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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO
INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
SAÚDE COLETIVA
NÚCLEO DE SAÚDE COLETIVA
IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO
INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
2018
TCC apresentado ao Curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva. Orientador: Profª Drª Erlene Roberta Ribeiro dos Santos Coorientador: Profº Me. Antônio Flaudiano Bem Leite
Catalogação na Fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.
Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB-4/977
L383i Laurentino, Iris Milleyde da Silva.
Incapacidade funcional e cefaleia: impactos no cotidiano dos universitários da área da saúde / Iris Milleyde da Silva Laurentino. - Vitória de Santo Antão, 2018.
58 folhas. Orientadora: Erlene Roberta Ribeiro dos Santos. TCC (Graduação em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Pernambuco,
CAV, Bacharelado em Saúde Coletiva, 2018. Inclui referências.
1. Ansiedade. 2. Cefaleia. 3. Estresse. 3. Universitários - Transtorno do sono. I. Santos, Erlene Roberta Ribeiro dos (Orientadora). II. Título.
616.8491 CDD (23.ed ) BIBCAV/UFPE-220/2018
IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO
INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE
TCC apresentado ao Curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.
Aprovado em: 12/12/2018.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Profº. Drª Erlene Roberta Ribeiro Dos Santos (Orientadora) Universidade Federal de Pernambuco
_________________________________________ Profº. Dr. Flávio Renato Barros Da Guarda (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco
_________________________________________ Profº. Dr. José Eduardo Garcia (Examinador Externo)
Universidade Federal de Pernambuco
Dedicatória
É com muito carinho que dedico este trabalho aos meus queridos filhos,
Cecília e Otto Joaquim, vocês são âncoras em minha vida,
desde que vocês nasceram que vem me ensinando
a praticar um importante sentimento,
o AMOR que tudo supera.
Aos meus pais, Vilson e Biracilda, por serem meus exemplos de vida, coragem,
respeito e dedicação. E acima de tudo, pela chance de crescimento que me
proporcionaram ao terem me dado à oportunidade de nascer.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao divino, pelo dom da vida e por me fazer capaz de cursar esse curso tão
importante para a vida de um ser pensante. Minha eterna gratidão, por me fazer
forte e corajosa naquilo que me foi proposto ao longo desses anos.
Ser estudante de Saúde Coletiva vai muito além da academia, para mim foi
transformação de vida.
Aos meus pais, Vilson e Biracilda, meu muitíssimo obrigado por todo amor,
cuidado, dedicação, incentivo e apoio incondicional. Vocês sempre respeitaram
minhas escolhas e decisões. Sou feliz e agradecida por incessantemente
priorizarem minha educação.
Ao meu pai, agradeço por me fazer entender que o futuro é feito a partir da
constante dedicação no presente.
Agradeço imensamente a minha mãe, uma heroína, que sempre se manteve
presente ao longo dessa jornada, me guiando nas horas difíceis, me dando o
suporte necessário e cuidando com muita dedicação da pequena Cecília.
As minhas irmãs, Isis, Irtis e Isla, obrigada por todo ânimo, encorajamento,
estimulo, amor, carinho, atenção e por contribuírem diretamente na minha formação,
vocês foram fundamentais nessa caminhada, sem vocês eu nada seria.
Ao meu avô materno, José Alfredo, por me ensinar a ser valente, a persistir com
meus objetivos e por me ensinar com suas histórias de vida, vivida ao longo dos
seus 81 anos.
A minha querida avó materna, Madalena, por me acompanhar de perto e ajudar a
traçar este caminho, me motivando, dando força e acreditando no meu potencial,
para ela sempre foi uma alegria esta formação acadêmica.
Ao meu amado companheiro, João Batista, o qual me acompanhou durante toda a
graduação, onde dividi com ele tensões e estresses acadêmicos e por sempre me
auxiliar em momentos difíceis, agradeço o companheirismo e amor prestado ao
longo das nossas vidas juntas, sou feliz por tê-lo ao meu lado e por ter me
presenteado com nossas joias preciosas.
Aos meus queridos filhos Cecília e Otto Joaquim, por serem minha fonte de
inspiração, tenho por eles todo o amor do universo e é pra eles que ofereço todo
meu empenho e dedicação deste trabalho, pois eles chegaram ao longo dessa
graduação e me transformou, tornando-a mais forte, sendo mãe e estudante, vivo a
minha maternidade intensamente nas sutilezas do cotidiano, ela é , sem dúvida, meu
maior instrumento de evolução aqui na terra. A nós mães e estudantes, somos
madeira de lei que cupim não rói.
A meus amigos e compadres, Felipe e Rosangela, obrigada por todo acolhimento,
apoio e demonstração de carinho. E um obrigada super especial, repleto de
sonoridade para minha comadre por toda palavra de força e encorajamento e pelo
privilégio de compartilhar boas conversas e momentos importantes, onde
reafirmamos nosso crescimento e mostramos o quanto somos maravilhosas.
A minha família, avós, tios, primos e cunhados, obrigada a todos pelas contribuições
valiosas e por todo o convívio e carinho. E a todos os amigos, obrigada, pela
amizade e por existirem em minha vida.
Meus eternos agradecimentos, a todos os mestres por me oportunizar o
conhecimento não apenas o racional, mas a demonstração da natureza e afetividade
da educação no meu processo de formação profissional e pessoal, por tanta
dedicação e não somente por terem ensinado, mas por terem me feito aprender.
Guardarei cada um em meu coração com imenso carinho.
Meu muitíssimo obrigado, a minha querida professora e orientadora, Drª Erlene
Roberta, por ser tão gentil e educada, por ter disponibilizado seu tempo para me
orientar, pelo seu direcionamento indescritível no conteúdo, pelos incentivos e por
ter sempre se mostrado paciente, atenciosa, prestativa e empenhada. Obrigada pela
oportunidade e apoio de ser sua orientanda, sem você com certeza teria sido muito
mais custoso elaborar este trabalho.
Ao meu querido coorientador Antônio Leite, obrigada pela parceria, suporte e
disponibilidade de quando precisei você foi fundamental nessa construção.
Por fim, agradeço imensamente a todos que estiveram dispostos a ajudar, contribuir
e auxiliar na realização desta fase. Obrigada, por todo zelo, preocupações,
fortalecimentos e incentivos. E por acreditarem neste meu sonho. GRATIDÃO!
“Ninguém aprisiona sonhos e ideias”
Luís Inácio Lula da Silva
Ӄ preciso substituir um pensamento que isola e separa
por um pensamento que distingue e une”.
Edgar Morin
RESUMO
Os fatores psicológicos influenciam no equilíbrio gerenciamento de situações que
provocam sofrimento nos indivíduos, em especial as que estão relacionadas à dor e
frequentemente contribuem para sua piora. A correlação entre cefaleia, ansiedade,
estresse e distúrbios do sono, tem sido relatada em alguns estudos, mas a natureza
exata destas associações e mecanismos subjacentes, permanecem pouco
explorada. Diante disso, este estudo objetivou em analisar a prevalência de cefaleia
nos universitários da área da saúde e sua associação com ansiedade, estresse, e
qualidade do sono. Sendo um estudo transversal, realizado com 340 universitários,
dos quais 288 apresentavam cefaleia. Foram aplicadas escalas psicométricas de
autorrelato e critérios da International Classification of Headache Disorders, third
edition (ICHD-3β), para classificação da cefaleia. Foram utilizadas diferenças de
médias, prevalência, obtidas pelo teste χ2 e odds ratio. Portanto, apresentaram
cefaleia 288/340 (84,7%), indicando maior prevalência, os estudantes dos cursos de
Saúde Coletiva e de Ciências Biológicas, na faixa etária de 25-43 anos, com 93,6%,
no sexo feminino (88,5%). O IMC com classificação de excesso e obesidade
apresentou prevalência de 79,3%. O impacto foi constatado em 51,1% os
estudantes com presença de cefaleia. A ansiedade apresentou prevalência de
86,8%. O estresse revelou uma média menor para os estudantes com cefaleia e os
maus dormidores apresentaram uma prevalência de 87,4%. Conclui-se que a
prevalência da cefaleia em universitários é alta e está associada significativamente à
idade, ao sexo e à qualidade do sono ruim, impactando em mais da metade dos
estudantes.
Palavras-chave: Ansiedade. Cefaleia. Estresse. Transtorno do sono.
ABSTRACT
Psychological factors influence the balance of managing situations that cause
suffering for individuals, especially those that are pain-related, and frequently
contribute to their worsening. The correlation between headache, anxiety, stress and
sleep disorders has been reported in some studies, but the exact nature of these
associations and underlying mechanisms has been poorly explored. Therefore, this
study aimed at analyze headache prevalence in university health students and its
association with anxiety, stress, and sleep quality. Being one this is a cross-sectional
study performed with 340 university students, of which288 had headache.
Psychometric self-report therefore scales and the International Classification of
Headache Disorders, third edition (ICHD-3β) criteria were used to classify headache.
