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Universidade
Estadual de Londrina
LEONARDO GUGLIELMI MENDES
PROPOSTA PARA MELHORIA DO USO DOS
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DO CURSO DE
ENGENHARIA ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE LONDRINA
LONDRINA
2014
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
PROPOSTA PARA MELHORIA DO USO DOS
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DO CURSO DE ENGENHARIA
ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Trabalho de conclusão de curso
submetido à Universidade Estadual de
Londrina como parte dos requisitos
para a obtenção do grau de
Engenheiro Eletricista.
LEONARDO GUGLIELMI MENDES
Londrina, Outubro de 2014
PROPOSTA PARA MELHORIA DO USO DOS
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DO CURSO DE ENGENHARIA
ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
LEONARDO GUGLIELMI MENDES
‘Este trabalho foi julgado adequado para a conclusão do curso de engenharia elétrica e aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de Engenharia
Elétrica da Universidade Estadual de Londrina.’
______________________________________ Prof. Dr. Ernesto Fernando Ferreyra Ramírez
Orientador
______________________________________ Prof. Dr. Ernesto Fernando Ferreyra Ramírez
Coordenador de TCC
Banca Examinadora:
______________________________________ Prof. M. Sc. Osni Vicente
______________________________________ Prof. Dra. Silvia Galvão de Souza Cervantes
Londrina, ____ de ____________ de 2014
Dedico este trabalho à minha mãe, que
sempre me apoiou e serviu como símbolo de
inspiração e foco, não medindo esforços para
minha formação humana e acadêmica.
Dedico também a todos os amigos e
companheiros nesta jornada de minha vida,
por todos os momentos vividos e experiências
adquiridas.
Mas, sobretudo, dedico este trabalho aos
futuros ingressantes do curso de Engenharia
Elétrica da Universidade Estadual de
Londrina. Espero sinceramente que este
trabalho possa potencializar a formação
profissional destes.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus familiares, que sempre me incentivaram a continuar no
caminho certo, proporcionando o suporte necessário em minha vida.
Agradeço ao meu orientador Professor Doutor Ernesto Fernando Ferreyra
Ramírez, por toda a sua orientação, paciência e conselhos que contribuíram
diretamente no desenvolvimento deste trabalho. Além dos diversos momentos bons
de conversa.
Agradeço a todos os discentes, recém-formados, docentes e técnicos que
responderam ao questionário viabilizando assim, resultados adequados para o
desenvolvimento deste trabalho.
Agradeço especialmente aos técnicos dos laboratórios por toda a disposição
em me auxiliar na obtensão dos dados necessários para a conclusão deste trabalho,
sempre muito atenciosos.
Agradeço a todos os colegas e amigos que fiz, os quais me proporcionaram
momentos felizes e incentivos nos momentos difíceis. Agradecimento especial ao
Rodrigo Bernardes Bonacin e ao Lucas Congio Goulart pelas noites de estudo não
dormidas (que foram muitas).
Agradeço aos professores pelos ensinamentos, os quais me proporcionaram
chegar até aqui.
v
Resumo do trabalho de conclusão de curso apresentada à Universidade Estadual de
Londrina como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de
Engenheiro Eletricista
PROPOSTA PARA MELHORIA DO USO DOS
LABORATÓRIOS DIDÁTICOS DO CURSO DE ENGENHARIA
ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
LEONARDO GUGLIELMI MENDES
Palavras-chave: Laboratórios Didáticos; Subutilização de Laboratórios; Propostas de
Melhoria;
Neste trabalho, foi elaborado um levantamento das possíveis causas que
afetam a utilização de um laboratório didático, juntamente com a condução de uma
pesquisa juntos aos diversos grupos envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem no curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de
Londrina (UEL), a saber: estudantes, professores e funcionários, para identificar as
principais causas da subutilização e, às vezes do funcionamento precário, dos
laboratórios didáticos. Como instituições públicas dependem de verbas públicas para
a implantação e funcionamento de cursos de graduação e seus laboratórios, fica
clara a necessidade de aprimorar a utilização destes recursos. Com base nas
informações obtidas, foram feitas análises de campo para as principais causas
evidenciadas na pesquisa, com o intuito de verificar a real situação dos laboratórios
didáticos. Em seguida, através da aplicação de ferramentas da Qualidade Total,
foram propostas ações para melhorar os aspectos negativos evidenciados
anteriormente, tais como: infraestrutura, quantidade e qualidade equipamentos, bem
como a sua manutenção e calibração.
vii
Abstract of the final paper presented to UEL as part of the requirements for the
Electrical Engineer degree
PROPOSAL FOR IMPROVING THE USE OF
UNDERGRADUATE LABORATORY OF THE COURSE OF
ELECTRICAL ENGINEERING AT UEL
LEONARDO GUGLIELMI MENDES
Keywords: Teaching Laboratories; Underutilization of Laboratories; Proposals
for Improvement;
In this work, a survey of the possible causes that affect the use of a teaching
laboratory was developed, along with conducting research together the various
groups involved in the process of teaching and learning in the course of Electrical
Engineering, State University of Londrina (UEL), namely: students, faculty and staff
to identify the main causes of underutilization and sometimes the malfunction, the
teaching laboratories. As a public institution needs public income to develop and
maintain the courses and the teaching laboratories, it is highlighted the important of
improvement the resources. Based on the information obtained, field analysis for the
leading causes highlighted in the survey, in order to verify the actual situation of
teaching laboratories has made. Then, by applying tools of Total Quality, were
proposed actions to improve the negative aspects previously highlighted.
viii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ iv
RESUMO ............................................................................................................................... v
ABSTRACT .......................................................................................................................... vii
SUMÁRIO ............................................................................................................................ viii
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. x
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. x
LISTA DE QUADROS ............................................................................................................ x
LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................. xi
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 3
2.1 CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL ............................................................................. 3
2.1.1. Qualidade ............................................................................................................. 3
2.1.2. Produtividade ........................................................................................................ 3
2.1.3. Competitividade .................................................................................................... 3
2.1.4. Controle da Qualidade Total (TQC) ....................................................................... 3
2.1.5. Processo ............................................................................................................... 4
2.1.6. Controle de Processo ........................................................................................... 5
2.1.7. Estabelecimento de Metas .................................................................................... 6
2.1.8. Ferramentas da Qualidade Total ........................................................................... 6
2.2. DIAGRAMA DE ISHIKAWA............................................................................................. 7
2.3. BRAINSTORMING .......................................................................................................... 9
2.4. QUADRO DE REFERÊNCIA MENTAL (QRM) ............................................................. 10
2.5. CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ........................................................................ 11
2.6. QUESTIONÁRIO .......................................................................................................... 12
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA .......................................................................................... 17
3.1. DIAGRAMA DE ISHIKAWA........................................................................................... 17
3.2. QRM ......................................................................................................................... 21
3.3. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO ....................................................................... 22
ix
3.4. DEFINIÇÃO DAS CAUSAS ....................................................................................... 24
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 27
4.1. ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................... 27
4.1.2. Questionário ....................................................................................................... 27
4.1.3. Análise dos gráficos ................................................................................................... 31
SUBGRUPO 1: ............................................................................................................. 32
SUBGRUPO 2: ............................................................................................................. 33
SUBGRUPO 3: ............................................................................................................. 34
4.1.4. DEFINIÇÃO DAS CAUSAS A SEREM ESTUDADAS ................................................ 35
4.1.5. DISCUSSÃO DOS DADOS COLETADOS NOS LABORATÓRIOS ........................... 37
4.1.5.1. Equipamentos .................................................................................................. 48
4.1.5.2. Aquisição de equipamentos ............................................................................. 51
4.1.6. Manutenção ........................................................................................................ 52
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO .............................................................................................. 54
CAPÍTULO 6 - REFERÊNCIAS ........................................................................................... 57
CAPÍTULO 7 - APÊNDICE................................................................................................... 59
7.1. DIAGRAMA DE ISHIKAWA........................................................................................... 59
7.2. QUESTIONÁRIO .......................................................................................................... 60
7.3. TABELAS PARA MAPEAMENTO DE CAMPO ............................................................. 62
7.4. RESUMO DAS RESPOSTAS DISCURSIVAS .............................................................. 64
7.5. EQUIPAMENTOS NÃO UTILIZADOS ........................................................................... 65
7.6. RACHADURAS ............................................................................................................. 76
7.7. DADOS POR GRUPOS ................................................................................................ 77
CAPÍTULO 8 - ANEXO ........................................................................................................ 86
8.1. DADOS DOS LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ............................................................... 86
8.2. HORÁRIOS DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS .................................................. 93
8.3. LISTA DE COMPRAS DE COMPONENTES ELETRÔNICOS ...................................... 94
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ciclo PDCA ................................................................................................. 5
Figura 2 - Etapas do Ciclo PDCA ................................................................................ 6
Figura 3 - Diagrama de Ishikawa ................................................................................. 8
Figura 4 - Exemplo de QRM: Quadro de Referência Mental ..................................... 11
Figura 5 - Estágios principais de um survey (Shuman & Kalton, 1985, p.641) .......... 12
Figura 6 - QRM: Quadro de Referência Mental ......................................................... 21
Figura 7 - Fluxograma para Construção do Questionário ......................................... 23
Figura 8 - Fluxograma para Mapeamento de Campo: Estrutura Física ..................... 25
Figura 9 - Fluxograma para Mapeamento de Campo: Equipamentos ....................... 25
Figura 10 - Fluxograma para Mapeamento de Campo: Manutenção ........................ 26
Figura 11 - QRM: Principais Causas por Grupo ........................................................ 36
Figura 12 - Fatores Recorrentes ............................................................................... 37
Figura 13 - Lousa de Vidro ........................................................................................ 42
Figura 14 - Quadro Negro ......................................................................................... 43
Figura 15 - Tela de Projeção ..................................................................................... 43
Figura 16 - Bancada em Fórmica .............................................................................. 43
Figura 17 - Bancada Inutilizada ................................................................................. 44
Figura 18 - Lâmpadas Queimadas ............................................................................ 44
Figura 19 - Rachaduras Estrutura Física A ............................................................... 45
Figura 20 - Rachaduras Estrutura Física B ............................................................... 45
Figura 21 - Rachaduras Estrutura Física C ............................................................... 46
Figura 22 - Rachaduras no Prédio A ......................................................................... 46
Figura 23 - Rachaduras no Prédio B ......................................................................... 47
Figura 24 - Rachaduras no Prédio C ......................................................................... 47
Figura 25 - Rachadura Externa do Prédio ................................................................. 48
Figura 26 - Diagrama de Ishikawa ............................................................................. 59
Figura 28 - Sucata: Microscópio ................................................................................ 66
Figura 29 - Sucata: Osciloscópios ............................................................................. 66
Figura 30 - Sucata: Chapa Metálica .......................................................................... 66
Figura 31 - Rachadura Preenchida com Silicone ...................................................... 76
Figura 32 - Rachadura no Rodapé com Silicone ....................................................... 76
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Visão Geral: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios .............. 32
Tabela 2 - Visão dos Discentes: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios 33
Tabela 3 - Visão dos Docentes: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios . 34
Tabela 4 - Visão dos Técnicos: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios .. 35
Tabela 5 - Dados coletados Estrutura Física A ......................................................... 39
Tabela 6 - Dados coletados Estrutura Física B ......................................................... 40
Tabela 7 - Disciplinas por Laboratório Didático ......................................................... 41
Tabela 8 - Disposição de Docentes e Horários de Utilização para cada Laboratório
Didático ..................................................................................................................... 42
Tabela 9 - Equipamentos .......................................................................................... 49
Tabela 10 - Pesquisa de Campo: Estrutura Física .................................................... 62
Tabela 11 - Pesquisa de Campo: Equipamentos ...................................................... 63
Tabela 12 - Pesquisa de Campo: Manutenção ......................................................... 63
Tabela 13 - Horários 1º Semestre ............................................................................. 93
Tabela 14 - Horários 2º Semestre ............................................................................. 93
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Características do Público Alvo ............................................................... 22
Quadro 2 - Utilização Original ................................................................................... 38
Quadro 3 - Utilização Real ........................................................................................ 38
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
5S: Seiri (arrumação), Seiton (ordenação), Seisoh (limpeza), Seiketsu (asseio)
e Shitsuke (autodisciplina).
5W2H: What (o que), When (quando), Where (onde), Why (por que), Who
(quem), How (como) e How much (quanto).
DEEL: Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de
Londrina.
Lab: Laboratório.
PDCA: Plan (planejar), Check (verificar), Do (fazer) e Action (agir).
QRM: Quadro de Referência Mental.
Survey: Pesquisa de opinião/questionário.
TQC: Total Quality Control (Controle da Qualidade Total).
UEL: Universidade Estadual de Londrina.
1
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
O curso de graduação em Engenharia Elétrica possui carga horária mínima
de 3600 horas, de acordo com a Lei 5.194/66, Decisão Normativa CONFEA
57/1995, Resolução CNE/CES 11/2002, distribuídas entre aulas teóricas, práticas,
atividades acadêmicas extracurriculares e estágio.
Atividades práticas ou laboratoriais são de extrema importância na formação
de profissionais de qualidade, pois além de aplicar conhecimentos teóricos, elas
servem de confiança para o profissional exercer seu ofício no futuro.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no seu Artigo 35, Inciso IV,
diz: "É essencial à compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina".
Desta forma, tornam-se necessários laboratórios didáticos eficientes, que
atendam as necessidades dos docentes e graduandos, com uma gama de
equipamentos que possibilitem o ensaio de projetos reais. Diversos fatores
impactam na qualidade e utilização destes laboratórios, como é possível destacar:
infraestrutura, número de equipamentos, manutenção dos equipamentos, demanda
e recursos humanos.
A falta de infraestrutura adequada está diretamente ligada ao uso dos
laboratórios, pois para sua completa operação é necessário que alguns fatores
sejam atendidos, tais como: número, estado de conservação e processo de
manutenção dos equipamentos, estrutura física, instalação elétrica, número de
salas, etc.
