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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA Curso de Graduação em Agronomia Relatório Final – Projeto Agrisus: 1259/13 Coberturas vegetais e modos de inoculação com Azospirillum brasilense em milho de segunda época no sistema plantio direto Discente - Caike de Souza Silva Silvério Orientador - Prof. Dr. Orivaldo Arf Ilha Solteira - SP Abril de 2015

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ENGENHARIA CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA

Curso de Graduação em Agronomia

Relatório Final – Projeto Agrisus: 1259/13

Coberturas vegetais e modos de inoculação com Azospirillum brasilense em milho de segunda

época no sistema plantio direto

Discente - Caike de Souza Silva Silvério

Orientador - Prof. Dr. Orivaldo Arf

Ilha Solteira - SP

Abril de 2015

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1. RESUMO

O projeto foi desenvolvido no ano agrícola de 2013/14 em área experimental

da Fazenda de Ensino e Pesquisa pertencente à Faculdade de Engenharia de Ilha

Solteira – UNESP, localizada no município de Selvíria – MS. O solo do local é do tipo

Latossolo Vermelho-Escuro epi-eutrófico álico, textura argilosa, originalmente sob

vegetação de cerrado. A precipitação média anual é de 1370 mm, a temperatura média

anual é de 23,5ºC e a umidade relativa do ar anual média entre 60 e 80%. O

delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições. Cada

bloco foi composto por doze tratamentos, consistindo em três coberturas vegetais

(Crotalaria spectabilis, Urochloa ruziziensis e o consórcio entre as duas) e quatro

formas de aplicação de Azospirillum brasilense (via semente, via pulverização foliar, via

semente + pulverização foliar e ausência de inoculação). A inoculação via pulverização

foliar foi realizada no estádio V4 da cultura do milho. As avaliações realizadas foram

população inicial e final de plantas, massa seca das plantas, teor de N nas folhas, altura

de plantas, altura de inserção de espiga, diâmetro de colmo, massa de cem grãos e

produtividade. De acordo com os resultados obtidos neste trabalho pode-se concluir que

os componentes de produção e a produtividade do milho na segunda época de cultivo

não foram influenciados pelas coberturas vegetais utilizadas anteriormente e nem pelas

diferentes formas de inoculação com Azospirillum brasilense.

Palavras-chave: Crotalaria spectabilis, Urochloa ruziziensis, Sistema plantio direto.

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2. INTRODUÇÃO

A cultura do milho de segunda época tem expressiva participação na produção

de grãos e fundamental importância no agronegócio brasileiro. A partir da década de 90,

esse cultivo expandiu-se de forma considerável em vários Estados do Brasil,

principalmente no Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Bahia.

No Brasil, a área cultivada com milho de segunda época foi de 9.010,9 mil hectares (ha)

na safra 2014/15, ocorrendo um decréscimo de 2,2% da área cultivada em relação à

safra anterior (9.211,2 mil ha). Já a produção na safra 2014/15 foi de 48.484,1 mil

toneladas, contra 48.399,1 mil toneladas, representando um incremento de 0,2%, em

relação à safra 2013/14. A produtividade também apresentou um pequeno acréscimo,

sendo que na safra 2013/14 foi de 5.254 kg ha-1, contra 5.381 kg ha-1 da safra 2014/15

mostrando uma elevação de 2,4% nesse período (CONAB, 2015).

O sistema plantio direto (SPD) é caracterizado pelo não revolvimento do solo,

a cobertura do solo e a rotação de culturas (PECHE FILHO, 2005). Além desse sistema

proteger o solo do impacto das chuvas de chuva devido ao acúmulo de material

orgânico, proporciona melhor fertilidade nas camadas superficiais do solo (COSTA;

GOEDERT; SOUSA, 2006).

Para o desenvolvimento da cultura do milho, o nitrogênio é um nutriente muito

importante por ser requerido em grande quantidade. Porém a adubação nitrogenada tem

um custo elevado (CRUZ et al., 2005). Como alternativa pode-se destacar a utilização

de bactérias fixadoras de nitrogênio (N) como Azospirillum brasilense. Essas bactérias

são endofíticas e além de realizar a fixação biológica do N, são bactérias que produzem

fitohormônios e demonstram antagonismo a agentes patogênicos (ARAÚJO, 2008).

O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito das formas de inoculação com

Azospirillum brasilense em sucessão à diferentes coberturas vegetais do solo, a

possibilidade de interação entre as formas de inoculação e as coberturas vegetais do

solo, como também, aumentar a eficiência produtiva do milho no cerrado.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. COBERTURAS VEGETAIS

A escolha das coberturas vegetais que compõe o sistema de produção é

imprescindível para a produção de palha. Pois protege o solo da erosão, contribui para

melhoria da fertilidade, aumenta a infiltração e disponibilidade de água para as plantas,

minimizando os impactos ao ambiente. O sucesso na implantação e no estabelecimento

do SPD está fortemente relacionado com a alta produção de fitomassa nos sistemas de

rotação, sem a qual os objetivos e vantagens dessa forma de cultivo não são alcançados

(ANDRIOLI et al., 2008).