We used differences of means, prevalence, which were obtained by the χ2 test, and
odds ratio. Therefore a total of 288/340 (84.7%) had headache, with a higher
prevalence of in public health and biological sciences students aged 25-43 years
(93.6%), in females (88.5%). The BMI with classification of overweight and obesity
showed a prevalence of 79.3%. The impact was found in 51.1% of students with
headache. Anxiety scored a prevalence of 86.8%. Stress showed a lower average for
students with headache, and bad sleepers had a prevalence of 87.4%. It is
concluded that the prevalence of headache in university students is high and is
significantly associated with age, gender and poor sleep quality, affecting more than
half of the students.
Keyword: Anxiety. Headache. Stress. Sleep disorder.
LISTA DE ABREVIAÇÕES
BAI Beck Anxiety Inventory
CAV Centro Acadêmico de Vitória
CI Controle Inibitório
CTT Cefaleia Tipo Tensional
HIT-6 Headache Impact Test
ICHD-3β International Classification Of Headache Disorders
IMC
PICs
PNPIC
Índice de Massa Corporal
Práticas Integrativas e Complementares
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
PSS Perceived Stress Scale
SPSS
SUS
Statistical Package For The Social Scienses
Sistema Único de Saúde
UFPE Universidade Federal De Pernambuco
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Distribuição de frequências dos participantes segundo algumas variáveis
selecionadas 28
Tabela 2 – Distribuição de frequências e razão de chances (prevalência) de
variáveis entre indivíduos com presença e ausência de cefaleia
30
Figura - Medidas de tendência central e dispersão de escala de estresse entre
pessoas com e sem presença de cefaleia 31
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................... Erro! Indicador não definido.
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 25
4 ARTIGO ................................................................................................................. 26
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40
ANEXO A .................................................................................................................. 44
ANEXO B .................................................................................................................. 50
12
1 INTRODUÇÃO
A cefaleia acompanha a humanidade desde os tempos mais remotos, é uma
doença de alta prevalência que pode afetar qualquer pessoa, independente de
idade, raça ou nível social, por vezes, a frequência e a intensidade da dor, pode
causar grande prejuízo funcional e social ao indivíduo, afetando a concentração e o
modo de interação com o meio em que está inserido e, consequentemente, gerando
uma má qualidade de vida (VASCONCELLOS, 2008).
De acordo com a Classificação Internacional das Cefaleias (ICHD-3β), a
cefaleia é caracterizada por dois diferentes grupos etiológicos; cefaleias primárias,
que compreende a migrânea e a cefaleia tipo tensional que são as mais comuns e
são decorrentes de distúrbios bioquímicos do cérebro que prejudicam os
neurotransmissores, causando dor. É uma patologia frequente na faixa etária dos
20-50 anos, afetando mais o sexo feminino. O outro grupo é o das cefaleias
secundárias, que ocorrem devido à presença de uma patologia. Neste estudo será
abordada cefaleia do tipo primária.
A migrânea que também é chamada de enxaqueca é unilateral e é mais
comum entre as mulheres, com intensidade variando de moderada à intensa, suas
manifestações podem ter duração de 4 a 72 horas, com frequência variada de
acordo com as causas físicas ou emocionais, como estresse (SOUZA et al., 2015).
A cefaleia tipo tensional é classificada como o tipo mais comum de dor de
cabeça, é causada principalmente por estresse ou cansaço, acometem mais
mulheres, a intensidade varia de leve à moderada e podem durar horas ou dias
(MASCELLA, 2011).
As cefaleias são distúrbios neurológicos com queixas frequentes em
estudantes universitários, que causam uma série de complicações como
incapacidade funcional, baixa assiduidade, interferências no relacionamento
interpessoal dos estudantes, podendo ocasionar baixo rendimento nas atividades
acadêmicas desenvolvidas, pois, as mesmas exigem significativo empenho,
incluindo tanto o esforço físico quanto o mental que impacta negativamente no
cotidiano acadêmico desses indivíduos (OLIVEIRA; SOUZA; MARBACK, 2016).
13
Estudo anterior realizado com universitários evidencia a chance entre os
universitários em geral de apresentar ao menos um único episódio de cefaleia
durante sua vida acadêmica é de 98% (LOPES, 2015).
Tendo-se em conta a alta prevalência da migrânea ou enxaqueca e cefaleia
tipo tensional, seu custo em termos de cuidados médicos, absenteísmo,
comprometimento de atividades sociais, familiares, laborais e escolares, torna-se
premente um estudo mais detalhado dessa patologia em uma população com alto
potencial produtivo como os estudantes universitários (VASCONCELLOS, 2008).
No Brasil, outro estudo realizado com estudantes universitários de diferentes
cursos, em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, estimou prevalência de enxaqueca
de 24% e de cefaleia tipo tensional de 32%, sendo que, entre os enxaquecosos, a
produtividade escolar foi menor do que entre aqueles que sofriam cefaleia tipo
tensional. Outros estudos conduzidos com a população brasileira em geral
apontaram prevalência de cefaleia de 74,1% (BRAGA, 2012).
Pelo prejuízo advindo dessa dor, a cefaleia acaba afetando a qualidade de
vida e interferindo na realização de atividades habituais, podendo acarretar em um
pior desempenho na vida social e acadêmica, pois piora o humor e a capacidade de
concentração, fundamentais para o processo de aprendizagem. Além disso, ela é
responsável por aumentar o número de absenteísmo (BRAGA et al., 2012).
É possível associar a cefaleia ao estresse e à ansiedade, pois existe uma
somatização, tornando a dor mais frequente em populações submetidas a esses
fatores psicossociais, configurando em um grave problema de saúde pública.
Portanto, a mesma exerce influência negativa na qualidade de vida, com importante
impacto nas atividades diárias dos indivíduos (BERNARDI et al., 2008).
Por isso, medidas de prevenção devem ser lembradas para amenizar ou até
mesmo eliminar as ocorrências das crises, que pode se tornar quase diárias. Hábitos
de sono, tabagismo, dieta, evitando alimentos que desencadeiem as crises como:
queijo, chocolate, cafeína, amendoim, banana, etc., diminuição de fatores
estressores emocionais, tomar muita água, tudo isso ajuda a reduzir a frequência
dos episódios, porém cada indivíduo portador da cefaleia deve tentar identificar
aquele fator que, no seu caso em particular, atua como desencadeante, para
procurar evitar o bastante (GHERPELLI, 2002).
14
O tratamento da cefaleia pode ser sintomático, que é aquele utilizado para a
fase aguda ou álgica e profilático no qual as drogas têm que reduzir o número e/ou
intensidade das crises (GHERPELLI, 2002).
É importante que os fatores desencadeantes sejam discutidos, de modo que
uma estratégia terapêutica adequada possa ser estabelecida, tanto do ponto de vista
farmacológico, quanto não farmacológico baseado em metas eficazes, cujo objetivo
seja a eliminação da cefaleia, buscando alcançar o bem-estar do paciente
(GHERPELLI, 2002).
Algumas formas de terapia para o tratamento e controle da cefaleia apontam
sua eficácia a PICs seria uma das alternativas para melhorar a qualidade de vida
dos estudantes acometidos e reduzir as incapacidades geradas pela cefaleia,
podendo colaborar para minimizar a percepção das dores e atuando
simultaneamente em outras condições clínicas como estresse e ansiedade.
A mesma está embasada na Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC), que vem com a ideia de complementação, ampliação de
acesso às ações de saúde na perspectiva da integralidade da atenção, inserida no
Sistema Único de Saúde (SUS), com práticas e intervenções naturais, para melhoria
da qualidade de vida e redução de gastos com medicamentos alopáticos.
Todavia, em meio a todo esse cenário, no Brasil, ainda é muito escasso
estudo sobre a prevalência da cefaleia em universitários, por isso requer um
desdobramento maior e um esforço diante das dificuldades de abordar esse
assunto, por ser uma área pouco explorada. Tendo em vista que a cefaleia é
apresentada como uma doença neurológica que afeta a maioria da população
mundial (BRAGA et al., 2012).
Considerando a cefaleia uma das queixas frequentes em estudantes
universitários e sendo considerado um grande problema de saúde pública, que pode
levar à redução e ao prejuízo nas capacidades dos indivíduos, o objetivo desse
estudo foi verificar a prevalência de cefaleia em estudantes universitários associados
a outras condições clínicas, como estresse e ansiedade e contribuir com o avanço
dos conhecimentos sobre a epidemiologia da cefaleia nessa população, pois se faz
necessário analisar e compreender o impacto e a influencia da cefaleia nas
atividades cotidianas de estudantes universitários em detrimento da incapacidade
gerada, que ocasiona prejuízos negativos na comodidade desses indivíduos.
15
Portanto, esse estudo vem para contribuir na investigação de informações
sobre a cefaleia e buscar amparo dos arcabouços legais, que fundamentam as
políticas públicas de saúde e que possam subsidiar serviços de saúde, realizando a
prevenção das crises de cefaleia em estudantes sofredores desse mal e em outras
populações, ofertando previamente medidas preventivas e reduzindo os prejuízos na
qualidade de vida dos indivíduos acometidos.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Nas ultimas décadas, as doenças crônicas vem desempenhando um
importante papel na morbidade da população mundial se tornando um problema de
saúde pública que vem acarretando diversos prejuízos, tanto pessoais quanto
sociais. Dentre essas, a cefaleia é considerada uma dor que interfere
substancialmente na qualidade vida, sendo umas das mais importantes e de alta
prevalência no desempenho das atividades diárias dos indivíduos e de altos custos
socioeconômico e de vários atendimentos no serviço de saúde (SOUZA; CALUMBY;
AFONSO, 2015).
