da atividade antiviral e

antitumoral de novos análogos tionucleosídeos da 5-metiluridina. A síntese dos

análogos foi efetuada a partir de 2’,2-anidrotimidina. Reação deste composto

com 2-(trimetilsilil)etanotiol na presença de carbonato de potássio, seguida da

mesilação das hidroxilas de 3’ e 5’ forneceu o derivado dimesilado

correspondente que, por reação com benzoato de sódio forneceu o

tionucleosídeo 2’, 3’-didesidro correspondente, benzoilado em C-5’. Remoção

do grupo benzoíla com hidróxido de potássio/metanol forneceu o nucleosídeo

insaturado 2’,3’-didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-trimetilsilil)etiltio)timidina.

Substituindo-se o 2-(trimetilsilil)etanotiol pelo tiometóxido de sódio o

tionucleosídeo insaturado correspondente foi obtido. Quando o derivado anidro

foi submetido a reação com hidreto de sódio em DMF, seguida da reação do

epóxido formado com 2-(trimetilsilil)etanotiol, obteve-se um intermediário de

configuração D-xilo, contendo a cadeia sulfurada em C-3’. Reação desse

composto com carbonato de difenila em DMF, em presença de bicarbonato de

sódio forneceu o derivado 2’,3’-insaturado correspondente, contendo o grupo

fenoxicarbonila em C-5’. Esse intermediário foi convertido no tionucleosídeo

insaturado correspondente de forma semelhante à descrita para a obtenção de

2’,3’-didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-trimetilsilil)etiltio)timidina. Também nesse

caso, a substituição de 2-(trimetilsilil)etanotiol pelo tiometóxido de sódio levou,

ao final da síntese, ao tionucleosídeo insaturado contendo o grupo metiltio em

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C-3’. Os produtos finais e alguns intermediários foram avaliados em testes de

atividade citotóxica contra linhagem de células tumorais A549 (linhagem

humana de câncer de pulmão). O intermediário 2’, 3’-didesidro benzoilado em

C-5’ e derivado 2’,3’-insaturado contendo o grupo fenoxicarbonila em C-5’

destacaram-se entre os mais ativos da série, apresentando, respectivamente

CC50 32,8 µM e 85,5 µM. Os testes de atividade contra o herpes vírus simplex

humano tipo I (HSV-I) estão em andamento. Os testes contra o HIV serão

realizados oportunamente.

Palavras-chave: nucleosídeos, tionuclesídeos, HIV, AIDS.

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ABSTRACT

Acquired immune deficiency syndrome (AIDS) is an infectious disease and

since its discovery in the USA in 1981, AIDS has spread rapidly and is

considered a global epidemic characterized by severe immunodeficiency,

opportunistic infections, cancer and a fatal outcome. Despite being already

employed an anti-HIV multi-therapy, pharmacotherapy has drawbacks like viral

resistance to antiviral drugs and drug toxicity. Thus, it is a challenge for

researchers the search for more effective and less toxic drugs.The goal is to

minimize the impact of this disease in Brazil and worldwide. To that end,

knowing the properties of thionucleosides, the aim of the present work was the

synthesis, characterization and evaluation of antiviral and antitumor activity of

novel thionucleosides analogues of 5-methyluridine. Analogues synthesis was

performed from 2', 2-anhydrothymidine. Reaction of this compound with 2-

(trimethylsilyl)ethanethiol in the presence of potassium carbonate, followed by

mesylation of hydroxyl groups at 3' and 5' provided the corresponding

mesylated derivative, which, by reaction with sodium benzoate, provided the

corresponding 2',3'-didehydro, benzoylated at C-5'. Removal of benzoyl group

with potassium hydroxide/methanol gave the unsaturated nucleoside 2',3'-

didehydro-2',3'-dideoxy-2'-(2-trimethylsilyl)ethylthio)thymidine. Replacing 2-

(trimethylsilyl)ethanethiol by sodium thiomethoxide, the corresponding

unsaturated thionucleoside was obtained. When the anhydro derivative was

subjected to reaction with sodium hydride in DMF, followed by reaction of the

epoxide formed with 2-(trimethylsilyl)ethanethiol, a D-xylo intermediate, with the

side chain at C-3' was obtained. Reaction of this compound with diphenyl

carbonate in DMF in the presence of sodium bicarbonate provided the

corresponding 2',3'-unsaturated derivative containing phenoxycarbonyl group at

C-5'. This intermediate was converted to the corresponding unsaturated

thionucleoside in a similar way to that described to obtain 2', 3'-didehydro-2',3'-

dideoxy-2'- (2-trimethylsilyl)ethylthio)thymidine. Also in this case, replacing 2-

(trimethylsilyl)ethanethiol by sodium thiomethoxide led to the unsaturated

thionucleoside containing methylthio group at C-3'. Final and some intermediate

compounds were evaluated for cytotoxicity activity against tumor cell line A549

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(human lung cancer strain). 2',3'-didehydro thionucleoside benzoylated at C-5'

and 2',3'-unsaturated thionucleoside containing phenoxycarbonile group at C-5'

derivative were the most active compounds in this series, presenting CC50

values of 32.8 µM and 85.5 µM, respectively. Tests for antiviral activity against

human herpes simplex virus type I (HSV-I) are in progress. Anti-HIV screening

will be conducted in the near future.

.

Keywords: nucleosides, unsaturated thionucleosides, HIV, AIDS.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. As 10 principais causas de mortes no mundo em 2012 (WHO, 2014)

......................................................................................................................... 27

Figura 2. Estimativa do número de pessoas vivendo com AIDS em 2013

(UNAIDS, 2014) ............................................................................................... 28

Figura 3. Ciclo de vida resumido da replicação do vírus do HIV (Barbosa, AN

2013) ................................................................................................................ 31

Figura 4.Estrutura da subunidade p66 e p51 e subdomínios da transcriptase

reversa (L.MENEDEZ-ARIAS, 2010) ................................................................ 35

Figura 5. Incorporação de nucleotídeos e análogos de nucleotídeos naturais-

Síntese e bloqueio da síntese de DNA viral ..................................................... 37

Figura 6. Fármacos anti-HIV – análogos de nucleosídeos inibidores da

transcriptase reversa ........................................................................................ 39

Figura 7. Fármacos anti-HIV – análogos de nucleotídeos inibidores da

transcriptase reversa ........................................................................................ 39

Figura 8. Fármacos anti-HIV – análogos não- nucleotídeos inibidores da

transcriptase reversa ........................................................................................ 40

Figura 9. Estrutura do tionucleosídeo lamivudina e estavudina ...................... 41

Figura 10. Composto 67 ................................................................................... 59

Figura 11. Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a

partir do 66 ....................................................................................................... 77

Figura 12. Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a

partir do 65 ....................................................................................................... 77

Figura 13. Espectro de RMN 13C de 63 usando a técnica J-Mod ..................... 78

Figura 14. Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) RMN 13C (100 MHz,

CDCl3) do composto obtido após recristalização do derivado 84 ..................... 96

Figura 15. Comparação das constantes de acoplamento para os compostos 88

e 76 ............................................................................................................... 103

Figura 16. Espectro de RMN para a tentativa de síntese do composto 81 a

partir de 79 ..................................................................................................... 108

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Figura 17. Comparação das bandas no infravermelho dos compostos 102 e

produto formado na reação de cicloadição .................................................... 121

Figura 18. Compostos 104 e 105 .................................................................. 122

Figura A.1 Espectro no IV de 61 .................................................................... 180

Figura A.2 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 61 ....................... 181

Figura A.3 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 61 .... 182

Figura A.4 Espectro no IV de 13 .................................................................... 183

Figura A.5 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 13 ....................... 184

Figura A.6 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 13........................185

Figura A.7 Espectro de RMN J-Mod (100 MHz, CDCl3) de 13 ...................... 186

Figura A.8 Espectro no IV de 64 .................................................................... 187

Figura A.9 Espectro de RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ........................ 188

Figura A.10 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, DMSO-d6) e DEPT 135 de 64

....................................................................................................................... 189

Figura A.11 Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ............ 190

Figura A.12 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ........... 191

Figura A.13 Mapa de contornos HMBC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ............. 192

Figura A.14 Espectro no IV de 15 .................................................................. 193

Figura A.15 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 15 ...................... 194

Figura A.16 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 15 ..................... 195

Figura A.17 Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 15

....................................................................................................................... 196

Figura A.18 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 15 ................. 197

Figura A.19 Espectro no IV de 68 ................................................................. 198

Figura A.20 Espectro no IV de 23 .................................................................. 199

Figura A.21 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 23 ................ 200

Figura A.22 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 23 .................. 201

Figura A.23 Espectro no IV de 25 .................................................................. 202

Figura A.24 Espectro de RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 25 ...................... 203

Figura A.25 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 25 .................. 204

Figura A.26 Espectro no IV de 16 .................................................................. 205

Figura A.27 Espectro de Massas por IES de 16 (M = 530) ............................ 205

Figura A.28 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 16 ....................... 206

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Figura A.29 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 16 ....................... 207

Figura A.30 Espectro no IV de 65 .................................................................. 208

Figura A.31 Espectro de Massas por IES de 65 (M = 582) ............................ 208

Figura A.32 Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) de 65 .......................... 209

Figura A.33 Espectro de RMN de 13C (50MHz, CDCl3) de 65.........................210

Figura A.34 Espectro no IV de 63 .................................................................. 211

Figura A.35 Espectro de Massas por IES de 63 (M = 460) ............................ 211

Figura A.36 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 63 ...................... 212

Figura A.37 Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) de 63 .......................... 213

Figura A.38 Mapa de contornos COZY (400 MHz, CDCl3) de 63 ................... 214

Figura A.39 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 63 . ................ 215

Figura A.40 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 63 .................. 216

Figura A.41 Espectro no IV de 75 .................................................................. 217

Figura A.42 Espectro de Masas por IES de 75 (M=356) ................................ 217

Figura A.43Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) e RMN de 13C de 75 218

Figura A.44 Espectro no IV de 70 ................................................................. 219

Figura A.45 Espectro de Massas por IES de 70 (M=288) ............................. 219

Figura A.46 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 70 ................ 220

Figura A.47 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, DMSO-d6) de 70 ............... 221

Figura A.48 Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 70 ............ 222

Figura A.49 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 70 .......... 223

Figura A.50 Espectro no IV de 71 ................................................................. 224

Figura A.51 Espectro de Massas por IES de 71 ............................................ 224

Figura A.52 Espectro de RMN de 13C(400 MHz, DMSO-d6) de 71 ................ 225

Figura A.53 Espectro no IV 72 ...................................................................... 226

Figura A.54 Espectro de Massas por IES de 72 (M=374) ........................... 226

Figura A.55 Espectro no IV de 73 ................................................................. 227

Figura A.56 Espectro de Massas por IES de 73 (M=270) ............................. 227

Figura A.57 Espectro no IV de 74 ................................................................. 228

Figura A.58 Espectro de Massas por IES de 74 (M=374) .............................. 228

Figura A.59 Espectro no RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 74 ..................... 229

Figura A.60 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT de 74 ....... 230

Figura A.61 Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 74 231

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Figura A.62 Espectro no IV de 84 ................................................................. 232

Figura A.63 Espectro de Massas por IES de 84 (M=476).............................. 232

Figura A.64 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 84 ...................... 233

Figura A.65 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod de 84 ...... 234

Figura A.66 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 84 .................. 235

Figura A.67 Mapa de contornos HMQC e expansão(400 MHz,CDCl3) de 84 236

Figura A.68 Espectro no IV de 86 ................................................................. 237

Figura A.69 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 86 ..................... 238

Figura A.70 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 86 ...................... 239

Figura A.71 Espectro no IV de 87 .................................................................. 240

Figura A.72 Espectro de Massas por IES de 87 (M=739) ............................. 240

Figura A.73 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 87 ...................... 241

Figura A.74 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod de 87 ..... 242

Figura A.75 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 87 .................. 243

Figura A.76 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCL3) de 87 ................ 244

Figura A.77 Espectro no IV de 76 ................................................................. 245

Figura A.78Espectro de Massas por IES de 76 (M=613) .............................. 245

Figura A.79 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 76 ..................... 246

Figura A.80 Espectro de 13C (100 MHz, acetona-d6) de 76 .......................... 247

Figura A.81 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 76 .................. 248

Figura A.82 Espectro no IV de 77 ................................................................. 249

Figura A.83 Espectro de Massas por IES de 77 (M= 716) ............................. 249

Figura A.84 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 77 ..................... 250

Figura A.85 Espectro no IV de 88 ................................................................. 251

Figura A.86 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 88 ..................... 252

Figura A.87 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 88 ..................... 253

Figura A.88 Mapa de contornos COSY e HMQC (400 MHz, CDCl3) de 88 ... 254

Figura A.89 Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 88 .................. 255

Figura A.90 Espectro no IV de 80 ................................................................. 256

Figura A.91 Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) de 80 .......................... 257

Figura A.92 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 80 .................... 258

Figura A.93 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 80 .................. 259

Figura A.94 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 80 ................. 260

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Figura A.95 Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 80 ................. 261

Figura A.96 Espectro no IV de 79 ................................................................. 262

Figura A.97 Espectro no IV de 75 ................................................................. 263

Figura A.98 Espectro de Massas por IES de 75 (M=288) ............................. 263

Figura A.99 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 75 ...................... 264

Figura A.100 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 75 ................... 265

Figura A.101 Espectro no IV de 89 ................................................................ 266

Figura A.102 Espectro de Massas por IES de 89 (M=288) ............................ 266

Figura A.103 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 89 .................... 267

Figura A.104 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 89 ................... 268

Figura A.105 Espectro no IV de 76 ................................................................ 269

Figura A.106 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 76 .................... 269

Figura A.107 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 76 ................... 270

Figura A.108 Espectro no IV de 82 ................................................................ 270

Figura A.109 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 102 .................. 271

Figura A.110 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 102 ................. 272

Figura A.111 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod 102 ........ 273

Figura A.112 Mapa de contorno HMQC (400 MHz, CDCl3) de 102 ................ 274

Figura A.113 Espectro no IV de 101 .............................................................. 275

Figura A.114 Espectro de RMN de 1H (200 MHZ, CDCl3) de 101 .................. 276

Figura A.115 Subespectro DEPT 135 de RMN 13C (50 MHz, CDCl3) de 101 277

Figura A.116 Espectro no IV de 105 .............................................................. 278

Figura A.117 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 105 .................. 279

Figura A.118 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 105

....................................................................................................................... 280

Figura A.119 Espectro no IV de 104 .............................................................. 281

Figura A.120 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 104 .................. 282

Figura A.121Espectro de RMN de 13C(100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 104

....................................................................................................................... 283

Figura A.122 Espectro no IV de 97 ................................................................ 284

Figura A.123 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 97 .................... 285

Figura A.124 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 97 ................... 286

Figura A.125 Espectro no IV de 98 ................................................................ 287

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Figura A.126 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 98 .................... 288

Figura A.127 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 98 ................... 289

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Fármacos e Medicamentos antiretrovirais correspondentes

registrados pelo FDA, de 1907 a 2013 ........................................................... 33

Tabela 2. Comparação entre os deslocamentos químicos de H-1’, H-3’, H-5’, C-

2’ e C-3’ das substâncias 15 e 63 .................................................................... 74

Tabela 3. Comparação entre os deslocamentoss químicos de H-1’ a H-4’ e C-1’

a C-4’ de 15 e 74 .............................................................................................. 92

Tabela 4. Comparação dos deslocamentos químicos de H-5’, -COOO- para os

compostos 74, 75 e 12 ..................................................................................... 95

Tabela 5. Avaliação biológica na série dos nucleosídeos saturados .............. 130

Tabela 6. Avaliação biológica na série dos nucleosídeos insaturados ........... 131

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LISTA DE ESQUEMAS

Esquema 1. Fosforilação do AZT por quinases celulares ................................ 38

Esquema 2. Conversão do 2-(trimetilsilil)etanotiol (TMSES) em dissulfetos

mistos ............................................................................................................... 43

Esquema 3. Síntese do nucleosídeo insaturado 2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-

(2’’-(trimetilsilil)etio)tiotimidina 17 ..................................................................... 44

Esquema 4. Síntese do nucleosídeo 19 ........................................................... 45

Esquema 5. Eliminação cis .............................................................................. 45

Esquema 6. Síntese de nucleosídeo insaturado 27 ......................................... 46

Esquema 7. Introdução do grupo ciano em posição 3’ e síntese de nucleosídeo

insaturado 30 .................................................................................................... 46

Esquema 8. Formação do nucleosídeo insaturado 33 via abertura do 2,2’-

anidro 32 .......................................................................................................... 47

Esquema 9. Fluxo de elétrons na reação de cicloadição [2 + 2] ...................... 48

Esquema 10. Formação de dicloroceteno in situ .............................................. 49

Esquema 11. Síntese da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona ................................ 50

Esquema 12. Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de

dicloroacetila em hexano .................................................................................. 50

Esquema 13. Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de

dicloroacetila e trietilamina em tetracloreto de carbono ................................... 51

Esquema 14. Cicloadição do limoleno com cloreto de dicloroacetila e

trietilamina ........................................................................................................ 51

Esquema 15. Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de

cicloadição fotoquímica a partir de 50 .............................................................. 52

Esquema 16. Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de

cicloadição fotoquímica a partir de 53 .............................................................. 53

Esquema 17. Obtenção de dissulfetos mistos a partir de 17 e formação do tiol

57 ..................................................................................................................... 55

Esquema 18. Esquema para a síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 ............... 56

Esquema 19. Esquema para a síntese de 17................................................... 57

Esquema 20. Esquema para a síntese de 63................................................... 57

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Esquema 21. Esquema para a síntese de 17 a partir de 15 ............................ 58

Esquema 22. Esquema para a síntese de 4 .................................................... 60

Esquema 23. Esquema para a síntese de 15 .................................................. 63

Esquema 24. Esquema para a síntese de 17 .................................................. 66

Esquema 25. Esquema para a síntese de 63 a partir da 5-metiluridina .......... 68

Esquema 26. Proposta de síntese para a obtenção do composto 63 ............. 71

Esquema 27. Esquema para a síntese de 63 a partir de 15 ............................ 72

Esquema 28. Proposta de eliminação trans para formação do composto 63 . 73

Esquema 29. Esquema para a síntese de 63 a partir de 65 ........................... 75

Esquema 30. Esquema para a síntese de 15 a partir da hidrólise de 63 ......... 78

Esquema 31. Esquema para a síntese de 72 .................................................. 80

Esquema 32. Esquema para a síntese de 70 .................................................. 80

Esquema 33. Esquema para a síntese de 73 a partir da hidrólise de 72 ........ 83

Esquema 34. Esquema para a síntese do nucleosídeo 75 e derivados .......... 89

Esquema 35. Esquema para a síntese de 74 .................................................. 91

Esquema 36. Esquema proposto para a obtenção do derivado insaturado

substituído em posição 3’ 75 ........................................................................... 93

Esquema 37. Esquema para a síntese de 84 e 75 .......................................... 94

Esquema 38. Composto obtido a partir da recristalização em metanol do

composto 84 .................................................................................................... 96

Esquema 39. Esquema proposto para a formação de 87 ............................... 99

Esquema 40. Esquema para a síntese de 78 ................................................ 101

Esquema 41. Proposta mecanística para a obtenção de 78 ......................... 102

Esquema 42. Esquema de síntese para o composto 78 a partir do nucleosídeo

77 ................................................................................................................. 105

Esquema 43. Esquema para a síntese do nucleosídeo insaturado 81 a partir de

80 ................................................................................................................. 106

Esquema 44. Esquema para a síntese do nucleosídeo insaturado 81 a partir de

79 .................................................................................................................. 107

Esquema 45. Esquema para a síntese de 82 ................................................ 109

Esquema 46. Esquema para a síntese de 89 ................................................ 110

Esquema 47. Proposta de síntese para a obtenção de nucleosídeos bicíclicos

....................................................................................................................... 115

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Esquema 48. Esquema de síntese para a obtenção de 100 ......................... 116

Esquema 49. Esquema de síntese para a obtenção de 101 ......................... 116

Esquema 50. Proposta de síntese para a obtenção de 90 ............................ 117

Esquema 51. Proposta de proteção da base para a obtenção do nucleosídeo

bicíclico 103 ................................................................................................... 118

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

[α]D Rotação específica

Acetona-d6 Acetona deuterada

AIBN Azobisisobutironitrila

Ar-H Hidrogênio Aromático

Ars Hidrogênios aromáticos

Bz Benzoíla

CC50 Concentração citotóxica 50%

CCD Comatografia em Camada Delgada

CDCl3 Clorofórmio deuterado

CNPq Consellho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico

COSY Correlation Spectroscopy

ET Estado de transição

δ Deslocamento químico

d dupleto

dd Dupleto duplo

DCA Ácido dicloroacético

DDT Ditiotreitol

DEPT Distortionless enchancement by polarization transfer

DMAP 4-Dimetilaminopiridina

DMF N,N-dimetilformamida

DMSO Dimetilsulfóxido

DMSO-d6 Dimetilsulfóxido deuterado

DMTrCl Cloreto de 4,4’-dimetóxitritila

DNA Ácido 2’-desoxiribonucléico

Eq Equivalente

FDA Food and Drug Administration

FF Faixa de Fusão

FM Fórmula Molecular

GPIT Grupo de Pesquisa em Inovação Terapêutica

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Hz Hertz

HIV Human Immunodeficiency Virus

HMBC Heteronuclear Multiple Bond Correlation

HMQC Heteronuclear Multiple Quantum Coherence

IES Ionização por Electrospray

INCA Instituto Nacional do Câncer

IV Infravermelho

J Constante de acoplamento escalar spin nuclear-spin nuclear

J-Mod Exponentially Damped J-Modulation Profile

LPSF Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos

m Multipleto

MHz Mega Hertz

MM Massa Molar

MsCl Cloreto de mesila

OMS Organização Mundial de Saúde

PBMCl Cloreto de p-metoxibenzila

RF Fator de Retenção

RMN 1H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio

RMN13C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono

RNA Ácido Ribonucléico

s Simpleto

t Tripleto

TBDPS Tert-butildifenilsilila

TMS Tetrametilsilano

TMSE 2-(Trimetilsilil)etanotiol

UJF Université Jouseph Fourié

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UFPE Universidade Federal de Pernambuco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 24

2 OBJETIVOS .............................................................................................. 25

2.1 Geral ...................................................................................................... 25

2.2 Específicos ............................................................................................ 25

3 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................... 26

3.1 AIDS ...................................................................................................... 26

3.1.1 Epidemiologia ........................................................................................ 27

3.2 HIV ........................................................................................................ 29

3.2.1 Ciclo de replicação do vírus HIV ........................................................ 30

3.3 A Terapêutica da AIDS .......................................................................... 32

3.3.1 Agentes antivirais utilizados contra HIV ............................................. 31

3.3.2 Enzima Transcriptase Reversa .......................................................... 35

3.3.3 Inibidores da Transcriptase reversa ................................................... 38

3.3.3.1 Inibidores análogos de nucleosídeos ............................................. 38

3.3.3.2 Inibidores análogos de nucleotídeos .............................................. 39

3.3.3.3 Inibidores não nucleosídeos ........................................................... 40

3.4 Nucleotídeos insaturados 2’,3’-didesoxi-2’-(2’’-(trimetilsilil)etiltio) timidina

e 2’,3’-didesoxi-3’-(2’’-(trimetilsilil)etiltio)timidina: intermediários chave para a

síntese de tionucleosídeos ............................................................................... 41

3.5 Síntese de nucleosídeos insaturados .................................................... 44

3.6 A reação de cicloadição [2 +2] .............................................................. 47

3.6.1 Síntese de Ciclobutanonas a partir de nucleosídeos insaturados ..... 51

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 54

4.1 CAPÍTULO 1Novos métodos de síntese de nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com substituinte alquiltio em posição 2’ ................................... 54

4.1.1 Apresentação ..................................................................................... 55

4.1.2 Plano de Síntese ............................................................................... 56

4.1.3 Resultados e discussão ..................................................................... 60

4.1.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 2’ ................................................................................................... 60

4.1.3.1.1 Síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 .........................................60

4.1.3.1.2 Síntese do sulfeto sililado 15 .................................................... 62

4.1.3.1.3 Tentativa de síntese do composto 17.........................................66

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4.1.3.1.4 Síntese do derivado insaturado 63 a partir da 5-metiluridina.....68

4.1.3.1.5 Síntese do derivado 63 a partir do composto 15 ...................... 71

4.1.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo tiometil em posição 2’........................................................................................................................79

4.1.4 Conclusão .......................................................................................... 84

4.2 CAPÍTULO 2 Síntese de nucleosídeos insaturados em 2’,3’ com substituinte alquilsulfeto em posição 3’ ............................................................ 86

4.2.1 Apresentação ....................................................................................... 87

4.2.2 Plano de Síntese ................................................................................... 88

4.2.3 Resultados e discussão ........................................................................ 91

4.2.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 3’ ......................................................................................................... 91

4.2.3.1.1 Síntese do derivado 74 .................................................................. 91

4.2.3.1.2 Síntese dos derivados insaturados ................................................ 93

4.2.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo tiometil em posição 3’................. .................................................................................................... 109

4.2.4 Conclusão........................................................................................... 112

4.3 CAPÍTULO 3 Reações de cicloadição com nucleosídeos insaturados em 2’,3’................. ................................................................................................ 113

4.3.1 Apresentação................ ..................................................................... 114

4.3.2 Plano de Síntese................ ................................................................ 115

4.3.3 Resultados e discussão................ ...................................................... 117

4.3.4 Conclusão........................................................................................... 125

4.4 CAPÍTULO 4 Avaliação Biológica................ ......................................... 126

5 PARTE EXPERIMENTAL................ ..................................................... 133

6 CONCLUSÕES................ ....................................................................... 171

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 172

APÊNDICE A – Espectro de RMN 1H, 13C, Espectro no infravermelho e Massas ....................................................................................................................... 179

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Introdução 24 ________________________________________________________________________

1 INTRODUÇÃO

A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença infecciosa,

e desde que foi descoberta nos EUA, em 1981, a AIDS se espalhou

rapidamente, sendo considerada uma epidemia mundial caracterizada por uma

imunodeficiência severa, infecções oportunistas, neoplasia e um resultado fatal

(BARRE-SINOUSSI et al., 1983). O tratamento farmacológico, apesar de já ser

empregado da multiterapia anti-HIV (CUNICO et al., 2008), traz como

inconveniente o fato da resistência viral aos antivirais e a toxicidade provocada

pelos fármacos. Dessa forma, é um desafio para os pesquisadores a busca de

moléculas mais eficazes e menos tóxicas, bem como a busca por novas

alternativas terapêuticas para o tratamento da AIDS.

Os nucleosídeos, foco de estudo deste trabalho de pesquisa, foram

introduzidos na terapêutica da AIDS a partir da década de 1980. Desde então,

contínuas e intensas pesquisas têm esclarecido, em parte, o mecanismo de

ação e os alvos biológicos desse grupo de moléculas, o que vem contribuindo

para a descoberta, o planejamento, identificação e preparação de novas

substâncias com propriedades antivirais.

Os nucleosídeos despertam o interesse de vários pesquisadores por

vários motivos. Dentre esses, merecem destaque: (i) apresentam um amplo

espectro de atividades biológicas, como atividades antivirais e antitumorais; (ii)

possuem diversos alvos biológicos: capacidade de interagir com o DNA, inibem

enzimas, com por exemplo, transcriptase reversa, integrase, e ribonucleotídeo

redutase.

Neste trabalho foram desenvolvidas novas moléculas nucleosídicas com

potencial atividade antiviral.

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Objetivos 25 ________________________________________________________________________

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Desenvolver novas moléculas para o tratamento da AIDS e câncer

através da síntese de análogos sintéticos de nucleosídeos naturais que

constituem o DNA, a partir da 5-metiluridina.

2.2 Específicos

Explorar a química do enxofre e do silício para obtenção de

nucleosídeos ativos a partir de 2-(trimetilsilil)etanotiol.

Desenvolver novas rotas de síntese para a obtenção dos nucleosídeos

insaturados em posição 2’,3’ e com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em

posição 2’.

Síntetizar nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com o grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio em posição 3’.

Síntetizar nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com o grupo

tiometil em posição 2’ e 3’.

Desenvolver nucleosídeos bicíclicos por meio da reação de

nucleosídeos insaturados com dicloroceteno, gerado in situ a partir de

cloreto de tricloroacetila ou cloreto de dicloroacetila, para a formação de

derivado de ciclobutanona em posição 2’,3’ do nucleosídeo.

Caracterizar as estruturas químicas por meio de técnicas

espectroscópicas como espectroscopia no infravermelho, ressonância

magnética nuclear de hidrogênio, de carbono 13 e espectrometria de

massas.

Avaliar a atividade antiviral e antitumoral dos derivados nucleosídeos

sintetizados.

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Revisão da Literatura 26 ________________________________________________________________________

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 AIDS

A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença

infecciosa, e desde que foi descoberta nos EUA, em 1981, a AIDS se espalhou

rapidamente, sendo considerada uma epidemia mundial caracterizada por uma

imunodeficiência severa, infecções oportunistas, neoplasia e um resultado fatal

(BARRE-SINOUSSI et al., 1983).

A doença é causada pelo vírus HIV (sigla em inglês para vírus da

imunodeficiência humana), que compromete o funcionamento do sistema

imunológico, impedindo-o de executar sua tarefa de proteger o organismo

contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus e parasitas) e contra

células cancerígenas. Com o progressivo comprometimento do sistema

imunológico, o corpo humano torna-se cada vez mais susceptível a doenças

oportunistas (VAISHNAV et al., 1991).

Somente no sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno o vírus do

HIV aparece em quantidade suficiente para causar a moléstia. Para haver a

transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no

organismo de outra. Isso pode acontecer durante a relação sexual, ao se

compartilhar seringas, agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de

sangue contaminado, no momento do parto e até durante a amamentação

(CUNICO et al., 2008).

Atualmente não existe uma vacina ou cura da AIDS, mas a introdução

da multiterapia anti-HIV em meados dos anos noventa melhorou

significativamente o prognóstico para pessoas infectadas com o acesso ao

tratamento. No entanto, existem desvantagens importantes relacionadas com

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Revisão da Literatura 27 ________________________________________________________________________

os fármacos utilizados, como por exemplo, a toxicidade, que limita a eficácia

desses tratamentos. Além disso, a elevada taxa de mutação do vírus e a sua

alta freqüência de recombinação, juntamente com a alta capacidade de

replicação viral (cerca de 109 partículas virais produzidas

por dia), promovem o surgimento de resistência viral aos medicamentos que,

eventualmente, pode levar à falência terapêutica anti-retroviral em pacientes

aderentes ao tratamento (ARIAS, 2010).

3.1.1 Epidemiologia

A AIDS está entre as 10 principais causas de morte durante a última

década no mundo. Foi a 6º doença, em 2012, responsável por mais 1,5

milhões (2,7%) de óbitos no mundo em 2012 e 2013 (Figura 1) (WHO, 2014).

No Brasil, a AIDS foi responsável por 11.896 óbitos em 2012 (Ministério da

Saúde, 2013).

Figura 1 As 10 principais causas de mortes no mundo em 2012 (WHO, 2014)

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Revisão da Literatura 28

________________________________________________________________________

Estima-se que, em 2013, 35 milhões de pessoas no mundo viviam com

HIV, que 2,1 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 1,5 milhões de

pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS (UNAIDS, 2014).

Na figura 2, encontra-se uma estimativa de pessoas vivendo com AIDS

em determinado país no ano de 2013 (UNAIDS, 2014). Os países mais

afetados pela doença são a África do Sul, Nigéria, Índia e o Kênia. No Brasil,

2% da população viviam com AIDS em 2013, assim como a Federação Rússia,

Etiópia e China.

Figura 2 Estimativa do número de pessoas vivendo com AIDS em 2013 (UNAIDS, 2014)

Dos 2,1 milhões de novas infecções por HIV que ocorreram em 2013, 15

países respondem por mais de 75%. Em todas as regiões do globo, a maior

carga da epidemia recai sempre sobre três ou quatro países. Na África sub-

sariana, por exemplo, apenas três países – Nigéria, África do Sul e Uganda –

respondem por 48% de todas as novas infecções por HIV (UNAIDS, 2014).

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Revisão da Literatura 29 ________________________________________________________________________

Enquanto não se descobre a cura efetiva para a AIDS, vários esforços

têm sido feitos para sua prevenção e controle, como por exemplo, pesquisas

para o desenvolvimento de novos fármacos.

Na tentativa de se desenvolver fármacos antivirais mais potentes e

menos tóxicos, os nucleosídeos têm despertado o interesse de vários

pesquisadores.

3.2 HIV

O HIV, devido a sua incapacidade de auto-replicação, precisa infectar

uma célula que servirá como hospedeira para produção de novos vírus. O HIV

é recoberto por um “envelope” protetor. No centro ou núcleo do HIV está a

parte mais importante do vírus, o genona ou material genético, acompanhado

de proteínas- as enzimas: integrase, protease e transcriptase reversa- que

aderem ao genoma e que realizam tarefas específicas para permitir que o vírus

se multiplique. Nesse material genético, composto de RNA, é que fica o “mapa”

contendo toda a informação necessária para a criação de novos vírus. O vírus

de RNA, que sofre uma transformação para DNA para ser integrado ao

genoma celular são chamados retrovírus. Por isso, os medicamentos para

combater o HIV são os anti-retrovirais (ARVs).

Os alvos de infecção pelo HIV em humanos são células que apresentam

receptores CD4 em suas superfícies, como macrófagos, e, principalmente, os

linfócitos T- auxiliar do sistema imunológico e que se encontram em circulação

na corrente sanguínea (BRITO, 2011). Tais receptores são glicoproteínas

monoméricas da superfamília das imunoglobulinas que apresentam 4 domínios

e são utilizados pelo HIV para adentrarem nas células alvo. Após infectar os

linfócitos T CD4+, o HIV terá grande capacidade de replicação, muito maior

que a capacidade do organismo humano de destruir as células infectadas.

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Revisão da Literatura 30 ________________________________________________________________________

Existem dois tipos de HIV, HIV-1 e HIV-2, com similaridade genômica de

apenas 40% (FERREIRA et al., 2010). O HIV-1 corresponde à estirpe viral

responsável pela maior epidemia mundial e é mais virulento e mutável que o

HIV-2, que causa a AIDS mais lentamente e está restrito, principalmente, à

África Ocidental (HILL et al., 2012).

Os ARVs interferem no ciclo de vida e nos caminhos que o HIV toma

para se replicar dentro da célula humana. Apesar de não conseguirem destruir

completamente o vírus, os fármacos impedem que as células infectadas

produzam novas partículas virais que podem, assim, infectar novas células

(SCHEFFER, 2008).

3.2.1 Ciclo de replicação do vírus

O processo de entrada do vírus HIV começa com interações de alta

afinidade da glicoproteína gp120 de superfície do vírus com a superfície dos

receptores CD4 das células do hospedeiro como linfócitos T e macrófagos.

Esta interação ocasiona mudanças conformacionais na gp120 que promove a

participação de co-receptores, principalmente CCR5 ou CXCR4. Para a

entrada do HIV na célula é necessária a ligação com estes co-receptores para

ativar mudanças conformacionais na membrana e posterior fusão. Estes

primeiros eventos ativam a glicoproteína trimérica gp41 que medeia a fusão

das membranas viral e celular. A fusão leva à injeção do capsídio do HIV à

célula e posterior liberação do seu material genético e de enzimas necessárias

para a replicação (Figura 3).

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Revisão da Literatura 31 ________________________________________________________________________

Figura 3 Ciclo de vida resumido da replicação do vírus do HIV (Barbosa, AN 2013)

Ocorre, então, a transcrição reversa do RNA genômico viral (formação

do DNA a partir do RNA pela ação da enzima transcriptase reversa do HIV),

que culmina na formação de uma dupla hélice de DNA viral. O DNA é

transportado para dentro do núcleo celular, onde sofre clivagens específicas e

é integrado ao DNA da célula do hospedeiro pela ação da enzima integrase. A

ativação da célula hospedeira resulta na transcrição do DNA em RNA

mensageiro, que é traduzido em proteínas virais. A enzima protease do HIV é

necessária neste passo para clivar a poliproteína viral precursora em proteínas

individuais maduras. O RNA e as proteínas virais agrupam-se na superfície

celular como um novo vírion e são liberados para infectar outra célula.

À medida que o vírus vai se replicando, o número de linfócitos T-CD4+ é

reduzido e o sistema imunológico torna-se fragilizado. Perante o potencial

catastrófico do vírus e partindo de conhecimentos acerca do mecanismo de

replicação viral, fármacos antiretrovirais foram propostos para o tratamento da

AIDS (GUIMARÃES, 2014).

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Revisão da Literatura 32 ________________________________________________________________________

3.3 A Terapêutica da AIDS

3.3.1 Agentes antivirais utilizados contra o HIV

Menos de 10 anos após a descoberta do vírus HIV, a primeira terapia

anti-retroviral foi utilizada. Depois desta data, diversos medicamentos ou

combinações de medicamentos foram introduzidos no protocolo da multiterapia

anti-HIV com o objetivo de melhorar a eficácia do tratamento e limitar os

fenômenos de resistência.

Cada etapa de replicação do vírus envolve um tipo de enzima que

constituem alvos para inibidores da replicação do HIV: transcriptase reversa,

protease, integrase. Assim, os inibidores podem ser classificados em seis

classes distintas baseadas em seu perfil molecular e mecanismo de resistência

(ARTS & HAZUDA, 2014).

-análogos nucleosídeos da transcriptase reversa,

-inibidores da transcriptase reversa não- nucleosídeos,

-inibidores da protease,

-inibidores da integrase,

-inibidores de fusão e

-antagonistas de correceptores.

De 1987 a 2013, foram aprovados mais 37 ARVs pelo FDA. O

desenvolvimento e a aprovação do uso dos anti-retrovirais, bem como

introdução da terapia combinada com ARVs ao longo dos últimos anos é

mostrado na tabela 1 (FDA, 2014).

