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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS INSTITUTO DE FÍSICA CAMPINAS r

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Page 1: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

INSTITUTO DE FÍSICA

CAMPINAS r

Page 2: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FÍSICA «GLEB VVATAGHIN»

MEDIDAS DA RAZXO K/IT NA RADIAÇÃO CÓSMICA

r6

>c

JOOE ROBEbTO PINHEIRO MA „n

OR.: ARMANDO TURTELLI OR.

Tese apresentada para obtenção do

titulo de Mestre - Instituto de Física

"Gleb Wataghin» - UNICAMP

CAMPINAS

198$

Ü N I C A M P BIBLIOTECA CENTRA*

Page 3: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

A meus pals

Page 4: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

"Ê um ciclo eterno esse em que se move a matéria, um

ciclo cuja trajetória fica encerrada em períodos de tempo para os quais

nosso ano terrestre não constitui medida possível; um ciclo em que o m£

mento do mais elevado desenvolvimento (o momento da vida orgânica e,

mais ainda, da vida animal e de seres conscientes de sua natureza) está

tão rigorosamente medido como o espaço em que a vida e a consciência

conseguem realizar-se» Um ciclo em que todo o estado definido da maté­

ria, seja sol ou nebulosa, animal individual ou espécie animal, combina

ção química ou dissociação, tudo è igualmente passageiro; em que nada e

eterno a não ser a matéria em eterna transformação e eterno movimento,

bem como as leis pelas quais se move e transforma"»

Priedrich Engels

Page 5: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

AGRADECIMENTOS

Ao prof, Armando Turtelli Jr., pela amizade e orientação des-

se trabalno*

Aos prof* Bellondi Filho, Cesar Lattes e Edison Shibuya, pela

amizade e apoio moral nos momentos difíceis*

Ao prof* Raju, pela dedicação e paciência em nossas conversas

de física, os "papos" no café*

Aos prof* do Depto pela compreensão*

Ao Guilherme, pelas boas conversas*

Aos colegas do Depto, pelos incentivos do "vamos 16"•

Aos aaigos da republica, dos bons "papos" noturnos e por me

agüentarem por Ia*

Ao amigo José Tomaseli (Ze Pai), pelas boas conversas de flsi

ca, vida e estimulo*

Ao Fernando e Homotaro, pela "força" e estimulo durante a resa

lização desse trabalho*

A amizade da Lucila e Tereza*

Aos meus pais, pela paciência e por me ouvirem*

Ao Misael Samarcos, por se ter uma razão de viver*

A mim mesmo, por eu ter feito o trabalho de datilografia e os

desenhos*

Finalmente, cor todos que me ajudaram na realização desse trj»

balho, e  CAPES pelo suporte financeiro*

Page 6: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 1

CAPÍTULO I - ESTUDO DA RADIAÇÃO CÓSMICA 1.1

1-1 Raios Cósmicos Primários • • 1.1

1—2 Raios Cósmicos Secundários • •••• • 1.1

1-3 Abundância Relativa de Partículas Carregadas 1.2

I-k Informações Gerais da Origem dos Raios Cósmicos 1.3

Referências •••• l.k

CAPITULO II - DETETORES II.1

II-l Cintiladores II.1

II-2 Tanque Cerenkov 11*3

II-3 Limiar de Energia para Efeito Cerenkov II.k

Il-if Arranjos e Calibração ••••••• •• II.5

Referências II.8

Tabela 11.10

Gráficos 11.11

CAPITULO III -MEDIDAS E RESULTADOS III.1

III-l Método de Deteção de Kaons III.l

III-2 Primeiro Método para Deteção de Pipns III.2

III-3 Segundo Método para Deteção de Pions III.3

III-/» Terceiro Método para Deteção de Pions III.5

III-5 Quarto Método para Deteção de Pions • III.6

III-6 Análise dos Resultados III.7

Referências • III.8

Tabelas III.9

Gráficos III.25

CAPITULO IV - CONCLUSÕES IV.1

IV-1 Medida da Intensidade de Muons e sua Vida Média IV.l

IV-2 Medida da Razão Tf/}/ IV.l

Page 7: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

IV-3 Medida da Razão K/ir IV.2

Referências • • • • • • • . . • • IV.2

Gráficos IV.4

APÊNDICE A - EFEITO CERENKOV A. l

A-l Descrição Qualitativa • • . . • • . • • • • • • • • • • • • • • A. l

A-2 Teoria Clássica A.J

A-3 Distribuição Espectral • • • • • • • • • • . . . A.7

A-4 Teoria Clássica de Dispersão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • A.8

Referências • A. 9

Gráfico A.lO

APÊNDICE B - CINTILADORES B. l

B-l 0 Processo de Cintilaçãc • B. l

B-2 Cris ta is Orgânicos • • • • • • -. • B . l

B-3 Soluções Líquidas de Materiais Orgânicos • • • • • . • • • • • • • • • • • . . . B.2

B-if Cinti ladores de Solução S&lida • B.3

B-5 Guias de Luz B.3

Referências •».......• B.5

Tabela B.6

Gráficos . 3.7

APÊNDICE C - FOT0MULTIPLICAD0RAS C l

C-l Descrição Geral C l

C-2 Características da Fotomultiplicadora C*t

C-3 Voltagem Fornecida à Fotomultiplicadora C.7

C-if Características das Fotomultlpllcadoras Utilizadas na Experiência

e seus Divisores de Tensão * C.8

Referências CIO

Gráficos C.ll

APÊNDICE D - EQUAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA DE UMA PARTÍCULA D.l

Referência ••••••• • D.2

- ii -

Page 8: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APÊNDICE E - PROBABILIDADE PARA O EVENTO ÍT-/*-e E . l

Referencia • E.l

APÊNDICE F - PROBABILIDADE DE SOBREVIVÊNCIA DOS MUONS F . l

-o -o -o -

Page 9: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

RESUMO

No presente trabalho, realizamos as medidas da razão K/fl" na

radiação cósmica, para tal medimos suas vidas médias e seus fluxos. Na

obtenção do fluxo de kaons usamos detetor Cerenkov, e na obtenção de

pions os detetores de cintilação. Como resultado final obtivemos uma r£

zão K/1T na ordem de 0,2»

Page 10: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

ABSTRACT

We determine K/lT ratio at sea level through the mea­

surement of their mean lifes. Mean life of K was measured using

a Cerenkov detector while for 1t we used a plastic scintillator

detector. Our final result was K/tT "0,2.