No entanto, a cefaleia é uma das queixas mais antiga da humanidade, na
bíblia já se observavam relatos de cefaleia, muitos dos antepassados foram
sofredores desse mal e hoje está cada vez mais explícito esse sofrimento, que
potencializa o desconforto pessoal e fragiliza o modo de vida de cada indivíduo
(SILVA NETO; ALMEIDA, 2009).
A cefaleia é uma condição prevalente, incapacitante, muitas vezes sem
diagnóstico e tratamento adequado, sendo mais frequente nas mulheres e com alta
prevalência ao longo da vida dos seres humanos. Quando acontece de forma
recorrente, influencia de modo negativo a qualidade de vida do indivíduo e acarreta
várias perdas à sociedade (SOUZA; CALUMBY; AFONSO, 2015).
Estima-se que 95% dos homens e 99% das mulheres terão pelo menos um
episódio ao longo da vida, das quais cerca de 40% apresentam-na com certa
regularidade (SILVA JUNIOR; TAVARES; LARA, 2012).
As crises de cefaleias determinam uma perda média de 0,8 a 1,6 dias de
trabalho por ano, pelos homens; e 1,1 a 3,8 dias, pelas mulheres. As crises de
enxaqueca são incapacitantes em 80% dos pacientes e determinam uma perda
média de 4,6 dias de trabalho por ano (MERCANTE, 2007).
Suas causas são múltiplas e predominam aquelas decorrentes de alterações
funcionais do sistema central, chamadas cefaleias primárias, que são dores de
cabeça, ou um distúrbio de dor de cabeça, não causado ou atribuído a outro
distúrbio, como a cefaleia do tipo tensional (CTT) e a migrânea. As cefaleias podem
variar conforme a intensidade e a frequência, podendo ser extremamente
incapacitantes (SILVA JUNIOR; TAVARES; LARA, 2012).
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Portanto, suas consequências e seu impacto social devem ser considerados
no planejamento das ações em saúde e sua problemática deve fazer parte da pauta
de debates das equipes de saúde, com ampla discussão entre profissionais de
saúde, usuários e gestores (FREITAS, 2013).
Entretanto, as Cefaleias tipo tensional (CTT) são as mais comuns nos seres
humanos, cerca de 38% a 74% dos brasileiros sofrem com a cefaleia tensional,
porém os indivíduos acometidos com CTT normalmente não procuram ajuda médica,
muitas vezes utilizando por conta própria à automedicação de fármacos
inadequados e até contraindicados para a finalidade (KRYMCHANTOWKI, 2008).
Geralmente a dor da CTT é caracterizada como difusa, de leve a moderada
intensidade, com uma sensação de aperto, pressão ou peso envolvendo a cabeça
como uma faixa apertando o crânio e pode ser episódica (menos de 15 dias por
mês) ou crônica (mais de 15 dias por mês), as dores de cabeça podem durar entre
30 minutos e vários dias (PINTO; MORAIS; FERREIRA, 2017).
A localização é bilateral, sendo a região occipital predominante, mas também
pode afetar as regiões frontal e apical. Tem intensidade leve a moderada, não
impedindo as atividades de vida diária. Geralmente não há sintomas associados,
como náusea, osmofobia e vômito (PINTO; MORAIS; FERREIRA, 2017).
Por outro lado, a enxaqueca que também pode ser chamada de migrânea que
é um distúrbio da cefaleia primaria incapacitante comum. Muitos estudos
epidemiológicos documentaram sua alta prevalência e seus impactos
socioeconômicos e pessoais (MONTEIRO, 2013).
Estudo Australiano evidenciou que 10% da população daquele país sofrem de
migranea e 40% da população apresenta cefaleia do tipo tensional. Esses dados
permitem fazer projeções para estimar o prejuízo determinado pela cefaleia, devido
aos altos custos de serviço de saúde, perda de produtividade laboral e redução da
vida social (VASCONCELLOS, 2008).
Em estudo canadense, durante as crises, 77% tem limitações das atividades,
50% interrompem suas atividades e 30% têm de se deitar. Em um estudo de
prevalência nos EUA, realizado por Stewart e colaboradores em 1992, foi avaliado o
grau de diminuição das capacidades pela migrânea – nenhum: 12%; leve ou
moderado: 51,3%; intenso/vai para cama: 35,5%; não sabem: 1%. Portanto, 86,8%
18
dos pacientes têm diminuição das capacidades devido à enxaqueca
(VASCONCELLOS, 2008).
Em estudo realizado com estudantes universitários na Turquia, 22,64%
sofriam de cefaleia do tipo tensional, enquanto 17,89% de enxaqueca. Em outro
estudo com estudantes universitários realizado na Universidade de Ribeirão Preto,
São Paulo, 24% deles sofriam de enxaqueca e 32% de cefaleia do tipo tensional. Os
sofredores de enxaqueca tiveram diminuição da produção escolar em 62,7%,
enquanto que nos sofredores de cefaleia do tipo tensional a diminuição da produção
escolar foi de 24,4% (VASCONCELLOS, 2008).
No Global Burden Of Disease Study de 2010 (GBD 2010), foi classificada
como o terceiro transtorno mais prevalente no mundo. No GBD 2015, foi classificada
em terceiro lugar – a maior causa de incapacidade em todo o mundo, tanto em
homem quanto em mulheres com idade inferior a 50 anos (MONTEIRO, 2013).
A migrânea apresenta-se por crises intermitentes, dor pulsátil, de moderada a
intensa, frequentemente unilateral e com sintomas associados, tais como náuseas e
fobias, podendo durar até 72 horas quando não devidamente tratadas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a migrânea cuja etiologia
é multifatorial, que acometendo cerca de 15% da população mundial, algo em torno
de 31 milhões de pessoas, a maioria na faixa etária dos 25 aos 45 anos e ocupa o
10º lugar no ranking das doenças incapacitantes.
Entretanto, a migrânea é uma condição de dor debilitante associada a grande
deficiência pessoal e social. Os indivíduos acometidos por migrânea referem
sensação de expectativa e medo da chegada da crise e do seu enfrentamento e tem
maior incidência de dores no corpo e limitação física, que impede diretamente de
exercer determinadas funções do seu cotidiano (VALENÇA, 2015).
Estudos relatam que o prejuízo anual causado pela população que sofre com
dores de cabeça pode ser avaliado em U$ 1,4 a 17 bilhões. As perdas para
economia, causadas pelo absenteísmo e pagamento de benefícios, são estimadas
em 50 bilhões de dólares por ano (VALENÇA, 2008).
Em relação à cefaleia, os custos com exames e atendimento laboratoriais,
pronto-socorro e internações são elevados. Nos Estados Unidos, os gastos com
enxaqueca são da magnitude de US$ 5,6 A US$ 17,2 bilhões, os custos hospitalares
com cefaleia em um período de três meses chegaram à cifra de R$ 144.391,21,
19
sendo R$ 115,14 por paciente (custos com exames laboratoriais, atendimento
ambulatorial, internação e custos cirúrgicos) na Unidade de Emergência do
HCFMRP-USP. No Brasil, estimaram que o custo anual da enxaqueca para o país é
o equivalente a mais de 7 milhões de dólares (MERCANTE, 2007).
Por isso, verificar os indivíduos acometidos pela cefaleia é de grande
importância para auxiliar na identificação e elaboração dos processos de
diagnósticos nos níveis de atenção primária e secundária, propiciando um manejo
mais adequado dos casos. E os casos de maior complexidade devem ser discutidos
para que possa estabelecer um diagnóstico de forma colegiada, pois os diagnósticos
da população diferem e exigem um olhar crítico sobre cada peculiaridade existente
(FREITAS, 2013).
Neste sentido, destaca-se a saúde coletiva, como tendo objeto as
necessidades de saúde, ou seja, todas as condições requeridas não apenas para
evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida
(SOUZA, 2014).
Assim, a qualidade de vida passa a ser entendida como uma condição
essencial relacionada ao modo de viver e que precisa do fortalecimento de politicas
públicas saudáveis, que evidencie a necessidade de ampliar o interesse e a
preocupação de diferentes setores no sentido de criar ambientes favoráveis a vida.
Portanto, identificar a prevalência da migrânea, na vida dos estudantes
universitários consiste em um papel importante que exige que reconheça e
considere os potenciais fatores psicossociais associados, pois a migrânea tem
impacto que pode ser devastador, que afeta o rendimento da vida acadêmica e
social. Sendo importante esclarecer que o impacto tanto econômico quanto social,
decorrente da migrânea poderia ser reduzido, a partir de um diagnóstico precoce,
com um tratamento adequado para assegurar a melhor qualidade de vida.
Estudantes que sofrem de migrânea podem ter redução na capacidade
cognitiva, principalmente na concentração e no humor, fundamentais para o
processo de aprendizagem e que pode conduzir ao fracasso educacional. Sabe-se
que a vida acadêmica exige empenho e requer esforços por parte dos estudantes
tanto físicos quanto mental, entretanto esses impactos nesta população são
relevantes, pois são fundamentais para exercer as atividades (OLIVEIRA; SOUZA;
MARBACK, 2016).
