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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
JOANA MARIZA DA SILVA CARNEIRO O CONSELHO DE CLASSE E A GESTÃO DEMOCRÁTICA: PERSPECTIVAS DOS
DOCENTES, DISCENTES E FAMILIARES
PONTA GROSSA 2012
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
JOANA MARIZA DA SILVA CARNEIRO O CONSELHO DE CLASSE E A GESTÃO DEMOCRÁTICA: PERSPECTIVAS DOS
DOCENTES, DISCENTES E FAMILIARES
Artigo Final apresentado como exigência para conclusão de curso ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Universidade Estadual de Ponta Grossa. Orientadora: Profª. Ms. Carla Christina Imenes de Morais.
PONTA GROSSA 2012
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O CONSELHO DE CLASSE E A GESTÃO DEMOCRÁTICA: PERSPECTIVAS DOS
DOCENTES, DISCENTES E FAMILIARES
Autor: Joana Mariza da Silva Carneiro1
Orientadora: Carla Christina Imenes de Morais2
Resumo
O foco de reflexão deste artigo é o Conselho de Classe enquanto espaço de participação coletiva, de análise sobre o desempenho acadêmico do aluno, da metodologia aplicada pelos professores e da organização do trabalho pedagógico da escola. O Conselho de Classe Participativo torna-se possível na medida em que os elementos que o compõem sejam capacitados pela escola e se apoderem conscientemente de seu papel como membro deste conselho, colocando-o a serviço dos propósitos da educação de qualidade para todos. O trabalho que aqui se apresenta tem como objetivo principal refletir sobre práticas didático-pedagógicas em relação à ação do Conselho de Classe numa escola específica e articular alunos, pais e professores neste momento avaliativo favorecendo a integração da comunidade escolar. O público desta intervenção foram pais, professores e alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública de Santana do Itararé, no Estado do Paraná. No decorrer da implementação surgiram algumas indagações e considerações que estão expostas ao longo do texto de maneira a demonstrar os contextos das análises, as resistências que existiram e as rupturas necessárias para avançar no caminho de construção de um Conselho de Classe mais democrático e participativo.
Palavras-chave: Gestão democrática; participação; Conselho de Classe.
Abstract
The focus of this paper is to reflect the Class Council as an area of collective participation, analysis of the student's educational performance, the methodology applied by the teachers and the organization of educational work of the school. The Board of Class Participatory becomes possible insofar as the elements that compose it are qualified by the school and consciously take hold of his role as a member of this board, placing it in the service of the purposes of quality education for all. The work presented here aims to reflect on the main didactic and pedagogical practices in relation to Council action on a specific school class and articulate students, parents 1 Professora Pedagoga, PDE 2010 – 2012, lotada no Colégio Estadual do Campo Humberto de
Alencar Castelo Branco – EFM. 2 Professora Mestra Carla Christina Imenes de Morais, Universidade Estadual de Ponta Grossa.
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and teachers at this time evaluative favoring the integration of the school community. Audiences were parents, teachers and elementary school students in a public school in the Itararé Santana, State of Parana. During the implementation there have been some questions and considerations that are exposed throughout the text so as to show the context of the analysis, the resistance that existed and the breaks needed to advance in the way of construction of a Class Council more democratic and participatory. Keywords: democratic management, participation, Class Counsel.
1 Introdução
O Conselho de Classe é o período em que direção, equipe pedagógica,
professores e alunos têm oportunidade de juntos pensarem e repensarem a
identidade da escola, uma vez que este Conselho é um espaço propício e
inigualável para avaliar o processo ensino-aprendizagem. “O Conselho de Classe
deveria ser o momento mais importante na rotina de qualquer escola.”
Buzo,(PDE.2008,p.7). Na medida em que seus participantes tenham consciência de
que são responsáveis pela melhoria da qualidade de ensino, buscam ações
compartilhadas, captando ao máximo os recursos que a escola dispõe (físicos,
humanos, materiais e financeiro), unindo a energia de todos para ser cumpridora de
seus objetivos éticos e sociais.
