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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica
MARALISE PERÍGOLO DE OLIVEIRA
Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica
Recife
2014
MARALISE PERÍGOLO DE OLIVEIRA
Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação
biológica
Tese de Doutorado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Inovação
Terapêutica, da Universidade Federal de
Pernambuco, para a obtenção do Título de
Doutor em Inovação Terapêutica
Orientador: Prof. Dr. Ivan da Rocha Pitta
Co-orientador: Prof. Dr. Jean Luc Décout
Recife
2014
Catalogação na fonte
Elaine Barroso CRB 1728
Oliveira, Maralise Perígolo de Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica/ André Seco Marques da Silva– Recife: O Autor, 2014. 289 folhas : il., fig., tab.
Orientador: Ivan da Rocha Pitta Coorientador: Jean Luc Décout Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco.
Centro de Ciências Biológicas. Inovação Terapêutica, 2014. Inclui referências e apêndice
1. Agentes antivirais 2. Nucleosídeos 3. AIDS I. Pitta, Ivan da
Rocha (orientador) II. Décout, Jean Luc (coorientador) III. Título 615.5 CDD (22.ed.) UFPE/CCB-2016-180
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica
REITOR:
Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
VICE-REITOR:
Prof. Silvio Romero de Barros Marques
PRÓ-REITOR PARA ASSUNTOS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO:
Prof. Francisco de Souza Ramos
DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS:
Profa. Maria Eduarda Lacerda Larrazábal da Silva
VICE-DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS:
Profa. Oliane Maria Correia Magalhães
COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO
TERAPÊUTICA:
Prof. César Augusto Souza de Andrade
VICE-COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
INOVAÇÃO TERAPÊUTICA:
Prof. Luiz Alberto Lira Soares
FOLHA DE APROVAÇÃO
Nome: Oliveira, Maralise Perígolo
Título: Novos nucleosídeos antivirais: síntese e avaliação biológica
Tese apresentada à Universidade Federal de Pernambuco para obtenção do
título de Doutor em Inovação Terapêutica
Aprovada em: 22 / 12 / 2014
Banca Examinadora
Prof. Dr. Ivan da Rocha Pitta
Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco
Assinatura:_________________________________________________
Prof. Dr. Jean-Luc DECOUT
Instituição: Université Jouseph Fourié
Assinatura:_________________________________________________
Profa. Dra. Marina da Rocha Pitta
Instituição: Universidade Federal de Pernambuco
Assinatura:_________________________________________________
Prof. Dr. Francisco Jaime Bezerra Mendonça Junior
Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco
Assinatura:_________________________________________________
Profa. Dr. Ricardo José Alves
Instituição: Universidade F ederal de Minas Gerais
Assinatura:_________________________________________________
Prof. Dr. Antônio Rodolfo de Faria
Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco
Assinatura:_________________________________________________
Prof. Dra. Ana Cristina Lima
Instituição: Universidade F ederal de Pernambuco
Assinatura:_________________________________________________
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Mauro Maurício e Maria das Graças, que sempre estiveram ao
meu lado e que são meus exemplos de vida.
Às minhas irmãs, Maise e Mauriane.
À minha filha Lina e meu esposo Amauri.
AGRADECIMENTOS
Aos professores Doutores Jean Luc Décout, Suely Lins Galdino, Ricardo José
Alves, Ivan da Rocha Pitta, Maria do Carmo Alves de Lima, Vera Guarda pela
orientação, amizade, confiança, apoio e incentivos constantes para realização
deste trabalho e, sobretudo, pela inestimável contribuição à minha formação
acadêmico-científica e pessoal.
As professoras Doutoras Cláudia Simões e Maíra Galdino pela colaboração na
realização da avaliação da atividade biológica.
Aos meus amigos e colegas do Laboratório de Planejamento e Síntese de
Fármacos, do Departamento de Antibióticos da UFPE.
Aos meus amigos e colegas do Departément de Pharmacochimie Moleculaire
da UJF-Grenoble-França.
Ao amigo Lucas Lopardi pela amizade e importante contribuição na realização
dos experimentos de RMN.
A amiga Aline pela contribuição na realização do experimento de
espectrometria de massa.
As minhas amigas Carol e Flavi pelo apoio e momentos que passamos juntas
durante o doutorado sanduíche em Grenoble-França.
À Dominique pelo carinho, apoio e amizade. Agradeço por fazer parte da minha
história.
Aos meus amigos, colegas e professores do Laboratório de Química
Farmacêutica, da Escola de Farmácia da UFMG: Lucas, Ana Carolina,
Stefânia, Flaviano, Bruno, Marcela, Saulo Andrande, Saulo, Thiago, Raquel,
Dayara, Aline, Luan, professoras Renata e Thaís por me receber de braços
abertos, pelos ensinamentos, pelos agradáveis momentos e pela colaboração
direta ou indireta na realização de todas as etapas deste trabalho.
A todos aqueles não mencionados que, de alguma maneira, contribuíram de
forma direta ou indireta na finalização deste trabalho.
RESUMO
A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença infecciosa e
desde que foi descoberta nos EUA, em 1981, a AIDS se espalhou rapidamente,
sendo considerada uma epidemia mundial caracterizada por uma
imunodeficiência severa, infecções oportunistas, neoplasia e um resultado fatal.
Apesar de já ser empregado a multiterapia anti-HIV, tal tratamento
farmacológico traz como inconveniente resistência já relatada aos antivirais e a
toxicidade provocada por esses fármacos. Dessa forma, é um desafio para os
pesquisadores a busca por fármacos mais eficazes e menos tóxicos.
A meta é minimizar o impacto dessa doença no Brasil e no mundo. Para tanto,
conhecendo-se as propriedades dos tionucleosídeos, objetivou-se, no presente
trabalho, a síntese, a caracterização e a avaliação da atividade antiviral e
antitumoral de novos análogos tionucleosídeos da 5-metiluridina. A síntese dos
análogos foi efetuada a partir de 2’,2-anidrotimidina. Reação deste composto
com 2-(trimetilsilil)etanotiol na presença de carbonato de potássio, seguida da
mesilação das hidroxilas de 3’ e 5’ forneceu o derivado dimesilado
correspondente que, por reação com benzoato de sódio forneceu o
tionucleosídeo 2’, 3’-didesidro correspondente, benzoilado em C-5’. Remoção
do grupo benzoíla com hidróxido de potássio/metanol forneceu o nucleosídeo
insaturado 2’,3’-didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-trimetilsilil)etiltio)timidina.
Substituindo-se o 2-(trimetilsilil)etanotiol pelo tiometóxido de sódio o
tionucleosídeo insaturado correspondente foi obtido. Quando o derivado anidro
foi submetido a reação com hidreto de sódio em DMF, seguida da reação do
epóxido formado com 2-(trimetilsilil)etanotiol, obteve-se um intermediário de
configuração D-xilo, contendo a cadeia sulfurada em C-3’. Reação desse
composto com carbonato de difenila em DMF, em presença de bicarbonato de
sódio forneceu o derivado 2’,3’-insaturado correspondente, contendo o grupo
fenoxicarbonila em C-5’. Esse intermediário foi convertido no tionucleosídeo
insaturado correspondente de forma semelhante à descrita para a obtenção de
2’,3’-didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-trimetilsilil)etiltio)timidina. Também nesse
caso, a substituição de 2-(trimetilsilil)etanotiol pelo tiometóxido de sódio levou,
ao final da síntese, ao tionucleosídeo insaturado contendo o grupo metiltio em
C-3’. Os produtos finais e alguns intermediários foram avaliados em testes de
atividade citotóxica contra linhagem de células tumorais A549 (linhagem
humana de câncer de pulmão). O intermediário 2’, 3’-didesidro benzoilado em
C-5’ e derivado 2’,3’-insaturado contendo o grupo fenoxicarbonila em C-5’
destacaram-se entre os mais ativos da série, apresentando, respectivamente
CC50 32,8 µM e 85,5 µM. Os testes de atividade contra o herpes vírus simplex
humano tipo I (HSV-I) estão em andamento. Os testes contra o HIV serão
realizados oportunamente.
Palavras-chave: nucleosídeos, tionuclesídeos, HIV, AIDS.
ABSTRACT
Acquired immune deficiency syndrome (AIDS) is an infectious disease and
since its discovery in the USA in 1981, AIDS has spread rapidly and is
considered a global epidemic characterized by severe immunodeficiency,
opportunistic infections, cancer and a fatal outcome. Despite being already
employed an anti-HIV multi-therapy, pharmacotherapy has drawbacks like viral
resistance to antiviral drugs and drug toxicity. Thus, it is a challenge for
researchers the search for more effective and less toxic drugs.The goal is to
minimize the impact of this disease in Brazil and worldwide. To that end,
knowing the properties of thionucleosides, the aim of the present work was the
synthesis, characterization and evaluation of antiviral and antitumor activity of
novel thionucleosides analogues of 5-methyluridine. Analogues synthesis was
performed from 2', 2-anhydrothymidine. Reaction of this compound with 2-
(trimethylsilyl)ethanethiol in the presence of potassium carbonate, followed by
mesylation of hydroxyl groups at 3' and 5' provided the corresponding
mesylated derivative, which, by reaction with sodium benzoate, provided the
corresponding 2',3'-didehydro, benzoylated at C-5'. Removal of benzoyl group
with potassium hydroxide/methanol gave the unsaturated nucleoside 2',3'-
didehydro-2',3'-dideoxy-2'-(2-trimethylsilyl)ethylthio)thymidine. Replacing 2-
(trimethylsilyl)ethanethiol by sodium thiomethoxide, the corresponding
unsaturated thionucleoside was obtained. When the anhydro derivative was
subjected to reaction with sodium hydride in DMF, followed by reaction of the
epoxide formed with 2-(trimethylsilyl)ethanethiol, a D-xylo intermediate, with the
side chain at C-3' was obtained. Reaction of this compound with diphenyl
carbonate in DMF in the presence of sodium bicarbonate provided the
corresponding 2',3'-unsaturated derivative containing phenoxycarbonyl group at
C-5'. This intermediate was converted to the corresponding unsaturated
thionucleoside in a similar way to that described to obtain 2', 3'-didehydro-2',3'-
dideoxy-2'- (2-trimethylsilyl)ethylthio)thymidine. Also in this case, replacing 2-
(trimethylsilyl)ethanethiol by sodium thiomethoxide led to the unsaturated
thionucleoside containing methylthio group at C-3'. Final and some intermediate
compounds were evaluated for cytotoxicity activity against tumor cell line A549
(human lung cancer strain). 2',3'-didehydro thionucleoside benzoylated at C-5'
and 2',3'-unsaturated thionucleoside containing phenoxycarbonile group at C-5'
derivative were the most active compounds in this series, presenting CC50
values of 32.8 µM and 85.5 µM, respectively. Tests for antiviral activity against
human herpes simplex virus type I (HSV-I) are in progress. Anti-HIV screening
will be conducted in the near future.
.
Keywords: nucleosides, unsaturated thionucleosides, HIV, AIDS.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. As 10 principais causas de mortes no mundo em 2012 (WHO, 2014)
......................................................................................................................... 27
Figura 2. Estimativa do número de pessoas vivendo com AIDS em 2013
(UNAIDS, 2014) ............................................................................................... 28
Figura 3. Ciclo de vida resumido da replicação do vírus do HIV (Barbosa, AN
2013) ................................................................................................................ 31
Figura 4.Estrutura da subunidade p66 e p51 e subdomínios da transcriptase
reversa (L.MENEDEZ-ARIAS, 2010) ................................................................ 35
Figura 5. Incorporação de nucleotídeos e análogos de nucleotídeos naturais-
Síntese e bloqueio da síntese de DNA viral ..................................................... 37
Figura 6. Fármacos anti-HIV – análogos de nucleosídeos inibidores da
transcriptase reversa ........................................................................................ 39
Figura 7. Fármacos anti-HIV – análogos de nucleotídeos inibidores da
transcriptase reversa ........................................................................................ 39
Figura 8. Fármacos anti-HIV – análogos não- nucleotídeos inibidores da
transcriptase reversa ........................................................................................ 40
Figura 9. Estrutura do tionucleosídeo lamivudina e estavudina ...................... 41
Figura 10. Composto 67 ................................................................................... 59
Figura 11. Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a
partir do 66 ....................................................................................................... 77
Figura 12. Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a
partir do 65 ....................................................................................................... 77
Figura 13. Espectro de RMN 13C de 63 usando a técnica J-Mod ..................... 78
Figura 14. Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) RMN 13C (100 MHz,
CDCl3) do composto obtido após recristalização do derivado 84 ..................... 96
Figura 15. Comparação das constantes de acoplamento para os compostos 88
e 76 ............................................................................................................... 103
Figura 16. Espectro de RMN para a tentativa de síntese do composto 81 a
partir de 79 ..................................................................................................... 108
Figura 17. Comparação das bandas no infravermelho dos compostos 102 e
produto formado na reação de cicloadição .................................................... 121
Figura 18. Compostos 104 e 105 .................................................................. 122
Figura A.1 Espectro no IV de 61 .................................................................... 180
Figura A.2 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 61 ....................... 181
Figura A.3 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 61 .... 182
Figura A.4 Espectro no IV de 13 .................................................................... 183
Figura A.5 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 13 ....................... 184
Figura A.6 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 13........................185
Figura A.7 Espectro de RMN J-Mod (100 MHz, CDCl3) de 13 ...................... 186
Figura A.8 Espectro no IV de 64 .................................................................... 187
Figura A.9 Espectro de RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ........................ 188
Figura A.10 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, DMSO-d6) e DEPT 135 de 64
....................................................................................................................... 189
Figura A.11 Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ............ 190
Figura A.12 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ........... 191
Figura A.13 Mapa de contornos HMBC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 ............. 192
Figura A.14 Espectro no IV de 15 .................................................................. 193
Figura A.15 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 15 ...................... 194
Figura A.16 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 15 ..................... 195
Figura A.17 Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 15
....................................................................................................................... 196
Figura A.18 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 15 ................. 197
Figura A.19 Espectro no IV de 68 ................................................................. 198
Figura A.20 Espectro no IV de 23 .................................................................. 199
Figura A.21 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 23 ................ 200
Figura A.22 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 23 .................. 201
Figura A.23 Espectro no IV de 25 .................................................................. 202
Figura A.24 Espectro de RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 25 ...................... 203
Figura A.25 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 25 .................. 204
Figura A.26 Espectro no IV de 16 .................................................................. 205
Figura A.27 Espectro de Massas por IES de 16 (M = 530) ............................ 205
Figura A.28 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 16 ....................... 206
Figura A.29 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 16 ....................... 207
Figura A.30 Espectro no IV de 65 .................................................................. 208
Figura A.31 Espectro de Massas por IES de 65 (M = 582) ............................ 208
Figura A.32 Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) de 65 .......................... 209
Figura A.33 Espectro de RMN de 13C (50MHz, CDCl3) de 65.........................210
Figura A.34 Espectro no IV de 63 .................................................................. 211
Figura A.35 Espectro de Massas por IES de 63 (M = 460) ............................ 211
Figura A.36 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 63 ...................... 212
Figura A.37 Espectro de RMN 13C (100 MHz, CDCl3) de 63 .......................... 213
Figura A.38 Mapa de contornos COZY (400 MHz, CDCl3) de 63 ................... 214
Figura A.39 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 63 . ................ 215
Figura A.40 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 63 .................. 216
Figura A.41 Espectro no IV de 75 .................................................................. 217
Figura A.42 Espectro de Masas por IES de 75 (M=356) ................................ 217
Figura A.43Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) e RMN de 13C de 75 218
Figura A.44 Espectro no IV de 70 ................................................................. 219
Figura A.45 Espectro de Massas por IES de 70 (M=288) ............................. 219
Figura A.46 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 70 ................ 220
Figura A.47 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, DMSO-d6) de 70 ............... 221
Figura A.48 Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 70 ............ 222
Figura A.49 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 70 .......... 223
Figura A.50 Espectro no IV de 71 ................................................................. 224
Figura A.51 Espectro de Massas por IES de 71 ............................................ 224
Figura A.52 Espectro de RMN de 13C(400 MHz, DMSO-d6) de 71 ................ 225
Figura A.53 Espectro no IV 72 ...................................................................... 226
Figura A.54 Espectro de Massas por IES de 72 (M=374) ........................... 226
Figura A.55 Espectro no IV de 73 ................................................................. 227
Figura A.56 Espectro de Massas por IES de 73 (M=270) ............................. 227
Figura A.57 Espectro no IV de 74 ................................................................. 228
Figura A.58 Espectro de Massas por IES de 74 (M=374) .............................. 228
Figura A.59 Espectro no RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 74 ..................... 229
Figura A.60 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT de 74 ....... 230
Figura A.61 Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 74 231
Figura A.62 Espectro no IV de 84 ................................................................. 232
Figura A.63 Espectro de Massas por IES de 84 (M=476).............................. 232
Figura A.64 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 84 ...................... 233
Figura A.65 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod de 84 ...... 234
Figura A.66 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 84 .................. 235
Figura A.67 Mapa de contornos HMQC e expansão(400 MHz,CDCl3) de 84 236
Figura A.68 Espectro no IV de 86 ................................................................. 237
Figura A.69 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 86 ..................... 238
Figura A.70 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 86 ...................... 239
Figura A.71 Espectro no IV de 87 .................................................................. 240
Figura A.72 Espectro de Massas por IES de 87 (M=739) ............................. 240
Figura A.73 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 87 ...................... 241
Figura A.74 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod de 87 ..... 242
Figura A.75 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 87 .................. 243
Figura A.76 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCL3) de 87 ................ 244
Figura A.77 Espectro no IV de 76 ................................................................. 245
Figura A.78Espectro de Massas por IES de 76 (M=613) .............................. 245
Figura A.79 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 76 ..................... 246
Figura A.80 Espectro de 13C (100 MHz, acetona-d6) de 76 .......................... 247
Figura A.81 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 76 .................. 248
Figura A.82 Espectro no IV de 77 ................................................................. 249
Figura A.83 Espectro de Massas por IES de 77 (M= 716) ............................. 249
Figura A.84 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 77 ..................... 250
Figura A.85 Espectro no IV de 88 ................................................................. 251
Figura A.86 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 88 ..................... 252
Figura A.87 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 88 ..................... 253
Figura A.88 Mapa de contornos COSY e HMQC (400 MHz, CDCl3) de 88 ... 254
Figura A.89 Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 88 .................. 255
Figura A.90 Espectro no IV de 80 ................................................................. 256
Figura A.91 Espectro de RMN 1H (400 MHz, CDCl3) de 80 .......................... 257
Figura A.92 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 80 .................... 258
Figura A.93 Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 80 .................. 259
Figura A.94 Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 80 ................. 260
Figura A.95 Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 80 ................. 261
Figura A.96 Espectro no IV de 79 ................................................................. 262
Figura A.97 Espectro no IV de 75 ................................................................. 263
Figura A.98 Espectro de Massas por IES de 75 (M=288) ............................. 263
Figura A.99 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 75 ...................... 264
Figura A.100 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 75 ................... 265
Figura A.101 Espectro no IV de 89 ................................................................ 266
Figura A.102 Espectro de Massas por IES de 89 (M=288) ............................ 266
Figura A.103 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 89 .................... 267
Figura A.104 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 89 ................... 268
Figura A.105 Espectro no IV de 76 ................................................................ 269
Figura A.106 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 76 .................... 269
Figura A.107 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 76 ................... 270
Figura A.108 Espectro no IV de 82 ................................................................ 270
Figura A.109 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 102 .................. 271
Figura A.110 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 102 ................. 272
Figura A.111 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod 102 ........ 273
Figura A.112 Mapa de contorno HMQC (400 MHz, CDCl3) de 102 ................ 274
Figura A.113 Espectro no IV de 101 .............................................................. 275
Figura A.114 Espectro de RMN de 1H (200 MHZ, CDCl3) de 101 .................. 276
Figura A.115 Subespectro DEPT 135 de RMN 13C (50 MHz, CDCl3) de 101 277
Figura A.116 Espectro no IV de 105 .............................................................. 278
Figura A.117 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 105 .................. 279
Figura A.118 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 105
....................................................................................................................... 280
Figura A.119 Espectro no IV de 104 .............................................................. 281
Figura A.120 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 104 .................. 282
Figura A.121Espectro de RMN de 13C(100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 104
....................................................................................................................... 283
Figura A.122 Espectro no IV de 97 ................................................................ 284
Figura A.123 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 97 .................... 285
Figura A.124 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 97 ................... 286
Figura A.125 Espectro no IV de 98 ................................................................ 287
Figura A.126 Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 98 .................... 288
Figura A.127 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 98 ................... 289
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Fármacos e Medicamentos antiretrovirais correspondentes
registrados pelo FDA, de 1907 a 2013 ........................................................... 33
Tabela 2. Comparação entre os deslocamentos químicos de H-1’, H-3’, H-5’, C-
2’ e C-3’ das substâncias 15 e 63 .................................................................... 74
Tabela 3. Comparação entre os deslocamentoss químicos de H-1’ a H-4’ e C-1’
a C-4’ de 15 e 74 .............................................................................................. 92
Tabela 4. Comparação dos deslocamentos químicos de H-5’, -COOO- para os
compostos 74, 75 e 12 ..................................................................................... 95
Tabela 5. Avaliação biológica na série dos nucleosídeos saturados .............. 130
Tabela 6. Avaliação biológica na série dos nucleosídeos insaturados ........... 131
LISTA DE ESQUEMAS
Esquema 1. Fosforilação do AZT por quinases celulares ................................ 38
Esquema 2. Conversão do 2-(trimetilsilil)etanotiol (TMSES) em dissulfetos
mistos ............................................................................................................... 43
Esquema 3. Síntese do nucleosídeo insaturado 2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-
(2’’-(trimetilsilil)etio)tiotimidina 17 ..................................................................... 44
Esquema 4. Síntese do nucleosídeo 19 ........................................................... 45
Esquema 5. Eliminação cis .............................................................................. 45
Esquema 6. Síntese de nucleosídeo insaturado 27 ......................................... 46
Esquema 7. Introdução do grupo ciano em posição 3’ e síntese de nucleosídeo
insaturado 30 .................................................................................................... 46
Esquema 8. Formação do nucleosídeo insaturado 33 via abertura do 2,2’-
anidro 32 .......................................................................................................... 47
Esquema 9. Fluxo de elétrons na reação de cicloadição [2 + 2] ...................... 48
Esquema 10. Formação de dicloroceteno in situ .............................................. 49
Esquema 11. Síntese da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona ................................ 50
Esquema 12. Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de
dicloroacetila em hexano .................................................................................. 50
Esquema 13. Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de
dicloroacetila e trietilamina em tetracloreto de carbono ................................... 51
Esquema 14. Cicloadição do limoleno com cloreto de dicloroacetila e
trietilamina ........................................................................................................ 51
Esquema 15. Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de
cicloadição fotoquímica a partir de 50 .............................................................. 52
Esquema 16. Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de
cicloadição fotoquímica a partir de 53 .............................................................. 53
Esquema 17. Obtenção de dissulfetos mistos a partir de 17 e formação do tiol
57 ..................................................................................................................... 55
Esquema 18. Esquema para a síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 ............... 56
Esquema 19. Esquema para a síntese de 17................................................... 57
Esquema 20. Esquema para a síntese de 63................................................... 57
Esquema 21. Esquema para a síntese de 17 a partir de 15 ............................ 58
Esquema 22. Esquema para a síntese de 4 .................................................... 60
Esquema 23. Esquema para a síntese de 15 .................................................. 63
Esquema 24. Esquema para a síntese de 17 .................................................. 66
Esquema 25. Esquema para a síntese de 63 a partir da 5-metiluridina .......... 68
Esquema 26. Proposta de síntese para a obtenção do composto 63 ............. 71
Esquema 27. Esquema para a síntese de 63 a partir de 15 ............................ 72
Esquema 28. Proposta de eliminação trans para formação do composto 63 . 73
Esquema 29. Esquema para a síntese de 63 a partir de 65 ........................... 75
Esquema 30. Esquema para a síntese de 15 a partir da hidrólise de 63 ......... 78
Esquema 31. Esquema para a síntese de 72 .................................................. 80
Esquema 32. Esquema para a síntese de 70 .................................................. 80
Esquema 33. Esquema para a síntese de 73 a partir da hidrólise de 72 ........ 83
Esquema 34. Esquema para a síntese do nucleosídeo 75 e derivados .......... 89
Esquema 35. Esquema para a síntese de 74 .................................................. 91
Esquema 36. Esquema proposto para a obtenção do derivado insaturado
substituído em posição 3’ 75 ........................................................................... 93
Esquema 37. Esquema para a síntese de 84 e 75 .......................................... 94
Esquema 38. Composto obtido a partir da recristalização em metanol do
composto 84 .................................................................................................... 96
Esquema 39. Esquema proposto para a formação de 87 ............................... 99
Esquema 40. Esquema para a síntese de 78 ................................................ 101
Esquema 41. Proposta mecanística para a obtenção de 78 ......................... 102
Esquema 42. Esquema de síntese para o composto 78 a partir do nucleosídeo
77 ................................................................................................................. 105
Esquema 43. Esquema para a síntese do nucleosídeo insaturado 81 a partir de
80 ................................................................................................................. 106
Esquema 44. Esquema para a síntese do nucleosídeo insaturado 81 a partir de
79 .................................................................................................................. 107
Esquema 45. Esquema para a síntese de 82 ................................................ 109
Esquema 46. Esquema para a síntese de 89 ................................................ 110
Esquema 47. Proposta de síntese para a obtenção de nucleosídeos bicíclicos
....................................................................................................................... 115
Esquema 48. Esquema de síntese para a obtenção de 100 ......................... 116
Esquema 49. Esquema de síntese para a obtenção de 101 ......................... 116
Esquema 50. Proposta de síntese para a obtenção de 90 ............................ 117
Esquema 51. Proposta de proteção da base para a obtenção do nucleosídeo
bicíclico 103 ................................................................................................... 118
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
[α]D Rotação específica
Acetona-d6 Acetona deuterada
AIBN Azobisisobutironitrila
Ar-H Hidrogênio Aromático
Ars Hidrogênios aromáticos
Bz Benzoíla
CC50 Concentração citotóxica 50%
CCD Comatografia em Camada Delgada
CDCl3 Clorofórmio deuterado
CNPq Consellho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
COSY Correlation Spectroscopy
ET Estado de transição
δ Deslocamento químico
d dupleto
dd Dupleto duplo
DCA Ácido dicloroacético
DDT Ditiotreitol
DEPT Distortionless enchancement by polarization transfer
DMAP 4-Dimetilaminopiridina
DMF N,N-dimetilformamida
DMSO Dimetilsulfóxido
DMSO-d6 Dimetilsulfóxido deuterado
DMTrCl Cloreto de 4,4’-dimetóxitritila
DNA Ácido 2’-desoxiribonucléico
Eq Equivalente
FDA Food and Drug Administration
FF Faixa de Fusão
FM Fórmula Molecular
GPIT Grupo de Pesquisa em Inovação Terapêutica
Hz Hertz
HIV Human Immunodeficiency Virus
HMBC Heteronuclear Multiple Bond Correlation
HMQC Heteronuclear Multiple Quantum Coherence
IES Ionização por Electrospray
INCA Instituto Nacional do Câncer
IV Infravermelho
J Constante de acoplamento escalar spin nuclear-spin nuclear
J-Mod Exponentially Damped J-Modulation Profile
LPSF Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos
m Multipleto
MHz Mega Hertz
MM Massa Molar
MsCl Cloreto de mesila
OMS Organização Mundial de Saúde
PBMCl Cloreto de p-metoxibenzila
RF Fator de Retenção
RMN 1H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
RMN13C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono
RNA Ácido Ribonucléico
s Simpleto
t Tripleto
TBDPS Tert-butildifenilsilila
TMS Tetrametilsilano
TMSE 2-(Trimetilsilil)etanotiol
UJF Université Jouseph Fourié
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 24
2 OBJETIVOS .............................................................................................. 25
2.1 Geral ...................................................................................................... 25
2.2 Específicos ............................................................................................ 25
3 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................... 26
3.1 AIDS ...................................................................................................... 26
3.1.1 Epidemiologia ........................................................................................ 27
3.2 HIV ........................................................................................................ 29
3.2.1 Ciclo de replicação do vírus HIV ........................................................ 30
3.3 A Terapêutica da AIDS .......................................................................... 32
3.3.1 Agentes antivirais utilizados contra HIV ............................................. 31
3.3.2 Enzima Transcriptase Reversa .......................................................... 35
3.3.3 Inibidores da Transcriptase reversa ................................................... 38
3.3.3.1 Inibidores análogos de nucleosídeos ............................................. 38
3.3.3.2 Inibidores análogos de nucleotídeos .............................................. 39
3.3.3.3 Inibidores não nucleosídeos ........................................................... 40
3.4 Nucleotídeos insaturados 2’,3’-didesoxi-2’-(2’’-(trimetilsilil)etiltio) timidina
e 2’,3’-didesoxi-3’-(2’’-(trimetilsilil)etiltio)timidina: intermediários chave para a
síntese de tionucleosídeos ............................................................................... 41
3.5 Síntese de nucleosídeos insaturados .................................................... 44
3.6 A reação de cicloadição [2 +2] .............................................................. 47
3.6.1 Síntese de Ciclobutanonas a partir de nucleosídeos insaturados ..... 51
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 54
4.1 CAPÍTULO 1Novos métodos de síntese de nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com substituinte alquiltio em posição 2’ ................................... 54
4.1.1 Apresentação ..................................................................................... 55
4.1.2 Plano de Síntese ............................................................................... 56
4.1.3 Resultados e discussão ..................................................................... 60
4.1.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 2’ ................................................................................................... 60
4.1.3.1.1 Síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 .........................................60
4.1.3.1.2 Síntese do sulfeto sililado 15 .................................................... 62
4.1.3.1.3 Tentativa de síntese do composto 17.........................................66
4.1.3.1.4 Síntese do derivado insaturado 63 a partir da 5-metiluridina.....68
4.1.3.1.5 Síntese do derivado 63 a partir do composto 15 ...................... 71
4.1.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo tiometil em posição 2’........................................................................................................................79
4.1.4 Conclusão .......................................................................................... 84
4.2 CAPÍTULO 2 Síntese de nucleosídeos insaturados em 2’,3’ com substituinte alquilsulfeto em posição 3’ ............................................................ 86
4.2.1 Apresentação ....................................................................................... 87
4.2.2 Plano de Síntese ................................................................................... 88
4.2.3 Resultados e discussão ........................................................................ 91
4.2.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 3’ ......................................................................................................... 91
4.2.3.1.1 Síntese do derivado 74 .................................................................. 91
4.2.3.1.2 Síntese dos derivados insaturados ................................................ 93
4.2.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo tiometil em posição 3’................. .................................................................................................... 109
4.2.4 Conclusão........................................................................................... 112
4.3 CAPÍTULO 3 Reações de cicloadição com nucleosídeos insaturados em 2’,3’................. ................................................................................................ 113
4.3.1 Apresentação................ ..................................................................... 114
4.3.2 Plano de Síntese................ ................................................................ 115
4.3.3 Resultados e discussão................ ...................................................... 117
4.3.4 Conclusão........................................................................................... 125
4.4 CAPÍTULO 4 Avaliação Biológica................ ......................................... 126
5 PARTE EXPERIMENTAL................ ..................................................... 133
6 CONCLUSÕES................ ....................................................................... 171
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 172
APÊNDICE A – Espectro de RMN 1H, 13C, Espectro no infravermelho e Massas ....................................................................................................................... 179
Introdução 24 ________________________________________________________________________
1 INTRODUÇÃO
A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença infecciosa,
e desde que foi descoberta nos EUA, em 1981, a AIDS se espalhou
rapidamente, sendo considerada uma epidemia mundial caracterizada por uma
imunodeficiência severa, infecções oportunistas, neoplasia e um resultado fatal
(BARRE-SINOUSSI et al., 1983). O tratamento farmacológico, apesar de já ser
empregado da multiterapia anti-HIV (CUNICO et al., 2008), traz como
inconveniente o fato da resistência viral aos antivirais e a toxicidade provocada
pelos fármacos. Dessa forma, é um desafio para os pesquisadores a busca de
moléculas mais eficazes e menos tóxicas, bem como a busca por novas
alternativas terapêuticas para o tratamento da AIDS.
Os nucleosídeos, foco de estudo deste trabalho de pesquisa, foram
introduzidos na terapêutica da AIDS a partir da década de 1980. Desde então,
contínuas e intensas pesquisas têm esclarecido, em parte, o mecanismo de
ação e os alvos biológicos desse grupo de moléculas, o que vem contribuindo
para a descoberta, o planejamento, identificação e preparação de novas
substâncias com propriedades antivirais.
Os nucleosídeos despertam o interesse de vários pesquisadores por
vários motivos. Dentre esses, merecem destaque: (i) apresentam um amplo
espectro de atividades biológicas, como atividades antivirais e antitumorais; (ii)
possuem diversos alvos biológicos: capacidade de interagir com o DNA, inibem
enzimas, com por exemplo, transcriptase reversa, integrase, e ribonucleotídeo
redutase.
Neste trabalho foram desenvolvidas novas moléculas nucleosídicas com
potencial atividade antiviral.
Objetivos 25 ________________________________________________________________________
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Desenvolver novas moléculas para o tratamento da AIDS e câncer
através da síntese de análogos sintéticos de nucleosídeos naturais que
constituem o DNA, a partir da 5-metiluridina.
2.2 Específicos
Explorar a química do enxofre e do silício para obtenção de
nucleosídeos ativos a partir de 2-(trimetilsilil)etanotiol.
Desenvolver novas rotas de síntese para a obtenção dos nucleosídeos
insaturados em posição 2’,3’ e com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em
posição 2’.
Síntetizar nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com o grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio em posição 3’.
Síntetizar nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com o grupo
tiometil em posição 2’ e 3’.
Desenvolver nucleosídeos bicíclicos por meio da reação de
nucleosídeos insaturados com dicloroceteno, gerado in situ a partir de
cloreto de tricloroacetila ou cloreto de dicloroacetila, para a formação de
derivado de ciclobutanona em posição 2’,3’ do nucleosídeo.
Caracterizar as estruturas químicas por meio de técnicas
espectroscópicas como espectroscopia no infravermelho, ressonância
magnética nuclear de hidrogênio, de carbono 13 e espectrometria de
massas.
Avaliar a atividade antiviral e antitumoral dos derivados nucleosídeos
sintetizados.
Revisão da Literatura 26 ________________________________________________________________________
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 AIDS
A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença
infecciosa, e desde que foi descoberta nos EUA, em 1981, a AIDS se espalhou
rapidamente, sendo considerada uma epidemia mundial caracterizada por uma
imunodeficiência severa, infecções oportunistas, neoplasia e um resultado fatal
(BARRE-SINOUSSI et al., 1983).
A doença é causada pelo vírus HIV (sigla em inglês para vírus da
imunodeficiência humana), que compromete o funcionamento do sistema
imunológico, impedindo-o de executar sua tarefa de proteger o organismo
contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus e parasitas) e contra
células cancerígenas. Com o progressivo comprometimento do sistema
imunológico, o corpo humano torna-se cada vez mais susceptível a doenças
oportunistas (VAISHNAV et al., 1991).
Somente no sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno o vírus do
HIV aparece em quantidade suficiente para causar a moléstia. Para haver a
transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no
organismo de outra. Isso pode acontecer durante a relação sexual, ao se
compartilhar seringas, agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de
sangue contaminado, no momento do parto e até durante a amamentação
(CUNICO et al., 2008).
Atualmente não existe uma vacina ou cura da AIDS, mas a introdução
da multiterapia anti-HIV em meados dos anos noventa melhorou
significativamente o prognóstico para pessoas infectadas com o acesso ao
tratamento. No entanto, existem desvantagens importantes relacionadas com
Revisão da Literatura 27 ________________________________________________________________________
os fármacos utilizados, como por exemplo, a toxicidade, que limita a eficácia
desses tratamentos. Além disso, a elevada taxa de mutação do vírus e a sua
alta freqüência de recombinação, juntamente com a alta capacidade de
replicação viral (cerca de 109 partículas virais produzidas
por dia), promovem o surgimento de resistência viral aos medicamentos que,
eventualmente, pode levar à falência terapêutica anti-retroviral em pacientes
aderentes ao tratamento (ARIAS, 2010).
3.1.1 Epidemiologia
A AIDS está entre as 10 principais causas de morte durante a última
década no mundo. Foi a 6º doença, em 2012, responsável por mais 1,5
milhões (2,7%) de óbitos no mundo em 2012 e 2013 (Figura 1) (WHO, 2014).
No Brasil, a AIDS foi responsável por 11.896 óbitos em 2012 (Ministério da
Saúde, 2013).
Figura 1 As 10 principais causas de mortes no mundo em 2012 (WHO, 2014)
Revisão da Literatura 28
________________________________________________________________________
Estima-se que, em 2013, 35 milhões de pessoas no mundo viviam com
HIV, que 2,1 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 1,5 milhões de
pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS (UNAIDS, 2014).
Na figura 2, encontra-se uma estimativa de pessoas vivendo com AIDS
em determinado país no ano de 2013 (UNAIDS, 2014). Os países mais
afetados pela doença são a África do Sul, Nigéria, Índia e o Kênia. No Brasil,
2% da população viviam com AIDS em 2013, assim como a Federação Rússia,
Etiópia e China.
Figura 2 Estimativa do número de pessoas vivendo com AIDS em 2013 (UNAIDS, 2014)
Dos 2,1 milhões de novas infecções por HIV que ocorreram em 2013, 15
países respondem por mais de 75%. Em todas as regiões do globo, a maior
carga da epidemia recai sempre sobre três ou quatro países. Na África sub-
sariana, por exemplo, apenas três países – Nigéria, África do Sul e Uganda –
respondem por 48% de todas as novas infecções por HIV (UNAIDS, 2014).
Revisão da Literatura 29 ________________________________________________________________________
Enquanto não se descobre a cura efetiva para a AIDS, vários esforços
têm sido feitos para sua prevenção e controle, como por exemplo, pesquisas
para o desenvolvimento de novos fármacos.
Na tentativa de se desenvolver fármacos antivirais mais potentes e
menos tóxicos, os nucleosídeos têm despertado o interesse de vários
pesquisadores.
3.2 HIV
O HIV, devido a sua incapacidade de auto-replicação, precisa infectar
uma célula que servirá como hospedeira para produção de novos vírus. O HIV
é recoberto por um “envelope” protetor. No centro ou núcleo do HIV está a
parte mais importante do vírus, o genona ou material genético, acompanhado
de proteínas- as enzimas: integrase, protease e transcriptase reversa- que
aderem ao genoma e que realizam tarefas específicas para permitir que o vírus
se multiplique. Nesse material genético, composto de RNA, é que fica o “mapa”
contendo toda a informação necessária para a criação de novos vírus. O vírus
de RNA, que sofre uma transformação para DNA para ser integrado ao
genoma celular são chamados retrovírus. Por isso, os medicamentos para
combater o HIV são os anti-retrovirais (ARVs).
