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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO VERONICA ILEANA HIDALGO VILLARREAL OBESIDADE ABDOMINAL: magnitude e fatores associados em adultos de 20 a 59 anos do Estado de Pernambuco Recife 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

VERONICA ILEANA HIDALGO VILLARREAL

OBESIDADE ABDOMINAL: magnitude e fatores associados em adultos de 20 a

59 anos do Estado de Pernambuco

Recife

2018

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VERONICA ILEANA HIDALGO VILLARREAL

OBESIDADE ABDOMINAL: magnitude e fatores associados em adultos de 20 a

59 anos do Estado de Pernambuco

O

Orientadora: Profª. Dra. Poliana Coelho Cabral

Co-Orientadora: Profº. Dr. Pedro Israel Cabral de Lira

Recife

2018

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de Concentração: Promoção da

Saúde

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Catalogação na fonte: Bibliotecária: Mônica Uchôa, CRB4:1010

V719o Villarreal, Veronica Ileana Hidalgo.

Obesidade abdominal: magnitude e fatores associados em adultos de 20 a 59 anos do estado de Pernambuco / Veronica Ileana Hidalgo Villarreal. – 2018.

92 f.; il.; tab.; 30 cm. Orientadora: Poliana Coelho Cabral. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro

de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva. Recife, 2018.

Inclui referências, apêndices e anexos. 1. Adulto. 2. Circunferência da cintura. 3. Obesidade. I. Cabral, Poliana

Coelho (orientadora). II. Título. 614 CDD (20. ed.) UFPE (CCS 2019 - 295)

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VERONICA ILEANA HIDALGO VILLARREAL

OBESIDADE ABDOMINAL: magnitude e fatores associados em adultos de 20 a

59 anos do Estado de Pernambuco

Aprovada em: 13/12/2018

_________________________________________________________________

Prof. Dr. Alcides Da Silva Deniz

Universidade Federal de Pernambuco / UFPE

_________________________________________________________________

Profª Drª Leopoldina Augusta Sequeira de Souza Andrade

Universidade Federal de Pernambuco / UFPE

_________________________________________________________________

Profª. Drª. Vanessa Sá Leal

Centro Acadêmico de Vitória - CAV / UFPE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito para obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.

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AGRADECIMENTOS

O Deus autor de minha vida; Aos meus ancestrais afrodescendentes e

indígenas;

Ao meu primo Edwin Coronado (in memoriam), que morreu precocemente de

câncer, e me ensinou a amar a vida;

A minha família no Panamá que sem reservas acreditam em minhas

aspirações e me entusiasmam a continuar e não desistir;

A Organização dos Estados Americanos, Organização Pan-americana de

Saúde e o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras por acreditar em minha

formação profissional;

A minha orientadora Prof. Poliana Cabral, sempre colaborando com grandes

ideias desde o início desse trabalho. Ao meu co-orientador prof. Pedro Israel Cabral

de Lira, por quem tenho grande admiração e respeito e que me despertou a

curiosidade em aprender;

A todos os professores e colegas do mestrado em nutrição turma 2017-2019;

Aos professores, colegas especiais a prof. Leo, Sandra, Catarine, Laura, e

pessoal de limpeza pelo acolhimento durante o segundo ano do mestrado em o

laboratório de Nutrição em Saúde Pública da Universidade Federal de Pernambuco.

A Prof.ª Dra. Sonia Lucena de Andrade que muitas vezes me fortificou com

sua amizade e experiência;

A todas as pessoas que me incentivaram a crescer pessoal e

profissionalmente no Brasil (Rede Negra da SSAN Nô Homero, Grupo GEPAR Prof.ª

Dra Auxiliadora Martins – CE/UFPE);

Aos professores e colegas do Ministério da Saúde no Panamá Professoras

Eira é Odalis. As minhas amizades no Panamá que me incentivavam a continuar e a

não desistir;

As minhas amizades brasileiras, latino-americanas e de países da África com

as quais compartilhei momentos alegres e tristes.

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RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e os fatores associados à

obesidade abdominal em adultos da faixa etária de 20 a 59 anos no Estado de

Pernambuco, Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal,

com uma amostra representativa da população adulta das áreas urbanas e rurais do

Estado de Pernambuco, totalizando aproximadamente 1.441 pessoas. A medida da

circunferência da cintura (CC) foi utilizada como preditor de obesidade abdominal,

quando CC ≥ 80 cm em mulheres e ≥94 em homens. O modelo conceitual

considerou variáveis demográficas, socioeconômicas, antropométricas, alimentares

e de estilo de vida. Evidenciou-se 80,7% (IC = 78,1-83,1) das mulheres com valor de

obesidade abdominal que entre os homens foi de 37,7% (IC 33,4-42,1) (p = 0,000).

Após a análise ajustada pela regressão de Poisson, eles permaneceram

independentemente associados à obesidade abdominal: idade a partir dos 30 anos e

trabalho formal no sexo masculino. Para as mulheres, idade acima de 40 anos,

escolaridade com menos de 4 anos de estudos e estar no climatério permaneceu

associada. O consumo alimentar e a atividade física não foram associados à

obesidade abdominal. Em resumo, esta pesquisa traz uma contribuição ao estudo

dos fatores associados à obesidade abdominal, considerando que a pesquisa sobre

o assunto deve continuar levando em consideração a obesidade como fator de risco

para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.

Palavras-chave: Adulto. Circunferência da cintura. Obesidade.

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ABSTRACT

The objective of this study was to assess the prevalence and factors

associated with abdominal obesity in adults from the age group of 20 to 59 years old

from the State of Pernambuco, Northeast Brazil. This is a cross-sectional

epidemiological study with a representative sample of the adult population of urban

and rural areas of the State of Pernambuco, totaling approximately 1,441 people.

The measurement of waist circumference (WC) was used as a predictor of abdominal

obesity, which was identified when WC ≥ 80 cm in women and ≥94 in men. The

conceptual model considered demographic, socioeconomic, anthropometric, dietary

and lifestyle variables. It was evidenced that 80.7% (CI = 78.1-83.1) of women were

diagnosed with abdominal obesity, which was 37.7% among men (CI 33.4-42.1) (p =

0.000). After adjustment by Poisson regression, age over 30 years old and having a

formal work were independently associated with abdominal obesity in the male sex.

For women, age over 40 years old, lower educational level and climacteric period

remained associated. Food consumption and physical activity were not associated

with abdominal obesity. In summary, the study results contribute to the

understanding of the factors associated with abdominal obesity and considers that

research should continue about the subject, considering its importance as a risk

factor for the development of chronic diseases.

Keywords: Adults. Waist circumference. Obesity.

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RESUMEN

El objetivo de este estudio fue evaluar la prevalencia y los factores asociados

a obesidad abdominal en adultos de la fase de edad de 20 a 59 años del Estado de

Pernambuco, Nordeste de Brasil. Se trata de un estudio epidemiológicos de corte

transversal con una muestra representativa de la población adulta de áreas urbanas

y rurales del Estado de Pernambuco, totalizando aproximadamente 1,441 personas.

La medida de la circunferencia de la cintura (CC) fue utilizada como predictor de

obesidad abdominal, cuando CC ≥ 80 cm en mujeres y ≥94 en los hombres. El

modelo conceptual considero variables demográficas, socioeconómicas,

antropométricas, dietéticas y de estilo de vida. Fue evidenciado 80,7% (IC=78,1-

83,1) de las mujeres con obesidad abdominal valor que entre los hombres fue de

37,7% (IC 33.4-42.1) (p=0,000). Después del análisis ajustado por Regresión de

Poisson, permanecieron independientemente asociada a la obesidad abdominal, la

edad a partir de los 30 años y trabajo formal en el sexo masculino. Para las mujeres

permanecieron asociadas la edad arriba de 40 años, escolaridad menos de 4 años

de estudios y estar en el climaterio. El consumo alimentar y la actividad física no

tuvieron asociados a la obesidad abdominal. En síntesis, esta investigación trae

consigo una contribución al estudio de los factores asociados a la obesidad

abdominal, considerando que se debe continuar investigando sobre el tema,

teniendo en vista su importancia como factor de riesgo para el desarrollo de

enfermedades crónicas no transmisibles.

Palabras-clave: Adulto. Circunferencia de la cintura. Obesidad.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Prevalência de obesidade abdominal e comparação de algumas

características demográficas; socioeconômicas e do estilo de vida entre

homes e mulheres de 20 a 59 anos do Estado de Pernambuco, 2015 .. 39

Tabela 2 - Razão de prevalência da obesidade abdominal segundo características

socioeconômicas é demográficas de homens de 20 a 59 anos do estado

de Pernambuco, 2015 ............................................................................ 41

Tabela 3 - Razão de prevalência de obesidade abdominal segundo características

do estilo de vida de homem de 20 a 59 anos do estado de Pernambuco,

2015 ....................................................................................................... 43

Tabela 4 - Razão de prevalência da obesidade abdominal segundo características

socioeconômicas é demográfica de mulheres de 20 a 59 anos do estado

de Pernambuco, 2015 ............................................................................ 44

Tabela 5 - Razão de prevalência da obesidade abdominal segundo características

reprodutivas e do estilo de vida de mulheres de 20 a 59 anos do estado

de Pernambuco, 2015 ............................................................................ 46

Tabela 6 - Razão de prevalência RP bruta e ajustada das características

independentes associada à ocorrência da obesidad abdominal em

homens e mulheres de 20 a 59 anos do estado de estado de

Pernambuco, 2015 ................................................................................. 48

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CC Circunferência da cintura

CNEFE Cadastro Nacional de Endereços para fins estadísticos

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

DCNT Doenças crônicas não transmissíveis

ESF Estratégia Saúde da Família

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IC Intervalo de confiança

IMC Índice de Massa Corpórea

IMIP Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

OMS Organização Mundial de Saúde

PACS Programa de Agentes Comunitários de Saúde

PESN Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição

POF Pesquisa de Orçamentos Familiares

PNDS Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição

PNSN Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição

PPV Pesquisa sobre Padrões de Vida

QFA Questionário de frequência alimentar

RCE Razão Cintura – Estatura

RCQ Relação Cintura – Quadril

SES -PE Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco

SISVAN Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional

TAV Tecido Adiposo Visceral

UFPE Universidade Federal de Pernambuco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12

1.1 DELIMITAÇÕES DO PROBLEMA ..................................................................... 12

1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 13

1.3 PERGUNTA CONDUTORA ............................................................................... 14

2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 15

2.1 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................................... 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 15

3 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 16

3.1 OBESIDADES GERAL E ABDOMINAL: CONCEITO E IMPORTÂNCIA COMO

FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR ......................................................... 16

3.2 OBESIDADES GERAL E ABDOMINAL: EPIDEMIOLOGIA ............................. 17

3.3 SOBREPESOS, OBESIDADE GERAL E ABDOMINAL: CRITÉRIOS DE

DIAGNÓSTICOS MAIS UTILIZADOS NA PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA...... 19

3.4 FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE GERAL E ABDOMINAL ............... 20

3.4.1 Epigenética e nutrição ao longo da vida .......................................................... 20

3.4.2 Faixa etária ...................................................................................................... 20

3.4.3 População feminina: Paridade e Climatério ..................................................... 21

3.4.4 Fatores socioeconômicos e demográficos ...................................................... 22

3.4.5 Fatores do Estilo de Vida ................................................................................ 23

4 METODOLOGIA .............................................................................................. 27

4.1 DESENHOS, POPULAÇÃO E LOCAL DE ESTUDO ...................................... 27

4.2 AMOSTRAGEM .............................................................................................. 27

4.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO .......................................................................... 28

4.4 ESTUDOS PILOTO ......................................................................................... 29

4.5 TRABALHOS DE CAMPO ................................................................................ 29

4.5.1 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................... 29

4.5.2 Seleção e treinamento das equipes e coleta de campo .................................. 29

4.6 DESCRIÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS ............................ 31

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4.6.1 Variável Dependente ....................................................................................... 31

4.6.2 Variáveis independentes ................................................................................. 32

4.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS ................................................ 36

4.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ............................................................................ 37

5 RESULTADOS .................................................................................................. 38

6 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 49

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 52

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 53

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIOS .................................................................. 53

ANEXO A – DADOS DO PROJETO DE PESQUISA ....................................... 91

ANEXO B – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ................................ 92

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1 INTRODUÇÃO

1.1 DELIMITAÇÕES DO PROBLEMA

A obesidade é uma condição complexa, multicausal condicionada

principalmente pelo perfil alimentar e de atividade física. Entretanto, a grande

elevação na sua prevalência foi atribuída a diversos processos biopsicossociais, e

não apenas ao indivíduo e suas escolhas (WORLD HEALTH ORGANIZATION,

2000).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como condição

crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que traz

repercussões à saúde. A mesma é categorizada, na 10ª revisão da Classificação

Internacional de Doenças (CID-10), no item de doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). Estimativas apontam para

uma ocorrência mundial de mais de um bilhão de adultos com excesso de peso, dos

quais pelo menos trezentos milhões são obesos (WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2016).

A obesidade está associada a um grande número de patologias, incluindo as

cardiovasculares e cerebrovasculares, os distúrbios metabólicos, diversos tipos de

câncer, dificuldades respiratórias, distúrbios do aparelho locomotor, doenças do

aparelho digestivo, dentre outras. Além disso, não se pode esquecer-se dos danos

psicossociais relacionados à questão da discriminação a indivíduos sob esta

condição. A obesidade revela-se, portanto, como um distúrbio complexo que

constitui um dos maiores desafios para a saúde pública na atualidade (FERREIRA,

V. A.; MAGALHÃES, 2005; PEIXOTO, M. R. G., 2006).

No Brasil, segundo dados da Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL, 2017), a

prevalência de excesso de peso foi de 54,0%, sendo maior entre homens (57,3%) do

que entre mulheres (51,2%). Entre as mulheres, a frequência dessa condição tendeu

a aumentar com a idade e a diminuir com o incremento dos anos de estudo. Quanto

à obesidade, a VIGITEL 2017 evidenciou valores de 18,9%, sem diferença entre os

sexos. Por outro lado, entre as mulheres a frequência diminuiu consideravelmente

com o aumento da escolaridade.

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Além dos riscos da obesidade de um modo geral, a literatura tem mostrado

que diferentes perfis de distribuição de gordura corporal podem estar associados a

riscos metabólicos diferenciados (FOX, 2007). A gordura localizada na região

abdominal (obesidade abdominal) tem sido referida como um fator de risco para

inúmeras doenças, representando risco diferenciado quando comparada com outras

formas de distribuição de gordura corporal (OLINTO et al., 2006), tornando os

indivíduos mais susceptíveis ao diabetes, hipertensão, dislipidemias, resistência

insulínica, síndrome metabólica e problemas cardiovasculares (FRANCISCHI, 2000;

RIBEIRO-FILHO, 2006; SILVA, 2006)

Estudos epidemiológicos realizados no Brasil têm evidenciado valores

elevados de obesidade abdominal, com 28,1% na Bahia (OLIVEIRA et al., 2009),

37,8% na área rural do Rio Grande do Sul (LINHARES, HORTA, GIGANTE, DIAS-

DA-COSTA, 2012), 46,3% no Maranhão (VELOSO, 2010) e 49,7% no Paraná

(SIQUEIRA et al. 2015).

No caso do estado de Pernambuco, Pinho e colaboradores em o ano 2003,

avaliando dados da III Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição, evidenciou que

27,1% dos homens pernambucanos avaliados apresentavam obesidade abdominal,

percentual que entre as mulheres foi de 69,9%. Os autores alertaram sobre a

gravidade e a multifatorialidade do problema. Desse modo, o presente estudo que foi

realizado com os dados da IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição, realizada em

2016 teve como finalidade principal avaliar a magnitude do problema, bem como

seus fatores associados, visando gerar subsídios para que medidas de intervenção

e prevenção possam ser criadas.

1.2 JUSTIFICATIVA

A obesidade abdominal ou andróide, isto é, o aumento de tecido adiposo na

região abdominal, é considerada um fator de risco independente para diversas

morbidades, representando risco diferenciado quando comparada com outras for-

mas de distribuição de gordura corporal (OLINTO, 2006).

Embora no Brasil existam informações populacionais confiáveis e atuais sobre

a caracterização do estado antropométrico de adultos, eles se referem as

macrorregiões do pais e não enfocam seus determinantes. Além disso, poucos

estados brasileiros dispõem dessas informações oriundas de amostras

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14

representativos da população. Em o caso do Estado de Pernambuco não dispõe de

dados atualizados acerca da magnitude da concentração da gordura abdominal em

adultos, o ultimo abordagem em essa área foi feito com dados da III Pesquisa

Estadual de Saúde e Nutrição do ano 2006.

Baseado em essas premissas, torneando-se importante o reconhecido

impacto do acúmulo de gordura abdominal como fator de risco para as doenças

crônicas, torna-se importante conhecer os fatores que se encontram associados à

obesidade abdominal com o intuito de subsidiar a adoção de medidas de vigilância,

prevenção e tratamento.

1.3 PERGUNTA CONDUTORA

Qual a prevalência de obesidade abdominal e seus fatores associados em

adultos na faixa etária de 20 a 59 anos de idade do estado de Pernambuco?