É sabido que o baixo número de equipamentos funcionando de forma
adequada pode impossibilitar a operação simultânea dos laboratórios didáticos, haja
vista que não haverá equipamentos suficientes para atenderem a demanda de
disciplinas práticas que deles necessitam.
2
A demanda pode afetar a utilização dos laboratórios através da alocação
inadequada de atividades tanto em relação ao número de salas, quanto à
distribuição de horários.
Os recursos humanos impactam no efeito de estudo por estarem diretamente
relacionados com a capacidade dos laboratórios serem de fato utilizados de forma
eficiente.
O curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina conta
com uma carga horária de 4.278 horas segundo currículo 2010-2014, sendo destas,
1198 horas de atividades práticas (28%). Destas 1198 horas de atividades práticas,
660 horas (15,4%) são exercidas nos laboratórios didáticos do Departamento de
Engenharia Elétrica (DEEL).
Para isto, o DEEL conta com cinco laboratórios didáticos, os quais serão
objeto de estudo deste trabalho que busca melhorar a utilização destes, almejando
melhor aproveitamento no aprendizado dos graduandos e otimização no emprego de
recursos públicos.
O trabalho será conduzido através de ferramentas da Qualidade Total
elaborando-se um levantamento das possíveis causas que afetam o uso de um
laboratório didático. Bem como a elaboração e aplicação de um questionário para
levantamento de opinião dos diversos grupos envolvidos, seguido por uma análise
de ambiente a fim de verificar a situação atual dos laboratórios. Por fim, serão
listadas sugestões de melhoria.
Com este estudo, espera-se encontrar soluções que possibilitem uma
melhoria na utilização dos laboratórios didáticos de Engenharia Elétrica da UEL, de
modo a maximizar o aprendizado dos graduandos, formando assim profissionais
mais preparados para o mercado de trabalho dispostos a exercerem sua função com
qualidade, desenvolvendo o ambiente em que estiverem inseridos.
3
CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL
2.1.1. Qualidade
Para que um produto ou serviço seja considerado de qualidade, ele deve
atender de forma segura, confiável, acessível e no tempo certo às necessidades do
cliente. Simplificando, o projeto deve ser ótimo, sem defeitos, de baixo custo, seguro
ao cliente e com sistema de entrega adequado.
2.1.2. Produtividade
O termo produtividade é relacionado ao fato de aumentar a produção com
menos recursos, sejam eles financeiros, materiais ou humanos. Podemos ainda
equacionar de diversas formas simples, como Silingovschi (2003), por exemplo:
2.1.3. Competitividade
Ao manter uma equipe que saiba montar e operar um sistema e que seja
capaz de projetar um produto de forma a conquistar o consumidor a um
custo/benefício competitivo, uma organização estará destinada ao sucesso.
Logo, a Qualidade Total vem para auxiliar na resolução de problemas
vinculados com capacidades produtivas e de serviços, podendo inclusive algumas
ferramentas serem expandidas, adaptadas e aplicadas para inúmeras áreas do
conhecimento segundo Silingovschi (2003).
2.1.4. Controle da Qualidade Total (TQC)
A prática de um sistema que se baseia no Controle da Qualidade Total (Total
Quality Control – TQC) visa atender às expectativas das pessoas otimizando os
processos eliminando os problemas de uma organização.
4
Segundo Silingovschi (2003), o conceito de TQC é formado principalmente
pelos seguintes tópicos:
Qualidade em primeiro lugar
Ações orientadas por prioridades
Ação orientada por fatos e dados
Controle de processos
Ação de bloqueio
Respeito pelo empregado como ser humano
Comprometimento da alta direção
Com controle da qualidade abordado com três objetivos:
Planejar a qualidade desejada pelos clientes
Manter a qualidade
Melhorar a qualidade
2.1.5. Processo
Processo se define pelo conjunto de ações que ocorrem periodicamente onde
sabemos o seu produto final, diferentemente de um projeto, o qual se define por algo
novo que necessita de uma nova metodologia para ser implementado.
Um processo envolve diversos fatores, como por exemplo: pessoas,
maquinário, matéria prima, ações fixas, controle, periodicidade, eficiência, etc.
O controle de um processo se dá pela análise quantitativa de seus efeitos,
tomando por base seus índices numéricos sobre os efeitos causados por cada um
dos processos relacionados, a fim de medir a sua qualidade total.
O resultado indesejável de um processo é causado por um problema, do qual
a qualidade total vem para minimizá-lo ou eliminá-lo. Para um bom gerenciamento
devemos aprender a localizar os problemas e então focar os esforços para resolvê-
los.
5
2.1.6. Controle de Processo
Ao refinarmos um processo, é necessário mantê-lo sob controle, de modo que
seja feita uma padronização do processo além de estabelecer itens de controle de
forma com que o problema não ocorra novamente. É de suma importância que o
controle seja feito de forma adequada, para que os esforços despendidos para a
solução de um problema não sejam em vão.
Para tanto, tornam-se necessárias à criação de diretrizes de controle, tais
como metas, indicadores e métodos, a fim de estabelecer uma manutenção do nível
de controle de um processo, atuando no resultado e na causa dos problemas, não
deixando de alterar a diretriz de controle caso seja necessária (alterando-se metas,
indicadores ou métodos) visando sempre à melhoria contínua.
A qualidade total conta com diversas ferramentas, entre elas pode-se
destacar:
Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) empregado para se estabelecerem melhorias.
Figura 1 - Ciclo PDCA
Fonte: Silingovschi – A gestão da qualidade (2003)
6
A etapa de planejamento (Plan) consiste na identificação do problema,
observação, análise do processo e elaboração de um plano de ação. Já a etapa de
“fazer” (Do) consiste em aplicar o plano de ação elaborado na etapa anterior. Em
seguida, faz-se necessária a verificação (Check), com objetivo de controlar o
processo de forma a evidenciar o sucesso ou fracasso das ações desenvolvidas. De
posse das análises, é preciso agir (Action) com a finalidade de corrigir os problemas
levantados na etapa de verificação, elaborar a padronização do processo e então a
sua conclusão caso o resultado seja satisfatório, caso contrário o ciclo é reiniciado
com a etapa de planejamento.
Figura 2 - Etapas do Ciclo PDCA
Fonte: Silingovschi – A gestão da qualidade (2003)
2.1.7. Estabelecimento de Metas
O estabelecimento de metas se faz necessário por tornar palpáveis os
objetivos de uma organização, as metas podem advir das necessidades de seus
clientes, do planejamento estratégico geral da organização ou da visão estratégica
do próprio gerente.
2.1.8. Ferramentas da Qualidade Total
5W2H: What (o que), When (quando), Where (onde), Why (por que), Who
(quem), How (como) e How much (quanto), são perguntas muito utilizadas para a
7
definição de um processo ou projeto, com o intuito de tornar claros os objetivos e
finalidades destes.
PROGRAMA 5S: Seiri (arrumação), Seiton (ordenação), Seisoh (limpeza),
Seiketsu (asseio) e Shitsuke (autodisciplina), são conceitos que visam mudar a
maneira de pensar das pessoas em direção a um melhor comportamento para toda
a vida. Para que o programa 5S seja implementado com sucesso, é necessário que
todas as pessoas da organização tenham a consciência sob os cinco atributos do
programa.
2.2. DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Diversas ferramentas da Qualidade Total podem ser utilizadas para a solução
de problemas. Uma das mais simples, comuns e eficientes é o Diagrama de Causa e
Efeito, também conhecido como Diagrama de Ishikawa.
Com o auxílio de brainstorming, são levantadas informações que podem ser
dispostas no diagrama de Ishikawa. Essa prática permite visualizar alguns
problemas e dificuldades, que precisam ser desenvolvidos de uma melhor maneira
por toda a equipe de trabalho.
Como avaliar um problema nem sempre é tarefa fácil, pois muitos elementos
da qualidade só podem ser avaliados de forma subjetiva, torna-se necessário
elencar medidas mais objetivas sempre que houver possibilidade, visando assim à
medição da qualidade.
Para que isto ocorra, é preciso elaborar um levantamento de dados, com o
intuito de se avaliarem as situações que se apresentam, visando compreender
melhor as atividades realizadas e, desta forma, verificar se estão sendo
desenvolvidas com a qualidade necessária. Os dados levantados devem ser
identificáveis de forma clara, de forma que se possa utilizá-los, totalizá-los, calcular-
lhes a média, entre outras informações estatísticas.
A ferramenta “Diagrama de causa e efeito de Ishikawa” nos fornece de forma
gráfica os problemas, tornando possível ser utilizada para a busca por soluções
8
destes problemas. Ao ser detectado o “efeito”, é necessária a busca pelos fatores
que o provocam, ou seja, as “causas”.
Desta forma, o diagrama de Ishikawa se constitui em elaborar um desenho
em formato de “espinha de peixe”, onde inicialmente definimos o “efeito”, anotado à
direita. Em seguida, é traçada uma seta à esquerda apontando para o efeito. Após
traçar a seta principal são feitas ramificações, que são os fatores detalhados que
podem ser responsáveis pelo efeito, ou seja, as possíveis causas do problema
principal. De igual forma, podem ser feitas ramificações menores demonstrando
fatores mais detalhados, que podem ser considerados causas secundárias, e assim
por diante. Um exemplo é ilustrado na figura 3:
Figura 3 - Diagrama de Ishikawa
Fonte: O AUTOR
Após o preenchimento do diagrama, é possível em uma só figura
visualizarmos todas as causas relacionadas ao problema principal, bem como suas
relações com o problema em estudo.
De posse do diagrama de Ishikawa, todos os integrantes da equipe poderão
centralizar e focalizar suas ações em um determinado problema em particular,
buscando sempre a melhor solução.
9
2.3. BRAINSTORMING
Segundo Mongeau (1993, p. 4-5) a técnica de brainstorming foi desenvolvida
por Alex Osborn (1957) idealizada por sua frustração com a falta de ideias e
criatividade na solução de problemas. O objetivo desta técnica condiz em liberar a
imaginação sem o julgamento das ideias, de forma que o julgamento não afete a
criação de novas ideias, o que acabaria afetando todo o processo criativo.
Com a liberação da imaginação sem termos um julgamento a cada nova ideia
dada, somos capazes de potencializar a parte de nosso cérebro responsável por
criação e inovação, segundo Osborn (1957 apud MONGEAU, 1993, p. 5).
De acordo com Harris (2002, p. 1), através do brainstorming é possível
solucionar um problema específico onde se faz necessária uma grande quantidade
de ideias, ou seja, para uma tarefa menos específica e mais geral.
Para que o brainstorming seja mais produtivo, é necessário seguir quatro
regras básicas, segundo Osborn (1957 apud MONGEAU, 1993, p. 5-6):
Os julgamentos e as críticas devem ser deixados para outro momento, o
objetivo principal é a obtenção do maior número possível de ideias. O
julgamento inibe a imaginação criativa, bloqueando ideias desejadas.
O pensamento deve ser livre, ou seja, ideias não convencionais também
são bem-vindas. Este fato contribui com o processo criativo.
Quantidade: Quanto maior for o número de ideias geradas, maior será a
probabilidade da obtenção de ideias úteis. Segundo Harris (2002, p.2), há
duas razões para esta regra: As ideias iniciais são geralmente óbvias e
com uma quantidade maior de ideias, as chances de adaptação e
combinação entre elas se tornam maiores. Outro ponto positivo da
quantidade é que as ideias apresentadas no final são fruto de um
raciocínio mais profundo das ideias iniciais.
Combinações e melhorias: Com a busca por adaptações das ideias
geradas é possível reiniciar o processo com base em uma ideia já
apresentada, aproveitando o conjunto já existente para a construção de
novas e melhores ideias.
Desta forma, a técnica de brainstorming pode ser aplicada a qualquer
momento do desenvolvimento de um projeto ou processo. Contudo, ela não é capaz
10
de resolver problemas que precisam de julgamento imediato, pois o julgamento no
brainstorming se dá apenas após o final da sessão.
2.4. QUADRO DE REFERÊNCIA MENTAL (QRM)
A resolução de um problema nunca é tarefa simples. Muitas vezes a própria
identificação do real problema também não é uma tarefa fácil. O Quadro de
Referência Mental (QRM) segundo Ensslin (2001) é uma ferramenta utilizada para
identificar qual o real problema ou causas do problema quando se tem diversos
grupos de pessoas envolvidas, tais como: clientes, funcionários, fornecedores,
gerentes, acionistas, entre outros.
A divergência de opiniões entre os grupos envolvidos na identificação dos
problemas ou de suas causas é comumente sobreposta sob a opinião de maior
hierarquia. Desta forma os esforços da equipe se resumem em corrigir o que um
grupo acredita ser o problema ou a real causa do problema em estudo. Porém este
pode não ser o problema real, além de poucas vezes serem feitos levantamentos de
cada grupo para identificar as causas de limitantes.
O QRM constitui-se em uma forma gráfica de identificar o contexto decisório
(ou problema específico) no centro do diagrama, e, conectados ao contexto
decisório temos a separação dos grupos envolvidos no evento, de tal forma a
explicitar quais as principais causas do problema principal de acordo com cada um
dos grupos.
Adotando-se como exemplo um contexto onde o problema em estudo seja a
baixa produção de uma fábrica. Foram selecionados 3 grupos envolvidos para ser
feita a análise das causas deste problema: Operários, Direção e Gerente de
Produção. Após levantamento de opinião (questionário, entrevista, etc) foi construído
o QRM ilustrado pela figura 3.
11
Figura 4 - Exemplo de QRM: Quadro de Referência Mental
Fonte: O AUTOR
Pode-se verificar que a falta de maquinário é uma causa recorrente para
todos os grupos em estudo, devendo ser então a principal causa da baixa produção
da fábrica. As demais causas levantadas também devem ser analisadas, porém os
esforços devem ser direcionados para a causa mais recorrente no QRM.