Os alvos de infecção pelo HIV em humanos são células que apresentam
receptores CD4 em suas superfícies, como macrófagos, e, principalmente, os
linfócitos T- auxiliar do sistema imunológico e que se encontram em circulação
na corrente sanguínea (BRITO, 2011). Tais receptores são glicoproteínas
monoméricas da superfamília das imunoglobulinas que apresentam 4 domínios
e são utilizados pelo HIV para adentrarem nas células alvo. Após infectar os
linfócitos T CD4+, o HIV terá grande capacidade de replicação, muito maior
que a capacidade do organismo humano de destruir as células infectadas.
Revisão da Literatura 30 ________________________________________________________________________
Existem dois tipos de HIV, HIV-1 e HIV-2, com similaridade genômica de
apenas 40% (FERREIRA et al., 2010). O HIV-1 corresponde à estirpe viral
responsável pela maior epidemia mundial e é mais virulento e mutável que o
HIV-2, que causa a AIDS mais lentamente e está restrito, principalmente, à
África Ocidental (HILL et al., 2012).
Os ARVs interferem no ciclo de vida e nos caminhos que o HIV toma
para se replicar dentro da célula humana. Apesar de não conseguirem destruir
completamente o vírus, os fármacos impedem que as células infectadas
produzam novas partículas virais que podem, assim, infectar novas células
(SCHEFFER, 2008).
3.2.1 Ciclo de replicação do vírus
O processo de entrada do vírus HIV começa com interações de alta
afinidade da glicoproteína gp120 de superfície do vírus com a superfície dos
receptores CD4 das células do hospedeiro como linfócitos T e macrófagos.
Esta interação ocasiona mudanças conformacionais na gp120 que promove a
participação de co-receptores, principalmente CCR5 ou CXCR4. Para a
entrada do HIV na célula é necessária a ligação com estes co-receptores para
ativar mudanças conformacionais na membrana e posterior fusão. Estes
primeiros eventos ativam a glicoproteína trimérica gp41 que medeia a fusão
das membranas viral e celular. A fusão leva à injeção do capsídio do HIV à
célula e posterior liberação do seu material genético e de enzimas necessárias
para a replicação (Figura 3).
Revisão da Literatura 31 ________________________________________________________________________
Figura 3 Ciclo de vida resumido da replicação do vírus do HIV (Barbosa, AN 2013)
Ocorre, então, a transcrição reversa do RNA genômico viral (formação
do DNA a partir do RNA pela ação da enzima transcriptase reversa do HIV),
que culmina na formação de uma dupla hélice de DNA viral. O DNA é
transportado para dentro do núcleo celular, onde sofre clivagens específicas e
é integrado ao DNA da célula do hospedeiro pela ação da enzima integrase. A
ativação da célula hospedeira resulta na transcrição do DNA em RNA
mensageiro, que é traduzido em proteínas virais. A enzima protease do HIV é
necessária neste passo para clivar a poliproteína viral precursora em proteínas
individuais maduras. O RNA e as proteínas virais agrupam-se na superfície
celular como um novo vírion e são liberados para infectar outra célula.
À medida que o vírus vai se replicando, o número de linfócitos T-CD4+ é
reduzido e o sistema imunológico torna-se fragilizado. Perante o potencial
catastrófico do vírus e partindo de conhecimentos acerca do mecanismo de
replicação viral, fármacos antiretrovirais foram propostos para o tratamento da
AIDS (GUIMARÃES, 2014).
Revisão da Literatura 32 ________________________________________________________________________
3.3 A Terapêutica da AIDS
3.3.1 Agentes antivirais utilizados contra o HIV
Menos de 10 anos após a descoberta do vírus HIV, a primeira terapia
anti-retroviral foi utilizada. Depois desta data, diversos medicamentos ou
combinações de medicamentos foram introduzidos no protocolo da multiterapia
anti-HIV com o objetivo de melhorar a eficácia do tratamento e limitar os
fenômenos de resistência.
Cada etapa de replicação do vírus envolve um tipo de enzima que
constituem alvos para inibidores da replicação do HIV: transcriptase reversa,
protease, integrase. Assim, os inibidores podem ser classificados em seis
classes distintas baseadas em seu perfil molecular e mecanismo de resistência
(ARTS & HAZUDA, 2014).
-análogos nucleosídeos da transcriptase reversa,
-inibidores da transcriptase reversa não- nucleosídeos,
-inibidores da protease,
-inibidores da integrase,
-inibidores de fusão e
-antagonistas de correceptores.
De 1987 a 2013, foram aprovados mais 37 ARVs pelo FDA. O
desenvolvimento e a aprovação do uso dos anti-retrovirais, bem como
introdução da terapia combinada com ARVs ao longo dos últimos anos é
mostrado na tabela 1 (FDA, 2014).
Sabe-se que no ciclo de vida do HIV há outros alvos possíveis, além
dos alvos descritos e utilizados pelos fármacos atuais, o que tem possibilitado
inúmeras pesquisas, como os inibidores da maturação, caso do bevirimat.
Neste trabalho, o objetivo foi desenvolver inibidores nucleosídeos tendo
como alvo a enzima transcriptase reversa.
Revisão da Literatura 33 ________________________________________________________________________
Sigla Princípio ativo Marca de referência Classe Data de
aprovação pelo
FDA
Empresa fabricante
AZT Zidovudina Retrovir ITRN 19/03/87 Glaxo SmithKline
ddI didanosina Videx ITRN 09/10/91 Bristol Myers-Squibb
ddC zalcitabina Hivid ITRN 19/02/92 Hoffmann-La Roche
d4T estavudina Zeritavir ITRN 24/06/94 Bristol Myers-Squibb
3TC lamivudina Epivir ITRN 17/11/95 Glaxo SmithKline
SQV saquinavir Invirase IP 06/12/95 Hoffmann-La Roche
RTV ritonavir Norvir IP 01/03/96 Abbott Laboratories
IDV indinavir Crixivan IP 13/03/96 Merck Sharp & Dohme
NVP nevirapina Viramune ITRNN 21/06/96 Boehringer Ingelheim
NFV nelfinavir Viracelt IP 14/03/97 Hoffmann-La Roche
SQV Saquinavir* Fortovase IP 14/03/97 Hoffmann-La Roche
DLV delavirdina Rescriptor ITRNN 04/04/97 Pharmaci & Upjohn
AZT+3TC Lamivudina+ zidovudina Combivir ITRN 17/09/97 Glaxo SmithKline
EFV evafirenz Stocrin ITRNN 21/09/98 Merck Sharp & Dohme
ABC abacavir Ziagen ITRN 17/12/98 Glaxo SmithKline
APV amprenavir Agenerase IP 15/05/99 Glaxo SmithKline
LPV Lopinavir + ritonavir Kaletra IP 15/09/00 Abbott Laboratories
ddiE Didanosina entérica Videx EC ITRN 31/10/00 Bristol Myers-Squibb
- Abacarvir + zidovudina
+ lamivudina
Trizivir Combinção de
classes
14/11/00 Glaxo SmithKline
TNV tenofovir Viread ITRN 26/10/01 Gilead Sciences
ATZ atazanacir Reyataz IP 20/06/03 Bristol Myers-Squibb
T20 enfuvirtida Fuzeon IF 13/03/03 Hoffmann-La Roche
- fosamprenavir Lexiva IP 20/10/03 Glaxo SmithKline
FTC emtricitabina Emtriva ITRN 02/07/03 Gilead Sciences
- Abacavir + lamivudina Epzicon ITRN 02/08/04 Glaxo SmithKline
- Tenofovir +
emtricitabina
Truvada ITRN 02/08/04 Gilead Sciences
TPV tipranavir Aptivus IP 22/06/05 Boehringer Ingelheim
- Efavirenz+emtricitabina
+tenofovir
Atripla Combinações
de classes
12/07/06 Bristol Myers-Squibb
Gilead Sciences
- darunavir Prezista IP 23/06/06 Tipotec/ Johnson &
Johnson
- maraviroc Selzentry ICCR5 06/08/07 Pfizer
- raltegravir Insentress Ii 12/10/07 Merck Sharp & Dohme
NVP Viramune XR nevirapine ITRNN 25/03/11 Boehringer Ingeleim
- Emtricitabine, rilpivirine,
tenofovir disoproxil
fumarate
Complera Combinação de
classes
10/08/11 Gilead Sciences
- rilpivirine Edurant ITRNN 20/05/11 Tibotec Therapeutics
- Elvitegravir,
cobicistat,emtricitabine,
tenofovir disoproxil
fumarate
Stribild Combinação de
classes
27/08/12 Gilead Sciences
- dolutegravir Tivicay integras 13/08/13 GlaxoSmithKline
Tabela 1 Fármacos e Medicamentos antiretrovirais correspondentes registrados
pelo FDA, de 1987 a 2013
*Formulação do Saquinavir em cápsulas moles (gelatinosas)
ITRN- inibidor da transcriptase reversa análogo ao nucleosídeo
ITRNN- inibidor da transcriptase reversa não-análogo ao nucleosídeo
IP- inibidor da protease
IF- inibidor da fusão
Ii- inibidor da integrase
ICCR5-inibidor do receptor CCR5
Revisão da Literatura 35 ________________________________________________________________________
3.3.2 Enzima Transcriptase Reversa
A transcriptase reversa tipo 1 (HIV-1) e tipo 2 (HIV-2) são enzimas
heterodiméricas compostas de duas subunidades derivadas de um processo
proteolítico de um precursor de poliproteína grande Gag-Pol. A HIV-1 TR é
composta de subunidades de 66 e 51 kDa, denominadas p66 e p51,
respectivamente (Figura 4).
A estrutura cristalográfica da enzima transcriptase reversa mostra que
ambas as subunidades contém 4 subdomínios comuns: “fingers” (resíduos 1-85
e 118-155) , “palm” (resíduos 86-117 e 156-236), “thumb” (237-318) e
“connection” (319-426) (Figura 4) (KOHLSTAEDT et al., 1992; JACOBO-
MOLINA et al., 1993; HUANG et al., 1998).
Figura 4 Estrutura da subunidade p66 e p51 e subdominios da transcriptase
reversa (L.MENÉDEZ-ARIAS, 2010)
Transcrição é um processo que envolve a conversão de
genoma de RNA viral de fita simples em DNA de cadeia dupla.
A transcriptase reversa do HIV-1 efetua o processo de transcrição viral.
Revisão da Literatura 36 ________________________________________________________________________
A conversão do RNA viral em DNA viral fita dupla é um processo complexo
em que todas as etapas são catalisadas pela transcriptase reversa. A enzima
exerce um papel multifuncional com dois tipos de atividade polimerase do DNA.
A polimerase RNA dependente sintetiza uma cópia de DNA fita simples a
partir do RNA viral e a polimerase DNA dependente sintetiza a fita dupla de
DNA viral. A RNase H degrada a cadeia matriz de RNA. Durante a síntese da
cadeia de DNA fita simples, a transcriptase reversa se liga ao RNA matricial
formando um complexo binário. Esta etapa é seguida pela ligação de um
desoxiribonucleosídeo 5’- trifosfato (dNTP) para formar um complexo ternário.
Após uma interação não seletiva entre os dNTPs (desoxiadenosina,
despxiguanosina, desoxitimidina, desoxicitidina) e a enzima, uma segunda
seleção é realizada para que apenas um dNTP possa se ligar a outro
desoxiribonucleosídeo.
A incorporção e o posicionamento do nucleosídeo ao sítio ativo da enzima
provocam uma mudança conformacional de p66 e a função 3’-OH do
nucleosídeo natural da cadeia de DNA viral que está sendo sintetizada é então
idealmente posicionada para realizar o ataque nucleofílico ao átomo de fósforo
situado em posição 5’ do nucleotídeo conforme mostrado na figura 5.
A trancriptase reversa pode então se dissociar se a retrotranscripção é
terminada ou sofrer uma translocação a fim de continuar o crescimento da
cadeia de DNA viral.
Revisão da Literatura 37 ________________________________________________________________________
Figura 5 Incoporação de nucleosídeos e análogos de nucleosídeos naturais- Síntese e
bloqueio da síntese de DNA viral
Durante o processo de transcrição realizado pela transcriptase reversa,
análogos de nucleosídeos naturais como, por exemplo, o AZT, pode ser
incorporado pela enzima à cadeia de DNA e bloquear a síntese de DNA viral.
Por não apresentar a função OH em posição 3’, os nucleosídeos não naturais
não se ligam a uma próxima unidade nucleotídica, não dando sequência ao
crescimento da cadeia de DNA a ser sintetizada (Figura 5).
Revisão da Literatura 38 ________________________________________________________________________
3.3.3 Inibidores da Transcriptase Reversa
Três classes de fármacos anti-HIV são inibidores da transcriptase reversa:
-os análogos de nucleosídeo,
-os análogos de nucleotídeo e,
-os inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa.
3.3.3.1 Inibidores análogos de nucleosídeos
Para exibir efeitos terapêuticos através da inibição da biossíntese dos
ácidos nucléicos virais, os inibidores nucleosídeos modificados são
transformados in vivo em trifosfatos por ação das quinases celulares. Por
exemplo, o fármaco antiviral 3'-azido-2',3'-didesoxitimidina (AZT) 1 inibe a
transcrição reversa do HIV após fosforilação para conduzir ao correspondente
substrato 5'-trifosfato 2, como é mostrado no esquema 1.
Esquema 1 Fosforilação do AZT por quinases celulares.
Dentre os análogos de nucleosídeo, o AZT (Retrovir) foi o primeiro anti-
retroviral aprovado pelo FDA para o tratamento anti-HIV em 1987. Após
fosforilação pelas quinases celulares (Esquema 1), o fármaco entra em
competição com o substrato natural da enzima, e ao ser incorporado ao DNA
viral, impede o crescimento da cadeia dupla de DNA que está sendo
sintetizada pela transcriptase reversa. O DNA incompleto não é capaz de
assumir o controle do DNA da célula CD4 e produzir novas cópias do vírus.
Revisão da Literatura 39 ________________________________________________________________________
Dentre os inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa alguns são
mostrados na figura 6.
Figura 6 Fármacos anti-HIV – análogos de nucleosídeos inibidores da
transcriptase reversa
3.3.3.2 Inibidores análogos de nucleotídeos
A primeira fosforilação é a etapa crucial para a formação dos metabólitos
ativos dos inibidores nucleosídeos. Muitas substâncias não apresentam
atividade devido à dificuldade de serem monofosforiladas. Com o intuito de
contornar este problema, vários análogos nucleotídeos, como adefovir e
tenofovir, foram sintetizados. Estes fármacos já possuem um grupo fosfato em
sua estrutura e necessitam de apenas duas fosforilações para impedirem a
transcrição do RNA em DNA e, portanto, impedir a replicação viral.
Os análogos de nucleotídeos em uso clínico são o adefovir (PMEA) e o
tenofovir (PMPA) (CUNICO et al., 2008) (Figura 7).
Figura 7 Fármacos anti-HIV – análogos de nucleotídeos inibidores da transcriptase
reversa
Revisão da Literatura 40 ________________________________________________________________________
3.3.3.3 Inibidores não- nucleosídeos
Os inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa do HIV são
inibidores não competitivos que se ligam a um sítio alostérico da enzima. Como
resultado desta interação, o sítio ativo responsável pela formação da dupla
hélice de DNA tem sua mobilidade e flexibilidade restritas, que acarretam uma
drástica redução da eficiência da enzima.
Apenas 3 fármacos dessa classe tinham sido aprovados pelo FDA até
2010, nevirapina (Viramune®), delavirdina (Rescriptor®) e efavirenz (Sustiva®)
(Figura 8). Em 2011, outros dois fármacos foram aprovodos, nivirapine
(Viramune XR®) e rilpivine (Edurante®). Devido ao potencial destes fármacos,
são amplamentes usados como componentes da terapia anti-retrovial
altamente ativa. A nevirapina é inclusive um dos poucos fármacos utilizados
para prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho.
Figura 8 Fármacos anti-HIV – análogos de não-nucleosídeos inibidores da
transcriptase reversa
Revisão da Literatura 41 ________________________________________________________________________
3.4 Nucleosídeos insaturados 2’,3’-didesoxi-2’-(2’’-
(trimetilsilil)etiltio)timidina e 2’,3’-didesoxi-3’-(2’’-
(trimetilsilil)etiltio)timidina: intermediários chave para a
síntese de tionucleosídeos
As modificações químicas de nucleosídeos naturais e nucleotídeos
conduziram a um grande número de fármacos especialmente com atividade
antiviral e antitumoral (BERGSTROM et al., 1992; PÉRIGAUD et al., 2000; DE
CLERCQ et al., 2000; FISCHER et al., 2000; VERNEKAR et al., 2014;
TADEUSZ et al., 2014; SAUDI et al., 2014).
No campo dos nucleosídeos, nucleotídeos, e oligonucleotídeos, a
química do enxofre tem se desenvolvido significativamente, com vista à
obtenção de novos fármacos e substâncias úteis como ferramentas em estudos
biológicos (WNUK, 1993; YOKOYMA, 2000; CHAMBERT et al., 2002;
FERNANDEZ et al., 2001; JASAMAI et al., 2008; MOSSELHI et al., 2011;
KIKICHI et al., 2013; KANANOVICH et al., 2014).
A explosão de interesse em tionucleosídeos começou com a descoberta,
no início dos anos 1990, da Lamivudina-3TC 12 (Figura 9), que está entre os
mais potentes inibidores do HIV (Human Immunodeficiency Virus) e HBV
(Hepatitis B Virus) (PÉRIGAUD et al., 2000). Síntese de análogos de 3TC foi
amplamente desenvolvida, bem como atividades biológicas desses compostos
(WNUK, 1993; YOKOYAMA, 2000; CHAMBERT et al., 2002; FERNANDEZ et
al., 2001; WILSON et al., 1995; GUMINA et al., 2002)
Figura 9 Estrutura do tionucleosídeo lamivudina e estavudina
Revisão da Literatura 42 ________________________________________________________________________
Tionucleosídeos também são ferramentas interessantes para os estudos
sobre os mecanismos enzimáticos (ROBINS, 1999; ROBINS et al., 1999;
COVÈS et al, 1996; LE HIR DE FALLOIS et al., 1997) e, quando são
incorporados ao RNA ou DNA, podem ser usados para o estudo da estrutura
dos ácidos nucléicos e suas funções, por exemplo, ou para o estudo do
mecanismo de catálise realizada por ribozimas (ECKSTEIN et al., 1996; GILLE
et al., 2005; KUMAR et al., 2013). Na pesquisa de nucleosídeos antivirais e
antitumorais, uma ou mais funções hidroxila da ribose e 2'-desoxirribose pode
ser substituída por uma função tiol ou as funções correspondentes do dissulfeto
misto que pode ser reduzida in vivo após a fosforilação, sendo que tais
nucleosídeos podem interferir com a biossíntese de ácidos nucléicos em
células virais e cancerosas (ROY et al., 2003; GERLAND et al., 2008).
A fácil oxidação de 2'-desoxi-2'-5'-difosfato tiouridina gerado in situ a partir
do correspondente 2'-propildisulfeto se mostrou in vitro, ser um potente inibidor
da ribonucleosídeo redutase 5'-difosfato (RDPR) por meio da reação da função
2'-tiol no sítio ativo (COVÈS et al.,1996; LE HIR DE FALLOIS et al., 1997).
Os nucleosídeos contendo dissulfetos mistos de alquila também
mostraram-se atividade antiviral e /ou antiproliferativa (ROY et al., 2003;
GERLAND et al., 2008). A fim de melhorar a síntese de nucleosídeos contendo
uma função tiol no açúcar de fácil oxidação e dos seus dissulfetos mistos, um
método de preparação de 2'-desoxi-2'-tionucleosídeos foi desenvolvido usando
como intermediário o nucleosídeo 2'-desoxi-2'-(2-(trimetilsilil)etiltio)timidina
(CHAMBERT et al., 2002; GERLAND et al., 2008; CHAMBERT et al., 2000;
GERLAND et al., 2007).
Revisão da Literatura 43 ________________________________________________________________________
Os nucleosídeos com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio (TMSES) são
eficientemente convertidos nos dissulfetos mistos correspondentes através de
reação com tetrafluoroborato de dimetila(metiltio)sulfônio (CHAMNBERT et al.,
2000) e/ou com cloretos de alquila e arila-sulfinila (GERLAND et al., 2007)
(Esquema 2). Os dissulfetos mistos podem ser reduzidos in situ, por exemplo,
com ditiotreitol (DTT), para conduzir ao correspondente tióis (COVÈS et al.,
1996). Este método foi aplicado para a síntese de dissulfetos mistos a partir do
nucleosídeo 2',3'-didesidro-2',3'-didesoxi-2'-(2-(trimetilsilil)etiltio)uridina, timina e
citidina.
Esquema 2 Conversão do 2-(trimetilsilil)etanotiol (TMSES) em dissulfetos mistos.
Os nucleosídeos 2'-desoxi-2'-(2-(trimetilsilil)etiltio) podem ser também
convertidos seletivamente com bons rendimentos para os correspondentes 2'-
tiocianatos, por tratamento com brometo de cianogênio (CHAMBERT et al.,
2002). Assim, a química dos nucleósidos TMSES permite a preparação de
diversas drogas potencialmente antivirais e /ou nucleosídeos antitumorais
(dissulfetos, tióis, sulfetos, tiocianatos).
.
Revisão da Literatura 44 ________________________________________________________________________
3.5 Síntese de nucleosídeos insaturados
A síntese de diversos nucleosídeos insaturados por meio da eliminação
trans ou cis catalisada por base tem sido descrita.
A eliminação trans pode ser efetuada com o grupo abandonador sob a
forma de um nucleosídeo cíclico anidro, mesila, halogênio ou éster (GUMINA et
al., 2001; CHONG et al., 2003; JEANNOT et al., 2002; Zhu et al., 2003).
Gerland e colaboradores, em 2007, sintetizaram o nucleosídeo insaturado
17 a partir do 2’-desoxi-2’-[(2-(trimetilsilil)etil)tio]timidina 15 em quatro etapas
(Esquena 3). A síntese foi realizada a partir da proteção seletiva da função
hidroxila na posição 5’ do nucleosídeo com cloreto de 4,4’-dimetóxitritila,
seguida da ativação da função hidroxila em 3’ com cloreto de mesila.
Posteriormente, na terceira etapa da síntese, foi realizada a desproteção em
meio ácido, e por fim a eliminação em meio básico, obtendo então o
nucleosídeo 17 com a insaturação em 2’,3’ e com a hidroxila em C-5’ livre
(Esquema 3).
Esquema 3 Síntese do nucleosídeo insaturado 2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-[(2”-
(trimetilsilil)etil)tio]timidina 17
A desidrohalogenação de 18 em meio alcalino realizada por Altona e
colaboradores, conduziu à formação do nucleosídeo insaturado 19 com o
átomo de cloro em posição 2’ (Esquema 4).
Revisão da Literatura 45 ________________________________________________________________________
Esquema 4 Síntese do nucleosídeo 19
A introdução de tiocarbamato em posição 3’ de 20 permitiu realizar a
eliminação cis. O ataque ao próton em posição 2’ foi efetuado de maneira
intramolecular, o que favoreceu a eliminação cis (Esquema 5) (MATSUDA et
al., 1991).
Esquema 5 Eliminação cis
Nucleosídeos 2’,3’ insaturados foram sintetizados de acordo com a
proposta de Discordia, 1996, a partir da convesão da 5-metiluridina no
intermediário nucleosídieo trimesilado 22, seguida da reação deste
intermediário com benzoato de sódio e introdução do átomo de bromo em
posição 2’ para, então, formação do composto insaturado 26 por meio da
redução com zinco (Esquema 6).
Revisão da Literatura 46 ________________________________________________________________________
Esquema 6 Síntese de nucleosídeo insaturado 27
A introdução do grupo ciano em posição 3’ por abertura de epóxido e a
ativação da hidroxila sob a forma de mesilato foi realizada para a síntese do
nucleosídeo insaturado 2’,3’ com o grupo ciano ligado em posição 3’ do
nucleosídeo (Figura 7) (FAUL et al., 1997) .
Esquema 7 Introdução do grupo ciano em posição 3’ e síntese de nucleosídeo
insaturado 30
Em 1992, Czernecki e colaboradores, descreveram a síntese de um
derivado nucleosídeo insaturado em 2’,3’ à partir do nucleosídeo com ligação
dupla exocíclica em posição 3’. A formação do nucleosídeo insaturado ocorre
via abertura do 2,2’-anidro (Esquema 8).
Revisão da Literatura 47 ________________________________________________________________________
Esquema 8 Formação do nucleosídeo insaturado 33 via abertura do 2,2’-anidro 32
3.6 A reação de cicloadição [2 +2]
A síntese orgânica utiliza as ciclobutanonas como intermediários
sintéticos em numerosas transformações, para atingir produtos de grande
importância biológica (WONG et al., 1986). A importância deste anel é ainda
maior quando se considera que ele pode entrar em uma síntese não só como o
meio, mas também como fim, pois se conhecem vários produtos naturais que
contêm esta unidade com as mais diversas propriedades biológicas (LIMA &
COELHO, 1997; ERNST & BELLUS, 1988). O método de escolha para a
formação de ciclobutanonas é a cicloadição [2+2] entre cetenos e olefinas.
A interpretação mecanística para a reação de cicloadição aponta uma
separação de carga e assincronia na formação das ligações no estado de
transição. Pode ocorrer uma maior ou menor assincronia, em função da
evolução da formação das ligações no estado de transição. Uma reação em
que as ligações se formem simultaneamente levaria a um ET com nenhuma, ou
muita pouca, separação de cargas. Em um outro caso extremo, onde exista a
antecipação muito grande da formação de uma das ligações em detrimento da
outra, pode haver a formação de intermediários iônicos dipolares. Moyano,
Pericas e Valenti, 1990, explicam o movimento eletrônico envolvido, como
mostrado no esquema 9.
Revisão da Literatura 48 ________________________________________________________________________
Esquema 9 Fluxo de elétrons na reação de cicloadição [2+2]
Como pode ser visto no esquema 9, essa reação envolve quatro pares
de életrons, com dois processos diferentes que ocorrem simultaneamente
(embora não com a mesma velocidade) (LIMA & COELHO, 1996). No primeiro
processo, que é o mais avançado no estado de transição, ocorre um ataque
nucleofílico do orbital πy da ligação 3-4 sobre o carbono da carbonila do ceteno
(C1). O orbital πy da ligação 3-4 se transforma, então, em um orbital
deslocalizado entre C4, C3 e C1 e termina a reação como o orbital σ da ligação
1-4 na ciclobutanona. Essa transformação é acompanhada pela conversão da
ligação πy (1,5) carbono-oxigênio do ceteno em um par de életrons π
desemparelhados tanto no estado de transição quanto na ciclobutanona
formada. O segundo processo, que ocorre logo após desse estado de transição
é o ataque nucleofílico do orbital πy dos carbonos olefínicos (1,2) do ceteno
sobre o C3 do eteno, que ficou deficiente em elétrons no transcorrer da reação.
Esta última transformação é rapidamente visualizada no estado de transição,
onde este orbital está deslocalizado sobre C3. A deficiência eletrônica gerada
em C1 é compensada pela transformação do par de elétrons desemparelhados
πz do oxigênio do ceteno no orbital πz da ligação 1,5 na ciclobutanona (LIMA &
COELHO, 1996).
O que se observa na grande maioria das reações de cicloadição [2+2]
entre cetenos e olefinas é a ocorrência simultânea destes dois eventos, porém
sempre com alguma separação de carga e assincronia na formação das
ligações. São raros os casos em que a cicloadição [2+2] com cetenos não é
considerada uma reação concertada, podendo-se observar um intermediário
Revisão da Literatura 49 ________________________________________________________________________
iônico dipolar (GHOSEZ et al., 1990).
Para a síntese de ciclobutanonas dois métodos de cicloadição [2+2]
podem ser empregados através da reação de olefinas com dicloroceteno
gerada in situ utilizando-se reagentes comerciais como os cloretos de dicloro- e
tricloroacetila. As diclorocetenos são bastante instáveis, polimerizam-se
facilmente e, por isso a necessidade de serem formadas in situ. Do ponto de
vista experimental, essa formação pode ser através de: (i) desidrohalogenação
de um haleto de dicloroacetila com uma amina como a trietilamina , ou (ii)
dehalogenação de um haleto de tricloroacetila com zinco ativado (Esquema
10).
Esquema 10 Formação de dicloroceteno in situ
Ambos os métodos possuem desvantagens. Aminas terciárias e/ ou sais
de amônio catalizam a decomposição de dicloroceteno. Por outro lado, os sais
de zinco gerados no método de dehalogenação com zinco polimerizam
algumas olefinas, tais como estireno, ciclopentadieno ou dihidropirano. Em
ambos os métodos, excesso de olefina ou haleto de ácido são geralmente
usados, no entanto, o rendimento para a formação de diclorobutanonas pode
ser baixo (KREPSKI & HASSNER, 1978).
Revisão da Literatura 50 ________________________________________________________________________
A cicloadição tem sido amplamente estudada pela reação de olefina com
dicloroceteno geradas in situ a partir do cloreto de tricloroacetila e zinco ativado
(DOWD et al., 1995; KRESSKI & HASSNER, 1978; JEFFS et al., 1982; DOWD
e ZHANG, 1992).
A mesma metodologia foi aplicada por Neudeck e Brinker, em 2005, na
preparação da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona pela reação do naftaleno com
diclorocetena gerada in situ (Esquema 11).
Esquema 11 Síntese da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona
O segundo método para a obtenção de ciclobutanonas foi utilizado por
Grieco e colaboradores reagindo-se uma solução de dieno com cloreto de
dicloroacetila em hexano na presença de trietilamina (Esquema 12). O mesmo
método foi utilizado por Martyres e colaboradores (Esquema 13).
Esquema 12 Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de dicloroacetila em
hexano
Revisão da Literatura 51 ________________________________________________________________________
Esquema 13 Síntese de derivados de ciclobutanona com cloreto de dicloroacetila e
trietilamina em tetracloreto de carbono.
A cicloadição com dicloroceteno ao limoneno foi estudada por Mattos e
Kover, 1991, empregando-se também o cloreto de dicloroacetila e trietilamina.
Após obtenção da diclorociclobutanona, os autores realizaram a
desidroalogenação obtendo a ciclobutanona correspondente com bom
rendimento (Esquema 14).
Esquema 14 Cicloadição ao limoleno com cloreto de dicloroacetila e trietilamina
3.6.1 Síntese de ciclobutanonas a partir de
nucleosídeos insaturados
A aplicação de análogos de nucleosídeos na terapia antiviral tem sido de
grande importância nas últimas décadas (CLERCQ, 2007). Entretanto, a
emergência à resistência viral aos fármacos torna necessário o
desenvolvimento de novos análogos nucleosídeos mais potentes e menos
tóxicos. Na pesquisa de novos análogos nucleosídeos tem-se focado em
modificações no carboidrato.
Revisão da Literatura 52 ________________________________________________________________________
Os análogos bicíclicos dos nucleosídeos naturais tem sido de grande
importância no desenvolvimento de novos agentes antivirais e, nos últimos
anos a reação de cicloadição fotoquímica [2+2] tem sido explorada para a
síntese destes compostos.
Alibés e colaboradores, 2006, realizaram a síntese de análogos
nucleosídeos bicíclicos contendo a ciclobutanona ligada em 2’,3’ do anel
furanose e analisaram o efeito do anel ciclobutanona na mobilidade
conformacional (Esquema 15).
A síntese realizada pela reação de cicloadição fotoquímica de 50 com
etileno em acetona à -20 ºC forneceu uma mistura separável de
diasteroisômeros.
Esquema 15 Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de clicloadição
fotoquímica
Flores e colaboradores, 2009, descreveram a síntese de um novo
azanucleosídeo. A estratégia dos autores foi a construção de um anel de
ciclobutanona usando a reação fotoquímica de uma lactama α,β insaturada
com etileno e subseqüente introdução da base.
Flores e colaboradores, 2011, empregaram a mesma metodologia e
realizaram cicloadição fotoquímica obtendo nucleosídeos bicíclicos a partir de
3-cloro e 2-fluoro-5-hidroximetil-2-(5H)-furanona e avaliaram o efeito do átomo
halogênio no processo da cicloadição (Esquema 16).
Revisão da Literatura 53 ________________________________________________________________________
Esquema 16 Síntese de derivados de ciclobutanona pela reação de clicloadição
fotoquímica a partir de 53
Mais recentemente, LLUMÀ e colaboradores, em 2013, descreveram a
síntese e atividade antiviral de ciclobutanona e ciclobuteno por reação
fotoquímica.
A fim de obter nossos análogos nucleosídeos ativos, objetivou-se neste
trabalho a síntese de nucleosídeos bicíclicos por meio da reação de cicloadição
[2 +2] de nucleosídeos 2’,3’-insaturados com dicloroceteno gerada in situ.
.
CAPÍTULO 1
Novos métodos de síntese de nucleosídeos
insaturados em posição 2’,3’ e com
substituinte alquiltio em posição 2’
Objetivos 55 ________________________________________________________________________
4.1.1 Apresentação
A necessidade do desenvolvimento de novos agentes antivirais é
evidente diante da toxicidade e da resistência crescente à ação dos antivirais já
utilizados na multiterapia da AIDS.
Na pesquisa de novos nucleosídeos, a introdução de uma ligação dupla
em 2’,3’ do açúcar é importante para a inibição da enzima transcriptase
reversa. A ligação dupla é capaz de interagir ao nível do sítio ativo da enzima
favorecendo o reconhecimento do nucleosídeo pela enzima (CHO et al.,2003).
A maioria dos nucleosídeos insaturados ativos para a transcriptase
reversa contém uma dupla ligação em 2’,3’, como por exemplo o abacarvir e
d4T usados na multiterapia do tratamento da AIDS.
A presença do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 2’ também é
importante pois permite a obtenção de novos tionucleosídeos com potencial
antiviral. Os dissulfetos obtidos a partir deste grupo 56 podem levar a formação
in situ do tiol ativo 57 capaz de interagir com o sítio ativo da enzima.
Esquema 17 Obtenção de dissulfetos mistos a partir de 17 e formação do tiol 57
Considerando-se a necessidade de desenvolvimento de agentes
antivirais, o estabelecimento de rotas de sínteses relativamente curtas e
eficientes poderá levar a obtenção de uma variedade de novos análogos
antivirais.
Portanto, objetiva-se neste capítulo a síntese de novos nucleosídeos
antivirais e o desenvolvimento de novas rotas de síntese para a obtenção dos
nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’ e com os grupos 2-(trimetilsilil)etiltio
e tiometil em posição 2’.
Plano de Síntese 56 ________________________________________________________________________
4.1.2 Plano de Síntese
Para a síntese de análogos sintéticos dos nucleosídeos naturais que
constituem o DNA, propostos como inibidores potenciais da enzima
transcriptase reversa, foram planejadas novas rotas de síntese para a
formação dos nucleosídeos com insaturação em 2’,3’ e com o grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio em posição 2’ da desoxirribose, bem como a síntese do
nucleosídeo insaturado em 2’,3’ com o grupo tiometil em posição 2’.
Inicialmente, para a síntese dos nucleosídeos insaturados descrita neste
capítulo e no capítulo 2, foi planejada a síntese do 2-(trimetilsilil)etanotiol 13,
um composto que será introduzido em posição 2’ e 3’ da desoxirribose. Para a
obtenção de 13 foi proposta a redução do tioacetato 61 com hidreto de lítio e
alumínio (ANDERSON et al., 1988). O tioacetato 61 correspondente, seria
obtido por meio da reação de adição radicalar do ácido tioacético 60 ao
viniltrimetilsilano 59, utilizando-se o peroxibenzoato de terc-butila como
iniciador radicalar (SCHWAN et al., 1994) (Esquema 18).
Esquema 18 Esquema para a síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13
Para a obtenção do nucleosídeo insaturado 17 (Esquema 19), foi
proposta a síntese, em 4 etapas, a partir de 15 de acordo com o método
descrito (GERLAND, et al., 2007). A síntese seria realizada a partir da proteção
seletiva da função hidroxila na posição 5’ do nucleosídeo com cloreto de 4,4’-
dimetóxitritila, seguida da ativação da função hidroxila em 3’ com cloreto de
mesila. A próxima etapa seria a desproteção em meio ácido, e por fim a
Plano de Síntese 57 ________________________________________________________________________
eliminação em meio básico, obtendo então o nucleosídeo com a insaturação
em 2’,3’ e com a hidroxila em C-5’ livre (Esquema 19).
Esquema 19 Esquema para a síntese de 17
Três novas rotas de síntese foram também planejadas para obtenção
dos nucleosídeos insaturados. A primeira rota de síntese foi proposta em 4
etapas a partir 5’-metiluridina 22 (DISCORDIA et al., 1996) (Esquema 20). A 5-
metiluridina 22 seria submetida à reação com cloreto de mesila, para mesilação
das 3 hidroxilas presentes na molécula, seguida da reação de substituição do
grupo mesilato pelo grupo benzoíla em C-5’ e formação do anidro em C-2’. A
terceira etapa seria realizada a partir da abertura do anel pelo 2-
(trimetilsilil)etanotiol 13, e por fim a eliminação em meio básico para obtenção
de 63.
Esquema 20 Esquema para a síntese de 63
Plano de Síntese 58 ________________________________________________________________________
A segunda e terceira rota de síntese foram planejadas para obtenção do
nucleosídeo insaturado 63 a partir do nucleosídeo 15. Para a síntese do
intermediário 15, foi planejada a síntese do 2,2’-anidrotimidina 64, a partir da
reação da 5-metiluridina 22, obtida comercialmente, com carbonato de difenila
em DMF (HAMPTON & NICHOL, 1966) (Esquema 21). Uma vez obtido o
composto 64, este seria submetido à reação com 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 em
meio básico para obtenção de 15.
Esquema 21 Esquema para a síntese de 17 a partir de 15
Plano de Síntese 59 ________________________________________________________________________
Em seguida, o intermediário 15 seria submetido à mesilação para
ativação das hidroxilas em 5’ e 3’, e posteriormente, seria realizada a reação do
composto 66 com benzoato de sódio em DMF. O composto 63 seria obtido por
reação com carbonato de potássio em acetonitrila (caminho a, Esquema 21).
Alternativamente, foi proposta a reação do intermediário 15 com anidrido
benzóico em piridina, e na etapa seguinte, a reação do composto 65 com
carbonato de potássio em DMF para obtenção de 63 (caminho b, Esquema
21).
Uma vez que o composto 63 seria obtido com o grupo benzoíla em C-5’,
planejou-se a hidrólise do éster em KOH e metanol para a obtenção de 17
(Esquema 21).
A síntese do nucleosídeo insaturado em 2’,3’ com o grupo tiometil em
posição 2’ 67 também foi planejada.