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15

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Avaliar a prevalência e os fatores associados à obesidade abdominal em

adultos na faixa etária de 20 a 59 anos de idade do estado de Pernambuco.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Estimar a prevalência de obesidade abdominal entre os sexos;

• Avaliar a associação entre a obesidade abdominal e os parâmetros

socioeconômicos, demográficos, dietéticos e do estilo de vida.

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3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 OBESIDADES GERAL E ABDOMINAL: CONCEITO E IMPORTÂNCIA COMO

FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR

A obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma

doença crônica não transmissível (DCNT) resultante do acúmulo excessivo de

gordura corporal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos sendo resultante de

um desequilíbrio crônico entre o consumo alimentar e o gasto energético (WORLD

HEALTH ORGANIZATION, 2000).

Considerada uma condição complexa e multifatorial, a obesidade tem em sua

origem uma gama de fatores, incluindo os socioeconômicos, psicossociais,

biológicos e culturais. Contudo, as pesquisas têm se voltado mais para os

parâmetros relacionados ao estilo de vida, com foco no consumo alimentar

inadequado e no sedentarismo (WANDERLEY; FERREIRA, 2010).

A obesidade está associada a um grande número de patologias, incluindo as

cardiovasculares e cerebrovasculares, os distúrbios metabólicos, diversos tipos de

câncer, dificuldades respiratórias, distúrbios do aparelho locomotor, doenças do

aparelho digestivo, dentre outras. Além disso, não se pode esquecer dos danos

psicossociais relacionados à questão da discriminação a indivíduos sob esta

condição. A obesidade revela-se, portanto, como um distúrbio complexo que

constitui um dos maiores desafios para a saúde pública na atualidade (FERREIRA;

MAGALHÃES, 2005; PEIXOTO, 2006).

Além dos riscos da obesidade de um modo geral, a literatura tem mostrado

que diferentes perfis de distribuição de gordura corporal podem estar associados a

riscos metabólicos diferenciados (FOX, 2007). A gordura localizada na região

abdominal (obesidade abdominal) tem sido referida como um fator de risco para

inúmeras doenças, representando risco diferenciado quando comparada com outras

formas de distribuição de gordura corporal (OLINTO et al., 2006), tornando os

indivíduos mais susceptíveis ao diabetes, hipertensão, dislipidemias, resistência

insulínica, síndrome metabólica e problemas cardiovasculares (FILHO; MARIOSA;

FERREIRA, 2006; FRANCISCHI, 2000; SILVA, 2006).

A gordura localizada na região abdominal pode ser dividida em gordura

subcutânea e tecido adiposo visceral (TAV). O tecido adiposo visceral, definido

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17

como a gordura localizada em torno das vísceras e no peritônio, na borda dorsal do

intestino e na superfície ventral do rim é o componente que produz maior efeito

deletério sobre os parâmetros metabólicos (JENSEN, 2002; POIRIER; DESPRES,

2003; VASQUES 2010). A literatura tem citado o TAV como um órgão metabólico, já

que secreta adipocitocinas e outras substâncias vasoativas que podem influenciar o

risco de desenvolvimento de eventos adversos (FOX et al., 2007).

Além disso, a localização anatômica da gordura dentro do abdômen, com

proximidade ao sistema venoso portal leva à drenagem direta de metabólitos e

produtos de secreção como ácidos graxos livres para o fígado, sendo essa

característica o centro da maioria das hipóteses que tentam explicar a associação

entre o TAV e as doenças cardiovasculares e metabólicas (BERGMAN et al., 2001;

BÉLANGER et al., 2002; NIELSEN et al., 2004).

3.2 OBESIDADES GERAL E ABDOMINAL: EPIDEMIOLOGIA

A crescente prevalência de excesso de peso (sobrepeso + obesidade) em

vários países tem sido descrita como uma pandemia global (ROTH, QIANG,

MARBÁN ,REDELT, LOWELL, 2004). Estimativas apontam para uma ocorrência

mundial de mais de um bilhão de adultos com excesso de peso, dos quais pelo

menos trezentos milhões são obesos (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2016).

As Américas correspondem às regiões do mundo com as mais altas

prevalências de excesso de peso, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.

A obesidade alcançou proporções epidêmicas entre crianças, adolescentes e

adultos (PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, 2017).

No caso do Brasil vários estudos ao longo dos anos evidenciam o excesso de

peso como um grande problema de saúde pública. Três inquéritos nutricionais

(Estudo Nacional de Despensas Familiares ENDEF, 1974/75; Pesquisa Nacional de

Saúde e Nutrição – PNSN, 1989; Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde-

PNDS,1996) demostraram nesse período que a ocorrência cumulativa do sobrepeso

em adultos elevou-se de 22% (1974/75) para 46% (1996), aumentando, portando 2,1

vezes.

Em 2004 a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2002-2003) divulgada pelo

IBGE, estimou que cerca de 40% dos indivíduos adultos do país apresentaram

sobrepeso, ou seja, IMC igual ou maior do que 25 kg/m2, não havendo diferença

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18

substancial entre homens e mulheres. No caso da obesidade caracterizada por um

IMC igual ou superior a 30 kg/m2, foi evidenciado que nesse período 8,9% dos

homens e 13,1% das mulheres do país eram obesos (MINISTERIO DA SAÚDE;

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTADISTICA, 2003). Dados da POF

(2008-2009) evidenciaram uma prevalência de excesso de peso de 50,1% em

homens e 48.0% em mulheres (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTATISTICA, 2010).

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde a obesidade acometia um em cada

cinco brasileiros de 18 anos ou mais em 2013 (20,8%). Já o excesso de peso atingia

mais da metade da população (56,9 %), cerca de 82 milhões de pessoas, aí

incluídos os obesos. O acúmulo de gordura abdominal também foi mais frequente no

sexo feminino, atingindo 52,1% das mulheres e 21,8% dos homens (MINISTÉRIO

DA SAÚDE, 2013).

Dados mais atuais, oriundos da Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL, 2017), a

prevalência de excesso de peso foi de 54,0%, sendo maior entre homens (57,3%) do

que entre mulheres (51,2%). Entre as mulheres, a frequência dessa condição tendeu

a aumentar com a idade e a diminuir com o incremento dos anos de estudo. Quanto

à obesidade, a VIGITEL 2017 evidenciou valores de 18,9%, sem diferença entre os

sexos. Por outro lado, entre as mulheres a frequência diminuiu consideravelmente

com o aumento da escolaridade.

Em Pernambuco, a III Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição 2006 (III

PESN), mostrou que a condição de excesso de peso praticamente alcançou

prevalências próximas ou superiores a 50% tanto no interior urbano como na Região

Metropolitana do Recife (MINISTERIO DA SAUDE, 2006).

Quanto à obesidade abdominal, estudos epidemiológicos realizados no Brasil

têm evidenciado valores elevados, com 28,1% na Bahia (OLIVEIRA et al., 2009),

37,8% na área rural do Rio Grande do Sul (MARTINS-SILVA et al., 2018), 46,3% no

Maranhão (VELOSO; DA SILVA, 2010) e 49,7% no Paraná (SIQUEIRA et al., 2015).

No caso do estado de Pernambuco, Pinho et al., em o ano de 2013, avaliando

dados da III PESN encontraram que 27,1% dos homens pernambucanos

apresentavam obesidade abdominal, percentual que entre as mulheres foi de 69,9%.

O que levou os autores a alertarem sobre a gravidade e a multifatorialidade do

problema no Estado de Pernambuco.

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19

3.3 SOBREPESOS, OBESIDADE GERAL E ABDOMINAL: CRITÉRIOS DE

DIAGNÓSTICOS MAIS UTILIZADOS NA PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA.

Estudos epidemiológicos costumam utilizar o índice de massa corporal (IMC)

como um indicador de sobrepeso e obesidade apesar desse índice mostrar apenas

uma relação peso\altura não evidenciando diretamente o excesso de gordura

corporal (FLEGAL et al., 2009). Entretanto, a OMS (WHO, 1995) definiu o IMC como

o parâmetro para esse diagnóstico por conta de sua boa correlação com a gordura

corporal e sua forte associação epidemiológica com a morbi-mortalidade associada

à obesidade (CARRASCO et al, 2004).

Desse modo, apesar de ser amplamente utilizado na prática clínica e em

estudos epidemiológicos existem muitas limitações em relação ao seu uso, já que

ele não é capaz de fornecer informações sobre a composição corporal e a

distribuição da gordura corporal (FLEGAL et al., 2009; RECH et al., 2006; RIBEIRO

FILHO et al., 2006). Ou seja, indivíduos com IMC na faixa de eutrofia podem ter um

elevado percentual de gordura corporal, assim como outros diagnosticados com IMC

de obesidade podem apresentar um percentual de massa gorda dentro da

normalidade e excesso de massa magra (CARRASCO et al, 2004).

Pelos motivos acima, desde o final da década de 1990, a OMS (WHO 1998)

propõe que se classifique a anormalidade do peso corporal pelo IMC e a distribuição

da gordura corporal, com diagnóstico de obesidade abdominal, pela circunferência

da cintura (CC). Vale salientar que embora seja uma medida antropométrica muito

utilizada, existem diferentes descrições de sítios anatômicos para a aferição da

cintura. Dentre as mais utilizadas estão: o ponto médio entre a última costela e a

crista ilíaca, recomendado pela OMS (WHO, 2000); o menor perímetro entre o tórax

e o quadril, recomendada pelo Anthropometric Standardization Reference Manual

(LOHMAN; ROCHE; MARTORELI, 1988); o nível imediatamente acima das cristas

ilíacas (NIH, 2000), recomendado pelo National Institutes of Health (NHI); e o nível

umbilical (CHUANG et al., 2006).

Pelo exposto, estas medidas antropométricas (IMC e CC) devem ser

empregadas concomitantemente, a fim de possibilitar a análise dos riscos dos

diferentes compartimentos de gordura corporal. Além de que, sua utilização isolada

pode não detectar indivíduos com risco para as diversas patologias associadas ao

excesso de peso (MELLER et al., 2014).

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20

3.4 FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE GERAL E ABDOMINAL

3.4.1 Epigenética e nutrição ao longo da vida

Alterações na expressão genética em nível intrauterino podem ter forte

influência no risco de desenvolver sobrepeso e obesidade na idade adulta. Por

exemplo, restrições nutricionais ocorridas na fase intrauterina podem levar a

alterações nos mecanismos de regulação de energia no corpo na idade adulta

(GLUCKMAN; HANSON; BEEDLE, 2007).

Estudos longitudinais demonstram que a herança tem um importante papel no

desenvolvimento da obesidade e que a crescente exposição a ambientes

obesogênicos tendem a atingir os indivíduos com propensão genética (LAJUNEN

HR, et al., 2009).

É importante fazer menção que níveis herdáveis de obesidade podem ser

modificados por exposições específicas ao meio: um alto nível de atividade física,

por exemplo, pode reduzir substancialmente a influência dos fatores genéticos sobre

o IMC em adultos jovens e idosos (MUSTELIN L et al., 2009). Ainda existe muito

caminho por percorrer para tentar esclarecer a influência da genética e sua relação

com a obesidade.

O ambiente intrauterino e a nutrição ao longo da vida impactam durante o

ciclo de vida e na saúde. A quantidade e qualidade da nutrição durante o

desenvolvimento fetal e na infância impactam nas funções imune, cognitiva e na

regulação de gasto e armazenamento de energia incluindo a forma como a gordura

se armazena em nosso corpo (BRUCE, 2010) (SCHELLONG, et al., 2012).

A má nutrição durante a gravidez pode incrementar o risco de doenças

metabólicas e de excesso de gordura abdominal na idade adulta (GODFREY, et al.,

2016). Por outro lado, a obesidade durante a gravidez aumenta o risco de obesidade

ao longo da vida (BRUCE, 2010) (GODFREY KM, REYNOLDS RM, PRESCOTT SL,

NYIRENDA M; VW, 2016).

3.4.2 Faixa etária

O processo de envelhecimento está associado ao ganho de peso com

acréscimo de cerca de 250 g/ano de massa gorda em virtude da redução da taxa

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metabólica basal em consequência da perda de massa muscular e diminuição na

prática de atividade física (FRANCISCHI, et al., 1999). Havendo uma mudança na

composição corpórea, aumento da gordura corporal e redução da massa magra e

óssea, além de haver uma acomodação relativa do fluído extracelular (FORBES, G.

B. & REINA, 1970).

Outra explicação plausível para o aumento da adiposidade corporal com a

idade pode estar na mudança do estilo de vida, com diminuição dos níveis de

atividade física e, consequentemente, com a diminuição do metabolismo basal.

3.4.3 População feminina: paridade e climatério

Segundo os dados da pesquisa nacional de saúde, 2013 o acúmulo de

gordura abdominal foi mais frequente no sexo feminino, atingindo 52,1% das

mulheres e 21,8% dos homens.

Quando se analisa o excesso de peso na população feminina, deve-se

reconhecer que a experiência gestacional contribui para a alteração temporária da

composição corporal através do ganho de peso (INSTITUTE OF MEDICINE., 2010).

Ou seja, ocorre mudanças na composição corporal que levam a um aumento da

predisposição ao ganho de peso excessivo durante a gestação, tornando a mulher

mais suscetível ao desenvolvimento do sobrepeso/obesidade (YOGEV Y, 2009).

Quando a mulher sai da faixa reprodutiva, e entra no climatério inúmeros

estudos relatam mudanças desfavoráveis na distribuição de gordura corporal,

contribuindo para explicar o maior risco cardiovascular em mulheres dessa faixa

etária (POEHLMAN, 1998) (GAMBACCIANI, et al., 2001).

Após os 50 anos a mulher apresenta tendência ao aumento de peso, que

pode estar relacionada à redução das necessidades energéticas, da ordem de 2% a

cada década. A cessação da função ovariana provoca redução do metabolismo, da

quantidade de massa magra, e do gasto energético, além de estimular o acúmulo de

gordura no tecido adiposo, contribuindo para o maior risco de obesidade e doença

cardiovascular em mulheres após a menopausa (POEHLMAN, 1998).

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3.4.4 Fatores socioeconômicos e demográficos

O nível socioeconômico é um fator determinante para a ocorrência de

sobrepeso e obesidade, pois interfere na disponibilidade de alimentos, no acesso à

informação e no estilo de vida. Entre os parâmetros de condições socioeconômicas

mais frequentemente utilizados estão grau de instrução e renda (ALWAN et al.,

2010; VEGGI et al., 2004). Nos países desenvolvidos o excesso de peso é mais

frequente nas camadas populacionais de menor nível socioeconômico. Para os

países em desenvolvimento, historicamente havia uma tendência de maior

frequência de obesidade nos estratos de melhor nível socioeconômico (BARBOSA

et al., 2008).

No entanto, Monteiro e colaboradores em o ano 2004, avaliando populações

de países em desenvolvimento, evidenciaram um comportamento similar aos dos

países desenvolvidos. No Brasil, a comparação entre três pesquisas realizadas na

década de 1970 e 1990 (MONTEIRO et al., 2002) encontrou que a obesidade

aumentou em todas as regiões e estratos de renda. Contudo, nas regiões mais

desenvolvidas, a obesidade aumentou entre as mulheres de baixa renda, e diminuiu

entre as mulheres de melhor renda. Uma das explicações para essa diminuição é

que as mulheres de estratos sociais mais elevados se preocupam mais com o peso

corporal além de ter maiores condiciones econômicas e acesso a serviços de saúde

de qualidade (GOLDENBERG, 2005). A POF (2008/2009) encontrou a mesma

tendência, ou seja, para o sexo masculino o aumento ocorreu em todas as regiões e

em todas as classes de rendimento, mas na população feminina, o problema do

excesso de peso tendeu a deslocar-se para região Nordeste e, de modo geral, para

as classes de menor renda.

Desse modo, o surgimento da obesidade que afetou inicialmente as classes

mais favorecidas, hoje afeta mais as populações de países em desenvolvimento.

Tendências mais recentes comprovam o deslocamento da prevalência de excesso

de peso para os países em via de transição nutricional e baixa renda (WORLD

HEALTH ORGANIZATION, 2018).

Em países de renda média e alta, a associação entre posição socioeconômica

e obesidade mostra-se frequentemente inversa entre as mulheres, principalmente

com relação à educação, enquanto assume padrão misto de associação direta e

estatisticamente não significativa entre os homens. Essas mudanças no padrão de

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associação entre posição socioeconômica e obesidade ocorrem em estágios

precoces de desenvolvimento econômico, revelando a importância de estudos e

intervenções preventivas nesse contexto (DINSA et al., 2012).

3.4.5 Fatores do Estilo de Vida

Tabagismo

Quanto ao estilo de vida, o tabagismo é considerado o segundo fator de risco

mais prevalente em óbitos no bojo das DCNT, é responsável por 18% das mortes

por câncer e 71% das mortes por câncer de pulmão. O Brasil é um dos poucos

países do mundo a documentar significativas diminuições nas taxas de prevalência

do uso de tabaco resultantes de fortes políticas de controle do tabaco (Pesquisa

Especial de Tabagismo PETab, 2008). Quanto à obesidade, o efeito da nicotina no

balanço energético (aumenta o metabolismo corporal) está bem conhecido, sendo

demostrada relação inversa entre o hábito de fumar e o IMC (FLEGAL, et al., 1995)

(PISABARRO R, IRRAZÁBAL E, 2000).