Desta forma verificamos as causas recorrentes entre todos os grupos
envolvidos no processo decisório, fornecendo assim, maior confiabilidade na escolha
da causa mais provável que impacta no evento em questão.
2.5. CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
O processo de calibração consiste em um conjunto de operações que
estabelecem condições específicas para valores indicados em um instrumento de
medição com valores correspondentes aos padrões utilizados.
A calibração faz-se necessária para a garantia da qualidade na fabricação de
um determinado produto ou na elaboração de uma medição, de forma a assegurar
que os instrumentos empregados na medição façam uma leitura dentro de uma
margem aceitável sem prejudicar a qualidade final.
A frequência ideal para a calibração de um instrumento de medição varia de
equipamento para equipamento de acordo com a sua utilização (LABINMETRO,
2013). Instrumentos com pouco uso devem ser calibrados a cada ano de forma
geral, já instrumentos mais utilizados, a frequência é menor, em torno de 6 meses. É
12
importante também levar em conta onde o instrumento é utilizado, pois isto pode
implicar em desvios no período de calibração. O mais correto é verificar no manual
do fabricante.
Quaisquer instrumentos que tenha influência direta no resultado do seu
produto final devem ser calibrados, não importando a qual etapa este instrumento
seja empregado.
2.6. QUESTIONÁRIO
O desenvolvimento de um questionário deve ser feito em cinco
sessões, segundo GÜNTHER (1999): Bases conceituais e populacionais, contexto
social da aplicação, estrutura lógica, elementos do questionário (questões e itens) e
diferenças de aplicação (entrevista individual, telefone, correio
convencional/eletrônico e grupos).
Figura 5 - Estágios principais de um survey (Shuman & Kalton, 1985, p.641)
2.5.1. Base conceitual e populacional do questionário:
Conceito - itens:
a. Avaliação de algo existente
13
b. Levantamento de necessidades de algo inexistente
c. Distinção entre existência ou falta de algum objeto externo ao indivíduo
e de um estado de espírito interno.
População-alvo – amostra: É necessário escolher e fazer divisões de
públicos-alvo de acordo com a necessidade do survey (levantamento de opinião),
separando os grupos de interesse bem como de cenários distintos. Nesta divisão,
devemos levar em conta o tamanho e a acessibilidade para cada amostra.
Com a definição dos grupos de amostras, são comumente embutidas nestas
amostras as principais características entre estes públicos, tais como: nível
educacional, faixa etária e gênero.
Reciprocidade entre conceito e população-alvo.
Devemos fazer as seguintes interdependências entre a elaboração de um
instrumento e a estratégia de sua aplicação:
a. O grau de complexidade dos conceitos determina o número de itens e
a forma de apresentação dos mesmos;
b. A reciprocidade entre características da população-alvo e a
complexidade dos conceitos que são os objetos de estudo;
c. A forma de abordagem do instrumento deve ser definida com base no
tamanho de cada amostra do estudo.
Contexto social da aplicação do instrumento: É necessário levantar os
benefícios que o survey poderá trazer para incentivar o entrevistado a contribuir com
sua opinião para o trabalho.
Segundo Dillman (1978) a obtenção de respostas ao processo de enviar
questionários pode ser definida como uma ‘troca social’, e desta forma Dillman
chega a seguinte conclusão, “Assim, há três coisas que precisam ser feitas para
maximizar a resposta a survey: minimize o custo para o respondente, maximize as
recompensas para fazê-lo e estabeleça confiança de que a recompensa será
concedida” (p. 12).
Formas Assertivas de Abordagem de Dillman (1978):
a. Recompensar o respondente: Demonstrar consideração e apreciação
verbal, apoiando-se em valores, identificar recompensas concretas e tornar o
instrumento interessante.
14
b. Reduzir o custo de responder: Fazer a tarefa parecer breve, reduzir
esforços físicos e mentais, eliminar as possibilidades de embaraços, subordinação e
custo financeiro.
c. Estabelecer confiança: Oferecer sinal de apreciação antecipada,
identificando-se como uma instituição conhecida e legitimada, além de fazer uso de
outros relacionamentos de troca.
Desta forma, podemos associar estes conceitos estabelecendo o nível de
confiança apropriado e necessário na etapa de cumprimento - introdução - do
survey, seguindo com a interação pergunta-resposta. Na despedida, devem-se
reforçar as sinalizações de benefícios já demonstradas.
Para reduzirmos os esforços físicos e mentais do entrevistado, as primeiras
questões devem focar em estabelecer um diálogo com o entrevistado, de forma a
abordar questões mais gerais e simples e gradualmente atingir as perguntas mais
específicas e complexas seguindo uma ordem lógica de forma semelhante a uma
conversa. Desta forma o índice de desistência no decorrer do formulário será menor.
2.5.2. Elementos do questionário
Fowler (1998, p. 344) enumera cinco considerações gerais quanto às
perguntas do questionário:
a. A pergunta precisa ser compreendida consistentemente;
b. A pergunta precisa ser comunicada consistentemente;
c. As expectativas quanto à resposta adequada precisam ser claras para
o respondente;
d. A menos que se esteja verificando conhecimento, os respondentes
devem ter toda informação necessária;
e. Os respondentes precisam estar dispostos a responder.
2.5.2.1. Pergunta objetiva versus Pergunta discursiva
De acordo com Sommer e Sommer (1997), o emprego de perguntas fechadas
“mostra frequentemente mais respeito à opinião das pessoas, deixando-as
15
classificar suas respostas como positivas, negativas ou neutras, em vez do
pesquisador fazer isto para eles” (1997, p. 130).
Usualmente, as questões abertas são empregadas tanto para estabelecerem
um clima receptivo entre pesquisador e respondente no início do questionário,
quanto para abordar lacunas nas questões fechadas. Em contrapartida, perguntas
fechadas possuem um maior custo ao respondente, diminuindo assim a
probabilidade deste completar o questionário.
Desta forma, evidencia-se a importância de um estudo piloto a fim de verificar
se e como as perguntas estão sendo entendidas pela população-alvo.
2.5.2.2. Escalas:
a. Escala Nominal: utilizada para identificar pessoas, objetos ou
categorias.
b. Escala Ordinal: visa ordenar a preferência ou importância das
alternativas.
c. Escala Intervalar: provêm intervalos fixos de múltipla escolha.
d. Escala de Razão: necessário quando temos duas variáveis envolvidas
(ex.: R$/mês).
e. Escala Likert: solicita avaliação segundo uma escala de geralmente
cinco alternativas (ex.: Muito ruim, ruim, razoável, bom e muito bom). Segundo Moos
(1987), é importante que em parte das questões, as escalas estejam invertidas.
2.5.2.3. Diferenças nos Instrumentos de pesquisa: As entrevistas podem
ser divididas entre pessoais, via telefone e aplicação pela internet.
a. Entrevista Pessoal: É a forma mais trabalhosa no sentido de compilar
os resultados, exige padronização na aplicação dos questionários além de ser a
forma que mais demanda tempo e custo. A vantagem está na possibilidade em se
obter informações mais delicadas e de ser crucial na validação do estudo-piloto.
b. Questionário autoaplicável via correio ou em grupo: Possui
padronização das perguntas além de ser de fácil transcrição de respostas (levando
em conta baixo número de questões abertas). A principal desvantagem mais citada
neste tipo de aplicação é a taxa de resposta, podendo chegar a números inferiores a
50%.
16
c. Entrevista pessoal via telefone: É de fácil padronização das perguntas
e transcrições das respostas – caso seja utilizado um computador – além de evitar o
gasto com papel. Em contrapartida, há o custo dos telefonemas. Como não há
contato visual entre aplicador-entrevistado, interrupções em questionário são
frequentes.
d. Questionário autoaplicável via e-mail e internet: As perguntas são
padronizadas e a transcrição das respostas automáticas, o tempo de aplicação e o
custo são menores do que as demais abordagens. A principal desvantagem é o
baixo retorno de questionários, uma vez que o ambiente não é controlado e o
entrevistado é influenciado por diversos estímulos externos. Outro fator a se
considerar é que o questionário pode terminar na caixa de spam do público-alvo.
17
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA
3.1. DIAGRAMA DE ISHIKAWA
A fim de verificar todas as possíveis causas que afetam a utilização dos
laboratórios didáticos do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de
Londrina, foi construído um Diagrama de Ishikawa construído através de Brainstorm,
sendo estas, ambas ferramentas da Qualidade Total.
A ferramenta de Brainstorm foi construída através de um levantamento de
possíveis causas que impactam na utilização dos laboratórios didáticos, elaborada
levando em conta opiniões de docentes, discentes e recém-formados do curso de
Engenharia Elétrica da UEL.
As possíveis causas foram organizadas relacionado-as com três áreas, sendo
elas: Infraestrutura, Demanda e Recursos Humanos, conforme mostrado na sessão
Apêndice 7.1. diagrama de Ishikawa.
Cada bloco do Diagrama de Ishikawa foi construído levando em conta os
seguintes fatos:
Efeito: Subutilização dos laboratórios do DEEL
Prováveis causas:
3.1.1. Demanda
Os laboratórios podem estar sendo subutilizados pela alocação
inadequada de atividades tanto em relação ao número de salas, quanto à
distribuição de horários.
3.1.1.1. de aulas práticas
Os laboratórios são subutilizados devido ao baixo número de aulas
práticas ofertadas durante o ano letivo em comparação com a quantidade de
laboratórios.
3.1.1.2. Distribuição inadequada de horários
Apoiando-se no item anterior, com base em uma otimização da
distribuição dos horários de utilização dos laboratórios, seria possível ofertar
18
uma quantia maior de aulas práticas para os alunos da graduação, permitindo
então a oferta de turmas extras possibilitando o graduando cursar disciplinas
em dependência em concomitância no mesmo período. Em decorrência desta
maior gama de horários disponíveis, o tempo médio de graduação dos
discentes poderia ser reduzido, uma vez que estes poderiam cursar
disciplinas em dependência e as demais no mesmo ano.
3.1.2. Recursos Humanos
A insuficiência de recursos humanos impacta no efeito de estudo ao
estar diretamente relacionada com a disponibilidade dos laboratórios serem
de fato utilizados.
3.1.2.1. Baixa disponibilidade de professores
Esta possível causa está relacionada com os itens 3.1.1.1 e 3.1.1.2. A
falta de professores e/ou sua sobrecarga implica na baixa utilização dos
laboratórios.
3.1.2.2. Baixo de técnicos
Os técnicos laboratoriais são responsáveis pela organização e
manutenção dos laboratórios, uma vez que haja a insuficiência deles, o efeito
em estudo pode se agravar.
3.1.3. Infraestrutura
A falta de infraestrutura adequada está diretamente ligada ao uso dos
laboratórios, pois para sua completa operação é necessária que alguns
fatores sejam atendidos, conforme seguem abaixo.
3.1.3.1. Equipamentos
As aulas experimentais ofertadas na grade curricular de Engenharia
Elétrica necessitam de equipamentos específicos, sendo em parte distintos
para determinadas disciplinas e parte comuns. A falta de equipamentos
impossibilita a utilização de laboratórios novos bem como a operação
simultânea dos demais.
19
3.1.3.2. Quantidade insuficiente
A quantidade de equipamentos está diretamente ligada à possibilidade
de diversos laboratórios operarem simultaneamente, uma vez que para
diversas aulas experimentais, parte dos equipamentos utilizados são os
mesmos, tais como osciloscópio, multímetro, fontes de alimentação, entre
outros.
3.1.3.3. Obsolescência
A quantidade não é o único fator envolvido no processo, pois muitos
deles podem estar defasados e não correspondendo à expectativa tanto do
professor como dos alunos. Com a globalização, enfrentamos uma evolução
muito rápida no quesito tecnologia. Em decorrência deste fato os
equipamentos se tornam obsoletos em um curto período de tempo, ficando
defasados da tecnologia e comprometendo o emprego destes nos
experimentos laboratoriais.
3.1.3.4. Manutenção inadequada
Outro fator importante para a plena operação de um equipamento é a
sua devida manutenção. A manutenção adequada de um equipamento
prolonga sua vida útil além de operar de forma mais precisa.
Caso não exista um processo de manutenção consolidado e eficiente, além
da subutilização dos laboratórios ocorre a subutilização dos equipamentos,
uma vez que sua vida útil é reduzida e em alguns casos até interrompida
precocemente devido à falta de mão de obra qualificada para a sua
manutenção.
3.1.3.4.1. MC: Manutenção Corretiva
Segundo normas do Labinmetro (2014), quando um equipamento
apresenta algum problema, deve ser feita a sua manutenção corretiva (MC).
Sem ela, os equipamentos ficam estagnados e em alguns casos são até
descartados.
20
A manutenção corretiva é a forma mais primária de manutenção,
podendo ser sintetizada pelo ciclo “quebra-repara”. Embora seja o tipo de
manutenção mais usual, geralmente é a de maior custo. Os principais
problemas decorrentes são: baixa utilização anual dos equipamentos e
máquinas, diminuição da vida útil além de interrupções para manutenção em
momentos aleatórios e inoportunos.
3.1.3.4.2. MP: Manutenção Preventiva
Além da MC é de suma importância à aplicação da manutenção
preventiva (MP) tem o objetivo de prevenir futuros problemas e melhorar o
rendimento do equipamento. A MP consiste no trabalho de prevenção de
defeitos que ocasionaria parada nos equipamentos ou baixo rendimento. Com
base em estudos estatísticos, estado do equipamento, local de instalação,
dados do fabricante e condições elétricas, é possível programar a aplicação
da MP, segundo Labinmetro (2014).
Outro tipo de manutenção usualmente classificada é a manutenção
preditiva, a qual se consiste na atuação realizada com base em modificação
de condição ou desempenho. Desta forma, este tipo de manutenção visa
prevenir falhas nos equipamentos através do acompanhamento de diversos
parâmetros, permitindo a operação contínua do equipamento.