Page 11: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

INTRODUÇÃO

No presente trabalho procurou-se determinar a razão K/% na ra

dlaçâo cósmica ao nivel do mar*

Sabe-se que na produção múltipla de partículas ir duzidas pela

radiação cósmica primaria de alta atmosfera, são produzidos principal­

mente plons (80%) e os restantes 20% são principalmente kaons. Através

de medidas de suas vidas médias pode-se obter a razão K/ft a uma dada

profundidade atmosférica»

Para isso utilizamos um sistema de deteção análogo ao que M*

Conversi e O. Piccioni usaram para medida da vida média dos muons , a

diferença está em que nesse trabalho utilizamos um Conversor Tempo-Am­

plitude e um Conversor Tempo-Digital (ver capítulos II e III), enquanto

H. Conversi e O. Piccioni usavam varias coincidências com atrasos dife­

rentes*

O presente trabalho foi desenvolvido em quatro etapas:

(i) Construção e calibração de um detetor Cerenkov â água* Os resulta­

dos dessa primeira etapa serão utilizados posteriormente por essa se£

ção na instalação de um detetor de neutrinos na Mina de Morro Velho

(Nova Lima, MQ), pois permitirão estabelecer algumas característica

do detetor (uso ou não de deslocadores de comprimento de onda, refle­

ti vidade da superfície interna, sistema de fixação das fotomultiplica

doras)* Esse detetor è utilizado nesse trabalho para deteção de ka­

ons*

(II) Montagem dos cintlladores plásticos usados na deteção de plons.

Corte dos plásticos nas dimensões convenientes, polimento. cálculo e

construção dos guias de luz, etc* Nessa etapa será também feito um es,

tudo entre tipos de divisores de tensão para várias fotomultiplicado-

rae (Philips XP 2020, XP 2040 e XP 2232 e FEÜ k9 B).

(III) Calibração de todo o sistema, medida de absorção de luz dentro do

- 1 -

Page 12: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

detetor, otimização da geometria, etc. Simulação dos tipos de eventos

a serea detetados para verificar e calibrar a eletrônica (liaiares, a

trasos, conversor tempo-amplitude, multicanal, etc.)*

(iv) Coleta de dados e an&lise. Eventual modificação do detetor para B£

lhorar 6ua eficiência.

REFERENCIA

1- Conversi, H and Piccioni, 0; Pays. Rev., v. 70, n. 11 and 12, 19M>.

- 2 -

Page 13: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CAPITULO I - ESTUDO DA RADIAÇÃO CÓSMICA

O estudo de raios cósmicos era geral esta dividido em dois cam

pos. 0 primeiro trata das partículas elementares e suas Interações com

a matéria.

No segundo campo de interesse, estudamos o comportamento da

radiação cósmica que chega à terra» sua composição, seu espectro de e-

nergia, sua origem, sua criação e-propagação, seus efeitos, etc.

1-1 Raios Cósmicos Primários

Dá-se o nome de radiação cósmica primária às partículas que

chegam na parte superior da atmosfera- terrestre vindas do espaço. 0 flu

xo de raios cósmicos primáriosê praticamente isotrópico para energias

entre 10 eV e 10 eV. Em sua maior parte a radiação cósmica primária

e constituída por núcleos ionizados.

No intervalo energético* IO9 < E (eV) < IO"*"2 a composição da

radiação primária h aproximadamente* :

100 protons

5 partículas p(

0,6 núcleos mais pesados.

Na interação da radiação primaria com os núcleos dos átomos

da atmosfera se originam as várias componentes secundárias.

1-2 Raios Cósmicos Secundários

A radiação cósmica secundária costuma ser dividida em várias

componentes:

* Energia por nücleon

- 1.1 -

Page 14: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

(i) Componente Nuclearmente Ativa, constituída por protons, neutrons,

pions, kaons, hiperons e suas antipartlculas.

(ii) Componente Eletromagnética, constituída por elétrons, positrons e

raios gama de cascatas eletromagnéticas atmosférica geradas de raios

gama originados principalmente pelas desintegrações,

i r - ^

sendo os He Kc criados em interações nucleares da componente nuclear­

mente ativa de altas energias. A componente eletromagnética pode ser

absorvida por pequena quantidade de matéria,

(iii) Componente MuÕnica (dura ou penetrante), constituída de rauons (po

sitivo e negativo) produzidos nas desintegrações,

TT1 -+ y1 • *,{*?}

K1 » y X + V/,(v»

fc't ^> 1T+ + TT" — /* * p" i $, * Jy

onde os pions e os kaons provêm de interações hadrònicas ocorridas ari

tee.

(iv) Componente Neutrlnica, constituída pelos neutrinos de vários tipos.

A componente neutrlnica do tipo muônico deve-se principalmente às de­

sintegrações apresentadas no item (iii), enquanto os neutrinos do ti­

po eletrônico são produzidos nas desintegrações,

' JJ* _ e* + Oe(v"c) + 1^(7,)

K ' e - TC* + C 1 t ' ^ ( O .

1-3 Abundância Relativa de Partículas Carregadas

Vários estudos foram realizados a fim de verificar a razão R

entre partículas neutras e partículas carregadas que são produzidas a-

través das interações da radiação cósmica primaria com a atmosfera. A

razão obtida para jatos de partículas primarias com energia na ordem de

- 1.2 -

Page 15: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TeV observados com emulsâo è * ' * e ^ ,

R = nj/n8 S 0,25 + 0,04

onde n° e o número das partículas neutras e n e o numero das partlcu-X 8

Ias carregadas.

Como as partículas car* adas podem ser identificadas através

da medida da relação espalhamento-ionização das partículas emitidas pa­

ra trás no sistema de centro de massa, Cool* obteve para colisões de

p-Be e p-Al com energia na ordem de 30 GeV, os seguintes resultados:

a(1t*):n(K+):n(K"):n(p) = 1:0,15:0,05:0,01

o que indica um numero relativamente grande de kaons positivos*

1-4 Informações Gerais sobre a Origem dos Raios Coamiro^

Algumas evidências experimentais serão consideradas antes de

fazermos um quadro da origem dos raios cósmicos:

(i) A radiação cósmica primaria está distribuída num grande intervalo

de energia, observando-se partículas atê com energias acima de 10

eV. As partículas incidentes são principalmente protons, observando-

se também He, Be, Li, B, C e Fe»

(ii) 0 espectro de energia da radiação primaria pode ser representado >

por:

para 10 < E (GeV) < 3 x 10^.