Os fumantes que abandonam o hábito de fumar são os que apresentam

maiores prevalências de excesso de peso, sento este um dos maiores impedimentos

para cumprir o abandono (PISABARRO et al., 2009). Entretanto, embora seja

relacionado o abandono do tabagismo ao ganho de peso, não há evidencias

conclusivas da ligação direta entre o fumo e a facilitação da perda de peso ou

estabilização do peso corporal (GRUBER; FLAKES, 2006).

Álcool

O álcool se classifica como uma substância tóxica, com isso ele se torna uma

fonte de energia diferente de todas as outras, conhecido como "calorias vazias", pois

apresenta alto valor energético, cerca de 7,1 kcal/grama, não pode ser estocado no

organismo, devendo ser eliminado imediatamente. Dessa forma, ele adquire uma

prioridade no metabolismo hepático, também alterando outras vias metabólicas,

incluindo a oxidação lipídica, gerando um balanço positivo de gorduras o que

favorece o estoque de gorduras no organismo, as quais se depositam

preferencialmente na área abdominal (central) (SILVA et al., 2011).

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Considerando-se que o álcool possui valor energético, ele tem a habilidade

de suprimir as necessidades calóricas diárias de um indivíduo e/ou levá-lo ao

sobrepeso, dependendo da quantidade, frequência e modo de consumo. Mesmo

com o aumento do gasto energético basal nos indivíduos alcoolistas, muitas vezes

isso não é suficiente para compensar a grande quantidade de calorias ingeridas.

Assim, muitos pacientes dependentes de álcool apresentam sobrepeso, obesidade e

até circunferência da cintura acima dos padrões esperados (GURR, 1996; SUTER et

al., 1997; VADSTRUP et al., 2003; KACHANI et al., 2007).

É importante ressaltar que o álcool também é apontado como estimulador de

apetite (YEOMANS, 2004). Visto que o álcool influencia sistemas neuroquímicos e

periféricos, resultando em ganho de peso em diferentes padrões. O consumo de ≥

30 g de álcool por dia pode alterar o equilíbrio da homeostase energética,

provocando um aumento do apetite e, por consequência, o ganho de peso do corpo

e da obesidade, independentemente do tipo de bebida consumida (TOFFOLO,

NEMER E FONSECA, 2012). Além disso, foi sugerido que o álcool pode atuar como

possível fator de confusão na relação entre fumo e obesidade abdominal

(OLIVEIRA; VELASQUEZ-MELENDEZ; KAC, 2007).

Estudos populacionais demonstraram que indivíduos que relatam consumo

moderado ou frequente, mas que ainda não são dependentes pode ter maior

acúmulo de gordura abdominal e periférica do que não bebedores (DORN, HOVEY

E MUTI, 2003).

Consumo alimentar

Os resultados da POF 2008-2009 evidenciaram características negativas no

padrão alimentar do brasileiro, tais como; persistência de teor excessivo de açúcar

na dieta referido por 61% da população; ingestão de gordura saturada maior do que

7% do consumo de energia em 82% da população, consumo insuficiente de frutas e

hortaliças com percentual da população com consumo abaixo do recomendado de

fibras igual a 68%: perda da importância de alimentos tradicionais, a exemplo do

arroz e feijão; excessivo consumo de sódio e mais que 70% da população consome

quantidades superiores ao valor máximo de ingestão tolerável para o sódio.

Entre os grupos de alimentos estudados, o biscoito recheado destacou-se

como um dos mais importantes marcadores de consumo não saudável, seguido

pelos refrigerantes, doces, pizza e salgadinhos industrializados, confirmando os

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grandes percentuais de inadequação da alimentação da população brasileira

(MINISTERIO DA SAÚDE; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTADISTICA, 2009).

Dados similares com relação ao consumo de bebidas açucaradas foram

observados na pesquisa Nacional de Saúde 2013, onde 2 de cada 10 brasileiros

consomem bebidas açucaradas: sucos e refrigerantes (MINISTERIO DA SAUDE,

2013). Segundo a Pesquisa VIGITEL 2016, no conjunto das 27 cidades, a frequência

do consumo de alimentos doces em cinco ou mais dias da semana foi de 23,9%. A

frequência do consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de

17,3%; com relação ao consumo de sal, no conjunto da população adulta estudada,

a frequência de indivíduos que consideram seu consumo de sal muito alto foi de

14,9% (MINISTERIO DA SAUDE, 2016).

Atividade física

No Brasil os aspectos vinculados ao desenvolvimento da economia, a

aquisição de bens de consumo duráveis por parte da população pode contribuir para

a consideração de três fatores ligados a mudanças no padrão de atividade física

enquanto redução do gasto energético: (1) diminuição do esforço com o trabalho

doméstico pelo uso de equipamentos para a execução das tarefas mais árduas; (2)

o crescente uso da televisão como principal meio de lazer; e (3) o uso de

automóvel/veículo automotivo para o deslocamento. Deve-se ainda acrescentar que

a televisão contribui para a delimitação do estilo de vida ocidental mediante

ampliação do incentivo ao consumo difundido pelo marketing (FRENCH et al., 2001).

Segundo dados iniciais do Sistema de Vigilância de fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico –

VIGITEL implantado em 2016, a frequência da prática de atividade física equivalente

a 150 minutos de atividade moderada por semana foi de 43,4%, sendo maior entre

homens (52,3%) do que entre mulheres (36,3%). A frequência dessa condição

tendeu a diminuir com o aumento da idade, de forma mais acentuada entre os

homens. Em ambos os sexos, a frequência tendeu a aumentar com o nível de

escolaridade (MINISTERIO DA SAÚDE, 2016). Em Salvador - Bahia, estudo

realizado em 2001, mostrou que 65,5% das mulheres e 41,8% dos homens não

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realizavam atividade física ou desenvolviam apenas atividade leves (OLIVEIRA et

al., 2009).

Para as mulheres em idade reprodutiva destacam-se entre os fatores

contributivos para redução da atividade física a incorporação no mercado de

trabalho e o menor esforço dispensado no trabalho doméstico, condição favorecida

pela disponibilidade de eletrodomésticos modernos (OLIVEIRA et al., 2009).

Outros fatores

Quantos aos outros fatores possivelmente associados ao excesso de peso, os

estudos têm demostrado correlação entre o peso ao nascer e o IMC na idade adulta.

As crianças descendentes de mães com síndrome metabólica têm também um risco

elevado da sua expressão na vida adulta (BAIRD et al., 2005; VICTORIA et al.,

2008; GIGANTE et al., 2008), criando assim um potencial ciclo vicioso: conceito de

transmissão transgeracional (CATALANO, 2010). A longo prazo, verifica-se uma

associação entre as características maternas e o incremento do risco na

descendência de obesidade (O'REILLY, REYNOLD, 2013; VRACHNIS,

ANTONAKOPOULOS, ILIODROMITI, et al., 2012: DRAKE, REYNOLDS, 2010).

Com relação à cor de pele um estudo feito no Rio do Janeiro, observou-se

que o ganho de peso em um período de dez anos foi maior entre negras e pardas do

que entre mulheres brancas, mesmo após ajuste para condição socioeconômica ao

longo da vida (CHOR et al., 2004). Nesse contexto as mulheres negras e pardas

apresentam uma maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde e infraestrutura

social, educação, alimentação, trabalho (BANDEIRA; MELO, 2010). Os resultados

da pesquisa VIGITEL 2011, evidenciaram que, as mulheres sem seguro de saúde

privado tinham as maiores prevalências de obesidade, além disso, as mulheres com

menos educação também eram mais propensas a relatar obesidade e consumo

inadequado de frutas, legumes e vegetais (MINISTERIO DA SAÚDE, 2012).

Na literatura tem poucos registros sobre a relação entre amamentação e o

excesso de peso na idade adulta, sendo constatado em estudos que em longo

prazo, as crianças amamentadas adequadamente apresentam menores índices de

hipertensão arterial sanguínea e colesterolemias, menores prevalências de

sobrepeso/obesidade (HORTA, et al., 2007).

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4 METODOLOGIA

4.1 DESENHOS, POPULAÇÃO E LOCAL DE ESTUDO

Trata-se de estudo epidemiológico de corte transversal, com uma amostra

representativa da população adulta, de áreas urbanas e rurais, do Estado de

Pernambuco, totalizando, aproximadamente, 2.300 participantes.

A referida pesquisa faz parte do Projeto Doenças crônicas e agravos não

transmissíveis no Estado de Pernambuco: Prevalência e fatores associados, e

faz parte de um estudo colaborativo envolvendo as seguintes instituições:

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto de Medicina Integral

Professor Fernando Figueira (IMIP), e Secretaria de Saúde do Estado de

Pernambuco (SES-PE) e Superintendência das Ações de Segurança Alimentar e

Nutricional - SUASAN/PE da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos

Humanos do Estado de Pernambuco. Como instituições executoras: Universidade

Federal de Pernambuco (UFPE) e o Instituto de Medicina Integral Professor

Fernando Figueira (IMIP).

4.2 AMOSTRAGEM

No caso específico da presente pesquisa, o cálculo da amostra foi realizado

no programa Epi Info, versão 6.04 (Centers for Disease Control and Prevention,

Atlanta, Estados Unidos), sendo considerada uma prevalência de 62,3% de

obesidade abdominal usando como referência um estudo feito no estado de Bahia

(OLIVEIRA et al., 2009), um erro amostral de 3,5;um efeito do desenho de 1,5 um

nível de confiança 95% tendo como resultado uma amostra mínima aproximada de

1.107 indivíduos . Para compensar eventuais perdas e para permitir um melhor nível

de estratificação das variáveis independentes, esse tamanho amostral foi

aumentado em 10%, resultando em uma amostra final de 1.217 pessoas. Para as

análises dos fatores associados foi considerado um nível de significância de 95%,

um poder de 80%, uma razão de prevalência de 1:1 tendo uma amostra mínima para

as análises dos fatores associados de 1.208 indivíduos.

A população de interesse para o estudo inicial foi constituída pelos domicílios

particulares pernambucanos, de áreas urbanas e rurais. A base de dados foi

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composta pela listagem dos setores censitários feita pelo Censo Demográfico de

2010 e do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) do

IBGE/2010. A unidade de seleção amostral foi o domicílio, e foram coletadas, por

meio de questionários impressos, informações sobre os adultos residentes no

domicílio.

O plano amostral escolhido foi do tipo probabilístico e estratificado em três

estágios assim caracterizados:

1. Unidades primárias de seleção: municípios

2. Unidades secundárias de seleção: setores censitários

3. Unidades terciárias de seleção: domicílios

No primeiro estágio, as unidades primárias (municípios) foram classificadas

em duas categorias: auto representativas (municípios certos de pertencerem à

amostra) e não auto representativas. Os municípios não auto representativos foram

sorteados sem reposição e com probabilidade proporcional à população residente,

obtida no Censo Demográfico/CNEFE de 2010. No segundo estágio, as unidades de

seleção (setores censitários) também foram selecionadas com probabilidade

proporcional e sem reposição, utilizando o número de unidades domiciliares

estimadas, também pelo Censo Demográfico/CNEFE de 2010, como medida de

tamanho.

No terceiro e último estágio, os domicílios foram selecionados dentro de

cada setor censitário escolhido no estágio anterior, com probabilidades iguais. Para

isso foi realizada uma seleção sistemática, com escolha aleatória de um ponto

inicial.

4.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos gestantes e portadores de doenças debilitantes (como por

exemplo, câncer em estágio avançado, síndrome da Imunodeficiência adquirida

(AIDS), nefropatias com insuficiência renal, gastroplastia e gastrectomia radical) e

problemas/limitações físicas que pudessem comprometer a avaliação

antropométrica.

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4.4 ESTUDOS PILOTO

Anterior ao início da pesquisa, um estudo piloto foi realizado em Recife, onde

na ocasião foram entrevistados indivíduos de 30 domicílios de setor censitário não

incluído na amostra. Nessa ocasião, além de testar o instrumento de coleta, foi

colocada em prática a logística do trabalho de campo, a fim de verificar sua

exequibilidade. Ajustes foram realizados em função de possíveis dificuldades

apresentadas nessa fase.

4.5 TRABALHOS DE CAMPO

4.5.1 Instrumentos de Coleta de Dados

O questionário utilizado (Apêndice 01), foi baseado no modelo utilizado pelas

II e III Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição realizadas em 1997 e 2006

(PESN/97-2006). Este procedimento foi realizado para que se pudesse ter uma

análise temporal da condição de saúde e nutrição da população pernambucana.

Para cobrir os objetivos adicionais estabelecidos no presente projeto, alguns

parâmetros foram acrescentados. Os instrumentos de coleta de dados incluíram os

seguintes formulários: identificação do domicílio; registro de pessoas da família;

registro e descrição do domicílio e aspectos socioeconômicos e de segurança

alimentar; registro do consumo alimentar, morbidades, estilo de vida, registro

antropométrico.

Para padronizar a forma de coleta e registro dos dados, um manual

instrucional foi elaborado e entregue a cada um dos pesquisadores de campo.

4.5.2 Seleção e treinamento das equipes e coleta de campo

Para o trabalho de campo os técnicos foram devidamente selecionados e

treinados para atuarem em duas equipes: a) equipe de entrevistadores; b) equipe de

antropometria. Atividades de coordenação e supervisão do trabalho de campo

também foram realizadas por pesquisadores com experiência nas PESN anteriores.

A equipe de antropometria recebeu treinamento prévio em consonância com as

normas do Manual Ministério da Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

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30

Para o trabalho de campo foram necessários 08 técnicos contratados

distribuídos em duas equipes: equipe de entrevistadores e equipe de antropometria.

Os demais membros da equipe foram pesquisadores, alunos de pós-

graduação/graduação e técnicos das Instituições participantes do projeto. A equipe

de entrevistadores foi composta por quatro profissionais de nível superior, incluindo

a participação de alunos de pós-graduação em nutrição/CCS/UFPE e/ou da pós-

graduação do IMIP.

O treinamento dos entrevistadores foi realizado no Departamento de Nutrição

da UFPE, no primeiro semestre de 2015, com duração de 40 horas e constaram de

aulas expositivas, discussão do questionário proposto, dramatizações, aulas práticas

(avaliação antropométrica) e práticas de campo em comunidade. Após o treinamento

alguns ajustes foram feitos no questionário, em decorrência das discussões durante

este período.

A atividade de coleta de dados foi desenvolvida, na primeira etapa, entre os

meses de maio a setembro de 2015, e na segunda etapa, entre os meses de agosto

e dezembro de 2016 quando da liberação dos recursos financeiros da FACEPE.

As Secretarias de Saúde dos municípios sorteados foram previamente

contatadas pela Coordenação de Campo, ocasião em que foram inteiradas sobre o

projeto do estudo, dos setores a serem pesquisados nos respectivos municípios e

provável data da visita do Coordenador de Área, além de receberem material para

divulgação do trabalho junto à população. Nesta fase, foi importante a parceria e

colaboração da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Programa de Agentes

Comunitários de Saúde (PACS), em nível local, para a sensibilização das famílias

das áreas selecionadas.

O objetivo de uma visita prévia da Coordenação de Área aos municípios,

antecedendo a equipe de campo, foi estabelecer articulação com autoridades locais

para que as mesmas atuassem como facilitadores da pesquisa, visando à

localização das áreas selecionadas para estudo, identificação e contatos com as

famílias/adultos, informando-as e preparando-as para a realização do trabalho.

Nesta ocasião, ocorreu o preenchimento da planilha do conglomerado com nome do

chefe da família, endereço, nome dos adultos, etapa essencial para a composição

da amostra.

A distribuição e o controle dos entrevistadores ficaram sob a responsabilidade

do supervisor de campo, também encarregado da revisão e validação local dos

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31

questionários (em 10% dos domicílios), sendo auxiliado nesta tarefa pelos

entrevistadores, como tarefa do turno da noite. A notificação de possíveis falhas de

registros (omissões ou inconsistências) justificou mudanças nesta estratégia de

controle de qualidade.

As entrevistas aconteceram durante os dois períodos do dia, de segunda a

sexta-feira e, quando necessário, à noite e nos finais de semana. Ao final de cada

período de trabalho, os entrevistadores revisavam e codificavam seus questionários

no próprio setor, visando detectar falhas no preenchimento, identificar formulários

não preenchidos por ausência de algum membro da família ou outro motivo que

exigisse retorno imediato ao domicílio.

Além disso, diariamente, os questionários eram revisados por um supervisor

(2ª revisão) para detecção de falhas de preenchimento, ausência de dados e, em

seguida, repassados a outro supervisor que realizava uma 3ª revisão, para

complementar os dados, caso necessário. Concluída esta etapa, os questionários

eram enviados ao Departamento de Nutrição da UFPE (Laboratório de Nutrição em

Saúde Pública) para dupla revisão por parte da equipe técnica. Após o término do

trabalho em cada setor, era preenchida a planilha de controle do conglomerado, com

a finalidade de avaliar a cobertura daquele setor, principalmente, no que diz respeito

à antropometria.