Sabe-se que no ciclo de vida do HIV há outros alvos possíveis, além

dos alvos descritos e utilizados pelos fármacos atuais, o que tem possibilitado

inúmeras pesquisas, como os inibidores da maturação, caso do bevirimat.

Neste trabalho, o objetivo foi desenvolver inibidores nucleosídeos tendo

como alvo a enzima transcriptase reversa.

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Revisão da Literatura 33 ________________________________________________________________________

Sigla Princípio ativo Marca de referência Classe Data de

aprovação pelo

FDA

Empresa fabricante

AZT Zidovudina Retrovir ITRN 19/03/87 Glaxo SmithKline

ddI didanosina Videx ITRN 09/10/91 Bristol Myers-Squibb

ddC zalcitabina Hivid ITRN 19/02/92 Hoffmann-La Roche

d4T estavudina Zeritavir ITRN 24/06/94 Bristol Myers-Squibb

3TC lamivudina Epivir ITRN 17/11/95 Glaxo SmithKline

SQV saquinavir Invirase IP 06/12/95 Hoffmann-La Roche

RTV ritonavir Norvir IP 01/03/96 Abbott Laboratories

IDV indinavir Crixivan IP 13/03/96 Merck Sharp & Dohme

NVP nevirapina Viramune ITRNN 21/06/96 Boehringer Ingelheim

NFV nelfinavir Viracelt IP 14/03/97 Hoffmann-La Roche

SQV Saquinavir* Fortovase IP 14/03/97 Hoffmann-La Roche

DLV delavirdina Rescriptor ITRNN 04/04/97 Pharmaci & Upjohn

AZT+3TC Lamivudina+ zidovudina Combivir ITRN 17/09/97 Glaxo SmithKline

EFV evafirenz Stocrin ITRNN 21/09/98 Merck Sharp & Dohme

ABC abacavir Ziagen ITRN 17/12/98 Glaxo SmithKline

APV amprenavir Agenerase IP 15/05/99 Glaxo SmithKline

LPV Lopinavir + ritonavir Kaletra IP 15/09/00 Abbott Laboratories

ddiE Didanosina entérica Videx EC ITRN 31/10/00 Bristol Myers-Squibb

- Abacarvir + zidovudina

+ lamivudina

Trizivir Combinção de

classes

14/11/00 Glaxo SmithKline

TNV tenofovir Viread ITRN 26/10/01 Gilead Sciences

ATZ atazanacir Reyataz IP 20/06/03 Bristol Myers-Squibb

T20 enfuvirtida Fuzeon IF 13/03/03 Hoffmann-La Roche

- fosamprenavir Lexiva IP 20/10/03 Glaxo SmithKline

FTC emtricitabina Emtriva ITRN 02/07/03 Gilead Sciences

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- Abacavir + lamivudina Epzicon ITRN 02/08/04 Glaxo SmithKline

- Tenofovir +

emtricitabina

Truvada ITRN 02/08/04 Gilead Sciences

TPV tipranavir Aptivus IP 22/06/05 Boehringer Ingelheim

- Efavirenz+emtricitabina

+tenofovir

Atripla Combinações

de classes

12/07/06 Bristol Myers-Squibb

Gilead Sciences

- darunavir Prezista IP 23/06/06 Tipotec/ Johnson &

Johnson

- maraviroc Selzentry ICCR5 06/08/07 Pfizer

- raltegravir Insentress Ii 12/10/07 Merck Sharp & Dohme

NVP Viramune XR nevirapine ITRNN 25/03/11 Boehringer Ingeleim

- Emtricitabine, rilpivirine,

tenofovir disoproxil

fumarate

Complera Combinação de

classes

10/08/11 Gilead Sciences

- rilpivirine Edurant ITRNN 20/05/11 Tibotec Therapeutics

- Elvitegravir,

cobicistat,emtricitabine,

tenofovir disoproxil

fumarate

Stribild Combinação de

classes

27/08/12 Gilead Sciences

- dolutegravir Tivicay integras 13/08/13 GlaxoSmithKline

Tabela 1 Fármacos e Medicamentos antiretrovirais correspondentes registrados

pelo FDA, de 1987 a 2013

*Formulação do Saquinavir em cápsulas moles (gelatinosas)

ITRN- inibidor da transcriptase reversa análogo ao nucleosídeo

ITRNN- inibidor da transcriptase reversa não-análogo ao nucleosídeo

IP- inibidor da protease

IF- inibidor da fusão

Ii- inibidor da integrase

ICCR5-inibidor do receptor CCR5

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Revisão da Literatura 35 ________________________________________________________________________

3.3.2 Enzima Transcriptase Reversa

A transcriptase reversa tipo 1 (HIV-1) e tipo 2 (HIV-2) são enzimas

heterodiméricas compostas de duas subunidades derivadas de um processo

proteolítico de um precursor de poliproteína grande Gag-Pol. A HIV-1 TR é

composta de subunidades de 66 e 51 kDa, denominadas p66 e p51,

respectivamente (Figura 4).

A estrutura cristalográfica da enzima transcriptase reversa mostra que

ambas as subunidades contém 4 subdomínios comuns: “fingers” (resíduos 1-85

e 118-155) , “palm” (resíduos 86-117 e 156-236), “thumb” (237-318) e

“connection” (319-426) (Figura 4) (KOHLSTAEDT et al., 1992; JACOBO-

MOLINA et al., 1993; HUANG et al., 1998).

Figura 4 Estrutura da subunidade p66 e p51 e subdominios da transcriptase

reversa (L.MENÉDEZ-ARIAS, 2010)

Transcrição é um processo que envolve a conversão de

genoma de RNA viral de fita simples em DNA de cadeia dupla.

A transcriptase reversa do HIV-1 efetua o processo de transcrição viral.

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Revisão da Literatura 36 ________________________________________________________________________

A conversão do RNA viral em DNA viral fita dupla é um processo complexo

em que todas as etapas são catalisadas pela transcriptase reversa. A enzima

exerce um papel multifuncional com dois tipos de atividade polimerase do DNA.

A polimerase RNA dependente sintetiza uma cópia de DNA fita simples a

partir do RNA viral e a polimerase DNA dependente sintetiza a fita dupla de

DNA viral. A RNase H degrada a cadeia matriz de RNA. Durante a síntese da

cadeia de DNA fita simples, a transcriptase reversa se liga ao RNA matricial

formando um complexo binário. Esta etapa é seguida pela ligação de um

desoxiribonucleosídeo 5’- trifosfato (dNTP) para formar um complexo ternário.

Após uma interação não seletiva entre os dNTPs (desoxiadenosina,

despxiguanosina, desoxitimidina, desoxicitidina) e a enzima, uma segunda

seleção é realizada para que apenas um dNTP possa se ligar a outro

desoxiribonucleosídeo.

A incorporção e o posicionamento do nucleosídeo ao sítio ativo da enzima

provocam uma mudança conformacional de p66 e a função 3’-OH do

nucleosídeo natural da cadeia de DNA viral que está sendo sintetizada é então

idealmente posicionada para realizar o ataque nucleofílico ao átomo de fósforo

situado em posição 5’ do nucleotídeo conforme mostrado na figura 5.

A trancriptase reversa pode então se dissociar se a retrotranscripção é

terminada ou sofrer uma translocação a fim de continuar o crescimento da

cadeia de DNA viral.

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Revisão da Literatura 37 ________________________________________________________________________

Figura 5 Incoporação de nucleosídeos e análogos de nucleosídeos naturais- Síntese e

bloqueio da síntese de DNA viral

Durante o processo de transcrição realizado pela transcriptase reversa,

análogos de nucleosídeos naturais como, por exemplo, o AZT, pode ser

incorporado pela enzima à cadeia de DNA e bloquear a síntese de DNA viral.

Por não apresentar a função OH em posição 3’, os nucleosídeos não naturais

não se ligam a uma próxima unidade nucleotídica, não dando sequência ao

crescimento da cadeia de DNA a ser sintetizada (Figura 5).

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Revisão da Literatura 38 ________________________________________________________________________

3.3.3 Inibidores da Transcriptase Reversa

Três classes de fármacos anti-HIV são inibidores da transcriptase reversa:

-os análogos de nucleosídeo,

-os análogos de nucleotídeo e,

-os inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa.

3.3.3.1 Inibidores análogos de nucleosídeos

Para exibir efeitos terapêuticos através da inibição da biossíntese dos

ácidos nucléicos virais, os inibidores nucleosídeos modificados são

transformados in vivo em trifosfatos por ação das quinases celulares. Por

exemplo, o fármaco antiviral 3'-azido-2',3'-didesoxitimidina (AZT) 1 inibe a

transcrição reversa do HIV após fosforilação para conduzir ao correspondente

substrato 5'-trifosfato 2, como é mostrado no esquema 1.

Esquema 1 Fosforilação do AZT por quinases celulares.

Dentre os análogos de nucleosídeo, o AZT (Retrovir) foi o primeiro anti-

retroviral aprovado pelo FDA para o tratamento anti-HIV em 1987. Após

fosforilação pelas quinases celulares (Esquema 1), o fármaco entra em

competição com o substrato natural da enzima, e ao ser incorporado ao DNA

viral, impede o crescimento da cadeia dupla de DNA que está sendo

sintetizada pela transcriptase reversa. O DNA incompleto não é capaz de

assumir o controle do DNA da célula CD4 e produzir novas cópias do vírus.

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Revisão da Literatura 39 ________________________________________________________________________

Dentre os inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa alguns são

mostrados na figura 6.

Figura 6 Fármacos anti-HIV – análogos de nucleosídeos inibidores da

transcriptase reversa

3.3.3.2 Inibidores análogos de nucleotídeos

A primeira fosforilação é a etapa crucial para a formação dos metabólitos

ativos dos inibidores nucleosídeos. Muitas substâncias não apresentam

atividade devido à dificuldade de serem monofosforiladas. Com o intuito de

contornar este problema, vários análogos nucleotídeos, como adefovir e

tenofovir, foram sintetizados. Estes fármacos já possuem um grupo fosfato em

sua estrutura e necessitam de apenas duas fosforilações para impedirem a

transcrição do RNA em DNA e, portanto, impedir a replicação viral.

Os análogos de nucleotídeos em uso clínico são o adefovir (PMEA) e o

tenofovir (PMPA) (CUNICO et al., 2008) (Figura 7).

Figura 7 Fármacos anti-HIV – análogos de nucleotídeos inibidores da transcriptase

reversa

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Revisão da Literatura 40 ________________________________________________________________________

3.3.3.3 Inibidores não- nucleosídeos

Os inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa do HIV são

inibidores não competitivos que se ligam a um sítio alostérico da enzima. Como

resultado desta interação, o sítio ativo responsável pela formação da dupla

hélice de DNA tem sua mobilidade e flexibilidade restritas, que acarretam uma

drástica redução da eficiência da enzima.

Apenas 3 fármacos dessa classe tinham sido aprovados pelo FDA até

2010, nevirapina (Viramune®), delavirdina (Rescriptor®) e efavirenz (Sustiva®)

(Figura 8). Em 2011, outros dois fármacos foram aprovodos, nivirapine

(Viramune XR®) e rilpivine (Edurante®). Devido ao potencial destes fármacos,

são amplamentes usados como componentes da terapia anti-retrovial

altamente ativa. A nevirapina é inclusive um dos poucos fármacos utilizados

para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho.

Figura 8 Fármacos anti-HIV – análogos de não-nucleosídeos inibidores da

transcriptase reversa

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Revisão da Literatura 41 ________________________________________________________________________

3.4 Nucleosídeos insaturados 2’,3’-didesoxi-2’-(2’’-

(trimetilsilil)etiltio)timidina e 2’,3’-didesoxi-3’-(2’’-

(trimetilsilil)etiltio)timidina: intermediários chave para a

síntese de tionucleosídeos

As modificações químicas de nucleosídeos naturais e nucleotídeos

conduziram a um grande número de fármacos especialmente com atividade

antiviral e antitumoral (BERGSTROM et al., 1992; PÉRIGAUD et al., 2000; DE

CLERCQ et al., 2000; FISCHER et al., 2000; VERNEKAR et al., 2014;

TADEUSZ et al., 2014; SAUDI et al., 2014).

No campo dos nucleosídeos, nucleotídeos, e oligonucleotídeos, a

química do enxofre tem se desenvolvido significativamente, com vista à

obtenção de novos fármacos e substâncias úteis como ferramentas em estudos

biológicos (WNUK, 1993; YOKOYMA, 2000; CHAMBERT et al., 2002;

FERNANDEZ et al., 2001; JASAMAI et al., 2008; MOSSELHI et al., 2011;

KIKICHI et al., 2013; KANANOVICH et al., 2014).

A explosão de interesse em tionucleosídeos começou com a descoberta,

no início dos anos 1990, da Lamivudina-3TC 12 (Figura 9), que está entre os

mais potentes inibidores do HIV (Human Immunodeficiency Virus) e HBV

(Hepatitis B Virus) (PÉRIGAUD et al., 2000). Síntese de análogos de 3TC foi

amplamente desenvolvida, bem como atividades biológicas desses compostos

(WNUK, 1993; YOKOYAMA, 2000; CHAMBERT et al., 2002; FERNANDEZ et

al., 2001; WILSON et al., 1995; GUMINA et al., 2002)

Figura 9 Estrutura do tionucleosídeo lamivudina e estavudina

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Revisão da Literatura 42 ________________________________________________________________________

Tionucleosídeos também são ferramentas interessantes para os estudos

sobre os mecanismos enzimáticos (ROBINS, 1999; ROBINS et al., 1999;

COVÈS et al, 1996; LE HIR DE FALLOIS et al., 1997) e, quando são

incorporados ao RNA ou DNA, podem ser usados para o estudo da estrutura

dos ácidos nucléicos e suas funções, por exemplo, ou para o estudo do

mecanismo de catálise realizada por ribozimas (ECKSTEIN et al., 1996; GILLE

et al., 2005; KUMAR et al., 2013). Na pesquisa de nucleosídeos antivirais e

antitumorais, uma ou mais funções hidroxila da ribose e 2'-desoxirribose pode

ser substituída por uma função tiol ou as funções correspondentes do dissulfeto

misto que pode ser reduzida in vivo após a fosforilação, sendo que tais

nucleosídeos podem interferir com a biossíntese de ácidos nucléicos em

células virais e cancerosas (ROY et al., 2003; GERLAND et al., 2008).

A fácil oxidação de 2'-desoxi-2'-5'-difosfato tiouridina gerado in situ a partir

do correspondente 2'-propildisulfeto se mostrou in vitro, ser um potente inibidor

da ribonucleosídeo redutase 5'-difosfato (RDPR) por meio da reação da função

2'-tiol no sítio ativo (COVÈS et al.,1996; LE HIR DE FALLOIS et al., 1997).

Os nucleosídeos contendo dissulfetos mistos de alquila também

mostraram-se atividade antiviral e /ou antiproliferativa (ROY et al., 2003;

GERLAND et al., 2008). A fim de melhorar a síntese de nucleosídeos contendo

uma função tiol no açúcar de fácil oxidação e dos seus dissulfetos mistos, um

método de preparação de 2'-desoxi-2'-tionucleosídeos foi desenvolvido usando

como intermediário o nucleosídeo 2'-desoxi-2'-(2-(trimetilsilil)etiltio)timidina

(CHAMBERT et al., 2002; GERLAND et al., 2008; CHAMBERT et al., 2000;

GERLAND et al., 2007).

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Os nucleosídeos com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio (TMSES) são

eficientemente convertidos nos dissulfetos mistos correspondentes através de

reação com tetrafluoroborato de dimetila(metiltio)sulfônio (CHAMNBERT et al.,

2000) e/ou com cloretos de alquila e arila-sulfinila (GERLAND et al., 2007)

(Esquema 2). Os dissulfetos mistos podem ser reduzidos in situ, por exemplo,

com ditiotreitol (DTT), para conduzir ao correspondente tióis (COVÈS et al.,

1996). Este método foi aplicado para a síntese de dissulfetos mistos a partir do

nucleosídeo 2',3'-didesidro-2',3'-didesoxi-2'-(2-(trimetilsilil)etiltio)uridina, timina e

citidina.

Esquema 2 Conversão do 2-(trimetilsilil)etanotiol (TMSES) em dissulfetos mistos.

Os nucleosídeos 2'-desoxi-2'-(2-(trimetilsilil)etiltio) podem ser também

convertidos seletivamente com bons rendimentos para os correspondentes 2'-

tiocianatos, por tratamento com brometo de cianogênio (CHAMBERT et al.,

2002). Assim, a química dos nucleósidos TMSES permite a preparação de

diversas drogas potencialmente antivirais e /ou nucleosídeos antitumorais

(dissulfetos, tióis, sulfetos, tiocianatos).

.

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3.5 Síntese de nucleosídeos insaturados

A síntese de diversos nucleosídeos insaturados por meio da eliminação

trans ou cis catalisada por base tem sido descrita.

A eliminação trans pode ser efetuada com o grupo abandonador sob a

forma de um nucleosídeo cíclico anidro, mesila, halogênio ou éster (GUMINA et

al., 2001; CHONG et al., 2003; JEANNOT et al., 2002; Zhu et al., 2003).

Gerland e colaboradores, em 2007, sintetizaram o nucleosídeo insaturado

17 a partir do 2’-desoxi-2’-[(2-(trimetilsilil)etil)tio]timidina 15 em quatro etapas

(Esquena 3). A síntese foi realizada a partir da proteção seletiva da função

hidroxila na posição 5’ do nucleosídeo com cloreto de 4,4’-dimetóxitritila,

seguida da ativação da função hidroxila em 3’ com cloreto de mesila.

Posteriormente, na terceira etapa da síntese, foi realizada a desproteção em

meio ácido, e por fim a eliminação em meio básico, obtendo então o

nucleosídeo 17 com a insaturação em 2’,3’ e com a hidroxila em C-5’ livre

(Esquema 3).

Esquema 3 Síntese do nucleosídeo insaturado 2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-[(2”-

(trimetilsilil)etil)tio]timidina 17

A desidrohalogenação de 18 em meio alcalino realizada por Altona e

colaboradores, conduziu à formação do nucleosídeo insaturado 19 com o

átomo de cloro em posição 2’ (Esquema 4).

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Esquema 4 Síntese do nucleosídeo 19

A introdução de tiocarbamato em posição 3’ de 20 permitiu realizar a

eliminação cis. O ataque ao próton em posição 2’ foi efetuado de maneira

intramolecular, o que favoreceu a eliminação cis (Esquema 5) (MATSUDA et

al., 1991).

Esquema 5 Eliminação cis

Nucleosídeos 2’,3’ insaturados foram sintetizados de acordo com a

proposta de Discordia, 1996, a partir da convesão da 5-metiluridina no

intermediário nucleosídieo trimesilado 22, seguida da reação deste

intermediário com benzoato de sódio e introdução do átomo de bromo em

posição 2’ para, então, formação do composto insaturado 26 por meio da

redução com zinco (Esquema 6).

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Revisão da Literatura 46 ________________________________________________________________________

Esquema 6 Síntese de nucleosídeo insaturado 27

A introdução do grupo ciano em posição 3’ por abertura de epóxido e a

ativação da hidroxila sob a forma de mesilato foi realizada para a síntese do

nucleosídeo insaturado 2’,3’ com o grupo ciano ligado em posição 3’ do

nucleosídeo (Figura 7) (FAUL et al., 1997) .

Esquema 7 Introdução do grupo ciano em posição 3’ e síntese de nucleosídeo

insaturado 30

Em 1992, Czernecki e colaboradores, descreveram a síntese de um

derivado nucleosídeo insaturado em 2’,3’ à partir do nucleosídeo com ligação

dupla exocíclica em posição 3’. A formação do nucleosídeo insaturado ocorre

via abertura do 2,2’-anidro (Esquema 8).

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Revisão da Literatura 47 ________________________________________________________________________

Esquema 8 Formação do nucleosídeo insaturado 33 via abertura do 2,2’-anidro 32

3.6 A reação de cicloadição [2 +2]

A síntese orgânica utiliza as ciclobutanonas como intermediários

sintéticos em numerosas transformações, para atingir produtos de grande

importância biológica (WONG et al., 1986). A importância deste anel é ainda

maior quando se considera que ele pode entrar em uma síntese não só como o

meio, mas também como fim, pois se conhecem vários produtos naturais que

contêm esta unidade com as mais diversas propriedades biológicas (LIMA &

COELHO, 1997; ERNST & BELLUS, 1988). O método de escolha para a

formação de ciclobutanonas é a cicloadição [2+2] entre cetenos e olefinas.

A interpretação mecanística para a reação de cicloadição aponta uma

separação de carga e assincronia na formação das ligações no estado de

transição. Pode ocorrer uma maior ou menor assincronia, em função da

evolução da formação das ligações no estado de transição. Uma reação em

que as ligações se formem simultaneamente levaria a um ET com nenhuma, ou

muita pouca, separação de cargas. Em um outro caso extremo, onde exista a

antecipação muito grande da formação de uma das ligações em detrimento da

outra, pode haver a formação de intermediários iônicos dipolares. Moyano,

Pericas e Valenti, 1990, explicam o movimento eletrônico envolvido, como

mostrado no esquema 9.

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Revisão da Literatura 48 ________________________________________________________________________

Esquema 9 Fluxo de elétrons na reação de cicloadição [2+2]

Como pode ser visto no esquema 9, essa reação envolve quatro pares

de életrons, com dois processos diferentes que ocorrem simultaneamente

(embora não com a mesma velocidade) (LIMA & COELHO, 1996). No primeiro

processo, que é o mais avançado no estado de transição, ocorre um ataque

nucleofílico do orbital πy da ligação 3-4 sobre o carbono da carbonila do ceteno

(C1). O orbital πy da ligação 3-4 se transforma, então, em um orbital

deslocalizado entre C4, C3 e C1 e termina a reação como o orbital σ da ligação

1-4 na ciclobutanona. Essa transformação é acompanhada pela conversão da

ligação πy (1,5) carbono-oxigênio do ceteno em um par de életrons π

desemparelhados tanto no estado de transição quanto na ciclobutanona

formada. O segundo processo, que ocorre logo após desse estado de transição

é o ataque nucleofílico do orbital πy dos carbonos olefínicos (1,2) do ceteno

sobre o C3 do eteno, que ficou deficiente em elétrons no transcorrer da reação.

Esta última transformação é rapidamente visualizada no estado de transição,

onde este orbital está deslocalizado sobre C3. A deficiência eletrônica gerada

em C1 é compensada pela transformação do par de elétrons desemparelhados

πz do oxigênio do ceteno no orbital πz da ligação 1,5 na ciclobutanona (LIMA &

COELHO, 1996).

O que se observa na grande maioria das reações de cicloadição [2+2]

entre cetenos e olefinas é a ocorrência simultânea destes dois eventos, porém

sempre com alguma separação de carga e assincronia na formação das

ligações. São raros os casos em que a cicloadição [2+2] com cetenos não é

considerada uma reação concertada, podendo-se observar um intermediário

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Revisão da Literatura 49 ________________________________________________________________________

iônico dipolar (GHOSEZ et al., 1990).

Para a síntese de ciclobutanonas dois métodos de cicloadição [2+2]

podem ser empregados através da reação de olefinas com dicloroceteno

gerada in situ utilizando-se reagentes comerciais como os cloretos de dicloro- e

tricloroacetila. As diclorocetenos são bastante instáveis, polimerizam-se

facilmente e, por isso a necessidade de serem formadas in situ. Do ponto de

vista experimental, essa formação pode ser através de: (i) desidrohalogenação

de um haleto de dicloroacetila com uma amina como a trietilamina , ou (ii)

dehalogenação de um haleto de tricloroacetila com zinco ativado (Esquema

10).

Esquema 10 Formação de dicloroceteno in situ

Ambos os métodos possuem desvantagens. Aminas terciárias e/ ou sais

de amônio catalizam a decomposição de dicloroceteno. Por outro lado, os sais

de zinco gerados no método de dehalogenação com zinco polimerizam

algumas olefinas, tais como estireno, ciclopentadieno ou dihidropirano. Em

ambos os métodos, excesso de olefina ou haleto de ácido são geralmente

usados, no entanto, o rendimento para a formação de diclorobutanonas pode

ser baixo (KREPSKI & HASSNER, 1978).

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Revisão da Literatura 50 ________________________________________________________________________

A cicloadição tem sido amplamente estudada pela reação de olefina com

dicloroceteno geradas in situ a partir do cloreto de tricloroacetila e zinco ativado

(DOWD et al., 1995; KRESSKI & HASSNER, 1978; JEFFS et al., 1982; DOWD

e ZHANG, 1992).

A mesma metodologia foi aplicada por Neudeck e Brinker, em 2005, na

preparação da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona pela reação do naftaleno com

diclorocetena gerada in situ (Esquema 11).

Esquema 11 Síntese da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona

O segundo método para a obtenção de ciclobutanonas foi utilizado por

Grieco e colaboradores reagindo-se uma solução de dieno com cloreto de

dicloroacetila em hexano na presença de trietilamina (Esquema 12). O mesmo

método foi utilizado por Martyres e colaboradores (Esquema 13).

Esquema 12 Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de dicloroacetila em

hexano

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Revisão da Literatura 51 ________________________________________________________________________

Esquema 13 Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de dicloroacetila e

trietilamina em tetracloreto de carbono.

A cicloadição com dicloroceteno ao limoneno foi estudada por Mattos e

Kover, 1991, empregando-se também o cloreto de dicloroacetila e trietilamina.

Após obtenção da diclorociclobutanona, os autores realizaram a

desidroalogenação obtendo a ciclobutanona correspondente com bom

rendimento (Esquema 14).

Esquema 14 Cicloadição ao limoleno com cloreto de dicloroacetila e trietilamina

3.6.1 Síntese de ciclobutanonas a partir de

nucleosídeos insaturados

A aplicação de análogos de nucleosídeos na terapia antiviral tem sido de

grande importância nas últimas décadas (CLERCQ, 2007). Entretanto, a

emergência à resistência viral aos fármacos torna necessário o

desenvolvimento de novos análogos nucleosídeos mais potentes e menos

tóxicos. Na pesquisa de novos análogos nucleosídeos tem-se focado em

modificações no carboidrato.

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Revisão da Literatura 52 ________________________________________________________________________

Os análogos bicíclicos dos nucleosídeos naturais tem sido de grande

importância no desenvolvimento de novos agentes antivirais e, nos últimos

anos a reação de cicloadição fotoquímica [2+2] tem sido explorada para a

síntese destes compostos.

Alibés e colaboradores, 2006, realizaram a síntese de análogos

nucleosídeos bicíclicos contendo a ciclobutanona ligada em 2’,3’ do anel

furanose e analisaram o efeito do anel ciclobutanona na mobilidade

conformacional (Esquema 15).

A síntese realizada pela reação de cicloadição fotoquímica de 50 com

etileno em acetona à -20 ºC forneceu uma mistura separável de

diasteroisômeros.

Esquema 15 Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de clicloadição

fotoquímica

Flores e colaboradores, 2009, descreveram a síntese de um novo

azanucleosídeo. A estratégia dos autores foi a construção de um anel de

ciclobutanona usando a reação fotoquímica de uma lactama α,β insaturada

com etileno e subseqüente introdução da base.

Flores e colaboradores, 2011, empregaram a mesma metodologia e

realizaram cicloadição fotoquímica obtendo nucleosídeos bicíclicos a partir de

3-cloro e 2-fluoro-5-hidroximetil-2-(5H)-furanona e avaliaram o efeito do átomo

halogênio no processo da cicloadição (Esquema 16).

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Revisão da Literatura 53 ________________________________________________________________________

Esquema 16 Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de clicloadição

fotoquímica a partir de 53

Mais recentemente, LLUMÀ e colaboradores, em 2013, descreveram a

síntese e atividade antiviral de ciclobutanona e ciclobuteno por reação

fotoquímica.

A fim de obter nossos análogos nucleosídeos ativos, objetivou-se neste

trabalho a síntese de nucleosídeos bicíclicos por meio da reação de cicloadição

[2 +2] de nucleosídeos 2’,3’-insaturados com dicloroceteno gerada in situ.

.

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CAPÍTULO 1

Novos métodos de síntese de nucleosídeos

insaturados em posição 2’,3’ e com

substituinte alquiltio em posição 2’

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Objetivos 55 ________________________________________________________________________

4.1.1 Apresentação

A necessidade do desenvolvimento de novos agentes antivirais é

evidente diante da toxicidade e da resistência crescente à ação dos antivirais já

utilizados na multiterapia da AIDS.

Na pesquisa de novos nucleosídeos, a introdução de uma ligação dupla

em 2’,3’ do açúcar é importante para a inibição da enzima transcriptase

reversa. A ligação dupla é capaz de interagir ao nível do sítio ativo da enzima

favorecendo o reconhecimento do nucleosídeo pela enzima (CHO et al.,2003).

A maioria dos nucleosídeos insaturados ativos para a transcriptase

reversa contém uma dupla ligação em 2’,3’, como por exemplo o abacarvir e

d4T usados na multiterapia do tratamento da AIDS.

A presença do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 2’ também é

importante pois permite a obtenção de novos tionucleosídeos com potencial

antiviral. Os dissulfetos obtidos a partir deste grupo 56 podem levar a formação

in situ do tiol ativo 57 capaz de interagir com o sítio ativo da enzima.

Esquema 17 Obtenção de dissulfetos mistos a partir de 17 e formação do tiol 57

Considerando-se a necessidade de desenvolvimento de agentes

antivirais, o estabelecimento de rotas de sínteses relativamente curtas e

eficientes poderá levar a obtenção de uma variedade de novos análogos

antivirais.

Portanto, objetiva-se neste capítulo a síntese de novos nucleosídeos

antivirais e o desenvolvimento de novas rotas de síntese para a obtenção dos

nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com os grupos 2-(trimetilsilil)etiltio

e tiometil em posição 2’.

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Plano de Síntese 56 ________________________________________________________________________

4.1.2 Plano de Síntese

Para a síntese de análogos sintéticos dos nucleosídeos naturais que

constituem o DNA, propostos como inibidores potenciais da enzima

transcriptase reversa, foram planejadas novas rotas de síntese para a

formação dos nucleosídeos com insaturação em 2’,3’ e com o grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio em posição 2’ da desoxirribose, bem como a síntese do

nucleosídeo insaturado em 2’,3’ com o grupo tiometil em posição 2’.

Inicialmente, para a síntese dos nucleosídeos insaturados descrita neste

capítulo e no capítulo 2, foi planejada a síntese do 2-(trimetilsilil)etanotiol 13,

um composto que será introduzido em posição 2’ e 3’ da desoxirribose. Para a

obtenção de 13 foi proposta a redução do tioacetato 61 com hidreto de lítio e

alumínio (ANDERSON et al., 1988). O tioacetato 61 correspondente, seria

obtido por meio da reação de adição radicalar do ácido tioacético 60 ao

viniltrimetilsilano 59, utilizando-se o peroxibenzoato de terc-butila como

iniciador radicalar (SCHWAN et al., 1994) (Esquema 18).

Esquema 18 Esquema para a síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13

Para a obtenção do nucleosídeo insaturado 17 (Esquema 19), foi

proposta a síntese, em 4 etapas, a partir de 15 de acordo com o método

descrito (GERLAND, et al., 2007). A síntese seria realizada a partir da proteção

seletiva da função hidroxila na posição 5’ do nucleosídeo com cloreto de 4,4’-

dimetóxitritila, seguida da ativação da função hidroxila em 3’ com cloreto de

mesila. A próxima etapa seria a desproteção em meio ácido, e por fim a

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Plano de Síntese 57 ________________________________________________________________________

eliminação em meio básico, obtendo então o nucleosídeo com a insaturação

em 2’,3’ e com a hidroxila em C-5’ livre (Esquema 19).

Esquema 19 Esquema para a síntese de 17

Três novas rotas de síntese foram também planejadas para obtenção

dos nucleosídeos insaturados. A primeira rota de síntese foi proposta em 4

etapas a partir 5’-metiluridina 22 (DISCORDIA et al., 1996) (Esquema 20). A 5-

metiluridina 22 seria submetida à reação com cloreto de mesila, para mesilação

das 3 hidroxilas presentes na molécula, seguida da reação de substituição do

grupo mesilato pelo grupo benzoíla em C-5’ e formação do anidro em C-2’. A

terceira etapa seria realizada a partir da abertura do anel pelo 2-

(trimetilsilil)etanotiol 13, e por fim a eliminação em meio básico para obtenção

de 63.

Esquema 20 Esquema para a síntese de 63

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Plano de Síntese 58 ________________________________________________________________________

A segunda e terceira rota de síntese foram planejadas para obtenção do

nucleosídeo insaturado 63 a partir do nucleosídeo 15. Para a síntese do

intermediário 15, foi planejada a síntese do 2,2’-anidrotimidina 64, a partir da

reação da 5-metiluridina 22, obtida comercialmente, com carbonato de difenila

em DMF (HAMPTON & NICHOL, 1966) (Esquema 21). Uma vez obtido o

composto 64, este seria submetido à reação com 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 em

meio básico para obtenção de 15.

Esquema 21 Esquema para a síntese de 17 a partir de 15

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Plano de Síntese 59 ________________________________________________________________________

Em seguida, o intermediário 15 seria submetido à mesilação para

ativação das hidroxilas em 5’ e 3’, e posteriormente, seria realizada a reação do

composto 66 com benzoato de sódio em DMF. O composto 63 seria obtido por

reação com carbonato de potássio em acetonitrila (caminho a, Esquema 21).

Alternativamente, foi proposta a reação do intermediário 15 com anidrido

benzóico em piridina, e na etapa seguinte, a reação do composto 65 com

carbonato de potássio em DMF para obtenção de 63 (caminho b, Esquema

21).

Uma vez que o composto 63 seria obtido com o grupo benzoíla em C-5’,

planejou-se a hidrólise do éster em KOH e metanol para a obtenção de 17

(Esquema 21).

A síntese do nucleosídeo insaturado em 2’,3’ com o grupo tiometil em

posição 2’ 67 também foi planejada.

Figura 10 Composto 67

Para a obtenção de 67, uma das rotas de síntese planejada para a

obtenção do composto 63 seria adaptada.

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Resultados e Discussão 60 ________________________________________________________________________

4. 1.3 Resultados e Discussão

4.1.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio em posição 2’

4.1.3.1.1 Síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13

O 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 não é disponível comercialmente e pode ser

sintetizado em grande quantidade a partir do trimetilvinilsilano de acordo com

diferentes métodos descritos na literatura (CHAMBERT et al., 2002).

Inicialmente, foi proposta a adição radicalar do ácido tioacético 60 ao

trimetilvinilsilano 59 utilizando o peroxibenzoato de terc-butila como iniciador

radicalar para a formação do acetato sililado 61 (ANDERSON et al., 1988)

(Esquema 22). No entanto, dada a dificuldade encontrada para a obtenção do

reagente peroxibenzoato de terc-butila, tornou-se necessário a realização da

síntese por outro método.

A síntese do acetato sililado 61 foi realizada a partir do ácido tioacético

60 e trimetilvinilsilano 59 utilizando AIBN como iniciador radicalar (SCHWAN et

al., 1994). O produto 61 foi obtido com 54 % de rendimento.

Esquema 22 Esquema para a síntese de 4

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Resultados e Discussão 61 ________________________________________________________________________

A formação de 61 foi evidenciada pelo aparecimento no espectro no

infravermelho (Figura A.1, pág.180) da banda em 1687 cm-1 referente ao

estiramento de ligação C=O, de tioéster. Foram observadas as bandas em

1248 cm-1 referente ao estiramento da ligação S-C e 845 cm-1 atribuída ao

estiramento de ligação Si-CH3, conforme descrito por ITO e colaboradores,

1974.

A análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.2, pág.181) evidencia a

formação de 61 pela presença de um simpleto em δ 0,02 com integral de nove

hidrogênios referente aos hidrogênios do grupo trimetilsilila. Também foi

observada a presença do grupo acetila a partir da atribuição de um simpleto em

δ 2,28 com integral de três hidrogênios. Os hidrogênios metilênicos foram

observados, sob a forma de multipletos: em δ 2,92-2,83, um multipleto com

integral de dois hidrogênios referente a S-CH2 e, em δ 0,88-0,79, um multipleto

com integral de dois hidrogênios referente ao hidrogênio Si-CH2.

No espectro de RMN de 13C de 61 (Figura A.3, pág.182) observa-se o

sinal referente ao carbono carbonílico em δ 196,5 e, em δ 30,7, sinal do

carbono do grupo metila. Também observa- se em δ -1,7, o sinal referente aos

carbonos do grupo trimetilsilila. No subespectro DEPT 135 de 61 (Figura A.3,

pág.) é possível atribuir os sinais em δ 25,5 e δ 17,5 aos carbonos metilênicos.

Para a obtenção de 13, inicialmente, o tioacetato 61 (Esquema 22) foi

submetido à reação com carbonato de potássio (SCHWAN et al., 1994). A

tentativa de síntese não levou ao produto esperado, e uma segunda reação foi

realizada reagindo-se 61 com hidróxido de potássio (ITO et al., 1974). Na

reação com hidróxido de potássio também não foi obtido o composto 13.

Finalmente, 13 foi obtido reagindo-se o tioacetato 61 com hidreto de lítio e

alumínio em éter anidro (Esquema 22) com rendimento de 78% após

destilação. O tiol 13, líquido incolor de odor desagradável, foi conservado sob

nitrogênio.

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Resultados e Discussão 62 ________________________________________________________________________

O composto 13 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

espectrometria no infravermelho.

Comparando-se o espectro no infravermelho de 61 (Figura A.1,

pág.180), com o espectro do composto 13 (Figura A.4, pág.183), nota-se o

desaparecimento da banda de estiramento da ligação C=O de tioéster

indicando a remoção do grupo acetila.