(7) Para energias mais a l t a s o espectro e aproximadamente*'7;

J(>E) = (3,2 t 0,5) x IO'" (E/l0*)'',ltP'1 c ^ V w 1

para IO6 < E (GeV) < IO8.

(iii) A distribuição direcional das partículas de raios cósmicos e es­

sencialmente isotrôpica; uma anlsotropia não superior a 0,1 por cento

poderá ser encontrada para energias muito altas*

(iv) A densidade de energia dos ralos cósmicos no espaço interestelar 6

- 1.3 -

Page 16: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

na ordem de 1 eV/cnr. Isto ê comparável as densidades de energia de

movimentos de gases interestelar e campos magnéticos»

(v) 0 sol produz partículas relativisticaç, mas poucas dessas partículas

têm energia superior à 10 GeV, portanto bem inferior a ordem de gran­

deza dado nos itens (i) e (ii).

Através dessas evidências experimentais podemos montar o se­

guinte quadro sobre a origem dos raios cósmicos:

(i) Uma erupção 60lar excepcionalmente violenta na vizinhança de uma

mancha solar, tem sido acompanhada de uma explosão repentina de radia

- 12

çao cósmica, porém com energia nao superior a 10 eV.

(ii) A fim de explicar as energias mais altas de vários primários, E.

Fermi considerou o movimento de ions rápidos na nossa galáxia, bem cç>

mo seus campos magnéticos não-homogèneos, que podem ser devido ao mo­

vimento turbulento de nuvens ionizadas e difusas, assim como a rota­

ção da galáxia. "Encontra-se que uma partícula, lançada no meio inte­

restelar com energia acima de um certo limiar de injeção, ganha ener­

gia por colisões contra as irregularidades em movimento no campo mag­

nético interestelar. A velocidade do ganho ê muito lenta, mas parece

que & capaz de acumular a energia ao valor máximo observado*' .

(iii) A isotropia e a intensidade constante de iaios cósmicos sugere

que, as partículas cósmicas sejam estocadas em uma região do espaço e

suficientemente redistribuída, através de campos magnéticos galácti­

cos que retém e aceleram as partículas* As regiões em que esse fenôine

no ocorre são: o sistema solar, o disco de nossa galáxia, outras galã

xlas e o universo como um todo*

(iv) Hâ grandes evidências de que as principais fontes de raios cósmi­

cos sejam as explosões que ocorrem nas estrelas (novas e supernovas)*

REFERÊNCIAS

1- Santos, C ; "Tese Doutorado", UNICAMP, Campinas, 1971.

- X.4 -

Page 17: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

2- Brisbout, FA et al; Phil. Mag., 1, 605, 1956.

5- Edwards, B et al; Phil. Mag., 3_, 237, 1958.

k- Lohraann, E and Teucher, MW; Phys. Rev., 112, 587, 1958.

5- Koshiba, M et al; Nuo. Cira., Suppl. 1, n. I*, 1091, 1963.

6- Cool, RC; Proc. Int. Conf. on Hight Energy Accelerators, 15, 1961.

7- Clark, G et al; Proc. Int. Conf. on Cosmic Rays, Jaipur, , 65, 1963.

8- Fermi, E; Phys. Rev., £5_, H6"9, 19^9.

9- Hayakawa, S; "Cosmic Ray Physics", John Wiley & Sons, 1969.

- 1.5 -

Page 18: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CAPÍTULO II - DETETORES

II-l Cintiladores

Em nosso experimento estamos utilizando cintiladores plásti­

cos modelo NE 102 da Nuclear Enterprises, constituído de Poliviniltolue

no com 36 g/litro de p-terfenil (soluto) e 1 g/litro de POPOP (usado c£

mo deslocador de comprimento de onda). Esses cintiladores apresentam as

seguintes características:

- Densidade (g/cnr) 1.032

- Índice de refração l»58l

- Luz (em relação ao. antraceno 100) 65%

- Constante de decaimento (ns) 2,k

- Comprimento de onda máx. (nm) 423

Detalhes sobre o processo de cintilação em cristais orgânicos

e cintiladores de solução sólida (plásticos) se encontram no apêndice

B.

A figura II-l representa o espectro de emissão de um cintila-

dor ME 102. e na figura II-2 & dado o alcance de elétrons, protons, deju

terios e partículas alfa nos cintiladores NE 102, NE 10*f, NE 110, NE (1)

111 e NE 113 da Nuclear Enterprises* '•

Nesse experimento utilizamos cintiladores de dimensões:

40 x 40 x 2,5 (cm-5) e 70 x 50 x 2,5 (cnr). 0 corte dos cintiladores

plásticos foi feito em serra circular, com acabamento na fresadora, e

no polimento foram utilizadas lixas d'água finas e feltro, na última fa

se.

Com cintiladores de grande dimensões, & de importância funda­

mental a escolha do tipo de guia de luz utilizado, para que se consiga

otimizar a coleta de luz pela fotomultiplicadora. Utilizamos guias de

luz de lucite para 00 cintiladores de dimensão 40 x 40 x 2,5 (cm^) (f0-

- II.l -

Page 19: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

tomultiplicadora usada nesse caso PM 2232 B) e guias de luz à ar para

os cintiladores de dimensão 70 x 50 x 2,5 (cnr) (a fotomultiplicadora a

qui usada e uma XP 2040).

Cálculos das dimensões dos guias de luz e detalhes das foto-

multiplicadoras, se encontram no apêndice B e no apêndice C.

0 rendimento dos guias de luz foi testado utilizando-se um

cintilador plástico de dimensão 20 x 20 x 2 (cnr) e fotomultiplicadora

PM 2232 B^2\

Na construção do guia de luz à ar foi utilizado um tetraedro

de madeira com paredes internas revestidas de papel alumínio (refletivi^

dade maior que 95%)»

0 guia de luz de lucite foi calculado e depois trabalhado no

torno e na fresa, tendo-se feito o polimento final manualmente com li­

xas d'água finas, flanela, feltro e KAOL* 0 6eu acoplamento com o cinti,

lador é feito com cimento óptico e para o contacto óptico na fixação do

guia com o foto-tubo utiliza-se óleo de silicone. Todo o conjunto (cin­

tilador + guia) ê envolvido com papel alumínio (espessura de 0,01 mm).

Para a fixação desses dois tipos de guias de luz, ver figura

B-2 do apêndice B.