20
De modo geral, migranosos por sentirem dor com frequência e intensidade
forte, são levados a pensamentos automáticos de ameaça constante, intensificando
a percepção da dor e ocasionando o desencadeamento de nível alterado de
estresse e ansiedade (SANTOS, 2017).
Além disso, quando a cefaleia tem interação com condições psicossociais,
como estresse e ansiedade as dificuldades relacionadas à universidade, pode gerar
a incapacidade de se envolver em atividades diárias exigidas no meio educacional,
acarretando um aumento do absentismo universitário e um desequilíbrio no seu
meio social (BRAGA et al., 2012).
Além disso, a relação entre cefaleia e ansiedade está associada ao acréscimo
da percepção da dor e com os fatores que aumentam e complicam o risco da saúde
física, prolongando a experiência dolorosa. A resposta emocional básica do
indivíduo à dor, na medida em que ela significa um evento ameaçador, é a da
ansiedade aguda e todas as reações fisiológicas que a seguem (ANGELOTTI;
DOTTO, 2005).
Em contraste, o estresse é um distúrbio que faz mobilização de energia
psíquica e física do indivíduo, as respostas adaptativas ao estresse são mediadas
por características individuais em consequência de uma ação externa (BERNARDI,
2008).
O estresse pode ser de natureza cognitiva, comportamental, afetiva, ou
fisiológica, englobando desde estados de apatia, insatisfação, fadiga e ansiedade,
até distúrbios psicossomáticos de maior gravidade (BERNARDI, 2008).
O estresse pode ser consequência da dor, ou seja, fontes de tensão e
estresse pode ser consequência da percepção da dor, seja ela aguda, difusa ou
crônica (MASCELLA, 2011).
Alguns quadros de estresse podem estar associados às cefaleias, ou o
estresse pode ser fator desencadeante das cefaleias principalmente na população
universitária, por ser a maioria jovem e que muitas vezes não sabem lidar com
devidas demandas do ambiente acadêmico.
Estudos realizados concluem que houve uma relação estatisticamente
significativa entre cefaleia e ansiedade, uma vez que os 33% classificados como
ansiosos apresentaram uma prevalência maior de cefaleia (81%), quando
comparados aos estudantes não ansiosos (63,1%). Já com o intuito de analisar a
21
qualidade de vida de estudantes que referem sentir cefaleias, Lopes, Fuhrer e
Aguiar (2015) apontaram que 74% dos estudantes relacionaram a ocorrência da
cefaleia com o estresse (OLIVEIRA, 2016).
Por isso, é fundamental a importância do correto diagnóstico e tratamento da
migrânea, para melhorar a qualidade de vida e diminuir gastos com os efeitos
causados por essa doença.
Todavia, faz-se necessário compreender e buscar subsidiar serviços de
saúde que almejem a prevenção de agravos e promoção da saúde nessa
população, ofertando previamente medidas preventivas e reduzindo os prejuízos na
qualidade de vida. Pois, um tratamento correto, contínuo e de baixo custo, ou seja,
acessível, é sinônimo de qualidade de vida, não apenas no mercado de trabalho, e
na vida acadêmica, mas também no ambiente doméstico, diminuindo o estresse e a
ansiedade ocasionados pela migrânea (SOUZA, 2015).
O diagnóstico, o tratamento das cefaleias não é simples em virtude das
inúmeras lesões e tecidos que podem ser acometidos (músculos, articulações,
nervos etc.) e que podem provocar dores em territórios comuns, tornando-se um
desafio tanto para o estabelecimento do diagnóstico preciso como para orientar os
possíveis tratamentos (CARVALHO, 2006; PEGAS, 2003).
Vários autores comentam sobre os diferentes tratamentos que podem ser
usados nos casos da cefaléia. Dentre as propostas não invasivas temos o
tratamento farmacológico feito através do uso de analgésicos, antiinflamatórios não
hormonais e não esteroidais (AINES), miorelaxantes antidepressivos entres outros.
Temos também o tratamento fisioterapêutico que vai desde a terapia manual
clássica à osteopatia e acupuntura (CARVALHO, 2006; SOCIEDADE BRASILEIRA
DE CEFALÉIA, 2002; KRYMCHANTOWSKI, 2003; GIONA, 2003; KOMATSU, 2003;
WANNMACHER; FERREIRA, 2004; PINTO et al., 2007).
Sabe-se que a eficácia do tratamento farmacológico isolado é relativamente
pouca particularmente a médio e longo prazo, ao passo que o tratamento não
farmacológico parece ser mais duradouro, com efeito mantido por até três anos
(PINTO et al., 2007).
O tratamento profilático da cefaleia vem para reduzir a frequência dos
episódios ou a intensidade das crises, com redução de pelo menos 50% e pode ser
utilizado em pacientes que apresentam uma frequência ou severidade das crises
22
que interfiram com suas atividades cotidianas e o sintomático é utilizado na fase
aguda para reduzir o número e/ou a intensidade as crises (GHERPELLI, 2002).
Algumas medidas não farmacológicas também podem ser utilizadas para
redução das crises da cefaleia como, afastar das atividades, repouso em ambiente
com pouca luminosidade e silencioso, sono, compressa de água fria nas têmporas,
tudo isso ajuda a minimizar os agravos da cefaleia (GHERPELLI, 2002).
Os medicamentos que são utilizados para o tratamento inicial das crises de
migrânea, são analgésicos comuns, como a dipirona e o ácido acetilsalicílico, anti-
inflamatório não hormonais também são uma boa alternativas, essas drogas em
geral são eficientes em crises leves a moderadas. Para pacientes que apresentam
sintomas como náuseas e vômitos nas crises de migrânea, podem ser utilizado
antieméticos como, domperidona ou metoclopramida (PINTO, 2009).
Crises moderadas a intensas podem requerer o uso de triptanos que devem
ser usados com cautelas. Em pacientes com crises intensas, devem ser utilizados o
sumatriptano injetável, 6 mg, via subcutânea, é eficiente com ação em até 2 horas
(PINTO, 2009).
Para medicações profiláticas são os B-bloqueadores (propranolol, metoprolol,
timolol), o antidepressivo tricíclico amitriptilina e o anticonvusilvante ácido valpróico.
Pacientes com quadro de cefaleia tensional podem fazer uso do
antidepressivo tricíclico – particularmente a amitriptilina que tem uma boa ação
(PINTO, 2009).
Medidas gerais devem ser consideradas sempre, principalmente quando
possa determinar um fator desencadeante seja dietético, de hábitos, do uso de
medicamentos ou até mesmo em situações em que as crises estejam associadas
(PINTO, 2009).
Uma significativa proposta de prevenção dos agravos causados pela cefaleia
é o campo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que contempla os
sistemas complexos, como os recursos terapêuticos, os quais envolvem abordagens
que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e
recuperação da saúde (HEBERLÊ, 2013).
As PICs estão implantadas no Brasil, por meio da Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que foi aprovada em 2006 no
23
Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2008), propondo um modelo efetivo de
atenção integral à saúde que passe a privilegiar a atenção básica, e adotar a
promoção da saúde como eixo estruturante, envolvendo as múltiplas dimensões dos
problemas de saúde pública e das pessoas, mediante uma abordagem integral e de
boa qualidade (BORGES; MADEIRA; AZEVEDO, 2011).
A PNPIC atua nos campos de prevenção, promoção, manutenção e
recuperação da saúde baseada em um modelo de atenção humanizada e centrada
na integralidade do indivíduo, contribuindo assim para o fortalecimento dos
princípios fundamentais do SUS (BRASIL, 2006).
Nela está inserida a técnica de acupuntura e a meditação que é indicada para
abordagem de patologias agudas e crônicas como cefaleias, enxaquecas doenças
clínicas e psiquiátricas (BRASIL, 2008).
Nos últimos anos, a técnica de acupuntura também tem se tornado um
método importante no tratamento das cefaleias, principalmente nos casos de
cefaleia primária, sem causa conhecida. A razão não está apenas em seu efeito
analgésico, mas também em seu potencial de cura, desde que o tratamento e o
diagnostico sejam feitos de forma correta (RODRIGUES, 2001; WEN, 2008).
Como também existem outras práticas que restabelece o emocional e
desperta sensações agradáveis, de tranquilidade, calmaria, amenizando a dor e o
sofrimento causado pelo estresse e ansiedade (BORGES; MADEIRA; AZEVEDO,
2011).
Essas práticas que estão implantadas no SUS, corroboram com a integridade
da atenção à saúde pela oferta de ações com diversas abordagens, ampliando os
cuidados convencionais no manejo das cefaleias, especialmente na atenção básica
na qual as queixas são particularmente comuns, pode impactar beneficamente,
considerando o custo pessoal e econômico do tratamento tradicional, seus
potenciais efeitos colaterais e, por vezes, sua ineficiência na resolução das crises
altamente incapacitantes (ANTUNES, 2018).