No espectro de RMN de 1H de 13 (Figura A.5, pág.184) a presença de

um tripleto em δ 1,42 de constante de acoplamento 3J= 6,8 Hz confirma a

presença da função tiol, conforme descrito por ITO e colaboradores, 1974.

No espectro de RMN de 13C de 13 (Figura A.6, pág.185) os sinais dos

átomos de carbono correspondentes a S-CH2, Si-CH2 e Si-(CH3)3 foram

atribuídos em δ 24,8, δ 22,3 e δ 0,0 ppm, respectivamente. Pela análise do

subespectro J-Mod (Figura A.7, pág. 186) é possível observar a formação de

um segundo produto minoritário SHCH(Si(CH3)3)CH3 a partir dos sinais: δ 22,6,

δ 20,7 e δ-1,9, correspondentes a -CH, -CH3 e Si(CH3)3, respectivamente. A

formação deste produto secundário acontece devido à possibilidade de

formação de dois produtos na etapa de síntese anterior, a partir da reação

radicalar do ácido tioacético 60 com o viniltrimetilsilano 59 empregando-se

AIBN.

4.1.3.1.2 Síntese do sulfeto sililado 15

Para a síntese de nucleosídeos insaturados, inicialmente, foi efetuada a

síntese do intermediário 15 (Esquema 23).

A primeira etapa da rota de síntese do composto 15 foi à reação da 5-

metiluridina 22, obtida comercialmente, com carbonato de dimetila em DMF

para a obtenção do 2,2’-anidrotimidina 64 com 78% de rendimento (Esquema

23).

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Resultados e Discussão 63 ________________________________________________________________________

Esquema 23 Esquema para a síntese do composto 15

A síntese de 64 com o carbonato de dimetila foi proposta após diversas

tentativas de síntese deste composto utilizando-se carbonato de difenila

(HAMPTON et al., 1966). A reação da 5-metiluridina 22 com carbonato de

difenila foi acompanhada por cromatografia em camada delgada, e após

verificar-se o término do material de partida foi realizada a etapa de elaboração

e purificação do produto. Durante a etapa de elaboração, observou-se a

formação de um produto pastoso marrom escuro, que impossibilitava a

obtenção do produto a partir da etapa de recristalização. A formação deste

produto pastoso ocorria devido à produção de fenol no meio reacional. O 2,2’-

anidrotimidina 64 ao ser sintetizado por este método era obtido com rendimento

baixo e variável, entre 17 a 58%.

A reação com o carbonato de dimetila foi realizada sob condições de

temperatura e tempo reacional diferentes das condições descritas para a

síntese do composto 22 com o carbonato de difenila, a 130 ºC, durante 2

horas. Além disso, durante a etapa de elaboração, a adição da mistura

reacional ao éter etílico levou à formação de um precipitado sólido de cor clara,

o que permitia realizar posteriormente, uma filtração. O filtrado obtido pôde ser

purificado facilmente a partir da recristalização em metanol, obtendo-se 64 com

78% de rendimento.

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Resultados e Discussão 64 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho de 64 (Figura A.8, pág.187) observa-se

banda correspondente ao estiramento de ligação O-H em 3300-2500 cm-1 e

banda de estiramento de ligação C=O, em 1666 cm-1. Uma banda em 1614 cm-

1 é observada correspondente ao estiramento da ligação C=N.

No espectro de RMN de 1H de 64 (Figura A.9, pág.188) foram

observados os seguintes sinais: em δ 7,80, um dupleto, com constante de

acoplamento igual a 1,2 Hz, referente ao hidrogênio H-6; em δ 6,35, um

dupleto, com constante de acoplamento igual a 6,0 Hz, atribuído ao hidrogênio

H-1’; em δ 5,94, um simpleto, correspondente ao hidrogênio da hidroxila em 3’;

em δ 5,24, um dupleto, com constante de acoplamento igual a 5,6 Hz, atribuído

a H-2’; em δ 5,02, um simpleto, referente ao hidrogênio da hidroxila em 5’. Um

multipleto, em δ 4,44, pode ser observado, referente ao sinal de H-3’; em δ

4,12, um multipleto, atribuído a H-4’; em δ 3,32, um dupleto duplo, referente ao

hidrogênio H-5’a com constante de acoplamento igual a 11,6 e 5,2 Hz; e em δ

3,23, um dupleto duplo, referente a H-5’b com constante de acoplamento igual

a 11,6 e 5,2 Hz; em δ 1,85, um simpleto, com integral de três hidrogênios,

correspondente aos hidrogênios do grupo metila. Essas atribuições são

compatíveis com as correlações observadas no mapa de contorno

homonuclear (COSY) (Figura A.11, pág.190).

A análise do espectro de RMN de 13C (Figura A.10, pág.189), a

observação dos valores de deslocamento químico previsto e as correlações

observadas no mapa de contornos heteronuclear (HMQC) (Figura A.12,

pág.191) de 64, permitiu a atribuição dos seguintes sinais: em δ 171,3, sinal do

carbono carbonílico C-4; em δ 159,9 sinal do carbono 2; em δ 131,8 sinal do

carbono 6; em δ 116,2 o sinal referente ao carbono 5. Os sinais dos carbonos

do açúcar foram atribuídos da seguinte forma: em δ 89,8, δ 88,7, δ 88,1, δ 74,3

e δ 60,4, sinais correspondentes a C-1’,C-4’, C-2’, C-3’ e C-5’, respectivamente.

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Resultados e Discussão 65 ________________________________________________________________________

E em δ 13,1, o sinal atribuído ao grupo metila em C-5. A observação no mapa

de contorno heteronuclear (HMBC) (Figura A.13, pág.192) da correlação H-1’ x

C-2’ permitiu atribuir em δ 159,9, o sinal referente ao carbono 2, sendo

confirmado através das correlações H-6 X C-2 e H-2 x C-2. O sinal de carbono

4 foi atribuído em δ 171,3 a partir da correlação 5-CH3 x C-4 e confirmado pela

correlação H-6 x C-4. Dessa forma, o sinal correspondente ao átomo de

carbono 4 encontra-se mais distante do TMS que o sinal correspondente ao

átomo de carbono 2.

Dando continuidade à rota de síntese, o derivado anidro 64, foi

submetido à reação com o 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 em presença de K2CO3 e

DMF para a obtenção do composto 15 (Esquema 23, pág.63), o qual foi obtido

com 88% de rendimento (GERLAND et al., 2007).

No espectro no infravermelho de 15 (Figura A.14, pág.193) observa-se

banda correspondente ao estiramento de ligação C=O, presente na base

timina, em 1681 cm-1. Além disso, uma a banda em 1247 cm-1, e a banda em

839 cm-1 atribuída ao estiramento de ligação Si-CH3, são indicativas da adição

do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio.

No espectro de RMN de 1H de 15 (Figura A.15, pág.194) foi confirmada

a presença do grupamento 2-(trimetilsilil)etiltio pela observação dos seguintes

sinais: em δ 2,60-2,55, um multipleto, referente aos hidrogênios S-CH2; em δ

0,86-0,80, um multipleto, referente ao hidrogênio do Si-CH2; e em δ 0,02, um

simpleto, atribuído aos nove hidrogênios correspondentes ao grupo Si-(CH3)3.

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Resultados e Discussão 66 ________________________________________________________________________

No espectro de RMN de 13C de 15 (Figura A.16, pág.195) os sinais dos

átomos de carbono correspondentes a S-CH2, Si-CH2 e Si-(CH3)3 são

observados em δ 28,4, δ 18,0 e δ -1,8, respectivamente. A introdução do grupo

2-(trimetilsilil)etiltio no carbono 2’ da dexorribose é evidenciada pelo menor

deslocamento químico de C-2’ em δ 52,8 quando comparado com anidro, δ

88,1.

4.1.3.1.3 Tentativa de síntese do composto 17

Para a obtenção do nucleosídeo insaturado 17, foi proposta a rota de

síntese, em 4 etapas, a partir de 15 de acordo com o método desenvolvido por

GERLAND e colaboradores, em 2007. A primeira etapa de síntese corresponde

à proteção seletiva da função hidroxila na posição 5’ do nucleosídeo com

cloreto de 4,4’-dimetóxitritila, seguida da ativação da função hidroxila em 3’

com cloreto de mesila. Na terceira etapa a desproteção em meio ácido, e por

fim a eliminação em meio básico, obtendo então o nucleosídeo com a

insaturação em 2’,3’ e com a hidroxila em C-5’ livre 17 (Esquema 24).

Esquema 24 Esquema para a síntese de 17

A primeira etapa de síntese foi realizada reagindo-se o composto 15 com

2,8 equivalentes de cloreto de 4,4’-dimetóxitritila, atmosfera de nitrogênio por

24 horas. A evolução da reação foi acompanhada por cromatografia em

camada delgada (CCD) no sistema de eluente diclorometano: metanol 98:2.

Após 24 horas de reação como o material de partida não havia sido todo

consumido, adicionou- se ao meio reacional mais 1,2 equivalente do reagente.

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Resultados e Discussão 67

________________________________________________________________________

Após 48 horas de reação, verificou-se que havia ainda material de partida no

meio reacional. Posteriormente, foram realizadas as etapas de elaboração e

purificação em cromatografia em camada de sílica. O produto foi obtido com

rendimento de 28%.

Foi realizada uma nova tentativa de síntese reagindo-se 15 com cloreto

de 4,4’-dimetóxitritila em piridina anidra, sob banho de gelo, com a adição de

quantidades cataílitcas de DMAP e trietilamina. A reação também foi

acompanhada por CCD e também foi observado que não ocorria o consumo

total do material de partida. Recuperou-se cerca de 50% da massa do material

de partida utilizado.

O composto 68 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

espectrometria no infravermelho.

No espectro no infravermelho de 68 (Figura A.19, pág.198) foi observado

banda de estiramento de C=O em 1688 cm-1 e bandas de estiramento de C=C

em 1607, 1583 e 1541 cm-1 indicando a presença do anel aromático do grupo

dimetóxitritila.

No espectro de RMN de 1H de 68 foi confirmada a presença do

grupamento dimetóxitritila pela observação dos sinais de hidrogênio ligado ao

anel aromático em δ 7,55-6,68, e pela presença do simpleto em δ 3,73

referente aos hidrogênios de O-CH3.

No espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135 de 68 os sinais

dos átomos de carbono correspondentes aos carbonos aromáticos aparecem

em δ 139,7; δ 130,3; δ 129,4; δ 128,5; δ 128,0. O sinal do átomo de carbono

correspondente a –OCH3 é observado em δ 55,1.

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Resultados e Discussão 68 ________________________________________________________________________

Tendo em vista a obtenção de 68 com baixo rendimento e diante das

dificuldades encontradas para a síntese deste composto, buscou-se

concentrar-se no desenvolvimento de novas rotas de síntese para a obtenção

dos nucleosídeos insaturados em 2’,3’ e com o grupo 2’-trimetilsililetiltio em

posição 2’ da desoxirribose. Foram propostas três novas rotas de síntese

descritas a seguir.

4.1.3.1.4 Síntese do derivado insaturado 63 a partir da 5-

metiluridina

Uma das estratégias do nosso trabalho foi desenvolver novas rotas de

síntese para a síntese de nucleosídeos com insaturação em 2’,3’ e com o

grupo 2-(trimetilsilil)etiltio substituído em posição 2’.

Assim, na primeira rota de síntese proposta em quatro etapas (Esquema

25), a 5-metiluridina 22 foi submetida à reação com cloreto de mesila em

piridina anidra, sob banho de gelo. O produto 23 foi obtido sob a forma de um

pó branco com rendimento de 91,4%.

Esquema 25 Esquema para a síntese de 63 a partir da 5-metiluridina

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Resultados e Discussão 69 ________________________________________________________________________

O composto 23 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

espectrometria no infravermelho.

No espectro no infravermelho de 23 (Figura A.20, pág.199) observa-se

banda correspondente ao estiramento de ligação C=O em 1688 cm-1. Além

disso, bandas fortes em 1352, 1180 e 835 cm-1 são observadas.

No espectro de RMN de 1H de 23 (Figura A.21, pág.200) foi confirmada

a presença do grupo metanosulfonato pela observação do sinal em δ 3,36, um

simpleto, cuja integral é igual a 9.

No espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135 de 23 (Figura

A.22, pág.201) os sinais dos átomos de carbono correspondentes a SO2-CH3

são observados em δ 38,4 e δ 37,3.

Dando continuidade a rota de síntese (Esquema 25), na próxima etapa,

reagiu-se o composto 23 com benzoato de sódio, DMF à 90 ºC. A reação levou

a formação do intermediário 25, com 66 % de rendimento.

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Resultados e Discussão 70 ________________________________________________________________________

O composto 25 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

infravermelho.

No espectro no infravermelho de 25 (Figura A.23 pág.202) observa-se

banda correspondente ao estiramento de ligação C=O de éster em 1721 cm-1,

e banda correspondente ao estiramento de ligação C=O de amida em 1668 cm-

1. Além disso, bandas fortes em 1563, 1480, 1347, 1175 e 690 cm-1 são

observadas.

No espectro de RMN de 1H de 25 (Figura A.24, pág.203) foi confirmada

a presença do grupo benzoíla a partir da observação dos sinais de hidrogênios

aromáticos em δ 7,91-7,46. A presença do grupo metanosulfonato foi

confirmada pela atribuição do simpleto em δ 3,45 com integral igual a três.

No espectro de RMN de 13C 25 (Figura A.25, pág.204) o sinal do átomo

de carbono correspondente a SO2-CH3 foi observado em δ 37,6. Os sinais dos

átomos de carbono correspondentes ao grupo benzoíla são observados em δ

133,8, δ 129,4, δ 128,9. A formação do anidro pode ser confirmada pelo

deslocamento químico de C-2’ em δ 82,1.

A terceira etapa da rota de síntese (Esquema 25), consistiu na reação do

composto 25 com 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 e bicarbonato de potássio, para a

formação do nucleosídeo 26. No entanto, nesta etapa, foi isolado diretamente o

nucleosídeo insaturado 63 com 21%. A reação foi acompanha por

cromatografia em camada delgada, e por meio da placa de CCD, foi possível

visualizar a formação de várias manchas. A formação de subprodutos explica o

baixo rendimento da reação.

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Resultados e Discussão 71 ________________________________________________________________________

4.1.3.1.5 Síntese do derivado insaturado 63 a partir do

composto 15

Para a obtenção do nucleosídeo com insaturação em 2’,3’ duas novas

rotas de síntese foram propostas a partir do composto 15 (Esquema 26).

Ambas permitiriam a obtenção do nucleosídeo insaturado com a hidroxila em 5’

protegida com o grupo benzoíla 63.

A primeira rota de síntese foi proposta em 3 etapas: primeiramente a

mesilação das hidroxilas em 3’ e 5’ do nucleosídeo 15, seguida da substituição

do grupo metanosulfonato de C-5’, com benzoato de sódio em DMF a 90 ºC, e

posterior eliminação com carbonato de potássio em acetonitrila (DISCORDIA,

1996) (Esquema 26).

Esquema 26 Proposta de síntese para obtenção do composto 63

O composto 16 foi obtido, conforme planejado, com 87% de rendimento.

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Resultados e Discussão 72 ________________________________________________________________________

A obtenção do composto 16 foi confirmada a partir da análise das

bandas de absorção no espectro no infravermelho e dos sinais no espectro de

RMN de 1H e 13C. No espectro no infravermelho (Figura A.26, pág.205) não foi

observada banda correspondente ao estiramento de ligação O-H em 3300-

2500 cm-1. Além disso, bandas de estiramento S=O assimétrico ocorrem em

1353 cm-1 e estiramento simétrico em 1170 cm-1. No espectro de RMN de 1H

(Figura A.28, pág.206) observam- se dois simpletos em δ 3,17 e δ 3,11

correspondentes aos seis hidrogênios dos dois grupos metanosulfonato. No

espectro de 13C (Figura A.29, pág.207), os sinais correspondentes ao grupo

metila dos dois grupos metanosulfonato presentes são observados em δ 38,6 e

δ 37,9.

O espectro de massa de 16 (Figura A.27, pág.205), confirma a estrutura

esperada com a detecção do íon [M+H]+ a m/z=531 (M=530).

Na realização da próxima etapa, a reação do nucleosídeo 16 com

benzoato de sódio, conduziu à formação direta do nucleosídeo insaturado em

2’,3’ 63. Dessa forma, pode-se chegar ao nucleosídeo insaturado planejado, a

partir do intermediário 15 em duas etapas (Esquema 27).

Esquema 27 Esquema para a síntese de 63 a partir de 15

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Resultados e Discussão 73 ________________________________________________________________________

Na reação do composto 16 com benzoato de sódio para formação de 63,

propõe- se a reação de substituição no carbono 5’, com a substituição do grupo

metanosulfonato em C-5’, e a eliminação trans em meio alcalino por ação da

base benzoato de sódio abstraindo o próton H-2’, tendo o grupo mesilato em C-

3’ como grupo abandonador (Esquema 28).

Esquema 28 Proposta de eliminação trans para formação do composto 63

A obtenção do composto 63 foi confirmada pela análise de seus

espectros no infravermelho e de RMN de 1H e de 13C (Figuras A.36 e A.37,

pág.212 e 213). No espectro no infravermelho do composto 63 (Figura A.34,

pág.211) observa-se banda correspondente ao estiramento da ligação C=O, de

éster do grupo benzoíla, em 1722 cm-1. Além disso, observa-se uma banda

forte em 708 cm-1 indicando a presença de anel aromático monossubstituído.

No espectro de RMN de 1H (Figura A.36, pág.212), foi observado um dupleto

duplo em δ 8,00 com constante de acoplamento igual a 1,2 Hz e 8,4 Hz

referente aos hidrogênios H-a e H-a’ do anel aromático do grupo benzoíla, um

multipleto em δ 7,58 referente a H-c, e em δ 7,44 um tripleto com constante de

acoplamento igual a 7,6 Hz referente aos hidrogênios H-b e H-b’, confirmando

a presença do grupo benzoíla em C-5’.

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Resultados e Discussão 74 ________________________________________________________________________

Também foi observado que os hidrogênios em C-5’ encontram-se mais

desblindado quando comparado com H-5’ da estrutura 15 (Tabela 2). A

presença do grupo benzoíla em C-5’ exerce efeito retirador de elétrons por

ressonância, tornando H-5’ mais desblindado e, portanto, os sinais do

hidrogênio metilênicos encontram-se mais afastados do TMS. Um dupleto

duplo referente a H-1’ em δ 6,92 com constante de acoplamento iguais a 1,6 e

3,6 Hz é observado, e um tripleto atribuído a H-3’ em δ 5,80 cuja constante é

igual a 1,6 Hz. Ambos os hidrogênios estão mais desblindados que os

hidrogênios H-1’ e H-3’ da estrutura 15, confirmando a presença da ligação

dupla (Tabela 2). A observação direta de uma mancha de correlação entre H-3’

x H-4’ no mapa de contorno homonuclear (COSY) (Figura A.38, pág.214)

permitiu a atribuição do sinal de H-3’, confirmando o deslocamento químico do

sinal de H-3’ para uma região mais longe do TMS.

H-1’ δ 5,47,d δ 6,92, dd

H-3’ δ 4,23, dd δ 5,80, t

H-5’a δ 3,95, dd δ 4,57, dd

H-5’b δ 3,81, dd δ 4,51, dd

C-2’ δ 52,8 δ 136,8

C-3’ δ 71,5 δ 121,6

Tabela 2 Comparação entre os deslocamentos químicos de H-1’, H-3’, H-5’, C-2’ e C-3’

das substâncias 15 e 63

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Resultados e Discussão 75 ________________________________________________________________________

No espectro de RMN de 13C 63 (Figura A.37, pág.213) os sinais em δ

133,5, δ 129,6, δ 129,5, δ 128,6 foram atribuídos aos carbonos do anel

aromático do grupo benzoíla. A observação direta de uma mancha de

correlação entre H-5’ x CO no mapa de contorno heteronuclear (HMBC)

confirma a presença do grupo benzoíla em C-5’ (Figura A.40, pág.216). A

observação direta de uma mancha de correlação entre H-3’ x C-3’ no mapa de

contorno heteronuclear (HMQC) permitiu a atribuição do sinal de C-3’ em δ

121,6 (Figura A.39, pág.215) e a observação da correlação H-5’ x C-3’ no mapa

HMBC confirma esta atribuição. O mapa de contorno heteronuclear (HMQC)

também permitiu a confirmação dos sinais de C-1’ e C-6 em δ 89,7 e δ 135,0,

respectivamente. A presença da ligação dupla foi evidenciada pelos

deslocamentos químicos dos carbonos 2’ e 3’ para uma região mais afastada

do TMS, em δ 136,8 e δ 121,6, enquanto os deslocamentos químicos dos

carbonos 2’ e 3’ do composto 15 foram δ 52,8 e δ 71,5 (Tabela 2).

O espectro de massa de 63 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon [M+H]+ a m/z=461 (M=460) (Figura A.35, pág.211).

Dando continuidade, para obtenção do composto 63, também foi

realizada a segunda rota de síntese em duas etapas, a partir de 15.

Inicialmente, reagiu-se o nucleosídeo 15 com anidrido benzóico em piridina a

60 ºC, obtendo-se 65 com rendimento de 72% após purificação por

cromatografia em coluna de sílica (Esquema 29).

Esquema 29 Esquema para a síntese do composto 63

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Resultados e Discussão 76 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho de 65 (Figura A.30, pág.208) foi observada

banda em 1715 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O de carbonila do

grupo benzoíla, e em 1683 cm-1, observa-se banda de estiramento de ligação

C=O da base timina.

A introdução do grupo benzoíla em C-3’ e C-5’ foi confirmada pela

observação, no espectro de RMN 1H de 65 (Figura A.32, pág.209), de um

multipleto em δ 8,10-7,46, cuja integral de 10 hidrogênios reforça a introdução

de dois anéis aromáticos. Além disso, pela análise do espectro de RMN 13C de

65 (Figura A.33, pág.210) os sinais dois carbonos aromáticos encontram-se em

δ 134,0-128,6.

O espectro de massa de 65 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon molecular [M+H]+ a m/z=583 (M=582) (Figura A.31, pág.208).

Na segunda etapa (Esquema 29), reagiu-se 65 com carbonato de

potássio em DMF a 120 ºC, obtendo-se 63 com 62% de rendimento.

Os espectros de RMN 1H obtidos para o composto 63 a partir das duas

rotas de síntese realizadas a partir do composto 15 são mostrados a seguir

(Figura 11 e 12).

A partir da realização do experimento J-Mod para o composto 63, foi

possível confirmar o sinal referente ao carbono não hidrogenado do anel

aromático do grupo benzoíla em δ 129,5 (Figura 13).

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Resultados e Discussão 77 ________________________________________________________________________

9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

0.0

21

0.8

87

0.8

96

0.9

06

0.9

15

1.5

67

2.8

08

2.8

10

2.8

22

2.8

35

2.8

38

4.4

72

4.4

80

4.5

03

4.5

11

4.5

52

4.5

63

4.5

83

4.5

93

5.1

42

5.1

45

5.1

49

5.1

51

5.7

95

5.7

99

5.8

03

6.9

17

6.9

21

6.9

26

6.9

30

6.9

52

6.9

55

7.4

19

7.4

37

7.4

57

7.5

53

7.5

56

7.5

59

7.5

71

7.5

75

7.5

79

7.5

90

7.5

93

7.5

97

7.9

97

8.0

00

8.0

05

8.0

18

8.0

20

8.0

21

8.0

25

9.1

98

8.3

05

2.1

75

3.1

84

2.1

57

2.0

54

0.9

70

0.9

56

1.2

10

0.3

78

2.2

32

1.1

26

2.1

59

1.0

06

O

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6

S

Si8

Oa

a'

b

b'c

Figura 11 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a partir do

composto 66

-111 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

0.02

0.87

0.89

0.89

0.91

0.91

0.93

1.57

1.57

2.79

2.81

2.81

2.82

2.84

2.84

2.85

4.47

4.48

4.51

4.51

4.55

4.57

4.59

4.60

5.14

5.14

5.15

5.15

5.80

6.93

6.93

6.94

6.94

6.95

6.96

7.26

7.42

7.43

7.45

7.45

7.55

7.55

7.56

7.57

7.57

7.59

8.00

8.00

8.02

8.02

8.02

9.49

9.28

2.34

3.07

1.98

2.08

1.03

1.00

2.02

2.20

1.05

2.09

0.99

OO

NH

N

O

O

O

S

Si

1'

2'3'

4'

5' 6

5

4

2

Figura 12 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a partir do

composto 65

6.957.007.057.107.157.207.257.307.357.407.457.507.557.607.657.707.757.807.857.907.958.008.05 ppm

6.917

6.921

6.926

6.930

6.952

6.955

7.419

7.437

7.457

7.553

7.556

7.559

7.571

7.575

7.579

7.590

7.593

7.597

7.997

8.000

8.005

8.018

8.020

8.021

8.025

1.210

0.378

2.232

1.126

2.159

4.54.64.74.84.95.05.15.25.35.45.55.65.75.8 ppm

4.472

4.480

4.503

4.511

4.552

4.563

4.583

4.593

5.142

5.145

5.149

5.151

5.795

5.799

5.803

2.054

0.970

0.956

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Resultados e Discussão 78 ________________________________________________________________________

190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

-2.0

12

12

.32

3

16

.09

5

28

.41

8

65

.41

4

84

.15

3

89

.68

6

11

1.5

13

11

1.6

49

12

0.9

67

12

1.6

26

12

3.1

78

12

6.7

98

12

8.3

68

12

8.5

75

12

9.4

61

12

9.5

53

16

6.2

27

125130135 ppm

Figura 13 Espectro de RMN 13C de 63 usando a técnica J-Mod.

Uma vez obtido o composto 63, foi realizada a hidrólise do grupo

benzoíla em C-5’ com KOH e metanol. O produto 17 foi obtido com 86% de

rendimento (Esquema 30).

Dessa forma, pôde-se obter o nucleosídeo insaturado em 2’,3’,

desprotegido em C-5’ por um novo método de síntese em 3 etapas a partir do

composto 15.

Esquema 30 Esquema para a síntese de 17 a partir da hidrólise de 63

O

BzO

HN

N

O

O

CH3

S

Si

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Resultados e Discussão 79 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho de 17 (Figura A.41, pág.217) foi observada

banda em 1683 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O da base timina,

bandas em 3300 a 2500 cm-1 referente ao estiramento da ligação O-H estão

presentes.

A remoção do grupo benzoíla de C-5’ foi confirmada pela observação, no

espectro de RMN 1H de 17 (Figura A.43, pág.218), por não apresentar sinais

de hidrogênios aromáticos entre δ 8,00-7,00. Além disso, no espectro de RMN

13C de 17 não é observado sinais de carbonos aromáticos (Figura A.43,

pág.218), conforme apresentado no espectro de RMN 13C para o composto 63

(Figura A.37, pág.213).

O espectro de massa de 17 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon molecular [M+K]+ a m/z= 395 (M=356) (Figura A.42, pág.218).

4.1.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo metiltio

em posição 2’

A síntese do composto 72 e intermediários 70 e 71 foi proposta a fim de

avaliar e comparar a importância, para a atividade biológica, do grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio presente nos nucleosídeos sintetizados.

Uma vez obtido os nucleosídeos insaturados 17 e 63 substituídos na

posição 2’ da desoxirribose pelo grupo 2-(trimetilsilil)etiltio a partir do

nucleosídeo 15 (Esquema 21, pág. 58), foi proposta também a síntese do

composto 72 pelos mesmos métodos de síntese utilizados para a obtenção de

63. Das rotas de síntese realizadas, optou-se por realizar inicialmente a síntese

de 72 a partir do composto dimesilado 71, uma vez que este era obtido de

forma direta sem purificação por cromatografia em coluna de sílica, para

posteriormente ser utilizado na reação com benzoato de sódio em DMF

(Esquema 31).

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Resultados e Discussão 80 ________________________________________________________________________

Esquema 31 Esquema para a síntese de 72

Para a síntese de 70, foi realizada a reação do derivado anidro 64 com

tiometóxido de sódio em DMF à 120 ºC, obtendo-se 70 com 60% de

rendimento após purificação por cromatografia em coluna de sílica (Esquema

32).

Esquema 32 Esquema para a síntese de 70

O composto 70 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e infravermelho.

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Resultados e Discussão 81 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho de 70 (Figura A.44, pág.219) foram

observadas bandas em 1701 e 1655 cm-1 referente ao estiramento de ligação

C=O, e em 1267 cm-1 observa-se banda de estiramento de ligação S-C.

No espectro de RMN de 1H de 70 (Figura A.46, pág.220) foi confirmada

a presença do grupo metiltio através do simpleto em δ 2,25 cuja integral é igual

a 3 hidrogênios.

No espectro de RMN de 13C 70 (Figura A.47, pág.221) o sinal do átomo

de carbono correspondente a S-CH3 foi observado em δ 15,9.

O espectro de massa de 70 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon molecular [M+H]+ a m/z= 298 (M=288) (Figura A.45, pág.219).

Após obtenção de 70, foi realizada a mesilação das duas hidroxilas em

3’ e 5’, obtendo-se 71 com rendimento de 70% (Esquema 31).

.

O composto 71 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

espectrometria no infravermelho. No espectro no infravermelho de 71 (Figura

A.50, pág.224) não foi observada banda correspondente ao estiramento de

ligação O-H em 3300-2500 cm-1. Além disso, bandas de estiramento S=O

assimétrico ocorrem em 1353 cm-1 e estiramento simétrico em 1167 cm-1. O

espectro de massa de 70 confirma a estrutura esperada com a detecção do íon

molecular [M+H]+ a m/z= 445 (M=444) (Figura A.51, pág.224).No espectro de

RMN 13C de 71 (Figura A.52, pág.225) os sinais correspondentes ao grupo

metanosulfonato são evidenciados em 38,8 e 37,8 ppm.

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Resultados e Discussão 82 ________________________________________________________________________

Dando continuidade a rota de síntese para a obtenção de 72 (Esquema

31), reagiu-se o composto 71, com benzoato de sódio em DMF a 90 ºC,

obtendo-se o nucleosídeo insaturado com 52% de rendimento.

O composto 72 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

infravermelho.

No espectro no infravermelho de 72 (Figura A.53, pág.226) observa-se

banda correspondente ao estiramento de C=O em 1683 cm-1, e em 1601 cm-1 e

1583 cm-1 bandas correspondentes ao estiramento de C=C são observadas

indicando a presença do grupo benzoíla em C-5’. Além disso, bandas de

estiramento S-C assimétrico ocorrem em 1265 cm-1. No espectro de RMN de

1H observa-se multipleto em δ 8,1- δ 7,0 correspondentes aos cinco

hidrogênios do anel aromático do grupo benzoíla. No subespectro de DEPT

a35 de RMN de 13C observa-se o sinal correspondentes ao átomo de carbono

C-3’ mais afastados do TMS, em δ 114,8, enquanto que para o composto

saturado 70, por exemplo, o sinal se encontra em δ 80,8. O espectro de

massa de 72 confirma a estrutura esperada com a detecção do íon molecular

[M+Na]+ a m/z= 397 (M=374) (Figura A.55, pág.226).

Dando continuidade à síntese, uma vez obtido o composto 72, foi

efetuada a hidrólise do éster benzoato em C-5’ com KOH e metanol. O produto

73 foi obtido com 84% de rendimento (Esquema 33).

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Resultados e Discussão 83 ________________________________________________________________________

Esquema 33 Esquema para a síntese de 73 a partir da hidrólise de 72

No espectro no infravermelho de 73 (Figura A.55, pág.227) foi observada

banda em 1683 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O da base timina,

bandas em 3300 a 2500 cm-1 referente ao estiramento da ligação O-H estão

presentes.

A remoção do grupo benzoíla de C-5’ foi confirmada pela observação

nos espectros de RMN 1H e RMN 13C de 73 (Figura A.56, pág.227) da ausência

sinais correspondentes a hidrogênios aromáticos..

O espectro de massa de 73 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon molecular [M+K]+ a m/z= 293 (M=270) (Figura A.55, pág.227).

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Conclusão 84 ________________________________________________________________________

4.1.4 Conclusão

Neste capítulo foi descrita a síntese do nucleosídeo insaturado 2’,3’-

didesoxi-2’-(2’’-(trimetilsilil)etiltio)timidina 17, intermediário chave para a síntese

de tionucleosídeos com potencial antiviral e antiproliferativo (dissulfetos, tióis,

sulfetos, tiocianatos).

Dois novos e eficientes métodos de síntese para o nucleosídeo 17 foram

desenvolvidos. Na primeira rota de síntese, via formação do dimesilato o

rendimento total para 3 etapas a partir do composto 15 foi de 48%, enquanto

para a segunda rota de síntese foi 38%. Apesar, das rotas de síntese

desenvolvidas neste trabalho terem tido rendimento menor que no método

descrito por GERLAND e colaboradores, 2007, elas são realizadas em 1 etapa

a menos e facilmente reprodutíveis, usam reagentes baratos e estáveis (cloreto

de metanosulfonila e anidrido benzóico) quando comparado com reagente

cloreto de 4,4-’dimetóxitritila que é mais caro e menos estável.

Além disso, os novos métodos de síntese do nucleosídeo 17 descritos

conduzem a formação do nucleosídeo insaturado 63 contendo o grupo benzoíla

como grupo protetor em posição 5’.

Os métodos de síntese desenvolvidos também são referências para a

síntese de outros nucleosídeos insaturados substituídos em posição 2’, como

por exemplo, a síntese do nucleosídeo insaturado substituído em posição 2’

pelo grupo metiltio 73.

Em conclusão, os nucleosídeos insaturados 17 e 73 obtidos a partir dos

novos métodos de síntese desenvolvidos podem ser aplicados para a síntese

de novos tionucleosídeos e a avaliação biológica dessas moléculas,

comparando-se a importância dos grupos TMSE e metiltio para atividade

antiproliferativa e antivral.

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Conclusão 85 ________________________________________________________________________

Neste capítulo, também foi abordada a síntese do 2-anidrotimidina 64.

Foi desenvolvido um novo método de síntese para este composto usando

carbonato de dimetila no lugar de carbonato de difenila. O novo método, além

de permitir a obtenção de 64 com rendimento de 78%, trouxe a simplificação na

purificação deste produto por recristalização em metanol.

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CAPÍTULO 2

Síntese de nucleosídeos insaturados em 2’,

3’ com substituinte alquilsulfeto em posição

3’

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Objetivos 87 ________________________________________________________________________

4.2.1 Apresentação

Neste capítulo, objetiva-se a síntese de novos nucleosídeos antivirais

com os grupos 2-(trimetilsilil)etiltio e metiltio em posição 3’ do nucleosídeo.

Propõe-se o desenvolvimento da síntese para a obtenção do nucleosídeo

insaturado em posição 2’,3’ substituído em C-3’ e com a hidroxila em C-5’ livre.

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Plano de Síntese 88 ________________________________________________________________________

4.2.2 Plano de Síntese

Neste capítulo propõe-se o desenvolvimento de rotas de síntese para a

obtenção de nucleosídeos insaturados em 2’,3’ com o grupo 2’-trimetilsililetiltio

em posição 3’, bem como a síntese do nucleosídeo substituído com o grupo 3’-

metiltio.

Para a obtenção dos nucleosídeos insaturados, foram propostas seis

rotas de síntese a partir do composto 74 (Esquema 34). Primeiramente, para a

síntese do composto 74, o 2’-anidridotimidina 64 seria submetido a reação com

2-(trimetilsilil)etanotiol 13 na presença de um excesso de NaH para a formação

de um epóxido intermediário que, em seguida, seria aberto pelo 2-

(trimetilsilil)etanotiol 13, introduzido seletivamente em posição 3’.

A partir do composto 74, foram planejadas duas rotas de síntese que

poderiam conduzir diretamente à formação do nucleosídeo insaturado 75 com

a hidroxila 5’ livre em uma etapa (Esquema 34). As duas rotas sintéticas seriam

realizadas pela reação direta do nucleosídeo 74 com carbonato de difenila ou

carbonildiimidazol em meio alcalino.

As duas rotas seguintes foram propostas a partir da obtenção do

composto 76 (Esquema 34). Para a síntese do nucleosídeo 76, o composto 74

seria submetido à reação com cloreto de terc-butildifenilsilila, a fim de proteger

a hidroxila 5’. Em seguida seria realizada a reação de eliminação com

carbonato de difenila em presença de bicarbonato de sódio para a obtenção do

nucleosídeo 78. Também foi planejada a proteção da hidroxila de 2’ a partir da

reação do composto 76 com anidrido benzóico para a obtenção do

nucleosídeo 77 e posterior eliminação em meio alcalino, para a síntese de 78.

A quinta rota de síntese, foi proposta a partir de mesilação das hidroxilas

3’ e 5’ do composto 74, seguida da reação de eliminação com benzoato de

sódio para a obtenção de 81.

Por fim, a sexta rota de síntese, foi proposta a partir da benzoilação das

hidroxilas 3’ e 5’, por meio da reação do composto 74 com anidrido benzóico,

seguida da reação de eliminação em meio alcalino, a fim de conduzir à

formação do nucleosídeo 81.

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Plano de Síntese 89 ________________________________________________________________________

Esquema 34 Esquema para a síntese do nucleosídeo 75 e derivados

A síntese do nucleosídeo insaturado em 2’,3’ com o grupo metiltio em

posição 3’ 82 também foi planejada .

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Plano de Síntese 90 ________________________________________________________________________

Para a obtenção de 82, uma das rotas de síntese planejada para a

obtenção do composto 75 seria adaptada.

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Resultados e Discussão 91 ________________________________________________________________________

4.2.3 Resultados e Discussão

4.2.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio em posição 3’

4.2.3.1.1 Síntese do derivado 74

Para a síntese dos nucleosídeos insaturados com o grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio em posição 3’, inicialmente, foi planejada a síntese do

composto 74 (Esquema 35).