Na verificação da eficiência geométrica da coleta de luz, uti

lizamos dois outros cintiladores de dimensões 10 x 10 x 1 (cnr). Primei

ro realizamos medidas de coincidência dupla (entre os dois cintiladores

menores), para garantir que o fluxo de partículas incidentes no cintila,

dor em estudo fosse constante e depois medimos a coincidência tripla

(entre os dois cintiladores menores e o cintilador em estudo) em posi­

ções diagonalmente oposta.

A análise espectral foi feita através de um analisador multi-

canal. Finalmente chegamos à seguinte conclusão:

- para analise espectral o gula de luz de lucite apresenta melhor rendji

mento.

- II.2 -

Page 20: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

- para eficèncla geométrica, os dois modelos de gula apresentam o mesmo

rendimento de coleta de luz*

Em ura dos arranjos experimentais, utilizamos também um cinti-

lador plástico cilíndrico de diâmetro de 10 cm e comprimento de 20 cm,

acoplado diretamente  fotomultiplicadora (FEU k9 B).

II-2 Tanques Cerenkov

Em nosso sistema foram utilizados dois modelos de detetores

Cerenkov, feitos em PVC rígido e tendo as seguintes dimensões: um com

diâmetro de 16 cm e comprimento de 26 cm (aproximadamente 5 litros de

volume), outro com diâmetro de 40 cm e comprimento de 85 cm (volume a-

proximado de 100 litros), em ambos o radiador (meio óptico no qual a ra

diação Cerenkov é gerada) usado foi a água.

0 primeiro modelo (com volume de 5 litros), têm a parede ex­

terna pintada de preto e a parede interna pintada com tinta refletora

(tinta difusora com alto teor de TiO,)» A luz Cerenkov produzida e vis­

ta através de uma janela de lucite por uma fotomultiplicadora XP 2020,

também foi utilizado Amino 6 como deslocador de comprimento de onda. No

segundo modelo (com volume de 100 litros), tanto a parede externa como

a parede interna foram pintadas de preto para que a fotomultiplicadora

s6 enxergasse a luz Cerenkov produzida, aqui o foto-tubo usado è um mo­

delo XP 2040 e enxerga a luz produzida através de uma janela de lucite,

esse modelo não contém Amino 6.

Como foi mencionado anteriormente, o radiador usado foi água

desnineralizada. A desionização é necessária para diminuir a absorção

da luz por parte de eventuais ions pesados presentes na água. 0 contro­

le da desionização se faz mediante a medida da resistividade, que deve­

rá ser ^ 10 A , em nosso experimento a resistividade 6 da ordem de

1,5 x IO6 A .

í 11.3 -

Page 21: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Como a luz Cerenkov è irradiada na região do ultravioleta, no

primeiro modelo utilizamos Amino 6 como deslocador de comprimento de on

da» para melhorar a eficiência de coleta de luz»

O ganho e a direcionalidade residual de luz Cerenkov para di­

ferentes concentrações de Amino 6 estão indicados na figura 1 1 - 3 ^ . Na

figura II-if o espectro de Amino G e comparado com o espectro de emissão

do POPOP utilizado como deslocador de comprimento de onda nos cintila-

dores * • Com o Amino G a reemissão de luz à quase toda ieotrôpica au­

mentando também a eficiência do detetor.

(5) II—3 Limiar de Energia para Efeito Cerenkov*y'

A energia cinêtica e o momento de uma partícula de massa de

repouso m. e velocidade v, são respectivamente:

\l ] - p *

onde S " ^ 6 Pstf/C * Como sabemos, na emissão Cerenkov (apêndice A), devemos ter

o*££. . logo a velocidade limite ê:

Ui:-Ê- (E-5.M)

portanto:

*•*• • y ^ v ^ f (ir-3-5)

então temos pela substituição de (II-3.5) em (II-3.1) e (II-3.2) a ene£

gia cinêtica limiar e o momento limiar respectivamente

Da equação (A-3**t) do apêndice A, temos o numero de f6tons

por unidade de comprimento:

la***L* ÁÍAZe (2-3.y) c

Usando &\)s J x 10 ^ Hz que 6 o intervalo de frequên-

- II.U -

Page 22: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

cias para o espectro visível» obtemos,

Onde podemos escrever o ângulo 9 de Cerenkov como

e |f è obtido pelas equações (II-3.1) e (II-3.7), logo

ou

Então para água, onde o Índice de refração n = 1»33» temos o

ângulo máximo de emissão Q = cr> j=Ml(2, e o numero de f&tons por unida

de de comprimento 6erâ I = 195 f6tons/cra.

Utilizando as equações (11-3*6) e (11-3*7) podemos montar a

I tabela II-l, com a energia cinêtica limiar e o momento limiar.

E para termos a estimativa do tamanho de pulso, usamos a rela

ção

v á : = KM- = R-M*- (n-3.13) At At

onde R = 50-fL, Q = 10 ganho do foto-tubo, q = 1,6 x 10 ^ C carga do

eletrom, &t = 5 ns largura de pulso de ânodo (ver apêndice C), logo te­

remos,

II-ft Arranjos e Calibragão (Medidas de Testes)

Durante a montagem e calibração do sistema medimos o fluxo de

muons ({>), para compara-Io com dados de outroo grupos.

Utilizamos a seguinte cadeia eletrônica da figura II-5, onde

D, e D, são os detetores, L.A. são as caixas de linha de atraso para

que possamos por em tempo os dois detetores, D são os discriminadores,

C i a coincidência dupla e por fim um contador, para fins de controle

poderemos adicionar um contador em cada detetor individualmente*

- II.5 -

Page 23: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

O numero de contagem por segundo ê dado através da seguinte

relação

onde r ê o fator geométrico do sistema de deteçâo, dado por»

A, = área do detetor 1

A. = área do detetor 2

d = distância entre os detetores

e 4) é a intensidade de fluxo dado em cm** s~ sr~ .

Logo podemos obter o fluxo de muons através da contagem das

coincidências.

Se temos dois detetores, o numero de coincidências fortuitas

será igual â 2N,N2&t, N, e H_ são as contagens individuais dos dois de­

tetores e At ê o tempo de coincidência. Porém se nosso sistema for cons

tituido de n detetores, temos que o número de coincidências acidentais

será igual â nNjNg..•Nntn"" ^ . Em nosso caso tenos 5 x 10**3 C/G.

Para quatro arranjos diferentes, obtivemos os seguintes rcsul

} tados:

(i) Detetor 1 - Cintilador em coincidência.