Figura 10 Composto 67
Para a obtenção de 67, uma das rotas de síntese planejada para a
obtenção do composto 63 seria adaptada.
Resultados e Discussão 60 ________________________________________________________________________
4. 1.3 Resultados e Discussão
4.1.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio em posição 2’
4.1.3.1.1 Síntese de 2-(trimetilsilil)etanotiol 13
O 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 não é disponível comercialmente e pode ser
sintetizado em grande quantidade a partir do trimetilvinilsilano de acordo com
diferentes métodos descritos na literatura (CHAMBERT et al., 2002).
Inicialmente, foi proposta a adição radicalar do ácido tioacético 60 ao
trimetilvinilsilano 59 utilizando o peroxibenzoato de terc-butila como iniciador
radicalar para a formação do acetato sililado 61 (ANDERSON et al., 1988)
(Esquema 22). No entanto, dada a dificuldade encontrada para a obtenção do
reagente peroxibenzoato de terc-butila, tornou-se necessário a realização da
síntese por outro método.
A síntese do acetato sililado 61 foi realizada a partir do ácido tioacético
60 e trimetilvinilsilano 59 utilizando AIBN como iniciador radicalar (SCHWAN et
al., 1994). O produto 61 foi obtido com 54 % de rendimento.
Esquema 22 Esquema para a síntese de 4
Resultados e Discussão 61 ________________________________________________________________________
A formação de 61 foi evidenciada pelo aparecimento no espectro no
infravermelho (Figura A.1, pág.180) da banda em 1687 cm-1 referente ao
estiramento de ligação C=O, de tioéster. Foram observadas as bandas em
1248 cm-1 referente ao estiramento da ligação S-C e 845 cm-1 atribuída ao
estiramento de ligação Si-CH3, conforme descrito por ITO e colaboradores,
1974.
A análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.2, pág.181) evidencia a
formação de 61 pela presença de um simpleto em δ 0,02 com integral de nove
hidrogênios referente aos hidrogênios do grupo trimetilsilila. Também foi
observada a presença do grupo acetila a partir da atribuição de um simpleto em
δ 2,28 com integral de três hidrogênios. Os hidrogênios metilênicos foram
observados, sob a forma de multipletos: em δ 2,92-2,83, um multipleto com
integral de dois hidrogênios referente a S-CH2 e, em δ 0,88-0,79, um multipleto
com integral de dois hidrogênios referente ao hidrogênio Si-CH2.
No espectro de RMN de 13C de 61 (Figura A.3, pág.182) observa-se o
sinal referente ao carbono carbonílico em δ 196,5 e, em δ 30,7, sinal do
carbono do grupo metila. Também observa- se em δ -1,7, o sinal referente aos
carbonos do grupo trimetilsilila. No subespectro DEPT 135 de 61 (Figura A.3,
pág.) é possível atribuir os sinais em δ 25,5 e δ 17,5 aos carbonos metilênicos.
Para a obtenção de 13, inicialmente, o tioacetato 61 (Esquema 22) foi
submetido à reação com carbonato de potássio (SCHWAN et al., 1994). A
tentativa de síntese não levou ao produto esperado, e uma segunda reação foi
realizada reagindo-se 61 com hidróxido de potássio (ITO et al., 1974). Na
reação com hidróxido de potássio também não foi obtido o composto 13.
Finalmente, 13 foi obtido reagindo-se o tioacetato 61 com hidreto de lítio e
alumínio em éter anidro (Esquema 22) com rendimento de 78% após
destilação. O tiol 13, líquido incolor de odor desagradável, foi conservado sob
nitrogênio.
Resultados e Discussão 62 ________________________________________________________________________
O composto 13 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
espectrometria no infravermelho.
Comparando-se o espectro no infravermelho de 61 (Figura A.1,
pág.180), com o espectro do composto 13 (Figura A.4, pág.183), nota-se o
desaparecimento da banda de estiramento da ligação C=O de tioéster
indicando a remoção do grupo acetila.
No espectro de RMN de 1H de 13 (Figura A.5, pág.184) a presença de
um tripleto em δ 1,42 de constante de acoplamento 3J= 6,8 Hz confirma a
presença da função tiol, conforme descrito por ITO e colaboradores, 1974.
No espectro de RMN de 13C de 13 (Figura A.6, pág.185) os sinais dos
átomos de carbono correspondentes a S-CH2, Si-CH2 e Si-(CH3)3 foram
atribuídos em δ 24,8, δ 22,3 e δ 0,0 ppm, respectivamente. Pela análise do
subespectro J-Mod (Figura A.7, pág. 186) é possível observar a formação de
um segundo produto minoritário SHCH(Si(CH3)3)CH3 a partir dos sinais: δ 22,6,
δ 20,7 e δ-1,9, correspondentes a -CH, -CH3 e Si(CH3)3, respectivamente. A
formação deste produto secundário acontece devido à possibilidade de
formação de dois produtos na etapa de síntese anterior, a partir da reação
radicalar do ácido tioacético 60 com o viniltrimetilsilano 59 empregando-se
AIBN.
4.1.3.1.2 Síntese do sulfeto sililado 15
Para a síntese de nucleosídeos insaturados, inicialmente, foi efetuada a
síntese do intermediário 15 (Esquema 23).
A primeira etapa da rota de síntese do composto 15 foi à reação da 5-
metiluridina 22, obtida comercialmente, com carbonato de dimetila em DMF
para a obtenção do 2,2’-anidrotimidina 64 com 78% de rendimento (Esquema
23).
Resultados e Discussão 63 ________________________________________________________________________
Esquema 23 Esquema para a síntese do composto 15
A síntese de 64 com o carbonato de dimetila foi proposta após diversas
tentativas de síntese deste composto utilizando-se carbonato de difenila
(HAMPTON et al., 1966). A reação da 5-metiluridina 22 com carbonato de
difenila foi acompanhada por cromatografia em camada delgada, e após
verificar-se o término do material de partida foi realizada a etapa de elaboração
e purificação do produto. Durante a etapa de elaboração, observou-se a
formação de um produto pastoso marrom escuro, que impossibilitava a
obtenção do produto a partir da etapa de recristalização. A formação deste
produto pastoso ocorria devido à produção de fenol no meio reacional. O 2,2’-
anidrotimidina 64 ao ser sintetizado por este método era obtido com rendimento
baixo e variável, entre 17 a 58%.
A reação com o carbonato de dimetila foi realizada sob condições de
temperatura e tempo reacional diferentes das condições descritas para a
síntese do composto 22 com o carbonato de difenila, a 130 ºC, durante 2
horas. Além disso, durante a etapa de elaboração, a adição da mistura
reacional ao éter etílico levou à formação de um precipitado sólido de cor clara,
o que permitia realizar posteriormente, uma filtração. O filtrado obtido pôde ser
purificado facilmente a partir da recristalização em metanol, obtendo-se 64 com
78% de rendimento.
Resultados e Discussão 64 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho de 64 (Figura A.8, pág.187) observa-se
banda correspondente ao estiramento de ligação O-H em 3300-2500 cm-1 e
banda de estiramento de ligação C=O, em 1666 cm-1. Uma banda em 1614 cm-
1 é observada correspondente ao estiramento da ligação C=N.
No espectro de RMN de 1H de 64 (Figura A.9, pág.188) foram
observados os seguintes sinais: em δ 7,80, um dupleto, com constante de
acoplamento igual a 1,2 Hz, referente ao hidrogênio H-6; em δ 6,35, um
dupleto, com constante de acoplamento igual a 6,0 Hz, atribuído ao hidrogênio
H-1’; em δ 5,94, um simpleto, correspondente ao hidrogênio da hidroxila em 3’;
em δ 5,24, um dupleto, com constante de acoplamento igual a 5,6 Hz, atribuído
a H-2’; em δ 5,02, um simpleto, referente ao hidrogênio da hidroxila em 5’. Um
multipleto, em δ 4,44, pode ser observado, referente ao sinal de H-3’; em δ
4,12, um multipleto, atribuído a H-4’; em δ 3,32, um dupleto duplo, referente ao
hidrogênio H-5’a com constante de acoplamento igual a 11,6 e 5,2 Hz; e em δ
3,23, um dupleto duplo, referente a H-5’b com constante de acoplamento igual
a 11,6 e 5,2 Hz; em δ 1,85, um simpleto, com integral de três hidrogênios,
correspondente aos hidrogênios do grupo metila. Essas atribuições são
compatíveis com as correlações observadas no mapa de contorno
homonuclear (COSY) (Figura A.11, pág.190).
A análise do espectro de RMN de 13C (Figura A.10, pág.189), a
observação dos valores de deslocamento químico previsto e as correlações
observadas no mapa de contornos heteronuclear (HMQC) (Figura A.12,
pág.191) de 64, permitiu a atribuição dos seguintes sinais: em δ 171,3, sinal do
carbono carbonílico C-4; em δ 159,9 sinal do carbono 2; em δ 131,8 sinal do
carbono 6; em δ 116,2 o sinal referente ao carbono 5. Os sinais dos carbonos
do açúcar foram atribuídos da seguinte forma: em δ 89,8, δ 88,7, δ 88,1, δ 74,3
e δ 60,4, sinais correspondentes a C-1’,C-4’, C-2’, C-3’ e C-5’, respectivamente.
Resultados e Discussão 65 ________________________________________________________________________
E em δ 13,1, o sinal atribuído ao grupo metila em C-5. A observação no mapa
de contorno heteronuclear (HMBC) (Figura A.13, pág.192) da correlação H-1’ x
C-2’ permitiu atribuir em δ 159,9, o sinal referente ao carbono 2, sendo
confirmado através das correlações H-6 X C-2 e H-2 x C-2. O sinal de carbono
4 foi atribuído em δ 171,3 a partir da correlação 5-CH3 x C-4 e confirmado pela
correlação H-6 x C-4. Dessa forma, o sinal correspondente ao átomo de
carbono 4 encontra-se mais distante do TMS que o sinal correspondente ao
átomo de carbono 2.
Dando continuidade à rota de síntese, o derivado anidro 64, foi
submetido à reação com o 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 em presença de K2CO3 e
DMF para a obtenção do composto 15 (Esquema 23, pág.63), o qual foi obtido
com 88% de rendimento (GERLAND et al., 2007).
No espectro no infravermelho de 15 (Figura A.14, pág.193) observa-se
banda correspondente ao estiramento de ligação C=O, presente na base
timina, em 1681 cm-1. Além disso, uma a banda em 1247 cm-1, e a banda em
839 cm-1 atribuída ao estiramento de ligação Si-CH3, são indicativas da adição
do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio.
No espectro de RMN de 1H de 15 (Figura A.15, pág.194) foi confirmada
a presença do grupamento 2-(trimetilsilil)etiltio pela observação dos seguintes
sinais: em δ 2,60-2,55, um multipleto, referente aos hidrogênios S-CH2; em δ
0,86-0,80, um multipleto, referente ao hidrogênio do Si-CH2; e em δ 0,02, um
simpleto, atribuído aos nove hidrogênios correspondentes ao grupo Si-(CH3)3.
Resultados e Discussão 66 ________________________________________________________________________
No espectro de RMN de 13C de 15 (Figura A.16, pág.195) os sinais dos
átomos de carbono correspondentes a S-CH2, Si-CH2 e Si-(CH3)3 são
observados em δ 28,4, δ 18,0 e δ -1,8, respectivamente. A introdução do grupo
2-(trimetilsilil)etiltio no carbono 2’ da dexorribose é evidenciada pelo menor
deslocamento químico de C-2’ em δ 52,8 quando comparado com anidro, δ
88,1.
4.1.3.1.3 Tentativa de síntese do composto 17
Para a obtenção do nucleosídeo insaturado 17, foi proposta a rota de
síntese, em 4 etapas, a partir de 15 de acordo com o método desenvolvido por
GERLAND e colaboradores, em 2007. A primeira etapa de síntese corresponde
à proteção seletiva da função hidroxila na posição 5’ do nucleosídeo com
cloreto de 4,4’-dimetóxitritila, seguida da ativação da função hidroxila em 3’
com cloreto de mesila. Na terceira etapa a desproteção em meio ácido, e por
fim a eliminação em meio básico, obtendo então o nucleosídeo com a
insaturação em 2’,3’ e com a hidroxila em C-5’ livre 17 (Esquema 24).
Esquema 24 Esquema para a síntese de 17
A primeira etapa de síntese foi realizada reagindo-se o composto 15 com
2,8 equivalentes de cloreto de 4,4’-dimetóxitritila, atmosfera de nitrogênio por
24 horas. A evolução da reação foi acompanhada por cromatografia em
camada delgada (CCD) no sistema de eluente diclorometano: metanol 98:2.
Após 24 horas de reação como o material de partida não havia sido todo
consumido, adicionou- se ao meio reacional mais 1,2 equivalente do reagente.
Resultados e Discussão 67
________________________________________________________________________
Após 48 horas de reação, verificou-se que havia ainda material de partida no
meio reacional. Posteriormente, foram realizadas as etapas de elaboração e
purificação em cromatografia em camada de sílica. O produto foi obtido com
rendimento de 28%.
Foi realizada uma nova tentativa de síntese reagindo-se 15 com cloreto
de 4,4’-dimetóxitritila em piridina anidra, sob banho de gelo, com a adição de
quantidades cataílitcas de DMAP e trietilamina. A reação também foi
acompanhada por CCD e também foi observado que não ocorria o consumo
total do material de partida. Recuperou-se cerca de 50% da massa do material
de partida utilizado.
O composto 68 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
espectrometria no infravermelho.
No espectro no infravermelho de 68 (Figura A.19, pág.198) foi observado
banda de estiramento de C=O em 1688 cm-1 e bandas de estiramento de C=C
em 1607, 1583 e 1541 cm-1 indicando a presença do anel aromático do grupo
dimetóxitritila.
No espectro de RMN de 1H de 68 foi confirmada a presença do
grupamento dimetóxitritila pela observação dos sinais de hidrogênio ligado ao
anel aromático em δ 7,55-6,68, e pela presença do simpleto em δ 3,73
referente aos hidrogênios de O-CH3.
No espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135 de 68 os sinais
dos átomos de carbono correspondentes aos carbonos aromáticos aparecem
em δ 139,7; δ 130,3; δ 129,4; δ 128,5; δ 128,0. O sinal do átomo de carbono
correspondente a –OCH3 é observado em δ 55,1.
Resultados e Discussão 68 ________________________________________________________________________
Tendo em vista a obtenção de 68 com baixo rendimento e diante das
dificuldades encontradas para a síntese deste composto, buscou-se
concentrar-se no desenvolvimento de novas rotas de síntese para a obtenção
dos nucleosídeos insaturados em 2’,3’ e com o grupo 2’-trimetilsililetiltio em
posição 2’ da desoxirribose. Foram propostas três novas rotas de síntese
descritas a seguir.
4.1.3.1.4 Síntese do derivado insaturado 63 a partir da 5-
metiluridina
Uma das estratégias do nosso trabalho foi desenvolver novas rotas de
síntese para a síntese de nucleosídeos com insaturação em 2’,3’ e com o
grupo 2-(trimetilsilil)etiltio substituído em posição 2’.
Assim, na primeira rota de síntese proposta em quatro etapas (Esquema
25), a 5-metiluridina 22 foi submetida à reação com cloreto de mesila em
piridina anidra, sob banho de gelo. O produto 23 foi obtido sob a forma de um
pó branco com rendimento de 91,4%.
Esquema 25 Esquema para a síntese de 63 a partir da 5-metiluridina
Resultados e Discussão 69 ________________________________________________________________________
O composto 23 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
espectrometria no infravermelho.
No espectro no infravermelho de 23 (Figura A.20, pág.199) observa-se
banda correspondente ao estiramento de ligação C=O em 1688 cm-1. Além
disso, bandas fortes em 1352, 1180 e 835 cm-1 são observadas.
No espectro de RMN de 1H de 23 (Figura A.21, pág.200) foi confirmada
a presença do grupo metanosulfonato pela observação do sinal em δ 3,36, um
simpleto, cuja integral é igual a 9.
No espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135 de 23 (Figura
A.22, pág.201) os sinais dos átomos de carbono correspondentes a SO2-CH3
são observados em δ 38,4 e δ 37,3.
Dando continuidade a rota de síntese (Esquema 25), na próxima etapa,
reagiu-se o composto 23 com benzoato de sódio, DMF à 90 ºC. A reação levou
a formação do intermediário 25, com 66 % de rendimento.
Resultados e Discussão 70 ________________________________________________________________________
O composto 25 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
infravermelho.
No espectro no infravermelho de 25 (Figura A.23 pág.202) observa-se
banda correspondente ao estiramento de ligação C=O de éster em 1721 cm-1,
e banda correspondente ao estiramento de ligação C=O de amida em 1668 cm-
1. Além disso, bandas fortes em 1563, 1480, 1347, 1175 e 690 cm-1 são
observadas.
No espectro de RMN de 1H de 25 (Figura A.24, pág.203) foi confirmada
a presença do grupo benzoíla a partir da observação dos sinais de hidrogênios
aromáticos em δ 7,91-7,46. A presença do grupo metanosulfonato foi
confirmada pela atribuição do simpleto em δ 3,45 com integral igual a três.
No espectro de RMN de 13C 25 (Figura A.25, pág.204) o sinal do átomo
de carbono correspondente a SO2-CH3 foi observado em δ 37,6. Os sinais dos
átomos de carbono correspondentes ao grupo benzoíla são observados em δ
133,8, δ 129,4, δ 128,9. A formação do anidro pode ser confirmada pelo
deslocamento químico de C-2’ em δ 82,1.
A terceira etapa da rota de síntese (Esquema 25), consistiu na reação do
composto 25 com 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 e bicarbonato de potássio, para a
formação do nucleosídeo 26. No entanto, nesta etapa, foi isolado diretamente o
nucleosídeo insaturado 63 com 21%. A reação foi acompanha por
cromatografia em camada delgada, e por meio da placa de CCD, foi possível
visualizar a formação de várias manchas. A formação de subprodutos explica o
baixo rendimento da reação.
Resultados e Discussão 71 ________________________________________________________________________
4.1.3.1.5 Síntese do derivado insaturado 63 a partir do
composto 15
Para a obtenção do nucleosídeo com insaturação em 2’,3’ duas novas
rotas de síntese foram propostas a partir do composto 15 (Esquema 26).
Ambas permitiriam a obtenção do nucleosídeo insaturado com a hidroxila em 5’
protegida com o grupo benzoíla 63.
A primeira rota de síntese foi proposta em 3 etapas: primeiramente a
mesilação das hidroxilas em 3’ e 5’ do nucleosídeo 15, seguida da substituição
do grupo metanosulfonato de C-5’, com benzoato de sódio em DMF a 90 ºC, e
posterior eliminação com carbonato de potássio em acetonitrila (DISCORDIA,
1996) (Esquema 26).
Esquema 26 Proposta de síntese para obtenção do composto 63
O composto 16 foi obtido, conforme planejado, com 87% de rendimento.
Resultados e Discussão 72 ________________________________________________________________________
A obtenção do composto 16 foi confirmada a partir da análise das
bandas de absorção no espectro no infravermelho e dos sinais no espectro de
RMN de 1H e 13C. No espectro no infravermelho (Figura A.26, pág.205) não foi
observada banda correspondente ao estiramento de ligação O-H em 3300-
2500 cm-1. Além disso, bandas de estiramento S=O assimétrico ocorrem em
1353 cm-1 e estiramento simétrico em 1170 cm-1. No espectro de RMN de 1H
(Figura A.28, pág.206) observam- se dois simpletos em δ 3,17 e δ 3,11
correspondentes aos seis hidrogênios dos dois grupos metanosulfonato. No
espectro de 13C (Figura A.29, pág.207), os sinais correspondentes ao grupo
metila dos dois grupos metanosulfonato presentes são observados em δ 38,6 e
δ 37,9.
O espectro de massa de 16 (Figura A.27, pág.205), confirma a estrutura
esperada com a detecção do íon [M+H]+ a m/z=531 (M=530).
Na realização da próxima etapa, a reação do nucleosídeo 16 com
benzoato de sódio, conduziu à formação direta do nucleosídeo insaturado em
2’,3’ 63. Dessa forma, pode-se chegar ao nucleosídeo insaturado planejado, a
partir do intermediário 15 em duas etapas (Esquema 27).
Esquema 27 Esquema para a síntese de 63 a partir de 15
Resultados e Discussão 73 ________________________________________________________________________
Na reação do composto 16 com benzoato de sódio para formação de 63,
propõe- se a reação de substituição no carbono 5’, com a substituição do grupo
metanosulfonato em C-5’, e a eliminação trans em meio alcalino por ação da
base benzoato de sódio abstraindo o próton H-2’, tendo o grupo mesilato em C-
3’ como grupo abandonador (Esquema 28).
Esquema 28 Proposta de eliminação trans para formação do composto 63
A obtenção do composto 63 foi confirmada pela análise de seus
espectros no infravermelho e de RMN de 1H e de 13C (Figuras A.36 e A.37,
pág.212 e 213). No espectro no infravermelho do composto 63 (Figura A.34,
pág.211) observa-se banda correspondente ao estiramento da ligação C=O, de
éster do grupo benzoíla, em 1722 cm-1. Além disso, observa-se uma banda
forte em 708 cm-1 indicando a presença de anel aromático monossubstituído.
No espectro de RMN de 1H (Figura A.36, pág.212), foi observado um dupleto
duplo em δ 8,00 com constante de acoplamento igual a 1,2 Hz e 8,4 Hz
referente aos hidrogênios H-a e H-a’ do anel aromático do grupo benzoíla, um
multipleto em δ 7,58 referente a H-c, e em δ 7,44 um tripleto com constante de
acoplamento igual a 7,6 Hz referente aos hidrogênios H-b e H-b’, confirmando
a presença do grupo benzoíla em C-5’.
Resultados e Discussão 74 ________________________________________________________________________
Também foi observado que os hidrogênios em C-5’ encontram-se mais
desblindado quando comparado com H-5’ da estrutura 15 (Tabela 2). A
presença do grupo benzoíla em C-5’ exerce efeito retirador de elétrons por
ressonância, tornando H-5’ mais desblindado e, portanto, os sinais do
hidrogênio metilênicos encontram-se mais afastados do TMS. Um dupleto
duplo referente a H-1’ em δ 6,92 com constante de acoplamento iguais a 1,6 e
3,6 Hz é observado, e um tripleto atribuído a H-3’ em δ 5,80 cuja constante é
igual a 1,6 Hz. Ambos os hidrogênios estão mais desblindados que os
hidrogênios H-1’ e H-3’ da estrutura 15, confirmando a presença da ligação
dupla (Tabela 2). A observação direta de uma mancha de correlação entre H-3’
x H-4’ no mapa de contorno homonuclear (COSY) (Figura A.38, pág.214)
permitiu a atribuição do sinal de H-3’, confirmando o deslocamento químico do
sinal de H-3’ para uma região mais longe do TMS.
H-1’ δ 5,47,d δ 6,92, dd
H-3’ δ 4,23, dd δ 5,80, t
H-5’a δ 3,95, dd δ 4,57, dd
H-5’b δ 3,81, dd δ 4,51, dd
C-2’ δ 52,8 δ 136,8
C-3’ δ 71,5 δ 121,6
Tabela 2 Comparação entre os deslocamentos químicos de H-1’, H-3’, H-5’, C-2’ e C-3’
das substâncias 15 e 63
Resultados e Discussão 75 ________________________________________________________________________
No espectro de RMN de 13C 63 (Figura A.37, pág.213) os sinais em δ
133,5, δ 129,6, δ 129,5, δ 128,6 foram atribuídos aos carbonos do anel
aromático do grupo benzoíla. A observação direta de uma mancha de
correlação entre H-5’ x CO no mapa de contorno heteronuclear (HMBC)
confirma a presença do grupo benzoíla em C-5’ (Figura A.40, pág.216). A
observação direta de uma mancha de correlação entre H-3’ x C-3’ no mapa de
contorno heteronuclear (HMQC) permitiu a atribuição do sinal de C-3’ em δ
121,6 (Figura A.39, pág.215) e a observação da correlação H-5’ x C-3’ no mapa
HMBC confirma esta atribuição. O mapa de contorno heteronuclear (HMQC)
também permitiu a confirmação dos sinais de C-1’ e C-6 em δ 89,7 e δ 135,0,
respectivamente. A presença da ligação dupla foi evidenciada pelos
deslocamentos químicos dos carbonos 2’ e 3’ para uma região mais afastada
do TMS, em δ 136,8 e δ 121,6, enquanto os deslocamentos químicos dos
carbonos 2’ e 3’ do composto 15 foram δ 52,8 e δ 71,5 (Tabela 2).
O espectro de massa de 63 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon [M+H]+ a m/z=461 (M=460) (Figura A.35, pág.211).
Dando continuidade, para obtenção do composto 63, também foi
realizada a segunda rota de síntese em duas etapas, a partir de 15.
Inicialmente, reagiu-se o nucleosídeo 15 com anidrido benzóico em piridina a
60 ºC, obtendo-se 65 com rendimento de 72% após purificação por
cromatografia em coluna de sílica (Esquema 29).
Esquema 29 Esquema para a síntese do composto 63
Resultados e Discussão 76 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho de 65 (Figura A.30, pág.208) foi observada
banda em 1715 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O de carbonila do
grupo benzoíla, e em 1683 cm-1, observa-se banda de estiramento de ligação
C=O da base timina.
A introdução do grupo benzoíla em C-3’ e C-5’ foi confirmada pela
observação, no espectro de RMN 1H de 65 (Figura A.32, pág.209), de um
multipleto em δ 8,10-7,46, cuja integral de 10 hidrogênios reforça a introdução
de dois anéis aromáticos. Além disso, pela análise do espectro de RMN 13C de
65 (Figura A.33, pág.210) os sinais dois carbonos aromáticos encontram-se em
δ 134,0-128,6.
O espectro de massa de 65 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon molecular [M+H]+ a m/z=583 (M=582) (Figura A.31, pág.208).
Na segunda etapa (Esquema 29), reagiu-se 65 com carbonato de
potássio em DMF a 120 ºC, obtendo-se 63 com 62% de rendimento.
Os espectros de RMN 1H obtidos para o composto 63 a partir das duas
rotas de síntese realizadas a partir do composto 15 são mostrados a seguir
(Figura 11 e 12).
A partir da realização do experimento J-Mod para o composto 63, foi
possível confirmar o sinal referente ao carbono não hidrogenado do anel
aromático do grupo benzoíla em δ 129,5 (Figura 13).
Resultados e Discussão 77 ________________________________________________________________________
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
0.0
21
0.8
87
0.8
96
0.9
06
0.9
15
1.5
67
2.8
08
2.8
10
2.8
22
2.8
35
2.8
38
4.4
72
4.4
80
4.5
03
4.5
11
4.5
52
4.5
63
4.5
83
4.5
93
5.1
42
5.1
45
5.1
49
5.1
51
5.7
95
5.7
99
5.8
03
6.9
17
6.9
21
6.9
26
6.9
30
6.9
52
6.9
55
7.4
19
7.4
37
7.4
57
7.5
53
7.5
56
7.5
59
7.5
71
7.5
75
7.5
79
7.5
90
7.5
93
7.5
97
7.9
97
8.0
00
8.0
05
8.0
18
8.0
20
8.0
21
8.0
25
9.1
98
8.3
05
2.1
75
3.1
84
2.1
57
2.0
54
0.9
70
0.9
56
1.2
10
0.3
78
2.2
32
1.1
26
2.1
59
1.0
06
O
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6
S
Si8
Oa
a'
b
b'c
Figura 11 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a partir do
composto 66
-111 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
0.02
0.87
0.89
0.89
0.91
0.91
0.93
1.57
1.57
2.79
2.81
2.81
2.82
2.84
2.84
2.85
4.47
4.48
4.51
4.51
4.55
4.57
4.59
4.60
5.14
5.14
5.15
5.15
5.80
6.93
6.93
6.94
6.94
6.95
6.96
7.26
7.42
7.43
7.45
7.45
7.55
7.55
7.56
7.57
7.57
7.59
8.00
8.00
8.02
8.02
8.02
9.49
9.28
2.34
3.07
1.98
2.08
1.03
1.00
2.02
2.20
1.05
2.09
0.99
OO
NH
N
O
O
O
S
Si
1'
2'3'
4'
5' 6
5
4
2
Figura 12 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) do composto 63 obtido a partir do
composto 65
6.957.007.057.107.157.207.257.307.357.407.457.507.557.607.657.707.757.807.857.907.958.008.05 ppm
6.917
6.921
6.926
6.930
6.952
6.955
7.419
7.437
7.457
7.553
7.556
7.559
7.571
7.575
7.579
7.590
7.593
7.597
7.997
8.000
8.005
8.018
8.020
8.021
8.025
1.210
0.378
2.232
1.126
2.159
4.54.64.74.84.95.05.15.25.35.45.55.65.75.8 ppm
4.472
4.480
4.503
4.511
4.552
4.563
4.583
4.593
5.142
5.145
5.149
5.151
5.795
5.799
5.803
2.054
0.970
0.956
Resultados e Discussão 78 ________________________________________________________________________
190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
-2.0
12
12
.32
3
16
.09
5
28
.41
8
65
.41
4
84
.15
3
89
.68
6
11
1.5
13
11
1.6
49
12
0.9
67
12
1.6
26
12
3.1
78
12
6.7
98
12
8.3
68
12
8.5
75
12
9.4
61
12
9.5
53
16
6.2
27
125130135 ppm
Figura 13 Espectro de RMN 13C de 63 usando a técnica J-Mod.
Uma vez obtido o composto 63, foi realizada a hidrólise do grupo
benzoíla em C-5’ com KOH e metanol. O produto 17 foi obtido com 86% de
rendimento (Esquema 30).
Dessa forma, pôde-se obter o nucleosídeo insaturado em 2’,3’,
desprotegido em C-5’ por um novo método de síntese em 3 etapas a partir do
composto 15.
Esquema 30 Esquema para a síntese de 17 a partir da hidrólise de 63
O
BzO
HN
N
O
O
CH3
S
Si
Resultados e Discussão 79 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho de 17 (Figura A.41, pág.217) foi observada
banda em 1683 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O da base timina,
bandas em 3300 a 2500 cm-1 referente ao estiramento da ligação O-H estão
presentes.
A remoção do grupo benzoíla de C-5’ foi confirmada pela observação, no
espectro de RMN 1H de 17 (Figura A.43, pág.218), por não apresentar sinais
de hidrogênios aromáticos entre δ 8,00-7,00. Além disso, no espectro de RMN
13C de 17 não é observado sinais de carbonos aromáticos (Figura A.43,
pág.218), conforme apresentado no espectro de RMN 13C para o composto 63
(Figura A.37, pág.213).
O espectro de massa de 17 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon molecular [M+K]+ a m/z= 395 (M=356) (Figura A.42, pág.218).
4.1.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo metiltio
em posição 2’
A síntese do composto 72 e intermediários 70 e 71 foi proposta a fim de
avaliar e comparar a importância, para a atividade biológica, do grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio presente nos nucleosídeos sintetizados.
Uma vez obtido os nucleosídeos insaturados 17 e 63 substituídos na
posição 2’ da desoxirribose pelo grupo 2-(trimetilsilil)etiltio a partir do
nucleosídeo 15 (Esquema 21, pág. 58), foi proposta também a síntese do
composto 72 pelos mesmos métodos de síntese utilizados para a obtenção de
63. Das rotas de síntese realizadas, optou-se por realizar inicialmente a síntese
de 72 a partir do composto dimesilado 71, uma vez que este era obtido de
forma direta sem purificação por cromatografia em coluna de sílica, para
posteriormente ser utilizado na reação com benzoato de sódio em DMF
(Esquema 31).
Resultados e Discussão 80 ________________________________________________________________________
Esquema 31 Esquema para a síntese de 72
Para a síntese de 70, foi realizada a reação do derivado anidro 64 com
tiometóxido de sódio em DMF à 120 ºC, obtendo-se 70 com 60% de
rendimento após purificação por cromatografia em coluna de sílica (Esquema
32).
Esquema 32 Esquema para a síntese de 70
O composto 70 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e infravermelho.
Resultados e Discussão 81 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho de 70 (Figura A.44, pág.219) foram
observadas bandas em 1701 e 1655 cm-1 referente ao estiramento de ligação
C=O, e em 1267 cm-1 observa-se banda de estiramento de ligação S-C.
No espectro de RMN de 1H de 70 (Figura A.46, pág.220) foi confirmada
a presença do grupo metiltio através do simpleto em δ 2,25 cuja integral é igual
a 3 hidrogênios.
No espectro de RMN de 13C 70 (Figura A.47, pág.221) o sinal do átomo
de carbono correspondente a S-CH3 foi observado em δ 15,9.
O espectro de massa de 70 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon molecular [M+H]+ a m/z= 298 (M=288) (Figura A.45, pág.219).
Após obtenção de 70, foi realizada a mesilação das duas hidroxilas em
3’ e 5’, obtendo-se 71 com rendimento de 70% (Esquema 31).
.
O composto 71 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
espectrometria no infravermelho. No espectro no infravermelho de 71 (Figura
A.50, pág.224) não foi observada banda correspondente ao estiramento de
ligação O-H em 3300-2500 cm-1. Além disso, bandas de estiramento S=O
assimétrico ocorrem em 1353 cm-1 e estiramento simétrico em 1167 cm-1. O
espectro de massa de 70 confirma a estrutura esperada com a detecção do íon
molecular [M+H]+ a m/z= 445 (M=444) (Figura A.51, pág.224).No espectro de
RMN 13C de 71 (Figura A.52, pág.225) os sinais correspondentes ao grupo
metanosulfonato são evidenciados em 38,8 e 37,8 ppm.
Resultados e Discussão 82 ________________________________________________________________________
Dando continuidade a rota de síntese para a obtenção de 72 (Esquema
31), reagiu-se o composto 71, com benzoato de sódio em DMF a 90 ºC,
obtendo-se o nucleosídeo insaturado com 52% de rendimento.
O composto 72 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
infravermelho.
No espectro no infravermelho de 72 (Figura A.53, pág.226) observa-se
banda correspondente ao estiramento de C=O em 1683 cm-1, e em 1601 cm-1 e
1583 cm-1 bandas correspondentes ao estiramento de C=C são observadas
indicando a presença do grupo benzoíla em C-5’. Além disso, bandas de
estiramento S-C assimétrico ocorrem em 1265 cm-1. No espectro de RMN de
1H observa-se multipleto em δ 8,1- δ 7,0 correspondentes aos cinco
hidrogênios do anel aromático do grupo benzoíla. No subespectro de DEPT
a35 de RMN de 13C observa-se o sinal correspondentes ao átomo de carbono
C-3’ mais afastados do TMS, em δ 114,8, enquanto que para o composto
saturado 70, por exemplo, o sinal se encontra em δ 80,8. O espectro de
massa de 72 confirma a estrutura esperada com a detecção do íon molecular
[M+Na]+ a m/z= 397 (M=374) (Figura A.55, pág.226).
Dando continuidade à síntese, uma vez obtido o composto 72, foi
efetuada a hidrólise do éster benzoato em C-5’ com KOH e metanol. O produto
73 foi obtido com 84% de rendimento (Esquema 33).
Resultados e Discussão 83 ________________________________________________________________________
Esquema 33 Esquema para a síntese de 73 a partir da hidrólise de 72
No espectro no infravermelho de 73 (Figura A.55, pág.227) foi observada
banda em 1683 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O da base timina,
bandas em 3300 a 2500 cm-1 referente ao estiramento da ligação O-H estão
presentes.
A remoção do grupo benzoíla de C-5’ foi confirmada pela observação
nos espectros de RMN 1H e RMN 13C de 73 (Figura A.56, pág.227) da ausência
sinais correspondentes a hidrogênios aromáticos..
O espectro de massa de 73 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon molecular [M+K]+ a m/z= 293 (M=270) (Figura A.55, pág.227).
Conclusão 84 ________________________________________________________________________
4.1.4 Conclusão
Neste capítulo foi descrita a síntese do nucleosídeo insaturado 2’,3’-
didesoxi-2’-(2’’-(trimetilsilil)etiltio)timidina 17, intermediário chave para a síntese
de tionucleosídeos com potencial antiviral e antiproliferativo (dissulfetos, tióis,
sulfetos, tiocianatos).
Dois novos e eficientes métodos de síntese para o nucleosídeo 17 foram
desenvolvidos. Na primeira rota de síntese, via formação do dimesilato o
rendimento total para 3 etapas a partir do composto 15 foi de 48%, enquanto
para a segunda rota de síntese foi 38%. Apesar, das rotas de síntese
desenvolvidas neste trabalho terem tido rendimento menor que no método
descrito por GERLAND e colaboradores, 2007, elas são realizadas em 1 etapa
a menos e facilmente reprodutíveis, usam reagentes baratos e estáveis (cloreto
de metanosulfonila e anidrido benzóico) quando comparado com reagente
cloreto de 4,4-’dimetóxitritila que é mais caro e menos estável.
Além disso, os novos métodos de síntese do nucleosídeo 17 descritos
conduzem a formação do nucleosídeo insaturado 63 contendo o grupo benzoíla
como grupo protetor em posição 5’.
Os métodos de síntese desenvolvidos também são referências para a
síntese de outros nucleosídeos insaturados substituídos em posição 2’, como
por exemplo, a síntese do nucleosídeo insaturado substituído em posição 2’
pelo grupo metiltio 73.
Em conclusão, os nucleosídeos insaturados 17 e 73 obtidos a partir dos
novos métodos de síntese desenvolvidos podem ser aplicados para a síntese
de novos tionucleosídeos e a avaliação biológica dessas moléculas,
comparando-se a importância dos grupos TMSE e metiltio para atividade
antiproliferativa e antivral.
Conclusão 85 ________________________________________________________________________
Neste capítulo, também foi abordada a síntese do 2-anidrotimidina 64.
Foi desenvolvido um novo método de síntese para este composto usando
carbonato de dimetila no lugar de carbonato de difenila. O novo método, além
de permitir a obtenção de 64 com rendimento de 78%, trouxe a simplificação na
purificação deste produto por recristalização em metanol.
CAPÍTULO 2
Síntese de nucleosídeos insaturados em 2’,
3’ com substituinte alquilsulfeto em posição
3’
Objetivos 87 ________________________________________________________________________
4.2.1 Apresentação
Neste capítulo, objetiva-se a síntese de novos nucleosídeos antivirais
com os grupos 2-(trimetilsilil)etiltio e metiltio em posição 3’ do nucleosídeo.
Propõe-se o desenvolvimento da síntese para a obtenção do nucleosídeo
insaturado em posição 2’,3’ substituído em C-3’ e com a hidroxila em C-5’ livre.
Plano de Síntese 88 ________________________________________________________________________
4.2.2 Plano de Síntese
Neste capítulo propõe-se o desenvolvimento de rotas de síntese para a
obtenção de nucleosídeos insaturados em 2’,3’ com o grupo 2’-trimetilsililetiltio
em posição 3’, bem como a síntese do nucleosídeo substituído com o grupo 3’-
metiltio.