Existem ainda outras classificações de manutenções, porém não muito
usuais, entre elas podemos citar a manutenção detectiva e a engenharia de
manutenção.
3.1.3.5. Salas
O número de laboratórios pode ser a causa do efeito de estudo caso
esteja distante do número necessário.
3.1.3.6. Estrutura física
Além do número, devem-se verificar certos requisitos indispensáveis
para uma boa operação dos laboratórios, tais como: adequação e segurança
21
do mobiliário (bancada, lousa, cadeiras, etc.), integridade física e mecânica da
estrutura, climatização, entre outros fatores.
3.1.3.7. Instalação elétrica
Além da estrutura física, a maioria dos laboratórios do Departamento
de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina devem possuir
algumas particularidades quanto à sua instalação elétrica, como demanda de
energia, número de tomadas, sistemas de proteção diferenciados, entre
outros.
3.2. QRM
A utilização dos laboratórios de graduação afetam diretamente três grupos
distintos: discentes e recém-formados, docentes responsáveis por laboratórios e/ou
que ministram aulas práticas em 2014 e técnicos dos laboratórios. Desta forma, foi
elaborado um Quadro de Referência Mental (QRM) com o intuito de identificar a
percepção de cada um destes três grupos isoladamente, complementando a visão
geral em relação aos laboratórios didáticos.
Desta forma, foi construído o quadro da figura 5.
Figura 6 - QRM: Quadro de Referência Mental
Fonte: O AUTOR
22
3.3. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
Analisando cada um dos grupos selecionados no QRM, foi verificada a
necessidade de abordagens distintas para a elaboração de um questionário para a
identificação das possíveis causas que afetam a utilização dos laboratórios didáticos
de Engenharia Elétrica da UEL.
Neste ponto, foram levadas em conta as principais características dos grupos,
o grau de complexidade dos conceitos abordados, as características das amostras e
dos seus respectivos números. Foram definidos também o tamanho, tipo e forma de
entrevista.
A complexidade dos assuntos abordados no questionário é de domínio dos
três grupos escolhidos, e suas características não se distinguem a ponto de
necessitarem de adaptações ao questionário.
A escolha do tipo de abordagem levou em conta o tamanho das amostras de
cada grupo, delimitando a complexidade na compilação das respostas e
necessidade de identificar questões mais específicas, como, por exemplo, com os
técnicos dos laboratórios, que devido ao baixo número de amostras (dois) é
necessária uma atenção especial à confiabilidade dos dados obtidos.
Esta análise foi sintetizada no quadro 1.
Quadro 1 - Características do Público Alvo
GRUPO COMPLEXIDADE CARACTERÍSTICAS TAMANHO DA
AMOSTRA
ABORDAGEM
ESCOLHIDA
Técnicos Não Interfere Não Interfere baixo em
relação ao total
Entrevista
pessoal
Docentes Não Interfere Não Interfere alto em
relação ao total
Questionário
Virtual e
autoaplicável
Discentes Não Interfere Não Interfere alto em
relação ao total
Questionário
Virtual
23
Desta forma, foram criados dois modelos de questionário, um para ser
aplicado pessoalmente ou autoaplicável, e outro para ser respondido virtualmente.
A construção do questionário levou em conta diversos fatores, como é
possível visualizar no fluxograma da figura 6.
Figura 7 - Fluxograma para Construção do Questionário
Através deste fluxograma, foi possível construir o formulário disposto na
sessão Apêndice 7.2. Questionário.
Como é possível identificar no questionário, as três primeiras perguntas
possuem um foco mais contextual com a finalidade de estabelecer um diálogo com o
entrevistado, tornando o preenchimento mais natural ao estabelecer um diálogo. As
demais questões são divididas em duas partes, a fim de verificar o impacto de uma
causa levantada através do Diagrama de Ishikawa com a utilização dos laboratórios.
Já a segunda parte consiste em analisar especificamente o caso dos laboratórios
didáticos do DEEL.
As questões estão dispostas conforme a escala de Likert, com cinco opções
de respostas, sendo dispostas em equilíbrio entre negativas, positivas e neutra. As
alternativas estão ainda com a ordem reversa em algumas questões, visando assim
24
que o preenchimento não seja feito de forma automática que poderia invalidar
alguns formulários.
O questionário possui um campo optativo para que o entrevistado possa
receber o resultado da pesquisa caso seja de seu interesse. Por fim, há um campo
para resposta discursiva, onde o entrevistado pode completar com suas próprias
considerações e sugestões de melhoria.
3.4. DEFINIÇÃO DAS CAUSAS
Os resultados obtidos com o questionário levaram a escolha de três áreas -
Infraestrutura, Equipamentos e Manutenção - para a análise de campo, a qual
consiste em levantar como está a situação dos laboratórios do DEEL em relação a
cada uma das três áreas. Os resultados dos questionários bem como o caminho
tomado para a escolha destas áreas serão expostos com mais detalhes na sessão
de Resultados.
Com as três áreas definidas (Infraestrutura, Equipamentos e Manutenção),
foram levantados por meio de brainstorm quais fatores deveriam ser levados em
conta no estudo. Estes fatores foram separados para cada uma das três áreas e
estão dispostos segundo os diagramas ilustrados pelas figuras 7, 8 e 9.
25
Figura 8 - Fluxograma para Mapeamento de Campo: Estrutura Física
Figura 9 - Fluxograma para Mapeamento de Campo: Equipamentos
26
Figura 10 - Fluxograma para Mapeamento de Campo: Manutenção
Levando em contas os fluxogramas para mapeamento de campo, foram
elaboradas tabelas para a coleta de dados em cada um dos laboratórios didáticos do
DEEL, as tabelas podem ser visualizadas na sessão Apêndice 7.3. Tabelas para
Mapeamento de Campo.
Após a compilação dos dados levantados pelas tabelas, foram propostas
algumas soluções de melhorias para os laboratórios didáticos que serão expostos
nas sessões seguintes deste trabalho.
27
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. ANÁLISE DE DADOS
4.1.2. Questionário
Pesquisa de opinião aplicada a 66 entrevistados, entre docentes, discentes,
recém-formados e técnicos de laboratório do Departamento de Engenharia Elétrica
da Universidade Estadual de Londrina.
Nesta sessão serão mostrados os resultados obtidos no questionário
aplicado, inicialmente serão mostrados os gráficos contendo todas as respostas
obtidas, e posteriormente serão analisados os dados obtidos separadamente para
cada um dos 3 grupos, a fim de construir o Quadro de Referência Mental.
4.1.2.1. Apresentação das respostas obtidas sem divisão de grupo:
30
4.1.2.2. Dados analisados por grupos separadamente:
Os dados foram analisados também em cada um dos subgrupos, verificando
assim a percepção de cada um dos públicos alvo estabelecidos no QRM. Na sessão
Apêndice 7.7 são expostos os dados obtidos individualmente para cada um dos três
grupos a seguir:
SUBGRUPO 1: Alunos de graduação e graduados há menos de 3 anos em
Engenharia Elétrica na Universidade Estadual de Londrina
31
SUBGRUPO 2: Docentes responsáveis por laboratórios e/ou que ministram
disciplinas práticas em 2014
SUBGRUPO 3: Técnicos de laboratório
As respostas discursivas foram utilizadas como insumo na busca por
sugestões de melhorias para os laboratórios. Um resumo das respostas discursivas
está exposto na sessão Apêndice 7.4. Resumo das Respostas Discursivas.
4.1.3. Análise dos gráficos
Através dos gráficos obtidos com o questionário, é possível identificar alguns
pontos pertinentes, tais como:
- A pesquisa de opinião foi aplicada a 66 entrevistados, entre docentes,
discentes, recém-formados e técnicos de laboratório do Departamento de
Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina.
- Dos 66 entrevistados, cerca de 92% afirmaram frequentar os laboratórios do
DEEL há mais de 2 anos.
- Do total, 11% são docentes, 3% técnicos de laboratório e 76% alunos ou ex-
alunos.
- Apenas 25% dos entrevistados afirmaram conhecer laboratórios de outras
Universidades.
- Na visão dos entrevistados, os laboratórios do DEEL são considerados
regulares de forma geral.
- Segundo os entrevistados, os fatores mais relacionados com a utilização dos
laboratórios são:
32
Tabela 1 - Visão Geral: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios
Fator Alta relação Baixa relação Sem relação
Integridade da estrutura física 80% 18% 2%
Manutenção dos equipamentos 83% 15% 2%
de equipamentos 77% 20% 3%
e/ou disponibilidade de
professores 71% 27% 2%
e/ou disponibilidade de
técnicos 65% 27% 8%
Distribuição inadequada de
horários 62% 24% 14%
SUBGRUPO 1: Alunos de graduação e graduados há menos de 3 anos em
Engenharia Elétrica na Universidade Estadual de Londrina.
- Sendo 45 alunos e 9 graduados há menos de 3 anos.
- Aproximadamente 90% dos entrevistados frequentam os laboratórios há
mais de 2 anos.
- 76% nunca tiveram contato com outros laboratórios de graduação.
- De forma geral, os laboratórios do DEEL são considerados regulares pelo
grupo.
- Segundo os entrevistados, os fatores mais relacionados com a utilização dos
laboratórios são:
33
Tabela 2 - Visão dos Discentes: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios
Fator Alta relação Baixa relação Sem relação
Manutenção dos equipamentos 83% 17% 0%
Integridade da estrutura física 76% 22% 2%
de equipamentos 74% 22% 4%
e/ou disponibilidade de
professores 67% 31% 2%
e/ou disponibilidade de
técnicos 57% 33% 9%
Distribuição inadequada de
horários 59% 26% 15%
SUBGRUPO 2: Docentes
- 10 docentes participaram do questionário.
- 100% dos docentes frequentam os laboratórios há mais de 2 anos, sendo
que 70% frequentam há mais de 8 anos.
- 100% afirmaram já terem contato com outro laboratório, sendo que 70% já
tiveram contato com 2 ou mais laboratórios.
- De forma geral, os docentes classificam os laboratórios como regulares.
- Segundo os entrevistados, os fatores mais relacionados com a utilização dos
laboratórios são:
34
Tabela 3 - Visão dos Docentes: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios
Fator Alta relação Baixa relação Sem relação
Integridade da estrutura física 100% 0% 0%
e/ou disponibilidade de
técnicos 100% 0% 0%
Manutenção dos equipamentos 90% 10% 0%
de equipamentos 90% 10% 0%
e/ou disponibilidade de
professores 90% 10% 0%
Distribuição inadequada de
horários 70% 20% 10%
SUBGRUPO 3: Técnicos de laboratório
- Os 2 técnicos do Departamento de Engenharia Elétrica da UEL participaram
do questionário.
- Ambos frequentam os laboratórios há mais de 2 anos e já tiveram contato
com outro laboratório.
- De maneira geral, eles classificam os laboratórios como bons.
- Segundo os entrevistados, os fatores mais relacionados com a utilização dos
laboratórios são:
35
Tabela 4 - Visão dos Técnicos: Fatores que Afetam a Utilização dos Laboratórios
Fator Alta relação Baixa relação Sem relação
Integridade da estrutura física 100% 0% 0%
e/ou disponibilidade de
técnicos 100% 0% 0%
de equipamentos 100% 0% 0%
e/ou disponibilidade de
professores 100% 0% 0%
Distribuição inadequada de
horários 100% 0% 0%
Manutenção dos equipamentos 50% 0% 50%
4.1.4. DEFINIÇÃO DAS CAUSAS A SEREM ESTUDADAS
Com os dados expostos nas tabelas acima, foi possível identificar a
percepção de cada um dos grupos separadamente, e, com isto foi montado o
Quadro de Referência Mental (QRM) de acordo com as causas que cada grupo
acredita mais influenciar na utilização dos laboratórios.
36
Figura 11 - QRM: Principais Causas por Grupo
Fonte: O AUTOR
A figura 11 evidencia os fatores contatados de maior recorrência entre os três
grupos estudados, levando em conta também a percepção geral das causas.
37
Figura 12 - Fatores Recorrentes
Fonte: O AUTOR
Logo, as causas que os entrevistados consideram mais afetar a utilização dos
laboratórios e que foram estudadas em relação à situação atual dos laboratórios
didáticos do curso de Engenharia Elétrica da UEL são:
- Estrutura Física
- Manutenção dos Equipamentos
- Número de Equipamentos
4.1.5. DISCUSSÃO DOS DADOS COLETADOS NOS LABORATÓRIOS
O curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina dispõe
de seis laboratórios didáticos, sendo estes projetados inicialmente para serem
utilizados conforme dispostos no quadro 2:
38
Quadro 2 - Utilização Original
Sala Utilização Original
851 Laboratório de Simulação e Projetos de
Circuitos
852 Laboratório de Eletrotécnica
853 Laboratório de Sistemas Digitais
855 Laboratório de Eletrônica, Controle e
Instrumentação
856 Laboratório de Comunicações
Porém, de acordo com a necessidade e a atualização da grade curricular do
curso de Engenharia Elétrica, os laboratórios foram readequados conforme
dispostos no quadro 3:
Quadro 3 - Utilização Real
Sala Utilização Real
851 Laboratório de Automação e DSP
852 Laboratório de Eletrotécnica
853 Laboratório de Sistemas Digitais
855 Laboratório de Eletrônica e
Instrumentação
856 Laboratório de Telecomunicações
Algumas disciplinas que possuem carga horária de atividades práticas da
grade curricular do curso de Engenharia Elétrica não necessitam de laboratórios
com bancadas e equipamentos específicos, desta forma são realizadas em um
laboratório de informática da graduação, o qual por não ser de uso exclusivo do
curso de Engenharia Elétrica e por não requisitar equipamentos que são objeto de
estudo deste trabalho, não será abordado.