Detetor 2 - Cerenkov ãgua

sem chumbo - Pb entre os detetores

fluxo p (p£120 MeV/c) = 8,7 x 10~3 cm"28""1sr""1.

(ii) Detetor 1 - Cintilador

} em coincidência. Detetor 2 - Cintilador

15 cm de espessura de Pb entre os detetores

fluxo <|> (P)310 MeV/c) = 7,5 x IO*3 cm"2B"1 Br"1.

(iii) Detetor 1 - Cintilador 1 em coincidência. Detetor 2 - Cerenkov água

15 cm de Pb entre os detetores

fluxo (j) (p$lf30 MeV/c) * 7,0 x 1<T3 c»"2s"1er"1.

- II .6 -

Page 24: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

(iv) Detetor 1 - Cintllador em coincidência»

Detetor 2 - Cerenkov ar } sem Pb entre os detetores

fluxo <|) (p*lf,3 SeV/c) = 1,5 x 10~5 cm^s^sr" 1.

(7) Mostramos na figura 11-6 os resultados de Allkofer et alv ' e

(8) na figura II-7 os resultados obtidos por Rossi , ambos comparados com

nossos resultados. Devemos observar que nossa calibração é relativa,

pois não levamos em conta a estrutura da cobertura do prédio, apenas os

limiares do sistema de deteção foram considerados, assim nossos resulta,

dos apresentados nos gráficos sofreriam um deslocamento para a direita.

Para obter a razão K/TT, a uma dada profundidade atmosférica,

se faz necessário medir a vida média dos pions e dos kaons, e para tal

medida utulizamoB um ConvBrsor Tempo-Amplitude (CTA) acoplado ao Anali-

sador Multicanal (MCA). 0 conversor tempo-amplitude ira converter o in­

tervalo de tempo decorrido entre suas entradas'de "start" e "stop" em

um pulso de salda cuja amplitude ê proporcional a esse intervalo de tem

po.

Durante a calibração do CTA e do MCA, medimos a vida media

dos muons, usando o esquema indicado na figura II-8. 0 atraso entre o

elnal do cintilador e o sinal do detetor Cerenkov à água ê de 6 ns.

Como vamos medir a vida média dos muons que decaem no tanque

Cerenkov devemos verificar se o momento máximo dos elétrons que provém

do decaimento desses muons (y-e) está acima do limiar, como o momento

p# (elótrom) = 53 MeV/c, verificamos pela tabela II-l que esses elé­

trons produzirão efeito Cerenkov*

Temos a área do cintllador A. s 20 x 40 s 800 cm e a área pa

2 2 ra o tanque A_ a tf(6) » 113 cm (raio do foto-tubo igual A 6 cm) e a

distância entre eles 6 de 125 cm, portanto teremos um fator geométrico

P» 6 cm er.

Através da figura II-6 a intensidade integral e diferencial

- II.7 -

Page 25: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

para p = 120 MeV/c (limiar dos muons na água) são respectivamente,

(J), = 10~ cm" 6~ sr~ e Yjj = 1»1 x 10 "~ cm~ s~ sr~ , e temos a seguinte

previsão:

- N^ (contagem do fluxo de muons) 0,06 s~

- N (contagem do decaimento de muons) 0,007 s~

- N, (contagem de fundo) 7»1 s~

A figura II-9 nos dâ a calibração do CTA e do MCA para um tem

po de 0 â 8 i>s, apôs as medidas obtivemos o seguinte resultado:

- N , 0,052 s"1

- N ^ e 0,007 s - 1

- Nf 30,93 s"1

Note que os resultados estão de acordo com a previsão, exclu-

lindo a contagem de fundo, pois essa k feita medindo sdmente a fotomulti

plicadora do tanque Cerenkov, e alem das partículas temos também o rui­

do causado pela fotomultiplicadora (ver ruido no apêndice C).

Na figura 11-10 mostramos o gráfico integral comparado com a

curva de probabilidade de decaimento dos muons, e obtivemos a vida mé­

dia dos muons Z- 2,0 + 0,1 us, onde o desvio e dado pela imprecisão do

Analisador Multicanal.

Para medida de vida média na ordem de ns, calibramos o CTA

(ver figura 11-11) para deteção das partículas oc. de longo alcance do

ThC (meia-vi da de 300 ns). 0 resultado está na figura 11-12, que apre­

senta em suas extremidades uma contaminação devido a ruido do foto-tubo

e a não linearidade nos pontos extremos do MCA. Nossas medidas estão

compatíveis com a meia-vida das partículas K analisadas.

REFERÊNCIAS

1- Catalogo "Nuclear Enterprise1', nô 126 P, February- 1980.

2- Corat, EJ, Ouerra, R, Mahon, JRP, Silva, E e Vannucci, A; 34S Reu­

nião Anual SBPC, 12-D.1.10, p. 364» Campinas 1982.

- II.8 -

Page 26: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

3- Badino, 6, Gallotti, P, Periale, L Saavedra, 0 e Turtelli Jr., A; Nil

cl. Inst. Meth., 185, 587-589 1981.

I»- Morello, C; "Tesi", Torino 1977.

5- Jelley, JV; "Cerenkov Radiation and its Applications'*, Persamon

Press, London 1958.

6- Janossy, L; "Cosmic Ray**, Oxford Press, 1950.

7- Allkofer, OC and Jokish, H; Nuo. Cim., v. 15 A, n. 3, 371 1973.

8- Rossi, B; Rev. Mod. Phys., v. 20, n. 3, July 1948.

Page 27: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Tabela I I - l

N. Partic

Ny • meio ^V

ar

MS ] , 0 0 O 3

0c = l /

água

**-- 1,33

fcsMU'

u-muone

**».t*s 106 fv

k<

H.£

Gel/

5H,jr

M*V

ft

H,3

6t56

120,?

"X,

tT-pions

«..tSlHOMtV

* t

*,t 6tV

H.5

McV

P*

5,7

6*^

153,6

fc-kaons

«..tSMJHMcV

K*

I3.T

6*V

.255,2

MtV

P<

io.J

Wfc

í*3,H

c-elètrons

v«fcSc,5llMtV

kt

Z0,3

MtV

0,5

MtV

P*

20,?

McV/e

0,6

M*^

- 11.10 -

Page 28: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

100

o

MO

2

Ho

20

0

- .

J /

1 1 L 1

Hoc HIO HMO Héo H80 to/ta. 5*0

Fig. I I - l - Espectro de Emissão do clntl lador

NE 102 (ref. 1 ) .