Entre os benefícios desse sistema, o aumento no estoque de carbono orgânico

em comparação ao preparo convencional do solo, é de fundamental importância, uma

vez que contribui diretamente para o aumento na absorção de água e nutrientes para as

plantas, e também possibilita melhorias na estrutura do solo, sendo este efeito restrito às

camadas superficiais e também depende das espécies utilizadas no sistema produtivo.

Nas regiões tropicais e subtropicais, a redução do potencial produtivo dos solos

agrícolas esta relacionado principalmente a erosão e decomposição da matéria orgânica

do solo (BAYER et al., 2004).

Os efeitos benéficos da cobertura vegetal tendem a ser maiores conforme o

período em que os mesmos permanecem em contato com o solo; este tempo depende de

vários fatores, entre eles o grau de contato com o solo e o grau de trituração da massa de

cobertura (ROSOLEM et al., 2004). O manejo mecânico da palhada tende a aumentar o

grau de trituração da massa vegetal facilitando o processo de semeadura e acelerando a

degradação (ARATANI et al., 2006).

O sistema de cultivo é o principal fator que condiciona a velocidade de

decomposição/mineralização da matéria orgânica do solo e dos resíduos vegetais

deixados pelas culturas (AMADO; MIELNICZUK; AITA, 2002). O teor de carbono

orgânico e N total no solo podem ser incrementados ao longo dos anos, e tem sido

observado inicialmente, nas camadas superficiais do solo (BAYER; MIELNICZUK,

1997; BAYER et al., 2004).

O uso de implementos para manejar a palhada e propiciar condição ideal para

semeadura, como o triturador de palha, rolo faca e grade, pode acarretar desvantagens,

como baixo rendimento operacional, elevado custo ao sistema e risco de compactação

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do solo (DENARDIN & KOCHHANN, 1993). Entretanto, pouco se sabe quanto ao

efeito do manejo da palhada sobre o desempenho da semeadura e do desenvolvimento

de culturas (SILVA et al., 2010).

Os benefícios do SPD proporcionado pelo aumento, em longo prazo, da

matéria orgânica estão relacionados a fatores climáticos, tipos de solo e intrínsecos as

espécies utilizadas como cobertura vegetal. Quanto às espécies, a relação

carbono/nitrogênio (C/N), teores de lignina e celulose, presença de fenóis e a carga de

nutrientes dos resíduos também influencia a taxa de decomposição e a relação

imobilização/mineralização (GITTI, 2011).

O N é um dos elementos mais influenciados pelo SPD, pois com a adição

constante e manutenção da palhada sobre a superfície do solo, processos como

imobilização, mineralização e lixiviação são alterados. No SPD, a decomposição dos

resíduos orgânicos é mais lenta, em razão de esses estarem sobre a superfície, havendo

manutenção de maior umidade no solo e consequente maior atividade dos

microrganismos na camada superficial, o que vai resultar em alterações nos processos

de disponibilização e também de perda de N (LARA CABEZAS et al., 2000). Essa

menor taxa de decomposição dos resíduos vegetais no SPD pode favorecer o

sincronismo entre a taxa de liberação de N para o solo e a taxa de absorção desse

nutriente pela planta. Quanto mais harmoniosa essa relação, mais eficiente será o

aproveitamento do N dos resíduos vegetais (CASTOLDI et al., 2012).

As coberturas vegetais podem ser uma opção para suprir o N no solo, ao invés

de usar o N mineral. Entre as espécies utilizadas, destacam-se as pertencentes à família

fabaceae. Com menor relação C/N comparativamente às poáceas e sua capacidade de

fixação simbiótica do N2. As fabáceas aumentam a disponibilidade de N no solo, a

absorção de N pelas plantas e a produtividade de milho, podendo contribuir na redução

de aplicação de N mineral. As poáceas contribuem na manutenção de níveis maiores de

matéria orgânica no solo, comparadas às fabáceas, devido a sua alta relação C/N e ao

alto teor de lignina na sua composição, formando húmus de maior estabilidade; porém,

podem apresentar problemas em relação à disponibilidade de N (KAPPES et al., 2012).

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3.2. BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO

Existe grande interesse em práticas alternativas que visem a redução na

aplicação e aumento de eficiência na utilização de insumos nas áreas de produção

agrícola. Dentre os processos biológicos que ocorrem na natureza, a fixação biológica

do nitrogênio atmosférico é realizada por um grupo restrito de bactérias, denominadas

diazotróficas. Dentre estas, as do gênero Azospirillum, principalmente a espécie

Azospirillum brasilense, tem sido usada como inoculante em diversas culturas, tais

como: cereais, algodão, cana-de-açúcar, café, braquiárias e outras (REIS, 2007).

Atualmente o Azospirillum brasilenseé comercializado para a cultura do milho,

trigo e arroz (HUNGRIA, 2011). Com respostas benéficas da interação entre

Azospirillum em plantas de trigo (HUNGRIA et al., 2011), milho (QUADROS, 2009),

milheto (BOUTON; ALBRECHT; ZUBERER, 1985), Brachiaria brizantha cv.

Marandu (OLIVEIRA; OLIVEIRA; BARIONI JUNIOR, 2007) e arroz (PEDRAZA et

al., 2009; REICHEMBACK et al., 2011; HAHN et al., 2011). A diversidade de

associação entre espécies e bactéria sugere que não há especificidade, mas sim estirpes

para cada cultura específica.

As bactérias da espécie Azospirillum brasilense são bactérias fixadoras de

nitrogênio. Essas bactérias são de vida livre, sintetizam hormônios vegetais como

citocininas, giberelinas, e auxinas, contribuindo para um maior crescimento de plantas,

maior volume de raízes (A GRANJA, 2013) e controle de patógenos pela produção de

antibiose, sideróforos, além de estimular um mecanismo de resistência à planta, e a

produção de enzimas que podem destruir células bacterianas (WHIPPS, 2011).

Esses microorganismos são capazes de romper a tripla ligação existente na

molécula de nitrogênio atmosférico, transformando este em amônia através da enzima

nitrogenase (BERGAMASCHI, 2006).

Porém, essa fixação biológica do N não supre toda a necessidade da planta e as

bactérias fixadoras podem sofrer influência de temperatura, umidade, oxigênio e

apresentar respostas distintas de acordo com cada híbrido de milho (A GRANJA, 2013).

Os produtos líquidos contendo Azospirillum brasilense podem ser aplicados via

semente ou pulverização. No caso da aplicação via semente, o produto deve ser inserido

após o tratamento das sementes com fungicida, inseticidas e micronutrientes,

considerando que a temperaturas superiores a 35°C, as bactérias ficam mais sensíveis e

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a semeadura deve ser realizada em no máximo 24 horas após o tratamento. No caso da

aplicação ser via pulverização, a aplicação deve ser feita entre os estádios V4 e V8, com

o dobro da quantidade utilizada via semente na cultura do milho (A GRANJA, 2013).

Também pode ser encontrado no mercado produtos turfosos que são utilizados

para inoculação de sementes, geralmente adicionando substâncias açucaradas para se ter

melhor adesão do produto à semente (HUNGRIA, 2011).

De acordo com Steffens (2010), experimentos com inoculação a campo

revelaram que o gênero Azospirillum sp., além da fixação biológica do nitrogênio,

promove ganhos em rendimento e no aumento da superfície da absorção das raízes da

planta. Isso ocorre porque a inoculação modifica a morfologia do sistema radicular,

alterando o número de radicelas e o diâmetro médio das raízes laterais.

A adubação nitrogenada na cultura do milho constitui importante fração do

custo produtivo. Portanto, a fixação biológica de nitrogênio é crucial para o

fornecimento de nitrogênio a está cultura, minimizando o seu custo de produção além

de, minimizar o impacto ambiental provocado pelo uso de fertilizantes químicos

nitrogenados (ROBERTO; SILVA; LOBATO, 2010).

Assim, a utilização de bactérias fixadoras de nitrogênio é de uso recente para as

culturas monocotiledôneas. Desta forma, objetiva-se a realização de estudos para

identificar se realmente ocorre a fixação nitrogenada, de tal forma que se possa reduzir a

aplicação de fertilizantes nitrogenados, e resulte aumento na produtividade, redução de

custos no plantio, bem como menor impacto ao meio ambiente pela redução da

contaminação do lençol freático pela lixiviação de compostos nitrogenados

(ROBERTO; SILVA; LOBATO, 2010).

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4. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado no município de Selvíria (MS), em área

experimental da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual

Paulista (20º 20’ 53” S e 51º 24’ 02” W), com altitude de 335 m. O solo local é do tipo

Latossolo Vermelho distrófico álico e de textura argilosa (EMBRAPA, 2006). O clima

da região, segundo classificação de Koppen, é do tipo Aw, com precipitação pluvial

média anual de 1.330 mm, temperatura média anual de 25 °C e umidade relativa do ar

média anual de 66% (CENTURION, 1982).

O projeto foi composto por 12 tratamentos, os quais consistiram da

combinação dos fatores: cobertura vegetal e formas de inoculação com Azospirillum

brasilense. As coberturas vegetais são: Crotalária spectabilis, Urochloa ruziziensis e o

consórcio entre as duas. As formas de inoculação com Azospirillum brasilense foram:

via semente, via pulverização foliar, via semente + pulverização foliar e ausência de

inoculação. A inoculação via pulverização foi realizada no estádio V4 da cultura do

milho.

O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial

3 x 4 com quatro repetições. Cada parcela foi constituída por 07 linhas de 6 m de

comprimento espaçadas 0,45 m entre si. A área útil foi constituída de cinco linhas

centrais de cinco metros de comprimento, considerando as linhas laterais como

bordadura.

O projeto de pesquisa foi conduzido durante o ano agrícola 2013/14. No

período de verão de 2008/09, 2009/10 e 2010/11 a área foi cultivada com milho e

2011/12 com arroz (Tabela 1). No inverno de 2008/09 a área ficou em pousio e nos anos

agrícolas 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13 foi cultivada com milheto e crotalária

para a rotação de culturas e produção de palha no SPD, permanecendo por quatro anos

agrícolas no mesmo local de cultivo.

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Tabela 1. Histórico da área experimental durante os anos agrícolas 2008/09, 2009/10,

2010/11, 2011/12, 2012/13 e 2013/2014. Selvíria, MS, Brasil, 2014.

Ano AgrícolaEstação

Primavera Verão Inverno2008/09 Pousio Milho Pousio2009/10 Milheto / Crotalária Milho Pousio2010/11 Milheto / Crotalária Milho Pousio2011/12 Milheto / Crotalária Arroz Feijão2012/13 Milheto / Crotalária Arroz Feijão

2013/14 (Projeto) Soja Urochloa/Crotalária Milho (Projeto)

A área foi ocupada com soja de outubro de 2013 até janeiro de 2014. As plantas

de cobertura (Crotalaria spectabilis e Urochloa ruziziensis) foram semeadas no dia 06

de fevereiro de 2014. A dessecação das coberturas vegetais foi realizada no dia 01 de

abril de 2014. O manejo no SPD foi restrito somente a passagem do rolo faca sobre a

palhada da cobertura vegetal.

Foi utilizado o híbrido DKB 390 PRO 2D, as sementes foram tratadas pela

empresa produtora das sementes com 0,2 ml de deltametrina, 0,8 ml de pirimifós-

metilico, 3,75 ml de fludioxonil, 1,5 ml de metalaxil-M, 0,14 de polioxietileno aquil

fenol éter para cada 100 kg de semente. A semeadura foi realizada no dia 25 de abril de

2014. Em parte das sementes (tratamento com inoculação) foi realizada a inoculação

com Azospirillum brasilense na dose de 100 ml de inoculante para cada 10 kg de

semente, e logo após se realizou a semeadura em solo com boa umidade.

A adubação da cultura foi realizada com 250 kg ha-1 da fórmula 08-28-16,

calculada de acordo com as características químicas do solo, levando em consideração

as recomendações de Cantarella e Furlani (1997). O manejo fitossanitário e o controle

de plantas daninhas foram realizados com produtos específicos e registrados para a

cultura.

A aplicação via foliar do Azospirillum brasilense foi realizada no dia 17 de

maio de 2014, aos 17 dias após emergência (DAE), quando o milho se encontrava no

estádio V4, a aplicação foi realizada no final da tarde, proporcionando melhores

condições para a bactéria.

A adubação de cobertura foi realizada no dia 20 de maio de 2014 (20 DAE) na

dose de 50 kg ha-1, utilizando o sulfato de amônio como fonte.

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Durante o desenvolvimento das espigas, para evitar o ataque por pássaros,

houve a necessidade de cobrí-las com sacos impermeáveis. O recobrimento das espigas

foi realizado aos 93 DAE.

A colheita foi realizada manualmente aos 139 DAE no dia 16 de setembro de

2014.

Foram realizadas as seguintes avaliações na cultura do milho:

- População inicial de plantas:

A população inicial foi determinada no início do desenvolvimento da cultura,

mediante a contagem das plantas presentes na área útil das parcelas. Os valores obtidos

foram extrapolados em plantas ha-1.

- Massa seca das plantas:

Por ocasião do florescimento pleno das plantas, foram coletadas 5 plantas em

local pré-determinado na área útil de cada parcela, em seguida foram levadas ao

laboratório onde foram acondicionadas em sacos de papel devidamente identificados e

colocados em estufa de ventilação forçada à temperatura média de 60 a 70ºC, até atingir

massa constante.

- Teor de N nas folhas:

Por ocasião do florescimento feminino, foi retirado o terço central do limbo da

folha abaixo e oposta à espiga (MALAVOLTA, 2006) em 5 plantas por parcela. Após

secagem em estufa com circulação forçada de ar 60-70ºC, por 72 horas, foram moídas

em moinho tipo Wiley e em seguida submetida à digestão sulfúrica, conforme

metodologia proposta por Malavolta et al. (1997).

- População final de plantas:

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A população final de plantas foi determinada no momento da colheita das

espigas da cultura, mediante a contagem das plantas presentes na área útil das parcelas.

Os valores obtidos foram extrapolados em plantas ha-1.

- Altura de planta:

A determinação da altura média de planta foi realizada quando 50% das plantas

apresentarem espigas com grãos pastosos (RITCHIE; HANWAY; BENSON, 2003). Foi

obtida pela medição do comprimento do colmo (distância entre a superfície do solo e a

base da folha ―bandeira) com auxílio de régua graduada.

- Altura de inserção de espiga:

A altura média de inserção de espiga foi obtida pela distância entre a superfície

do solo e o ponto de inserção da espiga principal com o colmo, com auxílio de régua

graduada. Esta avaliação foi realizada quando a maioria das plantas apresentavam

espigas com grãos pastosos (RITCHIE; HANWAY; BENSON, 2003), considerando as

mesmas plantas utilizadas na determinação da altura média de planta, com os resultados

expressos em centímetros.

- Diâmetro de colmo:

Foi considerado o diâmetro do segundo internódio a partir da base da planta, o

qual foi mensurado pelo uso de paquímetro digital, modelo CD-6 CSX-B (Mitutoyo Sul

Americana®), com os resultados expressos em milímetros. Foram consideradas as

mesmas plantas utilizadas na obtenção da altura média de planta e de inserção de

espiga.

-Massa de cem grãos (g):

Na ocasião da colheita após a trilha das parcelas colhidas foi quantificado o

valor da massa de cem grãos com umidade corrigida para 13% de base úmida.

- Produtividade (kg ha-1):

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As espigas foram retiradas das plantas da área útil de cada parcela e colocadas

para secagem à pleno sol. Após a secagem, as mesmas foram submetidas à trilha

mecânica, foi determinada a massa dos grãos e os dados foram transformados em kg ha -

1 (umidade de 13% base úmida).

Os resultados obtidos nas avaliações foram submetidos ao teste F da análise de

variância. Ao apresentar resultado significativo pelo teste F, foi realizada a comparação

de médias pelo teste de Tukey para as coberturas vegetais e formas de inoculação com

Azospirillum brasilense. O programa estatístico utilizado foi o Sisvar (FERREIRA,

2008).

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

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A emergência das plântulas de milho ocorreu no dia 30 de abril de 2014, aos 5

dias após a semeadura (DAS). Já a floração ocorreu aos 146 DAS, no dia 7 de julho de

2014.

Tabela 2. Valores médios de população inicial (PI), massa seca das plantas (MSP) e

teor de nitrogênio foliar (TN) em função da cobertura vegetal e inoculação

de sementes com Azospirillum brasilense no milho de segunda época.

Selvíria, MS, Brasil, 2013/14.

Tratamentos PIplantas ha-1

MSP g planta-1

TNg kg-1

Cobertura vegetal (C)Urochloa ruziziensis 59.714 92 28,9Crotalaria spectabilis 62.679 96 23,5

Consórcio 59.323 90 26,9

Inoculação (I)

Ausência 62.795 92 19,9

Semente (S) 59.400 95 29,7

Foliar (F) 65.631 88 26,1

S + F 54.462 96 30,0

C 0,43ns 0,69ns 1,43ns

Teste F I 2,22ns 0,71ns 3,16ns

C x I 0,17ns 1,77ns 0,79ns

DMS (5%) C - - -

I - - -

Média geral 60.572 93 26,4

CV (%) 18,46 15 30,2

ns – não significativo; DMS – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey; CV –

coeficiente de variação.

Analisando a Tabela 2, é possível observar que a população inicial de plantas

não foi influenciada pelas coberturas vegetais. Pode-se notar também que não houve

diferença estatística na população inicial pelos diferentes tipos de inoculação, assim

como Francisco et al. (2012) que da mesma forma não constataram diferença na

população inicial no tratamento em que as sementes de milho foram inoculadas com

Azospirillum brasilense.

Do mesmo modo não foi possível notar diferença significativa entre os

tratamentos na matéria seca de plantas pelas coberturas vegetais. Pelá et al. (2010) da

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mesma forma também não notaram essa influência, obtendo valor inferior para

Crotalaria spectabilis (5.197 kg ha-1) e um valor superior para Urochloa decumbens

(6.383kg ha-1). De acordo com Alvarenga et al. (2001), para uma boa cobertura do solo,

são necessários aproximadamente 6.000 kg ha-1 de matéria seca, mostrando assim que as

espécies foram eficientes em termos de matéria seca produzida.

As distintas formas de inoculação não influenciaram significativamente na

matéria seca, ao contrário de Portugal et al. (2013) em que o tratamento com a

inoculação via foliar influenciou de forma negativa, onde a presença da bactéria

diminuiu o acúmulo de matéria seca nas plantas.

No teor de N foliar também não houve diferença entre os tratamentos. Já

Francisco et al. (2012) observaram que com a inoculação via foliar da bactéria

Azospirillum brasilense houve um aumento no teor do nutriente na planta. Da mesma

forma Portugal et al. (2012) verificaram aumento no teor de N na planta na presença da

bactéria. O aumento no teor do nutriente pode ter ocorrido devido a fixação biológica de

N, como também pode ser resultado do aumento do volume no sistema radicular que as

bactérias provocam na planta, isso permite que a planta explore um maior volume de

solo e, consequentemente, aumente os teores de N nas folhas.

Mesmo a diferença estatística não sendo significativa, pode-se observar o

incremento de 1,1% no teor de N foliar para o tratamento com inoculação na semente e

2,1% no tratamento em que a inoculação foi feita via semente e foliar comparado com a

testemunha em que não houve inoculação com Azospirillum brasilense. Isso indica que

pode ter ocorrido contribuição da bactéria na fixação biológica de nitrogênio ou através

da produção de hormônios (RAO; CHARYULU, 2005) pela bactéria que pode ter

auxiliado a planta na absorção de outros nutrientes do solo.

Tabela 3. Valores médios de população final de plantas (PF), altura de plantas de milho

(AP) e altura de inserção da primeira espiga (AIE) em função da cobertura

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vegetal e inoculação de sementes com Azospirillum brasilense no milho de

segunda época. Selvíria, MS, Brasil, 2013/14.

Tratamentos PFplantas ha-1

AP cm

AIEcm

Cobertura vegetal (C)Urochloa ruziziensis 54.860 189 103Crotalaria spectabilis 53.934 193 106

Consórcio 51.966 189 102

Inoculação (I)

Ausência 52.622 193 105

Semente (S) 53.084 188 102

Foliar (F) 54.320 194 108

S + F 54.320 187 101

C 0,41ns 1,40ns 1,87ns

Teste F I 0,11ns 2,30ns 2,70ns

C x I 0,36ns 0,46ns 0,47ns

DMS (5%) C - - -

I - - -

Média geral 53.586 190 104

CV (%) 17,16 4,44 6,12

ns – não significativo; DMS – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey; CV –

coeficiente de variação.

Como pode ser observado na Tabela 3, os valores médios de população final de

plantas não apresentaram significância, apesar de que em relação ao consórcio os

resultados do milho de segundo época semeado sobre a Urochloa ruziziensis e a

Crotalaria spectabilis apresentaram incremento de 5,57% e 3,79%, respectivamente. Da

mesma forma Muraishi et al. (2005) analisando o manejo de espécies vegetais de

cobertura de solo e produtividade do milho e da soja em semeadura direta, não

observaram diferença estatística nos diferentes tratamentos, de acordo com o trabalho

isso demonstra a uniformidade de distribuição das plantas na área experimental e obteve

valores médios ao redor de 57.000 plantas/ha, um pouco acima do que foi obtido neste

trabalho.

Em relação às formas de inoculação também não foi observado diferença entre

os tratamentos. Entretanto, as plantas de milho cultivadas no tratamento onde não foi

aplicado o Azospirillum brasilense mostraram menor média de população final de

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plantas, quando comparado aos demais tratamentos. Portugal et al. (2012) obtiveram

valores significativos, mostrando que a inoculação via foliar com a bactéria

Azospirillum brasilense proporcionou maior população final de plantas. Já Novakowiski

et al. (2011) constataram que a população de milho foi inferior quando se realizou a

inoculação.

A altura de plantas também não mostrou valores significativos em relação as

coberturas vegetais, porém a crotalária proporcionou um aumento de 2,12% na altura

das plantas quando comparada aos demais tratamentos. Já Kappes et al. (2012)

verificaram que sem a aplicação de N em cobertura, o cultivo de crotalária e o consórcio

(crotalária + milheto) apresentou maior valor na altura de plantas. Da mesma forma

Coelho (2014) observou que as coberturas vegetais não influenciaram a altura de plantas

do milho. Barassi et al. (2008) relataram a melhoria das respostas fisiológicas induzidas

por Azospirillum brasilense em parâmetros fotossintéticos das folhas, incluindo o teor

de clorofila e condutância estomática, maior teor de prolina na parte aérea e raízes,

melhoria no potencial hídrico, incremento no teor de água do apoplasto, maior

elasticidade da parede celular, maior produção de biomassa e maior altura de plantas.

Em relação o altura de inserção da primeira espiga também não houve

diferença significativa entre os tratamentos. Porém Kappes, Arf e Andrade (2013b)

verificaram que na utilização do consórcio milheto + crotalária e da crotalária isolada,

antecedendo a cultura do milho foram obtidas plantas com maior altura de inserção da

primeira espiga. No trabalho apresentado por Coelho (2014) as plantas de cobertura

também não influenciaram a altura de inserção da primeira espiga.

Para as diferentes formas de inoculação não foram observadas diferenças entre

os tratamentos. Segundo Kappes et al. (2013a) a inoculação das sementes de milho com

a bactéria Azospirillum brasilense proporcionou maior altura de inserção da primeira

espiga, este fato pode ser relacionado à produção de substâncias promotoras de

crescimento pelas bactérias. Bashan e Holguin (1997) relataram que fitormônios,

principalmente o ácido indol-acético (AIA), excretados por Azospirillum desempenham

papel essencial na promoção do crescimento de plantas em geral.

De acordo com Possamai et al. (2001) a altura de plantas e altura de inserção

da primeira espiga maiores favorecem a colheita mecanizada e que essas duas variáveis

influenciam a pureza dos grãos e as perdas na colheita mecanizada.

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Tabela 4. Valores médios de diâmetro do colmo (DC), massa de 100 grãos (MC) e

produtividade (PR) em função da cobertura vegetal e inoculação de

sementes com Azospirillum brasilense no milho de segunda época. Selvíria,

MS, Brasil, 2013/14.

Tratamentos DCmm

MCg

PRkg ha-1

Cobertura vegetal (C)Urochloa ruziziensis 21,24 27,20 3.710Crotalaria spectabilis 21,15 24,69 3.848

Consórcio 20,49 25,88 3.634

Inoculação (I)

Ausência 20,82 25,93 3.654

Semente (S) 20,95 26,80 3.782

Foliar (F) 20,71 24,88 3.450

S + F 21,35 26,09 4.034

C 1,65ns 1,27ns 0,44ns

Teste F I 0,58ns 0,38ns 1,67ns

C x I 1,03ns 1,37ns 0,17ns

DMS (5%) C - - -

I - - -

Média geral 20,96 25,93 3.730

CV (%) 6,07 17,24 17,58

ns – não significativo; DMS – diferença mínima significativa pelo teste de Tukey; CV –

coeficiente de variação.

Como pode ser observado na Tabela 4, os valores médios de diâmetro do

colmo, massa de 100 grãos e produtividade não apresentaram valores significativos em

relação aos tratamentos.

Analisando os valores obtidos de diâmetro do colmo, com relação às coberturas

vegetais, pode-se ver que não houve diferença, contudo o tratamento que estava em

consórcio obteve um valor menor aos demais tratamentos. Venegas e Scudeler (2012) da

mesma forma afirmam que as diferentes coberturas vegetais não influenciaram o

diâmetro do colmo avaliando diferentes culturas antecessoras ao milho. Fancelli e

Dourado Neto (2000), citados por Cruz et al. (2008), destacam que o colmo atua

também como estrutura de armazenamento de sólidos solúveis que serão utilizados

posteriormente na formação dos grãos. Da mesma maneira, nos tratamentos com os

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diferentes modos de inoculação com Azospirillum brasilense não houve diferença

significativa, porém o tratamento em que foi realizada a inoculação na semente e via

foliar apresentou um incremento de 2,54% em relação ao tratamento em que não houve

nenhum tipo de inoculação. No trabalho realizado por Francisco et al. (2012) também

não houve diferença para essa característica nos tratamentos feitos com e sem

inoculação na semente e sem adubação nitrogenada, e com inoculação na semente +

doses de nitrogênio. Essa característica pode influenciar a produtividade, uma vez que o

maior diâmetro do colmo pode promover maior armazenamento de fotoassimilados,

aumentando o enchimento dos grãos (Kappes et al., 2011).

Os resultados obtidos da massa de 100 grãos pelas plantas de cobertura da

mesma forma não mostraram diferença significativa, mesmo assim a Urochloa

ruziziensis obteve o maior valor com uma média de 27,20 g, o que significa um

acréscimo de massa em relação a crotalária e ao consórcio de 10,2% e

5,2%,respectivamente. Da mesma forma Cazzeta et al. (2005) observaram que não

houve efeitos significativos das coberturas vegetais na massa de 100 grãos. Fabian

(2009) também não verificou diferenças significativas entre as coberturas vegetais, e

destacou que ocorreram decréscimos neste parâmetro nas safras seguintes,

principalmente sobre as gramíneas (braquiária e milheto), mesmo ocorrendo a rotação

com a soja no verão.

As formas de inoculação não apresentaram diferença estatística na massa de

100 grãos. Müller et al. (2012) também não obtiveram diferença da massa de grãos entre

os tratamentos feitos com doses de inoculação com A. brasilense via semente. Também

Carreira et al. (2012) não verificaram diferença nessa característica quando inoculado e

não inoculado com a bactéria na semente. Em relação à inoculação via foliar, o trabalho

realizado por Portugal et al. (2012) não houve diferença para a massa de grãos na

inoculação foliar e sem inoculação, em outro trabalho observou maior massa de grãos

quando o milho foi inoculado com A. brasilense e com adubação nitrogenada na dose de

57 kg ha-1 (PORTUGAL et al., 2014).

Assim como nas outras avaliações a produtividade não demonstrou valores que

deferem estatisticamente. Mesmo a diferença entre os tratamentos não sendo

significativa dentre as coberturas vegetais a crotalária foi a que mostrou o maior valor

de produtividade. De acordo com Muraishi et al. (2005) em relação as coberturas

vegetais, verificaram que a produtividade do milho foi maior quando as culturas de

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cobertura foram manejadas mecanicamente, por outro lado, esse sistema proporciona a

desintegração do material vegetal, acelerando a decomposição.

Dentre as diferentes formas de inoculação também não se obteve diferença

significativa, porém o tratamento em que foi realizada a inoculação via foliar e na

semente mostrou uma média superior às demais, sendo que houve um acréscimo de

10,4% em relação ao tratamento onde não foi feito nenhum tipo de inoculação. Portugal

et al. (2012), obtiveram resultados diferentes relatando que a inoculação via foliar

proporcionou um incremento na produtividade de 868 kg ha-1, isso significou um

aumento de 14,75%. A inoculação via foliar do Azospirillum brasilense proporciona

maior produtividade devido à fixação biológica de N, indicada pelo aumento no teor de

N foliar, também pela promoção do maior crescimento do sistema radicular, fazendo

com que as raízes explorassem maior volume de solo, aumentando a absorção de

nutrientes e de água (PORTUGAL et al., 2012).

6. CONCLUSÃO

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De acordo com os resultados obtidos neste trabalho pode-se concluir que os

componentes de produção e a produtividade do milho na segunda época de cultivo não

foram influenciados pelas coberturas vegetais utilizadas anteriormente e nem pelas

diferentes formas de inoculação com Azospirillum brasilense.

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7. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS

A principal dificuldade encontrada foi com relação ao ataque de pássaros. Foi

necessário cobrir as espigas de milho na área útil das parcelas com sacos impermeáveis

para prevenir danos, os sacos foram retirados durante a colheita do milho. Também

houve um período de estiagem prolongado que proporcionou algumas dificuldades. No

estabelecimento da cultura e na análise dos resultados não foram encontradas

dificuldades.

8. RELATÓRIO PRÁTICO

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Por que cultivar a crotalária anteriormente ao milho?

A crotalária é uma planta que disponibiliza nitrogênio para as culturas

cultivadas em sucessão, além de contribuir para redução de pragas e doenças que podem

reduzir a produtividade de culturas gramíneas de importância econômica. Porém o

cultivo da crotalária anteriormente a cultura do milho, objetivando o aumento da

produtividade, deverá ser realizado após uma análise de custo, pois as sementes de

crotalária são caras e podem onerar o custo de produção do milho

Devo inocular as sementes de milho com Azospirillum brasilense ?

A inoculação de sementes com bactérias nas culturas do trigo, arroz e milho

(gramíneas) ainda esta em estudo e necessitam de mais pesquisas para garantir a

recomendação precisa para os produtores. Diferente da cultura da soja e feijão, que

apresentam resultados já garantidos pela pesquisa há vários anos.

9. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS

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As compensações prometidas, como: gerar informações técnicas para o cultivo

de milho de segunda época no sistema plantio direto; considerando os fatores avaliados

no presente trabalho, foram divulgados pelo relatório final apresentados para à Agrisus.

Nesse relatório, as conclusões referentes às diferentes formas de inoculação com

Azospirillum brasilense e o cultivo do milho em sucessão a Crotalaria spectabilis, a

Urochloa ruziziensis e ao consórcio não mostrando influência na produtividade do

milho de segunda época.

10. DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO

AGRISUS (mencionar outras fontes de financiamento de forma comparativa).

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Os recursos provenientes da Fundação Agrisus foram utilizados para

pagamento da bolsa ao aluno durante o período de desenvolvimento da Pesquisa. Os

recursos para aquisição de insumos necessários foram atendidos pela Fazenda de Ensino

e Pesquisa da UNESP – Ilha Solteira e por outros projetos financiados.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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12. ANEXOS

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Figura 1- Semeadura das plantas de coberturas (06/02/2014) e desenvolvimento da

Crotalaria spectabilis (08/03/2014).

Figura 2- Milho híbrido com sementes tratadas e semeadura do milho no sistema

plantio direto.

Figura 3- Emergência das plântulas de milho e o desenvolvimento inicial da cultura no

SPD.

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Figura 4- Adubação em cobertura realizada no milho utilizando sulfato de amônio.

Figura 5- Milho aos 35 DAE (04/6/2014) e aos 117 DAE (25/08/2014).

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Figura 6- Estádio de embonecamento e início da polinização do milho.

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Figura 7- Espiga atacada por maritacas e ensacamento das espigas para prevenir danos

à cultura nas plantas da área útil das parcelas.