Os três quesitos analisados neste trabalho são: Estrutura Física,
Equipamentos e Manutenção de Equipamentos. Nesta seção serão expostos os
39
dados coletados em cada um dos cinco laboratórios didáticos do curso de
Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina.
Os dados obtidos através das Tabelas para Mapeamento de Campo
dispostas na sessão Apêndice 7.3 são expostos nas tabelas 5, 6, 7 e 8.
Tabela 5 - Dados coletados Estrutura Física A
ESTRUTURA FÍSICA
Laboratório
Didático Área [m²]
Capacidade de alunos
Disciplinas ministradas
Atividade extra Período de
uso de docentes que o utilizam
851 65
Teórica: 40 Prática: 24
2ELE040 2ELE049 2ELE027
Ramo IEEE Pós-Graduação
Projeto Lego
Tarde: Ter., Qua
e Qui. 3
852 65
Teórica: 20 Prática: 18
2ELE039 2ELE034 2ELE045
Nenhuma Tarde:
Seg., Qua. e Qui.
4
853 68
Teórica: 20 Prática: 18
2ELE032 2ELE036 5ELE048
Nenhuma
Manhã: Ter.
Tarde: Seg. à Sex.
4
855 65
Teórica: 20 Prática: 25
2ELE046 2ELE041
Nenhuma Tarde: Seg. à Sex.
3
856 68
Teórica: 20 Prática: 18
2ELE038 2ELE043 2ELE042
Nenhuma Tarde:
Seg. à Qui. 3
40
Tabela 6 - Dados coletados Estrutura Física B
ESTRUTURA FÍSICA
Laboratório
Didático Ventilação Lousa Bancadas Banquetas Tensão Iluminação
851
1x Ar Condicionado 4x Ventilador
de Teto
1x Lousa de Vidro
1x Tela para Projeção
Teórica: 9 Prática: 8
24 110V
1φ
Total: 36 Queimadas:
6
852
4x Ventilador de Teto
1x Lousa de Vidro
1x Quadro Negro
Teórica: 6 Prática: 6
18 220V
3φ
Total: 36 Queimadas:
2
853
4x Ventilador de Teto
1x Lousa de Vidro
1x Tela para Projeção
1x Quadro Negro
Teórica: 6 Prática: 6
18 110V
1φ
Total: 36 Queimadas:
0
855
2x Ventilador de Parede
2x Lousa de Vidro
1x Quadro Negro
Teórica: 9 Prática: 8
25 110V
1φ
Total: 36 Queimadas:
0
856
4x Ventilador de Parede
1x Quadro Negro
Teórica: 6 Prática: 6
18 110V
1φ
Total: 48 Queimadas:
10
Os dados de área [m²] e capacidade de alunos (teórico) foram obtidos pelo
documento “Dados dos laboratórios didáticos” na sessão Anexo 8.1., conforme
verificado na Tabela 6, a capacidade máxima de alunos verificada é diferente da
qual foram projetados os laboratórios didáticos. Estas divergências se devem desde
a contagem de professores, monitores e técnicos até a falta de banquetas, como
evidenciado nos laboratórios 851 e 855, dos quais são possíveis adicionar três e
duas banquetas, respectivamente.
Em cada um dos cinco laboratórios didáticos são ministradas disciplinas
distintas, de acordo com a necessidade de equipamentos para cada uma delas. A
distribuição das disciplinas ministradas com carga horária para desenvolvimento de
atividades práticas do curso de Engenharia Elétrica da UEL estão dispostas na
tabela 8.
41
Tabela 7 - Disciplinas por Laboratório Didático
Laboratório Didático
Disciplinas ministradas
851
2ELE040: Processamento de Sinais
2ELE049: Redes de Telecomunicações
2ELE027: Eletricidade Básica
852
2ELE039: Máquinas Elétricas e Transformadores
2ELE034: Medidas Elétricas
2ELE045: Instrumentação Eletrônica
853
2ELE032: Circuitos Digitais I
2ELE036: Microprocessadores
5ELE048: Sistemas Digitais
855 2ELE046: Eletrônica de Potência
2ELE041: Circuitos Eletrônicos I
856
2ELE038: Circuitos Digitais II
2ELE043: Princípios de Comunicações
2ELE042: Circuitos Eletrônicos II
Apenas no laboratório didático 851 são realizadas regularmente atividades
extras às dispostas para o curso de graduação, sendo estas:
- Ramo Estudantil IEEE: Segundas e sextas-feiras das 12h às 13h15min.
- Pós-Graduação: Sextas-feiras no período noturno e sábados.
- Projeto Lego: Dias de semana esporádicos no período matutino.
Nenhuma das atividades acima impacta na utilização dos laboratórios para a
graduação, pois tanto o Ramo IEEE quando a Pós-Graduação utilizam os
laboratórios em horários alternativos à grade de aulas do curso de Engenharia
Elétrica da Universidade Estadual de Londrina. Já o Projeto Lego acontece no
período matutino, no qual atualmente não há aulas que utilizem os laboratórios, além
do mais, todos os outros quatro laboratórios estão livres no momento em que as
atividades extras são realizadas.
Cada laboratório didático é utilizado de acordo com a sua demanda, ou seja,
possuem horários de funcionamento distintos. Além disto, os docentes que utilizam
cada laboratório para ministrar aulas práticas também difere de laboratório para
laboratório, desta forma foi elaborada a tabela abaixo com a disposição atual de
docentes e horários.
42
Tabela 8 - Disposição de Docentes e Horários de Utilização para cada Laboratório Didático
ESTRUTURA FÍSICA
Laboratório
Didático Período de uso
de docentes que o utilizam
851
Tarde: Ter., Qua e Qui.
3
852
Tarde: Seg., Qua. e Qui.
4
853
Manhã: Ter. Tarde: Seg. à
Sex. 4
855
Tarde: Seg. à Sex.
3
856
Tarde: Seg. à Qui.
3
Ventilação dos laboratórios didáticos é feita primariamente através de
ventiladores, apenas o laboratório 851 possui ar condicionado de 10000Btus, muito
antigo e que não atende a demanda, por estes fatores, ele quase não é utilizado.
Os laboratórios são equipados com três tipos de lousas, conforme mostrado
nas figuras 12, 13 e 14.
Figura 13 - Lousa de Vidro
43
Figura 14 - Quadro Negro
Figura 15 - Tela de Projeção
As duas telas de projeção existentes nos laboratórios didáticos não são fixas
e podem ser realocadas de acordo com a demanda, diferentemente das lousas de
vidro e dos quadros negro.
Todas as bancadas em fórmica estão livres para uso com exceção de uma no
laboratório 851, a qual está temporariamente inutilizada a mais de quatro anos para
o armazenamento de painéis, como é possível visualizar na figura 16.
Figura 16 - Bancada em Fórmica
44
Figura 17 - Bancada Inutilizada
Idealmente, cada bancada deveria comportar de dois a três alunos cada, a fim
estimular o aprendizado. Os laboratórios didáticos do curso de Engenharia Elétrica
da Universidade Estadual de Londrina foram projetados para comportarem três
alunos por bancada, porém foi verificado que os laboratórios 851 e 855 possuem
déficit de banquetas.
Apenas o laboratório 852: Laboratório de Eletrotécnica possui tensão 220V
trifásico nas bancadas, os demais laboratórios possuem tensão 110V monofásico.
A iluminação é feita através de lâmpadas fluorescentes, das quais algumas se
encontram queimadas em três dos cinco laboratórios didáticos, como é possível
observar na figura 17.
Figura 18 - Lâmpadas Queimadas
45
Foram evidenciadas muitas rachaduras na estrutura física dos laboratórios
didáticos, conforme podem ser observadas nas figuras 18-24.
Figura 19 - Rachaduras Estrutura Física A
A figura 18 mostra uma rachadura encontrada em um canto no laboratório
851, a qual pode ser verificada seu tamanho em comparação com um giz de lousa.
Figura 20 - Rachaduras Estrutura Física B
A figura 19 mostra uma rachadura que cruza toda a extensão do laboratório
852, o qual compromete a integridade da estrutura física do prédio.
46
Figura 21 - Rachaduras Estrutura Física C
A rachadura mostrada na figura 20 relata o estado do laboratório 855, o qual
possui uma rachadura ao longo de toda a extensão de uma de suas paredes.
Dados mais alarmantes são encontrados ao analisarmos a estrutura física do
prédio como um todo, conforme podem ser verificados nas figuras 21-24.
Figura 22 - Rachaduras no Prédio A
O prédio possui três pisos (térreo, primeiro andar e segundo andar), a figura
acima mostra uma rachadura grande varrendo o teto do terceiro andar do prédio. Na
figura 22 é possível verificar rachaduras, mofo e desgaste da pintura em uma das
paredes e no teto do segundo andar. Já na figura 23 mostra o comprometimento da
junção entre parede e escada do prédio.
47
Figura 23 - Rachaduras no Prédio B
Figura 24 - Rachaduras no Prédio C
Do lado de fora do prédio também é possível encontrar danificações na
estrutura, conforme pode ser verificada pela figura 24, isto é preocupante ao
levarmos em conta que o prédio foi inaugurado em fevereiro de 1998, de acordo
com a placa de fundação.
48
Figura 25 - Rachadura Externa do Prédio
4.1.5.1. Equipamentos
Foram objeto de estudo deste trabalho equipamentos que impactam na
maioria dos laboratórios didáticos, excluindo equipamentos que são pouco utilizados
simultaneamente a fim de isolar apenas os que impactam na utilização dos
laboratórios. Desta forma foram selecionados cinco tipos de equipamentos, sendo
estes:
- Osciloscópio
- Fonte de Tensão
- Gerador de Funções
- Multímetro
- Computador
Após o levantamento de inventário, foi verificada a quantidade e os modelos
dos equipamentos à disposição dos laboratórios da graduação, sendo os dados
dispostos na tabela 10.
49
Tabela 9 - Equipamentos
EQUIPAMENTOS
Equipamento Quantidade
Osciloscópio
Osciloscópio Digital Tektronix 1001c30EDU: 6 Osciloscópio Digital Tektronix TDS-210: 6
Osciloscópio EZ OS 5100 RA: 6 Osciloscópio Kikusui: 6
Osciloscópio: Minipa MO-1221: 2 Osciloscópio: Minipa MO-2121s: 4 Osciloscópio: Minipa MO-1251: 6 Osciloscópio Minipa MO-1225: 1
Osciloscópio Icel OS21: 2 Total: 39
Fonte
Fonte Minipa MPC3003D: 10 Fonte Minipa MPC303D: 5 Fonte Minipa MPS3003: 7
Fonte Dupla Minipa: 1 Total: 23
Gerador de
funções
Gerador de Funções Amrel FG513: 7 Gerador de Funções Instruterm: 3
Gerador de Funções Minipa MFG-4205: 6 Gerador de Funções Minipa MFG4200: 11
Total: 27
Multímetro
Multímetro Instruterm MD-700: 6 Multímetro Minipa ET-2507: 3
Multímetro Alicate Minipa ET-3200: 6 Multímetro Digital Minipa ET2060: 26 Multímetro Digital Minipa ET-2402: 1
Multímetro Analógico Politerm POL-50: 2 Multímetro Digital Minipa ET-1502: 2
Multímetro Analógico Minipa ET-3008: 6 Multímetro Digital Meterman 38XR: 1 Multímetro Analógico SEW ST505: 4 Multímetro Digital Minipa ET1501: 5 Multímetro Digital Minipa ET2507: 3 Multímetro Digital Minipa ET2600: 3 Multímetro Digital Minipa ET2400: 5 Multímetro Analógico SEW ST508: 2 Multímetro Analógico ICEL MA430: 1
Multímetro Alicate MIC 2080W: 1 Total: 77
Computador
CPU Ilha Way: 8 CPU AMD: 9
CPU Itautec Infoway:1 CPU Satélite: 4 CPU VCOM: 2
Total: 24
50
À primeira vista, podemos ser levados a acreditar que os números mostrados
na tabela 10 são suficientes, porém ao analisarmos os dados mais profundamente, é
possível afirmar o contrário.
4.1.5.1.1. Osciloscópio
Contamos atualmente com 39 osciloscópios à disposição da graduação,
porém, destes, apenas 12 são osciloscópios digitais, os demais são osciloscópios
analógicos antigos, os quais não possuem diversas funções e ainda estão
descalibrados, como veremos mais adiante. Este fato implica em elevada
concorrência pelos osciloscópios digitais.
Dos 12 osciloscópios digitais, 6 deles estão inativos devido ao mesmo defeito
há mais de um ano e meio. Outros 3 osciloscópios analógicos se encontram
desmontados há mais de 2 anos.
Desta forma, temos efetivamente 30 osciloscópios em condições de serem
utilizados. Com isto, podemos ter 30 bancadas operando simultaneamente, ou
ainda, os cinco laboratórios funcionando simultaneamente, embora em situação não
ideal.
4.1.5.1.2. Fonte de Tensão
Os laboratórios dispõem de 23 fontes de tensão, todas elas estão em
condições de operar. Com as 23 fontes de tensão, podem ser utilizadas 23
bancadas ou ainda 4 laboratórios simultâneos, valor que atende a demanda pelo
fato de não termos nenhum dia da semana com os 5 laboratórios operando
simultaneamente com disciplinas que necessitam de fontes de tensão.
4.1.5.1.3. Gerador de Funções
Dispomos de 27 geradores de funções, em particular estes equipamentos
estão em bom estado de conservação e atendem bem à demanda. Com estes 27
geradores são possíveis 27 bancadas simultâneas em 4 ou até nos 5 laboratórios.
51
4.1.5.1.4. Multímetro
A graduação está bem servida de multímetros, são 77 no total sendo que
destes, 7 estão inativos por algum tipo de defeito, restando ainda 70 multímetros em
plenas condições de uso. Estes 70 multímetros são suficientes para todos os
laboratórios funcionarem simultaneamente além de termos alguns de reserva para
eventuais acidentes.