- 11.11 -

Page 29: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Ertcrata. ( íAeV) i w

Fig. I I -2 - Alcance das part ículas nos cin

t i ladores NE 102, NE 10/f, NE

110, NE 111 e NE 113 (ref . 1 ) .

- 11.12 -

Page 30: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

0.20

Fig, II-3 - Ganho (a) e Direcionalldade Residual

da luz Cerenkov em função da concen­

tração de Amino G (ref. 3)*

- 11.13 -

Page 31: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

3oy Mac 500 toe

Fig . II-if - Emissão do Amino O e do POPOP^.

- 11.1k -

Page 32: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

DZ FfA • .

-l> f T T £> com f> DOR, {

Fig. II-5 - Cadeia Eletrônica

f>v. I.* «.wove *tt» (t»JLe

Fig, II-6 -Espectro diferencial (if) e Integral

de muons vorticais ao nlvel do mar:

Allkofer et al;

x - nosso resultado.

(D

- 11.15 -

Page 33: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Fig. I I -7 - Espectro Integral de muons ao n íve l do mar

obtido por Rossi; x - nosso resultado»

11.16 -

Page 34: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CCiCiOrifiuJ) FiA

h

Fig. II-8 - Esquema eletrônico para medida da vida media

dos muons.

- 11.17 -

Page 35: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

5oo |»P0 ISOO 1900 LhUhl.

Fig. I I - 9 - Calibraçao do CTA - MCA.

- 11.18 -

Page 36: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

c

300 100 500 loo *foo

CAM M S

Fig» 11-10 - Gráfico integral do de­

caimento dos rations, "Py.t

ê probabilidade»

- 11.19 -

Page 37: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

1500 looo r*uMS

Fig. 11-11 - Calibraçao CTA.

- 11.20 -

Page 38: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Fig. 11-12 - Meia-vida doe * do ThC».

- 11.21 -

Page 39: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CAPITULO III - MEDIDAS E RESULTADOS

Nesse capitulo iremos discutir os métodos usados na deteçâo

de kaons e pions, e seus resultados

Como as vidas médias dos kaons e pions são, 12,37 ns e 26,03

ns respectivamente, recalibramos o CTA num intervalo de tempo entre

0-50 ns» No decaimento dos pions (tr-y>) o momento máximo dos muons prodii

zidoe e PBfcxY*) = 30 MeV/c, enquanto que para o decaimento dos kaons

(kyj, è o canal mais freqüente) o momento máximo dos muons produzidos ê

P # (p) = 236 MeV/c, sendo assim somente os muons proviniéntes dos ka­

ons produzirão efeito Cerenkov na água. Logo para deteçâo de kaons usa­

remos detetor Cerenkov à água e para deteçâo de pions usaremos cintila-

|dores.

Para efeito de referência e controle, na figura III-l temos a

intensidade diferencial dos pions e protons ao nivel do mar* e , e

na figura III-2 temos o "range1* E(gcm ) e a perda de energia por unida.

de de comprimento dE/dx para várias partículas •

III-l Método de Deteçâo de Kaons

Esse método está indicado na figura III-3, enquanto que as

condições de trabalho das fotomultiplicadoras usadas nesse esquema es­

tão na tabela III-l* Como utilizamos um detetor Cerenkov â água, o mo­

mento mínimo dos kaons nesse método é %J> Me V/c (ver tabela II-l para

limiar de K)

0 fator geométrico entre os cintiladores (C, e C.) e o dete-

tor Cerenkov, figura III-3.a, e igual a T = 83 cm sr. Pelo fato de que

no decaimento de pions os muons produzidos têm momento abaixo do limiar

de produção do efeito Cerenkov na água e a calibração do CTA ser feita

num intervalo de 12-30 ns, ver figura III-Jf, temos a garantia que somen

- III.l -

Page 40: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

te os kaons serão registrado nesse 6isterna.

Após a realização das medidas obtivemos o resultado médio de

N. = 3,06 x 10 c/s. A tabela III-2 mostra a contagem, o tempo de medi

da e a média; jâ na tabela III-3 temos a contagem para cada intervalo

de tempo (de 1 ns).

Com esse resultado e os resultados do apêndice D, e para uma

largura de porta de 12 < At(ns) í 30, teremos:

Que atè 12 ns decaíram 59,8% dos kaons e atê 30 ns jâ decaíram 89,8%

dos kaons, portanto nesse intervalo decaem J0%, Corrigindo o numero ob­

servado N. obteremos o numero total de kaons N..

***** H * - A J ^ " ' 1 , D 2 * 1 0 M C M

mas coao temos um fator geométrico de 83 cm sr, o fluxo de kaons sera,

4>K = - ^ = 1.23 x IO'* t^juí r

Devemos levar em conta uma contaminação na ordem de 20% (devi

do à after pulse, ruído, etc). Assim teremos que o fluxo de kaons para

um momento entre 563-600 MeV/c (o limite superior é o alcance máximo no (íl 7 —2 —1 —1

tanque Cerenkov*-")» será 9,8/f x 10"' cm sr s •

Na figura III-5» temos o gráfico integral de kaons.

II1-2 Primeiro Método para Deteçâo de Pions v -

Esse arranjo experimental está indicado na figura III-6, en­

quanto as condições de trabalho de cada foto-tubo usado nesse esquema

estão na tabela III-if* 0 momento dos pions nesse arranjo está entre 0,2 (•3L)

e 1,0 GeV/c w , e a figura III-7 mostra a calibraçao do CTA. 0 fator geométrico entre o detetor Cerenkov (51*) e o prinei-

«> ro cintilador C , figura III-6.a, é igual a P « 377 cm sr, tendo uma

previsão de 3 c/s. Na nossa medida a média obtida foi de 1,06 c/s, isto

se deve ao fato de que o angulo Cerenkov na égua é 0c(agua) s if 1,2° e

portanto o fator geométrico corrigido será Ps 153 cm sr, o que nos da

- III.2 -

Page 41: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

um numero de coincidências esperada de 1 c/s, compatível ao obtido.

Como temos a contagem doa cintiladores, C, à C~, do circuito

"0RM, figura III-6.b, igual a 5442 c/s, e como o "start" & de 1,06 c/s,

para ura tempo de coincidência Lt /* 10 ns temos que as conversões fortui

tas serão 2NetNorAt = 1,!>1 x IO""1* c/s.