Para a obtenção dos nucleosídeos insaturados, foram propostas seis
rotas de síntese a partir do composto 74 (Esquema 34). Primeiramente, para a
síntese do composto 74, o 2’-anidridotimidina 64 seria submetido a reação com
2-(trimetilsilil)etanotiol 13 na presença de um excesso de NaH para a formação
de um epóxido intermediário que, em seguida, seria aberto pelo 2-
(trimetilsilil)etanotiol 13, introduzido seletivamente em posição 3’.
A partir do composto 74, foram planejadas duas rotas de síntese que
poderiam conduzir diretamente à formação do nucleosídeo insaturado 75 com
a hidroxila 5’ livre em uma etapa (Esquema 34). As duas rotas sintéticas seriam
realizadas pela reação direta do nucleosídeo 74 com carbonato de difenila ou
carbonildiimidazol em meio alcalino.
As duas rotas seguintes foram propostas a partir da obtenção do
composto 76 (Esquema 34). Para a síntese do nucleosídeo 76, o composto 74
seria submetido à reação com cloreto de terc-butildifenilsilila, a fim de proteger
a hidroxila 5’. Em seguida seria realizada a reação de eliminação com
carbonato de difenila em presença de bicarbonato de sódio para a obtenção do
nucleosídeo 78. Também foi planejada a proteção da hidroxila de 2’ a partir da
reação do composto 76 com anidrido benzóico para a obtenção do
nucleosídeo 77 e posterior eliminação em meio alcalino, para a síntese de 78.
A quinta rota de síntese, foi proposta a partir de mesilação das hidroxilas
3’ e 5’ do composto 74, seguida da reação de eliminação com benzoato de
sódio para a obtenção de 81.
Por fim, a sexta rota de síntese, foi proposta a partir da benzoilação das
hidroxilas 3’ e 5’, por meio da reação do composto 74 com anidrido benzóico,
seguida da reação de eliminação em meio alcalino, a fim de conduzir à
formação do nucleosídeo 81.
Plano de Síntese 89 ________________________________________________________________________
Esquema 34 Esquema para a síntese do nucleosídeo 75 e derivados
A síntese do nucleosídeo insaturado em 2’,3’ com o grupo metiltio em
posição 3’ 82 também foi planejada .
Plano de Síntese 90 ________________________________________________________________________
Para a obtenção de 82, uma das rotas de síntese planejada para a
obtenção do composto 75 seria adaptada.
Resultados e Discussão 91 ________________________________________________________________________
4.2.3 Resultados e Discussão
4.2.3.1 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio em posição 3’
4.2.3.1.1 Síntese do derivado 74
Para a síntese dos nucleosídeos insaturados com o grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio em posição 3’, inicialmente, foi planejada a síntese do
composto 74 (Esquema 35).
Esquema 35 Esquema para a síntese de 74
Para a síntese de 74, o 2,2’-anidrotimidina 64 foi colocado com excesso
de NaH para formar o epóxido intermediário 83 que foi, em seguida, aberto
pelo 2-(trimetilsilil)etanotiol 13 (GERLAND et al., 2006) (Esquema 35). O
derivado 74 foi obtido com o rendimento de 79%.
Resultados e Discussão 92 ________________________________________________________________________
No espectro no IV do composto 74 (Figura A.57, pág.228) foi observada
banda de estiramento da ligação C=O da base timina em 1682 cm-1. Além
disso, observa-se uma banda em 1247 cm-1 referente à ligação S-C, e em 839
cm-1 banda de estiramento de ligação Si-CH3, indicando a ocorrência da
introdução do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio no composto 64.
Pela análise do espectro de RMN 1H (Figura A.59, pág.229) a estrutura
do derivado 74 foi confirmada pela presença dos sinais característicos do
grupamento (trimetilsili)etiltio: em δ 2,66, um multipleto referente aos dois
hidrogênios de S-CH2 ; em δ 0,84, um multipleto atribuído aos dois hidrogênios
de Si-CH2; e em δ -0,02, um simpleto, de integral de nove hidrogênios,
referente aos hidrogênios do grupo Si(CH3)3. A observação direta de uma
mancha de correlação entre H-1’ x H-2’ no mapa de correlação homonuclear
(COSY) (Figura A.61, pág.231) permitiu a atribuição do sinal de H-2’ em δ 4,35.
O deslocamento químico do próton em posição 3’ foi observado em 3,42 ppm.
Em comparação, o deslocamento químico do hidrogênio 3’ do composto 15
substituído em 2’ ocorre em uma região mais distante do TMS, em 4,23 ppm
(Tabela 3). O deslocamento químico de H-3’ de 74 para uma região mais
próxima do TMS ocorre porque o átomo de enxofre exerce um efeito
desblindante mais fraco que o átomo de oxigênio, confirmando, portanto a
introdução do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio em posição 3’ (Tabela 3).
H-1’ H-2’ H-3’ H-4’ C-1’ C-2’ C-3’ C-4’
5,76
4,35
3,42
4,35
91,0
80,8
50,4
81,6
5,47
3,88
4,23
4,00
93,1
52,8
71,4
86,6
Tabela 3 Comparação entre os deslocamentos químicos de H-1’ a H-4’ e C-1’ a C-
4’ de 15 e 74
Resultados e Discussão 93 ________________________________________________________________________
A análise do espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135
(Figura A.60, pág.230) de 74 permitiu a atribuição dos carbonos 2’ e 3’ em δ
80,8 e δ 50,4, respectivamente (Tabela 3).
O espectro de massa de 74 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon molecular [M+H]+ a m/z= 375 (M=374) (Figura A.58, pág.228).
4.2.3.1.2 Síntese dos derivados insaturados
Para a obtenção dos compostos insaturados o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio
em posição 3’, foram propostas seis rotas de síntese a partir do nucleosídeo
saturado 74.
A partir do composto 74, das seis rotas de síntese propostas, foram
planejadas duas rotas de síntese que poderiam conduzir diretamente à
formação do nucleosídeo insaturado com a hidroxila 5’ livre 75 (Esquema 36).
As duas rotas sintéticas seriam realizadas através da reação direta do
nucleosídeo 74 com carbonato de difenila ou carbonildiimidazol em meio
alcalino.
Esquema 36 Esquema proposto para a obtenção do derivado insaturado substiuído em
posição 3’ 75
Inicialmente, na reação para a obtenção de 75, foram utilizados seis
equivalentes de carbonato de difenila em DMF, na presença de bicarbonato de
sódio, a fim de obter o nucleosídeo insaturado 75, como mostrado no esquema
36. No entanto, após purificação, o nucleosídeo 84 protegido em C-5’ foi obtido
com rendimento de 86% (Esquema 37).
Resultados e Discussão 94 ________________________________________________________________________
Esquema 37 Esquema para a síntese de 84 e 75
No espectro de RMN 1H de 84 (Figura A.64, pág.233) para a estrutura
do derivado 84 a introdução de um anel aromático pode ser confirmada pela
presença de um multipleto em δ 7,57-7,10 cuja integral é de cinco hidrogênios
correspondentes aos hidrogênios aromáticos. O deslocamento característico
dos hidrogênios em posição 5’ foi observado em forma de dois dupletos em δ
4,49 e δ 4,48 com constantes de acoplamento igual a 2,4 Hz. Por comparação,
o sinal do hidrogênio em 5’ do nucleosídeo 74, foi observado em δ 3,77 (Tabela
4). Também foram observados os sinais referentes aos hidrogênios de H-1’ em
δ 7,10 e o hidrogênio H-2’ em δ 5,35, mais distante do TMS quando comparado
aos hidrogênios H-1’ e H-2’ da estrutura 74, confirmando a presença da ligação
dupla. A observação direta de uma mancha de correlação entre H-2’ x H-1’ no
mapa de contorno homonuclear (COSY) permitiu a atribuição do sinal de H-2’,
confirmando a presença do grupamento 2-(trimetilsilil)etilto em posição 3’
(Figura A.66, pág.235).
Resultados e Discussão 95 ________________________________________________________________________
No espectro de RMN de 13C e no experimento J-Mod (Figura A.65,
pág.234) de 84 os sinais de ressonância em δ 143,4, δ 129,6, δ 127,0, δ 120,8
foram atribuídos aos carbonos hidrogenados do anel aromático. A observação
direta de uma mancha de correlação entre H-2’ x C-2’ no mapa de contorno
heteronuclear (HMQC) permitiu confirmar o deslocamento químico do carbono
C-2’ em δ 115,1 (Figura A.67, pág.236). Além disso, o experimento J-Mod
confirma o carbono C-2’ em δ 115,1 como sendo carbono hidrogenado. A
presença do carbono do grupo carbonato foi confirmada em δ 153,2, como
previsto (Tabela 4).
O espectro de massa de 84 (Figura A.63, pág.232) confirma a estrutura
esperada com a detecção do íon [M + Na]+ a m/z=499 (M=476).
H-5’ OO
O
3,77
-
4,49
153,2
O
ONH
N
O
O
SSi
O
O
O
SSi
NH
N
O
O
12
4,41
154,0
Tabela 4 Comparação dos deslocamentos químicos de H-5’, -COOO- para os compostos
74, 75 e 12.
OO
NH
N
O
O
O
H3CO
S
Si
Resultados e Discussão 96 ________________________________________________________________________
Foi realizada uma tentativa de purificação do composto 84 por
recristalização em metanol (Esquema 38). Os cristais obtidos na recristalização
também foram caracterizados por RMN de 1H e 13C. A análise do espectro de
RMN de 1H permitiu fazer a atribuição de um simpleto em δ 3,8 com integral de
três hidrogênios (Figura 14). Além disso, os sinais dos hidrogênios aromáticos
observados no espectro de RMN de 1H para o composto 84 (Figura A.64,
pág.233), não foram observados no espectro do produto obtido após a
recristalização em metanol (Figura 14). No espectro de RMN 13C, observou-se
um sinal em δ 55,2. A caracterização por RMN de 1H e 13C permitiu concluir a
formação de um novo produto protegido em C’ 5, o produto 85 (Esquema 38).
Esquema 38 Composto obtido a partir da recristalização em metanol do composto 84
-111 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
0.0
2
0.9
20
.92
0.9
40
.96
0.9
61
.87
1.8
72
.85
2.8
72
.88
2.8
82
.89
2.9
02
.91
3.7
54
.29
4.2
94
.32
4.3
34
.35
4.3
5
4.8
34
.84
4.8
44
.85
5.2
75
.28
5.2
8
7.0
27
.02
7.0
37
.03
7.2
6
7.4
47
.45
9.6
5
9.7
7
2.0
2
3.3
2
2.0
3
3.0
2
1.9
7
1.0
0
0.9
3
0.9
9
0.9
8
0.9
9
190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.5
8
12.3
8
16.2
4
29.2
2
55.1
9
66.7
7
84.6
4
89.4
9
111.
31
115.
49
136.
63
143.
38
151.
42
155.
42
164.
49
Figura 14 Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) e RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) do
composto obtido após recristalização do derivado 84
Resultados e Discussão 97 ________________________________________________________________________
Uma vez obtido o composto 84, a partir da reação do composto 74 com
6 equivalentes de carbonato de difenila, foi realizado a mesma reação porém
com 1,5 equivalentede carbonato de difenila. Sendo assim, ao utilizar menor
quantidade de reagente, este poderia estar em quantidades suficientes para
reagir com uma das hidroxilas presentes na molécula, como por exemplo, a
hidroxila em C-2’, para então ser eliminado o grupo carbonato de fenila via
formação do anel em C-2’ e meio básico, e posterior eliminação com abstração
do próton em C-3’, abertura do anidro e formação do produto eliminado em
2’,3’, como é mostrado no esquema 36 da página 93. Por esta condição foi
obtido o composto 84 com 63% de rendimento e o composto desprotegido em
C-5’ 75 com 5% de rendimento (Esquema 37, pág.94).
Por esta reação também foi possível obter o produto 86 protegido em C-
2’ e C-5’ pelo grupo carbonato de fenila . A formação preferencial de 86 ocorre
quando o tempo reacional é inferior ao tempo de reação estabelecido para a
obtenção do produto insaturado 84. O produto 86 foi obtido por purificação em
cromatografia em coluna de sílica e caracterizado por RMN 1H, 13C e
espectrometria no infravermelho.
No espectro no infravermelho do composto 86 (Figura A.68, pág.237)
observa-se banda em 1764 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O do
carbonato.
Na análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.69, pág.238) do derivado 86
foram observados os sinais referentes aos hidrogênios aromáticos em forma de
multipleto em δ 7,66- 7,18 cuja integral é igual a 10. No espectro de RMN de
13C (Figura A.70, pág.239) observa-se o deslocamento químico do carbono do
grupo carbonato em δ 153,0 e 152,5 confirmando a presença dos grupos
carbonatos na molécula.
Resultados e Discussão 98 ________________________________________________________________________
Uma vez obtido o composto 84, e de modo a obter o derivado insaturado
correspondente, não protegido em C-5’, foi realizada a hidrólise de 84 com
KOH em metanol. Após reação, o produto foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica, obtendo-se o composto 75 com 84% de rendimento.
No espectro no infravermelho do composto 75 (Figura A.97, pág.263)
observa-se banda em 1682 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O da
base timina. Além disso, observa-se banda de estiramento C=C em 1611 cm-1.
Bandas de estiramento de grupo hidroxila são observadas entre 3500- 3100
cm-1 indicando a remoção do grupo carbonato de fenila em C-5’.
Na análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.99, pág.264) do
derivado 86 não são observados sinais referentes a hidrogênios aromáticos,
conforme esperado. No espectro de RMN de 13C de 75 (Figura A.100, pág.265)
também não foi observado sinais de carbono aromático, confirmando, portanto,
a hidrólise em C-5’ de 84.
O espectro de massa de 75 (Figura A.98, pág.263) confirma a estrutura
esperada com a detecção do íon [M + Na]+ a m/z= 379 (M=356).
Dando continuidade à síntese do nucleosídeo insaturado substituído em
posição 3’, a outra abordagem consistiu em reagir o composto 74 com
carbonildiimidazol em DMF a 90 ºC (Esquema 39).
A reação conduziu à formação do dímero 87 com rendimento de 65%. A
formação do dímero pode ser proposta através de uma eliminação trans de
acordo com o esquema 39. A eliminação cis intramolecular também poderia ser
proposta com a participação do grupo carbonila com o próton 3’ (MATSUDA et
al., 1991).
Resultados e Discussão 99 ________________________________________________________________________
Esquema 39 Esquema proposto para a formação do composto 87
Resultados e Discussão 100 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho do composto 87 (Figura A.71, pág.240)
observa-se banda em 1739 cm-1 referente ao estiramento de ligação C=O do
carbonato. Em 1605 cm-1, bandas de estiramento de C=C, indicando a
formação da ligação dupla proposta para C-2’,3’.
Na análise do espectro de RMN de 1H (Figura A.73, pág.241) do
derivado 87 foram observados os sinais referentes aos hidrogênios de H-1’ em
δ 7,0 e ao hidrogênio H-2’ em δ 5,31, mais distantes do TMS quando
comparados aos hidrogênios H-1’ e H-2’ de 74. A observação direta de uma
mancha de correlação entre H-2’ x H-1’ no mapa de contorno homonuclear
(COSY) permitiu a atribuição do sinal de H-2’ (Figura A.75, pág.243). O
deslocamento químico característico dos hidrogênios em posição 5’ do
derivado 74 foi observado em δ 3,77. Por comparação, o sinal referente aos
hidrogênios em C-5’ do nucleosídeo 87, foi observado em δ 4,45 e δ 4,29,
semelhante ao deslocamento químico de H’-5 do composto insaturado 84
(Tabela 4, pág.95).
No espectro de RMN de 13C e no experimento J-Mod de 87 (Figura A.74,
pág.242) observa-se o deslocamento químico do carbono do grupo carbonato δ
154,4, como previsto (Tabela 4, pág.95). A observação direta de uma mancha
de correlação entre H-2’ x C-2’ no mapa de contornos heteronuclear (HMQC)
permitiu confirmar o deslocamento químico do carbono C-2’ em δ 115,1 (Figura
A.76, pág.244). Além disso, o experimento J-Mod confirma o carbono C-2’ em δ
115,1 como sendo carbono hidrogenado, mais distante do TMS.
Para confirmação da estrutura do composto obtido foi importante a
utilização da espectrometria de massa de alta resolução com ionização por
eletrospray (HRMS-ESI) em modo positivo (Figura A.72, pág.240). Este
experimento mostrou a presença de um pico de massa sobre carga (m/z) para
o íon [M+Na]+: 761,2129 que está bem próximo da massa exta teórica [M+Na]+:
761,2142, erro: -1,70 ppm, o que confirmou a estrutura proposta para 87.
Resultados e Discussão 101 ________________________________________________________________________
Para a síntese do composto 76 (Esquema 40), o nucleosídeo 74 foi
submetido à reação de proteção da hidroxila em posição 5’ com o cloreto de
terc-butildifenilsilila. A reação de proteção ocorre em aproximadamente 48
horas e o produto 76 foi isolado com 72 % de rendimento.
Esquema 40 Esquema para a síntese de 78.
No espectro no infravermelho de 76 (Figura A.77, pág.245) observam-se
bandas de harmônicas entre 2000-1600 cm-1, uma banda forte em 698 cm-1
atribuída à presença de anel aromático monossubstituído. Em 1683 cm-1,
observa-se banda forte referente ao estiramento de ligação de C=O.
No espectro de RMN de 1H de 76 (Figura A.79, pág.246) dentre outros
sinais, é possível observar os sinais dos hidrogênios do grupo terc-
butildifenilsilila: um simpleto com integral de nove hidrogênios em δ 1,09
atribuído aos hidrogênios do grupo terc-butila e um multipleto em δ 7,74-7,42,
com integral de 10 hidrogênios, referente aos hidrogênios dos grupos fenila
ligados ao silício.
No espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT 135 de 76 (Figura
A.80, pág.247) foram observados os sinais referentes ao grupo terc-
butildifenilsilila: em δ 27,4 sinal atribuído aos carbonos hidrogenados do grupo
terc-butila; em δ 19,9, sinal atribuído ao carbono não hidrogenado do grupo
terc-butila.
Resultados e Discussão 102 ________________________________________________________________________
O espectro de massa confirma a estrutura esperada com a detecção do
íon [M+H]+ a m/z=614 (M= 613) (Figura A.78, pág.245).
Após a proteção da hidroxila em posição 5’, o nucleosídeo 76 foi
submetido à reação com carbonato de difenila e NaHCO3 em DMF para a
obtenção do nucleosídeo insaturado 78 (Esquema 40 e 41). Nossa abordagem
consiste na ativação da hidroxila em posição 2’ para sofrer ataque do átomo de
oxigênio da base situado em posição 2 para à formação seletiva de um 2,2’-
anidro (Esquema 41). A formação do nucleosídeo 2,2’-anidro como
intermediário, permite que ocorra a eliminação trans em meio básico através da
abertura do anidro, após ataque da base ao próton em posição H-3’ (Esquema
41).
Esquema 41 Proposta mecanística para a obtenção de 78
Pela análise do espectro de RMN de 1H a estrutura do composto 78 foi
confirmada pela observação dos sinais referentes aos hidrogênios H-1’ em δ
6,74 e H-2’ em δ 5,21, mais distante do TMS devido o efeito desblindante da
ligação dupla em 2’,3’.
Resultados e Discussão 103 ________________________________________________________________________
Para a obtenção direta de 78 a partir de 76 (Esquema 40, pág. 101), foi
realizada também a reação com carbonato de dimetila, sob as mesmas
condições reacionais utilizadas na reação com carbonato de difenila. Após
reação e purificação por cromatografia em coluna de sílica, obteve-se o
composto 88 com a hidroxila em C-2’ em posição D-xilo e o nitrogênio da base
timina ligado a um grupo metila. O composto 88 foi caracterizado por
espectrometria de RMN 1H, 13C e espectrometria no infravermelho. O
estabelecimento dos deslocamentos químicos dos hidrogênios H-1’, H-2’ e H-3’
foi importante para inferir a posição da hidroxila em C-2’. O Hidrogênio H-1’, em
ambos os compostos, 88 e 76, aparece em forma de dupleto, porém com
constantes de acoplamento diferentes, 3J1’,2’ é igual a 4,4 Hz para o composto
88 e 3J1’,2’ é igual a 3,6 Hz para o composto 76 (Figura 15). O hidrogênio H-2’,
em ambos os compostos é evidenciado como um dupleto duplo, sendo que a
constante de acoplamento 3J2’,3’ cis é igual a 7,2 Hz no composto 88, enquanto
3J2’,3’ trans é igual a 5,0 Hz para o composto 76. Além disso, H-3’ para o
composto 88 aparece em forma de tripleto enquanto para o composto 76 em
forma de um dupleto duplo.
H-1’- dupleto- 3J1’,2’= 4,4 Hz H-1’- dupleto- 3J1’,2’= 3,6 Hz
H-2’- dupleto duplo- 3J2’,1’= 4,4 Hz H-2’- dupleto duplo- 3J2’,1’= 3,6 Hz
3J2’,3’= 7,2 Hz 3J2’,3’= 5,0 Hz
H-3’- tripleto- 3J3’,2’= 7,2 Hz H-3’- dupleto duplo- 3J3’,4’= 6,5 Hz
3J3’,2’= 5,0 Hz
Figura 15 Comparação das constantes de acoplamento para os compostos 88 e 76
Resultados e Discussão 104 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho de 88 (Figura A.85, pág.251) observam-se
bandas em 1704 e 1634 cm-1, uma banda forte em 701 cm-1 atribuída à
presença de anel aromático monossubstituído. No espectro de RMN de 1H de
88 (Figura A.86, pág.252) dentre outros sinais, é possível observar os sinais
dos hidrogênios do grupo terc-butildifenilsilila: um simpleto com integral de
nove hidrogênios em δ 1,07 atribuído aos hidrogênios do grupo terc-butila e um
multipleto em δ 7,53, com integral de 10 hidrogênios, referente aos hidrogênios
dos grupos fenila ligados ao silício. Além disso, observa-se um dupleto duplo
de constantes de acoplamento igual a 3J2’,1’= 4,4 e 3J2’,3’= 7,02 Hz, referente a
H-2’. Um tripleto é observado para H-3’ de constante de acoplamento igual a
7,0 Hz. Um simpleto de integral igual a três é observado em δ 3,32 ppm,
deslocamento químico compatível de um grupo metila ligado à um
heteroátomo, que neste caso o CH3 encontra-se ligado ao átomo de nitrogênio
da base timina. Além disso, pelo espectro de hidrogênio não se observa o sinal
característico do átomo de hidrogênio de NH. As atribuições dos sinais
correspondentes aos hidrogênios H-1’, H-2’, H-3’, H-4’ podem ser confirmadas
pelo mapa de contorno homonuclear (COSY) (Figura A.88, pág.254).
No espectro de RMN de 13C de 88 (Figura A.87, pág.253) foram
observados os sinais referentes ao grupo terc-butildifenilasilila: em δ 28,7 sinal
atribuído aos carbonos hidrogenados do grupo terc-butila; em δ 21,0, sinal
atribuído ao carbono não hidrogenado do grupo terc-butila. Em δ 29,5 sinal
atribuído ao carbono N-CH3.
A observação direta de uma mancha de correlação entre N-CH3 x CH3
no mapa de contorno heteronuclear (HMQC) de 88 (Figura A.88, pág.254).
confirma a presença do grupo metila em δ 29,5 A observação direta da mancha
de correlação entre N-CH3 x C-2 e da mancha de correlação N-CH3-3’ x C-4 no
mapa de contorno heteronuclear (HMBC) (Figura A.89, pág.255). permitiu a
atribuição do grupo metila ligado átomo de nitrogênio da base timina.
Resultados e Discussão 105 ________________________________________________________________________
Dando continuidade, a síntese do composto 78 também foi planejada a
partir do nucleosídeo 77 através da eliminação em meio alcalino com carbonato
de potássio. As tentativas de síntese não conduziram à formação deste
composto por meio da eliminação de benzoato. Embora tenham sido feitas
alterações nas condições de reação empregadas, como mudança de
temperatura para 120 ºC e alteração da base NaHCO3, nenhuma delas levou
ao consumo do material de partida (Esquema 42).
Esquema 42 Esquema de síntese para o composto 78 a partir do nucleosídeo 77
O composto 77 foi obtido a partir da síntese do nucleosídeo 76 com
anidrido benzóico em piridina com rendimento 69%.
No espectro no infravermelho de 77 (Figura A.82, pág.249) observam-se
bandas em 1727 e 1693 cm-1, uma banda forte em 707 cm-1 atribuída à
presença de anel aromático monossubstituído.
Pela análise do espectro de RMN de 1H a estrutura do composto 77
(Figura A.84, pág.250) foi confirmada através da observação dos sinais dos
hidrogênios aromáticos do grupo benzoíla e dos sinais dos hidrogênios do
grupo terc-butildifenilsilila, com integral de 15 hidrogênios em δ 8,14-7,39.
O espectro de massa confirma a estrutura esperada com a detecção do
íon [M+H]+ à m/z=717 (M=716) (Figura A.83, pág.249).
Resultados e Discussão 106 ________________________________________________________________________
Dando continuidade, foi proposta a síntese do nucleosídeo insaturado 81
a partir do composto dibenzoilado nas posições 2’ e 5’ 80 conforme o esquema
43. Uma vez obtido o produto insaturado protegido em C-5’ e com o TMSE em
C-2’ a partir do composto 65, conforme descrito no capítulo 1 (Esquema 29,
pág. 75), nós propomos também a síntese de 81 a partir do composto 80, a fim
de comparar se seria possível ocorrer uma cis eliminação tendo o grupo
benzoíla como grupo abandonador.
Esquema 43 Esquema de síntese para do nucleosídeo insaturado 81 a partir de 80
A síntese do composto 80 foi realizada conforme a síntese do
nucleosídeo 65. O composto 80 foi obtido após purificação por cromatografia
em camada de sílica com 77% de rendimento.
No espectro no infravermelho do composto 80 (Figura A.90, pág.256)
não são observadas bandas de estiramento O-H entre 3300 e 2500 cm-1.
Observa-se banda correspondente ao estiramento da ligação C=O, de éster do
grupo benzoíla, em 1715 cm-1. Além disso, uma banda forte em 690 cm-1 está
presente indicando a presença de anel aromático monossubstituído.
Resultados e Discussão 107 ________________________________________________________________________
No espectro de RMN de 1H a estrutura do composto 80 (Figura A.91,
pág.257) é confirmada através da observação dos sinais dos hidrogênios
aromáticos do grupo benzoíla com integral de 10 hidrogênios em δ 8,11-7,44.
No espectro de RMN de 13C para a estrutura do composto 80 (Figura
A.92, pág.258) os sinais dos átomos de carbono aromáticos são observados
em δ 135,6- 128,6.
A tentativa de síntese do composto 81 a partir de 80 realizada em DMF a
120 ºC na presença de K2CO3, (Esquema 43, pág.106) não conduziu à
formação do produto esperado. Foi observada por cromatografia em camada
delgada (CCD), a formação de vários produtos com RF menor que o material
de partida.
A síntese do composto 79 também foi realizada a fim de obter o
composto 81 e comparar se, assim como descrito no capítulo 1 para a
obtenção de 65 (Esquema 27, pág. 72), seria possível obter o análogo
correspondente com o grupo TMSE em posição 3’ (Esquema 44).
Dessa forma, foi realizada a síntese de 79, reagindo-se 74 com cloreto
de mesila em piridina anidra, obtendo-se 79 com 77% de rendimento.
Esquema 44 Esquema de síntese para do nucleosídeo insaturado 81 a partir de 79
Resultados e Discussão 108 ________________________________________________________________________
No espectro no infravermelho do composto 79 (Figura A.96, pág.262)
não são observadas bandas de estiramento O-H entre 3300 e 2500 cm-1.
Observa-se banda correspondente ao estiramento da ligação C=O, da base
timina, em 1688 cm-1. Além disso, bandas fortes em 1354 cm-1 e 1174 cm-1
estão presentes indicando a presença do grupo metanosulfonato.
No espectro de RMN 1H e 13C para o composto 79, os sinais
correspondentes ao grupo SO2CH3 são evidenciados em: δ 3,19 , δ 3,14 e δ
39,0 e δ 37,8, respectivamente
A tentativa de síntese do composto 81 foi realizada reagindo-se o
composto 79 com benzoato de sódio a 90 °C em DMF. Após a reação com o
consumo total do material de partida, foi detectada por CCD a presença de
várias manchas visualizadas por ultravioleta. A formação de vários produtos
dificultou a purificação por cromatografia em coluna de sílica para então
caracterização dos mesmos. O produto majoritário foi isolado por cromatografia
em coluna de sílica, com 32% de rendimento. A caracterização por RMN 1H
(Figura 16) mostrou a formação de uma mistura de produtos de mesmo RF na
proporção 100:50 e que continham o grupo benzoíla em sua estrutura.
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
0.73
0.78
0.82
0.88
0.91
0.95
1.82
1.87
2.53
2.56
2.61
2.64
3.95
4.49
4.80
5.30
5.57
6.42
6.44
7.45
7.49
7.52
7.56
7.59
7.63
8.06
8.11
8.14
9.23
9.31
14.31
2.29
1.16
4.24
2.15
0.81
1.00
0.98
2.19
0.49
1.34
1.04
10.40
6.00
1.04
Figura 16 Espectro de RMN para a tentativa de síntese do composto 81 a apartir de 79
Resultados e Discussão 109 ________________________________________________________________________
4.2.3.2 Síntese do nucleosídeo insaturado com o grupo metiltio
em posição 3’
Da mesma forma que a síntese do composto 72 e intermediários 70 e 71
descritas no capítulo 1 (Esquema 31, pág.80) foi proposta a fim de avaliar e
comparar a atividade biológica do grupo 2-(trimetilsilil)etiltio presente em
posição 2’ nos nucleosídeos sintetizados, também foi realizada a síntese para a
obtenção dos nucleosídeos com o grupo metiltio em posição 3’.
Uma vez obtido os nucleosídeos insaturados 84 e 75 substituídos na
posição 3’ da desoxirribose com o grupo 2-(trimetilsilil)etiltio a partir do
nucleosídeo 74 (Esquema 37, pág.94), também foi proposta a síntese do
composto 82 pelo mesmo método de síntese, reagindo-se o nucleosídeo 89
com 1,5 equivalente de carbonato de difenila e bicarboanto de sódio em DMF.
Como esse método permitiu a síntese do composto insaturado substituído pelo
grupo TMSE em 3’ em duas etapas e com bons rendimentos, sendo de fácil a
síntese e purificação, optou-se por utilizá-lo também para a síntese do
nucleosídeo insaturado com o substituinte metiltio em 3’ 82 (Esquema 45).
Esquema 45 Esquema para a síntese de 82
Inicialmente, para a síntese de 89, foi realizada a reação do anidro 64
com tiometóxido de sódio, hidreto de sódio em DMF, obtendo-se 89 com 60%
de rendimento após purificação por cromatografia em coluna de sílica
(Esquema 46).
Resultados e Discussão 110 ________________________________________________________________________
Esquema 46 Esquema para a síntese de 89
O composto 89 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e infravermelho.
No espectro no infravermelho de 89 (Figura A.101, pág.266) foram
observadas bandas em 1702 e 1657 cm-1 referente ao estiramento de ligação
C=O, e em 1263 cm-1 observa-se banda de estiramento de ligação S-C.
No espectro de RMN de 1H de 89 (Figura A,103, pág.267) foi confirmada
a presença do grupo metiltio através do simpleto em δ 2,17 cuja integral é igual
a 3 hidrogênios.
No espectro de RMN de 13C 89 (Figura A.104, pág.268) o sinal do átomo
de carbono correspondente a S-CH3 foi observado em δ 15,3.
O espectro de massa de 89 confirma a estrutura esperada com a
detecção do íon molecular [M+Na]+ a m/z= 311 (M=288) (Figura A.102,
pág.266).
Resultados e Discussão 111 ________________________________________________________________________
Após obtenção de 89, foi realizada a reação de 89 com carbonato de
difenila para a obtenção de 76 (Esquema 45, pág. 109). O composto 76 foi
obtido após purificação por cromatografia em coluna de sílica com 86% de
rendimento.
.
O composto 76 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e
espectrometria no infravermelho. No espectro no infravermelho de 76 (Figura
A.105, pág.269) banda de estiramento OC=O ocorre em 1763 cm-1 e banda de
estiramento S-C em 1240 cm-1. No espectro de RMN de 1H de 76 (Figura
A.106, pág.269) foi confirmada a presença do grupo fenila através do multipleto
em δ 7,72-7,16 cuja integral é igual a 5 hidrogênios. No espectro de RMN de 13C
76 (Figura A.107, pág.270) o sinal do átomo de carbono 3’ foi observado em δ
87,3.
Dando continuidade a rota de síntese para a obtenção de 82, reagiu-se o
composto 76, com hidróxido de potássio em metanol (Esquema 45) obtendo-se
o composto 82 com 78% de rendimento.
O composto 82 foi caracterizado por seus dados de RMN 1H, RMN 13C e infravermelho.
No espectro no infravermelho de 82 (Figura A.108, pág.270) observa-se
banda correspondente ao estiramento de C=O em 1683 cm-1, banda
correspondente ao estiramente estiramento da ligação O-H em 3300-2500 cm-1
também são observadas.
Conclusão 112
________________________________________________________________________
4.3.1 Conclusão
Seis rotas de síntese para obtenção de nucleosídeos insaturados em
2’,3’ e com o grupo 2’-(trimetilsilil)etiltio em posição 3’ foram estudadas. Entre a
seis rotas de síntese, quatro permitiram o acesso a estes análagos
nucleosídeos.
Todos os nucleosídeos insaturados foram obtidos inicialmente com a
posição 5’ protegida, e portanto poderão ser utilizados diretamente para o
estudo das reações de cicloadição, descritas no capítulo 3.
Etapa de desproteção foi realizada para o nucleosídeo 84 o que permitiu
o acesso ao nucleosídeo com a hidroxila 5’ livre 75. A obtenção do nucleosídeo
75 via reação com carbonato de difenila permite a síntese de tionucleosídeos,
bem como a avaliação biológica comparando-se a importância da posição do
grupo TMSE deste nucleosídeo com o análago substituído em posição 2’.
O método desenvolvido para a obtenção de 75, também foi aplicado
para a síntese de 82, e pode ser usado também para a síntese se nucleosídeos
insaturados 2’,3’ substituídos em 3’.
CAPÍTULO 3
Reações de cicloadição com nucleosídeos
insaturados em 2’,3’
Objetivos 114 ________________________________________________________________________
4.3.1 Apresentação
Neste capítulo, objetiva-se estudo da reação de cicloadição com
nucleosídeos insaturados em posição 2’,3’.
Plano de Síntese 115 ________________________________________________________________________
4.3.2 Plano de Síntese
Inicialmente, para a obtenção do derivado de ciclobutanona em 2’, 3’ 90,
planejou-se a reação de 63 com dicloroceteno formado in situ a partir do
cloreto de tricloroacetila em presença de zinco ativado e éter anidro (DOWD et
al., 1995).
A desalogenação de 90 seria realizada pela reação com zinco e ácido
acético (NEUDECK e BRINKER, 2005) seguida da reação com haletos de
sulfenila para a obtenção dos dissulfetos mistos a partir do grupo 2-
(trimetilsilil)etiltio para a obtenção de 91 (KUHLE et al., 1971).
O composto 92 seria formado pela reação de 91 com agente redutor
ditiotreitol e, por último, reações subseqüentes seriam realizadas para redução
da carbonila e obtenção de compostos contendo –OH, -SH ou átomo de flúor
como substituintes (Esquema 47).
Esquema 47 Proposta de síntese para obtenção de nucleosídeos bicíclicos
Plano de Síntese 116 ________________________________________________________________________
Para o estudo das reações de cicloadição, a fim de obter o derivado
ciclobutanona em 2’, 3’ do açúcar, outros compostos também foram planejados
além do composto 63. Planejou-se a síntese do D4T- 5’-tritila 98 a partir de 95,
conforme a síntese realizada por Horwitz e colaboradores, 1965 (Esquema 48)
e a obtenção de 101, a partir do D4T, obtido comercialmente (Esquema 49).
Esquema 48 Esquema de síntese para obtenção de 100
Esquema 49 Esquema de síntese para obtenção de 101
Resultados e Discussão 117 ________________________________________________________________________
4.3.3 Resultados e Discussão
Para a síntese dos nucleosídeos bicíclicos contendo um anel de
ciclobutanona em 2’, 3’ do nucleosídeo 90, inicialmente foi realizada a tentativa
de reação do composto 63 com o cloreto de tricloroacetila em presença de
zinco ativado (DOWD et al., 1995) (Esquema 50).
Esquema 50 Proposta de síntese para obtenção de 90
A reação foi efetuada a partir de uma solução do composto 63 em éter
anidro em presença de 2 equivalentes de zinco ativado (KREPSKI &
HASSNER, 1978), à temperatura ambiente. Uma solução etérea de 1,5
equivalentes de cloreto de tricloroacetila previamente destilado foi preparada e
adicionada gota-a-gota durante 1 hora ao meio reacional através de uma
seringa automática. A reação foi acompanhada por cromatografia em camada
delgada, infravermelho e RMN durante 48 horas. Por cromatografia em camada
delgada não foi possível visualizar a formação de produto e chegar à conclusão
que seria possível acompanhar a reação por CCD. Por meio da análise do
espectro no infravermelho não foi possível visualizar bandas de estiramento de
C=O de diclorociclobutanona em torno de 1800 cm-1. A dificuldade de
elaboração e purificação do produto também dificultou a análise do espectro de
RMN de 1H, sendo possível apenas confirmar a presença do composto 63 no
meio reacional. Para realização da análise de RMN de 1H, coletou-se uma
amostra da reação e evaporou-se o solvente. O sólido foi recuperado com
clorofórmio deuterado, e filtrado em K2CO3 e Celite.
Resultados e Discussão 118 ________________________________________________________________________
Com o objetivo de analisar as condições reacionais, o Zn-Cu utilizado na
reação anterior foi avaliado, realizando-se a reação do 1,2-di-hidronaftaleno
com o cloreto de tricloroacetila (NEUDECK e BRINKER, 2005). A reação foi
acompanhada por meio da análise do espectro no infravermelho, e a
confirmação da formação da 1-H-Ciclobuta[α]naftalen-2-ona pôde ser feita pela
observação da banda de estiramento de C=O da ciclobutanona em 1798 cm-1.
