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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
Dissertação de Mestrado
Os serviços de saúde da zona rural de Pelotas: uma avaliação técnica comparada com a visão do usuário
Ana Carolina Oliveira Ruivo
Pelotas, 2017
Ana Carolina Oliveira Ruivo
Os serviços de saúde da zona rural de Pelotas: uma avaliação técnica comparada com a visão do usuário
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Epidemiologia.
Orientadora: Profa. Dr. Mariângela Freitas da Silveira
Coorientador: Prof. Dr. Bruno Pereira Nunes
Pelotas, 2017.
Ana Carolina Oliveira Ruivo
Os serviços de saúde da zona rural de Pelotas: uma avaliação técnica comparada com a visão do usuário
Dissertação de Mestrado aprovada, como requisito parcial, para obtenção do grau de Mestre em Epidemiologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas.
Data da Defesa: 14/02/2017
Banca examinadora:
........................................................................................................................................ Prof. Dr. Mariângela Freitas da Silveira (Orientadora) Doutor em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas ........................................................................................................................................ Prof. Dr. Iná da Silva dos Santos Doutor em Clínica Médica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul ......................................................................................................................................... Prof. Dr. Elaine Thumé Doutor em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas
SUMÁRIO
1 PROJETO DE PESQUISA ................................................................................ 5
2 ALTERAÇÕES DO PROJETO ......................................................................... 80
3 RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO ...................................................... 83
4 RELATÓRIO DO SUBESTUDO ....................................................................... 173
5 ARTIGO ORIGINAL .......................................................................................... 182
6 NOTA PARA IMPRENSA ................................................................................. 210
1 PROJETO DE PESQUISA
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Faculdade de Medicina
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia Departamento de Medicina Social
Projeto de Pesquisa
Avaliação dos serviços de saúde da zona rural de Pelotas: uma avaliação técnica comparada com a visão do usuário
Ana Carolina Oliveira Ruivo
Pelotas, 2015
7
Ana Carolina Oliveira Ruivo
Avaliação dos serviços de saúde da zona rural de Pelotas: uma avaliação técnica comparada com a visão do usuário
Projeto de Pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, como requisito para a sua qualificação.
Orientadora: Profa. Dr. Mariângela Freitas da Silveira
Pelotas, 2015.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Modelo Hierárquico ................................................................................. 25
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Variáveis independentes ...................................................................... 29
Quadro 2: Cálculo tamanho de amostra para prevalência de satisfação com a
UBS ........................................................................................................................... 33
Quadro 3: Cálculo tamanho de amostra para satisfação com consulta............. 34
Quadro 4: Cálculo tamanho de amostra para associações. ................................ 34
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ................................................................. 13
1.2 A RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E RESULTADO ...................................... 17
1.3 O PCATOOL-BRASIL ...................................................................................... 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 19
2.1 USO DO PCATOOL VERSÃO PROFISSIONAIS PARA AVALIAÇÃO DE
SERVIÇOS DE SAÚDE ......................................................................................... 20
2.2 A PERCEPÇÃO DOS PACIENTES E PROFISSIONAIS NA AVALIAÇÃO DOS
SERVIÇOS DE SAÚDE ......................................................................................... 21
3 MODELO TEÓRICO .............................................................................................. 25
4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 26
5 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 27
5.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 27
6 HIPÓTESES ........................................................................................................... 28
7 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DO DESFECHO ..................................................... 29
8 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES ............................................... 29
8.1 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS DO DESFECHO ...................... 30
9 METODOLOGIA .................................................................................................... 31
9.1 METODOLOGIA DO SUBESTUDO ................................................................. 31
9.2 METODOLOGIA DO ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ........................... 32
9.3 JUSTIFICATIVA DO DELINEAMENTO ........................................................... 32
9.4 ELEGIBILIDADE .............................................................................................. 32
9.5 TAMANHO DE AMOSTRA .............................................................................. 33
9.6 SELEÇÃO DA AMOSTRA ............................................................................... 34
9.7 ESTUDO PILOTO ............................................................................................ 35
9.8 SELEÇÃO E TREINAMENTO DOS ENTREVISTADORES ............................. 36
9.9 LOGÍSTICA DO TRABALHO DE CAMPO ....................................................... 36
9.10 CONTROLE DE QUALIDADE........................................................................ 37
11
9.11 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................ 38
10 ASPECTOS ÉTICOS ........................................................................................... 39
11 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................... 39
12 ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO ................................................................... 39
13 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES ................................................................... 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
ANEXOS ................................................................................................................... 47
ANEXO A – PCATOOL-VERSÃO PROFISSIONAIS ............................................... 48
ANEXO B.QUESTIONÁRIO PARA SER APLICADO NO GESTOR DA UNIDADE 58
APÊNDICES ............................................................................................................. 67
APÊNDICE A. LISTA DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE ............................... 68
APÊNDICE B – QUADRO DE REVISÃO ................................................................. 69
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PARA PROFISSIONAIS MÉDICOS E ENFERMEIROS ........................................................................................................ 75
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO – CONSÓRCIO ................................................... 77
12
1 INTRODUÇÃO
Oferecer serviços da melhor qualidade possível é o principal objetivo dos
serviços de saúde. O termo "qualidade" implica em um amplo leque de
características desejáveis ao prestador do cuidado, tais como efetividade, eficiência,
equidade, acessibilidade e adequabilidade, porém, não se pode ter um serviço de
alta qualidade se o alvo deste serviço — o usuário — não estiver satisfeito.
(AKERMAN and NADANOVSKY, 1992) Idealmente todo serviço de saúde deve
produzir efeito positivo na condição de saúde da população. Entretanto, os serviços
de saúde não compõem o único determinante do estado de saúde dos indivíduos,
mas formam uma dimensão importante na sua responsabilidade de reduzir dor e
sofrimento dos usuários. (MEDRONHO, 2009)
Na literatura há muitas definições de qualidade que refletem o caráter
multidimensional do assunto. Segundo Uchimura e Bosi (2002), a
multidimensionalidade do termo qualidade acontece em função de dois motivos:
primeiro, porque o termo assume várias conotações, de natureza objetiva ou
subjetiva, e, segundo, porque a percepção de qualidade pode variar de acordo com
o interesse de diferentes grupos. A qualidade em sua dimensão objetiva é
quantificável e esse é o tratamento predominante na literatura. (UCHIMURA and
BOSI, 2002)
A avaliação dos serviços de saúde tem importante marco teórico em Avedis
Donabedian (1980) que propõe que a qualidade dos serviços pode ser garantida
pelo adequado funcionamento da tríade: estrutura, processo e resultado. Embora
estrutura, processo e resultado não seja uma definição de qualidade, ela é uma
importante abordagem para o entendimento do tema. Para o autor, a relação entre
estrutura, processo e resultado é dinâmica e funcional. (DONABEDIAN, 1988)
As condições estruturais avaliam os recursos em termos de estrutura física,
instalações, equipamentos e estrutura organizacional.
As condições processuais procuram analisar se as atividades e tarefas que
são executadas nos serviços são apropriadas ao conhecimento cientifico vigente. O
processo é onde se dá a inter-relação entre prestador e receptor dos cuidados. É a
dinâmica do cuidado em saúde.
13
Os resultados denotam a efetividade dos cuidados e seu impacto sobre o
estado de saúde dos pacientes e das populações. (ROUQUAYROL, 2012)
Donabedian descreve a necessidade da avaliação dos três elementos, mas
ressalta que uma boa estrutura amplia a razão de probabilidade de um bom
processo e, este, de bons resultados.
A avaliação qualitativa dos serviços comporta sempre duas dimensões:
desempenho técnico, que é a aplicação do conhecimento cientifico, de modo a
maximizar benefícios e minimizar riscos e a relação médico-paciente, que comporta
a percepção subjetiva dos pacientes quanto ao alcance de suas expectativas.
(DONABEDIAN, 1988)
O trabalho de Donabedian acrescentou muito ao debate sobre a avaliação
dos serviços de saúde. O autor coloca no centro do processo avaliativo o controle da
qualidade e a satisfação do usuário. (ROUQUAYROL, 2012)
Habicth, Victora e Vaughan propuseram que a avaliação de programas e
serviços de saúde deve orientar o tomador de decisão. (HABICHT; VICTORA et al,
1999)
1.1 A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
O objetivo dos sistemas de saúde é oferecer, para toda população, os
melhores níveis de saúde disponíveis, aos menores custos possíveis. Os sistemas
de saúde também devem diminuir as desigualdades entre os subgrupos
populacionais. (STARFIELD, 2002) A conferência de Alma-Ata propõe meios para
alcançar estes objetivos. Em sua declaração final, conceitua que os cuidados
primários em saúde são ―cuidados essenciais de saúde, baseados em métodos e
tecnologias práticos, cientificamente bem fundamentados e socialmente aceitáveis,
colocados ao alcance universal de indivíduos, famílias e comunidade, mediante
plena participação destes, e a um custo com o qual a comunidade e o país podem
arcar‖. (FENDALL, 1978)
Desde então vários autores vêm propondo definições sobre a Atenção
Primária à Saúde (APS). A Organização Panamericana de Saúde reconhece que a
APS é o melhor modelo para organizar os sistemas de saúde, sobretudo por ser a
14
melhor estratégia para produzir melhorias sustentáveis e maior equidade na saúde
das populações. (MORALES and HUMBERTO BLANCO, 2007)
Pode-se compreender a APS através de um conjunto de princípios éticos que
incluem direito ao mais alto nível de saúde, solidariedade, equidade,
responsabilidade governamental e controle social. (BRASIL, 2010) Os conceitos de
APS supracitados podem ser caracterizados como princípios, ou seja, aspectos que
se derivam da moral, ética, filosofia e direito. Pensando na necessidade de definir a
APS de maneira a sistematizar suas características e funções, Starfield
operacionalizou o conceito de APS em quatro atributos essências e três atributos
derivados. Os atributos essências são: acesso de primeiro contato,
longitudinalidade, integralidade e a coordenação do cuidado. Já os atributos
derivados sãos: orientação familiar, orientação comunitária e competência cultural
(STARFIELD; SHI et al., 2005). A seguir estão sintetizados o conceito dos atributos
conforme foram definidos por Barbara Starfield em ―Primary care. Concept,
evaluation and policy (1992). (STARFIELD, 1992)
- Acesso de primeiro contato: acessibilidade e utilização do serviço de saúde
como fonte de cuidado a cada novo problema ou novo episódio de um mesmo
problema de saúde, com exceção das verdadeiras emergências e urgências
médicas.
- Longitudinalidade: existência de uma fonte continuada de atenção, assim
como sua utilização ao longo do tempo. A relação entre a população e sua fonte de
atenção deve se refletir em uma relação interpessoal intensa que expresse a
confiança mútua entre os usuários e os profissionais de saúde.
- Integralidade: conjunto de serviços disponíveis e prestados pelo serviço de
atenção primária. Ações que o serviço de saúde deve oferecer para que os usuários
recebam atenção integral, tanto do ponto de vista do caráter biopsicossocial do
processo saúde-doença, como ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação
adequadas ao contexto da APS, mesmo que algumas ações não possam ser
oferecidas dentro das unidades de APS. Incluem os encaminhamentos para
especialidades médicas focais, hospitais, entre outros.
- Coordenação do cuidado: implica em alguma forma de continuidade seja por
parte do atendimento pelo mesmo profissional, seja por meio de prontuários
médicos, ou ambos, além do reconhecimento de problemas abordados em outros
serviços e a integração deste cuidado no cuidado global do paciente. O provedor de
15
atenção primária deve ser capaz de integrar todo cuidado que o paciente recebe
através da coordenação entre os serviços.
- Orientação familiar: significa que dentro da avaliação das necessidades
individuais deve-se considerar o contexto familiar e seu potencial de cuidado e,
também, de dano à saúde, incluindo o uso de ferramentas de abordagem familiar.
- Orientação comunitária: é o reconhecimento por parte do serviço de saúde
das necessidades da comunidade através de dados epidemiológicos e do contato
direto com a comunidade; sua relação com ela, assim como o planejamento e a
avaliação conjunta dos serviços.
- Competência cultural: implica na adaptação do provedor (equipe e
profissionais de saúde) às características culturais especiais da população para
facilitar a relação e a comunicação com a mesma. (STARFIELD; SHI et al., 2005)
No Brasil, a APS tem se organizado através da Estratégia Saúde da Família
(ESF). A Estratégia está em franco crescimento no país, tanto do ponto de vista de
implantação de equipes quanto do de ampliação de financiamento. Esse processo
vem se acelerando desde 1998. A Estratégia Saúde da Família, por orientação da
Política Nacional de Atenção Básica, deve ter área territorial definida, número de
habitantes e equipe de saúde regulados pelos critérios da política nacional. Já as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) Tradicionais obedecem a outros critérios,
distintos entre si. (BRASIL, 2007)
A avaliação deste modelo de serviço tem apresentado resultados positivos,
tais como a redução da mortalidade infantil. (MACINKO, 2007). Os estudos que
avaliaram a qualidade da ESF, comparando-a com Unidades Básica de Saúde
Tradicionais, descrevem a superioridade da primeira em relação à última
(FACCHINI, PICCINI et al., 2006) (MACINKO, MARINHO DE SOUZA et al. 2007).
Porém, alguns desses resultados foram avaliados em desfechos bastante frágeis
como: discreta melhora na continuidade dos cuidados e melhor desempenho nos
cuidados a doentes crônicos. (MACINKO, MARINHO DE SOUZA et al. 2007)
Apesar do Ministério da Saúde incentivar a ampliação da APS via Estratégia
Saúde da Família, diferentes modelos organizacionais coexistem, sendo usualmente
referidos como Unidades Básicas de Saúde Tradicionais. Um estudo que comparou
a ESF com as UBS Tradicionais identificou maior satisfação do usuário e do
profissional na ESF, (SAMICO; HARTZ et al. 2005) Ao mesmo tempo, outro estudo
identificou problemas de acesso e integralidade na ESF, com apenas metade dos
16
pacientes obtendo acesso a medicação nas UBS, com um desempenho um pouco
melhor na ESF. (PICCINI, FACCHINI et al. 2006)
Pelos achados supracitados, a ESF tem recebido importante reconhecimento
internacional. Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lança o relatório
―Cuidados de Saúde Primários – Agora mais que nunca‖ cita a ESF como exemplo
bem sucedido de reforma sanitária orientada pela Atenção Primária. (WHO, 2008)
Em 2010, Andy Haines, então diretor da London School of Hygiene and
Tropical Medicine afirma que ―A ESF do Brasil é provavelmente a experiência mais
impressionante em todo o mundo de expansão em rápida escala de um sistema de
atenção primária integral e custo-efetivo‖. (HARRIS and HAINES 2010)
Uma das características que chama a atenção na proposta da ESF e nas
próprias diretrizes do SUS diz respeito à participação popular. Segundo Crevelim,―O
controle social é a expressão mais viva da participação da sociedade nas decisões
tomadas pelo Estado no interesse geral, e suas manifestações mais importantes são
o cidadão e o usuário no centro do processo de avaliação, deixando o Estado de ser
o árbitro infalível do interesse coletivo, do bem-comum‖. (CREVELIM, 2005)
O controle social - fortalecido com a criação do Sistema Único de Saúde e o
incentivo à participação popular - pressupõe uma concepção do usuário com
capacidade de julgar e intervir no próprio serviço. (TRAD and BASTOS, 1998) A
maioria da população pode ser beneficiada por projetos e pesquisas em saúde, logo,
a opinião dos usuários quanto ao serviço oferecido é considerada de máxima
importância quando se busca avaliar esses serviços. Portanto, deve-se considerar a
percepção do usuário a fim de contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de
saúde. (SANTOS, 1995) Importante também é saber como a população adscrita às
equipes da ESF avalia o cuidado oferecido, de modo a reorganizar as práticas
profissionais. (RAMOS and LIMA, 2003). A participação livre e crítica dos usuários
pode contribuir para o empoderamento deste grupo populacional, questões estas
essenciais para a concretização de políticas de promoção da saúde e prevenção de
agravos e controle de enfermidades. (COTTA, REIS et al. 2008) A melhoria dos
sistemas de saúde pode ser baseada no processo de avaliação do usuário, servindo
como um dos indicadores para as políticas de saúde. (MOIMAZ, MARQUES et al.
2010)
Diversos estudos têm sido realizados, buscando avaliar o grau de satisfação
de usuários dos serviços de saúde. (ESPERIDIÃO and TRAD 2005, MOIMAZ,
17
MARQUES et al. 2010, BASTOS and FASOLO, 2013) (KLOETZEL, BERTONI et al.
1998, SCHNEIDER and PALMER 2002) Para Moimaz, uma das limitações de muitas
ações e avaliações em saúde é que a maioria não tem levado em consideração a
perspectiva do usuário. (MOIMAZ, 2010)
1.2 A RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E RESULTADO
Segundo Donabedian para se obter um resultado adequado é imprescindível
que a estrutura seja satisfatória. Mas também afirma que a especificidade da medida
em que cada característica estrutural interfere no processo e no resultado ainda é
desconhecida. (DONABEDIAN, 1980)
Em 2004, um estudo ecológico avaliou a relação entre estrutura da atenção
primária à saúde e indicadores de saúde na Inglaterra. Comparou a relação entre
disponibilidade de médicos generalistas e resultados em saúde. A disponibilidade foi
distribuída em três categorias: baixa disponibilidade, média disponibilidade e alta
disponibilidade de médicos generalistas. Estes dados foram comparadas à taxa de
mortalidade, número de internações, gestações na adolescência, e outros
indicadores de impacto. Foi encontrada fraca associação entre disponibilidade
médica e melhores indicadores. (GULLIFORD, JACK, et al. 2004)
O Ministério da Saúde orienta através do Manual de Estrutura Física das
Unidades Básicas de Saúde, uma série de características de estrutura que devem
ser contempladas nas UBS com a finalidade de garantir a qualidade do serviço.
(BRASIL, 2008) Estas características estruturais referem-se ao tamanho da
população adscrita, aos limites do território, à composição da equipe, aos tipos de
modelos, à proporção de profissionais por habitante, à proporção de agentes de
saúde por enfermeiro, à carga horária dos profissionais, à formação profissional, à
área física, aos insumos, à existência de uma metodologia de avaliação das ações,
às atividades multidisciplinares, à presença de conselho local de saúde, ao sistema
de referência e contra-referência, ao uso de sistemas de informação, à oferta de
consultas/habitante/ano e ao tempo de permanência do profissional na UBS.
Em 2009 foi realizado um estudo descritivo que avaliou a estrutura de todas
as UBS de Chapecó-SC com base nas orientações do Ministério da Saúde. Entre os
principais achados estão que 100% das UBS têm territórios bem delimitados, e 73%
18
possui menos de 15 cadeiras na sala de recepção. Também foi encontrado em torno
de 50% de inadequação nos seguintes quesitos: alto número de habitantes por
equipe, baixa oferta de consultas, baixa formação profissional para a APS e falta de
avaliação sistemática das ações. (VITORIA, 2013)
Embora seja evidente que uma estrutura inadequada diminua a probabilidade
de bons resultados, é preciso quantificar o efeito desta medida.
1.3 O PCATOOL-BRASIL
O Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool – Primary Care
Assessment Tool) apresenta originalmente versões auto aplicáveis para
profissionais (PCATool versão profissionais), versões destinadas a crianças
(PCATool versão Criança), a adultos maiores de 18 anos (PCATool versão Adulto) e,
também, ao coordenador / gerente do serviço de saúde. Criado por Starfield & cols
na The Johns Hopkins Populations Care Policy Center for the Underserved
Populations, o PCATool mede a presença e a extensão dos 4 atributos essenciais e
dos 3 atributos derivados da APS. Foi criado com base no modelo de avaliação da
qualidade de serviços de saúde proposto por Donabedian, é composto por um
questionário padronizado, validado no Brasil, composto por 77 questões, divididas
em blocos que correspondem aos atributos da APS (acesso de primeiro contato,
integralidade, longitudinalidade, coordenação dos cuidados, orientação familiar,
orientação comunitária e competência cultural) o PCATool, versão profissionais de
saúde, avalia os atributos da APS pela experiência dos profissionais de saúde e
define um escore de orientação para a APS. (BRASIL, 2010)
As respostas são estruturadas em uma escala tipo Likert, com intervalo de 1 a
4 para cada atributo, sendo 1 = com certeza não, 2 = provavelmente não, 3 =
provavelmente sim, 4 = com certeza sim. A avaliação advém do conjunto de escores
de cada atributo, gerando um escore global (de 0 a 10) que caracteriza o grau de
orientação do serviço à atenção primária.
O escore essencial é obtido por meio da média dos atributos essenciais
(acesso, longitudinalidade, coordenação e integralidade) e o escore geral da APS,
pelo valor médio dos atributos essenciais e dos atributos derivados. O valor obtido
para este escore é transformado para uma escala entre 0 e 10, como se segue:
19
Os escores geral e essencial podem ser dicotomizados em duas categorias,
representando Baixo Escore quando < 6,6 e Alto Escore quando ≥ 6,6.
Em 2009 foi realizado um estudo que avaliou nove instrumentos utilizados
para medir a APS com relação a vários critérios, incluindo a capacidade do
instrumento em medir os quatro atributos essenciais da APS. O PCATool foi
considerado o melhor instrumento, o único com a capacidade de avaliar
características da estrutura e processo de cada um dos atributos essenciais. Porém,
foi salientado duas limitações do instrumento: atribuir pesos iguais para os atributos
no cálculo do escore geral e essencial e utilizar apenas a percepção dos atores
envolvidos no processo de cuidar, não utilizando, por exemplo, uma avaliação
técnica do serviço avaliado. (MALOUIN, STARFIELD et al. 2009)
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A presente revisão tem o objetivo de buscar na literatura científica evidências
que embasem a proposta deste estudo. Foi utilizado busca em livros sobre
Epidemiologia e Saúde Pública e também em bases de dados (PubMed, Web of
Science e LILACS). A fim de tornar mais claro esse projeto a revisão da literatura foi
dividida em dois itens: utilização do PCAtool para avaliação de serviços de saúde e
a percepção do usuário sobre o serviço e saúde.
Foram usados os descritores ―PCATool Facility/Provider‖ + ―Health Care
evaluation‖ e ―PCATool- Brasil ‖ para encontrar artigos sobre o uso do PCATool para
avaliação dos serviços de saúde.
Para a busca da percepção e satisfação do usuário foram usados os
descritores ―Consumer satisfaction‖, ―patient satisfaction‖, ―patient perception‖ em
inglês e português.
Em anexo há o quadro de revisão deste projeto. (Apêndice B)
20
2.1 USO DO PCATOOL VERSÃO PROFISSIONAIS PARA AVALIAÇÃO DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
Em 2002 Rowan et al. aplicou o PCATool versão profissionais a 134
preceptores de Medicina de Família e Comunidade em províncias do Canadá e
avaliou o resultado do PCATool com características dos profissionais. O estudo
mostrou que, em relação ao escore geral da APS apenas a variável número de
pacientes atendidos por semana esteve associada com maiores escores, de modo
que, quanto maior o número de pacientes, maior o escore geral obtido. Os mais
altos escores foram associados ao atributo coordenação e os mais baixos à
competência cultural. Escores para orientação comunitária foram mais altos para
preceptores que atendiam mais pacientes semanalmente e que aceitavam mais
novos pacientes. Escores para competência cultural foram mais altos para
preceptores que atendiam uma população culturalmente diversa e que aceitavam
mais novos pacientes. Esse é um importante estudo que investiga e mostra as
variáveis que, no nível do profissional de saúde, estão mais associadas com os
atributos da APS. (ROWAN, LAWSON et al. 2002)
Um estudo descritivo realizado em Amparo-SP, com o objetivo de avaliar a
organização e o desempenho da ESF, utilizaram o PCATool versão profissionais e
versão usuário. Os instrumentos foram aplicados nos usuários e nos profissionais e
gestores. A percepção dos usuários e gestores + profissionais foi comparada. Na
perspectiva do usuário, os atributos orientação familiar e orientação comunitária e o
componente acesso receberam os piores escores. Os profissionais e gestores, em
comparação, com os usuários apresentaram uma tendência de avaliar melhor os
atributos orientação familiar e orientação comunitária, mas atribuíram escores
menores ao componente acesso. Profissionais e usuários tiveram opiniões
semelhantes com relação à coordenação do cuidado. (PEREIRA, ABRAHÃO-
CURVO et al. 2011) Em um estudo descritivo dos municípios participantes do
Telessaúde no Rio Grande do Sul, utilizando a versão profissionais do PCATool,
encontrou-se alto o grau de orientação para a APS (7,2) e baixo grau no atributo de
acesso de primeiro contato ( 5,8). Outro estudo descritivo usando o PCATool, nas
UBS do município de Porto Alegre, com a aplicação do PCATool-versão
21
profissionais, encontrou 6,6 como grau de orientação para a APS e 3,5 no atributo
de acesso de primeiro contato. (KOLLING, 2008)
Em 2008, Chomatas et al. realizaram um estudo transversal na cidade de
Curitiba-PR para comparar o grau de orientação à APS nos serviços que se
organizam como UBS Tradicional e ESF. Foi aplicado o PCATool-Brasil versão
profissionais em 490 médicos e enfermeiros. O escore geral da ESF foi
significativamente maior do que os da UBS Tradicional. Esse estudo também
comparou as características dos profissionais da saúde que estariam associadas a
maior grau de orientação à APS. Foi encontrado que ser médico e possuir
especialização focal estaria associado a um menor grau de orientação à APS.
(CHOMATAS, 2013)
Em outro estudo realizado na região sul de Porto Alegre-RS em 2006,
Harzheim et al comparou ESF e UBS em relação ao grau de orientação à APS.
Foi aplicado o PCATool – versão criança aos acompanhantes dos pacientes
infantis para avaliação da qualidade da atenção infantil. Foi demonstrado que
identificar a ESF como serviço de referência no cuidado de crianças está associado
com alto grau de extensão dos atributos da APS. Na avaliação dos atributos de cada
forma de organização (ESFxUBS) ficou evidente a maior orientação à APS da ESF.
(HARZHEIM, STARFIELD et al. 2006)
Em outro estudo realizado em Porto Alegre-RS, o PCATool versão
profissionais foi aplicado a 196 médicos de serviços ambulatoriais. Também foram
descritas características sociodemograficas e de formação acadêmica dos
profissionais que estariam associadas a maior grau de orientação para a APS. Foi
constatado que possuir especialização focal em Medicina diminui o grau de
orientação à APS. Não foi encontrado associação com idade, sexo e tempo de
trabalho. (DE CASTRO, KNAUTH et al. 2012)
2.2 A PERCEPÇÃO DOS PACIENTES E PROFISSIONAIS NA AVALIAÇÃO DOS
SERVIÇOS DE SAÚDE
Para Serapioni, a avaliação da qualidade da atenção deve se apoiar em uma
abordagem multidimensional, que implica o envolvimento de diferentes atores,
incluindo usuários, profissionais de saúde e gestores, com perspectivas próprias de
22
avaliação. (SERAPIONI, 2000) Para o autor, os usuários de saúde nem sempre
sabem do que precisam e podem solicitar procedimentos inadequados e até
danosos, sendo necessário, portanto incluir a opinião do profissional sobre a
avaliação da necessidade de saúde e da adequação da intervenção. (SERAPIONI,
2000)
A qualidade, para Serapioni, é resultado de um conjunto de fatores que o
usuário muitas vezes não está apto a julgar. Podemos ter uma intervenção médica
ineficaz e está ser bem avaliada pelo usuário, sobretudo quando a relação médico-
paciente é eficiente; por outro lado podemos ter uma intervenção médica eficaz e
está ser mal avaliada pelo usuário. Para o autor, a avaliação da qualidade de um
serviço baseada no enfoque multidimensional e deve compreender, no mínimo, a
avaliação da qualidade dos usuários, a avaliação técnica do processo de trabalho e
a satisfação dos profissionais. (SERAPIONI, 2009)
De fato, como evidenciou um estudo que avaliou a qualidade de serviços de
APS em Pelotas-RS, a satisfação dos profissionais, está associada à qualidade dos
serviços. Nesse estudo, a satisfação dos profissionais mostrou-se associada à
percepção de melhor relação médico-paciente e com a expectativa de melhor
prognóstico. (HALAL, SPARRENBERGER et al. 1994)
Contudo, um serviço que atenda às necessidades dos usuários e
profissionais, pode não ser de qualidade na medida que desperdiça recursos que
poderiam ser destinados para outros pacientes, resultando em inequidade. Por essa
razão, Ovretveit, acrescenta os gestores no mesmo nível dos usuários e
profissionais e traduz os seguintes conceitos: (a) qualidade avaliada pelo usuário ―o
que os usuários e acompanhantes desejam do serviço, seja como indivíduos, seja
como grupo‖, (b) qualidade profissional: ―se o serviço satisfaz as necessidades
definidas pelos profissionais que prestam atenção e se as técnicas e procedimentos
necessários são utilizados de maneira adequada‖ e (c) qualidade gerencial ―o uso
eficiente e produtivo dos recursos para responder às necessidades de todos os
usuários dentro dos limites e das diretrizes estabelecidos pelas autoridades‖. As três
perspectivas apresentadas correspondem aos mais importantes grupos de interesse
e devem ser integradas para avaliar a qualidade de um serviço. (OVRETVEIT, 1998)
A grande questão no que tange esse assunto é ―Como pode um serviço de
saúde ofertar uma qualidade que seja avaliada positivamente por pacientes,
profissionais e gerentes‖? Ovretveit coloca que a avaliação multidimensional é um
23
processo que resulta muitas vezes na identificação de conflitos e na busca da
solução dos conflitos através do envolvimento de diferentes atores. (OVRETVEIT,
1998)
Atkinson em 1993 com o objetivo de identificar áreas de mediação entre a
perspectiva dos usuários e a dos profissionais sugeriu que os conflitos entre essas
duas perspectivas são decorrentes de divergências entre os modelos de saúde dos
usuários e profissionais (conhecimento médico), podendo ser resolvidos através de
treinamento e educação. (ATKINSON, 1993)
A insatisfação quanto ao tempo de espera por um tratamento tem-se
mostrada rotineira nos serviços, como foi relatado em estudo conduzido no
município de Pompéu (MG). (FERREIRA FILHO, CAVALCANTI et al. 1996). Em
outra pesquisa realizada em um ambulatório de pediatria do SUS, a demora para
receber atendimento foi o principal problema apontado pelos usuários (FRANCO and
CAMPOS, 1998). A espera prolongada foi também identificada como o motivo
número um de insatisfação da clientela, além da reclamação de haver insuficiência
quanto à possibilidade de agendamento de novas consultas. (KLOETZEL, BERTONI
et al. 1998).
No Brasil, mulheres consultam mais que homens (FACCHINI and COSTA,
1997, CAPILHEIRA and SANTOS, 2006, BASTOS, SANTOS et al. 2011). Apesar da
diferença na prevalência de utilização de serviços conforme sexo, um estudo
realizado em 2005 onde foi feita uma revisão da literatura sobre abordagens
qualitativas para avaliar a satisfação do paciente, não encontraram diferença na
satisfação geral da consulta entre sexo feminino e masculino, entretanto sugerem
que mulheres estão mais aptas a criticar os serviços de saúde porque consultam
com maior frequência (ESPERIDIÃO and TRAD 2005). Em um estudo transversal
realizado na cidade de Porto Alegre, avaliou a satisfação com a última consulta e os
fatores associados e também não encontrou diferença entre homens e mulheres.