Ap&s uma medida de aproximadamente 15 dias (tempo no MCA =

1.269*565 segundos) obtivemos um numero total de 540 conversões; desses

I80 são conversões fortuitas, assim teremos somente 360 partículas que

decairam no sistema, portanto N^ = 2,83 x 10"^ c/s. Ora para uma porta

de 0-26 ns e com o auxilio do apêndice D temos:

Que atê 26 ns jâ decairam 59,1$ doa pions, portanto corrigindo o número

observado Nff, obteremos o numero total N.

2 sendo o fator geométrico igual a T = 153 cm sr, o fluxo será

(j) s ijiü = 3,1} x IO'4 CA~- 1

AATV£ÍO0 A A ^ ) ,

para passar a 1 GeV/c, multiplicamos por 1,25. Portanto o fluxo de pi-

ons será 3»91 x 10" cm" sr s" . 0 resultado do grafico integral de pjL

ons está na figura III-8, enquanto na tabela III-5 temos a contagem pa­

ra cada intervalo de tempo (de 1 ns).

III-3 Segundo M&todo para Detecão de Pions

Esse segundo método está indicado na figura III-9» enquanto

que as condições de trabalho de cada foto-tubo usado estão na tabela

III-6.

Para esse esquema temos um "range" R */ 730 gcm e como a per

da de energia por unidade de comprimento dE/dx para pions, têm no mini-

mo de ionizaçao o valor aproximado de 1,3 MeV/gcm , então durante o

percurso dess9 sistema os pions perdem aproximadamente 950 MeV. Logo pi

ons que entram no sistema com 2 GeV terão M 1 GeV no cintilador 1, e os

- III.3 -

Page 42: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

pions que entram com 1 GeV terão /» 50 MeV, com probabilidade de parar»

Assim temos que, a energia mínima dos pions nesse arranjo será da ordem

de 1 GeV.

O fator geométrico entre o detetor superior e o cintilador 1,

figura III-9.a, è igual a P = 300 cm sr. A contagem do primeiro è 50,7

c/s, enquanto do cintilador 1 & de 12,76 c/s, no conjunto formado pelos

quatros cintiladores a contagem em "OR" e de 31»66 c/s. Ora temos então

um "start" casual, para um At M 20 ns, de 2N N, At "2,59 x 10 c/s ou

seja de aproximadamente 1 contagem a cada 10 horas; e para as "conver­

sões casuais" temos 2N ,N At A/ 10 ~ c/s, pois a contagem de start ê

0,8 c/s, assim as conversões casuais serão desprezíveis.

Podemos concluir portanto que a contaminação maior será devi­

do ao ruido externo (calor, discriminador» divisão de tensão, "after

pulse") • No calculo dessas casuais está implícita a possibilidade de d_e

teção de partículas que entram de lado, aparecendo como fundo no "OR".

Para esse arranjo físico fizemos três calibracões diferentest

(i) Utilizando um Analisador de Multicanais da LeCroy, temos os resulta

dos que aparecem na tabela III-7 que apresenta para cada intervalo de

tempo (de 1 ns) os respectivos canais e as contagens. A calibração do

CTA usada nesse MCA se encontra na figura 111-10, enquanto a figura

III-ll nos dá o gráfico integral de pions no intervalo de 20-40 ns.

(ii) Para o segundo MCA da Norland, obtivemos os resultados apresenta­

dos na tabela III-8, que está dividido em intervalo de tempo de 2 ns,

com os canais e as contagens respectivamente. Nesse multicanal o CTA

foi recalibrado, como aparece na figura 111-12, e no intervalo de 20-

-ifO ns obtivemos o resultado integral de pions que nos e mostrado na

figura HI-13.

(iii) Para efeito de controle medimos os pions, cujos muons produzidos

também decaem; e para tal deteção usamos uma calibração diferente em

relação a que vinha sendo usada ate o presente» No lugar de um CTA u-

- III.1» -

Page 43: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

samos um Conversor Tempo-Digital (CTD), ver figura IH-lif, onde o si­

nal de "start" abre uma porta no contador, fazendo-o contar, e um se­

gundo sinal de "stop" fecha essa porta fazendo-o parar, para cada nu­

mero obtido no contador temos um intervalo de tempo correspondente.

Para tal calibração usamos um pulsador, essa calibração está dada no

gráfico da figura 111-15* As medidas de pions cujos muons produzidos

também decaem, está na tabela 111-9 (contagem de pions, muons, tempo

de medida). Enquanto a tabela 111-10 nos fornece a contagem de pions

para cada intervalo de tempo, a figura 111-16 nos dá o grafico inte­

gral de pions no intervalo de 20* &t(ns) < 60.

Como resultado final para esse arranjo, tivemos c valor médio

dos pions igual a N^ = 1,74 x 10~^ c/s, apresentado na tabela III-ll

(contagem, tempo e média), e recorrendo aos resultados do apêndice D te

mosí

Para uma porta cora largura 20 £ At(ns)^ ifO, até 20 ns dccairam 49,7%

dos pions e até ifi n6 decairam 7kt7%, logo nesse intervalo de tempo de­

caem 25% dos pions. Corrigindo o valor observado N- para obter o numero

total de pions que decaem no detetor temos,

como o fator geométrico nesse método ê aproximadamente 300 cm sr, o flu

xo de pions sera,

fo = - ^ = ,33 * »0'fc t ^ w V .

Logo, para energia ao redor de 1 GeV, o fluxo de pions será i,

gual a 2,33 x 10 cnT2sr s .

III-4 Terceiro Método para Deteçno de Pions

Nesse método, similar ao segundo, diminuímos a quantidade de

chumbo entre o cintilador em forma de pirâmede e primeiro dos quatros

cintiladores abaixo, ver esquema na figura 111-17. Assim como os cinti-

- III.5 -

Page 44: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

ladores de baixo têm 10 cm de espessura, e como a densidade do cintila-

dor e Igual a 1,03 g/cnr encontraremos um alcance de 10,3 g/cm , ou se­

ja a partícula deverá ter no máximo 1^0 MeV de energia e no mínimo 60

MeV, ao chegar nos cintiladores de baixo, para poder parar em um deles

(ref. 3)* Nesse arranjo os pions medidos são acompanhados da medida de

seus respectivos muons.