Portanto, ainda é fundamental destacar que no Brasil, as cefaleias são
responsáveis por cerca de 9% das consultas em atenção primária. Estudo estima-se
que apenas 56% dos pacientes com migrânea procuram atendimento de médico
generalista e, destes, 4% e 16%, respectivamente, consultam com especialistas em
24
cefaleias, sendo mais comum as mulheres buscarem assistência médica por esse
motivo (SOUZA; CALUMBY; AFONSO, 2015).
Desta forma, é possível compreender que a cefaleia é apontada como um
transtorno que afeta grande parte da população mundial, incluindo nessa população
os estudantes universitários, que ressalta uma expressiva e condizente prevalência
acompanhada do estresse e da ansiedade que são condições clínicas muito
presentes na vida acadêmica, acarretando impactos na produtividade universitária,
quanto no aprendizado, e que pode influenciar na não realização das tarefas diárias
devido à dor causada pela cefaleia (OLIVEIRA; SOUZA; MARBACK, 2016).
25
3 OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Analisar a prevalência de cefaleia nos universitários da área de saúde e sua
associação com outras condições clínicas como estresse e ansiedade.
Objetivos Específicos:
Analisar os dados de prevalência da cefaleia na população de universitários do
Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão – UFPE;
Descrever as características biodemográficas dos universitários acometidos pela
cefaleia, associada a estresse e ansiedade;
Avaliar o impacto da cefaleia, associada ao estresse e a ansiedade, na vida diária de
estudantes universitários.
26
4 ARTIGO
O PRESENTE TRABALHO ESTÁ APRESENTADO NO FORMATO DE ARTIGO
REQUERIDO PELA REVISTA HEADACHE MEDICINE, CUJAS NORMAS PARA
SUBMISSÃO DE ARTIGOS SE ENCONTRAM EM ANEXO.
Incapacidade funcional e cefaleia: impactos no cotidiano dos universitários Functional incapacity and headache: impacts on daily life of university students
Iris Milleyde da Silva Laurentino1, Lucilo Bioni da Fonseca Filho1, Marcelo Moraes Valença
2,
Erlene Roberta Ribeiro dos Santos3, Antonio Flaudiano Bem Leite
4
1Collaborator of the Research Group: Circle of Research in Technologies, Strategies and Instruments Applied to Health
2Full Professor, UFPE - Department of Neuropsychiatry, Federal University of Pernambuco, Pernambuco, Brazil
3Adjunct Professor, UFPE - Colective Health Departament
4Assistent Professor, UFPE - Colective Health Departament
Laurentino IMS, Fonseca Filho LB, Valença MM, Santos ERR, Leite AFB. Incapacidade funcional e cefaleia:
impactos no cotidiano dos universitários. Headache Medicine. 2017;8(4):xxx-xxx
RESUMO
Os fatores psicológicos influenciam no equilíbrio gerenciamento de situações que provocam sofrimento nos indivíduos, em especial as que estão relacionadas à dor e frequentemente contribuem para sua piora. A correlação entre cefaleia, ansiedade, estresse e distúrbios do sono, tem sido relatada em alguns estudos, mas a natureza exata destas associações e mecanismos subjacentes, permanecem pouco explorada. Objetivo: Analisar a prevalência de cefaleia nos universitários da área da saúde e sua associação com ansiedade, estresse, e qualidade do sono. Materiais e métodos: estudo transversal, realizado com 340 universitários, dos quais 288 apresentavam cefaleia. Foram aplicadas escalas psicométricas de autorrelato e critérios da International Classification of Headache Disorders, third edition (ICHD-3β), para classificação da cefaleia. Foram utilizadas diferenças de médias, prevalência, obtidas pelo teste χ2 e odds ratio. Resultados: Apresentaram cefaleia 288/340 (84,7%), indicando maior prevalência, os estudantes dos cursos de Saúde Coletiva e de Ciências Biológicas, na faixa etária de 25-43 anos, com 93,6%, no sexo feminino (88,5%). O IMC com classificação de excesso e obesidade apresentou prevalência de 79,3%. O impacto foi constatado em 51,1% os estudantes com presença de cefaleia. A ansiedade apresentou prevalência de 86,8%. O estresse revelou uma média menor para os estudantes com cefaleia e os maus dormidores apresentaram uma prevalência de 87,4%. Conclusão: A prevalência da cefaleia em universitários é alta e está associada significativamente à idade, ao sexo e à qualidade do sono ruim, impactando em mais da metade dos estudantes.
Palavras-chave: Cefaleia; Ansiedade; Estresse; Transtorno do sono.
27
ABSTRACT
Psychological factors influence the balance of managing situations that cause suffering for individuals, especially those that are pain-related, and frequently contribute to their worsening. The correlation between headache, anxiety, stress and sleep disorders has been reported in some studies, but the exact nature of these associations and underlying mechanisms has been poorly explored. Objective: To analyze headache prevalence in university health students and its association with anxiety, stress, and sleep quality. Material and methods: This is a cross-sectional study performed with 340 university students, of which288 had headache. Psychometric self-report scales and the International Classification of Headache Disorders, third edition (ICHD-3β) criteria were used to classify headache. We used differences of means, prevalence, which were obtained by the χ2 test, and odds ratio. Results: A total of 288/340 (84.7%) had headache, with a higher prevalence of in public health and biological sciences students aged 25-43 years (93.6%), in females (88.5%). The BMI with classification of overweight and obesity showed a prevalence of 79.3%. The impact was found in 51.1% of students with headache. Anxiety scored a prevalence of 86.8%. Stress showed a lower average for students with headache, and bad sleepers had a prevalence of 87.4%. Conclusion: The prevalence of headache in university students is high and is significantly associated with age, gender and poor sleep quality, affecting more than half of the students.
Keyword: Headache; Anxiety; Stress; Sleep disorder
INTRODUÇÃO
A cefaleia é um problema muito frequente na população, é uma doença crônica de
alta prevalência, caracterizada como distúrbio neurológico, podendo ser classificada como
primária ou secundária. Dentre aquelas primárias detectadas nos serviços de assistência à
saúde, são mais frequentes a migrânea e a Cefaleia do Tipo Tensional (CTT), decorrentes de
distúrbios bioquímicos do cérebro, que prejudicam os neurotransmissores, desencadeando
dor e gerando incapacidade.(1,2) A cefaleia é queixa habitual em estudantes universitários, o
que interfere diretamente na qualidade de vida e que pode estar associada a outras
condições clínicas como estresse e ansiedade, podendo causar diversos prejuízos, tanto
pessoais quanto sociais, requerendo atenção para seu enfrentamento como um problema de
saúde pública.(3,4)
No Brasil, estima-se que o custo anual da cefaleia é o equivalente a mais de 7 milhões
de dólares. (3) É necessário refletir sobre esses altos custos gerados para serviços de saúde,
perda de produtividade laboral e redução da vida social.(5) Em 2010 e 2015, o Global Burden
Of Disease Study classificou a cefaleia como o terceiro transtorno mais prevalente e maior
causa de incapacidade em todo o mundo, tanto em homem quanto em mulheres com idade
28
inferior a 50 anos.(3,6) Neste sentido, a cefaleia necessita ser pautada na agenda de
prioridades da saúde pública, com vistas a buscar as ações de prevenção e gerenciamento das
crises, para melhorar a qualidade de vida do sofredor.(7,8,9)
O objetivo desse estudo é analisar a prevalência de cefaleia nos universitários da área
da saúde e sua associação com ansiedade, estresse e reflexos para qualidade do sono. Busca
também contribuições no conhecimento da cefaleia que possam subsidiar ações dos serviços
de saúde, sua a prevenção e autoadministração das crises.
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal com dados secundários. (10) A população do registro
foi composta por 340 indivíduos, sendo avaliados 288 estudantes universitários, que
apresentaram cefaleia nos últimos 90 dias.
O ambiente foi o Centro Acadêmico de Vitória–CAV, da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), localizado no município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata de
Pernambuco, Brasil. A população estimada de estudantes matriculados foi cerca de 1600 nos
cursos de graduação na área da saúde como Ciências Biológicas, Educação Física,
Enfermagem, Nutrição e Saúde Coletiva.
O período de referência de coleta de dados foi de Janeiro e Fevereiro de 2017. O
critério de inclusão foi estar na faixa etária de 18 e 50 anos e regularmente matriculado em
algum curso de graduação ofertado pelo CAV. O de exclusão, foi não responder o mínimo de
10% das perguntas em cada escala.
Para a coleta de dados foi utilizado o formulários contendo informações
biodemográficas, além do Headache Impact Test (HIT-6) (11,12); do Beck Anxiety Inventory (BAI)
– Escala ou Inventário de Ansiedade de Beck (13); do Perceived Stress Scale (PSS) – Escala de
Estresse Percebido (14); e do Pittsburgh Sleep Quality Index (15). Também foram utilizados os
critérios da International Classification of Headache Disorders, third edition (ICHD-3β) (1) para
classificação da cefaleia.
Os dados coletados foram transferidos e validados em planilha do Excel pré-formatada
para análise, contendo perguntas com variáveis coletadas nas escalas de mensuração, e para
29
análise estatística foi utilizado o SPSS (Statistical Package for the Social Scienses), da Microsoft
Office, na versão 23.