Esquema 35 Esquema para a síntese de 74

Para a síntese de 74, o 2,2’-anidrotimidina 64 foi colocado com excesso

de NaH para formar o epóxido intermediário 83 que foi, em seguida, aberto

pelo 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 (GERLAND et al., 2006) (Esquema 35). O

derivado 74 foi obtido com o rendimento de 79%.

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Resultados e Discussão 92 ________________________________________________________________________

No espectro no IV do composto 74 (Figura A.57, pág.228) foi observada

banda de estiramento da ligação C=O da base timina em 1682 cm-1. Além

disso, observa-se uma banda em 1247 cm-1 referente à ligação S-C, e em 839

cm-1 banda de estiramento de ligação Si-CH3, indicando a ocorrência da

introdução do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio no composto 64.

Pela análise do espectro de RMN 1H (Figura A.59, pág.229) a estrutura

do derivado 74 foi confirmada pela presença dos sinais característicos do

grupamento (trimetilsili)etiltio: em δ 2,66, um multipleto referente aos dois

hidrogênios de S-CH2 ; em δ 0,84, um multipleto atribuído aos dois hidrogênios

de Si-CH2; e em δ -0,02, um simpleto, de integral de nove hidrogênios,

referente aos hidrogênios do grupo Si(CH3)3. A observação direta de uma

mancha de correlação entre H-1’ x H-2’ no mapa de correlação homonuclear

(COSY) (Figura A.61, pág.231) permitiu a atribuição do sinal de H-2’ em δ 4,35.

O deslocamento químico do próton em posição 3’ foi observado em 3,42 ppm.

Em comparação, o deslocamento químico do hidrogênio 3’ do composto 15

substituído em 2’ ocorre em uma região mais distante do TMS, em 4,23 ppm

(Tabela 3). O deslocamento químico de H-3’ de 74 para uma região mais

próxima do TMS ocorre porque o átomo de enxofre exerce um efeito

desblindante mais fraco que o átomo de oxigênio, confirmando, portanto a

introdução do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 3’ (Tabela 3).

H-1’ H-2’ H-3’ H-4’ C-1’ C-2’ C-3’ C-4’

5,76

4,35

3,42

4,35

91,0

80,8

50,4

81,6

5,47

3,88

4,23

4,00

93,1

52,8

71,4

86,6

Tabela 3 Comparação entre os deslocamentos químicos de H-1’ a H-4’ e C-1’ a C-

4’ de 15 e 74

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Resultados e Discussão 93 ________________________________________________________________________

A análise do espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135

(Figura A.60, pág.230) de 74 permitiu a atribuição dos carbonos 2’ e 3’ em δ

80,8 e δ 50,4, respectivamente (Tabela 3).

O espectro de massa de 74 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon molecular [M+H]+ a m/z= 375 (M=374) (Figura A.58, pág.228).

4.2.3.1.2 Síntese dos derivados insaturados

Para a obtenção dos compostos insaturados o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio

em posição 3’, foram propostas seis rotas de síntese a partir do nucleosídeo

saturado 74.

A partir do composto 74, das seis rotas de síntese propostas, foram

planejadas duas rotas de síntese que poderiam conduzir diretamente à

formação do nucleosídeo insaturado com a hidroxila 5’ livre 75 (Esquema 36).

As duas rotas sintéticas seriam realizadas através da reação direta do

nucleosídeo 74 com carbonato de difenila ou carbonildiimidazol em meio

alcalino.

Esquema 36 Esquema proposto para a obtenção do derivado insaturado substiuído em

posição 3’ 75

Inicialmente, na reação para a obtenção de 75, foram utilizados seis

equivalentes de carbonato de difenila em DMF, na presença de bicarbonato de

sódio, a fim de obter o nucleosídeo insaturado 75, como mostrado no esquema

36. No entanto, após purificação, o nucleosídeo 84 protegido em C-5’ foi obtido

com rendimento de 86% (Esquema 37).

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Resultados e Discussão 94 ________________________________________________________________________

Esquema 37 Esquema para a síntese de 84 e 75

No espectro de RMN 1H de 84 (Figura A.64, pág.233) para a estrutura

do derivado 84 a introdução de um anel aromático pode ser confirmada pela

presença de um multipleto em δ 7,57-7,10 cuja integral é de cinco hidrogênios

correspondentes aos hidrogênios aromáticos. O deslocamento característico

dos hidrogênios em posição 5’ foi observado em forma de dois dupletos em δ

4,49 e δ 4,48 com constantes de acoplamento igual a 2,4 Hz. Por comparação,

o sinal do hidrogênio em 5’ do nucleosídeo 74, foi observado em δ 3,77 (Tabela

4). Também foram observados os sinais referentes aos hidrogênios de H-1’ em

δ 7,10 e o hidrogênio H-2’ em δ 5,35, mais distante do TMS quando comparado

aos hidrogênios H-1’ e H-2’ da estrutura 74, confirmando a presença da ligação

dupla. A observação direta de uma mancha de correlação entre H-2’ x H-1’ no

mapa de contorno homonuclear (COSY) permitiu a atribuição do sinal de H-2’,

confirmando a presença do grupamento 2-(trimetilsilil)etilto em posição 3’

(Figura A.66, pág.235).

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Resultados e Discussão 95 ________________________________________________________________________

No espectro de RMN de 13C e no experimento J-Mod (Figura A.65,

pág.234) de 84 os sinais de ressonância em δ 143,4, δ 129,6, δ 127,0, δ 120,8

foram atribuídos aos carbonos hidrogenados do anel aromático. A observação

direta de uma mancha de correlação entre H-2’ x C-2’ no mapa de contorno

heteronuclear (HMQC) permitiu confirmar o deslocamento químico do carbono

C-2’ em δ 115,1 (Figura A.67, pág.236). Além disso, o experimento J-Mod

confirma o carbono C-2’ em δ 115,1 como sendo carbono hidrogenado. A

presença do carbono do grupo carbonato foi confirmada em δ 153,2, como

previsto (Tabela 4).

O espectro de massa de 84 (Figura A.63, pág.232) confirma a estrutura

esperada com a detecção do íon [M + Na]+ a m/z=499 (M=476).

H-5’ OO

O

3,77

-

4,49

153,2

O

ONH

N

O

O

SSi

O

O

O

SSi

NH

N

O

O

12

4,41

154,0

Tabela 4 Comparação dos deslocamentos químicos de H-5’, -COOO- para os compostos

74, 75 e 12.

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OO

NH

N

O

O

O

H3CO

S

Si

Resultados e Discussão 96 ________________________________________________________________________

Foi realizada uma tentativa de purificação do composto 84 por

recristalização em metanol (Esquema 38). Os cristais obtidos na recristalização

também foram caracterizados por RMN de 1H e 13C. A análise do espectro de

RMN de 1H permitiu fazer a atribuição de um simpleto em δ 3,8 com integral de

três hidrogênios (Figura 14). Além disso, os sinais dos hidrogênios aromáticos

observados no espectro de RMN de 1H para o composto 84 (Figura A.64,

pág.233), não foram observados no espectro do produto obtido após a

recristalização em metanol (Figura 14). No espectro de RMN 13C, observou-se

um sinal em δ 55,2. A caracterização por RMN de 1H e 13C permitiu concluir a

formação de um novo produto protegido em C’ 5, o produto 85 (Esquema 38).

Esquema 38 Composto obtido a partir da recristalização em metanol do composto 84

-111 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

0.0

2

0.9

20

.92

0.9

40

.96

0.9

61

.87

1.8

72

.85

2.8

72

.88

2.8

82

.89

2.9

02

.91

3.7

54

.29

4.2

94

.32

4.3

34

.35

4.3

5

4.8

34

.84

4.8

44

.85

5.2

75

.28

5.2

8

7.0

27

.02

7.0

37

.03

7.2

6

7.4

47

.45

9.6

5

9.7

7

2.0

2

3.3

2

2.0

3

3.0

2

1.9

7

1.0

0

0.9

3

0.9

9

0.9

8

0.9

9

190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.5

8

12.3

8

16.2

4

29.2

2

55.1

9

66.7

7

84.6

4

89.4

9

111.

31

115.

49

136.

63

143.

38

151.

42

155.

42

164.

49

Figura 14 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) e RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) do

composto obtido após recristalização do derivado 84

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Resultados e Discussão 97 ________________________________________________________________________

Uma vez obtido o composto 84, a partir da reação do composto 74 com

6 equivalentes de carbonato de difenila, foi realizado a mesma reação porém

com 1,5 equivalentede carbonato de difenila. Sendo assim, ao utilizar menor

quantidade de reagente, este poderia estar em quantidades suficientes para

reagir com uma das hidroxilas presentes na molécula, como por exemplo, a

hidroxila em C-2’, para então ser eliminado o grupo carbonato de fenila via

formação do anel em C-2’ e meio básico, e posterior eliminação com abstração

do próton em C-3’, abertura do anidro e formação do produto eliminado em

2’,3’, como é mostrado no esquema 36 da página 93. Por esta condição foi

obtido o composto 84 com 63% de rendimento e o composto desprotegido em

C-5’ 75 com 5% de rendimento (Esquema 37, pág.94).

Por esta reação também foi possível obter o produto 86 protegido em C-

2’ e C-5’ pelo grupo carbonato de fenila . A formação preferencial de 86 ocorre

quando o tempo reacional é inferior ao tempo de reação estabelecido para a

obtenção do produto insaturado 84. O produto 86 foi obtido por purificação em

cromatografia em coluna de sílica e caracterizado por RMN 1H, 13C e

espectrometria no infravermelho.

No espectro no infravermelho do composto 86 (Figura A.68, pág.237)

observa-se banda em 1764 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O do

carbonato.

Na análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.69, pág.238) do derivado 86

foram observados os sinais referentes aos hidrogênios aromáticos em forma de

multipleto em δ 7,66- 7,18 cuja integral é igual a 10. No espectro de RMN de

13C (Figura A.70, pág.239) observa-se o deslocamento químico do carbono do

grupo carbonato em δ 153,0 e 152,5 confirmando a presença dos grupos

carbonatos na molécula.

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Resultados e Discussão 98 ________________________________________________________________________

Uma vez obtido o composto 84, e de modo a obter o derivado insaturado

correspondente, não protegido em C-5’, foi realizada a hidrólise de 84 com

KOH em metanol. Após reação, o produto foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica, obtendo-se o composto 75 com 84% de rendimento.

No espectro no infravermelho do composto 75 (Figura A.97, pág.263)

observa-se banda em 1682 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O da

base timina. Além disso, observa-se banda de estiramento C=C em 1611 cm-1.

Bandas de estiramento de grupo hidroxila são observadas entre 3500- 3100

cm-1 indicando a remoção do grupo carbonato de fenila em C-5’.

Na análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.99, pág.264) do

derivado 86 não são observados sinais referentes a hidrogênios aromáticos,

conforme esperado. No espectro de RMN de 13C de 75 (Figura A.100, pág.265)

também não foi observado sinais de carbono aromático, confirmando, portanto,

a hidrólise em C-5’ de 84.

O espectro de massa de 75 (Figura A.98, pág.263) confirma a estrutura

esperada com a detecção do íon [M + Na]+ a m/z= 379 (M=356).

Dando continuidade à síntese do nucleosídeo insaturado substituído em

posição 3’, a outra abordagem consistiu em reagir o composto 74 com

carbonildiimidazol em DMF a 90 ºC (Esquema 39).

A reação conduziu à formação do dímero 87 com rendimento de 65%. A

formação do dímero pode ser proposta através de uma eliminação trans de

acordo com o esquema 39. A eliminação cis intramolecular também poderia ser

proposta com a participação do grupo carbonila com o próton 3’ (MATSUDA et

al., 1991).

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Resultados e Discussão 99 ________________________________________________________________________

Esquema 39 Esquema proposto para a formação do composto 87

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Resultados e Discussão 100 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho do composto 87 (Figura A.71, pág.240)

observa-se banda em 1739 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O do

carbonato. Em 1605 cm-1, bandas de estiramento de C=C, indicando a

formação da ligação dupla proposta para C-2’,3’.

Na análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.73, pág.241) do

derivado 87 foram observados os sinais referentes aos hidrogênios de H-1’ em

δ 7,0 e ao hidrogênio H-2’ em δ 5,31, mais distantes do TMS quando

comparados aos hidrogênios H-1’ e H-2’ de 74. A observação direta de uma

mancha de correlação entre H-2’ x H-1’ no mapa de contorno homonuclear

(COSY) permitiu a atribuição do sinal de H-2’ (Figura A.75, pág.243). O

deslocamento químico característico dos hidrogênios em posição 5’ do

derivado 74 foi observado em δ 3,77. Por comparação, o sinal referente aos

hidrogênios em C-5’ do nucleosídeo 87, foi observado em δ 4,45 e δ 4,29,

semelhante ao deslocamento químico de H’-5 do composto insaturado 84

(Tabela 4, pág.95).

No espectro de RMN de 13C e no experimento J-Mod de 87 (Figura A.74,

pág.242) observa-se o deslocamento químico do carbono do grupo carbonato δ

154,4, como previsto (Tabela 4, pág.95). A observação direta de uma mancha

de correlação entre H-2’ x C-2’ no mapa de contornos heteronuclear (HMQC)

permitiu confirmar o deslocamento químico do carbono C-2’ em δ 115,1 (Figura

A.76, pág.244). Além disso, o experimento J-Mod confirma o carbono C-2’ em δ

115,1 como sendo carbono hidrogenado, mais distante do TMS.

Para confirmação da estrutura do composto obtido foi importante a

utilização da espectrometria de massa de alta resolução com ionização por

eletrospray (HRMS-ESI) em modo positivo (Figura A.72, pág.240). Este

experimento mostrou a presença de um pico de massa sobre carga (m/z) para

o íon [M+Na]+: 761,2129 que está bem próximo da massa exta teórica [M+Na]+:

761,2142, erro: -1,70 ppm, o que confirmou a estrutura proposta para 87.

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Resultados e Discussão 101 ________________________________________________________________________

Para a síntese do composto 76 (Esquema 40), o nucleosídeo 74 foi

submetido à reação de proteção da hidroxila em posição 5’ com o cloreto de

terc-butildifenilsilila. A reação de proteção ocorre em aproximadamente 48

horas e o produto 76 foi isolado com 72 % de rendimento.

Esquema 40 Esquema para a síntese de 78.

No espectro no infravermelho de 76 (Figura A.77, pág.245) observam-se

bandas de harmônicas entre 2000-1600 cm-1, uma banda forte em 698 cm-1

atribuída à presença de anel aromático monossubstituído. Em 1683 cm-1,

observa-se banda forte referente ao estiramento de ligação de C=O.

No espectro de RMN de 1H de 76 (Figura A.79, pág.246) dentre outros

sinais, é possível observar os sinais dos hidrogênios do grupo terc-

butildifenilsilila: um simpleto com integral de nove hidrogênios em δ 1,09

atribuído aos hidrogênios do grupo terc-butila e um multipleto em δ 7,74-7,42,

com integral de 10 hidrogênios, referente aos hidrogênios dos grupos fenila

ligados ao silício.

No espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135 de 76 (Figura

A.80, pág.247) foram observados os sinais referentes ao grupo terc-

butildifenilsilila: em δ 27,4 sinal atribuído aos carbonos hidrogenados do grupo

terc-butila; em δ 19,9, sinal atribuído ao carbono não hidrogenado do grupo

terc-butila.

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Resultados e Discussão 102 ________________________________________________________________________

O espectro de massa confirma a estrutura esperada com a detecção do

íon [M+H]+ a m/z=614 (M= 613) (Figura A.78, pág.245).

Após a proteção da hidroxila em posição 5’, o nucleosídeo 76 foi

submetido à reação com carbonato de difenila e NaHCO3 em DMF para a

obtenção do nucleosídeo insaturado 78 (Esquema 40 e 41). Nossa abordagem

consiste na ativação da hidroxila em posição 2’ para sofrer ataque do átomo de

oxigênio da base situado em posição 2 para à formação seletiva de um 2,2’-

anidro (Esquema 41). A formação do nucleosídeo 2,2’-anidro como

intermediário, permite que ocorra a eliminação trans em meio básico através da

abertura do anidro, após ataque da base ao próton em posição H-3’ (Esquema

41).

Esquema 41 Proposta mecanística para a obtenção de 78

Pela análise do espectro de RMN de 1H a estrutura do composto 78 foi

confirmada pela observação dos sinais referentes aos hidrogênios H-1’ em δ

6,74 e H-2’ em δ 5,21, mais distante do TMS devido o efeito desblindante da

ligação dupla em 2’,3’.

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Resultados e Discussão 103 ________________________________________________________________________

Para a obtenção direta de 78 a partir de 76 (Esquema 40, pág. 101), foi

realizada também a reação com carbonato de dimetila, sob as mesmas

condições reacionais utilizadas na reação com carbonato de difenila. Após

reação e purificação por cromatografia em coluna de sílica, obteve-se o

composto 88 com a hidroxila em C-2’ em posição D-xilo e o nitrogênio da base

timina ligado a um grupo metila. O composto 88 foi caracterizado por

espectrometria de RMN 1H, 13C e espectrometria no infravermelho. O

estabelecimento dos deslocamentos químicos dos hidrogênios H-1’, H-2’ e H-3’

foi importante para inferir a posição da hidroxila em C-2’. O Hidrogênio H-1’, em

ambos os compostos, 88 e 76, aparece em forma de dupleto, porém com

constantes de acoplamento diferentes, 3J1’,2’ é igual a 4,4 Hz para o composto

88 e 3J1’,2’ é igual a 3,6 Hz para o composto 76 (Figura 15). O hidrogênio H-2’,

em ambos os compostos é evidenciado como um dupleto duplo, sendo que a

constante de acoplamento 3J2’,3’ cis é igual a 7,2 Hz no composto 88, enquanto

3J2’,3’ trans é igual a 5,0 Hz para o composto 76. Além disso, H-3’ para o

composto 88 aparece em forma de tripleto enquanto para o composto 76 em

forma de um dupleto duplo.

H-1’- dupleto- 3J1’,2’= 4,4 Hz H-1’- dupleto- 3J1’,2’= 3,6 Hz

H-2’- dupleto duplo- 3J2’,1’= 4,4 Hz H-2’- dupleto duplo- 3J2’,1’= 3,6 Hz

3J2’,3’= 7,2 Hz 3J2’,3’= 5,0 Hz

H-3’- tripleto- 3J3’,2’= 7,2 Hz H-3’- dupleto duplo- 3J3’,4’= 6,5 Hz

3J3’,2’= 5,0 Hz

Figura 15 Comparação das constantes de acoplamento para os compostos 88 e 76

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Resultados e Discussão 104 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho de 88 (Figura A.85, pág.251) observam-se

bandas em 1704 e 1634 cm-1, uma banda forte em 701 cm-1 atribuída à

presença de anel aromático monossubstituído. No espectro de RMN de 1H de

88 (Figura A.86, pág.252) dentre outros sinais, é possível observar os sinais

dos hidrogênios do grupo terc-butildifenilsilila: um simpleto com integral de

nove hidrogênios em δ 1,07 atribuído aos hidrogênios do grupo terc-butila e um

multipleto em δ 7,53, com integral de 10 hidrogênios, referente aos hidrogênios

dos grupos fenila ligados ao silício. Além disso, observa-se um dupleto duplo

de constantes de acoplamento igual a 3J2’,1’= 4,4 e 3J2’,3’= 7,02 Hz, referente a

H-2’. Um tripleto é observado para H-3’ de constante de acoplamento igual a

7,0 Hz. Um simpleto de integral igual a três é observado em δ 3,32 ppm,

deslocamento químico compatível de um grupo metila ligado à um

heteroátomo, que neste caso o CH3 encontra-se ligado ao átomo de nitrogênio

da base timina. Além disso, pelo espectro de hidrogênio não se observa o sinal

característico do átomo de hidrogênio de NH. As atribuições dos sinais

correspondentes aos hidrogênios H-1’, H-2’, H-3’, H-4’ podem ser confirmadas

pelo mapa de contorno homonuclear (COSY) (Figura A.88, pág.254).

No espectro de RMN de 13C de 88 (Figura A.87, pág.253) foram

observados os sinais referentes ao grupo terc-butildifenilasilila: em δ 28,7 sinal

atribuído aos carbonos hidrogenados do grupo terc-butila; em δ 21,0, sinal

atribuído ao carbono não hidrogenado do grupo terc-butila. Em δ 29,5 sinal

atribuído ao carbono N-CH3.

A observação direta de uma mancha de correlação entre N-CH3 x CH3

no mapa de contorno heteronuclear (HMQC) de 88 (Figura A.88, pág.254).

confirma a presença do grupo metila em δ 29,5 A observação direta da mancha

de correlação entre N-CH3 x C-2 e da mancha de correlação N-CH3-3’ x C-4 no

mapa de contorno heteronuclear (HMBC) (Figura A.89, pág.255). permitiu a

atribuição do grupo metila ligado átomo de nitrogênio da base timina.

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Resultados e Discussão 105 ________________________________________________________________________

Dando continuidade, a síntese do composto 78 também foi planejada a

partir do nucleosídeo 77 através da eliminação em meio alcalino com carbonato

de potássio. As tentativas de síntese não conduziram à formação deste

composto por meio da eliminação de benzoato. Embora tenham sido feitas

alterações nas condições de reação empregadas, como mudança de

temperatura para 120 ºC e alteração da base NaHCO3, nenhuma delas levou

ao consumo do material de partida (Esquema 42).

Esquema 42 Esquema de síntese para o composto 78 a partir do nucleosídeo 77

O composto 77 foi obtido a partir da síntese do nucleosídeo 76 com

anidrido benzóico em piridina com rendimento 69%.

No espectro no infravermelho de 77 (Figura A.82, pág.249) observam-se

bandas em 1727 e 1693 cm-1, uma banda forte em 707 cm-1 atribuída à

presença de anel aromático monossubstituído.

Pela análise do espectro de RMN de 1H a estrutura do composto 77

(Figura A.84, pág.250) foi confirmada através da observação dos sinais dos

hidrogênios aromáticos do grupo benzoíla e dos sinais dos hidrogênios do

grupo terc-butildifenilsilila, com integral de 15 hidrogênios em δ 8,14-7,39.

O espectro de massa confirma a estrutura esperada com a detecção do

íon [M+H]+ à m/z=717 (M=716) (Figura A.83, pág.249).

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Resultados e Discussão 106 ________________________________________________________________________

Dando continuidade, foi proposta a síntese do nucleosídeo insaturado 81

a partir do composto dibenzoilado nas posições 2’ e 5’ 80 conforme o esquema

43. Uma vez obtido o produto insaturado protegido em C-5’ e com o TMSE em

C-2’ a partir do composto 65, conforme descrito no capítulo 1 (Esquema 29,

pág. 75), nós propomos também a síntese de 81 a partir do composto 80, a fim

de comparar se seria possível ocorrer uma cis eliminação tendo o grupo

benzoíla como grupo abandonador.

Esquema 43 Esquema de síntese para do nucleosídeo insaturado 81 a partir de 80

A síntese do composto 80 foi realizada conforme a síntese do

nucleosídeo 65. O composto 80 foi obtido após purificação por cromatografia

em camada de sílica com 77% de rendimento.

No espectro no infravermelho do composto 80 (Figura A.90, pág.256)

não são observadas bandas de estiramento O-H entre 3300 e 2500 cm-1.

Observa-se banda correspondente ao estiramento da ligação C=O, de éster do

grupo benzoíla, em 1715 cm-1. Além disso, uma banda forte em 690 cm-1 está

presente indicando a presença de anel aromático monossubstituído.

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Resultados e Discussão 107 ________________________________________________________________________

No espectro de RMN de 1H a estrutura do composto 80 (Figura A.91,

pág.257) é confirmada através da observação dos sinais dos hidrogênios

aromáticos do grupo benzoíla com integral de 10 hidrogênios em δ 8,11-7,44.

No espectro de RMN de 13C para a estrutura do composto 80 (Figura

A.92, pág.258) os sinais dos átomos de carbono aromáticos são observados

em δ 135,6- 128,6.

A tentativa de síntese do composto 81 a partir de 80 realizada em DMF a

120 ºC na presença de K2CO3, (Esquema 43, pág.106) não conduziu à

formação do produto esperado. Foi observada por cromatografia em camada

delgada (CCD), a formação de vários produtos com RF menor que o material

de partida.

A síntese do composto 79 também foi realizada a fim de obter o

composto 81 e comparar se, assim como descrito no capítulo 1 para a

obtenção de 65 (Esquema 27, pág. 72), seria possível obter o análogo

correspondente com o grupo TMSE em posição 3’ (Esquema 44).

Dessa forma, foi realizada a síntese de 79, reagindo-se 74 com cloreto

de mesila em piridina anidra, obtendo-se 79 com 77% de rendimento.

Esquema 44 Esquema de síntese para do nucleosídeo insaturado 81 a partir de 79

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Resultados e Discussão 108 ________________________________________________________________________

No espectro no infravermelho do composto 79 (Figura A.96, pág.262)

não são observadas bandas de estiramento O-H entre 3300 e 2500 cm-1.

Observa-se banda correspondente ao estiramento da ligação C=O, da base

timina, em 1688 cm-1. Além disso, bandas fortes em 1354 cm-1 e 1174 cm-1

estão presentes indicando a presença do grupo metanosulfonato.

No espectro de RMN 1H e 13C para o composto 79, os sinais

correspondentes ao grupo SO2CH3 são evidenciados em: δ 3,19 , δ 3,14 e δ

39,0 e δ 37,8, respectivamente

A tentativa de síntese do composto 81 foi realizada reagindo-se o

composto 79 com benzoato de sódio a 90 °C em DMF. Após a reação com o

consumo total do material de partida, foi detectada por CCD a presença de

várias manchas visualizadas por ultravioleta. A formação de vários produtos

dificultou a purificação por cromatografia em coluna de sílica para então

caracterização dos mesmos. O produto majoritário foi isolado por cromatografia

em coluna de sílica, com 32% de rendimento. A caracterização por RMN 1H

(Figura 16) mostrou a formação de uma mistura de produtos de mesmo RF na

proporção 100:50 e que continham o grupo benzoíla em sua estrutura.

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

0.73

0.78

0.82

0.88

0.91

0.95

1.82

1.87

2.53

2.56

2.61

2.64

3.95

4.49

4.80

5.30

5.57

6.42

6.44

7.45

7.49

7.52

7.56

7.59

7.63

8.06

8.11

8.14

9.23

9.31

14.31

2.29

1.16

4.24

2.15

0.81

1.00

0.98

2.19

0.49

1.34

1.04

10.40

6.00

1.04

Figura 16 Espectro de RMN para a tentativa de síntese do composto 81 a apartir de 79

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Resultados e Discussão 109 ________________________________________________________________________

4.2.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo metiltio

em posição 3’

Da mesma forma que a síntese do composto 72 e intermediários 70 e 71

descritas no capítulo 1 (Esquema 31, pág.80) foi proposta a fim de avaliar e

comparar a atividade biológica do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio presente em

posição 2’ nos nucleosídeos sintetizados, também foi realizada a síntese para a

obtenção dos nucleosídeos com o grupo metiltio em posição 3’.

Uma vez obtido os nucleosídeos insaturados 84 e 75 substituídos na

posição 3’ da desoxirribose com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio a partir do

nucleosídeo 74 (Esquema 37, pág.94), também foi proposta a síntese do

composto 82 pelo mesmo método de síntese, reagindo-se o nucleosídeo 89

com 1,5 equivalente de carbonato de difenila e bicarboanto de sódio em DMF.

Como esse método permitiu a síntese do composto insaturado substituído pelo

grupo TMSE em 3’ em duas etapas e com bons rendimentos, sendo de fácil a

síntese e purificação, optou-se por utilizá-lo também para a síntese do

nucleosídeo insaturado com o substituinte metiltio em 3’ 82 (Esquema 45).

Esquema 45 Esquema para a síntese de 82

Inicialmente, para a síntese de 89, foi realizada a reação do anidro 64

com tiometóxido de sódio, hidreto de sódio em DMF, obtendo-se 89 com 60%

de rendimento após purificação por cromatografia em coluna de sílica

(Esquema 46).

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Resultados e Discussão 110 ________________________________________________________________________

Esquema 46 Esquema para a síntese de 89

O composto 89 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e infravermelho.

No espectro no infravermelho de 89 (Figura A.101, pág.266) foram

observadas bandas em 1702 e 1657 cm-1 referente ao estiramento de ligação

C=O, e em 1263 cm-1 observa-se banda de estiramento de ligação S-C.

No espectro de RMN de 1H de 89 (Figura A,103, pág.267) foi confirmada

a presença do grupo metiltio através do simpleto em δ 2,17 cuja integral é igual

a 3 hidrogênios.

No espectro de RMN de 13C 89 (Figura A.104, pág.268) o sinal do átomo

de carbono correspondente a S-CH3 foi observado em δ 15,3.

O espectro de massa de 89 confirma a estrutura esperada com a

detecção do íon molecular [M+Na]+ a m/z= 311 (M=288) (Figura A.102,

pág.266).

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Resultados e Discussão 111 ________________________________________________________________________

Após obtenção de 89, foi realizada a reação de 89 com carbonato de

difenila para a obtenção de 76 (Esquema 45, pág. 109). O composto 76 foi

obtido após purificação por cromatografia em coluna de sílica com 86% de

rendimento.

.

O composto 76 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e

espectrometria no infravermelho. No espectro no infravermelho de 76 (Figura

A.105, pág.269) banda de estiramento OC=O ocorre em 1763 cm-1 e banda de

estiramento S-C em 1240 cm-1. No espectro de RMN de 1H de 76 (Figura

A.106, pág.269) foi confirmada a presença do grupo fenila através do multipleto

em δ 7,72-7,16 cuja integral é igual a 5 hidrogênios. No espectro de RMN de 13C

76 (Figura A.107, pág.270) o sinal do átomo de carbono 3’ foi observado em δ

87,3.

Dando continuidade a rota de síntese para a obtenção de 82, reagiu-se o

composto 76, com hidróxido de potássio em metanol (Esquema 45) obtendo-se

o composto 82 com 78% de rendimento.

O composto 82 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e infravermelho.

No espectro no infravermelho de 82 (Figura A.108, pág.270) observa-se

banda correspondente ao estiramento de C=O em 1683 cm-1, banda

correspondente ao estiramente estiramento da ligação O-H em 3300-2500 cm-1

também são observadas.

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Conclusão 112

________________________________________________________________________

4.3.1 Conclusão

Seis rotas de síntese para obtenção de nucleosídeos insaturados em

2’,3’ e com o grupo 2’-(trimetilsilil)etiltio em posição 3’ foram estudadas. Entre a

seis rotas de síntese, quatro permitiram o acesso a estes análagos

nucleosídeos.

Todos os nucleosídeos insaturados foram obtidos inicialmente com a

posição 5’ protegida, e portanto poderão ser utilizados diretamente para o

estudo das reações de cicloadição, descritas no capítulo 3.

Etapa de desproteção foi realizada para o nucleosídeo 84 o que permitiu

o acesso ao nucleosídeo com a hidroxila 5’ livre 75. A obtenção do nucleosídeo

75 via reação com carbonato de difenila permite a síntese de tionucleosídeos,

bem como a avaliação biológica comparando-se a importância da posição do

grupo TMSE deste nucleosídeo com o análago substituído em posição 2’.

O método desenvolvido para a obtenção de 75, também foi aplicado

para a síntese de 82, e pode ser usado também para a síntese se nucleosídeos

insaturados 2’,3’ substituídos em 3’.

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CAPÍTULO 3

Reações de cicloadição com nucleosídeos

insaturados em 2’,3’

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Objetivos 114 ________________________________________________________________________

4.3.1 Apresentação

Neste capítulo, objetiva-se estudo da reação de cicloadição com

nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’.

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Plano de Síntese 115 ________________________________________________________________________

4.3.2 Plano de Síntese

Inicialmente, para a obtenção do derivado de ciclobutanona em 2’, 3’ 90,

planejou-se a reação de 63 com dicloroceteno formado in situ a partir do

cloreto de tricloroacetila em presença de zinco ativado e éter anidro (DOWD et

al., 1995).

A desalogenação de 90 seria realizada pela reação com zinco e ácido

acético (NEUDECK e BRINKER, 2005) seguida da reação com haletos de

sulfenila para a obtenção dos dissulfetos mistos a partir do grupo 2-

(trimetilsilil)etiltio para a obtenção de 91 (KUHLE et al., 1971).

O composto 92 seria formado pela reação de 91 com agente redutor

ditiotreitol e, por último, reações subseqüentes seriam realizadas para redução

da carbonila e obtenção de compostos contendo –OH, -SH ou átomo de flúor

como substituintes (Esquema 47).

Esquema 47 Proposta de síntese para obtenção de nucleosídeos bicíclicos

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Plano de Síntese 116 ________________________________________________________________________

Para o estudo das reações de cicloadição, a fim de obter o derivado

ciclobutanona em 2’, 3’ do açúcar, outros compostos também foram planejados

além do composto 63. Planejou-se a síntese do D4T- 5’-tritila 98 a partir de 95,

conforme a síntese realizada por Horwitz e colaboradores, 1965 (Esquema 48)

e a obtenção de 101, a partir do D4T, obtido comercialmente (Esquema 49).

Esquema 48 Esquema de síntese para obtenção de 100

Esquema 49 Esquema de síntese para obtenção de 101

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Resultados e Discussão 117 ________________________________________________________________________

4.3.3 Resultados e Discussão

Para a síntese dos nucleosídeos bicíclicos contendo um anel de

ciclobutanona em 2’, 3’ do nucleosídeo 90, inicialmente foi realizada a tentativa

de reação do composto 63 com o cloreto de tricloroacetila em presença de

zinco ativado (DOWD et al., 1995) (Esquema 50).

Esquema 50 Proposta de síntese para obtenção de 90

A reação foi efetuada a partir de uma solução do composto 63 em éter

anidro em presença de 2 equivalentes de zinco ativado (KREPSKI &

HASSNER, 1978), à temperatura ambiente. Uma solução etérea de 1,5

equivalentes de cloreto de tricloroacetila previamente destilado foi preparada e

adicionada gota-a-gota durante 1 hora ao meio reacional através de uma

seringa automática. A reação foi acompanhada por cromatografia em camada

delgada, infravermelho e RMN durante 48 horas. Por cromatografia em camada

delgada não foi possível visualizar a formação de produto e chegar à conclusão

que seria possível acompanhar a reação por CCD. Por meio da análise do

espectro no infravermelho não foi possível visualizar bandas de estiramento de

C=O de diclorociclobutanona em torno de 1800 cm-1. A dificuldade de

elaboração e purificação do produto também dificultou a análise do espectro de

RMN de 1H, sendo possível apenas confirmar a presença do composto 63 no

meio reacional. Para realização da análise de RMN de 1H, coletou-se uma

amostra da reação e evaporou-se o solvente. O sólido foi recuperado com

clorofórmio deuterado, e filtrado em K2CO3 e Celite.

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Resultados e Discussão 118 ________________________________________________________________________

Com o objetivo de analisar as condições reacionais, o Zn-Cu utilizado na

reação anterior foi avaliado, realizando-se a reação do 1,2-di-hidronaftaleno

com o cloreto de tricloroacetila (NEUDECK e BRINKER, 2005). A reação foi

acompanhada por meio da análise do espectro no infravermelho, e a

confirmação da formação da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona pôde ser feita pela

observação da banda de estiramento de C=O da ciclobutanona em 1798 cm-1.

Uma vez analisado o Zn ativado a ser utilizado nas reações de

cicloadição, uma nova tentativa de síntese foi realizada modificando-se

condições de reação com alteração da temperatura para 40 ºC, utilização de

ultrassom e 10 equivalentes de cloreto de tricloroacetila e 15 equivalentes de

Zn-Cu. Sob essas condições, pela análise no espectro no infravermelho pode-

se observar uma banda de estiramento de carbonila em 1804 cm-1, indicando a

possibilidade de formação do produto esperado. No entanto, a obtenção do

produto não pode ser confirmada, dada a dificuldade de isolá-lo por

cromatografia em coluna de sílica. Novas tentativas de reação sob essas

condições foram realizadas a partir do composto 63, no entanto, não foi obtido

o composto esperado.

Assim, uma nova proposta de síntese foi planejada. Foi proposta a

síntese do composto 102 e a partir dele utilizar um segundo método de reação

de cicloadição com compostos olefínicos (GRIECO et al., 1977) (Esquema 51).

Por este método, a dicloroceteno formada in situ seria obtida a partir de

trietilamina e cloreto de dicloroacetila em mistura de hexano/éter.

Esquema 51 Proposta de proteção da base para obtenção do nucleosídeo bicíclico 103

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Resultados e Discussão 119 ________________________________________________________________________

O composto 102 foi sintetizado a partir do composto 63 com cloreto de

p-metoxibenzila (PBMCl) e K2CO3 em DMF. O produto 102 foi isolado por

cromatografia em coluna de sílica e obtido com 78% de rendimento.

A obtenção do composto 102 foi confirmada pela análise de seu

espectro de RMN de 1H (Figura A.109, pág.271). Dentre outros sinais foi

observado um multipleto em δ 8,01-6,80 em cuja integral de nove hidrogênios

reforça a introdução de um anel aromático do grupo p-metoxibenzila na

estrutura 63. Além disso, é possível caracterizar os hidrogênios H-2’’ e H-3’’ e

confirmar a presenção do anel aromático do grupo p-metoxibenzila. O sinal

correspondente a H-2’’ é observado na forma de um dupleto em δ 6,80 com

constante de acoplamento J=8,8 Hz e integral igual a dois. Da mesma forma o

sinal corresponde a H-3’’ é observado em δ 7,44 na forma de um dupleto com

J=8,8 Hz. Também observa- se um dupleto em δ 5,08 com constante igual a 16

Hz atribuído a H-a de CH2, e um dupleto em δ 5,02 com constante igual a 12

Hz, referente a H-b de CH2 do grupo p-metoxibenzila. Em δ 3,75 um simpleto

de integral igual a três hidrogênios do grupo metila do grupo p-metoxibenzila

está presente.