4.6 DESCRIÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

4.6.1 variável dependente

A variável dependente do estudo foi a obesidade abdominal avaliada pela

circunferência da cintura (CC) utilizando-se uma fita métrica inelástica (marca Seca),

com 200 cm de comprimento e precisão de 1 mm, posicionada no ponto médio entre

o último arco costal e a crista ilíaca. Os pontos de corte utilizados no diagnóstico da

obesidade abdominal foram 80 cm para mulheres e ≥ 94 cm para homens (WHO,

1998). Foram realizadas duas aferições, e caso a diferença entre elas fosse maior

que 0,5cm, uma terceira medida seria coletada, sendo utilizado como resultado o

valor médio entre as duas mais próximas.

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32

4.6.2 Variáveis independentes

Todas as variáveis foram definidas e categorizadas conforme descrito abaixo.

Características demográficas:

Variáveis Categorização

Sexo Feminino; masculino

Idade (20-29); (30-39); (40-49)

(50-59)

Cor de pele Branco;

Preto;

Parto/Amarelo/indígena/

Área de Residência Região Metropolitana do

Recife

Interior Urbano

Interior Rural

No. de pessoas em na

Moradia

≤ 4 pessoas

≥ 5 pessoas

Tipo de Moradia Casa própria/cedida

Casa alugada

Tipo de piso na moradia Cerâmica, lajota, taco

Cimento, terra

Tipo de teto na moradia Laje

Outros

Tipo de parede na moradia Alvenaria/tijolo

Outros ( taipa, madera, etc).

Acesso água na moradia Rede geral

Outro (poço, chafariz)

Água de beber Mineral

Fervida/filtrada

Sem tratamento

Destino do lixo Coletado

Outro

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33

Características socioeconômicas

Renda familiar per capita < ½ salário mínimo

½ a 1 salário mínimo

>1 salário mínimo

Classe econômica Média (B1 e B2)

Baixa (C1 e C2)

Muito baixa (D e E)

Escolaridade (anos de estudo)

>11 anos

8 a 10 anos

4 a 7 anos

< 4 anos

Ocupação Desempregado

Trabalhador formal

Outra fonte de renda

Recebe Bolsa Família Sim/Não

Possui computador Sim/ Não

Possui máquina de lavar roupa Sim/Não

Possui carro Sim/Não

Possui geladeira Sim/ Não

Características pessoais, dietéticas e do estilo de vida:

Avaliação da Altura

A altura foi avaliada com o estadiômetro portátil (Altura exata, Ltda) -

milímetro, com precisão de até (1 mm) em toda a sua extensão. Os indivíduos foram

colocados em posição ereta, descalços, com membros superiores pendentes ao

longo do corpo, os calcanhares, o dorso e a cabeça tocando a coluna de madeira.

Os resultados obtidos foram divididos em quartis, o que pode ser visualizado abaixo:

Altura (m) dividida em quartis

Quartis Homens Mulheres

1º quartil < 1,65 < 1,53

2º quartil 1,65 a 1,69 1,53 a 1,57

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34

3º quartil 1,70 a 1,75 1,58 a 1,61

3º quartil > 1,75 > 1,61

Avaliação Dietética

Para investigação sobre hábitos alimentares foi utilizado um questionário de

frequência alimentar (QFA) do tipo qualitativo, sendo desenvolvido e validado por

Furlan-Viebig e Pastor-Valero (2004) para o estudo de dieta e doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT). Esse questionário foi modificado para abranger o hábito

alimentar da população adulta pernambucana e foi questionado quantas vezes o

indivíduo consumia tais alimentos por dia, semana, mês ou ano.

Para que essas frequências pudessem ser transformadas em escores de

consumo, primeiro agrupamos em 6 categorias as diversas frequências de consumo

(FC) encontradas: Nunca (FC1), < ou = 1 vez por mês (FC2), 1 vez por semana

(FC3), 2-4 vezes por semana (FC4),1 vez ao dia (FC5), e 2 ou mais vezes ao dia

(FC6). Em uma segunda etapa foi atribuído um peso (S) a cada categoria de FC

sendo definido como peso (S) máximo o valor igual a 1 para a frequência de 2 ou

mais vezes ao dia (FC6). Os demais pesos foram obtidos de acordo com a seguinte

equação: Sn = (1/365) x [(a+b)/2] sendo que a e b representam o número de dias da

frequência. Assim, para cada indivíduo, foi obtido o cálculo do escore de frequência

de consumo de alimentos correspondente a dois grupos (Grupo I e Grupo II). O

Grupo I foi formado por alimentos ultraprocessados, (considerados de risco para as

DCNT), que são aqueles cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de

processamento e que possuem cinco ou mais ingredientes. O Grupo II foi formado

por alimentos in natura (tidos como protetores para as DCNT) que são aqueles

obtidos diretamente de plantas ou animais, sem que tenham sofrido qualquer

alteração. Segue abaixo os grupos que foram formados

• Grupo I: alimentos tipo fast foods (salgadinhos de bar, coxinha, empada,

pizza, sanduíches); produtos derivados da carne (embutidos, charque, mortadela,

presunto, linguiça, salsicha, preparações à base de carnes), sucos artificiais,

sobremesas industrializadas (balas, doces, pudim, manjar, doces, sorvetes, tortos).

• Grupo II: frutas e sucos naturais, água de coco, verduras e legumes (crus

e cozidos), leguminosas (feijão mulatinho, carioca, preto, verde e macassa), raízes e

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tubérculos (macaxeira, inhame, batata doce e inglesa), carnes cozidas e/ou sem

pele (aves e bovinas), peixes e frutos do mar.

Após a formação dos grupos e o cálculo dos escores, eles foram divididos

em quartis, tal como segue abaixo:

Escore alimentos: ultra processados e in natura divididos em

quartis

Quartis Ultra

processados

In

natura

1º quartil < 0,07 < 0,10

2º quartil 0,07-0,11 0,10-

0,16

3º quartil 0,12-0,18 0,17-

0,24

3º quartil >0,18 >0,24

Avaliação da Atividade Física, do consumo de álcool e tabagismo

Para determinação do nível de atividade física foi utilizado o International

Physical Activity Questionnaire (IPAQ, 2004; Canadian Task Force, 2004), em sua

versão curta, levando em consideração quatro dimensões da atividade física: no

lazer, atividades domésticas, atividades ocupacionais e atividades relacionadas ao

deslocamento. Esse instrumento mede a frequência e duração das atividades físicas

moderadas, vigorosas e caminhadas realizadas na última semana por pelo menos

dez minutos contínuos, incluindo exercício, esportes, atividades físicas, ocupacionais

e recreacionais realizadas em casa, no tempo livre, como meio de transporte e no

lazer. Segundo os níveis de atividade física, os indivíduos podem ser classificados

em muito ativos, ativos e pouco ativos/sedentários. No caso específico desse

estudo, os minutos semanais gastos em atividade física foram divididos em quartis.

Minutos de atividade física por semana (quartis)

Quartis

1º quartil < 200min

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36

2º quartil 200 a 340min

3º quartil 341 a 460min

3º quartil > 460min

Quanto ao consumo de álcool o indivíduo era questionado se tinha esse

hábito, em que frequência e em que quantidade. Para esse estudo, a resposta foi

dicotomizada em consome bebida alcoólica “sim” ou “não”. O tabagismo foi avaliado

seguindo mesmo critério: Fuma? Sim ou Não.

Saúde reprodutiva da mulher

No caso específico das mulheres, foram avaliadas também questões

referentes à história reprodutiva da mulher, como consta discriminado abaixo:

Menarca precoce Sim (<12 anos)

Não ( 12 anos)

Idade da 1ª gestação < 20 anos

20 anos

Número de gestações 0 a 3

4

Número de filhos 0 a 3

4

Climatério Sim

Não

4.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

Os dados da pesquisa foram digitados no software EPI INFO, versão 6.04

em dupla entrada, e posterior uso do modo validate para checar eventuais erros de

digitação.

A análise estatística foi realizada em três etapas: primeiro, uma análise

descritiva para caracterizar a distribuição da ocorrência dos eventos, incluído a

frequência de cada variável do estudo; segundo, uma análise univariada foi

realizado no software SPSS 13.0 entre a variável dependente (obesidade

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37

abdominal), e as variáveis independentes, com aplicação do teste do qui-quadrado

resultando na determinação da razão de prevalência (RP) e respectivas intervalo de

confiança de 95%.

A análise multivariada, terceira etapa, foi realizada no software STATA/SE

9.0 (Stata, Texas, US), pelo método de regressão log-Poisson onde foram incluídas

no modelo múltiplo as variáveis que se mostraram associadas ao evento de

interesse com significância estatística de até 20%. Essa probabilidade foi estipulada

para que possíveis fatores associados ao evento não fossem excluídos da análise.

Para aceitação das associações investigadas no modelo final, foi adotado o valor de

p<0.05.

4.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos

do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, CAAE

No.07803512.9.0000.5208 (Anexo 01). Os indivíduos foram previamente informados

dos objetivos da pesquisa, bem como dos métodos adotados e todos que

concordaram em participar assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido

(TCLE) (Apêndice 02).

As informações desta pesquisa são confidenciais não havendo identificação

dos voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o

sigilo sobre a participação do/a voluntário (a). Os dados coletados nesta pesquisa

(questionário), ficarão armazenados em pastas de arquivo e computador pessoal,

sob a responsabilidade do pesquisador responsável pela pesquisa, pelo período de,

no mínimo, 5 anos.

Para os casos evidenciados de diabetes, dislipidemias, hipertensão arterial e

outras patologias, a equipe de pesquisa encaminhou o entrevistado para o

acompanhamento clínico pela equipe da Estratégia Saúde da Família do município

em questão, conforme acordado previamente com a Coordenação de Atenção

Básica da Secretaria do Estado de Pernambuco e Secretarias Municipais de Saúde

que participaram do estudo.

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38

5 RESULTADOS

A amostra foi composta por 1.441 pessoas, sendo 67,0% do sexo feminino,

Na Tabela 1 encontra-se a prevalência encontrada de obesidade abdominal e a

análise comparativa de algumas variáveis por sexo. Verifica-se que 80,7% das

mulheres foram diagnosticadas como obesas abdominais, valor que entre os

homens foi de 37,7% (p=0,000).

Quanto às variáveis demográficas e socioeconômicas avaliadas não foi

evidenciado diferencial por sexo, exceto pela escolaridade, havendo um predomínio

de mulheres com > 11 anos de estudo (37,0% x 28,3%) (p=0,000). Vale salientar

que pouco mais de 15,0% e 5,0% dos homens e mulheres encontravam-se na faixa

de 50-59 anos e pertenciam à classe média (B1 e B2). Na análise do consumo de

álcool, este foi bem superior no sexo masculino, 65,0% contra 37,0% entre as

mulheres (p=0,000) (Tabela 1).

Na análise univariado, nos homens, à obesidade abdominal se mostrou

associada às faixas de idade superior aos 30 anos, principalmente a faixa entre 40 a

49 anos. Também houve associação com algumas variáveis da moradia, com o fato

do homem possuir trabalho formal, possuir máquina de lavar roupa em casa e com o

maior quartil de altura (Tabelas 2, 3, 4).

Com relação ao sexo feminino, foi observado associação com maior faixa de

idade, principalmente entre 40 – 49 anos, menor escolaridade, mais de três filhos/as

e com o período do climatério (tabelas 5,6,7)

Após o ajuste, permaneceram independentemente associadas à obesidade

abdominal, todas as faixas de idade a partir dos 30 anos e o fato de ter trabalho

formal no sexo masculino. Para as mulheres permaneceram associadas as duas

faixas de idade acima dos 40 anos, a escolaridade inferior a 4 anos de estudo e o

fato de estar no climatério (Tabela 8).

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39

TABELA 1 - Prevalencia da Obesidade abdominal e assocação com características

demográficas, socioeconómicas e do estilo de vida entre hombres e mulheres de 20

a 59 años do Estado de Pernambuco, Brasil 2015/2016

Variáveis Hombres Mulheres P

n=475

(30,3%)

IC 95% n=966(67,0%) IC 95%

Obesidade

Abdominal

<0,001*

Sim 179(37,7) (33.4-42.1) 780 (80,7) (78,1-83,1)

Não 296 (62,3) (57,8-66,5) 186 (19,3) (16,8-21,8)

Idade (anos) 0,151**

20-29 131 (30,1) (20,7-36,7) 318 (36,2) (33,1-39,4)

30 – 39 140 (32,2) (27,9-36,7) 263 (30,0) (27,0-33,0)

40-49 85 (19,5) (16,0-23,5) 163 (18,6) (16,1-21,2)

50-59 79 (18,2) (14,8-22,2) 134 (15,3) (13,0-17,7)

Área de

Residência

0,541**

RMR 163 (34,3) (30,9-38,7) 331 (35,0) (31,3-37,3)

Urbano 168 (35,4) (31,3-39,7) 354 (37,4) (33,6-39,7)

Rural 144 (30,3) 26,3-34,5) 261 (27,6) (24,3-29,9)

Classe

Econômica

0,412**

Média (B1/B2) 28 (5,89) (4,11-8,39) 48 (5,1) (3,7-6,5)

Baixa (C1/C2) 256 (53,8) (49,4-58,3) 544 (57,5) (53,1-59,4)

Muito baixa

(D/E)

191 (40,0) (35,9-44,6) 354 (37,4) (33,6-39,7)

Escolaridade <0,001**

>11 anos 134 (28,3) (24,3-32,4) 349 (37,0) (33,1-39,2)

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40

8 a 10 anos 74 (15,6) (12,6-19,1) 174 (18,5) (15,7-20,5)

4 a 7 anos 125 (26,4) (22,5-30,4) 219 (23,2) (20,1-25,4)

< 4 anos 140 (29,6) (25,5-33,7) 200(21,2) (18,2-23,3)

Consumo de

álcool

0,031*

Não 222 (59,8) (0,54-0,64 ) 107 (16,1) (0,12-0,19 )

Sim 149 (40,2) (0,35-0,45) 559 (83,9) (0,80-0,86 )

* Qui-quadrado de Pearson; **Qui-quadrado por tendência linear; IC95% = intervalo confiança de

95%;

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41

TABELA 2 - Razão da prevalencia de obesidade abdominal segundo caracteristicas

sociodemograficas em homes de 20 a 59 anos do estado de Pernambuco, Brasil

2016/15

Variaveis Obesidade Abdominal

Total Sim P

n (%) n (%) RP IC95%

Idade (anos) 0,004**

20-29 131 (30,1) 35 (26,7) 1 -

30 – 39 140 (32,2) 56 (40,0) 1,49 1,05-2,12

40-49 85 (19,5) 43 (50,6) 1,89 1,33-2,69

50-59 79 (18,2) 33 (42,8) 1,56 1,06-2,29

Cor de pele

0,173**

Branco 123 (25,9) 55 (44,7) 1 -

Negro 39 (8,2) 14 (35,9) 1,06 0,88-1,28

Pardo/Amarelo/ indígena

313 (65,9) 110 (35,1) 0,5 0,42-0,60

Área de Residência

0,318**

Região Metropolitana

163 (34,3) 66 (40,5) 1.00 --

Interior Urbano 168 (35,4) 66 (39,3) 1,03 0,79-1,34 Interior Rural 144 (30,3) 47 (32,6) 0,8 0,80-0,59

Pessoas/moradia 0,443* ≤4 280 (58,9) 110 (39,3) 1 -

>5 195 (41,1) 69 (35,4) 1,11 0,87-1,41

Tipo de moradia

0,490**

Casa própria 314 (66,1) 114 (36,3) 1 -

Casa cedida 49 (10,3) 22 (44,9) 1,23 0,87-1,74

Casa alquilada 110 (23,2) 43 (39,1) 1,07 0,81-1,41

Renda Familiar 0,0774**

¼ - ½ SM 186 (39,7) 59 (31,7) 1 -

½ - 1 SM 180 (38,4) 75 (41,7) 1,31 1,00-1,72

+ de 1 SM 103 (21,9) 44 (42,7) 1,35 0,99-1,83

Classe Econômica

0,3500**

Média (B1 e B2)

28 (5,89) 14 (7,82) 1 -

Baixa (C1 e C2) 256 (53,8) 104 (58,1) 0,68 0,31-1,49

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42

Muito baixa (D e E) 191 (40,0) 61 (34,0) 0,41 0,18-0,89

Escolaridade 0,7075**

>11 anos 134 (28,3) 56 (41,8) 1 -

(8 a 10 anos) 74 (15,6) 26 (35,1) 0,84 0,58-1,22

4 – 7 anos 125 (26,4) 47 (37,6) 0,9 0,67-1,22

< 4 anos

140 (29,6) 50 (35,7) 0,85 0,63-1,15

Ocupação 0,0035**

Desempregado 93 (20,5) 28 (23,4) 1

Trabalho formal 209 (44,0) 92 (44,0) 1,46 1,04-2,07

Informal

173 (64,5) 59 (32,6) 1,43 0,78-1,64

Bolsa Família

0,2337*

Sim 255 (53,8) 89 (34,9) 0,85 0,68-1,08

Não 219 (46,2) 89 (40,6) 1 -

Qui-quadrado de Pearson; **Qui-quadrado por tendência linear; IC95% = intervalo confiança de