Este artigo apresenta reflexões acerca do papel que desempenha o Conselho
de Classe no cotidiano escolar, respaldado numa concepção democrática.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político
Pedagógico (PPP) e no Regimento Escolar; é composto pelos professores, equipe
pedagógica, direção, representantes de pais e alunos que se reúnem com intuito de
avaliar o processo de ensino-aprendizagem, visando sua melhoria. (PARANÁ, 2010,
p.25).
A reunião do Conselho é uma parada estratégica em que os segmentos
envolvidos com o ensino se reúnem, bimestralmente ou trimestralmente, conforme o
PPP de cada escola, para analisar os avanços e dificuldades de cada turma, o
desempenho individual do aluno, a função da avaliação no âmbito institucional, a
metodologia do professor e ações dos sujeitos pós-conselho de classe.
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Representando, portanto, um momento especial na promoção e fortalecimento de
discussões dialógicas, reflexivas e participativas.
Ao definir o Conselho de Classe como objeto de estudo pretende-se inserir
nesta etapa avaliativa os pais e os alunos como parte deste processo.
Assim a participação de todos os envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem, nas decisões no interior da escola, “configura-se a materialização da
gestão democrática e estimula a formação de sujeitos críticos, participativos e
comprometidos com a educação”, como afirma (GODINHO & CZERNISZ PDE,
2008, p.5).
A partilha de experiências e de concepções que ocorrem durante o Conselho
de Classe ganha novas perspectivas: a do pai e a do aluno enriquecendo os debates
nas questões da prática de ensino-aprendizagem, auxiliando significativamente, no
desenvolvimento do processo e na formação cidadã da comunidade escolar. A
implementação deste projeto de intervenção transcorreu durante o ano letivo de
2011 e teve como objetivo principal promover o Conselho de Classe como espaço
de participação coletiva e de reflexão do trabalho docente no Colégio Estadual do
Campo Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental e Médio.
As questões investigadas foram: Qual a visão dos alunos e pais com relação
ao Conselho de classe? Os pais conhecem o sistema de avaliação da escola? Os
critérios avaliativos são claros para os alunos? Os pais acompanham as atividades
escolares de seus filhos? As ações tomadas pelo Conselho de Classe são aplicadas
na sala de aula? Como o Conselho de Classe se articula ao PPP? Os pais e alunos
participam da reestruturação do PPP? Na discussão do Conselho de Classe, os
objetivos, os conteúdos e procedimentos metodológicos são avaliados? De que
forma?
A intervenção teve seu início na Semana Pedagógica/2011, durante a
formação continuada que é realizada no início de cada ano letivo, com a
participação da direção, equipe pedagógica, docentes e demais funcionários da
escola.
Este artigo organiza-se com um aparato teórico sobre a Gestão Democrática
e Conselho de Classe Participativo, centrando a pesquisa e a análise nas atividades
do Conselho como instrumento avaliativo do aluno, do professor e da instituição.
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2 O Conselho de Classe numa perspectiva democrática e avaliativa
A escola brasileira vem se tornando cada vez mais complexa e se diversifica,
postulando a presença mais consciente de seus sujeitos e de pessoas nela
interessada. Isso implica um novo olhar na estrutura de poder da escola, onde
aparecem as figuras dos Conselhos como mecanismos que garantam a
democratização. A gestão democrática é conquista social referendada na legislação
atual. Veiga (2005, p.17) coloca que “a gestão democrática é um princípio
consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógica,
administrativa e financeira”.
A LDB em seu Art. 3º determina a obrigatoriedade da gestão democrática na
escola pública. Uma das vias para estabelecer este processo é a instituição dos
conselhos. Outra perspectiva importante no fortalecimento deste modelo de gestão é
o PPP.
Podemos caracterizar o PPP como “um movimento de luta pela
democratização da escola que, para isso, necessita enfrentar o desafio da educação
emancipatória tanto nas formas de organizar o processo de trabalho pedagógico,
como repensar as estruturas de poder” (VEIGA, 2003a, p.276-277).
A elaboração do PPP é um processo de vivência democrática e representa
como nos diz Libâneo (2005, p.357-359) uma “expressão das aspirações e
interesses do grupo” fruto das decisões coletivas.