No espectro de RMN de 13C e do subespectro J-Mod de 102 (Figura

A.110, pág.272) o sinal de carbono referente ao -CH2 do grupo p-metoxibenzila

foi atribuído em δ 44,3. O carbono do grupo metoxila foi observado em δ 55,4.

A observação direta de uma mancha de correlação no mapa de contorno

heteronuclear (HMQC) entre H-CH2’ x C-CH2 permitiu a atribuição do carbono

metilênico do grupo p-metoxibenzila (Figura A.112, pág.274).

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Resultados e Discussão 120 ________________________________________________________________________

Pela análise do deslocamento químico do carbono metilênico do grupo

p-metoxibenzila, pode-se confirmar a proteção da base timina através da

ligação entre o carbono a um átomo nitrogênio, conforme esperado. A

possibilidade de proteção da base através da ligação entre o carbono

metilênico e o átomo de oxigênio em C-4 ou C-2 foi excluída, uma vez que se

ocorresse tal ligação o deslocamento químico do carbono metilênico do grupo

p-metoxibenzila no espectro de RMN 13C estaria mais distante do TMS.

A tentativa de síntese do composto 103 (Esquema 51, pág. 118), foi

realizada reagindo-se o composto 102 com 3 equivalentes trietilamina

previamente destilado e 2,6 equivalentes cloreto de dicloroacetila também

destilado. Para reação, a mistura reacional foi preparada com o 0,025 g do

composto 103, 0,1 mL de éter, 0,3 mL de ciclohexano e 16 µL de trietilamina.

Uma solução de ciclohexano e cloreto de dicloroacetila foi preparada com 50

µL de cloreto de dicloroacetila e 1 mL de ciclohexano. Desta solução 0,2 mL foi

adicionado gota-a-gota no meio reacional durante 20 minutos. A reação foi

acompanhada por CCD pentano: acetato de etila 8:2 e espectrometria no

infravermelho. Por CCD não foi possível visualizar a formação de um possível

produto e por IV, não se observou banda próximo de 1800 cm-1.

Uma vez que não foram obtidos os produtos planejados, buscou-se

estudar as reações de cicloadição com derivados do D4T 4, protegidos em C-5’

e N-protegidos.

Inicialmente, o D4T obtido comercialmente foi protegido em C-5’ pela

reação com cloreto de benzoíla em piridina, obtendo-se o composto 101 com

69% de rendimento.

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Resultados e Discussão 121 ________________________________________________________________________

A obtenção do composto 101 foi confirmada pela análise de seu

espectro de RMN de 1H (Figura A.114, pág.276). Dentre outros sinais foi

observado um multipleto em δ 8,01-6,80 em cuja integral de 5 hidrogênios

reforça a introdução de um anel aromático do grupo benzoíla na estrutura 4.

Dando continuidade à síntese, foi realizada a reação do composto 101

com cloreto de dicloroacetila e trietilamina em THF. A mistura reacional, foram

adicionados gota-a-gota a solução de cloreto de dicloroacetila preparada em

THF anido, juntamente com a solução de trietilamina preparada em THF

durante 30 minutos. A evolução da reação foi acompanhada por CCD

diclorometano: metanol 95:5. Pela placa foi possível visualizar o consumo total

do material de partida e formação de uma única mancha revelada na placa de

CCD por ultravioleta e solução de ácido sulfúrico 5% em etanol. A reação

posteriormente foi elaborada e o bruto foi analisado por espectrometria no

infravermelho. A análise no infravermelho mostrou uma banda forte em 1798

cm-1 indicativa de formação do produto esperado (Figura 17). Uma vez, que o

produto da ciclobutanona poderia ser instável para purificação por

cromatografia em camada de sílica, o bruto da reação foi submetido à reação

com NH4Cl e Zn em metanol para tentativa decloração da ciclobutanona que

poderia ter sido formada. A reação foi acompanhada por CCD e acetato de

etila: hexano 1:1. Após reação a análise no infravermelho foi realizada e o IV

mostrado na figura 17 (NH4Cl), demonstra o desaparecimento da banda em

1790 cm-1 (Figura 17).

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

cm-1

%T

2955 2475

1798

1719

1660

1600

1584

1450

1438

1389

1359

1314

1270

1202

1177

1111

1078

1069

1025

981

941

897

857

812

791

763

713

686

672

3159

3091

3036

2952

2926

2819

1790

1719

1679

1601

1462

1451

1421

1406

1387

1361

1331

1315

1266

1177

1137

1121

1092

1077

1067

1024

1009

990

935

894

870

852

831

810

796

779

759

740

704

686

676

657

3174

3099

3038

2926

1646

1566

1462

1417

1402

1380

1347

1334

1285

1256

1225

1139

1111

1097

1071

1033

976 908

877

846

803

775

760

740

687

654

Figura 17 Comparação das bandas no infravermelho dos compostos 102 e produto

formado na reação de cicoadição

Cl2CCO

NH4Cl

NaBH4

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Resultados e Discussão 122 ________________________________________________________________________

Pela análise dos resultados, pode-se inferir a formação de um produto

acetilado, possivelmente ocorreu a acetilação da base na primeira etapa a

partir da reação com cloreto de tricloroacetila e trietilamina, e posteriormente

desacetilado após reação com NH4Cl. Assim, para reação de cicloadição,

possivelmente será necessário proteger a base do nucleosídeo para utilização

do método dicloroceteno formada in situ a partir de cloreto de dicloroacetila.

Além disso, o produto obtido foi submetido à reação com NaBH4 para tentativa

de redução da carbonila do possível derivado de ciclobutanona formado. Para

tanto, após reação foi analisado o resultado por infravermelho o qual mostrou o

desaparecimento da banda em 1719 cm-1, e o aparecimento da banda de O-H

mostrando que pode ter ocorrido a redução de C=O do grupamento protetor em

C-5’.

Uma vez que seria necessário estudar a reação de cicloadição com

nucleosídeos N-protegidos, os compostos 104 e 105 foram obtidos a fim de

avaliar a formação da ciclobutanona em 2’,3’ (Figura 18).

Figura 18 Compostos 104 e 105

A reação do composto 104 com cloreto de dicloroacetila e trietilamina foi

realizada. A reação foi acompanhda por CCD acetato de etila: hexano 1:1 e

após 24 horas de reação não foi observado o consumo do material de partida.

Pela análise no infravermelho uma banda entre 1797- 1800 cm-1 é observada,

no entanto não se pôde concluir se poderia ser o produto correspondente à

ciclobutanona ou derivado de cloreto de dicloroacetila. Foi elaborada a reação

e posteriormente efetuada a redução com zinco, para redução dos cloros da

ciclobutanona, uma vez que este poderia ter sido formada. Após 20 horas de

reação elaborou-se. A placa realizada após tentativa de redução mostrou que

não houve o consumo do material de partida.

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Resultados e Discussão 123 ________________________________________________________________________

A análise de RMN 1H mostrou o material de partida. Portanto, não se

obteve o derivado de ciclobutanona.

A tentativa de síntese também foi realizada com o composto 105.

Semelhante à reação com o composto 104, também não foi possível obter o

composto planejado.

Dando continuidade, a síntese dos compostos para o estudo da reação

de cicloadição, os compostos 96, 97 e 98 foram obtidos de acordo com Horwitz

e colaboradores, 1965. O composto 98 foi obtido a partir do nucleosídeo 97

através da reação com terc-butóxido de potássio em DMSO. O composto 98 foi

obtido com 92% de rendimento.

A obtenção do composto 98 foi confirmada pela análise de seu espectro

de RMN de 1H (Figura A.126, pág.288). Dentre outros sinais foi observado um

multipleto em δ 7,42-7,05 em cuja integral de 15 hidrogênios reforça a

presença do grupo tritila. Os sinais de H-2’ e H-3’ são evidenciados em δ 6,34 e

δ 5,9, confirmando a obtenção da ligação dupla em 2’,3’.

Uma vez realizadas as tentativas de obtenção do derivado de

ciclobutanona a partir de compostos 5’ e N- protegidos com cloreto de

dicloroacetila e trietilamina, buscou-se uma alternativa, através da reação do

nucleosídeo 98 com cloreto de tricloroacetila e zinco ativado. Sob essa

condição, a princípio não seria necessário à proteção da base e ao mesmo

tempo seria possível avaliar a interferência do grupamento TMSE no composto

63 para o sucesso da reação de cicloadição, uma vez que em tentativas

anteriores com esses reagentes não conduziram o nucleosídeo esperado.

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Resultados e Discussão 124 ________________________________________________________________________

Foi realizada a tentativa de síntese da ciclobutanona a partir de 98 com

Zn-Cu em éter etílico seco, previamente destilado e tratado com sódio. A

adição da mistura de cloreto de tricloroacetila em 3 mL de éter etílico seco, foi

adicionada ao meio reacional lentamente em 2 horas. A reação foi

acompanhada por CCD diclorometano: metanol 98:2, onde foi possível

visualizar o consumo do material de partida e a formação de uma única

mancha revelada por solução ácida 5% em etanol. O meio reacional foi filtrado

numa coluna de Celite e lavado com 30 mL de hexano e o fitrado foi

concentrado para um terço do volume original usando evaporador rotatório. O

concentrado foi lavado com de água fria, 50 mL de solução saturada de

NaHCO3. O produto foi analisado por espectrometria no infravermelho

observando-se uma banda fraca em 1803 cm-1 e posteriormente foi realizado o

RMN 13C e 1H. A análise de RMN mostrou a formação do tritil, indicando a

remoção do grupo protetor.

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Conclusão 125 ________________________________________________________________________

4.3.4 Conclusão

Tentativas de síntese para a obtenção do derivado de ciclobutanona em

posição 2’,3’ do nucleosideo foram realizadas sem sucesso. Nucleosídeo 5’

protegido e 5’,N- protegidos foram material de partida para o estudo da reação

de cicloadiação apartir de dois métodos descritos na literatura: (i) formação de

dicloroceteno in situ a partir de cloreto de dicloroacetila e trietilamina, (ii)

formação de dicloroceteno in situ a partir de cloreto de tricloroacetila e Zn.

Compostos inéditos foram obtidos a fim de se estudar essas reações e

poderão ser avaliados para atividade biológica.

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CAPÍTULO 4

Avaliação Biológica

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Atividade biológica 127 ________________________________________________________________________

5.1 Introdução

Tendo em vista a importância dos nucleosídeos devido às suas

inúmeras propriedades biológicas e/ou farmacológicas, foi avaliada a atividade

citotóxica para linhagens de células tumorais e antiviral para o vírus da herpes

dos nucleosídeos sintetizados no presente trabalho por colaborações com

grupos de pesquisas previamente estabelecidas.

A avaliação das propriedades biológicas foi realizada com duas

colaborações:

- Pela equipe da Profa. Dra. Cláudia Maria Oliveira Simões do

Laboratório de Virologia Aplicada, LVA, Departamento de Ciências

Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa

Catarina, UFSC.

- Pela equipe da Profa. Dra. Maira Galdino da Rocha Pitta do

Laboratório de Imunomodulação e Novas Abordagens Terapêuticas – LINAT,

Departamento de Bioquímica, Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica

Suely Galdino – NUPIT, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para

Inovação Farmacêutica, Universidade Federal de Pernambuco, Centro de

Ciências Biológicas.

Inicialmente, no estudo da atividade biológica dos compostos

sintetizados, foi avaliado o efeito citotóxico para células normais de um

determinado número de nucleosídeos e a atividade antiviral para o vírus HSV-

Herpes simplex vírus pela equipe da Profa. Profa. Dra. Cláudia Maria Oliveira

Simões, conforme testes descritos a seguir. O estudo da atividade antiviral para

o vírus HIV será realizado oportunamente.

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Atividade biológica 128 ________________________________________________________________________

5.2 Testes realizados

- Determinação da citotoxicidade:

A citotoxicidade foi determinada pelo ensaio colorimétrico –MTT:

desidrogenases mitocondriais de células vivas reduzem o brometo de 3-(4,5-

dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil-2H-tetrazolio e o produto pode ser doseado por

espectrofotometria. O número de células vivas é, portanto proporcional a

quantidade de produto formado. Assim, o efeito tóxico do composto sobre as

células pode ser mensurável após um período de incubação por diferentes

concentrações do nucleosídeo.

As células vero saudáveis de rins de macaco e células de câncer de

pulmão (A549) foram exploradas por diferentes concentrações dos compostos

por 72 e 48 horas, respectivamente, e depois de incubadas, a concentração

citotóxica de 50% (CC50) que reduzia a viabilidade celular em 50% de cada

nucleosídeo foi calculada.

- Determinação do efeito antiviral:

Os experimentos foram realizados com o vírus com genona de DNA:

Herpes vírus simplex humano tipo I (HSV-I): CEPA (KOS).

Preparo das suspensões-estoques virais.

Os estoque viral foram preparados conforme metodologia escrita por Simões e

colaboradores, 1999.

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Atividade biológica 129 ________________________________________________________________________

A suspensão estoque viral previamente preparada foi inoculada em um frasco

de cultura, contendo uma monocamada de células VERO ou A549, que foi

cultivada em meio MEM, suplementado com 5% de SFB e 1% de PSA,

tripsinizada 24 h antes da incubação. O meio de cultura foi aspirado da garrafa

e a monocamada celular foi lavada 3x com PBS; após, foi inoculado 1 mL da

suspensão viral e a garrafa mantida por 1 h a 37 °C, em estufa de CO2 para

que o vírus fosse adsorvido. O inóculo foi aspirado e 10 mL de meio MEM

foram adicionados (sem SFB para as células VERO e 2% para as células

A549). A garrafa foi mantida em estufa nas mesmas condições descritas acima.

O efeito citopático viral foi monitorado por microscópio invertido a cada ciclo de

replicação (18 h). É importante respeitar o tempo de ciclo do vírus, pois quando

o tapete celular é destruído, os vírions liberados no meio sofrem, e o título

infeccioso cai rapidamente. Após total destruição do tapete celular o frasco foi

congelado a -80 °C e descongelado a 37 °C por 3x, para o rompimento total

das células e liberação das partículas virais. A suspensão foi centrifugada,

durante 10 min, a 4 °C. O sobrenadante foi aliquotado em tudos estéreis e

armazenados a -80 °C para posterior utilização.

Determinação dos Títulos Infecciosos Virais

O HSV-1 utilizado neste trabalho foi titulado segundo o método das

diluições limites, com cálculo do ponto de infecção a 50%, de acordo com a

metodologia clássica de Red e Munch (1938).

Procedimento: Preparou-se uma série de diluições 1:10, a partir de

uma suspensão-estoque viral (HSV-1) de título desconhecido. Inoculou-se esta

série nas células VERO (2x105 células/mL), cultivadas em meio MEM, com 5%

de SFB, por 24 h, e o efeito citopático viral, decorrente da replicação de até

uma única partícula viral, foi observado microscopicamente. A titulação foi

realizada em placas de microtitulação de 96 cavidades, na razão de 12 poços

por cada diluição, cada poço contendo 50 µL de suspensão viral. Após

incubação de 37º C, 5% de CO2, durante 72 h (=4 ciclos de multiplicação do

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Atividade biológica 130 ________________________________________________________________________

HSV-1), foi contado o número de poços onde o efeito citopático foi positivo e

negativo e foi então determinada a diluição que produz resposta positiva em

50% das amostras (TDCID50 =50% Tissue culture infectious dose = ID50= dose

infectante 50%).

Avaliação in vitro da potencial atividade antiviral

A avaliação da atividade antiviral foi realizada da mesma forma que

para a citotoxicidade, porém com a adição das suspensões virais.

5.3 Resultados

Para a avaliação biológica dos nucleosídeos obtidos neste trabalho,

realizou-se um estudo preliminar com nucleosídeos saturados e insaturados.

Para tanto, avaliou-se os resultados obtidos em duas séries, conforme

mostrados nas tabelas 5 e 6.

CC50 A549

48 horas

CC50 VERO

72 horas

Atividade antiviral

HSV-1 KOS

64

>250 µM >250 µM Ausente

(50 µM)

15

>250 µM >250 µM Ausente

(50 µM)

70

>500 µM 410 µM Ausente

(50 µM)

65

>500 µM 384,8 µM Ausente

(50 µM)

74

>500 µM 309,3 µM Ausente

(50 µM)

CC50 -Concentração Citotóxica de 50%

A549 – Linhagem humana de câncer de pulmão

VERO- Células saudáveis de rins de macaco

HSV-1 KOS- Herpes vírus simplex humano tipo I: CEPA (KOS)

Tabela 5 Avaliação biológica na série dos nucleosídeos saturados

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Atividade biológica 131 ________________________________________________________________________

CC50 A549

48 horas

CC50 VERO

72 horas

Atividade antiviral

HSV-1 KOS

63

32,8 µM 21 µM Ausente

(10 µM)

87

20,1 µM 34,7 µM Ausente

(30 µM)

85

85,5 µM 77 µM Ausente

(10 µM)

CC50 -Concentração Citotóxica de 50%

A549 – Linhagem humana de câncer de pulmão

VERO- Células saudáveis de rins de macaco

HSV-1 KOS- Herpes vírus simplex humano tipo I: CEPA (KOS)

Tabela 6 Avaliação biológica na série dos nucleosídeos insaturados

Em ambas as séries avaliadas, os nucleosídeos não apresentaram

atividade antiviral para o vírus HSV-1. No entanto, dois compostos 63 e 87

mostraram-se citotóxicos frente a células A549 (cancer de pulmão, humanas)

apesar de também terem sido citotóxicos para as células Vero (células

saudáveis de rins, macaco) (Tabela 6). Para o composto 63 a CC50 foi 32,8 µM

para células de câncer de pulmão, e para células Vero 21 µM. O composto 87

apresentou a CC50 para células de câncer de pulmão 20 µM e CC50 para

células vero 34,7 µM. Comparando-se esses valores com os resutlados obtidos

de CC50 na série dos compostos saturados (Tabela 5), pode-se inferir que a

presença da dupla ligação 2’,3 nos nucleosídeos pode ser importante para a

atividade.

Uma vez que os compostos 63, 87 e 85, na série dos nucleosídeos

insaturados, apresentaram ser citotóxicos para as células A549, selecionou-se

uma série de compostos insaturados para dar continuidade aos estudos de

avaliação da atividade antiproliferativa. O estudo foi realizado pela equipe da

Profa. Dra. Maira Galdino da Rocha Pitta, e os resutlados são mostrados na

tabela a seguir:

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Atividade biológica 132

_______________________________________________________________________

Os resultados mostraram que composto 15, 74 e 4 não apresentaram

atividade, e que a insaturação em 2’,3’ é importante para a atividade, pois

todos os compostos insaturados, com exceção do composto 4 (d4T),

apresentaram atividade contra pelo menos uma linhagem celular. Comparando-

se os compostos 17 e 75, 17 foi ativo para quatro linhagens celulares enquanto

o composto 75 foi ativo para 3 linhagens. Os compostos 73 e 82 não foram

ativos, mostrando que o grupo TMSE é importante para a atividade. Entre 63 e

17, o composto 63 foi mais ativo que o composto 17, e o composto 84 foi mais

ativo que o composto 75, mostrando que o grupo protetor em C-5’ é importante

para maior atividade. Assim, a presença do grupo 5’-O-benzoíl ou 5’-O-

fenoxicarbonil é importante para a atividade já que os compostos mais

potentes contém um desses grupos: 63 e 84. Por fim, os compostos com a

cadeia TMSE foram mais potentes do que aqueles com o grupo metiltio.

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PARTE EXPERIMENTAL

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Parte Experimental 134

______________________________________________________________________

5 PARTE EXPERIMENTAL

Os solventes utilizados foram previamente tratados seguindo

procedimentos específicos:

metanol – tratado com magnésio ativado pelo iodo sob refluxo e

destilado.

piridina – acondicionada previamente com pastilhas de hidróxido

de potássio. No texto é referida como piridina anidra.

Os demais solventes foram utilizados sem prévia purificação e/ou

destilação.

Para cromatografia em camada delgada (CCD) utilizou-se sílica-gel 60 G

MERCK®, sobre lâmina de vidro e placas Merck silicagel 60 F24, de 0,25 mm

de espessura, reveladas em luz ultravioleta (254 ou 366 nm).

Os reveladores utilizados foram: solução etanólica de ácido sulfúrico 5%

v/v e vapores de iodo.

Para cromatografia em coluna utilizou-se sílica-gel 60, 0,063 a 0,200 mm

MERCK®.

Os compostos sintetizados tiveram suas estruturas comprovadas através

das técnicas espectroscópicas de RMN, de massa e espectrofotometria de

absorção no iv:

Os espectros de ressonância magnética nuclear de 1D e 2D foram

obtidos em espectrômetro BRUCKER Avance DPX 200 e espectrômetro

BRUCKER Avance DRX 400, no Departamento de Química, ICEX, UFMG, e no

Department de Pharmacochimie Moleculaire, UJF, Grenoble-FR utilizando-se

como padrão interno tetrametilsilano.

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Parte Experimental 135

______________________________________________________________________

Os espectros no infravermelho foram obtidos em espectrofotômetro com

transformada de Fourier –Perkin-Elmer, modelo Spectrum One, do Laboratório

de Química Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG.

Os espectros de massa foram obtidos pela Plate-forme de Spectrométrie

de Masse Haute Résolution da Fédération de Recherche Physique et Chimie

du Vivant (FR2708: CBM/ICOA) e pelo Departamento de Química da

Universidade Federal de Minas Gerais em equipamento Shimadzu LC-ITT por

ionozação eletrospray.

Rotação óptica foi obtido em polarímetro ADP220-BS Bellinghan Stanley

Ltd. no laboratório de Química Farmacêutica da Escola de Farmácia da

Universidade Federal de Minas Gerais.

O Ponto de fusão foi obtido com o equipamento MQAPF-301 no

laboratório de Química Farmacêutica da Escola de Farmácia da Universidade

Federal de Minas Gerais.

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Parte experimental 136 ________________________________________________________________________

Tioacetato de 2-(trimetilsilil)etila 61

A um balão de fundo redondo de 500 mL foram adicionados 0,19 g (1,15

mol) de AIBN, 10 g (0,1 mol) de trimetilvinilsililano 59 e 6,4 g (0,084 mol) de

ácido tioacético 60. A mistura foi desoxigenada por gás nitrogênio durante 20

minutos e em seguida mantida sob agitação a 60 ºC durante 3 horas. A mistura

foi levada ao rotavapor a 50-70 ºC. O produto 61 foi obtido como líquido incolor

(7,23 g; 54% de rendimento).

FM: C7H16OSSi

MM: 176,35 g/mol

IV (ע máx,cm-1) 2954, 2895; 1687 (C=O); 1248 (Si-C); 845 (S-C).

RMN 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 2,92-2,83 (2 H, m, S-CH2) ; δ 2,28 (3 H, s, Ac-CH3) ; δ

0,88-0,79 (2 H, m, Si-CH2) ; δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).

RMN 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 196,5 (CO) ; δ 30,7 (CH3CO) ; δ 25,5 (S-CH2) ; δ 17,5 (CH2-

Si) ; δ -1,7 (Si(CH3)3).

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Parte experimental 137 ________________________________________________________________________

2-(Trimetilsilil)etanotiol 13

A um balão de fundo redondo de 500 mL foram adicionados 14 g (0,08

mol) de 61 e 80 mL de éter anidro. Em seguida, com resfriamento em banho de

gelo, adicionaram-se em frações 3,8 g (0,1 mol) de LiAlH4 a 95%. A mistura foi

deixada sob agitação magnética, 0 ºC, por 30 minutos. Neutralizou-se a mistura

reacional com 100 mL de solução aquosa de ácido clorídrico (1M).

Adicionaram-se 100 mL de água e 50 mL de éter, e após a decantação,

extraiu-se a fase aquosa com duas porções de 50 mL de éter. As fases

orgânicas foram reunidas, secas com sulfato de sódio. O produto 13 foi levado

ao rotavapor a e obtido como líquido incolor (10,40 g; 78% de rendimento).

FM: C5H14SSi

MM: 134,32 g/mol

IV (ע máx,cm-1) 2893; 2897; 1247 (Si-C); 839 (S-C).

RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 2,54-2,50 (2 H, m, S-CH2) ; δ 1,42 (1 H, t, 3JSH,CH = 6,8 Hz,

3JSH,CH = 6,8 Hz, SH) ; δ 0,91-0,87 (2 H, m, Si-CH2) ; δ -0,05 (9 H, s, Si(CH3)3).

RMN 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 24,5 (S-CH2); δ 22,1 (CH2-Si); δ 0,0 (Si(CH3)3).

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Parte experimental 138 ________________________________________________________________________

2,2’- anidrotimidina 64

A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 100 mL de

DMF e 15 g (58,06 mmol) de 5’-metiluridina 22. À suspensão foram

adicionados 6,95 mL (81,87 mmol) de carbonato de dimetila e 0,31 g (3,71

mmol) de bicarbonato de sódio. Deixou-se a mistura sob agitação magnética e

atmosfera de gás argônio, à temperatura de 150 ºC, por 3 horas. Após o

término da reação, detectado por CCD (acetato/metanol 9:1), a mistura foi

vertida gota-a-gota em 300 mL de éter etílico sob agitação magnética. A

suspensão formada foi filtrada a vácuo e o sólido obtido recristalizado em

metanol, o que forneceu o produto 64 como um sólido branco cristalino (11,15

g; 78 % de rendimento).

FM: C10H12N2O5 MM: 240,21 g/mol

FF: 240-242°C

[α]D20,5= -0,09 (c 0,4, MeOH)

IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1666 (C=O); 1614; 1552; 1490; 1267; 1238; 1093; 1057;

993; 798.

RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 7,80 (1 H, d, 4J 6, 5-CH3= 1,2 Hz, H-6); δ 6,35 (1 H, d,

3J 1’,2’ = 6,0 Hz, H-1’); δ 5,94 (1 H, s, OH-3’); δ 5,24 (1 H, da, 3J 2’,3’ = 5,6 Hz, H-2’); δ 5,02 (1

H, s, OH-5’); δ 4,44 (1 H, m, H-3’); δ 4,12 (1 H, m, H-4’); δ 3,32 (1 H, dd, 2J 5’a,5’b = 11,6

Hz, 3J 5’a, 4’ = 5,2 Hz, H-5’a); δ 3,23 (1 H, dd, 2J5’b,5’a = 11,6 Hz , 3J 5’b, 4’ = 5,2 Hz, H-5’b); δ

1,85 (3 H, s, CH3).

RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 171,3 (C-4); δ 158,9 (C-2); δ 131,8 (C-6); δ 116,2

(C-5); δ 89,8 (C-1’); δ 88,7 (C-4’); δ 88,1 (C-2’); δ 74,3 (C-3’); δ 60,4 (C-5’); δ 13,1 (5-CH3).

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Parte experimental 139 ________________________________________________________________________

2’-Desoxi-2’-[(2-(trimetilsilil)etil)tio]timidina 15

A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 110 mL de

DMF e 5 g (22 mmol) de 2,2’-anidrotimidina 64. À suspensão foram

adicionados 11 g (79 mmol) de carbonato de potássio e 3,5 g (26 mmol) de 2-

(trimetilsilil)etanotiol 13. Deixou-se a solução sob agitação magnética e

atmosfera de gás argônio, à temperatura de 120 ºC, por 3 horas. Após o

término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5),

adicionou-se diclorometano (300 mL) e filtrou-se a vácuo. O filtrado foi

concentrado em evaporador rotatório sob pressão reduzida. O óleo amarelo foi

purificado por cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/metanol

95:5. O produto 15 foi obtido na forma de um sólido branco (6,9 g; 88% de

rendimento).

FM: C15H26N2O5SSi

MM: 374,53 g/mol

FF: 71-73º C IV (ע máx,cm-1) 3396 (N-H); 3300-2500 (O-H); 1681 (C=O); 1469; 1417; 1390; 1276; 1247

(Si-C); 1085; 839 (S-C); 752.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,82 (1 H, sl, NH); δ 7,22 (1 H, s, H-6); δ 5,44 (1 H, d,

3J1’,2’= 8,8 Hz; H-1’); δ 4,34 (1 H, dd, 3J 3’,4’= 5,2 Hz, 3J 3’,2’= 1,2 Hz, H-3’); δ 4,20 (1 H, m, H-

4’); δ 3,95 (1 H, m, H-2’), δ 3,93 (1 H, dd, 2J 5’a,5’b = 12,4 Hz, 3J 5’b,4’ = 2,4 Hz, H-5’a), δ 3,79

(1 H, dd, 2J 5’b,5’a = 12,4 Hz, 3J 5’b,4’ = 2,4 Hz, H-5’b), δ 2,58 (2 H, m, S-CH2); δ 1,95 (3 H, s,

5-CH3); δ 0,84 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,02 (9 H, s, Si-(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,5 (C-4); δ 150,5 (C-2); δ 138,8 (C-6); δ 111,3 (C-

5); δ 93,2 (C-1’); δ 86,6 (C-4’); δ 71,5 (C-3’); δ 63,1 (C-5’); δ 52,8 (C-2’); δ 28,4 (S-CH2); δ

18,0 (Si-CH2); δ 12,4 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).

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Parte experimental 140

________________________________________________________________________

2’-Desoxi-5’-dimetoxitritil-2’-[(2-(trimetilsilil)etil)tio]timidina 68

A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 6 mL de

piridina anidra e 0,5 g (1,34 mmol) de 15. Em seguida, sob banho de gelo,

agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 1,25 g (3,73

mmol) de cloreto de 4,4-dimetóxitritila. A reação foi mantida sob banho de gelo

por 48 horas. Evaporou-se o solvente e o produto foi purificado por

cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/metanol 98:2. O produto

bruto 68 foi obtido sob a forma sólida (0,133 g; 28% de rendimento).

FM: C36H41N207SSi

MM: 676,89 g/mol

IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); (C=O)1607; 1583; 1541; 1507; 1246 (Si-C); 1174; 1030;

827 (S-C); 752; 700; 681.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 11,56 (1 H, s, NH); δ 7,55- 6,68 (14 H, m, H-6 + Ar-H);

δ 6,10 (1 H, d, J= 8,0 Hz; H-1’); δ 4,51(1 H, m, H-3’); δ 4,23 (2 H, m, H-2’ + H-4’); δ 3,73 (6

H, s, O-CH3); δ 3,37(2 H, m, H-5’b + H-5’a); δ 2,50 (2 H, m, S-CH2); δ 1,41 (3 H, s, 5-CH3);

δ 0,77 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,36 (9 H, s, Si-(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 164,0 (C-4); δ 158,8 (C-2); δ 150,7 (C-6); δ 139,6 (Ar-

H); δ 130,2 (Ar-H); δ 129,3 (Ar-H); δ 128,3 (Ar-H); δ 128,0 (Ar-H); δ 113,3 (C-5); δ 86,8 (C-

1’); δ 85,4 (C-4’); δ 71,7 (C-3’); δ 63,1 (C-5’); δ 55,1 (C-OCH3); δ 53,8 (C-2’); δ 28,5 (S-

CH2); δ 18,2 (Si-CH2); δ 11,8 (CH3); δ -1,6 (Si-(CH3)3).

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Parte experimental 141 ________________________________________________________________________

2’,3’,5’-tri-(O-metanosulfonil)timidina 23

A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 5 mL de

piridina anidra e 0,5 g (6,19 mmol) de 5-metiluridina 22. Em seguida, sob banho

de gelo, agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 0,708

g (6,18 mmol) de cloreto de mesila. A reação foi mantida por 1 hora. Após o

término da reação, detectado por CCD (acetato de etila 100%), a mistura

reacional foi vertida sobre gelo pilado e acidificada com ácido clorídrico a pH

próximo de 1. Filtrou-se a reação lavando-se com água. O produto 23 foi obtido

na forma de um pó branco (0,876 g; 91,4% de rendimento).

FM: C13H20N2O12S3

MM: 492,50 g/mol

F: 71-73º C

[α]D20,8= 0,06 (c 0,4, MeOH)

IV (ע máx,cm-1) 1688 (C=O); 1470; 1351; 1180 (SO2); 835.

RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 200 MHz) δ 11,57 (1 H, s, NH), δ 7,57 (1 H, s, H-6); δ 5,98 (1 H,

d, 3J 1’,2’= 4,2 Hz; H-1’); δ 5,56 (1 H, m, H-2’); δ 5,36 (1 H, m, H-3’); δ 3,19 (3 H, m, H-4’ +

H-5’a + H-5’b); δ 3,36 (9 H, d, s, -SO2CH3); δ 1,79 (3 H, s, 5-CH3).

RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 50 MHz) δ 164,1 (C-4); δ 150,7 (C-2); δ 138,8 (C-6); δ 110,4

(C-5); δ 80,3 (C-1’); δ 78,7 (C-4’); δ 76,6 (C-3’); δ 67,7 (C-5’); δ 74,3 (C-2’); δ 38,4 (SO2-

CH3); 37,3 (SO2-CH3); δ 12,4 (CH3).

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Parte experimental 142 ________________________________________________________________________

5’-O-benzoil-3’-O-metanosulfonil-2,2’-anidrotimidina 25

A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 20 mL de

DMF anidra, 2 g (4,04 mmol) de 23 e 1,11 g ( 9,69 mmol) de benzoato de

sódio. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de

gás nitrogênio, à temperatura de 90º C, por 4 horas. Após o término da reação,

detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5), evaporou-se o solvente. O

produto bruto sólido foi recuperado com 150 mL de diclorometano e 150 mL de

água e a fase orgânica foi extraída com 4 porções de 30 mL de solução

saturada de bicarbonato de sódio. Secou-se a fase orgânica com sulfato de

sódio anidro, filtrou-se a vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador

rotatório. O produto 25 foi obtido na forma de um sólido branco (1,12 g; 65,9 %

de rendimento).

FM: C18H20N2O8S

MM: 424,09 g/mol

FF: 235-237º C [α]D

21,8= -0,01 (c 0,2, MeOH) IV (ע máx,cm-1) 1721 (C=O);1668 (C=O); 1640; 1563; 1480; 1347; 1271; 1173 (S02); 1119;

690.

RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 200 MHz) δ 7,91-7,45 (6 H, m, Ar-H + H-6); δ 6,47 (1 H, d,3J1’,2’=

5,6 Hz; H-1’); δ 5,70-5,65 (2 H, m, H-2’ + H-3’); δ 4,79 (1 H, m, H-4’); δ 4,37-4,15 (2 H, m,

H-5’a + H-5’b); δ 3,45 (3H, s, -SO2CH3); δ 1,80 (3 H, s, CH3).

RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 50 MHz) δ 171,6 (COO); δ 165,4(C-4); δ 159,9 (C-2); δ 133,8

(Ar); δ 132,1 (C-6); δ 129,4 (Ar); δ 128,9 (Ar); δ 117,5 (C-5); δ 90,1 (C-1’); δ 86,0 (C-4’); δ

82,1 (C-2’); δ 81,2 (C-3’); δ 62,3 (C-5’); 37,6 (-SO2CH3); δ 13,5 (5-CH3).

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Parte experimental 143 ________________________________________________________________________

2’-Desoxi-3’-5’-di-(O-metanosulfonil)-2’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)timidina 16

O

MsO

HN

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

SSi

A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 10 mL de

piridina anidra e 0,7 g (1,87 mmol) de 15. Em seguida, sob banho de gelo,

agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 1,6 g (11,25

mmol) de cloreto de mesila. A reação foi mantida por 1 hora. Após o término

da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5), a mistura

reacional foi vertida sobre gelo picado e acidificada com ácido clorídrico a pH

próximo de 1. A mistura foi extraída com três porções de 50 mL de

diclorometano, as fases orgânicas reunidas e lavadas com três porções de 50

mL de água. Secou-se a fase orgânica com sulfato de sódio anidro, filtrou-se a

vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O produto bruto 16 foi

obtido na forma de um óleo amarelo (0,86 g; 87,4% de rendimento).

FM: C17H30N2O9S3Si

MM: 530,71 g/mol FF: 79-83 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1685 (C=O); 1468; 1343; 1170 (SO2); 1248 (Si-C); 940; 827 (S-C); 780.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 8,80 (1 H, s, NH); δ 7,36 (1 H, s, H-6); δ 6,11 (1 H, d,

3J 1’,2’ = 10 Hz; H-1’); δ 5,28 (2 H, m, H-3’ + H-4’); δ 4,52 (3 H, m, H-2’+ H-5’a + H-5’b); δ

3,19 (3 H, s, SO2-CH3); δ 3,14 (3 H, s, SO2-CH3); 2,60 (2 H, m, S-CH2); δ 1,96 (3 H, s, 5-

CH3); δ 0,80 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,00 (9H, s, Si-(CH3)3).

RMN 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 163,0 (C-2); δ 150,2 (C-4), δ 135,1(C-6); δ 112,3 (C-5); δ

88,7 (C-1’); δ 81,3 (C-4’); δ 79,5 (C-3’); δ 68,2 (C-5’); δ 48,9 (C-2’); δ 38,6 (SO2-CH3); δ

37,9 (SO2-CH3); δ 27,9 (S-CH2); δ 17,6 (Si-CH2); δ 12,1 (5-CH3); δ -2.0(Si-(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 531,0961; encontrado: 531,0964;

erro: 0,56 ppm.

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Parte experimental 144

________________________________________________________________________

2’-Desoxi-3’,5’-di-O-benzoil-2’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)timidina 65

A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 30 mL de

piridina anidra e 1,66 g (4,45 mmol) de 15. À solução foram adicionados 10,1 g

(44,48 mmol) de anidrido benzóico. Deixou-se a mistura reacional sob agitação

magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura de 60 ºC, por 6 horas.

Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5),

evaporou-se e co- evaporou-se a piridina com tolueno. Ao resíduo obtido foi

adicionado 150 mL de diclorometano e a fase orgânica foi lavada com 5

porções de 200 mL de solução aquosa de NaHCO3 a 5%. Posteriormente a

fase orgânica foi então secada com sulfato de magnésio e o solvente foi

eliminado em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia

em coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 65 foi obtido

na forma de um sólido branco (1,86g; 72% de rendimento).

FM: C29H34N2O7SSi MM: 582,19 g/mol

FF: 68-72 ºC [α]D23,5= -0,11 (c 0,4, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1715 (C=O de éster); 1683 (C=O); 1451; 1372; 1247 (Si-C); 1092; 837 (S-

C); 690.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,58 (1 H, s, N-H); δ 8,10-7,41 (11 H, m, Ar + H-6); δ

6,30 (1 H, d, J =3,2 Hz, H-1’); δ 5,56 (1 H, m, H-3’); δ 4,78 (2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 4,61 (1

H, m, H-4’); δ 3,62 (1 H, m, H-2’); δ 3,63 (2 H, m, S-CH2); δ 1,78 (3 H, s, 5-CH3); δ 0,82 (2

H, m, Si-CH2); δ 0,01 (9 H, s, Si-(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 165,9 (COO); δ 165,8 (COO); δ 162,9 (C-2); δ 150,2

(C-4); δ 134,5 (C-6); δ 133,8 (C-Ar); δ 130,0 (C-Ar); δ 129,5 (C-Ar); δ 129,4 (C-Ar); δ 129,0

(C-Ar); δ 128,6 (C-Ar); δ 112,1 (C-5); δ 88,7 (C-1’); δ 81,5 (C-4’); δ 74,6 (C-3’); δ 64,1 (C-

5’); δ 50,5 (C-2’); δ 29,0 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,1 (5-CH3); δ -0.0 (Si-(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 583,1890; encontrado: 583,1926;

erro: 6,17 ppm.

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Parte experimental 145 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-benzoil-2’-(2(trimetilsilil)etiltio)timidina

63

Método I- (a)

A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 10 mL de

DMF anidra, 0,86 g (1,62 mmol) de 16 e 0,46 g ( 4,05 mmol) de benzoato de

sódio. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de

gás nitrogênio, à temperatura de 90 ºC, por 4 horas. Após o término da reação,

detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5), adicionaram-se 100 mL de

diclorometano, filtrou-se a vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador

rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica com

hexano/acetato de etila 1:1. O produto 63 foi obtido na forma de um sólido

branco (0,49 g; 65% de rendimento).

Método II-(b)

A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 60 mL de

DMF anidro e 1,25 g (2,14 mmol) de 65. À solução foram adicionados 1,48 g

(10,7 mmol) de K2CO3. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e

atmosfera de gás argônio, à temperatura de 120 ºC, por 4 horas. Após o

término da reação, detectado por CCD (diclorometano/acetato de etila 9:1),

adicionou-se diclorometano (200 mL) e filtrou-se a vácuo. O filtrado foi

concentrado em evaporador rotatório sob pressão reduzida. O resíduo foi

purificado por cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/acetato de

etila 95:5. O produto 63 foi obtido na forma de um sólido branco (0,61 g; 62%

de rendimento).

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Parte experimental 146 ________________________________________________________________________

FM: C22H28N2O5SSi

MM: 460,15 g/mol

FF: 52ºC -54ºC

[α]D23,7= -0,58 (c 0,2, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1722 (C=O de éster); 1682 (largo e intenso, C=O); 1250 (S-C); 838 (Si-C);

708.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,20 (1 H, s, NH); δ 8,0 (2 H, dd, J= 1,2 Hz, J= 8,4 Hz,

Ar- Ha); δ 7,58 (1 H, tt, J= 1,3 Hz, J= 1,8 Hz, Ar- Hc); δ 7,44 (2 H, t, J= 7,6 Hz, Ar- Hb); δ

6,96 (1 H, d, J= 1,20 Hz, H-6); δ 6,92 (1 H, dd, 4J 1’,3’= 1,6 Hz, 5J 1’,4’= 3,6 Hz, H-1’); δ 5,80

(1 H, t, 3J 3’,4’= 1,6 Hz, 4J 3’,1’= 1,6 Hz H-3’); δ 5,16 (1 H, m, H-4’); δ 4,57 (1 H, dd, 2J 5’a, 5’b=

4,0 Hz, 3J 5’a, 4’= 12,0 Hz, H-5’a); δ 4,51 (1 H, dd, 2J 5’b, 5’a= 4,0 Hz, 3J 5’b, 4’= 12,0 Hz, H-5’b);

δ 2,82 (2 H, m, S-CH2); δ 1,57 (3 H, s, CH3); δ 0,91 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,02 (9 H, m, Si-

(CH3) 3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,2 (CO); δ 163,8 (C-4); δ

150,9 (C-2); δ 136,8 (C-2’); δ 135,0 (C-6); δ 133,5 (Ar); δ 129,6 (2 Ar); δ 129,5 (Ar); δ 128,6

(2 Ar); δ 121,6 (C-3’); δ 111,7 (C-5); δ 89,7 (C-1’); δ 84,1 (C-4’); δ 65,3 (C-5’); δ 28,5 (S-

CH2); δ 16,1 (Si-CH2); δ 12,0 (CH3); δ -1,9 (Si-(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 461,1522; encontrado: 461,1562;

erro: 8,67 ppm.

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Parte experimental 147 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-(trimetilsilil)etiltio)timidina 17

A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de

metanol e 0,035 m g (4,45 mmol) de 63. À solução, sob banho de gelo, foram

adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL

de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30

minutos Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol

95:5), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 17 foi obtido na

forma de um sólido branco (86% de rendimento).

FM: C15H24N2O4SSi

MM: 356,51 g/mol

FF: 59-61 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1715; 1667 (C=O); 1446; 1350; 1247 (Si-C); 1037; 837 (S-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,40 (1 H, s, N-H); 7,35 (1 H, d, J 0,8, H-6); 6,89 (1 H,

d, J 2,0, H-1’); 5,78 (1 H, s, H-3’); 4,94 (1 H, d, J 0,8, H-4’); 3,92 (2 H, dd , J 2,8, J 12,0, H-

5’a); 3,74 (2 H, dd , J 2,8, J 12,0, H-5’b); 2,84 (2 H, m, S-CH2); 1,86 (3 H, s, 5-CH3); 0,92

(2 H, m, Si-CH2); 0,04 (9 H, s, Si(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,8 (C-2); 150,7 (C-4); 136,7 (C-6); 135,5 (C-2’);

123,4 (C-3’); 111,1 (C-5); 90,3 (C-1’); 87,3 (C-4’); 63,7 (5’-CH2); 28,5 (S-CH2); 16,3 (CH2-

Si); 12,4 (CH3); -1,8 (Si(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+K]+: 395,0863; encontrado: 395,0932;

erro: 17,46 ppm.

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Parte experimental 148 ________________________________________________________________________

2’-Desoxi-2’-(metiltio)timidina 70

A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 50 mL de

DMF anidra e 1,52 g (6,35 mmol) de 2,2’-anidrotimidina 64. À suspensão foram

adicionados 2,23 g (31,77 mmol) de tiometóxido de sódio. Deixou-se a mistura

reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás argônio, à 120 ºC, por 3

horas. Os solventes foram removidos sob pressão reduzida e recuperou-se o

resíduo com 200 mL de diclorometano. A fase orgânica foi lavada com duas

porções de 100 mL de água, seca com sulfato de sódio e concentrada em

evaporador rotatório. O resíduo amarelo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com diclorometano/metanol 9:1. O produto 70 foi obtido na

forma de um sólido branco (1,1 g; 60,2% de rendimento).

FM: C11H16N2O5S

MM: 288,32 g/mol

FF: 167- 169ºC

[α]D21,6= -0,02 (c 0,4, MeOH)

IV (ע máx,cm-1) 3483 (N-H); 3300-2500 (O-H); 1701; 1676 (C=O); 1267 (S-C).

RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 11,32 (1 H, NH); δ 7,2 (1 H, d, J= 1,2 Hz, H-6); δ

5,85 (1 H, d, J= 4,8 Hz; H-1’); δ 4,47 (1 H, m , H-4’); δ 4,33 (1 H, dd, J= 5,2 Hz, H-2’); δ

3,87 (2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 3,34 (1 H, m, H-3’); δ 2,25 (3 H, s, SCH3); δ 1,91 (3 H, s,

CH3).

RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 166,4 (C-4); δ 152,8 (C-2); δ 138,6 (C-6); δ 111,4

(C-5); δ 90,9 (C-1’); δ 82,3 (C-4’); δ 80,8 (C-2’); δ 62,9 (C-5’); δ 54,5 (C-3’); δ δ 15,9

(SCH3); 12,5 (5-CH3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 288,0780; encontrado: 289,0732;

erro: 3,45 ppm.

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Parte experimental 149 ________________________________________________________________________

2’-Desoxi-3’,5’-di-(O-metanosulfonil)-2’-(metiltio)timidina 71

A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 25 mL de

piridina anidra e 0,333g (0,52 mmol) de 70. Em seguida, sob banho de gelo,

agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 0,476 g (4,16

mmol) de cloreto de mesila. A reação foi mantida por 2 horas. Após o término

da reação, detectado por CCD (acetato de etila /hexano 7:3), a mistura

reacional foi vertida sobre gelo picado e acidificada com ácido clorídrico a pH

próximo de 1. Filtrou-se lavando com água. O produto bruto 71 foi obtido na

forma de um pó branco (0,403 g; 70 % de rendimento).

FM: C13H20N2O9S3

MM: 440,50 g/mol

FF: 89º- 91º C

IV (ע máx,cm-1) 1683 (C=O); 1355, 1167 (SO2), 1272 (S-C), 860, 810, 758.

RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 11,2 (1 H, NH); δ 7,2 (1 H, m. Hz, H-6); δ 6,7 (1 H,

m; H-1’); δ 5,9 (1 H, m, H-4’); δ 5,3 (1 H, m, H-2’); δ 3,87 (2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 3,61 (1

H, m, H-3’); δ 3,19 (6 H, s, SO2CH3); δ 2,25 (3 H, s, SCH3); δ 1,91 (3 H, s, CH3).

RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 164,4 (C-4); δ 151,0 (C-2); δ 135,0 (C-6); δ 110,8

(C-5); δ 88,8 (C-1’); δ 85,9 (C-4’); δ 80,9 (C-2’); δ 68,6 (C-5’); δ 51,3 (C3); δ 38,7 (SO2CH3);

δ 16,7 (SCH3); δ 12,5 (5-CH3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 444,0331; encontrado: 445,0358;

erro: 2,26 ppm.

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Parte experimental 150 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-benzoil-2’-((2tiometil)ti)midina 72

A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 5 mL de DMF

anidra, 0,260 g (0,52 mmol) de 71 e 0,15 g (1,29 mmol) de benzoato de sódio.

Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás

nitrogênio, à temperatura de 90 ºC, por 24 horas. Após o término da reação,

detectado por CCD (diclorometano/ metanol 95:5), adicionaram-se 100 mL de

diclorometano, filtrou-se a vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador

rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica com

hexano/acetato de etila 6:4. O produto 72 foi obtido na forma de um sólido

branco (0,1 g; 52% de rendimento).

FM: C18H18N2O5S

MM: 374,41 g/mol

FF: 71 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1683, (C=O), 1265 (S-C), 1174, 933, 705.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,20 (1 H, s, NH); δ 8,1-7,44 (5 H, m, Ar- H); δ 7,03 (1

H, s, H-6); δ 6,47 (1 H, m, H-1’); δ 5,43 (1 H, m, H-3’); δ 5,11(1 H, m, H-4’); δ 4,57 (2 H, m

H-5’a + H-5’b); δ 2,5 (3 H, m, SCH3)δ 1,57 (3 H, s, 5-CH3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,2 (CO); δ 163,8 (C-4); δ

150,9 (C-2); δ 135,2 (C-6); δ 133,5 (C-2’); δ 130,1 (Ar); δ 129,8 (2 Ar); δ 129,6 (2Ar); δ

128,6 (Ar); δ 128,3 (C-3’); δ 111,8 (C-5); δ 89,7 (C-1’); δ 84,1 (C-4’); δ 64,4 (C-5’); δ 15,7

(S-CH3); δ 12,0 (5-CH3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 397,0834; encontrado: 397,1031;

erro: 49,61 ppm.

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Parte experimental 151 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-((2tiometil))timidina 73

A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de

metanol e 0,035 g (0,1 mmol) de 72. À solução, sob banho de gelo, foram

adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL

de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30

minutos. Após o término da reação, detectado por CCD (clorofórmio/metanol

9:1), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com clorofórmio/metanol 95:5. O produto 73 foi obtido na

forma de um sólido branco (84% de rendimento).

FM: C11H14N2O4S

MM: 270,06 g/mol

FF 75-76ºC

IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1661; (C=O); 1257 (S-C); 1107; 667.

RMN 1H (δ, 400 MHz, DMSO-d6) δ 10,5 (1 H, d, J = 8 Hz, NH); δ 6,61 (1 H, d, J = 8 Hz, H-

6); δ 5,51 (1 H, m, H-1’); δ 4,61 (1 H, s, H-3’); δ 4,36 (1 H, m, H-4’); δ 3,45 (2 H, m, H-5’a

+H’-5’b); δ 2,35 (5-OH); δ 2,30 (S-CH3); δ 1,58 (3 H, s, CH3).

RMN 13C (δ, 100 MHz, DMSO-d6) δ 161,2(C-4); δ 151,1 (C-2); δ 146,0 (C-6); δ 136,1 (C-

2’); δ 122,3 (C-3’); δ110,5 (C-5); δ 89,5 (C-1’); δ 87,2 (C-4’); δ 63,2 (5’-CH3); δ 15,0

(SCH3);δ 12,2 (5CH3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 293,0572; encontrado: 293,0763;

erro: 0,65 ppm.

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Parte experimental 152 ________________________________________________________________________

1-[3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-xilofurano-1-il]timina 74

A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 50 mL de

DMF anidra e 2 g (8,84 mmol) de 64. À suspensão foram adicionados 4 g (108

mmol) de hidreto de sódio 65% à 0º C. Deixou-se a mistura reacional sob

agitação magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura ambiente, por 3

horas. Em seguida, adicionaram-se 2,5 mL (13,2 mmol) de 2-

(trimetilsilil)etanotiol 13 e a mistura foi deixada sob agitação durante 3 h. Sob

banho de gelo a 0 ºC, adicionaram 20 mL de solução aquosa de cloreto de

amônio. Evaporou- se os solventes sob pressão reduzida e recuperou-se o

resíduo com 300 mL de diclorometano. A fase orgânica foi lavada com duas

porções de 100 mL de água, secada com sulfato de sódio e concentrada em

evaporador rotatório. O resíduo amarelo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 74 foi obtido na

forma de um sólido branco (2,47 g; 78% de rendimento).

FM: C15H26N2O5SSi

MM: 374,53 g/mol

FF: 57 -59 ºC

[α]D21,5= -0,07 (c 0,8, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1682 (C=O); 1247 (Si-C); 1057; 839 (S-C).

RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 10,46 (1 H, s, NH) ; δ 7,63 (1 H, s, H-6) ; δ 5,75 (1 H, d,

3J1’,2’ = 3,6 Hz, H-1’) ; δ 4,52 (1 H, m, H-4’) ; δ 4,35 (1 H, m, H-2’) ; δ 3,87 (2 H, m, H-5’a +

H-5’b ; δ 3,42 (1 H, m, H-3’) ; δ 2,66 (2 H, m, S-CH2) ; δ 1,84 (3 H, s, CH3); δ 0,84 (2 H, m,

Si-CH2) ; δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).

RMN 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 164,6 (C-4) ; δ 151,4 (C-2) ; δ 136,7 (C-6) ; δ 110,4 (C-

5) ; δ 91,1 (C-1’) ; δ 81,6 (C-4’) ; δ 80,8 (C-2’) ; δ 62,8 (C-5’) ; δ 50,4 (C-3’) ; δ 28,6 (S-

CH2) ; δ 17,5 (CH2-Si) ; δ 12,5 (CH3) ; δ -1,8 (Si(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 375,1365; encontrado: 375,1292;

erro: -19,45 ppm.

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Parte experimental 153

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2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-fenoxicarbonil-2’-(2(trimetilsilil)etil)

tio)timidina 84

A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 9 mL de DMF

anidra , 0,5 g (1,34 mmol) de 74 e 0,34 g (1,62 mmol) de carbonato de difenila.

Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás

argônio, à temperatura de 90º C, por 1 hora. Após 1 hora de reação adicionou-

se 1,72 g ( 8 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas, o término da

reação foi detectado por CCD (acetato de metila/metanol 9:1), evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com diclorometano/acetato de etila 9:1. O produto 84 foi obtido

na forma de um sólido branco (0,49 g; 86% de rendimento).

FM: C22H28N2O6SSi

MM: 476,62 g/mol

FF: 82 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1766 (OCO); 1689 (largo e intenso, C=O); 1251 (S-C), 838 (Si-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,38 (1 H, s, NH), δ 7,41-7,10 (5 H, m, Ar), δ 7,56 (1 H,

d, 4J 6,5-CH3= 1,6 Hz, H-6); δ 7,10 (1 H, d, 3J 1’,2’= 1,2 Hz, H-1’); δ 5,35 (1 H, ta, 3J2’,1’ = 1,6

Hz, 4J2’,4’ = 1,6 Hz, H-2’); δ 4,95 (1 H, m, H-4’); δ 4,49 (1 H, d, 2J5’a, 5’b = 2,8 Hz, H-5’a); δ

4,48 (1 H, d, 2J5’b, 5’a = 2,4 Hz, H-5’b); δ 2,97 (2 H, m, S-CH2); δ 1,88 (3 H, s, CH3); δ 1,02 (2

H, m, Si-CH2); δ 0,08 (9 H, m, Si-(CH3) 3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,6 (C-4); δ 153,2 (OCOO); δ

150,8 (C-2); δ 143,4 (C-3’); δ 136,4 (C-6); δ 129,6 (2 Ar); δ 127,0 (Ar); δ 120,8 (2 Ar); δ

115,1 (C-2’); δ 111,2 (C-5); δ 89,4 (C-1’); δ 84,4 (C-4’); δ 67,1 (C-5’); δ 29,1 (S-CH2); δ

16,1 (Si-CH2); δ 12,4 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 499,1335; encontrado: 499,1326;

erro: -1,80 ppm.

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Parte experimental 154 ________________________________________________________________________

3’,5’-Desoxi-3’,5’-O-fenoxiicarbonil-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-

xylofuranose-1-il]timina 86

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 5 mL de DMF

anidra , 0,200 g (0,54 mmol) de 74 e 0,688 g (3,2 mmol) de carbonato de

difenila. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de

nitrogênio, à temperatura de 90 ºC, por 1 hora. Após 1 hora de reação

adicionou-se 0,04 g (1,35 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas, o

término da reação foi detectado por CCD (acetato de metila/metanol 9:1),

evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por

cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/acetato de etila 9:1. O

produto 86 foi obtido na forma de um sólido branco (0,090 g; 28% de

rendimento).

FM: C29H34N2O9SSi

MM: 614,74 g/mol

FF: 98- 102º C

[α]D21,3= -0,06 (c 0,6, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1764 (C=O), 1689 (C=O), 1235 (Si-C), 1206, 838 (S-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,12 (1 H, s, N-H); δ 7,66-7,18 (11 H, m, Ar + H-6); δ

6,26 (1 H, d, J= 3,6 Hz, H-1’); δ 5,25 (1 H, m, H-4’); δ 4,74 (1 H, m, H-2’); δ 4,60 (2 H, m, H-

5’a + H-5’b); δ 3,66 (1 H, m, H-3’); δ 2,79 (2 H, m, S-CH2); δ 1,95 (3 H, s, 5-CH3); δ 0,93 (2

H, m, Si-CH2); δ 0,03 (9 H, s, Si-(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,5 (C-4); δ 153,0 (COO), δ 152,5 (C-4); δ 150,1 (C-

2); 135,6 (C-6); δ 129,5-118,0 (C-Ar); δ 111,3 (C-5); δ 87,7 (C-1’); δ 84,9 (C-4’); δ 67,3 (C-

5’); δ 48,9 (C-3’); δ 28,6 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,5 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).

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Parte experimental 155 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-(trimetilsilil)etiltio)timidina 75

A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de

metanol e 0,035 m g (4,45 mmol) de 74. À solução, sob banho de gelo, foram

adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL

de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30

minutos Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol

95:5), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 75 foi obtido na

forma de um sólido branco (84% de rendimento).

FM: C15H24N2O4SSi

MM: 356,51 g/mol

FF: 75 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1715; 1667 (C=O); 1446; 1350; 1247 (Si-C); 1037; 837 (S-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,10 (1 H, s, N-H); δ 7,62 (1 H, d, J 1,2 Hz,H-6); δ 7,01

(1 H, m, H-1’); δ 5,3 (1 H, s, H-2’); δ 4,77 (1 H, t, J 2,4 Hz, H-4’); δ 3,92 (2 H, d, J 11,2 Hz,

H-5’a); δ 3,85 (2 H, d, J 12,8 Hz, H-5’b); δ 2,91 (2 H, m, S-CH2); δ 1,88 (3 H, s, 5-CH3); δ

0,92 (2 H, m, Si-CH2); δ -0,01 (9 H, s, Si(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,6 (C-4); δ 144,3 (C-2); δ 144,3 (C-6); δ 129,0 (C-

2’); δ 114,8 (C-5); δ 89,6 (C-1’); δ 87,6 (C-4’); δ 62,3 (5’-CH2); δ 28,9 (S-CH2); δ 16,0 (CH2-

Si); δ 12,5 (5-CH3); δ -1,8 (Si(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+:379,1124; encontrado: 379,1060;

erro: 16,88 ppm.

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Parte experimental 156 ________________________________________________________________________

Carbonato de bis-[2’,3’-didesidro-2,3’-didesoxi-3’-(trimetilsilil)tiotimidina-

5’-ila] 87

A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 2 mL de DMF

anidra e 0,050 g (0,13 mmol) de 74. À suspensão foi adicionado 0,12 g (0,78

mmol) de carbonildiimidazol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação

magnética e atmosfera de gás argônio, à 90º C, por 1 hora. Após 1 hora de

reação, adicionou-se 0,03 g (0,32 mmol) de NaHCO3. Após 3 horas, o término

da reação foi detectado por CCD (dioclorometano/metanol 95:5). Adicionaram-

se duas gotas de água e evaporou-se. O resíduo foi purificado por

cromatografia em coluna de sílica com diclorometano: metanol 98:2. O produto

87 foi obtido na forma de um sólido branco (0,046 g; 65% de rendimento).

FM: C31H46N4O9S2Si2

MM: 738,22 g/mol

IV (ע máx,cm-1) 1739 (CO3 ); 1675 (C=O), 1605, 1248 (Si-C), 837 (S-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,76 (2 H, s, NH); δ 7,24 (2 H, d, 4J6’,5-CH3= 1,2 Hz, H-6);

δ 7,00 (2 H, dd, 4J1’,4’= 1,6 Hz, 3J1’,2’= 2,4 Hz, H-1’); δ 5,31 (2 H, m, H-2’); δ 4,90 (2 H, m, H-

4’); δ 4,45 (2 H, dd, 2J5’a ,5’b = 2,6 Hz, 3J5’a, 4’ = 12,0 Hz, H-5’a); δ 4,29 (2 H, dd, 2J5’b ,5’a = 5,0

Hz, 3J5’b, 4’ = 12,0 Hz, H-5’b); δ 2,90 (4H, m, S-CH2); δ 1,90 (6 H, s, CH3); δ 0,97 (4 H, m, Si-

CH2); δ 0,07 (18 H, m, Si-(CH3) 3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,6 (C-4); δ 154,4 (OCOO); δ 150,7 (C-2); δ 143,2

(C-3’); δ 135,6 (C-6); δ 115,1 (C-2’); δ 111,3 (C-5); δ 89,8 (C-1’); δ 84,3 (C-4’); δ 68,2 (C-

5’); δ 29,1 (S-CH2); δ 16,0 (Si-CH2); δ 12,5 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 761,2142; encontrado: 761,2129;

erro: -1,70 ppm.

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Parte experimental 157

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5’-Desoxi-5’-O-(terc-butildifenilsilil)-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-

xilofuranos-1-il)timina 76

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 3 mL de

piridina anidra e 0,2 g (0,53mmol) de 74. Em seguida, sob banho de gelo,

agitação magnética e atmosfera de gás argônio adicionou-se gota-a-gota 0,66

g (2,38 mmol) de cloreto de terc-butildiphenilsilila. A reação foi mantida por 48

horas. Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol

95:5), evaporou-se o solvente e co- evaporou-se ao tolueno. O resíduo foi

recuperado em 10 mL de diclorometano e lavado com duas porções de 20 mL

de água. Secou-se a fase orgânica com sulfato de magnésio, filtrou-se a vácuo

e evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O sólido obtido foi purificado

por cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O

produto 76 foi obtido na forma de um sólido branco (0,25 g; 73% de

rendimento).

FM: C31H44N2O5SSi2 MM: 612,93 g/mol FF: 126 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1683 (C=O); 1248 (Si-C), 1111, 1068, 831 (S-C), 698 (C-H aromático

monossubstituído).

RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 10,46 (1 H, s, NH); δ 7,74- 7,42 (11 H, m, H-Ar+6); δ 5,76

(1 H, d, 3J1’,2’ = 3,6 Hz, H-1’); δ 4,64 (1 H, m, H-4’); δ 4,39 (1 H, m, H-2’); δ 4,04 (1 H, dd, 2J

5’a,5’b = 3,6 Hz, 3J5’a, 4’ = 11,6 Hz, H-5’a); δ 3,94 (1 H, dd, 2J 5’b,5’a = 5,2 Hz, 3J5’b, 4’ = 15,6 Hz,

H-5’b); δ 3,39 (1 H, m, H-3’); δ 2,63 (2 H, m, S-CH2); δ 1,60 (3 H, s, 5-CH3); δ 1,09 (9 H,

s, terc-CH3); δ 0,84 (2 H, m, CH2Si); δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).

RMN 13C (δ, Acetona-d6, 100 MHz) δ 164,3 (C-4); δ 151,9 (C-2); δ 136,6 (C-6); δ 136,4-

128,7 (10- Ar); δ 110,7 (C-5); δ 89,1 (C-1’); δ 81,0 (C-4’); δ 80,1 (C-2’); δ 65,5 (C-5’); δ

52,0 (C-3’); δ 31,0 (S-CH2); δ 27,4 (terc-CH3); δ 19,9 (terc-C); δ 18,4 (CH2-Si); δ 12,0

(CH3); δ -1,7 (Si(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 613,2543; encontrado: 613,2580;

erro: 6,03 ppm.

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Parte experimental 158

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5’-Desoxi-5’-O-(terc-butildifenilsilil)-2’-O-benzoil-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-

β-D-xilofuranos-1-il]timina 77

A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 2 mL de

piridina anidra, 0,36 g (1,6 mmol) de anidrido benzóico e 0,1 g (0,16 mmol) de

76. A mistura reacional é mantida sob agitação magnética, atmosfera de gás

argônio, à temperatura de 70 ºC, por 6 horas. Após o término da reação,

detectado por CCD (diclorometano/acetato de etila 7:3), evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo obtido foi purificado por

cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/acetato de etila 7:3. O

produto 77 foi obtido na forma de um sólido branco (0,08 g; 69% de

rendimento).

FM: C38H48N2O6SSi2

MM: 717,06 g/mol

FF: 61 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1727 (C=O);1693 (C=O); 1273 (Si-C), 834 (S-C), 707 (C-H aromático

monossubstituído).

RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 10,9 (1 H, sl, NH) ; δ 8,14- δ 7,45 (16 H, m, Ar+6); δ 6,27

(1 H, d, 3J 1’,2’ = 4 Hz, H-1’); δ 5,66 (1 H, t, 3J 2’,4’ = 4,0 Hz H-2’); δ 4,56 (1 H, m, H-4’); δ 4,06

(2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 3,60 (1 H, m, H-3’); δ 2,76 (2 H, m, S-CH2); δ 2,05 (3 H, s, CH3);

δ 1,65 (9 H, s, terc-CH3); δ 0,92 (2 H, m, CH2Si) ; δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 717,2805; encontrado: 717,2838;

erro: 4,06 ppm.

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Parte experimental 159 ________________________________________________________________________

5’-Desoxi-5’-(O-terc-butildifenilsilil)-2’-O-benzoil-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-

β-D-xilofuranos-1-il]timina 88

A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 1 mL de DMF

anidra , 0,05 g (0,08 mmol) de 76 e 0,01 g (0,12 mmol) de carbonato de

dimetila. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de

gás argônio, à temperatura de 90º C, por 1 hora. Após 1 hora de reação

adicionou-se 0,016 g (0,2 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas de

reação, adicionou-se 0,02 g (0,4 mmol) de bicarbonato de sódio. A reação foi

mantida por mais 5 horas. Adicionou-se 0,1g (1,2 mmol) de carbonato de

difenila. Após 4 horas de reação, o consumo do material de partida foi

detectado por CCD (diclorometano/ metanol 95:5). Evaporou-se o solvente em

evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de

sílica com diclorometano/acetato de etila 9:1. O produto 88 foi obtido na forma

de um sólido branco (0,040 g; 83% de rendimento).

FM: C32H46N2O5SSi2 MM: 626,95 g/mol FF: 54º C [α]D21,1= 0,03 (c 0,3, MeOH)

IV (ע máx,cm-1) 1704 (C=O), 1634 (C=O), 1471, 1248 (S-C),1065, 833 (Si-C), 701 (C-H

aromático monossubstituído).

RMN 1H (δ, CDCL3, 400 MHz) δ 7,53 (11 H, m, H-Ar +H-6); δ 5,65 (1 H, d, J = 4,4 Hz, H-

1’); δ 4,51 (1 H, m, H-4’); δ 4,30 (1 H, dd, 3J1’,3’ = 4,4 Hz, 3J1’,2’ = 7,2 Hz, H-2’); δ 4,00 (1 H,

dd, 2J 5’a,5’b = 3,2 Hz, 3J5’a, 4’ = 11,6 Hz, H-5’a); δ 3,87 (1 H, dd, 2J 5’b,5’a = 5,2 Hz, 3J5’b, 4’ = 12

Hz, H-5’b); δ 3,42 (1 H, t, J = 7,0 Hz, H-3’); δ 3,32 (3 H, s, N-CH3); δ 2,61 (2 H, m, S-CH2);

δ 1,66 (3 H, s, 5-CH3); δ 1,07 (9 H, s, terc-CH3); δ 0,84 (2 H, m, CH2-Si) ; δ 0,01 (9 H, s,

Si(CH3)3).

RMN 13C (δ, CDCL3, 100 MHz) δ 165,3 (C-4); δ 154,0 (C-2); δ 137,5 (C-6); δ (137,5) (Ar);

δ 137,2 (Ar); δ 137,5 (Ar); δ 137,2 (6); δ 134,9 (Ar); δ 134,4 (Ar); δ 131,7 (Ar); δ 137,7 (Ar);

δ 129,6 (Ar); δ 129,5 (Ar); δ 111,3 (C-5); δ 94,2 (C-1’); δ 84,2 (C-4’); δ 83,7 (C-2’); δ 65,9

(C-5’); δ 52,8 (C-3’); δ 30,8 (S-CH2); δ 29,5 (N-CH3); δ 28,7 (terc-CH3); δ 21,0 (terc-C); δ

19,5 (Si-CH2) ; δ 14,8 (5-CH3); δ 0,0 (Si(CH3)3).

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Parte experimental 160 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-(O-terc-butildifenilsilil)-3’-

((2(trimetilsilil)etil)tio)timidina 78

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 3 mL de DMF

anidra, 0,05 g (0,53 mmol) de 76 e 0,026 g (0,13 mmol) de carbonato de

difenila. A reação foi mantida sob agitação magnética, atmosfera de gás

argônio, à temperatura de 90º C por 1 hora. Após 1 hora de reação, adicionou-

se 0,017 g (0,2 mmol) de bicarbonato de sódio deixou-se reagir por 3 horas.

Após o término da reação, detectado por CCD (ciclohexano/acetato de etila

9:1), evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O produto obtido foi

purificado por cromatografia em coluna de sílica com ciclohexano/acetato 9:1.

O produto 78 foi obtido na forma de um sólido branco (0,025 g; 54% de

rendimento).

FM: C33H46N2O4SSi2

MM: 622,97 g/mol

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,13 (1 H, s, NH), δ 7,60- 6,37 (12H, m, Ar + 1 H- H-6’

+ 1 H – H’1), δ 5,21(1 H, s, H-2’); δ 4,72 (1 H, m, H-4’); δ 4,94 (2 H, m, H-5’); δ 2,83 (2 H,

m, S-CH2); δ 2,08 (3 H, s, CH3); δ 0,99 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,00 (9 H, m, Si-(CH3) 3).

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Parte experimental 161 ________________________________________________________________________

2’,5’-Di-O-benzoíla-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-xilofuranos-1-il]timina 80

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

S

Si

BzO

OBz

A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 1,5 mL de

piridina anidra e 0,05 g (0,13 mmol) de 74. À solução adicionou-se 0,3 g (1,32

mmol) de anidrido benzóico. Deixou-se a mistura reacional sob agitação

magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura de 50º C, por 4 horas.

Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 97:3),

evaporou-se e co- evaporou-se a piridina com tolueno. Ao resíduo obtido foi

adicionado 150 mL de diclorometano e a fase orgânica foi lavada com 5

porções de 200 mL de solução aquosa de NaHCO3 a 5%. Posteriormente a

fase orgânica foi então secada com sulfato de magnésio e o solvente foi

eliminado em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia

em coluna de sílica com diclorometano/metanol 99:1. O produto 80 foi obtido

na forma de um sólido branco (1,86g; 77% de rendimento).

FM: C29H34N2O7SSi

MM: 582,74 g/mol

FF: 68- 72 ºC

[α]D21,7= -0,04 (c 0,2, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1715 (C=O de éster), 1683 (C=O), 1247 (S-C), 837 (Si-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,01 (1 H, s, N-H); δ 8,10-7,42 (11 H, m, Ar + H-6); δ

6,28 (1 H, d, J= 3,6 Hz, H-1’); δ 5,6 (1 H, m, H-4’); δ 4,75 (2 H, m, H-2’+ H-5’a); δ 4,68 (1 H,

dd, J= 5,6 Hz, J= 11,8 Hz, H-5’b); δ 3,62 (1 H, m, H-3’); δ 3,63 (2 H, m, S-CH2); δ 1,78 (3

H, s, 5-CH3); δ 0,82 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,01 (9 H, s, Si-(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,2 (COO); δ 165,3 (COO), δ 163,4 (C-4); δ 150,3

(C-2); δ 135,6 (C-6); δ 133,8-128,6 (C-Ar); δ 111,3 (C-5); δ 88,0 (C-1’); δ 82,2 (C-4’); δ

78,5 (C-2’); δ 64,1 (C-5’); δ 49,8 (C-3’); δ 28,6 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,4 (CH3); δ -

1,8 (Si-(CH3)3).

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Parte experimental 162 ________________________________________________________________________

2’,5’-Di-O-metanosulfonil-[3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-xilofuranos-1-

il]timina 79

A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 1,5 mL de

piridina anidra e 0,05 g (0,13 mmol) de 74. À solução adicionou-se 0,3 g (1,32

mmol) de anidrido benzóico. Deixou-se a mistura reacional sob agitação

magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura de 50º C, por 4 horas.

Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 97:3),

evaporou-se e co- evaporou-se a piridina com tolueno. Ao resíduo obtido foi

adicionado 150 mL de diclorometano e a fase orgânica foi lavada com 5

porções de 200 mL de solução aquosa de NaHCO3 a 5%. Posteriormente a

fase orgânica foi então secada com sulfato de magnésio e o solvente foi

eliminado em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia

em coluna de sílica com diclorometano/metanol 99:1. O produto 79 foi obtido

na forma de um sólido branco (1,86g; 77% de rendimento).

FM: C17H30N2O9S3Si

MM: 530,71 g/mol FF: 71º C- 73º C

[α]D25= -2,5 (c 2, MeOH) IV (ע máx,cm-1) 1688 (C=O), 1354,1174.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,30 (1 H, s, N-H); δ 7,35 (1 H, s, H-6); δ 6,11 (1 H, m,

H-1’); δ 5,6 (2 H, m, H-2’+H-4’); δ 4,75 (2 H, m, H-2’+ H-5’a+ H-5’b); δ 4,22 (1 H, m, H-3’); δ

3,19 (3 H, s, SO2-CH3); δ 3,14 (3 H, s, SO2-CH3); δ 2,73 (2 H, m, S-CH2); δ 1,9 (3 H, s, 5-

CH3); δ 0,87 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,06 (9 H, s, Si-(CH3)3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,9 (COO); δ 150,6 (C-4); δ 134,8 (C-2); δ 111,1

(C-6); δ 89,1 (C-5); δ 87,2 (C-1’); δ 82,4 (C-4’); δ 69,3 (C-2’); δ 66,2 (C-3’); δ 55,5 (C-5’); δ

39,0 (SO-CH3); δ 37,8 (SO-CH3); δ 29,6 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,6(CH3); δ -1,9 (Si-

(CH3)3).

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Parte experimental 163 ________________________________________________________________________

[3’-D-xilofuranos-1-il]timina 89

A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 50 mL de

DMF anidra e 2 g (8,84 mmol) de 64. À suspensão foram adicionados 4 g (108

mmol) de hidreto de sódio 65% à 0 ºC. Deixou-se a mistura reacional sob

agitação magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura ambiente, por 3

horas. Em seguida, adicionaram-se 2,5 mL (13,2 mmol) de tiometóxido de

sódio e a mistura foi deixada sob agitação durante 3 h. Sob banho de gelo a 0

ºC, adicionaram 20 mL de solução aquosa de cloreto de amônio. Evaporou- se

os solventes sob pressão reduzida e recuperou-se o resíduo com 300 mL de

diclorometano. A fase orgânica foi lavada com duas porções de 100 mL de

água, secada com sulfato de sódio e concentrada em evaporador rotatório. O

resíduo amarelo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica com

diclorometano/metanol 9:1. O produto 89 foi obtido na forma de um sólido

branco (2,47 g; 60% de rendimento).