95%;Trabajo formal

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43

TABELA 3 - Razão de prevalência da Obesidade abdominal segundo características

do estilo de vida em homens de 20 a 59 anos do Estado de Pernambuco 2015/16

OBESIDADE ABDOMINAL

Total Sim

Variáveis N (%) N (%) RP IC 95% P

Altura (m)Quartis 0,0426**

<1,65 98 (23,9) 27 (27,6) 0,59 0,40-0,87

1,65-1,69 97 (23,7) 32 (33,0) 0,71 0,50-1,01

1,70-1,75 116 (28,3) 43 (37,1) 0,80 0,58-1,10

>1,75 99 (24,1) 46 (46,5) 1,00

Escore alimentos ultra processados (quartil) 0,9318**

< 0,07 60 (22,9) 23 (38,3) 1,00 -

0,07-0,11 73 (27,9) 23 (31,5) 0,82 0,52-1,31

0,12-0,18 69 (26,3) 27 (39,1) 1,02 0,66-1,58

>0,18 60 (22,9) 17 (28,3) 0,74 0,44-1,24

Escore alimentos en natura (quartil) 0,7844**

< 0,10 66 (25,2) 26 (39,4) 1,22 0,77-1,94

0,10-0,16 68 (26,0) 24 (35,3) 1,09 0,68-1,76

0,17-0,24 63 (24,0) 20 (31,7) 0,98 0,59-1,63

>0,24 65 (24,8) 21 (32,3) 1,00

Tabagismo 0,1534*

Sim 73 (19,7) 149 (40,2) 1,12 0,93-1,36

Não 298 (80,3) 222 (59,8) 1,00 -

Consumo de álcool 0,0481*

Não 176 (47,4 ) 222(59,8) 1,00 -

Sim 195 (0,52) 149 (40,2) 0,84 0,71-1,00

Actividade física ( mints.) 0,4888**

< 200 21 (20,4) 107 (33,3) 1,08 0,47-2,50

200-340 29 (28,2) 105 (17,2) 0,56 0,21-1,50

341-460 27 (26,2) 109 (33,3) 1,08 0,49-2,38

> 460 26 (25,2) 108 (30,8) 1,00 -

* Qui-quadrado de Pearson; **Qui-quadrado por tendência linear; IC95% = intervalo confiança de

95%;

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44

TABELA 4 - Razão de prevalência da obesidade abdominal segundo características

socidemograficas em mulheres de 20 a 59 anos do Estado de Pernambuco, Brasil

2015/16

OBESIDADE ABDOMINAL

Variáveis Total N (%)

Sim N (%) RP IC 95% P

Idade (anos) 0,000**

20-29 318 (36,2)

210 (66,0) 1 -

30 – 39 263 (30,0)

228 (86,7) 1,31 1,20-1,44

40-49 163 (18,6)

152 (93,3) 1,41 1,29-1,54

50-59 134 (15,3)

120 (89,6) 1,36 1,23-1,50

Cor de pele

0,6679**

Branco 218 (23,0)

180 (82,6) 1 -

Negro 88 (9,3) 69 (78,4) 0,94 0,83-1,07

Pardo/Amar/Indígena 640 (67,7)

515 (80,5) 0,97 0,90-1,04

Área de Residência

0,7979**

RMR□ 331 (35,0)

269 (81,3) 1 -

Interior Urbano 354 (37,4)

282 (79,7) 0,98 0,91-1,05

Interior Rural 261 (27,6)

213 (81,6) 1 0,92-1,08

Pessoas/moradia

0,6555*

≤4 524 (55,4)

420 (80,2) 1 -

>5 422 (44,6)

344 (81,5) 0,98 0,92-1,04

Tipo de moradia

Casa própria 620 (65,5)

507 (81,8) 1 - 0,5214**

Casa Cedida 100 (10,6)

79 (79,0) 0,96 0,86-1,07

Casa alugada 219 (23,2)

172 (78,5) 0,96 0,88-1,03

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45

Renda familiar per capita

0,5254**

¼ - ½ SM 373 (39,9)

309 (82,8) 1

½ - 1 SM 379 (40,5)

302 (79,7) 0,96 0,89-1,03

+ 1 SM 184 (19,6)

148 (80,4) 0,97 0,89-1,06

Clase Economica

0,3501**

Média (B1 e B2) 48 (5,1) 38 (79,2) 1

Baixa (C1 e C2) 544 (57,5)

448 (82,3) 0,98 0,81-1,20

Muito baixa (D e E) 354 (37,4)

278 (78,5) 1 0,82-1,23

Escolaridade

0,0015**

>11 anos 349 (37,0)

260 (74,5) 1

8 a 10 anos 174 (18,5)

142 (81,6) 1,1 1,00-1,20

4 – 7 anos 219 (23,2)

184 (84,0) 1,13 1,04-1,23

< 4 anos 200 (21,2)

174 (87,0) 1,17 1,08-1,27

Ocupação

0,4510**

Desempregado 592 (62,9)

473 (79.8 ) 1

Trabalho formal 188 (19,9)

151 (80,3) 0,98 0,90-1,07

Outra fuente de renta 165 (17, 139 (84,2 ) 1,03 0,95-1,12

Recebe Bolsa Família 0,7246*

Sim 538 (56,9)

437 (81,2) 1,01 0,95-1,08

Não 407 (43,1)

326 (80,1) 1 -

* Qui-quadrado de Pearson; **Qui-quadrado por tendência linear; IC95% = intervalo confiança de

95%; Trabajo informal / jubilado / benefício□RMR = Región Metropolitana de Recife

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46

TABELA 5 - Razão de prevalência da obesidade abdominal segundo características

pessoais, dietéticas e do estilo de vida de mulheres de 20 a 59 anos do estado de

Pernambuco, 2015/2016

Variáveis Total N (%)

Si N (%) RP IC 95% P

Altura (m) Quartis 0,5237**

0,<1,53 235 (24,9) 192 (81,7) 1,01 0,93-1,10

1,53-1,57 237 (25,1) 184 (77,6) 0,96 0,88-1,05

1,58-1,61 238 (25,2) 197 (82,8) 1,02 0,94-1,11

>1,61 235 (24,9) 190 (80,9) 1 -

Escore alimentos ultraprocessados (quartis)

0,9318**

< 0,07 131 105 (80,2) 1 -

0,07-0,11 133 107 (80,5) 1 0,89-1,13

0,12-0,18 132 109 (79,5) 1,03 0,92-1,16

>0,18 127 101 (79,5) 0,99 0,88-1,12

Escore alimentos in natura (quartis)

0,7844**

< 0,10 127 105 (82,7) 1,03 0,91-1,15

0,10-0,16 131 102 (77,9) 0,97 0,85-1,09

0,17-0,24 136 111 (81,6) 1,01 0,90-1,14

>0,24 129 104 (80,6) 1 -

Tabaquismo

Si 90 (13,5) 78 (86,7) 1 -

No 576 (86,5) 481 (83,5) 0,96 0,88-1,05

Consumo de alcohol 0,362*

No 187 (28,0 ) 107 (16,1) 1 -

Sí 479 (72,0) 559 (83,9) 1,07 0,90-1,27

Escore de minutos de atividade física (quartis)

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0,3207***

< 150 42 (21,4) 34 (81,0) 0,89 0,75-1,05

151-225 55 (28,1) 48 (87,3) 0,96 0,84-1,09

226-310 53 (27,0) 42 (79,2) 0,87 0,74-1,02

> 310 46 (23,5) 42 (91,3) 1

Menarca precoz 0,4842*

Sim (<12) 27 (23,3) 26 (96,3) 1,03 0,94-1,13

Não 89 (76,7) 83 (93,3) 1

116

Edad da 1ª gestación 0,3592*

< 20 anos 49 (42,6) 47 (95,9) 1,04 0,95-1,14

66 (57,4) 61 (92,4) 1

Número de gestaciones

0,4707□

0 a 3 56 (48,7) 52 (92,9) 1

59 (51,3) 56 (94,9) 1,02 0,93-1,12

Número de filhos 0,7005□

0 a 3 69 (60,0) 64 (92,8) 1

46 (40,0) 44 (95,7) 0,97 0,89-1,06

Menopausa 0,0008□

Sim 123 (19,8) 116 (94,3) 1,16 1,09-1,23

Não 497 (80,2) 405 (81,5) 1 -

* Qui-quadrado de Pearson; **Qui-quadrado por tendência linear; IC95% = intervalo confiança de

95%;

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TABELA 6 - Razão de prevalência RP bruta e ajustada das características

independentes associadas à ocorrência da obesidade abdominal em homens e

mulheres de 20 a 59 anos do estado de Pernambuco, 2015/2016

VARIÁVEIS OBESIDADE ABDOMINAL

RPbruta IC95% RPajustada IC95% P♦

HOMENS

IDADE (ANOS)

20-29 1,0 1,0

30-39 1,49 1,05-2,12 1,28 1,01-1,62 0,032

40-49 1,89 1,35-2,69 1,39 1,12-2,04 <0,001

50-59 1,56 1,06-2,29 1,31 1,01-1,83 <0,001

TRABALHO

INFORMAL 1,0 1,0

FORMAL 1,46 1,02-2,07 1,18 1,02-1,59 0,022

MULHERES

IDADE (ANOS) 20-29 1,0 1,0 40-49 1,41 1,29-1,54 1,29 1,08-1,37 0,038 50-59 1,36 1,23-1,50 1,21 1,11-1,41 0,017 ESCOLARIDADE (ANOS)

4 1,0 1,0

< 4 1,17 1,08-1,27 1,10 1,03-1,23 0,043 CLIMATÉRIO SIM 1,0 1,0 NO 1,16 1,09-1,23 1,14 1,03-1,20 0,047 Regressão de Poisson - modelo ajustado para obesidade abdominal, IC – Intervalo de Confiança, RP

-Razão de Prevalência, p=Teste de Qui-quadrado.

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49

6 DISCUSSÃO

A obesidade abdominal predispõe a uma série de fatores de riscos

cardiovasculares por estar associada na maioria dos casos a condições como:

dislipidemias, hipertensão arterial, resistência à insulina e diabetes mellitus

favorecendo à ocorrência de eventos, particularmente os coronários (VASQUES

ACJ, PRIORE SE, ROSADO LEFPL, 2010).

No Brasil, são escassos os estudos que descrevem a magnitude da

obesidade abdominal na população e mais escassos ainda os que abordam os

fatores associados. Em 2014, uma pesquisa nacional avaliou a circunferência da

cintura dos brasileiros, evidenciando uma prevalência de obesidade abdominal de

52,1% nas mulheres e 21,8% nos homens, quando considerada CC ≥88cm para o

sexo feminino e ≥102cm para o sexo masculino, ou seja, CC na faixa de risco muito

elevado. (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2014).

O estado de Pernambuco dispõe de informações, mostrando que o problema

da obesidade abdominal é tão preocupante quanto ao da obesidade avaliada pelo

IMC, com prevalência de 51,9%, sendo 69,9% nas mulheres e 27,1% entre os

homens, quando considerado CC≥80cm para o sexo feminino e ≥94cm para o sexo

masculino (PINHO et al, 2013). Os dados da atual pesquisa, também com a

população adulta de Pernambuco, e utilizando os mesmos pontos de corte ( 80 cm

para mulheres e ≥ 94 cm para homens) evidenciou um aumento na prevalência de

obesidade abdominal, com frequência de 66,6%. Na Bahia, foi observado um valor

similar em adultos na faixa etária de 18 ou mais, 62,0%, segundo OLIVEIRA et al

(2010). Em síntese, o resultado encontrado nesse estudo reflete que o problema

pode ter magnitudes potencialmente elevadas na Região Nordeste.

Com relação à variável sexo nesse estudo 37,7% dos homens e 80,9% das

mulheres apresentaram obesidade abdominal. Pesquisa transversal, realizada com

adultos mexicanos, verificou prevalência de 82,8% no sexo feminino (BARQUERA et

al., 2013). A alta prevalência de excesso de peso e obesidade abdominal em

mulheres revelada neste estudo reflete que este é um problema na população

feminina, conforme boletim da OMS (2016). No entanto, apesar das mulheres terem

apresentado maior frequência de obesidade abdominal, o acúmulo de gordura é

mais de tecido adiposo subcutâneo (menor risco cardiovascular) e no homem o

acúmulo maior é de gordura visceral (maior risco cardiovascular). Apesar disso, é

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50

importante enfatizar que o fato de o grupo avaliado estar exposto ao excesso de

peso e excesso de gordura abdominal, o coloca em condição de maior risco para as

doenças cardiovasculares (DCV), independentemente do sexo.

Dentre os fatores associados à obesidade abdominal destacou-se o avanço

da idade em ambos os sexos. Essa associação pode ser explicada por vários fatores

tais como: a diminuição da taxa metabólica basal e do nível de atividade física

(PELLETIERE et al., 2001). Além da redistribuição da gordura corporal secundária

ao envelhecimento, com migração das extremidades para a região central do corpo

(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1995).

Outro fator que se associou à obesidade abdominal nesta investigação foi o

trabalho formal. Este é um resultado similar a outro estudo transversal realizado na

Colômbia (ÁLVAREZ-CASTAÑO, et.al, 2012). Essa associação talvez ocorra pelo

possível maior nível de atividade física e de gasto energético dos homens que

trabalham na informalidade.

Na presente investigação a menor escolaridade mostrou associação com a

obesidade abdominal em mulheres. Estudos têm evidenciado que entre mulheres

com menos anos de estudo a probabilidade de ter sobrepeso ou obesidade é maior

que aquelas com mais anos de estudo (GIGANTE et al., 1997; TEICHMANN et al.,

2006; OLIVEIRA et al., 2009; LINS et al., 2013;). Alguma explicação para esses

resultados pode ser atribuída a: piores condições de vida, falta de informação e de

orientação nutricional, menor adesão a estilos de vida saudáveis e maior consumo

de alimento de baixo custo com elevada densidade energética (PINHO et al., 2013).

Além disso, sabe-se que a busca por um corpo magro é muito comum entre

as mulheres com maior grau de instrução e pertencentes às classes sociais mais

favorecidas (PETRIBÚ et al., 2009).

A prevalência de obesidade abdominal foi maior entre as mulheres no

climatério e esta associação se manteve após ajuste na análise multivariada. Esses

resultados podem ser comparados com outro estudo que também mostrou

associação positiva entre climatério e obesidade abdominal (GAMBACCIANI M,

et.al, 2001). (POEHLMAN ET1, 1998)(POEHLMAN ET, 1998). Nesse período da

vida a mulher perde a proteção hormonal contra as doenças cardiovasculares, O

hipoestrogenismo decorrente da transição menopausal tem sido apontado como

uma importante causa de obesidade e de acúmulo de gordura na região abdominal

(GONÇALVES et.al, 2016).

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51

Por outro lado, o processo de envelhecimento está associado à perda de

gordura subcutânea e aumento de gordura no depósito visceral, em ambos os

sexos. Portanto, a população do estudo como um todo, constituída por mais de 30%

dos adultos acima dos 40 anos, deveria ser alvo de intervenção visando à redução

da CC e da gordura visceral.

A ausência de associação entre a obesidade abdominal e a paridade, idade

da menarca, números de filhos/as, foi um resultado inesperado uma vez que na

literatura cientifica estes tem se apresentado como possíveis fatores para o

desenvolvimento da obesidade abdominal (OLIVEIRA et al., 2009) (PELLETIERE et

al., 2001) (TEICHMANN et al., 2006).

O nível socioeconômico não se associou à obesidade abdominal,

investigações feitas por outros autores evidenciaram uma tendência de que os

homens com maior nível socioeconômico apresentam maiores prevalências de

obesidade enquanto que as mulheres com maior nível socioeconômico apresentam

menores prevalências de obesidade abdominal (VELOSO; SILVA, 2010).

Um aspecto de suma importância para a análise dos fatores de riscos que

têm influência sobre o desenvolvimento da obesidade abdominal é o estilo de vida

(tabagismo, consumo de álcool e atividade física). Na atualidade não existe um

consenso concreto sobre a relação entre tabagismo e obesidade abdominal

(MERCER et al., 2003). No presente estudo não verificou-se associação entre fumo

e obesidade abdominal, resultados semelhantes na Espanha também não revelaram

associação significante entre essas variáveis (RUIZ; NIETO; ESCOBAR, 2009).

Não observamos associação entre atividade física e obesidade abdominal,

este resultado pode ter sido gerado pela limitação na coleta de dados a qual para

apresentar uma associação com o desfecho necessitaria de um maior tamanho

amostral nessa variável

O consumo de alimentos ultraprocessados e in natura, não se associou à

obesidade abdominal. As limitações do estudo relacionadas ao consumo de

alimentos podem ser atribuídas à transversalidade do estudo e à metodologia de

escore empregada. Interpretar os resultados das variáveis comportamentais em um

estudo transversal é difícil devido à possibilidade de causalidade reversa no qual a

exposição é consequência do desfecho, sendo este fato uma limitação do estudo.

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52

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após o ajuste multivariado, permaneceram independentemente associados

à obesidade abdominal, todas as faixas etárias após 30 anos e o trabalho formal no

sexo masculino. Para as mulheres permaneceram associadas à faixa etária após os

40 anos de idade, a escolaridade inferior a 4 anos de estudo e o fato de estar no

climatério.

É importante enfatizar que os fatores determinantes da obesidade

abdominal são numerosos e complexos e a rápida elevação de sua prevalência nas

últimas décadas vem sendo atribuida a fatores demográficos, ambientais,

socioeconômicos e do estilo de vida , principalmente o acesso a alimentos

industrializados e a inatividade física. Desse modo, torna-se necessário conhecer

esses fatores para o desenvolvimento de políticas públicas focadas na prevenção

desse distúrbio nutricional.