Sendo assim, o processo democrático se realiza e se sustenta mediante a
ação educativa orientada para a participação dos sujeitos comprometidos com a
escola e com a educação, lembramos que a democracia na escola se fundamenta,
sobretudo, na socialização do conhecimento. Desta forma, aproximar os pais e
alunos para a convivência democrática irá potencializar o compromisso com a
valorização da educação e da promoção da cidadania.
A existência do Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil justificam-se
por estar a serviço das finalidades maiores da educação e de cooperar, com zelo,
pelo ensino e com a aprendizagem do aluno. Assim “a busca da gestão democrática
inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes
segmentos da escola nas decisões/ações administrativas pedagógicas ali
desenvolvidas”. (VEIGA, 2005, p.18).
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A participação de todos permite superar a limitação, a fragmentação e
descontextualização das ações, fortalece o trabalho em equipe com uma real
mobilização dos segmentos e inicia um feedback a respeito do processo educativo
ofertado na escola sob a mediação da equipe gestora.
A criação e a legitimação dos Conselhos, dentre eles, o Conselho de Classe,
possibilita que o poder de decisão e ação na escola seja compartilhado e
experimentado por todos os integrantes da escola e que estes compreendam seu
papel de participantes compromissados com o coletivo.
Para isso a escola precisa fazer uma articulação com grêmio estudantil,
conselho escolar, APMF e conselho de classe, no espaço escolar, buscando a
instrução e formação dos cidadãos.
Sendo assim:
Os mecanismos de participação são resultados da mobilização e do envolvimento de todos no partilhamento do poder e no compromisso com o aprendizado político desse processo que se efetiva no exercício de construção cotidiana de várias formas de participação. (BRASIL, 2005, p. 47-48):
A democratização se dá no momento em que as pessoas conhecem seus
direitos de participação e passam a exercer este poder seja por meio dos Conselhos
ou por outros mecanismos instituídos.
Neste sentido, o Conselho de Classe como gerador de idéia pode se constituir
em um desses espaços, já que possibilita a participação efetiva de todos os sujeitos
diretamente envolvidos no processo pedagógico escolar.
O Conselho de Classe:
[...] são momentos privilegiados para uma reflexão coletiva sobre a prática
escolar, propiciando o fortalecimento do comprometimento com a mudança e com a melhoria do processo do ensino e da aprendizagem. Não são espaços de “acertos de contas”, nem de exportação de preconceitos; ao contrário, busca alternativa, através da visão de conjunto, permitindo outros olhares, a inauguração de outras possibilidades para o enfrentamento das dificuldades (individuais e coletivas) apresentadas. (VASCONCELLOS, 2003, p.70)
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É importante tornar o Conselho de Classe um espaço de participação, de
construção e autonomia, desmistificando a ideia de que o seu o papel é de aprovar e
reprovar alunos, resgatando a compreensão dos universos culturais e o
aprimoramento do ensino- aprendizagem.
Assim, o momento do Conselho de Classe Participativo é para refletir ”como”
acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem, bem como, redefinir
práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar
e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os
alunos a aprendizagem.
Pode-se afirmar que o Conselho de Classe está ligado ao processo de gestão
democrática da escola pelo compromisso coletivo com a melhoria da qualidade da
educação e da escola, por ser uma instância de decisão por meio do diálogo e por
tornar a avaliação um processo transparente em que todos os atores se sentem
responsáveis pela formação do aluno, que é o eixo central das discussões neste
espaço.
A transformação da educação escolar deve ser realizada por sujeitos
reflexivos, de modo que as trocas de ideias desencadeadas no Conselho de Classe
possam fazer com que pais, alunos e professores construam a melhor organização
possível da escola e do seu fazer pedagógico, assim como, tracem caminhos para
atingirem os objetivos e meios de um ensino de qualidade.