Para a análise estatística descritiva foram utilizadas medidas como: média, desvio
padrão, mediana, frequências absoluta e relativa, intervalo de confiança (95%) para as
variáveis numéricas. Os testes de qui-quadrado (χ2) sem correção, com correção de Yates e de
tendência linear com extensão de Mantel-Haenszel para comparar as medidas de estimativas
de razão de prevalência e teste-t (Student). O ponto de corte de nível de significância foi de
0.05 (ρ –valor).
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da
Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, Recife-PE, Brasil, e aprovada sob o registro
CAAE 57329616.7.0000.5208.
RESULTADOS
A maioria dos participantes foram do curso de Ciências Biológicas (33,2%) e Saúde
Coletiva (24,7%), com faixa etária predominante de 18 a 24 anos (53,8%), do sexo feminino,
com índice de massa corpórea baixo e normal (61,5%). Todos apresentaram um certo grau de
ansiedade, destacando-se moderada/grave que teve uma proporção de 22,4%. Próximo de
80% relataram ter sono ruim e 43,2% referiram impacto na capacidade funcional diária. Deve-
se destacar que o formulário para HIT6 somente foi aplicado para aqueles que relataram
cefaleia (84,7%), desses 51,0% relataram maior impacto na capacidade funcional diária
(Tabela 1).
Tabela 1 – Distribuição de frequências dos participantes segundo algumas variáveis
selecionadas.
Variáveis N % I.C.95%*
Total 340 100 Inferior Superior
Dor De cabeça
Presença 288 84,7 80,9 88,5 Ausência 52 15,3 11,5 19,1
Curso
Ciências Biológicas 113 33.2 27.6 38.9 Educação Física 81 23.8 18.7 29.0 Enfermagem 40 11.8 7.9 15.6 Nutrição 22 6.5 3.5 9.4 Saúde Coletiva 84 24.7 19.5 29.9
30
Variáveis N % I.C.95%*
Total 340 100 Inferior Superior
Faixa etária
18-24 183 53.8 47.8 59.8 25-43 157 46.2 40.2 52.2
Sexo
Feminino 209 61.5 55.6 67.3 Masculino 131 38.5 32.7 44.4
Índice de Massa Corporal IMC
Baixo/Normal 224 65.9 60.2 71.6 Excesso/Obesidade 116 34.1 28.4 39.8
BAI (Ansiedade)
Leve 264 77.6 72.6 82.7 Moderada/Grave 76 22.4 17.3 27.4
Escala de Pittsburgh (Sono)
Bom 70 20.6 15.7 25.5 Ruim 270 79.4 74.5 84.3
HIT6
Pouco ou nenhum impacto 141 49,0 43,2 54,7 Maior impacto 147 51,0 45,3 56,8 Não realizado** 52 15,3 11,5 19,1 Nota: *I.C.95% - Intervalo de confiança a 95% **Participantes que não relataram cefaleia
Dentre os 340 participantes, 288/340 (84,7%) apresentaram cefaleia. Os destaques
entre os cursos foram os de Ciências Biológicas (91,2%) e Saúde Coletiva (91,7%) com as
maiores prevalências. Observa-se que entre estes dois cursos e o de Educação Física as
chances estimadas de ter cefaleia neste último são 4,3 vezes menores.
A faixa etária na qual se encontrou maior prevalência de cefaleia foi a de 25-43 anos
com 93,63%. Com relação ao sexo, foi mais alta na categoria feminina (88,5%). Quanto ao
IMC, baixo e normal foi de 87,5% com presença de cefaleia. A prevalência de pessoas com
cefaleia e ansiedade foi de 86,8%. O Sono ruim com cefaleia teve uma prevalência de 87,1%.
Sugere-se associações significativas entre cefaleia, faixa etária, sexo, ansiedade e sono (Tabela
2).
31
Tabela 2 – Distribuição de frequências e razão de chances (prevalência) de variáveis entre
indivíduos com presença e ausência de cefaleia.
Variáveis
Dor de Cabeça RP
(I.C.95%) Presença Ausência
N % N %
Total 288 84,7 52 15,3 -
Curso
Ciências Biológicas 103 91,2 10 8,8 1.00 Educação Física 57 70,4 24 29,6 4.3 (1.9-9.7) §§** Enfermagem 33 82,5 7 17,5 2.2 (0.8-6.2) Nutrição 18 81,8 4 18,2 2.3 (0.7-8.1) Saúde Coletiva 77 91,7 7 8,3 0.9 (0.3-2.6)
Faixa etária
18-24 141 77,1 42 22,9 0,2 (0,1-0,5) †***
25-43 147 93,6 10 6,4
Sexo
Feminino 185 88,5 24 11,5 2,1 (1,2-3,8) †*
Masculino 103 78,6 28 21,7
IMC
Baixo/Normal 196 87,5 28 12,5 1,8 (1,0-3,3) *
Excesso/Obesidade 92 79,3 24 20,7
BAI (Ansiedade)
Leve 222 84,1 42 15,9 0,8 (0,4-1,7) †
Moderada/Grave 66 86,8 10 13,2
Escala de Pittsburgh (Sono)
Bom 53 75,7 17 24,3 0,5 (0,2-0,9) †*
Ruim 235 87,1 35 12,9 † Teste de χ2 sem correção. ‡ Sem razão de prevalência (RP) nem realização de teste de hipótese, devido à frequência absoluta zero em uma das categorias. § Teste de χ2 com correção de Yates, devido ao número de observações em uma das categorias ter obtido frequência absoluta menor que 5. §§ Teste de χ2 de tendência linear com extensão e Mantel-Haenszel: verifica a hipótese nula de aumento ou diminuição da RP (razão de
prevalência) em relação à referência gradual de exposição de casos e controles. §§§Unidades observacionais não avaliadas para HIT6 I.C.95% - Intervalo de confiança a 95% * ρ<0,05 ** ρ<0,01 *** ρ <0,0001
O gráfico de boxplot abaixo demostra a comparação de medidas de tendência central
e dispersão entre grupos de cefaleia e a escala de estresse. A variação de estreses para
presença de cefaleia foi maior, tendo a expressão de maiores valores, apesar de uma das
observações estar bem acima do padrão do valores apresentados de uma das unidades
observadas com nível de estresse de escore de valor 48 (293). Apesar disso, notou-se que a
média e a mediana são menores no grupo com presença de cefaleia em relação a ausência,
com diferença significativa de 4,4 pontos.
32
Figura - Medidas de tendência central e dispersão de escala de estresse entre pessoas com e
sem presença de cefaleia.
Me=Média aritmética M= Medina *Teste de Student (Teste-t)
DISCUSSÃO
No presente estudo, foram observadas associações da cefaleia e ansiedade em ambos
os sexos, em consonância com resultados de outro estudo realizado anteriormente, no qual
foi identificada uma associação significativa entre ansiedade e cefaleia em estudantes
universitários, revelando a influência negativa destas duas condições clínicas, quando
ocorrem simultaneamente, na qualidade de vida dos estudantes, com importante impacto na
realização das atividades diárias a serem executadas.(1,16)
O estudo revelou uma alta prevalência da cefaleia nos estudantes neste centro
acadêmico, o que está em sintonia com a literatura, quando se observa uma investigação
realizada com estudantes universitários de diferentes cursos, em Ribeirão Preto, no Estado de
São Paulo, que estimou prevalência de migrânea de 24% e de CTT de 32%, sendo que, entre
os migranosos, o que interferia na produtividade escolar entre o primeiro em relação aos que
Me=16,2 (±10,9)
Me=20,6 (±8,6)
Diferença de -4,4279
ρ<0.05
M=17,5
M=10,0
*
Est
res
se
Presença Ausência
Cefaleia
Diferença de -4,43 ρ<0,05
293
33
sofriam com CTT foi menor. Outros estudos conduzidos com a população brasileira, também
apontaram prevalência de cefaleia alta, cerca de 74,1%. (17) Um estudo anterior realizado com
universitários também aponta que há chance de 98% entre os universitários em geral de
apresentarem ao menos um único episódio de cefaleia durante o período acadêmico.(18)
Podem ser observados vários fatores que corroboram com a prevalência de cefaleia
em estudantes universitários, implicando em consequências como incapacidade, prejuízo na
assiduidade e interferências no relacionamento interpessoal dos estudantes, o que pode
gerar baixo rendimento nas atividades acadêmicas, pois estas exigem um empenho físico e
cognitivo.(18)
A cefaleia é um problema de saúde pública que acomete a população em geral,
porém, apresenta destaque na faixa etária dos 20-50 anos, afetando com maior probabilidade
o sexo feminino. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a migrânea, cuja etiologia
é multifatorial, acomete cerca de 15% da população mundial, algo em torno de 31 milhões de
pessoas, com alta prevalência entre a segunda e quarta década de vida, ocupa o 10º lugar no
ranking das doenças incapacitantes. Então, é observada a evidência de que a cefaleia
predomina a partir dos 20 anos de idade.(1,9)
Neste estudo, examinando a variável sexo, é possível observar que a cefaleia é mais
prevalente em mulheres, em harmonia com outras pesquisas relevantes. (7,19,20) Estas mesmas
estimam que 95% dos homens e 99% das mulheres terão pelo menos um episódio ao longo
da vida, das quais cerca de 40% podem se apresentar com certa regularidade. (7,19) Esta alta
prevalência teórica em mulheres pode ser explicada, parcialmente, pelos fatores hormonais,
na qual a cefaleia expressa-se, neste contexto, não apenas a como mais prevalente em
mulheres, mas também como a mais incapacitante. (20)
O IMC é uma variável que neste estudo apresentou comportamento normal, que
apresenta dinâmica diferente, quando correlacionado com outros estudos, os quais
identificam uma relação significativa entre cefaleia e obesidade, pois, pessoas com IMC
elevado, tem maior chance de apresentar episódios de cefaleia durante a vida. (9,20)
É considerável no presente estudo que existe um impacto adverso da dor de cabeça
sobre a vida dos indivíduos do sexo feminino, todas as participantes apresentaram uma
34
relação significativa da cefaleia com o HIT-6. A incapacidade funcional é algo que limita as