Embora a literatura mostre a medida da circunferência da cintura como um

importante preditor para o monitoramento e controle da distribuição de gordura

abdominal, além de ser um instrumento de baixo custo para estudos

epidemiológicos. São necessários mais estudos de base que avaliem, em diferentes

populações, os pontos de corte recomendados pela OMS (≥ 80 centímetros para as

mulheres e 94 centímetros para os homens ≥) (WORLD HEALTH ORGANIZATION,

1995b). Ou seja, necessita-se de pontos de corte de maior sensibilidade,

considerando que a obesidade abdominal, mesmo em faixas de menor gravidade,

ou seja, pequenos aumentos na gordura abdominal refletem risco de Doenças

Crônicas não Transmissíveis. O uso de pontos de corte com maior sensibilidade é

importante para a intervenção oportuna na saúde pública.

As variáveis do consumo alimentar e da atividade física não mostraram

associação com o desfecho em nosso trabalho. A impossibilidade de inferir

relações de causalidade devido o estudo ser do tipo transversal, no qual o desfecho

e os fatores associados são analisados simultaneamente num determinado ponto da

vida dos indivíduos, dificultam a determinação de causa e efeito que podem gerar o

viés de causalidade reversa.

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53

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57

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIOS

N° de Ordem

QUESTIONÁRIO

Condição na Família

N° de Ordem da Mãe

N° de Ordem do Pai

Sexo 1 - M 2 - F

Data de Nascime

nto Idade

Raça Cor

Religião

Grau de Instrução

Condição de Trabalho

Frequenta escola

ou creche

este

ano?

NOME D

i

a

M

ê

s

A

n

o

(em

anos

com

pleto

s)

(1) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (2) xx xx x x

x x

x x

x xx (

3

)

(4) (5) (6) (7)

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

(1)

01 deve ser o chefe da família,

mesmo que não seja o

entrevistado

(2)

1- Chefe 2- Cônjuge 3- Filho 4- Enteado 5- Outro Parente 6- Agregado 7- Emp. Doméstico

(3)

1- Branca 2- Negra 3- Parda 4- Amarela 5- Indíg

(4)

(para > de 15 anos) 1- Católica 2- Evangélica 3- Espírita 4- Testemunha de Jeová 5- Umbanda, candomblé, etc 6-Outra 7- Sem religião 8- NSA (< 15 anos)

(5)

1- Nunca frequentou/F1 Incompleto 2- F1 Completo/F2 Incompleto 3- F2 Completo/EM Incompleto 4- EM Completo 5- Superior Incompleto 6- Superior Completo ou

(6) 01- Não Trabalha 02- Desempregado 03- Empregado com Carteira 04- Empregado sem Carteira 05- Autônomo (Urbano ou Rural Produtor) 06- Biscateiro/Ambulante/Esporádico 07- Aposentado/Pensionista/Benefício

(7) 1- Sim 2- Não

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ena mais 8- NSA (< 6 anos) 9- Não Sabe

08- Estudante Trabalhando 09- Estudante-Não trabalha 88- NSA (< 6 anos) 99- Não Sabe

Nome: Nº de Ordem: Questionário:

BLOCO A – SITUAÇÃO E EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

1. QUAL A SUA OCUPAÇÃO ATUAL?

_________________________________________________________________(especificar)

OCUP

2. O (A) SR.(A) TEM ALGUMA ATIVIDADE DE TRABALHO EM QUE FICA EM CONTATO

OU RESPIRA FUMAÇAS OU FUMOS OU POEIRA, INCLUINDO FUMAÇA DE CIGARROS E

ATÉ DE SEU PRÓPRIO CIGARRO, SE FOR O CASO?

1 Sim 2 Não (Passar para a

questão 4)

3 Não trabalha (Passar para a questão

4)

CONTF

3. COM QUE TIPO DE FUMAÇAS/ FUMOS/ POEIRA, O(A) SR.(A) TEM CONTATO?

Entrevistador: Leia as alternativas.

1. Fumaça de cigarro 1 Sim 2 Não TIPOF

2. 2. Fumaças metálicas (ex: trabalho/queima de soldagem)

1 Sim 2 Não TIPOFM

3. Outras fumaças 1 Sim 2 Não TIPOFO

4. Poeira (não considerar poeira domiciliar) 1 Sim 2 Não TIPOEIRA

5. Poluição de automóveis 1 Sim 2 Não TIPOAUTO

BLOCO B – EXPOSIÇÃO SOLAR

4. O(A) SR.(A) FICA EXPOSTO AO SOL, POR PELO MENOS 30 MINUTOS

POR DIA, PELAS SEGUINTES ATIVIDADES?

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Entrevistador: Leia as alternativas.

a. Lazer / Atividade Física 1 Sim 2 Não LAZERSOL

b. Trabalho 1 Sim 2 Não TRABSOL

c. Locomoção 1 Sim 2 Não LOCOSOL

d. Atividades do lar (jardinagem, lavagem de

carro, de roupa, etc) 1 Sim 2 Não LARSOL

5. QUANDO O(A) SR.(A) ESTÁ EXPOSTO AO SOL, POR MAIS DE 30

MINUTOS, COM QUE FREQÜÊNCIA O(A) SR.(A) USA PROTETOR

SOLAR?

1 Sempre 3 Algumas vezes 5 Nunca

2 Quase sempre 4 Raramente 8 NSA (não fica

exposto ao sol) PROTETOR

6. QUANDO O(A) SR.(A) ESTÁ EXPOSTO AO SOL, POR M AIS DE 30

MINUTOS, COM QUE FREQÜÊNCIA O(A) SR.(A) USA CHAPÉU COM

ABAS, BONÉ, VISEIRA, GUARDA SOL, ETC?

1 Sempre 3 Algumas vezes 5 Nunca

2 Quase sempre 4 Raramente 8 NSA (não fica

exposto ao sol) CHAPEU

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BLOCO C – ATIVIDADE FÍSICA (Não perguntar a pessoas com deficiência física ou temporariamente

impossibilitados de praticar atividade física)

12. 7. EM QUANTOS DIAS DE UMA SEMANA COMUM O(A) SR.(A) CAMINHA

POR PELO MENOS 10 MINUTOS SEGUIDOS EM CASA, NO TRABALHO,

COMO FORMA DE TRANSPORTE PARA IR DE UM LUGAR PARA

OUTRO, POR LAZER OU COMO FORMA DE EXERCÍCIO?

Dia(s) na semana 0 Nenhum (Passe para a questão 9 e assinale 888

na questão 8) CAMINHA

13. 8. NOS DIAS EM QUE O (a) SR. (a) CAMINHA, POR PELO MENOS 10

MINUTOS SEGUIDOS, QUANTO TEMPO NO TOTAL O (a) SR.(a) GASTA

CAMINHANDO?

Horas Minutos 8 8 8 Não

caminha TEMPCAM

(Transformar em minutos)

Para responder as perguntas, de 9 a 18, pense que:

ATIVIDADES MODERADAS são aquelas que precisam de ALGUM esforço físico, fazem o(a) Sr.(a) respirar UM POUCO mais forte do que o normal e o coração bater UM POUCO mais rápido.

Alguns exemplos de atividades moderadas são: pedalar

leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica

leve, jogar vólei recreativo, carregar pesos leves, fazer

serviços domésticos na casa ou no quintal, como varrer,

aspirar, cuidar do jardim ou trabalhos como soldar, operar

máquinas, empilhar caixas etc.

9. O(A) SR.(a) FAZ ATIVIDADES MODERADAS, POR PELO MENOS 10

MINUTOS SEGUIDOS, NO TRABALHO, POR DIVERTIMENTO, POR

ESPORTE, COMO FORMA DE EXERCÍCIO, COMO PARTE DAS SUAS

ATIVIDADES DENTRO DE CASA, NO QUINTAL OU QUALQUER OUTRA

ATIVIDADE QUE AUMENTE MODERADAMENTE A SUA RESPIRAÇÃO

OU BATIMENTOS DO CORAÇÃO?

1 Sim 2 Não (Passe para a questão 12 e assinale 8 na questão 10 e

888 na questão 11) ATIVMODE

10. EM QUANTOS DIAS DE UMA SEMANA COMUM, O(A) SR.(A) FAZ

ESSAS ATIVIDADES MODERADAS, POR PELO MENOS 10 MINUTOS

SEGUIDOS?

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Dias na semana 0 Nenhum 8 NSA (Não faz

atividade moderada) DIASMODE

11. NOS DIAS EM QUE O (A) SR. (A) FAZ ESSAS ATIVIDADES

MODERADAS, POR PELO MENOS 10 MINUTOS SEGUIDOS, QUANTO

TEMPO AO TODO O (A) SR. (A) GASTA FAZENDO ESSAS ATIVIDADES?

Horas Minutos 8 8 8 NSA (Não faz

atividade

moderada)

HORAMODE

(Transformar em minutos)

ATIVIDADES VIGOROSAS são aquelas que precisam de um GRANDE

esforço físico, fazem o(a) Sr.(a) respirar MUITO mais forte do que o

normal e o coração bater MUITO mais rápido.

Alguns exemplos de atividade vigorosa são: correr,

fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido

na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos

pesados na casa, no quintal, carregar grandes pesos

ou trabalhos como usar enxada, britadeira, marreta,

machado, foice, serrote, picareta, alavanca, etc.

12. O(A) SR.(A) FAZ ATIVIDADES VIGOROSAS, POR PELO MENOS 10

MINUTOS SEGUIDOS, NO TRABALHO, POR DIVERTIMENTO, POR

ESPORTE, COMO FORMA DE EXERCÍCIO, COMO PARTE DAS SUAS

ATIVIDADES DENTRO DE CASA, NO QUINTAL OU QUALQUER OUTRA

ATIVIDADE QUE AUMENTE MUITO SUA RESPIRAÇÃO OU

BATIMENTOS DO CORAÇÃO?

1 Sim 2 Não (Passe para a questão 15 e assinale 8 e na

questão 13 e 888 na 14) )respectivamente)

ATIVIGOR

13. EM QUANTOS DIAS DE UMA SEMANA COMUM, O(A) SR.(A) FAZ

ESSAS ATIVIDADES VIGOROSAS, POR PELO MENOS 10 MINUTOS

SEGUIDOS?

Dia(s) na semana 8 NSA (Não faz

atividade vigorosa) DIASVIGOR

14. NOS DIAS EM QUE O (A) SR. (A) FAZ ATIVIDADES VIGOROSAS,

POR PELO MENOS 10 MINUTOS SEGUIDOS, QUANTO TEMPO AO

TODO O (A) SR. (A) GASTA FAZENDO ESSAS ATIVIDADES?

Horas Minutos 8 8 8 NSA (Não faz

atividade vigorosa) HORAVIGO

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62

(Transformar em minutos)

- Estas próximas questões – 15 e 16 – são sobre o tempo que o sr(a)

fica sentado ou relaxado durante um dia.

- Isto inclui o tempo de estudo, trabalho, descanso, fazendo lição de

casa, visitando um amigo, de leitura, televisão, computador, video

game.

- Não inclui o tempo gasto sentado durante o transporte em ônibus,

trem, metrô ou carro e durante as refeições principais.

15. EM MÉDIA, QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) GASTA SENTADO OU

RELAXADO DURANTE UM DIA DE SEMANA?

Horas Minutos MISENTD

(Transformar em minutos)

16. EM MÉDIA, QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) GASTA SENTADO OU

RELAXADO DURANTE UM DIA DE FINAL DE SEMANA?

Horas Minutos MISENTFD

(Transformar em minutos)

17. TEM ACADEMIA DA CIDADE (OU DA SAÚDE) PRÓXIMO À SUA

CASA?

1 Sim 2 Não ACADEMIA

18. ACHA IMPORTANTE TER?

1 Sim 2 Não ACADIMP

19. COM QUE FREQUÊNCIA O(A) SR(A) E/OU ALGUMA PESSOA DA

SUA CASA FREQUENTA A ACADEMIA DA CIDADE (OU DA SAÚDE)?

1 Uma vez na semana 2 Duas vezes na

semana 3

Três ou mais

vezes na

semana

8 Não frequenta/ não tem academia) 9 Não sabe/ não lembra FREQADEM

BLOCO D – SAÚDE BUCAL

20. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O(A) Sr.(a) VOCÊ FOI AO(À) DENTISTA?

1 Menos de 6 meses 4 Mais de 2 anos DENTIULT

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2 6 meses a < 1 ano 8 Nunca foi ao dentista

3 1 a 2 anos 9 Não sabe/ não lembra

20.a. O(A) SR.(a) USA PRÓTESE?

1 Sim, total 2 Sim, parcial 3 Não

21. O(A) Sr.(a) ESCOVA OS DENTES ANTES DE DORMIR?

USAPRO

1 Sim, todos os dias 2 Sim, às vezes 3 Não ESCOVAD

BLOCO G – ÁLCOOL

32. O SR(A) COSTUMA CONSUMIR BEBIDA ALCOOLICA?

1 Sim 2 Não 3 Parou de beber SEBEBE

4 Nunca

bebeu 9 Não quis informar

33. DURANTE OS ÚLTIMOS 30 DIAS, EM QUANTOS DIAS, POR SEMANA OU POR MÊS,

APROXIMADAMENTE, O(A) SR.(A) CONSUMIU BEBIDAS ALCOÓLICAS?

Dias por

semana Dias por

mês 00 Não

consumiu BEBESEM

BEBEMES

(Se não bebeu nos últimos 30 dias ou não quis informar, passar para a questão 37)

Nesta entrevista, consideramos como dose de bebida alcoólica: uma lata de cerveja, uma taça

de vinho, um drinque ou coquetel ou uma dose de cachaça ou uísque (LEIA ESSE TEXTO).

Sendo assim:

34. NOS DIAS EM QUE O (A) SR. (A) BEBEU, QUANTAS DOSES, EM MÉDIA, O (A) SR. (A)

INGERIU POR DIA?

Doses por dia 9 9 Não sabe DOSEDIA

35. (SÓ PARA HOMENS) NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, O SR CHEGOU A CONSUMIR 5 OU MAIS

DOSES DE BEBIDA ALCOÓLICA EM UMA ÚNICA OCASIÃO? (5 DOSES DE BEBIDA

ALCOÓLICA SERIAM 5 LATAS DE CERVEJA, 5 TAÇAS DE VINHO OU 5 DOSES DE

CACHAÇA, WHISKY OU QUALQUER OUTRA BEBIDA ALCOÓLICA DESTILADA)

1 Sim 2 Não 8 NSA

(mulher) VEZ30H5

35a EM QUANTOS DIAS DO MÊS ISTO OCORREU?

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Dias 0 0 Nenhum 8 8 NSA (mulher) DIASH5

36. (SÓ PARA MULHERES) NOS ÚLTIMOS 30 DIAS, A SRA CHEGOU A CONSUMIR 4 OU MAIS

DOSES DE BEBIDA ALCOÓLICA EM UMA ÚNICA OCASIÃO? (4 DOSES DE BEBIDA

ALCOÓLICA SERIAM 4 LATAS DE CERVEJA, 4 TAÇAS DE VINHO OU 4 DOSES DE

CACHAÇA, WHISKY OU QUALQUER OUTRA BEBIDA ALCOÓLICA DESTILADA)

1 Sim 2 Não 8 NSA

(homem) VEZ30M4

36a. EM QUANTOS DIAS DO MÊS ISTO OCORREU?

Dias 0 0 Nenhum 8 8 NSA (homem) DIASM5

BLOCO H – SAÚDE E MORBIDADE REFERIDA

37. DE UM MODO GERAL, EM COMPARAÇÃO COM PESSOAS DA SUA IDADE,

COMO O(A) SR.(A) CONSIDERA O SEU PRÓPRIO ESTADO DE SAÚDE?

Entrevistador: leia as alternativas.

1 Excelente 2 Muito Bom 3 Bom ESTSAU

4 Regular 5 Ruim

38. ALGUM MÉDICO JÁ LHE DISSE QUE O(A) SR.(A) TEM OU TEVE ALGUMAS

DAS SEGUINTES DOENÇAS?

Entrevistador: leia as alternativas.

1. Doença da coluna ou costas 1 Sim 2 Não COLUNA

2. Artrite/Reumatismo (não infeccioso)/Gota/Tendinite

1 Sim 2 Não ARTRITE

3. Doenças do coração (Infarto/Angina ou doença das

coronárias/

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Insuficiência cardíaca/Coração grande/Arritmia/

Derrame/

Outras queixas cardíacas 1 Sim 2 Não COEUR

4. Depressão 1 Sim 2 Não DEPRE

5. Asma 1 Sim 2 Não ASMA

6. Tuberculose 1 Sim 2 Não TUBERC

7. Doenças do fígado (Cirrose, Hepatite)

1 Sim 2 Não HEPATITE

8. Doença renal 1 Sim 2 Não RENAL

9. AIDS 1 Sim 2 Não AIDS

10. Outra (especifique)___ ______ _______ _____ 1 Sim 2 Não OUT

BLOCO I – PRESSÃO ARTERIAL

39. ALGUM MÉDICO OU ENFERMEIRA OU AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE JÁ MEDIU SUA PRESSÃO?

1 Sim 2 Não (Passe para a

questão 49)

3 NS/ NL (Passe para a

questão 49)

MEDIUPRESSAO

40. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE UM MÉDICO, ENFERMEIRO OU

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE MEDIU A SUA PRESSÃO?