Uma vez analisado o Zn ativado a ser utilizado nas reações de
cicloadição, uma nova tentativa de síntese foi realizada modificando-se
condições de reação com alteração da temperatura para 40 ºC, utilização de
ultrassom e 10 equivalentes de cloreto de tricloroacetila e 15 equivalentes de
Zn-Cu. Sob essas condições, pela análise no espectro no infravermelho pode-
se observar uma banda de estiramento de carbonila em 1804 cm-1, indicando a
possibilidade de formação do produto esperado. No entanto, a obtenção do
produto não pode ser confirmada, dada a dificuldade de isolá-lo por
cromatografia em coluna de sílica. Novas tentativas de reação sob essas
condições foram realizadas a partir do composto 63, no entanto, não foi obtido
o composto esperado.
Assim, uma nova proposta de síntese foi planejada. Foi proposta a
síntese do composto 102 e a partir dele utilizar um segundo método de reação
de cicloadição com compostos olefínicos (GRIECO et al., 1977) (Esquema 51).
Por este método, a dicloroceteno formada in situ seria obtida a partir de
trietilamina e cloreto de dicloroacetila em mistura de hexano/éter.
Esquema 51 Proposta de proteção da base para obtenção do nucleosídeo bicíclico 103
Resultados e Discussão 119 ________________________________________________________________________
O composto 102 foi sintetizado a partir do composto 63 com cloreto de
p-metoxibenzila (PBMCl) e K2CO3 em DMF. O produto 102 foi isolado por
cromatografia em coluna de sílica e obtido com 78% de rendimento.
A obtenção do composto 102 foi confirmada pela análise de seu
espectro de RMN de 1H (Figura A.109, pág.271). Dentre outros sinais foi
observado um multipleto em δ 8,01-6,80 em cuja integral de nove hidrogênios
reforça a introdução de um anel aromático do grupo p-metoxibenzila na
estrutura 63. Além disso, é possível caracterizar os hidrogênios H-2’’ e H-3’’ e
confirmar a presenção do anel aromático do grupo p-metoxibenzila. O sinal
correspondente a H-2’’ é observado na forma de um dupleto em δ 6,80 com
constante de acoplamento J=8,8 Hz e integral igual a dois. Da mesma forma o
sinal corresponde a H-3’’ é observado em δ 7,44 na forma de um dupleto com
J=8,8 Hz. Também observa- se um dupleto em δ 5,08 com constante igual a 16
Hz atribuído a H-a de CH2, e um dupleto em δ 5,02 com constante igual a 12
Hz, referente a H-b de CH2 do grupo p-metoxibenzila. Em δ 3,75 um simpleto
de integral igual a três hidrogênios do grupo metila do grupo p-metoxibenzila
está presente.
No espectro de RMN de 13C e do subespectro J-Mod de 102 (Figura
A.110, pág.272) o sinal de carbono referente ao -CH2 do grupo p-metoxibenzila
foi atribuído em δ 44,3. O carbono do grupo metoxila foi observado em δ 55,4.
A observação direta de uma mancha de correlação no mapa de contorno
heteronuclear (HMQC) entre H-CH2’ x C-CH2 permitiu a atribuição do carbono
metilênico do grupo p-metoxibenzila (Figura A.112, pág.274).
Resultados e Discussão 120 ________________________________________________________________________
Pela análise do deslocamento químico do carbono metilênico do grupo
p-metoxibenzila, pode-se confirmar a proteção da base timina através da
ligação entre o carbono a um átomo nitrogênio, conforme esperado. A
possibilidade de proteção da base através da ligação entre o carbono
metilênico e o átomo de oxigênio em C-4 ou C-2 foi excluída, uma vez que se
ocorresse tal ligação o deslocamento químico do carbono metilênico do grupo
p-metoxibenzila no espectro de RMN 13C estaria mais distante do TMS.
A tentativa de síntese do composto 103 (Esquema 51, pág. 118), foi
realizada reagindo-se o composto 102 com 3 equivalentes trietilamina
previamente destilado e 2,6 equivalentes cloreto de dicloroacetila também
destilado. Para reação, a mistura reacional foi preparada com o 0,025 g do
composto 103, 0,1 mL de éter, 0,3 mL de ciclohexano e 16 µL de trietilamina.
Uma solução de ciclohexano e cloreto de dicloroacetila foi preparada com 50
µL de cloreto de dicloroacetila e 1 mL de ciclohexano. Desta solução 0,2 mL foi
adicionado gota-a-gota no meio reacional durante 20 minutos. A reação foi
acompanhada por CCD pentano: acetato de etila 8:2 e espectrometria no
infravermelho. Por CCD não foi possível visualizar a formação de um possível
produto e por IV, não se observou banda próximo de 1800 cm-1.
Uma vez que não foram obtidos os produtos planejados, buscou-se
estudar as reações de cicloadição com derivados do D4T 4, protegidos em C-5’
e N-protegidos.
Inicialmente, o D4T obtido comercialmente foi protegido em C-5’ pela
reação com cloreto de benzoíla em piridina, obtendo-se o composto 101 com
69% de rendimento.
Resultados e Discussão 121 ________________________________________________________________________
A obtenção do composto 101 foi confirmada pela análise de seu
espectro de RMN de 1H (Figura A.114, pág.276). Dentre outros sinais foi
observado um multipleto em δ 8,01-6,80 em cuja integral de 5 hidrogênios
reforça a introdução de um anel aromático do grupo benzoíla na estrutura 4.
Dando continuidade à síntese, foi realizada a reação do composto 101
com cloreto de dicloroacetila e trietilamina em THF. A mistura reacional, foram
adicionados gota-a-gota a solução de cloreto de dicloroacetila preparada em
THF anido, juntamente com a solução de trietilamina preparada em THF
durante 30 minutos. A evolução da reação foi acompanhada por CCD
diclorometano: metanol 95:5. Pela placa foi possível visualizar o consumo total
do material de partida e formação de uma única mancha revelada na placa de
CCD por ultravioleta e solução de ácido sulfúrico 5% em etanol. A reação
posteriormente foi elaborada e o bruto foi analisado por espectrometria no
infravermelho. A análise no infravermelho mostrou uma banda forte em 1798
cm-1 indicativa de formação do produto esperado (Figura 17). Uma vez, que o
produto da ciclobutanona poderia ser instável para purificação por
cromatografia em camada de sílica, o bruto da reação foi submetido à reação
com NH4Cl e Zn em metanol para tentativa decloração da ciclobutanona que
poderia ter sido formada. A reação foi acompanhada por CCD e acetato de
etila: hexano 1:1. Após reação a análise no infravermelho foi realizada e o IV
mostrado na figura 17 (NH4Cl), demonstra o desaparecimento da banda em
1790 cm-1 (Figura 17).
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
cm-1
%T
2955 2475
1798
1719
1660
1600
1584
1450
1438
1389
1359
1314
1270
1202
1177
1111
1078
1069
1025
981
941
897
857
812
791
763
713
686
672
3159
3091
3036
2952
2926
2819
1790
1719
1679
1601
1462
1451
1421
1406
1387
1361
1331
1315
1266
1177
1137
1121
1092
1077
1067
1024
1009
990
935
894
870
852
831
810
796
779
759
740
704
686
676
657
3174
3099
3038
2926
1646
1566
1462
1417
1402
1380
1347
1334
1285
1256
1225
1139
1111
1097
1071
1033
976 908
877
846
803
775
760
740
687
654
Figura 17 Comparação das bandas no infravermelho dos compostos 102 e produto
formado na reação de cicoadição
Cl2CCO
NH4Cl
NaBH4
Resultados e Discussão 122 ________________________________________________________________________
Pela análise dos resultados, pode-se inferir a formação de um produto
acetilado, possivelmente ocorreu a acetilação da base na primeira etapa a
partir da reação com cloreto de tricloroacetila e trietilamina, e posteriormente
desacetilado após reação com NH4Cl. Assim, para reação de cicloadição,
possivelmente será necessário proteger a base do nucleosídeo para utilização
do método dicloroceteno formada in situ a partir de cloreto de dicloroacetila.
Além disso, o produto obtido foi submetido à reação com NaBH4 para tentativa
de redução da carbonila do possível derivado de ciclobutanona formado. Para
tanto, após reação foi analisado o resultado por infravermelho o qual mostrou o
desaparecimento da banda em 1719 cm-1, e o aparecimento da banda de O-H
mostrando que pode ter ocorrido a redução de C=O do grupamento protetor em
C-5’.
Uma vez que seria necessário estudar a reação de cicloadição com
nucleosídeos N-protegidos, os compostos 104 e 105 foram obtidos a fim de
avaliar a formação da ciclobutanona em 2’,3’ (Figura 18).
Figura 18 Compostos 104 e 105
A reação do composto 104 com cloreto de dicloroacetila e trietilamina foi
realizada. A reação foi acompanhda por CCD acetato de etila: hexano 1:1 e
após 24 horas de reação não foi observado o consumo do material de partida.
Pela análise no infravermelho uma banda entre 1797- 1800 cm-1 é observada,
no entanto não se pôde concluir se poderia ser o produto correspondente à
ciclobutanona ou derivado de cloreto de dicloroacetila. Foi elaborada a reação
e posteriormente efetuada a redução com zinco, para redução dos cloros da
ciclobutanona, uma vez que este poderia ter sido formada. Após 20 horas de
reação elaborou-se. A placa realizada após tentativa de redução mostrou que
não houve o consumo do material de partida.
Resultados e Discussão 123 ________________________________________________________________________
A análise de RMN 1H mostrou o material de partida. Portanto, não se
obteve o derivado de ciclobutanona.
A tentativa de síntese também foi realizada com o composto 105.
Semelhante à reação com o composto 104, também não foi possível obter o
composto planejado.
Dando continuidade, a síntese dos compostos para o estudo da reação
de cicloadição, os compostos 96, 97 e 98 foram obtidos de acordo com Horwitz
e colaboradores, 1965. O composto 98 foi obtido a partir do nucleosídeo 97
através da reação com terc-butóxido de potássio em DMSO. O composto 98 foi
obtido com 92% de rendimento.
A obtenção do composto 98 foi confirmada pela análise de seu espectro
de RMN de 1H (Figura A.126, pág.288). Dentre outros sinais foi observado um
multipleto em δ 7,42-7,05 em cuja integral de 15 hidrogênios reforça a
presença do grupo tritila. Os sinais de H-2’ e H-3’ são evidenciados em δ 6,34 e
δ 5,9, confirmando a obtenção da ligação dupla em 2’,3’.
Uma vez realizadas as tentativas de obtenção do derivado de
ciclobutanona a partir de compostos 5’ e N- protegidos com cloreto de
dicloroacetila e trietilamina, buscou-se uma alternativa, através da reação do
nucleosídeo 98 com cloreto de tricloroacetila e zinco ativado. Sob essa
condição, a princípio não seria necessário à proteção da base e ao mesmo
tempo seria possível avaliar a interferência do grupamento TMSE no composto
63 para o sucesso da reação de cicloadição, uma vez que em tentativas
anteriores com esses reagentes não conduziram o nucleosídeo esperado.
Resultados e Discussão 124 ________________________________________________________________________
Foi realizada a tentativa de síntese da ciclobutanona a partir de 98 com
Zn-Cu em éter etílico seco, previamente destilado e tratado com sódio. A
adição da mistura de cloreto de tricloroacetila em 3 mL de éter etílico seco, foi
adicionada ao meio reacional lentamente em 2 horas. A reação foi
acompanhada por CCD diclorometano: metanol 98:2, onde foi possível
visualizar o consumo do material de partida e a formação de uma única
mancha revelada por solução ácida 5% em etanol. O meio reacional foi filtrado
numa coluna de Celite e lavado com 30 mL de hexano e o fitrado foi
concentrado para um terço do volume original usando evaporador rotatório. O
concentrado foi lavado com de água fria, 50 mL de solução saturada de
NaHCO3. O produto foi analisado por espectrometria no infravermelho
observando-se uma banda fraca em 1803 cm-1 e posteriormente foi realizado o
RMN 13C e 1H. A análise de RMN mostrou a formação do tritil, indicando a
remoção do grupo protetor.
Conclusão 125 ________________________________________________________________________
4.3.4 Conclusão
Tentativas de síntese para a obtenção do derivado de ciclobutanona em
posição 2’,3’ do nucleosideo foram realizadas sem sucesso. Nucleosídeo 5’
protegido e 5’,N- protegidos foram material de partida para o estudo da reação
de cicloadiação apartir de dois métodos descritos na literatura: (i) formação de
dicloroceteno in situ a partir de cloreto de dicloroacetila e trietilamina, (ii)
formação de dicloroceteno in situ a partir de cloreto de tricloroacetila e Zn.
Compostos inéditos foram obtidos a fim de se estudar essas reações e
poderão ser avaliados para atividade biológica.
CAPÍTULO 4
Avaliação Biológica
Atividade biológica 127 ________________________________________________________________________
5.1 Introdução
Tendo em vista a importância dos nucleosídeos devido às suas
inúmeras propriedades biológicas e/ou farmacológicas, foi avaliada a atividade
citotóxica para linhagens de células tumorais e antiviral para o vírus da herpes
dos nucleosídeos sintetizados no presente trabalho por colaborações com
grupos de pesquisas previamente estabelecidas.
A avaliação das propriedades biológicas foi realizada com duas
colaborações:
- Pela equipe da Profa. Dra. Cláudia Maria Oliveira Simões do
Laboratório de Virologia Aplicada, LVA, Departamento de Ciências
Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa
Catarina, UFSC.
- Pela equipe da Profa. Dra. Maira Galdino da Rocha Pitta do
Laboratório de Imunomodulação e Novas Abordagens Terapêuticas – LINAT,
Departamento de Bioquímica, Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica
Suely Galdino – NUPIT, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para
Inovação Farmacêutica, Universidade Federal de Pernambuco, Centro de
Ciências Biológicas.
Inicialmente, no estudo da atividade biológica dos compostos
sintetizados, foi avaliado o efeito citotóxico para células normais de um
determinado número de nucleosídeos e a atividade antiviral para o vírus HSV-
Herpes simplex vírus pela equipe da Profa. Profa. Dra. Cláudia Maria Oliveira
Simões, conforme testes descritos a seguir. O estudo da atividade antiviral para
o vírus HIV será realizado oportunamente.
Atividade biológica 128 ________________________________________________________________________
5.2 Testes realizados
- Determinação da citotoxicidade:
A citotoxicidade foi determinada pelo ensaio colorimétrico –MTT:
desidrogenases mitocondriais de células vivas reduzem o brometo de 3-(4,5-
dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil-2H-tetrazolio e o produto pode ser doseado por
espectrofotometria. O número de células vivas é, portanto proporcional a
quantidade de produto formado. Assim, o efeito tóxico do composto sobre as
células pode ser mensurável após um período de incubação por diferentes
concentrações do nucleosídeo.
As células vero saudáveis de rins de macaco e células de câncer de
pulmão (A549) foram exploradas por diferentes concentrações dos compostos
por 72 e 48 horas, respectivamente, e depois de incubadas, a concentração
citotóxica de 50% (CC50) que reduzia a viabilidade celular em 50% de cada
nucleosídeo foi calculada.
- Determinação do efeito antiviral:
Os experimentos foram realizados com o vírus com genona de DNA:
Herpes vírus simplex humano tipo I (HSV-I): CEPA (KOS).
Preparo das suspensões-estoques virais.
Os estoque viral foram preparados conforme metodologia escrita por Simões e
colaboradores, 1999.
Atividade biológica 129 ________________________________________________________________________
A suspensão estoque viral previamente preparada foi inoculada em um frasco
de cultura, contendo uma monocamada de células VERO ou A549, que foi
cultivada em meio MEM, suplementado com 5% de SFB e 1% de PSA,
tripsinizada 24 h antes da incubação. O meio de cultura foi aspirado da garrafa
e a monocamada celular foi lavada 3x com PBS; após, foi inoculado 1 mL da
suspensão viral e a garrafa mantida por 1 h a 37 °C, em estufa de CO2 para
que o vírus fosse adsorvido. O inóculo foi aspirado e 10 mL de meio MEM
foram adicionados (sem SFB para as células VERO e 2% para as células
A549). A garrafa foi mantida em estufa nas mesmas condições descritas acima.
O efeito citopático viral foi monitorado por microscópio invertido a cada ciclo de
replicação (18 h). É importante respeitar o tempo de ciclo do vírus, pois quando
o tapete celular é destruído, os vírions liberados no meio sofrem, e o título
infeccioso cai rapidamente. Após total destruição do tapete celular o frasco foi
congelado a -80 °C e descongelado a 37 °C por 3x, para o rompimento total
das células e liberação das partículas virais. A suspensão foi centrifugada,
durante 10 min, a 4 °C. O sobrenadante foi aliquotado em tudos estéreis e
armazenados a -80 °C para posterior utilização.
Determinação dos Títulos Infecciosos Virais
O HSV-1 utilizado neste trabalho foi titulado segundo o método das
diluições limites, com cálculo do ponto de infecção a 50%, de acordo com a
metodologia clássica de Red e Munch (1938).
Procedimento: Preparou-se uma série de diluições 1:10, a partir de
uma suspensão-estoque viral (HSV-1) de título desconhecido. Inoculou-se esta
série nas células VERO (2x105 células/mL), cultivadas em meio MEM, com 5%
de SFB, por 24 h, e o efeito citopático viral, decorrente da replicação de até
uma única partícula viral, foi observado microscopicamente. A titulação foi
realizada em placas de microtitulação de 96 cavidades, na razão de 12 poços
por cada diluição, cada poço contendo 50 µL de suspensão viral. Após
incubação de 37º C, 5% de CO2, durante 72 h (=4 ciclos de multiplicação do
Atividade biológica 130 ________________________________________________________________________
HSV-1), foi contado o número de poços onde o efeito citopático foi positivo e
negativo e foi então determinada a diluição que produz resposta positiva em
50% das amostras (TDCID50 =50% Tissue culture infectious dose = ID50= dose
infectante 50%).
Avaliação in vitro da potencial atividade antiviral
A avaliação da atividade antiviral foi realizada da mesma forma que
para a citotoxicidade, porém com a adição das suspensões virais.
5.3 Resultados
Para a avaliação biológica dos nucleosídeos obtidos neste trabalho,
realizou-se um estudo preliminar com nucleosídeos saturados e insaturados.
Para tanto, avaliou-se os resultados obtidos em duas séries, conforme
mostrados nas tabelas 5 e 6.
CC50 A549
48 horas
CC50 VERO
72 horas
Atividade antiviral
HSV-1 KOS
64
>250 µM >250 µM Ausente
(50 µM)
15
>250 µM >250 µM Ausente
(50 µM)
70
>500 µM 410 µM Ausente
(50 µM)
65
>500 µM 384,8 µM Ausente
(50 µM)
74
>500 µM 309,3 µM Ausente
(50 µM)
CC50 -Concentração Citotóxica de 50%
A549 – Linhagem humana de câncer de pulmão
VERO- Células saudáveis de rins de macaco
HSV-1 KOS- Herpes vírus simplex humano tipo I: CEPA (KOS)
Tabela 5 Avaliação biológica na série dos nucleosídeos saturados
Atividade biológica 131 ________________________________________________________________________
CC50 A549
48 horas
CC50 VERO
72 horas
Atividade antiviral
HSV-1 KOS
63
32,8 µM 21 µM Ausente
(10 µM)
87
20,1 µM 34,7 µM Ausente
(30 µM)
85
85,5 µM 77 µM Ausente
(10 µM)
CC50 -Concentração Citotóxica de 50%
A549 – Linhagem humana de câncer de pulmão
VERO- Células saudáveis de rins de macaco
HSV-1 KOS- Herpes vírus simplex humano tipo I: CEPA (KOS)
Tabela 6 Avaliação biológica na série dos nucleosídeos insaturados
Em ambas as séries avaliadas, os nucleosídeos não apresentaram
atividade antiviral para o vírus HSV-1. No entanto, dois compostos 63 e 87
mostraram-se citotóxicos frente a células A549 (cancer de pulmão, humanas)
apesar de também terem sido citotóxicos para as células Vero (células
saudáveis de rins, macaco) (Tabela 6). Para o composto 63 a CC50 foi 32,8 µM
para células de câncer de pulmão, e para células Vero 21 µM. O composto 87
apresentou a CC50 para células de câncer de pulmão 20 µM e CC50 para
células vero 34,7 µM. Comparando-se esses valores com os resutlados obtidos
de CC50 na série dos compostos saturados (Tabela 5), pode-se inferir que a
presença da dupla ligação 2’,3 nos nucleosídeos pode ser importante para a
atividade.
Uma vez que os compostos 63, 87 e 85, na série dos nucleosídeos
insaturados, apresentaram ser citotóxicos para as células A549, selecionou-se
uma série de compostos insaturados para dar continuidade aos estudos de
avaliação da atividade antiproliferativa. O estudo foi realizado pela equipe da
Profa. Dra. Maira Galdino da Rocha Pitta, e os resutlados são mostrados na
tabela a seguir:
Atividade biológica 132
_______________________________________________________________________
Os resultados mostraram que composto 15, 74 e 4 não apresentaram
atividade, e que a insaturação em 2’,3’ é importante para a atividade, pois
todos os compostos insaturados, com exceção do composto 4 (d4T),
apresentaram atividade contra pelo menos uma linhagem celular. Comparando-
se os compostos 17 e 75, 17 foi ativo para quatro linhagens celulares enquanto
o composto 75 foi ativo para 3 linhagens. Os compostos 73 e 82 não foram
ativos, mostrando que o grupo TMSE é importante para a atividade. Entre 63 e
17, o composto 63 foi mais ativo que o composto 17, e o composto 84 foi mais
ativo que o composto 75, mostrando que o grupo protetor em C-5’ é importante
para maior atividade. Assim, a presença do grupo 5’-O-benzoíl ou 5’-O-
fenoxicarbonil é importante para a atividade já que os compostos mais
potentes contém um desses grupos: 63 e 84. Por fim, os compostos com a
cadeia TMSE foram mais potentes do que aqueles com o grupo metiltio.
PARTE EXPERIMENTAL
Parte Experimental 134
______________________________________________________________________
5 PARTE EXPERIMENTAL
Os solventes utilizados foram previamente tratados seguindo
procedimentos específicos:
metanol – tratado com magnésio ativado pelo iodo sob refluxo e
destilado.
piridina – acondicionada previamente com pastilhas de hidróxido
de potássio. No texto é referida como piridina anidra.
Os demais solventes foram utilizados sem prévia purificação e/ou
destilação.
Para cromatografia em camada delgada (CCD) utilizou-se sílica-gel 60 G
MERCK®, sobre lâmina de vidro e placas Merck silicagel 60 F24, de 0,25 mm
de espessura, reveladas em luz ultravioleta (254 ou 366 nm).
Os reveladores utilizados foram: solução etanólica de ácido sulfúrico 5%
v/v e vapores de iodo.
Para cromatografia em coluna utilizou-se sílica-gel 60, 0,063 a 0,200 mm
MERCK®.
Os compostos sintetizados tiveram suas estruturas comprovadas através
das técnicas espectroscópicas de RMN, de massa e espectrofotometria de
absorção no iv:
Os espectros de ressonância magnética nuclear de 1D e 2D foram
obtidos em espectrômetro BRUCKER Avance DPX 200 e espectrômetro
BRUCKER Avance DRX 400, no Departamento de Química, ICEX, UFMG, e no
Department de Pharmacochimie Moleculaire, UJF, Grenoble-FR utilizando-se
como padrão interno tetrametilsilano.
Parte Experimental 135
______________________________________________________________________
Os espectros no infravermelho foram obtidos em espectrofotômetro com
transformada de Fourier –Perkin-Elmer, modelo Spectrum One, do Laboratório
de Química Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG.
Os espectros de massa foram obtidos pela Plate-forme de Spectrométrie
de Masse Haute Résolution da Fédération de Recherche Physique et Chimie
du Vivant (FR2708: CBM/ICOA) e pelo Departamento de Química da
Universidade Federal de Minas Gerais em equipamento Shimadzu LC-ITT por
ionozação eletrospray.
Rotação óptica foi obtido em polarímetro ADP220-BS Bellinghan Stanley
Ltd. no laboratório de Química Farmacêutica da Escola de Farmácia da
Universidade Federal de Minas Gerais.
O Ponto de fusão foi obtido com o equipamento MQAPF-301 no
laboratório de Química Farmacêutica da Escola de Farmácia da Universidade
Federal de Minas Gerais.
Parte experimental 136 ________________________________________________________________________
Tioacetato de 2-(trimetilsilil)etila 61
A um balão de fundo redondo de 500 mL foram adicionados 0,19 g (1,15
mol) de AIBN, 10 g (0,1 mol) de trimetilvinilsililano 59 e 6,4 g (0,084 mol) de
ácido tioacético 60. A mistura foi desoxigenada por gás nitrogênio durante 20
minutos e em seguida mantida sob agitação a 60 ºC durante 3 horas. A mistura
foi levada ao rotavapor a 50-70 ºC. O produto 61 foi obtido como líquido incolor
(7,23 g; 54% de rendimento).
FM: C7H16OSSi
MM: 176,35 g/mol
IV (ע máx,cm-1) 2954, 2895; 1687 (C=O); 1248 (Si-C); 845 (S-C).
RMN 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 2,92-2,83 (2 H, m, S-CH2) ; δ 2,28 (3 H, s, Ac-CH3) ; δ
0,88-0,79 (2 H, m, Si-CH2) ; δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).
RMN 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 196,5 (CO) ; δ 30,7 (CH3CO) ; δ 25,5 (S-CH2) ; δ 17,5 (CH2-
Si) ; δ -1,7 (Si(CH3)3).
Parte experimental 137 ________________________________________________________________________
2-(Trimetilsilil)etanotiol 13
A um balão de fundo redondo de 500 mL foram adicionados 14 g (0,08
mol) de 61 e 80 mL de éter anidro. Em seguida, com resfriamento em banho de
gelo, adicionaram-se em frações 3,8 g (0,1 mol) de LiAlH4 a 95%. A mistura foi
deixada sob agitação magnética, 0 ºC, por 30 minutos. Neutralizou-se a mistura
reacional com 100 mL de solução aquosa de ácido clorídrico (1M).
Adicionaram-se 100 mL de água e 50 mL de éter, e após a decantação,
extraiu-se a fase aquosa com duas porções de 50 mL de éter. As fases
orgânicas foram reunidas, secas com sulfato de sódio. O produto 13 foi levado
ao rotavapor a e obtido como líquido incolor (10,40 g; 78% de rendimento).
FM: C5H14SSi
MM: 134,32 g/mol
IV (ע máx,cm-1) 2893; 2897; 1247 (Si-C); 839 (S-C).
RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 2,54-2,50 (2 H, m, S-CH2) ; δ 1,42 (1 H, t, 3JSH,CH = 6,8 Hz,
3JSH,CH = 6,8 Hz, SH) ; δ 0,91-0,87 (2 H, m, Si-CH2) ; δ -0,05 (9 H, s, Si(CH3)3).
RMN 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 24,5 (S-CH2); δ 22,1 (CH2-Si); δ 0,0 (Si(CH3)3).
Parte experimental 138 ________________________________________________________________________
2,2’- anidrotimidina 64
A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 100 mL de
DMF e 15 g (58,06 mmol) de 5’-metiluridina 22. À suspensão foram
adicionados 6,95 mL (81,87 mmol) de carbonato de dimetila e 0,31 g (3,71
mmol) de bicarbonato de sódio. Deixou-se a mistura sob agitação magnética e
atmosfera de gás argônio, à temperatura de 150 ºC, por 3 horas. Após o
término da reação, detectado por CCD (acetato/metanol 9:1), a mistura foi
vertida gota-a-gota em 300 mL de éter etílico sob agitação magnética. A
suspensão formada foi filtrada a vácuo e o sólido obtido recristalizado em
metanol, o que forneceu o produto 64 como um sólido branco cristalino (11,15
g; 78 % de rendimento).
FM: C10H12N2O5 MM: 240,21 g/mol
FF: 240-242°C
[α]D20,5= -0,09 (c 0,4, MeOH)
IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1666 (C=O); 1614; 1552; 1490; 1267; 1238; 1093; 1057;
993; 798.
RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 7,80 (1 H, d, 4J 6, 5-CH3= 1,2 Hz, H-6); δ 6,35 (1 H, d,
3J 1’,2’ = 6,0 Hz, H-1’); δ 5,94 (1 H, s, OH-3’); δ 5,24 (1 H, da, 3J 2’,3’ = 5,6 Hz, H-2’); δ 5,02 (1
H, s, OH-5’); δ 4,44 (1 H, m, H-3’); δ 4,12 (1 H, m, H-4’); δ 3,32 (1 H, dd, 2J 5’a,5’b = 11,6
Hz, 3J 5’a, 4’ = 5,2 Hz, H-5’a); δ 3,23 (1 H, dd, 2J5’b,5’a = 11,6 Hz , 3J 5’b, 4’ = 5,2 Hz, H-5’b); δ
1,85 (3 H, s, CH3).
RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 171,3 (C-4); δ 158,9 (C-2); δ 131,8 (C-6); δ 116,2
(C-5); δ 89,8 (C-1’); δ 88,7 (C-4’); δ 88,1 (C-2’); δ 74,3 (C-3’); δ 60,4 (C-5’); δ 13,1 (5-CH3).
Parte experimental 139 ________________________________________________________________________
2’-Desoxi-2’-[(2-(trimetilsilil)etil)tio]timidina 15
A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 110 mL de
DMF e 5 g (22 mmol) de 2,2’-anidrotimidina 64. À suspensão foram
adicionados 11 g (79 mmol) de carbonato de potássio e 3,5 g (26 mmol) de 2-
(trimetilsilil)etanotiol 13. Deixou-se a solução sob agitação magnética e
atmosfera de gás argônio, à temperatura de 120 ºC, por 3 horas. Após o
término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5),
adicionou-se diclorometano (300 mL) e filtrou-se a vácuo. O filtrado foi
concentrado em evaporador rotatório sob pressão reduzida. O óleo amarelo foi
purificado por cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/metanol
95:5. O produto 15 foi obtido na forma de um sólido branco (6,9 g; 88% de
rendimento).
FM: C15H26N2O5SSi
MM: 374,53 g/mol
FF: 71-73º C IV (ע máx,cm-1) 3396 (N-H); 3300-2500 (O-H); 1681 (C=O); 1469; 1417; 1390; 1276; 1247
(Si-C); 1085; 839 (S-C); 752.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,82 (1 H, sl, NH); δ 7,22 (1 H, s, H-6); δ 5,44 (1 H, d,
3J1’,2’= 8,8 Hz; H-1’); δ 4,34 (1 H, dd, 3J 3’,4’= 5,2 Hz, 3J 3’,2’= 1,2 Hz, H-3’); δ 4,20 (1 H, m, H-
4’); δ 3,95 (1 H, m, H-2’), δ 3,93 (1 H, dd, 2J 5’a,5’b = 12,4 Hz, 3J 5’b,4’ = 2,4 Hz, H-5’a), δ 3,79
(1 H, dd, 2J 5’b,5’a = 12,4 Hz, 3J 5’b,4’ = 2,4 Hz, H-5’b), δ 2,58 (2 H, m, S-CH2); δ 1,95 (3 H, s,
5-CH3); δ 0,84 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,02 (9 H, s, Si-(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,5 (C-4); δ 150,5 (C-2); δ 138,8 (C-6); δ 111,3 (C-
5); δ 93,2 (C-1’); δ 86,6 (C-4’); δ 71,5 (C-3’); δ 63,1 (C-5’); δ 52,8 (C-2’); δ 28,4 (S-CH2); δ
18,0 (Si-CH2); δ 12,4 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).
Parte experimental 140
________________________________________________________________________
2’-Desoxi-5’-dimetoxitritil-2’-[(2-(trimetilsilil)etil)tio]timidina 68
A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 6 mL de
piridina anidra e 0,5 g (1,34 mmol) de 15. Em seguida, sob banho de gelo,
agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 1,25 g (3,73
mmol) de cloreto de 4,4-dimetóxitritila. A reação foi mantida sob banho de gelo
por 48 horas. Evaporou-se o solvente e o produto foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/metanol 98:2. O produto
bruto 68 foi obtido sob a forma sólida (0,133 g; 28% de rendimento).
FM: C36H41N207SSi
MM: 676,89 g/mol
IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); (C=O)1607; 1583; 1541; 1507; 1246 (Si-C); 1174; 1030;
827 (S-C); 752; 700; 681.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 11,56 (1 H, s, NH); δ 7,55- 6,68 (14 H, m, H-6 + Ar-H);
δ 6,10 (1 H, d, J= 8,0 Hz; H-1’); δ 4,51(1 H, m, H-3’); δ 4,23 (2 H, m, H-2’ + H-4’); δ 3,73 (6
H, s, O-CH3); δ 3,37(2 H, m, H-5’b + H-5’a); δ 2,50 (2 H, m, S-CH2); δ 1,41 (3 H, s, 5-CH3);
δ 0,77 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,36 (9 H, s, Si-(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 164,0 (C-4); δ 158,8 (C-2); δ 150,7 (C-6); δ 139,6 (Ar-
H); δ 130,2 (Ar-H); δ 129,3 (Ar-H); δ 128,3 (Ar-H); δ 128,0 (Ar-H); δ 113,3 (C-5); δ 86,8 (C-
1’); δ 85,4 (C-4’); δ 71,7 (C-3’); δ 63,1 (C-5’); δ 55,1 (C-OCH3); δ 53,8 (C-2’); δ 28,5 (S-
CH2); δ 18,2 (Si-CH2); δ 11,8 (CH3); δ -1,6 (Si-(CH3)3).
Parte experimental 141 ________________________________________________________________________
2’,3’,5’-tri-(O-metanosulfonil)timidina 23
A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 5 mL de
piridina anidra e 0,5 g (6,19 mmol) de 5-metiluridina 22. Em seguida, sob banho
de gelo, agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 0,708
g (6,18 mmol) de cloreto de mesila. A reação foi mantida por 1 hora. Após o
término da reação, detectado por CCD (acetato de etila 100%), a mistura
reacional foi vertida sobre gelo pilado e acidificada com ácido clorídrico a pH
próximo de 1. Filtrou-se a reação lavando-se com água. O produto 23 foi obtido
na forma de um pó branco (0,876 g; 91,4% de rendimento).
FM: C13H20N2O12S3
MM: 492,50 g/mol
F: 71-73º C
[α]D20,8= 0,06 (c 0,4, MeOH)
IV (ע máx,cm-1) 1688 (C=O); 1470; 1351; 1180 (SO2); 835.
RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 200 MHz) δ 11,57 (1 H, s, NH), δ 7,57 (1 H, s, H-6); δ 5,98 (1 H,
d, 3J 1’,2’= 4,2 Hz; H-1’); δ 5,56 (1 H, m, H-2’); δ 5,36 (1 H, m, H-3’); δ 3,19 (3 H, m, H-4’ +
H-5’a + H-5’b); δ 3,36 (9 H, d, s, -SO2CH3); δ 1,79 (3 H, s, 5-CH3).
RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 50 MHz) δ 164,1 (C-4); δ 150,7 (C-2); δ 138,8 (C-6); δ 110,4
(C-5); δ 80,3 (C-1’); δ 78,7 (C-4’); δ 76,6 (C-3’); δ 67,7 (C-5’); δ 74,3 (C-2’); δ 38,4 (SO2-
CH3); 37,3 (SO2-CH3); δ 12,4 (CH3).
Parte experimental 142 ________________________________________________________________________
5’-O-benzoil-3’-O-metanosulfonil-2,2’-anidrotimidina 25
A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 20 mL de
DMF anidra, 2 g (4,04 mmol) de 23 e 1,11 g ( 9,69 mmol) de benzoato de
sódio. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de
gás nitrogênio, à temperatura de 90º C, por 4 horas. Após o término da reação,
detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5), evaporou-se o solvente. O
produto bruto sólido foi recuperado com 150 mL de diclorometano e 150 mL de
água e a fase orgânica foi extraída com 4 porções de 30 mL de solução
saturada de bicarbonato de sódio. Secou-se a fase orgânica com sulfato de
sódio anidro, filtrou-se a vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador
rotatório. O produto 25 foi obtido na forma de um sólido branco (1,12 g; 65,9 %
de rendimento).
FM: C18H20N2O8S
MM: 424,09 g/mol
FF: 235-237º C [α]D
21,8= -0,01 (c 0,2, MeOH) IV (ע máx,cm-1) 1721 (C=O);1668 (C=O); 1640; 1563; 1480; 1347; 1271; 1173 (S02); 1119;
690.
RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 200 MHz) δ 7,91-7,45 (6 H, m, Ar-H + H-6); δ 6,47 (1 H, d,3J1’,2’=
5,6 Hz; H-1’); δ 5,70-5,65 (2 H, m, H-2’ + H-3’); δ 4,79 (1 H, m, H-4’); δ 4,37-4,15 (2 H, m,
H-5’a + H-5’b); δ 3,45 (3H, s, -SO2CH3); δ 1,80 (3 H, s, CH3).
RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 50 MHz) δ 171,6 (COO); δ 165,4(C-4); δ 159,9 (C-2); δ 133,8
(Ar); δ 132,1 (C-6); δ 129,4 (Ar); δ 128,9 (Ar); δ 117,5 (C-5); δ 90,1 (C-1’); δ 86,0 (C-4’); δ
82,1 (C-2’); δ 81,2 (C-3’); δ 62,3 (C-5’); 37,6 (-SO2CH3); δ 13,5 (5-CH3).
Parte experimental 143 ________________________________________________________________________
2’-Desoxi-3’-5’-di-(O-metanosulfonil)-2’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)timidina 16
O
MsO
HN
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
SSi
A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 10 mL de
piridina anidra e 0,7 g (1,87 mmol) de 15. Em seguida, sob banho de gelo,
agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 1,6 g (11,25
mmol) de cloreto de mesila. A reação foi mantida por 1 hora. Após o término
da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5), a mistura
reacional foi vertida sobre gelo picado e acidificada com ácido clorídrico a pH
próximo de 1. A mistura foi extraída com três porções de 50 mL de
diclorometano, as fases orgânicas reunidas e lavadas com três porções de 50
mL de água. Secou-se a fase orgânica com sulfato de sódio anidro, filtrou-se a
vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O produto bruto 16 foi
obtido na forma de um óleo amarelo (0,86 g; 87,4% de rendimento).
FM: C17H30N2O9S3Si
MM: 530,71 g/mol FF: 79-83 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1685 (C=O); 1468; 1343; 1170 (SO2); 1248 (Si-C); 940; 827 (S-C); 780.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 8,80 (1 H, s, NH); δ 7,36 (1 H, s, H-6); δ 6,11 (1 H, d,
3J 1’,2’ = 10 Hz; H-1’); δ 5,28 (2 H, m, H-3’ + H-4’); δ 4,52 (3 H, m, H-2’+ H-5’a + H-5’b); δ
3,19 (3 H, s, SO2-CH3); δ 3,14 (3 H, s, SO2-CH3); 2,60 (2 H, m, S-CH2); δ 1,96 (3 H, s, 5-
CH3); δ 0,80 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,00 (9H, s, Si-(CH3)3).