No entanto, foi encontrada associação positiva com alta escolaridade e a idade
maior que 40 anos, ambas associadas positivamente com a satisfação dos
pacientes. Esse estudo também revelou que a satisfação estava associada com a
percepção de ser bem tratada pelo recepcionista e profissional da saúde. (BASTOS
and FASOLO, 2013)
Em 2008 foi realizado um estudo com pacientes do SUS na região
metropolitana de Belo Horizonte, para estimar o uso e satisfação com os serviços de
24
saúde, foi encontrado associação positiva com sexo feminino e satisfação com a
consulta. (LIMA-COSTA and LOYOLA FILHO, 2008)
Em 2002, em um estudo etnográfico para avaliar a satisfação dos usuários do
SUS em 5 munícipios da Bahia, foi encontrada uma clara relação entre maior grau
de satisfação e: maior acesso aos cuidados médicos, melhoria do nível de
informação sobre o processo saúde-doença e existência da visita domiciliar. Entre
os aspectos negativos apontados pela população destaca-se a persistência das filas
e a fragilidade no encaminhamento para os níveis secundário e terciário da
atenção.(TRAD, 2002)
No Brasil, o Ministério da Saúde, através do Departamento de Atenção
Básica, tem promovido grandes avaliações do Sistema Único de Saúde onde a
satisfação dos usuários tem sido abordada.(ROUQUAYROL, 2012). Em todos esses
inquéritos, a satisfação dos usuários encontrada estava acima de 80%. (BRASIL,
2013)
No entanto, é necessário atentar ao fato de que, em geral os pacientes têm
receio de relatar sua insatisfação com o serviço, sobretudo quando questionados por
profissionais que são vinculados ao serviço que está sendo avaliado, esse fenômeno
é relatado na literatura como ―Viés de Cortesia‖ e pode influenciar a resposta dos
pacientes no sentido de sobrestimar o real nível de satisfação com o serviço
ofertado. (LEÓN, 2007)
25
3 MODELO TEÓRICO
Figura 1: Modelo Hierárquico
O modelo teórico esquematizado na Figura 1 apresenta a relação causal das
variáveis que poderão determinar a satisfação/percepção de qualidade dos
pacientes.
Conforme exposto no modelo acima, o desfecho satisfação do paciente e
percepção da qualidade foi colocado no mesmo plano, pois se acredita que seus
determinantes serão muito semelhantes.
No primeiro plano estão as variáveis sociodemográficas e também o grau de
orientação à APS e a adequação estrutural. No segundo plano estão as variáveis
26
relacionadas à última consulta e condições do usuário que irão influenciar a relação
médico paciente
O marco teórico fundamental da avaliação dos serviços de saúde é de Avedis
Donabedian que propôs que a qualidade de um serviço pode ser abordada através
do funcionamento adequado da tríade: ―Estrutura, Processo e Resultado‖.
(DONABEDIAN, 1988) Para o autor a satisfação do usuário é um indicador que
expressa Resultado, embora conceitue que não podemos utilizar a satisfação do
usuário como uma medida da qualidade de um serviço. (DONABEDIAN, 1998)
De fato, segundo o consenso atual, a avaliação da qualidade deve basear-se
tanto em critérios objetivos, como subjetivos, os primeiros reservados aos
profissionais da saúde, os últimos dizendo respeito ao usuário. (ROUQUAYROL,
2012, CAMPBELL, 2002)
4 JUSTIFICATIVA
A avaliação dos serviços de saúde deve servir de instrumento para o continuo
aperfeiçoamento da qualidade do cuidado oferecido aos usuários, e também para
fornecer substrato teórico para a atuação dos gestores, oportunizando que as
decisões sejam baseadas em evidência. No Brasil, a incorporação do método
epidemiológico às atividades dos serviços e ao planejamento do setor de saúde tem
sido parcial. (MEDRONHO, 2009)
Em relação aos serviços de saúde da zona rural, sabe-se que o nível primário
é ainda mais importante como porta de entrada do sistema de saúde do que nas
cidades, logo, seu adequado funcionamento torna-se essencial para a qualidade do
cuidado da sua população que reside na zona rural. (TARGA, 2012) Em muitas
localidades a UBS é o único serviço próximo em termos de acesso ao sistema de
saúde. Enquanto nas áreas urbanas a porcentagem média de pessoas com planos
privados é de 29,7%, nas áreas rurais esse número é de 6,4%, embora haja
diferenças entre as regiões do país. (IBGE, 2010)
Por isso a avaliação destes serviços por si só é tão importante para a
qualidade da saúde da população rural.
Avaliar é uma forma de participação da construção e melhoramento do SUS,
uma oportunidade para diferentes cidadãos (profissionais, gestores, usuários,
27
universidades) participarem da construção do SUS, sendo ao mesmo tempo um
processo de aprendizagem e controle social. (TAKEDA e TALBOT, 2006)
5 OBJETIVO GERAL
Avaliar a estrutura e os processos do cuidado nas Unidades Básicas de
Saúde da zona rural de Pelotas-RS, considerando-se o grau de orientação para a
atenção primária à saúde e a adequação às características estruturais preconizadas
pelo Ministério da Saúde. Estabelecer uma comparação com esses achados e a
percepção de qualidade e satisfação dos usuários.
5.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Descrever aspectos da estrutura das UBS da Zona rural de Pelotas,
mensurando o percentual de adequação destas às recomendações do Ministério da
Saúde, utilizando como instrumento o questionário de estrutura concebido por
Vitória. (VITORIA, 2013).
2. Estimar o grau de orientação para Atenção Primária à Saúde das UBS
quanto à estrutura e processo por meio da percepção dos profissionais médicos e
enfermeiros através da aplicação do PCATool.
3. Conhecer o perfil do profissional da saúde que atua na Zona Rural quanto a
características socioeconômicas, vínculo empregatício, tempo de serviço na zona
rural e formação acadêmica.
5. Conhecer como o usuário do serviço avalia o mesmo e qual o seu grau de
satisfação com a última consulta.
6. Comparar o grau de satisfação dos usuários com o grau de orientação à
APS e com o percentual de adequação da estrutura ao manual do MS.
7. Avaliar a associação entre satisfação dos usuários com a última consulta
e:
Idade
Sexo
Escolaridade
28
Nível Socioeconômico
Tempo de espera.
Percepção do tratamento dado pela recepcionista
Percepção do tratamento dado pelo profissional de saúde (médico ou
enfermeiro)
Grau de orientação à APS
Adequação estrutural das UBS conforme as orientações do MS
6 HIPÓTESES
1. Menos de 30% das UBS estarão adequadas às recomendações do
Ministério da Saúde.
2. Em torno de 40 % das UBS terão alto escore de orientação para APS. (≥6,6
pontos)
3. A maioria dos profissionais médicos serão homens e dos profissionais
enfermeiros serão mulheres. No grupo dos enfermeiros haverá mais profissionais
com formação em APS. Em ambos os grupos a maioria terá mais de um emprego. A
maioria trabalhará na UBS por mais de 5 anos.
4. Em torno de 50% dos usuários avaliarão o serviço como satisfatório e, em
torno de 65% avaliarão a última consulta como satisfatória.
5. O maior grau de satisfação com a ultima consulta ocorrerá em: indivíduos
com mais de 40 anos, com maior escolaridade, nível socioeconômico mais elevado
e entre aqueles com boa relação com o recepcionista e profissional da saúde. O
menor grau de satisfação com a ultima consulta estará associado com o maior o
tempo de espera para ser atendido.
6. Serviços com alto grau de orientação à APS e com maior percentual de
adequação à estrutura terão usuários mais satisfeitos com a última consulta,
ocorrida nos últimos três meses, e uma população com uma melhor percepção da
qualidade do serviço.
29
7 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DO DESFECHO
Satisfação com a UBS: será considerado satisfeito com a UBS, todo o usuário
que escolher as faces 1,2 e 3 da escala de faces de Andrews ( Apêndice D) para a
pergunta ―Qual sua opinião sobre a unidade de saúde (posto de saúde) do seu
bairro?‖
Satisfação com a última consulta: será considerado satisfeito com a UBS,
todo o usuário que escolher as faces 1,2 e 3 da escala de faces de Andrews para a
pergunta ―Como o Sr.(a) classificaria essa consulta‖
8 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES
Variável Tipo de variável Maneira de coletar
Idade Numérica discreta Idade em anos completos
Sexo Categórica binária Masculino ou feminino
Escolaridade Numérica discreta Anos completos
Classe socioeconômica Categórica ordinal A,B,C,D e E
Tempo de espera Categórica ordinal Dividida em 5 categorias
Bem atendido pelo
recepcionista
Categórica binária Escala de faces
Bem atendido pelo
profissional de saúde
Categórica binaria Escala de faces
Facilidade em conseguir
consulta
Categórica binária Sim ou Não
Grau de orientação à APS Numérica discreta Em escala de 0 a 10
Adequação estrutural Numérica discreta Em escala de 0 a 100%
Quadro 1: Variáveis independentes
Definição das variáveis independentes
Grau de orientação para a APS: será considerada alta quando o escore geral
do PCATool for maior ou igual a 6.6 e baixo quando for menor que 6.6
30
Percentual de adequação às recomendações do Ministério da saúde: será
considerado adequado quando atender as seguintes características:
1. Máximo de 4 mil habitantes por UBS
2. Território claramente definido
3. Equipe completa composta por médico, enfermeiro, dentista, auxiliar de
saúde bucal ou técnico, auxiliar de enfermagem ou técnico, agente comunitário de
saúde (ACS)
4. Máximo de 750 pessoas por ACS
5. Máximo de 12 ACS por UBS
6. Carga Horária de 40 horas para os médicos, enfermeiros e odontólogos
7. Área física com espaço para recepção, arquivos, sala de vacinação
8. Sala de observação
9. Sala de espera com espaço para 15 pessoas/UBS
10. Disponibilidade de medicamentos da lista básica
11.Oferta de consultas por habitantes acima de 2,34
12. Uma sistemática de avaliação das ações
13. Presença de Conselho Local de Saúde
14. Sistema de referência e contra-referência
Os dados sobre adequação estrutural serão obtidos através de um
questionário que será respondido pelo gestor da unidade (Anexo B)
Após a constatação da adequação ou não dos itens citados será mensurado
em temos percentuais afim de comparação entre as UBS.
8.1 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS DO DESFECHO
O instrumento de coleta de dados do desfecho é um questionário composto
por 13 perguntas (Apêndice D) que buscam discriminar o desfecho e conhecer os
fatores associados ao mesmo, foi produzido pela autora do projeto em trabalho
conjunto com a orientadora e coorientador. Esse questionário faz parte de um
instrumento maior (questionário geral) cuja finalidade é reunir os questionários dos
demais mestrandos do programa e, incluir perguntas que visem descrever os
indivíduos do estudo em termos socioeconômicos, laborais, comportamentais e
demográficos.
31
9 METODOLOGIA
O projeto será executado em duas etapas; primeiro será realizado um
subestudo para avaliar todas as UBS da Zona Rural de Pelotas quanto a Estrutura e
Processo, e então, será realizado um consórcio de pesquisa de base populacional
para avaliar a percepção e satisfação do usuário sobre as referidas UBS.
9.1 METODOLOGIA DO SUBESTUDO
O subestudo será um estudo transversal descritivo que visa avaliar aspectos
relacionados à Estrutura e Processo de todas as UBS da Zona Rural de Pelotas
(Apêndice A). Ao todo são 13 UBS, sendo que apenas duas não são ESF (Santa
Silvana e Cascata). Nessas 13 UBS trabalham 29 profissionais médicos e
enfermeiros. Para tal serão utilizados três instrumentos. Primeiro vai ser aplicado
aos médicos e enfermeiros um questionário geral de 13 questões que incluem
informação sobre dados demográficos, vínculo empregatício, formação acadêmica,
rendimento mensal e grau de satisfação com o serviço. Após será aplicado nos
gestores das UBS um questionário que teve por inspiração o Manual de Estrutura
Física das Unidades Básicas de Saúde que tem por objetivo avaliar a adequação
das Unidades às orientações do Ministério da Saúde. E então será aplicado o
PCATool versão profissionais a todos os médicos e enfermeiros que atuam nas
referidas UBS. O PCATool versão profissionais de saúde mede a extensão e
cumprimento dos atributos da APS, assim avalia a orientação à APS através da
experiência dos profissionais de saúde. Ambos os instrumentos serão aplicados pela
mestranda durante os meses de setembro e outubro de 2015 após um estudo piloto
que será realizado em três UBS administradas pela UFPel na zona urbana de
Pelotas (Vila Municipal, Areal Leste e Centro Social Urbano).
Descrição do PCA tool Brasil versão profissionais: é um questionário
composto por 77 perguntas divididas em 8 blocos. (Anexo A)
1. Acesso de Primeiro Contato – Acessibilidade (A). Constituído por 9
perguntas.
2. Longitudinalidade (B). Constituída por 13 perguntas.
32
3. Coordenação – Integração de Cuidados (C) Constituída por 6
perguntas.
4. Sistema de Informações(D). Constituído por 3 perguntas
5. Integralidade - Serviços disponíveis(E). Constituído por 22 perguntas.
6. Integralidade – Serviços Prestados (F). Constituído por 15 perguntas.
7. Orientação Familiar (G). Constituído por 3 perguntas.
8. Orientação Comunitária (H). Constituído por 6 perguntas.
9.2 METODOLOGIA DO ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
Será realizado através de um consórcio de pesquisa onde após um processo
de amostragem, será selecionado uma amostra representativa da população que
será submetida a um questionário padronizado, aplicado em inquérito domiciliar.
9.3 JUSTIFICATIVA DO DELINEAMENTO
Os estudos transversais têm sido uma metodologia amplamente utilizada para
avaliação de serviços de saúde, por possuir alto poder descritivo. São especialmente
úteis para o planejamento e monitoramento dos mesmos. Além disso, possuem
agilidade em sua realização e relativo baixo custo orçamentário, quando
comparados a outros delineamentos de pesquisa.
9.4 ELEGIBILIDADE
- Critérios de Inclusão: serão incluídos no estudo os moradores da zona rural
do município de Pelotas com mais de 18 anos. Serão considerados moradores
aqueles cujo domicílio é seu local de residência habitual na data da entrevista.
- Critérios de Exclusão: Não farão parte do estudo indivíduos com
incapacidade para comunicação verbal, com incapacidade cognitiva ou mental para
responder ao questionário.
33
9.5 TAMANHO DE AMOSTRA
Os cálculos foram realizados usando o programa OpenEpi1 com base nos
objetivos e hipóteses descritos acima. A ferramenta ―proporção‖ foi utilizada para
realizar as projeções de tamanho da amostra. Primeiro foi calculado o tamanho de
amostra para a prevalência de satisfação do usuário com a UBS de 60%, conforme
valor encontrado na literatura (MOIMAZ, MARQUES et al. 2010). Após foi calculado
o tamanho de amostra com uma prevalência de 50%. Foram utilizados para as
projeções de tamanho de amostra erro alfa de 5% , intervalo de confiança de 95% e
efeito de delineamento de 2. Para todas as projeções foi acrescido 10% para perdas
e recusas.
Satisfação com a
UBS
Erro aceitável Tamanho da
amostra
Amostra + 10%
50% 2 p.p 4791 5270
50% 3 p.p 2132 2345
50% 4 p.p 1200 1320
60% 2 p.p 4600 5060
60% 3 p.p 2047 2251
60% 4 p.p 1152 1267
Quadro 2: Cálculo tamanho de amostra para prevalência de satisfação com a UBS
Também foi calculado o tamanho de amostra necessário para o desfecho
satisfação com a última consulta. Conforme encontrado na literatura (BASTOS e
FASOLO, 2013) a satisfação com a última consulta seria em torno de 87%.
Conforme a projeção anterior foi utilizado erro alfa de 5%, intervalo de confiança de
95% e efeito de delineamento de 2. Também para todos os cálculos foi acrescido
10% para perdas e recusas. Porém, é necessário levar em conta que em torno de
60.6% da população estudada de fato consultou nos últimos 3 meses (BASTOS e
FASOLO, 2013)
Satisfação com a última consulta
Erro aceitável Tamanho da amostra
Amostra + 10%
50% 2 p.p 7985 8783
1 Disponível em: <http://www.openepi.com/Menu/OE_Menu.htm>
34
50% 3 p.p 3538 3891
50% 4 p.p 2000 2200
87% 2 p.p 3616 4338
87% 3 p.p 1610 1771
87% 4 p.p 905 995
Quadro 3: Cálculo tamanho de amostra para satisfação com consulta.
Foi calculado também o tamanho de amostra para algumas associações com
o desfecho ―satisfação com a última consulta‖. Para todas as situações foi utilizado
poder de 80, nível de significância de 95 e foi acrescentado 10% para perdas e
recusas e 15% para fatores de confusão.
Exposição (expostos)
Razão Não
Exposto/Exposto
Prevalência entre
Não Expostos
RR N Perdas Recusas e Fatores de confusão
Idade (>40anos) 38:62 81 1.1 680 860
Classe Social
(D/E)
36:63 91 0.8 173 219
Escolaridade
(>9 anos)
19:81 86 1.07 1399 1769
Facilidade em conseguir consulta
(sim)
22:78 66 1.2 546 690
Bem tratado pelo recepcionista
(sim)
6:94 57 1.03 2736 3460
Bem tratado pelo médico (sim)
3:97 10 5.1 675 512
Sexo
(feminino)
47:53 18 1.4 1103
1394
Quadro 4: Cálculo tamanho de amostra para associações.
9.6 SELEÇÃO DA AMOSTRA
Este projeto faz parte de um consórcio de pesquisa sobre a saúde da
população adulta residente na zona rural de Pelotas. Para tal, cada mestrando
calculou o tamanho de amostra necessário para seu objetivo de interesse. Foi
considerado em todos os cálculos o acréscimo de 10% para compensar perdas e
35
recusas, 15% para controle de fatores de confusão e um efeito do delineamento em
torno de 2. A oficina de amostragem foi realizada pela professora convidada Regina
Tomie Ivata Bernal e coordenada pelos professores Aluísio Barros, Elaine Tomasi,
Helen Denise Gonçalves da Silva e Maria Cecília Assunção. Ocorreu em Setembro
de 2015, onde foi definido o maior tamanho de amostra necessário para que todos
os mestrandos conseguissem desenvolver seus trabalhos, levando em consideração
questões logísticas e financeiras.
A amostra mínima necessária era de 1900 adultos (18 anos ou mais).
Considerando uma relação de dois adultos por domicilio, para encontrar esse
número de indivíduos seria necessário incluir 950 domicílios da zona rural do
município de Pelotas. Definiu-se que seriam selecionados 42 domicílios por setor
para possibilitar a identificação de 84 adultos nos mesmos, o que implicou na
inclusão de 24 setores censitários.
O processo de amostragem foi feito em dois estágios. Primeiramente, foram
listados os 50 setores censitários da zona rural de acordo com a malha do Censo de
2010 (IBGE, 2010). Os setores que possuíam sete domicílios ou menos foram
excluídos. Isto resultou em 45 setores censitários que foram selecionados de forma
sistemática. Para a seleção dos domicílios, foi definido um ―pulo‖ proporcional ao
tamanho do setor e, posteriormente, será feita a seleção sistemática dos mesmos.
9.7 ESTUDO PILOTO
O estudo piloto será realizado no município de Arroio do Padre (RS),
município este que fez parte do município de Pelotas até o ano de 1996 e que
possui uma população muito semelhante à que será objeto desta pesquisa. O
estudo piloto será realizado após a completa elaboração do questionário geral
(incluindo a questão de todos os mestrandos) e seleção e treinamento dos
entrevistadores. O estudo piloto tem por objetivo testar a clareza e consistência das
questões a serem respondidas pelos entrevistados e também de estimar o tempo
médio de cada entrevista a fins de planejar melhor a logística do trabalho de campo.
36
9.8 SELEÇÃO E TREINAMENTO DOS ENTREVISTADORES
A seleção dos entrevistadores será feita através da avaliação através da
divulgação do processo seletivo A divulgação da seleção será feita em diversos
meios de comunicação: website da Universidade Federal de Pelotas e do Centro de
Pesquisas Epidemiológicas, jornal Diário Popular e via Facebook do Programa de
Pós-graduação em Epidemiologia (PPGE) e dos mestrandos do curso. Serão
selecionadas entrevistadoras do sexo feminino, com pelo menos 18 anos, com
ensino médio completo e disponibilidade de tempo integral para a realização do
trabalho.
O processo de seleção transcorrerá através da avaliação desempenho no
treinamento, avaliação curricular, experiência prévia em pesquisa, entrevistas e
prova teórica. As entrevistadoras serão familiarizadas com o questionário, com o
manual de instruções, com o instrumento de notação dos dados (o software
Redcap®, disponível através de tablets) e serão submetidas a um processo de
padronização de medidas antropométricas e aferições por um antropometrista
treinado, com experiência de campo. No processo de seleção também ocorrerá a
realização do estudo piloto, que fará parte da avaliação prática das entrevistadoras.
Com base nesses critérios, as melhores entrevistadoras serão selecionadas, e,
sendo possível, será concomitantemente realizado um cadastro de entrevistadoras
suplentes, para eventual necessidade subsequente de preenchimento de vagas.
9.9 LOGÍSTICA DO TRABALHO DE CAMPO
O trabalho de campo será realizado com o fim de atingir aos objetivos
propostos nos projetos do consórcio de pesquisa da turma de mestrado 2015/2016
do PPGE/UFPel. Os mestrandos serão responsáveis pela supervisão do trabalho de
campo e dos entrevistadores. O trabalho de campo se constituirá na coleta de dados
os domicílios selecionados conforme o processo de amostragem. O prédio do
Centro de Pesquisas em Saúde Dr. Amilcar Gigante, da UFPel, servirá como núcleo
do trabalho de campo, onde haverá um determinado número de supervisores
37
diariamente, com as responsabilidades referentes a esta etapa de coleta de dados e
que serão definidas posteriormente.
Em relação à coleta de dados, a utilização do software Redcap® possibilitará
a entrada das informações de modo direto no banco de dados, através de
codificação automática das respostas, com a facilidade de limitar a necessidade do
processo de dupla digitação. O software descarregará as informações para um
computador localizado no núcleo de trabalho, disponibilizado a todos os mestrandos
para posterior verificação das informações disponíveis. Todos os mestrandos
receberão treinamento para uso do software antes dos entrevistadores e da coleta
dos dados. Cada entrevistador usará um tablet com o software instalado,
disponibilizado pelo PPGE. As entrevistas se darão nos domicílios dos indivíduos
que compõem a amostra. Após as entrevistas, os entrevistadores revisarão e
codificarão apenas as perguntas em aberto, com o auxílio de seu supervisor de
campo, já que os demais dados serão diretamente inseridos pelo software. Serão
consideradas perdas as entrevistas que não puderem ser realizadas após, no
mínimo, três novas tentativas de entrevista em dias e horários diferentes. Pelo
menos uma das tentativas será realizada pelo supervisor do trabalho de campo.
9.10 CONTROLE DE QUALIDADE
O controle de qualidade será realizado pelos supervisores do trabalho de
campo. Em 10% dos domicílios, a entrevista será refeita com a aplicação de um
questionário reduzido, de forma a possibilitar a comparação dos dados coletados
pelas entrevistadoras e assim comprovar a veracidade da entrevista.
A checagem da consistência das informações será feita através de análise de
concordância com o índice Kappa. Além disso, a constante supervisão dos
mestrandos e a verificação semanal de inconsistências no banco de dados também
visam garantir a qualidade do estudo.
38
9.11 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados será realizada no programa estatístico STATA versão
12.0. Será realizada uma análise descritiva das variáveis independentes para a
caracterização da amostra. Para as variáveis categóricas serão apresentados os
cálculos de prevalências e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Para as
variáveis numéricas será realizado o cálculo da média, da mediana e do desvio
padrão. Serão realizadas análises bivariadas para avaliar a associação entre as
variáveis independentes e o desfecho. Para todas as análises será adotado um nível
de significância de 5%. O efeito de delineamento será considerado em todas as
análises.
39
10 ASPECTOS ÉTICOS
O projeto de pesquisa será encaminhado e submetido à aprovação pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Pelotas.
Todos os participantes serão esclarecidos previamente sobre o estudo e
apenas responderão ao questionário após a assinatura de um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Será garantido aos participantes o sigilo
das informações prestadas.
11 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados do estudo serão divulgados através da apresentação da
dissertação, exigida à obtenção do título de Mestre em Epidemiologia, bem como da
publicação total ou parcial dos resultados em formato de artigo em periódicos
científicos, e de nota à imprensa local com os principais resultados. Também, será
elaborado material informativo sobre as condições de vida e saúde da população de
adultos da zona rural de Pelotas, que será entregue à população-alvo deste estudo.
12 ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO
O consórcio de pesquisa será financiado pelo Programa de Pós-graduação
em Epidemiologia (PPGE), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e, se
necessário, pelos mestrandos.
40
13 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
Período
2015 2016
M J J A S O N D J F M A M J J A S O N
Revisão da literatura
Elaboração do projeto
Defesa do projeto
Planejamento logístico
Seleção e treinamento das entrevistadoras
Estudo piloto
Revisão de questionários
Coleta de dados
Controle de qualidade
Limpeza de dados
Análise dos dados
Redação de artigos
Defesa da dissertação
41
REFERÊNCIAS
AKERMAN, M; NADANOVSKY, P. Avaliação dos serviços de saúde: avaliar o quê? Cadernos de Saúde Pública 8: 361-365, 1992.
ATKINSON, S. J. Anthropology in research on the quality of health services. Cadernos de Saúde Pública 9: 283-299, 1993.
BASTOS, G. A. N; FASOLO, L. R. Fatores que influenciam a satisfação do paciente ambulatorial em uma população de baixa renda: um estudo de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia 16: 114-124, 2013.
BASTOS, G. A. N., SANTOS, I. S; COSTA, J. S. D. d, CAPILHEIRA, M. F. Uso de serviços ambulatoriais nos últimos 15 anos: comparação de dois estudos de base populacional. Rev. bras. epidemiol 14(4): 620-632, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Estrutura Física das Unidades Básica de Saúde, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde – Primary Care Assessment Tool, Departamento de Atenção Básica, 2010.
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47
ANEXOS
48
ANEXO A – PCATOOL-VERSÃO PROFISSIONAIS
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
ANEXO B.QUESTIONÁRIO PARA SER APLICADO NO GESTOR DA UNIDADE
A.Dados de Identificação
A1. Nome completo_____________________________
A2. Sexo ( ) 1 Masculino 2 Feminino
A3. Data de Nascimento / /
A4. Qual a sua profissão? ( ) 1 Médico(a)
2 Enfermeiro(a)
3 Odontólogo(a)
4 Outra .............................................
A5. Qual a data de sua formatura? / /
A6. Você possui especialização?
( ) 1 sim 2 não
Se a resposta for NÃO, passe para a questão A8.
A7.Qual a especialização? A( ) B ( ) C( ) D( )
1. Medicina de Família (residência)
2. Medicina de Família (prova de título)
3. Clínica médica (residência)
4. Clínica médica (prova de título)
5. Pediatria (residência )
6. Pediatria (prova de título)
59
7. Saúde Pública (curso de especialização)
8. Saúde de família (especialização)
9. Ginecologia (residência)
10. Ginecologia (prova de título)
11. Enfermagem comunitária (especialização)
12. Enfermagem comunitária (residência)
13. Medicina Preventiva e Social (residência)
14. Gestão em Saúde Família
15. Outras
A8. Você realizou curso introdutório em Saúde da Família?
( )1 sim 2 não
A9. Você já participou de cursos de formação de gestores em saúde pública?
( ) 1 sim 2 não
B. Dados da Unidade de Saúde
B1. Data de aplicação do questionário: / /
B2. Nome da Unidade de Saúde:________________________
B3. Tipo de serviço de saúde: ( )
1. Unidade Estratégia Saúde da Família
2. Unidade Básica Tradicional
60
B4. Quantos profissionais trabalham na Unidade? (escrever o número de
profissionais entre os parênteses)
1. Médicos de Família ( )
2. Pediatras ( )
3. Ginecologistas ( )
4. Clínicos ( )
5. Enfermeiros ( )
6. Técnicos de Enfermagem ( )
7. Auxiliares de enfermagem ( )
8. Técnicos administrativos ( )
9. Serviços Gerais ( )
10. Agentes Comunitários de Saúde ( )
11. Dentistas................................... ( )
12. Auxiliar de consultório dentário. ( )
13. .................................................. ( )
B5. Há quanto tempo é coordenador desta unidade ( em anos)?
…...................................
B6. Teve outra experiência como gestor?
( ) 1 sim 2 não
Se a resposta for NÃO, passe para a questão númeroB9.
61
B7. Qual foi a experiência como gestor?
A…..................................................................
B….................................................................
B8. Por quanto tempo?
A...….........................
B..............................
B9. A gestão da UBS usa sistemas de informação?
( ) 1 sim 2 não 9 não sei
Se a resposta for NÃO, passe para a questão número B11.
B10. Que sistema é utilizado pela gestão da UBS?
1 ( )E-SUS
2 ( ) DATASUS
3 ( )Outros.
Quais?.......................….........................................................................................
B11. Há algum sistema para que o usuário expresse a sua avaliação da Unidade?
1. ( ) Não
2. ( ) Ouvidoria
3. ( ) Caixa de sugestões na Unidade
4. ( ) Outro .......................................................................................
C. DADOS DO TERRITÓRIO E ESTRUTURA
C1. Qual a população adscrita desta unidade de saúde pelo E-SUS?
..................................
62
C2. Qual a população adscrita pelos dados das agentes comunitárias de saúde?
.
..................................
C3. Quantas equipes de saúde da família existem nesta UBS?
…................................
C4.Quais os médicos da UBS que atuam na ESF?
A_____________________________________________________________
B_____________________________________________________________
C_____________________________________________________________
D_____________________________________________________________
C5. Qual a carga horária?
A ___________
B ___________
C ___________
D ___________
C6.Quais as suas especialidades?
A_____________________________________________________________
B_____________________________________________________________
C_____________________________________________________________
D_____________________________________________________________
C7. Quais os enfermeiros da UBS que atuam na ESF?
63
A_____________________________________________________________
B_____________________________________________________________
C_____________________________________________________________
D_____________________________________________________________
C8. Qual a carga horária?
A ___________
B ___________
C ___________
D ___________
C9.Quais as suas especialidades?
A_____________________________________________________________
B_____________________________________________________________
C_____________________________________________________________
D_____________________________________________________________
C10. Existem pediatras na UBS fora da ESF para os quais há acesso direto ao
usuário? Se sim, escreva a carga horária total destes profissionais nos parênteses?
( )
C11. Existem clínicos na UBS fora da ESF para os quais há acesso direto ao
usuário? Se sim, escreva a carga horária total destes profissionais nos parênteses?
( )
C12. Existem ginecologistas na UBS fora da ESF para os quais há acesso direto ao
usuário? Se sim, escreva a carga horária total destes profissionais nos parênteses?
64
( )
C13. Existem enfermeiros na UBS fora da ESF para os quais há acesso direto ao
usuário? Se sim, escreva a carga horária total destes profissionais nos parênteses?
( )
C14. Que nota você daria de zero a 10, à estrutura física da Unidade de Saúde?
( )
C15. Quantos dias de visita domiciliar dos profissionais de nível superior são
agendados por equipe/mês?
( )
C16. No último mês, em que proporção de dias houve disponibilidade de carro para
visita domiciliar?
( )
C17.Qual o tempo de espera para consulta agendada na UBS ( em dias)?
( )
C18.Qual a oferta de consulta médicas de saúde da família/mês?
( )
C19. Qual a oferta de consultas de enfermagem de saúde da família por mês?
( )
C20.Qual a oferta de consulta médicas de clínico/mês?
( )
C21.Qual a oferta de consulta médicas de pediatra/mês?
( )
65
C22.Qual a oferta de consulta médicas de ginecologista/mês?
( )
C23. Esta UBS dispõe de um sistema de referência para média e alta
complexidade?
( ) 1 sim 2 não 9 não sei
C24. Este sistema possibilita o agendamento prioritário para os casos de maior
gravidade?
( ) 1 sim 2 não 9 não sei
C25. Você considera este sistema:
( ) 1 Adequado 2 Parcialmente adequado 3 Inadequado 9 Não sei
C26. Esta UBS dispõe de um sistema de contra- referência para média e alta
complexidade?