Dalben coloca que:
As possibilidades de participação efetiva e entrelaçada, pela análise direta de questões vividas cotidianamente pelos diferentes profissionais na sala de aula e na escola, permitem que se desenvolva o processo educativo de reflexão e discussão coletiva sobre o fazer de toda a escola, permitindo um olhar de conjunto e a percepção da dinâmica de construção do projeto
pedagógico em curso. (DALBEN, 2004, p.32)
Daí a necessidade da equipe gestora trazer o pai e o aluno para participar do
contexto escolar, sem com isso intensificar suas relações de poder, mas sim
mobilizando um espaço democrático e uma pedagogia de estar-junto, sem negar o
valor dos segmentos como membros interessados na convivência democrática.
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É bom salientar que o Conselho de Classe é considerado um dos únicos
momentos de análise coletiva do processo de ensino, em que os professores podem
partilhar suas experiências, angústias e desabafos. Contudo, durante a
implementação do projeto percebemos que alguns professores se sentiram
desconfortáveis, ao perceberem que sua prática podia ser analisada pelos alunos e
pais, alguns chegaram a alegar que estes não tem conhecimento pedagógico para
avaliá-los, visto que desconhecem o Sistema de Avaliação, a Proposta Pedagógica
Curricular, o Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico da escola e os
conhecimentos básicos que norteiam toda prática docente. A postura adotada neste
artigo não busca fazer juízo de valor sobre estes professores, apenas reconhece a
resistência de alguns e supõe que este processo ocorra porque parte dos docentes
está mais acostumada a avaliar do que ser avaliado, isto é, atuar sem que seja
questionada, oficialmente, sua prática pedagógica por alunos e pais. Diante disso,
sentem-se ameaçados e acabam por dificultar a participação destes segmentos no
Conselho de Classe.
Pensando numa versão emancipatória, a escola necessita da participação da
comunidade de forma consciente, co-responsável das decisões, escolhas e
intervenção da realidade, mas para isso é necessário que a escola abra espaço de
participação e formação da comunidade escolar rompendo-se com seus muros.
Engers e Gomes refletem que:
No momento em que outras vozes são escutadas, as relações de poder dentro da instituição escolar são passíveis de reestruturações. Não mais percebendo tal poder como estanque e concentrado nas mãos dos professores, coordenadores e diretores, sujeitos que são escutados, também são parte da escola e assim, dialogam sobre suas percepções a respeito da educação que se tem e da educação que se busca. (ENGERS e GOMES, 2007, p.528).
Cruz (1995) destaca, que “a força do coletivo é muito mais eficiente,
significativa e simbólica do que a força do representante, para provocar as
mudanças”. Contudo, já seria um grande avanço estabelecer representantes
atuantes nos Conselhos de Classe.
A participação de pais e alunos nos Conselhos de Classe amplia o diálogo
com outras visões e experiências que, por vezes, podem não estar claras para a
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escola e para os professores, no cotidiano educacional. A pesquisa nos mostra que
tanto os pais quanto os alunos não estão desinformados quanto ao Conselho de
Classe, embora um olhar apressado pudesse pensar que sim. O fato é que a
atenção dos pais está mais voltada à forma de avaliar do professor, visto que esta é
mais concreta para eles.
Apesar de algumas resistências quanto à participação de pais e alunos na
realização do Conselho de Classe Participativo percebemos reações positivas
dentro e fora da sala de aula e que professores e pais preocupados com a
aprendizagem dos alunos e com a organização da escola buscam uma parceria
onde possam dividir as responsabilidades.
Notamos uma intimidação no início do Conselho de Classe por parte de
professores, pais e alunos, mas as discussões fluíram de forma consistente e segura
de ambas as partes. Observou-se que pais e alunos unidos tem força de grupo e
com condições de analisar o processo de ensino propostos pelos professores e de
provocar mudanças dentro da escola.
Assim o Conselho de Classe tornou-se instrumento de diálogo com diferentes
posturas e posicionamentos entre os profissionais, tornando a avaliação um
processo de produção de conhecimentos mais próximos do real, analisa (BUZO,
2008, p. 31).
A avaliação, do ponto de vista crítico, deve favorecer o desenvolvimento da
capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e
tecnológicos produzidos historicamente, que lhe possibilitará compreender o mundo
em suas contradições e, à luz da história dos homens, moverem esforços para
mudar sua prática social.