RMN 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 163,0 (C-2); δ 150,2 (C-4), δ 135,1(C-6); δ 112,3 (C-5); δ
88,7 (C-1’); δ 81,3 (C-4’); δ 79,5 (C-3’); δ 68,2 (C-5’); δ 48,9 (C-2’); δ 38,6 (SO2-CH3); δ
37,9 (SO2-CH3); δ 27,9 (S-CH2); δ 17,6 (Si-CH2); δ 12,1 (5-CH3); δ -2.0(Si-(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 531,0961; encontrado: 531,0964;
erro: 0,56 ppm.
Parte experimental 144
________________________________________________________________________
2’-Desoxi-3’,5’-di-O-benzoil-2’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)timidina 65
A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 30 mL de
piridina anidra e 1,66 g (4,45 mmol) de 15. À solução foram adicionados 10,1 g
(44,48 mmol) de anidrido benzóico. Deixou-se a mistura reacional sob agitação
magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura de 60 ºC, por 6 horas.
Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5),
evaporou-se e co- evaporou-se a piridina com tolueno. Ao resíduo obtido foi
adicionado 150 mL de diclorometano e a fase orgânica foi lavada com 5
porções de 200 mL de solução aquosa de NaHCO3 a 5%. Posteriormente a
fase orgânica foi então secada com sulfato de magnésio e o solvente foi
eliminado em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia
em coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 65 foi obtido
na forma de um sólido branco (1,86g; 72% de rendimento).
FM: C29H34N2O7SSi MM: 582,19 g/mol
FF: 68-72 ºC [α]D23,5= -0,11 (c 0,4, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1715 (C=O de éster); 1683 (C=O); 1451; 1372; 1247 (Si-C); 1092; 837 (S-
C); 690.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,58 (1 H, s, N-H); δ 8,10-7,41 (11 H, m, Ar + H-6); δ
6,30 (1 H, d, J =3,2 Hz, H-1’); δ 5,56 (1 H, m, H-3’); δ 4,78 (2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 4,61 (1
H, m, H-4’); δ 3,62 (1 H, m, H-2’); δ 3,63 (2 H, m, S-CH2); δ 1,78 (3 H, s, 5-CH3); δ 0,82 (2
H, m, Si-CH2); δ 0,01 (9 H, s, Si-(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 165,9 (COO); δ 165,8 (COO); δ 162,9 (C-2); δ 150,2
(C-4); δ 134,5 (C-6); δ 133,8 (C-Ar); δ 130,0 (C-Ar); δ 129,5 (C-Ar); δ 129,4 (C-Ar); δ 129,0
(C-Ar); δ 128,6 (C-Ar); δ 112,1 (C-5); δ 88,7 (C-1’); δ 81,5 (C-4’); δ 74,6 (C-3’); δ 64,1 (C-
5’); δ 50,5 (C-2’); δ 29,0 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,1 (5-CH3); δ -0.0 (Si-(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 583,1890; encontrado: 583,1926;
erro: 6,17 ppm.
Parte experimental 145 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-benzoil-2’-(2(trimetilsilil)etiltio)timidina
63
Método I- (a)
A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 10 mL de
DMF anidra, 0,86 g (1,62 mmol) de 16 e 0,46 g ( 4,05 mmol) de benzoato de
sódio. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de
gás nitrogênio, à temperatura de 90 ºC, por 4 horas. Após o término da reação,
detectado por CCD (diclorometano/metanol 95:5), adicionaram-se 100 mL de
diclorometano, filtrou-se a vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador
rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica com
hexano/acetato de etila 1:1. O produto 63 foi obtido na forma de um sólido
branco (0,49 g; 65% de rendimento).
Método II-(b)
A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 60 mL de
DMF anidro e 1,25 g (2,14 mmol) de 65. À solução foram adicionados 1,48 g
(10,7 mmol) de K2CO3. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e
atmosfera de gás argônio, à temperatura de 120 ºC, por 4 horas. Após o
término da reação, detectado por CCD (diclorometano/acetato de etila 9:1),
adicionou-se diclorometano (200 mL) e filtrou-se a vácuo. O filtrado foi
concentrado em evaporador rotatório sob pressão reduzida. O resíduo foi
purificado por cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/acetato de
etila 95:5. O produto 63 foi obtido na forma de um sólido branco (0,61 g; 62%
de rendimento).
Parte experimental 146 ________________________________________________________________________
FM: C22H28N2O5SSi
MM: 460,15 g/mol
FF: 52ºC -54ºC
[α]D23,7= -0,58 (c 0,2, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1722 (C=O de éster); 1682 (largo e intenso, C=O); 1250 (S-C); 838 (Si-C);
708.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,20 (1 H, s, NH); δ 8,0 (2 H, dd, J= 1,2 Hz, J= 8,4 Hz,
Ar- Ha); δ 7,58 (1 H, tt, J= 1,3 Hz, J= 1,8 Hz, Ar- Hc); δ 7,44 (2 H, t, J= 7,6 Hz, Ar- Hb); δ
6,96 (1 H, d, J= 1,20 Hz, H-6); δ 6,92 (1 H, dd, 4J 1’,3’= 1,6 Hz, 5J 1’,4’= 3,6 Hz, H-1’); δ 5,80
(1 H, t, 3J 3’,4’= 1,6 Hz, 4J 3’,1’= 1,6 Hz H-3’); δ 5,16 (1 H, m, H-4’); δ 4,57 (1 H, dd, 2J 5’a, 5’b=
4,0 Hz, 3J 5’a, 4’= 12,0 Hz, H-5’a); δ 4,51 (1 H, dd, 2J 5’b, 5’a= 4,0 Hz, 3J 5’b, 4’= 12,0 Hz, H-5’b);
δ 2,82 (2 H, m, S-CH2); δ 1,57 (3 H, s, CH3); δ 0,91 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,02 (9 H, m, Si-
(CH3) 3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,2 (CO); δ 163,8 (C-4); δ
150,9 (C-2); δ 136,8 (C-2’); δ 135,0 (C-6); δ 133,5 (Ar); δ 129,6 (2 Ar); δ 129,5 (Ar); δ 128,6
(2 Ar); δ 121,6 (C-3’); δ 111,7 (C-5); δ 89,7 (C-1’); δ 84,1 (C-4’); δ 65,3 (C-5’); δ 28,5 (S-
CH2); δ 16,1 (Si-CH2); δ 12,0 (CH3); δ -1,9 (Si-(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 461,1522; encontrado: 461,1562;
erro: 8,67 ppm.
Parte experimental 147 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-(trimetilsilil)etiltio)timidina 17
A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de
metanol e 0,035 m g (4,45 mmol) de 63. À solução, sob banho de gelo, foram
adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL
de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30
minutos Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol
95:5), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 17 foi obtido na
forma de um sólido branco (86% de rendimento).
FM: C15H24N2O4SSi
MM: 356,51 g/mol
FF: 59-61 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1715; 1667 (C=O); 1446; 1350; 1247 (Si-C); 1037; 837 (S-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,40 (1 H, s, N-H); 7,35 (1 H, d, J 0,8, H-6); 6,89 (1 H,
d, J 2,0, H-1’); 5,78 (1 H, s, H-3’); 4,94 (1 H, d, J 0,8, H-4’); 3,92 (2 H, dd , J 2,8, J 12,0, H-
5’a); 3,74 (2 H, dd , J 2,8, J 12,0, H-5’b); 2,84 (2 H, m, S-CH2); 1,86 (3 H, s, 5-CH3); 0,92
(2 H, m, Si-CH2); 0,04 (9 H, s, Si(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,8 (C-2); 150,7 (C-4); 136,7 (C-6); 135,5 (C-2’);
123,4 (C-3’); 111,1 (C-5); 90,3 (C-1’); 87,3 (C-4’); 63,7 (5’-CH2); 28,5 (S-CH2); 16,3 (CH2-
Si); 12,4 (CH3); -1,8 (Si(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+K]+: 395,0863; encontrado: 395,0932;
erro: 17,46 ppm.
Parte experimental 148 ________________________________________________________________________
2’-Desoxi-2’-(metiltio)timidina 70
A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 50 mL de
DMF anidra e 1,52 g (6,35 mmol) de 2,2’-anidrotimidina 64. À suspensão foram
adicionados 2,23 g (31,77 mmol) de tiometóxido de sódio. Deixou-se a mistura
reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás argônio, à 120 ºC, por 3
horas. Os solventes foram removidos sob pressão reduzida e recuperou-se o
resíduo com 200 mL de diclorometano. A fase orgânica foi lavada com duas
porções de 100 mL de água, seca com sulfato de sódio e concentrada em
evaporador rotatório. O resíduo amarelo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com diclorometano/metanol 9:1. O produto 70 foi obtido na
forma de um sólido branco (1,1 g; 60,2% de rendimento).
FM: C11H16N2O5S
MM: 288,32 g/mol
FF: 167- 169ºC
[α]D21,6= -0,02 (c 0,4, MeOH)
IV (ע máx,cm-1) 3483 (N-H); 3300-2500 (O-H); 1701; 1676 (C=O); 1267 (S-C).
RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 11,32 (1 H, NH); δ 7,2 (1 H, d, J= 1,2 Hz, H-6); δ
5,85 (1 H, d, J= 4,8 Hz; H-1’); δ 4,47 (1 H, m , H-4’); δ 4,33 (1 H, dd, J= 5,2 Hz, H-2’); δ
3,87 (2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 3,34 (1 H, m, H-3’); δ 2,25 (3 H, s, SCH3); δ 1,91 (3 H, s,
CH3).
RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 166,4 (C-4); δ 152,8 (C-2); δ 138,6 (C-6); δ 111,4
(C-5); δ 90,9 (C-1’); δ 82,3 (C-4’); δ 80,8 (C-2’); δ 62,9 (C-5’); δ 54,5 (C-3’); δ δ 15,9
(SCH3); 12,5 (5-CH3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 288,0780; encontrado: 289,0732;
erro: 3,45 ppm.
Parte experimental 149 ________________________________________________________________________
2’-Desoxi-3’,5’-di-(O-metanosulfonil)-2’-(metiltio)timidina 71
A um balão de fundo redondo de 100 mL foram adicionados 25 mL de
piridina anidra e 0,333g (0,52 mmol) de 70. Em seguida, sob banho de gelo,
agitação magnética e atmosfera de gás nitrogênio adicionou-se 0,476 g (4,16
mmol) de cloreto de mesila. A reação foi mantida por 2 horas. Após o término
da reação, detectado por CCD (acetato de etila /hexano 7:3), a mistura
reacional foi vertida sobre gelo picado e acidificada com ácido clorídrico a pH
próximo de 1. Filtrou-se lavando com água. O produto bruto 71 foi obtido na
forma de um pó branco (0,403 g; 70 % de rendimento).
FM: C13H20N2O9S3
MM: 440,50 g/mol
FF: 89º- 91º C
IV (ע máx,cm-1) 1683 (C=O); 1355, 1167 (SO2), 1272 (S-C), 860, 810, 758.
RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 11,2 (1 H, NH); δ 7,2 (1 H, m. Hz, H-6); δ 6,7 (1 H,
m; H-1’); δ 5,9 (1 H, m, H-4’); δ 5,3 (1 H, m, H-2’); δ 3,87 (2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 3,61 (1
H, m, H-3’); δ 3,19 (6 H, s, SO2CH3); δ 2,25 (3 H, s, SCH3); δ 1,91 (3 H, s, CH3).
RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 164,4 (C-4); δ 151,0 (C-2); δ 135,0 (C-6); δ 110,8
(C-5); δ 88,8 (C-1’); δ 85,9 (C-4’); δ 80,9 (C-2’); δ 68,6 (C-5’); δ 51,3 (C3); δ 38,7 (SO2CH3);
δ 16,7 (SCH3); δ 12,5 (5-CH3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 444,0331; encontrado: 445,0358;
erro: 2,26 ppm.
Parte experimental 150 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-benzoil-2’-((2tiometil)ti)midina 72
A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 5 mL de DMF
anidra, 0,260 g (0,52 mmol) de 71 e 0,15 g (1,29 mmol) de benzoato de sódio.
Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás
nitrogênio, à temperatura de 90 ºC, por 24 horas. Após o término da reação,
detectado por CCD (diclorometano/ metanol 95:5), adicionaram-se 100 mL de
diclorometano, filtrou-se a vácuo e evaporou-se o solvente em evaporador
rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica com
hexano/acetato de etila 6:4. O produto 72 foi obtido na forma de um sólido
branco (0,1 g; 52% de rendimento).
FM: C18H18N2O5S
MM: 374,41 g/mol
FF: 71 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1683, (C=O), 1265 (S-C), 1174, 933, 705.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,20 (1 H, s, NH); δ 8,1-7,44 (5 H, m, Ar- H); δ 7,03 (1
H, s, H-6); δ 6,47 (1 H, m, H-1’); δ 5,43 (1 H, m, H-3’); δ 5,11(1 H, m, H-4’); δ 4,57 (2 H, m
H-5’a + H-5’b); δ 2,5 (3 H, m, SCH3)δ 1,57 (3 H, s, 5-CH3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,2 (CO); δ 163,8 (C-4); δ
150,9 (C-2); δ 135,2 (C-6); δ 133,5 (C-2’); δ 130,1 (Ar); δ 129,8 (2 Ar); δ 129,6 (2Ar); δ
128,6 (Ar); δ 128,3 (C-3’); δ 111,8 (C-5); δ 89,7 (C-1’); δ 84,1 (C-4’); δ 64,4 (C-5’); δ 15,7
(S-CH3); δ 12,0 (5-CH3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 397,0834; encontrado: 397,1031;
erro: 49,61 ppm.
Parte experimental 151 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-((2tiometil))timidina 73
A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de
metanol e 0,035 g (0,1 mmol) de 72. À solução, sob banho de gelo, foram
adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL
de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30
minutos. Após o término da reação, detectado por CCD (clorofórmio/metanol
9:1), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com clorofórmio/metanol 95:5. O produto 73 foi obtido na
forma de um sólido branco (84% de rendimento).
FM: C11H14N2O4S
MM: 270,06 g/mol
FF 75-76ºC
IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1661; (C=O); 1257 (S-C); 1107; 667.
RMN 1H (δ, 400 MHz, DMSO-d6) δ 10,5 (1 H, d, J = 8 Hz, NH); δ 6,61 (1 H, d, J = 8 Hz, H-
6); δ 5,51 (1 H, m, H-1’); δ 4,61 (1 H, s, H-3’); δ 4,36 (1 H, m, H-4’); δ 3,45 (2 H, m, H-5’a
+H’-5’b); δ 2,35 (5-OH); δ 2,30 (S-CH3); δ 1,58 (3 H, s, CH3).
RMN 13C (δ, 100 MHz, DMSO-d6) δ 161,2(C-4); δ 151,1 (C-2); δ 146,0 (C-6); δ 136,1 (C-
2’); δ 122,3 (C-3’); δ110,5 (C-5); δ 89,5 (C-1’); δ 87,2 (C-4’); δ 63,2 (5’-CH3); δ 15,0
(SCH3);δ 12,2 (5CH3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 293,0572; encontrado: 293,0763;
erro: 0,65 ppm.
Parte experimental 152 ________________________________________________________________________
1-[3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-xilofurano-1-il]timina 74
A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 50 mL de
DMF anidra e 2 g (8,84 mmol) de 64. À suspensão foram adicionados 4 g (108
mmol) de hidreto de sódio 65% à 0º C. Deixou-se a mistura reacional sob
agitação magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura ambiente, por 3
horas. Em seguida, adicionaram-se 2,5 mL (13,2 mmol) de 2-
(trimetilsilil)etanotiol 13 e a mistura foi deixada sob agitação durante 3 h. Sob
banho de gelo a 0 ºC, adicionaram 20 mL de solução aquosa de cloreto de
amônio. Evaporou- se os solventes sob pressão reduzida e recuperou-se o
resíduo com 300 mL de diclorometano. A fase orgânica foi lavada com duas
porções de 100 mL de água, secada com sulfato de sódio e concentrada em
evaporador rotatório. O resíduo amarelo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 74 foi obtido na
forma de um sólido branco (2,47 g; 78% de rendimento).
FM: C15H26N2O5SSi
MM: 374,53 g/mol
FF: 57 -59 ºC
[α]D21,5= -0,07 (c 0,8, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1682 (C=O); 1247 (Si-C); 1057; 839 (S-C).
RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 10,46 (1 H, s, NH) ; δ 7,63 (1 H, s, H-6) ; δ 5,75 (1 H, d,
3J1’,2’ = 3,6 Hz, H-1’) ; δ 4,52 (1 H, m, H-4’) ; δ 4,35 (1 H, m, H-2’) ; δ 3,87 (2 H, m, H-5’a +
H-5’b ; δ 3,42 (1 H, m, H-3’) ; δ 2,66 (2 H, m, S-CH2) ; δ 1,84 (3 H, s, CH3); δ 0,84 (2 H, m,
Si-CH2) ; δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).
RMN 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 164,6 (C-4) ; δ 151,4 (C-2) ; δ 136,7 (C-6) ; δ 110,4 (C-
5) ; δ 91,1 (C-1’) ; δ 81,6 (C-4’) ; δ 80,8 (C-2’) ; δ 62,8 (C-5’) ; δ 50,4 (C-3’) ; δ 28,6 (S-
CH2) ; δ 17,5 (CH2-Si) ; δ 12,5 (CH3) ; δ -1,8 (Si(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 375,1365; encontrado: 375,1292;
erro: -19,45 ppm.
Parte experimental 153
________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-fenoxicarbonil-2’-(2(trimetilsilil)etil)
tio)timidina 84
A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 9 mL de DMF
anidra , 0,5 g (1,34 mmol) de 74 e 0,34 g (1,62 mmol) de carbonato de difenila.
Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás
argônio, à temperatura de 90º C, por 1 hora. Após 1 hora de reação adicionou-
se 1,72 g ( 8 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas, o término da
reação foi detectado por CCD (acetato de metila/metanol 9:1), evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com diclorometano/acetato de etila 9:1. O produto 84 foi obtido
na forma de um sólido branco (0,49 g; 86% de rendimento).
FM: C22H28N2O6SSi
MM: 476,62 g/mol
FF: 82 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1766 (OCO); 1689 (largo e intenso, C=O); 1251 (S-C), 838 (Si-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,38 (1 H, s, NH), δ 7,41-7,10 (5 H, m, Ar), δ 7,56 (1 H,
d, 4J 6,5-CH3= 1,6 Hz, H-6); δ 7,10 (1 H, d, 3J 1’,2’= 1,2 Hz, H-1’); δ 5,35 (1 H, ta, 3J2’,1’ = 1,6
Hz, 4J2’,4’ = 1,6 Hz, H-2’); δ 4,95 (1 H, m, H-4’); δ 4,49 (1 H, d, 2J5’a, 5’b = 2,8 Hz, H-5’a); δ
4,48 (1 H, d, 2J5’b, 5’a = 2,4 Hz, H-5’b); δ 2,97 (2 H, m, S-CH2); δ 1,88 (3 H, s, CH3); δ 1,02 (2
H, m, Si-CH2); δ 0,08 (9 H, m, Si-(CH3) 3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,6 (C-4); δ 153,2 (OCOO); δ
150,8 (C-2); δ 143,4 (C-3’); δ 136,4 (C-6); δ 129,6 (2 Ar); δ 127,0 (Ar); δ 120,8 (2 Ar); δ
115,1 (C-2’); δ 111,2 (C-5); δ 89,4 (C-1’); δ 84,4 (C-4’); δ 67,1 (C-5’); δ 29,1 (S-CH2); δ
16,1 (Si-CH2); δ 12,4 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 499,1335; encontrado: 499,1326;
erro: -1,80 ppm.
Parte experimental 154 ________________________________________________________________________
3’,5’-Desoxi-3’,5’-O-fenoxiicarbonil-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-
xylofuranose-1-il]timina 86
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 5 mL de DMF
anidra , 0,200 g (0,54 mmol) de 74 e 0,688 g (3,2 mmol) de carbonato de
difenila. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de
nitrogênio, à temperatura de 90 ºC, por 1 hora. Após 1 hora de reação
adicionou-se 0,04 g (1,35 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas, o
término da reação foi detectado por CCD (acetato de metila/metanol 9:1),
evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/acetato de etila 9:1. O
produto 86 foi obtido na forma de um sólido branco (0,090 g; 28% de
rendimento).
FM: C29H34N2O9SSi
MM: 614,74 g/mol
FF: 98- 102º C
[α]D21,3= -0,06 (c 0,6, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1764 (C=O), 1689 (C=O), 1235 (Si-C), 1206, 838 (S-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,12 (1 H, s, N-H); δ 7,66-7,18 (11 H, m, Ar + H-6); δ
6,26 (1 H, d, J= 3,6 Hz, H-1’); δ 5,25 (1 H, m, H-4’); δ 4,74 (1 H, m, H-2’); δ 4,60 (2 H, m, H-
5’a + H-5’b); δ 3,66 (1 H, m, H-3’); δ 2,79 (2 H, m, S-CH2); δ 1,95 (3 H, s, 5-CH3); δ 0,93 (2
H, m, Si-CH2); δ 0,03 (9 H, s, Si-(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,5 (C-4); δ 153,0 (COO), δ 152,5 (C-4); δ 150,1 (C-
2); 135,6 (C-6); δ 129,5-118,0 (C-Ar); δ 111,3 (C-5); δ 87,7 (C-1’); δ 84,9 (C-4’); δ 67,3 (C-
5’); δ 48,9 (C-3’); δ 28,6 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,5 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).
Parte experimental 155 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-2’-(2-(trimetilsilil)etiltio)timidina 75
A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de
metanol e 0,035 m g (4,45 mmol) de 74. À solução, sob banho de gelo, foram
adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL
de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30
minutos Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol
95:5), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 75 foi obtido na
forma de um sólido branco (84% de rendimento).
FM: C15H24N2O4SSi
MM: 356,51 g/mol
FF: 75 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1715; 1667 (C=O); 1446; 1350; 1247 (Si-C); 1037; 837 (S-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,10 (1 H, s, N-H); δ 7,62 (1 H, d, J 1,2 Hz,H-6); δ 7,01
(1 H, m, H-1’); δ 5,3 (1 H, s, H-2’); δ 4,77 (1 H, t, J 2,4 Hz, H-4’); δ 3,92 (2 H, d, J 11,2 Hz,
H-5’a); δ 3,85 (2 H, d, J 12,8 Hz, H-5’b); δ 2,91 (2 H, m, S-CH2); δ 1,88 (3 H, s, 5-CH3); δ
0,92 (2 H, m, Si-CH2); δ -0,01 (9 H, s, Si(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,6 (C-4); δ 144,3 (C-2); δ 144,3 (C-6); δ 129,0 (C-
2’); δ 114,8 (C-5); δ 89,6 (C-1’); δ 87,6 (C-4’); δ 62,3 (5’-CH2); δ 28,9 (S-CH2); δ 16,0 (CH2-
Si); δ 12,5 (5-CH3); δ -1,8 (Si(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+:379,1124; encontrado: 379,1060;
erro: 16,88 ppm.
Parte experimental 156 ________________________________________________________________________
Carbonato de bis-[2’,3’-didesidro-2,3’-didesoxi-3’-(trimetilsilil)tiotimidina-
5’-ila] 87
A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 2 mL de DMF
anidra e 0,050 g (0,13 mmol) de 74. À suspensão foi adicionado 0,12 g (0,78
mmol) de carbonildiimidazol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação
magnética e atmosfera de gás argônio, à 90º C, por 1 hora. Após 1 hora de
reação, adicionou-se 0,03 g (0,32 mmol) de NaHCO3. Após 3 horas, o término
da reação foi detectado por CCD (dioclorometano/metanol 95:5). Adicionaram-
se duas gotas de água e evaporou-se. O resíduo foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica com diclorometano: metanol 98:2. O produto
87 foi obtido na forma de um sólido branco (0,046 g; 65% de rendimento).
FM: C31H46N4O9S2Si2
MM: 738,22 g/mol
IV (ע máx,cm-1) 1739 (CO3 ); 1675 (C=O), 1605, 1248 (Si-C), 837 (S-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,76 (2 H, s, NH); δ 7,24 (2 H, d, 4J6’,5-CH3= 1,2 Hz, H-6);
δ 7,00 (2 H, dd, 4J1’,4’= 1,6 Hz, 3J1’,2’= 2,4 Hz, H-1’); δ 5,31 (2 H, m, H-2’); δ 4,90 (2 H, m, H-
4’); δ 4,45 (2 H, dd, 2J5’a ,5’b = 2,6 Hz, 3J5’a, 4’ = 12,0 Hz, H-5’a); δ 4,29 (2 H, dd, 2J5’b ,5’a = 5,0
Hz, 3J5’b, 4’ = 12,0 Hz, H-5’b); δ 2,90 (4H, m, S-CH2); δ 1,90 (6 H, s, CH3); δ 0,97 (4 H, m, Si-
CH2); δ 0,07 (18 H, m, Si-(CH3) 3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,6 (C-4); δ 154,4 (OCOO); δ 150,7 (C-2); δ 143,2
(C-3’); δ 135,6 (C-6); δ 115,1 (C-2’); δ 111,3 (C-5); δ 89,8 (C-1’); δ 84,3 (C-4’); δ 68,2 (C-
5’); δ 29,1 (S-CH2); δ 16,0 (Si-CH2); δ 12,5 (CH3); δ -1,8 (Si-(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 761,2142; encontrado: 761,2129;
erro: -1,70 ppm.
Parte experimental 157
________________________________________________________________________
5’-Desoxi-5’-O-(terc-butildifenilsilil)-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-
xilofuranos-1-il)timina 76
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 3 mL de
piridina anidra e 0,2 g (0,53mmol) de 74. Em seguida, sob banho de gelo,
agitação magnética e atmosfera de gás argônio adicionou-se gota-a-gota 0,66
g (2,38 mmol) de cloreto de terc-butildiphenilsilila. A reação foi mantida por 48
horas. Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol
95:5), evaporou-se o solvente e co- evaporou-se ao tolueno. O resíduo foi
recuperado em 10 mL de diclorometano e lavado com duas porções de 20 mL
de água. Secou-se a fase orgânica com sulfato de magnésio, filtrou-se a vácuo
e evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O sólido obtido foi purificado
por cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O
produto 76 foi obtido na forma de um sólido branco (0,25 g; 73% de
rendimento).
FM: C31H44N2O5SSi2 MM: 612,93 g/mol FF: 126 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1683 (C=O); 1248 (Si-C), 1111, 1068, 831 (S-C), 698 (C-H aromático
monossubstituído).
RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 10,46 (1 H, s, NH); δ 7,74- 7,42 (11 H, m, H-Ar+6); δ 5,76
(1 H, d, 3J1’,2’ = 3,6 Hz, H-1’); δ 4,64 (1 H, m, H-4’); δ 4,39 (1 H, m, H-2’); δ 4,04 (1 H, dd, 2J
5’a,5’b = 3,6 Hz, 3J5’a, 4’ = 11,6 Hz, H-5’a); δ 3,94 (1 H, dd, 2J 5’b,5’a = 5,2 Hz, 3J5’b, 4’ = 15,6 Hz,
H-5’b); δ 3,39 (1 H, m, H-3’); δ 2,63 (2 H, m, S-CH2); δ 1,60 (3 H, s, 5-CH3); δ 1,09 (9 H,
s, terc-CH3); δ 0,84 (2 H, m, CH2Si); δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).
RMN 13C (δ, Acetona-d6, 100 MHz) δ 164,3 (C-4); δ 151,9 (C-2); δ 136,6 (C-6); δ 136,4-
128,7 (10- Ar); δ 110,7 (C-5); δ 89,1 (C-1’); δ 81,0 (C-4’); δ 80,1 (C-2’); δ 65,5 (C-5’); δ
52,0 (C-3’); δ 31,0 (S-CH2); δ 27,4 (terc-CH3); δ 19,9 (terc-C); δ 18,4 (CH2-Si); δ 12,0
(CH3); δ -1,7 (Si(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 613,2543; encontrado: 613,2580;
erro: 6,03 ppm.
Parte experimental 158
________________________________________________________________________
5’-Desoxi-5’-O-(terc-butildifenilsilil)-2’-O-benzoil-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-
β-D-xilofuranos-1-il]timina 77
A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 2 mL de
piridina anidra, 0,36 g (1,6 mmol) de anidrido benzóico e 0,1 g (0,16 mmol) de
76. A mistura reacional é mantida sob agitação magnética, atmosfera de gás
argônio, à temperatura de 70 ºC, por 6 horas. Após o término da reação,
detectado por CCD (diclorometano/acetato de etila 7:3), evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo obtido foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica com diclorometano/acetato de etila 7:3. O
produto 77 foi obtido na forma de um sólido branco (0,08 g; 69% de
rendimento).
FM: C38H48N2O6SSi2
MM: 717,06 g/mol
FF: 61 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1727 (C=O);1693 (C=O); 1273 (Si-C), 834 (S-C), 707 (C-H aromático
monossubstituído).
RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 10,9 (1 H, sl, NH) ; δ 8,14- δ 7,45 (16 H, m, Ar+6); δ 6,27
(1 H, d, 3J 1’,2’ = 4 Hz, H-1’); δ 5,66 (1 H, t, 3J 2’,4’ = 4,0 Hz H-2’); δ 4,56 (1 H, m, H-4’); δ 4,06
(2 H, m, H-5’a + H-5’b); δ 3,60 (1 H, m, H-3’); δ 2,76 (2 H, m, S-CH2); δ 2,05 (3 H, s, CH3);
δ 1,65 (9 H, s, terc-CH3); δ 0,92 (2 H, m, CH2Si) ; δ 0,02 (9 H, s, Si(CH3)3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+H]+: 717,2805; encontrado: 717,2838;
erro: 4,06 ppm.
Parte experimental 159 ________________________________________________________________________
5’-Desoxi-5’-(O-terc-butildifenilsilil)-2’-O-benzoil-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-
β-D-xilofuranos-1-il]timina 88
A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 1 mL de DMF
anidra , 0,05 g (0,08 mmol) de 76 e 0,01 g (0,12 mmol) de carbonato de
dimetila. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de
gás argônio, à temperatura de 90º C, por 1 hora. Após 1 hora de reação
adicionou-se 0,016 g (0,2 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas de
reação, adicionou-se 0,02 g (0,4 mmol) de bicarbonato de sódio. A reação foi
mantida por mais 5 horas. Adicionou-se 0,1g (1,2 mmol) de carbonato de
difenila. Após 4 horas de reação, o consumo do material de partida foi
detectado por CCD (diclorometano/ metanol 95:5). Evaporou-se o solvente em
evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de
sílica com diclorometano/acetato de etila 9:1. O produto 88 foi obtido na forma
de um sólido branco (0,040 g; 83% de rendimento).
FM: C32H46N2O5SSi2 MM: 626,95 g/mol FF: 54º C [α]D21,1= 0,03 (c 0,3, MeOH)
IV (ע máx,cm-1) 1704 (C=O), 1634 (C=O), 1471, 1248 (S-C),1065, 833 (Si-C), 701 (C-H
aromático monossubstituído).
RMN 1H (δ, CDCL3, 400 MHz) δ 7,53 (11 H, m, H-Ar +H-6); δ 5,65 (1 H, d, J = 4,4 Hz, H-
1’); δ 4,51 (1 H, m, H-4’); δ 4,30 (1 H, dd, 3J1’,3’ = 4,4 Hz, 3J1’,2’ = 7,2 Hz, H-2’); δ 4,00 (1 H,
dd, 2J 5’a,5’b = 3,2 Hz, 3J5’a, 4’ = 11,6 Hz, H-5’a); δ 3,87 (1 H, dd, 2J 5’b,5’a = 5,2 Hz, 3J5’b, 4’ = 12
Hz, H-5’b); δ 3,42 (1 H, t, J = 7,0 Hz, H-3’); δ 3,32 (3 H, s, N-CH3); δ 2,61 (2 H, m, S-CH2);
δ 1,66 (3 H, s, 5-CH3); δ 1,07 (9 H, s, terc-CH3); δ 0,84 (2 H, m, CH2-Si) ; δ 0,01 (9 H, s,
Si(CH3)3).
RMN 13C (δ, CDCL3, 100 MHz) δ 165,3 (C-4); δ 154,0 (C-2); δ 137,5 (C-6); δ (137,5) (Ar);
δ 137,2 (Ar); δ 137,5 (Ar); δ 137,2 (6); δ 134,9 (Ar); δ 134,4 (Ar); δ 131,7 (Ar); δ 137,7 (Ar);
δ 129,6 (Ar); δ 129,5 (Ar); δ 111,3 (C-5); δ 94,2 (C-1’); δ 84,2 (C-4’); δ 83,7 (C-2’); δ 65,9
(C-5’); δ 52,8 (C-3’); δ 30,8 (S-CH2); δ 29,5 (N-CH3); δ 28,7 (terc-CH3); δ 21,0 (terc-C); δ
19,5 (Si-CH2) ; δ 14,8 (5-CH3); δ 0,0 (Si(CH3)3).
Parte experimental 160 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-(O-terc-butildifenilsilil)-3’-
((2(trimetilsilil)etil)tio)timidina 78
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 3 mL de DMF
anidra, 0,05 g (0,53 mmol) de 76 e 0,026 g (0,13 mmol) de carbonato de
difenila. A reação foi mantida sob agitação magnética, atmosfera de gás
argônio, à temperatura de 90º C por 1 hora. Após 1 hora de reação, adicionou-
se 0,017 g (0,2 mmol) de bicarbonato de sódio deixou-se reagir por 3 horas.
Após o término da reação, detectado por CCD (ciclohexano/acetato de etila
9:1), evaporou-se o solvente em evaporador rotatório. O produto obtido foi
purificado por cromatografia em coluna de sílica com ciclohexano/acetato 9:1.
O produto 78 foi obtido na forma de um sólido branco (0,025 g; 54% de
rendimento).
FM: C33H46N2O4SSi2
MM: 622,97 g/mol
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,13 (1 H, s, NH), δ 7,60- 6,37 (12H, m, Ar + 1 H- H-6’
+ 1 H – H’1), δ 5,21(1 H, s, H-2’); δ 4,72 (1 H, m, H-4’); δ 4,94 (2 H, m, H-5’); δ 2,83 (2 H,
m, S-CH2); δ 2,08 (3 H, s, CH3); δ 0,99 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,00 (9 H, m, Si-(CH3) 3).
Parte experimental 161 ________________________________________________________________________
2’,5’-Di-O-benzoíla-3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-xilofuranos-1-il]timina 80
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
S
Si
BzO
OBz
A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 1,5 mL de
piridina anidra e 0,05 g (0,13 mmol) de 74. À solução adicionou-se 0,3 g (1,32
mmol) de anidrido benzóico. Deixou-se a mistura reacional sob agitação
magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura de 50º C, por 4 horas.
Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 97:3),
evaporou-se e co- evaporou-se a piridina com tolueno. Ao resíduo obtido foi
adicionado 150 mL de diclorometano e a fase orgânica foi lavada com 5
porções de 200 mL de solução aquosa de NaHCO3 a 5%. Posteriormente a
fase orgânica foi então secada com sulfato de magnésio e o solvente foi
eliminado em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia
em coluna de sílica com diclorometano/metanol 99:1. O produto 80 foi obtido
na forma de um sólido branco (1,86g; 77% de rendimento).
FM: C29H34N2O7SSi
MM: 582,74 g/mol
FF: 68- 72 ºC
[α]D21,7= -0,04 (c 0,2, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1715 (C=O de éster), 1683 (C=O), 1247 (S-C), 837 (Si-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,01 (1 H, s, N-H); δ 8,10-7,42 (11 H, m, Ar + H-6); δ
6,28 (1 H, d, J= 3,6 Hz, H-1’); δ 5,6 (1 H, m, H-4’); δ 4,75 (2 H, m, H-2’+ H-5’a); δ 4,68 (1 H,
dd, J= 5,6 Hz, J= 11,8 Hz, H-5’b); δ 3,62 (1 H, m, H-3’); δ 3,63 (2 H, m, S-CH2); δ 1,78 (3
H, s, 5-CH3); δ 0,82 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,01 (9 H, s, Si-(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,2 (COO); δ 165,3 (COO), δ 163,4 (C-4); δ 150,3
(C-2); δ 135,6 (C-6); δ 133,8-128,6 (C-Ar); δ 111,3 (C-5); δ 88,0 (C-1’); δ 82,2 (C-4’); δ
78,5 (C-2’); δ 64,1 (C-5’); δ 49,8 (C-3’); δ 28,6 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,4 (CH3); δ -
1,8 (Si-(CH3)3).
Parte experimental 162 ________________________________________________________________________
2’,5’-Di-O-metanosulfonil-[3’-(2-(trimetilsilil)etil)tio)-β-D-xilofuranos-1-
il]timina 79
A um balão de fundo redondo de 10 mL foram adicionados 1,5 mL de
piridina anidra e 0,05 g (0,13 mmol) de 74. À solução adicionou-se 0,3 g (1,32
mmol) de anidrido benzóico. Deixou-se a mistura reacional sob agitação
magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura de 50º C, por 4 horas.
Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 97:3),
evaporou-se e co- evaporou-se a piridina com tolueno. Ao resíduo obtido foi
adicionado 150 mL de diclorometano e a fase orgânica foi lavada com 5
porções de 200 mL de solução aquosa de NaHCO3 a 5%. Posteriormente a
fase orgânica foi então secada com sulfato de magnésio e o solvente foi
eliminado em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia
em coluna de sílica com diclorometano/metanol 99:1. O produto 79 foi obtido
na forma de um sólido branco (1,86g; 77% de rendimento).
FM: C17H30N2O9S3Si
MM: 530,71 g/mol FF: 71º C- 73º C
[α]D25= -2,5 (c 2, MeOH) IV (ע máx,cm-1) 1688 (C=O), 1354,1174.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 9,30 (1 H, s, N-H); δ 7,35 (1 H, s, H-6); δ 6,11 (1 H, m,
H-1’); δ 5,6 (2 H, m, H-2’+H-4’); δ 4,75 (2 H, m, H-2’+ H-5’a+ H-5’b); δ 4,22 (1 H, m, H-3’); δ
3,19 (3 H, s, SO2-CH3); δ 3,14 (3 H, s, SO2-CH3); δ 2,73 (2 H, m, S-CH2); δ 1,9 (3 H, s, 5-
CH3); δ 0,87 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,06 (9 H, s, Si-(CH3)3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,9 (COO); δ 150,6 (C-4); δ 134,8 (C-2); δ 111,1
(C-6); δ 89,1 (C-5); δ 87,2 (C-1’); δ 82,4 (C-4’); δ 69,3 (C-2’); δ 66,2 (C-3’); δ 55,5 (C-5’); δ
39,0 (SO-CH3); δ 37,8 (SO-CH3); δ 29,6 (S-CH2); δ 17,5 (Si-CH2); δ 12,6(CH3); δ -1,9 (Si-
(CH3)3).