( ) 1 sim 2 não 9 não sei
C27. Você considera este sistema:
( ) 1 Adequado 2 Parcialmente adequado 3 Inadequado 9 Não sei
C28. Esta UBS disponibiliza os medicamentos de lista básica de medicamentos do
Ministério da Saúde:
( ) 1 sempre 2 na maioria das vezes 3 poucas vezes 4 nunca
C29. Descreva o número de:
Consultórios da UBS ( )
Salas de Vacinação ( )
Salas de curativos ( )
Salas de coleta de exames ( )
66
Salas de administrativo ( )
Expurgo ( )
Sala de procedimentos ambulatoriais ( )
Sala de observação ( )
Sala para educação em saúde ( )
Consultório odontológico ( )
Escovário ( )
Sala de espera ( )
Sala de espera com especificidade para crianças ( )
Sala de gerencia ( )
Sala específica para descanso funcionários (cozinha...) ( )
Farmácia ( )
Recepção ( )
Rampas de acesso onde é necessário ( )
Sanitários para pessoas com deficiência ( )
Corredores e portas com espaço para cadeiras de rodas ( )
67
APÊNDICES
68
APÊNDICE A. LISTA DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
Nome da Unidade Básica de Saúde
1. UBS DA CASCATA 2. ESF VILA NOVA
3. UBS SANTA SILVANA
4. ESF CERRITO ALEGRE
5. ESF COLÔNIA OSÓRIO
6. ESF COLÔNIA TRIUNFO
7. ESF COLÔNIA Z 3
8. ESF CORDEIRO DE FARIAS
9. ESF CORRIENTES
10. ESF DA COLÔNIA MACIEL
11. ESF GRUPELLI
12. ESF MONTE BONITO
13. ESF PEDREIRAS
69
APÊNDICE B – QUADRO DE REVISÃO
Autor/Ano
depublicação
Título
Local
População
Metodologia/Objetiv
os
Comentários
Halal I.S., Sparrenberger F., Bertoni A.M., Ciacomet C., Seibel C.E., Lahude F.M., Magalhães G.A., Barreto L. e Lira R.C.A. 1994
Avaliação da qualidade de assistência primária à saúde em localidade urbana da região sul do Brasil
Pelotas-RS Crianças, adolescentes e adultos (N = 99)
Avaliar a capacidade resolutiva e a satisfação dos pacientes e dos profissionais de unidades de ensino de Pelotas
Evidenciou 90% de satisfação percebida pelo paciente (ou pelo cuidador). A resolutividade percebida pelo paciente (ou cuidador) estava significativamente associada com a satisfação com a atenção recebida.
Kloetzel, K., Bertoni A. M., Irazoqui, M.C., Campos V.P.G. et. al. 1998.
Controle de qualidade em atenção primária à saúde. A satisfação do usuário
Pelotas-RS Pacientes ambulatoriais (3/4 mulheres) (N=306)
Os pacientes respondiam à quatro versões de um mesmo questionário que objetivou conhecer a satisfação dos pacientes a respeito de aspectos do atendimento.
A comparação dos resultados demonstrou boa concordância, embora a sensibilidade dos métodos variasse. Os itens mais associados a reclamações foram dificuldade no acesso e demora para ser atendido
Ministério da Saúde. 2000
Avaliação da implantação e funcionamento do Programa Saúde da Família
Brasil 24 estados brasileiros (N= 75% das equipes de ESF em 1998)
Avaliar a implantação e funcionamento de todas as equipes do PSF do país implantadas até dezembro de 1998.
Essa avaliação demonstrou o avanço de alguns aspectos do processo de trabalho em APS (território, orientação familiar), mas também evidenciou a precariedade de condições estruturais, um importante fator de limitação para Atenção de qualidade.
70
Autor/Ano
depublicação
Título
Local
População
Metodologia/Objetiv
os
Comentários
Shi L. e Starfield B., 2000
Primary care, income inequality, and self-rated health in the United States: a mixed-level analysis.
50 estados dos E.U.A.
População Geral e dados secundários
Estudo ecológico Identificar a associação entre proporção de médicos de APS/população e a saúde autopercebida.
A associação entre a auto-percepção de saúde e a proporção de médicos de APS/população era positiva. Além disso, a maior proporção de médicos de APS/população teve o efeito de reduzir a relação negativa entre o baixo nível econômico e a autopercepção de saúde. Não permite o estabelecimento de uma relação entre os resultados favoráveis e a presença dos atributos da APS.
Trad L.A.B., Bastos A.C.S., Santana E.M., Nunes M.O. 2002
Estudo etnográfico da satisfação do usuário do Programa Saúde da Família
Bahia 5 municípios do interior da Bahia
Avaliar qualitativamente a satisfação dos usuários das equipes do PSF. Estudo Etnográfico (qualitativo)
A satisfação do usuário esteve relacionada à facilidade de acesso ao atendimento à melhora do nível de informação sobre o processo saúde-doença e à realização de visitas domiciliares. Níveis baixos de satisfação estavam associados à existência de filas para a realização de consultas médicas e dificuldade de acesso ao nível secundário e terciário.
Starfield B. e Shi L. 2002
Policy relevant determinants of health: an international perspective
Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Holanda, Japão, Reino Unido e Suécia.
População geral dos 13 países e bases de dados secundários
Estudo ecológico Identificar a relação entre o grau de orientação à APS dos sistemas de saúde e os indicadores de saúde nacionais.
Sistemas nacionais de saúde com forte orientação à APS possuíam melhores indicadores populacionais de saúde, com menores custos do que sistemas de saúde com menor orientação à APS. O estudo não permite realizar associações causais. No entanto permite inferir que, quanto mais orientado à APS é o sistema de saúde, maior seu impacto sobre a saúde da população.
Autor/Ano de publicação
Título Local População Métodos/Objetivos Comentários
71
Conill E.M., 2002 Políticas de Atenção Primária e Reformas Sanitárias: discutindo a avaliação a partir da análise do Programa Saúde da Família
Florianopolis SC
5 equipes de PSF de Florianopolis SC. Seus profissionais e população adscrita durante o período de 1994-2000
Metodologia quantiqualitativa Avaliar a implantação e o processo de Atenção do PSF em Florianópolis.
Foram identificados aspectos negativos relacionados à baixa proporção de recursos humanos por população adscrita e às dificuldades de acesso em nível secundário. Aspectos positivos: a presença dos Agentes Comunitários de Saúde e seu papel como visitadores domiciliares e a prática assistencial de toda a equipe, centrada na integralidade, com forte componente de promoção de saúde e de prevenção de doenças.
Seclén-Palacin J., Darras C. 2005
Satisfacción de usuarios de los servicios de salud: Factores sociodemográficos y de accesibilidad associados
Peru Indivíduos maiores De 16 anos (N = 706)
Estimar a satisfação com o atendimento prestado por médicos e enfermeiros e conhecer os fatores associados
A satisfação com o atendimento foi 68,1% e 62,1% para os centros de saúde e hospitais, respectivamente. Maior satisfação associada a menor NSE. Maior idade, menor nível educacional, menor tempo de espera para atendimento e menor distância do serviço de saúde associaram-se com a satisfação.
Gouveia G.C, Souza W.V, Luna C.F, Souza-Júnior P.R.B., Szwarcwald C.L. 2005
Health care users' satisfaction in Brazil
Brasil Todas as faixas etárias (N=2388)
Estudo é parte da ―Pesquisa Mundial de Saúde‖, realizada no Brasil no ano de 2003 que teve por objetivo explicar a satisfação com o atendimento e seus aspectos relacionados.
O tempo de espera para ser atendido obteve o menor grau de satisfação nas consultas ambulatoriais. Baixo grau de satisfação com o atendimento esteve relacionado com ter sofrido algum tipo de discriminação e ser usuário do SUS
Turrini R. N. T., Lebrao, M. L., Cesar C. L. G. 2008
Resolutividade dos serviços de saúde por inquérito domiciliar: percepção do usuário
São Paulo- SP Amostra da população de 6 municípios de São Paulo (N= 10.199)
Estudo descritivo que usou o bando de dados de 1999/2000 sobre morbidade referida e utilização de serviços
A capacidade resolutiva dos serviços avaliados ultrapassou 90% pela percepção do usuário, cabe salientar que os usuários frequentemente se deslocaram para diferentes municípios em busca de atendimento.
Autor/Ano de publicação
Título Local População Métodos/Objetivos Comentários
72
Lima-Costa M. F, Loyola-Filho A.I. 2008
Fatores associados ao uso e à satisfação com os serviços de saúde entre usuários do Sistema Único de Saúde na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil
Região metropolitana de Belo Horizonte
Adultos com 20 anos ou mais (N=8604)
Estudo de base populacional obtido através de inquérito.
O estudo revelou que idade mais avançada, sexo feminino e ter curso superior apresentaram associações com mais uso e maior grau de satisfação com os serviços do SUS. Pior auto-avaliação da saúde, por sua vez, associou-se com o maior uso do serviços de saúde e insatisfação com os mesmos.
Dias-da-Costa J.S,
Olinto M.T.A, Soares
S.A, Nunes M.F,
Bagatini T., Marques
M.C, et al. 2011
Utilização de
serviços de saúde
pela população
adulta de São
Leopoldo, Rio
Grande do Sul,
Brasil: resultados
de um estudo
transversal
São Leopoldo-
RS
Adultos de 20 a
69 anos
(N=1100)
Descrever as características da população adulta de São Leopoldo quanto ao uso dos serviços de saúde.
56,7% não consultaram com médico no
último mês. 51,2% dos indivíduos que
consultaram no último mês utilizaram os
serviços do SUS, 26,9% os serviços
privados e 22% outros serviços. Consultar
mais esteve associado com sexo feminino
e idade elevada.
Cuba-Fuentes M.,
Jurado G. e Estrella
E. 2011
Evaluación del cumplimiento de los atributos de la Atención Primaria y grado de satisfacción de los usuarios de un establecimiento de primer nivel de atención
Peru Adolescentes e adultos de
idade entre 15 e
60 anos
(N=240)
Estimar a satisfação do usuário com o serviço e
o cumprimento de três
atributos da APS:
primeiro contato,
longitudinalidade e
integralidade
Encontrou 61,7% de usuários com media
satisfação e 23,3% com alta satisfação.
(Escala com 5 opções)Sobre o
cumprimento dos atributos da APS, os
atributos primeiro contato e
longitudinalidade foram avaliados como
tendo médio cumprimento e o atributo de
integralidade foi avaliado como tendo um
baixo cumprimento.
Autor/Ano de
publicação
Título
Local
População
Métodos/Objetivos
Comentários
73
Bastos, G.A.N. e
FasoloII, L.R.
2013
Fatores que
influenciam a
satisfação do
paciente
ambulatorial em
uma população de
baixa renda: um
estudo de
base populacional
Porto Alegre-
RS
Adultos com mais
de 20 anos de
idade
(N= 3.391)
Estimar a satisfação com a última consulta e sua associação com as seguintes variáveis: sexo, idade, cor da pele, classe social, escolaridade, motivo e local da consulta, facilidade em conseguir consulta e tempo de espera.
A satisfação com a última consulta foi de
63,7%, sendo que 23,2% referiram estar
muito satisfeitos. As variáveis local de
consulta, facilidade em conseguir consulta,
ser bem tratado pelo médico ou
recepcionista estiveram diretamente
associada com a satisfação. O tempo de
espera para ser atendido esteve
inversamente associado à satisfação.
Vitória A., Harzheim
E. 2013
Avaliação dos
atributos da
atenção primária à
saúde em
Chapecó, Brasil
Chapecó-SC Profissionais
médicos e
enfermeiros de 24
UBS
Avaliar a estrutura e os processos do cuidado na cidade de Chapecó-SC
Cerca de 40% das unidades de Chapecó
apresentavam adequação estrutural. O
atributo acesso de primeiro contato foi o
que recebeu o menor escore de avaliação
Chomatas E.,
Harzheim E.2013
Avaliação da
presença e
extensão dos
atributos da
atenção primária
em Curitiba
Curitiba- PR Profissionais
médicos e
enfermeiros de 92
UBS
Comparar os modelos ESF e Tradicional quanto ao cumprimento dos atributos da APS
Evidenciou que os serviços que se
organizam conforme a ESF possuem maior
orientação aos atributos da APS.
74
Autor/Ano de
publicação
Título Local População Métodos/Objetivos Comentários
Ayach C., Moimaz S. A.
S., 2015
A visão do usuário
sobre o serviço
público odontológico
e a autopercepção
em saúde bucal
Brasil Adolescentes
adultos e
idosos
(N=325)
Estudo Transversal.
Descrever a
satisfação com o
serviço público de
saúde bucal e seus
fatores associados
O estudo encontrou um algo grau de satisfação
com o serviço, 95,6% dos entrevistados se
sentiu satisfeito com o atendimento prestado
pelo serviço. Morar perto da unidade e perceber
seu estado de saúde bucal como bom esteve
relacionado às maiores prevalências de
satisfação.
75
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PARA PROFISSIONAIS MÉDICOS E
ENFERMEIROS
A. Informações Gerais
A1. Data de aplicação do questionário: | | | |
A2. Nome da Unidade de Saúde
A3. Tipo de serviço de saúde ( )
1. Unidade de Estratégia Saúde da Família
2. Unidade Básica Tradicional
B. Dados de Identificação
B1. Nome:
B2. Sexo ( ) 1.masculino 2.feminino
B3. Qual é sua profissão ( ) 1. Médico 2. Enfermeiro
B4. Qual a data de sua formatura? | | | |
B5. Você possui alguma especialidade? ( ) 1.Sim 2.Não
B6. Qual é a especialidade? __________________________
B7. Em quantos locais você trabalha?___________________
B8.Quantas horas você trabalha por semana?_____________
B9. Há quanto tempo você trabalha neste serviço? ( ) anos
B10.Neste serviço qual sua carga horária semanal? ( ) horas
B11. Como você avalia a qualidade deste serviço de saúde?
(0) péssimo
(1) ruim
(2) regular
(3) bom
(4) ótimo
B12. Que tipo de vínculo empregatício você possui neste serviço?
(0) Concursado – estatutário
76
(1) Contrato temporário – emergencial
(2)Outro
B13. Em média, quantos pacientes você atende por semana?
( )
B14. No último mês, quanto você recebeu neste serviço?
R$ | | | | | | |
77
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO – CONSÓRCIO
AGORA NÓS VAMOS FALAR SOBRE O SERVIÇO DE SAÚDE DA SUA REGIÃO
(UNIDADE BÁSICA OU POSTO DE SAÚDE). AS PRÓXIMAS PERGUNTAS SÃO
SOBRE A SUA OPINIÃO SOBRE ESSE SERVIÇO E A SUA ÚLTIMA CONSULTA.
A051)QUAL O POSTO DE SAÚDE DA SUA REGIÃO?
______________________ [999 =IGN] A052)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZES O(A) SR.(A)
CONSULTOU NO POSTO DE SAÚDE?
a) COM O(A) MÉDICO(A)__ __ vezes
[77 = Nunca consultou no posto de saúde da regiãoVá para A063;99 = IGN]
b)COM O(A) ENFERMEIRO(A) __ __ vezes
[77 = Nunca consultou no posto de saúde da regiãoVá para A063; 99 = IGN]
A053)HÁ QUANTO TEMPO FOI A SUA ÚLTIMA CONSULTA?
__ __ meses
[88 = NSA / 99 = IGN]
__ __ dias
[88 = NSA / 99 = IGN]
A054)QUANTO TEMPO DEMOROU PARA CONSEGUIR ESSA ÚLTIMA
CONSULTA?
__ __ dias
[00 = se foi atendido no mesmo dia / 88 =NSA / 99 = IGN]
A055)AINDA SOBRE ESSA ÚLTIMA CONSULTA, O(A) SR.(A) ESPEROU MUITO
PARA SER ATENDIDO?
(0) Não
(1) Sim
(2) Mais ou menos
(8) NSA
(9) IGN
A056)QUAL FOI O TEMPO DE ESPERA PARAO(A) SR.(A) SER ATENDIDO?
__ __horas
[88 = NSA / 99 = IGN]
__ __ minutos
78
[88 = NSA /99=IGN]
A057)CONSIDERANDO ESSA ÚLTIMA CONSULTA, COMO O(A) SR.(A) FOI ATENDIDO(A) PELO(A) RECEPCIONISTA? ESCOLHA A FACE QUE MELHOR EXPRESSA SUA OPINIÃO.Mostrar cartão1 __ Número rosto
[8 = NSA / 9=IGN]
A058)COMO O(A) SR.(A) FOI ATENDIDO(A) PELO MÉDICO(A) OU ENFERMEIRO(A) QUE LHE FEZ O ATENDIMENTO? ESCOLHA A FACE QUE MELHOR EXPRESSA SUA OPINIÃO. Mostrar cartão1 __ Número rosto
[8 = NSA / 9=IGN]
A059)A CONSULTA DUROU O TEMPO QUE O(A) SR.(A) ESPERAVA...? Ler
opções
(1) Sim
(2) Não, durou mais tempo (3) Não, durou menos tempo (8) NSA
(9) IGN A060)QUANTO TEMPO DUROU A CONSULTA COM O(A) MÉDICO(A) OU
ENFERMEIRO(A)?
__ __ minutos
[88 = NSA / 99=IGN]
A061)O(A) SR.(A) RECOMENDARIA ESSE POSTO DE SAÚDE PARA ALGUM
FAMILIAR OU AMIGO PRÓXIMO?
(0) Não
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN A062)QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE ESSE POSTO DE SAÚDE? ESCOLHA O ROSTO QUE MELHOR EXPRESSA SUA OPINIÃO.Mostrar cartão 1 __ Número rosto
[9=IGN / 8 = NSA]
79
Cartão 1 escala de faces
80
2 ALTERAÇÕES DO PROJETO
81
Durante o desenvolvimento deste projeto mudanças importantes
aconteceram. O questionário que seria aplicado ao gestor das UBS para avaliar
adequação estrutural se mostrou inadequado para a realidade rural, sobretudo
porque a maioria das UBS já adotaram o modelo ESF. Muitas das
recomendações não se aplicam a realidade da zona rural de Pelotas, como por
exemplo, o máximo de 4 mil habitantes por UBS, já que nenhuma UBS da zona
rural tem mais de 4 mil habitantes adscritos. Também não foi utilizado o
questionário de características dos profissionais. Estudos posteriores a este
projeto serão realizados a fim de avaliar a adequação estrutural das UBS da
zona rural e o perfil dos profissionais de saúde que atuam na zona rural.
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar o grau de satisfação dos usuários das UBS da zona rural de
Pelotas e seus fatores associados assim como mensurar a associação deste
desfecho com o grau de orientação à APS.
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
O estudo não irá descrever objetivos que necessitam do percentual de
adequação às recomendações do MS ou do questionário com características
dos profissionais de saúde.
2.3 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DO DESFECHO
O desfecho ―Satisfação com a última consulta‖ não fez parte do estudo,
o desfecho principal ―satisfação com a UBS‖ é suficiente para aferir o grau de
satisfação com a UBS.
82
2.4 METODOLOGIA DO SUBESTUDO
O texto do projeto fala de 13 UBS, na verdade são 14 UBS, uma UBS
(Posto Branco) embora administrativamente faça parte de outra UBS funciona
de maneira autônoma e em prédio próprio. O texto também cita 29 profissionais
médicos e enfermeiros, na verdade são 25 profissionais médicos e
enfermeiros, houve um engano por parte da secretária da Secretária de Saúde
que informou o número de enfermeiros e auxiliares de enfermagem.
83
3 RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
84
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
CONSÓRCIO DE PESQUISA 2015/2016
Pelotas - RS
2016
85
3.1 INTRODUÇÃO
O Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia (PPGE) da Universidade
Federal de Pelotas (UFPel) foi criado em 1991, por um grupo de docentes da
Faculdade de Medicina. Na avaliação trienal de 2007 o curso recebeu nota ―7‖,
conceito máximo – que mantém até os dias atuais - da avaliação da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), sendo o primeiro na
área de Saúde Coletiva e considerado de excelência internacional.
Desde 1999 o PPGE realiza, a cada dois anos, inquéritos populacionais sobre
aspectos de saúde na zona urbana do município de Pelotas, cidade localizada no sul
do Rio Grande do Sul. Esses estudos ocorrem sob a forma de ―Consórcio de
Pesquisa‖, o qual consiste em um estudo transversal de base populacional realizado
pelos mestrandos do PPGE1. Essa metodologia de pesquisa permite que ocorra
redução do tempo de trabalho de campo e otimização de recursos financeiros e
humanos. Adicionalmente, tem como um dos objetivos que os alunos vivenciem
experiências em todas as etapas de um estudo epidemiológico, resultando nas
dissertações dos mestrandos e, ainda, no reconhecimento da situação de saúde da
população investigada.
Nos anos 2015/2016, pela primeira vez, o consórcio de pesquisa do PPGE
realizou-se com a população adulta e idosa da zona rural do município de Pelotas. A
pesquisa contou com a supervisão de 12 mestrandos, sob a coordenação de quatro
docentes do Programa (Dra. Elaine Tomasi, Dra. Helen Gonçalves, Dra. Luciana
Tovo Rodrigues e Dra. Maria Cecília Assunção) e uma professora colaboradora do
Programa (Dra. Renata Moraes Bielemann). Ao idealizar tal pesquisa, antes dos
mestrandos ingressarem no Programa, as coordenadoras do consórcio iniciaram o
processo de contato e divulgação da pesquisa com lideranças da zona rural do
município e entidades públicas, com intuito de analisar a viabilidade da realização do
estudo. Destacam-se, neste período, contatos realizados com: Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria de Desenvolvimento Rural, Secretaria da
Saúde, EMATER Pelotas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, líderes comunitários
e religiosos atuantes na zona rural de Pelotas.
Ao longo dos quatro primeiros bimestres do curso, nas disciplinas de Prática
de Pesquisa I a IV, ocorreu o planejamento do estudo populacional, desde a escolha
86
dos temas até o planejamento de todo o trabalho de campo pelos mestrandos.
Nessa pesquisa foram investigados temas específicos de cada mestrando (Tabela
1), juntamente com informações demográficas, socioeconômicas e comportamentais
de interesse comum. Além da aplicação do questionário, também foram coletadas
algumas medidas antropométricas que serão explicadas com mais detalhes no
decorrer deste documento.
Tabela 1. Alunos, formação e temas do Consórcio de Pesquisa do PPGE. Pelotas, 2015/2016.
Mestrando Graduação Tema de Pesquisa
Adriana Kramer Fiala
Machado
Nutrição Qualidade do sono
Ana Carolina Oliveira Ruivo Medicina Serviços de saúde
Caroline Cardozo Bortolotto Nutrição Qualidade de vida
Gustavo Pêgas Jaeger Medicina Consumo de bebidas
alcoólicas
Mariana Otero Xavier Nutrição/Educação
Física
Tabagismo
Mayra Pacheco Fernandes Nutrição Consumo de alimentos
Rafaela Costa Martins Educação Física Atividade física
Roberta Hirschmann Nutrição Depressão
Thais Martins da Silva Nutrição Obesidade geral e abdominal
Através dos projetos individuais de cada mestrando, foi elaborado um projeto
geral intitulado ―Avaliação da saúde de adultos residentes na zona rural do município
de Pelotas, RS‖. Este projeto mais amplo, também chamado de ―projetão‖,
contemplou o delineamento do estudo, os objetivos e as justificativas de todos os
temas de pesquisa dos mestrandos, além da metodologia, processo de amostragem
e outras características da execução do estudo. Foram ainda investigados cinco
temas específicos de interesse de docentes do PPGE: saúde bucal, contato com
agrotóxicos, criminalidade, consumo de chimarrão e uso de medicamentos.
O Projeto Geral foi encaminhado para avaliação ao Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Faculdade de Medicina (FAMED) da Universidade Federal de
87
Pelotas em novembro de 2015, com o número de protocolo 51399615.7.0000.5317.
O parecer contendo a aprovação para início do estudo foi recebido no dia 11 de
dezembro de 2015, com o número 1.363.979 (Apêndice 1).
3.2 COMISSÕES DO TRABALHO DE CAMPO
O Consórcio de Pesquisa busca capacitar os mestrandos para o trabalho em
equipe. Para que isso fosse possível em 2015/2016, foram estabelecidas comissões
a fim de garantir uma melhor preparação e um bom andamento do trabalho de
campo. Todos os mestrandos participaram das comissões, podendo um mesmo
aluno atuar em mais de uma. Ainda, o referido consórcio contou com a colaboração
de alunos vinculados ao Centro de Equidade do Centro de Pesquisas
Epidemiológicas (Janaína Calu Costa, Luis Paulo Vidaletti Ruas e Maria del Pilar
Flores Quispe). Os três participaram das comissões e do trabalho de campo durante
os dois primeiros meses. Seus projetos de dissertação não previam a utilização dos
dados coletados pelo consórcio. O aluno do curso de Doutorado do PPGE, Bernardo
Agostini, também contribuiu durante o trabalho de campo, nos dois últimos meses de
coleta de dados, para ampliar seu aprendizado.
As comissões deste consórcio, mestrandos responsáveis e suas atribuições
estão listadas abaixo.
Elaboração do projeto de pesquisa que reuniu todos os estudos: Ana Carolina
Ruivo; Gustavo Jaeger; Luis Paulo Ruas.
Essa comissão foi responsável pela elaboração do projeto geral enviado ao
Comitê de Ética em Pesquisa, com base nos projetos de cada mestrando e
professores. Este projeto, denominado ―projetão‖, foi composto por 14 projetos
individuais, sendo nove deles de mestrandos e cinco de professores. Os projetos
individuais que formavam o ―projetão‖ foram nele descritos separadamente. De
cada projeto individual foram abordados os seguintes itens: justificativa para
realização, objetivos gerais e específicos e hipóteses do estudo.
O ―projetão‖ contemplou também alguns aspectos comuns a todos os projetos
individuais, como: descrição do PPGE e da forma de pesquisa adotada pelo
88
programa, delineamento do estudo, população-alvo, amostra e processo de
amostragem (amostras necessárias para cada projeto individual), instrumentos
utilizados, logística, seleção e treinamento de entrevistadoras, estudo piloto, controle
de qualidade, processamento e análise de dados, aspectos éticos, orçamento,
cronograma e referências bibliográficas.
Os questionários completos aplicados e cartões visuais, utilizados para auxílio
durante a entrevista, foram anexados como apêndices no Projeto. Além disso, ao
longo do texto, duas tabelas foram apresentadas: (1) especificando o tamanho
amostral necessário para cada projeto individual e (2) a descrição detalhada do
orçamento do projeto.
Elaboração do questionário: Mariana Xavier; Roberta Hirschmann; Thais da Silva.
Essa comissão foi responsável pela incorporação dos instrumentos de cada
mestrando em um questionário comum, bem como a coordenação dos pulos e filtros
dos diferentes blocos. Além disso, elaborou o questionário de controle de qualidade
da pesquisa.
Elaboração do manual de instruções: Adriana Machado; Janaína Calu Costa.
Comissão responsável pela elaboração de um manual de instruções contendo
todas as informações sobre o instrumento geral e de cada mestrando, bem como
procedimentos a serem tomados em cada pergunta. As instruções inerentes aos
procedimentos adotados para aplicação ou tomada das medidas de cada mestrando
foram elaboradas pelos próprios estudantes.
Amostragem e banco de dados: Adriana Machado; Mayra Fernandes; Rafaela
Martins.
A comissão do banco de dados foi responsável por transcrever o questionário
para meio digital através do website para pesquisas online chamado REDCap
(Research Eletronic Data Capture)3 e inserir este questionário digital nos tablets
Samsung GalaxyTab E. Além disso, tinha como responsabilidade checar as
inconsistências do questionário e das respostas, assim como organizar e gerenciar
89
os dados. Por fim, foi responsável pela entrega da versão final do banco de dados a
ser utilizado por todos os mestrandos em suas análises.
Controle de planilhas: Rafaela Costa Martins.
O controle de entrevistas de cada setor, mantendo uma planilha sempre
atualizada com as informações repassadas pelos mestrandos ao final de cada dia e
durante todo o período de trabalho de campo ficou sob responsabilidade de uma
mestranda. Cada setor possuía uma planilha individual, que alimentava a planilha
geral com dados agrupados do trabalho de campo. Cada uma dessas planilhas era
dividida em 31 abas, sendo uma para resumo do setor e, as outras 30
correspondiam a cada casa. A aba de cada domicílio possuía informações sobre
código de identificação (ID), nome, idade, telefone e o melhor turno para encontrar o
participante em casa, além de informar qual morador do domicílio respondeu o
―Bloco B‖ (questionário domiciliar), bem como qual morador havia sido sorteado para
o controle de qualidade. A aba de resumo de cada setor informava o percentual de
entrevistas realizadas e pendentes, perdas, recusas, critérios de exclusão, número
de moradores, número de adultos, controle de qualidade sorteado, domicílios
completos, amostrados e com pendência. Todos esses dados eram convergidos em
um dado geral de cada setor e do total do campo com as informações por setor
resumidas.
Logística e trabalho de campo: Caroline Bortolotto; Roberta Hirschmann; Thais da
Silva.
Comissão responsável pela aquisição e controle do material utilizado em
campo, previsão de orçamentos, processo de seleção das candidatas a
entrevistadoras e organização dos treinamentos. Além disso, ficou a cargo dessa
comissão a escolha de empresas de transporte para deslocamento durante todo o
trabalho de campo.
Divulgação do trabalho de campo: Gustavo Jaeger; Maria del Pilar Quispe; Mayra
Fernandes.
Essa comissão trabalhou com o setor de imprensa do Centro de Pesquisas
Epidemiológicas, especificamente com Silvia Pinto (comunicação) e Cíntia Borges
90
(design gráfico). Foi de responsabilidade desta comissão a elaboração de todo o
material de divulgação prévia da pesquisa, bem como do material utilizado pelos
mestrandos e entrevistadoras durante o trabalho de campo, como camisetas, bonés
e crachás. Ainda, auxiliou na elaboração do material com os resultados finais da
pesquisa a serem devolvidos aos participantes e instituições de saúde.
Financeiro: Ana Carolina Ruivo; Roberta Hirschmann.
Comissão encarregada de todas as questões relacionadas ao controle
financeiro, orçamento e previsão de compras durante todo o Consórcio de Pesquisa.
Essa comissão estava constantemente em contato com o setor financeiro do PPGE
e era responsável também por controlar o número de entrevistas de cada
entrevistadora para posterior pagamento, a utilização mensal das vans, fornecimento
de vales-transportes para as entrevistadoras e toda e qualquer despesa relacionada
à pesquisa.
Elaboração do relatório de trabalho de campo: Caroline Bortolotto; Mariana
Xavier; Rafaela Martins.
Comissão responsável pelo registro de todas as decisões tomadas nas
reuniões com a coordenação, informações relevantes do trabalho de campo,
preenchimento de tabela com datas de encontros e reuniões com pessoas que
auxiliaram antes de iniciar o trabalho de campo, e pela elaboração do presente
relatório do Consórcio de Pesquisa ―Saúde Rural‖ 2015-2016.
91
3.3 QUESTIONÁRIOS
O questionário foi dividido em duas partes chamadas de ―Bloco A‖ e ―Bloco B‖
(Apêndice 2). As questões individuais e específicas do instrumento de cada
mestrando foram incluídas no questionário geral, denominado ―Bloco A‖.
O ―Bloco A‖ foi aplicado a todos os indivíduos com 18 anos ou mais,
moradores da zona rural de Pelotas. Este instrumento era composto por 209
questões, incluindo temas sobre atividade física, qualidade de vida, presença de
morbidades, consumo de alimentos, utilização de serviços de saúde, qualidade do
sono, saúde dos dentes e da boca, depressão, tabagismo, consumo de bebidas
alcoólicas, criminalidade, consumo de chimarrão, uso de medicamentos, uso de
agrotóxicos e religião.
As questões referentes aos aspectos domiciliares foram incluídas no ―Bloco
B‖, sendo respondidas por apenas um indivíduo de cada residência,
preferencialmente o chefe da família. Esse bloco continha 61 perguntas referentes
aos dados socioeconômicos da família, características do domicílio, escolaridade do
chefe da família e posse de bens. Além dos questionários, foram coletadas as
seguintes medidas antropométricas dos participantes: peso, altura e circunferência
da cintura.
3.4 MANUAL DE INSTRUÇÕES
A elaboração do manual de instruções auxiliou no treinamento e nas
entrevistas durante o trabalho de campo. Todos os tablets utilizados para a coleta de
dados possuíam uma versão digital do manual, sendo de fácil acesso às
entrevistadoras. A versão do manual encontra-se no Apêndice 3 deste documento.
O manual incluía orientações sobre o que se pretendia coletar em cada
questão dos questionários, contendo a explicação da pergunta, opções de resposta
e instruções para perguntas nas quais as opções deveriam ser lidas ou não.
Continha, ainda, as definições de termos utilizados no questionário e o telefone de
todos os supervisores.
92
Também foi criado um manual para a ―batedora‖ (termo utilizado para se
referir a pessoa que realiza a contagem e identificação de domicílios antes de iniciar
o trabalho de campo propriamente dito), o qual possuía um roteiro com explicações
sobre o procedimento correto a ser realizado na ―bateção‖. Porém, por dificuldades
logísticas específicas da zona rural, especialmente as distâncias a serem
percorridas, as más condições das estradas e o dispêndio excessivo de tempo
nesse processo, a ―bateção‖ não ocorreu conforme esperado, tendo-se então optado
por não realizar essa abordagem prévia aos participantes do estudo na zona rural.
3.5 AMOSTRA E PROCESSO DE AMOSTRAGEM
Nos projetos individuais, cada mestrando calculou o tamanho de amostra
necessário para o seu tema de interesse, tanto para estimar o número de indivíduos
necessário para estudos de prevalência, quanto para o exame das possíveis
associações. Em todos os cálculos foram acrescidos 10% para perdas e recusas e
15% para cálculo de associações, tendo em vista o controle de possíveis fatores de
confusão e, ainda, o efeito de delineamento amostral, dependendo de cada tema.
Nos dias 31/08/2015, 01 e 02/09/2015 ocorreu uma oficina de amostragem
coordenada pelo Prof. Aluísio Jardim Dornellas de Barros e pela estatística
convidada da Universidade de São Paulo (USP), Profa. Regina Bernal. Nessa
ocasião foi definido o maior tamanho de amostra necessário (n=2.016 adultos) para
que todos os mestrandos tivessem a possibilidade de estudar os seus desfechos,
levando em consideração as questões logísticas e financeiras envolvidas.
Inicialmente, foram reconhecidos os distritos e setores rurais através dos
dados do Censo de 20102. A zona rural de Pelotas possui oito distritos que estão
descritos na Tabela 2. Nesses, foram sorteados 24 setores e 1.008 domicílios. A
decisão sobre o número de setores a serem amostrados levou em consideração o
número de domicílios permanentes de cada um dos distritos. Foi considerado em
média 2 adultos por domicílio, dessa forma o cálculo para a escolha do número de
domicílios foi realizado da seguinte forma:
24 setores * 2 adultos em média por domicílio = 42 domicílios por setor
93
Tabela 2. Descrição dos distritos conforme tamanho populacional e número de setores.
Distrito População Nº de setores
Nº de setores
selecionados
Z3 3165 8 3
Cerrito Alegre 3075 6 4
Triunfo 2466 4 2
Cascata 3074 6 4
Santa Silvana 2443 8 2
Quilombo 2649 5 3
Rincão da Cruz 1970 7 2
Monte Bonito 3201 6 4
No decorrer do trabalho foram necessárias mudanças logísticas devido às
dificuldades de locomoção na zona rural, custo e tempo para o término do estudo. A
principal mudança consistiu na redução do número de domicílios, sendo mantidos o
número de setores e a média de adultos/domicílio. O número de domicílios por setor
passou a ser 30, resultando em 720 domicílios, finalizando em 1.440 indivíduos.
Devido à grande diferença na distribuição geográfica das residências na zona
rural em comparação com a zona urbana, foi necessário adotar uma estratégia
peculiar para este estágio do processo. Optou-se por utilizar o software Google
Earth, que está disponível para uso gratuito, juntamente com um mapa virtual do
estado do Rio Grande do Sul, fornecido pelo IBGE. Com a utilização destas duas
ferramentas foi possível sobrepor as delimitações geográficas da cidade de Pelotas,
que inclui as subdivisões em setores censitários, sobre as imagens feitas por satélite
fornecidas pelo Google Earth.
A partir das imagens aéreas, com as subdivisões geográficas sobrepostas, os
setores censitários foram divididos em núcleos, da seguinte maneira: foi considerado
um núcleo cada aglomerado com no mínimo cinco casas, localizadas em um raio de
um quilômetro a partir do centro do núcleo – maior ramificação de ruas ou
vias/estradas. Estes núcleos foram ordenados em cada setor, de maneira
decrescente e de acordo com o número de casas identificadas pelas imagens de
satélite.
94
Finalmente, para a seleção das residências, foi adotado o seguinte
procedimento: iniciava-se pelo maior núcleo (com maior número de residências) e,
ao chegar ao centro deste núcleo, um dos mestrandos responsáveis pelo trabalho
de campo girava algum objeto pontiagudo (como, por exemplo, uma garrafa) para
dar a direção do início a ser percorrido para encontrar as residências a serem
incluídas na amostra, garantindo certa aleatoriedade no processo. Se,
eventualmente, o objeto girado apontasse no meio de duas ramificações, seguia-se
sempre pela via à direita da direção indicada. Quando chegava-se ao fim da direção
apontada dentro do núcleo sem que 30 casas fossem identificadas, voltava-se ao
centro do núcleo e dava-se continuidade ao processo pela próxima via, à direita da
primeira. Após o rastreamento de todo o primeiro núcleo, caso não se alcançasse o
total de 30 residências, seguia-se em direção ao centro do segundo núcleo do setor
com maior número de residências e repetia-se o processo, até que as trinta
residências habitadas fossem selecionadas.
3.6 SELEÇÃO E TREINAMENTO DAS ENTREVISTADORAS
Antes do início do trabalho de campo, a comissão de logística foi responsável
por criar propostas para a implementação do trabalho de campo, como número de
entrevistadoras, rota e tipo de transporte para as entrevistadoras, as quais deveriam
se deslocar do Centro de Pesquisas Epidemiológicas, localizado na zona urbana,
até a zona rural do município. Após estas definições, o próximo passo foi selecionar
as candidatas que iriam atuar no trabalho de campo.
Os critérios de seleção para as candidatas às vagas de entrevistadora foram
os seguintes: ser do sexo feminino, ter ensino médio completo e ter disponibilidade
de tempo para realização do trabalho. Outras características também foram
consideradas, como: experiência prévia em pesquisa, desempenho no treinamento,
organização e relacionamento interpessoal.
As inscrições para seleção ocorreram no período de 4 a 11 de dezembro de
2015, com o objetivo de contratar 14 entrevistadoras. A divulgação do edital de
inscrição foi através do website e via Facebook do PPGE e dos mestrandos. O total
95
de 74 candidatas inscreveram-se para o treinamento. Destas, 52 foram selecionadas
para a participação do treinamento.
O treinamento foi realizado no período de 15 a 18 de dezembro de 2015 e,
novamente, nos dias 11 e 12 de janeiro de 2016, durante os turnos manhã e tarde.
Este consistiu de uma parte teórica, através de apresentação expositiva de cada
mestrando referente ao seu instrumento e pela apresentação da comissão quanto a
parte geral do questionário. Também houve uma parte prática do treinamento, onde
foram feitas simulações de entrevistas tanto em papel, quanto em tablets, para o
completo entendimento das interessadas em realizar esta tarefa.
Após conclusão desta etapa, foi realizada avaliação teórica, quando uma
prova com perguntas específicas sobre os conteúdos abordados no treinamento foi
aplicada. Foram selecionadas as candidatas que atingiram melhor pontuação final
nos critérios de avaliação (nota da avaliação teórica, presença, participação e
interesse nos treinamentos). As 17 aprovadas na primeira etapa participaram de um
estudo piloto no dia 13 de janeiro de 2016, realizado no município de Arroio do
Padre. A escolha deste local se deu em virtude da similaridade de suas
características com a zona rural a ser estudada, uma vez que este município
pertencia à zona rural de Pelotas antes de sua emancipação. O estudo piloto foi
realizado com o objetivo de avaliar o desempenho de cada entrevistadora durante
uma simulação prática do trabalho de campo. Ao final do estudo piloto, os
mestrandos selecionaram 14 entrevistadoras com melhor desempenho durante os
treinamentos, prova e piloto.
Além dos treinamentos para aplicação dos questionários foi realizada a
padronização de medidas antropométricas (altura, peso e circunferência da cintura),
coordenada por duas mestrandas (Thaís e Caroline) consideradas ―padrão-ouro‖ na
tomada das mesmas. Além das entrevistadoras, os mestrandos também foram
padronizados.
A padronização de medidas ocorreu nos dias 14, 15, 18 a 20 de janeiro de
2016. Realizou-se o treinamento prático para a padronização da coleta das medidas
antropométricas, com carga horária de 20 horas com as pré-selecionadas na sede
do PPGE. Durante o processo de padronização, as candidatas foram orientadas
sobre a realização da técnica correta das medidas de peso, altura e circunferência
da cintura. Todo o procedimento foi baseado na metodologia proposta por Habicht4,
96
a qual diz respeito à adequação da técnica de coleta para aumentar sua precisão e
exatidão.
Para cada candidata, assim como para os mestrandos, foi construída uma
planilha com as médias dos erros técnicos das medidas de peso, altura e
circunferência da cintura observadas, segundo os erros intra e inter-observador e de
acordo com a metodologia supracitada – erros entre os resultados obtidos pela
própria entrevistadora e erros de cada entrevistadora comparados ao padrão-ouro,
respectivamente. Durante o treinamento, as mestrandas padrão-ouro mensuraram o
peso, altura e circunferência da cintura de 10 voluntários, em duas rodadas distintas.
O mesmo processo foi realizado pelas candidatas ao cargo de entrevistadora,
quantas vezes fosse necessário até se obter concordância entre os resultados
encontrados.
As medidas foram digitadas em planilhas Excel® para cálculo dos valores de
precisão e exatidão aceitáveis conforme a metodologia de Habicht4. O processo de
padronização foi realizado novamente 60 dias após o início do campo, a fim de
manter a qualidade das medidas mensuras durante o processo.
O início do trabalho de campo ocorreu no dia 21 de janeiro de 2016. Para o
trabalho de campo foram montados kits que continham: mochila, crachá de
identificação, camiseta, pasta plástica, prancheta, carta de apresentação, (Apêndice
3) questionários impressos (Apêndice 2), termos de consentimento livre e
esclarecido (TCLE) (Apêndice 4), tablet (com case), anexos aos questionários
(cadernos a parte que incluíam escala de faces, dosagens de bebidas alcoólicas,
cartões com imagens para auxílio no preenchimento dos questionários de atividade
física, depressão, qualidade de vida e qualidade do sono), canetas, lápis, borracha,
apontador, calculadora, fita métrica, estadiômetro, balança digital, caderno de
anotações (diário de campo) e almofada para impressão digital.
97
3.7 DIVULGAÇÃO
O trabalho da comissão de divulgação do consórcio de pesquisa na zona rural
contou com a colaboração das profissionais de design gráfico e comunicação social
do PPGE, Cíntia Borges e Sílvia Pinto, respectivamente. Este trabalho iniciou antes
mesmo da formação desta comissão, mediante os contatos das docentes
coordenadoras com pessoas e instituições importantes para esse trabalho, conforme
citado anteriormente.
Ainda no primeiro semestre de 2015, a turma de mestrandos reuniu-se por
diversas vezes, muitas delas junto às professoras responsáveis pelo consórcio, para
pensar, elaborar e planejar todas as etapas da divulgação da pesquisa, levando em
conta a peculiaridade da população-alvo. Decidiu-se por denominar o presente
consórcio de pesquisa da seguinte maneira: nome principal ―Saúde Rural‖;
complementado por ―Pesquisa sobre saúde da população rural de Pelotas‖. Além
disso, foram reunidas as ideias para subsidiar o trabalho de construção de uma
logomarca para o estudo.
O processo de criação da logomarca do consórcio foi realizado pelas
profissionais Cíntia Borges e Sílvia Pinto, com as ideias sugeridas pelo grupo de
mestrandos. Com um trabalho realizado em equipe, brevemente foi possível definir a
logomarca que representasse bem os objetivos e o alvo da pesquisa. Com a
logomarca e o nome do projeto definidos, a comissão começou a colocar em prática
a divulgação do estudo. Um dos primeiros e mais importantes passos foi realizar
uma reunião na Secretaria de Saúde, em maio de 2015, para apresentar a pesquisa,
coletar informações importantes sobre a zona rural e esclarecer dúvidas. Nessa
ocasião estavam presentes, além da Superintendente de Ações em Saúde,
trabalhadores das 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que fazem parte da zona
rural de Pelotas. Houve também outras reuniões nas quais participaram alguns
alunos juntamente com as professoras coordenadoras, como na reunião com a
EMATER Pelotas e com o IBGE. Os mestrandos também realizaram diversas visitas
a cada um dos distritos para reconhecimento dos locais e participaram de Pré-
Conferências de Saúde nos distritos Quilombo e Santa Silvana, em junho de 2015,
para divulgar a pesquisa. Outra reunião muito importante ocorreu em setembro de
2015 com os subprefeitos de cada distrito da zona rural de Pelotas, na Secretaria de
98
Desenvolvimento Rural. Nessa reunião os alunos explicaram de maneira clara e
sucinta o projeto de pesquisa. Cabe ressaltar que os subprefeitos foram muito
solícitos, apoiaram a iniciativa e indicaram as principais maneiras através das quais
os moradores da zona rural obtinham informações, ou seja, os mais efetivos meios
para informar a esta população sobre a realização da pesquisa.
Com base em informações obtidas nas diversas reuniões e contatos com
pessoas conhecedoras da zona rural, foram elaborados cartazes e panfletos que
transmitissem informações sobre a pesquisa que seria realizada, de uma forma
clara, concisa e amigável. O principal objetivo, neste momento inicial, era fazer com
que a população tivesse um primeiro contato com a pesquisa e com ela se
acostumasse, entendendo a importância do projeto. Além disso, um dos objetivos da
divulgação foi de conquistar a confiança da população-alvo, demonstrando a
seriedade da pesquisa, o que facilitaria a aceitação dos moradores em participar.
A divulgação na região geográfica do estudo iniciou na metade do segundo
semestre de 2015. Os mestrandos foram divididos em quatro grupos, ficando cada
grupo responsável pela divulgação em dois distritos. A estratégia adotada foi a de
colocar cartazes nos locais de referência de cada distrito, locais bastantes
frequentados pelos moradores, como, por exemplo, Subprefeituras, Unidade Básicas
de Saúde, escolas, salões de igrejas, mercados, pontos de ônibus, entre outros
específicos de cada distrito. Além disso, panfletos com explicações sobre a pesquisa
foram deixados nestes lugares para que os moradores pudessem ter uma melhor
compreensão do estudo. Em alguns locais, como Subprefeitura e Unidades Básicas
de Saúde, os próprios funcionários colocaram-se à disposição para entregar ou
indicar os panfletos aos moradores que fossem ao local.
Outra estratégia de divulgação da pesquisa foi através de programas de rádio,
meio de comunicação importante para alcançar a população alvo. Um texto padrão
foi elaborado em conjunto com o serviço de comunicação social, com linguagem
adequada ao meio de comunicação e ao público-alvo, e enviado a diversas rádios,
inclusive as rádios comunitárias, ouvidas na zona rural de Pelotas, para ser
veiculado. Além disso, a divulgação através do rádio foi complementada de maneira
muito efetiva com duas entrevistas, dadas em momentos diferentes, por professores
e mestrandos para explicar o projeto.
99
O processo de divulgação foi intensificado no período que antecedeu o início
do trabalho de campo, para assegurar que uma boa parcela dos moradores da zona
rural já tivessem tido algum contato com informações sobre a pesquisa. Mais
cartazes foram colocados em lugares estratégicos, como pontos em que os
moradores da zona rural esperam por ônibus no centro da cidade, e mais panfletos
foram distribuídos.
À comissão de divulgação coube também a responsabilidade de providenciar
a confecção de camisetas, bonés e crachás com o nome e logomarca da pesquisa.
Estes serviram para identificar mestrandos e entrevistadoras e, também, como uma
forma de divulgação.
Durante todo o trabalho de campo o processo de divulgação continuou sendo
feito. A forma principal de divulgação neste período foi através da distribuição dos
panfletos explicativos aos moradores. Estes panfletos foram levados pelos
mestrandos em todos os dias de trabalho de campo sendo entregues aos
participantes da pesquisa e também aos demais moradores das localidades
visitadas. Neste período, também houve novas entrevistas de rádio, nas quais os
mestrandos participaram, divulgando a pesquisa e esclarecendo dúvidas.
3.8 ESTUDO PILOTO
O estudo piloto com as entrevistadoras selecionadas na primeira etapa da
seleção foi realizado no dia 13 de janeiro de 2016, em Arroio do Padre, cidade que
por muitos anos fez parte da zona rural de Pelotas e, mesmo após ser emancipada,
ainda possui características muito semelhantes às que seriam observadas
posteriormente na zona rural de Pelotas. Cada mestrando acompanhou uma a duas
entrevistadoras e realizou uma avaliação baseada em um checklist criado pela
comissão de logística e trabalho de campo. Essa etapa também foi considerada
parte da seleção das mesmas.
Após o estudo piloto, foi realizada uma reunião entre os mestrandos para a
discussão de situações, problemas e possíveis erros nos questionários. As
modificações necessárias foram realizadas pela comissão do questionário, manual e
banco de dados antes do início do trabalho de campo. Nessa reunião foi discutido
100
entre a turma o desempenho de cada candidata e 14 entrevistadoras foram
selecionadas.
3.9 LOGÍSTICA E TRABALHO DE CAMPO
O início do trabalho de campo se deu no dia 21/01/2016. Na rotina diária de
trabalho sempre havia pelo menos um mestrando de plantão para organizar o
material que viria a ser utilizado no trabalho de campo naquele dia. Pelo fato de não
haver estadiômetros e balanças digitais em quantidade suficiente para todas as
entrevistadoras, era necessário realizar o controle de quem estava em campo com
estes instrumentos e, por isso, cada entrevistadora assinava sempre uma planilha
com a distribuição deste material, atestando o recebimento. Também era de
responsabilidade do mestrando plantonista ter o controle de que todas as
entrevistadoras recebessem os vales-transportes e assinassem o livro-ponto. Cada
entrevistadora possuía um número de identificação na sua mochila e tablet. Logo
após, as entrevistadoras e os mestrandos escalados para irem a campo no dia,
deslocavam-se ao estacionamento do prédio, onde uma micro-van os aguardava. Ao
iniciar o trabalho de campo eram escalados em média seis mestrandos por dia e 12
entrevistadoras. No decorrer do trabalho de campo houve desistência e dispensa de
algumas entrevistadoras, o que resultou na redução do número de entrevistadoras
em campo.
O local de destino era decidido a priori. Inicialmente foram escolhidos os locais
mais afastados com intuito de otimizar a utilização da van, pois alguns distritos eram
próximos à zona urbana e com maior possibilidade de deslocar-se de outras
maneiras. As comissões de amostragem e de banco de dados providenciaram
mapas de todos os setores sorteados, os quais deveriam estar em campo
obrigatoriamente para facilitar a localização por parte da equipe. Primeiramente, três
mestrandos foram considerados os guias da equipe. Os guias eram responsáveis
pela utilização do GPS para registrar as coordenadas de cada uma das casas
amostradas com o objetivo de facilitar o retorno àquele local em um próximo
momento, caso fosse necessário. Além disso, manuseavam os mapas e abasteciam
a planilha de número de entrevistas realizadas e pendentes em cada casa. Após
101
todo o reconhecimento de todos os domicílios amostrados a equipe dos guias foi
desfeita e todos os mestrandos que estavam em campo foram responsáveis pelo
manuseio do GPS, mapas e planilha a partir de então.
O horário de partida e chegada variou conforme local, períodos de safras,
clima e turnos preferenciais de alguns entrevistadores. Essa variabilidade deu-se
pelo fato do estudo ter iniciado no verão. O horário de partida era, geralmente, às 12
horas e 30 minutos e o tempo médio de deslocamento até a zona rural era de 1 hora
e 30 minutos. Além disso, os moradores relatavam estar em suas residências logo
após o horário de almoço, devido às altas temperaturas. Ao longo do estudo a
escala de trabalho semanal foi alterada. Nos primeiros meses o trabalho acontecia
durante os sete dias da semana, quando cada entrevistadora possuía uma folga por
semana. No decorrer do estudo, por motivos logísticos e financeiros, houve uma
redução dos dias de trabalho, que passou a ocorrer conforme a necessidade de
atender cada setor (completar os domicílios com entrevistas pendentes).
Ao chegar ao local estabelecido, em cada residência selecionada, a
abordagem inicial era realizada por um dos mestrandos responsáveis pelo
consórcio, o qual primeiramente apresentava a pesquisa aos moradores e convidava
os indivíduos maiores de 18 anos a participarem do estudo. Em seguida era
perguntado o número de indivíduos que morava naquela residência, seu(s) nome(s),
idade(s), telefone(s) e melhor turno para encontrar o(s) morador(es) em casa.
Sempre que possível, as entrevistas eram realizadas no mesmo momento da
seleção da residência ou era agendada uma visita na data que o participante
estivesse disponível. Quando aceito o convite, a entrevistadora com menos
entrevistas contabilizadas até o momento era chamada para realizar a entrevista e
assim sucessivamente. Em algumas poucas ocasiões também foi necessário que os
mestrandos realizassem entrevistas.
Foram considerados critérios de exclusão indivíduos com incapacidade
cognitiva ou mental e que não contavam com auxilio de cuidadores/familiares
responsáveis para ajudá-los a responder o questionário, hospitalizados ou
institucionalizados durante o período de coleta de dados e aqueles que não
falavam/compreendiam português (pequena parcela da população rural tem origem
Pomerana e não fala português). Ainda, definiram-se como perdas os casos em que
os indivíduos não foram encontrados após pelo menos três tentativas de contato
102
pessoal, em dias e horários distintos, e como recusas todos aqueles que não
aceitaram participar do estudo.
Para as medidas antropométricas os critérios de exclusão foram os seguintes:
ALTURA:
Indivíduos impossibilitados de permanecerem na posição ereta (cadeirantes
e/ou acamados).
Gestantes
Mulheres que tiveram filho há menos de 6 meses
Amputação de membros inferiores
PESO:
Indivíduos com gesso em qualquer parte do corpo.
Indivíduos impossibilitados de ficar em pé (cadeirantes e/ou acamados).
Gestantes
Mulheres que tiveram filho há menos de 6 meses
Amputação de membros inferiores
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA:
Indivíduos impossibilitados de permanecerem na posição ereta (cadeirantes
e/ou acamados).
Gestantes
Mulheres que tiveram filho há menos de 6 meses
Devido ao pouco acesso à rede telefônica na maioria dos locais, os guias
eram responsáveis pela anotação do horário em que cada entrevistadora havia
deixado a van para realizar a entrevista, sendo contabilizado em torno de 1 hora e
30 minutos para retornar à residência para buscá-la. Após o término da rotina diária,
ao longo do trajeto de volta, era conferido todo o material de uso das entrevistadoras
e assinada a planilha de materiais pelas mesmas. Ao retornar ao CPE todas as
entrevistadoras deveriam remover seus materiais da van e entregar aos mestrandos
que estavam em campo. No dia seguinte a rotina se mantinha, porém com uma nova
escala de supervisores.
103
3.10 CONTROLE DE QUALIDADE
Para garantir a qualidade dos dados coletados foi realizado treinamento das
entrevistadoras, elaboração de manual de instruções, verificação semanal de
inconsistências no banco de dados e reforço das questões que frequentemente
apresentavam erros. Além disso, os mestrandos participaram ativamente do trabalho
de campo fazendo o controle direto de diversas etapas.
Após a realização das entrevistas, através do banco de dados recebido
semanalmente, eram sorteados 10% dos indivíduos para aplicação de um
questionário reduzido, elaborado pela comissão do questionário, contendo 10
questões. Este controle era feito pelos mestrandos por meio ligações telefônicas aos
domicílios sorteados, a fim de identificar possíveis problemas no preenchimento dos
questionários e calcular a concordância entre as respostas, através da estatística
Kappa.
3.11 RESULTADOS GERAIS
A coleta dos dados terminou no dia 12 de junho de 2016 com três
entrevistadoras em campo. A comissão do banco de dados trabalhou durante quatro
semanas, após a conclusão do trabalho de campo, para a entrega do banco final
contendo todas as informações coletadas e necessárias para as dissertações dos
mestrandos.
Durante todo o trabalho de campo foram realizadas, periodicamente, reuniões
entre os mestrandos e as professoras coordenadoras, com intuito de repassar
informações, auxiliar na tomada de decisões e resolução de dificuldades, bem como
avaliar o andamento do trabalho. No dia 22 de agosto foi realizada uma última
reunião do Consórcio de Pesquisa 2015/2016, entre mestrandos e professoras
coordenadoras, para definição das próximas etapas que ainda deveriam ser
realizadas em conjunto, prazos de entrega de trabalhos de cada comissão e decisão
sobre a forma de repasse dos resultados finais para a comunidade.
Conforme a Tabela 3, observa-se que dos 1.697 indivíduos elegíveis, 1.519
(89,5%) responderam o questionário e 178 (10,5%) foram computados como perdas
104
ou recusas. Dos entrevistados, a maioria era do sexo feminino (51,7%), com idade
entre 40 e 59 anos e a maior proporção (cerca de 17%) morava no distrito Cascata.
As perdas e recusas foram diferentes entre os indivíduos que responderam ou não
ao questionário em relação às variáveis sexo, idade e distrito de moradia (p<0,05).
A mediana de idade foi 47 anos (intervalo interquartil = 28 anos) e a amplitude
foi de 18 a 93 anos. O percentual atingido no final do trabalho de campo foi de
89,5%. Já o percentual de controle de qualidade atingido foi 0,3 pontos percentuais
abaixo do esperado (9,7%).
Tabela 3. Caracterização dos indivíduos elegíveis no estudo ―Saúde Rural - Pesquisa sobre saúde da população rural de Pelotas‖
Variáveis Amostra
N (%)
Perdas
N (%)
Recusas
N (%) Valor-p*
Total
N (%)
Sexo
Masculino 734 (85,4%) 63 (7,3%) 63 (7,3%) <0,001 860
(50,7%)
Feminino 785 (93,8%) 28 (3,3%) 24 (2,9%) 837
(49,3%)
Idade (anos
completos)
18 – 24 174 (84,5%) 11 (5,3%) 21
(10,2%)
0,007
206
(12,2%)
25 – 39 341 (88,1%) 25 (6,5%) 21 (5,4%) 387
(22,9%)
40 – 59 593 (90,1%) 31 (4,7%) 34 (5,2%) 658
(38,8%)
60 ou mais 411 (93,2%) 19 (4,3%) 11 (2,5%) 441
(26,1%)
Distrito
Z3 163 (83,2%) 14 (7,1%) 19 (9,7%)
<0,001
196
(11,6%)
Cerrito Alegre 245 (92,1%) 10 (3,8%) 11 (4,1%) 266
(15,7%)
Triunfo 184 (91,5%) 11 (5,5%) 6 (3,0%) 201
(11,8%)
Cascata 251 (90,0%) 23 (8,2%) 5 (1,8%) 279
(16,4%)
Santa Silvana 167 (90,8%) 14 (7,6%) 3 (1,6%) 184
(10,8%)
Quilombo 157 (87,2%) 8 (4,5%) 15 (8,3%) 180
(10,6%)
105
Rincão da Cruz 120 (89,5%) 6 (4,5%) 8 (6,0%) 134 (8,0%)
Monte Bonito 232 (90,2%) 5 (2,0%) 20 (7,8%) 256
(15,1%)
Total 1519
(89,5)
91 (5,4) 87 (5,1) 1697 (100)
*Qui-quadrado para diferença entre a amostra e as perdas/recusas
Foram totalizados 27 indivíduos como critério de exclusão, ou seja, 1,6% dos
adultos moradores nas residências selecionadas. Cada indivíduo poderia ser
classificado como com incapacidade física, ou seja, algum problema físico que o
impedia de responder o questionário (por exemplo alguém que sofria de paralisia
cerebral) ou com incapacidade mental, ou seja, algum problema mental que o
impedia de responder o questionário (por exemplo alguém que sofria de depressão
profunda e não se comunicava nem mesmo com agentes comunitários de saúde)
ou, ainda, foram considerados como critérios de exclusão também aqueles que só
falavam a língua pomerana. Dentre os 27 indivíduos, 9 apresentavam incapacidade
física; 12, incapacidade mental; e 6 só falavam pomerano.
3.12 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS NA COMUNIDADE
Após a conclusão das análises relativas aos temas de pesquisa dos
mestrandos, será realizado um amplo processo de divulgação dos principais
achados à comunidade local incluindo os gestores de saúde e, em especial, à
população rural. Tendo em vista que este foi o primeiro estudo de consórcio de base
populacional que se dedicou a estudar exclusivamente a população rural adulta do
município, o principal objetivo a ser atingido com esta atividade é que os
entrevistados conheçam as prevalências e fatores associados aos aspectos da
saúde investigados e que gestores, instituições e políticos locais possam, a partir
destes, promover ações efetivas que resultem em melhorias para este grupo
populacional.
O grupo que coordenou e realizou o estudo divulgará os achados de modo
diversificado e em linguagem compreensível em forma de seminário e de reuniões
locais. Para as comunidades rurais, será elaborado material gráfico informativo
106
contendo os principais achados, o qual será distribuído em locais de fácil acesso e
amplamente frequentados pela população de cada distrito. O seminário realizar-se-á
nas dependências do Centro de Pesquisas Epidemiológicas, divulgando de maneira
bem mais detalhada os achados e a importância de seu trabalho para gestores
públicos, como subprefeitos dos distritos da zona rural, vereadores e imprensa local.
Além disso, em uma etapa mais elaborada de divulgação, a equipe
responsável, com auxílio do setor de comunicação do Centro de Pesquisas
Epidemiológicas, irá divulgar os resultados dos estudos para a população em geral e
mídia em geral (rádios locais, jornais de veiculação local e estadual e televisão).
107
3.13 CRONOGRAMA
As atividades do consórcio iniciaram em março de 2015 e terminaram em agosto
de 2016.
Atividades 2015 2016 2017
Meses M-
J
A S O N D J F M A M J J A S O N D J F
Reconhecimento
dos setores
Oficina de
amostragem
Avaliação CEP
Divulgação do
estudo
Questionário e
manual
Treinamento
Estudo Piloto
Trabalho de campo
Organização/Análise
dos dados
Redação das
dissertações
Divulgação dos
resultados
108
3.14 ORÇAMENTO
O Consórcio de Pesquisa foi financiado por recurso proveniente da Comissão
de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES), no valor de R$
98.000,00, por recurso obtido através de patrocínio de empresas do município (R$
1.600,00) e por recursos dos mestrandos (R$ 1.689,90), totalizando R$ 101.289,90.
Ao final, foram utilizados R$ 99.732,07, conforme demonstrado nas Tabelas 4 e 5,
restando um saldo de R$ 1.557,83 a ser utilizado para divulgação dos resultados.
No total, dez tablets, com custo total de R$ 5.500,00, foram utilizados no
trabalho de campo para a coleta de dados. Os mesmos foram comprados com verba
de outro pesquisador sendo devolvidos ao mesmo ao final do trabalho de campo
Tabela 4. Gastos finais da pesquisa com recursos disponibilizados pelo programa para a realização do consórcio de mestrado 2015/2016.