Contudo, a grande maioria dos multímetros disponíveis são antigos, embora
ainda atendam às necessidades de uso.
4.1.5.1.5. Computador
Entre os cinco laboratórios didáticos, três deles dispõem de computadores em
suas bancadas, são eles os laboratórios 853, 855 e 856. Tais números atendem a
necessidade de computadores, visto que poucas disciplinas da grade curricular do
curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina possuem
alguma necessidade de computadores para disciplinas com carga horária prática.
Embora o número esteja de acordo com a demanda, muitos computadores
são antigos, lentos e eventualmente apresentam algum tipo de problema.
Desta forma, dos 24 computadores disponíveis, apenas 8 operam de maneira
satisfatória, enquanto os demais estão ultrapassados.
4.1.5.2. Aquisição de equipamentos
Como equipamentos eletrônicos estão em constante evolução, vale a pena
ser levada em conta a aquisição de novos equipamentos, uma vez que dentro de
poucos anos um equipamento se torna obsoleto.
A aquisição de novos equipamentos é feita apenas quando acontece a
requisição por parte de algum docente.
Isto implica na falha de renovação dos equipamentos, já que os docentes na
maioria das vezes apenas fazem solicitações de equipamentos dos quais não são
encontrados nos laboratórios, enquanto que os equipamentos antigos continuam
sendo utilizados, pois mesmo que ultrapassados, conseguem atender às
necessidades.
52
Uma vez ao ano é feita uma lista para aquisição de componentes eletrônicos,
onde os técnicos buscam os professores a fim de efetuar o levantamento de
necessidade e repor os estoques. Em seguida, são cadastrados 3 orçamentos no
sistema da UEL para que seja efetuada a compra. Na sessão Anexo 8.3 encontra-se
um modelo de lista de compras.
4.1.6. Manutenção
A coleta de dados revelou que muitos equipamentos estão sem utilização por
falta de manutenção, dos quais se destacam que seis osciloscópios digitais (modelo
mais novo de que a graduação dispõe) estão com o mesmo defeito há mais de um
ano e meio, ou seja, dos 12 osciloscópios digitais que a graduação dispõem, apenas
50% estão aptos a operar.
Isto causa problemas em períodos onde mais de um laboratório é utilizado
simultaneamente, como nas quartas-feiras onde temos todos os cinco laboratórios
sendo utilizados e nas segundas e terças onde temos quatro laboratórios, como é
possível verificar no documento “Horários de utilização dos laboratórios” na sessão
Anexo 8.2, nestes casos, a falta de osciloscópios digitais é suprimida pelo emprego
de osciloscópios analógicos, os quais são muito antigos e ultrapassados
tecnologicamente.
Não é feita nenhuma manutenção preditiva ou preventiva nos laboratórios
didáticos.
A manutenção corretiva é empregada apenas quando é alertado o mau
funcionamento de algum equipamento aos técnicos, que são responsáveis pelos
laboratórios. A manutenção é interna e feita pelos próprios técnicos da graduação.
Apenas em uma ocasião foi feita manutenção externa via Universidade, quando foi
enviado um osciloscópio para manutenção no ano de 2010 e até a presente data
não teve retorno.
As calibrações dos equipamentos são feitas sempre e somente quando há
manutenção. Também não são feitas calibrações periódicas, que segundo os
manuais dos equipamentos são necessárias para manter a precisão e o bom uso
dos mesmos.
53
De acordo com os manuais dos fabricantes, a periodicidade para calibração
de osciloscópios é em média a cada 1000 horas de uso, já para geradores de
funções, o período indicado é de 3 meses. Para multímetros e fontes de tensão, os
manuais solicitam que as calibrações sejam feitas ao menos uma vez a cada ano.
Estes períodos variam também em relação à utilização dos equipamentos, de
forma geral, a calibração deve ser no mínimo uma vez ao ano, e com maior
periodicidade para instrumentos que possuem maior utilização.
54
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO
Com este trabalho foi possível identificar quais causas são mais impactantes
na utilização de um laboratório didático, segundo 66 entrevistados entre discentes,
recém-formados, docentes e técnicos de laboratório. Foi possível ainda verificar que
a percepção para cada um destes grupos é diferente, pois cada um deles possuem
experiências distintas com os laboratórios.
Ao levar em conta as diferentes percepções, foram evidenciados três
aspectos recorrentes: estrutura física, equipamentos e manutenção de
equipamentos, dos quais são considerados de maior impacto sob a utilização dos
laboratórios, desta forma foi feito um levantamento de dados a fim de verificar a real
situação destes.
O levantamento de dados nos mostrou de forma holística o funcionamento
dos laboratórios didáticos, evidenciando suas falhas e pontos de melhoria.
Com a análise de campo podemos concluir que alguns laboratórios
armazenam equipamentos que não são utilizados há anos, como é possível verificar
nas imagens da sessão Apêndice 7.5. Equipamentos Não Utilizados. Sugestão de
melhoria: Elaboração do processo 5S nos laboratórios didáticos.
No laboratório de Simulação e Projetos de Circuitos (851) conforme é possível
observar na figura 16, uma das bancadas está inutilizada há mais de 4 anos com
equipamentos que não são utilizados. Sugestão de melhoria: Buscar os
responsáveis pelos equipamentos para a destinação correta destes.
Como foi possível constatar na sessão 4.1.5., a estrutura física do prédio
onde os laboratórios didáticos estão instalados não está em perfeitas condições,
podendo trazer riscos. Sugestão de melhoria: Buscar um especialista em estruturas
para fazer uma análise do prédio e aplicar silicone nas rachaduras do segundo piso
como foram feitas às do terceiro piso mostradas na sessão Rachaduras em
Apêndice 7.6.
A iluminação dos laboratórios é feita com lâmpadas fluorescentes, das quais
variam sua quantidade para cada um dos laboratórios, conforme pode ser observado
na tabela 7. Sugestão de melhoria: Trocar as lâmpadas queimadas.
55
A ventilação dos laboratórios é feita basicamente por ventiladores, como
mostrado na tabela 7. Os laboratórios são bem arejados e não necessitam de
mudanças drásticas em seu sistema de ventilação, apenas alguns ajustes a fim de
torná-los melhores. Sugestões de melhoria: Substituição do ar condicionado da sala
851 por um modelo mais novo, inclusão de condicionadores de ar nos laboratórios
852 e 853. Já para os laboratórios do terceiro piso, aconselha-se unicamente a
instalação de mais dois ventiladores no laboratório 855, o qual possui apenas 2
ventiladores de parede. Para os laboratórios do terceiro piso é desaconselhada a
instalação de condicionadores de ar pela geometria da sala (teto muito alto) como é
possível verificar na figura 17.
Foi verificado que os equipamentos embora estejam em quantidades
suficientes, encontram-se defasados tecnologicamente. Apenas poucos deles são
recentes, causando assim concorrência entre os docentes para sua utilização. Não é
feita aquisição periódica de equipamentos, nem mesmo uma lista de prioridades
para sua compra, como é feita com componentes. Sugestão de melhoria: Elaborar
um plano de renovação dos equipamentos dos laboratórios ordenado por data de
aquisição, a fim de que sempre se tenham equipamentos atualizados. Além de
elaborar uma lista de compras de novos equipamentos semelhantemente a exposta
na sessão Anexo 8.3 para componentes eletrônicos.
Outro ponto falho evidenciado nos laboratórios didáticos é em relação à
manutenção dos equipamentos. Foi possível constatar que muitos equipamentos
estão parados por falta de manutenção, alguns inclusive são novos podendo estar
ainda na garantia. Sugestão de melhoria: Etiquetar os equipamentos com a data de
expiração da garantia, a fim de se ter um melhor controle sobre estas.
Nota-se também usualmente são encontrados componentes queimados
durante os experimentos, isto se dá ao fato de alunos devolverem componentes com
defeito ou queimados sem aviso por receio de terem danificado. Sugestão de
melhoria: Conscientização dos alunos por parte dos professores da importância em
se avisar do mau funcionamento de um equipamento ou componente a fim de ser
dada a manutenção adequada ou reposição do mesmo.
O processo de calibragem de equipamentos somente é feito quando algum
destes apresenta problemas. Nota-se inclusive a falta de capacitação em calibragem
56
e falta de equipamentos necessários para calibração. Sugestão de melhoria: Curso
de calibração para os técnicos dos laboratórios, bem como a compra de
equipamentos adequados para o processo e por fim elaboração de calendário de
calibração e manutenção preventiva de equipamentos.
Quanto à demanda de uso dos laboratórios, ela deveria ser maior, a fim de
explorarmos todo o potencial do laboratório. Pela tabela 14 e 15 vemos que os
laboratórios são pouco utilizados. De forma ótima, os laboratórios deveriam
funcionar 24 horas por dia em todos os 7 dias da semana, conforme dados obtidos
na sessão 7.4. Através da tabela 6, notamos que são poucas as atividades extras
que são desenvolvidas nos laboratórios didáticos, que, novamente, foi um ponto
levantado nas questões discursivas apresentadas na sessão 7.4. Sugestão de
Melhoria: Expandir o horário de funcionamento dos laboratórios bem como o
incentivo do desenvolvimento de atividades extras nos mesmos. Se necessário,
contratar mais técnicos para que isto seja possível.
Com estas sugestões objetiva-se melhorar a utilização dos laboratórios de
graduação do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina a
fim de formar com plenitude profissionais de qualidade de forma a suprirem a
demanda da sociedade.
57
CAPÍTULO 6 - REFERÊNCIAS
CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da qualidade total. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, 1992.
COUTINHO, Clara Pereira; BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista. Utilização da
técnica do brainstorming na introdução de um modelo de E/B-Learning numa escola
profissional portuguesa: a perspectiva dos professores e dos alunos. In:
ENCONTRO INTERNACIONAL DISCURSO, METODOLOGIA E TECNOLOGIA,
2007, Miranda do Douro. Anais. Miranda do Douro: Centro de Estudos António Maria
Mourinho, 2007. p. 102-118.
DE SOUSA MIRANDA¹, Heitor; DE OLIVEIRA, Fernando Luiz. Protótipo de um
Módulo de Brainstorm baseado em Mapas Conceituais para uma Rede Social
Educacional Web.
DILLMAN, D. A. (1972). Increasing mail questionnaire response in large samples of
the general public. Public Opinion Quarterly, 36, 254-257.
ENSSLIN, Leonardo; NETO, Gilberto Montibeller; NORONHA, Sandro
MacDonald. Apoio à decisão: metodologias para estruturação de problemas e
avaliação multicritério de alternativas. Insular, 2001.
FOWLER, F. J. (1998). Design and evaluation of survey questions. Em L. Brickman
& D. J. Rog (Eds.), Handbook of applied social research methods (p. 343-374).
Thousand Oaks, CA: Sage.
GUNTER, H. & LOPES, Jr., J. (1990). Perguntas abertas vs perguntas fechadas:
Uma comparação empírica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 6, 203-213.
GÜNTHER, Hartmut. Como elaborar um questionário. Instrumentos psicológicos:
manual prático de elaboração, p. 231-258, 1999.
HARRIS, Robert. Creative Thinking Techniques. Disponível em:
<http://idsa.sjsu.edu/Archive%20documents/Creative_Thinking_Techniques.pdf>.
Acesso em: 13 ago. 2014.
LABINMETRO. Calibração de Instrumentos. Disponível em:
<http://labinmetro.com.br/calibracao.php>. Acesso em: 15 out. 2014.
58
MONGEAU, P. A. The Brainstorming Myth. In: ANNUAL MEETING OF THE
WESTEM STATES COMMUNICATION ASSOCIATION. Albuquerque, 1993.
MOOS, R. H. (1987). The social climate scales. A user’s guide. Palo Alto, CA:
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NISKIER, Arnaldo. LDB: a nova lei da educação:[tudo sobre a lei de diretrizes e
bases da educação nacional: uma visão crítica]. Consultor, 1996.
SILINGOVSCHI, Regina Rita Liberati. A “gestão da qualidade” na administração e
organização da Unidade de Informação 4 da Rede de Bibliotecas Unoeste de
Presidente Prudente. 2003.
SOMMER, B., & SOMMER, R. (1997). A practical guide to behavioral research:
Tools and techniques (4th Ed.). New York: Oxford U Press.
TENORIO, Dayse Duarte; ALMEIDA, Lucas Duarte; DE OLIVEIRA QUINTAES,
Felipe. SISTEMA DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO. Disponível em:
<http://www.dee.ufrn.br/~joao/manut/05%20-%20Cap%EDtulo%203.pdf>. Acesso
em 24 fev. 2014.
60
7.2. QUESTIONÁRIO
Pesquisa: TCC - Utilização dos Labs do DEEL
Este questionário tem o intuito de analisar as principais causas que podem afetar a utilização de laboratórios de uma forma geral, além de verificar o cenário atual dos laboratórios do DEEL.
Marque com um "X" a alternativa que mais se enquadra com a sua opinião para cada um dos itens abaixo.
1) Inicialmente gostaria de saber a quanto tempo você frequenta os laboratórios do DEEL:
( ) < 2 anos ( ) Entre 2 e 4 anos ( ) Entre 4 e 6 anos ( ) Entre 6 e 8 anos ( ) > 8 anos
2) Você já teve contato com laboratórios de outras Universidades?
( ) Não ( ) Apenas com um ( ) Dois ou mais
3) Em geral, como você classificaria os laboratórios do DEEL?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
4) a) Você acredita que há relação entre a utilização de laboratórios com a sua integridade física?
( ) Alta relação ( ) Baixa relação ( ) Sem relação
4) b) Quanto à causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do DEEL?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo
5) Quanto ao número de salas de laboratório do DEEL, você considera:
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo
6) a) E quanto ao nº de equipamentos, existe relação com a utilização de laboratórios?
