universidade federal de pernambuco centro … · profº. dr. flávio renato barros da guarda...

58
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2018

Upload: others

Post on 11-Feb-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO

INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

SAÚDE COLETIVA

NÚCLEO DE SAÚDE COLETIVA

IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO

INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2018

TCC apresentado ao Curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva. Orientador: Profª Drª Erlene Roberta Ribeiro dos Santos Coorientador: Profº Me. Antônio Flaudiano Bem Leite

Catalogação na Fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.

Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB-4/977

L383i Laurentino, Iris Milleyde da Silva.

Incapacidade funcional e cefaleia: impactos no cotidiano dos universitários da área da saúde / Iris Milleyde da Silva Laurentino. - Vitória de Santo Antão, 2018.

58 folhas. Orientadora: Erlene Roberta Ribeiro dos Santos. TCC (Graduação em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Pernambuco,

CAV, Bacharelado em Saúde Coletiva, 2018. Inclui referências.

1. Ansiedade. 2. Cefaleia. 3. Estresse. 3. Universitários - Transtorno do sono. I. Santos, Erlene Roberta Ribeiro dos (Orientadora). II. Título.

616.8491 CDD (23.ed ) BIBCAV/UFPE-220/2018

IRIS MILLEYDE DA SILVA LAURENTINO

INCAPACIDADE FUNCIONAL E CEFALEIA: IMPACTOS NO COTIDIANO DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

TCC apresentado ao Curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.

Aprovado em: 12/12/2018.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Profº. Drª Erlene Roberta Ribeiro Dos Santos (Orientadora) Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Dr. Flávio Renato Barros Da Guarda (Examinador Interno)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Dr. José Eduardo Garcia (Examinador Externo)

Universidade Federal de Pernambuco

Dedicatória

É com muito carinho que dedico este trabalho aos meus queridos filhos,

Cecília e Otto Joaquim, vocês são âncoras em minha vida,

desde que vocês nasceram que vem me ensinando

a praticar um importante sentimento,

o AMOR que tudo supera.

Aos meus pais, Vilson e Biracilda, por serem meus exemplos de vida, coragem,

respeito e dedicação. E acima de tudo, pela chance de crescimento que me

proporcionaram ao terem me dado à oportunidade de nascer.

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao divino, pelo dom da vida e por me fazer capaz de cursar esse curso tão

importante para a vida de um ser pensante. Minha eterna gratidão, por me fazer

forte e corajosa naquilo que me foi proposto ao longo desses anos.

Ser estudante de Saúde Coletiva vai muito além da academia, para mim foi

transformação de vida.

Aos meus pais, Vilson e Biracilda, meu muitíssimo obrigado por todo amor,

cuidado, dedicação, incentivo e apoio incondicional. Vocês sempre respeitaram

minhas escolhas e decisões. Sou feliz e agradecida por incessantemente

priorizarem minha educação.

Ao meu pai, agradeço por me fazer entender que o futuro é feito a partir da

constante dedicação no presente.

Agradeço imensamente a minha mãe, uma heroína, que sempre se manteve

presente ao longo dessa jornada, me guiando nas horas difíceis, me dando o

suporte necessário e cuidando com muita dedicação da pequena Cecília.

As minhas irmãs, Isis, Irtis e Isla, obrigada por todo ânimo, encorajamento,

estimulo, amor, carinho, atenção e por contribuírem diretamente na minha formação,

vocês foram fundamentais nessa caminhada, sem vocês eu nada seria.

Ao meu avô materno, José Alfredo, por me ensinar a ser valente, a persistir com

meus objetivos e por me ensinar com suas histórias de vida, vivida ao longo dos

seus 81 anos.

A minha querida avó materna, Madalena, por me acompanhar de perto e ajudar a

traçar este caminho, me motivando, dando força e acreditando no meu potencial,

para ela sempre foi uma alegria esta formação acadêmica.

Ao meu amado companheiro, João Batista, o qual me acompanhou durante toda a

graduação, onde dividi com ele tensões e estresses acadêmicos e por sempre me

auxiliar em momentos difíceis, agradeço o companheirismo e amor prestado ao

longo das nossas vidas juntas, sou feliz por tê-lo ao meu lado e por ter me

presenteado com nossas joias preciosas.

Aos meus queridos filhos Cecília e Otto Joaquim, por serem minha fonte de

inspiração, tenho por eles todo o amor do universo e é pra eles que ofereço todo

meu empenho e dedicação deste trabalho, pois eles chegaram ao longo dessa

graduação e me transformou, tornando-a mais forte, sendo mãe e estudante, vivo a

minha maternidade intensamente nas sutilezas do cotidiano, ela é , sem dúvida, meu

maior instrumento de evolução aqui na terra. A nós mães e estudantes, somos

madeira de lei que cupim não rói.

A meus amigos e compadres, Felipe e Rosangela, obrigada por todo acolhimento,

apoio e demonstração de carinho. E um obrigada super especial, repleto de

sonoridade para minha comadre por toda palavra de força e encorajamento e pelo

privilégio de compartilhar boas conversas e momentos importantes, onde

reafirmamos nosso crescimento e mostramos o quanto somos maravilhosas.

A minha família, avós, tios, primos e cunhados, obrigada a todos pelas contribuições

valiosas e por todo o convívio e carinho. E a todos os amigos, obrigada, pela

amizade e por existirem em minha vida.

Meus eternos agradecimentos, a todos os mestres por me oportunizar o

conhecimento não apenas o racional, mas a demonstração da natureza e afetividade

da educação no meu processo de formação profissional e pessoal, por tanta

dedicação e não somente por terem ensinado, mas por terem me feito aprender.

Guardarei cada um em meu coração com imenso carinho.

Meu muitíssimo obrigado, a minha querida professora e orientadora, Drª Erlene

Roberta, por ser tão gentil e educada, por ter disponibilizado seu tempo para me

orientar, pelo seu direcionamento indescritível no conteúdo, pelos incentivos e por

ter sempre se mostrado paciente, atenciosa, prestativa e empenhada. Obrigada pela

oportunidade e apoio de ser sua orientanda, sem você com certeza teria sido muito

mais custoso elaborar este trabalho.

Ao meu querido coorientador Antônio Leite, obrigada pela parceria, suporte e

disponibilidade de quando precisei você foi fundamental nessa construção.

Por fim, agradeço imensamente a todos que estiveram dispostos a ajudar, contribuir

e auxiliar na realização desta fase. Obrigada, por todo zelo, preocupações,

fortalecimentos e incentivos. E por acreditarem neste meu sonho. GRATIDÃO!

“Ninguém aprisiona sonhos e ideias”

Luís Inácio Lula da Silva

Ӄ preciso substituir um pensamento que isola e separa

por um pensamento que distingue e une”.

Edgar Morin

RESUMO

Os fatores psicológicos influenciam no equilíbrio gerenciamento de situações que

provocam sofrimento nos indivíduos, em especial as que estão relacionadas à dor e

frequentemente contribuem para sua piora. A correlação entre cefaleia, ansiedade,

estresse e distúrbios do sono, tem sido relatada em alguns estudos, mas a natureza

exata destas associações e mecanismos subjacentes, permanecem pouco

explorada. Diante disso, este estudo objetivou em analisar a prevalência de cefaleia

nos universitários da área da saúde e sua associação com ansiedade, estresse, e

qualidade do sono. Sendo um estudo transversal, realizado com 340 universitários,

dos quais 288 apresentavam cefaleia. Foram aplicadas escalas psicométricas de

autorrelato e critérios da International Classification of Headache Disorders, third

edition (ICHD-3β), para classificação da cefaleia. Foram utilizadas diferenças de

médias, prevalência, obtidas pelo teste χ2 e odds ratio. Portanto, apresentaram

cefaleia 288/340 (84,7%), indicando maior prevalência, os estudantes dos cursos de

Saúde Coletiva e de Ciências Biológicas, na faixa etária de 25-43 anos, com 93,6%,

no sexo feminino (88,5%). O IMC com classificação de excesso e obesidade

apresentou prevalência de 79,3%. O impacto foi constatado em 51,1% os

estudantes com presença de cefaleia. A ansiedade apresentou prevalência de

86,8%. O estresse revelou uma média menor para os estudantes com cefaleia e os

maus dormidores apresentaram uma prevalência de 87,4%. Conclui-se que a

prevalência da cefaleia em universitários é alta e está associada significativamente à

idade, ao sexo e à qualidade do sono ruim, impactando em mais da metade dos

estudantes.

Palavras-chave: Ansiedade. Cefaleia. Estresse. Transtorno do sono.

ABSTRACT

Psychological factors influence the balance of managing situations that cause

suffering for individuals, especially those that are pain-related, and frequently

contribute to their worsening. The correlation between headache, anxiety, stress and

sleep disorders has been reported in some studies, but the exact nature of these

associations and underlying mechanisms has been poorly explored. Therefore, this

study aimed at analyze headache prevalence in university health students and its

association with anxiety, stress, and sleep quality. Being one this is a cross-sectional

study performed with 340 university students, of which288 had headache.

Psychometric self-report therefore scales and the International Classification of

Headache Disorders, third edition (ICHD-3β) criteria were used to classify headache.

We used differences of means, prevalence, which were obtained by the χ2 test, and

odds ratio. Therefore a total of 288/340 (84.7%) had headache, with a higher

prevalence of in public health and biological sciences students aged 25-43 years

(93.6%), in females (88.5%). The BMI with classification of overweight and obesity

showed a prevalence of 79.3%. The impact was found in 51.1% of students with

headache. Anxiety scored a prevalence of 86.8%. Stress showed a lower average for

students with headache, and bad sleepers had a prevalence of 87.4%. It is

concluded that the prevalence of headache in university students is high and is

significantly associated with age, gender and poor sleep quality, affecting more than

half of the students.

Keyword: Anxiety. Headache. Stress. Sleep disorder.

LISTA DE ABREVIAÇÕES

BAI Beck Anxiety Inventory

CAV Centro Acadêmico de Vitória

CI Controle Inibitório

CTT Cefaleia Tipo Tensional

HIT-6 Headache Impact Test

ICHD-3β International Classification Of Headache Disorders

IMC

PICs

PNPIC

Índice de Massa Corporal

Práticas Integrativas e Complementares

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

PSS Perceived Stress Scale

SPSS

SUS

Statistical Package For The Social Scienses

Sistema Único de Saúde

UFPE Universidade Federal De Pernambuco

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição de frequências dos participantes segundo algumas variáveis

selecionadas 28

Tabela 2 – Distribuição de frequências e razão de chances (prevalência) de

variáveis entre indivíduos com presença e ausência de cefaleia

30

Figura - Medidas de tendência central e dispersão de escala de estresse entre

pessoas com e sem presença de cefaleia 31

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................... Erro! Indicador não definido.

3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 25

4 ARTIGO ................................................................................................................. 26

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 39

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40

ANEXO A .................................................................................................................. 44

ANEXO B .................................................................................................................. 50

12

1 INTRODUÇÃO

A cefaleia acompanha a humanidade desde os tempos mais remotos, é uma

doença de alta prevalência que pode afetar qualquer pessoa, independente de

idade, raça ou nível social, por vezes, a frequência e a intensidade da dor, pode

causar grande prejuízo funcional e social ao indivíduo, afetando a concentração e o

modo de interação com o meio em que está inserido e, consequentemente, gerando

uma má qualidade de vida (VASCONCELLOS, 2008).