Parte experimental 163 ________________________________________________________________________
[3’-D-xilofuranos-1-il]timina 89
A um balão de fundo redondo de 250 mL foram adicionados 50 mL de
DMF anidra e 2 g (8,84 mmol) de 64. À suspensão foram adicionados 4 g (108
mmol) de hidreto de sódio 65% à 0 ºC. Deixou-se a mistura reacional sob
agitação magnética e atmosfera de gás argônio, à temperatura ambiente, por 3
horas. Em seguida, adicionaram-se 2,5 mL (13,2 mmol) de tiometóxido de
sódio e a mistura foi deixada sob agitação durante 3 h. Sob banho de gelo a 0
ºC, adicionaram 20 mL de solução aquosa de cloreto de amônio. Evaporou- se
os solventes sob pressão reduzida e recuperou-se o resíduo com 300 mL de
diclorometano. A fase orgânica foi lavada com duas porções de 100 mL de
água, secada com sulfato de sódio e concentrada em evaporador rotatório. O
resíduo amarelo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica com
diclorometano/metanol 9:1. O produto 89 foi obtido na forma de um sólido
branco (2,47 g; 60% de rendimento).
FM: C11H16N2O5S MM: 288,32 g/mol
FF: 168 ºC
[α]D21,6= -0,02 (c 0,4, MeOH)
IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1702 ; 1657 (C=O); 1263 (S-C); 1059; 846.
RMN de 1H (δ, DMSO-d6, 400 MHz) δ 11,30 (1 H, s, NH); δ 7,8 (1 H, s, H-6); δ 5,85 (1 H,
d, J= 5,6 Hz, H-1’); δ 4,47 (1 H, d, J= 6,0 Hz, H-4’); δ 5,03 (1 H, m, H-3’); δ 3,87 (2 H, m, H-
5’a + H-5’b); δ 3,66 (1 H, m, OH-3’); δ 3,30 (1 H, m, H-2’); δ 2,17 (3 H, s, SCH3); δ 1,8 (3 H,
s, CH3).
RMN de 13C (δ, DMSO-d6, 100 MHz) δ 163,7 (C-4); δ 150,9 (C-2); δ 138,5 (C-6); δ 109,4
(C-5); δ 87,7 (C-1’); δ 79,8 (C-4’); δ 78,1 (C-3’); δ 61,3 (C-5’); δ 52,4 (C-2’); δ δ 16,3
(SCH3); 12,3 (5-CH3).
Massa alta resolução (ESI): m/z calculado - [M+Na]+: 311,0678; encontrado: 311,0526;
erro: -48,86 ppm.
Parte experimental 164 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-fenoxiicarbonil-3’-(metiltio)timidina 76
A um balão de fundo redondo de 50 mL foram adicionados 9 mL de DMF
anidra , 0,2 g (0,69 mmol) de 89 e 0,22 g (1,03 mmol) de carbonato de difenila.
Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de gás
argônio, à temperatura de 90 ºC, por 1 hora. Após 1 hora de reação adicionou-
se 0,06 g (1,73 mmol) de bicarbonato de sódio. Após 3 horas, o término da
reação foi detectado por CCD (clorofórmio/metanol 95:5), evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com diclorometano/metanol 95:5. O produto 76 foi obtido na
forma de um sólido branco (0,23 g; 86% de rendimento).
FM: C18H18N2O6S
MM: 390,08 g/mol
FF: 72- 74 ºC
IV (ע máx,cm-1) 1762 (OCO); 1682 (largo e intenso, C=O); 1240 (S-C).
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,10(1 H, s, NH), δ 7,72-7,16 (5 H, m, Ar), δ 6,20 (1 H,
d, 4J 6,5-CH3= 4,0 Hz, H-6); δ 6,25 (1 H, m, H-1’); δ 4,54 (1 H, m, H-2’); δ 4,00 (1 H, m, H-5’a+
H-5’b); δ 3,57 (1 H, m, H-4’); δ 1,90 (3 H, s, SCH3); δ 1,56 (3 H, s, 5-CH3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 163,2 (C-4); δ 152,8 (OCOO); δ
150,9 (Ar); δ 150,3 (C-2); δ 135,6 (C-6); δ 129,6 (Ar); δ 126,4 (Ar); δ 120,7; δ 111,3 (C-5);
δ 87,6 (C-3’); δ 84,5 (C-1’); δ 80,5 (C-2’); δ 62,3 (C-4’); δ 50,9 (C-5’); δ 15,8 (S-CH3); δ 12,6
(5-CH3).
Parte experimental 165 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-3’-(metiltio)timidina 82
A um balão de fundo redondo de 5 mL foram adicionados 2 mL de
metanol e 0,035 g (4,45 mmol) de 72. À solução, sob banho de gelo, foram
adicionados 0,5 mL de uma solução preparada com 1 pellets de KOH em 2 mL
de metanol. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética por 30
minutos. Após o término da reação, detectado por CCD (clorofórmio/metanol
9:1), neutralizou-se a reação com resina ácida, filtrou-se e evaporou-se o
solvente em evaporador rotatório. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica com clorofórmio/metanol 95:5. O produto 82 foi obtido na
forma de um sólido branco (78% de rendimento).
FM: C11H14N2O4S
MM: 270,06 g/mol
FF: 73-74ºC
IV (ע máx,cm-1) 3300-2500 (O-H); 1762; 1688; 1240 (S-C), 755.
RMN 1H (δ, CDCl3, 400 MHz,) δ 7,60 (1 H, d, J = 8 Hz, 6-H); δ 6,93 (1 H, m, H-1’); δ 5,76
(1 H,s, H- 2’); δ 4,99 (1 H, m, H-4’); δ 3,94 - 3,76 (2 H, m, H-5’a +H-5’b); δ 2,41 (S-CH3); δ
1,84 (3 H, s, 5-CH3).
RMN 13C (δ, 100 MHz, CDCl3) δ 162,8 (C-4); δ 150,5 (C-2); δ 141,8 (C-6); δ 136,4 (C-2’); δ
δ102,8 (C-5); δ 90,2 (C-1’); δ 87,2 (C-4’); δ 63,6 (S-CH3); δ 15,1 (5-CH3).
Parte experimental 166 ________________________________________________________________________
2’,3’-Didesidro-2’,3’-didesoxi-5’-O-benzoil- N-p-metoxibenzil-2’-
[(2(trimetilsilil)etil)tio]timidina 23
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 10 mL de
DMF anidra e 0,238g g (0,52 mmol) de 63. À suspensão foram adicionados
4,27g (30,96 mmol) de carbonato de potássio e 0,69 g (4,16 mmol) de cloreto
de p-metoxibenzoil. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e
atmosfera de gás argônio, à temperatura ambiente, por 24 horas. Após o
término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol 98:2), foram
adicionados 40 mL de diclorometano, filtrou-se à vácuo e evapora-se o
solvente. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica
inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de diclorometano:
acetato de etila 9:1. O produto 23 foi obtido na forma de um sólido branco
(0,247 g; 78% de rendimento).
FM: C30H34N2O6SSi
MM: 587,75 g/mol
RMN de 1H (δ, CDCl3, 400 MHz) δ 8,01-6,98 (9H, m, Ar), δ 6,92 (1 H, d, J = 1,2 Hz, H-6); δ
6,82 (1 H, dd, J = 2,1 Hz, H-1’); δ 5,79 (1 H, t, J = 1,6 Hz, H-3’); δ 5,14 (1 H, m, H-4’); δ
5,08 (1 H, d, J = 13,56 Hz, H’-a ); δ 5,02 (1 H, d, J = 13,6 Hz, H’-b ); δ 4,58 (1 H, dd, J = 4,4
Hz, J = 12,2 Hz, H-5’a ); δ 4,46 (1 H, dd, J = 3,0 Hz, J = 12,4 Hz, H-5’b); δ 3,75 (3 H, s,
OCH3); δ 2,81 (2 H, m, S-CH2); δ 1,59 (3 H, s, CH3); δ 0,90 (2 H, m, Si-CH2); δ 0,02 (9 H,
m, Si-(CH3) 3);
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 166,5 (COO); δ 163,4 (C-4); δ 159,2 (Ar-OCH3); δ
151,9 (C-2); δ 137,2 (C-2’); δ 133,7 (C-6); δ 133,4 (Ar); δ 131,0 (Ar); δ 129,9 (2Ar); δ 129,8
(Ar); δ 129,3 (Ar); δ 128,8 (2 Ar); δ 121,8 (C-3’); δ 113,9 (2 Ar); δ 111,2 (C-5); δ 90,8 (C-
1’); δ 84,4 (C-4’); δ 65,6 (C-5’); δ 55,4 (OCH3); δ 44,3 (ArCH2); δ 28,8 (S-CH2); δ 16,4 (Si-
CH2); δ 13,2 (CH3); δ -1,6 (Si-(CH3)3).
Parte experimental 167 ________________________________________________________________________
5’-O-benzoil-2’,3’-didesoxitimidina 101
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 15 mL de
piridina anidra e 0,5 g (2,24 mmol) de D4T e 1,12 g (10,8 mmol) de cloreto de
benzoíla. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de
nitrogênio, à temperatura ambiente, por 3 horas. Após o término da reação,
detectado por CCD (diclorometano/metanol 9:1), neutralizou-se com HCl PA a
pH 1. Filtrou-se à vácuo. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna
de sílica inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de
diclorometano:metanol 95:5. O produto 101 foi obtido na forma de um sólido
branco (0,507 g; 69% de rendimento).
FM: C17H16N2O5
MM: 328,32 g/mol
FF: 92 °C
[α]D23,8= -0,17 (c 0,2, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1718, 1682 (C=O), 1271, 1238, 1091, 708
RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 8,01-7,40 (5 H, m, Ar); δ 7,07 (1 H, s, H-6); δ 6,82 (1 H,
m, H-1’); δ 6,39 (1 H, d, J = 6,0 Hz, H-3’); δ 5,92 (1 H, d, J = 6,0 Hz H-2’); δ 5,15 (1 H, s, H-
4’); δ 4,58 (2 H, m, H-5’a +H-5’b ); 1,50 (3 H, s, CH3).
Parte experimental 168 ________________________________________________________________________
5’-O-benzoil-2’,3’-didesoxi-N-(p-metoxibenzil)timidina 104
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 12 mL de
DMF anidra e 0,300 g (0,92 mmol) de 101, 0,630 g (4,58 mmol) de carbonato
de potássio e 0,940 g (5,52 mmol) de brometo de benzila. Deixou-se a mistura
reacional sob agitação magnética e atmosfera de nitrogênio, à temperatura
ambiente, por 24 horas. Após o término da reação, detectado por CCD (acetato
de etila/hexano 6:4), foram adicionados 40 mL de diclorometano, filtrou-se à
vácuo e evapora-se o solvente. O resíduo foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de
acetato de etila/hexano 6:4. O produto 104 foi obtido na forma de um sólido
branco (0,247 g; 78% de rendimento).
FM: C24H20N2O5
MM: 416,43 g/mol
FF: 123-126 °C
[α]D23,7= -0,2 (c 0,4, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1721, 1701, 1664, 1639, 1274, 1080, 717.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 7,96-7,07 (9 H, m, Ar), δ 7,06 (1 H, d, J = 1,0 Hz, H-6);
δ 7,02 (1 H, m, H-1’); δ 6,35 (1 H, da, 3J 3’,2’= 5,9 Hz, H-3’); δ 5,89 (1 H, da, 3J 2’,3’= 5,2 Hz, H-
2’); δ 5,11 (3 H, sa, H-4’ + Hb+ Ha ); δ 4,55 (2 H, m, H-5’a + H-5’b ); δ 1,6 (3 H, s, CH3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 166,1 (COO); δ 163,2 (C-4); δ 151,3 (C-2); δ 136,8 (C-
6); δ 133,4 (Ar); δ 133,4 (Ar); δ 129,5 (Ar); δ 129,1 (Ar); δ 129,6 (Ar); δ 128,6 (Ar); δ 128,3
(Ar); δ 127,5 (Ar); δ 127,3 (C-2’); δ 110,3 (C-5); δ 90,5 (C-1’); δ 84,4 (C-4’); δ 65,0 (C-5’); δ
44,5 (CH2-Ar); δ 12,7 (5-CH3).
Parte experimental 169 ________________________________________________________________________
5’-N-di-O-benzoil-2’,3’-didesoxitimidina 105
A um balão de fundo redondo de 25 mL foram adicionados 35 mL de
piridina anidra e 3,0 g (13,44 mmol) de D4T e 5,67 g (40,3, mmol) de cloreto de
benzila. Deixou-se a mistura reacional sob agitação magnética e atmosfera de
nitrogênio, à temperatura ambiente, por 24 horas. Após o término da reação,
detectado por CCD (diclorometano/metanol 9:1), neutralizou-se com HCl PA a
pH 1. Filtrou-se à vácuo. O resíduo foi purificado por cromatografia em coluna
de sílica inicialmente com 100 mL de diclorometano 100%, seguido de acetato
de etila/hexano 6:4. O produto 105 foi obtido na forma de um sólido branco
(5,35 g; 90% de rendimento).
FM: C24H20N2O6
MM: 442,33 g/mol
FF: 149-151 °C
[α]D23,8= -0,21 (c 0,4, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1746, 1717, 1700, 1642, 1599, 1248, 1068, 715
RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) δ 7,99-7,41 (9 H, m, Ar), δ 7,19 (1 H, s, H-6); δ 6,95 (1 H,
m, H-1’); δ 6,39 (1 H, da, 3J 3’,2’= 5,9 Hz, H-3’); δ 5,93 (1 H, da, 3J 2’,3’= 5,7 Hz, H-2’); δ 5,14
(1 H, s, H-4’); δ 4,59 (2 H, da, 3J 2’,3’= 3,1 Hz, H-5’a + H-5’b ); δ 1,50 (3 H, s, CH3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 50 MHz) δ 168,9 (NCO); δ 166,1 (COO); δ 162,7 (C-4); δ 149,6 (C-
2); δ 134,9 (C-6); δ 133,5 (Ar); δ 131,5 (Ar); δ 130,4 (Ar); δ 129,5 (Ar); δ 129,1 (Ar); δ 128,6
(Ar); δ 127,1 (C-2’); δ 111,5 (C-5); δ 90,0 (C-1’); δ 84,5(C-4’); δ 64,9 (C-5’); δ 11,9 (CH3).
Parte experimental 170 ________________________________________________________________________
5’-O-tritil-2’,3’-didesoxitimidina 98
Uma solução de e 1,0 g (2,14 mmol) de 98 e 0,250 g de t-BuOK em 15
mL de DMSO foi deixada sob agitação à temperatura ambiente, por 30
minutos. Após o término da reação, detectado por CCD (diclorometano/metanol
95:5), precipitou-se a mistura reacional em 150 mL de água com gelo. A
mistura foi neutralizada com ácido acético. Filtrou-se à vácuo lavando-se com
água. O produto foi purificado por cromatografia em coluna de diclorometano:
metanol 98:2. O produto 98 foi obtido na forma de um sólido branco (0,92g;
92% de rendimento).
FM: C29H26N2O4
MM: 466,53 g/mol
FF: 92-109°C
[α]D19,6= 0,0 (c 0,2, CH2Cl2)
IV (ע máx,cm-1) 1666 (C=O), 1448, 1080, 698.
RMN de 1H (δ, CDCl3, 200 MHz) 9,57 (1 H , s, NH); δ 7,42-7,01 (16 H, m, Ar H-6); δ 7,05
(1 H, s, H-1’); δ 6,34 (1 H, m, H-2’); δ 5,88 (1 H, m, H-3’); δ 4,96 (1 H, s, H-4’); δ 3,38 (2 H,
m, H-5a + H-5b ); δ 2,60 (3 H, s, CH3).
RMN de 13C (δ, CDCl3, 100 MHz) δ 164,2 (C-4); δ 151,0 (C-2); δ 146,9 (C-6); δ 143,1 (C-
ArTr-6); δ 135,5 (C-3’); δ 134,2 (Ar); δ 128,5 (Ar); δ 128,5 (Ar); δ 127,9 (Ar); δ 127,8 (Ar); δ
127,1 (Ar); δ 126,6 (Ar); δ 126,1 (C-2’); δ 110,7 (C-5); δ 89,2(C-1’); δ 85,3 (C-4’); δ 64,9
(C-5’); δ 53,5 (C-Tr); δ 11,3 (5-CH3).
Conclusões 171 ________________________________________________________________________
5 CONCLUSÕES Neste trabalho foram desenvolvidos novos e eficientes métodos de
síntese para a obtenção de novos nucleosídeos com potencial antiviral e
antiproliferativo. As rotas de síntese estudadas permitiram o acesso aos
nucleosídeos saturados, como compostos intermediários, e aos nucleosídeos
insaturados em 2’,3’ como compostos finais.
O objetivo de desenvolver a síntese dessas substâncias explorando a
química do enxofre e silício através do grupo 2’-(trimetilsilil)etanotiol foi
alcançado, obtendo-se compostos intermediários para a síntese e obtenção de
novos tionucleosídeos, com bons rendimentos e que apresentaram, já
inicialmente através dos ensaios in vitro realizados, atividade citotóxica para
células de cancer de pulmão (A549).
Foi possível obter compostos com o grupo TMSE em posição 2’ e 3’,
além de nucleosídeos com o grupo metiltio também nessas posições, o que
permitirá analisar a contribuição de cada um dos grupos em determinadas
posições do açúcar para a atividade biológica.
A tese contribui também, para o estudo da reação de cicloadição com
nucleosídeos insaturados a partir de dicloroceteno formado in situ a partir de
cloreto de dicloroacetila e cloreto de tricloroacetila, permitindo avaliar as
condições empregadas nessas reações, bem como, abrir a discussão para que
se possam obter os nucleosídeos bicíclicos a partir desses métodos.
Referências Bibliográficas 172 ________________________________________________________________________
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APÊNDICE A- Espectro de RMN 1H, 13C, Espectro no
infravermelho e Massas.
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
28,7
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100,0
cm-1
%T
2954
2895
1687
1412
1353
1248
1166
1134
1105
1012
953
879
855
750
707
691
Figura A.1 Espectro no IV de 61 180
SSi
H3C
O
3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
0.0
2
0.7
9
0.8
40
.88
1.2
21
.26
1.5
3
2.2
8
2.8
32
.86
2.8
82
.89
2.9
02
.92
9.2
6
1.9
7
0.3
4
3.2
5
2.0
0
SSi
H3C
O
Figura A.2 – Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 61 181
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.7
0
17
.47
25
.53
30
.73
19
6.4
6
SSi
H3C
O
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm Figura A.3 Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) e DEPT 135 61 182
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
29,6
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100,4
cm-1
%T
2953
2897
1413
1273
1247
1170
1124
1017
745
692
660
Figura A.4 Espectro no IV de 13 183
SH
Si
Figura A.5 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 13 184
SH
Si
Figura A.6 Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) 13 185
SH
Si
Figura A.7 Espectro de RMN J-Mod (100 MHz, CDCl3) 13 186
SH
Si
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
84,7
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,3
cm-1
%T
30722894
1666
1614
1552
1470
1377
1339
1311
1267
1238
1189
1157
1136
1093
1057
1036
1017
1007
993
943
910
871
848
798
782
731
684
Figura A.8 – Espectro no IV de 64 187
-0.59.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
1.84
71.
850
3.20
4
3.22
03.
233
3.24
83.
295
3.30
83.
324
3.33
7
3.43
94.
109
4.11
34.
125
4.13
64.
140
4.43
44.
435
4.43
75.
018
5.23
05.
244
5.94
4
6.34
66.
361
7.79
57.
798
3.00
3
1.13
10.
999
1.05
5
1.00
6
0.94
7
1.03
0
0.93
1
1.00
1
1.00
0
3.33.43.53.63.73.83.94.04.14.24.34.4 ppm
3.23
3
3.24
83.
295
3.30
83.
324
3.33
7
3.43
9
4.10
94.
113
4.12
54.
136
4.14
0
4.43
4
4.43
5
1.13
1
0.99
9
1.05
5
1.00
6
Figura A.9 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 64 188
6 1’
0H-3’ 2’
0H-5’
3’ 4’
5’
5’a 5’b 5-CH3
4’ 3’
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
13
.07
60
.39
74
.28
88
.08
88
.69
89
.77
11
6.2
4
13
1.8
3
15
8.9
5
17
1.3
1
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm Figura A.10 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, DMSO-d6) e DEPT 135 de 64 189
2’ 1’ 5
6
4 2
4’ 3’ 5’
5-CH3
ppm
2.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5 ppm
2
3
4
5
6
7
8
Figura A.11 – Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 64 190
H-1’x H-2’
H-2’x H-1’
OH-3’x H-3’
H-3’X OH-3’
H-2’x H-3’
H-3’x H-2’
OH-5’x H-5’
H-5’x OH-5’
H-6 x 5-CH3
H-5’x H-4’
H-3’X H-4’
5-CH3x H-6
H-4’x H-5’
2.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5ppm ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.12 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 191
H-6x C-6
H-1’x C-1’
H-2’x C-2’
H-3’x C-3’
H-4’x C-4’
H-5’x C-5’
(CH3)3-5 x (CH3)3-5
ppm
1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5 ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A 13. – Mapa de contornos HMBC (400 MHz, DMSO-d6) de 64 192
H-2’x C-2
5-CH3 X C-4 H-6 x C-4
H-6 x C-2
H-1’x C-2
5-CH3 x C-
6
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
76,2
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
99,9
cm-1
%T
3396
3063
2951
1681
1469
1417
1276
1247
1211
1142
1085
1035
889
752
690
674
Figura A.14 – Espectro no IV de 15 193
9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.803
0.807
0.812
0.816
0.819
0.824
0.828
0.833
0.838
0.841
0.858
2.555
2.559
2.565
2.578
2.581
2.594
2.599
2.604
3.767
3.772
3.797
3.803
3.914
3.919
3.935
3.945
3.949
3.958
3.971
4.202
4.206
4.210
4.330
4.333
4.343
4.346
5.430
5.452
7.225
7.250
8.826
9.2
6
2.4
8
3.5
9
2.0
8
1.0
9
2.1
4
1.1
6
1.0
0
0.8
9
1.1
0
1.0
4
9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.803
0.807
0.812
0.816
0.819
0.824
0.828
0.833
0.838
0.841
0.858
2.555
2.559
2.565
2.578
2.581
2.594
2.599
2.604
3.767
3.772
3.797
3.803
3.914
3.919
3.935
3.945
3.949
3.958
3.971
4.202
4.206
4.210
4.330
4.333
4.343
4.346
5.430
5.452
7.225
7.250
8.826
9.2
6
2.4
8
3.5
9
2.0
8
1.0
9
2.1
4
1.1
6
1.0
0
0.8
9
1.1
0
1.0
4
3.753.803.853.903.954.004.054.104.154.204.254.304.35 ppm
3.767
3.772
3.797
3.803
3.914
3.919
3.935
3.945
3.949
3.958
3.971
4.202
4.206
4.210
4.330
4.333
4.343
4.346
1.0
9
2.1
4
1.1
6
1.0
0
Figura A.15- Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 15 194
6 1’
3’ 4’ 2’ 5’a
5’b
SCH2 SiCH2
Si(CH3)3
5CH3
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-3.2
7-1
.84
12
.40
18
.03
28
.38
52
.81
63
.09
71
.48
76
.69
77
.00
77
.21
77
.32
86
.60
93
.18
11
1.3
4
13
8.8
2
15
0.5
1
16
3.4
7
Figura A.16 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) 15 195
C-2’
4
Si-(CH3)3
S-CH2
5-CH3 5’
3’ 4’
1’ 2
5
Si-CH2
6
ppm
-0.59.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura A.17 – Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 15 196
H-1’x H-2’
H-2’x H-1’
ppm
3.43.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.64.7 ppm
3.0
3.2
3.4
3.6
3.8
4.0
4.2
4.4
4.6
4.8
5.0
H-4’x H-
5’b
H-2’x H-3’
H-3’x H-2’
H-5’b x H-4
H-2’ x H-4’
H-4’ x H-2’
H-6 x –5-CH3
5-CH3 x H-6
ppm
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.18 – Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 15 197
H-6 x C-4
H-6 x C-2 H-1 x C-2
5-CH3 x C-4
5-CH3 x C-6
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
37,5
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
99,6
cm-1
%T
3370
3064
2951
2834
2042
1688
1607
1583
1541
1507
1488
1464
1445
1413
1279
1246
1174
1084
1030
930
894
788
752
726
700
681
Figura A.19– Espectro no IV de 68 198
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
77,6
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
99,2
cm-1
%T
3028
1688
1470
1351
1272
1072
969
945
835
679
Figura A.20– Espectro no IV de 23 199
O
MsO
HN
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
OMs
1.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.09.510.010.511.011.512.012.5 ppm
1.7
89
2.5
02
3.2
52
3.3
60
3.3
76
4.4
74
4.5
13
4.5
35
5.3
34
5.3
59
5.3
83
5.5
36
5.5
57
5.5
82
5.9
76
5.9
97
7.5
72
11
.56
6
3.4
18
9.1
07
3.3
19
1.1
40
1.1
47
1.0
54
1.0
08
1.0
79
5.45.55.65.75.85.96.06.1 ppm
5.3
34
5.3
59
5.3
83
5.5
36
5.5
57
5.5
82
5.9
76
5.9
97
1.1
40
1.1
47
1.0
54
Figura A.21- Espectro de RMN de 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 23 200
O
MsO
HN
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
OMs
NH 6 1’ 2’ 3’ 4’+’5’a+5’b
SO2CH3
5CH3
102030405060708090100110120130140150160170180 ppm
12.4
00
39.8
33
67.7
28
74.3
12
76.6
24
78.7
49
88.2
64
110.4
02
136.8
09
150.7
41
164.0
71
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
12.4
81
37.2
9238
.398
67.8
02
74.4
0276
.707
78.8
41
88.3
50
136.
894
Figura A.22 – Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) e DEPT 135 de 23 201
O
MsO
HN
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
OMs
4 2 6 5 1’ 4’
3’
2’ 5’ SO2-CH3 5-CH3
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
36,1
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
99,2
cm-1
%T
2996
2924
1721
1668
1640
1600
1563
1480
1458
1414
1386
1347
1317
1288
1271
1256
1217
1175
1119
1085
1071
1052
1017
1000
979
970
958
909
882
861
842
820
791
783
761
731
692
678
659
Figura A.23– Espectro no IV de 25 202
O
BzO
N
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
1.74
91.
800
2.30
6
2.50
0
3.14
7
3.36
43.
453
4.14
74.
184
4.20
84.
245
4.28
54.
309
4.34
54.
370
4.79
3
5.64
9
5.67
45.
704
6.44
4
6.47
2
7.46
47.
502
7.53
97.
629
7.66
57.
700
7.80
57.
871
7.90
9
3.15
8
0.11
6
0.20
3
3.14
7
2.10
2
1.00
0
2.05
8
1.05
3
2.02
1
1.02
0
3.02
7
Figura A.24- Espectro de RMN de 1H (200 MHz, DMSO-d6) de 25 203
O
BzO
N
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
1’ 2’+3’ 4’
5’a+5’b
SO2-CH3
5CH3
Ars + 6
2030405060708090100110120130140150160170180 ppm
13.5
27
37.6
6638
.245
38.6
62
39.0
7939
.496
39.9
1440
.331
40.7
49
62.5
89
81.2
1582
.156
86.0
06
90.0
93
117.
501
128.
903
129.
367
132.
116
133.
786
158.
990
165.
327
171.
560
Figura A.25- Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 25 204
O
BzO
N
N
O
OMs
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a5b
COO
4
2 Ar
6 Ar
5 1’
4’
2’
3’
5’
SO2-CH3 5-CH3
205
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
79,2
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,2
cm-1
%T
2954
1685
1468
1353
1279
1248
1212 1094
1044
1009
968
940
899
827
780
704
655
Figura A.26– Espectro no IV de 16
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50Inten.(x1,000,000)
531.0964
514.1513
208.9878 334.9942610.1406430.9986
127.0477185.0307 268.9726 823.9960739.9786979.3277
931.4661
Figura A.27– Espectro de Massas por IES de 16 (M = 530)
Figura A. 28– Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 16 206
9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
-0.0
28
0.7
25
0.7
58
0.7
80
0.8
13
1.9
40
2.5
22
2.5
55
2.5
78
2.6
09
3.1
11
3.1
74
3.4
74
3.5
02
3.5
31
3.5
47
3.5
77
4.4
45
4.4
97
4.5
39
4.5
57
4.6
02
5.2
30
5.2
59
6.0
69
6.1
16
7.2
49
7.3
49
8.6
52
9.0
9
2.1
1
3.2
9
1.9
4
2.8
63.3
9
1.2
2
3.3
5
0.9
2
1.0
0
1.1
4
0.7
2
6 NH 1’ 3’
4’+ 5’a +5’b
2’ S-CH3
SO2CH3
SO2CH3
Si-CH2
Si-(CH3)3
5CH3
190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
-2.0
44
12.1
72
17.6
61
27.9
48
37.8
9538
.574
48.9
22
68.2
44
79.5
4881
.289
88.7
30
112.
315
135.
136
150.
232
162.
910
Figura A. 29– Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 16 207
2 4
6 5
1’
4’ 3’ 5’ 2’
-SO2-CH3
S-CH2
Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
208
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
58,0
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
99,2
cm-1
%T
3063
2952
1715
1683
1601
1584
1451
1372
1314
1247
1176
1092
1069
1025
937
889
837
779
752
686
659
Figura A.30- Espectro no IV de 65
Figura A.31- Espectro de Massas por IES de 65 (M = 582)
Figura A. 32– Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 65 209
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
-0.0
69
-0.0
11
0.7
09
0.7
18
0.7
23
0.7
29
0.7
32
0.7
38
0.7
43
0.7
52
1.6
27
1.6
29
2.5
45
2.5
54
2.5
59
2.5
66
2.5
68
2.5
74
2.5
79
2.5
89
3.5
71
3.5
86
3.5
92
3.6
08
4.5
24
4.5
32
4.5
39
4.5
47
4.6
58
4.6
66
4.6
88
4.6
97
4.7
70
4.7
78
4.8
00
4.8
08
5.6
76
5.6
82
5.6
91
5.6
97
6.2
74
6.2
95
7.1
52
7.1
55
7.2
50
7.4
60
7.4
79
7.4
98
7.5
94
7.5
97
7.6
07
7.6
12
7.6
25
7.6
40
7.6
44
8.0
54
8.0
57
8.0
78
8.0
82
9.4
8
1.9
3
3.6
1
1.8
9
0.9
7
1.0
21.1
71.0
7
1.0
0
0.9
7
1.0
3
4.3
42.1
5
4.4
1
0.7
8
6.30 ppm
6.2
74
6.2
95
0.9
75.685.705.72 ppm
5.6
76
5.6
82
5.6
91
5.6
97
1.0
0
4.704.754.80 ppm
4.6
58
4.6
66
4.6
88
4.6
97
4.7
70
4.7
78
4.8
00
4.8
08
1.1
7
1.0
7
S-CH3 Si-CH3
Si-(CH3)3
5CH3
6 1’
3’ 5’a+5’b 4’
2’ NH
Ar
Ar
Ar
5’a+ 5’b 3’ 1’
Figura A. 33– Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 65 210
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
-0.0
08
12.1
30
17.5
24
27.9
78
50.5
30
64.0
78
74.5
74
81.5
40
88.6
59
112.0
93
128.6
39
128.8
40
128.9
76
129.3
85
129.5
24
130.0
07
133.7
78
134.4
66
150.1
78
162.8
89
165.7
64
165.8
83
COO
COO
2
4
6
Ars
5 1’
4’ 3’
5’ 2’ S-CH2
Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
211
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
80,9
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,2
cm-1
%T
30442952
1722
1682
1452
1397
1314
1250
1118
1098
1069
1024
889
838
772
757
661
Figura A.34– Espectro no IV de 63
Figura A.35- Espectro de Massas por IES de 63 (M = 460)
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
0.0
21
0.8
87
0.8
96
0.9
06
0.9
15
1.5
67
2.8
08
2.8
10
2.8
22
2.8
35
2.8
38
4.4
72
4.4
80
4.5
03
4.5
11
4.5
52
4.5
63
4.5
83
4.5
93
5.1
42
5.1
45
5.1
49
5.1
51
5.7
95
5.7
99
5.8
03
6.9
17
6.9
21
6.9
26
6.9
30
6.9
52
6.9
55
7.4
19
7.4
37
7.4
57
7.5
53
7.5
56
7.5
59
7.5
71
7.5
75
7.5
79
7.5
90
7.5
93
7.5
97
7.9
97
8.0
00
8.0
05
8.0
18
8.0
20
8.0
21
8.0
25
9.1
98
8.3
05
2.1
75
3.1
84
2.1
57
2.0
54
0.9
70
0.9
56
1.2
10
0.3
78
2.2
32
1.1
26
2.1
59
1.0
06
7.407.457.507.557.607.657.707.757.807.857.907.958.008.05 ppm
7.4
19
7.4
37
7.4
57
7.5
53
7.5
56
7.5
59
7.5
71
7.5
75
7.5
79
7.5
90
7.5
93
7.5
97
7.9
97
8.0
00
8.0
05
8.0
18
8.0
20
8.0
21
8.0
25
2.2
32
1.1
26
2.1
59
4.504.554.60 ppm
4.4
72
4.4
80
4.5
03
4.5
11
4.5
52
4.5
63
4.5
83
4.5
93
2.0
54
6.95 ppm
6.9
17
6.9
21
6.9
26
6.9
30
6.9
52
6.9
55
1.2
10
Figura A.36– Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 63 212
NH S-CH2 Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
5’a 5’b
4’
3’
6 1’
Ars
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.8
8
12
.11
16
.16
28
.55
65
.34
84
.22
89
.75
11
1.6
9
12
1.6
61
28
.63
12
9.4
91
29
.60
13
3.4
61
35
.00
13
6.8
0
15
0.9
2
16
3.7
11
66
.28
OO
NH
N
O
1'
3'
4'
5' O
O
S
Si
2
4
5
6
129130131132133134135136137 ppm
12
8.6
3
12
9.4
91
29
.60
13
3.4
6
13
5.0
0
13
6.8
0
Figura A.37 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 63 213
CO 4 2
2’ 6
Ars
3’ 5
1’ 4’ 5’
S-CH2
Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
ppm
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura A.38– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 63 214
H-3’ x H-4’
H-4’ x H-3’
H-4’ x H-5’
H-5’ x H-4’
H-4’ x H-1’
H-1’ x H’-4
H-1’ x H-3’
H-1’ x H- 3’
10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.39 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 63
H-1’ x C-1’
H-3’ x C-3’
6.76.86.97.07.17.27.37.47.57.67.77.87.98.08.18.28.38.48.58.68.7ppm ppm
90
95
100
105
110
115
120
125
130
135
H-6 x C-6
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.40 – Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 63 216
2H-Ar x CO
H-5’ x CO
H-5’ x C-3’
217
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
33,0
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
99,9
cm-1
%T
34173189
3060
2952
1682
1611
1468
1420
1395
1372
1249
1223
1164
1135
1105
1081
1013
891
837
773
755
712
692
667
Figura A.41 – Espectro no IV de 75
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0Inten.(x100,000)
373.1138
231.0537
395.0932
455.0853
127.0537185.0442 767.2717578.1814277.0231 907.3529646.1968 965.8269
Figura A.42- Espectro de Massas por IES de 75 (M = 356)
218
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.04
2
0.89
50.
903
0.91
50.
919
0.93
10.
939
1.86
71.
869
2.80
02.
808
2.82
92.
852
2.87
32.
881
3.72
43.
732
3.75
53.
763
3.89
13.
897
3.92
23.
929
4.94
74.
949
5.77
9
6.89
46.
899
7.25
07.
349
7.35
1
8.39
8
9.36
2.03
3.12
2.04
1.07
1.05
1.00
0.97
0.93
0.92
0.87
3.753.803.853.903.95 ppm
3.72
43.
732
3.75
53.
763
3.89
13.
897
3.92
23.
929
1.07
1.05
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.7
97
12.4
22
16.3
17
28.5
16
63.7
24
87.2
0890
.345
111.
077
123.
328
135.
482
136.
671
150.
656
163.
792
Figura A.43– Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) e RMN 13C (200MHz) de 75
3’ 4’
5’a 5’b
S-CH2
Si-CH2
5CH3
1’ 6’ NH
Si-(CH3)3
Si-CH2
Si-(CH3)3
S-CH2
Si-CH2 5CH3
Si-(CH3)3
5’
4’
1’ 4 2
6 5
3’
219
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
63,0
64
66
68
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
99,0
cm-1
%T
3364
3152
3081
3032
2916
2812
1701
1655
1611
1472
1423
1403
1371
1288
1264
1230
1186
1128
1099
1059
1011
987
923
898
848
804
767
729
663
Figura A.44 – Espectro no IV de 70
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
Inten.(x1,000,000)
289.0732
311.0523
596.1473127.0546
452.1240231.0672 631.0504 740.2596555.2062 816.0773 934.0871
Figura A.45- Espectro de Massas por IES de 70 (M = 288)
1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0 ppm
1.9
07
1.9
10
2.2
47
3.3
28
3.3
31
3.3
35
3.3
39
3.3
43
3.3
46
3.8
56
3.8
64
3.8
76
3.8
87
4.3
20
4.3
33
4.3
35
4.3
48
4.4
47
4.4
57
4.4
66
4.4
75
4.4
85
5.8
40
5.8
52
7.9
13
7.9
16
3.1
23
3.1
04
0.9
33
1.6
78
1.0
30
1.0
62
1.0
32
1.0
00
7.927.947.96 ppm
7.9
13
7.9
16
1.0
00
5.85 ppm
5.8
40
5.8
52
1.0
32
4.50 ppm
4.4
47
4.4
57
4.4
66
4.4
75
4.4
85
1.0
62
4.344.36 ppm
4.3
20
4.3
33
4.3
35
4.3
48
1.0
30
Figura A.46 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 70 220
6 1’
4’ 2’
B
’
5’a+5’b 3’
5CH3
SCH3
190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
12.5
0
15.9
4
54.5
4
62.9
6
80.7
7
82.2
3
90.9
4
111.
36
138.
63
152.
82
166.