Entrevistador: leia somente se necessário

1 Até 6 meses 3 De 1 ano até 2 anos 5 Mais de 5

anos

2 De 6 meses até

1 ano 4 De 2 anos até 5 anos 9 Não

sabe/lembra ULTMEDPA

41. ALGUM MÉDICO, ENFERMEIRO OU AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

JÁ LHE DISSE QUE O(A) SR.(A) TEM PRESSÃO ALTA?

1 Sim 2 Não (Passar para

a questão 49)

3 NS/ NL (Passe para a

questão 49)

TEMHAS

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42. EM QUANTAS CONSULTAS OU VISITAS AO/DO MÉDICO, ENFERMEIRO OU AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE, O (A) SR. (A) FOI COMUNICADO(A) QUE SUA PRESSÃO ESTAVA ALTA?

Entrevistador: leia as alternativas.

1 Uma consulta/visita (Passe

para a questão 49)

3 Três ou mais

consultas/visitas

2 Duas consultas/visitas 8 NSA

pressão

alta)

9 Não

sabe/lembra CONSUHAS

43. DEPOIS QUE DISSERAM QUE O(A) SR.(A) TEM PRESSÃO ALTA, ALGUM

PROFISSIONAL DE SAÚDE DISSE QUE O(A) SR.(A) DEVERIA:

Mudar alimentação ( diminuir o sal) 1 Sim 2 Não 3 Não

sabe/Não

lembra

MENORSAL

Fazer atividade física 1 Sim 2 Não 3 Não

sabe/Não

lembra

FAZERAF

Usar medicação 1 Sim 2 Não 3 Não

sabe/Não

lembra

RECREMED

44. ATUALMENTE, O(A) SR.(A) ESTÁ SEGUINDO

Orientação alimentar 1 Sim 2 Não 3 Não

sabe/Não

lembra

SEGUESAL

Fazer atividade física 1 Sim 2 Não 3 Não

sabe/Não

lembra

SEGUEAF

Usar medicação 1 Sim 2 Não 3 Não

sabe/Não

lembra

SEGUEMED

45. COMO NORMALMENTE O (A) SR(A) CONSEGUE A MEDICAÇÃO PARA CONTROLAR A PRESSÃO ALTA?

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1 Unidade de saúde do SUS 4 Parte compra e parte

recebe

2 Farmácia popular

(Programa Governo)

Federal

8 Não usa medicação/Não

sabe

CONSRPA

3 Farmácia convencional 9 Não tem pressão alta

46. ATUALMENTE, QUANDO SEU REMÉDIO ACABA E ELE ESTÁ EM FALTA

NO SERVIÇO PÚBLICO COMO POSTO DE SAÚDE, HOSPITAL, FARMÁCIA

POPULAR, ETC, O(A) SR.(A):

Entrevistador: Leia as alternativas. (NSA: Não usa ou, está tomando a medicação)

1. Para de tomar o remédio 1 Sim 2 Não 8 NSA PARAREM

2. Compra, mesmo com dificuldades 1 Sim 2 Não 8 NSA COMPRA

3. Pede a amigos/parentes que

comprem p/ o Sr.(a) 1 Sim 2 Não 8 NSA PEDEAMIGO

4. Pede ao médico para mudar a

receita 1 Sim 2 Não 8 NSA MUDARECEITA

5. Nunca falta 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando NAOFALTA

6. Outros

(especifiqu_______________________ 1 Sim 2 Não 8 NSA OUTROREM

47. PORQUE NÃO ESTÁ TOMANDO O REMÉDIO PRESCRITO PARA

CONTROLE DA PRESSÃO?

Ent: Não leia as alternativas (Pode ter mais de uma resposta) (NSA: Não

usa ou, está tomando e medicação)

1.Médico não renovou receita 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando MEDNREN

2.Médico mandou parar 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando MEDPARAR

3.Ficou curado 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando MEDCURAR

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4.Acabou o remédio (no posto) 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando MEDCABO

5.É muito caro 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando MEDCARO

6. Remédio fez mal 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando MEDMAL

6.Outro (_____________________) 1 Sim 2 Não 8 NSA /está

tomando OUTROMED

48. O (A) SR. (A) FREQUENTA ALGUMA UNIDADE DE SAÚDE (PROGRAMA HIPERDIA) PARA ACOMPANHAMENTO DA PRESSÃO?

1 Sim 2 Não 9 Não sabe INSCRHAS

BLOCO J – COLESTEROL/TRIGLICERIDES

49. ALGUMA VEZ O(A) SR.(A) FEZ EXAME DE SANGUE PARA MEDIR O SEU

COLESTEROL/TRIGLICERÍDEO?

1 Sim 2 Não (Passe para a

questão 51)

9 NS/NL (Passe para a

questão 51)

EXAMECOL

50. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O (A) SR. (A) FEZ EXAME PARA MEDIR O SEU

COLESTEROL/TRIGLICERÍDEO?

Entrevistador: leia as alternativas

1 = ou - de 6 meses 2 + de 6 meses até 1

ano 3 + de 1 ano até 2 anos

4 + de 2 anos até 5

anos 5 + de 5 anos 9 NS/NL ULTCOL

51. ALGUM MÉDICO, ENFERMEIRO OU NUTRICIONISTA JÁ LHE DISSE QUE O(A) SR.(A) TEM

COLESTEROL/TRIGLICERÍDEO ALTO?

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COLESTEROL 1 Sim 2 Não 8 Não fez exame 9 NS/NL ALTOCOL

TRIGLICERÍDEO 1 Sim 2 Não 8 Não fez exame 9 NS/NL ALTOGLI

(se NÃO ou Não sabe/não lembra, passar para a questão 60 – BLOCO K )

52. DEPOIS QUE DISSERAM QUE O(A) SR.(A) TEM O COLESTEROL/TRIGLICERÍDEO ALTO, ALGUM

PROFISSIONAL DE SAÚDE LHE ORIENTOU:

Mudanças na alimentação 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não tem col./trig.

alto) ALCOLTRI

Atividade física 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não tem col./trig.

alto) AFCOLTRI

Remédio para colesterol 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não tem col alto) REMCOL

Remédio para triglicerídeo 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não tem trig alto) REMTRIG

53. QUEM ORIENTOU AS MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO? (Marcar até 2 opções)

1 Educador físico 3 Enfermeiro 5 Outro profissional

2 Médico 4 Nutricionista 8 NSA(sem alteração/sem

orientação) ALIORIENQ

54. QUEM ORIENTOU A ATIVIDADE FÍSICA? (Marcar até 2 opções)

1 Educador

físico 3 Enfermeiro 5 Nutricionista

2 Médico 4 Outro

profissional 8 NSA(sem alteração/sem

orientação) AFORIENQ

55. O(A) SR.(A) ESTÁ SEGUINDO ESSAS ORIENTAÇÕES?

Entrevistador: leia as alternativas.

Mudanças na

alimentação 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não teve

orientação) MUALICOL

Atividade física 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não teve

orientação) AFCOLES

Remédio para

colesterol 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não teve

orientação) REMCOL

Remédio para

triglicerídeo 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não teve

orientação) REMTRIG

56. COMO NORMALMENTE O(A) SR.(A) CONSEGUE A MEDICAÇÃO PARA CONTROLAR O

COLESTEROL?

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70

1 Unidade de saúde do SUS 4 Outro

2 Farmácia popular (Programa Governo)

Federal 8 NSA (Não teve orientação/ não toma)

3 Farmácia convencional 9 Não Sabe/ Não quis responder CONSRCOL

57. COMO NORMALMENTE O(A) SR.(A) CONSEGUE A MEDICAÇÃO PARA CONTROLAR O

TRIGLICERÍDEO?

1 Unidade de saúde do SUS 4 Outro

2 Farmácia popular (Programa Governo)

Federal 8 NSA (Não teve orientação/ não toma)

3 Farmácia convencional 9 Não Sabe/ Não quis responder CONSRTRI

58. ATUALMENTE, QUANDO SEU REMÉDIO ACABA E ELE ESTÁ EM FALTA NO SERVIÇO PÚBLICO

COMO POSTO DE SAÚDE, HOSPITAL, FARMÁCIA POPULAR, ETC., O(A) SR.(A):

Entrevistador: Leia as alternativas.

1. Pára de tomar o remédio 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) PARAREMCT

2. Compra, mesmo com dificuldades 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) COMPRACT

3. Pede a amigos/parentes que

comprem 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) PEDEAMICT

4. Pede ao médico para mudar a

receita 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) MUDARECT

5. Nunca falta 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) NAOFALTACT

6. Outros 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) OUTROREMCT

59. SE O SR.(A) NÃO ESTÁ TOMANDO O(S) REMÉDIO PRESCRITOS PARA O CONTROLE DO

COLESTEROL/TRICLICERÍDEO ATUALMENTE, POR QUE O(A) SR.(A) NÃO ESTÁ TOMANDO?

Entrevistador: Leia as alternativas, pode ter mais de uma resposta.

1. Médico não renovou

receita 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

prescrito/toma) MEDNRECC

2. Médico mandou parar 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

prescrito/toma) MEDPARARC

3. Porque ficou curado 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

prescrito/toma) CURAC

4. Acabou o remédio 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não ACABAREMC

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71

prescrito/toma)

5. É muito caro 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

prescrito/toma) CAROC

6. Remédio fez mal 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

prescrito/toma) REMEDMALC

7. Outro (especifique): 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

prescrito/toma) OUTROC

BLOCO K – DIABETES

60. ALGUMA VEZ O(A) SR.(A) FEZ EXAME PARA MEDIR O AÇÚCAR NO SANGUE (GLICEMIA)

OUDIAGNOSTICAR DIABETES?

1 Sim 2 Não (Passe para a

questão 62)

9 NS/NL (Passe para a

questão 62)

EXAMEDIAB

61. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O (A) Sr. (A) FEZ EXAME PARA MEDIR O SEU DIABETES?

Entrevistador: leia as alternativas

1 = ou - de 6 meses 2 + de 6 meses até 1

ano 3 + de 1 ano até 2 anos

4 + de 2 anos até 5

anos 5 + de 5 anos 6 Nunca fez 9 NS/NL ULTDIAB

62. ALGUM MÉDICO, ENFERMEIRO OU AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE JÁ LHE DISSE QUE O(A)

SR.(A) TEM DIABETES?

1 Sim 2 Não (Passe para a questão

72)

8 NS/NL (Passe para a

questão 72)

TEMDIAB

63. DEPOIS QUE DISSERAM QUE O(A) SR.(A) TEM DIABETES (A), ALGUM PROFISSIONAL DE SAÚDE

LHE ORIENTOU?

Mudanças na alimentação 1 Sim 2 Não DIEDIAB

Atividade física 1 Sim 2 Não AFDIAB

Remédio/Insulina 1 Sim 2 Não INSUDIAB

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72

64. QUEM ORIENTOU AS MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO? (Marcar até 2 opções)

1 Educador

físico 3 Enfermeiro 5 Nutricionista

2 Médico 4 Outro

profissional 8 Não teve orientação ORALIDIAB

65. QUEM ORIENTOU A ATIVIDADE FÍSICA? (Marcar até 2 opções)

1 Educador

físico 3 Enfermeiro 5 Nutricionista

2 Médico 4 Outro profissional 8 Não teve orientação ORAFDIAB

66. O(A) SR.(A) ESTÁ SEGUINDO ESSAS ORIENTAÇÕES?

Entrevistador: leia as alternativas.

Mudanças na

alimentação 1 Sim 2 Não 8 Não teve orientação SEGALIDIA

Atividade física 1 Sim 2 Não 8 Não teve orientação SEGAFDIA

Remédio / Insulina 1 Sim 2 Não 8 Não teve orientação SEGREDIA

67. POR QUE NÃO ESTÁ SEGUINDO AS MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO?

1. Os alimentos da dieta são

caros 1 Sim 2 Não 8

(segue/não tem

orient.) ALIDIACAR

2. Não gosta de adoçante 1 Sim 2 Não 8 (segue/não tem

orient.) ADOCRUIM

3. Sente muita fome 1 Sim 2 Não 8 (segue/não tem

orient.) DIABFOME

4. A comida não é saborosa 1 Sim 2 Não 8 (segue/não tem

orient.) ALDIARUIM

5. Outro (especifique): 1 Sim 2 Não 8 (segue/não tem

orient.) DIEDIAOUT

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68. COMO NORMALMENTE O(A) SR.(A) CONSEGUE A MEDICAÇÃO PARA CONTROLAR A DIABETES?

1 Unidade de saúde do SUS 4 Outro

2 Farmácia popular (Programa Governo)

Federal 8 Não prescrito/Não toma

3 Farmácia convencional 9 Não Sabe/ Não quis

responder CMEDDIAB

69. ATUALMENTE, QUANDO SEU REMÉDIO ACABA E ELE ESTÁ EM FALTA NO SERVIÇO PÚBLICO

COMO POSTO DE SAÚDE, HOSPITAL, FARMÁCIA POPULAR, ETC., O(A) SR.(A):

Entrevistador: Leia as alternativas.

1. Pára de tomar o remédio 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) PAREDIAB

2. Compra, mesmo com dificuldades 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) COMPRDI

3. Pede a amigos/parentes que

comprem 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) PEDREDI

4. Pede ao médico para mudar o

remédio 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) PEDREMU

5. Nunca falta 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) REMDIANF

6. Outros 1 Sim 2 Não 8 NSA (Não

usa) REMDIAOU

70. SE O(A) SR.(A) NÃO ESTÁ TOMANDO O(S) REMÉDIO PRESCRITOS PARA O CONTROLE DO

DIABETES ATUALMENTE, POR QUE O(A) SR.(A) NÃO ESTÁ TOMANDO?

Entrevistador: Leia as alternativas, pode ter mais de uma resposta.

1. Médico não renovou receita 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) MNRRDIA

2. Médico mandou parar 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) MMPRDIA

3. Porque ficou curado 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) CURADIA

4. Acabou o remédio 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) ACREDIA

5. É muito caro 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) CARREDIA

6. Remédio fez mal 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) MALREDIA

7. Outro (especifique): 1 Sim 2 Não 8 NSA (Está tomando) OUTREDIA

71. O (A) SR. (A) ESTÁ INSCRITO(A) PARA ACOMPANHAMENTO DA DIABETES EM ALGUMA UNIDADE

DE SAÚDE (PROGRAMA HIPERDIA)?

1 Sim 2 Não 3 Não sabe HIPERDIAB

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BLOCO L – EXCESSO DE PESO

72. ALGUMA VEZ O(A) SR.(A) TEVE SEU PESO E/OU ALTURA VERIFICADOS EM UM SERVIÇO DE

SAÚDE?

1 Sim 2 Não (Passe para a

questão 74)

9 NS/NL (Passe para a

questão 74)

FOIPESO

73. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O (A) SR. (A) TEVE SEU PESO VERIFICADOS EM UM SERVIÇO DE

SAÚDE?

Entrevistador: leia as alternativas

1 Até 6 meses 2 De 6 meses até 1

ano 3 De 1 ano até 2 anos

4 De 2 anos até 5 anos 5 Mais de 5 anos 9 Não

sabe QUANPESO

74. ALGUM MÉDICO, ENFERMEIRO OU AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE JÁ LHE DISSE QUE O(A)

SR.(A) TEM EXCESSO DE PESO OU OBESIDADE?

1 Sim 2 Não (Passe para a

questão 81)

8 NS/NL (Passe para a

questão 81)

TEMPESO

75. DEPOIS QUE DISSERAM QUE O(A) SR.(A) TEM EXCESSO DE PESO OU OBESIDADE, ALGUM

PROFISSIONAL DE SAÚDE LHE ORIENTOU?

Mudanças na

alimentação 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/não lembra ALIPESO

Atividade física 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/não lembra AFPESO

Uso de Medicação 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/não lembra REMPESO

76. QUEM ORIENTOU AS MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO? (Marcar até 2 opções)

1 Educador

físico 3 Enfermeiro 5 Nutricionista

2 Médico 4 Outro profissional 8 Não foi orientado ORIALPESO

77. QUEM ORIENTOU A ATIVIDADE FÍSICA? (Marcar até 2 opções)

1 Educador físico 3 Enfermeiro 5 Nutricionista

2 Médico 4 Outro profissional 8 Não foi orientado ORIAFPESO

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75

78. O(A) SR.(A) ESTÁ SEGUINDO ESSAS ORIENTAÇÕES?

Entrevistador: leia as alternativas.