( ) Alta relação ( ) Baixa relação ( ) Sem relação
6) b) Quanto ao item acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do DEEL?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo
7) De forma geral, você considera que os equipamentos dos labs do DEEL estão em que estado:
( ) Última geração ( ) Alta tecnologia ( ) Regular ( ) Defasados ( ) Obsoletos
8) a) Você considera que há relação entre a manutenção de equipamentos com a utilização dos labs?
( ) Sem relação ( ) Baixa relação ( ) Alta relação
8) b) Quanto à causa anterior, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do DEEL?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
9) a) Como você vê a relação entre a utilização de labs com a distribuição inadequada de horários?
( ) Alta relação ( ) Baixa relação ( ) Sem relação
61
9) b) Em relação causa do item anterior, como você classificaria o cenário atual dos labs do DEEL?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo
10) a)
Existe relação entre o nº e/ou disponibilidade de técnicos com a utilização de laboratórios?
( ) Sem relação ( ) Baixa relação ( ) Alta relação
10) b)
Quanto à causa anterior, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do DEEL?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
11) a)
E quanto aos professores?
( ) Sem relação ( ) Baixa relação ( ) Alta relação
11) b)
Quanto causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do DEEL?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo
Você gostaria de receber os resultados desta pesquisa por e-mail?
( ) Não
( )Sim. E-mail: ______________________________________________________.
Campo para considerações gerais, causas não abordadas no questionário e sugestões de melhoria para os laboratórios do DEEL:
64
7.4. RESUMO DAS RESPOSTAS DISCURSIVAS
Campo para considerações gerais, causas não abordadas no questionário e
sugestões de melhoria para os laboratórios do DEEL:
- Equipamentos: Baixa qualidade, equipamentos antigos e em pequena quantidade.
Isto implica na obrigação dos docentes a estarem constantemente improvisando
experimentos. Também é necessária a aquisição de novos equipamentos. Muitos
componentes não funcionam, sendo necessária sua substituição. Faltam materiais
didáticos para aulas praticas como componentes e kits para ensino.
- Existem equipamentos nos laboratórios que nunca foram usados por alunos por
falta de capacidade/conhecimento do professor, justificando assim aulas em
simulação ou teóricas ao invés de práticas. Faltam bancadas mais voltadas para
eletrotécnica e automação, como por exemplo, CLP, não existe nada disso na UEL e
é muito usado na indústria. Plano para a substituição gradativa dos equipamentos
para evitar o sucateamento.
- Há vários professores ativos em projetos de pesquisa financiados por órgãos
públicos. Dentre esses, alguns deixam de receber recursos por não ter opções de
compra, pois já estão com seus laboratórios completos ou talvez não ache
compensador gastar tempo realizando propostas de compra de equipamentos e
materiais. Pois bem, estes recursos remanescentes poderiam ser utilizados para
compra de novos materiais (protoboards utilizáveis, componentes discretos básicos,
etc) e equipamentos (osciloscópios que funcionem corretamente, etc.) para os
laboratórios didáticos. Falta um pouco de colaboração dos próprios pesquisadores
do departamento, há um defasamento grande entre seus laboratórios e os
laboratórios de aula.
- Manutenção: Falta de planejamento para a manutenção, implementação de um
plano de calibração periódica dos equipamentos.
- Estrutura física: Espaço físico inadequado devido às adaptações, falta de plano de
expansão para os laboratórios didáticos, necessidade de reforma nos laboratórios,
necessidade de aumento do espaço físico, número de bancadas e número de
equipamentos possibilitando um menor número de alunos por bancada visando
melhorar o aprendizado.
- Utilização: Os laboratórios deveriam funcionar 24 horas por dia durante 7 dias por
semana. Eles deveriam ser acessados pelos alunos não somente nas aulas, mas
principalmente em atividades extra-aula direcionadas por docentes. Oferta de
horários alternativos para as diversas disciplinas práticas. Deveria haver monitores
para os laboratórios a fim de reduzir o tempo de montagem em aulas práticas.
65
7.5. EQUIPAMENTOS NÃO UTILIZADOS
No laboratório de Simulações e Projetos de Circuitos (851) foram encontradas
duas lousas armazenadas atrás de um armário, mostradas na figura 26 (A). As
lousas não são utilizadas e provavelmente nunca serão, pois são do tipo sem vidro,
o qual dificulta a utilização.
Figura 26 - Sucata: Lousas (A) Figura 26 – Sucata: Placa Metálica (B)
A figura 26 (B) mostra uma estrutura metálica armazenada atrás de um
armário do laboratório de Eletrônica, Controle e Instrumentação (855). Trata-se de
sucata armazenada em local indevido que não terá uso futuro.
No laboratório de Comunicações (856) também foram encontradas sucatas,
como é possível verificar nas figuras 27, 28 e 29. A figura 27 mostra um microscópio
muito antigo que os técnicos do laboratório afirmaram nunca terem vivenciado sua
utilização. Na imagem 28 é possível verificar o armazenamento de osciloscópios
ultrapassados, dos quais nem constam no inventário, eles também não são
utilizados há anos. Já na figura 29, notamos novamente o armazenamento de sucata
atrás de um armário.
66
Figura 27 - Sucata: Microscópio
Figura 28 - Sucata: Osciloscópios
Figura 29 - Sucata: Chapa Metálica
76
7.6. RACHADURAS
Foram encontradas diversas rachaduras nos laboratórios do segundo piso,
como mostradas nas figuras 18, 19 e 20. Nos laboratórios do terceiro piso foram
encontradas rachaduras preenchidas com um tipo de silicone para evitar infiltrações
que ocorriam nos laboratórios do segundo piso, como é possível observar nas
figuras 30 e 31.
Figura 30 - Rachadura Preenchida com Silicone (A) Figura 30 - (B)
Figura 31 - Rachadura no Rodapé com Silicone
77
7.7. DADOS POR GRUPOS
SUBGRUPO 1: Alunos de graduação e graduados há menos de 3 anos em
Engenharia Elétrica na Universidade Estadual de Londrina
0
5
10
15
20
25
< 2 anos Entre 2 e 4 anos
Entre 4 e 6 anos
Entre 6 e 8 anos
> 8 anos
Inicialmente gostaria de saber há quanto tempo você frequenta os laboratórios do
DEEL:
0
10
20
30
40
50
Aluno de graduação em Engenharia Elétrica na
UEL.
Graduado há menos de 3 anos na UEL.
A qual das classes abaixo você melhor se enquadra?
0
10
20
30
40
50
Não Apenas com um Dois ou mais
Você já teve contato com laboratórios de outras
Universidades?
0
10
20
30
40
50
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Em geral, como você classificaria os laboratórios
do DEEL?
0
10
20
30
40
50
Baixa relação Sem relação Alta relação
Você acredita que há relação entre a integridade da
estrutura física e a utilização de um laboratório?
0
10
20
30
40
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
78
0
5
10
15
20
25
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto ao número de salas de laboratório do DEEL, você
considera:
0
10
20
30
40
50
Baixa relação Sem relação Alta relação
E quanto ao nº de equipamentos, existe relação
entre sua quantidade e a utilização de laboratórios?
0
5
10
15
20
25
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto ao item acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
0 10 20 30 40
De forma geral, você considera que os
equipamentos dos labs do DEEL estão em que estado:
0
10
20
30
40
50
Baixa relação Sem relação Alta relação
Você considera que há relação entre a manutenção
de equipamentos com a utilização dos labs?
0
10
20
30
40
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa anterior, como você classificaria o
cenário atual dos laboratórios do DEEL?
79
0
10
20
30
40
Baixa relação Sem relação Alta relação
Como você vê a relação entre a utilização de labs
com a distribuição inadequada de horários?
0
5
10
15
20
25
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Em relação causa do item anterior, como você
classificaria o cenário atual dos labs do DEEL?
0
10
20
30
40
Baixa relação Sem relação Alta relação
Existe relação entre o nº e/ou disponibilidade de técnicos
com a utilização de laboratórios?
0
10
20
30
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa anterior, como você classificaria o
cenário atual dos laboratórios do DEEL?
0
10
20
30
40
Baixa relação Sem relação Alta relação
E quanto aos professores, existe relação entre seu
nº/disponibilidade com a utilização dos labs?
0
5
10
15
20
25
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
80
SUBGRUPO 2: Docentes responsáveis por laboratórios e/ou que ministram
disciplinas práticas em 2014
0
2
4
6
8
< 2 anos Entre 2 e 4 anos
Entre 4 e 6 anos
Entre 6 e 8 anos
> 8 anos
Inicialmente gostaria de saber há quanto tempo você frequenta os laboratórios do
DEEL:
0
2
4
6
8
Não Apenas com um Dois ou mais
Você já teve contato com laboratórios de outras
Universidades?
0
2
4
6
8
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Em geral, como você classificaria os laboratórios
do DEEL?
0
5
10
15
Baixa relação Sem relação Alta relação
Você acredita que há relação entre a integridade da
estrutura física e a utilização de um laboratório?
0
2
4
6
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
0
1
2
3
4
5
6
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto ao número de salas de laboratório do DEEL, você
considera:
81
0
2
4
6
8
10
Baixa relação Sem relação Alta relação
E quanto ao nº de equipamentos, existe relação
entre sua quantidade e a utilização de laboratórios?
0
1
2
3
4
5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto ao item acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
0
1
2
3
4
5
Obsoletos Defasados Regular Alta tecnologia
Última geração
De forma geral, você considera que os
equipamentos dos labs do DEEL estão em que estado:
0
2
4
6
8
10
Baixa relação Sem relação Alta relação
Você considera que há relação entre a manutenção
de equipamentos com a utilização dos labs?
0
2
4
6
8
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa anterior, como você classificaria o
cenário atual dos laboratórios do DEEL?
0
2
4
6
8
Baixa relação Sem relação Alta relação
Como você vê a relação entre a utilização de labs com a distribuição inadequada de
horários?
82
0
2
4
6
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Em relação causa do item anterior, como você
classificaria o cenário atual dos labs do DEEL?
0
5
10
15
Baixa relação Sem relação Alta relação
Existe relação entre o nº e/ou disponibilidade de
técnicos com a utilização de laboratórios?
0
2
4
6
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa anterior, como você classificaria o
cenário atual dos laboratórios do DEEL?
0
2
4
6
8
10
Baixa relação Sem relação Alta relação
E quanto aos professores, existe relação entre seu
nº/disponibilidade com a utilização dos labs?
0
2
4
6
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
83
SUBGRUPO 3: Técnicos de laboratório
0
0,5
1
1,5
< 2 anos Entre 2 e 4 anos
Entre 4 e 6 anos
Entre 6 e 8 anos
> 8 anos
Inicialmente gostaria de saber há quanto tempo você frequenta os laboratórios do
DEEL:
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Não Apenas com um Dois ou mais
Você já teve contato com laboratórios de outras
Universidades?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Em geral, como você classificaria os laboratórios
do DEEL?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Baixa relação Sem relação Alta relação
Você acredita que há relação entre a integridade da
estrutura física e a utilização de um laboratório?
0
0,5
1
1,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto ao número de salas de laboratório do DEEL, você
considera:
84
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Baixa relação Sem relação Alta relação
E quanto ao nº de equipamentos, existe relação
entre sua quantidade e a utilização de laboratórios?
0
0,5
1
1,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto ao item acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
0
0,5
1
1,5
De forma geral, você considera que os
equipamentos dos labs do DEEL estão em que estado:
0
0,5
1
1,5
Baixa relação Sem relação Alta relação
Você considera que há relação entre a manutenção
de equipamentos com a utilização dos labs?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa anterior, como você classificaria o
cenário atual dos laboratórios do DEEL?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Baixa relação Sem relação Alta relação
Como você vê a relação entre a utilização de labs com a distribuição inadequada de
horários?
85
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Em relação causa do item anterior, como você
classificaria o cenário atual dos labs do DEEL?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Baixa relação Sem relação Alta relação
Existe relação entre o nº e/ou disponibilidade de
técnicos com a utilização de laboratórios?
0
0,5
1
1,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto a causa anterior, como você classificaria o
cenário atual dos laboratórios do DEEL?
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Baixa relação Sem relação Alta relação
E quanto aos professores, existe relação entre seu
nº/disponibilidade com a utilização dos labs?
0
0,5
1
1,5
Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo
Quanto causa acima, como você classificaria o cenário atual dos laboratórios do
DEEL?
86
CAPÍTULO 8 - ANEXO
8.1. DADOS DOS LABORATÓRIOS DIDÁTICOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA / CTU
Laboratório “E” – Laboratório de Automação e DSP
Código MEC (INEP/Censo): 57
Centro/Depto: Tecnologia e Urbanismo/Engenharia Elétrica
Localização: Sala 851 (Bloco padrão)
Área física: 65m2
Capacidade máxima de alunos: 40
Cursos que utilizam o laboratório: Engenharia Elétrica, Graduação e Mestrado.
Quantidade/ Discriminação:
01 Compressor de ar
01 Condicionador de ar
Conexões pneumáticas de engate rápido
03 Contatores de 24V
02 Controlador Lógico Programável (CLP)
02 Expansão de entrada analógica p/ CLP
02 Fonte de alimentação 24V
05 Kit DSP Texas Ponto Fixo
11 Kit Lego Mindstorm
08 Microcomputadores
11 Pistão Linear
87
02 Pistão Rotativo
01 Pistão sem Haste
02 Regulador de Pressão
03 Relês Térmicos de Sobrecarga
10 Restritores de Pressão
01 Sensor Capacitivo
05 Sensor de fim de curso
10 Sensor do tipo óptico
01 Switch 24 portas
03 Unidade geradora de vácuo
03 Válvula de 2 vias
10 Válvula de 4 vias
04 Ventilador de teto
03 Ventosas
Laboratório “C” de Eletrotécnica
Código MEC (INEP/Censo): 62
Centro/Depto: Tecnologia e Urbanismo/Engenharia Elétrica
Localização: Sala 852 (Bloco padrão)
Área física: 65m2
Capacidade máxima de alunos: 20
Cursos que utilizam o laboratório: Engenharia Elétrica, Graduação.
Quantidade/ Discriminação
06 Alicate Wattímetro
88
01 Autotransformador
06 Bancadas em fórmica com alimentação trifásica
Botoeiras, Disjuntores, Contatores, Relês de Sobrecarga, Fusível e Porta
Fusível, Bóia de Eletrônica de Nível, Relê de Falta de Fase, Relê
Temporizador, Relê Fotoelétrico. Interruptor Horário, Tomadas Trifásicas.
01 Chave de Partida Direta
01 Conjunto gerador CA / motor CC / motor de indução
01 Fasímetro
01 Inversor de Frequência
01 Megômetro
06 Motor de Corrente Contínua
13 Motor de Indução Monofásico
13 Motor de Indução Trifásico
02 Multímetro Analógico
12 Multímetro Digital
03 Quadro de Distribuição de Energia
02 Regulador de Tensão de 8kVa
01 Relógio Medidor de Energia Trifásico
06 Reostato Linear de 1kΩ/1kW
06 Reostato Linear de 50Ω/1kW
10 Reostato Rotativo 150W
01 Soft-Starter
02 Tacômetros Digitais
89
01 Terrômetro
01 Transformador 13,2KV/3~220V+N
06 Transformador 1kVA
14 Transformador Abaixador de Tensão
03 Transformador de Corrente
08 Transformador Variador de Tensão AC Trifásico
04 Ventilador de Teto
02 Wattímetro Monofásico Analógico
01 Wattímetro Trifásico Analógico
Laboratório “A” - Sistemas Digitais
Código MEC (INEP/Censo): 61
Centro/Depto: Tecnologia e Urbanismo/Engenharia Elétrica
Localização: Sala 853 (Bloco padrão)
Área física: 68m2
Capacidade máxima de alunos: 20
Cursos que utilizam o laboratório: Engenharia Elétrica, Graduação.
Quantidade/ Discriminação
06 Bancadas em fórmica + Banquetas
Cabos de conexão, Motores de Passo e etc.,
01 Estabilizador
06 Fonte de Tensão Regulável
06 Gerador de Funções Digital
01 Hub 16 Portas
90
06 Kit Microcontrolador ARM
06 Kit Microcontrolador 68HC11
06 Matriz de Contatos com Fonte
08 Microcomputadores
06 Multímetro Analógico
06 Multímetro Digital
06 Multímetros Digitais
06 Osciloscópio Analógico
06 Osciloscópios
04 Ventilador de Teto
Laboratório “B” - Eletrônica e Instrumentação
Código MEC (INEP/Censo): 58
Centro/Depto: Tecnologia e Urbanismo/Engenharia Elétrica
Localização: Sala 855 (Bloco padrão)
Área física: 65m2
Capacidade máxima de alunos: 20
Cursos que utilizam o laboratório: Engenharia Elétrica, Graduação e Mestrado
Quantidade/ Discriminação
09 Bancada em fórmica + Banqueta
06 Década resistiva
08 Fonte Simétrica
09 Gerador de Funções
04 Kit Inversor
91
09 Kit Conversor Booster
09 Kit Conversor Buck
09 Kit Conversor Flyback
06 Kit Trafo 127-220V/6+6V
09 Matriz de Contato
02 Medidor LCR
09 Multímetro Digital
07 Multímetro Digital True-RMS
08 Osciloscópio Analógico
05 Variador de tensão
02 Ventilador de Parede
07 Wattímetro Monofásico Digital
Laboratório de Telecomunicações
Código MEC (INEP/Censo): 57
Centro/Depto: Tecnologia e Urbanismo/Engenharia Elétrica
Localização: Sala 856 (Bloco padrão)
Área física: 68m2
Capacidade máxima de alunos: 20
Cursos que utilizam o laboratório: Engenharia Elétrica, Graduação e Mestrado.
Quantidade/ Discriminação
01 Analisador de espectro
06 Bancada em fórmica + Banqueta
03 Década Capacitiva
92
02 Década Indutiva
01 Decibelímetro
06 Fonte de Alimentação Simples
03 Frequencímetro
06 Gerador de Funções Digital
06 Kit Laboratório de Telecom. com Matriz de Contatos Datapool
09 Matriz de Contatos com Fonte
02 Medidor LCR
01 Microscópio
01 Módulo didáticos de telecomunicação ED Laboratory ED-2900
01 Módulo didáticos de telecomunicação ED Laboratory ED-2960
02 Módulo didáticos de telecomunicação ED Laboratory ED-2970
01 Módulo didáticos de telecomunicação ED Laboratory ED-2980
05 Multímetro Analógico
06 Multímetro Digital
06 Multímetro Digital True-RMS
06 Osciloscópio Digital CRT
04 Osciloscópio Digital LCD
06 Receptor de Rádio FM
05 Transceptor faixa-cidadão
04 Ventilador de Parede
04 Walkie-Talk
01 Wattímetro de RF Analógico
93
8.2. HORÁRIOS DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS
Tabela 13 - Horários 1º Semestre
Tabela 14 - Horários 2º Semestre
Lab. Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Manhã
TardePDS - Décio -
2ELE040 - 3°
AnoManhã
Tarde
Máq Elét e Trafos -
Mangili - 2ELE039 -
3° Ano
Lab de Medidas
Elét. A - Márcio -
2ELE034 - 2° Ano
Instrumentação
Eletrônica - André -
2ELE045 - 4° Ano
Manhã
Sistemas Dig A -
Marcelo Tosin -
5ELE048
Tarde
Circuitos Digitais -
Lúcio - 2ELE032 - 2°
Ano
Microprocessadores
- José Alexandre -
2ELE036 - 3° Ano
Microprocessadores -
José Alexandre -
2ELE036 - 3° Ano
Manhã
Tarde
Eletrônica de
Potência - Newton -
2ELE046 - 4° Ano
Circuitos Eltrônicos
I - Walter -
2ELE041 - 3° Ano
Circuitos Eltrônicos I
- Walter - 2ELE041 -
3° Ano
Manhã
Tarde
Circuitos Dgitais II -
Leonimer - 2ELE038
- 3° Ano
Princípios de
Com. - Jaime -
2ELE043 - 4° Ano
1° Semestre - 2014
856
851
852
853
855
Lab. Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Manhã
TardeJaime (Redes de
Telecomunicações)
Osni (Eletricidade
Básica)
PDS - Décio -
2ELE040 - 3° Ano
Manhã
Tarde
Máq Elét e Trafos -
Mangili - 2ELE039 -
3° Ano
Walter (Medidas
Elétricas)
Manhã
Tarde
Circuitos Digitais -
Granzieira - 2ELE032 -
2° Ano
Microprocessadores
- Marcelo Tosin -
2ELE036 - 3° Ano
Microprocessadores
- Marcelo Tosin -
2ELE036 - 3° Ano
Manhã
Tarde
Eletrônica de
Potência - Newton -
2ELE046 - 4° Ano
Aziz
(Circ.Eletrônicos I)
Aziz
(Circ.Eletrônicos I)
Manhã
TardeAlexandre (Circ.
Eletrônicos 2)
Alexandre (Circ.
Eletrônicos 2)
Jaime (Princ. de
Comunicação)
2° Semestre - 2014
853
855
856
851
852
94
8.3. LISTA DE COMPRAS DE COMPONENTES ELETRÔNICOS
Qtd. Descrição Cód. Valor
Preço Unit
Subtotal
Loja
10
Caneta para retroprojetor
20
Adaptador para Plug Velho para Tomada
Nova
20
Adaptador para Plug Novo para Tomada
Velha
2 Galão Thinner
20 Fita isolante Preta
10
Esponja Vegetal para Ferro de Solda
5
Suporte para Ferro de solda
5
Sugador de Solda com corpo metálico 200mm
20 Pilha pequena AA
20 Pilha palito AAA
20 Pilha botão CR2032
5 Pilha botão CR2025
6
Trafo 9+9V 200mA (127/220V)
8,30
49,80 Pares
2
Transformador 110/220V-12+12V
400mA
10
Capacitor despolarizado 10uF
250VAC (de dois fios para Ventilador de
Teto)
20
Chave de Fenda 4"x 1/8"
20
Máscara Respiratória PFF2 com válvula CA:
14103
20
Ponteira de Osciloscópio 20MHz
38,70
774,00 Pares
1 Pasta Térmica
8,50
8,50
Pares
30
Chave Castelo HH Mini com Alavanca
0,95
28,50 Pares
20 Push Botom NA
2,80
56,00
Pares
95
200
Pino banana com Derivação Traseira em
Pétala Preto
1,35
270,00
Pares
200
Pino banana com Derivação Traseira em
Pétala Vermelho
2,75
550,00
Pares
100
Borne grande para pino banana 4mm
Vermelho
100
Borne grande para pino banana 4mm
Preto
50
Fusivel de Vidro 800 mA peq.
0,21
10,50 Federal
Componentes
20 Circuito Integrado - DIP LM211
0,86
17,20
Farnell
5 Circuito Integrado - DIP INA122
22,41
112,05
Farnell
5 Circuito Integrado - DIP INA129
22,68
113,40
Farnell
5 Circuito Integrado - DIP L293D
8,78
43,90
Farnell
10 Circuito Integrado - DIP LM324
0,58
5,80
Farnell
10 Circuito Integrado - DIP LM565
5,60
56,00
Multi Comercial
LTDA
10 Circuito Integrado - DIP LM725
6,80
68,00
Multi Comercial
LTDA
20 Circuito Integrado - DIP 7404
1,00
20,00
Pares
20 Circuito Integrado - DIP 7416
0,72
14,40
Compomil
10 Circuito Integrado - DIP 7447
3,90
39,00
Pares
10 Circuito Integrado - DIP 7472
2,20
22,00
Compomil
20 Circuito Integrado - DIP 74266
2,14
42,80
Farnell
20 Circuito Integrado - DIP 74373
1,40
28,00
Pares
5 Circuito Integrado - DIP AD620
14,90
74,50
Pares
20 Circuito Integrado - DIP TL074
1,00
20,00
Pares
22
Circuito Integrado - SMD
LM3046
2,43
53,46 Farnell
5 Circuito Integrado - DIP LT1025
19,40
97,00
Farnell
5 Circuito Integrado - DIP LTC1049 Farnell
96
16,86 84,30
5 Circuito Integrado - DIP
ACS712ELCTR-20A-T
10,02
50,10
Farnell
5 Circuito Integrado - DIP UAF 42
58,03
290,15
Farnell
20 Circuito Integrado - DIP CD4007
0,87
17,40
Farnell
20 Circuito Integrado - DIP CD4019
0,89
17,80
Farnell
20 Circuito Integrado - DIP CD4050
0,77
15,40
Farnell
30 Resistor 5W 8R2
20 Resistor 5W 10R
0,75
15,00
Pares
100 Resistor 1W 10R
0,18
18,00
Pares
100 Resistor 1W 3R3
0,18
18,00
Pares
100 Resistor 1W 56k
0,18
18,00
Pares
200 Transistor NPN TO-92 2N3904
0,12
24,00
Farnell
200 Transistor PNP TO-92 2N3906
0,14
28,00
Farnell
25 Transistor BF495
0,30
7,50
Pares
25 Transistor MPSA42
0,26
6,50
Farnell
10 Transistor de Potência TIP31
10 Transistor de Potência TIP32
10 Transistor de Potência TIP42
1,48
14,80
Farnell
10 Triac TIC226
2,80
28,00
Pares
30
Mosfet Canal N (TO-92)
BS170
0,37
11,10 Farnell
30
Mosfet Canal N (TO-92)
ZVN4206
2,21
66,30 Farnell
30
Mosfet Canal P (TO-92)
ZVP2110
2,66
79,80 Farnell
200 Diodo de Sinal 1N4148
0,03
6,00
Pares
50 Diodo Rápido UF4007
0,25
12,50
Pares
50 Diodo Retificador 6A10
0,40
20,00
Pares
50
Diodo Zenner 3V3 0,5W
1N4728
0,14
7,00 Farnell
50 Diodo Zenner 0,5W 1N4749
0,14
7,00
Farnell
50
Diodo Zenner 10V 0,5W
1N4740
0,14
7,00 Farnell
97
50
Diodo Zenner 3V9 0,5W
1N4730
0,14
7,00 Farnell
10
Ponte Retificadora 1,5A/1000V
SKB1.2/10
1,10
11,00 Pares
20
Display 7 segmentos Vermelho - Anodo
Comum D166A
1,20
24,00
Pares
20
Display 7 segmentos Vermelho - Catodo
Comum MCD560
1,20
24,00
Pares
20 LDR
-
15 Pot. Linear 1M 1M
1,80
27,00
Multi Comercial
LTDA
20 Cap Poliester 39nF / 250V
1,05
21,00
Farnell
20 Cap Poliester 82nF / 250V
1,01
20,20
Farnell
20 Cap Poliester 1uF/250V
1,15
23,00
Pares
100 Cap. Cerâmico 50V 56pF
0,10
10,00
Pares
100 Cap. Cerâmico 50V 270pF
0,10
10,00
Pares
100 Cap. Cerâmico 50V 330pF
0,10
10,00
Pares
100 Cap. Cerâmico 50V 2,7nF
0,10
10,00
Pares
100 Cap. Cerâmico 50V 33nF
0,10
10,00
Pares
100 Cap. Cerâmico 50V 68nF
0,11
11,00
Farnell
100 Cap. Eletrolítico 10uF/25V
0,10
10,00
Pares
100 Cap. Eletrolítico 47uF/50V
0,10
10,00
Pares
50 Cap. Eletrolítico 4,7uF/100V
0,10
5,00
Pares
50 Cap. Eletrolítico 10uF/100V
0,35
17,50
Pares
10 Cristal 20MHz
0,75
7,50
Pares
25 Micro Indutor 1mH
0,62
15,50
Farnell