atividades rotineiras e suas relações. Quando acontece de forma recorrente, influencia de
modo negativo a qualidade de vida do indivíduo e acarreta várias perdas aos estudantes,
interferindo na realização de atividades, podendo favorecer um pior desempenho na vida
acadêmica, pela instabilidade do humor e a capacidade de concentração afetadas, que são
elementos fundamentais para o processo de aprendizagem. Além disso, a cefaleia é uma
justificativa frequente pelo aumento do número de absenteísmo. (17,20,21)
Há associações importantes da cefaleia com a ansiedade neste estudo, pois, foi
observada em todos os participantes, o que está em sintonia com pesquisas anteriores. (9,20) É
possível associar a cefaleia à ansiedade, pois há uma integração das percepções, despertadas
pela situação de ameaça, que gera uma cadeia de reações químicas que exigem resposta do
sistema límbico do indivíduo e Controle Inibitório (CI). Mediante uma possível sensação
dolorosa, as sensações são exacerbadas, tornando a dor mais frequente e potente em
populações vulneráveis aos fatores psicossociais. Isto pode prejudicar o autogerenciamento
das crises e dificultar ainda mais a capacidade funcional, e até prolongar a experiência
dolorosa. (19,22)
O estresse pode ser consequência da dor, ou seja, fontes de tensão, e também pode
ser consequência da percepção da dor, seja ela aguda, difusa ou crônica. (19,23) Por isso é que
se faz presente neste estudo a associação da cefaleia com o estresse, ou seja, alguns quadros
de estresse podem estar associados às cefaleias, ou o estresse pode ser fator desencadeante
das cefaleias, principalmente na população universitária, por ser predominantemente
composta por jovens em idade produtiva, que muitas vezes não conseguem lidar com as
demandas específicas do ambiente acadêmico. (16,17) Neste estudo, foi observada uma
dissonância com a literatura, com média de escore de estresse menor para presença de
cefaleia, o que pode ser devido a uma amostra não balanceada, surgindo essa atipia. Neste
contexto, recomenda-se um aprofundamento a partir da realização de novos estudos.
Algumas pesquisas discorrem sobre a significativa associação entre sono e cefaleia,
especialmente quando estes ocorrem durante a noite ou ao despertar e revelam que vários
distúrbios de sono podem ter relação com a cefaleia. Neste estudo, a cefaleia apresenta uma
relação próxima com o sono dos maus dormidores e revela-se a partir dos índices elevados
35
entre essas variáveis, demonstrando sintonia com a literatura. Uma noite em vigília, associada
a uma crise de cefaleia, já pode influenciar no desempenho do indivíduo, que apresentará
maior dificuldade para manter a concentração nas atividades do dia seguinte. (24,25)
CONCLUSÃO
A cefaleia é compreendida como um transtorno que afeta grande parte da população
mundial, incluindo nessa população os estudantes universitários, que ressalta uma expressiva
e condizente prevalência acompanhada do estresse e da ansiedade que são condições clínicas
muito presentes na vida acadêmica, acarretando impactos na produtividade universitária, no
aprendizado, e podendo influenciar de forma negativa na realização das tarefas diárias devido
à dor causada pela cefaleia e consequentemente interferindo diretamente na qualidade de
vida dos sofredores.
Neste estudo foi possível apontar que a prevalência da cefaleia em universitários é
alta e está associada significativamente à idade, ao sexo e à qualidade do sono ruim,
impactando em mais da metade dos estudantes.
Por isso, identificar os indivíduos acometidos pela cefaleia é de grande importância
para auxiliar na elaboração dos processos de diagnósticos nos níveis de atenção primária e
secundária, propiciando um manejo mais adequado dos casos. E os casos de maior
complexidade devem ser discutidos para que se possa estabelecer um diagnóstico de forma
colegiada, pois os diagnósticos da população diferem e exigem um olhar crítico sobre cada
peculiaridade existente.
Assim, a qualidade de vida passa a ser entendida como uma condição essencial
relacionada ao modo de viver e que precisa do fortalecimento de políticas públicas saudáveis
no âmbito universitário, que evidencie a necessidade de ampliar o interesse e a preocupação
de diferentes setores no sentido de criar ambientes favoráveis ao bom viver.
36
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38
Correspondência Erlene Roberta Ribeiro dos Santos
([email protected]) Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico da Vitória
Rua Alto do Reservatório, S/n - Bela Vista, Vitória de Santo Antão - PE, 55608-680
Recebido: XX/XX/XXXX Aceito: XX/XX/XXXX
39
5 CONCLUSÃO
O estudo revelou que a cefaleia é um importante problema de saúde pública
no Brasil e no mundo, que causa impacto individual e social devido à sua alta
prevalência, além dos custos econômicos e redução da qualidade de vida dos
indivíduos portadores.
Em decorrência disso, foi possível analisar a prevalência da cefaleia em mais
de 80% dos estudantes universitários, sendo mais frequentes no sexo feminino e,
que é desencadeada por diversos fatores, ocasionando significativas repercussões
nas atividades diárias desses indivíduos, inclusive uma possível deterioração
educacional.
Por tanto, a cefaleia também pode estar associada a fatores psicossociais
como, estresse, ansiedade, alteração do sono, entre outros e que leva ao indivíduo a
situações de enfrentamento da dor e da doença.
Em suma, é imprescindível a consciência do desafio de ampliação do
conhecimento referente à cefaleia e a busca do desenvolvimento deste estudo de
forma coerente e inovadora, contribuindo para melhor qualidade de vida dos
portadores de cefaleia e vislumbrando a possibilidade de construir um saber
transformador, para que as pessoas possam conhecer buscar diagnosticar e tratar
de forma correta, evitando grandes perdas na vida de cada um.
40
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44
ANEXO A – Normas de submissão – Revista Headache Medicine
4.1 Formatação
O formato preferido para o seu manuscrito é o Word. Os arquivos LaTeX também são aceitos. Os modelos Word e (La) Tex estão disponíveis na página Diretrizes de envio de manuscritos do nosso Gateway de autor.
O texto deve ser de dois espaços e com um mínimo de 3 cm para as margens da mão esquerda e direita e 5 cm na cabeça e no pé. O texto deve ser padrão de 10 ou 12 pontos. As unidades SI devem ser usadas em todo o texto.
Somente arquivos eletrônicos conforme as diretrizes da revista serão aceitos. Os formatos preferidos para o texto e as tabelas do seu manuscrito são como mencionado acima. É importante que todas as figuras / imagens e tabelas sejam carregadas como arquivos separados e não sejam incorporadas no arquivo de texto principal. Por favor note que Cephalalgia não tem uma categoria de arquivo chamada "box". As categorias de arquivos são o corpo principal, tabelas, figuras, documentos de suporte. Consulte também diretrizes adicionais sobre a apresentação de obras de arte e os arquivos de suporte abaixo.
Página de título
A (s) primeira (s) página (s) do seu manuscrito, independentemente da categoria de submissão, todos os manuscritos são necessários para incluir uma página de título com as seguintes informações:
1. Título, 2. Todos os nomes e afiliações dos autores, 3. Detalhes de contato do autor correspondente, 4. Resumo estruturado (se aplicável ao tipo de manuscrito), 5. Registro de ensaio (se aplicável ao tipo de manuscrito), 6. Palavras-chave.
4.1.3 Estruturação do seu resumo
Dado que Cephalalgia é uma revista dedicada à dor de cabeça e dor facial, os leitores estão familiarizados com essas doenças. Geralmente, evite platitutudes como " migrane é uma doença incapacitante e / ou afeta uma alta porcentagem de pessoas " no resumo estruturado e ao longo do manuscrito. As diretrizes do autor do jornal requerem um resumo estruturado usando 3 ou 4 parágrafos sem citar referências ou abreviaturas. A contagem de palavras não é mais do que 250 palavras, dependendo da categoria do manuscrito.
Qualquer documento recebido sem um resumo estruturado será devolvido ao autor correspondente.
4.1.4 Bala pontos de relevância clínica
45
Para garantir que sua pesquisa seja de interesse para uma audiência tão ampla quanto possível, é importante que você forneça dois a cinco pontos de bala resumindo seu manuscrito. Os pontos de bala são frases de fragmento e não parágrafos.
Se o seu artigo estiver clinicamente baseado use pontos de bala com qualquer um desses títulos: Implicações clínicas ou Relevância da saúde pública. A caixa do ponto de bala é criada pelo editor uma vez que o manuscrito é aceito e enviado à Produção. Use pontos de bala com cabeçalhos, como Artigos destacados ou Principais achados para pesquisas baseadas em ciência básica.