Mudanças na

alimentação 1 Sim 2 Não 8 Sem orientação SEGALIPES

Atividade física 1 Sim 2 Não 8 Sem orientação SEGAFPES

Uso de medicação 1 Sim 2 Não 8 Sem orientação SEPREPES

79. SE “NÃO” PARA AS MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO, POR QUE NÃO ESTÁ SEGUINDO?

1. Os alimentos da dieta são

caros 1 Sim 2 Não 3 NSA/Sem orientação ALCAPESO

2. Não gosta de adoçante 1 Sim 2 Não 3 NSA/Sem orientação ADOCPESO

3. Sente muita fome 1 Sim 2 Não 3 NSA/Sem orientação FOMEPES

4. A comida não é saborosa 1 Sim 2 Não 3 NSA/Sem orientação SABOPES

5. Outro (especifique): 1 Sim 2 Não 3 NSA/Sem orientação NOUTPES

80. O (A) SR. (A) ESTÁ INSCRITO(A) PARA ACOMPANHAMENTO DO EXCESSO DE PESO OU

OBESIDADE EM ALGUMA UNIDADE DE SAÚDE?

1 Sim 2 Não 3 Não sabe, não lembra INSSEPES

BLOCO M – CÂNCER

81. ALGUM MÉDICO JÁ DISSE QUE O(A) SR.(A) TEM OU JÁ TEVE CÂNCER?

1 Sim 2 Não 9 Não sabe/não

lembra TEVECAN

Se Não ou NS/NL, passe para a questão 85

82. QUAL ERA A LOCALIZAÇÃO DESTE CÂNCER NA ÉPOCA DO DIAGNÓSTICO?

1 Mama 5 Tireóide 9 Pele

2 Útero 6 Esôfago, Estomago,

Intestino 10 Cabeça/pescoço

3 Ovário 7 Pâncreas, Fígado 11 Outro CANCER1

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76

4 Próstata 8 Leucemia CANCER2

83. QUAL ERA A SUA IDADE QUANDO DISSERAM QUE O(A) SR.(A) TEM/TINHA ESTE CÂNCER?

Anos 8 8 Não tem/teve CANIDAD

84. O(A) SR.(A) FEZ/ FAZ TRATAMENTO PARA ESTE CÂNCER?

1 Sim 2 Não 9 Não tem/teve TRATCAN

85. ALGUM PARENTE TÊM OU JÁ TEVE CÂNCER?

1. Pai 1 Sim 2 Não 3 Não sabe CAPAI

2. Mãe 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAMAE

3. Avô materno 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAVOM

4. Avó materna 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAVAM

5. Avô paterno 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAVOP

6. Avó paterna 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAVAP

7. Tio (a) 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CATIAO

8. Irmão/irmã 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAIRMO

9. Outros: 1 Sim

2 Não

3 Não sabe CAOUTRO

BLOCO N – CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMA E USO DE HORMÔNIOS

(Apenas para mulheres com 50 anos ou mais)

Se mulher abaixo de 50 anos, passar para 105

Homens acima de 50 passar para 109

Homens abaixo de 50 passar para 113

86- COM QUE IDADE MENSTRUOU PELA 1º VEZ?

Anos 99 Não sabe/não lembra IDMENRC

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77

87- A SRA JÁ ESTEVE GRÁVIDA?

1 Sim 2 Não (Passar para a questão 90) ESTGRV

88- COM QUE IDADE ENGRAVIDOU A PRIMEIRA VEZ?

anos 99 Não sabe/não lembra IDADGRV

89- QUANTAS VEZES ENGRAVIDOU?

VEZES XGRAVIDA

Gravidez atual GRAVA

Abortos (< 28 semanas de gestação) ABORTOSA

Nascidos mortos ( 28 semanas de gestação) NASCMORTOA

Nascidos vivos NASCVIVOA

Nascidos de parto normal PNORMALA

Nascidos de parto cesáreo PCESAREOA

Mortos após o nascimento MORTAPOSA

Vivos atualmente VIVOSA

90- A SRA., ALGUMA VEZ, FEZ EXAME PREVENTIVO? (para prevenção de câncer de colo)

1 Sim 2 Não (Passar para a

questão 93)

3 Não sabe (Passar para a

questão 93)

PREVENT

91- QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE A SRA. FEZ O EXAME PREVENTIVO?

Entrevistador: Leia se necessário.

1 Nos últimos 12 meses 3 Mais de 2 anos 8 Não teve relações

2 Entre 1 e 2 anos 9 Não sabe/lembra QUANPREV

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92- NA ÚLTIMA VEZ QUE A SRA. FEZ O EXAME PREVENTIVO, A SRA. USOU O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

(SUS)?

1 Sim 2 Não 3 Nãosabe/não lembra PREVSUS

93- ALGUMA VEZ FEZ EXAME DE PREVENÇÃO DE CÂNCER DE MAMA?

1 Sim 2 Não (Passar para a

questão 102)

9 NS/NL (Passar para a

questão 102)

CAMAMA

94- SE FEZ EXAME DE PREVENÇÃO CÂNCER DE MAMA, QUAIS O(S) MÉTODO(S) UTILIZADO? (LEIA AS

OPÇÕES)

Autoexame (exame que a mulher

apalpa

a sua própria mama, procurando

nódulos ou caroço) 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/lembra EXAUTO

Exame clínico (exame no qual o

médico

ou enfermeiro apalpa as mamas pra

procurar algum possível problema) 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/lembra EXCLINI

Ultrassonografia da mama (exame

no

qual o médico aplica um gel sobre a

mama e observa as imagens numa

tela) 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/lembra EXULTRA

Mamografia (exame de raio-x ou

chapa

das mamas para detectar algum

possível

problema) 1 Sim 2 Não 9 Não sabe/lembra EXMAMO

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95- COM QUE FREQUÊNCIA EM GERAL A SRA. FAZ O AUTO - EXAME DE MAMA?

1 Pelo menos 1 vez por

mês 3 De 3 meses até 6 meses 6 Só uma vez

2 De 1 mês até 3 meses 4 Mais de 6 meses 8 Não faz

5 Variável 9 Não sabe FREQEXAM

96. QUANDO UM MÉDICO OU ENFERMEIRO FEZ O EXAME CLÍNICO DAS SUAS MAMAS PELA ÚLTIMA

VEZ?

1 Até 1 ano 5 De 6 anos até 10 anos

2 De 1 até 2 anos 6 Mais de 10 anos

3 De 2 anos até 4 anos 8 NSA (Não fez exame)

4 De 4 anos até 6 anos 9 Não sabe ULTEXMAMA

97- NA ÚLTIMA VEZ QUE UM MÉDICO OU ENFERMEIRO FEZ O EXAME CLÍNICO DAS SUAS MAMAS, A

SENHORA ESTAVA SENDO ATENDIDA PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)?

1 Sim 2 Não 3 Não fez o exame EXCLIMAMA

98. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE A SRA FEZ UM ULTRASSOM DE MAMAS?

1 Até 1 ano 5 De 6 anos até 10 anos

2 De 1 até 2 anos 6 De 10 anos

3 De 2 anos até 4 anos 8 Não fez exame

4 De 4 anos até 6 anos 9 Não sabe/não lembra ULTEXSONO

99. NA ÚLTIMA VEZ QUE A SRA FEZ ULTRASSOM DE MAMAS, USOU O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

(SUS)?

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80

1 Sim 2 Não 3 Não fez o exame SONOSUS

100. QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE A SRA FEZ UMA MAMOGRAFIA?

1 Menos de 1 ano 5 Mais de 6 até 10 anos

2 De 1 a 2 anos 6 Mais de 10 anos

3 De 2 a 4 anos 8 Não fez exame

4 De 4 a 6 anos 9 Não sabe ULTIMAMO

101. NA ÚLTIMA VEZ QUE A SRA FEZ A MAMOGRAFIA, USOU O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)?

1 Sim 2 Não 8 Não fez o exame MAMOSUS

102. A SRª FEZ LAQUEADURA (ligou as trompas)?

1 Sim 2 Não 8 Não sabe LAQUEA

103. A SRA. JÁ FEZ ALGUMA CIRURGIA PARA RETIRADA DE ÚTERO E OVÁRIOS?

1 Sim 2 Não CIRURGIA

104- SE FEZ ESSE TIPO DE CIRURGIA, A SRA. RETIROU

1 Só útero 3 Útero e 2

ovários 5 2 ovários

2 Útero e 1 ovário 4 Só 1 ovário 8 Não fez cirurgia RETIROU

LEIA PARA A ENTREVISTADA:

MENOPAUSA É A PARADA DA MENSTRUAÇÃO POR PELO MENOS 12 MESES SEGUIDOS.

105. A SRA JÁ ENTROU NA MENOPAUSA?

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81

1 Sim 2 Não (Passar para a questão

113)

8 Não sabe (Passar para a

questão 113)

MENOP

106. COM QUE IDADE A SRA ENTROU NA MENOPAUSA?

Anos 99 Não sabe/não lembra IDMENRC

107. SE JÁ ENTROU NA MENOPAUSA, FOI NATURAL OU APÓS CIRURGIA (RETIRADA DO ÚTERO OU DOS

OVÁRIOS)?

1 Natural 2 Após cirurgia MENOP

Os sintomas da menopausa são: ondas de calor seguidas por ondas de frio, suadeira, palpitações, nervosismo, ardência ou secura na vagina.

Algumas vezes, os médicos receitam medicamentos para o tratamento dos sintomas. Esses

medicamentos, chamados de hormônios de reposição, podem ser usados em forma de gel para passar

no corpo, em forma de adesivo ou em forma de comprimidos ou cremes vaginais:

108. A SRA USA OU JÁ USOU ALGUM MEDICAMENTO DESTE TIPO?

1 Sim 8 Não entrou na menopausa USHORMO

2 Não 9 Não sabe

BLOCO O – CÂNCER DE PRÓSTATA (Apenas para homens maiores de 50 anos).

109. O SR TEM QUEIXAS OU PROBLEMAS URINÁRIOS (URINA

COM DIFICULDADE, URINA MUITAS VEZES NO DIA, URINA COM

SANGUE, URINA DE FORMA INCOMPLETA)?

1 Sim 2 Não URINAPROBL

110. O SR JÁ FEZ ALGUM EXAME PARA AVALIAR A SITUAÇÃO DA PRÓSTATA?

1 Sim 2 Não (Passar para a

questão 112)

8 Não conhece/NS

(Passar para 113)

113)

EXCLIPROST

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82

111. SE SIM, QUAL(IS)?

1 PSA 5 USG + TOQUE

2 TOQUE

PROST. 6 PSA +USG

3 PSA +

TOQUE 7 PSA + TOQUE + USG

4 USG 8 NSA 9 Não sabe/

não lembra EXPROQUAL

112. SE NÃO FAZ O EXAME, POR QUE?

1. Considera

desnecessário 1 Sim 2 Não 8 Faz

exame 9 Não

sabe CDESNECES

2. Dificuldade para

realizar pelo SUS 1 Sim 2 Não 8 Faz

exame 9 Não

sabe CSPNAOEXAM

3. O(s) exame(s) é(são)

caro(s) 1 Sim 2 Não 8 Faz

exame 9 Não

sabe CEXAMECARO

4. Não existe

especialista no local 1 Sim 2 Não 8 Faz

exame 9 Não

sabe CNESPECIALIST

5. Não foi solicitado 1 Sim 2 Não 8 Faz

exame 9 Não

sabe CEXNAOSOL

6. Outro (especifique): 1 Sim 2 Não 8 Faz

exame 9 Não

sabe COUTRPROST

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83

BLOCO P – CONDIÇÃO FUNCIONAL

113. O (A) SR(A) TEM ALGUMA LIMITAÇÃO OU DIFICULDADE PARA FAZER AS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA (DO DIA A DIA)?

1 Sim 2 Não (Passe para a

questão 115)

9 Não Sabe/lembra INCAPAZ

114. QUAL OU QUAIS AS SUAS PRINCIPAIS LIMITAÇÕES OU DIFICULDADES?

1. Cansaço, mal estar geral 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe CANSAÇO

2. Depressão, ansiedade ou problema

emocional 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe DEPREANSIED

3. Dor de cabeça/enxaqueca 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe ENXAQUECA

4. Dificuldade de respirar/condição pulmonar 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe DIFRESPIRAR

5. Dificuldade p/ andar, mover membros

inferiores 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe DIFANDAR

6. Dificuldade p/ movimentar braços, mãos 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe DIFMOVER

7. Fraturas ou lesões nas articulações (ou

juntas) 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe FRATURA

8. Problemas de audição 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe AUDIÇAO

9. Problemas de coluna 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe COLUNA

10. Problemas de visão 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe VISAO

11. Outras limitações (especifique):

______________________ 1 Sim 2 Não 9 Não

sabe OUTLIMITA

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84

BLOCO Q – ACESSO AOS SERVIÇOS SE SAÚDE

115. QUAL É OU SERIA O SERVIÇO MAIS PRÓXIMO QUE O (A) SR(A) UTILIZA / UTILIZARIA SE

TIVER UM DOS SEGUINTES PROBLEMAS OU SE PRECISAR FAZER PREVENÇÃO?

115.a SERVIÇO 115.b

CIDADE 115.c

TRANSPORTE

PROBLEMA / PREVENÇÃO

(1) USF (Posto de

saúde)

(2) UPA

(3) Policlínica

(4) Hospital Público

(5) Clínica Privada

(6) Hospital Privado

(7)

Outro:____________

(8) Não Sabe

(1)Onde

mora

(2)Cidade

próxima

(3)Capital

(4)Não sabe

(1) A pé/bicicleta

(2) Animal

(3) Carro/ônibus/moto

(4) Outros

(9)Não sabe

1. PRESSÃO ALTA

2. DIABETES

3. CÂNCER DE COLO OU MAMA

4. PROBLEMA DO CORAÇÃO

5. EXCESSO DE PESO

6. COLESTEROL/TRIGLICERIDEO

ELEVADOS

7. PROBLEMA DE PRÓSTATA

8. PROBLEMA RENAL

9. PROBLEMAS PSICOLÓGICOS

UESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR (QFA) - (OBS: Excluir gestantes e lactantes)

ALIMENTOS QUANTAS VEZES VOCÊ COME UNIDADE

CEREAIS E DERIVADOS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Arroz

Arroz integral

Pão francês branco

Pão integral

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85

Pães de forma, pães para

hambúrguer ou hot dog, pães

doce.

Bolacha tipo cream cracker

Bolacha integral

Milho (cuscuz e outros derivados)

Macarrão

Aveia

RAÍZES E TUBERCULOS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Batata inglesa

Batata frita

Batata doce

Farinha de mandioca

Macaxeira

Inhame

Tapioca

LEGUMINOSAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Feijão (mulatinho, carioquinha,

preto)

Feijão verde e macassar

Soja

Amendoim natural/ salgado

Castanhas, nozes, amêndoas

(natural/ salgado)

Amendoim ou castanha tipo

japonês/ cobertura caramelizada

ou outras

PRODUTOS LÁCTEOS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Leite integral

Leite desnatado ou semi

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desnatado

Leite ou extrato de soja (Ex:Ades)

Creme de leite

Iogurte integral

Iogurte light

Requeijão integral

Requeijão light

Queijos coalho, prato, mussarela,

manteiga

Queijos ricota, minas, coalho light

CARNES, PESCADOS e OVOS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Carne bovina guisada

Carne bovina assada no forno/

grelhada

Carne bovina frita

Charque/ carne de sol

CARNES, PESCADOS e OVOS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Carne de porco

Fígado, miúdo de frango, boi ou

porco

Galinha sem pele assada no forno/

grelhada

Galinha c/pele ou frita ou guisada

Peixe ao molho

Peixe assado (no forno)

Peixe frito

Frutos do mar

Atum/sardinha em conserva

Mortadela, presunto, lingüiça,

salsicha

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Carne em conserva (enlatada)

Empanado

Toucinho/ bacon

Ovo (galinha) cozido

Ovo (galinha) frito

VERDURAS E LEGUMES N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Salada crua (folhas, tomate, cebola,

pepino)

Salada cozida (na água ou vapor)

Chuchu

Cenoura

Jerimum

Quiabo/ maxixe

Vagem

Couve flor/ repolho/ Acelga

Espinafre/ couve folha/ brócolis

Beterraba

FRUTAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Banana

Laranja

Acerola

Maracujá

Manga

Maçã

Mamão

Abacate

Goiaba

Melão

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Jaca

Melancia

Uva

Siriguela

Abacaxi

Umbu

Cajá

Pinha

Pêra

FRUTAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Graviola

Caju

Carambola

Tamarindo

Morango/ Kiwi

Frutas em calda ou cristalizadas

GORDURAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Margarina

Manteiga

Maionese

Maionese light

Azeite

AÇÚCARES/GULOSEIMAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Açúcar

Achocolatado

Balas e doces

Mel/ Rapadura

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Pudim/ Manjar/ Sorvetes/

Chocolate

MISCELÂNEAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Salgadinhos de pacote

(industrializ.)

Salgadinho de forno

Coxinha/Empada/Risole/Pastel

Pizza/ Sanduíche/McDonalds

Ketchup/mostarda

Biscoito tipo maisena e Maria

Biscoito com recheio ou

amanteigado

Bolo simples caseiro

Misturas para bolo (bolo de

padaria)

Bolo com cobertura e tortas

Macarrão instantâneo (miojo)

Barras de cereal

Cereais matinais açucarados

BEBIDAS N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A

Café

Chá

Refrigerante

Refrigerante light

Cerveja

Vinho

Pinga/ Uísque

Água de côco

Suco de frutas sem açúcar (fruta

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natural)

Suco de frutas com açúcar (fruta

natural)

Suco artificial (em pó ou garrafa

ou caixa)

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ANEXO A - DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

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ANEXO B - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP