universidade federal de goiÁs programa de pÓs...

96
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE LUDMILA GREGO MAIA Avaliação da atenção primária pelos profissionais de saúde Goiânia 2017

Upload: others

Post on 18-Feb-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

LUDMILA GREGO MAIA

Avaliação da atenção primária pelos profissionais de saúde

Goiânia 2017

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Na qualidade de titular dos direitos de autor, autorizo a Universidade Federal de Goiás (UFG) a disponibilizar, gratuitamente, por meio da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD/UFG), regulamentada pela Resolução CEPEC nº 832/2007, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o documento conforme permissões assinaladas abaixo, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.

1. Identificação do material bibliográfico: [ ] Dissertação [ x ] Tese 2. Identificação da Tese ou Dissertação: Nome completo do autor: Ludmila Grego Maia Título do trabalho: Avaliação da atenção primária pelos profissionais da saúde 3. Informações de acesso ao documento: Concorda com a liberação total do documento [ x ] SIM [ ] NÃO1

Havendo concordância com a disponibilização eletrônica, torna-se imprescindível o envio do(s) arquivo(s) em formato digital PDF da tese ou dissertação.

Assinatura da autora2 Ciente e de acordo:

Assinatura da orientadora2 27/09/2017.

1 Neste caso o documento será embargado por até um ano a partir da data de defesa. A extensão deste prazo suscita justificativa junto à coordenação do curso. Os dados do documento não serão disponibilizados durante o período de embargo. Casos de embargo:

- Solicitação de registro de patente; - Submissão de artigo em revista científica; - Publicação como capítulo de livro; - Publicação da dissertação/tese em livro.

2 A assinatura deve ser escaneada.

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Avaliação da atenção primária pelos profissionais de saúde

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás para obtenção do Título de Doutora em Ciências da Saúde.

Orientador: Maria Alves Barbosa Co orientador: Luiz Almeida da Silva

Goiânia 2017

ii

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

iii

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

iv

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Aos meus pais Vandir Estácio Maia e Sofia Grego Maia

v

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

AGRADECIMENTOS

À Deus por me conduzir até aqui, me mantendo firme na caminhada, mesmo

diante dos obstáculos, fortalecendo a minha fé.

A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu respeito e carinho.

Obrigada pela acolhida, pelos conselhos, experiências trocadas e por ser

essa pessoa especial, que mesmo após tantos anos de vida acadêmica

ainda mantém o mesmo profissionalismo.

Agradeço aos meus pais Vandir Estácio Maia e Sofia Grego Maia pelo

apoio, incentivo e por sempre me proporcionarem o melhor que puderam

para conquistar os meus sonhos e me tornar uma profissional de excelência.

Ao meu marido Henrique Almeida Fernandes, pessoa a qual tenho o

prazer de partilhar essa vida, fonte de inspiração para esse doutorado,

obrigada por seu apoio, seus conselhos, sua paciência.

Aos meus irmãos Henrique Grego Maia e Alessandra Grego Maia pela

constante e presente torcida.

A minha tia Sueli Grego Campos pela torcida, apoio e carinho desde a

minha graduação.

Ao meu co-orientador e amigo Luiz Almeida da Silva, parceiro nas

pesquisas, conselheiro, agradeço o conhecimento e sabedoria sempre

partilhados irrestritamente.

Aos colegas do curso de enfermagem da Regional Jataí, por apoiarem esse

processo.

Aos gestores de saúde municípios da Regional Sudoeste II pela

disponibilidade em participar da pesquisa.

vi

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 01

2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................... 06

2.1 Atenção Primária à Saúde ...................................................................... 06

2.2 Primary Care Assessement Tool ............................................................ 08

2.3 Formação de Recursos Humanos em saúde.......................................... 10

2.3.1 Programa Mais Médicos Brasil ............................................................ 12

3 OBJETIVOS .............................................................................................. 14

3.1 Geral ....................................................................................................... 14

3.2 Específicos ............................................................................................. 14

4 MÉTODOS................................................................................................. 15

4.1 Tipo de estudo ........................................................................................ 15

4.2 Local e período do estudo ...................................................................... 15

4.3 População e amostra .............................................................................. 16

4.4 Critérios de seleção................................................................................. 16

4.5 Variáveis do estudo................................................................................. 16

4.6 Coleta de dados ...................................................................................... 16

4.7 Instrumentos de coleta de dados ............................................................ 17

4.8 Análise dos dados .................................................................................. 17

4.9 Aspectos éticos e legais.......................................................................... 18

5 PUBLICAÇÕES......................................................................................... 19

6 CONCLUSÃO....................... ..................................................................... 42

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 44

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 45

ANEXOS ....................................................................................................... 54

APÊNDICES.................................................................................................. 73

Sumário vii

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Esquema estrutural das Redes de Atenção à Saúde .................. 08 Figura 2

Mapa Macrorregional Sudoeste, à esquerda região Sudoeste II....................................................................................................

15

Lista de figuras viii

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Perfil sociodemográfico e qualificação dos profissionais em profissionais de saúde. Goiás, Brasil 2016 (n=72)..................................................................................................

26 Tabela 2

Distribuição dos resultados dos escores médios dos atributos e dos escores essencial, derivado e geral de atenção primária à saúde na avaliação dos profissionais de saúde. Goiás, Brasil, 2016.....................................................................................................

28 Tabela 3

Análise bivariada dos fatores associados aos atributos da atenção primária em profissionais de saúde. Goiás, Brasil, 2016....................................................................................................

30 Tabela 4

Análise de regressão múltipla dos fatores associados aos atributos essencial, derivado, geral em profissionais de saúde, Goiás, Brasil, 2016.....................................................................................................

31

Lista de tabelas ix

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

AIH Autorização de Internação Hospitalar

AMAQ Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da

Atenção Básica

APS Atenção Primária à Saúde

CIES Comissão de Educação Permanente em Saúde

CIR Comissão Intergestora Regional

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

CSAP Condições Sensíveis a Atenção Primária

DAB Departamento de Atenção Básica

DP Desvio Padrão

EPS Educação Permanente em Saúde

ESF Estratégia Saúde da Família

EUROPEP European Task Force on Patient Evaluation of General Practice

Care

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICSAP Internações por Condições Sensíveis a Atenção Primária

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IDSUS Índice de Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde

IES Instituição de Ensino Superior

IIQ Intervalo Interquartil

MS Ministério da Saúde

PCATool Primary Care Assessment Tool

PMAQ Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade

PMM Programa Mais Médicos

PNEPS Política Nacional de Educação Permanente em Saúde

PNI Programa Nacional de Imunização

RAS Rede de Atenção à Saúde

RH Recursos Humanos

Símbolos, siglas e abreviaturas x

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

SIH Sistema de Informação Hospitalar

SUS Sistema Único de Saúde

TCLE Termo de Consentimento Livre Esclarecido

UBS Unidade Básica de Saúde

Símbolos, siglas e abreviaturas xi

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

RESUMO

Introdução: a atenção primária deve assumir a centralidade do cuidado

para que o sistema de saúde atenda e resolva as demandas e necessidades

da população. A qualidade e eficiência desse nível de atenção devem ser

constantemente avaliadas e monitoradas pelos gestores. Instrumentos como

o Primary Care Assessment Tool (PCATool) têm sido utilizados no Brasil

para esse fim. Trata-se de um questionário que avalia aspectos estruturais

de processo e resultados na atenção primária. Objetivo: Avaliar a Atenção

Primária à Saúde a partir de seus atributos, na perspectiva dos profissionais, por meio do Primary Care Assessment Tool. Metodologia: estudo

transversal, realizado com 41 enfermeiros, e 31 médicos na região Sudoeste

II do estado de Goiás, por meio de entrevistas utilizando o instrumento

PCATool. Os dados foram analisados no programa Stata, versão 14.0. O

coeficiente Alfa de Cronbach foi utilizado para a análise de consistência

interna do escore total do instrumento. Resultados: evidenciou-se que

menor escore geral de atenção primária à saúde foi para o atributo

acessibilidade (3.71). A análise bivariada mostrou diferença estatística entre

as variáveis profissão e os escores essencial, derivado e geral. Médicos do

Programa Mais Médicos apresentaram maiores pontuações médias (8,04

p=0,001) quando comparados aos outros profissionais médicos e

enfermeiros. Profissionais com pós-graduação em qualquer área, obtiveram

melhor pontuação média no escore derivado (p=0,021). Conclusão: A

avaliação na região Sudoeste II, evidenciou alto escore geral para os

atributos, exceto para o acesso de primeiro contato. O tempo de formação

acadêmica e de trabalho dos profissionais avaliados mostrou-se satisfatório

na Atenção Primária á Saúde. Considera-se como fatores associados entre

formação, qualificação profissional e os atributos da Atenção Primária, o fato

de pertencer ao Programa Mais Médicos e o nível da formação acadêmica,

que estiveram mais relacionados a obtenção de melhores escores.

Palavras chave: Avaliação em saúde; Atenção Primária à Saúde; Pessoal

de Saúde.

Resumo xii

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

ABSTRACT

Introduction: primary care must assume the centrality of care so that the

health system meets and resolves the demands and needs of the population.

The quality and efficiency of this level of care must be constantly evaluated

and monitored by managers. Instruments such as the Primary Care

Assessment Tool (PCATool) have been used in Brazil for this purpose. It is a

questionnaire that evaluates structural aspects of process and results in

primary care. Objective: to evaluate primary health care from its attributes,

from the perspective of professionals, checking factors of better health care

between quality of services and professional qualification. Methodology: a

cross-sectional study was conducted with 41 nurses and 31 physicians in the

Southwest region of the state of Goiás, using interviews using the PCATool

instrument. The data were analyzed in the Stata program, version 14.0. The

Cronbach's alpha coefficient was used to analyze the internal consistency of

the instrument's total score. Results: in the evaluation of the attributes of

primary care, it was evidenced that the lower overall primary health care

score was for the accessibility attribute (3.71). The bivariate analysis showed

statistical difference between the variables profession and the essential,

derived and general scores. Physicians of the Mais Médicos Program had

higher mean scores (8.04 p = 0.001) when compared to other medical

professionals and nurses. Professionals with post-graduation in any area,

obtained a better score in the derived score (p = 0.021). Conclusion: a high

general orientation score for primary care is observed by health

professionals, with exception for the attribute accessibility. Medical

professionals linked to the Mais Médicos Program obtained better average

scores on all attributes. From the monitoring of the attributes of the primary

attention it is possible to know the critical points that deserve intervention, as

well as to evaluate if the strategic actions implemented have been effective in

the scope of the primary attention.

Keywords: Health assessment; Primary Health Care; Health Staff.

Abstract xiii

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

APRESENTAÇÃO

A motivação para o desenvolvimento deste trabalho decorre do perfil

profissional da pesquisadora, haja vista que desde a graduação, ou seja, há

dezesseis anos, o seu trabalho tem sido nessa temática, seja na assistência,

na coordenação ou no ensino (área que se encontra atualmente na cadeira

de Saúde Coletiva).

A pesquisadora entende que para o fortalecimento da Atenção

Primária à Saúde (APS), os processos avaliativos devem ser permanentes e

acontecer em variados cenários, com diferentes atores. Desse modo, há

possibilidade de transformação e reflexão sobre as práticas profissionais.

O propósito deste estudo é apresentar uma avaliação da APS sob a

perspectiva dos profissionais que atuam nesse nível de atenção na região

Sudoeste II do estado de Goiás, cenário de atuação, estudo e pesquisa da

autora.

A APS tem sido foco de vários estudos no Brasil, sendo avaliados

seus distintos aspectos e dimensões.

A tese é apresentada na seguinte ordem: introdução, na qual é feita a

contextualização do tema, apresentando alguns conceitos elementares e sua

importância, justificativa, pergunta da pesquisa e objetivo principal do

estudo. A revisão da literatura está organizada em quatro partes, que

abrangem temas relacionados ao conteúdo central, em especial sobre a

avaliação da APS e formação dos profissionais no SUS. A seguir, são

apresentados os objetivos gerais e específicos, a metodologia utilizada no

desenvolvimento do estudo. Na publicação está o artigo produto desta tese,

que foi submetido à Revista Brasileira de Epidemiologia.

A conclusão e considerações finais trazem as reflexões da autora,

acredita-se que o estudo aqui apresentado poderá subsidiar as discussões

em torno da temática.

Vale ressaltar que este trabalho é pioneiro na região de estudo em

questão e ainda por avaliar os profissionais do Programa Mais Médicos

naquele contexto.

Apresentação 1

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

1 INTRODUÇÃO

O movimento da reforma sanitária iniciado na década de 70, foi

inquestionavelmente um marco para o redirecionamento das políticas

públicas de saúde no Brasil. Ele impulsionou a criação do Sistema Único de

Saúde (SUS), promulgado na Constituição Federal de 1988 e que tem

servido de modelo para diversos países (BRASIL,1988).

O SUS tem como princípios doutrinários a universalidade, equidade e

a integralidade, colocando como dever da gestão em cada esfera

administrativa, garantir acesso dos usuários aos três níveis de atenção

(primário, secundário e terciário) de modo a atender as suas demandas e

necessidades (BRASIL, 2003).

Em linhas gerais, atenção primária é entendida como o primeiro nível

da atenção à saúde no SUS (contato preferencial dos usuários), o nível

secundário responde pela oferta de ações e serviços com grau intermediário

de inovação tecnológica, enfocando áreas especializadas e serviço de apoio

diagnóstico e terapêutico. Já o nível terciário é responsável pelos

procedimentos que envolvem alta tecnologia e alto custo, sendo prestados

em unidades hospitalares (BRASIL, 2011a;b).

Essa organização em níveis de atenção foi discutida pela primeira vez

no Relatório de Dawson na década de 20, e tem sido considerada como

alternativa ao uso indiscriminado de tecnologias e especialidades. Esse

relatório trouxe pela primeira vez o conceito de regionalização do sistema de

saúde, dividindo-a em níveis hierarquizados de assistência (STARFIELD,

2002).

Atualmente a Atenção Primária em Saúde (APS) é interpretada como

estratégia de organização do SUS, sendo compreendida como centro

ordenador da atenção à saúde, coordenando os recursos disponíveis dentro

do sistema, com vistas a atender às demandas apresentadas pela

comunidade (MENDES, 2012, 2015).

No que se refere a questões globais sobre o tema, foi a partir de 1978

na Conferência Internacional de Cuidados Primários de Saúde, que o termo

APS ganhou força. Na ocasião, assegurou-se direitos elementares de saúde

Introdução 2

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

como parte integrante de um sistema nacional. Passando a APS a ser

considerada como um direito humano fundamental, sendo por meio desse

nível de atenção que se alcançaria o caminho para meta “Saúde para todos

no ano 2000” lema internacionalmente conhecido desta conferência.

(DECLARAÇÃO DE ALMA ATA, 2001; MENDES, 2012; STARFIELD, 2002).

Indiscutivelmente, as referências atuais que discorrem sobre o tema

APS, encontram sustentação nessa proposição de Starfield, que refere ser

por meio de seus atributos essenciais (acesso de primeiro contato do

indivíduo com o sistema de saúde, longitudinalidade e integralidade nas

ações e coordenação dentro do sistema) e derivados (orientação familiar,

comunitária e competência cultural), que se pode avaliar a efetividade e

qualidade do cuidado prestado pelas equipes de saúde que atuam nesse

nível de atenção (STARFIELD, 2002). Um serviço de saúde pode ser

considerado provedor de atenção primária ao apresentar os atributos

essenciais, e a sua orientação é mensurada pela presença dos atributos

derivados (PASARÍN et al., 2007; BRASIL, 2010).

O primeiro contato, diz respeito ao acesso dos usuários ao serviço e o

quão disponível esse serviço se encontra para atender as demandas que ali

surgem. A longitudinalidade se refere ao cuidado prestado pela equipe de

saúde ao longo do tempo. A integralidade, apesar de ser um conceito

polissêmico, aqui está relacionada ao conjunto de serviços que atendam às

necessidades da população nos âmbitos da promoção, da prevenção, da

cura, do cuidado, da reabilitação, devendo também buscar nos demais

níveis de atenção atendimento quando assim for necessário. A coordenação,

garante a continuidade da atenção, através da equipe de saúde atuando

com foco numa rede de atenção à saúde (MENDES, 2015; STARFIELD,

2002).

O foco na família pressupõem considerar o individuo dentro de um

núcleo familiar e planejar o cuidado ponderando as relações familiares. A

orientação comunitária significa o reconhecimento das necessidades das

famílias em função do contexto que vivem, observando questões referentes

a vulnerabilidades e demais interferências externas no processo saúde

doença. A competência cultural relaciona-se com a atenção às necessidade

Introdução 3

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

da comunidade de acordo com as suas questões culturais. (MENDES, 2015;

STARFIELD, 2002).

Os atributos acima descritos, servem para definir estratégias que

possam direcionar o serviço de saúde para APS, em especial a

implementação de ações e serviços de saúde com foco nas necessidades

da população, voltados para uma perspectiva multiprofissional e o

desenvolvimento de ações em áreas estratégicas (BRASIL, 2011a).

Esses atributos fazem parte do processo de trabalho das equipes da

Estratégia Saúde da Família (ESF), proposta adotada pelo MS na década de

90 para expansão da APS e organização do SUS. A ESF trabalha com

território definido e uma equipe de referência (BRASIL, 2011a). Segundo

estudos, os sistemas organizados a partir da APS, em especial aqueles que

possuem uma boa cobertura pelo modelo da ESF (acima de 70%), há

significativa melhora em indicadores de saúde, com diminuição de taxas de

internação hospitalar por causas sensíveis à APS, diminuição de custos em

saúde dentre outros (ALFRADIQUE et al, 2009; SKINNER et al, 2016).

Buscando mensurar a qualidade da atenção primária, têm sido

implementados pelo Ministério da Saúde (MS) instrumentos como:

autoavaliação para a melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica

(AMAQ) e o Primary Care Assessment Tool (PCATool-Brasil) para avaliar a

qualidade dos serviços de saúde. Esse último avalia aspectos estruturais de

processo e resultados, trata-se de um instrumento validado e conhecido em

vários países e adaptado para o Brasil (STARFIELD, 2002; BRASIL, 2010;

HAUSER et al., 2013).

O PCATool-Brasil, como ficou conhecido, foi objeto de estudo para

verificar a sua validade e fidedignidade, mostrando ser um instrumento

confiável na avaliação dos serviços de saúde que permite identificar

indicadores da APS que são passíveis de intervenção e monitoramento

(HAUSER et al., 2013).

Estudos que utilizaram o PCATool-Brasil para a avaliação dos

serviços de APS, assinalam que a qualidade dos serviços tem relação com a

formação profissional, incluindo capacidades em atividades específicas da

atenção primária, como por exemplo habilidade de trabalho em equipe

multiprofissional (TESSER et al., 2011; CHOMATAS, 2013; LIMA et al.,

Introdução 4

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

2016). Também referem a importância da formação de recursos humanos,

em especial pela educação permanente em saúde, para fortalecimento do

processo de trabalho das equipes na APS.

Ressalta-se que a utilização de instrumentos específicos para

avaliação da APS, podem direcionar as ações e serviços de saúde a fim de

melhorar as atuais lacunas do sistema, tais como - descompasso entre a

situação de saúde e as respostas sociais geradas pelo sistema;

fragmentação da rede, das ações e serviços prestados, caracterizada pela

descontinuidade da atenção; insuficiência e má gestão de recursos

financeiros; alta rotatividade dos profissionais de saúde (em especial

médicos); falta de qualificação e formação adequada na APS (MENDES,

2015; OPAS, 2011).

Essas dificuldades têm sido alvo de políticas estratégicas do

Ministério da Saúde, que busca estabelecer mecanismos para minimizá-las.

São alguns exemplos dessas políticas: expansão da Estratégia Saúde da

Família (ESF), implantação da Política Nacional de Educação Permanente

em Saúde, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade

(PMAQ) e recentemente o Programa Mais Médicos (PMM) (BRASIL, 2013).

Em especial, o PMM foi um dos investimentos mais recentes para

melhorar e qualificar a APS no país depois da ESF. Baseado em estudos

que apontavam uma relação desproporcial na distribuição de médicos no

território brasileiro (em especial as regiões Norte e Nordeste) e sendo esse

um dos principais motivos que barravam a expansão da ESF, o programa foi

pensado e elaborado em consonância com a Política Nacional de Atenção

Básica. No seu escopo, o PMM estabelece investimentos para a qualificação

da estrutura, melhoria das condições de atuação dos profissionais e

funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS), ampliação do

número de UBS, dentre outras atividades (BRASIL, 2013).

O PMM foi criado por meio da Medida Provisória n° 621,

regulamentada pela Lei n° 12.871/2013. Em linhas gerais, os principais

objetivos do programa são: aumentar o número de médicos em regiões onde

haja insuficiência desses profissionais; investir em construção, reforma e

ampliação de UBS; ampliar cursos de medicina, aumentando as vagas de

Introdução 5

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

graduação e residência médica para qualificar a formação desses

profissionais (BRASIL, 2013).

Pesquisas recentes têm indicado resultados satisfatórios quanto a

implantação do PMM, mostrando que as medidas adotadas conseguiram,

num primeiro momento, avançar no provimento, fixação e formação de

médicos para o SUS no âmbito da atenção primária (BRASIL, 2015;

KEMPER; MENDONÇA; SOUSA, 2016).

O estado de Goiás está situado na região Centro-Oeste do país,

possui uma extensão territorial de 340.086 km2, população de 6.695.855

habitantes e renda per capita de R$1.077,00. Trata-se do 12º estado mais

populoso e o 9º com a melhor economia entre os estados brasileiros. Em

2010 o Indíce de Desenvolvimento Humano era de 0,735 ocupando a 8ª

posição no ranking nacional (IBGE, 2016). A rede de atenção à saúde no

estado está dividida em cinco macrorregiões, que se subdividem em oito

regiões de saúde, totalizando 246 municípios.

Trata-se de uma região que tem em sua área de abrangência dez

municípios, totalizando segundo o Intituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), uma população estimada de 218.301 habitantes, o que

representa cerca de 3,3% da população do estado de Goiás (IBGE, 2016).

Os municípios que se encontram nesse território geográfico são:

Aporé, Caiapônia, Chapadão do Céu, Doverlândia, Jataí, Mineiros,

Perolândia, Portelândia, Santa Rita do Araguaia e Serranópolis, dentre

esses, destaca-se Jataí, que além de ser o município de maior porte, é

também a referência para serviços de média e alta complexidade em saúde

da região e possui implantado o complexo regulador da regional (IBGE,

2016).

Referente à APS, o estado possui uma cobertura de ESF de 66,6% e

a região Sudoeste II de 78% (DAB, 2016). Ressalta-se ainda que dados do

Departamento de Atenção Básica (DAB), apontam para 45 equipes de saúde

da família cadastradas na região de estudo, distribuídas em 36 Unidades

Básicas de Saúde (UBS).

Espera-se que os resultados desse estudo possam contribuir com a

área de saúde, a medida em que possibilitará aos gestores a adoção de

novas estratégias para desenvolvimento de ações no âmbito da APS. A

Introdução 6

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

partir da identificação da orientação dos profissionais para os seus atributos,

os usuários serão contemplados com uma assistência mais qualificada e

voltada para as suas demandas e necessidades. O processo de trabalho dos

profissionais vinculados a esse nível de atenção, poderá ser facilitado, pois

à medida em que eles encontram sustentação em políticas de formação

profissional consistentes, se sentirão mais seguros na assistência a ser

prestada. Ao SUS, os resultados poderão contribuir para o fortalecimento da

APS.

Acredita-se que uma orientação mais forte para atenção primária, possui

maior probabilidade de se ter melhores níveis de saúde a custos mais

baixos, além melhorar indicadores de saúde, orientando tratamentos mais

eficientes no controle de condições crônicas, maior e melhor utilização de

práticas preventivas, o que consequentemente reflete em usuários melhor

assistidos, tendo suas demandas atendidas. A capacidade de medir os

aspectos importantes da atenção primária torna possível estabelecer metas

para alcançá-las (STARFIELD, 2002; MENDES, 2011; BRASIL, 2014).

Em face aos argumentos expostos, a centralidade e importância da

APS para consolidação do SUS e a necessidade de sua avaliação

permanente, este estudo questiona qual a orientação dos profissionais de

saúde para APS e quais fatores estariam associados a melhor qualidade

desse nível de atenção.

Introdução 7

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Atenção primária à saúde A concepção da APS teve sua origem no Reino Unido, em 1920 pelo

Relatório Dawson que discorreu pela primeira vez sobre a organização do

sistema de atenção à saúde em níveis de hierarquia (LORD DAWSON OF

PENN, 1920). Mas somente algumas décadas depois, na conferência de

Alma Ata em 1978, essa discussão voltou a ser destaque, quando ganhou

atenção da Organização Mundial da Saúde.

Nessa conferência, definiu-se os cuidados primários como:

“Cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país podem manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Representam o primeiro nível de contato com os indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares onde pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde” (DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA, 1978 p.1).

Ficou pactuado a partir de então, que os componentes fundamentais

da atenção primária à saúde seriam: educação em saúde; saneamento

ambiental; programas de saúde materno-infantis, inclusive imunizações e

planejamento familiar; prevenção de doenças endêmicas locais; tratamento

adequado de doenças comuns; provimento de medicamentos essenciais;

promoção de nutrição saudável; e enfoque na medicina tradicional

(STARFIELD, 2002).

Revisão da literatura 8

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Em países que organizaram seus sistemas de saúde a partir da APS

e onde a mesma encontra-se consolidada, houve melhora nos indicadores

sanitários e de saúde, além de propiciarem à população um melhor e maior

acesso aos serviços e cuidado qualificado (STARFIELD, 2002; MACINKO et

al., 2003).

No Brasil, na década de 1970, o movimento da reforma sanitária

discutia formas de se implantar um sistema nacional de saúde gratuito e de

qualidade. Tendo em vista a discussão na Conferência de Alma Ata, esse

movimento acabou por incorporar seus princípios, culminando na 8ª

Conferência Nacional de Saúde, quando foram estruturados os princípios e

diretrizes norteadores do (SUS). Desde então, a APS foi se materializando

como centro ordenador do cuidado e local de primeiro contato da

comunidade com os serviços de saúde (BRASIL, 2011a,b).

Para consolidar o SUS, o Ministério da Saúde (MS) tem investido em

ações no âmbito da APS, acredita-se que a partir dela, os princípios

doutrinários e organizacionais desse sistema sejam alcançados. Assim,

elegeu-se a ESF como modelo estratégico desse nível de assistência

(BRASIL, 2011a; MENDES, 2015).

A ESF tem como características próprias do processo de trabalho

atuar com definição do território; em equipe multiprofissional; programação

de atividades com enfoque na promoção da saúde e prevenção de doenças

que mais acomentem a população; verificar e classificar situações de

vulnerabilidade; adotar critérios de acolhimento e agendamento dos casos

de acordo com protocolos pré-definidos (BRASIL, 2011a).

Todas as regras e normas legais da APS no Brasil são descritas na

Portaria GM/MS 2.488 de 2011, que define as responsabilidades em cada

esfera de gestão, descrevendo as atribuições e escopo de ações a serem

ofertadas na atenção primária. Também, explicíta que é por meio da ESF

que se pretende expandir, qualificar e consolidar a APS. O custo-efetividade,

a coletividade das ações e o impacto na situação de saúde são as apostas

do governo para se alcançar maior resolutividade nas ações de saúde

(BRASIL, 2011a).

A lógica apontada na Portaria sugere um modelo que rompe com a

fragmentação de assistência (piramidal), passando a trabalhar na lógica de

Revisão da literatura 9

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

uma rede horizontal, onde os pontos de atenção se comunicam, tendo a

APS como centro ordenador, conforme demostrado na figura 1 (MENDES,

2015).

Figura 1: Esquema estrutural das Redes de Atenção à Saúde,

proposto por Mendes (2015).

Ainda sobre a legislação, cabe destacar o Decreto n. 7.508, de 28 de

junho de 2011 que regulamentou a Lei Orgânica do SUS 8080/90, e reforçou

o caráter estratégico e reordenador da assistência da APS (BRASIL, 2011b).

Esse Decreto trata a APS como porta de entrada das Redes de Atenção à

Saúde (RAS) em seu artigo 9º e no artigo 10º define que o acesso aos

serviços secundários e terciários deve ser referenciado pela APS.

Estabelece também a APS como ordenadora do acesso universal e

igualitário às ações e aos serviços de saúde (BRASIL, 2011b; MENDES,

2015).

Dessa forma, no Brasil, a interpretação da APS ocorre como o nível

primário do sistema que busca organizar e fazer funcionar a porta de entrada

do sistema de saúde (OPAS, 2011). A abrangência alcançada pela atenção

primária na última década

2.2 Avaliação da atenção primária: PCATool-Brasil

A avaliação em saúde é condição fundamental para o êxito na gestão

dos serviços. É por meio dela que se consegue mensurar indicadores,

observar pontos frágeis, fortalecer estratégias e avançar no sentido de

conquistar melhores indicadores quanti-qualitativos na assistência prestada.

Revisão da literatura 10

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Iniciativas adotadas pelo MS tem buscando nos últimos anos

institucionalizar processos de avaliação a nível nacional, a fim de monitorar

permanentemente indicadores de saúde. No entanto, observa-se que esses

processos não estão estabelecidos e incorporados ao cotidiano dos serviços

de saúde (ARKEMAN; FURTADO, 2016).

O processo de avaliação em saúde se constitui em um grande

desafio, tendo em vista a complexidade política social do SUS. No entanto é

uma ferramenta indispensável no processo de planejamento estratégico das

ações e serviços, pois direciona a alocação e priorização de investimentos

financeiros, como também permite conhecer o impacto dos resultados

prestados aos usuários do sistema (ARKEMAN; FURTADO, 2016).

São vários os mecanismos e instrumentos utilizados para esse fim,

sendo no Brasil adotado o PCATool-Brasil como instrumento mais utilizado

(FRACOLLI, et al. 2014).

A primeira validação deste instrumento ocorreu nos Estados Unidos

da América (EUA), tendo resultado em 92 itens distribuídos em 7 atributos

(STARFIELD, 2001). Trata-se de um instrumento que já foi validado e

traduzido em dezenas de países (HAUSER, 2013). No Brasil, a literatura

aponta para duas adaptações PCATool-Brasil, sendo uma realizada por

Harzheim e colaboradores em Porto Alegre (RS) no ano de 2006

(HARZHEIM et al., 2006) e outra por Almeida e Macinko no mesmo ano no

município de Petrópolis (RJ).

A validação de Almeida e Macinko partiu do instrumento original

publicado por Leiyushi, Starfield e Xu nos Estados Unidos, no entanto as

modificações propostas nesse processo não incluíram o atributo

competência cultural (ALMEIDA; MACINKO, 2006; HAUSER, 2013).

No final do ano de 2010, o MS lançou e fez ampla distribuição do

Manual do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária, para avaliar os

serviços de APS no país, trazendo o PCATool-Brasil nas versões, adultos,

crianças e profissionais, sendo essa útlima, uma versão espelho da versão

para usuários (BRASIL, 2010).

O instrumento apresentado neste manual traz perguntas que buscam

mensurar a presença e a extensão dos atributos essenciais e derivados da

APS (exceto a competência cultural), possibilitando estimar o grau de

Revisão da literatura 11

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

orientação para esse nível de atenção. Trata-se de um instrumento aplicável

por meio de entrevista e possui 77 ítens divididos em 8 componentes da

seguinte maneira:

1. Acesso de Primeiro Contato – Acessibilidade (A). Constituído por 9 itens

(A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8 e A9).

2. Longitudinalidade (B). Constituída por 13 itens (B1, B2, B3, B4, B5, B6,

B7, B8, B9, B10, B11, B12 e B13).

3. Coordenação – Integração de Cuidados (C). Constituído por 6 itens (C1,

C2, C3, C4, C5 e C6).

4. Coordenação – Sistema de Informações (D). Constituído por 3 itens (D1,

D2 e D3).

5. Integralidade – Serviços Disponíveis (E). Constituído por 22 itens (E1, E2,

E3, E4, E5, E6, E7, E8, E9, E10, E11, E12, E13, E14, E15, E16, E17, E18,

E19, E20, E21 e E22).

6. Integralidade – Serviços Prestados (F). Constituído por 15 itens (F1, F2,

F3, F4, F5, F6, F7, F8, F9, F10, F11, F12, F13, F14 e F15).

7. Orientação Familiar (G). Constituído por 3 itens (G1, G2 e G3).

8. Orientação Comunitária (H). Constituído por 6 itens (H1, H2, H3, H4, H5 e

H6).

O instrumento apresenta respostas em escala Likert para os itens

avaliados, sendo classificadas em: “com certeza sim” (valor=4),

“provavelmente sim” (valor=3), “provavelmente não” (valor=2), “com certeza

não” (valor=1) e “não sei / não lembro” (valor=9). O escore essencial é

constituído pela média aritmética dos escores dos atributos essenciais; o

escore derivado é calculado utilizando a média aritmética dos escores dos

atributos derivados e o geral é constituído pela média aritmética de todos os

atributos, assim, é possível verificar o grau de orientação dos profissionais à

APS (STARFIELD, 2002; BRASIL, 2010).

Os valores dos escores são padronizados numa escala que varia de 0

a 10, sendo os valores iguais ou superiores a 6,6 considerados como alto

escore para APS (STARFIELD, 2002; HARZHEIM et al., 2013).

Revisão da literatura 12

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

2.3 Recursos humanos em saúde Um dos fatores que se contrapõe à consolidação da APS está

relacionado aos recursos humanos que nela atuam. O perfil e a qualificação

dos profissionais enfatizam a necessidade da educação permanente para a

melhorar a qualidade da assistência. Para se implementar um sistema nacional de saúde com foco em

princípios e diretrizes tão robustas, e tendo a APS como ordenadora desse

sistema, torna-se condição sine qua non, que os trabalhadores que nele

estão inseridos, sejam cuidadosamente qualificados de modo permanente.

Desse modo, o tema recursos humanos (RH) em saúde tem sido discutido

desde o movimento da Reforma Sanitária, sendo inserido no debate da 8ª

Conferência Nacional de Saúde e na I Conferência Nacional de Recursos

Humanos (ambas em 1986), o que impulsionou o compromisso de caber ao

Estado a responsabilidade de ordenar a formação dos profissionais de

saúde, ficando previsto no artigo 200 da CF (item III) essa obrigatoriedade

(BRASIL, 1988; DIAS; LIMA; TEIXEIRA, 2013; MAIA, 2016).

Desde então, as políticas públicas têm sido pensadas e direcionadas

com vistas a formação/qualificação dos profissionais que atuam no SUS,

bem como as políticas educacionais tem buscado preparar acadêmicos dos

cursos da área da saúde para vivenciarem experiências nos cenários de

prática vinculados ao sistema público, originando a integração ensino/serviço

(BRASIL, 2009).

Uma das iniciativas que marcaram a estruturação e implementação de

políticas mais efetivas relativas a formação de RH, ocorreu com a criação da

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) pelo

Ministério da Saúde (BRASIL, 2004). Dentro da SGTES desenhou-se

estratégias que pudessem formular políticas específicas a essa qualificação

permanente dos profissionais de saúde, para isso, foi estruturado dentro do

organograma desta secretaria o Departamento de Gestão da Educação na

Saúde (DEGES):

O DEGES é responsável pelo desenvolvimento profissional e à educação permanente dos trabalhadores da saúde em todos os níveis de escolaridade; à capacitação de profissionais de outras

Revisão da literatura 13

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

áreas em saúde, dos movimentos sociais e da população, para favorecer a articulação intersetorial, incentivar a participação e o controle social no setor da saúde; à interação com a escola básica no tocante aos conhecimentos sobre saúde para a formação da consciência sanitária (BRASIL, 2004, p. 6).

Dentre as ações disparadas pelo DEGES, destaca-se a reformulação

do projeto político-pedagógico dos cursos de graduação da área da saúde

baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais; a adoção de metodologias

ativas de ensino-aprendizagem com vistas a resignificar o processo de

formação dos profissionais e a Política Nacional de Educação Permanente

em Saúde (PNEPS) (BRASIL, 2004; DIAS; LIMA;TEIXEIRA, 2013).

Sobre a PNEPS, estudos mostram que foi a partir dela que

efetivamente as ações conseguiram provocar mudanças no processo de

trabalho das equipes de saúde, aproximando-as dos princípios

constitucionais do SUS (CARDOSO, 2012; ELLERY; BOSI; LOIOLA, 2013).

Essa política foi constituída em 2004 pela Portaria GM/MS n.198,

sendo mais tarde reformulada pela Portaria GM/MS n. 1.996 de 20 de agosto

de 2007 (BRASIL, 2009).

A PNEPS objetiva a transformação das práticas de saúde, a partir de

um novo modo de agir e pensar estratégias de ensino-aprendizagem. Visa a

formação profissional de modo coletivo, integrando os atores do chamado

quadrilátero da educação permanente em saúde (EPS), que se constitui de

gestores, profissionais de saúde, comunidade e universidade. Ainda, a

política aposta na reflexão crítica dos sujeitos envolvidos (CECCIM;

FEUERWERKER, 2004; BRASIL, 2009).

Define-se a EPS como:

Aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. A educação permanente se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais (BRASIL, 2009, p.20).

A EPS inseriu no cenário do SUS um novo modo de formação

profissional. Por trabalhar com base em processos metodológicos baseado

Revisão da literatura 14

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

na problematização tem buscado a participação e envolvimento dos sujeitos

que atuam na assistência, ouvindo problemas que nascem nos cenários de

atendimento e preocupando-se em levar os profissionais a reflexão-ação de

suas práticas (BRASIL, 2009; MAIA, 2013).

2.4 Programa Mais Médicos Brasil como estratégia para fortalecimento da atenção primária à saúde

Como apontado nas seções anteriores, o protagonismo da APS para

consolidação do SUS está diretamente ligado com a formação em recursos

humanos. Onde almeja-se que as equipes apresentem orientação adequada

para os atributos da atenção primária.

Ao passo que as políticas públicas caminharam para organizar o

sistema de saúde a partir da APS, a insuficiência de profissionais com perfil

consoante com os atributos desse nível de atenção tem sido um dos

principais obstáculos para a universalização do acesso (BRASIL, 2015;

KEMPER; MENDONÇA; SOUSA, 2016).

Na tentativa de sanar essa deficiência, e ambicionando a melhor

estruturação da APS, ações conjuntas entre os Ministérios da Saúde e da

Educação foram se desenhando com vistas à formação de todas as

profissões da saúde, tentando melhorar a aproximação entre as instituições

de ensino superior e o serviço. Nesse contexto, surge o Programa Mais

Médicos Brasil, regulamentado através da Lei nº 12.871 de 22 de outubro de

2013. Os objetivos propostos pelo programa são:

I – diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na área da saúde; II – fortalecer a prestação de serviços de atenção básica em saúde no País; III – aprimorar a formação médica no País e proporcionar maior experiência no campo de prática médica durante o processo de formação; IV – ampliar a inserção do médico em formação nas unidades de atendimento do SUS, desenvolvendo seu conhecimento sobre a realidade da saúde da população brasileira; V – fortalecer a política de educação permanente com a integração ensino-serviço, por meio da atuação das instituições de educação superior na supervisão

Revisão da literatura 15

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

acadêmica das atividades desempenhadas pelos médicos; VI – promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais da saúde brasileiros e médicos formados em instituições estrangeiras; VII – aperfeiçoar médicos para atuação nas políticas públicas de saúde do País e na organização e no funcionamento do SUS; e VIII – estimular a realização de pesquisas aplicadas ao SUS (BRASIL, 2013, p 3).

A aposta é de que os usuários do SUS tenham garantia do acesso

universal, ampliando a cobertura para áreas até então descobertas.

Extrapolando as questões políticas e críticas ao programa, que foram

cenário de grandes e acaloradas discussões, estudos preliminares tem

apontado que com a implantação do PMM, foi possível ampliar o acesso e

alcançar uma cobertura de quase 100,0% da população nos municípios de

pequeno porte para APS. Tal fator ocorreu por vincular profissionais a

equipes da ESF que até então estavam inativas pela ausência desse

profissional (BRASIL, 2013; OLIVEIRA et al., 2015; KEMPER; MENDONÇA;

SOUSA, 2016).

A médio e longo prazo, a aposta é que, amplie-se a oferta de

médicos, assim como as vagas em programas de residência voltados para

APS. Também espera-se que melhorem os investimentos em infra-estrutura

nas UBS, bem como os municípios se organizem para ofertar planos de

cargos, carreiras e salários que possibilitem a vinculação de profissionais em

sua rede de saúde (BRASIL, 2015).

Revisão da literatura 16

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

3 OBJETIVOS

3.1 Geral: - Avaliar a Atenção Primária à Saúde a partir de seus atributos, na

perspectiva dos profissionais, por meio do Primary Care Assessment Tool.

3.2 Específicos: - Caracterizar o perfil sociodemográfico dos profissionais de saúde da

atenção primária; - Identificar fatores associados entre a formação, qualificação

profissional e os atributos da atenção primária na região Sudoeste II.

Objetivos 17

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

4 MÉTODOS

4.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo transversal. Neste tipo de pesquisa, as

investigações podem ser de pequenas ou grandes amostras extraídas de

populações definidas ou instituições. Este tipo de estudo permite obter

grande quantidade de informações de uma população de forma econômica e

precisa. A “razão” e o “efeito” são percebidos simultaneamente,

possibilitando verificar a frequência com que um determinado fenômeno de

saúde é revelado em uma determinada população (LOBIONDO-WOOD,

HARBER, 2001).

4.2 Local e período do estudo Região Sudoeste II do estado de Goiás, ilustrada na figura 2. O

período de estudo compreendeu os meses de março a junho de 2016.

Figura 2: Mapa Macrorregional Sudoeste, à esquerda região Sudoeste II.

Fonte: http://www.saúde.go.gov.br/index.php?idEditoria=4018, acesso em 16

de novembro de 2016.

Métodos 18

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

4.3 População e Amostra

Participaram do estudo os enfermeiros e médicos vinculados a

atenção primária à saúde. Dos 100 profissionais elegíveis, houve três

recusas, sete profissionais em licença e 18 com menos de seis meses no

serviço, ficando a amostra reduzida a 72 profissionais.

4.4 Critérios de seleção Foram incluídos enfermeiros e médicos que estavam vinculados a

APS, com cadastro ativo no CNES e no mínimo seis meses de atuação na

unidade pesquisada.

Foram excluídos profissionais que estavam em licenças médica,

afastamentos profissionais.

4.5 Variáveis do estudo Foram considerados variáveis de desfecho as pontuações obtidas no

escore essencial, derivado e geral. Foram consideradas variáveis de

predição: idade (anos), sexo (masculino/feminino), tempo de formação

(anos), tempo de trabalho (meses), profissão (enfermeiro/médico), tipo de

instituição de formação (pública e privada), pós-graduação (especialização,

residência, mestrado, doutorado), pós-graduação em saúde pública ou

saúde da família (sim e não) e capacitação nos últimos doze meses (sim e

não) (ap

4.6 Instrumentos de coleta de dados

Utilizou-se um instrumento padronizado pelo MS, denominado

PCATool-Brasil-Brasil versão profissional (anexo 1).

As respostas às questões do instrumento estão estruturadas em uma

escala do tipo Likert, com escores de 1 a 4 para cada atributo (1 =com

certeza não, 2 = provavelmente não, 3 = provavelmente sim, 4 = com

certeza sim), existe ainda a opção 9 = não sei/não lembro que não é

computada. Os escores de cada atributo são produzidos por meio da média

aritmética simples dos itens que compõem cada atributo ou seu

Métodos 19

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

componente. É esperado que os profissionais atinjam escores ≥ 6,6 o que

reflete uma maior orientação e será considerado alto escore de APS

(BRASIL, 2010; HAUSER et al., 2013)

De acordo com instruções do Manual do Instrumento de Avaliação da

Atenção Primária à Saúde: o escore essencial deve ser calculado por meio

da média dos atributos essenciais (acesso, longitudinalidade, coordenação e

integralidade) e o escore derivado obtido pela média dos atributos derivados

(orientação familiar e orientação comunitária). O escore geral é calculado

pelo valor médio dos atributos essenciais e dos atributos derivados (BRASIL,

2010).

A análise dos dados do PCATool foi realizada conforme orientações

do manual a saber:

• Transformação dos Escores

1º Passo Inversão dos Valores:

O item A9 foi formulado de maneira que quanto maior o valor

(resposta) atribuído, menor é a orientação para APS. Logo, este item deve

ter seu valor invertido para: (valor 4=1), (valor 3=2), (valor 2=3) e (valor 1=4).

2° Passo:

Se para um entrevistado, a soma de respostas em branco (“missing”)

com respostas “9” (“não sei/não lembro”) atingir 50% ou mais do total de

itens de um componente (“A” a “H”), não se deve calcular o escore deste

componente para este entrevistado, devendo o mesmo ficar em branco no

banco de dados. Se a soma de respostas em branco for inferior a 50% do

total de itens de um componente, transforma-se o valor “9” para valor “2”

(“provavelmente não”). Esta transformação é necessária para pontuar

negativamente algumas características do serviço de saúde que não são

conhecidas pelo entrevistado.

Ainda conforme orientação do Manual, para transformar os escores

em escala de 0 a 10 foi utilizada a seguinte fórmula: [escore obtido – 1 (valor

mínimo)] X 10 / 4 (valor máximo) – 1 (valor mínimo). Ou seja: (Escore obtido

– 1) X 10/3

• Escore Essencial Atendendo ao Manual, o escore essencial foi medido pela soma do

escore médio dos componentes que pertencem aos atributos essenciais

Métodos 20

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

divididos pelo número de componentes. Exemplo: (Soma dos Componentes dos Atributos Essenciais) / número de componentes (A + B + C + D + E + F)

/ 6.

• Escore Geral Por fim, o escore geral foi obtido pela soma do escore médio dos

componentes que pertencem aos atributos essenciais aos componentes que

pertencem aos atributos derivados, divididos pelo número total de

componentes.

O valor obtido dos escores da escala Likert foram convertidos para a

escala de 0 e 10, utilizando-se a fórmula: (Escore obtido - 1) x 10.

3

Escores iguais ou superiores a 6,6 são considerados como alto

escore e indicam uma forte orientação para a Atenção Primária à Saúde.

O outro instrumento utilizado foi um questionário para coleta de dados

sociodemográfico e para avaliação do perfil de formação e de atuação dos

profissionais de saúde entrevistados (apêndice 2). Esse instrumento foi

elaborado a partir do estudo de Oliveira (2012).

4.7 Coleta de dados

As coordenações da atenção primária dos municípios foram

inicialmente contactadas, para que fossem agendadas as entrevistas com os

profissionais. As entrevistas ocorreram no ambiente de trabalho dos

entrevistados, com dias e horários previamente definidos, tendo uma

duração média de 30 minutos, totalizando 36 horas. Além da pesquisadora,

foram treinados dois entrevistadores (alunos do 10º período do curso de

graduação em enfermagem), que receberam orientação quanto às normas

para coleta de dados: abordagem dos participantes, apresentação da

pesquisa; preenchimento do Termo de Consentimento Livre Esclarecido

(TCLE) (apêndice 1) e preenchimento dos instrumentos. Para o treinamento

foi utilizado o Manual do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária

(BRASIL, 2010). Os entrevistadores fizeram o preenchimento dos mesmos,

cronometrando tempo, anotando dificuldades e dúvidas que foram

esclarecidas posteriormente.

Métodos 21

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

4.8 Análise dos dados Os dados foram analisados no programa STATA, versão 14.0. Para a

análise de consistência interna do escore total do instrumento, e por atributo,

foi utilizado o coeficiente Alfa de Cronbach, adotando uma confiabilidade

interna aceitável de 0,7. Inicialmente, foi realizado o teste de Kolmogorov-

Smirnov com correção de Lillifors para verificação da normalidade das

variáveis quantitativas14. Variáveis qualitativas foram apresentadas como

frequências absolutas e relativas e quantitativas, como média, desvio-padrão

(DP), mediana e intervalo interquartil (IIQ) na análise descritiva.

Para verificar os fatores associados aos desfechos investigados,

inicialmente realizou análise bivariada. Os testes t de student para amostras

independentes, Análise de Variância (ANOVA) e correlação de Pearson (r)

foram utilizados quando apropriados. Variáveis com valores de p < 0,20

nessa análise e potenciais variáveis de ajuste (sexo e idade) foram incluídas

em modelos de regressão linear múltipla. Os resíduos de regressão linear

foram analisados para verificar normalidade. O teste de White e fator de

inflação da variância (VIF) foram realizados para determinar presença ou

ausência de heterocedasticidade e multicolinearidade nos modelos,

respectivamente. O teste de Ramsey RESET foi realizado para diagnosticar

possíveis erros de especificação dos modelos. Para todos os testes

realizados, um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente

significante.

4.9 Aspectos éticos e legais O projeto de pesquisa segui as normas da Resolução 466/2012 do

Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Métodos 22

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Pesquisa da Universidade Federal de Goiás sob o número 1.474.221/2016

(anexo 2).

Métodos 23

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

5 PUBLICAÇÕES

Os resultados da presente pesquisa serão apresentados na forma de artigo

a seguir:

Título: Avaliação da atenção primária na perspectiva profissionais de saúde

Autores: Ludmila Grego MaiaI; Luiz Almeida da Silva; Rafael Alves

Guimarães, Bruno Bordin Pelazza, Giulena Rosa Leite, Maria Alves Barbosa

Periódico: Revista Brasileira de Epidemiologia

Normas do periódico: anexo 3

Situação: submetido

Resumo Introdução: A atenção primária à saúde deve assumir a centralidade

do cuidado para que os sistemas de saúde atendam e resolvam as

necessidades de saúde da população. Objetivo: Avaliar a Atenção Primária

à Saúde a partir de seus atributos, na perspectiva dos profissionais, por meio

do Primary Care Assessment Tool, verificando fatores que se associam a

uma melhor atenção. Metodologia: estudo transversal, realizado com 41

enfermeiros, e 31 médicos na região Sudoeste II do estado de Goiás, por

meio de entrevistas utilizando o instrumento PCATool. Os dados foram

analisados no programa Stata, versão 14.0. O coeficiente Alfa de Cronbach

foi utilizado para a análise de consistência interna do escore total do

instrumento. Resultados: O menor Escore Geral de APS foi para o atributo

acesso de primeiro contato. A análise bivariada mostrou diferença estatística

entre as variáveis profissão e os escores essencial, derivado e geral.

Médicos do Programa Mais Médicos apresentaram maiores pontuações

médias quando comparados aos outros profissionais médicos e enfermeiros.

Conclusões: A avaliação na região Sudoeste II, evidenciou alto escore geral

para os atributos, exceto para o acesso de primeiro contato. O tempo de

formação acadêmica e de trabalho dos profissionais avaliados mostrou-se

satisfatório. Considera-se como fatores associados entre formação,

qualificação profissional e os atributos da Atenção Primária, o fato de

Publicações 24

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

pertencer ao Programa Mais Médicos e o nível da formação acadêmica, que

estiveram mais relacionados a obtenção de melhores escores.

Palavras-Chave: Avaliação em saúde; Atenção Primária à Saúde; Pessoal

de Saúde

Abstract

Introduction: Primary health care must assume the centrality of care so that

health systems address and solve the health needs of the population.

Objective: To evaluate the quality of primary health care from the

perspective of health professionals, including those associated with the Mais

Médicos Brasil Program, verifying associations between quality of services

and professional qualification. Methodology: A cross-sectional study where

interviews with health professionals were carried out. The quality of care was

measured by means of interviews about the experience of doctors and

nurses with the services, using the Primary Care Assessment Tool

(PCATool-Brasil). The presence and the extension of the primary health care

attributes of the Southwest II region of Goiás state, constituted by 10

municipalities, were investigated. Results: The lowest APS Overall Score

was for the first contact access attribute. The bivariate analysis showed

statistical difference between the variables profession and the essential,

derived and general scores. Doctors of the Mais Médicos Program had

higher average scores when compared to other medical professionals and

nurses. Conclusions: The findings highlight the importance of permanent

evaluation of health services, especially primary care, due to its importance

and centrality to the organization of other levels of care. Only from this

Publicações 25

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

monitoring is possible a better management orientation for strategic and

resolutive investments.

Keywords: Health evaluation, Primary health care, Health staff

Introdução:

Nas últimas décadas no Brasil, políticas públicas têm sido adotadas

como forma de garantir a consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS),

e a partir dela, alcançar os princípios constitucionais do Sistema Único de

Saúde. As ações no âmbito da atenção primária têm o poder de mudar o

perfil de morbimortalidade da população e atender às suas necessidades de

saúde1-2.

Estratégias como o Programa Mais Médicos (PMM) Brasil se

configuram nesse cenário almejando alcançar uma atenção primária mais

universal4. Tal programa foi implementado com vistas a suprir a escassez de

profissionais médicos em áreas críticas no país, reduzindo as desigualdades

de acesso e contribuindo para o fortalecimento e consolidação da APS5-6.

Estudos apontam que, para a APS organizar o sistema, ela deve

alcançar alguns atributos, a saber: primeiro contato, longitudinalidade,

integralidade, coordenação de cuidados, orientação familiar e orientação

comunitária. Os quatro primeiros atributos são chamados de essenciais e

indicam se um serviço de saúde é provedor de APS e os dois últimos

denominados derivados, qualificam as ações da APS2-7-8.

Uma das propostas para se medir esses atributos é definir estratégias

que possam mensurar a qualidade da APS. Nesse contexto, vários

instrumentos foram desenvolvidos para essa finalidade9-10. Fracoli et al.10

Publicações 26

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

apontaram que o Primary Care Assessment Tool (PCATool-Brasil) é o

instrumento que mais vêm sendo utilizado no Brasil, tendo em vista seu

reconhecimento, aceitação e sua validação em outros países.

Em face aos argumentos expostos, a centralidade e importância da

APS para consolidação do SUS e a necessidade de sua avaliação

permanente, este estudo questiona qual a orientação dos profissionais de

saúde para APS e quais fatores estariam associados a melhor qualidade

desse nível de atenção.

Metodologia

Estudo transversal realizado com profissionais da saúde em uma

região de saúde do Estado de Goiás, região centro-oeste do Brasil. No

período de março a junho de 2016.

Foram incluidos na investigação todos os enfermeiros e médicos

vinculados à APS. Os critérios de seleção foram: pertencer à mesma

unidade de saúde há mais de seis meses, não estar em afastamento de

qualquer natureza.

Foram utilizados dois questionários na coleta de dados. O primeiro foi

constituído de questões para identificação do perfil sociodemográfico, laboral

e qualificação profissional. O segundo refere-se ao Primary Care

Assessment Tool (Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool-

Brasil) versão profissionais, para avaliar a qualidade dos serviços de saúde,

validado no Brasil e adotado pelo Ministério da Saúde. É constituído por 77

itens divididos em oito componentes.

Starfield8 , definiu que os valores dos escores são padronizados em

escala variando de 0 a 10. Escores iguais ou superiores a 6,6 são

considerados como alto escore e indicam uma forte orientação para a APS.

Publicações 27

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Foram consideradas variáveis dependentes as pontuações obtidas no

escore essencial, derivado e geral. As variáveis independentes foram: idade

(anos), sexo (masculino ou feminino), tempo de formação profissional

(anos), tempo de trabalho na unidade pesquisada (meses), profissão

(enfermeiro, médicos e médicos participantes do programa “Mais Médicos”),

tipo de instituição de formação (publica ou privada), pós-graduação, pós-

graduação em saúde pública ou saúde da família (sim ou não) e capacitação

na área de atuação nos últimos doze meses (não ou sim).

Os dados foram analisados no programa STATA, versão 14.0. Para a

análise de consistência interna do escore total do instrumento, e por atributo,

foi utilizado o coeficiente Alfa de Cronbach, adotando uma confiabilidade

interna aceitável de 0,7. Inicialmente, foi realizado o teste de Kolmogorov-

Smirnov com correção de Lillifors para verificação da normalidade das

variáveis quantitativas14. Variáveis qualitativas foram apresentadas como

frequências absolutas e relativas e quantitativas, como média, desvio-padrão

(DP), mediana e intervalo interquartil (IIQ) na análise descritiva.

Para verificar os fatores associados aos desfechos investigados,

inicialmente realizou análise bivariada. Os testes t de student para amostras

independentes, Análise de Variância (ANOVA) e correlação de Pearson (r)

foram utilizados quando apropriados. Variáveis com valores de p < 0,20

nessa análise e potenciais variáveis de ajuste (sexo e idade) foram incluídas

em modelos de regressão linear múltipla. Os resíduos de regressão linear

foram analisados para verificar normalidade. O teste de White e fator de

inflação da variância (VIF) foram realizados para determinar presença ou

ausência de heterocedasticidade e multicolinearidade nos modelos,

Publicações 28

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

respectivamente. O teste de Ramsey RESET foi realizado para diagnosticar

possíveis erros de especificação dos modelos. Para todos os testes

realizados, um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente

significante.

A pesquisa está aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal de Goiás sob o n. 1.474.221/2016.

Resultados

A Tabela 1 apresenta a descrição do perfil epidemiológico e

qualificação profissional dos participantes do estudo.

Tabela 1. Perfil sociodemográfico e qualificação dos profissionais de saúde

da região sudoeste II. Goiás, Brasil, 2016. (n=72).

Variáveis n % Qualitativas Sexo Masculino 20 27,8 Feminino 52 72,2 Categoria profissional Enfermeiro 41 56,9 Médicos 21 29,2 Médicosa 10 13,9 Tipo de instituição de formação Pública 27 37,5 Privada 45 62,5 Pós-Graduação Não 19 26,4 Sim 53 73,6 Tipo de pós-graduação* Especialização 51 70,8 Residênciab 4 12,9 Pós-graduação stricto sensu (mestrado/doutorado)

3 4,2

Pós-Graduação em Saúde Pública/Saúde da Família

Não 48 66,7 Sim 24 33,3 Capacitação APS (últimos 12 meses)

Publicações 29

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Não 10 13,9 Sim 62 86,1 Quantitativas Média + DP Mediana (IIQ) Idade (anos) 35,15 + 10,26 31,5 (28,0-38,8) Tempo de formação (anos) 11,06 + 9,90 8,0 (4,3-13,0) Tempo de trabalho na Unidade (meses) 42,86 + 39,12 24,0 (12,0-60,0)

a. Integrante do programa Mais Médicos; b. Válido somente para a categoria

profissional médica (n = 31). *Inclui mais de uma.

Dados referentes a presença e extensão dos atributos da APS, são

descritos na tabela 2, em que os atributos apresentaram escore maior que

6,6, sugerindo alto escore para APS, exceto acessibilidade (3,71).

Publicações 30

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Tabela 2. Distribuição dos resultados dos escores médios dos atributos e dos escores essencial, derivado e geral de atenção

primária à saúde na avaliação dos profissionais de saúde, Goiás, Brasil, 2016.

Atributos Média + DPa IC 95%b Mediana IIQc Alfa de Crombach p-valor K-S

Acessibilidade 3,71 + 1,26 3,41-4,01 3,33 2,96-4,31 0,638 < 0,001

Longitudinalidade 7,29 + 1,29 6,98-7,59 7,17 6,41-8,20 0,769 0,200

Coordenação IC 7,24 + 1,48 6,89-7,59 7,22 6,11-8,33 0,567 0,024

Coordenação SI 8,48 + 1,45 8,14-8,83 8,88 7,66-10,0 0,103 < 0,001

Integralidade SD 7,32 + 1,02 7,08-7,56 7,50 6,66-8,03 0,628 0,015

Integralidade SP 8,04 + 1,35 7,72-8,35 8,22 7,11-9,11 0,835 0,034

Escore essencial 7,01 + 0,75 6,84-7,19 7,10 6,68-7,44 0,821 0,200 Orientação familiar 8,82 + 1,31 8,51-9,13 8,88 8,05-10,0 0,293 < 0,001

Orientação comunitária 7,19 + 1,69 6,79-7,58 7,22 6,11-8,75 0,239 0,053 Escore derivado 8,00 + 1,16 7,73-8,28 8,05 7,29-8,88 0,319 0,062 Escore geral 7,26 + 0,78 7,08-7,45 7,35 6,85-7,76 0,815 0,200

a.Desvio-padrão; b. Intervalo de confiança de 95%; c. Intervalo interquartil. IC (integração de cuidados); SI (sistemas de informação); SD (serviços disponíveis); SP (serviços prestados).

Publicações 31

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Visando a identificação de potenciais fatores associados aos atributos

da APS, na análise bivariada (Tabela 3), verificou-se que médicos do PMM

apresentaram escores médios de todos os atributos mais altos (geral 8,04;

p=0,001) quando comparados aos outros profissionais médicos e

enfermeiros. A média do escore derivado (8,36; p=0,044) e geral (7,51;

p=0,035) foi significativamente mais alta nos profissionais com formação em

instituições públicas quando comparado aos que se formaram em

instituições privadas. Também, indivíduos com pós-graduação em qualquer

área, apresentaram escores mais altos no atributo derivado do que

profissionais sem pós-graduação, embora tenha observado diferença

significante apenas no escore derivado.

Publicações 32

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Tabela 3. Análise bivariada dos fatores associados aos atributos da atenção primária em profissionais de saúde, Goiás, Brasil,

2016.

Variáveis Escore essencial Escore derivado Escore geral Média + DPa p Média + DPa p Média + DPa p

Sexo Masculino 7,15 + 0,83 0,327c 8,11 + 1,31 0,647c 7,39 + 0,87 0,380c Feminino 6,96 + 0,71 7,97 + 1,11 7,21 + 0,74 Profissão Enfermeiro 6,79 + 0,72 7,86 + 1,06 7,06 + 0,75 Médico 7,14 + 0,62 7,76 + 1,23 7,29 + 0,67 Médicob 7,68 + 0,70 0,001d 9,11 + 0,78 0,004 d 8,04 + 0,65 0,001 d Tipo de instituição Público 7,23 + 0,72 0,061 c 8,36 + 1,02 0,044 c 7,51 + 0,71 0,035 c Privado 6,89 + 0,74 7,79 + 1,19 7,11 + 1,19 Pós-Graduação Sim 7,02 + 0,73 0,449 c 8,07 + 1,06 0,021 c 7,28 + 0,74 0,159 c Não 6,81 + 0,64 7,11 + 1,10 6,88 + 0,67 Pós em SP/SF* Sim 6,88 + 0,78 0,271 c 7,96 + 1,04 0,814 c 7,15 + 0,77 0,381 c Não 7,08 + 0,73 8,03 + 1,22 7,32 + 0,78 Capacitação Não 7,01 + 0,75 0,901 c 8,01 + 1,22 0,915 c 7,26 + 0,80 0,959 c Sim 7,04 + 0,77 7,97 + 0,65 7,27 + 0,69 Idade (anos) 0,128 0,283e 0,056 0,638 e 0,144 0,342 e T. formação (anos) 0,159 0,183 e 0,078 0,513 e 0,133 0,229 e T. trabalho (meses) -0,009 0,941 e -0,041 0,733 e -0,021 0,859 e a.Desvio-padrão; b.Integrante do Programa Mais médicos; c. Teste t de student para amostras independentes; d. Análise de Variância (ANOVA); e. Correlação de Pearson; SP/SF (saúde

pública/saúde da família).

Publicações 33

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Após ajuste por idade, sexo, profissão, tipo de instituição e tempo de

formação, em análise de regressão múltipla, observou-se que pertencer ao

Programa Mais Médicos foi associado positivamente aos escores essencial

(β =0,948; p = 0,001), derivado (β= 1,066; p=0,006) e geral (β=0,942;

p=0,001), conforme mostra a Tabela 4.

Tabela 4. Análise de regressão múltipla dos fatores associados aos atributos

essencial, derivado, geral em profissionais de saúde, Goiás, Brasil, 2016.

Variáveis β IC 95% p Essencial Idade -0,002 -0,044;0,039 0,915 Sexo Feminino Ref Masculino -0,061 -0,610; 0,487 0,823 Profissão Enfermeiro Ref Médico 0,213 -0,396;0,822 0,125 Médicob 0,948 0,413;1,483 0,001 Tipo de instituição

Publico Ref Privado -0,047 -0,453;0,359 0,818 Tempo de formação

0,002 -0,044;0,045 0,989

Derivado Idade 0,001 -0,029;0,032 0,931 Sexo Feminino Ref Masculino -0,269 -1,111;0,572 0,525 Profissão Enfermeiro Ref Médico -0,304 -1,317;0,707 0,550 Médicob 1,066 0,310;1,822 0,006 Pós-Graduação Não Ref Sim 0,088 -0,354; 0,531 0,691 Tipo de instituição

Publico Ref Privado -0,163 -0,743;0,415 0,574 Geral Idade 0,002 -0,019;0,020 0,980 Sexo Feminino Ref Masculino -0,053 -0,590;0,482 0,842 Profissão Enfermeiro Ref Médico 0,189 -0,430;0,808 0,544

Publicações 34

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Médicob 0,942 0,419;1,466 0,001 Pós-Graduação Não Ref Sim 0,080 -0,199; 0,360 0,569 Tipo de instituição

Publico Ref Privado -0,058 -0,448;0,332 0,767

b (médicos do programa mais médicos). Coeficiente de regressão ajustado

por idade, sexo, profissão e tipo de instituição.

R2 = 0,181 (essencial) R2 = 0,161 (derivado) R2 = 0,186 (geral)

Discussão

O presente estudo mostrou que os profissionais de saúde

investigados estão orientados à APS. A criação de vínculo na equipe e

comunidade tem potencial para propiciar condições para exercer um cuidado

de modo mais longitudinal, o que justifica o alto escore na orientação à

APS18-19.

O perfil de formação/qualificação dos profissionais, assim como em

outros estudos, mostra predominância de profissionais especialistas23-27.

Para Scherer et al. as especializações melhoraram a competência

profissional, ao passo que consolidam e ampliam conhecimentos, levando o

profissional a constituir-se em novos modos de agir24.

Nessa direção, na última década, em especial a partir da Política

Nacional de Educação Permanente em Saúde, verifica-se que o Ministério

da Saúde tem disparado várias ações que procuram fortalecer a formação

de recursos humanos em saúde26. Tais estratégias visam qualificar os

profissionais que atuam nas unidades de saúde, aproximando-os das

necessidades da comunidade e demandas do SUS26-27.

Publicações 35

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Nesta investigação, profissionais oriundos de instituições públicas

apresentaram melhores escores nos atributos avaliados. Desde 2001, novas

políticas educacionais no âmbito da formação em saúde têm se desenhado

a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais, contribuindo para um ensino

mais direcionado às demandas vivenciadas da atenção primária à saúde no

âmbito do SUS28.

Esforços têm sido feitos no intuito de mobilizar políticas que atendam

as características das instituições de ensino, buscando formar indivíduos

críticos, humanísticos e qualificados para exercer o seu papel no sistema de

saúde. Verifica-se nas instituições públicas, ações que abrangem atividades

de ensino, pesquisa e extensão a fim de atender a essas exigências, tendo o

SUS como ordenador da formação29. A formação dos profissionais de saúde

deve perpassar a graduação, e se inserir de modo permanente ao longo da

sua trajetória profissional, estreitando vínculos entre as Instituições de

Educação Superior, a rede de saúde e a comunidade26.

Observa-se alto grau de orientação à APS para todos os escores, nos

atributos avaliados, à exceção do acesso de primeiro contato. Outras

pesquisas realizadas nessa perspectiva, em Porto Alegre, Curitiba e

Piracicaba, evidenciaram que esse atributo é o que apresenta menor escore

em relação aos demais18-22-30.

O modelo adotado pela Política Nacional de Atenção Básica em que

as unidades de saúde, quase que na sua totalidade, funcionam entre às sete

e dezessete horas, tem sido apontado como um dos fatores dificultadores

desse acesso, sendo que a população que trabalha não encontra

acolhimento para suas demandas de saúde1. Torna-se portanto necessária e

Publicações 36

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

urgente uma revisão dos parâmetros de funcionamento das unidades

básicas de saúde, a fim de ampliar a acessibilidade, sendo esse um

momento essencial para acolhimento, criação de vínculo e escuta

qualificada. O baixo escore (3.71) relacionado ao acesso de primeiro

contato, pode exercer influência negativa no estabelecimento dos demais

atributos, tendo em vista que o modo de acolher o usuário pode interferir na

posterior criação de vínculo32-33.

Estudo recente, que avaliou o acesso às equipes certificadas pelo

Programa Nacional de Melhoria de Acesso e da Qualidade da Atenção

Básica, apontou ainda, que menos da metade das equipes entrevistadas

relataram condições adequadas para realizar o acolhimento dos usuários.

Os problemas apontados foram: ausência de espaço físico adequado,

disponibilidade de protocolo e falta de competência profissional para

realização do acolhimento31.

Tal como em outros estudos, os demais atributos avaliados, tanto os

essenciais (longitudinalidade, coordenação, integralidade), quanto os

derivados (orientação familiar e orientação comunitária), apresentaram um

alto escore para APS22-32.

É relevante ressaltar que neste estudo, observou-se que pertencer ao

PMM foi associado positivamente à melhor pontuação em todos os escores

(essencial, derivado e geral).

Este programa está inserido em um conjunto de ações implementadas

pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação, com o

objetivo de fortalecer a atenção primária (levando esse profissional a áreas

Publicações 37

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

descobertas), expandir o número de vagas de graduação em medicina e

residência médica34.

Estudos recentes vêm demonstrando forte relação do PMM com

melhorias nos indicadores de qualidade, de produção, indicadores de saúde

e melhor humanização do serviço, além de diminuição de encaminhamentos

e iniquidades de saúde35-37. Este programa também melhorou a capacidade

de diagnóstico de problemas nos territórios de atuação das equipes38.

Como limitação do estudo, aponta-se que o instrumento escolhido

considerou a medida do grau de orientação para a APS sob a ótica dos

profissionais, não sendo aplicada outra medida que considerasse a visão

dos usuários, em relação a esses mesmos atributos. Existem também

limitações próprias da pesquisa transversal que impede o estabelecimento

de relação de causa e efeito.

É importante salientar que trata-se de um estudo pioneiro na região

em questão, que avaliou os profissionais inseridos no PMM utilizando o

PCATool-Brasil, considerado adequado para essa avaliação.

Conclusão

A avaliação da Atenção Primária á Saúde na região Sudoeste II,

evidenciou alto escore geral para os atributos, exceto para o acesso de

primeiro contato.

O tempo de formação acadêmica e de trabalho dos profissionais

avaliados mostrou-se satisfatório na Atenção Primária á Saúde.

Considera-se como fatores associados entre formação, qualificação

profissional e os atributos da Atenção Primária, o fato de pertencer ao

Programa Mais Médicos e o nível da formação acadêmica, que estiveram

mais relacionados a obtenção de melhores escores.

Publicações 38

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de

2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica e dá outras

providências. Diário Oficial da União. Brasília: MS; 2011.

2. Mendes EV. A construção social da atenção primária à saúde.

Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS;

2015.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Decreto 7508 de 28 de junho de 2011.

Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990 dá outras

providências. Diário Oficial da União. Brasília: MS; 2011.

4. Couto MP. Programa Mais Médicos: A formulação de uma nova

Política Pública de Saúde no Brasil [dissertação]. Curitiba:

Universidade Federal do Paraná; 2015.

5. Lehmann U, Dieleman M, Martineau T. Staffing remote rural areas in

middle- and low-income countries: a literature review of attraction and

retention. BMC Health Serv Res 2008; 8(19):1-10.

6. Dolea C, Stormont L, Braichet JM. Evaluated strategies to increase

attraction and retention of health workers in remote and rural areas.

Bull World Health Organ 2010; 88(5):379-85.

7. Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à

saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da

família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2012.

Publicações 39

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

8. Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde,

serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO; 2002.

9. Brasil. Ministério da Saúde. Manual do instrumento de avaliação da

atenção primária à saúde: Primary Care Assessment Tool PCATool-

Brasil – Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de

Atenção Básica. Brasília: MS; 2010.

10. Fracolli LAP, Gomes MFP, Nabão FRZ, Santos MS, Cappellini VK,

Almeida ACC. Instrumentos de avaliação da Atenção Primária à

Saúde: revisão de literatura e metassíntese. Cien Saúde Colet

2014; 19(12):4851-60.

11. Secretaria da Saúde do Estado de Goiás. Mapa da Saúde. Acesso

eletrônico. [acessado 2016 Out 15]. Disponível em:

http://www.saúde.go.gov.br/page/75/mapa-da-saúde.

12. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 2016 (CNES)

[Internet] 2026 [acesso em 5 de outrubro]. Disponível em:

<http://cnes.datasus.gov.br/Lista_Es_Municipio.asp?VEstado=52&VC

odMunicipio=521190&NomeEstado=GOIAS>.

13. Sala de Apoio a Gestão Estratégica (SAGE). [acessado 2017 Fev 20].

Disponível em: http://sage.saúde.gov.br/.

14. Razali NM, Wah YB. Power comparisons of Shapiro-Wilk,

Kolmogorov-Smirnov, Lilliefors and Anderson-Darling tests. J Stat

Model Analytics. 2011;2(1):21–33

15. White H. A heteroskedasticity- consistent covariancematix estimator

and a direct test for heteroskedasticity. Econometrica. 1980; 48(4) :

817-38.

Publicações 40

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

16. Draper NR, Smith H. Applied Regression Analysis. 3 edição. Editora

John Wiley &Sons: Canadá, 1998;

17. Ahmed S, Hoque ME, Sarker AR, Sultana M, Islan, Z, Gazi, R et al.

Willingness-to-Pay for Community-Based Health Insurance among

Informal Workers in Urban Bangladesh. PLoS One. 2016 1; (11):2.

18. Castro ALB, Andrade CLT, Machado CV, Lima LD. Condições

socioeconômicas, oferta de médicos e internações por condições

sensíveis à atenção primária em grandes municípios do Brasil. Cad

Saúde Publica 2015; 31(11):2353-66.

19. Carneiro MSM, Silva MGC, Pinto FJM, Gomes JM, Melo DMS.

Avaliação do atributo coordenação da Atenção Primária à Saúde:

aplicação do PCATool-Brasil a profissionais e usuários. Saúde em

debate 2014; 38:279-95.

20. Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS, Siqueira FV,

Rodrigues MA. Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil:

avaliação institucional e epidemiológica da Atenção Básica à

Saúde. Cien Saúde Colet 2006; 11(3):669-81.

21. Van Stralen CJ, Belisário SA, Van Stralen, TBS, Lima AMD, Massote

AW, Oliveira CDL. Percepção dos usuários e profissionais de saúde

sobre atenção básica: comparação entre unidades com e sem saúde

da família na Região Centro-Oeste do Brasil. Cad Saúde Publica

2008; 24(1):s148-s158.

22. Chomatas E, Vigo A, Marty I, Hauser L, Harzheim E. Avaliação da

presença e extensão dos atributos da atenção primária em Curitiba.

Rev Bras Med Fam Comunidade 2013; 8(29):294‑303.

Publicações 41

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

23. Silva SA, Nogueira DA, Paraizo CMS, Fracolli LA. Avaliação da

Atenção Primária à Saúde: visão dos profissionais de saúde. Rev Esc

Enf USP 2014; 48:126-32.

24. Scherer MDA, Oliveira CI, Carvalho WMES, Costa MP. Cursos de

especialização em Saúde da Família: o que muda no trabalho com a

formação? Interface 2016; 20(58):691-702.

25. Abrahão AL, Merhy EE. Formação em saúde e micropolítica: sobre

conceitos-ferramentas na prática de ensinar. Interface 2014;

18(49):313-24.

26. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na

saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.

Brasília: Série Pactos pela Saúde; 2009.

27. Dias HSA, Lima LD, Teixeira M. A trajetória da política nacional de

reorientação da formação profissional em saúde no SUS. Cien Saúde

Colet 2013; 18(6):1613-24.

28. Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.

Câmara da Educação Superior. Parecer CNE/CES n. 1.133, de 7 de

agosto de 2001, sobre as Diretrizes Curriculares da Medicina,

Enfermagem e Nutrição. Diário Oficial da União, Brasília, MS; 2001.

29. Moreira COF, Dias MSA. Diretrizes Curriculares na saúde e as

mudanças nos modelos de saúde e de educação. ABCS Health Sci

2015; 40(3):300-05.

Publicações 42

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

30. Cesar MC, Campos GWS, Gastão WS, Montebelo MIL, Sarmento G.

Avaliação da atenção primária no município de Piracicaba, SP,

Brasil. Saúde em debate 2014; 38:296-306.

31. Alves MGM, Casotti E, Oliveira LGD, Machado MTC, Almeida PF,

Corvino MPF et al. Fatores condicionantes para o acesso às equipes

da Estratégia Saúde da Família no Brasil. Saúde em debate 2014;

38:34-51.

32. Lima EFA, Sousa AI, Leite FMC, Lima RCD, Souza MHN, Primo CC.

Avaliação da Estratégia Saúde da Família na Perspectiva dos

Profissionais de Saúde. Escola Anna Nery 2016; 20(2):275-80.

33. Tesser CD, Norman AH. Repensando o acesso ao cuidado na

Estratégia Saúde da Família. Saúde e Sociedade 2014; 23(3):869-83.

34. Brasil. Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa

Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e

no 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. Diário

Oficial da União. Brasília: MS; 2013.

35. Lima RTS, Fernandes TG, Balieiro AAS, Costa FS, Schramm JMA,

Schweickardt JC, Ferla AA. A Atenção Básica no Brasil e o Programa

Mais Médicos: uma análise de indicadores de produção. Cien Saúde

Colet 2016; 21(9):2685-96.

36. Mendonça CS, Diercks MS, kopittke L. O fortalecimento da Atenção

Primária à Saúde nos municípios da Região Metropolitana de Porto

Alegre, Brasil, após a inserção no Programa Mais Médicos: uma

comparação intermunicipal. Cien Saúde Colet 2016; 21(9):2871-78.

Publicações 43

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

37. Organização Pan-Americana da Saúde. Implementação do Programa

“Mais Médicos” em Curitiba. Experiências inovadoras e lições

aprendidas. Brasília. OPAS; 2015.

38. Santos LMP, Costa AM, Girardi SN. Programa Mais Médicos: uma

ação efetiva para reduzir iniquidades em saúde. Cien Saúde Colet

2015; 20(11):3547-52.

Publicações 44

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

6 CONCLUSÃO

A avaliação da Atenção Primária á Saúde na região Sudoeste II,

evidenciou alto escore geral para os atributos, exceto para o acesso de

primeiro contato.

O tempo de formação acadêmica e de trabalho dos profissionais

avaliados mostrou-se satisfatório na Atenção Primária á Saúde.

Considera-se como fatores associados entre formação, qualificação

profissional e os atributos da Atenção Primária, o fato de pertencer ao

Programa Mais Médicos e o nível da formação acadêmica, que estiveram

mais relacionados a obtenção de melhores escores.

Conclusão 45

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados deste estudo ressaltam a importância da avaliação

permanente dos serviços de saúde, em especial da atenção primária devido

à sua importância e centralidade para a organização dos demais níveis de

assistência.

Para essa finalidade, o PCATool-Brasil mostrou-se como importante

instrumento para mensurar a qualidade da APS. Pela sua fácil compreensão

e aplicação, permite de maneira rápida e com baixo custo, analisar aspectos

inerentes a estrutura e processo dos serviços de saúde, o que auxilia a

estabelecer ferramentas para o planejamento de ações que visem uma

maior qualidade da assistência prestada.

Ressalta-se ainda, que conhecer o grau de orientação dos

profissionais à APS, possibilita definir políticas públicas mais consoantes

com a realidade.

Os resultados indicam a necessidade de se investir em ações

estratégicas para mudanças no processo de acolhimento do usuário na rede

de saúde, uma vez que o atributo acesso de primeiro contato recebeu menor

pontuação em todos os escores avaliados.

Sabe-se que a transformação das práticas e a reflexão sobre os

processos de trabalho só se tornam possíveis a partir dessas avaliações e

do monitoramento permanente, permitindo assim a (re)significação do

sujeitos envolvidos no ato de cuidar. Profissionais melhor qualificados tem o

potencial de prestarem uma assistência mais resolutiva e eficiente.

Assim, para que ocorra essa (re)significação, os gestores de saúde

devem enfrentar o desafio de olhar para seus indicadores e analisá-los

cotidianamente, almejando melhor qualidade na assistência, focada sempre

na resolução das demandas ali existentes.

É relevante mencionar que este estudo possibilitou avaliar os

profissionais do PMM vinculados aos municípios de estudo, em que os

mesmos obtiveram escores satisfatórios, demonstrando um alto grau de

orientação à APS.

Considerações finais 46

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Destaca-se como fatores limitadores: falta de financiamento para que

se pudesse ampliar a área de abrangência do estudo transversal, com

aplicação do instrumento aos usuários a fim de estabelecer comparações

entre os atributos pesquisados.

No entanto, estes fatores limitadores mostram que ainda há muito a

se fazer visando uma melhora na assistência. Portanto, os serviços de

saúde podem ser mais organizados e efetivos com pesquisas futuras que

ampliem as variáveis pesquisadas criando a possibilidade de análises de

outras associações.

PERSPECTIVAS FUTURAS Como perspectivas futuras, cabe destacar que esse projeto foi

cadastrado, com objetivos ampliados para concorrer ao edital universal n.

01/2016 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,

tendo sido selecionado, com previsão de liberação de recursos para esse

segundo semestre de 2017. Desse modo, será possível dar continuidade a

proposta de avaliação da APS.

Relevante informar que este projeto maior deu origem ao artigo

intitulado: Internações por condições sensíveis à atenção primária no

período de 2005 a 2015 no estado de Goiás, Brasil: estudo ecológico, que já

foi submetido na Revista de Saúde Pública da USP.

Pretende-se dar continuidade à pesquisa verificando a relação dos

fatores que se associam a melhor APS. Avaliar a APS sob a ótica dos

usuários a fim de se estabelecer comparações com os resultados deste

estudo e promover melhora na qualidade da assistência prestada.

Por fim, debater a temática na região do estudo através de um Curso

de Educação Permanente em Saúde com apresentação dos dados da

pesquisa e roda de conversa com gestores, apoiando o processo de

implantação de um protocolo de acolhimento para as unidades de saúde

tendo em vista que este foi o atribuito com menor pontuação na região.

Considerações finais 47

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

REFERÊNCIAS

ABRAHAO, A. L.; MERHY, E. E. Formação em saúde e micropolítica: sobre

conceitos-ferramentas na prática de ensinar. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 18, n. 49, p. 313-324, 2014.

AHMED, S. et al. Willingness-to-Pay for Community-Based Health Insurance

among Informal Workers in Urban Bangladesh. PLoS One. 2016, v. 1, n.11.

ALFRADIQUE, M. E. et al. Internações por condições sensíveis à atenção

primária: a construção da lista brasileira como ferramenta para medir o

desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP - Brasil). Cadernos de

saúde pública, Rio de Janeiro , v. 25, n. 6, p. 1337-1349, Jun. 2009.

ALMEIDA, C.; MACINKO, J. Validação de uma metodologia de avaliação

rápida das características organizacionais e do desempenho dos serviços de

atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) em nível local. Brasília:

Organização Pan-Americana da Saúde, 2006.

ALVES, M. G. M. et al. Fatores condicionantes para o acesso às equipes da

Estratégia Saúde da Família no Brasil. Saúde em debate, Rio de Janeiro ,

v. 38, n. spe, p. 34-51, 2014.

AKERMAN, M.; FURTADO, J.P. Práticas de avaliação em saúde no Brasil: diálogos. Marco Akerman, Juarez Pereira Furtado, organizadores.

Gráfica Bartira, 392 p., 2016.

BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. 168p.

_____. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara

da Educação Superior. Parecer CNE/CES n. 1.133, de 7 de agosto de

Referências 48

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

2001, sobre as Diretrizes Curriculares da Medicina, Enfermagem e Nutrição. Diário Oficial da União, Brasília: MS, 2001.

______. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. - Brasília: CONASS, 2003.

______. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde

como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o

desenvolvimento de trabalhadores para o setor dá outras providências.

Diário Oficial da União, 2004.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na saúde.

Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Série

Pactos pela Saúde, 2009.

______. Ministério da Saúde. Manual do instrumento de avaliação da atenção primária à saúde: Primary Care Assessment Tool PCATool-Brasil – Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção

Básica. Brasília: MS, 2010.

______. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011.

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica e dá outras providências.

Diário Oficial da União. Brasília: MS, 2011a.

______. Ministério da Saúde. Decreto 7508 de 28 de junho de 2011.

Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990 dá outras

providências. Diário Oficial da União. Brasília: MS, 2011b.

_______. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção à Saúde.

Programa Nacional de Melhoria Do Acesso e da Qualidade Da Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2011c.

Referências 49

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

______. Ministério da Saúde. Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013.

Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro

de 1993, e no 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. Diário

Oficial da União. Brasília: MS, 2013.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e

Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores: 2013-2015 / Ministério da

Saúde, Secretaria de Gestao Estrategica e Participativa. Departamento de

Articulação Interfederativa. – 2. ed. – Brasilia: Ministério da Saúde, 2014.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde. Programa mais médicos – dois anos: mais saúde para os brasileiros, 2015.

CARDOSO, I. M. "Rodas de educação permanente" na atenção básica de

saúde: analisando contribuições. Saúde e sociedade, São Paulo, v.

21, supl. 1, 2012.

CARNEIRO, M. S. M. et al. Avaliação do atributo coordenação da Atenção

Primária à Saúde: aplicação do PCATool-Brasil a profissionais e

usuários. Saúde em debate, Rio de Janeiro, v. 38, n. spe, p. 279-95, 2014 .

CASTRO, A. L. B. et al. Condições socioeconômicas, oferta de médicos e

internações por condições sensíveis à atenção primária em grandes

municípios do Brasil. Cadernos de saúde pública, Rio de Janeiro, v. 31, n.

11, p. 2353-66, 2015.

CECCIM, R. B.; FEUERWERKER, L. O quadrilátero da formação para a

área de saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis: revista de saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p.41-65, 2004.

CECCIM, R. B.; PINTO, L. F. A formação e especialização de profissionais

de saúde e a necessidade política de enfrentar as desigualdades sociais e

Referências 50

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

regionais. Revista brasileira de educação médica, Rio de Janeiro, v.

31, n. 3, p. 266-77, 2007.

CESAR, M. C. et al. Avaliação da atenção primária no município de

Piracicaba, SP, Brasil. Saúde em debate, Rio de Janeiro v. 38, n. spe, p.

296-06, 2014.

CHOMATAS, E. et al. Avaliação da presença e extensão dos atributos da

atenção primária em Curitiba. Revista brasileira de medicina de família e Comunidade. Rio de Janeiro, v. 8, n. 29 p. 294-03, 2013.

CNES. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 2016.

Disponível

em:http://cnes.datasus.gov.br/Lista_Es_Municipio.asp?VEstado=52&VCodM

unicipio=521190&NomeEstado=GOIAS>. Acesso em: 15 de out. de 2016.

COUTO, M. P; SALGADO, E.D.; PEREIRA, A.E. Programa Mais Médicos: A

formulação de uma nova Política Pública de Saúde no Brasil. Revista Eletrônica Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 9, n. 4, p. 97-113, 2015.

DAB. Departamento de Atenção Básica. 2016.

[http://dab.saude.gov.br/portaldab/historico_cobertura_sf.php]. Acesso em 20

de fev de 2016.

DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA. Conferência Internacional sobre cuidados primários de saúde; 6-12 de setembro 1978; Alma-Ata; USSR.

In: Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto

Promoção da Saúde. Declaração de Alma-Ata; Carta de Ottawa; Declaração

de Adelaide; Declaração de Sundsvall; Declaração de Santafé de Bogotá;

Declaração de Jacarta; Rede de Megapaíses; Declaração do México.

Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. p. 15.

Referências 51

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

DIAS, H. S.; LIMA, L. D.; TEIXEIRA, M. A trajetória da política nacional de

reorientação da formação profissional em saúde no SUS. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 6, p. 1613-24, 2013.

DOLEA C.; STORMONT L.; BRAICHET, J. M. Evaluated strategies to

increase attraction and retention of health workers in remote and rural areas.

Bull World Health Organ; v. 88, n. 5, p. 379-405, 2010.

DRAPER, N.R.; SMITH H. Applied Regression Analysis. 3 edição. Editora

John Wiley &Sons: Canadá, 1998;

ELLERY, A. E. L.; BOSI, M. L. M.; LOIOLA, F. A. Integração Ensino,

Pesquisa e Serviços em Saúde: antecedentes, estratégias e iniciativas.

Saúde e Sociedade, São Paulo, v.22, n.1, p.187-198, 2013.

FACCHINI, L. A. et al. Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil:

avaliação institucional e epidemiológica da Atenção Básica à Saúde. Ciência saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 669-81, 2006.

FRACOLLI, L. A. et al. Instrumentos de avaliação da Atenção Primária à

Saúde: revisão de literatura e metassíntese. Ciênc. saúde coletiva, Rio de

Janeiro, v. 19, n. 12, p. 4851-60, 2014.

GONCALVES, R. F. et al. Programa Mais Médicos no Nordeste: avaliação

das internações por condições sensíveis à Atenção Primária à

Saúde. Ciência saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 9, p. 2815-24,

2016.

HARZHEIM, E. et al. Consistência interna e confiabilidade da versão em

português do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool-Brasil

Brasil) para serviços de saúde infantil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de

Janeiro, v. 22, n. 8, p. 1649-59, 2006.

HARZHEIM, E. et al. Validação do instrumento da atenção primária à saúde:

Referências 52

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

PCATool-Brasil- Brasil adultos. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 8, n. 29, p. 274-84, 2013.

HAUSER, L. et al. Tradução, adaptação, validade e medidas de

fidedignidade do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde

(PCATool-Brasil) no Brasil: versão profissionais de saúde. Revista brasileira de medicina de família e Comunidade. Rio de Janeiro, v. 8 n. 29

p. 244-55, 2013.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasília. 2016.

http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?coduf=52. Acesso em 25 Abril 2017.

KEMPER, E.S.; MENDONCA, A.V.M; SOUSA, M.F. Programa Mais

Médicos: panorama da produção científica. Ciência saúde coletiva, Rio de

Janeiro, v. 21, n. 9, p. 2785-96, 2016.

LEHMANN, U.; DIELEMAN, M.; MARTINEAU, T. Staffing remote rural areas

in middle- and low-income countries: a literature review of attraction and

retention. BMC Health Serv Res; v. 8, n. 19, p. 1-10, 2008

LIMA, E. F. A. et al. Avaliação da Estratégia Saúde da Família na

Perspectiva dos Profissionais de Saúde. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v.

20, n. 2, p. 275-80, 2016.

LIMA, R. T. S. et al. A Atenção Básica no Brasil e o Programa Mais Médicos:

uma análise de indicadores de produção. Ciência saúde coletiva, Rio de

Janeiro, v. 21, n. 9, p. 2685-96, 2016.

LOBIONDO-WOOD, G; HABER, J. Pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. 4ª e d. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,

2001.

LORD DAWSON OF PENN. Interim Report on the Future Provisions of

Medical and Allied Services. United Kingdom Ministry of Health. Consultative

Referências 53

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Council on Medical Allied Services. London: Her Majestys Stationery Offices, 1920.

MAIA, L.G. et al. Atividades educativas na Saúde na perspectiva da

educação permanente em um município de Goiás. Boletim Técnico do

Senac, São Paulo, v. 42, n. 1, p. 30-47, 2016.

MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2012.

MENDES, E. V. A construção social da atenção primária à saúde.

Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS; 2015.

MENDONCA, C. S.; DIERCKS, M. S.; KOPITTKE, L. O fortalecimento da

Atenção Primária à Saúde nos municípios da Região Metropolitana de Porto

Alegre, Brasil, após a inserção no Programa Mais Médicos: uma

comparação intermunicipal. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.

21, n. 9, p. 2871-78, 2016.

MOREIRA, C. O. F.; DIAS, M. S. A. Diretrizes Curriculares na saúde e as

mudanças nos modelos de saúde e de educação. ABCS Health Sci; v. 40,

n. 3, p. 300-05, 2015.

NEDEL, F. B. et al. Características da atenção básica associadas ao risco de

internar por condições sensíveis à atenção primária: revisão sistemática da

literatura. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 19, n. 1, p. 61-

75, 2010.

OLIVEIRA, F.P. et al. Mais Médicos: um programa brasileiro em uma

perspectiva internacional. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 19, n. 54, p.

623-34, 2015 .

OLIVEIRA, M. P. R. Formação e qualificação dos profissionais de saúde: fatores associados à qualidade dos serviços de atenção primária à

Referências 54

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

saúde. 2013 [dissertação] 174 f. Goiânia, 2014. Universidade Federal de

Goiás. Programa Ensino na Saúde.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. A atenção à saúde coordenada pela APS: construindo as redes de atenção no SUS: contribuições para o debate. / Organização Pan-Americana da Saúde.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 113 p.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Implementação do Programa “Mais Médicos” em Curitiba. Experiências inovadoras e lições aprendidas. Brasília: OPAS, 2015. 68p.

PASARÍN, M.I. et al. A Tool to Evaluate Primary Health Care From the

Population Perspective. Atenção Primária, v. 39 n.8, p. 395-03, 2007.

RAZALI, N. M.; WAH, Y. B. Power comparisons of Shapiro-Wilk,

Kolmogorov-Smirnov, Lilliefors and Anderson-Darling tests. J Stat Model Analytics, v. 2, n. 1, p. 21–33, 2011.

SAGE. Acesso eletrônico. [acessado em dia out. 2016 Out]. Disponível em:

http://sage.saúde.gov.br/.

SANTOS L. M. P.; COSTA A. M.; GIRARDI S. N. Programa Mais Médicos:

uma ação efetiva para reduzir iniquidades em saúde. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n.11, p. 3547-52, 2015

SCHEFFER, M. et al. Demografia Médica no Brasil 2015. Departamento

de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina da USP. Conselho Regional

de Medicina do Estado de São Paulo. Conselho Federal de Medicina. São

Paulo: 2015, 284 p.

SCHERER, M. D. A. et al. Cursos de especialização em Saúde da Família: o

que muda no trabalho com a formação? Interface (Botucatu), Botucatu, v.

20, n. 58, p. 691-02, 2016.

Referências 55

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS. Mapa da Saúde.

Acesso eletrônico. [acesso 2016 Out]. Disponível em:

http://www.saúde.go.gov.br/page/75/mapa-da-saúde.

SILVA, S. A. et al. Avaliação da Atenção Primária à Saúde: visão dos

profissionais de saúde. Revista da escola de enfermagem da USP, São

Paulo, v. 48, n. spe, p. 122-28, 2014.

STARFIELD, B.; X.U., J.; SHI, L. Validating the adult primary care

assessment tool. J Fam Practice, v. 50 n. 2, p. 161-75, 2001.

STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, 2002.

SKINNER, H.G. et al. The effects of multiple chronic conditions on

hospitalization costs and utilization for ambulatory care sensitive conditions in

the United States: a nationally representative cross-sectional study. BMC Health Serv Res, 2016.

TESSER, C. D.; NORMAN, A. H. Repensando o acesso ao cuidado na

Estratégia Saúde da Família. Saúde e sociedade. São Paulo, v. 23, n. 3, p.

869-883, 2014.

VAN STRALEN, C. J. et al. Percepção dos usuários e profissionais de saúde

sobre atenção básica: comparação entre unidades com e sem saúde da

família na Região Centro-Oeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio

de Jan v. 24, supl. 1, p. 418-58, 2008.

WHITE, H. A heteroskedasticity- consistent covariancematix estimator and a

direct test for heteroskedasticity. Econometrica, v. 48, n. 4, p. 817-38, 1980.

Referências 56

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

ANEXOS

Anexo 1 – Instrumento de coleta de dados (PCATOOL-BRASIL)

Anexos 57

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 58

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 59

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 60

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 61

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 62

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 63

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 64

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexo 2 – Parecer do Comitê de Ética

Anexos 65

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 66

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 67

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 68

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexos 69

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexo 3 – Normas de publicação dos respectivos periódicos

ARTIGO 1 Revista Brasileira de Epidemiologia

A Revista Brasileira de Epidemiologia tem por finalidade publicar Artigos Originais e inéditos (máximo de 21.600 caracteres), inclusive os de revisão crítica sobre um tema específico, que contribuam para o conhecimento e desenvolvimento da Epidemiologia e ciências afins. Serão aceitas somente Revisões Sistemáticas e Metanálises; não serão aceitas Revisões Integrativas.

Publica, também, artigos para as seguintes seções:

• Artigos originais com resultados de pesquisas

• Metodológicos: Artigos que se dedicam a analisar as diferentes técnicas utilizadas em estudos epidemiológicos;

• Debate: destina-se a discutir diferentes visões sobre um mesmo tema, que poderá ser apresentado sob a forma de consenso/dissenso, artigo original seguido do comentário de outros autores, reprodução de mesas redondas e outras formas semelhantes;

• Notas e Informações: notas prévias de trabalhos de investigação, bem como breves relatos de novos aspectos da epidemiologia, além de notícias relativas a eventos da área, lançamentos de livros e outros (máximo de 6.450 caracteres);

• Cartas ao Editor: comentários de leitores sobre trabalhos publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia (de 3.260 até 4.570 caracteres).

Os manuscritos apresentados devem destinar-se exclusivamente à Revista Brasileira de Epidemiologia, não sendo permitida sua apresentação simultânea a outro periódico. Após o envio do parecer, os autores devem assinar uma declaração, de acordo com modelo fornecido pela RBE (Declaração de Exclusividade, Declaração de Direitos Autorais e Declaração de Conflito de Interesses). Os conceitos emitidos em qualquer das seções da Revista são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).

Os manuscritos publicados são de responsabilidade da Revista, sendo vedada a reprodução ― mesmo que parcial ―

Anexos 70

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

em outros periódicos, assim como a tradução para outro idioma sem a autorização do Conselho de Editores. Assim, todos os trabalhos, quando aprovados para publicação, deverão ser acompanhados de documento de transferência de direitos autorais contendo a assinatura dos autores, conforme modelo fornecido posteriormente pela Revista.

Cada manuscrito é apreciado por no mínimo dois relatores, indicados por um dos Editores Associados, a quem caberá elaborar um relatório final conclusivo a ser submetido ao Editor Científico. Na primeira etapa da submissão, a secretaria verifica se todos os critérios estabelecidos foram atendidos, e entra em contato com o autor. O manuscrito é encaminhado para a apreciação dos editores somente se atender a todas as normas estabelecidas pela RBE.

A Revista Brasileira de Epidemiologia não cobra taxas para a submissão de manuscritos, ou para a avaliação ou publicação de artigos.

Aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) Medida exigida desde o início da publicação da RBE e que reafirmamos, exigindo especial menção no texto dos artigos. Tal exigência pode ser dispensada em alguns tipos de estudo que empregam apenas dados agregados, sem identificação de sujeitos, disponíveis em bancos de dados e tão comuns na área da saúde. Nenhuma instância é melhor que um CEP para analisar a natureza das propostas de investigação, seguindo a orientação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/CNS/MS). O CEP que aprova a investigação deve ser registrado na CONEP.

Em particular, devem ser contempladas as seguintes Resoluções:

• 196/96, reformulada pela 446/11, sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos;

• 251/97, sobre Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos para a área temática de Pesquisa com Novos Fármacos, Medicamentos, Vacinas e Testes Diagnósticos;

• 292/99 e sua Regulamentação de agosto de 2002, que dizem respeito à área temática especial de Pesquisas Coordenadas do Exterior ou com Participação Estrangeira e Pesquisas que Envolvam a Remessa de Material Biológico para o Exterior.

A Revista Brasileira de Epidemiologia apoia as políticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International

Anexos 71

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) para registro de ensaios clínicos, reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, a partir de 2007, serão aceitos para publicação somente os artigos de pesquisa clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. O número de identificação/aprovação deverá ser registrado na Folha de rosto.

As entidades que registram ensaios clínicos segundo os critérios do ICMJE são:

• Australian New Zealand Clinical Trials Registry (ANZCTR)

• ClinicalTrials.gov

• International Standard Randomised Controlled Trial Number (ISRCTN)

• Nederlands Trial Register (NTR)

• UMIN Clinical Trials Registry (UMIN-CTR) WHO International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP)

Apresentação do manuscrito

Os manuscritos são aceitos em português, espanhol ou inglês. Os artigos em português e espanhol devem ser acompanhados do resumo no idioma original do artigo, além de abstract em inglês. Os artigos em inglês devem ser acompanhados do abstract no idioma original do artigo, além de resumo em português.

O manuscrito deve ser acompanhado de documento a parte com carta ao editor, justificando a possível publicação.

Os manuscritos devem ter o máximo de 21.600 caracteres e 5 ilustrações, compreendendo Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão (Folha de rosto, Referências Bibliográficas e Ilustrações não estão incluídas nesta contagem). O arquivo deve apresentar a seguinte ordem: Folha de rosto, Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão, Referências Bibliográficas e Ilustrações. O manuscrito deve ser

Anexos 72

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

estruturado, apresentando as seções: Folha de rosto, Resumo, Abstract, Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão, Referências e Ilustrações. O arquivo final completo (folha de rosto, seções, referências e ilustrações) deve ser submetido somente no formato DOC (Microsoft Word), e as tabelas devem ser enviadas em formato editável (Microsoft Word ou Excel), devendo respeitar a seguinte formatação:

• Margens com configuração “Normal” em todo o texto (superior e inferior = 2,5 cm; esquerda e direita = 3 cm);

• Espaçamento duplo em todo o texto;

• Fonte Times New Roman, tamanho 12, em todo o texto;

• Não utilizar quebras de linha;

• Não utilizar hifenizações manuais forçadas.

Folha de Rosto Os autores devem fornecer os títulos do manuscrito em português e inglês (máximo de 140 caracteres), título resumido (máximo de 60 caracteres), dados dos autores*, dados do autor de correspondência (nome completo, endereço e e-mail), agradecimentos, existência ou ausência de conflitos de interesses, financiamento e número de identificação/aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Deve ser especificada, também, a colaboração individual de cada autor na elaboração do manuscrito.

*A indexação no SciELO exige a identificação precisa da afiliação dos autores, que é essencial para a obtenção de diferentes indicadores bibliométricos. A identificação da afiliação de cada autor deve restringir-se a nomes de entidades institucionais, Cidade, Estado e País (sem titulações dos autores).

O financiamento deve ser informado obrigatoriamente na Folha de rosto. Caso o estudo não tenha contato com recursos institucionais e/ou privados, os autores devem informar que o estudo não contou com financiamento.

Os Agradecimentos devem ter 460 caracteres no máximo.

Anexos 73

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Resumo e Abstract Os resumos devem ter 1600 caracteres no máximo, e devem ser apresentados na a forma estruturada, contemplando as seções: Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão. As mesmas regras aplicam-se ao abstract.

Os autores deverão apresentar no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave, bem como as respectivas Keywords, que considerem como descritores do conteúdo de seus trabalhos, no idioma em que o artigo foi apresentado e em inglês. Esses descritores devem estar padronizados conforme os DeCS (http://decs.bvs.br/).

Ilustrações As tabelas e figuras (gráficos e desenhos) deverão ser inseridas no final do manuscrito, não sendo permitido o envio em páginas separadas. Devem ser suficientemente claras para permitir sua reprodução de forma reduzida, quando necessário. Fornecer títulos em português e inglês, inseridos fora das ilustrações (não é necessário o corpo da tabela e gráficos em inglês). Deve haver quebra de página entre cada uma delas, respeitando o número máximo de 5 páginas dedicadas a Tabelas, Gráficos e Figuras. Apresentá-las após as Referências, no final do manuscrito (em arquivo único).

As ilustrações podem no máximo ter 15 cm de largura e devem ser apresentadas dentro da margem solicitada (configuração nomeada pelo Word como “Normal”). Não serão aceitas ilustrações com recuo fora da margem estabelecida.

Imagens

• Fornecer as fotos em alta resolução;

• Fornecer os gráficos em formato editável (preferencialmente PDF).

Tabelas, Equações, Quadros e Fluxogramas

• Sempre enviar em arquivo editável (Word ou Excel), nunca em imagem;

• Não formatar tabelas usando o TAB; utilizar a ferramenta de tabelas do programa;

• Nas tabelas, separar as colunas em outras células (da nova coluna); não usar espaços

Anexos 74

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

para as divisões.

Abreviaturas Quando citadas pela primeira vez, devem acompanhar o termo por extenso. Não devem ser utilizadas abreviaturas no título e no resumo.

Referências Devem ser numeradas de consecutiva, de acordo com a primeira menção no texto, utilizando algarismos arábicos. A listagem final deve seguir a ordem numérica do texto, ignorando a ordem alfabética de autores. Não devem ser abreviados títulos de livros, editoras ou outros. Os títulos de periódicos seguirão as abreviaturas do Index Medicus/Medline. Devem constar os nomes dos 6 primeiros autores, seguidos da expressão et al. quando ultrapassarem esse número. Comunicações pessoais, trabalhos inéditos ou em andamento poderão ser citados quando absolutamente necessários, mas não devem ser incluídos na lista de referências, sendo apresentados somente no corpo do texto ou em nota de rodapé. Quando um artigo estiver em vias de publicação, deverá ser indicado: título do periódico, ano e outros dados disponíveis, seguidos da expressão, entre parênteses “no prelo”. As publicações não convencionais, de difícil acesso, podem ser citadas desde que os autores indiquem ao leitor onde localizá-las. A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS

Artigo de periódico Szklo M. Estrogen replacement therapy and cognitive functioning in the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study. Am J Epidemiol 1996; 144: 1048-57.

Livros e outras monografias Lilienfeld DE, Stolley PD. Foundations of epidemiology. New York: Oxford University Press; 1994.

Capítulo de livro Laurenti R. Medida das doenças. In: Forattini OP. Ecologia, epidemiologia e sociedade. São Paulo: Artes Médicas; 1992. p. 369-98.

Tese e Dissertação Bertolozzi MR. Pacientes com tuberculose pulmonar no Município de Taboão da Serra: perfil e

Anexos 75

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

representações sobre a assistência prestada nas unidades básicas de saúde [dissertação de mestrado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 1991.

Trabalho de congresso ou similar (publicado) Mendes Gonçalves RB. Contribuição à discussão sobre as relações entre teoria, objeto e método em epidemiologia. In: Anais do 1º Congresso Brasileiro de Epidemiologia; 1990 set 2-6; Campinas (Br). Rio de Janeiro: ABRASCO; 1990. p. 347-61.

Relatório da OMS World Health Organization. Expert Committee on Drug Dependence. 29th Report. Geneva; 1995. (WHO - Technical Report Series, 856).

Documentos eletrônicos Hemodynamics III: the ups and downs of hemodynamics. [computer program]. Version 2.2. Orlando (FL): Computorized Systems; 1993.

OBSERVAÇÃO A Revista Brasileira de Epidemiologia adota as normas do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (estilo Vancouver), publicadas no New England Journal of Medicine, 1997; 336: 309, e na Revista Panamericana de Salud Publica, 1998; 3: 188-96 (http://www.icmje.org/urm_main.html).

Anexos 76

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Anexo 4 – Comprovante de submissão

Anexos 77

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

APÊNDICES

Apêndice 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

CIÊNCIAS DA SAÚDE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário em

uma pesquisa intitulada: Associação entre a ocorrência de internações por condições sensíveis e a resolutividade na atenção primária.

Todas as informações necessárias e relevantes serão esclarecidas

pelo pesquisador. Após esses esclarecimentos, e caso você concorde em

fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas

vias, sendo uma sua, e a outra é do pesquisador responsável que será

arquivada.

Caso você resolva não participar em qualquer momento da pesquisa

não haverá nenhum ônus ou penalidade, basta que comunique ao

pesquisador através dos telefones de contato que estarão neste documento.

Dúvidas relacionadas à pesquisa podem ser sanadas a qualquer momento

com os pesquisadores responsáveis. O mesmo está amparado pelo Comitê

de Ética em pesquisa da Universidade Federal de Goiás e você pode entrar

em contato pelos telefones 3521-1075 ou 3521-1076. INFORMAÇÕES DA PESQUISA: Título da pesquisa: Associação entre a ocorrência de internações por condições sensíveis e a resolutividade na atenção primária.

Esta pesquisa pretende avaliar a presença dos atributos da atenção

primária à saúde, aplicando dois questionários, um sociodemográfico e de

avaliação do perfil profissional e o outro é o Primary Care

Apêndices 78

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Assessment Tool (PCATOOL-BRASIL-Brasil) aos profissionais de saúde que

atuam nas unidades básicas de saúde, com a finalidade de verificar a

relação desses atributos com as internações por causas sensíveis a atenção

primária na região Sudoeste II do estado de Goiás. O questionário

PCATOOL-BRASIL-Brasil foi adotado pelo Ministério da Saúde e tem sido

utilizado como uma das alternativas possíveis para avaliação da atenção

primária, o mesmo contém 77 itens divididos em 08 componentes, com

escalas de avaliação acerca do serviço de saúde aonde você atua. A

previsão para resposta dos questionários é de 30 minutos.

Esse estudo está sendo conduzido por um grupo de pesquisa

pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da

Universidade Federal de Goiás. Farão parte do estudo os médicos e

enfermeiros cadastrados nas unidades básicas de saúde dos dez municípios

que compõe a região Sudoeste II do estado de Goiás, sendo eles: Aporé,

Caiapônia, Chapadão do Céu, Doverlândia, Jataí, Mineiros, Perolândia,

Portelândia, Serranópolis e Santa Rita do Araguaia que aceitarem livremente

participar da pesquisa, após leitura, aceitação e assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido.

Esclarecemos que sua participação nesta pesquisa compreenderá

responder aos questionários acima mencionados, para avaliar a qualidade

da atenção prestada no seu serviço de saúde. Este estudo implica apenas

na disponibilidade de tempo (cerca de 30 minutos) para responder as

perguntas por meio de entrevista em seu ambiente de trabalho. Ressaltamos

que a concordância ou não em participar da pesquisa em nada irá alterar

sua condição profissional na Unidade de Saúde em que você trabalha e

você poderá em qualquer momento desistir da pesquisa. Os pesquisadores

asseguram que seu nome será preservado e que nenhum dado sobre sua

pessoa ou do conteúdo individual da sua entrevista será divulgado em

nenhum momento.

Não haverá pagamento ou gratificação financeira pela sua

participação, assim como não há benefícios diretos ao participante. Os

benefícios dessa pesquisa estão relacionados a auxiliar os serviços na

avaliação das potencialidades e fragilidades do serviço, buscando

estratégias junto a gestão com vistas a melhorar a qualidade dos serviços

Apêndices 79

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

prestados a comunidade. Caso o participante se sinta desconfortável em

responder alguma questão deverá informar ao pesquisador, e essa pergunta

não será feita se o mesmo não se sentir tranquilo em respondê-la.

Esclarecemos que danos previsíveis serão evitados, bem como nos

responsabilizaremos pela assistência integral aos participantes em caso de

ocorrência dos mesmos.

Garantimos sigilo e sua privacidade quanto aos dados confidenciais

envolvidos na pesquisa.

Eu,_______________________________________, fui informado(a)

dos objetivos da pesquisa acima, de maneira clara e detalhada. Fui

informado(a) da garantia de receber resposta a qualquer dúvida acerca dos

procedimentos; da liberdade de tirar meu consentimento, a qualquer

momento e da garantia de que não serei identificado(a) quando da

divulgação dos resultados e que as informações obtidas serão utilizadas

apenas para fins científicos vinculados ao presente projeto de pesquisa. Pesquisador Responsável: Ludmila Grego Maia (64) 9292-8292 (62)

8209-2411

_____________________ ______________________________

Nome do Profissional Assinatura do Profissional

Data

____________________________

Assinatura do pesquisador

Apêndices 80

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Apêndice 2 – Instrumento de coleta de dados

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO

EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

PESQUISA: PERFIL DE FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE

SAÚDE

Bloco 1: Dados iniciais da entrevista:

1.2) Em caso de recusa, qual o motivo?_____________________________

1.3) Entrevistador(a) _____________ 1.4) Hora Início: ___:___ Hora

Término: ___:___ Duração: ___min

Bloco 2. Identificação:

2.1) Data da entrevista (dd/ mm/ aaaa): _ _ / _ _ / _ _ _ _

2.2) Nº Registro: _________

2.3) Unidade de Saúde:_____________________________

2.3) Qual o seu nome completo? ___________________________________

2.4) Sexo: (1) Masculino (2) Feminino

2.5) Qual a sua data de nascimento?

_ _ / _ _ / _ _ _ _

Bloco 3. Formação Acadêmica:

3.1) Qual a sua profissão?

(1) enfermeiro(a) (2) médico(a) (3) Médico (b)

3.2) Qual a data de conclusão do curso? ___________

3.3) A instituição de sua formação/ graduação é: (1) Pública (2) Privada

Bloco 4. Pós- graduação:

4.1) Você possui alguma pós- graduação?

(1) Sim (2) Não (3) Em andamento

Apêndices 81

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS …repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7824/5/Tese... · 2017-10-02 · A minha orientadora, Maria Alves Barbosa, todo o meu

Se "Não", pule para a questão 5.1 Se “Sim”, continue:

4.2) Qual o(s) tipo(s) de pós- graduações realizada(s)?

(1) Especialização

(2) Residência

(3) Mestrado

(4) Doutorado

4.3) Em qual(is) área (s) você realizou a(s) pós- graduação(ões) referidas?

(1) Medicina de Família e Comunidade

(2) Clínica Médica

(3) Pediatria

(4) Saúde Pública/ Saúde Coletiva

(5) Saúde da Família

(6) Enfermagem Comunitária

(7) Medicina Preventiva e Social

(8) Saúde Mental

(9) Outra, qual? ______________________________________________

Bloco 5. Experiência Profissional:

5.1) Tempo de atuação na unidade (meses)?_ _ / _ _

Bloco 6. Capacitação profissional:

6.1) Nos últimos 12 meses, você realizou algum tipo de capacitação

relacionada às suas atividades na Unidade? (1) Sim (2) Não

Apêndices 82