De acordo com a Classificação Internacional das Cefaleias (ICHD-3β), a

cefaleia é caracterizada por dois diferentes grupos etiológicos; cefaleias primárias,

que compreende a migrânea e a cefaleia tipo tensional que são as mais comuns e

são decorrentes de distúrbios bioquímicos do cérebro que prejudicam os

neurotransmissores, causando dor. É uma patologia frequente na faixa etária dos

20-50 anos, afetando mais o sexo feminino. O outro grupo é o das cefaleias

secundárias, que ocorrem devido à presença de uma patologia. Neste estudo será

abordada cefaleia do tipo primária.

A migrânea que também é chamada de enxaqueca é unilateral e é mais

comum entre as mulheres, com intensidade variando de moderada à intensa, suas

manifestações podem ter duração de 4 a 72 horas, com frequência variada de

acordo com as causas físicas ou emocionais, como estresse (SOUZA et al., 2015).

A cefaleia tipo tensional é classificada como o tipo mais comum de dor de

cabeça, é causada principalmente por estresse ou cansaço, acometem mais

mulheres, a intensidade varia de leve à moderada e podem durar horas ou dias

(MASCELLA, 2011).

As cefaleias são distúrbios neurológicos com queixas frequentes em

estudantes universitários, que causam uma série de complicações como

incapacidade funcional, baixa assiduidade, interferências no relacionamento

interpessoal dos estudantes, podendo ocasionar baixo rendimento nas atividades

acadêmicas desenvolvidas, pois, as mesmas exigem significativo empenho,

incluindo tanto o esforço físico quanto o mental que impacta negativamente no

cotidiano acadêmico desses indivíduos (OLIVEIRA; SOUZA; MARBACK, 2016).

13

Estudo anterior realizado com universitários evidencia a chance entre os

universitários em geral de apresentar ao menos um único episódio de cefaleia

durante sua vida acadêmica é de 98% (LOPES, 2015).

Tendo-se em conta a alta prevalência da migrânea ou enxaqueca e cefaleia

tipo tensional, seu custo em termos de cuidados médicos, absenteísmo,

comprometimento de atividades sociais, familiares, laborais e escolares, torna-se

premente um estudo mais detalhado dessa patologia em uma população com alto

potencial produtivo como os estudantes universitários (VASCONCELLOS, 2008).

No Brasil, outro estudo realizado com estudantes universitários de diferentes

cursos, em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, estimou prevalência de enxaqueca

de 24% e de cefaleia tipo tensional de 32%, sendo que, entre os enxaquecosos, a

produtividade escolar foi menor do que entre aqueles que sofriam cefaleia tipo

tensional. Outros estudos conduzidos com a população brasileira em geral

apontaram prevalência de cefaleia de 74,1% (BRAGA, 2012).

Pelo prejuízo advindo dessa dor, a cefaleia acaba afetando a qualidade de

vida e interferindo na realização de atividades habituais, podendo acarretar em um

pior desempenho na vida social e acadêmica, pois piora o humor e a capacidade de

concentração, fundamentais para o processo de aprendizagem. Além disso, ela é

responsável por aumentar o número de absenteísmo (BRAGA et al., 2012).

É possível associar a cefaleia ao estresse e à ansiedade, pois existe uma

somatização, tornando a dor mais frequente em populações submetidas a esses

fatores psicossociais, configurando em um grave problema de saúde pública.

Portanto, a mesma exerce influência negativa na qualidade de vida, com importante

impacto nas atividades diárias dos indivíduos (BERNARDI et al., 2008).

Por isso, medidas de prevenção devem ser lembradas para amenizar ou até

mesmo eliminar as ocorrências das crises, que pode se tornar quase diárias. Hábitos

de sono, tabagismo, dieta, evitando alimentos que desencadeiem as crises como:

queijo, chocolate, cafeína, amendoim, banana, etc., diminuição de fatores

estressores emocionais, tomar muita água, tudo isso ajuda a reduzir a frequência

dos episódios, porém cada indivíduo portador da cefaleia deve tentar identificar

aquele fator que, no seu caso em particular, atua como desencadeante, para

procurar evitar o bastante (GHERPELLI, 2002).

14

O tratamento da cefaleia pode ser sintomático, que é aquele utilizado para a

fase aguda ou álgica e profilático no qual as drogas têm que reduzir o número e/ou

intensidade das crises (GHERPELLI, 2002).

É importante que os fatores desencadeantes sejam discutidos, de modo que

uma estratégia terapêutica adequada possa ser estabelecida, tanto do ponto de vista

farmacológico, quanto não farmacológico baseado em metas eficazes, cujo objetivo

seja a eliminação da cefaleia, buscando alcançar o bem-estar do paciente

(GHERPELLI, 2002).

Algumas formas de terapia para o tratamento e controle da cefaleia apontam

sua eficácia a PICs seria uma das alternativas para melhorar a qualidade de vida

dos estudantes acometidos e reduzir as incapacidades geradas pela cefaleia,

podendo colaborar para minimizar a percepção das dores e atuando

simultaneamente em outras condições clínicas como estresse e ansiedade.

A mesma está embasada na Política Nacional de Práticas Integrativas e

Complementares (PNPIC), que vem com a ideia de complementação, ampliação de

acesso às ações de saúde na perspectiva da integralidade da atenção, inserida no

Sistema Único de Saúde (SUS), com práticas e intervenções naturais, para melhoria

da qualidade de vida e redução de gastos com medicamentos alopáticos.

Todavia, em meio a todo esse cenário, no Brasil, ainda é muito escasso

estudo sobre a prevalência da cefaleia em universitários, por isso requer um

desdobramento maior e um esforço diante das dificuldades de abordar esse

assunto, por ser uma área pouco explorada. Tendo em vista que a cefaleia é

apresentada como uma doença neurológica que afeta a maioria da população

mundial (BRAGA et al., 2012).

Considerando a cefaleia uma das queixas frequentes em estudantes

universitários e sendo considerado um grande problema de saúde pública, que pode

levar à redução e ao prejuízo nas capacidades dos indivíduos, o objetivo desse

estudo foi verificar a prevalência de cefaleia em estudantes universitários associados

a outras condições clínicas, como estresse e ansiedade e contribuir com o avanço

dos conhecimentos sobre a epidemiologia da cefaleia nessa população, pois se faz

necessário analisar e compreender o impacto e a influencia da cefaleia nas

atividades cotidianas de estudantes universitários em detrimento da incapacidade

gerada, que ocasiona prejuízos negativos na comodidade desses indivíduos.

15

Portanto, esse estudo vem para contribuir na investigação de informações

sobre a cefaleia e buscar amparo dos arcabouços legais, que fundamentam as

políticas públicas de saúde e que possam subsidiar serviços de saúde, realizando a

prevenção das crises de cefaleia em estudantes sofredores desse mal e em outras

populações, ofertando previamente medidas preventivas e reduzindo os prejuízos na

qualidade de vida dos indivíduos acometidos.

16

2 REVISÃO DE LITERATURA

Nas ultimas décadas, as doenças crônicas vem desempenhando um

importante papel na morbidade da população mundial se tornando um problema de

saúde pública que vem acarretando diversos prejuízos, tanto pessoais quanto

sociais. Dentre essas, a cefaleia é considerada uma dor que interfere

substancialmente na qualidade vida, sendo umas das mais importantes e de alta

prevalência no desempenho das atividades diárias dos indivíduos e de altos custos

socioeconômico e de vários atendimentos no serviço de saúde (SOUZA; CALUMBY;

AFONSO, 2015).

No entanto, a cefaleia é uma das queixas mais antiga da humanidade, na

bíblia já se observavam relatos de cefaleia, muitos dos antepassados foram

sofredores desse mal e hoje está cada vez mais explícito esse sofrimento, que

potencializa o desconforto pessoal e fragiliza o modo de vida de cada indivíduo

(SILVA NETO; ALMEIDA, 2009).

A cefaleia é uma condição prevalente, incapacitante, muitas vezes sem

diagnóstico e tratamento adequado, sendo mais frequente nas mulheres e com alta

prevalência ao longo da vida dos seres humanos. Quando acontece de forma

recorrente, influencia de modo negativo a qualidade de vida do indivíduo e acarreta

várias perdas à sociedade (SOUZA; CALUMBY; AFONSO, 2015).

Estima-se que 95% dos homens e 99% das mulheres terão pelo menos um

episódio ao longo da vida, das quais cerca de 40% apresentam-na com certa

regularidade (SILVA JUNIOR; TAVARES; LARA, 2012).

As crises de cefaleias determinam uma perda média de 0,8 a 1,6 dias de

trabalho por ano, pelos homens; e 1,1 a 3,8 dias, pelas mulheres. As crises de

enxaqueca são incapacitantes em 80% dos pacientes e determinam uma perda

média de 4,6 dias de trabalho por ano (MERCANTE, 2007).

Suas causas são múltiplas e predominam aquelas decorrentes de alterações

funcionais do sistema central, chamadas cefaleias primárias, que são dores de

cabeça, ou um distúrbio de dor de cabeça, não causado ou atribuído a outro

distúrbio, como a cefaleia do tipo tensional (CTT) e a migrânea. As cefaleias podem

variar conforme a intensidade e a frequência, podendo ser extremamente

incapacitantes (SILVA JUNIOR; TAVARES; LARA, 2012).

17

Portanto, suas consequências e seu impacto social devem ser considerados

no planejamento das ações em saúde e sua problemática deve fazer parte da pauta

de debates das equipes de saúde, com ampla discussão entre profissionais de

saúde, usuários e gestores (FREITAS, 2013).

Entretanto, as Cefaleias tipo tensional (CTT) são as mais comuns nos seres

humanos, cerca de 38% a 74% dos brasileiros sofrem com a cefaleia tensional,

porém os indivíduos acometidos com CTT normalmente não procuram ajuda médica,

muitas vezes utilizando por conta própria à automedicação de fármacos

inadequados e até contraindicados para a finalidade (KRYMCHANTOWKI, 2008).

Geralmente a dor da CTT é caracterizada como difusa, de leve a moderada

intensidade, com uma sensação de aperto, pressão ou peso envolvendo a cabeça

como uma faixa apertando o crânio e pode ser episódica (menos de 15 dias por

mês) ou crônica (mais de 15 dias por mês), as dores de cabeça podem durar entre

30 minutos e vários dias (PINTO; MORAIS; FERREIRA, 2017).

A localização é bilateral, sendo a região occipital predominante, mas também

pode afetar as regiões frontal e apical. Tem intensidade leve a moderada, não

impedindo as atividades de vida diária. Geralmente não há sintomas associados,

como náusea, osmofobia e vômito (PINTO; MORAIS; FERREIRA, 2017).

Por outro lado, a enxaqueca que também pode ser chamada de migrânea que

é um distúrbio da cefaleia primaria incapacitante comum. Muitos estudos

epidemiológicos documentaram sua alta prevalência e seus impactos

socioeconômicos e pessoais (MONTEIRO, 2013).

Estudo Australiano evidenciou que 10% da população daquele país sofrem de

migranea e 40% da população apresenta cefaleia do tipo tensional. Esses dados

permitem fazer projeções para estimar o prejuízo determinado pela cefaleia, devido

aos altos custos de serviço de saúde, perda de produtividade laboral e redução da

vida social (VASCONCELLOS, 2008).

Em estudo canadense, durante as crises, 77% tem limitações das atividades,

50% interrompem suas atividades e 30% têm de se deitar. Em um estudo de

prevalência nos EUA, realizado por Stewart e colaboradores em 1992, foi avaliado o

grau de diminuição das capacidades pela migrânea – nenhum: 12%; leve ou

moderado: 51,3%; intenso/vai para cama: 35,5%; não sabem: 1%. Portanto, 86,8%

18

dos pacientes têm diminuição das capacidades devido à enxaqueca

(VASCONCELLOS, 2008).

Em estudo realizado com estudantes universitários na Turquia, 22,64%

sofriam de cefaleia do tipo tensional, enquanto 17,89% de enxaqueca. Em outro

estudo com estudantes universitários realizado na Universidade de Ribeirão Preto,

São Paulo, 24% deles sofriam de enxaqueca e 32% de cefaleia do tipo tensional. Os

sofredores de enxaqueca tiveram diminuição da produção escolar em 62,7%,

enquanto que nos sofredores de cefaleia do tipo tensional a diminuição da produção

escolar foi de 24,4% (VASCONCELLOS, 2008).

No Global Burden Of Disease Study de 2010 (GBD 2010), foi classificada

como o terceiro transtorno mais prevalente no mundo. No GBD 2015, foi classificada

em terceiro lugar – a maior causa de incapacidade em todo o mundo, tanto em

homem quanto em mulheres com idade inferior a 50 anos (MONTEIRO, 2013).

A migrânea apresenta-se por crises intermitentes, dor pulsátil, de moderada a

intensa, frequentemente unilateral e com sintomas associados, tais como náuseas e

fobias, podendo durar até 72 horas quando não devidamente tratadas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a migrânea cuja etiologia

é multifatorial, que acometendo cerca de 15% da população mundial, algo em torno

de 31 milhões de pessoas, a maioria na faixa etária dos 25 aos 45 anos e ocupa o

10º lugar no ranking das doenças incapacitantes.

Entretanto, a migrânea é uma condição de dor debilitante associada a grande

deficiência pessoal e social. Os indivíduos acometidos por migrânea referem

sensação de expectativa e medo da chegada da crise e do seu enfrentamento e tem

maior incidência de dores no corpo e limitação física, que impede diretamente de

exercer determinadas funções do seu cotidiano (VALENÇA, 2015).

Estudos relatam que o prejuízo anual causado pela população que sofre com

dores de cabeça pode ser avaliado em U$ 1,4 a 17 bilhões. As perdas para

economia, causadas pelo absenteísmo e pagamento de benefícios, são estimadas

em 50 bilhões de dólares por ano (VALENÇA, 2008).

Em relação à cefaleia, os custos com exames e atendimento laboratoriais,

pronto-socorro e internações são elevados. Nos Estados Unidos, os gastos com

enxaqueca são da magnitude de US$ 5,6 A US$ 17,2 bilhões, os custos hospitalares

com cefaleia em um período de três meses chegaram à cifra de R$ 144.391,21,

19

sendo R$ 115,14 por paciente (custos com exames laboratoriais, atendimento

ambulatorial, internação e custos cirúrgicos) na Unidade de Emergência do

HCFMRP-USP. No Brasil, estimaram que o custo anual da enxaqueca para o país é

o equivalente a mais de 7 milhões de dólares (MERCANTE, 2007).

Por isso, verificar os indivíduos acometidos pela cefaleia é de grande

importância para auxiliar na identificação e elaboração dos processos de

diagnósticos nos níveis de atenção primária e secundária, propiciando um manejo

mais adequado dos casos. E os casos de maior complexidade devem ser discutidos

para que possa estabelecer um diagnóstico de forma colegiada, pois os diagnósticos

da população diferem e exigem um olhar crítico sobre cada peculiaridade existente

(FREITAS, 2013).

Neste sentido, destaca-se a saúde coletiva, como tendo objeto as

necessidades de saúde, ou seja, todas as condições requeridas não apenas para

evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida

(SOUZA, 2014).

Assim, a qualidade de vida passa a ser entendida como uma condição

essencial relacionada ao modo de viver e que precisa do fortalecimento de politicas

públicas saudáveis, que evidencie a necessidade de ampliar o interesse e a

preocupação de diferentes setores no sentido de criar ambientes favoráveis a vida.

Portanto, identificar a prevalência da migrânea, na vida dos estudantes

universitários consiste em um papel importante que exige que reconheça e

considere os potenciais fatores psicossociais associados, pois a migrânea tem

impacto que pode ser devastador, que afeta o rendimento da vida acadêmica e

social. Sendo importante esclarecer que o impacto tanto econômico quanto social,

decorrente da migrânea poderia ser reduzido, a partir de um diagnóstico precoce,

com um tratamento adequado para assegurar a melhor qualidade de vida.

Estudantes que sofrem de migrânea podem ter redução na capacidade

cognitiva, principalmente na concentração e no humor, fundamentais para o

processo de aprendizagem e que pode conduzir ao fracasso educacional. Sabe-se

que a vida acadêmica exige empenho e requer esforços por parte dos estudantes

tanto físicos quanto mental, entretanto esses impactos nesta população são

relevantes, pois são fundamentais para exercer as atividades (OLIVEIRA; SOUZA;

MARBACK, 2016).

20

De modo geral, migranosos por sentirem dor com frequência e intensidade

forte, são levados a pensamentos automáticos de ameaça constante, intensificando

a percepção da dor e ocasionando o desencadeamento de nível alterado de

estresse e ansiedade (SANTOS, 2017).

Além disso, quando a cefaleia tem interação com condições psicossociais,

como estresse e ansiedade as dificuldades relacionadas à universidade, pode gerar

a incapacidade de se envolver em atividades diárias exigidas no meio educacional,

acarretando um aumento do absentismo universitário e um desequilíbrio no seu

meio social (BRAGA et al., 2012).

Além disso, a relação entre cefaleia e ansiedade está associada ao acréscimo

da percepção da dor e com os fatores que aumentam e complicam o risco da saúde

física, prolongando a experiência dolorosa. A resposta emocional básica do

indivíduo à dor, na medida em que ela significa um evento ameaçador, é a da

ansiedade aguda e todas as reações fisiológicas que a seguem (ANGELOTTI;

DOTTO, 2005).

Em contraste, o estresse é um distúrbio que faz mobilização de energia

psíquica e física do indivíduo, as respostas adaptativas ao estresse são mediadas

por características individuais em consequência de uma ação externa (BERNARDI,

2008).

O estresse pode ser de natureza cognitiva, comportamental, afetiva, ou

fisiológica, englobando desde estados de apatia, insatisfação, fadiga e ansiedade,

até distúrbios psicossomáticos de maior gravidade (BERNARDI, 2008).

O estresse pode ser consequência da dor, ou seja, fontes de tensão e

estresse pode ser consequência da percepção da dor, seja ela aguda, difusa ou

crônica (MASCELLA, 2011).

Alguns quadros de estresse podem estar associados às cefaleias, ou o

estresse pode ser fator desencadeante das cefaleias principalmente na população

universitária, por ser a maioria jovem e que muitas vezes não sabem lidar com

devidas demandas do ambiente acadêmico.

Estudos realizados concluem que houve uma relação estatisticamente

significativa entre cefaleia e ansiedade, uma vez que os 33% classificados como

ansiosos apresentaram uma prevalência maior de cefaleia (81%), quando

comparados aos estudantes não ansiosos (63,1%). Já com o intuito de analisar a

21

qualidade de vida de estudantes que referem sentir cefaleias, Lopes, Fuhrer e

Aguiar (2015) apontaram que 74% dos estudantes relacionaram a ocorrência da

cefaleia com o estresse (OLIVEIRA, 2016).

Por isso, é fundamental a importância do correto diagnóstico e tratamento da

migrânea, para melhorar a qualidade de vida e diminuir gastos com os efeitos

causados por essa doença.

Todavia, faz-se necessário compreender e buscar subsidiar serviços de

saúde que almejem a prevenção de agravos e promoção da saúde nessa

população, ofertando previamente medidas preventivas e reduzindo os prejuízos na

qualidade de vida. Pois, um tratamento correto, contínuo e de baixo custo, ou seja,

acessível, é sinônimo de qualidade de vida, não apenas no mercado de trabalho, e

na vida acadêmica, mas também no ambiente doméstico, diminuindo o estresse e a

ansiedade ocasionados pela migrânea (SOUZA, 2015).

O diagnóstico, o tratamento das cefaleias não é simples em virtude das

inúmeras lesões e tecidos que podem ser acometidos (músculos, articulações,

nervos etc.) e que podem provocar dores em territórios comuns, tornando-se um

desafio tanto para o estabelecimento do diagnóstico preciso como para orientar os

possíveis tratamentos (CARVALHO, 2006; PEGAS, 2003).

Vários autores comentam sobre os diferentes tratamentos que podem ser

usados nos casos da cefaléia. Dentre as propostas não invasivas temos o

tratamento farmacológico feito através do uso de analgésicos, antiinflamatórios não

hormonais e não esteroidais (AINES), miorelaxantes antidepressivos entres outros.

Temos também o tratamento fisioterapêutico que vai desde a terapia manual

clássica à osteopatia e acupuntura (CARVALHO, 2006; SOCIEDADE BRASILEIRA

DE CEFALÉIA, 2002; KRYMCHANTOWSKI, 2003; GIONA, 2003; KOMATSU, 2003;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004; PINTO et al., 2007).

Sabe-se que a eficácia do tratamento farmacológico isolado é relativamente

pouca particularmente a médio e longo prazo, ao passo que o tratamento não

farmacológico parece ser mais duradouro, com efeito mantido por até três anos

(PINTO et al., 2007).

O tratamento profilático da cefaleia vem para reduzir a frequência dos

episódios ou a intensidade das crises, com redução de pelo menos 50% e pode ser

utilizado em pacientes que apresentam uma frequência ou severidade das crises

22

que interfiram com suas atividades cotidianas e o sintomático é utilizado na fase

aguda para reduzir o número e/ou a intensidade as crises (GHERPELLI, 2002).

Algumas medidas não farmacológicas também podem ser utilizadas para

redução das crises da cefaleia como, afastar das atividades, repouso em ambiente

com pouca luminosidade e silencioso, sono, compressa de água fria nas têmporas,

tudo isso ajuda a minimizar os agravos da cefaleia (GHERPELLI, 2002).

Os medicamentos que são utilizados para o tratamento inicial das crises de

migrânea, são analgésicos comuns, como a dipirona e o ácido acetilsalicílico, anti-

inflamatório não hormonais também são uma boa alternativas, essas drogas em

geral são eficientes em crises leves a moderadas. Para pacientes que apresentam

sintomas como náuseas e vômitos nas crises de migrânea, podem ser utilizado

antieméticos como, domperidona ou metoclopramida (PINTO, 2009).

Crises moderadas a intensas podem requerer o uso de triptanos que devem

ser usados com cautelas. Em pacientes com crises intensas, devem ser utilizados o

sumatriptano injetável, 6 mg, via subcutânea, é eficiente com ação em até 2 horas

(PINTO, 2009).

Para medicações profiláticas são os B-bloqueadores (propranolol, metoprolol,

timolol), o antidepressivo tricíclico amitriptilina e o anticonvusilvante ácido valpróico.

Pacientes com quadro de cefaleia tensional podem fazer uso do

antidepressivo tricíclico – particularmente a amitriptilina que tem uma boa ação

(PINTO, 2009).