Nesse sentido, o Conselho de Classe pode ser capaz de direcionar um
projeto democrático de atuação pedagógica, diminuindo as relações autoritárias,
discriminatórias e excludentes do contexto escolar.
A presença da família na escola é de suma importância para concretizar este
projeto e muito benéfico para o desenvolvimento do filho/aluno, se ambas caminham
juntas propicia ao aluno maior segurança na aprendizagem, disciplina na sala de
aula e também amplia a capacidade de exercício da cidadania por meio da
organização da escola.
O conhecimento da comunidade escolar facilita o trabalho coletivo e este
deve ser iniciado no momento da construção/reconstrução do Projeto Político
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Pedagógico. Podemos afirmar que a maioria dos pais e alunos desconhece a
finalidade do Projeto Político Pedagógico e nem participaram de sua construção.
Dessa forma o dever da escola é criar momentos de participação efetiva da família,
não ficando restrito apenas ao Conselho Escolar, destacando que participar é mais
do que ser informado das decisões ou ações para seus pares.
O desafio é fazer do espaço educativo um lugar privilegiado de aprendizagem
para todos que dele participam e possibilitar aos sujeitos da educação uma nova
relação com o conhecimento e que este seja a via de emancipação humana e social.
Nesta perspectiva, a escola tem como dever, proporcionar a participação da
Comunidade Escolar (professores, pais, alunos e funcionários) no Conselho de
Classe de modo que a observação, reflexão e ação possam ser transformadas na
escola hoje.
3 Análise da pesquisa
O presente estudo optou por usar a metodologia de pesquisa qualitativa por
esta ser um caminho que possibilita fazer descobertas, encontrar novos significados
a respeito do tema estudado, discutir e avaliar alternativas ou confirmar o que já é
conhecido, reconhecendo o conhecimento como algo não acabado, ou seja, como
uma construção que se faz e se refaz continuamente (LUDKE; ANDRÉ, 1986, p.66).
A pesquisa partiu de uma coleta de dados mediante a observação e aplicação
de questionários com questões abertas e fechadas formuladas para este fim, além
de reuniões e grupos de estudos, como representação do tema, orientando a
percepção de maneira condensada, através de um sistema de categorias, produto
das inferências realizadas.
A coleta dos dados ocorreu no segundo semestre de 2011, no Colégio
Estadual do Campo Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental e
Médio – envolveu docentes, discentes e pais das sextas séries do Ensino
Fundamental.
Para representação dos dados optou-se por agrupar as respostas por
segmentos em Eixos temáticos e Tópicos de Análise. Desta forma, os dados dos
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questionários dos docentes, discentes e pais foram explorados e organizados,
considerando os objetivos propostos pelo projeto.
Os eixos de análise foram elaborados com agrupamentos das questões
abordadas nos questionários, justificando-se pelos dados obtidos, os fatores mais
relevantes, em relação à concepção dos docentes, discentes e familiares acerca do
conhecimento sobre o Conselho de Classe.
Segue a análise dos dados levantados neste trabalho.
EIXO TEMÁTICO - 1 Conhecimento dos pais sobre Conselho de Classe
TÓPICO DE ANÁLISE SIM NÃO
1. 1 Você já ouviu falar em Conselho de Classe? 16 -
1. 2 Sabem que é? 11 05
1. 3 Gostariam de participar do Conselho de Classe 14 -
1. 4 A participação de alunos e pais no Conselho de Classe
pode contribuir para melhor andamento do processo de ensino
aprendizagem. 16 -
1. 5 As ações tomadas de forma coletiva são mais eficazes. 16 -
1. 6 A forma como está organizado o Conselho de Classe,
atualmente, dá conta de resolver os problemas.
07
09
-
Tabela 1: Fonte: Joana Mariza da Silva Carneiro, 2012
Diante dos dados apresentados percebe-se que os pais têm noção sobre o
Conselho de Classe, porém, alguns não conhecem a sua real função.
O Conselho de Classe é a possibilidade de um juízo sobre a evolução do
processo educativo na pessoa do aluno, através da análise de seu rendimento
escolar.