FM: C11H16N2O5S MM: 288,32 g/mol

FF: 168 ºC

[α]D21,6= -0,02 (c 0,4, MeOH)

IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1702 ; 1657 (C=O); 1263 (S-C); 1059; 846.

RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 11,30 (1 H, s, NH); δ 7,8 (1 H, s, H-6); δ 5,85 (1 H,

d, J= 5,6 Hz, H-1’); δ 4,47 (1 H, d, J= 6,0 Hz, H-4’); δ 5,03 (1 H, m, H-3’); δ 3,87 (2 H, m, H-

5’a + H-5’b); δ 3,66 (1 H, m, OH-3’); δ 3,30 (1 H, m, H-2’); δ 2,17 (3 H, s, SCH3); δ 1,8 (3 H,

s, CH3).

RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 163,7 (C-4); δ 150,9 (C-2); δ 138,5 (C-6); δ 109,4

(C-5); δ 87,7 (C-1’); δ 79,8 (C-4’); δ 78,1 (C-3’); δ 61,3 (C-5’); δ 52,4 (C-2’); δ δ 16,3

(SCH3); 12,3 (5-CH3).

Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 311,0678; encontrado: 311,0526;

erro: -48,86 ppm.

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Parte experimental 164 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-fenoxiicarbonil-3’-(metiltio)timidina 76

A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 9 mL de DMF

anidra , 0,2 g (0,69 mmol) de 89 e 0,22 g (1,03 mmol) de carbonato de difenila.

Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás

argônio, à temperatura de 90 ºC, por 1 hora. Após 1 hora de reação adicionou-

se 0,06 g (1,73 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas, o término da

reação foi detectado por CCD (clorofórmio/metanol 95:5), evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 76 foi obtido na

forma de um sólido branco (0,23 g; 86% de rendimento).

FM: C18H18N2O6S

MM: 390,08 g/mol

FF: 72- 74 ºC

IV (ע máx,cm-1) 1762 (OCO); 1682 (largo e intenso, C=O); 1240 (S-C).

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,10(1 H, s, NH), δ 7,72-7,16 (5 H, m, Ar), δ 6,20 (1 H,

d, 4J 6,5-CH3= 4,0 Hz, H-6); δ 6,25 (1 H, m, H-1’); δ 4,54 (1 H, m, H-2’); δ 4,00 (1 H, m, H-5’a+

H-5’b); δ 3,57 (1 H, m, H-4’); δ 1,90 (3 H, s, SCH3); δ 1,56 (3 H, s, 5-CH3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,2 (C-4); δ 152,8 (OCOO); δ

150,9 (Ar); δ 150,3 (C-2); δ 135,6 (C-6); δ 129,6 (Ar); δ 126,4 (Ar); δ 120,7; δ 111,3 (C-5);

δ 87,6 (C-3’); δ 84,5 (C-1’); δ 80,5 (C-2’); δ 62,3 (C-4’); δ 50,9 (C-5’); δ 15,8 (S-CH3); δ 12,6

(5-CH3).

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Parte experimental 165 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-3’-(metiltio)timidina 82

A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de

metanol e 0,035 g (4,45 mmol) de 72. À solução, sob banho de gelo, foram

adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL

de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30

minutos. Após o término da reação, detectado por CCD (clorofórmio/metanol

9:1), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o

solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica com clorofórmio/metanol 95:5. O produto 82 foi obtido na

forma de um sólido branco (78% de rendimento).

FM: C11H14N2O4S

MM: 270,06 g/mol

FF: 73-74ºC

IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1762; 1688; 1240 (S-C), 755.

RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz,) δ 7,60 (1 H, d, J = 8 Hz, 6-H); δ 6,93 (1 H, m, H-1’); δ 5,76

(1 H,s, H- 2’); δ 4,99 (1 H, m, H-4’); δ 3,94 - 3,76 (2 H, m, H-5’a +H-5’b); δ 2,41 (S-CH3); δ

1,84 (3 H, s, 5-CH3).

RMN 13C (δ, 100 MHz, CDCl3) δ 162,8 (C-4); δ 150,5 (C-2); δ 141,8 (C-6); δ 136,4 (C-2’); δ

δ102,8 (C-5); δ 90,2 (C-1’); δ 87,2 (C-4’); δ 63,6 (S-CH3); δ 15,1 (5-CH3).

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Parte experimental 166 ________________________________________________________________________

2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-benzoil- N-p-metoxibenzil-2’-

[(2(trimetilsilil)etil)tio]timidina 23

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 10 mL de

DMF anidra e 0,238g g (0,52 mmol) de 63. À suspensão foram adicionados

4,27g (30,96 mmol) de carbonato de potássio e 0,69 g (4,16 mmol) de cloreto

de p-metoxibenzoil. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e

atmosfera de gás argônio, à temperatura ambiente, por 24 horas. Após o

término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 98:2), foram

adicionados 40 mL de diclorometano, filtrou-se à vácuo e evapora-se o

solvente. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica

inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de diclorometano:

acetato de etila 9:1. O produto 23 foi obtido na forma de um sólido branco

(0,247 g; 78% de rendimento).

FM: C30H34N2O6SSi

MM: 587,75 g/mol

RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,01-6,98 (9H, m, Ar), δ 6,92 (1 H, d, J = 1,2 Hz, H-6); δ

6,82 (1 H, dd, J = 2,1 Hz, H-1’); δ 5,79 (1 H, t, J = 1,6 Hz, H-3’); δ 5,14 (1 H, m, H-4’); δ

5,08 (1 H, d, J = 13,56 Hz, H’-a ); δ 5,02 (1 H, d, J = 13,6 Hz, H’-b ); δ 4,58 (1 H, dd, J = 4,4

Hz, J = 12,2 Hz, H-5’a ); δ 4,46 (1 H, dd, J = 3,0 Hz, J = 12,4 Hz, H-5’b); δ 3,75 (3 H, s,

OCH3); δ 2,81 (2 H, m, S-CH2); δ 1,59 (3 H, s, CH3); δ 0,90 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,02 (9 H,

m, Si-(CH3) 3);

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,5 (COO); δ 163,4 (C-4); δ 159,2 (Ar-OCH3); δ

151,9 (C-2); δ 137,2 (C-2’); δ 133,7 (C-6); δ 133,4 (Ar); δ 131,0 (Ar); δ 129,9 (2Ar); δ 129,8

(Ar); δ 129,3 (Ar); δ 128,8 (2 Ar); δ 121,8 (C-3’); δ 113,9 (2 Ar); δ 111,2 (C-5); δ 90,8 (C-

1’); δ 84,4 (C-4’); δ 65,6 (C-5’); δ 55,4 (OCH3); δ 44,3 (ArCH2); δ 28,8 (S-CH2); δ 16,4 (Si-

CH2); δ 13,2 (CH3); δ -1,6 (Si-(CH3)3).

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Parte experimental 167 ________________________________________________________________________

5’-O-benzoil-2’,3’-didesoxitimidina 101

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 15 mL de

piridina anidra e 0,5 g (2,24 mmol) de D4T e 1,12 g (10,8 mmol) de cloreto de

benzoíla. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de

nitrogênio, à temperatura ambiente, por 3 horas. Após o término da reação,

detectado por CCD (diclorometano/metanol 9:1), neutralizou-se com HCl PA a

pH 1. Filtrou-se à vácuo. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna

de sílica inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de

diclorometano:metanol 95:5. O produto 101 foi obtido na forma de um sólido

branco (0,507 g; 69% de rendimento).

FM: C17H16N2O5

MM: 328,32 g/mol

FF: 92 °C

[α]D23,8= -0,17 (c 0,2, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1718, 1682 (C=O), 1271, 1238, 1091, 708

RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 8,01-7,40 (5 H, m, Ar); δ 7,07 (1 H, s, H-6); δ 6,82 (1 H,

m, H-1’); δ 6,39 (1 H, d, J = 6,0 Hz, H-3’); δ 5,92 (1 H, d, J = 6,0 Hz H-2’); δ 5,15 (1 H, s, H-

4’); δ 4,58 (2 H, m, H-5’a +H-5’b ); 1,50 (3 H, s, CH3).

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Parte experimental 168 ________________________________________________________________________

5’-O-benzoil-2’,3’-didesoxi-N-(p-metoxibenzil)timidina 104

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 12 mL de

DMF anidra e 0,300 g (0,92 mmol) de 101, 0,630 g (4,58 mmol) de carbonato

de potássio e 0,940 g (5,52 mmol) de brometo de benzila. Deixou-se a mistura

reacional sob agitação magnética e atmosfera de nitrogênio, à temperatura

ambiente, por 24 horas. Após o término da reação, detectado por CCD (acetato

de etila/hexano 6:4), foram adicionados 40 mL de diclorometano, filtrou-se à

vácuo e evapora-se o solvente. O resíduo foi purificado por cromatografia em

coluna de sílica inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de

acetato de etila/hexano 6:4. O produto 104 foi obtido na forma de um sólido

branco (0,247 g; 78% de rendimento).

FM: C24H20N2O5

MM: 416,43 g/mol

FF: 123-126 °C

[α]D23,7= -0,2 (c 0,4, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1721, 1701, 1664, 1639, 1274, 1080, 717.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 7,96-7,07 (9 H, m, Ar), δ 7,06 (1 H, d, J = 1,0 Hz, H-6);

δ 7,02 (1 H, m, H-1’); δ 6,35 (1 H, da, 3J 3’,2’= 5,9 Hz, H-3’); δ 5,89 (1 H, da, 3J 2’,3’= 5,2 Hz, H-

2’); δ 5,11 (3 H, sa, H-4’ + Hb+ Ha ); δ 4,55 (2 H, m, H-5’a + H-5’b ); δ 1,6 (3 H, s, CH3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 166,1 (COO); δ 163,2 (C-4); δ 151,3 (C-2); δ 136,8 (C-

6); δ 133,4 (Ar); δ 133,4 (Ar); δ 129,5 (Ar); δ 129,1 (Ar); δ 129,6 (Ar); δ 128,6 (Ar); δ 128,3

(Ar); δ 127,5 (Ar); δ 127,3 (C-2’); δ 110,3 (C-5); δ 90,5 (C-1’); δ 84,4 (C-4’); δ 65,0 (C-5’); δ

44,5 (CH2-Ar); δ 12,7 (5-CH3).

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Parte experimental 169 ________________________________________________________________________

5’-N-di-O-benzoil-2’,3’-didesoxitimidina 105

A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 35 mL de

piridina anidra e 3,0 g (13,44 mmol) de D4T e 5,67 g (40,3, mmol) de cloreto de

benzila. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de

nitrogênio, à temperatura ambiente, por 24 horas. Após o término da reação,

detectado por CCD (diclorometano/metanol 9:1), neutralizou-se com HCl PA a

pH 1. Filtrou-se à vácuo. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna

de sílica inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de acetato

de etila/hexano 6:4. O produto 105 foi obtido na forma de um sólido branco

(5,35 g; 90% de rendimento).

FM: C24H20N2O6

MM: 442,33 g/mol

FF: 149-151 °C

[α]D23,8= -0,21 (c 0,4, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1746, 1717, 1700, 1642, 1599, 1248, 1068, 715

RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 7,99-7,41 (9 H, m, Ar), δ 7,19 (1 H, s, H-6); δ 6,95 (1 H,

m, H-1’); δ 6,39 (1 H, da, 3J 3’,2’= 5,9 Hz, H-3’); δ 5,93 (1 H, da, 3J 2’,3’= 5,7 Hz, H-2’); δ 5,14

(1 H, s, H-4’); δ 4,59 (2 H, da, 3J 2’,3’= 3,1 Hz, H-5’a + H-5’b ); δ 1,50 (3 H, s, CH3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 168,9 (NCO); δ 166,1 (COO); δ 162,7 (C-4); δ 149,6 (C-

2); δ 134,9 (C-6); δ 133,5 (Ar); δ 131,5 (Ar); δ 130,4 (Ar); δ 129,5 (Ar); δ 129,1 (Ar); δ 128,6

(Ar); δ 127,1 (C-2’); δ 111,5 (C-5); δ 90,0 (C-1’); δ 84,5(C-4’); δ 64,9 (C-5’); δ 11,9 (CH3).

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Parte experimental 170 ________________________________________________________________________

5’-O-tritil-2’,3’-didesoxitimidina 98

Uma solução de e 1,0 g (2,14 mmol) de 98 e 0,250 g de t-BuOK em 15

mL de DMSO foi deixada sob agitação à temperatura ambiente, por 30

minutos. Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol

95:5), precipitou-se a mistura reacional em 150 mL de água com gelo. A

mistura foi neutralizada com ácido acético. Filtrou-se à vácuo lavando-se com

água. O produto foi purificado por cromatografia em coluna de diclorometano:

metanol 98:2. O produto 98 foi obtido na forma de um sólido branco (0,92g;

92% de rendimento).

FM: C29H26N2O4

MM: 466,53 g/mol

FF: 92-109°C

[α]D19,6= 0,0 (c 0,2, CH2Cl2)

IV (ע máx,cm-1) 1666 (C=O), 1448, 1080, 698.

RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) 9,57 (1 H , s, NH); δ 7,42-7,01 (16 H, m, Ar H-6); δ 7,05

(1 H, s, H-1’); δ 6,34 (1 H, m, H-2’); δ 5,88 (1 H, m, H-3’); δ 4,96 (1 H, s, H-4’); δ 3,38 (2 H,

m, H-5a + H-5b ); δ 2,60 (3 H, s, CH3).

RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 164,2 (C-4); δ 151,0 (C-2); δ 146,9 (C-6); δ 143,1 (C-

ArTr-6); δ 135,5 (C-3’); δ 134,2 (Ar); δ 128,5 (Ar); δ 128,5 (Ar); δ 127,9 (Ar); δ 127,8 (Ar); δ

127,1 (Ar); δ 126,6 (Ar); δ 126,1 (C-2’); δ 110,7 (C-5); δ 89,2(C-1’); δ 85,3 (C-4’); δ 64,9

(C-5’); δ 53,5 (C-Tr); δ 11,3 (5-CH3).

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Conclusões 171 ________________________________________________________________________

5 CONCLUSÕES Neste trabalho foram desenvolvidos novos e eficientes métodos de

síntese para a obtenção de novos nucleosídeos com potencial antiviral e

antiproliferativo. As rotas de síntese estudadas permitiram o acesso aos

nucleosídeos saturados, como compostos intermediários, e aos nucleosídeos

insaturados em 2’,3’ como compostos finais.

O objetivo de desenvolver a síntese dessas substâncias explorando a

química do enxofre e silício através do grupo 2’-(trimetilsilil)etanotiol foi

alcançado, obtendo-se compostos intermediários para a síntese e obtenção de

novos tionucleosídeos, com bons rendimentos e que apresentaram, já

inicialmente através dos ensaios in vitro realizados, atividade citotóxica para

células de cancer de pulmão (A549).

Foi possível obter compostos com o grupo TMSE em posição 2’ e 3’,

além de nucleosídeos com o grupo metiltio também nessas posições, o que

permitirá analisar a contribuição de cada um dos grupos em determinadas

posições do açúcar para a atividade biológica.

A tese contribui também, para o estudo da reação de cicloadição com

nucleosídeos insaturados a partir de dicloroceteno formado in situ a partir de

cloreto de dicloroacetila e cloreto de tricloroacetila, permitindo avaliar as

condições empregadas nessas reações, bem como, abrir a discussão para que

se possam obter os nucleosídeos bicíclicos a partir desses métodos.

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APÊNDICE A- Espectro de RMN 1H, 13C, Espectro no

infravermelho e Massas.

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

28,7

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100,0

cm-1

%T

2954

2895

1687

1412

1353

1248

1166

1134

1105

1012

953

879

855

750

707

691

Figura A.1 Espectro no IV de 61 180

SSi

H3C

O

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3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

0.0

2

0.7

9

0.8

40

.88

1.2

21

.26

1.5

3

2.2

8

2.8

32

.86

2.8

82

.89

2.9

02

.92

9.2

6

1.9

7

0.3

4

3.2

5

2.0

0

SSi

H3C

O

Figura A.2 – Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 61 181

Page 183: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.7

0

17

.47

25

.53

30

.73

19

6.4

6

SSi

H3C

O

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm Figura A.3 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) e DEPT 135 61 182

Page 184: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

29,6

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100,4

cm-1

%T

2953

2897

1413

1273

1247

1170

1124

1017

745

692

660

Figura A.4 Espectro no IV de 13 183

SH

Si

Page 185: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A.5 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 13 184

SH

Si

Page 186: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A.6 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) 13 185

SH

Si

Page 187: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A.7 Espectro de RMN J-Mod (100 MHz, CDCl3) 13 186

SH

Si

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

84,7

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,3

cm-1

%T

30722894

1666

1614

1552

1470

1377

1339

1311

1267

1238

1189

1157

1136

1093

1057

1036

1017

1007

993

943

910

871

848

798

782

731

684

Figura A.8 – Espectro no IV de 64 187

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-0.59.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

1.84

71.

850

3.20

4

3.22

03.

233

3.24

83.

295

3.30

83.

324

3.33

7

3.43

94.

109

4.11

34.

125

4.13

64.

140

4.43

44.

435

4.43

75.

018

5.23

05.

244

5.94

4

6.34

66.

361

7.79

57.

798

3.00

3

1.13

10.

999

1.05

5

1.00

6

0.94

7

1.03

0

0.93

1

1.00

1

1.00

0

3.33.43.53.63.73.83.94.04.14.24.34.4 ppm

3.23

3

3.24

83.

295

3.30

83.

324

3.33

7

3.43

9

4.10

94.

113

4.12

54.

136

4.14

0

4.43

4

4.43

5

1.13

1

0.99

9

1.05

5

1.00

6

Figura A.9 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 64 188

6 1’

0H-3’ 2’

0H-5’

3’ 4’

5’

5’a 5’b 5-CH3

4’ 3’

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

13

.07

60

.39

74

.28

88

.08

88

.69

89

.77

11

6.2

4

13

1.8

3

15

8.9

5

17

1.3

1

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm Figura A.10 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, DMSO-d6) e DEPT 135 de 64 189

2’ 1’ 5

6

4 2

4’ 3’ 5’

5-CH3

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ppm

2.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5 ppm

2

3

4

5

6

7

8

Figura A.11 – Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 64 190

H-1’x H-2’

H-2’x H-1’

OH-3’x H-3’

H-3’X OH-3’

H-2’x H-3’

H-3’x H-2’

OH-5’x H-5’

H-5’x OH-5’

H-6 x 5-CH3

H-5’x H-4’

H-3’X H-4’

5-CH3x H-6

H-4’x H-5’

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2.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5ppm ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.12 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 191

H-6x C-6

H-1’x C-1’

H-2’x C-2’

H-3’x C-3’

H-4’x C-4’

H-5’x C-5’

(CH3)3-5 x (CH3)3-5

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ppm

1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5 ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A 13. – Mapa de contornos HMBC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 192

H-2’x C-2

5-CH3 X C-4 H-6 x C-4

H-6 x C-2

H-1’x C-2

5-CH3 x C-

6

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

76,2

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

99,9

cm-1

%T

3396

3063

2951

1681

1469

1417

1276

1247

1211

1142

1085

1035

889

752

690

674

Figura A.14 – Espectro no IV de 15 193

Page 195: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.803

0.807

0.812

0.816

0.819

0.824

0.828

0.833

0.838

0.841

0.858

2.555

2.559

2.565

2.578

2.581

2.594

2.599

2.604

3.767

3.772

3.797

3.803

3.914

3.919

3.935

3.945

3.949

3.958

3.971

4.202

4.206

4.210

4.330

4.333

4.343

4.346

5.430

5.452

7.225

7.250

8.826

9.2

6

2.4

8

3.5

9

2.0

8

1.0

9

2.1

4

1.1

6

1.0

0

0.8

9

1.1

0

1.0

4

9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.803

0.807

0.812

0.816

0.819

0.824

0.828

0.833

0.838

0.841

0.858

2.555

2.559

2.565

2.578

2.581

2.594

2.599

2.604

3.767

3.772

3.797

3.803

3.914

3.919

3.935

3.945

3.949

3.958

3.971

4.202

4.206

4.210

4.330

4.333

4.343

4.346

5.430

5.452

7.225

7.250

8.826

9.2

6

2.4

8

3.5

9

2.0

8

1.0

9

2.1

4

1.1

6

1.0

0

0.8

9

1.1

0

1.0

4

3.753.803.853.903.954.004.054.104.154.204.254.304.35 ppm

3.767

3.772

3.797

3.803

3.914

3.919

3.935

3.945

3.949

3.958

3.971

4.202

4.206

4.210

4.330

4.333

4.343

4.346

1.0

9

2.1

4

1.1

6

1.0

0

Figura A.15- Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 15 194

6 1’

3’ 4’ 2’ 5’a

5’b

SCH2 SiCH2

Si(CH3)3

5CH3

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-3.2

7-1

.84

12

.40

18

.03

28

.38

52

.81

63

.09

71

.48

76

.69

77

.00

77

.21

77

.32

86

.60

93

.18

11

1.3

4

13

8.8

2

15

0.5

1

16

3.4

7

Figura A.16 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) 15 195

C-2’

4

Si-(CH3)3

S-CH2

5-CH3 5’

3’ 4’

1’ 2

5

Si-CH2

6

Page 197: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

-0.59.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0

Figura A.17 – Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 15 196

H-1’x H-2’

H-2’x H-1’

ppm

3.43.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.64.7 ppm

3.0

3.2

3.4

3.6

3.8

4.0

4.2

4.4

4.6

4.8

5.0

H-4’x H-

5’b

H-2’x H-3’

H-3’x H-2’

H-5’b x H-4

H-2’ x H-4’

H-4’ x H-2’

H-6 x –5-CH3

5-CH3 x H-6

Page 198: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.18 – Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 15 197

H-6 x C-4

H-6 x C-2 H-1 x C-2

5-CH3 x C-4

5-CH3 x C-6

Page 199: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

37,5

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

99,6

cm-1

%T

3370

3064

2951

2834

2042

1688

1607

1583

1541

1507

1488

1464

1445

1413

1279

1246

1174

1084

1030

930

894

788

752

726

700

681

Figura A.19– Espectro no IV de 68 198

Page 200: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

77,6

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

99,2

cm-1

%T

3028

1688

1470

1351

1272

1072

969

945

835

679

Figura A.20– Espectro no IV de 23 199

O

MsO

HN

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

OMs

Page 201: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

1.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.09.510.010.511.011.512.012.5 ppm

1.7

89

2.5

02

3.2

52

3.3

60

3.3

76

4.4

74

4.5

13

4.5

35

5.3

34

5.3

59

5.3

83

5.5

36

5.5

57

5.5

82

5.9

76

5.9

97

7.5

72

11

.56

6

3.4

18

9.1

07

3.3

19

1.1

40

1.1

47

1.0

54

1.0

08

1.0

79

5.45.55.65.75.85.96.06.1 ppm

5.3

34

5.3

59

5.3

83

5.5

36

5.5

57

5.5

82

5.9

76

5.9

97

1.1

40

1.1

47

1.0

54

Figura A.21- Espectro de RMN de 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 23 200

O

MsO

HN

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

OMs

NH 6 1’ 2’ 3’ 4’+’5’a+5’b

SO2CH3

5CH3

Page 202: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

102030405060708090100110120130140150160170180 ppm

12.4

00

39.8

33

67.7

28

74.3

12

76.6

24

78.7

49

88.2

64

110.4

02

136.8

09

150.7

41

164.0

71

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

12.4

81

37.2

9238

.398

67.8

02

74.4

0276

.707

78.8

41

88.3

50

136.

894

Figura A.22 – Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) e DEPT 135 de 23 201

O

MsO

HN

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

OMs

4 2 6 5 1’ 4’

3’

2’ 5’ SO2-CH3 5-CH3

Page 203: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

36,1

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

99,2

cm-1

%T

2996

2924

1721

1668

1640

1600

1563

1480

1458

1414

1386

1347

1317

1288

1271

1256

1217

1175

1119

1085

1071

1052

1017

1000

979

970

958

909

882

861

842

820

791

783

761

731

692

678

659

Figura A.23– Espectro no IV de 25 202

O

BzO

N

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

Page 204: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

1.74

91.

800

2.30

6

2.50

0

3.14

7

3.36

43.

453

4.14

74.

184

4.20

84.

245

4.28

54.

309

4.34

54.

370

4.79

3

5.64

9

5.67

45.

704

6.44

4

6.47

2

7.46

47.

502

7.53

97.

629

7.66

57.

700

7.80

57.

871

7.90

9

3.15

8

0.11

6

0.20

3

3.14

7

2.10

2

1.00

0

2.05

8

1.05

3

2.02

1

1.02

0

3.02

7

Figura A.24- Espectro de RMN de 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 25 203

O

BzO

N

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

1’ 2’+3’ 4’

5’a+5’b

SO2-CH3

5CH3

Ars + 6

Page 205: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

2030405060708090100110120130140150160170180 ppm

13.5

27

37.6

6638

.245

38.6

62

39.0

7939

.496

39.9

1440

.331

40.7

49

62.5

89

81.2

1582

.156

86.0

06

90.0

93

117.

501

128.

903

129.

367

132.

116

133.

786

158.

990

165.

327

171.

560

Figura A.25- Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 25 204

O

BzO

N

N

O

OMs

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a5b

COO

4

2 Ar

6 Ar

5 1’

4’

2’

3’

5’

SO2-CH3 5-CH3

Page 206: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

205

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

79,2

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,2

cm-1

%T

2954

1685

1468

1353

1279

1248

1212 1094

1044

1009

968

940

899

827

780

704

655

Figura A.26– Espectro no IV de 16

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50Inten.(x1,000,000)

531.0964

514.1513

208.9878 334.9942610.1406430.9986

127.0477185.0307 268.9726 823.9960739.9786979.3277

931.4661

Figura A.27– Espectro de Massas por IES de 16 (M = 530)

Page 207: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A. 28– Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 16 206

9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

-0.0

28

0.7

25

0.7

58

0.7

80

0.8

13

1.9

40

2.5

22

2.5

55

2.5

78

2.6

09

3.1

11

3.1

74

3.4

74

3.5

02

3.5

31

3.5

47

3.5

77

4.4

45

4.4

97

4.5

39

4.5

57

4.6

02

5.2

30

5.2

59

6.0

69

6.1

16

7.2

49

7.3

49

8.6

52

9.0

9

2.1

1

3.2

9

1.9

4

2.8

63.3

9

1.2

2

3.3

5

0.9

2

1.0

0

1.1

4

0.7

2

6 NH 1’ 3’

4’+ 5’a +5’b

2’ S-CH3

SO2CH3

SO2CH3

Si-CH2

Si-(CH3)3

5CH3

Page 208: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

-2.0

44

12.1

72

17.6

61

27.9

48

37.8

9538

.574

48.9

22

68.2

44

79.5

4881

.289

88.7

30

112.

315

135.

136

150.

232

162.

910

Figura A. 29– Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 16 207

2 4

6 5

1’

4’ 3’ 5’ 2’

-SO2-CH3

S-CH2

Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

Page 209: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

208

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

58,0

60

62

64

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

99,2

cm-1

%T

3063

2952

1715

1683

1601

1584

1451

1372

1314

1247

1176

1092

1069

1025

937

889

837

779

752

686

659

Figura A.30- Espectro no IV de 65

Figura A.31- Espectro de Massas por IES de 65 (M = 582)

Page 210: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A. 32– Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 65 209

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

-0.0

69

-0.0

11

0.7

09

0.7

18

0.7

23

0.7

29

0.7

32

0.7

38

0.7

43

0.7

52

1.6

27

1.6

29

2.5

45

2.5

54

2.5

59

2.5

66

2.5

68

2.5

74

2.5

79

2.5

89

3.5

71

3.5

86

3.5

92

3.6

08

4.5

24

4.5

32

4.5

39

4.5

47

4.6

58

4.6

66

4.6

88

4.6

97

4.7

70

4.7

78

4.8

00

4.8

08

5.6

76

5.6

82

5.6

91

5.6

97

6.2

74

6.2

95

7.1

52

7.1

55

7.2

50

7.4

60

7.4

79

7.4

98

7.5

94

7.5

97

7.6

07

7.6

12

7.6

25

7.6

40

7.6

44

8.0

54

8.0

57

8.0

78

8.0

82

9.4

8

1.9

3

3.6

1

1.8

9

0.9

7

1.0

21.1

71.0

7

1.0

0

0.9

7

1.0

3

4.3

42.1

5

4.4

1

0.7

8

6.30 ppm

6.2

74

6.2

95

0.9

75.685.705.72 ppm

5.6

76

5.6

82

5.6

91

5.6

97

1.0

0

4.704.754.80 ppm

4.6

58

4.6

66

4.6

88

4.6

97

4.7

70

4.7

78

4.8

00

4.8

08

1.1

7

1.0

7

S-CH3 Si-CH3

Si-(CH3)3

5CH3

6 1’

3’ 5’a+5’b 4’

2’ NH

Ar

Ar

Ar

5’a+ 5’b 3’ 1’

Page 211: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A. 33– Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 65 210

170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

-0.0

08

12.1

30

17.5

24

27.9

78

50.5

30

64.0

78

74.5

74

81.5

40

88.6

59

112.0

93

128.6

39

128.8

40

128.9

76

129.3

85

129.5

24

130.0

07

133.7

78

134.4

66

150.1

78

162.8

89

165.7

64

165.8

83

COO

COO

2

4

6

Ars

5 1’

4’ 3’

5’ 2’ S-CH2

Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

Page 212: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

211

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

80,9

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,2

cm-1

%T

30442952

1722

1682

1452

1397

1314

1250

1118

1098

1069

1024

889

838

772

757

661

Figura A.34– Espectro no IV de 63

Figura A.35- Espectro de Massas por IES de 63 (M = 460)

Page 213: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

0.0

21

0.8

87

0.8

96

0.9

06

0.9

15

1.5

67

2.8

08

2.8

10

2.8

22

2.8

35

2.8

38

4.4

72

4.4

80

4.5

03

4.5

11

4.5

52

4.5

63

4.5

83

4.5

93

5.1

42

5.1

45

5.1

49

5.1

51

5.7

95

5.7

99

5.8

03

6.9

17

6.9

21

6.9

26

6.9

30

6.9

52

6.9

55

7.4

19

7.4

37

7.4

57

7.5

53

7.5

56

7.5

59

7.5

71

7.5

75

7.5

79

7.5

90

7.5

93

7.5

97

7.9

97

8.0

00

8.0

05

8.0

18

8.0

20

8.0

21

8.0

25

9.1

98

8.3

05

2.1

75

3.1

84

2.1

57

2.0

54

0.9

70

0.9

56

1.2

10

0.3

78

2.2

32

1.1

26

2.1

59

1.0

06

7.407.457.507.557.607.657.707.757.807.857.907.958.008.05 ppm

7.4

19

7.4

37

7.4

57

7.5

53

7.5

56

7.5

59

7.5

71

7.5

75

7.5

79

7.5

90

7.5

93

7.5

97

7.9

97

8.0

00

8.0

05

8.0

18

8.0

20

8.0

21

8.0

25

2.2

32

1.1

26

2.1

59

4.504.554.60 ppm

4.4

72

4.4

80

4.5

03

4.5

11

4.5

52

4.5

63

4.5

83

4.5

93

2.0

54

6.95 ppm

6.9

17

6.9

21

6.9

26

6.9

30

6.9

52

6.9

55

1.2

10

Figura A.36– Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 63 212

NH S-CH2 Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

5’a 5’b

4’

3’

6 1’

Ars

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.8

8

12

.11

16

.16

28

.55

65

.34

84

.22

89

.75

11

1.6

9

12

1.6

61

28

.63

12

9.4

91

29

.60

13

3.4

61

35

.00

13

6.8

0

15

0.9

2

16

3.7

11

66

.28

OO

NH

N

O

1'

3'

4'

5' O

O

S

Si

2

4

5

6

129130131132133134135136137 ppm

12

8.6

3

12

9.4

91

29

.60

13

3.4

6

13

5.0

0

13

6.8

0

Figura A.37 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 63 213

CO 4 2

2’ 6

Ars

3’ 5

1’ 4’ 5’

S-CH2

Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

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ppm

8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

8

7

6

5

4

3

2

1

0

Figura A.38– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 63 214

H-3’ x H-4’

H-4’ x H-3’

H-4’ x H-5’

H-5’ x H-4’

H-4’ x H-1’

H-1’ x H’-4

H-1’ x H-3’

H-1’ x H- 3’

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10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.39 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 63

H-1’ x C-1’

H-3’ x C-3’

6.76.86.97.07.17.27.37.47.57.67.77.87.98.08.18.28.38.48.58.68.7ppm ppm

90

95

100

105

110

115

120

125

130

135

H-6 x C-6

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10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.40 – Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 63 216

2H-Ar x CO

H-5’ x CO

H-5’ x C-3’

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217

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

33,0

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

99,9

cm-1

%T

34173189

3060

2952

1682

1611

1468

1420

1395

1372

1249

1223

1164

1135

1105

1081

1013

891

837

773

755

712

692

667

Figura A.41 – Espectro no IV de 75

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0Inten.(x100,000)

373.1138

231.0537

395.0932

455.0853

127.0537185.0442 767.2717578.1814277.0231 907.3529646.1968 965.8269

Figura A.42- Espectro de Massas por IES de 75 (M = 356)

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218

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.04

2

0.89

50.

903

0.91

50.

919

0.93

10.

939

1.86

71.

869

2.80

02.

808

2.82

92.

852

2.87

32.

881

3.72

43.

732

3.75

53.

763

3.89

13.

897

3.92

23.

929

4.94

74.

949

5.77

9

6.89

46.

899

7.25

07.

349

7.35

1

8.39

8

9.36

2.03

3.12

2.04

1.07

1.05

1.00

0.97

0.93

0.92

0.87

3.753.803.853.903.95 ppm

3.72

43.

732

3.75

53.

763

3.89

13.

897

3.92

23.

929

1.07

1.05

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.7

97

12.4

22

16.3

17

28.5

16

63.7

24

87.2

0890

.345

111.

077

123.

328

135.

482

136.

671

150.

656

163.

792

Figura A.43– Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) e RMN 13C (200MHz) de 75

3’ 4’

5’a 5’b

S-CH2

Si-CH2

5CH3

1’ 6’ NH

Si-(CH3)3

Si-CH2

Si-(CH3)3

S-CH2

Si-CH2 5CH3

Si-(CH3)3

5’

4’

1’ 4 2

6 5

3’

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219

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

63,0

64

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

99,0

cm-1

%T

3364

3152

3081

3032

2916

2812

1701

1655

1611

1472

1423

1403

1371

1288

1264

1230

1186

1128

1099

1059

1011

987

923

898

848

804

767

729

663

Figura A.44 – Espectro no IV de 70

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

Inten.(x1,000,000)

289.0732

311.0523

596.1473127.0546

452.1240231.0672 631.0504 740.2596555.2062 816.0773 934.0871

Figura A.45- Espectro de Massas por IES de 70 (M = 288)

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1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0 ppm

1.9

07

1.9

10

2.2

47

3.3

28

3.3

31

3.3

35

3.3

39

3.3

43

3.3

46

3.8

56

3.8

64

3.8

76

3.8

87

4.3

20

4.3

33

4.3

35

4.3

48

4.4

47

4.4

57

4.4

66

4.4

75

4.4

85

5.8

40

5.8

52

7.9

13

7.9

16

3.1

23

3.1

04

0.9

33

1.6

78

1.0

30

1.0

62

1.0

32

1.0

00

7.927.947.96 ppm

7.9

13

7.9

16

1.0

00

5.85 ppm

5.8

40

5.8

52

1.0

32

4.50 ppm

4.4

47

4.4

57

4.4

66

4.4

75

4.4

85

1.0

62

4.344.36 ppm

4.3

20

4.3

33

4.3

35

4.3

48

1.0

30

Figura A.46 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 70 220

6 1’

4’ 2’

B

5’a+5’b 3’

5CH3

SCH3

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190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

12.5

0

15.9

4

54.5

4

62.9

6

80.7

7

82.2

3

90.9

4

111.

36

138.

63

152.

82

166.

40

OHO N

HN

O

O

1'

2'3'

4'

5'

2

4

5

6

SCH3OH

Figura A.47 – Espectro de RMN de 13C (200 MHz, DMSO-d6) de 70 221

4 2

6

5 1’

4’

2’ 5’ 3’ SCH3 5CH3

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ppm

3.23.43.63.84.04.24.44.64.85.05.25.45.65.8 ppm

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

Figura A.48– Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 70 222

H-5’ x H-4’

H-2’ x H-1’

H-4’ x H-5’

H-4’ x H-3’

H-1’ x H-2’

H-3’ x H-4’

H-2’ x H-3’

H-3’ x H-2’

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ppm

1.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5 ppm

40

60

80

100

120

140

160

Figura A.49 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 70 223

H-6 x C-6

H-1’ x C-1’

H-4’ x C-4’

H-2’ x C-2’

H-3’ x C-3’

H-5’ x C-

5’

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224

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

72,4

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

100,1

cm-1

%T

3180

3033

2927

1683

1471

1411

1355

1306

1272

1222

1167

1125

1096

1031

1013

980

964

930

911

860

758

732

705

682

Figura A.50 – Espectro no IV de 71

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

Inten.(x1,000,000)

385.0191

445.0358

387.0156

289.0547 514.1994127.0366 213.1092 625.9966 858.0352779.0255

Figura A.51- Espectro de Massas por IES de 71 (M = 444)

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210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

12.3

416

.04

37.7

638

.75

51.3

4

68.8

6

80.9

6

85.8

988

.85

110.

82

135.

01

151.

05

164.

38

Figura A.52– Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 71

225

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226

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

25,0

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100,2

cm-1

%T

3171

3025

2932

2832

2663

2561

1683

1601

1583

1468

1452

1422

1353

1326

1265 1174

1092

1069

1045

1025

1000

933

832

805

782

705

684

667

Figura A.53 – Espectro no IV de 72

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

Inten.(x100,000)

397.1031

267.1387

127.0431

351.0888207.0497533.3263455.1247

771.2691150.0795 589.1501527.1345305.1356 927.6866

Figura A.54- Espectro de Massas por IES de 72 (M = 374)

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227

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

91,00

91,5

92,0

92,5

93,0

93,5

94,0

94,5

95,0

95,5

96,0

96,5

97,0

97,5

98,0

98,5

99,0

99,50

cm-1

%T

3054

1661

1468

1257

1107

1024

813

761

667

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

7.0

Inten.(x10,000)

293.0753

127.0575

437.2743

415.2641620.7117563.1956198.9999 383.1247 489.3831

66.4659833.1360

Figura A.55 – Espectro no IV de 73 e espectro de Massas por IES de 73 (M =270)

9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.961

1.573

2.082

2.293

2.647

3.446

4.359

4.606

5.510

6.607

6.611

7.269

3.11

2.79

1.14

2.02

0.97

1.01

0.96

1.00

Figura A.56– Espectro de RMN

de 1H (400 MHz, DMSO-d6)

e 13C (100 MHz, DMSO-d6)

de 73

-10170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

12.2

214.9

9

63.1

9

87.1

789.4

8

110.4

7

122.6

9

136.0

6

145.9

8

151.0

5

161.2

0

6 1’ 3’ 4’ 5’a+5’b

SCH3

5CH3 5-OH

5CH3

SCH3 5’ 1’

4’ 5

3’

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228 214

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

85,2

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99

99,5

cm-1

%T

3356

2952

1682

1470

1247

1057

754

691

Figura A. 57 – Espectro no IV de 74

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

Inten.(x1,000,000)

375.1292

391.1249

127.0542199.0835 547.1103479.1125 769.3403329.0422 677.4460 859.2366 957.4586

Figura A.58– Espectro de Massas por IES de 74 (M = 374)

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-111 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

-0.0

20

0.7

94

0.7

98

0.8

09

0.8

14

0.8

30

0.8

52

0.8

71

0.8

86

1.8

36

2.6

38

2.6

60

2.6

82

3.4

07

3.4

23

3.4

36

3.8

16

3.8

45

3.8

75

3.9

26

3.9

46

3.9

50

3.9

57

4.3

46

4.3

56

4.5

19

4.5

27

5.7

50

5.7

59

7.2

49

7.6

25

10

.46

4

9.2

55

2.0

78

3.1

97

2.0

47

1.0

57

2.4

01

1.0

49

1.1

34

1.0

91

0.9

98

3.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.6 ppm

3.4

07

3.4

23

3.4

36

3.8

16

3.8

45

3.8

75

3.9

26

3.9

46

3.9

50

3.9

57

4.3

46

4.3

56

4.5

19

4.5

27

1.0

57

2.4

01

1.0

49

1.1

34

Figura A.59 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 74 229

Si-CH2 S-CH2

Si-(CH3)3

6

1’

4’ 2’ 5’a+5’b 3’

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.8

1

12.4

6

17.5

1

28.5

6

50.4

0

62.8

1

80.7

7

81.6

0

91.0

9

110.

45

136.

72

151.

43

164.

62

OHO N

HN

O

O

1'

2'3'

4'

2

4

5

6

OH

S

Si

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

Figura A.60 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT de 74 230

5CH3 S-CH3

Si-CH3

Si-(CH3)3

4

2

6 5 1’

4’ 5’

2’

3’

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ppm

9 8 7 6 5 4 3 2 1 ppm

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0

Figura A.61– Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 74 231

ppm

3.03.54.04.55.05.56.0 ppm

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

6.5

H-1’ x H-2’

H-2’ x H-1’

H-4’ x H-5’

H-5’ x H-4’

H-4’ x H-3’

H-3’ x H-4’

H-2’ x H-3’

H-3’ x H-2’

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232

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

94,00

94,5

95,0

95,5

96,0

96,5

97,0

97,5

98,0

98,5

99,0

99,5

99,82

cm-1

%T 1766

1689

1465

1251

1105

1053

945

838

688

662

Figura A. 62– Espectro no IV de 84

Figura A.63– Espectro de Massas por IES de 84 (M=476)

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11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.08

1

1.00

11.

022

1.04

4

1.88

11.

884

2.92

52.

937

2.95

22.

956

2.95

9

2.98

12.

983

2.98

93.

003

3.01

5

4.48

04.

486

4.48

84.

495

4.94

3

4.94

84.

952

4.95

75.

346

5.35

05.

354

7.08

9

7.09

3

7.09

77.

101

7.12

67.

128

7.13

17.

147

7.15

07.

373

7.37

87.

393

7.39

47.

413

7.56

4

7.56

88.

377

8.89

0

2.09

9

3.13

0

2.09

2

1.82

5

1.02

5

1.00

0

1.07

61.

017

1.08

22.

243

1.01

3

0.97

8

5.345.365.38 ppm5.

346

5.35

05.

354

1.00

04.944.964.98 ppm

4.94

34.

948

4.95

2

4.95

7

1.02

5

4.484.494.50 ppm

4.48

0

4.48

64.

488

4.49

5

1.82

5

Figura A.64 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 84 233

Si-CH2 S-CH2

Si-(CH2)3

5’a+5’b 4’ 2’

NH 6

Ars

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.7

8

12

.35

16

.09

29

.11

67

.14

84

.35

89

.37

11

1.2

1

11

5.0

6

12

0.8

1

12

9.6

5

13

6.3

9

14

3.4

2

15

0.7

9

15

3.2

4

16

3.6

1

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

Figura A.65– Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3 ) e J-Mod de 84 234

4

2

COO

3’ 6

Ar Ar

Ar

2’

5

1’

4’

5’

S-CH2

Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

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ppm

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0

Figura A.66- Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 84 235

H-1’ x H-2’

H-2’ x H-1’

H-2’ x H-4’

H-4’ x H-2’

H-4’ x H-5’

H-5’ x H-4’

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8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.67 – Mapa de contornos HMQC e expansão (400 MHz, CDCl3) de 84 236

6.76.86.97.07.17.27.37.47.57.67.77.87.98.08.18.28.38.48.58.68.78.88.9ppm ppm

75

80

85

90

95

100

105

110

115

120

125

130

135

140

145

H-1’ x C-1’

H-5’ x C-5’

H-4’ x C-4’

H-2’ x C-2’

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

79,0

80

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,3

cm-1

%T

2953

1764

1689

1592

1493

1463

1384

1235

1206

1055

1021

960

838

770

708

686

Figura A. 68 – Espectro no IV de 86 237

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-0.59.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

0.0

3

0.8

60

.89

0.9

30

.97

1.0

0

1.9

5

2.7

52

.79

2.8

3

3.6

43

.66

3.6

8

4.5

34

.55

4.5

9

4.6

04

.63

4.6

64

.72

4.7

34

.76

5.2

45

.25

5.2

7

6.2

56

.26

7.1

87

.22

7.2

67

.27

7.3

0

7.3

07

.31

7.3

6

7.3

87

.40

7.4

27

.45

7.6

6

9.1

2

9.4

5

2.8

6

3.4

6

2.1

4

1.0

9

1.9

61.5

0

1.0

9

1.1

0

7.4

9

4.7

3

1.0

5

1.0

0

Figura A.69– Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 86 238

Si-CH2 S-CH2

5CH3

Si-(CH3)3

3’ 4’+5’a+5’b

4’ 1’

H-Ars + H-6

NH

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.8

73

12

.47

0

17

.41

6

28

.64

7

48

.90

5

67

.25

3

84

.89

6

87

.63

3

11

1.3

44

12

0.7

57

12

6.2

92

12

9.4

84

13

5.2

90

15

0.4

23

15

0.8

86

15

2.4

54

15

3.0

47

16

3.4

58

Figura A.70– Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 86 239

Ar

Ar

4

COO

COO

2 6

Ar

5 1’

4’ 3’

5’ S-CH2

Si-CH2

5CH3

Si-(CH3)3

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240

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

57,7

60

65

70

75

80

85

90

95

99,7

cm-1

%T

31783064

2952

2923

2853

1675

1605 1465

1422

1382

1248

1217

1164

1105

1049

1011 937

888

783

758

727

691

662

Figura A. 71 – Espectro no IV de 87

Figura A.72 – Espectro de Massas por IES de 87

(M= 738)

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9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

0.0

65

0.9

44

0.9

53

0.9

59

0.9

69

0.9

73

0.9

83

0.9

88

0.9

97

1.8

97

1.9

00

2.8

67

2.8

80

2.8

89

2.8

94

2.9

04

2.9

10

2.9

19

2.9

24

2.9

33

2.9

46

4.2

53

4.2

65

4.2

83

4.2

96

4.4

32

4.4

38

4.4

62

4.4

69

4.8

88

4.8

94

4.9

01

4.9

06

5.3

09

5.3

13

5.3

17

6.9

95

6.9

99

7.0

03

7.0

07

7.2

43

7.2

46

7.2

60

8.7

64

9.3

66

2.1

55

3.1

45

2.0

58

2.1

09

0.9

87

0.9

80

1.0

00

0.9

04

0.9

60

4.90 ppm

4.8

88

4.8

94

4.9

01

4.9

06

0.9

87

5.35 ppm

5.3

09

5.3

13

5.3

17

0.9

80

4.34.4 ppm

4.2

53

4.2

65

4.2

83

4.2

96

4.4

32

4.4

38

4.4

62

4.4

69

2.1

09

7.25 ppm

7.2

43

7.2

46

0.9

04

7.02 ppm

6.9

95

6.9

99

7.0

03

7.0

07

1.0

00

Figura A.73 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 87 241

6 1’ 2’ 4’ 5’a 5’b

Page 243: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.8

0

12

.45

16

.00

29

.10

68

.19

84

.30

89

.76

11

1.2

9

11

5.0

5

13

5.5

6

14

3.1

8

15

0.7

1

15

4.4

0

16

3.6

0O

ONH

N

O

O

SSi

O

O

O

SSi

NH

N

O

O

200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

Figura A.74 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3 ) e J-Mod de 87 242

4

OCOO

2

3’

6

2’

5

1’

4’ 5’

S-CH2

Si-CH2

5CH3

Si-(CH3)3

Page 244: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5 ppm

1

2

3

4

5

6

7

8

Figura A.75– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 87 243

H-1’ x H-2’

H-2’ x H-1’

H-1’ x H-4’

H-4’ x H-1’

H-4’ x H-2’

H-2’ x H-4’

H-4’ x H-5CH3

H-5CH3 X H-4’

H-6 x H-5CH3

H-5CH3 x H-6

Page 245: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.76 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 87 244

H-2’ x C-2’

H-1’ x C-1’

H-6’ x C-6

H-4’ x C-4

Page 246: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

245

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

84,9

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,2

cm-1

%T

2929

1683

1471

1427

1248

1144

1111

1068

1007

831

742

660

Figura A.77 – Espectro no IV de 76

Figura A.78 Espectro de Massas por IES de 76 (M=612)

Page 247: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

-0.0

13

0.8

04

0.8

13

0.8

22

0.8

28

0.8

42

0.8

49

0.8

58

0.8

66

0.8

85

1.0

85

1.6

05

1.6

07

2.6

06

2.6

11

2.6

25

2.6

31

2.6

36

2.6

50

2.6

55

3.3

73

3.3

86

3.3

90

3.4

02

3.9

22

3.9

35

3.9

51

3.9

64

4.0

19

4.0

28

4.0

48

4.0

57

4.3

79

4.3

88

4.4

00

4.6

17

4.6

27

4.6

43

4.6

55

5.7

79

5.7

88

7.2

50

7.3

52

7.3

56

7.3

63

7.3

69

7.3

73

7.3

76

7.3

84

7.3

88

7.3

91

7.4

03

7.4

10

7.4

14

7.4

19

7.4

22

7.4

28

7.4

37

7.4

51

7.4

54

7.6

95

7.6

99

7.7

15

7.7

19

7.7

35

7.7

39

2.2

93

9.4

91

3.2

50

2.0

41

1.0

03

1.2

78

1.2

63

1.1

31

1.1

38

1.1

02

7.8

54

4.3

46

1.0

00

3.43.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.6 ppm

3.3

73

3.3

86

3.3

90

3.4

02

3.9

22

3.9

35

3.9

51

3.9

64

4.0

19

4.0

28

4.0

48

4.0

57

4.3

79

4.3

88

4.4

00

4.6

17

4.6

27

4.6

43

4.6

55

1.0

03

1.2

78

1.2

63

1.1

31

1.1

38

Figura A.79 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) 76 246

1’

2’ 4’

5’a 5’b 3’

Ars +6

SCH2

5CH3

terc-CH3

SiCH2

Si(CH3)3

Page 248: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.6

6

12

.00

18

.38

19

.86

27

.44

52

.03

65

.53

80

.14

81

.02

89

.12

11

0.6

6

12

8.6

81

30

.72

13

0.8

11

33

.51

13

4.3

1

13

6.1

51

36

.40

13

6.5

7

15

1.8

5

16

4.2

8

OO N

HN

O

O

1'

2'3'4'

5'2

4

5

6

OH

SiS

Si

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

Figura A.80 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, acetona-d6) e DEPT 135 de 76 247

2 4

6 Ars

5 1’

4’

2’

5’ 3’

S-CH2

terc-CH3

Si-CH2

5CH3

Si-(CH3)3

Page 249: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0

Figura A.81– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 76 248

H-1’ x H-2’

H-1’ x H-2’

H-3’ x H-2’

H-2’ x H-3’

H-4’ x H-5’

Page 250: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

249

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

75,0

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

98,8

cm-1

%T

2930

1727

1693

1645

1602 1473

1451

1427

1388

1314

1273

1177

1148

1111

1086

1069

1005

936

881

834

743

707

685

658

Figura A.82 – Espectro no IV de 77

Figura A.83- Espectro de Massas por IES de 77

(M= 716)

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

S

Si

OBz

OSi

Page 251: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.86

0.88

0.89

0.90

0.91

0.92

0.93

0.95

0.97

0.99

1.14

1.65

2.06

2.74

2.76

2.78

3.58

3.60

3.61

4.04

4.05

4.06

4.07

4.54

4.55

4.56

4.57

4.58

5.66

5.67

5.68

6.27

6.27

6.28

7.45

7.46

7.46

7.47

7.49

7.49

7.58

7.59

7.59

7.59

7.60

7.61

7.61

7.62

7.63

7.63

8.12

8.12

8.14

8.14

10.9

5

2.32

9.08

2.95

0.73

1.95

0.98

2.00

1.02

0.99

1.00

7.94

14.1

6

3.73.83.94.04.14.24.34.44.54.64.74.84.95.05.15.25.35.45.55.65.75.85.96.06.16.26.3 ppm

3.58

3.60

3.61

4.04

4.05

4.06

4.07

4.54

4.55

4.56

4.57

4.58

5.66

5.67

5.68

6.27

6.27

6.28

0.98

2.00

1.02

0.99

1.00

Figura A.84 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 77 250

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

S

Si

OBz

OSi

Ars+6

4’

1’ 2’ 4’ 5’a+5’b

3’ SCH2 SiCH2

Si(CH3)3

1’ 2’ 5’a+5’b 3’

Page 252: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

64,0

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98,2

cm-1

%T

3412

2930

2857

1704

1634

1471

1427

1387

1364

1296

1247

1191

1148

1111

1065

1007

943

888

833

765

742

701

Figura A.85 – Espectro no IV de 88 251

Page 253: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

-0.0

13

0.7

95

0.8

07

0.8

16

0.8

26

0.8

38

1.0

68

1.6

62

1.6

65

2.5

92

2.6

14

2.6

36

3.3

21

3.3

98

3.4

16

3.4

34

3.8

45

3.8

58

3.8

75

3.8

88

3.9

77

3.9

85

4.0

06

4.0

14

4.2

85

4.2

96

4.3

03

4.3

14

4.4

94

4.5

02

4.5

07

4.5

14

4.5

21

4.5

26

5.6

52

5.6

63

7.2

50

7.3

44

7.3

48

7.3

51

7.3

65

7.3

68

7.3

83

7.4

00

7.4

04

7.4

08

7.4

12

7.4

15

7.4

22

7.4

27

7.4

40

7.4

45

7.5

42

7.5

45

7.6

45

7.6

49

7.6

54

7.6

61

7.6

65

7.6

68

7.6

86

7.6

90

7.6

95

7.7

03

7.7

06

7.7

10

2.1

32

8.9

44

3.0

19

1.9

01

3.1

11

0.7

64

1.1

37

0.9

97

0.7

53

0.9

89

0.9

88

5.5

05

0.5

21

3.4

72

4.44.5 ppm

4.2

85

4.2

96

4.3

03

4.3

14

4.4

94

4.5

02

4.5

07

4.5

14

4.5

21

0.7

53

0.9

89

3.853.903.954.00 ppm

3.8

45

3.8

58

3.8

75

3.8

88

3.9

77

3.9

85

4.0

06

4.0

14

1.1

37

0.9

97

ppm

3.3

98

3.4

16

3.4

34

0.7

64

Figura A.86 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 88 252

Si(CH3)3

SCH2 SiCH2

5CH3

tert-CH3

NCH3

4’ 2’ 5’a

5’b 3’

1’

Ars + 6

Page 254: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

0.0

0

14

.78

19

.55

20

.99

28

.71

29

.53

30

.76

52

.83

65

.91

83

.72

84

.19

94

.19

11

1.2

6

12

9.5

31

29

.57

13

1.6

7

13

1.7

11

34

.40

13

4.8

91

35

.01

13

7.2

21

37

.51

15

3.9

6

16

5.3

0

128129130131132133134135136137138139140 ppm

12

9.5

31

29

.57

13

1.6

71

31

.71

13

4.4

0

13

4.8

9

13

5.0

1

13

7.2

2

13

7.5

1

Figura A.87 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz CDCl3) de 88 253

4 2

Ar

Ar

6 5

1’ 4’

2’ 5’

3’

terc-CH3

SCH2

N-CH3 tert-C

Si-CH2

5CH3

Si-(CH3)3

Page 255: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

Figura A.88– Mapa de contornos COZY e HMQC (400 MHz, CDCl3) de 88 254

H- 3’ x C- 3’

N-CH3 x CH3

H-1’ x C-1’

H- 5’ x C- 5’

1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5ppm ppm

40

60

80

100

120

140

160

H-1’x H-2’

H-4’x H-5’

H-4’x H-3’

H-2’x H-3’

Page 256: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

-18 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

Figura A.89– Mapa de contornos HMBC(400 MHz, CDCl3) de 88 255

N-CH3 x C-2

N-CH3 x C-4

5-CH3 x C-5

5-CH3 x C-6

5-CH3 x C-4

Page 257: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

62,0

64

66

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98,8

cm-1

%T

2955

1715

1694

1601

1585

1451

1378

1315

1248

1177

1094

1069

1026

888

840

804

753

708

687

Figura A.90 – Espectro no IV de 80 256

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

S

Si

BzO

OBz

Page 258: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

0.8

43

0.8

49

0.8

63

0.8

78

0.8

99

0.9

13

0.9

28

0.9

34

0.9

42

0.9

50

0.9

62

0.9

77

2.7

59

2.7

74

2.7

89

2.8

05

2.8

17

2.8

21

2.8

34

2.8

49

2.8

65

2.8

80

3.6

10

3.6

18

3.6

24

3.6

32

4.5

86

4.6

01

4.6

16

4.6

30

4.7

26

4.7

34

4.7

62

4.7

75

5.5

50

5.5

58

5.5

66

6.2

77

6.2

86

7.4

23

7.4

42

7.4

61

7.4

79

7.5

61

7.5

80

7.5

98

7.6

22

7.6

25

8.0

24

8.0

27

8.0

45

8.0

76

8.0

79

8.0

97

9.0

84

2.4

07

3.0

73

2.2

48

1.0

38

1.2

14

2.3

63

1.0

53

1.1

04

0.9

59

5.4

16

3.9

45

5.3

18

1.0

00

4.74.8 ppm

4.5

86

4.6

01

4.6

16

4.6

30

4.7

26

4.7

34

4.7

62

4.7

75

1.2

14

2.3

63

6.286.29 ppm

6.2

77

6.2

86

1.1

04

ppm

5.5

50

5.5

58

5.5

66

1.0

53

Figura A.91 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 80 257

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

S

Si

BzO

OBz

NH Ars

6

1’

4’ 2’

5’a +5’b

3’

SCH2 SiCH2

5CH3

Si(CH3)3

Page 259: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

-1.8

2

12

.37

17

.53

28

.61

49

.75

64

.14

68

.14

78

.55

82

.22

87

.99

11

1.3

3

12

8.6

01

28

.80

12

9.4

41

29

.73

12

9.9

01

33

.44

13

3.7

61

35

.64

15

0.3

0

16

3.4

4

16

5.3

31

66

.17

Figura A.92 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 80 258

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

S

Si

BzO

OBz

COO

COO

4 2

Ars

5 6 1’ 4’

2’

3’ 5’ S-CH2

Si-CH2

5CH3

Si-(CH3)3

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ppm

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0

Figura A.93– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 80 259

H-4’ x H-3’

H-3’ x H-4’

H-2’ x H-3’

H-3’ x H-2’

H-4’ x H-1’

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

SS

i

BzO

OBz

H-1’ x H-4’

Page 261: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.94– Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 80 260

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

SS

i

BzO

OBz

H-3’ x C-3’

H-5’ x C-5’

H-2’ x C-2’

H-4’ x C-4’

H-1’ x C-1’

Page 262: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

ppm

9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.95– Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 80 261

S-CH2 x C-3’

O

HN

N

O

O

CH3

1'

2'3'

4'

5'

2

45

6H H

5a 5b

SS

iBzO

OBz

Page 263: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

67,0

68

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

98,9

cm-1

%T

3031

2952

1688

1468

1416

1354

1265

1248

1174

1120

1093

948

831

752

696

Figura A.96 – Espectro no IV de 79

262

Page 264: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

263

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

35,0

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

99,9

cm-1

%T

3417

3189

3060

2952

1682

1611

1468

1420

1395

1372

1249

1223

1164

1135

1105

1081

1013

891

837

773

755

712

692

667

Figura A.97 – Espectro no IV de 75

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50Inten.(x100,000)

391.1948

231.1082

379.1050

457.2930

185.0292127.0445 267.1617

331.2338 484.1785587.1804 735.2049675.1647 816.5677

Figura A.98- Espectro de Massas por IES de 75

(M= 356)

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8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

-0.0

12

0.9

35

0.9

54

0.9

61

0.9

67

0.9

78

0.9

81

0.9

92

0.9

98

1.0

06

1.8

83

2.8

76

2.8

88

2.8

98

2.9

12

2.9

18

2.9

32

2.9

42

2.9

54

3.8

38

3.8

70

3.9

11

3.9

39

4.7

65

4.7

71

4.7

77

5.2

77

7.0

02

7.0

05

7.0

10

7.0

13

7.6

23

7.6

26

8.1

04

9.3

4

2.2

4

3.5

4

2.0

6

2.2

2

1.0

6

1.0

0

1.0

8

0.9

8

1.0

0

3.9 ppm

3.8

38

3.8

70

3.9

11

3.9

39

2.2

2

Figura A.99 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 75 264

5’a 5’b

2’

4’ S-CH2 Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

1’ 6’ NH

Page 266: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.8

08

12.4

6316

.007

28.9

03

62.6

17

87.5

7389

.588

112.

050

114.

816

136.

752

144.

261

163.

628

Figura A.100 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 75 265

5’ S-CH2

Si-CH2

5-CH3

Si-(CH3)3

1’ 4’ 4 2

5 6

2’

Page 267: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

266

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

74,0

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

98,8

cm-1

%T

33603148

3033

2915

2813

1702

1657

1471

1423

1403

1371

1346

1297

1263

1230

1128

1099

1059

1011

986

923

898

846

804

777

767

729

666

Figura A.101 – Espectro no IV de 89

100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

Inten.(x1,000,000)

311.0526

588.1605289.0690 444.0686 507.1498382.1182176.5507 573.1558 657.2229 733.3015 860.1872

Figura A.102- Espectro de Massas por IES de 89

(M= 288)

Page 268: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 ppm

1.78

3

2.16

5

3.28

73.

305

3.32

33.

646

3.65

73.

667

4.14

34.

158

4.17

54.

190

4.26

94.

278

4.28

84.

297

4.30

65.

022

5.03

45.

045

5.70

45.

719

5.76

85.

782

7.80

0

11.2

96

3.21

2.88

1.07

1.86

1.02

0.98

0.93

0.97

0.96

1.00

0.99

5.755.80 ppm

5.70

4

5.71

9

5.76

85.

782

0.97

0.96

4.154.204.254.304.35 ppm

4.14

34.

158

4.17

54.

190

4.26

94.

278

4.28

84.

297

4.30

6

1.02

0.98

Figura A.103 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 89 267

N-H 6 1’ 4’ 2’

5’a 5’b 3’

SCH3 5-CH3

3’-OH

Page 269: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

12.2

5815

.290

52.4

39

61.3

21

78.0

8879

.754

87.7

47

109.

356

136.

517

150.

886

163.

684

Figura A.104 – Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 89 268

4 2 6 5 1’

4’ 2’ 5’

3’

SCH3 5-CH3

Page 270: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

269

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

86,0

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,1

cm-1

%T

3058

1763

1682

1469

1385

1240

1207

1063

843

767

712

687

Figura A.105 – Espectro no IV de 76

2.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0 ppm

1.5

60

1.9

32

1.9

35

3.5

59

3.5

71

3.5

75

3.5

87

3.9

34

3.9

43

3.9

49

3.9

64

3.9

74

3.9

80

3.9

90

4.0

14

4.0

26

4.0

39

4.0

57

4.0

69

4.5

26

4.5

36

4.5

42

4.5

47

4.5

53

4.5

63

5.2

39

5.2

50

5.2

61

6.1

92

6.2

02

7.1

65

7.1

67

7.1

70

7.1

81

7.1

86

7.1

89

7.3

63

7.3

69

7.3

74

7.3

89

7.4

04

7.4

09

7.4

15

7.7

23

7.7

26

8.1

07

3.1

4

0.9

6

3.1

4

1.0

5

2.1

8

1.0

5

1.0

0

0.9

9

2.3

9

2.4

4

0.9

8

0.8

8

Figura A.106 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 76

N-H

Ars 6 1’

4’

5’a+5’b

2’

SCH3 5CH3

Page 271: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

270

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-0.0

3

12.6

215

.57

50.9

4

62.3

3

76.6

876

.99

77.2

077

.31

80.5

084

.50

87.5

8

111.

38

120.

78

126.

4712

9.63

135.

68

150.

3215

0.83

152.

75

163.

15

100.

00

Figura A.107 – Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 76

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

91,00

91,5

92,0

92,5

93,0

93,5

94,0

94,5

95,0

95,5

96,0

96,5

97,0

97,5

98,0

98,5

99,0

99,50

cm-1

%T

3054

1661

1468

1257

1107

1024

813

761

667

Figura A. 108 – Espectro no IV de 82

SCH3

5CH3

5’ 2’ 5

1’ 4’

3’ 4

OCOO

O 2 6

Ars

Page 272: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

0.02

4

0.86

7

0.88

30.

892

0.90

20.

911

0.92

7

1.59

31.

597

2.79

7

2.80

12.

813

2.82

52.

829

3.75

44.

449

4.45

64.

479

4.48

74.

549

4.56

04.

580

4.59

05.

000

5.03

45.

064

5.09

85.

138

5.14

25.

144

5.14

75.

792

6.79

56.

817

6.92

46.

927

6.97

96.

983

6.98

86.

992

7.43

5

7.43

97.

455

7.46

17.

557

7.57

67.

993

7.99

68.

014

9.49

3

2.38

4

3.01

0

1.96

3

3.01

7

2.00

0

2.35

70.

986

0.91

9

2.25

30.

992

1.00

1

4.27

4

0.98

9

2.10

3

OO

N

N

O

O

O

OCH3

S

Si23

1'

2'3'

4'

5'1

2

34

5

6

Ha

Hb

4.54.64.74.84.95.05.1 ppm

4.44

94.

456

4.47

94.

487

4.54

94.

560

4.58

04.

590

5.00

0

5.03

4

5.06

4

5.09

85.

138

5.14

25.

144

5.14

7

2.00

0

2.35

7

0.98

6

Figura A.109 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 102 271

Ars + H-6 + H-1’

3’

5’a 5’b

SiCH2 SCH2

5CH3

Si(CH3)3

Ha+Hb 4’ OCH3

H2’’ H3’’

Page 273: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.6

3

13

.15

16

.41

28

.77

44

.30

65

.59

84

.44

90

.83

11

1.2

3

11

3.8

7

12

1.8

41

28

.85

12

9.3

21

29

.75

12

9.8

61

31

.02

13

3.3

51

33

.67

13

7.1

7

15

1.9

1

15

9.2

4

16

3.4

2

16

6.5

1

128129130131132133134135136137138139 ppm

12

8.8

5

12

9.3

2

12

9.7

5

12

9.8

6

13

1.0

2

13

3.3

5

13

3.6

7

13

7.1

7

OO

N

N

O

O

O

OCH3

S

Si

1'

3'

4'

5'

2'

2

4

5

6

Figura A.110– Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 102 272

COO

4 Ar-OCH3

2 6

Ars

3’ 5

Ar

1’ 4’

5’

OCH3

ArCH2

S-CH2

Si-CH2

5CH3

Si(CH3)3

Page 274: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

-1.6

3

13.1

5

16.4

1

28.7

7

44.3

0

65.5

9

84.4

4

90.8

3

111.

23

113.

87

121.

84

128.

8512

9.32

129.

75

129.

8613

1.02

133.

3513

3.67

137.

17

151.

91

159.

24

163.

42

166.

51

128129130131132133134135136137138139 ppm

128.

85

129.

32

129.

75

129.

86

131.

02

133.

35

133.

67

137.

17

OO

N

N

O

O

O

OCH3

S

Si

1'

3'

4'

5'

2'

2

4

5

6

180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

129130131 ppm

Figura A.111 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod de 102 273

Page 275: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm

180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Figura A.112 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 102 274

H- CH2 x C- CH2

Page 276: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

71,0

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

99,6

cm-1

%T

3162

3037

2821

1718

1682

1602

1463

1453

1422

1380

1350

1314

1290

1271

1175

1137

1122

1091

1078

1068

1024

992

970

909

893

874

852

819

800

779

758

741

708

686

669

657

Figura A.113– Espectro no IV de 101 275

Page 277: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0 ppm

4.567

4.582

4.599

5.154

5.909

5.939

6.375

6.405

6.978

6.988

6.998

7.074

7.250

7.400

7.437

7.476

7.547

7.585

7.980

8.018

8.821

1.69

0.99

0.94

1.00

0.80

1.08

1.89

1.05

1.97

1.00

Figura A.114 – Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 101 276

Ars 6

1’ 2’ 3’ 4’

5CH3

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190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

12.01

84.48

89.82

127.32

128.68

129.63

133.35

133.56

135.13

Figura A.115 – Subespectro DEPT 35 de RMN 13C (50 MHz, CDCl3) de 101 277

5CH3

5’

4’ 1’

3’

2’ 6

Ars

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

80,0

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99,0

cm-1

%T

1746

1717

1700

1642

1599

1450

1390

1379

1360

1317

1248

1177

1150

1125

1068

1041

1023

1000

983

951

895

857

828

814

793

759

742

732

715

692

670

655

Figura A.116 – Espectro no IV de 105 278

Page 280: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

1.5026

4.5833

4.5989

5.1409

5.9184

5.9469

6.3807

6.4103

6.9417

6.9500

6.9589

7.1855

7.4110

7.4479

7.4846

7.5446

7.5790

7.6080

7.6438

7.8844

7.9219

7.9972

2.99

1.99

1.05

0.98

1.00

1.01

0.99

6.13

4.14

0.10

6.26.46.66.87.07.27.47.67.88.0 ppm

5.9184

5.9469

6.3807

6.4103

6.9417

6.9500

6.9589

7.1855

7.4110

7.4479

7.4846

7.5446

7.5790

7.6080

7.6438

7.8844

7.9219

7.9972

8.0339

Figura A.117 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 105 279

5’a+5’b 4’ 2’ 3’ 1’

6 Ars

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180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

11.92

64.89

84.54

89.98

111.15

127.09

128.64

129.05

129.54

130.38

131.47

133.51

134.95

149.63

162.67

166.14

168.89

170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

12.00

84.63

90.10

127.18

128.71

129.11

129.62

130.45

133.56

135.02

Figura A.118 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 105 280

Ars

NCO

COO

4 2

6

2’ 5

1’ 4’

5’

5CH3

Page 282: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

82,0

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99

99,8

cm-1

%T

2948

1721

1701

1664

1639

1497

1452

1406

1392

1360

1319

1290

1274

1236

1178

1147

1129

1108

1080

1025

1008

974

941

895

879

859

810

795

767

731

717

692

675

Figura A.119 – Espectro no IV de 104 281

Page 283: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Prof. Francisco de Souza Ramos DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva VICE-DIRETORA DO

8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm

4.5424

4.5542

4.5698

5.1084

5.8752

5.9014

6.3372

6.3669

7.0135

7.0230

7.0319

7.0628

7.0676

7.2397

7.2747

7.3767

7.4124

7.4539

7.4922

7.5016

7.5239

7.5606

7.5974

7.9690

3.11

1.84

2.99

0.98

1.00

2.16

3.05

5.27

2.00

Figura A.120 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 104 282

5’a+5’b

4’+H’a +H’b

2’ 3’

6+1’

Ars

5CH3

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190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

12.72

44.46

64.96

84.36

90.54

110.37

127.31

127.47

128.26

128.57

129.06

129.52

133.39

136.81

151.34

163.18

166.09

170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm

Figura A.121 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 104 283

COO 4 2 6

Ars

2’ 5

1’ 4’ 5’ Ar-CH2 5CH3

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

80,0

81

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

98,8

cm-1

%T

3022

1658

1628

1519

1467

1447

1378

1296

1268

1224

1156

1129

1075

1046

994

937

914

897

879

839

815

782

774

763

748

698

Figura A.122 – Espectro no IV de 97 284

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9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm

1.94

72.

370

2.37

72.

385

2.40

12.

409

2.41

7

2.68

02.

701

2.71

23.

388

3.40

23.

407

4.26

94.

274

4.28

54.

290

4.30

1

4.30

6

5.14

8

5.51

95.

528

6.97

27.

240

7.25

8

7.26

47.

276

7.29

97.

319

7.33

97.

355

7.37

67.

393

7.45

37.

471

14.4

36

3.48

8

1.29

7

1.31

3

2.11

9

1.21

7

1.04

2

1.02

2

1.00

0

12.8

17

7.29

9

3.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.64.74.84.95.05.15.25.35.45.5 ppm

3.38

83.

402

3.40

7

4.26

94.

274

4.28

5

4.29

04.

301

4.30

6

5.14

8

5.51

95.

528

2.11

9

1.21

7

1.04

2

1.02

2

Figura A.123 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 97 285

Ars

6 1’ 3’ 4’ 5’a+5’b 2’

5CH3

1’ 3’ 4’

5’a+5’b

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230 220 210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

13.40

9

26.93

4

33.64

8

62.38

9

84.53

387

.337

87.52

5

118.3

42

127.2

1312

7.249

127.9

4012

8.604

135.2

0614

3.127

143.3

55

146.9

33

153.3

31

171.7

13

210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

0.024

11.927

13.422

26.945

26.995

32.934

33.661

42.010

54.846

62.142

62.403

62.514

76.818

77.002

84.545

85.729

86.801

87.536

127.13

5

127.22

6127

.262

127.57

2127

.714

127.77

4127

.953

128.14

3

128.41

9128

.616

128.70

4135

.215

143.36

8

Figura A.124 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT de 97 286

4 6

Ar

Ars

5 1’

4’

CTr

5’ 2’

5CH3

3’

Ar

2

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4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

55,0

60

65

70

75

80

85

90

95

97,0

cm-1

%T

3178

3057

2925

2871

1682

1489

1465

1448

1397

1360

1329

1245

1223

1182

1154

1136

1111

1080

1052

1034

984

900

855

819

799

760

746

698

667

Figura A.125– Espectro no IV de 98 287

OTrO N

NH

O

1'

2'3'

4'

5'2

4

5

6H H

5a 5b

O

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10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 ppm

1.26

0

2.60

1

2.95

7

3.35

83.

377

3.39

0

4.96

8

5.27

0

5.87

45.

902

6.33

56.

364

7.05

17.

060

7.06

97.

203

7.25

87.

289

7.31

47.

331

7.38

37.

412

7.42

3

9.87

1

2.92

7.48

0.56

1.91

1.01

0.33

0.93

1.00

0.95

10.8

47.

49

1.01

Figura A.126 – Espectro de RMN de 1H (100 MHz, CDCl3) de 98 288

OTrO N

NH

O

1'

2'3'

4'

5'2

4

5

6H H

5a 5b

O

5CH3

5’a+5’a

4’ 3’ 2’ 1’

Ars +6 NH

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210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm

11.3

34

53.5

43

64.8

88

85.3

0686

.621

89.2

42

110.

734

126.

145

126.

625

127.

117

127.

431

127.

733

127.

947

128.

495

134.

225

135.

481

143.

107

150.

990

164.

219

Figura A.127 – Espectro de RMN de 1H (100 MHz, CDCl3) de 98 289

OTrO N

NH

O

1'

2'3'

4'

5'2

4

5

6H H

5a 5b

O

5-CH3

C-Tr

5’ 4’

4 2

C-ArTr

5

6 3’

ArTr

2’

1’ Ar

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