Medidas gerais devem ser consideradas sempre, principalmente quando

possa determinar um fator desencadeante seja dietético, de hábitos, do uso de

medicamentos ou até mesmo em situações em que as crises estejam associadas

(PINTO, 2009).

Uma significativa proposta de prevenção dos agravos causados pela cefaleia

é o campo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que contempla os

sistemas complexos, como os recursos terapêuticos, os quais envolvem abordagens

que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e

recuperação da saúde (HEBERLÊ, 2013).

As PICs estão implantadas no Brasil, por meio da Política Nacional de

Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que foi aprovada em 2006 no

23

Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2008), propondo um modelo efetivo de

atenção integral à saúde que passe a privilegiar a atenção básica, e adotar a

promoção da saúde como eixo estruturante, envolvendo as múltiplas dimensões dos

problemas de saúde pública e das pessoas, mediante uma abordagem integral e de

boa qualidade (BORGES; MADEIRA; AZEVEDO, 2011).

A PNPIC atua nos campos de prevenção, promoção, manutenção e

recuperação da saúde baseada em um modelo de atenção humanizada e centrada

na integralidade do indivíduo, contribuindo assim para o fortalecimento dos

princípios fundamentais do SUS (BRASIL, 2006).

Nela está inserida a técnica de acupuntura e a meditação que é indicada para

abordagem de patologias agudas e crônicas como cefaleias, enxaquecas doenças

clínicas e psiquiátricas (BRASIL, 2008).

Nos últimos anos, a técnica de acupuntura também tem se tornado um

método importante no tratamento das cefaleias, principalmente nos casos de

cefaleia primária, sem causa conhecida. A razão não está apenas em seu efeito

analgésico, mas também em seu potencial de cura, desde que o tratamento e o

diagnostico sejam feitos de forma correta (RODRIGUES, 2001; WEN, 2008).

Como também existem outras práticas que restabelece o emocional e

desperta sensações agradáveis, de tranquilidade, calmaria, amenizando a dor e o

sofrimento causado pelo estresse e ansiedade (BORGES; MADEIRA; AZEVEDO,

2011).

Essas práticas que estão implantadas no SUS, corroboram com a integridade

da atenção à saúde pela oferta de ações com diversas abordagens, ampliando os

cuidados convencionais no manejo das cefaleias, especialmente na atenção básica

na qual as queixas são particularmente comuns, pode impactar beneficamente,

considerando o custo pessoal e econômico do tratamento tradicional, seus

potenciais efeitos colaterais e, por vezes, sua ineficiência na resolução das crises

altamente incapacitantes (ANTUNES, 2018).

Portanto, ainda é fundamental destacar que no Brasil, as cefaleias são

responsáveis por cerca de 9% das consultas em atenção primária. Estudo estima-se

que apenas 56% dos pacientes com migrânea procuram atendimento de médico

generalista e, destes, 4% e 16%, respectivamente, consultam com especialistas em

24

cefaleias, sendo mais comum as mulheres buscarem assistência médica por esse

motivo (SOUZA; CALUMBY; AFONSO, 2015).

Desta forma, é possível compreender que a cefaleia é apontada como um

transtorno que afeta grande parte da população mundial, incluindo nessa população

os estudantes universitários, que ressalta uma expressiva e condizente prevalência

acompanhada do estresse e da ansiedade que são condições clínicas muito

presentes na vida acadêmica, acarretando impactos na produtividade universitária,

quanto no aprendizado, e que pode influenciar na não realização das tarefas diárias

devido à dor causada pela cefaleia (OLIVEIRA; SOUZA; MARBACK, 2016).

25

3 OBJETIVOS

Objetivo Geral:

Analisar a prevalência de cefaleia nos universitários da área de saúde e sua

associação com outras condições clínicas como estresse e ansiedade.

Objetivos Específicos:

Analisar os dados de prevalência da cefaleia na população de universitários do

Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão – UFPE;

Descrever as características biodemográficas dos universitários acometidos pela

cefaleia, associada a estresse e ansiedade;

Avaliar o impacto da cefaleia, associada ao estresse e a ansiedade, na vida diária de

estudantes universitários.

26

4 ARTIGO

O PRESENTE TRABALHO ESTÁ APRESENTADO NO FORMATO DE ARTIGO

REQUERIDO PELA REVISTA HEADACHE MEDICINE, CUJAS NORMAS PARA

SUBMISSÃO DE ARTIGOS SE ENCONTRAM EM ANEXO.

Incapacidade funcional e cefaleia: impactos no cotidiano dos universitários Functional incapacity and headache: impacts on daily life of university students

Iris Milleyde da Silva Laurentino1, Lucilo Bioni da Fonseca Filho1, Marcelo Moraes Valença

2,

Erlene Roberta Ribeiro dos Santos3, Antonio Flaudiano Bem Leite

4

1Collaborator of the Research Group: Circle of Research in Technologies, Strategies and Instruments Applied to Health

2Full Professor, UFPE - Department of Neuropsychiatry, Federal University of Pernambuco, Pernambuco, Brazil

3Adjunct Professor, UFPE - Colective Health Departament

4Assistent Professor, UFPE - Colective Health Departament

Laurentino IMS, Fonseca Filho LB, Valença MM, Santos ERR, Leite AFB. Incapacidade funcional e cefaleia:

impactos no cotidiano dos universitários. Headache Medicine. 2017;8(4):xxx-xxx

RESUMO

Os fatores psicológicos influenciam no equilíbrio gerenciamento de situações que provocam sofrimento nos indivíduos, em especial as que estão relacionadas à dor e frequentemente contribuem para sua piora. A correlação entre cefaleia, ansiedade, estresse e distúrbios do sono, tem sido relatada em alguns estudos, mas a natureza exata destas associações e mecanismos subjacentes, permanecem pouco explorada. Objetivo: Analisar a prevalência de cefaleia nos universitários da área da saúde e sua associação com ansiedade, estresse, e qualidade do sono. Materiais e métodos: estudo transversal, realizado com 340 universitários, dos quais 288 apresentavam cefaleia. Foram aplicadas escalas psicométricas de autorrelato e critérios da International Classification of Headache Disorders, third edition (ICHD-3β), para classificação da cefaleia. Foram utilizadas diferenças de médias, prevalência, obtidas pelo teste χ2 e odds ratio. Resultados: Apresentaram cefaleia 288/340 (84,7%), indicando maior prevalência, os estudantes dos cursos de Saúde Coletiva e de Ciências Biológicas, na faixa etária de 25-43 anos, com 93,6%, no sexo feminino (88,5%). O IMC com classificação de excesso e obesidade apresentou prevalência de 79,3%. O impacto foi constatado em 51,1% os estudantes com presença de cefaleia. A ansiedade apresentou prevalência de 86,8%. O estresse revelou uma média menor para os estudantes com cefaleia e os maus dormidores apresentaram uma prevalência de 87,4%. Conclusão: A prevalência da cefaleia em universitários é alta e está associada significativamente à idade, ao sexo e à qualidade do sono ruim, impactando em mais da metade dos estudantes.

Palavras-chave: Cefaleia; Ansiedade; Estresse; Transtorno do sono.

27

ABSTRACT

Psychological factors influence the balance of managing situations that cause suffering for individuals, especially those that are pain-related, and frequently contribute to their worsening. The correlation between headache, anxiety, stress and sleep disorders has been reported in some studies, but the exact nature of these associations and underlying mechanisms has been poorly explored. Objective: To analyze headache prevalence in university health students and its association with anxiety, stress, and sleep quality. Material and methods: This is a cross-sectional study performed with 340 university students, of which288 had headache. Psychometric self-report scales and the International Classification of Headache Disorders, third edition (ICHD-3β) criteria were used to classify headache. We used differences of means, prevalence, which were obtained by the χ2 test, and odds ratio. Results: A total of 288/340 (84.7%) had headache, with a higher prevalence of in public health and biological sciences students aged 25-43 years (93.6%), in females (88.5%). The BMI with classification of overweight and obesity showed a prevalence of 79.3%. The impact was found in 51.1% of students with headache. Anxiety scored a prevalence of 86.8%. Stress showed a lower average for students with headache, and bad sleepers had a prevalence of 87.4%. Conclusion: The prevalence of headache in university students is high and is significantly associated with age, gender and poor sleep quality, affecting more than half of the students.

Keyword: Headache; Anxiety; Stress; Sleep disorder

INTRODUÇÃO

A cefaleia é um problema muito frequente na população, é uma doença crônica de

alta prevalência, caracterizada como distúrbio neurológico, podendo ser classificada como

primária ou secundária. Dentre aquelas primárias detectadas nos serviços de assistência à

saúde, são mais frequentes a migrânea e a Cefaleia do Tipo Tensional (CTT), decorrentes de

distúrbios bioquímicos do cérebro, que prejudicam os neurotransmissores, desencadeando

dor e gerando incapacidade.(1,2) A cefaleia é queixa habitual em estudantes universitários, o

que interfere diretamente na qualidade de vida e que pode estar associada a outras

condições clínicas como estresse e ansiedade, podendo causar diversos prejuízos, tanto

pessoais quanto sociais, requerendo atenção para seu enfrentamento como um problema de

saúde pública.(3,4)

No Brasil, estima-se que o custo anual da cefaleia é o equivalente a mais de 7 milhões

de dólares. (3) É necessário refletir sobre esses altos custos gerados para serviços de saúde,

perda de produtividade laboral e redução da vida social.(5) Em 2010 e 2015, o Global Burden

Of Disease Study classificou a cefaleia como o terceiro transtorno mais prevalente e maior

causa de incapacidade em todo o mundo, tanto em homem quanto em mulheres com idade

28

inferior a 50 anos.(3,6) Neste sentido, a cefaleia necessita ser pautada na agenda de

prioridades da saúde pública, com vistas a buscar as ações de prevenção e gerenciamento das

crises, para melhorar a qualidade de vida do sofredor.(7,8,9)

O objetivo desse estudo é analisar a prevalência de cefaleia nos universitários da área

da saúde e sua associação com ansiedade, estresse e reflexos para qualidade do sono. Busca

também contribuições no conhecimento da cefaleia que possam subsidiar ações dos serviços

de saúde, sua a prevenção e autoadministração das crises.

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal com dados secundários. (10) A população do registro

foi composta por 340 indivíduos, sendo avaliados 288 estudantes universitários, que

apresentaram cefaleia nos últimos 90 dias.

O ambiente foi o Centro Acadêmico de Vitória–CAV, da Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), localizado no município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata de

Pernambuco, Brasil. A população estimada de estudantes matriculados foi cerca de 1600 nos

cursos de graduação na área da saúde como Ciências Biológicas, Educação Física,

Enfermagem, Nutrição e Saúde Coletiva.

O período de referência de coleta de dados foi de Janeiro e Fevereiro de 2017. O

critério de inclusão foi estar na faixa etária de 18 e 50 anos e regularmente matriculado em

algum curso de graduação ofertado pelo CAV. O de exclusão, foi não responder o mínimo de

10% das perguntas em cada escala.

Para a coleta de dados foi utilizado o formulários contendo informações

biodemográficas, além do Headache Impact Test (HIT-6) (11,12); do Beck Anxiety Inventory (BAI)

– Escala ou Inventário de Ansiedade de Beck (13); do Perceived Stress Scale (PSS) – Escala de

Estresse Percebido (14); e do Pittsburgh Sleep Quality Index (15). Também foram utilizados os

critérios da International Classification of Headache Disorders, third edition (ICHD-3β) (1) para

classificação da cefaleia.

Os dados coletados foram transferidos e validados em planilha do Excel pré-formatada

para análise, contendo perguntas com variáveis coletadas nas escalas de mensuração, e para

29

análise estatística foi utilizado o SPSS (Statistical Package for the Social Scienses), da Microsoft

Office, na versão 23.

Para a análise estatística descritiva foram utilizadas medidas como: média, desvio

padrão, mediana, frequências absoluta e relativa, intervalo de confiança (95%) para as

variáveis numéricas. Os testes de qui-quadrado (χ2) sem correção, com correção de Yates e de

tendência linear com extensão de Mantel-Haenszel para comparar as medidas de estimativas

de razão de prevalência e teste-t (Student). O ponto de corte de nível de significância foi de

0.05 (ρ –valor).

A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da

Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, Recife-PE, Brasil, e aprovada sob o registro

CAAE 57329616.7.0000.5208.

RESULTADOS

A maioria dos participantes foram do curso de Ciências Biológicas (33,2%) e Saúde

Coletiva (24,7%), com faixa etária predominante de 18 a 24 anos (53,8%), do sexo feminino,

com índice de massa corpórea baixo e normal (61,5%). Todos apresentaram um certo grau de

ansiedade, destacando-se moderada/grave que teve uma proporção de 22,4%. Próximo de

80% relataram ter sono ruim e 43,2% referiram impacto na capacidade funcional diária. Deve-

se destacar que o formulário para HIT6 somente foi aplicado para aqueles que relataram

cefaleia (84,7%), desses 51,0% relataram maior impacto na capacidade funcional diária

(Tabela 1).

Tabela 1 – Distribuição de frequências dos participantes segundo algumas variáveis

selecionadas.

Variáveis N % I.C.95%*

Total 340 100 Inferior Superior

Dor De cabeça

Presença 288 84,7 80,9 88,5 Ausência 52 15,3 11,5 19,1

Curso

Ciências Biológicas 113 33.2 27.6 38.9 Educação Física 81 23.8 18.7 29.0 Enfermagem 40 11.8 7.9 15.6 Nutrição 22 6.5 3.5 9.4 Saúde Coletiva 84 24.7 19.5 29.9

30

Variáveis N % I.C.95%*

Total 340 100 Inferior Superior

Faixa etária

18-24 183 53.8 47.8 59.8 25-43 157 46.2 40.2 52.2

Sexo

Feminino 209 61.5 55.6 67.3 Masculino 131 38.5 32.7 44.4

Índice de Massa Corporal IMC

Baixo/Normal 224 65.9 60.2 71.6 Excesso/Obesidade 116 34.1 28.4 39.8

BAI (Ansiedade)

Leve 264 77.6 72.6 82.7 Moderada/Grave 76 22.4 17.3 27.4

Escala de Pittsburgh (Sono)

Bom 70 20.6 15.7 25.5 Ruim 270 79.4 74.5 84.3

HIT6

Pouco ou nenhum impacto 141 49,0 43,2 54,7 Maior impacto 147 51,0 45,3 56,8 Não realizado** 52 15,3 11,5 19,1 Nota: *I.C.95% - Intervalo de confiança a 95% **Participantes que não relataram cefaleia

Dentre os 340 participantes, 288/340 (84,7%) apresentaram cefaleia. Os destaques

entre os cursos foram os de Ciências Biológicas (91,2%) e Saúde Coletiva (91,7%) com as

maiores prevalências. Observa-se que entre estes dois cursos e o de Educação Física as

chances estimadas de ter cefaleia neste último são 4,3 vezes menores.

A faixa etária na qual se encontrou maior prevalência de cefaleia foi a de 25-43 anos

com 93,63%. Com relação ao sexo, foi mais alta na categoria feminina (88,5%). Quanto ao

IMC, baixo e normal foi de 87,5% com presença de cefaleia. A prevalência de pessoas com

cefaleia e ansiedade foi de 86,8%. O Sono ruim com cefaleia teve uma prevalência de 87,1%.

Sugere-se associações significativas entre cefaleia, faixa etária, sexo, ansiedade e sono (Tabela

2).

31

Tabela 2 – Distribuição de frequências e razão de chances (prevalência) de variáveis entre

indivíduos com presença e ausência de cefaleia.

Variáveis

Dor de Cabeça RP

(I.C.95%) Presença Ausência

N % N %

Total 288 84,7 52 15,3 -

Curso

Ciências Biológicas 103 91,2 10 8,8 1.00 Educação Física 57 70,4 24 29,6 4.3 (1.9-9.7) §§** Enfermagem 33 82,5 7 17,5 2.2 (0.8-6.2) Nutrição 18 81,8 4 18,2 2.3 (0.7-8.1) Saúde Coletiva 77 91,7 7 8,3 0.9 (0.3-2.6)

Faixa etária

18-24 141 77,1 42 22,9 0,2 (0,1-0,5) †***

25-43 147 93,6 10 6,4

Sexo

Feminino 185 88,5 24 11,5 2,1 (1,2-3,8) †*

Masculino 103 78,6 28 21,7

IMC

Baixo/Normal 196 87,5 28 12,5 1,8 (1,0-3,3) *

Excesso/Obesidade 92 79,3 24 20,7

BAI (Ansiedade)

Leve 222 84,1 42 15,9 0,8 (0,4-1,7) †

Moderada/Grave 66 86,8 10 13,2

Escala de Pittsburgh (Sono)

Bom 53 75,7 17 24,3 0,5 (0,2-0,9) †*

Ruim 235 87,1 35 12,9 † Teste de χ2 sem correção. ‡ Sem razão de prevalência (RP) nem realização de teste de hipótese, devido à frequência absoluta zero em uma das categorias. § Teste de χ2 com correção de Yates, devido ao número de observações em uma das categorias ter obtido frequência absoluta menor que 5. §§ Teste de χ2 de tendência linear com extensão e Mantel-Haenszel: verifica a hipótese nula de aumento ou diminuição da RP (razão de

prevalência) em relação à referência gradual de exposição de casos e controles. §§§Unidades observacionais não avaliadas para HIT6 I.C.95% - Intervalo de confiança a 95% * ρ<0,05 ** ρ<0,01 *** ρ <0,0001

O gráfico de boxplot abaixo demostra a comparação de medidas de tendência central

e dispersão entre grupos de cefaleia e a escala de estresse. A variação de estreses para

presença de cefaleia foi maior, tendo a expressão de maiores valores, apesar de uma das

observações estar bem acima do padrão do valores apresentados de uma das unidades

observadas com nível de estresse de escore de valor 48 (293). Apesar disso, notou-se que a

média e a mediana são menores no grupo com presença de cefaleia em relação a ausência,

com diferença significativa de 4,4 pontos.

32

Figura - Medidas de tendência central e dispersão de escala de estresse entre pessoas com e

sem presença de cefaleia.

Me=Média aritmética M= Medina *Teste de Student (Teste-t)

DISCUSSÃO

No presente estudo, foram observadas associações da cefaleia e ansiedade em ambos

os sexos, em consonância com resultados de outro estudo realizado anteriormente, no qual

foi identificada uma associação significativa entre ansiedade e cefaleia em estudantes

universitários, revelando a influência negativa destas duas condições clínicas, quando

ocorrem simultaneamente, na qualidade de vida dos estudantes, com importante impacto na

realização das atividades diárias a serem executadas.(1,16)

O estudo revelou uma alta prevalência da cefaleia nos estudantes neste centro

acadêmico, o que está em sintonia com a literatura, quando se observa uma investigação

realizada com estudantes universitários de diferentes cursos, em Ribeirão Preto, no Estado de

São Paulo, que estimou prevalência de migrânea de 24% e de CTT de 32%, sendo que, entre

os migranosos, o que interferia na produtividade escolar entre o primeiro em relação aos que

Me=16,2 (±10,9)

Me=20,6 (±8,6)

Diferença de -4,4279

ρ<0.05

M=17,5

M=10,0

*

Est

res

se

Presença Ausência

Cefaleia

Diferença de -4,43 ρ<0,05

293

33

sofriam com CTT foi menor. Outros estudos conduzidos com a população brasileira, também

apontaram prevalência de cefaleia alta, cerca de 74,1%. (17) Um estudo anterior realizado com

universitários também aponta que há chance de 98% entre os universitários em geral de

apresentarem ao menos um único episódio de cefaleia durante o período acadêmico.(18)

Podem ser observados vários fatores que corroboram com a prevalência de cefaleia

em estudantes universitários, implicando em consequências como incapacidade, prejuízo na

assiduidade e interferências no relacionamento interpessoal dos estudantes, o que pode

gerar baixo rendimento nas atividades acadêmicas, pois estas exigem um empenho físico e

cognitivo.(18)

A cefaleia é um problema de saúde pública que acomete a população em geral,

porém, apresenta destaque na faixa etária dos 20-50 anos, afetando com maior probabilidade

o sexo feminino. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a migrânea, cuja etiologia

é multifatorial, acomete cerca de 15% da população mundial, algo em torno de 31 milhões de

pessoas, com alta prevalência entre a segunda e quarta década de vida, ocupa o 10º lugar no

ranking das doenças incapacitantes. Então, é observada a evidência de que a cefaleia

predomina a partir dos 20 anos de idade.(1,9)

Neste estudo, examinando a variável sexo, é possível observar que a cefaleia é mais

prevalente em mulheres, em harmonia com outras pesquisas relevantes. (7,19,20) Estas mesmas

estimam que 95% dos homens e 99% das mulheres terão pelo menos um episódio ao longo

da vida, das quais cerca de 40% podem se apresentar com certa regularidade. (7,19) Esta alta

prevalência teórica em mulheres pode ser explicada, parcialmente, pelos fatores hormonais,

na qual a cefaleia expressa-se, neste contexto, não apenas a como mais prevalente em

mulheres, mas também como a mais incapacitante. (20)

O IMC é uma variável que neste estudo apresentou comportamento normal, que

apresenta dinâmica diferente, quando correlacionado com outros estudos, os quais

identificam uma relação significativa entre cefaleia e obesidade, pois, pessoas com IMC

elevado, tem maior chance de apresentar episódios de cefaleia durante a vida. (9,20)

É considerável no presente estudo que existe um impacto adverso da dor de cabeça

sobre a vida dos indivíduos do sexo feminino, todas as participantes apresentaram uma

34

relação significativa da cefaleia com o HIT-6. A incapacidade funcional é algo que limita as

atividades rotineiras e suas relações. Quando acontece de forma recorrente, influencia de

modo negativo a qualidade de vida do indivíduo e acarreta várias perdas aos estudantes,

interferindo na realização de atividades, podendo favorecer um pior desempenho na vida

acadêmica, pela instabilidade do humor e a capacidade de concentração afetadas, que são

elementos fundamentais para o processo de aprendizagem. Além disso, a cefaleia é uma

justificativa frequente pelo aumento do número de absenteísmo. (17,20,21)

Há associações importantes da cefaleia com a ansiedade neste estudo, pois, foi

observada em todos os participantes, o que está em sintonia com pesquisas anteriores. (9,20) É

possível associar a cefaleia à ansiedade, pois há uma integração das percepções, despertadas

pela situação de ameaça, que gera uma cadeia de reações químicas que exigem resposta do

sistema límbico do indivíduo e Controle Inibitório (CI). Mediante uma possível sensação

dolorosa, as sensações são exacerbadas, tornando a dor mais frequente e potente em

populações vulneráveis aos fatores psicossociais. Isto pode prejudicar o autogerenciamento

das crises e dificultar ainda mais a capacidade funcional, e até prolongar a experiência

dolorosa. (19,22)

O estresse pode ser consequência da dor, ou seja, fontes de tensão, e também pode

ser consequência da percepção da dor, seja ela aguda, difusa ou crônica. (19,23) Por isso é que

se faz presente neste estudo a associação da cefaleia com o estresse, ou seja, alguns quadros

de estresse podem estar associados às cefaleias, ou o estresse pode ser fator desencadeante

das cefaleias, principalmente na população universitária, por ser predominantemente

composta por jovens em idade produtiva, que muitas vezes não conseguem lidar com as

demandas específicas do ambiente acadêmico. (16,17) Neste estudo, foi observada uma

dissonância com a literatura, com média de escore de estresse menor para presença de

cefaleia, o que pode ser devido a uma amostra não balanceada, surgindo essa atipia. Neste

contexto, recomenda-se um aprofundamento a partir da realização de novos estudos.