Vejamos alguns depoimentos de pais a respeito do Conselho de Classe:
É uma reunião que os professores fazem para discutir a respeito do aluno;
Conselho de Classe muda a nota de nossos filhos;
Conselho de Classe os professores se juntam para falar sobre o aluno;
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É uma reunião de professores mais Equipe Pedagógica para discutir problemas do
aluno;
Conselho de Classe é bom.
Quando perguntado aos pais se gostariam de participar do Conselho de
Classe, 90% (noventa por cento) dos entrevistados demonstraram interesse em
participar e acrescentaram que a participação dos pais pode contribuir muito para a
melhoria da turma e do processo de ensino-aprendizagem.
Durante o grupo de estudos com os pais e alunos, foi abordada a questão da
Avaliação Escolar e Projeto Político Pedagógico, percebeu-se que os pais
desconhecem os critérios avaliativos adotados pela escola, mas sabem o que é
avaliação. Apesar da falta de tempo em função do trabalho, procuram acompanhar
os resultados do desempenho dos filhos, por intermédio do Boletim Escolar, justifica
assim, o olhar mais atento dos pais com relação ao resultado da avaliação, a nota e
não ao processo avaliativo. A pesquisa mostrou também que a maioria dos pais não
conhece o professor do filho e, muitas vezes, não ajudam nas tarefas em função do
tempo, ou por não entender o enunciado da mesma, mas estão sim preocupados
com o aproveitamento escolar do filho, mesmo participando pouco.
EIXO TEMÁTICO 2 – Conhecimento dos alunos sobre Conselho de Classe
TÓPICO DE ANÁLISE SIM NÃO
1. 1 Você já ouviu falar em Conselho de Classe? 29 -
1. 2 Sabem que é? 27 02
1. 3 Gostariam de participar do Conselho de Classe 22 07
1. 4 A participação do aluno e dos pais no Conselho de Classe
pode contribuir para melhor andamento do processo de ensino
aprendizagem. 25 04
1. 5 As ações tomadas de forma coletiva são mais eficazes. 29 -
1. 6 Em sua opinião o Conselho de Classe ajuda na resolução
dos problemas com relação à aprendizagem dos alunos?
29 -
Tabela 2: Fonte: Joana Mariza da Silva Carneiro, 2012
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Em contra partida, os alunos, por vivenciarem a prática avaliativa em seu
cotidiano, entendem melhor este processo. Afinal, eles estão mais diretamente
integrados ao convívio escolar e com o sistema de desenvolvimento do ensino da
instituição. O que nos leva a refletir que o aluno é capaz de fazer parte no Conselho
de Classe com os professores para que, num confronto de ideias, possam avaliar,
com mais clareza, a caminhada e estabelecer novas formas de retomá-la.
Para que tenhamos continuidade, neste momento, aparece a figura dos pais,
que precisa ter conhecimento da situação real do aluno e que também participa,
objetivamente, da avaliação dos filhos e da construção de metas para solução dos
problemas.
Após a efetivação do Conselho de Classe Participativo fez-se uma avaliação
com os professores, pais e alunos através de um questionário que tinha como
intuito, colher informação dos segmentos a respeito de sua participação no mesmo.
Vejamos alguns depoimentos:
Professores:
Foi muito bom, deveria acontecer mais;
É com ações práticas que conseguimos melhorar o ensino-aprendizado, buscando soluções
para os problemas, envolvendo todos os segmentos;
Foi muito proveitoso, pela interação dos segmentos;
Bom, pois deixam todos diante das situações que estão ocorrendo;
Algo diferente, que acredito que possa dar certo.
Pais:
Muito bom e proveitoso;
Muito bom porque fiquei sabendo o que acontece na sala de aula de meu filho;
Foi importante, mas gostaria de participar mais vezes;
Foi bom;
Muito legal cada um pode dar sua opinião.
Alunos:
Foi muito legal, porque discutimos os problemas dos alunos;
Foi bom, porque assim fico sabendo como é o Conselho de Classe;
Foi interessante, pois podemos dar nossas opiniões e como melhorar a sala de aula;
Gostei de participar e entendi que analisa a aprendizagem do aluno;
Não esperava que o Conselho fosse assim, gostei de participar.
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Acredita-se que é possível sim a participação destes segmentos nos
Conselhos de Classe, visto que a escola está para a comunidade no momento que
se busca o bem comum.
O Conselho de Classe é um espaço de reflexão e de crescimento, que torna
os participantes mais presentes na vida escolar, respeitando, desta forma, a sua
cidadania.
Como resultado destas discussões, os participantes levantaram alguns pontos
significativos:
-Conselho de Classe deve ter participação dos pais e alunos, desde que
passem por uma formação;
-Que as propostas levantadas no Conselho de Classe, realmente, sejam
aplicadas na sala de aula;
-E que os critérios avaliativos sejam claros para os alunos;
-Que tarefas de casa sejam vistas e socializadas para que se tornem mais
significativas e valorizadas pelos alunos.
Apesar dos avanços já ocorridos no Conselho de Classe provenientes de
outros anos, ainda há necessidade de mudanças em sua organização.
Estas mudanças indicaram algumas práticas:
-Realização de pré- conselho com alunos com a presença dos professores da
turma, neste momento, escolhe os representantes dos alunos que farão parte do
Conselho de Classe;
-Conselhos de Classe com representantes de pais e alunos da turma com o
objetivo de analisar dados levantados no pré- conselho e, juntos, refletir sobre as
atividades que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem;
-Pós Conselho de Classe, retorno rápido dos resultados da situação de cada
turma para os pais e alunos;
-No Conselho de Classe final, quando são discutidas mais questões de
aprovação e reprovação de alunos aconselha-se que seja restrito a professores,
equipe pedagógica e direção, a fim de evitar constrangimento para os segmentos.
A compreensão de uma nova atitude em relação à prática do Conselho de
Classe vai sendo construída, à medida que professores, alunos e pais se
dispuserem a praticar as pequenas transformações educativas necessárias para
viabilizar uma avaliação escolar de qualidade para todos.
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4 Considerações finais
Segundo Veiga (2005, p. 191), as relações educativas que ocorrem no
cotidiano escolar são amplas, complexas e em permanente construção
/reconstrução. No entanto, qualquer mudança construída em um dado momento de
forma coletiva, é parte dos ingredientes necessários para que haja uma
transformação comprometida.
A compreensão de uma nova atitude em relação ao Conselho de Classe
Participativo vai sendo construída, à medida que pais e alunos são envolvidos no
processo de reflexão e convidados a participar, juntamente com os professores.
É através do Conselho de Classe que podemos analisar criticamente a prática
pedagógica. Já que nesta prática estão os principais envolvidos com o ensino:
professores, alunos e pais com poder de voz, que expressam seus pontos de vistas
a respeito do processo de ensino e aprendizagem, tendo em vista que o ato de
avaliar ultrapassa a sala de aula.
O Conselho de Classe é o espaço que permite a construção de
personalidades autônomas, em que cada segmento pensa no seu papel para com a
escola e com um ensino de qualidade.
A intervenção realizada encontrou resistências por alguns professores no
início de sua aplicação, porém, no momento que começamos a estudar e colocar em
prática as ações aos poucos, as primeiras dificuldades foram rompidas. Sabemos
que a participação e a realização do Conselho de Classe Participativo são pequenas
e lentas, mas tudo faz parte de um processo. E para que isto se concretize dentro da
escola, o ideal é que se registrem todas as ações e mudanças pensadas no coletivo.
Acredita-se que quanto maior for a participação de todos os envolvidos com o
ensino-aprendizagem, no Conselho de Classe, mais significativa será a prática
educacional.
O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) oportunizou esta
reflexão junto aos professores, pais e alunos, contribuindo, de maneira positiva, para
a participação de todos os segmentos no Conselho de Classe, para a melhoria da
qualidade do ensino no colégio pesquisado e para a formação de todos os
envolvidos no projeto. Fácil não foi, muitas barreiras e conceitos tiveram de ser
quebradas na busca por novos caminhos, possibilidades de mudança e modificação
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nos comportamentos dentro da escola e isso foi determinante para a realização
desta produção coletiva.
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