Inclua os pontos do balcão do manuscrito no corpo principal do manuscrito após a conclusão e antes da lista de referência. Os autores devem fornecer os mesmos pontos de bala durante a Etapa 5 do processo de submissão do manuscrito.
4.2 Artwork, figuras e outros gráficos
Para obter orientação sobre a preparação de ilustrações, imagens e gráficos em formato eletrônico, visite as Diretrizes de Sustento de Manuscrito da SAGE .
As figuras fornecidas em cores aparecerão em cores on-line e na edição impressa. Não há cobrança pela reprodução de figuras em cores na versão impressa.
4.3 Material suplementar
Este periódico é capaz de hospedar materiais adicionais on-line (por exemplo, conjuntos de dados, podcasts, vídeos, imagens, etc.) ao lado do texto completo do artigo. Para obter mais informações, consulte nossas diretrizes sobre a apresentação de arquivos suplementares .
4.4 Estilo de referência
A cephalalgia opera um estilo de referência SAGE Vancouver. Clique aqui para rever as diretrizes sobre SAGE Vancouver para garantir que seu manuscrito esteja em conformidade com este estilo de referência.
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4.5 Serviços de edição da língua inglesa
Os autores que procuram assistência com a edição, tradução ou formatação de manuscritos em inglês, adaptados às especificações do periódico devem considerar o uso de SAGE Language Services. Visite SAGE Language Services em nosso Journal Author Gateway para obter mais informações.
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5. Apresentando seu manuscrito
Antes de enviar seu manuscrito, assegure-se de ler e aderir com cuidado a todas as diretrizes e instruções aos autores fornecidos abaixo. Os manuscritos que não estejam conforme a essas diretrizes podem ser devolvidos ao seu Centro de Autor.
46
Especificamente, envie os elementos dos manuscritos como um único arquivo (s) e no formato correto usando o guia de extensão de arquivo abaixo:
Arquivos de documentos: .docx, .xlsx, .pptx, .doc; .htm; .ppt; .pdf; .rtf; .tex; .TXT; .wpd; xls.
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Siga estas recomendações para garantir que seus arquivos se convertam corretamente para HTML e PDF:
Arquivos
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Documentos
Não incorporar fontes; Remover macros; Remova hiperlinks do corpo principal; Remover códigos de campo (espaços reservados no Microsoft Word para dados que
podem ser alterados em um documento); Verifique se os arquivos da planilha possuem apenas uma guia; Lembrete, use nomes de arquivos curtos sem símbolos.
Imagens
Remova as miniaturas dos arquivos de imagem; Verifique se as suas imagens estão em uma única camada achatada (por exemplo,
sem TIF de várias páginas); As imagens devem chegar a 300 dpi.
Vídeos
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Cephalalgia é hospedado em SAGE track, uma submissão on-line baseada na web e um sistema de revisão por pares, que é desenvolvido por ScholarOne ©
47
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IMPORTANTE :
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Para carregar seus arquivos, clique no botão 'Procurar' e localize o arquivo em seu computador. Selecione a designação de cada arquivo (documento principal, tabela, figura ou documento de suporte) na seleção suspensa ao lado do botão de navegação. Quando você selecionou todos os arquivos que deseja carregar, clique no botão 'Fazer upload de arquivos'. Revise sua submissão (em formatos PDF e HTML) e clique no botão Enviar.
Você pode suspender um envio em qualquer ponto antes de clicar no botão Enviar e salvá-lo para enviar mais tarde. Após a submissão, você receberá um e-mail de confirmação. Você também pode fazer login novamente em seu centro de autor em qualquer momento para verificar o status do seu manuscrito.
Certifique-se de enviar somente documentos de documento editáveis . O texto principal deve estar no Microsoft Word ou RTF, as tabelas como arquivos do Word separados (uma imagem de uma tabela colocada em um documento do Word não é editável) e as figuras como arquivos separados usando as extensões de arquivo acima. Certifique-se de que seu documento não inclua números de linha ; O sistema de trilha Cephalalgia SAGE irá gerá-los para você e, em seguida, converter automaticamente o seu manuscrito em PDF para revisão por pares. Toda a correspondência, incluindo a notificação da decisão do Editor e os pedidos de revisão, será por e-mail.
Todos os trabalhos devem ser enviados através do sistema on-line. Se você quiser discutir o seu documento antes da submissão, consulte os detalhes de contato abaixo.
Enviando uma Revisão Os autores que enviam manuscritos revisados devem seguir as instruções de submissão disponíveis no Centro de Autor e enviar através do sistema de trilha SAGE. Para criar uma revisão, vá para a opção 'Manuscritos com decisões' em seu
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Painel de autores e selecione 'criar uma revisão na coluna' Ação '. O corpo principal do manuscrito revisado deve chegar a mudanças rastreadas. Digite a resposta aos revisores no banco de dados. Os autores devem fazer o upload de um arquivo separado que é rotulado de Resposta aos Revisores como documento de apoio. Recomenda-se que os autores carregue uma versão limpa com todas as alterações controladas aceitas como um arquivo de documento de suporte. Se o manuscrito revisado incluir uma alteração na autoria, inclua um formulário de alteração do autor para garantir que todos os autores concordem com a alteração na autoria.
Todos os manuscritos devem ser enviados através do sistema on-line.
Se você gostaria de discutir seu manuscrito antes da submissão, consulte os detalhes de contato abaixo.
Wendy Krank Editor Gerente Cephalalgia Editorial Office Email: [email protected]
5.1 ORCID
Como parte do nosso compromisso de garantir um processo de revisão parental ético, transparente e justo, o SAGE é um membro de suporte da ORCID , o Pesquisador aberto e ID do Contribuinte. O ORCID fornece um identificador digital persistente que distingue pesquisadores de todos os outros pesquisadores e, por meio da integração em fluxos de trabalho de pesquisa chave, como o manuscrito e a submissão de subsídios, apoia vínculos automatizados entre pesquisadores e suas atividades profissionais garantindo que seu trabalho seja reconhecido.
Incentivamos todos os autores a adicionar seus ORCIDs às suas contas SAGE Track e incluam seus ORCIDs como parte do processo de submissão. Se você ainda não possui um, você pode criar um aqui .
5.2 Informações necessárias para completar sua apresentação
Você será solicitado a fornecer detalhes de contato e afiliações acadêmicas para todos os co-autores através do sistema de submissão e identificar quem será o autor correspondente. Esses detalhes devem corresponder ao que aparece em seu manuscrito. Nesta fase, assegure-se de ter incluído todas as declarações e declarações exigidas e enviou quaisquer arquivos complementares adicionais (incluindo diretrizes de relatórios, quando relevante).
5.3 Permissões
Certifique-se também de ter obtido qualquer permissão necessária dos titulares de direitos autorais para reproduzir quaisquer ilustrações, tabelas, figuras ou citações extensas anteriormente publicadas em outros lugares. Para obter mais informações, incluindo orientação sobre negociação justa de crítica e revisão, consulte a página Copyright e Permissões no SAGE Author Gateway .
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6. Na aceitação e publicação
6.1 SAGE Production
Seu Editor de Produção SAGE o manterá informado sobre o progresso do seu artigo ao longo do processo de produção. As provas serão enviadas por PDF para o autor correspondente e devem ser devolvidas prontamente. Recomenda-se aos autores verificar cuidadosamente as suas provas para confirmar que todas as informações do autor, incluindo nomes, afiliações, sequência e detalhes de contato são corretas, e que as declarações de Financiamento e Conflito de Interesse, se houver, são precisas. Por favor, note que, se houver alguma alteração na lista de autores nesta etapa, todos os autores serão obrigados a preencher e assinar um formulário que autorize a alteração.
6.2 Primeira publicação on-line
Online First permite que os artigos finais (artigos completos e aprovados que aguardem a atribuição a uma questão futura) sejam publicados on-line antes da sua inclusão em um assunto de revista, o que reduz significativamente o tempo de entrega entre a apresentação e a publicação. Visite a página de ajuda do SAGE Journals para mais detalhes, incluindo como citar os primeiros artigos on-line.
6.3 Acesso ao seu artigo publicado
SAGE fornece aos autores acesso on-line ao seu artigo final.
6.4 Promoção do seu artigo
A publicação não é o fim do processo! Você pode ajudar a divulgar seu documento e garantir que seja tão amplamente lido e citado quanto possível. O SAGE Author Gateway possui inúmeros recursos para ajudá-lo a promover o seu trabalho. Visite a página Promova o seu artigo no Gateway para obter dicas e conselhos. Além disso, a SAGE é parceira da Kudos, um serviço gratuito que permite aos autores explicar, enriquecer, compartilhar e medir o impacto de seu artigo. Descubra como maximizar o impacto do seu artigo com Kudos .
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7. Mais informações
Qualquer correspondência, consulta ou solicitação adicional de informações sobre o processo de submissão do manuscrito deve ser enviada para o escritório de redação da Cephalalgia da seguinte forma:
Wendy Krank Editor Gerente Cephalalgia Editorial Office Email: [email protected]