Algumas pesquisas discorrem sobre a significativa associação entre sono e cefaleia,

especialmente quando estes ocorrem durante a noite ou ao despertar e revelam que vários

distúrbios de sono podem ter relação com a cefaleia. Neste estudo, a cefaleia apresenta uma

relação próxima com o sono dos maus dormidores e revela-se a partir dos índices elevados

35

entre essas variáveis, demonstrando sintonia com a literatura. Uma noite em vigília, associada

a uma crise de cefaleia, já pode influenciar no desempenho do indivíduo, que apresentará

maior dificuldade para manter a concentração nas atividades do dia seguinte. (24,25)

CONCLUSÃO

A cefaleia é compreendida como um transtorno que afeta grande parte da população

mundial, incluindo nessa população os estudantes universitários, que ressalta uma expressiva

e condizente prevalência acompanhada do estresse e da ansiedade que são condições clínicas

muito presentes na vida acadêmica, acarretando impactos na produtividade universitária, no

aprendizado, e podendo influenciar de forma negativa na realização das tarefas diárias devido

à dor causada pela cefaleia e consequentemente interferindo diretamente na qualidade de

vida dos sofredores.

Neste estudo foi possível apontar que a prevalência da cefaleia em universitários é

alta e está associada significativamente à idade, ao sexo e à qualidade do sono ruim,

impactando em mais da metade dos estudantes.

Por isso, identificar os indivíduos acometidos pela cefaleia é de grande importância

para auxiliar na elaboração dos processos de diagnósticos nos níveis de atenção primária e

secundária, propiciando um manejo mais adequado dos casos. E os casos de maior

complexidade devem ser discutidos para que se possa estabelecer um diagnóstico de forma

colegiada, pois os diagnósticos da população diferem e exigem um olhar crítico sobre cada

peculiaridade existente.

Assim, a qualidade de vida passa a ser entendida como uma condição essencial

relacionada ao modo de viver e que precisa do fortalecimento de políticas públicas saudáveis

no âmbito universitário, que evidencie a necessidade de ampliar o interesse e a preocupação

de diferentes setores no sentido de criar ambientes favoráveis ao bom viver.

36

REFERÊNCIAS

1. Headache Classification Committee of The International Headaches. The International

Classification of Headache Disorders. 3rd edition (beta version). Cephalalgia. 2013;33(9): 629-

808.

2. Silva-Néto RP, Peres MF, Valença MM. Accuracy of osmophobia in the differential diagnosis

between migraine and tension-type headache. J Neurol Sci. 2014 Apr 15;339(1-2):118-22.

3. Mercante JPP, Bernik MA, Zukerman-Guendler V, Zukerman E, Kuczynski E, Peres MFP.

Comorbidade psiquiátrica diminui a qualidade de vida de pacientes com enxaqueca

crônica.Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(3b):880-4.

4.Schramm SH, Moebus S, Lehmann N, Galli U, Obermann M, Bock E, et al. The association

between stress and headache: A longitudinal population-based study. Cephalalgia. 2015 Sep;

35(10):853-63.

5. Bigal ME, Fernandes LC, Bordini CA, Speciali JG. Hospital costs of acute headaches in a

Brazilian public emergency room unit. Arq Neuropsiquiatr. 2000 Sep;58(3A):664-70. [Article in

Portuguese].

6. Whiteford HA, Ferrari AJ, DegenhardtL, Feigin V, Vos T. The global burden of mental,

neurological and substance use disorders: ananalysis from the Global Burden of Disease Study

2010. PLoS One. 2015 Feb 6;10(2):e0116820.

7. Silva Junior AA, Tavares RM, Lara RP, Faleiros BE, Gomez RS, Teixeira AL. Frequency of types

of headache in the tertiary care center of the Hospital das Clínicas of the Universidade Federal

de Minas Gerais, MG, Brazil. Rev Assoc Med Bras (1992). 2012 Nov-Dec;58(6):709-13. [Article

in English, Portuguese]

8. Souza LEPF. Saúde pública ou saúde coletiva? Revista Espaço Para a Saúde. 2014;15(4):07-

21.

9. Souza NE, Calumby ML, Afonso EO, Nogueira TZS, Pereira ABCNG. Cefaleia: migrânea e

qualidade de vida. Revista de Saúde. 2015;6(2):23-6.

10. Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. 12ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara

Koogan; 2008.

11. Kosinski M, Bayliss MS, Bjorner JB, Ware JE Jr, Garber WH, Batenhorst A, et al. A six-item

short-form survey for measuring headache impact test: the HIT-6. Qual Life Res. 2003 Dec;12

(8):963-74.

12. Yang M, Rendas-Baum R, Varon SF, Kosinski M. Validation of the Headache Impact Test

(HIT-6™) across episodic and chronic migraine. Cephalalgia. 2011 Feb;31(3):357-67.

37

13. Beck AT, Epstein N, Brown G, Steer RA. An inventory for measuring clinical anxiety:

psychometric properties. J Consult Clin Psychol. 1988 Dec;56(6):893-7.

14. Luft CB, Sanches SO, Mazo GZ, Andrade A. Versão brasileira da Escala de Estresse

Percebido: tradução e validação para idosos. Rev Saúde Pública. 2007;41(4):606-15.

15. Buysse DJ, Reynolds CF 3rd, Monk TH, Berman SR, Kupfer DJ. The Pittsburgh Sleep Quality

Index: a new instrument for psychiatric practice and research. Psychiatry Res. 1989 May;

28(2):193-213.

16. Bernardi MT, Bussadori SK, Fernandes KPS, Biasotto-Gonzalez DAP. Correlação entre

estresse e cefaleia tensional. Fisioter Mov. 2008;21(1):87-93.

17. Braga PC, Souza LA, Evangelista RA, Pereira LV. The occurrence of headaches and their

effect upon nursing undergraduate students. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(1):138-44. [Article

in Portuguese].

18. Lopes DCP, Fuhrer FMEC, Aguiar PM. Cefaleia e qualidade de vida na graduação de

medicina. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2015;19(2):84-95.

19. Santos ERR, Oliveira DA, Valença MM. Catastrofização e migrânea: uma reflexão sobre o

enfrentamento da dor. Headache Medicine. 2017;8(2):47-53.

20. Bordini CA, Roesler C, Carvalho Dde S, Macedo DD, Piovesan É, Melhado EM, et al.

Recommendations for the treatment of migraine attacks - a Brazilian consensus. Arq

Neuropsiquiatr. 2016 Mar;74(3):262-7.

21. Oliveira DA, Silva LC, Brito JKC, Aleixo JDA, Silva EIR, Valença MM. O impacto da migrânea

nas atividades de vida diária é mais incapacitante nas mulheres. Migrâneas& Cefaleias.

2008;11(4):253-5.

22. Hoffmann J, Recober A. Migraine and triggers: post hoc ergo propter hoc? Curr Pain

Headache Rep. 2013 Oct;17(10):370.

23. Lipton RB, Stewart WF, Stone AM, Láinez MJ, Sawyer JP; Disability in Strategies of Care

Study group. Stratified care vs step care strategies for migraine: the Disability in Strategies of

Care (DISC) Study: A randomized trial. JAMA. 2000 Nov 22-29;284(20): 2599-605.

24. Muller MR, Guimarães SS. Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário

e a qualidade de vida. Estud. psicol. (Campinas). 2007;24(4):519-28.

25. Dosi C, Riccioni A, Della Corte M, Novelli L, Ferri R, Bruni O. Comorbidities of sleep

disorders in childhood and adolescence: focus on migraine. Nat Sci Sleep. 2013 Jun 11;5:77-

85.

38

Correspondência Erlene Roberta Ribeiro dos Santos

([email protected]) Universidade Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico da Vitória

Rua Alto do Reservatório, S/n - Bela Vista, Vitória de Santo Antão - PE, 55608-680

Recebido: XX/XX/XXXX Aceito: XX/XX/XXXX

39

5 CONCLUSÃO

O estudo revelou que a cefaleia é um importante problema de saúde pública

no Brasil e no mundo, que causa impacto individual e social devido à sua alta

prevalência, além dos custos econômicos e redução da qualidade de vida dos

indivíduos portadores.

Em decorrência disso, foi possível analisar a prevalência da cefaleia em mais

de 80% dos estudantes universitários, sendo mais frequentes no sexo feminino e,

que é desencadeada por diversos fatores, ocasionando significativas repercussões

nas atividades diárias desses indivíduos, inclusive uma possível deterioração

educacional.

Por tanto, a cefaleia também pode estar associada a fatores psicossociais

como, estresse, ansiedade, alteração do sono, entre outros e que leva ao indivíduo a

situações de enfrentamento da dor e da doença.

Em suma, é imprescindível a consciência do desafio de ampliação do

conhecimento referente à cefaleia e a busca do desenvolvimento deste estudo de

forma coerente e inovadora, contribuindo para melhor qualidade de vida dos

portadores de cefaleia e vislumbrando a possibilidade de construir um saber

transformador, para que as pessoas possam conhecer buscar diagnosticar e tratar

de forma correta, evitando grandes perdas na vida de cada um.

40

REFERÊNCIAS

ANDRADE, A. F. B. et al. Prevalência e fatores associados à enxaqueca nos estudantes da Faculdade de Medicina de Barbacena, MG – Brasil. Rev Med Minas Gerais, Barbacena, v. 21, n.1, p. 25-31, Apr. 2011. ANTUNES, L.B. Práticas integrativas complementares em saúde: “Mindfulness” no controle de cefaleias – uma revisão sistemática e metanálise. 2018. 99 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2018. APÓSTOLO, J. L. A. et al. Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários de saúde, Rev. Latino- Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 19, n. 2, p. 348-353, abr. 2011. BERNARDI, M. T. et al. Correlação entre estresse e cefaleia tensional, Fisioter. Mov., São Paulo, v. 21, n. 1, p. 87_93, jan/mar. 2008. BORGES, M.R., MADEIRA, L.M., AZEVEDO, V.M.G.O. As práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de humanização da assistência no hospital Sofia Feldman. Rev. Min. Enferm., Uberaba, v. 15, n. 1, p. 105-103, jan./mar., 2011. BRAGA, P.C. V. et al. Ocorrência e Prejuízos da Cefaleia em Estudantes Universitárias de Enfermagem. Ver. Esc Enferm, São Paulo, v. 46, n. 1, p. 138-44, 2012. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 01/88, 13 de junho de 1988. Aprova as Normas de Pesquisa em Saúde. Brasília: CNS, 1988. BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Uma Realidade do SUS. In: Revista Brasileira Saúde da Família, Brasília, Ano 9, Ed. Especial (Maio 2008). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/revistas/revista_saude_familia18_especial.pdf. Acesso em 01 dez 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS- PNPIC-SUS: atitude de ampliação de acesso. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. CARVALHO, D. S. Síndrome da cefaléia cervicogênica. Neurociências, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 57-59, 2006. DENISE, C.V. Impacto da Cefaleia Tensional e Migrânea na Vida De Estudantes Universitários e Fatores Associados. 2008. 120 f. Tese (Mestrado) – Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul. Faculdade de Medicina, Porto Alegre, BR-RS, 2008.

41

EVANGELISTA, R. A. Avaliação da qualidade de vida das mulheres que apresentam cefaleia. 2007. 123f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007. FERREIRA, A. et al. Caracterização de indivíduos com cefaleia do tipo tensional e relação com a qualidade de vida, depressão e ansiedade, R. fisioter. Reab., Palhoça, v. 1, n. 2, p. 01-09, jul/dez. 2017. FREITAS, F. L.; FREITAS, T. G. Eventos agudos na atenção básica – Cefaleia. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; UNA-SUS, 2013. Disponível em: <www.unasus.ufsc.br>. Acesso em: 20 maio 2018. GALEGO, J. C. B. Cefaleia Crônica Diária: Classificação, Estresse e Impacto Sobre a Qualidade de Vida. 2006. 97 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, 2006. GHERPELLI, J.L. D. Tratamento das cefaleias. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v.78, n.1, p. 0021-7557/02/78, abr. 2002. GORAYEB, M. A. M., GORAYEB, R. Cefaleia associada a indicadores de transtornos de ansiedade em uma amostra de escolares de Ribeirão Preto, SP. Arq Neuropsiquiatr., Ribeirão Preto, v. 60, n. 3-B, p.764-768, abr. 2002. HEBERLÊ, M.O. Um estudo da concepção dos profissionais de saúde sobre as práticas integrativas e complementares em saúde. 2013. Tese (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, Centro de Ciências Sociais, Santa Maria, 2013. LOPES, D.C. P.; FUHRER, F. M. E. C.; AGUIAR, P. M. C. Cefaleia e Qualidade de Vida na Graduação de Medicina. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, Morumbi, v. 19, n. 2, p. 84_95, maio/ago. 2015. LUFT, C. D.B. et al . Versão brasileira da Escala de Estresse Percebido: tradução e validação para idosos. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 4, p. 606-615, ago. 2007 . MACHADO, W. L. et al. Dimensionalidade da escala de estresse percebido (Perceived Stress Scale, PSS-10) em uma amostra de professores. Psicol. Reflex. Crit. [online],Rio de Janeiro, v.27, n.1, pp.38-43, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722014000100005. Acesso em: 30 abr. 2018. MASCELLA, V., Stress, sintomas de ansiedade e depressão na migrânea e cefaleia tensional. 2011. 83f. Tese (Mestrado em Psicologia) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências da Vida, PVC Campinas, 2011. MONTEIRO, J. M. P. Cefaleia Tipo Tensão. In: Barros, J.R. et al, (Org).

Classificação Internacional de Cefaleia, designada ICHD-3 beta, EUA. Comitê de

classificação de dor de cabeça das dores de cabeça internacionais. Julho de 2013,

Ed. 3º volume: 33 p. 35-39.

42

OLIVEIRA, D. A. et al. O impacto da migrânea nas atividades de vida diária é mais incapacitante nas mulheres. Migrâneas Cefaleias, Recife, v.11, n.4, p.253-255, out./nov./dez. 2008. OLIVEIRA, G. S. R.; SOUZA, P. A.; MARBACK, R. F. Influência da Cefaleia no Cotidiano de Estudantes Universitários. In: SEPA – SEMINÁRIO ESTUDANTIL DE PRODUÇÃO ACADÊMICA, 15., 2016, Salvador. Anais eletrônicos... Salvador: UNIFACS, 2016. p. 1-8. Disponível em: <http://www.revista.unifasc.br/index.php/Sepa>. Acesso: 12 abr. 2018. PAHIM, L.S., MENEZES, A.M.B., LIMA, R., Prevalência e fatores associados à enxaqueca na população adulta de Pelotas, RS, Rev Saúde Pública.,Pelotas, RS, Brasil, v. 40, n. 4, p. 01-07 abr. 2006. PEGAS, A. Cefaléias e Algias Craniofaciais em Osteopatia. Terapia Manual Fisioterapia Manipulativa, Londrina, v. 1, n. 4, p.126-129, 2003. PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. 12ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan, 2008. PINTO, D. R. et al. Abordagem não-farmacológica na cefaleia do tipo tensional: efeitos da hidroterapia sobre a dor e a qualidade de vida, Ver. Bras Neurol., Rio de Janeiro, v. 53, n. 1, p.15-26, abr. 2017. PINTO, M.E.B. et, al. Cefaleias em adultos na atenção primária à saúde: Diagnóstico e tratamento. In: ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Projeto diretrizes. [s.l.]: AMB;CFM, 2009. PINTO, M. E. B. et al. Diagnóstico e tratamento das cefaleias em adultos na Atenção Primária à Saúde. [S. l.]: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2007. 17 p. Disponível em:<http://residencia.mfc.pe.googlepages.com/d3_Cefaleia.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018. RODRIGUES, I. J. Cefaléia tipo tensional terapia com acupuntura. 2001. 14f. Monografia (Curso de Acupuntura) - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. SANTOS, E. R. R. Catastrofização da Cefaleia e associação com outras condições clínicas. 2018. 119 f. Dissertação (Doutorado em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências da Saúde, Recife, 2018. SANTOS, E. R. R.; OLIVEIRA, D. A.; VALENÇA, M. M. Catastrofização e migrânea: uma reflexão sobre o enfrentamento da dor. Headache Medicine, Recife, v. 8, n. 2, p. 47-53, abr. 2017. SILVA JUNIOR, A. A., TAVARES, R. M., LARA, R. P.; Frequencia dos tipos de cefaleia no centro de atendimento terciário do Hospital das Clinicas da Universidade

43

Federal de Minas Gerais, Rev. Assoc. Med. Bras, São Paulo. v. 58, n.6, abr. nov./dez. 2012. SILVA NETO, R. P., ALMEIDA, K. J., Cefaleia na Biblia. Migrâneas Cefaleias, Teresina, v. 12, n.3, p.123_125, jul./ago./set. 2009. SILVA, B. R. et al. Cefaleia e a qualidade de vida em adolescentes. Headache Medicine, Recife, v. 6, n. 1, p. 19_23, abr. 2015. SILVA, M. J. et al. Etiologia da cefaleia nos serviços de urgência: breve revisão. Rev Med Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, v. 20, n. 2, p. 30-33, abr. 2010. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CEFALEIA. Cefaleia tipo tensional. Disponível em: <sbcefaleia.com.br>. Acesso em: 28 abr. 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CEFALEIA. Protocolo nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de urgências do Brasil – 2018. Disponível em: <sbcefaleia.com.br>. Acesso em: 20 nov. 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CEFALEIA. Tipos de dores de cabeça. Disponível em: <sbcefaleia.com.br>. Acesso em: 24 abr. 2018.

SOUZA, L. E. P. F., Saúde pública ou saúde coletiva? Revista espaço para a saúde, Londrina, v.15, n.4, p.07_21, out/dez.2014. SOUZA, N. E.; CALUMBY, M. L.; AFONSO, E.O; NOGUEIRA, T. Z. S.; PEREIRA, A. B. C. N. G.; Cefaleia: migrânea e qualidade de vida. Revista de Saúde, Rio de Janeiro, v. 06, n. 2, p. 23_26, jul/dez. 2015. VICENT, M. et al. Prevalência e custos indiretos das cefaleias em uma empresa brasileira. Arq Neuropsiquiatr, Rio de Janeiro, v. 56, n. 4, p. 734-743, abr. 1998. WEN, T. S. Manual terapêutico de acupuntura. São Paulo, SP: Manole, 2008. YANG, M. et al. Validação do Teste de Impacto de Dor de Cabeça (HIT-6 TM ) através de enxaqueca episódica e crônica. Cefalfalgia , São Paulo, v. 31, n.3, p. 357-367, abr. 2011. Disponivel em: <http://doi.org/10.1177/033310379890> Acesso em: 30 abr. 2018.

44

ANEXO A – Normas de submissão – Revista Headache Medicine

4.1 Formatação

O formato preferido para o seu manuscrito é o Word. Os arquivos LaTeX também são aceitos. Os modelos Word e (La) Tex estão disponíveis na página Diretrizes de envio de manuscritos do nosso Gateway de autor.

O texto deve ser de dois espaços e com um mínimo de 3 cm para as margens da mão esquerda e direita e 5 cm na cabeça e no pé. O texto deve ser padrão de 10 ou 12 pontos. As unidades SI devem ser usadas em todo o texto.

Somente arquivos eletrônicos conforme as diretrizes da revista serão aceitos. Os formatos preferidos para o texto e as tabelas do seu manuscrito são como mencionado acima. É importante que todas as figuras / imagens e tabelas sejam carregadas como arquivos separados e não sejam incorporadas no arquivo de texto principal. Por favor note que Cephalalgia não tem uma categoria de arquivo chamada "box". As categorias de arquivos são o corpo principal, tabelas, figuras, documentos de suporte. Consulte também diretrizes adicionais sobre a apresentação de obras de arte e os arquivos de suporte abaixo.

Página de título

A (s) primeira (s) página (s) do seu manuscrito, independentemente da categoria de submissão, todos os manuscritos são necessários para incluir uma página de título com as seguintes informações:

1. Título, 2. Todos os nomes e afiliações dos autores, 3. Detalhes de contato do autor correspondente, 4. Resumo estruturado (se aplicável ao tipo de manuscrito), 5. Registro de ensaio (se aplicável ao tipo de manuscrito), 6. Palavras-chave.

4.1.3 Estruturação do seu resumo

Dado que Cephalalgia é uma revista dedicada à dor de cabeça e dor facial, os leitores estão familiarizados com essas doenças. Geralmente, evite platitutudes como " migrane é uma doença incapacitante e / ou afeta uma alta porcentagem de pessoas " no resumo estruturado e ao longo do manuscrito. As diretrizes do autor do jornal requerem um resumo estruturado usando 3 ou 4 parágrafos sem citar referências ou abreviaturas. A contagem de palavras não é mais do que 250 palavras, dependendo da categoria do manuscrito.

Qualquer documento recebido sem um resumo estruturado será devolvido ao autor correspondente.

4.1.4 Bala pontos de relevância clínica

45

Para garantir que sua pesquisa seja de interesse para uma audiência tão ampla quanto possível, é importante que você forneça dois a cinco pontos de bala resumindo seu manuscrito. Os pontos de bala são frases de fragmento e não parágrafos.

Se o seu artigo estiver clinicamente baseado use pontos de bala com qualquer um desses títulos: Implicações clínicas ou Relevância da saúde pública. A caixa do ponto de bala é criada pelo editor uma vez que o manuscrito é aceito e enviado à Produção. Use pontos de bala com cabeçalhos, como Artigos destacados ou Principais achados para pesquisas baseadas em ciência básica.

Inclua os pontos do balcão do manuscrito no corpo principal do manuscrito após a conclusão e antes da lista de referência. Os autores devem fornecer os mesmos pontos de bala durante a Etapa 5 do processo de submissão do manuscrito.

4.2 Artwork, figuras e outros gráficos

Para obter orientação sobre a preparação de ilustrações, imagens e gráficos em formato eletrônico, visite as Diretrizes de Sustento de Manuscrito da SAGE .

As figuras fornecidas em cores aparecerão em cores on-line e na edição impressa. Não há cobrança pela reprodução de figuras em cores na versão impressa.

4.3 Material suplementar

Este periódico é capaz de hospedar materiais adicionais on-line (por exemplo, conjuntos de dados, podcasts, vídeos, imagens, etc.) ao lado do texto completo do artigo. Para obter mais informações, consulte nossas diretrizes sobre a apresentação de arquivos suplementares .

4.4 Estilo de referência

A cephalalgia opera um estilo de referência SAGE Vancouver. Clique aqui para rever as diretrizes sobre SAGE Vancouver para garantir que seu manuscrito esteja em conformidade com este estilo de referência.

Se você usa EndNote para gerenciar referências, você pode baixar o arquivo de saída SAGE Vancouver EndNote .

4.5 Serviços de edição da língua inglesa

Os autores que procuram assistência com a edição, tradução ou formatação de manuscritos em inglês, adaptados às especificações do periódico devem considerar o uso de SAGE Language Services. Visite SAGE Language Services em nosso Journal Author Gateway para obter mais informações.

De volta ao topo

5. Apresentando seu manuscrito

Antes de enviar seu manuscrito, assegure-se de ler e aderir com cuidado a todas as diretrizes e instruções aos autores fornecidos abaixo. Os manuscritos que não estejam conforme a essas diretrizes podem ser devolvidos ao seu Centro de Autor.

46

Especificamente, envie os elementos dos manuscritos como um único arquivo (s) e no formato correto usando o guia de extensão de arquivo abaixo:

Arquivos de documentos: .docx, .xlsx, .pptx, .doc; .htm; .ppt; .pdf; .rtf; .tex; .TXT; .wpd; xls.

Arquivos de imagem: . ai (apenas tipos de PDF. Tipos de script não suportados); .cgm; .dcx; .dib; .dicom; .epdf; .epi; .eps, eps2; .espf; .epsi; .FIG; .encaixa; .fpx; .gif; .hpgl; .jpg; .jpeg; .ico; .mng; .pbm; .pcd; .pcds; .pcx; .pgm; .ppm; .png; .pnm; .ps, .ps2; .dom; .tga; .tif; .vigário; .vid; .viff; .xbm; .xpm; .xwd.

Siga estas recomendações para garantir que seus arquivos se convertam corretamente para HTML e PDF:

Arquivos

Os nomes dos arquivos não incluem caracteres especiais, ou seja, não são ASCII; Os nomes dos arquivos têm menos de 25 caracteres; Os nomes dos arquivos seguem um formato simples, ou seja, "mymanuscript.doc".

Documentos

Não incorporar fontes; Remover macros; Remova hiperlinks do corpo principal; Remover códigos de campo (espaços reservados no Microsoft Word para dados que

podem ser alterados em um documento); Verifique se os arquivos da planilha possuem apenas uma guia; Lembrete, use nomes de arquivos curtos sem símbolos.

Imagens

Remova as miniaturas dos arquivos de imagem; Verifique se as suas imagens estão em uma única camada achatada (por exemplo,

sem TIF de várias páginas); As imagens devem chegar a 300 dpi.

Vídeos

.mp4, .mov

Para assegurar uma revisão expedita de todos os manuscritos e ajudar o Editor e Editores Associados a alocar os revisores mais apropriados e experientes para seu manuscrito, liste cinco referências chave da sua lista de referência, juntamente com o endereço de e-mail e as informações de contato do autor sênior de cada uma dessas cinco referências. As referências das chaves são relatadas apenas no banco de dados (Etapa 4) , não inclua as referências das chaves no corpo principal dos manuscritos.

Cephalalgia é hospedado em SAGE track, uma submissão on-line baseada na web e um sistema de revisão por pares, que é desenvolvido por ScholarOne ©

47

Manuscripts. Leia as diretrizes de submissão do manuscrito abaixo e, em seguida, visite http://mc.manuscriptcentral.com/cephalalgia para entrar e enviar seu artigo on-line.

IMPORTANTE :

Verifique se você já possui uma conta no sistema antes de tentar criar uma nova. Se você revisou ou autor para a revista no ano passado, é provável que você tenha tido uma conta criada. Certifique-se de que os dados da conta do autor são precisos antes de proceder à submissão do manuscrito. Para mais informações sobre como enviar seu manuscrito online, visite a Ajuda on-line do ScholarOne .

Envio on-line

As inscrições devem ser feitas iniciando sessão e selecionando o Centro de Autor e a opção 'Clique aqui para enviar um Novo Manuscrito'. Siga as instruções em cada página, clicando no botão 'Avançar' em cada tela para salvar seu trabalho e avançar para a próxima tela. Se em qualquer fase você tiver dúvidas ou exigir o guia do usuário, use o botão 'Obter ajuda agora' no canto superior direito de cada tela. Mais ajuda está disponível através do suporte ao cliente ScholarOne® Manuscript CentralTM em +1 434 817 2040 x 167.

Para carregar seus arquivos, clique no botão 'Procurar' e localize o arquivo em seu computador. Selecione a designação de cada arquivo (documento principal, tabela, figura ou documento de suporte) na seleção suspensa ao lado do botão de navegação. Quando você selecionou todos os arquivos que deseja carregar, clique no botão 'Fazer upload de arquivos'. Revise sua submissão (em formatos PDF e HTML) e clique no botão Enviar.

Você pode suspender um envio em qualquer ponto antes de clicar no botão Enviar e salvá-lo para enviar mais tarde. Após a submissão, você receberá um e-mail de confirmação. Você também pode fazer login novamente em seu centro de autor em qualquer momento para verificar o status do seu manuscrito.

Certifique-se de enviar somente documentos de documento editáveis . O texto principal deve estar no Microsoft Word ou RTF, as tabelas como arquivos do Word separados (uma imagem de uma tabela colocada em um documento do Word não é editável) e as figuras como arquivos separados usando as extensões de arquivo acima. Certifique-se de que seu documento não inclua números de linha ; O sistema de trilha Cephalalgia SAGE irá gerá-los para você e, em seguida, converter automaticamente o seu manuscrito em PDF para revisão por pares. Toda a correspondência, incluindo a notificação da decisão do Editor e os pedidos de revisão, será por e-mail.

Todos os trabalhos devem ser enviados através do sistema on-line. Se você quiser discutir o seu documento antes da submissão, consulte os detalhes de contato abaixo.

Enviando uma Revisão Os autores que enviam manuscritos revisados devem seguir as instruções de submissão disponíveis no Centro de Autor e enviar através do sistema de trilha SAGE. Para criar uma revisão, vá para a opção 'Manuscritos com decisões' em seu

48

Painel de autores e selecione 'criar uma revisão na coluna' Ação '. O corpo principal do manuscrito revisado deve chegar a mudanças rastreadas. Digite a resposta aos revisores no banco de dados. Os autores devem fazer o upload de um arquivo separado que é rotulado de Resposta aos Revisores como documento de apoio. Recomenda-se que os autores carregue uma versão limpa com todas as alterações controladas aceitas como um arquivo de documento de suporte. Se o manuscrito revisado incluir uma alteração na autoria, inclua um formulário de alteração do autor para garantir que todos os autores concordem com a alteração na autoria.

Todos os manuscritos devem ser enviados através do sistema on-line.

Se você gostaria de discutir seu manuscrito antes da submissão, consulte os detalhes de contato abaixo.

Wendy Krank Editor Gerente Cephalalgia Editorial Office Email: [email protected]

5.1 ORCID

Como parte do nosso compromisso de garantir um processo de revisão parental ético, transparente e justo, o SAGE é um membro de suporte da ORCID , o Pesquisador aberto e ID do Contribuinte. O ORCID fornece um identificador digital persistente que distingue pesquisadores de todos os outros pesquisadores e, por meio da integração em fluxos de trabalho de pesquisa chave, como o manuscrito e a submissão de subsídios, apoia vínculos automatizados entre pesquisadores e suas atividades profissionais garantindo que seu trabalho seja reconhecido.

Incentivamos todos os autores a adicionar seus ORCIDs às suas contas SAGE Track e incluam seus ORCIDs como parte do processo de submissão. Se você ainda não possui um, você pode criar um aqui .

5.2 Informações necessárias para completar sua apresentação

Você será solicitado a fornecer detalhes de contato e afiliações acadêmicas para todos os co-autores através do sistema de submissão e identificar quem será o autor correspondente. Esses detalhes devem corresponder ao que aparece em seu manuscrito. Nesta fase, assegure-se de ter incluído todas as declarações e declarações exigidas e enviou quaisquer arquivos complementares adicionais (incluindo diretrizes de relatórios, quando relevante).

5.3 Permissões

Certifique-se também de ter obtido qualquer permissão necessária dos titulares de direitos autorais para reproduzir quaisquer ilustrações, tabelas, figuras ou citações extensas anteriormente publicadas em outros lugares. Para obter mais informações, incluindo orientação sobre negociação justa de crítica e revisão, consulte a página Copyright e Permissões no SAGE Author Gateway .

De volta ao topo

49

6. Na aceitação e publicação

6.1 SAGE Production

Seu Editor de Produção SAGE o manterá informado sobre o progresso do seu artigo ao longo do processo de produção. As provas serão enviadas por PDF para o autor correspondente e devem ser devolvidas prontamente. Recomenda-se aos autores verificar cuidadosamente as suas provas para confirmar que todas as informações do autor, incluindo nomes, afiliações, sequência e detalhes de contato são corretas, e que as declarações de Financiamento e Conflito de Interesse, se houver, são precisas. Por favor, note que, se houver alguma alteração na lista de autores nesta etapa, todos os autores serão obrigados a preencher e assinar um formulário que autorize a alteração.

6.2 Primeira publicação on-line

Online First permite que os artigos finais (artigos completos e aprovados que aguardem a atribuição a uma questão futura) sejam publicados on-line antes da sua inclusão em um assunto de revista, o que reduz significativamente o tempo de entrega entre a apresentação e a publicação. Visite a página de ajuda do SAGE Journals para mais detalhes, incluindo como citar os primeiros artigos on-line.

6.3 Acesso ao seu artigo publicado

SAGE fornece aos autores acesso on-line ao seu artigo final.

6.4 Promoção do seu artigo

A publicação não é o fim do processo! Você pode ajudar a divulgar seu documento e garantir que seja tão amplamente lido e citado quanto possível. O SAGE Author Gateway possui inúmeros recursos para ajudá-lo a promover o seu trabalho. Visite a página Promova o seu artigo no Gateway para obter dicas e conselhos. Além disso, a SAGE é parceira da Kudos, um serviço gratuito que permite aos autores explicar, enriquecer, compartilhar e medir o impacto de seu artigo. Descubra como maximizar o impacto do seu artigo com Kudos .

De volta ao topo

7. Mais informações

Qualquer correspondência, consulta ou solicitação adicional de informações sobre o processo de submissão do manuscrito deve ser enviada para o escritório de redação da Cephalalgia da seguinte forma:

Wendy Krank Editor Gerente Cephalalgia Editorial Office Email: [email protected]

50

ANEXO B – Artigo Publicado - Revista Headache Medicine

51

52

53

54

55

56