Item Quantidade Custo Total (R$)
Amostragem* - 2.663,67
Vales transporte 3.600 9.900,00
Transporte (Van) 103 diárias 35.570,00
Entrevistadoras (salário base) 14** 24.540,00
Pagamento de entrevistas*** 1530 16.212,50
Camisetas / Serigrafia 46 1.670,00
Bonés / Serigrafia 50 900,00
Cases para Tablets 10 165,40
Cópias / Impressões**** 19.500 4.820,60
Total 96.442,17
* Pró-labore e custeio/despesas de viagem da Profa. Regina Bernal para o processo de amostragem
do estudo ** Número de entrevistadoras variou conforme andamento do campo *** Inicialmente o preço por entrevista completa realizada era de R$10,00, posteriormente passou para R$15,00 **** Reprodução de materiais: questionários, planilhas, TCLE, crachás, flyers, folders e cartazes
109
Tabela 5. Gastos finais da pesquisa com recursos obtidos através de patrocínio e dos mestrandos. Consórcio 2015/2016, Pelotas-RS.
Item Quantidade Custo Total (R$)
GPS Garmin nuvi 2415LT* 1 497,00
Seguro de vida das entrevistadoras 14 315,00
Kit primeiros socorros 1 114,75
Material de escritório - 91,37
Conserto de 01 balança e 02 tablets 3 671,78
Bateção** 1 1.600,00
Total 3.289,90
* Esse modelo de GPS pode ser utilizado em modo offline, ideal para zona rural onde o acesso à internet é limitado ** Embora não tenha sido finalizado o processo de ―bateção‖, houve pagamento para a pessoa a cargo dessa tarefa durante sua execução.
110
REFERÊNCIAS
1. Barros AJD, Menezes AMB, Santos IS, Assunção MCF, Gigante D, Fassa AG, et
al. O Mestrado do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da UFPel
baseado em consórcio de pesquisa: uma experiência inovadora. Revista Brasileira
de Epidemiologia. 2008; 11:133-44.
2. IBGE. Censo Brasileiro 2010. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. 2011.
3. REDCap. Nashville: Research Eletronic Data Capture; [updated 2016 May; cited
2016 Aug 30].
4. Habicht JP. Estandarizacion de metodos epidemiologicos cuantitativos sobre el
terreno. Boletin de la oficina Sanitaria Panamericana. 1974.
111
APÊNDICES
Materiais utilizados no consórcio rural 2015/2016
112
APÊNDICE 1. Parecer do aceite do Comitê de Ética em Pesquisa do Consórcio
rural 2015/2016
113
114
115
APÊNDICE 2 – Questionário completo consórcio rural 2015/2016
BLOCO B – DOMICILIAR
COMPOSIÇÃO DE RENDA/BENS E DESPESAS
Este bloco deve ser aplicado preferencialmente ao chefe da família
Entrevistadora: __ __
Data da entrevista:__ __ / __ __ / __ __ __ __
Horário de início da entrevista:__ __:__ __
Número do distrito: __ __
Número do setor: __ __
Número do núcleo: __ __
Número da família: __ __
IDENTIFICAR O RESPONDENTE (NOME):
______________________________
<BOM DIA/ BOA TARDE>. MEU NOME É <ENTREVISTADORA>. ESTOU
TRABALHANDO EM UMA PESQUISA SOBRE SAÚDE, REALIZADA PELO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. IREMOS ESTUDAR COMO ESTÁ
A SAÚDE DOS ADULTOS MORADORES EM ÁREAS RURAIS DE PELOTAS.
GOSTARIA DE CONVERSAR COM O(A) SR.(A) E É IMPORTANTE
ESCLARECER QUE TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO SIGILOSAS E SERÃO
UTILIZADAS APENAS PARA ESSA PESQUISA. INICIALMENTE
PRECISAMOS CONVERSAR COM O RESPONSÁVEL DA FAMÍLIA E DEPOIS
PRECISAREMOS ENTREVISTAR OS MORADORES COM 18 ANOS DE
IDADE OU MAIS.
B001)QUEM É O CHEFE DA SUA FAMÍLIA?
(1) Próprio entrevistado
(2) Pai
(3) Mãe
(4) Tio
(5) Tia
(6) Avô
(7) Avó
(10) Irmão
(11) Irmã
(12) Marido/Esposa
(13) Outro QUAL? ___________________________________________
[grau de parentesco com o entrevistado]
B002)ATÉ QUE ANO DE ESTUDO <O(A) SR(A)/ O CHEFE DA FAMÍLIA>
116
COMPLETOU?
__ __ série/ano
[00 = completou faculdade ou mais / 88 = nunca estudou / 99 = IGN]
Grau: (marcar)
(1) fundamental
(2) médio
(3) curso técnico ou médio integrado
(4) faculdade
(5) especialização/residência
(6) mestrado
(7) doutorado
(8) NSA – nunca estudou
(9) IGN
B003)QUANTAS PESSOAS MORAM NESTE DOMICÍLIO? __ __ moradores [99 = IGN]
B004)GOSTARIA QUE O(A) SR.(A) ME DISSESSE O PRIMEIRO NOME DAS PESSOAS QUE MORAM NESTA CASA, COMEÇANDO PELO(A) SR(A). POR FAVOR, ME DIGA TAMBÉM A IDADE DELAS.
NOME: QUAL A IDADE DO(A) <NOME>? [00 = menores de 1 ano]
Anotar o sexo: (1) Masculino (2) Feminino
1) 1)__ __ 1) __
2) 2) __ __ 2)__
3) 3) __ __ 3) __
4) 4) __ __ 4) __
5) 5) __ __ 5) __
6) 6) __ __ 6) __
AGORA VAMOS CONVERSAR UM POUCO SOBRE A ÁGUA E O ESGOTO
DA SUA CASA.
B005)QUAL É A PRINCIPAL FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA
SUA CASA?Ler opções
(1) Rede geral de distribuição do SANEP
(2) Poço ou nascente na propriedade
(3) Poço ou nascente fora da propriedade
(4) Carro-pipa
(5) Água da chuva armazenada em cisterna
(6) Água da chuva armazenada de outro modo
(7) Rio, lago
117
(10) Outro QUAL?________________________
(9) IGN
B006)DENTRO DA SUA CASA, TEM ÁGUA ENCANADA EM PELO MENOS
UMA PEÇA?
(0) Não
(1) Sim
(9) IGN
B007)NA MAIORIA DAS VEZES, A ÁGUA QUE VOCÊS BEBEM NESTA CASA
É...? Ler opções
(1) Filtrada
(2) Fervida
(3) Filtrada e fervida
(4) Água mineral industrializada de garrafa ou garrafão (bombona)
(5) Direto da torneira / bica / poço
(9) IGN
B008)O QUE É FEITO COM O LIXO DOMÉSTICO DESTA CASA?
(1) Coletado por serviço de limpeza
(2) Queimado na propriedade
(3) Enterrado na propriedade
(4) Jogado em terreno baldio ou logradouro
(5) Jogado em rio ou lago
(6) Outro QUAL?__________________________
(9) IGN
AGORA VOU FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE ITENS QUE POSSAM
TER NA SUA CASA. TODOS OS APARELHOS QUE VOU CITAR DEVEM
ESTAR FUNCIONANDO, INCLUINDO OS QUE ESTÃO GUARDADOS. CASO
NÃO ESTEJAM FUNCIONANDO, POR FAVOR, ME AVISE.
ME DIGA SE NA SUA CASA TEM E QUANTOS TÊM:
B009) ASPIRADOR DE PÓ? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B010) MÁQUINA DE LAVAR ROUPA? NÃO CONSIDERAR TANQUINHO
(0) (1) (2)(3)(4+) (9) IGN
B011) MÁQUINA DE SECAR ROUPA? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B012) MÁQUINA DE LAVAR LOUÇA? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
118
B013) DVD, INCLUINDO QUALQUER APARELHO QUE LEIA DVD, MAS SEM
CONTAR ODE AUTOMÓVEL? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B014) VIDEOCASSETE? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B015)GELADEIRA? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B016) FREEZER OU GELADEIRA DUPLEX? (0)(1) (2)(3) (4+) (9) IGN
B017) FORNO DE MICROONDAS? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B018) COMPUTADOR DE MESA? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B019) COMPUTADOR PORTÁTIL (NOTEBOOK OU NETBOOK)? Não contar
tablets, palms ou celular
(0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B020) RÁDIO? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B021) TELEVISÃO? (0)(1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B022) APARELHO DE AR CONDICIONADO?(0)(1)(2) (3) (4+) (9) IGN
B023) TV A CABO OU POR ASSINATURA? Não contar parabólica
(0) Não(1) Sim (9) IGN
B024) ACESSO À INTERNET? Sem contar do celular
(0) Não(1) Sim (9) IGN
B025) AUTOMÓVEL DE PASSEIO? Uso particular
(0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN
B026) MOTOCICLETA? Somente uso particular
(0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN
SE SIM NA B25 OU B26:
B027)NO ANO PASSADO (2015), QUAL FOI O VALOR TOTAL PAGO DE
IPVA PARA ESSE(S) VEÍCULO(S)?
(0) Isento de IPVA/Não pagou IPVA
(1) Até 500 Reais
(2) 501 a 1000 Reais
119
(3) 1001 a 2000 Reais
(4) Mais de 2000 Reais
(8) NSA
(9) IGN
AGORA VOU FAZER UMAS PERGUNTAS SOBRE A CASA E O TERRENO
ONDE VOCÊS MORAM.
B028)O TERRENO AQUI DESTA CASA É...? Ler opções
(1) Próprio
(2) Alugado
(3) Arrendado
(4) Emprestado (de familiares/amigos)
(5) Posse
(6) Usucapião
(7) Outro
(9) IGN
B029) A CASA EM QUE VOCÊS MORAM É...? Ler opções
(1) Própria/Financiada
(2) Alugada
(3) Arrendada
(4) Emprestada (de familiares/amigos)
(5) Posse
(6) Usucapião
(7) Outro
(9) IGN
B030) QUAL O TAMANHO DESTE TERRENO/PROPRIEDADE EM
HECTARES OU M²?
a) __ __ __ hectares
[888 = NSA]
[999 = IGN]
b) __ __ __m²
[888 = NSA]
[999 = IGN]
B031)QUANTOS BANHEIROS EXISTEM NA CASA?
__ banheiros
[0 = sem banheiro / 9 = IGN] Vá para B033
SE 1 BANHEIRO: B031a)NESTE BANHEIRO, HÁ CHUVEIRO E/OU BANHEIRA? (0) Não
120
(1) Sim (8) NSA
SE RESPONDEU B031a Vá para B032
SE 2 OU MAIS BANHEIROS:
B031b)DESTES BANHEIROS COM VASO SANITÁRIO, QUANTOS POSSUEM
CHUVEIRO E/OU BANHEIRA?
__ __banheiros [00 = sem chuveiro e/ou banheira / 88 = NSA]
B032)PARA ONDE VAI O ESCOAMENTO DO(S) VASO(S) SANITÁRIO(S)...?
Ler opções
(1) Rede geral de esgoto
(2) Fossa
(3) Vala, valeta, valão
(4) Direto para o rio ou lago
(5) OutroQUAL?_________________________
(8) NSA
(9) IGN
B033) QUANTAS PEÇAS DA CASA SÃO USADAS PARA DORMIR?
__ __ peças
[99 = IGN]
B034) NA SUA CASA TEM EMPREGADOS(AS) DOMÉSTICO(AS), OU SEJA,
QUE TRABALHEM SOMENTE NA LIDA DA CASA?
(0) Não Vá para B035
(1) Sim
(9) IGN Vá para B035
a) QUANTOS? __ __ empregado(as)
[88 = NSA]
[99 = IGN]
AGORA VAMOS CONVERSAR SOBRE A FONTE DE RENDA DOS
MORADORES DESTA CASA.
B035)O(A) SR(A) OU OUTRO MORADOR DESTE DOMICÍLIOCOSTUMA
TRABALHAR COM PESCA?
(0) Não Vá para B041
(1) Sim
121
(9) IGN Vá para B041
B036)QUANTO VOCÊS GANHAM POR ANO COM A PESCA?
a)Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b)Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c)Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d)Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e)Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B037)NO ÚLTIMO MÊS, QUANTO VOCÊS GANHARAM COM ESTA VENDA
DE PESCADO E FRUTOS DO MAR?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
SE NÃO VENDEU NO ÚLTIMO MÊS:
B038)QUANTO VOCÊS GANHARAM NA ÚLTIMA VEZ QUE VENDERAM
ESTES PRODUTOS?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B039)O(A) SR.(A) OU ALGUM OUTRO MORADOR DESTA CASA, COSTUMA
VENDER PRODUTOS DERIVADOS DA PESCA, COMO BOLINHO DE PEIXE,
PASTÉIS OU OUTROS?
(0) Não Vá para B041
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN Vá para B041
B040)NO ÚLTIMO MÊS, QUANTO VOCÊS GANHARAM COM ESTA VENDA?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B041)O(A) SR(A) OU OUTRO MORADOR DESTE DOMICÍLIOCOSTUMA
122
TRABALHAR COM CRIAÇÃO DE ANIMAIS?
(0) Não Vá para B048
(1) Sim
(9) IGN Vá para B048
B042)VOCÊS CRIAM ANIMAIS PARA VENDER PRODUTOS DERIVADOS
DELES, COMO OVOS, LEITE, QUEIJO...?
(0) Não Vá para B044
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN Vá para B044
B043)NO ÚLTIMO MÊS, QUANTO VOCÊS GANHARAM COM ESTA VENDA?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B044)VOCÊS CRIAM ANIMAIS PARA VENDER?
(0) Não Vá para B048
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN Vá para B048
B045)QUANTO VOCÊS GANHAM POR ANO COM A VENDA DESTES
ANIMAIS?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B046)NO ÚLTIMO MÊS, QUANTO VOCÊS GANHARAM COM ESTA VENDA?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
SE NÃO VENDEU NO ÚLTIMO MÊS:
123
B047)QUANTO VOCÊS GANHARAM NA ÚLTIMA VEZ QUE VENDERAM
ESTES ANIMAIS?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B048)O(A) SR(A) OU OUTRO MORADOR DESTE DOMICÍLIO VENDE ALGUM
PRODUTO PLANTADO OU COLHIDO NESTA PROPRIEDADE?
(0) Não Vá para B052
(1) Sim
(9) IGN Vá para B052
B049)QUANTO VOCÊS GANHAM POR ANO COM A VENDA DESTES
PRODUTOS?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B050)NO ÚLTIMO MÊS, QUANTO VOCÊS GANHARAM COM ESTA VENDA?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
SE NÃO VENDEU NO ÚLTIMO MÊS:
B051)QUANTO VOCÊS GANHARAM NA ÚLTIMA VEZ QUE VENDERAM
ESTES PRODUTOS?
a)Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b)Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c)Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d)Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e)Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B052)NESTA <PROPRIEDADE/CASA>, TRABALHAM SÓ PESSOAS DA
FAMÍLIA OU CONTRATAM PESSOAS DE FORA?
(1) Só da família Vá para B054
(2) Contratam pessoas de fora da família
124
(3) Troca de favoresVá para B054
(4) Ninguém trabalha nesta propriedade Vá para A054
(5) Parceria ou meeiro
(9) IGN Vá para B054
B053)DESDE <MÊS> DO ANO PASSADO, QUANTAS PESSOAS
CONTRATADAS PELA FAMÍLIA TRABALHARAM AQUI NO MANEJO DE
ANIMAIS E/OU NA AGRICULTURA?
__ __ pessoas
[88 = NSA / 99 = IGN]
B054)O(A) SR(A) OU OUTRO MORADOR DESTE DOMICÍLIOCOSTUMA
TRABALHAR COM COMÉRCIO, INDÚSTRIA OUSERVIÇOS?
(0) NãoVá para B056
(1) Sim
(9) IGN Vá para B056
B055)NO MÊS PASSADO QUANTO GANHARAM AS PESSOAS QUE TRABALHARAM NO SETOR DE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS? a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B056)ALGUM MORADOR DESTA CASA RECEBE DINHEIRO DE
APOSENTADORIA, AUXÍLIO DOENÇA, PENSÃO POR INVALIDEZ OU POR
MORTE?
(0) Não Vá para B058
(1) Sim
(9) IGN Vá para B058
B057)QUANTO ESTAS PESSOAS GANHARAM COM ESTES BENEFÍCIOS
NO MÊS PASSADO?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B058)ALGUM MORADOR DESTA CASA RECEBE DINHEIRO DE BOLSA-
FAMÍLIA, LOAS, AUXÍLIO-RECLUSÃO, AUXÍLIO-MATERNIDADE, SEGURO-
125
DESEMPREGO (OU SEGURO-DEFESO PARA PESCADORES)?
(0) NãoVá para B060
(1) Sim
(9) IGN Vá para B060
B059)SOMANDO TUDO, QUANTO GANHARAM COM ESTES BENEFÍCIOS
NO MÊS PASSADO?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
B060)VOCÊS TÊM OUTRA FONTE DE RENDA, COMO ALUGUEL OU
ARRENDAMENTO DE PROPRIEDADE, MESADA, AJUDA DE FAMILIARES?
(0) NãoVá para A001 (Bloco individual)
(1) Sim
(9) IGNVá para A001 (Bloco individual)
B061)NO MÊS PASSADO, QUANTO VOCÊS GANHARAM COM ESTAS
OUTRAS FONTES DE RENDA?
a) Pessoa 1: R$____ __ __ __ __ b) Pessoa 2: R$____ __ __ __ __ c) Pessoa 3: R$____ __ __ __ __ d) Pessoa 4: R$____ __ __ __ __ e) Pessoa 5: R$____ __ __ __ __ [000000 = Não recebeu / 888888 = NSA / 999999 = IGN]
126
BLOCO A – INDIVIDUAL
Este bloco deve ser aplicado a todos os indivíduos com 18 anos ou mais de
idade
Entrevistadora: __ __
Data da entrevista:__ __ / __ __ / __ __ __ __
Horário de início da entrevista:__ __:__ __
Número do distrito: __ __
Número do setor: __ __
Número do núcleo: __ __
Número da família: __ __
Número da pessoa: __ __
OBS.: IGNORAR O ANÚNCIO PARA AQUELES QUE JÁ RESPONDERAM AO
DOMICILIAR
<BOM DIA/ BOA TARDE>. MEU NOME É <ENTREVISTADORA>. ESTOU
TRABALHANDO EM UMA PESQUISA SOBRE SAÚDE, REALIZADA PELO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS. ESTE É UM ESTUDO QUE IRÁ AVALIAR COMO ESTÁ
SAÚDE E OUTROS ASPECTOS DA VIDA DOS ADULTOS MORADORES EM
ÁREAS RURAIS DE PELOTAS. GOSTARIA DE CONVERSAR COM O(A) SR.(A) E
É IMPORTANTE ESCLARECER QUE TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO
SIGILOSAS E SERÃO UTILIZADAS APENAS PARA ESSA PESQUISA.
A000) ENDEREÇO: ____________________________________________________
A000a)TELEFONE:____________________________
A001)QUAL O SEU NOME?
____________________________________________
A002)QUAL É A SUA IDADE?
__ __ __ anos completos
A003)QUAL É A SUA DATA DE NASCIMENTO?
__ __ /__ __/ __ __ __ __
A004)A SUA COR OU RAÇA/ETNIA É...? Ler opções
127
(1) Branca (2) Preta/Negra (3) Mulata/Parda (4) Amarela (5) Indígena
A005)Observar e anotar:Sexo: (1) Masculino (2) Feminino
A006) QUAL É A ORIGEM/DESCENDÊNCIA PREDOMINANTE DA SUA
FAMÍLIA?(Múltipla escolha)
(1)Alemã/Pomerana
(2) Portuguesa
(3) Italiana
(4) Polonesa/Polaca
(5) Brasileira/mista
(6) Povos africanos/quilombolas
(7) Povos orientais (japonês, chinês)
(10) Povos indígenas
(11) Outros povos europeus
(12) Outra QUAL? ______________________________
(9) IGN
A007)HÁ QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) MORA NA ZONA RURAL DE PELOTAS?
__ __ [00 = menos de 1 ano]
[88 = NSA / 99 = IGN]
a) HÁ QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) MORA NESTA<CASA/PROPRIEDADE>?
128
__ __[00 = menos de 1 ano]
[88 = NSA / 99 = IGN]
A008)O(A) SR.(A) MORA COM COMPANHEIRO(A)? (0) Não (1) Sim (9) IGN
A009) QUAL É O SEU ESTADO CIVIL...? (1) Casado(a)/mora com companheiro(a) Vá paraA011 (2) Divorciado(a)/Separado(a) (3) Solteiro(a) (4) Viúvo(a) (9) IGN Vá paraA011 SE O ENTREVISTADO RESPONDEU “SIM” NA QUESTÃO A008 Vá para A011 A010)O(A) SR.(A) TEM NAMORADO(A)? (0) Não (1) Sim (8) NSA
(9) IGN
A011)O(A) SR.(A) SABE LER E ESCREVER?
(0) Não Vá para A016
(1) Sim
(2) Só assina Vá para A016
(8) NSA
(9) IGN Vá paraA016
A012)O SR.(A) ESTÁ ESTUDANDO ATUALMENTE? (0) Não Vá paraA015 (1) Sim (8) NSA
(9) IGN Vá para A015
A013)EM QUE SÉRIE/ANO O SR.(A)ESTÁ? __ __ série/ano
[00 = faculdade ou mais]
[33 = EJA/PEJA] [44 = Pré-vestibular] [88 = NSA / 99 = IGN]
Grau (marcar):
129
(1) fundamental (2) médio (3) curso técnico ou médio integrado (4) curso técnico ou profissionalizante (5) faculdade (6) especialização/residência (7) mestrado (10) doutorado (11) curso preparatório (12) EJA/PEJA (atual supletivo) (8) NSA
(9) IGN
SE FAZ EJA/PEJA (atual supletivo): A014)EM QUAL NÍVEL O(A) SR.(A) ESTÁ NO EJA? (1) Nível fundamental – séries iniciais (2) Nível fundamental – séries finais (3) Ensino médio (8) NSA
(9) IGN
SE O(A) ENTREVISTADO(A) ESTÁ ESTUDANDO ATUALMENTE (RESPONDEU “SIM” NA QUESTÃO A012) Vá para A016 SE O(A) ENTREVISTADO(A) FOR O CHEFE DA FAMÍLIA, VÁ PARA A016: A015)ATÉ QUE SÉRIE/ANO O(A) SR.(A)COMPLETOUANTES<DE PARAR DE ESTUDAR/ DE ENTRAR NO EJA/ DE ENTRAR NO CURSO TÉCNICO OU PROFISSIONALIZANTE / DE ENTRAR NO CURSO PREPARATÓRIO>? __ __ série/ano
[00 = Completou faculdade ou mais] [88 = NSA/ 99=IGN]
Grau (marcar): (1) fundamental (2) médio (3) curso técnico ou médio integrado (4) faculdade (5) especialização/residência (6) mestrado (7) doutorado (8)NSA (9) IGN A016)O(A) SR(A). ESTÁ TRABALHANDO ATUALMENTE? (0) Não (1) Sim Vá para A018 (8) NSA
(9) IGN Vá para A018
130
A017)QUAL A SUA SITUAÇÃO NO MOMENTO...?Ler opções (1) Encostado(a) Vá para A020 (2) Do lar Vá para A020 (3) Desempregado(a) Vá para A020 (4) Aposentado Vá para A020 (5) Estudante Vá para A020 (6) Aposentado e trabalhando (8) NSA
(9) IGN
A018)O(A) SR(A). TRABALHA NA CIDADE, NA ZONA RURAL OU EM AMBOS OS LOCAIS? (1) Trabalho na cidadeVá para A019 (2) Trabalho na zona rural (3) Ambos os locais (8) NSA
(9) IGN A018a) O(A) SR.(A) REALIZA ALGUM TRABALHO RURAL, COMO OS RELACIONADOS A PLANTAÇÃO, CRIAÇÃO DE ANIMAIS, PESCA, ENTRE OUTROS? (0) Não (1) Sim (2) IGN A019)QUE TIPO DE TRABALHO O(A) SR.(A) REALIZA? a)_____________________________________[888 = NSA/ 999=IGN] b) ___________________________________ [888 = NSA/ 999 = IGN] A020)NO MÊS PASSADO, <QUANTO O(A) SR.(A) GANHOU / QUAL FOI A SUA RENDA>?
(1) Em R$ (2) Em salários mínimos Vá para A020b A020a) R$__ __ __ __ __ __ __ __ __ Vá para A021 [888= NSA] [999=IGN] [000= sem renda] A020b) Número de salários mínimos? __ __, __ [88,8= NSA] [99,9=IGN] [00,0= sem renda] A020c)O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO QUE O(A) SR.(A) RECEBE É DE PISO NACIONAL, REGIONAL OU OUTRO?
131
(1) Nacional (2) Regional (3) Outro (8) NSA (9) IGN SE RELIZA TRABALHO RURAL, RESPONDER QUESTÕES A021 ATÉ A025 SE NÃO Vá para A026 A021)CONSIDERANDO SEU TRABALHO RURAL, O(A) SR.(A) TRABALHA NESTA OU EM OUTRA PROPRIEDADE RURAL? Ler opções (0) Não Vá para A026 (1) Sim, nesta propriedade (2) Sim, em outra propriedade (3) Trabalho na zona rural com atividade de pesca (8) NSA (9) IGN Vá para A026 A021a) CONSIDERANDO SEU TRABALHO RURAL, O(A) SR.(A) TRABALHA POR NO MÍNIMO 15 H/SEMANAIS? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN A022)EM MÉDIA, QUANTAS HORAS POR SEMANA O(A) SR.(A) TRABALHA... a)DURANTE A SAFRA?__ __ hs [88 = NSA]
[99=IGN] b)FORA DA SAFRA?__ __ hs [88 = NSA]
[99=IGN] A023) QUAIS SÃO AS TAREFAS QUE O(A) SR.(A) COSTUMA FAZER, NO GERAL?Múltipla escolha. Ler opções (1) Plantar lavoura (2) Colher lavoura (3) Fazer consertos (4) Lidar com máquinas (5) Cuidar horta (6) Podar plantação (7) Preparar solo (10)Cuidar lavoura (11)Lidar com animais
132
(12) Usar produtos veterinários (13) Usar agrotóxicos (14) Armazenar produção (15) Cuidar da casa (limpar, organizar, cozinhar...) (16) Outro (8) NSA
(9) IGN A024)O(A) SR.(A) É PROPRIETÁRIO OU DA FAMÍLIA DO PROPRIETÁRIO DESTA <PROPRIEDADE/CASA>? (0) Não (1) Sim Vá para A026 (8) NSA (9) IGN Vá para A026
SE NÃO:SE PROPRIEDADE, PROSSIGA O QUESTIONÁRIO NORMALMENTE. SE CASA, VÁ PARA A026.
A025) O(A) SR.(A) É EMPREGADO FIXO OU PARCEIRO/ ARRENDATÁRIO? (1) Empregado fixo (2) Parceiro/Arrendatário (3) OutroQUAL?______________________ (8) NSA
(9) IGN
AGORA VAMOS CONVERSAR SOBRE SUAS CRENÇAS
A026)O(A) SR.(A) TEM ALGUMA RELIGIÃO?
(0) Não Vá para A029
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN Vá para A029
A027)QUAL A SUA RELIGIÃO?
(1) Católica
(2) Evangélica
(3) Espírita
(4) Afro-Brasileira
(5) OutraQUAL? _____________________
(8) NSA
(9) IGN
A028)DESDE <DIA> DO MÊS PASSADO QUANTAS VEZES O (A) SR.(A) FOI À MISSA, CULTO OU SESSÃO RELIGIOSA? __ __ vezes
133
[00 = Não foi / 88 = NSA / 99 =IGN]
AGORA VAMOS FALAR SOBRE O CONTATO DIRETO NO TRABALHO COM
AGROTÓXICOS/PESTICIDAS.
CONSIDERE TER CONTATO DIRETO COM AGROTÓXICO: AJUDAR OU APLICAR
NA LAVOURA, LAVAR ROUPAS UTILIZADAS NA APLICAÇÃO, ENTRAR NA
LAVOURA APÓS A APLICAÇÃO, PREPARAR CALDA, LAVAR EMBALAGENS E
EQUIPAMENTOS, DENTRE OUTRAS.
A029) ALGUMA VEZ NA VIDA, O(A) SR.(A) TEVE CONTATO DIRETO COM AGROTÓXICOS? (0) Não Vá para A033 (1) Sim (9) IGNVá para A033 A030)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADO, O(A) SR.(A) TEVECONTATO DIRETO COM AGROTÓXICOS? (0) Não (1) Sim (8) NSA
(9) IGN A031)ALGUMA VEZ NA VIDA, O(A) SR.(A) JÁ TEVE ALGUMA INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS, OU SEJA, SENTIU DOR DE CABEÇA INTENSA, NÁUSEA, VÔMITOS, CÓLICAS ABDOMINAIS, DIARRÉIA, TONTURA, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA, FRAQUEZA GENERALIZADA, SALIVAÇÃO E SUOR AUMENTADOS, OU ENTROU EM COMA APÓS O CONTATO COM AGROTÓXICOS...?Ler opções (0) Não, nuncavá para A033 (1) Teve sintomas, mas não tem certeza se foi intoxicação (2) Sim, com certeza foi intoxicação (8) NSA
(9) IGN
A032)DESDE <MÊS>DO ANO PASSADO,O(A) SR.(A) TEVE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS? (0) Não (1) Sim (8) NSA
(9) IGN
134
AGORA VAMOS CONVERSAR SOBRE A SUA SAÚDE OU COMO O(A) SR.(A)
TEM SE SENTIDO.
A033)COMO O(A) SR.(A) CONSIDERA SUA SAÚDE...? Ler opções
(1) Muito boa
(2) Boa
(3) Regular
(4) Ruim
(5) Muito ruim
(9) IGN
ALGUM MÉDICO OU PROFISSIONAL DE SAÚDE JÁ DISSE QUE O(A) SR.(A)
TEM:
A034) HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA), MESMO QUE CONTROLADA?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A035)DIABETES OU AÇÚCAR ALTO NO SANGUE?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A036)PROBLEMA NA TIREOIDE? (0)Não(1)Sim(9)IGN
A037)INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, “CORAÇÃO FRACO” OU “CORAÇÃO
GRANDE”?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A038)ANGINA?(0)Não(1)Sim (9)IGN
A039)ASMA?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A040) BRONQUITE?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A041) ENFISEMA?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A042)ISQUEMIAS, DERRAMES CEREBRAIS?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A043)ARTRITE, REUMATISMO OU ARTROSE?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A044)DOENÇA DE PARKINSON?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A045)PERDA DA FUNÇÃO DOS RINS?
135
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A046)COLESTEROL ALTO OU GORDURA NO SANGUE?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A047)ÚLCERA NO ESTÔMAGO OU ÚLCERA NERVOSA?
(0)Não(1)Sim(9)IGN
A048)SOMENTE PARA HOMENS:DOENÇA DA PRÓSTATA?
(0) Não(1) Sim(9)IGN(8)NSA
A049)ALGUMA VEZ, UM MÉDICO DISSE QUE O(A) SR.(A) ESTAVA COM CÂNCER? (0) Não Vá para A051 (1) Sim (8) NSA
(9) IGN Vá para A051 A050) QUAL(IS) TIPO(S) DE CÂNCER QUE O(A) SR.(A) TEM OU TEVE? ____________________________ ____________________________ ____________________________ [888 = NSA / 999 = IGN]
AGORA NÓS VAMOS FALAR SOBRE O SERVIÇO DE SAÚDE DA SUA REGIÃO
(UNIDADE BÁSICA OU POSTO DE SAÚDE). AS PRÓXIMAS PERGUNTAS SÃO
SOBRE A SUA OPINIÃO SOBRE ESSE SERVIÇO E A SUA ÚLTIMA CONSULTA.
A051)QUAL O POSTO DE SAÚDE DA SUA REGIÃO?
______________________ [999 =IGN] A052)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZES O(A) SR.(A)
CONSULTOU NO POSTO DE SAÚDE?
a) COM O(A) MÉDICO(A)__ __ vezes
[77 = Nunca consultou no posto de saúde da regiãoVá para A063;99 = IGN]
b)COM O(A) ENFERMEIRO(A) __ __ vezes
[77 = Nunca consultou no posto de saúde da regiãoVá para A063; 99 = IGN]
A053)HÁ QUANTO TEMPO FOI A SUA ÚLTIMA CONSULTA?
__ __ meses
[88 = NSA / 99 = IGN]
136
__ __ dias
[88 = NSA / 99 = IGN]
A054)QUANTO TEMPO DEMOROU PARA CONSEGUIR ESSA ÚLTIMA
CONSULTA?
__ __ dias
[00 = se foi atendido no mesmo dia / 88 =NSA / 99 = IGN]
A055)AINDA SOBRE ESSA ÚLTIMA CONSULTA, O(A) SR.(A) ESPEROU MUITO
PARA SER ATENDIDO?
(0) Não
(1) Sim
(2) Mais ou menos
(8) NSA
(9) IGN
A056)QUAL FOI O TEMPO DE ESPERA PARAO(A) SR.(A) SER ATENDIDO?
__ __horas
[88 = NSA / 99 = IGN]
__ __ minutos
[88 = NSA /99=IGN]
A057)CONSIDERANDO ESSA ÚLTIMA CONSULTA, COMO O(A) SR.(A) FOI ATENDIDO(A) PELO(A) RECEPCIONISTA? ESCOLHA A FACE QUE MELHOR EXPRESSA SUA OPINIÃO.Mostrar cartão1 __ Número rosto
[8 = NSA / 9=IGN]
A058)COMO O(A) SR.(A) FOI ATENDIDO(A) PELO MÉDICO(A) OU ENFERMEIRO(A) QUE LHE FEZ O ATENDIMENTO? ESCOLHA A FACE QUE MELHOR EXPRESSA SUA OPINIÃO. Mostrar cartão1 __ Número rosto
[8 = NSA / 9=IGN]
A059)A CONSULTA DUROU O TEMPO QUE O(A) SR.(A) ESPERAVA...? Ler
opções
(1) Sim
(2) Não, durou mais tempo (3) Não, durou menos tempo (8) NSA
(9) IGN
137
A060)QUANTO TEMPO DUROU A CONSULTA COM O(A) MÉDICO(A) OU
ENFERMEIRO(A)?
__ __ minutos
[88 = NSA / 99=IGN]
A061)O(A) SR.(A) RECOMENDARIA ESSE POSTO DE SAÚDE PARA ALGUM
FAMILIAR OU AMIGO PRÓXIMO?
(0) Não
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN A062)QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE ESSE POSTO DE SAÚDE? ESCOLHA O ROSTO QUE MELHOR EXPRESSA SUA OPINIÃO.Mostrar cartão 1 __ Número rosto
[9=IGN / 8 = NSA]
AGORA NÓS VAMOS FALAR SOBRE OS OUTROS SERVIÇOS DE SAÚDE SEM
LEVAR EM CONTA A UBS / POSTO DE SAÚDE MAIS PRÓXIMO DA SUA CASA
(AMBULATÓRIO, PRONTO-ATENDIMENTO, PRONTO-SOCORRO,
CONSULTÓRIOS PARTICULARES, CAPS, OUTROS POSTOS DE SAÚDE OU
HOSPITAIS) QUE O(A) SR.(A) UTILIZOU NOS ÚLTIMOS 12 MESES.
A063)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADO, QUAL FOI O ÚLTIMO SERVIÇO DE SAÚDE QUE O(A) SR.(A) FOI ATENDIDO? (1) Outra unidade básica de saúde (2) Pronto Socorro Municipal (3)Pronto-Atendimento (4)Ambulatório das Faculdades/Hospital (5)Centro de especialidades (6)Consultório particular (7)CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) (10)Internou no hospital (11)Serviço de saúde de outra cidade (12) Não consultou no último anoVá para A066 (9) IGN A064)O ATENDIMENTO, NESTE SERVIÇO DE SAÚDE FOI POR ALGUM CONVÊNIO, PARTICULAR OU PELO SUS...? Ler opções (1) Particular (2) Por algum convênio (3) Por algum convênio, com pagamento extra (4) SUS (5) SUS, com pagamento extra (8) NSA (9) IGN
138
A065)QUAL O PRINCIPAL MOTIVO QUE LEVOU O(A) SR.(A)A UTILIZAR ESTE SERVIÇO DE SAÚDE? (1) Fazer uma revisão (check-up)
(2) Tomar medicações (fazer inalações)
(3) Fazer curativo
(4) Realizar fisioterapia
(5) Pegar remédios
(6) Pedir/pegar/levar exames
(7) Pedir receita ou atestado
(10) Consulta de pré-natal
(11) Fazer exames preventivos (pré-câncer, da próstata)
(12) Atendimento de saúde bucal
(13) Tomar vacina
(14) Outro QUAL? ____________________________________
(8) NSA
(9) IGN
AGORA VAMOS FALAR SOBRE USO DE REMÉDIOS E COMO ESTES REMÉDIOS
SÃO ADQUIRIDOS.
A066)NO ÚLTIMO MÊS O(A) SR.(A) DEIXOU DE USAR ALGUM REMÉDIO QUE
PRECISAVA?Ler opções
(0) NãoVá para A069
(1) Sim
(2) Não precisou usar remédio no último mês Vá para A070
(9) IGNVá para A069
A067)QUAL O PRINCIPAL MOTIVO POR NÃO TER USADO ALGUM(NS)
REMÉDIO(S) QUE PRECISAVA...?Ler opções
(1) Não quis
(2) Esqueceu ou achou que não fosse mais necessário
(3) Não tinha no posto do SUS e não tinha dinheiro para comprar
(4) Não tinha no posto do SUS e não encontrou na farmácia
(5) Não tinha no posto do SUS e não tinha como ir até uma farmácia
(6) Receita vencida
(7) Outro motivoQUAL?____________________________________
(8) NSA
(9) IGN
A068)QUAL(IS) O(S) NOME(S) DO(S) REMÉDIO(S) QUE O(A) SR.(A) DEIXOU DE USAR? Remédio 1: __________________________________________
139
Remédio 2: __________________________________________
Remédio 3: __________________________________________
Remédio 4: __________________________________________
[888 = NSA/ 999 = IGN]
A069)NO ÚLTIMO MÊS, ONDE O(A) SR.(A) CONSEGUIU O(S) REMÉDIO(S) QUE
UTILIZOU?Ler opções (múltipla escolha)
(1) No posto do SUS próximo à sua casa
(2) Em outro local do SUS
(3) Através da Farmácia Popular (comprandoou recebendogratuitamente pelo
programa)
(4) Através de compra em farmácia privada
(5) OutroQUAL? ________________________________________
(8) NSA - Não utilizou nenhum remédio
(9) IGN
A070)O(A) SR.(A) CONSIDERA A DISTÂNCIA DA SUA CASA ATÉ A FÁRMACIA MAIS PRÓXIMA?Ler opções (1) Longe, mas de fácil acesso (2) Longe e de difícil acesso (3) Perto e de fácil acesso (4) Perto, mas de difícil acesso (9) IGN
A071)O SEU DOMICÍLIO ESTÁ CADASTRADO NO PROGRAMA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA?
(0) Não
(1) Sim
(9) IGN
A072)O(A) SR.(A) CONSIDERA A DISTÂNCIA DA SUA CASA ATÉ O POSTO DE
SAÚDEMAIS PRÓXIMO? Ler opções
(1) Longe, mas de fácil acesso
(2) Longe e de difícil acesso
(3) Perto e de fácil acesso
(4) Perto, mas de difícil acesso
(9) IGN
AGORA VAMOS FALAR SOBRE A SAÚDE DOS SEUS DENTES E DA SUA BOCA.
CONSIDERE APENAS SEUS PRÓPRIOS DENTES, MESMO CARIADOS,
QUEBRADOS OU FROUXOS.
A073) COMPARANDO COM AS PESSOAS DA SUA IDADE, O(A) SR.(A)
140
CONSIDERA A SAÚDE DOS SEUS DENTES, DA SUA BOCA E DAS GENGIVAS?
Ler opções
(1)Muito boa
(2) Boa
(3) Regular
(4) Ruim
(5) Muito ruim
A074) QUANTOS DENTES NATURAIS O(A) SR.(A) TEM NA PARTE DE CIMA DA
SUA BOCA? POR FAVOR, SE NECESSÁRIO, CONTE QUANTOS SÃO COM
AUXÍLIO DA LÍNGUA.
_ _ dentes (máximo 16)
[99=IGN]
A075) QUANTOS DENTES NATURAIS O(A) SR.(A) TEM NA PARTE DE BAIXO DA
SUA BOCA? POR FAVOR, SE NECESSÁRIO, CONTE QUANTOS SÃO COM
AUXÍLIO DA LÍNGUA.
_ _ dentes(máximo 16)
[99=IGN]
A076)O(A) SR.(A) USA ALGUMA DENTADURA, CHAPA, PONTE, IMPLANTE? Ler
opções
(1) Não usa
(2) Sim, usa apenas superior
(3) Sim, usa apenas inferior
(4) Sim, usa superior e inferior
(9) IGN
A077)LEMBRANDO DO SEUS DENTES, O(A) SR.(A) NECESSITA DE PRÓTESE?
(0) Não Vá para A078
(1) Sim
(9) IGNVá para A078
A077a)A PRÓTESE QUE O(A) SR.(A) NECESSITA É PARA SUBSTITUIÇÃO...Ler opções
(1) De um dente
(2)De mais de um dente
(3)Detodos os dentes de baixo (dentadura)
(4) Detodos de cima (dentadura)
(5) Detodos os dentes de baixo e de cima (dentadura)
(8) NSA
(9) IGN
AGORA VAMOS FALAR SOBRE CONSULTAS AO DENTISTA.
141
A078) O(A) SR.(A) JÁ CONSULTOU COM O(A) DENTISTA ALGUMA VEZ NA
VIDA?
(0) Não Vá paraA082
(1) Sim
(9) IGN
A079) QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O(A) SR.(A) CONSULTOU COM O
DENTISTA? Ler opções
(1) Menos de 1 ano
(2) Entre 1 e 2 anos atrás
(3) Entre 2 e 3 anos atrás
(4) Há mais de 3 anos
(8) NSA
(9) IGN
A080) QUAL O ÚLTIMO LOCAL QUE O(A) SR.(A) BUSCOU PARA ATENDIMENTO
COM O DENTISTA? Ler opções
(1) Posto de saúde
(2) Pronto-atendimento
(3) Centro de Especialidades Odontológicas
(4) Hospital
(5) Faculdade de Odontologia
(6) Consultório Particular / Convênio
(7) OutroQUAL?__________________________________
(8) NSA
(9) IGN
A081)QUAL FOI O PRINCIPAL MOTIVO QUE O LEVOU A PROCURAR O
DENTISTA?
(1) Rotina/ manutenção
(2) Estava com dor
(3) Estava com sangramento ou inflamação nagengiva
(4) Estava com cárie/restauração/obturação
(5) Tinha alguma ferida, caroço ou manchas na boca
(6) Estava com o rosto inchado
(7) Precisava fazer tratamento de canal
(10) Precisava arrancar um dente
(11) Tinha que fazer uma dentadura nova
(12) OutrosQUAL?_______________________________
(8) NSA
(9) IGN
AGORA VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE FUMO. PRIMEIRO
VOU LHE PERGUNTAR SOBRE CIGARROS INDUSTRIALIZADOS (PRONTOS) OU
142
FEITOS A MÃO. VAMOS CONSIDERAR COMO FUMANTE A PESSOA QUE FUMA
UM OU MAIS CIGARRO(S) POR DIA HÁ MAIS DE UM MÊS.
A082)O(A) SR.(A) FUMA OU JÁ FUMOU? Ler opções
(0) Não Vá para A099
(1) Sim, fuma (1 ou + cigarro(s) por dia há mais de 1 mês) Vá para A084
(2) Já fumou, mas parou de fumar
(9) IGN Vá para A099
A083)HÁ QUANTO TEMPO PAROU DE FUMAR?
a)__ __ anos
[99 = IGN / 88 = NSA]
b)__ __ meses
[88 = NSA / 99 = IGN]
c)__ __dias
[88 = NSA / 99 = IGN]
SE PAROU HÁ MAIS DE UM MÊS (30 DIAS) Vá para A099 SE PAROU HÁ MENOS DE UM MÊS (30 DIAS) Vá para A092
A084)COM QUE IDADE O(A) SR.(A) COMEÇOU A FUMAR?
__ __ anos
[88 = NSA / 99 = IGN]
A085) HÁ QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) FUMA? (CONSIDERAR O TEMPO TOTAL DE FUMO NA VIDA, DESDE QUE COMEÇOU A FUMAR, SEM DESCONTAR ALGUM PERÍODO QUE TENHA FICADO SEM FUMAR). a)__ __ anos [88 = NSA / 99 = IGN]
b)__ __ meses [88 = NSA / 99 = IGN]
A086) DESDE QUE O(A) SR.(A) COMEÇOU A FUMAR, ALGUMA(S) VEZ(ES) O(A)
SR.(A) PAROU DE FUMAR?
(0) Não, nunca Vá para A088
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN Vá para A088
A087)POR QUANTO TEMPO NO TOTAL O(A) SR.(A) FICOU SEM FUMAR?
a)__ __ anos
143
[88 = NSA / 99 = IGN]
b)__ __ meses [88 = NSA / 99 = IGN]
c)__ __ dias [88 = NSA / 99 = IGN]
A088)ATUALMENTE, QUANTOS CIGARROS O(A) SR.(A) FUMA POR DIA?
__ __ cigarros
[88 = NSA / 99 = IGN]
A089)CONSIDERANDO TODO O PERÍODO,DESDE QUE O(A) SR.(A) COMEÇOU A
FUMAR, QUANTOS CIGARROS, EM MÉDIA, O(A) SR.(A) FUMOU POR DIA?
__ __ cigarros
[88 = NSA / 99 = IGN]
A090)O(A) SR.(A) FUMA: Ler opções
a) Cigarro industrializado com filtro(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
b) Cigarro industrializado sem filtro(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
c) Cigarro de palha enrolado a mão (0) Não (1) Sim (8) NSA(9) IGN
d) Cigarro de papel enrolado a mão (0) Não (1) Sim (8) NSA(9) IGN
e) Outro(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Se sim: QUAL? ___________________
A091) DESDE QUE O(A) SR.(A) COMEÇOU A FUMAR, QUAL O TIPO DE
CIGARRO QUE O(A) SR.(A) MAIS TEM FUMADO? Marque apenas uma opção. Se
for “outro”, especifique
(1) Cigarro industrializado com filtro
(2) Cigarro industrializado sem filtro
(3) Cigarro de palha enrolado a mão
(4) Cigarro de papel enrolado a mão
(5) Outro QUAL?_______________________
(8) NSA
(9) IGN
SE O(A) ENTREVISTADO(A) FOR FUMANTE ATUAL Vá para A099
SEO(A) ENTREVISTADO(A) FOR EX-FUMANTE QUE PAROU DE FUMAR HÁ MENOS DE
30 DIAS RESPONDER AS QUESTÕES ABAIXO (A092 a A098). SE PAROU HÁ MAIS DE 30
DIAS Vá para A099
A092)COM QUE IDADE O(A) SR.(A) COMEÇOU A FUMAR?
__ __ anos
[88 = NSA / 99 = IGN]
A093)DURANTE QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) FUMOU? (CONSIDERAR O
144
TEMPO TOTAL DE FUMO NA VIDA, DESDE QUE COMEÇOU A FUMAR, SEM DESCONTAR ALGUM PERÍODO QUE TENHA FICADO SEM FUMAR). a)__ __ anos [88 = NSA / 99 = IGN]
b) __ __ meses [88 = NSA / 99 = IGN]
A094) DESDE QUE O(A) SR.(A) COMEÇOU A FUMAR, ALGUMA(S) VEZ(ES) O(A)
SR.(A) PAROU DE FUMAR?
(0)Não, nunca Vá para A096
(1) Sim
(8) NSA
(9) IGN Vá para A096
A095)POR QUANTO TEMPO NO TOTAL O(A) SR.(A) FICOU SEM FUMAR?
a)__ __ anos [88 = NSA / 99 = IGN]
b)__ __ meses [88 = NSA / 99 = IGN]
c)__ __ dias
[88 = NSA / 99 = IGN]
A096)ANTES DE PARAR DE FUMAR, QUANTOS CIGARROS O(A) SR.(A)
FUMAVA POR DIA?
__ __ cigarros
[88 = NSA / 99 = IGN]
A096a)CONSIDERANDO TODO O PERÍODO, DESDE QUE O(A) SR.(A) COMEÇOU
A FUMAR,QUANTOS CIGARROS, EM MÉDIA, O(A) SR.(A) FUMOU POR DIA?
__ __ cigarros
[88 = NSA / 99 = IGN]
A097)O(A) SR.(A) FUMAVA...? Ler opções
a) Cigarro industrializado com filtro (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
b) Cigarro industrializado sem filtro (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
c) Cigarro de palha enrolado a mão (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
d) Cigarro de papel enrolado a mão (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
e) Outro(0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Se sim: QUAL? ___________________
A098) DESDE QUE O(A) SR.(A) COMEÇOU A FUMAR, QUAL O TIPO DE
CIGARRO QUE O(A) SR.(A) MAIS FUMOU? (Marque apenas uma opção. Se for
“outro”, especifique).
145
(1) Cigarro industrializado com filtro
(2) Cigarro industrializado sem filtro
(3) Cigarro de palha enrolado a mão
(4) Cigarro de papel enrolado a mão
(5) Outro QUAL?_______________________
(8) NSA
(9) IGN
AS PERGUNTAS QUE FAREI AGORA SÃO SOBRE O CONSUMO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS.
A099)ALGUM FAMILIAR COM LAÇO DE SANGUE DO(A) SR.(A) JÁ TEVE
PROBLEMAS RELACIONADOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL A PONTO DE
PRECISAR DE ALGUM TIPO DE TRATAMENTO?
(0) Não Vá para A101 (1) Sim (9) IGN Vá para A101 A100)QUAL O PARENTESCO DESTE FAMILIAR COM O(A) SR.(A)? Múltipla
escolha
(1) Pai (2) Mãe (3) Irmãos QUANTOS?________________ (4) Avós maternos (5) Avós paternos (6) Parentes de segundo grau maternos (tio/tia/primos) (7) Parentes de segundo grau paternos (tio/tia/primos) (10) OutroQUAL GRAU DE PARENTESCO?__________________ (8) NSA (9) IGN A101)COM QUE IDADE O(A) SR.(A) EXPERIMENTOU BEBIDAS ALCOÓLICAS
PELA PRIMEIRA VEZ?
__ __anos completos
[00= nunca bebeuVá para A112/ IGN = 99]
AGORA EU FAREI ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE O SEU USO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS DURANTE OS ÚLTIMOS 12 MESES. É MUITO IMPORTANTE PARA
NÓS SABERMOS QUANTO O(A) SENHOR (A) GERALMENTE BEBE E SE EM
ALGUM MOMENTO JÁ TEVE ALGUM TIPO DE PROBLEMA COM BEBIDAS
ALCOÓLICAS. POR FAVOR, SEJA O MAIS SINCERO E PRECISO O POSSÍVEL.
TODAS AS INFORMACÕES SERÃO TRATADAS COM TOTAL SIGILO.
A102)QUANTAS VEZES POR ANO, MÊS OU SEMANA O(A) SR.(A) TOMA
BEBIDAS DE ÁLCOOL?Ler opções
146
(0) Nunca Vá paraA112
(1) Uma vez por mês ou menos
(2) Duas a quatro vezes por mês
(3) Duas a três vezes por semana
(4) Quatro ou mais vezes por semana
(9) IGN Vá para A112
A103)NAS OCASIÕES EM QUE BEBE, QUANTAS DOSES, COPOS OU
GARRAFAS O(A) SR.(A) COSTUMA BEBER? Mostrar cartão 2A
__ __ doses
[88 = NSA / 99=IGN]
A104)QUANTAS VEZES POR ANO, MÊS OU SEMANAO(A) SR.(A) TOMA “SEIS
OU MAIS DOSES” EM UMA OCASIÃO... Ler opções e mostrar cartão 2B
(0) Nunca
(1) Menos que uma vez ao mês
(2) Uma vez ao mês
(3) Uma vez por semana
(4) Todos os dias ou quase todos
(8) NSA
(9) IGN
A105)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZESO(A) SR.(A) ACHOU
QUE NÃO SERIA CAPAZ DE CONTROLAR A QUANTIDADE DE BEBIDA DEPOIS
DE COMEÇAR? Ler opções
(0) Nunca
(1) Menos que uma vez ao mês
(2) Uma vez ao mês
(3) Uma vez por semana
(4) Todos os dias ou quase todos
(8) NSA
(9) IGN
A106)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADOQUANTAS VEZES O(A) SR.(A) NÃO
CONSEGUIU CUMPRIR COM ALGUM COMPROMISSO POR CAUSA DA
BEBIDA?Ler opções
(0) Nunca
(1) Menos que uma vez ao mês
(2) Uma vez ao mês
(3) Uma vez por semana
(4) Todos os dias ou quase todos
(8) NSA
(9) IGN
147
A107)DESDE<MÊS> DO ANO PASSADOQUANTAS VEZESO(A) SR.(A) DEPOIS
DE TER BEBIDO MUITO, PRECISOU BEBER PELA MANHÃ PARA SE SENTIR
MELHOR? Ler opções
(0)Nunca
(1) Menos que uma vez ao mês
(2) Uma vez ao mês
(3) Uma vez por semana
(4) Todos os dias ou quase todos
(8) NSA
(9) IGN
A108)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADOQUANTAS VEZES O(A) SR.(A) SENTIU
CULPA OU REMORSO DEPOIS DE BEBER?Ler opções
(0) Nunca
(1) Menos que uma vez ao mês
(2) Uma vez ao mês
(3) Uma vez por semana
(4) Todos os dias ou quase todos
(8) NSA
(9) IGN
A109)DESDE<MÊS>DO ANO PASSADOQUANTAS VEZES O(A) SR.(A) NÃO
CONSEGUIU SE LEMBRAR DO QUE ACONTECEU NA NOITE ANTERIOR POR
CAUSA DA BEBIDA? Ler opções
(0) Nunca
(1) Menos que uma vez ao mês
(2) Uma vez ao mês
(3) Uma vez por semana
(4) Todos os dias ou quase todos
(8) NSA
(9) IGN
AGORA FAREI MAIS DUAS PERGUNTAS SOBRE USO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS, PORÉM ESSAS PODEM SE REFERIR A TODO O PERÍODO DE
SUA VIDA, E NAO SOMENTE AO ÚLTIMO ANO (12 MESES).
A110)ALGUMA VEZ NA VIDA O(A) SR.(A) OU ALGUMA OUTRA PESSOA JÁ SE
MACHUCOU, SE PREJUDICOU POR CAUSA DE O(A) SR.(A) TER BEBIDO?Ler
opções
(0)Não
(2) Sim, mas não no último ano
(4) Sim, durante o último ano
(8) NSA
148
(9) IGN
A111) ALGUMA VEZ NA VIDA ALGUM PARENTE, AMIGO, MÉDICO OU OUTRO
PROFISSIONAL DA SAÚDE JÁ SE PREOCUPOU COM O(A) SR.(A) POR CAUSA
DE BEBIDA OU LHE DISSE PARA PARAR DE BEBER? Ler opções
(0)Não
(2) Sim, mas não no último ano
(4) Sim, durante o último ano
(8) NSA
(9) IGN
ALERTA:As questões A112 até A135 não poderão ser respondidas caso o(a)
entrevistado(a) utilize somente SONDA como meio de alimentação.
Qual a via de alimentação utilizada pelo(a) entrevistado(a)?
(0) Somente sonda Vá para A135
(1) Via oral
(2) Via oral + sonda
AGORA VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE A SUA
ALIMENTAÇÃOPARA RESPONDER AS PRÓXIMAS PERGUNTAS. PENSE NA
SUA ALIMENTAÇÃO NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, OU SEJA, DESDE <DIA>DA
SEMANA PASSADA ATÉ HOJE.
A112)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
LEGUMES OU VERDURAS COZIDOS OU CRUS? BATATA E MANDIOCA/AIPIM
NÃO DEVEM SER CONSIDERADOS.
__dias
[0=não comeu / 8= NSA / 9=IGN]
A113)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
FRUTAS?
__dias
[0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
A114)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A)COMEU
FEIJÃO? __dias
[0 = não comeu / 8= NSA / 9 = IGN]
A115)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) TOMOU LEITE
DE VACA?
__dias
149
[0 = não tomouVá para A117 / 8= NSA / 9 = IGN]
A116)NA MAIORIA DAS VEZES QUE O(A) SR.(A) TOMA LEITE, QUE TIPO DE
LEITE COSTUMA TOMAR?Ler opções
(1) Leite em pó integral
(2) Leite em pó desnatado
(3) Leite pasteurizado integral
(4) Leite pasteurizado desnatado
(5) Leite pasteurizado semidesnatado
(6) Leite de vaca “in natura”
(8) NSA
(9) IGN
A117)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
ALIMENTOS INTEGRAIS, TAIS COMO PÃO INTEGRAL, BOLACHA INTEGRAL,
ARROZ INTEGRAL OU AVEIA?
__ dias
[0 = não comeu / 8= NSA / 9 = IGN]
A118)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
CARNE VERMELHA (BOI, PORCO, OVELHA)?
__ dias
[0 = não comeuVá para A120 / 8 = NSA / 9 = IGN]
A119) QUANDO O(A) SR.(A) COME CARNE VERMELHA, COSTUMA?Ler opções
(1) Tirar o excesso de gordura visível (2)Comer com a gordura (8) NSA (9) IGN
A120)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A)COMEU
FRANGO/GALINHA?
__ dias
[0 = não comeuVá para A122 / 8 = NSA / 9 = IGN]
A121) QUANDO O(A) SR.(A) COME FRANGO/GALINHA, COSTUMA?Ler opções
(1) Tirar a pele (2)Comer com a pele (8) NSA (9) IGN
A122)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A)COMEU
FRITURAS?
__ dias
[0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
A123)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
150
ALIMENTOS EM CONSERVA COMO PEPINO, OU ALIMENTOS ENLATADOS
COMO SARDINHA?
__ dias [0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
A124)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
ALIMENTOS EMBUTIDOS, TAIS COMO SALSICHA, PRESUNTO, SALAME OU
LINGUIÇA?
__ dias [0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
A125)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS CONGELADOS E PRONTOS PARA CONSUMO,
TAIS COMO LASANHA, PIZZA, HAMBÚRGUER OU NUGGETS?
__ dias
[0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
A126)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) COMEU
ALIMENTOS DOCES, TAIS COMO PEDAÇOS DE BOLO OU TORTA,
CHOCOLATES, BALAS, SOBREMESAS CASEIRAS, OU COMPOTAS?
__ dias
[0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
A127)NOS ÚLTIMOS SETE DIAS, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A)TOMOU
REFRIGERANTE NORMAL OU SUCOS ARTIFICIAS ADOÇADOS EM CAIXA OU
EM PÓ?
__ dias
[0 = não comeu / 8 = NSA / 9 = IGN]
AGORA VAMOS FALARSOBRE O HÁBITO DE TOMAR CHIMARRÃO.
A128)O(A) SR.(A) COSTUMA TOMAR CHIMARRÃO?
(0)NãoVá para A135
(1) Sim
A129)O SR.(A) COSTUMA TOMAR CHIMARRÃO UMA VEZ OU MAIS POR
SEMANA?
(0) NãoVá para A135
(1) Sim
(8) NSA
A130) QUANTOS DIAS POR SEMANA O(A) SR.(A) COSTUMA TOMAR
151
CHIMARRÃO?
___ dia(s) por semana [8 = NSA / 9=IGN]
A131) QUANTOO(A) SR.(A) COSTUMA TOMAR POR DIA?Ler opções
a)__ __ CUIAS
[00 = Não toma / 88 = NSA / 99 = IGN]
b)____ TÉRMICAS
[00 = Não toma / 88 = NSA / 99 = IGN]
c)__ __ CHALEIRAS
[00 = Não toma / 88 = NSA / 99 = IGN]
A132) A <CUIA/TÉRMICA/CHALEIRA>QUE O(A) SR.(A) COSTUMA TOMAR É?Ler
opções
(1) pequena
(2) média
(3) grande
(8) NSA
(9) IGN
ATENÇÃO NO PULO: se o/a entrevistado/a respondeu térmica ou chaleira:
A133)O(A) SR.(A) TOMA ESTA <TÉRMICA/CHALEIRA> SOZINHO(A) OU
DIVIDECOM OUTRAPESSOA?
(1) Toma sozinho(a) Vá para A135
(2) Divide com outra pessoa
(8) NSA
(9) IGNVá para A135
A134)COM QUANTAS PESSOAS O(A) SR.(A) DIVIDE?
__ __ pessoas
[88 = NSA / 99 = IGN]
ALERTA:As questões A135 até A144 só poderão ser respondidas pelo(a) próprio(a)
entrevistado(a). NÃO poderão ser respondidas por outra pessoa (cuidador ou
responsável).
O(A) entrevistado(a) está respondendo o questionário sozinho(a) ou sem ajuda?
(0) Não Vá para A145
(1) Sim
152
AGORA EU VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS E O(A) SR.(A.) IRÁ
ESCOLHER A RESPOSTA QUE MELHOR REFLETE COMO TEM SE SENTIDO NA
ÚLTIMA SEMANA
ATENÇÃO: Entregue o cartão 3 ao(a) entrevistado(a) para que ele(a) acompanhe a
aplicação do questionário.
A135) O(A) SR.(A) TEM SIDO CAPAZ DE RIR E ACHAR GRAÇA DAS COISAS...? Mostrar cartão 3 (0) Como sempre fiz (1)Não tanto quanto antes (2) Sem dúvida, menos que antes (3) De jeito nenhum (8) NSA (9) IGN A136) O(A) SR.(A) TEM PENSADO NO FUTURO COM ALEGRIA...? Mostrar cartão
3
(0) Sim, como de costume
(1) Um pouco menos que de costume
(2) Muito menos que de costume
(3) Praticamente não
(8) NSA (9) IGN
A137) O(A) SR.(A) TEM SE CULPADO SEM RAZÃO QUANDO AS COISAS DÃO
ERRADO...?Mostrar cartão 3
(0) Não, de jeito nenhum
(1) Raramente
(2) Sim, às vezes
(3) Sim, muito frequentemente
(8) NSA (9) IGN
A138) O(A) SR.(A) TEM FICADO ANSIOSO(A) OU PREOCUPADO(A) SEM UMA
BOA RAZÃO...?Mostrar cartão 3
(3) Sim, muito seguido
(2) Sim, às vezes
(1) De vez em quando
(0) Não, de jeito nenhum
(8) NSA (9) IGN
A139) O(A) SR.(A) TEM SE SENTIDO ASSUSTADO(A) OU EM PÂNICO SEM UM
BOM MOTIVO...? Mostrar cartão 3
153
(3) Sim, muito seguido
(2) Sim, às vezes
(1) Raramente
(0) Não, de jeito nenhum
(8) NSA (9) IGN
A140) O(A) SR.(A) TEM SE SENTIDO SOBRECARREGADO(A) PELAS TAREFAS E
ACONTECIMENTOS DO SEU DIA-A-DIA...?Mostrar cartão 3
(3) Sim. Na maioria das vezes não consegue lidar bem com eles
(2) Sim. Algumas vezes consegue lidar bem como antes
(1) Não. Na maioria das vezes consegue lidar bem com eles
(0) Não. Consegue lidar com eles tão bem quanto antes
(8) NSA (9) IGN
A141) O(A) SR(A) TEM SE SENTIDO TÃO INFELIZ QUE TEM TIDO DIFICULDADE
DE DORMIR...?Mostrar cartão 3
(3) Sim, na maioria das vezes
(2) Sim, algumas vezes
(1) Raramente
(0) Não, nenhuma vez
(8) NSA (9) IGN
A142) O(A) SR.(A) TEM SE SENTIDO TRISTE OU MUITO MAL...?Mostrar cartão 3
(3) Sim, na maioria das vezes
(2) Sim, muitas vezes
(1) Raramente
(0) Não, de jeito nenhum
(8) NSA (9) IGN
A143) O(A) SR.(A) TEM SE SENTIDO TÃO TRISTE QUE TEM CHORADO...?Mostrar
cartão 3
(3) Sim, a maior parte do tempo
(2) Sim, muitas vezes
(1) Só de vez em quando
(0) Não, nunca
(8) NSA (9) IGN
A144) O(A) SR.(A) TEM PENSADO EM FAZER ALGUMA COISA CONTRA SI
MESMO(A) ...?Mostrar cartão 3
(3) Sim, muitas vezes
154
(2) Às vezes
(1) Raramente
(0) Nunca
(8) NSA (9) IGN
ALERTA: Para as questões A145 até A159, serão excluídos os indivíduos cadeirantes
e/ou acamados ou com alguma impossibilidade de permanecer em pé.
O(A) entrevistado(a) apresenta alguma dessas condições?
(0) Não
(1) Sim Vá para A160
AGORA EU PERGUNTAREI SOBRE O TEMPO QUE O(A) SR.(A) PASSA
REALIZANDO DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS EM UMA SEMANA
NORMAL.
POR FAVOR, RESPONDA ESTAS PERGUNTAS MESMO QUE NÃO SE
CONSIDERE UMA PESSOA FISICAMENTE ATIVA.
PENSE PRIMEIRO SOBRE O TEMPO QUE O(A) SR.(A) PASSA NO TRABALHO.
CONSIDERE TRABALHO COMO SENDO AS TAREFAS QUE O(A) SR.(A) TEM
QUE FAZER, REMUNERADAS OU VOLUNTÁRIAS, INCLUINDO ESTUDAR,
TREINAR, ARRUMAR A CASA OU VARRER O QUINTAL.
PARA RESPONDER AS PRÓXIMAS QUESTÕES, POR FAVOR, CONSIDERE
QUEATIVIDADES FÍSICAS INTENSAS SÃO AQUELAS QUE PRECISAM DE UM
GRANDE ESFORÇO FÍSICO E QUE CAUSAM UM GRANDE AUMENTO EM SUA
RESPIRAÇÃO E BATIMENTOS DO CORAÇÃO, E QUE ATIVIDADES FÍSICAS
ATENÇÃO!!
Se a soma das alternativas de resposta (questões A135 a A144) for
IGUAL OU MAIOR A 13, ao final da entrevista entregue a lista com locais
de atendimento ao entrevistado.
155
MÉDIAS SÃO AQUELA QUE EXIGEM ESFORÇO FÍSICO MODERADO E
PROVOCAM UM PEQUENO AUMENTO EM SUA RESPIRAÇÃO E BATIMENTOS
DO CORAÇÃO.
A145)O SEU TRABALHO ENVOLVE ATIVIDADES FÍSICAS INTENSAS
COMOCARREGAR GRANDES PESOS, CAPINAR, TRABALHAR COM ENXADA
OU TRABALHAR COM CONSTRUÇÃO, FAZER SERVIÇOS DOMÉSTICOS
DENTRO DE CASA OU NO QUINTAL POR PELO MENOS 10 MINUTOS
SEGUIDOS? Mostrar cartão 4A
(0)NãoVá para A148
(1)Sim
(9) IGNVá para A148
A146)EM UMA SEMANA NORMAL, EM QUANTOS DIAS
O(A)SR.(A)FAZATIVIDADES FÍSICAS INTENSAS COMO PARTE DO SEU
TRABALHO?
__dias
[8 = NSA / 9=IGN]
A147)QUANTO TEMPO O(A)SR.(A)PASSA REALIZANDO ATIVIDADES FÍSICAS
INTENSAS EM UM DIA NORMAL DE TRABALHO?
__ __ horas __ __ minutos
[88/88 = NSA / 99/99=IGN]
A148)O SEU TRABALHO ENVOLVE ATIVIDADES DE INTENSIDADE MÉDIA
COMO CAMINHAR EM RITMO RÁPIDO OU CARREGAR PESOS LEVES,
ATIVIDADES DOMÉSTICAS DENTRO DE CASA OU NO QUINTAL COMO
VARRER, ASPIRAR, OU CORTAR A GRAMA POR PELO MENOS 10 MINUTOS
SEGUIDOS? Mostrar cartão 4B
(0)Não Vá paraA151
(1)Sim
(9) IGN Vá para A151
A149)EM UMA SEMANA NORMAL, QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) REALIZA
ATIVIDADES DE INTENSIDADE MÉDIA COMO PARTE DO SEU TRABALHO?
__ dias
[8 = NSA / 9=IGN]
A150)QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) PASSA REALIZANDO ATIVIDADES DE
INTENSIDADE MÉDIA EM UM DIA NORMAL DE TRABALHO?
__ __ horas [88/88 = NSA / 99/99 = IGN] __ __ minutos[88/88 = NSA / 99/99=IGN]
156
POR FAVOR, PARA RESPONDER AS PRÓXIMAS QUESTÕES EXCLUA AS
ATIVIDADES FÍSICAS QUE O(A) SR.(A) REALIZA NO TRABALHO E JÁ
MENCIONADAS ANTERIORMENTE.
AGORA, POR FAVOR, PENSE SOBRE COMO O(A) SR.(A) COSTUMA SE
DESLOCAR DE UM LUGAR PARA OUTRO, COMO, POR EXEMPLO, PARA IR AO
TRABALHO, MERCADO, IGREJA, LAVOURA OU OUTROS LOCAIS QUE O(A)
SR.(A) FREQUENTA.
A151) O(A) SR.(A) CAMINHA OU UTILIZA BICICLETA POR PELO MENOS 10
MINUTOS SEGUIDOS PARA IR DE UM LUGAR PARA OUTRO?
Mostrar cartão 4C
(0)Não Vá para A154
(1)Sim
(9) IGN Vá para A154
A152)EM UMA SEMANA NORMAL, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) CAMINHA
OU ANDA DE BICICLETA POR PELO MENOS 10 MINUTOS SEGUIDOS PARA IR
DE UM LUGAR A OUTRO?
__ dias
[8 = NSA / 9=IGN]
A153)QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) PASSA CAMINHANDO OU ANDANDO DE
BICICLETA PARA IR DE UM LUGAR A OUTRO EM UM DIA NORMAL?
__ __ horas __ __ minutos
[88/88 = NSA / 99/99=IGN]
POR FAVOR, PARA RESPONDER AS PRÓXIMAS QUESTÕES NÃO CONSIDERE
AS ATIVIDADES FÍSICAS QUEO(A) SR.(A) REALIZA NO SEU TRABALHO OU AO
SE DESLOCAR DE UM LUGAR PARA O OUTRO, QUE O(A) SR.(A) JÁ
MENCIONOU ANTERIORMENTE.
AGORA, POR FAVOR, PENSE SOBRE ESPORTES, EXERCÍCIOS FÍSICOS E
OUTRAS ATIVIDADES RECREATIVAS COMO DANÇAR E PEDALAR, QUE O(A)
SR.(A) FAZ EM UMA SEMANA NORMAL. LEMBRE-SE QUE ATIVIDADES FÍSICAS
INTENSAS SÃO AQUELAS QUE PRECISAM DE UM GRANDE ESFORÇO FÍSICO E
QUE CAUSAM UM GRANDE AUMENTO EM SUA RESPIRAÇÃO E BATIMENTOS
DO CORAÇÃO, E QUE ATIVIDADES FÍSICAS MÉDIAS SÃO AQUELAS QUE
EXIGEM ESFORÇO FÍSICO MODERADO E PROVOCAM UM PEQUENO AUMENTO
EM SUA RESPIRAÇÃO E BATIMENTOS DO CORAÇÃO.
A154) O(A) SR.(A) REALIZA ALGUM ESPORTE, EXERCÍCIO FÍSICO OU
ATIVIDADE RECREATIVA INTENSA COMO CORRER OU PRATICAR ESPORTES
INTENSOS COMO GINÁSTICA AERÓBICA, FUTEBOL, PEDALAR RÁPIDO DE
157
BICICLETA, BASQUETE, VÔLEI, MUSCULAÇÃO, LUTAS POR PELO MENOS 10
MINUTOS SEGUIDOS? Mostrar cartão 4D
(0)Não Vá paraA157
(1)Sim
(9) IGN Vá paraA157
A155)EM UMA SEMANA NORMAL, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) REALIZA
ESPORTES, EXERCÍCIOS FÍSICOS OU ATIVIDADES RECREATIVAS INTENSAS?
__ dias
[8 = NSA / 9=IGN]
A156)QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) PASSA REALIZANDO ESPORTES,
EXERCÍCIOS FÍSICOS OU ATIVIDADES RECREATIVAS INTENSAS EM UM DIA
NORMAL?
__ __ horas __ __ minutos
[88/88 = NSA / 99/99=IGN]
A157) O(A) SR.(A) REALIZA ALGUM ESPORTE, EXERCÍCIO FÍSICO OU
ATIVIDADE RECREATIVA DE INTENSIDADE MÉDIA COMO CAMINHARRÁPIDO,
PEDALAR DEVAGAR A BICICLETA, NADAR, GINÁSTICA, YÔGA, PILATES,
JOGAR ESPORTES RECREATIVOS POR PELO MENOS 10 MINUTOS
SEGUIDOS? Mostrar cartão 4E
(0)Não Vá para A160
(1)Sim
(9) IGN
A158)EM UMA SEMANA NORMAL, EM QUANTOS DIAS O(A) SR.(A) REALIZA
ESPORTES, EXERCÍCIOS FÍSICO OU ATIVIDADES RECREATIVAS DE
INTENSIDADE MÉDIA?
__ dias
[8 = NSA / 9=IGN]
A159)QUANTO TEMPO O(A) SR.(A) PASSA REALIZANDO ESPORTES,
EXERCÍCIOS FÍSICOS OU ATIVIDADES RECREATIVAS DE INTENSIDADE MÉDIA
EM UM DIA NORMAL?
__ __ horas __ __ minutos
[88/88 = NSA / 99/99=IGN]
AGORA, POR FAVOR, PENSE SOBRE O TEMPO QUE O(A) SR.(A) PASSA
SENTADO EM CASA, NO TRABALHO OU SE DESLOCANDO DE CARRO/ÔNIBUS.
POR FAVOR, NÃO CONSIDERE O TEMPO QUE O(A) SR.(A) PASSA DORMINDO.
A160)QUANTO TEMPOO(A) SR.(A) COSTUMA FICAR SENTADO(A) OU
RECLINADO(A) EM UM DIA NORMAL?Mostrarcartão4F
158
__ __ horas __ __ minutos
[88/88 = NSA / 99/99=IGN]
AGORA VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE CRIMINALIDADE E
PERCEPÇÃO DE SEGURANÇA.
A161)O(A) SR.(A) CONSIDERA SUA VIZINHANÇA SEGURA CONTRA CRIMES? (0) Não (1) Mais ou menos (2)Sim (9) IGN A162)DESDE <MÊS>DO ANO PASSADOQUANTAS VEZES ACONTECEU COMPRA OU VENDA DE DROGAS PERTO DA SUA CASA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A163) DESDE <MÊS>DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZES ACONTECEU UM FURTO NA SUA VIZINHANÇA, ISTO É, FOI LEVADO ALGO SEM USO DE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A164)DESDE <MÊS> DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZES ACONTECEU UMA AGRESSÃO FÍSICA ENTRE PESSOAS NA SUA VIZINHANÇA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A165)DESDE <MÊS> DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZES ACONTECEU UM ROUBO NA SUA VIZINHANÇA, ISTO É, FOI LEVADO ALGO COM USO DE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A166)DESDE<MÊS>DOANO PASSADO, QUANTAS VEZES ACONTECEUASSASSINATO NA SUA VIZINHANÇA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN
159
A167)DESDE <MÊS>DO ANO PASSADO, QUANTAS VEZES O(A) SR.(A) FOI VÍTIMA DE FURTO, ISTO É, FOI LEVADO ALGUM PERTENCE SEU SEM USO DE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A168)DESDE <MÊS>DOANO PASSADO, QUANTAS VEZES O(A) SR.(A) FOI VÍTIMA DE ROUBO, ISTO É, FOI LEVADO ALGUM PERTENCE SEU COM USO DE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A169)DESDE <MÊS>DOANO PASSADO, QUANTAS VEZESO(A) SR.(A) FOI VÍTIMA DE AGRESSÃO FÍSICADE ALGUÉM QUE NÃO SEJA DA SUA FAMÍLIA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN A170)DESDE <MÊS>DOANO PASSADO, QUANTAS VEZESO(A) SR.(A) SE ENVOLVEU EM UMA BRIGA COM USO DE AGRESSÃO FÍSICA? (0) Nunca (1) Uma vez (2) Mais que uma vez (9) IGN
MEDIDAS
A171)Observare anotar. O(A) entrevistado(a) tem alguma impossibilidade de permanecer na posição ereta (cadeirantes e/ou acamados ou com prótese nos membros inferiores)? (0) Não (1) SimVá para A174 SÓ PARA MULHERES: A172)A SRA ESTÁ GRÁVIDA OU TEVE FILHO HÁ MENOS DE 6 MESES? (0) Não (1) Sim Vá para A174 (8) NSA A173)O(A) SR.(A) USA GESSO EM ALGUMAPARTE DO CORPO? (0) Não (1) SimVá para medida 3
160
Medida 1 – AGORA, GOSTARIA DE MEDIR A SUA ALTURA. O(A) SR.(A) PODE
FICAR DESCALÇO, POR FAVOR. SUBA NO ESTADIÔMETRO DE COSTAS PARA
ELE, COM OS PÉS JUNTOS, DE MANEIRA QUE OS OSSOSDO TORNOZELO
FIQUEM ENCOSTADOS. POR FAVOR, PERMANEÇACOM AS MÃOS AO LONGO
DO CORPO E OLHANDO PARA FRENTE.
Alerta:Para registrar a medida utilize vírgula. Utilize a casa decimal após a vírgula e
não arredonde.
Resultado da medida1: __ __ __ , __ cm
[888,8 =NSA]
[999,9 = IGN]
Se a altura não pode ser medida por qualquer motivo, registre aqui:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________
Medida 2 :AGORA, GOSTARIA DE PESAR O(A) SR.(A). POR FAVOR, VOU
PRECISAR QUE O(A) SR.(A) SUBA NA BALANÇA E OLHE PARA FRENTE, COM
OS BRAÇOS AO LONGODO CORPO.PERMANEÇA EM PÉ, COM O PESO
IGUALMENTE DISTRIBUÍDO EM AMBOS OS PÉS.
Alerta:Para registrar a medida utilize vírgula. Preencha todas as casas, incluindo o
zero quando necessário e não arredonde. Ex.: 90,8 = 090,8
Anote o valor que aparecer no visor da balança:
__ __ __ ,__kg
[888,8 =NSA]
[999,9 = IGN]
Se o peso não pode ser aferido por qualquer motivo, registre aqui.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
______
Anote as roupas que o entrevistado está usando.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
161
_____________________________________________________________________
_________
Medida 3:AGORA, GOSTARIA DE MEDIR A SUA CINTURA. O(A) SR.(A) PODE
PERMANECER DE PÉ. POR FAVOR, VOU PRECISAR QUE O(A) SR.(A) FIQUE
COM A SUA CINTURA EXPOSTA PARA MEDI-LA.
ALERTA: Para registrar a medida utilize vírgula. Preencha todas as casas, incluindo o
zero quando necessário e não arredonde. Ex.: 82,4 = 082,4
Anote o resultado da 1ª medida: __ __ __ , __cm
[888,8 =NSA]
[999,9 = IGN]
Anote o resultado da 2ª medida: __ __ __ , __ cm
[888,8 =NSA]
[999,9 = IGN]
Se a diferença entre a primeira e a segunda medida for maior do que 1 cm, realizar a
terceira medida.
Anote o resultado da 3ª medida: __ __ __, __cm
[888,8 =NSA]
[999,9 = IGN]
Se a circunferência da cintura não pode ser medida por qualquer motivo, registre aqui:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________
Alerta:As questões A174até A209 só poderão ser respondidas pelo(a) próprio(a)
entrevistado(a). NÃO poderão ser respondidas por outra pessoa (cuidador ou
responsável).
O(A) entrevistado(a) está respondendo o questionário sozinho(a) ou sem ajuda?
(0) Não Finalize o bloco A
(1) Sim
162
AGORA EU VOU LHE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS E O(A) SR.(A.) IRÁ
ESCOLHER A RESPOSTA QUE MELHOR REFLETE COMO TEM SE SENTIDO
NAS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS
AS QUEST ES A SEGUIR SÃO SO RE COMO O(A) SR.(A) SE SENTE A
RESPEITO DA SUA QUA IDADE DE VIDA. POR FAVOR, ESCO HA A RESPOSTA
QUE HE PARECER MAIS ADEQUADA. SE O(A) SR.(A) NÃO TIVERCERTEZA DE
QUAL RESPOSTA ESCOLHER, GERALMENTE, A PRIMEIRA QUE O(A) SR.(A)
PENSOU A ME HOR. POR FAVOR, PENSE SO RE SEUS VA ORES,
PREOCUPAÇ ES, PRAZERES E DESEJOS. EM REQUE AS SUAS
RESPOSTAS DEVEM SER BASEADAS NAS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS.
A174)COMO SUA QUA IDADE DE VIDA...?Ler opções
(1) Muito ruim
(2) Ruim
(3) Regular
(4) Boa
(5) Muito boa
(9) IGN
A175)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM SUA SA DE...?Ler opções
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
ATENÇÃO: Entregue o Cartão 5 ao(a) entrevistado(a)
A176)O(A) SR.(A) TEVE ALGUMA DOR QUE LHE IMPEDIU DE FAZER O QUE
PRECISAVA...? Ler opções e mostrar cartão5A
(5) Não
(4) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(2) Bastante
(1) Completamente
(9) IGN
A177)O(A) SR.(A) PRECISA DE A GUM TRATAMENTO M DICO PARA FAZER
SUAS ATIVIDADES DO DIA-A-DIA?Mostrar cartão5A
(5) Não
163
(4) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(2) Bastante
(1) Completamente
(9) IGN
A178)O(A) SR.(A) APROVEITA A VIDA?Ler opções emostrar cartão 5B
(1) N
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A179)O(A) SR.(A) ACHA QUE A SUA VIDA TEM SENTIDO?Mostrar cartão 5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A180) O(A) SR.(A) CONSEGUE SE CONCENTRAR?Mostrar cartão 5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A181)O(A) SR.(A) SE SENTE SEGURO NO SEU DIA-A-DIA?Mostrar cartão5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A182)O(A) SR.(A) ACHA QUE O MEIO EM QUE O(A) SR.(A) VIVE SAUD VE ?
Mostrar cartão 5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
164
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
AS QUEST ES SEGUINTES PERGUNTAM SO RE O QUANTO O(A) SR.(A) FOI
CAPAZ DE FAZER CERTAS COISAS NAS TIMAS DUAS SEMANAS. A GUMAS
DE AS PODEM PARECER REPETIDAS, NÃO SE PREOCUPE ASSIM MESMO.
A183)O(A) SR.(A) TEM ENERGIA SUFICIENTE PARA O SEU DIA-A-DIA?Mostrar
cartão 5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A184)O(A) SR.(A) ACEITA A SUA APARÊNCIA FÍSICA?Mostrar cartão5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A185)O(A) SR.(A)TEM DINHEIRO SUFICIENTE PARA REALIZAR SUAS
NECESSIDADES? Mostrar cartão 5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A186)O(A) SR.(A)CONSEGUE AS INFORMAÇ ES QUE PRECISA? Mostrar cartão
5B
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A187)O(A) SR.(A) REALIZA ATIVIDADES DE LAZER? Mostrar cartão 5B
165
(1) Não
(2) Muito pouco
(3) Mais ou menos
(4) Bastante
(5) Completamente
(9) IGN
A188)O(A) SR.(A) CAPAZ DE SE MOVIMENTAR...?Ler opções
(1) Muito mal
(2) Mal
(3) Regular
(4) Bem
(5) Muito bem
(9) IGN
A189)O(A)SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM O SEU SONO...?Ler opções e mostrar
cartão 5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A190)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM SUA CAPACIDADE PARA FAZER
SUAS TAREFAS DO DIA-A-DIA?Mostrarcartão5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A191)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM SUA CAPACIDADE PARA
TRABALHAR?Mostrar cartão 5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A192)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) CONSIGO MESMO(A)?Mostrar cartão5C
166
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A193)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM SUAS RE AÇ ES
PESSOAIS?Mostrar cartão 5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A194)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM SUA VIDA SE UA ? Mostrar cartão
5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A195)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM O APOIO QUE RECE E DOS SEUS
AMIGOS?Mostrar cartão 5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A196)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM O OCA ONDE MORA?Mostrar
cartão 5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A197)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM A FACI IDADE PARA CONSEGUIR
167
ATENDIMENTO NO SERVIÇO DE SA DE?Mostrar cartão5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A198)O(A) SR.(A) EST SATISFEITO(A) COM O MEIO DE TRANSPORTE QUE
USA?Mostrar cartão 5C
(1) Muito insatisfeito(a)
(2) Insatisfeito(a)
(3) Regular
(4) Satisfeito(a)
(5) Muito satisfeito(a)
(9) IGN
A PR IMA QUESTÃO SO RE A FREQUÊNCIA COM QUE O(A) SR.(A) SENTIU
OU VIVEU CERTAS COISAS NAS DUAS ÚLTIMAS SEMANAS.
A199)O(A) SR.(A) TEM SENTIMENTOS NEGATIVOS, TAIS COMO MAU HUMOR,
TRISTEZA, ANSIEDADE, DEPRESSÃO...?Ler opções
(5) Nunca
(4) Raramente
(3) Frequentemente
(2) Muito frequentemente
(1) Sempre
(9) IGN
AGORA VAMOS FALAR SOBRE O SEU SONO, POR FAVOR, DE ACORDO COM O CARTÃO DIGA QUAL O
NÚMERO QUE MELHOR DESCREVE A SUA RESPOSTA:
A200)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) TEM DIFICULDADE DE ADORMECER
À NOITE ...?Ler opções e mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A201)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) ACORDA DE MADRUGADA E NÃO
CONSEGUE ADORMECER DE NOVO?Mostrar cartão6
168
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A202)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) TOMA TRANQUILIZANTES OU
REMÉDIOS PARA DORMIR?Mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A203)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) DORME DURANTE O
DIA?Mostrarcartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A204)COM QUE FREQUÊNCIAAO ACORDAR DE MANHÃ, O(A) SR.(A) AINDA SE
SENTE CANSADO(A)?Mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A205)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) RONCA À NOITE (QUE O(A) SR.(A)
169
SAIBA)?Mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A206)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) ACORDA DURANTE ÀNOITE?Mostrar
cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A207)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) ACORDA COM DOR DE
CABEÇA?Mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A208)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A) SENTE CANSAÇO SEM TER NENHUM
MOTIVO APARENTE?Mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
A209)COM QUE FREQUÊNCIAO(A) SR.(A)TEM SONO AGITADO, COMO
170
MUDANÇAS DE POSIÇÃO OU MOVIMENTOS DE PERNAS/BRAÇOS (QUE O(A)
SR.(A) SAIBA)?Mostrar cartão6
(1) Nunca
(2) Muito raramente
(3) Raramente
(4) Às vezes
(5) Frequentemente
(6) Muito frequentemente
(7) Sempre
(9) IGN
MUITO OBRIGADA PELA SUA ATENÇÃO E POR TER RESPONDIDO NOSSAS
PERGUNTAS!
171
APÊNDICE 3 – Carta de apresentação consórcio rural 2015/2016
172
APÊNDICE 4 - Termo de consentimento livre e esclarecido consórcio rural.
173
4 RELATÓRIO DO SUBESTUDO
174
4.1 INTRODUÇÃO
Este estudo surgiu dentro da possibilidade de avaliar os serviços de saúde da
zona rural através de seus profissionais e estabelecer relações entre uma avaliação
técnico-cientifico e a percepção de qualidade de seus usuários, medida através da
satisfação com a UBS.
Anterior ao trabalho de campo foi realizada uma visita à superintendente de
Atenção Básica do município, a fim de obter consentimento para realizar o estudo
nas UBS da zona rural. A superintendente foi informada dos objetivos do estudo e
recebeu uma cópia do projeto, e, após leitura criteriosa, consentiu com a realização
do estudo. (ANEXO A)
Em fevereiro de 2016 foi iniciado um subestudo que avaliou todas as 14 UBS
através de entrevistas com os 25 profissionais de saúde e 3 gestores. Em 11 UBS, o
próprio profissional médico ou enfermeiro respondeu o questionário do gestor,
alegando que não havia a figura especifica do gestor na unidade.
4.2 QUESTIONÁRIOS
O estudo utilizou 3 questionários: um questionário a ser aplicado apenas no
gestor, com 47 questões sobre a estrutura da UBS, um questionário para os
profissionais de saúde, composto de 16 perguntas sociodemograficas e o PCATool,
composto por 77 questões.
4.3 MANUAL DE INSTRUÇÕES
O único questionário que contou com um manual de instruções foi o PCATool,
cujo manual de instruções está disponível no sítio:2
2 Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_avaliacao_pcatool_brasil.pdf>.
175
4.4 AMOSTRA E PROCESSO DE AMOSTRAGEM
Por se tratar de um estudo que incluiu todos os profissionais de saúde de
todas as UBS da zona rural, não houve processo de amostragem. O estudo pode
ser caracterizado como um censo, já que não houve perdas ou recusas.
4.5 SELEÇÃO E TREINAMENTO DAS ENTREVISTADORAS
Nesta etapa foi selecionada uma auxiliar de pesquisa que foi treinada pela
mestranda para realizar as entrevistas. A seleção ocorreu de forma informal, porém,
a mestranda supervisionou a realização das entrevistas em 7 UBS
4.6 ESTUDO PILOTO
Com o intuito de familiarizar a mestranda com os instrumentos utilizados foi
realizado um estudo piloto em 2 UBS administradas pela UFPel (CSU e Vila
Municipal), onde foram entrevistados 6 profissionais de saúde.
4.7 LOGÍSTICA E TRABALHO DE CAMPO
O estudo foi iniciado em fevereiro de 2016 e concluído em maio de 2016.
Para o deslocamento até a zona rural foi utilizado o transporte coletivo (ônibus) ou
então o veiculo próprio da mestranda. Todos os questionários foram impressos em
papel.
4.8 CONTROLE DE QUALIDADE
Durante todo o processo houve a supervisão da mestranda que esteve
presente durante metade das entrevistas. Após a realização das entrevistas em
176
papel, foi realizada dupla digitação através do programa Epi-Data3.1 para checagem
de inconsistências, o banco foi então exportado para o pacote estatístico STATA14.1
onde foram realizadas as analises descritivas e posteriormente esses dados foram
adicionados aos dados coletados no consórcio para análise final do projeto.
4.9 RESULTADOS GERAIS
Conforme consta na seção ―Alterações do projeto‖ a variável de adequação
estrutural não foi utilizada, logo não foram utilizados para o presente estudo os
questionários com questões para o gestor e o questionário de características
sociodemograficas dos profissionais de saúde. Estudos adicionais utilizando estes
dados estão previstos para março de 2017. O escore geral do PCATool obteve
média geral de 7.48 (IC95% 7.04-7.93). Dos atributos avaliados o que obteve pior
resultado foi o atributo acesso de primeiro contato- acessibilidade, que apresentou
média de 4.13(IC95% 3.66-4.59). O atributo que apresentou melhor resultado foi a
orientação familiar, com média de 8.71(IC95% 7.88-9.53)
Atributo Média Erro-padrão IC95%
Acessibilidade 4.13 0.22 (3.66-4.59) Longitudinalidade 8.61 0.26 (8.06-9.16) Integração de cuidados 7.31 0.34 (6.60-8.02) Sistema de Informações 8.44 0.43 (7.55-9.33) Serviços disponíveis 7.56 0.26 (7.01-8.11) Serviços prestados 7.98 0.32 (7.30-8.66) Orientação familiar 8.71 0.39 (7.88-9.53) Orientação comunitária 7.13 0.50 (3.08-8.18) Escore Essencial 7.34 0.20 (6.90-7.77) Escore Geral 7.48 0.21 (7.04-7.93)
177
4.10 ASPECTOS ÉTICOS
O estudo foi realizado após a permissão da superintendente de atenção
básica do município. (Anexo A). Todos os profissionais foram informados sobre os
objetivos do estudo e concordaram em participar do mesmo assinando um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo B).
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal de Pelotas, com parecer nº1.363.979 como parte do consórcio.
4.11 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados deste sub-estudo serão apresentados na reunião do conselho
municipal de saúde após a finalização do mestrado. O mestrado está previsto para
terminar em março de 2017. Será realizado uma descrição de todos os dados
coletados.
178
4.12 CRONOGRAMA
As atividades do estudo iniciaram em março de 2015 e terminaram em
fevereiro de 2017.
Atividades 2015 2016 2017
Meses M-J A S O N D J/F M A M J J A S O N D J F
Elaboração do
projeto
Autorização da
superintendente
Avaliação CEP
Treinamento
Estudo Piloto
Trabalho de campo
Análise dos dados
Redação da
dissertação
Divulgação dos
resultados
179
4.13 ORÇAMENTO
Os custos do subestudo foram arcados pela mestranda responsável e consistiu na
impressão do cartão de respostas do PCATool e dos questionários em folha A4, além dos
custos com o transporte até a zona rural.
180
ANEXO A
181
ANEXO B
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Avaliação das Unidades Básicas de Saúde da Zona Rural de Pelotas
Esta pesquisa irá avaliar os serviços de saúde da zona rural. O título da
pesquisa é ―Os serviços de saúde da zona rural de Pelotas: uma avaliação técnica
comparada com a visão do usuário‖ Está sendo realizada por um grupo de pesquisa
pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Farão parte do
estudo os profissionais médicos e enfermeiros da zona rural que aceitarem
livremente participar da pesquisa, após leitura, aceitação e assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Sua participação nesta pesquisa compreenderá
responder a um instrumento para avaliar a qualidade da atenção à saúde prestada
no seu serviço de saúde. Este estudo implica apenas na disponibilidade de tempo
para responder ao instrumento. A entrevista será realizada no seu ambiente de
trabalho. Ressaltamos que a concordância ou não em participar da pesquisa em
nada irá alterar sua condição profissional na Unidade de Saúde em que você
trabalha e você poderá em qualquer momento desistir da pesquisa. Para fins de
pesquisa os pesquisadores garantem que seu nome será preservado e que nenhum
dado sobre sua pessoa ou do conteúdo individual da sua entrevista será divulgado.
Eu,______________________________, fui informado(a) dos objetivos da pesquisa
acima de maneira clara e detalhada. Fui informado(a) da garantia de receber
resposta a qualquer dúvida acerca dos procedimentos; da liberdade de tirar meu
consentimento, a qualquer momento e da garantia de que não serei identificado(a)
quando da divulgação dos resultados e que as informações obtidas serão utilizadas
apenas para fins científicos vinculados ao presente projeto de pesquisa.
_______________________________ _________________
Assinatura do (a) Profissional Nome Data
_________________________
Assinatura do (a) Pesquisador(a)
182
5 ARTIGO ORIGINAL
183
Relação entre atributos da atenção primária e satisfação dos usuários
Relationship between the attributes of primary health care and the user´
satisfaction
The role of primary care attributes on user´ satisfaction
Ana Carolina Oliveira Ruivo;1 Bruno Pereira Nunes;2 Mariângela Freitas da Silveira1
1 Programa de Pós-graduação em Epidemiologia, Faculdade de Medicina,
Universidade Federal de Pelotas. Rua Marechal Deodoro, 1160, 3º piso, Pelotas/RS.
CEP 96020-220.
2 Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem,
Universidade Federal de Pelotas
Endereço para correspondência:
Ana Carolina Oliveira Ruivo
Rua: Marechal Deodoro, 1160, 3º piso – Centro
Caixa Postal 464 / 96020-220 – Pelotas/RS
Fone/Fax: +55 (53) 3284-1300
E-mail: [email protected]
184
RESUMO
Objetivo: avaliar a associação entre a satisfação dos usuários das Unidades
Básicas de Saúde (UBS) da zona rural de Pelotas e os atributos da Atenção
Primária a Saúde (APS)
Métodos: Para estimar a satisfação do usuário foi realizado um estudo transversal
de base populacional com adultos residentes na zona rural de um munícipio de
grande porte do sul do Brasil. Já para estimar o cumprimento dos atributos da APS
foi utilizado o instrumento PCATool versão profissionais aplicado a médicos e
enfermeiros que atuam nas UBS da zona rural.
Resultados: a prevalência de satisfação com a UBS foi de 64,5%. O escore geral
de orientação à APS foi 7,48 (IC95% 7,04 - 7,93). O atributo pior avaliado foi o
acesso de primeiro contato que obteve média de 4,13 (IC95% 3,66 - 4,59), enquanto
que o atributo melhor avaliado foi a orientação familiar com média 8,78 (IC95% 7,88
- 9,53). Atendimento em UBS com alto grau de orientação à APS esteve associado
ao aumento de 25% na satisfação dos usuários (RP 1,25 IC95% 1,10-1,44) Os
atributos positivamente associados à satisfação foram acesso de primeiro contato,
longitudinalidade, orientação familiar e orientação comunitária.
Conclusões: os achados evidenciaram uma relativa baixa proporção de satisfação
com as UBS da zona rural do município de Pelotas-RS e que serviços de saúde
fortemente orientados à APS estão associados positivamente com a satisfação do
usuário, o que pode orientar os gestores na melhoria da qualidade dos serviços.
Palavras-chave: avaliação de serviços de saúde em zona rural, satisfação do
usuário, atributos da Atenção Primária à Saúde
185
ABSTRACT
Objective: To evaluate the association between satisfaction of users of the Basic
Health Units (UBS) in the rural area of Pelotas and the attributes of Primary Health
Care (PHC).
Methods: The study was composed of two different methodologies. To estimate user
satisfaction, a cross-sectional population-based study was conducted among adults
living in the rural area of a large city in southern Brazil. In order to estimate the
compliance with the APS attributes, PCATool instrument was applied to health
professionals, doctors and nurses, working in the UBS in the rural area.
Results: The prevalence of satisfaction with the UBS was of 64,5 %. The overall
APS orientation score of the rural UBS was 7,78. Attendance in UBS with a high
degree of orientation to PCH was associated with a 25% increase in user satisfaction
(PR 1,25 95% CI 1,10-1,44). The attributes positively associated to satisfaction were
first contact access, longitudinality, family orientation and community orientation.
Conclusions: The findings evidenced a relative low proportion of satisfaction with
UBS in the rural area of the city of Pelotas-RS, and, that health services strongly
oriented to APS are positively associated with user satisfaction, which may guide
managers in improving services quality.
Key words: rural health services evaluation, primary care attributes user´ satisfaction
186
INTRODUÇÃO
Oferecer serviços da melhor qualidade possível é o principal objetivo dos
sistemas de saúde, porém, não se pode ter um serviço de alta qualidade se o alvo
deste cuidado — o usuário — não estiver satisfeito 1.
Usuários mais satisfeitos tem maior adesão ao tratamento e referem relações
médico-pacientes mais efetivas, contribuindo assim para resultados clínicos mais
favoráveis 2.
O tema satisfação do usuário foi abordado recentemente pelo Programa
Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ), que
através de uma amostra de 65.000 usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS)
de todo Brasil encontrou prevalência de satisfação com o serviço de 79,5% 3.
Os objetivos dos sistemas de saúde são garantir para toda a população o
melhor nível de saúde disponível aos menores custos possíveis e diminuir
desigualdades em saúde 4. A Organização Panamericana de Saúde, pautada pelas
consistentes evidências existentes, reconhece que a Atenção Primária à Saúde
(APS) é o melhor modelo para organizar os sistemas de saúde, sobretudo por ser a
melhor estratégia para produzir equidade na saúde das populações 5 .
A avaliação dos serviços de saúde tem importante marco em Avedis
Donabedian, que propôs que a qualidade de um serviço pode ser avaliada através
do adequado funcionamento da tríade: estrutura, processo e resultado. Aspectos
estruturais avaliam a estrutura física e organizacional. Aspectos processuais avaliam
se as atividades desempenhadas pelo serviço estão adequadas ao conhecimento
científico vigente. E, por fim, os resultados avaliam a efetividade do cuidado e seu
impacto sobre a saúde de sua população 6.
187
Para Barbara Starfield, a APS pode ser operacionalizada através de quatro
atributos essenciais: acesso de primeiro contato, coordenação da atenção,
integralidade e longitudinalidade, e três atributos derivados: orientação familiar,
orientação comunitária e competência cultural 7.
Dentro da perspectiva de avaliação da APS, Starfield e colaboradores
desenvolveram, a partir do referencial teórico de Donabedian, um instrumento que
mede a extensão e o cumprimento dos atributos da APS, o PCA-Tool (Primary Care
Assessment Tool) que foi traduzido e validado no Brasil por Hauser et al 8. Cada
atributo é composto por componentes de estrutura e processo.
A rede de serviços de saúde das zonas rurais do Brasil é caracterizada por
elementos que a difere da zona urbana, como defasagem de profissionais,
dificuldade de acesso e pouca variedade de profissionais de saúde 9. Em zonas
rurais, mais ainda, os serviços de atenção primária são a principal porta de entrada
para o sistema de saúde e, portanto, seu adequado funcionamento torna-se
fundamental para a qualidade do cuidado da população que reside em áreas rurais 9.
Em 2005, um estudo realizado com dados da PNAD (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) para avaliar o acesso e a utilização dos serviços de saúde
nas áreas rurais e urbanas do Brasil, mostrou que nas zonas rurais o principal
serviço de saúde utilizado por adultos é a Unidade Básica de Saúde (UBS) 10.
No Brasil, muitos autores têm pesquisado o tema e investigado a relação
entre a satisfação do usuário e seus fatores associados,11,12,13,14,15 porém a
associação da satisfação com as características da estrutura e processo de trabalho
é escassa, sobretudo na zona rural.
188
O objetivo do presente estudo é avaliar a associação entre a satisfação do
usuário das UBS da zona rural de Pelotas e o grau de orientação à APS das UBS.
MÉTODOS
Esse estudo foi realizado através de duas coletas de dados distintas. Para
estimar o grau de orientação à APS foi realizado um estudo com médicos e
enfermeiros que atuam na zona rural, onde todos responderam ao PCATool versão
profissionais. Em um segundo momento foi realizado um estudo com adultos
residentes na zona rural de Pelotas. Este estudo faz parte de um estudo maior
denominado consórcio de pesquisa16. Através do consórcio foi avaliada a satisfação
do usuário.
O consórcio de pesquisas é um estudo transversal de base populacional. A
população alvo do estudo foram os adultos (>18 anos) residentes na zona rural do
município de Pelotas-RS. Foram considerados inelegíveis indivíduos
institucionalizados, que não falassem português ou que possuíssem algum tipo de
incapacidade cognitiva para responder o questionário. O município de Pelotas
localiza-se no Rio Grande do Sul e possui uma população de aproximadamente
330.000 habitantes, destes, aproximadamente 7% (22.082) reside na zona rural. A
zona rural é formada por oito distritos divididos em 50 setores censitários, de acordo
com o IBGE17.
189
Metodologia do estudo com os profissionais da zona rural
O questionário do PCATool é composto por 77 questões sobre os atributos da
APS. As respostas são estruturadas em uma escala tipo Likert com intervalo de 1 a
4, sendo 1= com certeza não, 2=provavelmente não, 3= provavelmente sim 4= com
certeza sim. Cada um dos atributos gera seu próprio escore através da soma de
todas as respostas e divisão pelo número de questões de cada atributo. Para
transformar os escores obtidos em uma escala de 0 a 10 usa-se o seguinte cálculo:
Escore de cada atributo = (escore obtido-1)x10
3
Após o cálculo do escore de cada um dos atributos, é calculado o escore
essencial e geral. O escore essencial é obtido por meio da média dos atributos
essenciais (acesso, longitudinalidade, coordenação e integralidade). O escore geral
é obtido através das médias dos atributos essenciais e derivados (orientação familiar
e comunitária). Para este estudo foi calculado o escore geral de cada um dos
profissionais e após foi calculado o escore geral da UBS somando os valores de
todos os escores dos profissionais que trabalham na mesma UBS e dividindo pelo
número de profissionais. As UBS foram classificadas como sendo de alto grau de
orientação à APS se obtivesse escore geral ≥ 6.6.
Após a identificação dos 25 médicos e enfermeiros que atuam nas 14 UBS da
zona rural de Pelotas, os mesmos foram convidados a participar do estudo e, após
serem informados sobre os objetivos, concordaram em participar assinando o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A forma de organização das UBS é
majoritariamente através da Estratégia Saúde da Família, das 14 UBS, apenas 2
não são organizadas desta forma. Os profissionais responderam a um questionário
190
do PCATool impresso em papel que foi submetido à dupla digitação através do
programa Epi Data 3.1 para então ser exportado para o pacote estatístico
STATA14.1, onde foram realizadas análises descritivas de cálculo de média,
intervalo e confiança e erro padrão de cada um dos atributos avaliados.
Metodologia do consórcio de pesquisas
O tamanho amostral mínimo deste estudo foi de 1267, calculado através do
programa OpenEpi18, utilizando como parâmetros prevalência de satisfação com a
UBS de 64%, efeito de delineamento de 2, erro aceitável de 4 pontos percentuais,
acréscimo de 10% para perdas e recusas. Para todos os cálculos foi utilizado poder
estatístico de 80% e nível de significância de 95%.
A amostra foi composta por indivíduos de todos os distritos da zona rural do
município de Pelotas. O processo de amostragem foi realizado em vários estágios.
Inicialmente foram sorteados 24 dos 50 setores censitários da zona rural. Na etapa
seguinte foi utilizado o software GoogleEarth para identificar, dentro de cada setor,
conglomerados de domicílios, que foram posteriormente classificadas como núcleos.
Considerou-se um núcleo cada conglomerado com no mínimo 5 domicílios,
localizados a um raio de um quilometro a partir de seu centro, compreendido pela
área com maior ramificação de vias ou estradas. Por fim, para a seleção dos
domicílios, foi adotado o seguinte procedimento: iniciava-se pelo maior núcleo e, ao
chegar ao centro deste núcleo, um dos mestrandos girava um objeto pontiagudo
(geralmente uma garrafa) para indicar a direção a ser percorrida para seleção das
191
residências. Tal procedimento foi adotado para garantir aleatoriedade ao processo
amostral.
Para avaliação da satisfação com a UBS foi utilizada a seguinte pergunta
―Qual a sua opinião sobre esse posto de saúde?‖ Neste momento era apresentado
ao entrevistado um cartão com a escala de faces de Andrews composto de 7 faces.
Entrevistados que escolhessem as faces de 1 a 3 foram considerados satisfeitos e
os que escolhessem as faces de 4 a 7 foram considerados insatisfeitos.
As variáveis utilizadas para ajuste de confusão foram: sexo (masculino e
feminino), idade (18-24, 25-39, 40-59 e ≥ 60 anos), cor da pele autorreferida (branca
e não branca), escolaridade (0-4 anos, 5-8 anos e >9 anos), classe social (ABEP),
número de consultas com o médico no último ano (nenhuma, 1-3, 4 ou mais), data
da última consulta (no último mês ,entre 1-3 meses, entre 4-6 meses, entre 7-12
meses, há um ano ou mais), tempo para conseguir a consulta (atendido no mesmo
dia, entre 1-7 dias, mais de 7 dias), opinião sobre esperar muito para ser atendido
(não, sim, mais ou menos), tempo que esperou para ser atendido (até 1 hora e mais
de 1 hora), satisfação com o atendimento da recepção (satisfeita e insatisfeita),
satisfação com o profissional de saúde (satisfeita e insatisfeita), se achou que a
consulta durou o tempo que esperava (sim, não/durou mais tempo, não/durou
menos tempo) e tempo de duração da consulta (até 5 min, entre 6-10min, entre 11-
15 min, mais de 15min). Para as análises estatísticas foram adicionados aos dados
coletados no consórcio os dados coletados no censo dos profissionais. Através de
uma variável chave (―Qual o posto de saúde da sua região?‖) foi possível associar
as respostas obtidas pelo consórcio com a avaliação realizada com os profissionais.
As analises foram realizadas usando pacote estatístico STATA14.1. Inicialmente
192
foram realizadas análises descritivas para caracterizar a amostra e demonstrar as
frequências absolutas e relativas das variáveis analisadas.
Posteriormente foi realizada análise multivariável através de regressão de
Poisson, utilizando as variáveis sociodemográficas (sexo, idade, ABEP, escolaridade
e cor da pele) e as variáveis de utilização e opinião sobre o serviço para ajuste.
Para todas as análises o comando svy foi utilizado, para considerar o efeito do
processo amostral complexo. Todas as medidas foram expressas em razão de
prevalências (RP).
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas no dia 11 de dezembro
de 2015, com parecer de número 1.363.979. Todos os indivíduos que participaram
da pesquisa foram informados sobre os objetivos do estudo e convidados a
participaram da pesquisa, os que concordaram assinaram um termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE).
RESULTADOS
O consórcio identificou 1694 indivíduos adultos elegíveis ao estudo. Destes,
1519 participaram do estudo. A taxa de perdas e recusas foi de 10,3%. Dos 1519
participantes 51,7% eram mulheres e 85,3% se declararam brancos. A proporção de
entrevistados na faixa etária de 40-59 anos foi de 39,0%, enquanto que os idosos
(>60 anos) representaram 27,0% da amostra. A maioria dos entrevistados tinha
menos de 5 anos de estudo (38,6%) (Tabela 1).
193
O coeficiente de concordância do kappa ponderado foi de 0,73 para a questão
sobre o serviço de saúde utilizado.
Dos 1519 participantes, 32 referiram que a sua UBS de referência é em outro
município (município vizinho). Dos demais respondentes 248 (16,5%) nunca
consultaram na UBS da sua região. Dentro dos 1239 que consultaram na UBS
alguma vez na vida, 24 não responderam à pergunta sobre satisfação com a UBS
(escala de faces). A maioria (23) havia consultado há mais de 12 meses e não sabia
como opinar. Ao todo 1215 responderam à pergunta sobre satisfação com a UBS.
(Tabela 1)
Acerca da utilização da UBS para consultas médicas, 40,9% dos
entrevistados consultaram de 1 a 3 vezes no último ano. A maioria dos
entrevistados realizou a última consulta nos últimos 6 meses ou menos (75%).
Grande parte dos usuários que procuraram o serviço de saúde foram atendidos no
mesmo dia (78,3%). Aproximadamente 15% dos entrevistados revelaram que a
última consulta durou 5 minutos ou menos. Aproximadamente 65% dos usuários
estavam satisfeitos com a UBS. (Tabela 1)
O estudo dos profissionais de saúde entrevistou 25 profissionais médicos e
enfermeiros que responderam ao questionário PCATool. O escore geral obteve
média de 7,48 (IC95% 7,04-7,93) e o escore essencial média de 7,34 (IC95% 6,90-
7,77) O atributo pior avaliado foi o acesso com média de 4,13 (IC95% 3,66-4,59)
enquanto que o atributo melhor avaliado foi a orientação familiar com média de 8,71
(IC95% 7,88-9,53) (Tabela 2)
Dentro dos usuários que consultaram na UBS alguma vez na vida, 16,8%
consultaram em UBS avaliadas como serviços de baixo grau de orientação à APS.
194
Dos usuários que consultaram em UBS com alto grau de orientação à APS,
aproximadamente 33% estavam insatisfeitos. (Tabela 1)
Na Tabela 3 encontramos os resultados da análise bruta e ajustada da
relação entre os atributos da atenção primária e a satisfação do usuário. Consultar
em UBS com alto grau de orientação à APS aumenta, em média, 25% da satisfação
do usuário. (RP: 1,25 IC95% 1,10-1,44) Na análise ajustada, os atributos que se
mostraram associados ao aumento da satisfação do usuário foram: acesso de
primeiro contato RP: 1,21 (IC95% 1,11- 1,31), longitudinalidade RP: 1,19 (IC95%
1,06-1,35), orientação familiar RP: 1,19 (1,06-1,34) e orientação comunitária RP:
1,15 (1,02-1,31). (Tabela 3)
DISCUSSÃO
Entre as limitações deste estudo, temos que 20% da amostra consultou há
mais de um ano. Com a finalidade de minimizar o viés de memória, as análises
foram ajustadas para a variável ―data da última consulta‖. Outra limitação do estudo
é o reduzido número de UBS avaliadas, o que pode ter diminuído a capacidade
estatística de detectar associações.
O percentual de satisfação com a UBS encontrado neste estudo foi menor do
que aqueles descritos em outros estudos brasileiros 3,11,12,13,14. Porém, a exceção do
PMAQ, nenhum destes estudos incluiu a zona rural. Outro aspecto importante é que
a maneira de medir satisfação foi distinta entre os estudos. O PMAQ mediu a
satisfação do usuário através de uma pergunta sobre a opinião com o cuidado
recebido, já em um estudo de 2011 realizado em Porto alegre, para avaliar a
195
satisfação dos pacientes ambulatoriais, a satisfação foi medida através de uma
pergunta sobre a última consulta 11. Certamente as diferentes metodologias limitam a
comparação dos resultados.
Há pouca referência na literatura sobre estudos que avaliem a satisfação do
usuário na zona rural. Em 2011, no estado do Rio Grande do Norte, foi realizado um
estudo qualitativo utilizando grupos focais para conhecer a satisfação de populações
rurais de duas cidades do estado, o autor descreve que encontrou elevada
satisfação, mas não mensura esse conceito em termos numéricos 19.
Uma das principais dificuldades de avaliar a satisfação do usuário é o
chamado ―viés de cortesia‖, no qual o usuário tem limitações em expressar sua
insatisfação com o serviço, esse fenômeno pode influenciar a resposta do usuário no
sentido de sobrestimar o real nível de satisfação. Esse problema é especialmente
importante se o usuário for questionado por membros da equipe de saúde 20. No
presente estudo, a coleta de dados foi realizada na casa do usuário por
entrevistadoras que desconheciam os entrevistados, possivelmente minimizando o
viés de cortesia.
Em sua ampla investigação sobre o impacto da atenção primária na saúde
das populações, Barbara Starfield conclui que sistemas de saúde orientados pela
atenção primária são mais equânimes e satisfatórios aos pacientes 21. Os achados
deste estudo vão ao encontro dos das evidencias de Starfield, pois quanto maior o
grau de orientação a APS, maior a satisfação do usuário.
Os achados de Starfield incluem principalmente países desenvolvidos. Porém,
em 2011, um estudo realizado no Peru para avaliar o grau de satisfação dos
usuários de um serviço de atenção primária e o cumprimento de três atributos da
196
APS (acesso, longitudinalidade e coordenação) sugeriu que há relação entre
cumprimento dos atributos da APS e satisfação do usuário 22. No atual estudo, os
atributos que se mostraram associados à satisfação foram o acesso de primeiro
contato, a longitudinalidade, a orientação familiar e a orientação comunitária.
Em relação aos atributos da APS avaliados nas UBS, o atributo acesso de
primeiro contato apresentou o pior resultado, similar ao encontrado em outros
estudos realizados no Brasil 23, 24. Cabe ressaltar que a maioria das questões que
compõe esse atributo questiona se o serviço está aberto à noite e aos finais-de-
semana, sobretudo na ocorrência de algum problema de saúde agudo. Entretanto,
essas atribuições estão além do contrato trabalhista firmado entre serviço e
profissionais no município. Porém, este é um importante aspecto para refletirmos,
sobretudo frente à atual expansão de serviços de pronto-atendimento.
O atributo melhor avaliado foi a orientação familiar. No entanto ele é medido
através da percepção do profissional sobre o atendimento, e esta pode ser diferente
da percepção do usuário.
Corroborando esta hipótese, em 2008, um estudo avaliativo realizado em
Amparo (SP), utilizando o PCATool versões reduzidas e adaptadas por Macinko 25
comparou a perspectiva do usuário com a do profissional de saúde sobre os
atributos da APS. Paradoxalmente, os profissionais avaliaram o atributo orientação
familiar de maneira muito mais positiva que os usuários. 26 No presente estudo,
aproximadamente 1/3 dos entrevistados cuja UBS foi classificada como unidade de
alto escore de orientação à APS estavam insatisfeitos com o serviço, o que
demonstra que a avaliação do profissional captada pelo PCATool pode ser mais
otimista que a perspectiva do usuário.
197
O controle social é uma das diretrizes mais características do SUS, dentro
dos atributos da APS o que melhor reflete o controle social é a orientação
comunitária, pois questiona como ocorre o diálogo entre serviço e comunidade. A
associação encontrada entre satisfação e orientação comunitária, reforça a
importância do usuário como cidadão capaz de opinar e intervir no próprio serviço,
buscando o seu contínuo aperfeiçoamento 28.
A longitudinalidade é o único dos atributos definidos por Barbara Starfield
exclusivo da APS e é considerado um de seus atributos essenciais. Em 2005 Fan et
al. investigaram a relação entre longitudinalidade e satisfação e, após ajuste para
variáveis sociodemográficas, encontrou associação positiva entre satisfação e
longitudinalidade 29. O presente estudo, assim como o de Fan et al encontrou
associação na mesma direção.
Em 2009 foi realizado em Porto Alegre um estudo transversal de base
populacional que investigou a associação entre satisfação do usuário e grau de
orientação à APS, serviços de alto grau de orientação estavam positivamente
associados a usuários mais satisfeitos, porém, o referido estudo não conseguiu
determinar quais atributos estariam mais associados à satisfação do usuário.30
Aproximadamente 1/3 dos usuários que utilizaram serviços com alto grau de
orientação estavam insatisfeitos com o serviço, apesar da suposta superioridade do
serviço ofertado, sobre este fato é oportuno enfatizar que a satisfação do usuário é
um desfecho multidimensional que envolve não apenas as experiências que o
usuário teve com o serviço mas também suas expectativas sobre a qualidade do
cuidado. Cabe ressaltar também que o PCATool é um instrumento quantitativo,
198
portanto dimensões subjetivas da avaliação da qualidade seriam melhor detectadas
por estudos qualitativos. 8
Por fim, os achados evidenciaram uma relativa baixa proporção de satisfação
com as UBS da zona rural do município de Pelotas-RS. Os atributos da APS mais
fortemente associados à satisfação foram o acesso de primeiro contato, a
longitudinalidade, e a orientação familiar e comunitária. De modo geral, serviços com
alto grau de orientação à APS aumentaram a satisfação do usuário
independentemente da influência de questões individuais. Os determinantes da
satisfação dos usuários incluem fatores de diferentes esferas, tanto pessoais como
dos serviços de saúde, sendo necessária a avaliação e entendimento dessas
características para a melhoria do grau de satisfação da população que utiliza os
serviços de atenção primária na zona rural.
199
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Família e Comunidade. 2009
203
204
Tabela 1. Caracterização da amostra de acordo com variáveis sociodemográficas,
utilização da UBS, satisfação com a UBS e escore geral. Adultos residentes na zona
rural de Pelotas 2016. (N=1519)
Variável N %
Sexo
Masculino 734 48,3
Feminino 785 51,7
Idade (anos)
18-24 174 11,5
19-39 341 22,5
40-59 593 39,0
60 ou mais 410 27,0
Cor da pele
Branca 1.296 85,3
Não branca 223 14,7
Escolaridade
0-4 anos 582 38,6
5-8 558 36,9
>9 anos 369 24,5
Classe Social (ABEP)
A2/B1/B2 301 20,0
C1 382 25,5
C2 431 28,7
D/E 387 25,8
Número de consultas com médico no último ano
Nenhuma 428 28,6
1 – 3 612 40,9
4 ou mais 208 13,9
Nunca consultou na UBS* 248 16,6
* No questionário havia a possibilidade de resposta “Nunca consultou na UBS” e as entrevistadoras foram orientadas a
perguntar se o usuário nunca consultou na UBS.
205
Tabela 1 (continuação). Caracterização da amostra de acordo com variáveis
sociodemográficas, utilização da UBS, satisfação com a UBS e escore geral.
Adultos residentes na zona rural de Pelotas 2016. (N=1519)
Variável N %
Data da última consulta
No último mês 248 21,5
Entre 1 e 3 meses 224 19,4
Entre 4 e 6 meses 229 19,8
Entre 7 e 12 meses 156 13,5
Mais de um ano 296 25,6
Tempo para conseguir a consulta
Atendido no mesmo dia 947 78,3
Entre 1-7 dias 167 13,8
Mais de 7 dias 95 7,9
Esperou muito para ser atendido?
Não 951 78,2
Sim 212 17,4
Mais ou menos 53 4,4
Quanto tempo esperou para ser atendido?
Até 1 hora 824 69,0
Mais de 1 hora 369 31,0
Satisfação com o atendimento da recepção
Satisfeita 1.033 86,4
Insatisfeita 163 13,6
Satisfação com o atendimento do profissional de
saúde
Satisfeita 1.044 86,3
Insatisfeita 166 13,7
A consulta demorou o tempo que esperava
Sim 850 70,0
Não, durou mais 83 6,9
Não, durou menos 280 23,1
206
Tabela 1 (continuação) Caracterização da amostra de acordo com variáveis
sociodemográficas, utilização da UBS, satisfação com a UBS e escore geral.
Adultos residentes na zona rural de Pelotas 2016. (N=1519)
Variável N %
Quanto tempo demorou a consulta
Até de 5 min 171 14,5
Entre 6-10 min 253 21,4
Entre 11-15 min 265 22,4
Mais de 15 min 493 41,7
Qual a opinião sobre a UBS
Satisfeita 431 64,5
Insatisfeita 784 35,5
Escore PCA-Tool
Baixo grau (<6.6) 251 16,8
Alto grau (≥6.6) 1.326 83,2
207
Tabela 2. Descrição dos atributos do PCATool e Escore essencial e geral. Profissionais de saúde da zona rural de Pelotas 2016.
(N=25)
Atributo Média (IC95%) Erro-padrão valor.min. valor. max
Acessibilidade 4,13 (3,66-4,59) 0,22 2,9
6,6
Longitudinalidade 8,61 (8,06-9,16) 0,26 6,1
9,7
Integração de cuidados 7,31 (6,60-8,02) 0,34 5,0
9,4
Sistema de Informações 8,44 (7,55-9,33) 0,43 5,5
10
Serviços disponíveis 7,56 (7,01-8,11) 0,26 3,4
9,2
Serviços prestados 7,98 (7,30-8,66) 0,32 4,2
9,3
Escore Essencial 7,34 (6,90-7,77) 0,20 4,9
8,8
Orientação familiar 8,71 (7,88-9,53) 0,39 4,4
10,0
Orientação comunitária 7,13 (3,08-8,18) 0,50 3,3
10,0
Escore Geral 7,48 (7,04-7,93) 0,21 4,7
9,1
208
Tabela 3. Análise bruta e ajustada para a satisfação com a UBS conforme os atributos da APS. Pelotas 2016
Variáveis
Satisfação com a UBS
% RP (IC95%) Valor-p*
RP (IC95%) Valor p*
bruta ajustada**
Escore Geral <0,00 <0,00
Baixo grau 50,87 1,00 1,00
Alto grau 66,89 1,31(1,11-1,54) 1,25(1,10-1,44)
Acesso de primeiro
contato
<0,00 <0,00
Baixo grau 64,25 1,00 1,00
Alto grau 80,00 1,24(1,13-1,36) 1,21(1,11-1,31)
Longitudinalidade
<0,00 <0,00
Baixo grau 47,69 1,00 1,00
Alto grau 65,55 1,37(1,24-1,51) 1,19(1,06-1,35)
Coordenação: integração
de cuidados
0,89 0,24
Baixo grau 63,7 1,00 1,00
Alto grau 64,74 1,01(0,79-1,30) 1,07(0,95-1,20)
Coordenação: sistema de
informações
0,06 0,07
Baixo grau 75,44 1,00 1,00
Alto grau 69,04 0,84(0,79-1,11) 0,95(0,87-1,09)
*Regressão de Poisson com ponderação para amostras por conglomerados. ** Ajuste para variáveis sociodemográficas e de opinião e utilização dos serviços.
209
Tabela 3. (Continuação) Análise bruta e ajustada para a satisfação com a UBS conforme os atributos da APS.
Pelotas 2016
Variáveis
Satisfação com a UBS
% RP (IC95%) Valor-p*
RP (IC95%) Valor p*
bruta ajustada**
Integralidade: serviços
disponíveis
0,09 0,10
Baixo grau 53,80 1,00 1,00
Alto grau 66,22 1,23(0,96-1,56) 1,15(0,96-1,38)
Integralidade: serviços
prestados
0,36 0,41
Baixo grau 56,88 1,00 1,00
Alto grau 65,35 1,14(0,83-1,57) 1,07(0,89-1,28)
Escore Essencial 0,41
Baixo grau 56,88 1,00 0,36 1,00
Alto grau 65,35 1,14(0,83-1,57) 1,07(0,89-1,25)
Orientação familiar <0,00 <0,00
Baixo grau 91,98 1,00 1,00
Alto grau 95,99 1,37(1,24-1,51) 1,19(1,06-1,34)
Orientação comunitária 0,03 <0,00
Baixo grau 47,17 1,00 1,00
Alto grau 59,12 1,18(1,00-1,40) 1,15(1,02-1,31)
*Regressão de Poisson com ponderação para amostras por conglomerados. ** Ajuste para variáveis sociodemográficas e de opinião e utilização dos serviços.
210
6 NOTA PARA IMPRENSA
211
34% dos moradores da zona rural estão insatisfeitos com serviço das UBS,
aponta estudo.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas mostra que 34% dos
moradores da zona rural de Pelotas estão insatisfeitos com o serviço prestado pelas
Unidades Básicas de Saúde na região. A proporção de usuários insatisfeitos com o
serviço na zona rural de Pelotas ficou acima do percentual nacional de 19,5%,
divulgado pela Pesquisa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Atenção (PMAQ).
Os dados são parte de dissertação de mestrado do Programa de Pós-
Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, desenvolvida
pela mestranda Ana Carolina Ruivo, sob orientação da professora Mariângela
Freitas da Silveira.
A pesquisa entrevistou mais de 1,5 mil moradores da zona rural de Pelotas na
faixa etária a partir dos 18 anos, entre janeiro e junho de 2016, nos oito distritos da
região - Cascata, Cerrito Alegre, Colônia Z3, Monte Bonito, Quilombo, Rincão da
Cruz, Santa Silvana e Triunfo.
Os resultados revelam que o tempo de duração da consulta é uma das
causas principais da insatisfação com o serviço. Aproximadamente 15% dos
entrevistados revelaram que a última consulta durou cinco minutos ou menos. A
avaliação do usuário sobre o recepcionista e o profissional também teve influência
sobre o grau de satisfação com o serviço, a avaliação positiva aumentou a
satisfação, em média, em 66% e 33%, respectivamente. Além desses fatores,
pessoas que se declararam brancas estavam 12% mais satisfeitas com a UBS do
que não brancos. Outro dado não menos importante revela que 16% entrevistados
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nunca consultaram uma UBS da região. ―Quer dizer que uma parcela considerável
da população procura atendimento em locais mais distantes‖, afirma a autora.
Um segundo estudo realizou um censo com 25 profissionais, médicos e
enfermeiros que atuam nas 14 Unidades Básicas de Saúde da zona rural. Por meio
de aplicação de questionário, o censo fez o levantamento de características
necessárias para proporcionar atendimento adequado aos usuários. Das 14
unidades, apenas duas UBS não atingiram o escore mínimo de 6,6 para uma
avaliação positiva. Essas duas unidades atendem a 16% da amostra estudada.