40
OHO N
HN
O
O
1'
2'3'
4'
5'
2
4
5
6
SCH3OH
Figura A.47 – Espectro de RMN de 13C (200 MHz, DMSO-d6) de 70 221
4 2
6
5 1’
4’
2’ 5’ 3’ SCH3 5CH3
ppm
3.23.43.63.84.04.24.44.64.85.05.25.45.65.8 ppm
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
Figura A.48– Mapa de contornos COSY (400 MHz, DMSO-d6) de 70 222
H-5’ x H-4’
H-2’ x H-1’
H-4’ x H-5’
H-4’ x H-3’
H-1’ x H-2’
H-3’ x H-4’
H-2’ x H-3’
H-3’ x H-2’
ppm
1.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.5 ppm
40
60
80
100
120
140
160
Figura A.49 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, DMSO-d6) de 70 223
H-6 x C-6
H-1’ x C-1’
H-4’ x C-4’
H-2’ x C-2’
H-3’ x C-3’
H-5’ x C-
5’
224
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
72,4
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
100,1
cm-1
%T
3180
3033
2927
1683
1471
1411
1355
1306
1272
1222
1167
1125
1096
1031
1013
980
964
930
911
860
758
732
705
682
Figura A.50 – Espectro no IV de 71
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
Inten.(x1,000,000)
385.0191
445.0358
387.0156
289.0547 514.1994127.0366 213.1092 625.9966 858.0352779.0255
Figura A.51- Espectro de Massas por IES de 71 (M = 444)
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
12.3
416
.04
37.7
638
.75
51.3
4
68.8
6
80.9
6
85.8
988
.85
110.
82
135.
01
151.
05
164.
38
Figura A.52– Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 71
225
226
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
25,0
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100,2
cm-1
%T
3171
3025
2932
2832
2663
2561
1683
1601
1583
1468
1452
1422
1353
1326
1265 1174
1092
1069
1045
1025
1000
933
832
805
782
705
684
667
Figura A.53 – Espectro no IV de 72
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Inten.(x100,000)
397.1031
267.1387
127.0431
351.0888207.0497533.3263455.1247
771.2691150.0795 589.1501527.1345305.1356 927.6866
Figura A.54- Espectro de Massas por IES de 72 (M = 374)
227
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
91,00
91,5
92,0
92,5
93,0
93,5
94,0
94,5
95,0
95,5
96,0
96,5
97,0
97,5
98,0
98,5
99,0
99,50
cm-1
%T
3054
1661
1468
1257
1107
1024
813
761
667
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
Inten.(x10,000)
293.0753
127.0575
437.2743
415.2641620.7117563.1956198.9999 383.1247 489.3831
66.4659833.1360
Figura A.55 – Espectro no IV de 73 e espectro de Massas por IES de 73 (M =270)
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.961
1.573
2.082
2.293
2.647
3.446
4.359
4.606
5.510
6.607
6.611
7.269
3.11
2.79
1.14
2.02
0.97
1.01
0.96
1.00
Figura A.56– Espectro de RMN
de 1H (400 MHz, DMSO-d6)
e 13C (100 MHz, DMSO-d6)
de 73
-10170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
12.2
214.9
9
63.1
9
87.1
789.4
8
110.4
7
122.6
9
136.0
6
145.9
8
151.0
5
161.2
0
6 1’ 3’ 4’ 5’a+5’b
SCH3
5CH3 5-OH
5CH3
SCH3 5’ 1’
4’ 5
3’
228 214
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
85,2
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
99,5
cm-1
%T
3356
2952
1682
1470
1247
1057
754
691
Figura A. 57 – Espectro no IV de 74
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
Inten.(x1,000,000)
375.1292
391.1249
127.0542199.0835 547.1103479.1125 769.3403329.0422 677.4460 859.2366 957.4586
Figura A.58– Espectro de Massas por IES de 74 (M = 374)
-111 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
-0.0
20
0.7
94
0.7
98
0.8
09
0.8
14
0.8
30
0.8
52
0.8
71
0.8
86
1.8
36
2.6
38
2.6
60
2.6
82
3.4
07
3.4
23
3.4
36
3.8
16
3.8
45
3.8
75
3.9
26
3.9
46
3.9
50
3.9
57
4.3
46
4.3
56
4.5
19
4.5
27
5.7
50
5.7
59
7.2
49
7.6
25
10
.46
4
9.2
55
2.0
78
3.1
97
2.0
47
1.0
57
2.4
01
1.0
49
1.1
34
1.0
91
0.9
98
3.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.6 ppm
3.4
07
3.4
23
3.4
36
3.8
16
3.8
45
3.8
75
3.9
26
3.9
46
3.9
50
3.9
57
4.3
46
4.3
56
4.5
19
4.5
27
1.0
57
2.4
01
1.0
49
1.1
34
Figura A.59 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 74 229
Si-CH2 S-CH2
Si-(CH3)3
6
1’
4’ 2’ 5’a+5’b 3’
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.8
1
12.4
6
17.5
1
28.5
6
50.4
0
62.8
1
80.7
7
81.6
0
91.0
9
110.
45
136.
72
151.
43
164.
62
OHO N
HN
O
O
1'
2'3'
4'
2
4
5
6
OH
S
Si
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
Figura A.60 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT de 74 230
5CH3 S-CH3
Si-CH3
Si-(CH3)3
4
2
6 5 1’
4’ 5’
2’
3’
ppm
9 8 7 6 5 4 3 2 1 ppm
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura A.61– Mapa de contornos COSY e expansão (400 MHz, CDCl3) de 74 231
ppm
3.03.54.04.55.05.56.0 ppm
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
5.5
6.0
6.5
H-1’ x H-2’
H-2’ x H-1’
H-4’ x H-5’
H-5’ x H-4’
H-4’ x H-3’
H-3’ x H-4’
H-2’ x H-3’
H-3’ x H-2’
232
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
94,00
94,5
95,0
95,5
96,0
96,5
97,0
97,5
98,0
98,5
99,0
99,5
99,82
cm-1
%T 1766
1689
1465
1251
1105
1053
945
838
688
662
Figura A. 62– Espectro no IV de 84
Figura A.63– Espectro de Massas por IES de 84 (M=476)
11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.08
1
1.00
11.
022
1.04
4
1.88
11.
884
2.92
52.
937
2.95
22.
956
2.95
9
2.98
12.
983
2.98
93.
003
3.01
5
4.48
04.
486
4.48
84.
495
4.94
3
4.94
84.
952
4.95
75.
346
5.35
05.
354
7.08
9
7.09
3
7.09
77.
101
7.12
67.
128
7.13
17.
147
7.15
07.
373
7.37
87.
393
7.39
47.
413
7.56
4
7.56
88.
377
8.89
0
2.09
9
3.13
0
2.09
2
1.82
5
1.02
5
1.00
0
1.07
61.
017
1.08
22.
243
1.01
3
0.97
8
5.345.365.38 ppm5.
346
5.35
05.
354
1.00
04.944.964.98 ppm
4.94
34.
948
4.95
2
4.95
7
1.02
5
4.484.494.50 ppm
4.48
0
4.48
64.
488
4.49
5
1.82
5
Figura A.64 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 84 233
Si-CH2 S-CH2
Si-(CH2)3
5’a+5’b 4’ 2’
NH 6
Ars
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.7
8
12
.35
16
.09
29
.11
67
.14
84
.35
89
.37
11
1.2
1
11
5.0
6
12
0.8
1
12
9.6
5
13
6.3
9
14
3.4
2
15
0.7
9
15
3.2
4
16
3.6
1
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
Figura A.65– Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3 ) e J-Mod de 84 234
4
2
COO
3’ 6
Ar Ar
Ar
2’
5
1’
4’
5’
S-CH2
Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
ppm
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura A.66- Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 84 235
H-1’ x H-2’
H-2’ x H-1’
H-2’ x H-4’
H-4’ x H-2’
H-4’ x H-5’
H-5’ x H-4’
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.67 – Mapa de contornos HMQC e expansão (400 MHz, CDCl3) de 84 236
6.76.86.97.07.17.27.37.47.57.67.77.87.98.08.18.28.38.48.58.68.78.88.9ppm ppm
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
125
130
135
140
145
H-1’ x C-1’
H-5’ x C-5’
H-4’ x C-4’
H-2’ x C-2’
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
79,0
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,3
cm-1
%T
2953
1764
1689
1592
1493
1463
1384
1235
1206
1055
1021
960
838
770
708
686
Figura A. 68 – Espectro no IV de 86 237
-0.59.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
0.0
3
0.8
60
.89
0.9
30
.97
1.0
0
1.9
5
2.7
52
.79
2.8
3
3.6
43
.66
3.6
8
4.5
34
.55
4.5
9
4.6
04
.63
4.6
64
.72
4.7
34
.76
5.2
45
.25
5.2
7
6.2
56
.26
7.1
87
.22
7.2
67
.27
7.3
0
7.3
07
.31
7.3
6
7.3
87
.40
7.4
27
.45
7.6
6
9.1
2
9.4
5
2.8
6
3.4
6
2.1
4
1.0
9
1.9
61.5
0
1.0
9
1.1
0
7.4
9
4.7
3
1.0
5
1.0
0
Figura A.69– Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 86 238
Si-CH2 S-CH2
5CH3
Si-(CH3)3
3’ 4’+5’a+5’b
4’ 1’
H-Ars + H-6
NH
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.8
73
12
.47
0
17
.41
6
28
.64
7
48
.90
5
67
.25
3
84
.89
6
87
.63
3
11
1.3
44
12
0.7
57
12
6.2
92
12
9.4
84
13
5.2
90
15
0.4
23
15
0.8
86
15
2.4
54
15
3.0
47
16
3.4
58
Figura A.70– Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 86 239
Ar
Ar
4
COO
COO
2 6
Ar
5 1’
4’ 3’
5’ S-CH2
Si-CH2
5CH3
Si-(CH3)3
240
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
57,7
60
65
70
75
80
85
90
95
99,7
cm-1
%T
31783064
2952
2923
2853
1675
1605 1465
1422
1382
1248
1217
1164
1105
1049
1011 937
888
783
758
727
691
662
Figura A. 71 – Espectro no IV de 87
Figura A.72 – Espectro de Massas por IES de 87
(M= 738)
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
0.0
65
0.9
44
0.9
53
0.9
59
0.9
69
0.9
73
0.9
83
0.9
88
0.9
97
1.8
97
1.9
00
2.8
67
2.8
80
2.8
89
2.8
94
2.9
04
2.9
10
2.9
19
2.9
24
2.9
33
2.9
46
4.2
53
4.2
65
4.2
83
4.2
96
4.4
32
4.4
38
4.4
62
4.4
69
4.8
88
4.8
94
4.9
01
4.9
06
5.3
09
5.3
13
5.3
17
6.9
95
6.9
99
7.0
03
7.0
07
7.2
43
7.2
46
7.2
60
8.7
64
9.3
66
2.1
55
3.1
45
2.0
58
2.1
09
0.9
87
0.9
80
1.0
00
0.9
04
0.9
60
4.90 ppm
4.8
88
4.8
94
4.9
01
4.9
06
0.9
87
5.35 ppm
5.3
09
5.3
13
5.3
17
0.9
80
4.34.4 ppm
4.2
53
4.2
65
4.2
83
4.2
96
4.4
32
4.4
38
4.4
62
4.4
69
2.1
09
7.25 ppm
7.2
43
7.2
46
0.9
04
7.02 ppm
6.9
95
6.9
99
7.0
03
7.0
07
1.0
00
Figura A.73 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 87 241
6 1’ 2’ 4’ 5’a 5’b
200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.8
0
12
.45
16
.00
29
.10
68
.19
84
.30
89
.76
11
1.2
9
11
5.0
5
13
5.5
6
14
3.1
8
15
0.7
1
15
4.4
0
16
3.6
0O
ONH
N
O
O
SSi
O
O
O
SSi
NH
N
O
O
200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
Figura A.74 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3 ) e J-Mod de 87 242
4
OCOO
2
3’
6
2’
5
1’
4’ 5’
S-CH2
Si-CH2
5CH3
Si-(CH3)3
ppm
1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5 ppm
1
2
3
4
5
6
7
8
Figura A.75– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 87 243
H-1’ x H-2’
H-2’ x H-1’
H-1’ x H-4’
H-4’ x H-1’
H-4’ x H-2’
H-2’ x H-4’
H-4’ x H-5CH3
H-5CH3 X H-4’
H-6 x H-5CH3
H-5CH3 x H-6
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.76 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 87 244
H-2’ x C-2’
H-1’ x C-1’
H-6’ x C-6
H-4’ x C-4
245
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
84,9
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,2
cm-1
%T
2929
1683
1471
1427
1248
1144
1111
1068
1007
831
742
660
Figura A.77 – Espectro no IV de 76
Figura A.78 Espectro de Massas por IES de 76 (M=612)
11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
-0.0
13
0.8
04
0.8
13
0.8
22
0.8
28
0.8
42
0.8
49
0.8
58
0.8
66
0.8
85
1.0
85
1.6
05
1.6
07
2.6
06
2.6
11
2.6
25
2.6
31
2.6
36
2.6
50
2.6
55
3.3
73
3.3
86
3.3
90
3.4
02
3.9
22
3.9
35
3.9
51
3.9
64
4.0
19
4.0
28
4.0
48
4.0
57
4.3
79
4.3
88
4.4
00
4.6
17
4.6
27
4.6
43
4.6
55
5.7
79
5.7
88
7.2
50
7.3
52
7.3
56
7.3
63
7.3
69
7.3
73
7.3
76
7.3
84
7.3
88
7.3
91
7.4
03
7.4
10
7.4
14
7.4
19
7.4
22
7.4
28
7.4
37
7.4
51
7.4
54
7.6
95
7.6
99
7.7
15
7.7
19
7.7
35
7.7
39
2.2
93
9.4
91
3.2
50
2.0
41
1.0
03
1.2
78
1.2
63
1.1
31
1.1
38
1.1
02
7.8
54
4.3
46
1.0
00
3.43.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.6 ppm
3.3
73
3.3
86
3.3
90
3.4
02
3.9
22
3.9
35
3.9
51
3.9
64
4.0
19
4.0
28
4.0
48
4.0
57
4.3
79
4.3
88
4.4
00
4.6
17
4.6
27
4.6
43
4.6
55
1.0
03
1.2
78
1.2
63
1.1
31
1.1
38
Figura A.79 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) 76 246
1’
2’ 4’
5’a 5’b 3’
Ars +6
SCH2
5CH3
terc-CH3
SiCH2
Si(CH3)3
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.6
6
12
.00
18
.38
19
.86
27
.44
52
.03
65
.53
80
.14
81
.02
89
.12
11
0.6
6
12
8.6
81
30
.72
13
0.8
11
33
.51
13
4.3
1
13
6.1
51
36
.40
13
6.5
7
15
1.8
5
16
4.2
8
OO N
HN
O
O
1'
2'3'4'
5'2
4
5
6
OH
SiS
Si
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
Figura A.80 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, acetona-d6) e DEPT 135 de 76 247
2 4
6 Ars
5 1’
4’
2’
5’ 3’
S-CH2
terc-CH3
Si-CH2
5CH3
Si-(CH3)3
ppm
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura A.81– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 76 248
H-1’ x H-2’
H-1’ x H-2’
H-3’ x H-2’
H-2’ x H-3’
H-4’ x H-5’
249
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
75,0
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
98,8
cm-1
%T
2930
1727
1693
1645
1602 1473
1451
1427
1388
1314
1273
1177
1148
1111
1086
1069
1005
936
881
834
743
707
685
658
Figura A.82 – Espectro no IV de 77
Figura A.83- Espectro de Massas por IES de 77
(M= 716)
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
S
Si
OBz
OSi
11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.86
0.88
0.89
0.90
0.91
0.92
0.93
0.95
0.97
0.99
1.14
1.65
2.06
2.74
2.76
2.78
3.58
3.60
3.61
4.04
4.05
4.06
4.07
4.54
4.55
4.56
4.57
4.58
5.66
5.67
5.68
6.27
6.27
6.28
7.45
7.46
7.46
7.47
7.49
7.49
7.58
7.59
7.59
7.59
7.60
7.61
7.61
7.62
7.63
7.63
8.12
8.12
8.14
8.14
10.9
5
2.32
9.08
2.95
0.73
1.95
0.98
2.00
1.02
0.99
1.00
7.94
14.1
6
3.73.83.94.04.14.24.34.44.54.64.74.84.95.05.15.25.35.45.55.65.75.85.96.06.16.26.3 ppm
3.58
3.60
3.61
4.04
4.05
4.06
4.07
4.54
4.55
4.56
4.57
4.58
5.66
5.67
5.68
6.27
6.27
6.28
0.98
2.00
1.02
0.99
1.00
Figura A.84 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 77 250
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
S
Si
OBz
OSi
Ars+6
4’
1’ 2’ 4’ 5’a+5’b
3’ SCH2 SiCH2
Si(CH3)3
1’ 2’ 5’a+5’b 3’
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
64,0
66
68
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98,2
cm-1
%T
3412
2930
2857
1704
1634
1471
1427
1387
1364
1296
1247
1191
1148
1111
1065
1007
943
888
833
765
742
701
Figura A.85 – Espectro no IV de 88 251
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
-0.0
13
0.7
95
0.8
07
0.8
16
0.8
26
0.8
38
1.0
68
1.6
62
1.6
65
2.5
92
2.6
14
2.6
36
3.3
21
3.3
98
3.4
16
3.4
34
3.8
45
3.8
58
3.8
75
3.8
88
3.9
77
3.9
85
4.0
06
4.0
14
4.2
85
4.2
96
4.3
03
4.3
14
4.4
94
4.5
02
4.5
07
4.5
14
4.5
21
4.5
26
5.6
52
5.6
63
7.2
50
7.3
44
7.3
48
7.3
51
7.3
65
7.3
68
7.3
83
7.4
00
7.4
04
7.4
08
7.4
12
7.4
15
7.4
22
7.4
27
7.4
40
7.4
45
7.5
42
7.5
45
7.6
45
7.6
49
7.6
54
7.6
61
7.6
65
7.6
68
7.6
86
7.6
90
7.6
95
7.7
03
7.7
06
7.7
10
2.1
32
8.9
44
3.0
19
1.9
01
3.1
11
0.7
64
1.1
37
0.9
97
0.7
53
0.9
89
0.9
88
5.5
05
0.5
21
3.4
72
4.44.5 ppm
4.2
85
4.2
96
4.3
03
4.3
14
4.4
94
4.5
02
4.5
07
4.5
14
4.5
21
0.7
53
0.9
89
3.853.903.954.00 ppm
3.8
45
3.8
58
3.8
75
3.8
88
3.9
77
3.9
85
4.0
06
4.0
14
1.1
37
0.9
97
ppm
3.3
98
3.4
16
3.4
34
0.7
64
Figura A.86 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 88 252
Si(CH3)3
SCH2 SiCH2
5CH3
tert-CH3
NCH3
4’ 2’ 5’a
5’b 3’
1’
Ars + 6
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
0.0
0
14
.78
19
.55
20
.99
28
.71
29
.53
30
.76
52
.83
65
.91
83
.72
84
.19
94
.19
11
1.2
6
12
9.5
31
29
.57
13
1.6
7
13
1.7
11
34
.40
13
4.8
91
35
.01
13
7.2
21
37
.51
15
3.9
6
16
5.3
0
128129130131132133134135136137138139140 ppm
12
9.5
31
29
.57
13
1.6
71
31
.71
13
4.4
0
13
4.8
9
13
5.0
1
13
7.2
2
13
7.5
1
Figura A.87 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz CDCl3) de 88 253
4 2
Ar
Ar
6 5
1’ 4’
2’ 5’
3’
terc-CH3
SCH2
N-CH3 tert-C
Si-CH2
5CH3
Si-(CH3)3
Figura A.88– Mapa de contornos COZY e HMQC (400 MHz, CDCl3) de 88 254
H- 3’ x C- 3’
N-CH3 x CH3
H-1’ x C-1’
H- 5’ x C- 5’
1.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.5ppm ppm
40
60
80
100
120
140
160
H-1’x H-2’
H-4’x H-5’
H-4’x H-3’
H-2’x H-3’
ppm
-18 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
Figura A.89– Mapa de contornos HMBC(400 MHz, CDCl3) de 88 255
N-CH3 x C-2
N-CH3 x C-4
5-CH3 x C-5
5-CH3 x C-6
5-CH3 x C-4
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
62,0
64
66
68
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98,8
cm-1
%T
2955
1715
1694
1601
1585
1451
1378
1315
1248
1177
1094
1069
1026
888
840
804
753
708
687
Figura A.90 – Espectro no IV de 80 256
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
S
Si
BzO
OBz
10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
0.8
43
0.8
49
0.8
63
0.8
78
0.8
99
0.9
13
0.9
28
0.9
34
0.9
42
0.9
50
0.9
62
0.9
77
2.7
59
2.7
74
2.7
89
2.8
05
2.8
17
2.8
21
2.8
34
2.8
49
2.8
65
2.8
80
3.6
10
3.6
18
3.6
24
3.6
32
4.5
86
4.6
01
4.6
16
4.6
30
4.7
26
4.7
34
4.7
62
4.7
75
5.5
50
5.5
58
5.5
66
6.2
77
6.2
86
7.4
23
7.4
42
7.4
61
7.4
79
7.5
61
7.5
80
7.5
98
7.6
22
7.6
25
8.0
24
8.0
27
8.0
45
8.0
76
8.0
79
8.0
97
9.0
84
2.4
07
3.0
73
2.2
48
1.0
38
1.2
14
2.3
63
1.0
53
1.1
04
0.9
59
5.4
16
3.9
45
5.3
18
1.0
00
4.74.8 ppm
4.5
86
4.6
01
4.6
16
4.6
30
4.7
26
4.7
34
4.7
62
4.7
75
1.2
14
2.3
63
6.286.29 ppm
6.2
77
6.2
86
1.1
04
ppm
5.5
50
5.5
58
5.5
66
1.0
53
Figura A.91 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 80 257
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
S
Si
BzO
OBz
NH Ars
6
1’
4’ 2’
5’a +5’b
3’
SCH2 SiCH2
5CH3
Si(CH3)3
-1.8
2
12
.37
17
.53
28
.61
49
.75
64
.14
68
.14
78
.55
82
.22
87
.99
11
1.3
3
12
8.6
01
28
.80
12
9.4
41
29
.73
12
9.9
01
33
.44
13
3.7
61
35
.64
15
0.3
0
16
3.4
4
16
5.3
31
66
.17
Figura A.92 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 80 258
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
S
Si
BzO
OBz
COO
COO
4 2
Ars
5 6 1’ 4’
2’
3’ 5’ S-CH2
Si-CH2
5CH3
Si-(CH3)3
ppm
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura A.93– Mapa de contornos COSY (400 MHz, CDCl3) de 80 259
H-4’ x H-3’
H-3’ x H-4’
H-2’ x H-3’
H-3’ x H-2’
H-4’ x H-1’
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
SS
i
BzO
OBz
H-1’ x H-4’
ppm
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.94– Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 80 260
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
SS
i
BzO
OBz
H-3’ x C-3’
H-5’ x C-5’
H-2’ x C-2’
H-4’ x C-4’
H-1’ x C-1’
ppm
9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.95– Mapa de contornos HMBC (400 MHz, CDCl3) de 80 261
S-CH2 x C-3’
O
HN
N
O
O
CH3
1'
2'3'
4'
5'
2
45
6H H
5a 5b
SS
iBzO
OBz
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
67,0
68
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
98,9
cm-1
%T
3031
2952
1688
1468
1416
1354
1265
1248
1174
1120
1093
948
831
752
696
Figura A.96 – Espectro no IV de 79
262
263
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
35,0
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
99,9
cm-1
%T
3417
3189
3060
2952
1682
1611
1468
1420
1395
1372
1249
1223
1164
1135
1105
1081
1013
891
837
773
755
712
692
667
Figura A.97 – Espectro no IV de 75
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50Inten.(x100,000)
391.1948
231.1082
379.1050
457.2930
185.0292127.0445 267.1617
331.2338 484.1785587.1804 735.2049675.1647 816.5677
Figura A.98- Espectro de Massas por IES de 75
(M= 356)
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
-0.0
12
0.9
35
0.9
54
0.9
61
0.9
67
0.9
78
0.9
81
0.9
92
0.9
98
1.0
06
1.8
83
2.8
76
2.8
88
2.8
98
2.9
12
2.9
18
2.9
32
2.9
42
2.9
54
3.8
38
3.8
70
3.9
11
3.9
39
4.7
65
4.7
71
4.7
77
5.2
77
7.0
02
7.0
05
7.0
10
7.0
13
7.6
23
7.6
26
8.1
04
9.3
4
2.2
4
3.5
4
2.0
6
2.2
2
1.0
6
1.0
0
1.0
8
0.9
8
1.0
0
3.9 ppm
3.8
38
3.8
70
3.9
11
3.9
39
2.2
2
Figura A.99 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 75 264
5’a 5’b
2’
4’ S-CH2 Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
1’ 6’ NH
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.8
08
12.4
6316
.007
28.9
03
62.6
17
87.5
7389
.588
112.
050
114.
816
136.
752
144.
261
163.
628
Figura A.100 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 75 265
5’ S-CH2
Si-CH2
5-CH3
Si-(CH3)3
1’ 4’ 4 2
5 6
2’
266
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
74,0
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
98,8
cm-1
%T
33603148
3033
2915
2813
1702
1657
1471
1423
1403
1371
1346
1297
1263
1230
1128
1099
1059
1011
986
923
898
846
804
777
767
729
666
Figura A.101 – Espectro no IV de 89
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Inten.(x1,000,000)
311.0526
588.1605289.0690 444.0686 507.1498382.1182176.5507 573.1558 657.2229 733.3015 860.1872
Figura A.102- Espectro de Massas por IES de 89
(M= 288)
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 ppm
1.78
3
2.16
5
3.28
73.
305
3.32
33.
646
3.65
73.
667
4.14
34.
158
4.17
54.
190
4.26
94.
278
4.28
84.
297
4.30
65.
022
5.03
45.
045
5.70
45.
719
5.76
85.
782
7.80
0
11.2
96
3.21
2.88
1.07
1.86
1.02
0.98
0.93
0.97
0.96
1.00
0.99
5.755.80 ppm
5.70
4
5.71
9
5.76
85.
782
0.97
0.96
4.154.204.254.304.35 ppm
4.14
34.
158
4.17
54.
190
4.26
94.
278
4.28
84.
297
4.30
6
1.02
0.98
Figura A.103 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 89 267
N-H 6 1’ 4’ 2’
5’a 5’b 3’
SCH3 5-CH3
3’-OH
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
12.2
5815
.290
52.4
39
61.3
21
78.0
8879
.754
87.7
47
109.
356
136.
517
150.
886
163.
684
Figura A.104 – Espectro de RMN de 13C (50 MHz, DMSO-d6) de 89 268
4 2 6 5 1’
4’ 2’ 5’
3’
SCH3 5-CH3
269
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
86,0
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,1
cm-1
%T
3058
1763
1682
1469
1385
1240
1207
1063
843
767
712
687
Figura A.105 – Espectro no IV de 76
2.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0 ppm
1.5
60
1.9
32
1.9
35
3.5
59
3.5
71
3.5
75
3.5
87
3.9
34
3.9
43
3.9
49
3.9
64
3.9
74
3.9
80
3.9
90
4.0
14
4.0
26
4.0
39
4.0
57
4.0
69
4.5
26
4.5
36
4.5
42
4.5
47
4.5
53
4.5
63
5.2
39
5.2
50
5.2
61
6.1
92
6.2
02
7.1
65
7.1
67
7.1
70
7.1
81
7.1
86
7.1
89
7.3
63
7.3
69
7.3
74
7.3
89
7.4
04
7.4
09
7.4
15
7.7
23
7.7
26
8.1
07
3.1
4
0.9
6
3.1
4
1.0
5
2.1
8
1.0
5
1.0
0
0.9
9
2.3
9
2.4
4
0.9
8
0.8
8
Figura A.106 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 76
N-H
Ars 6 1’
4’
5’a+5’b
2’
SCH3 5CH3
270
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-0.0
3
12.6
215
.57
50.9
4
62.3
3
76.6
876
.99
77.2
077
.31
80.5
084
.50
87.5
8
111.
38
120.
78
126.
4712
9.63
135.
68
150.
3215
0.83
152.
75
163.
15
100.
00
Figura A.107 – Espectro de RMN de 13C (50 MHz, CDCl3) de 76
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
91,00
91,5
92,0
92,5
93,0
93,5
94,0
94,5
95,0
95,5
96,0
96,5
97,0
97,5
98,0
98,5
99,0
99,50
cm-1
%T
3054
1661
1468
1257
1107
1024
813
761
667
Figura A. 108 – Espectro no IV de 82
SCH3
5CH3
5’ 2’ 5
1’ 4’
3’ 4
OCOO
O 2 6
Ars
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
0.02
4
0.86
7
0.88
30.
892
0.90
20.
911
0.92
7
1.59
31.
597
2.79
7
2.80
12.
813
2.82
52.
829
3.75
44.
449
4.45
64.
479
4.48
74.
549
4.56
04.
580
4.59
05.
000
5.03
45.
064
5.09
85.
138
5.14
25.
144
5.14
75.
792
6.79
56.
817
6.92
46.
927
6.97
96.
983
6.98
86.
992
7.43
5
7.43
97.
455
7.46
17.
557
7.57
67.
993
7.99
68.
014
9.49
3
2.38
4
3.01
0
1.96
3
3.01
7
2.00
0
2.35
70.
986
0.91
9
2.25
30.
992
1.00
1
4.27
4
0.98
9
2.10
3
OO
N
N
O
O
O
OCH3
S
Si23
1'
2'3'
4'
5'1
2
34
5
6
Ha
Hb
4.54.64.74.84.95.05.1 ppm
4.44
94.
456
4.47
94.
487
4.54
94.
560
4.58
04.
590
5.00
0
5.03
4
5.06
4
5.09
85.
138
5.14
25.
144
5.14
7
2.00
0
2.35
7
0.98
6
Figura A.109 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 102 271
Ars + H-6 + H-1’
3’
5’a 5’b
SiCH2 SCH2
5CH3
Si(CH3)3
Ha+Hb 4’ OCH3
H2’’ H3’’
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.6
3
13
.15
16
.41
28
.77
44
.30
65
.59
84
.44
90
.83
11
1.2
3
11
3.8
7
12
1.8
41
28
.85
12
9.3
21
29
.75
12
9.8
61
31
.02
13
3.3
51
33
.67
13
7.1
7
15
1.9
1
15
9.2
4
16
3.4
2
16
6.5
1
128129130131132133134135136137138139 ppm
12
8.8
5
12
9.3
2
12
9.7
5
12
9.8
6
13
1.0
2
13
3.3
5
13
3.6
7
13
7.1
7
OO
N
N
O
O
O
OCH3
S
Si
1'
3'
4'
5'
2'
2
4
5
6
Figura A.110– Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) de 102 272
COO
4 Ar-OCH3
2 6
Ars
3’ 5
Ar
1’ 4’
5’
OCH3
ArCH2
S-CH2
Si-CH2
5CH3
Si(CH3)3
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
-1.6
3
13.1
5
16.4
1
28.7
7
44.3
0
65.5
9
84.4
4
90.8
3
111.
23
113.
87
121.
84
128.
8512
9.32
129.
75
129.
8613
1.02
133.
3513
3.67
137.
17
151.
91
159.
24
163.
42
166.
51
128129130131132133134135136137138139 ppm
128.
85
129.
32
129.
75
129.
86
131.
02
133.
35
133.
67
137.
17
OO
N
N
O
O
O
OCH3
S
Si
1'
3'
4'
5'
2'
2
4
5
6
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
129130131 ppm
Figura A.111 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e J-Mod de 102 273
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0ppm ppm
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Figura A.112 – Mapa de contornos HMQC (400 MHz, CDCl3) de 102 274
H- CH2 x C- CH2
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
71,0
72
74
76
78
80
82
84
86
88
90
92
94
96
98
99,6
cm-1
%T
3162
3037
2821
1718
1682
1602
1463
1453
1422
1380
1350
1314
1290
1271
1175
1137
1122
1091
1078
1068
1024
992
970
909
893
874
852
819
800
779
758
741
708
686
669
657
Figura A.113– Espectro no IV de 101 275
4.04.55.05.56.06.57.07.58.08.59.0 ppm
4.567
4.582
4.599
5.154
5.909
5.939
6.375
6.405
6.978
6.988
6.998
7.074
7.250
7.400
7.437
7.476
7.547
7.585
7.980
8.018
8.821
1.69
0.99
0.94
1.00
0.80
1.08
1.89
1.05
1.97
1.00
Figura A.114 – Espectro de RMN de 1H (200 MHz, CDCl3) de 101 276
Ars 6
1’ 2’ 3’ 4’
5CH3
190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
12.01
84.48
89.82
127.32
128.68
129.63
133.35
133.56
135.13
Figura A.115 – Subespectro DEPT 35 de RMN 13C (50 MHz, CDCl3) de 101 277
5CH3
5’
4’ 1’
3’
2’ 6
Ars
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
80,0
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99,0
cm-1
%T
1746
1717
1700
1642
1599
1450
1390
1379
1360
1317
1248
1177
1150
1125
1068
1041
1023
1000
983
951
895
857
828
814
793
759
742
732
715
692
670
655
Figura A.116 – Espectro no IV de 105 278
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
1.5026
4.5833
4.5989
5.1409
5.9184
5.9469
6.3807
6.4103
6.9417
6.9500
6.9589
7.1855
7.4110
7.4479
7.4846
7.5446
7.5790
7.6080
7.6438
7.8844
7.9219
7.9972
2.99
1.99
1.05
0.98
1.00
1.01
0.99
6.13
4.14
0.10
6.26.46.66.87.07.27.47.67.88.0 ppm
5.9184
5.9469
6.3807
6.4103
6.9417
6.9500
6.9589
7.1855
7.4110
7.4479
7.4846
7.5446
7.5790
7.6080
7.6438
7.8844
7.9219
7.9972
8.0339
Figura A.117 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 105 279
5’a+5’b 4’ 2’ 3’ 1’
6 Ars
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
11.92
64.89
84.54
89.98
111.15
127.09
128.64
129.05
129.54
130.38
131.47
133.51
134.95
149.63
162.67
166.14
168.89
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
12.00
84.63
90.10
127.18
128.71
129.11
129.62
130.45
133.56
135.02
Figura A.118 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 105 280
Ars
NCO
COO
4 2
6
2’ 5
1’ 4’
5’
5CH3
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
82,0
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
99,8
cm-1
%T
2948
1721
1701
1664
1639
1497
1452
1406
1392
1360
1319
1290
1274
1236
1178
1147
1129
1108
1080
1025
1008
974
941
895
879
859
810
795
767
731
717
692
675
Figura A.119 – Espectro no IV de 104 281
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 ppm
4.5424
4.5542
4.5698
5.1084
5.8752
5.9014
6.3372
6.3669
7.0135
7.0230
7.0319
7.0628
7.0676
7.2397
7.2747
7.3767
7.4124
7.4539
7.4922
7.5016
7.5239
7.5606
7.5974
7.9690
3.11
1.84
2.99
0.98
1.00
2.16
3.05
5.27
2.00
Figura A.120 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 104 282
5’a+5’b
4’+H’a +H’b
2’ 3’
6+1’
Ars
5CH3
190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
12.72
44.46
64.96
84.36
90.54
110.37
127.31
127.47
128.26
128.57
129.06
129.52
133.39
136.81
151.34
163.18
166.09
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 ppm
Figura A.121 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT 135 de 104 283
COO 4 2 6
Ars
2’ 5
1’ 4’ 5’ Ar-CH2 5CH3
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
80,0
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
98,8
cm-1
%T
3022
1658
1628
1519
1467
1447
1378
1296
1268
1224
1156
1129
1075
1046
994
937
914
897
879
839
815
782
774
763
748
698
Figura A.122 – Espectro no IV de 97 284
‘
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 ppm
1.94
72.
370
2.37
72.
385
2.40
12.
409
2.41
7
2.68
02.
701
2.71
23.
388
3.40
23.
407
4.26
94.
274
4.28
54.
290
4.30
1
4.30
6
5.14
8
5.51
95.
528
6.97
27.
240
7.25
8
7.26
47.
276
7.29
97.
319
7.33
97.
355
7.37
67.
393
7.45
37.
471
14.4
36
3.48
8
1.29
7
1.31
3
2.11
9
1.21
7
1.04
2
1.02
2
1.00
0
12.8
17
7.29
9
3.53.63.73.83.94.04.14.24.34.44.54.64.74.84.95.05.15.25.35.45.5 ppm
3.38
83.
402
3.40
7
4.26
94.
274
4.28
5
4.29
04.
301
4.30
6
5.14
8
5.51
95.
528
2.11
9
1.21
7
1.04
2
1.02
2
Figura A.123 – Espectro de RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) de 97 285
Ars
6 1’ 3’ 4’ 5’a+5’b 2’
5CH3
1’ 3’ 4’
5’a+5’b
230 220 210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
13.40
9
26.93
4
33.64
8
62.38
9
84.53
387
.337
87.52
5
118.3
42
127.2
1312
7.249
127.9
4012
8.604
135.2
0614
3.127
143.3
55
146.9
33
153.3
31
171.7
13
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
0.024
11.927
13.422
26.945
26.995
32.934
33.661
42.010
54.846
62.142
62.403
62.514
76.818
77.002
84.545
85.729
86.801
87.536
127.13
5
127.22
6127
.262
127.57
2127
.714
127.77
4127
.953
128.14
3
128.41
9128
.616
128.70
4135
.215
143.36
8
Figura A.124 – Espectro de RMN de 13C (100 MHz, CDCl3) e DEPT de 97 286
4 6
Ar
Ars
5 1’
4’
CTr
5’ 2’
5CH3
3’
Ar
2
4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0
55,0
60
65
70
75
80
85
90
95
97,0
cm-1
%T
3178
3057
2925
2871
1682
1489
1465
1448
1397
1360
1329
1245
1223
1182
1154
1136
1111
1080
1052
1034
984
900
855
819
799
760
746
698
667
Figura A.125– Espectro no IV de 98 287
OTrO N
NH
O
1'
2'3'
4'
5'2
4
5
6H H
5a 5b
O
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 ppm
1.26
0
2.60
1
2.95
7
3.35
83.
377
3.39
0
4.96
8
5.27
0
5.87
45.
902
6.33
56.
364
7.05
17.
060
7.06
97.
203
7.25
87.
289
7.31
47.
331
7.38
37.
412
7.42
3
9.87
1
2.92
7.48
0.56
1.91
1.01
0.33
0.93
1.00
0.95
10.8
47.
49
1.01
Figura A.126 – Espectro de RMN de 1H (100 MHz, CDCl3) de 98 288
OTrO N
NH
O
1'
2'3'
4'
5'2
4
5
6H H
5a 5b
O
5CH3
5’a+5’a
4’ 3’ 2’ 1’
Ars +6 NH
210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ppm
11.3
34
53.5
43
64.8
88
85.3
0686
.621
89.2
42
110.
734
126.
145
126.
625
127.
117
127.
431
127.
733
127.
947
128.
495
134.
225
135.
481
143.
107
150.
990
164.
219
Figura A.127 – Espectro de RMN de 1H (100 MHz, CDCl3) de 98 289
OTrO N
NH
O
1'
2'3'
4'
5'2
4
5
6H H
5a 5b
O
5-CH3
C-Tr
5’ 4’
4 2
C-ArTr
5
6 3’
ArTr
2’
1’ Ar