Como temos 5 cm de espessura de chumbo entre o cintilador su­

perior e os cintiladores inferiores, e através da curva de "range" (ver

figura 111-3) e de uma integração numérica podemos tirar o intervalo de

momento em que os pions chegam e param nesse arranjo» Assim teremos pi­

ons em um intervalo de momento de 180 < P(MeV/c) < 2 3 0 ^ •

0 fator geométrico nesse arranjo experimental ê igual â PA/

H30 cm sr. Na figura 111-18, temos a calibração do MCA que usaremos

nesse esquema, enquanto as tabelas 111-12 e 111-13 nos dão as contagens

de pions e a calibração do MCA, respectivamente*

No intervalo de tempo compreendido entre 20 $ At(ns) < 60, obti

véraos uma contagem média de 0,91 x 10"^ c/s (ver figura 111-19), e com

o auxilio do apêndice D temos:

Ate 20 ne decaíram W)fl% dos pions, e ate 60 ns já decaíram 87,5%, logo

nesse intervalo de tempo decaem 38% dos pions que chegam nesse esquema*

Assim o total de pions será Nt(T = N„v x •— « «1,53 * \o~ c/-4 , p

mas como o fator geométrico e de 1430 cm sr, o fluxo sera

(JV - - ^ = Vi * IO"7 c^*^-' *% (50 M ^ / c ) ) -6

para passar a 1 GeV/c, multiplicamos por 20. Portanto temos 3*4 x 10 —2 —1 —1 -

cm "sr s , mas devido o ângulo limite para reflexão total entre o ciji

tllador e o ar (pirâraede), temos um fator de correção igual â 2,25 (ver

apêndice B), então o fluxo de pions será 7,65 x 10 cm sr s • 0 re­

sultado do gráfico integral de pions está na figura 111-20.

III-5 Quarto Método para Detecão do Pions

- III.6 -

Page 45: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Método similar ao anterior, i"?réra sem a utilização de chumbo

entre o cintilador superior e os cintiladores de baixo, 0 fator geomé­

trico ê o mesmo do arranjo anterior* Como o cintilador superior esta a-

poiado em uma madeira de if cm de espessura, usando a técnica de integra

ção numérica análoga à anterior, temos pions compreendidos em um inter­

valo de momento de 130 $ P(MeV/c)í l6(r^ . Aqui os pions também estão a-

companhados de seus respectivos muons»

Fizemos uma calibração para o CTA e para o CTD, figuras III-

21 e 111-22 respectivamente, com portas de 5$&t(ns)í65; 1°60 englobam

também os kaons. Fnquanto as tabelas 111-14 e 111-15 nos dão o interva­

lo de tempo e as contagens para cada uma das callbrações»

Como resultado, ob ti vemos uma contagem média de 1,20 x 10"^

c/s (ver tabela III-16) para uma porta de 15<&t(ns)$ 60, e com o auxi­

lio dos resultados do apêndice D temos:

Até 15 ns decaíram ^2,3% dos pions, e até 60 ns jâ decaíram 87»5#» por­

tanto nesse intervalo decaem k5% dos pions que chegam nesse método de

deteção.

Então o total de pions será

2 mas o fator geométrico ê igual V " 1430 cra sr, o fluxo será,

para passar a 1 GeV/c multiplico por 33» assim o fluxo sera 6,14 x 10*

—2 —1-1 • -

cm sr 8 • E pelo mesmo motivo anterior, há um fator de correção de

2,25, Portanto o fluxo total de pions em um intervalo de momento de

130 í P(MeV/c) < 160 será 1,38 x IO"5 c^sr" 1*" 1.

Os resultados integrais estão nas figuras 111-23 e 111-24» on

de utilizamos as calibrações do CTA e do CTD»

III-6 Análise dos Resultados

- III.7 -

Page 46: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Observando oe gráficos integrais e comparando-os com as cur­

vas teóricas podemos afirmar que esses são compatíveis com o esperado,

exceto os gráficos da medida de pions que hâ uma contaminação na ordem

de 20-30% de kaons, pelo fato de terem sido utilizado portas que abran-

jera kaons para esses métodos de deteção.

Com relação as flutuações da medida pelo tempo, ver figura

III-»19> concluímos que as médias tiradas com um tempo menor flutua mais

que as médias tiradas com um tempo mais longo, essas tornam-se mais es­

táveis.

REFERÊNCIAS

1- Turver, KE et ai; 12S ICCR, vol. 3, 1236, Australia, 1971.

2- Wolfendale, AW et ai; Proc. Phys. Soe, v. 83, 871-877, 196if.

3- Review of Particle Propertiers, p. 37, April 1983.

- III.8 -

Page 47: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA I I I - l

I Detetor

Cx (20x20)

C2 (20x/»0)

Cer (100 1 . )

Cer (100 1.)

Fotomultipllcadora

XP 2232 B

XP 2232 B

XP 2040 (1)

XP 20/fO (2)

Tensão de Trabalho

1850 V

1900 v

1670 V

1800 v

•*

- III.9 -

Page 48: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA I I I - 2

Medidas de Kaons

Contagem

37

5

3

2

3

14

h

l

16

3

2

2

1

5

1

At (horas)

96

24

24

24

24

72

24

24

120

24

24

24

24

40

24

Cont/hora

0,39

0,21

0,13

0,08

0,13

0,19

0,17

0,04

0,13

0,13

0,08

0,08

0,04

0,13

0,04

Contagem

2

2

3

2

3

1

5

4

3

3

3

1

1

3 i

7

&t( horas)

24

24

24

24

24

16

70

25

24

24

30

24

24

24

57

Cont/Mora

0,08

0,08

0,13

0,08

0,13

0,06

0,07

0,16

0,13

0,13

0,10

0,04

0,04

0,13

0,12

.*.<Nk> = 0,11 c/h = 3,06 x 10"p c / s .

- I I I . 10

Page 49: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA I I I - 3

Medidas de Kaons

Tempo (ns)

12-13

13-14

14-15

15-16

16-17

17-18

18-19

19-20

20-21

21-22

22-23

23-24

24-25

25-26

26-27

27-28

28-29

29-30

Canal6

230-240

240-250

250-260

260-270

270-280

28O-29O

29O-3OO

3OO-3IO

310-320

320-330

330-340

340-350

350-360

360-370

370-380

380-390

390-400

400-410

Contagem

-

8

38

13

18

9

8

2

8 '

10

12

14

40

8

-

-

-

- I J I . l l -

Page 50: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA I I I - k

Detetor

Cer. (5 1.)

CQ (20xif0)

( C20xíf0)

C 2 (20x20)

C, (010x20)

C^ (i*0x/»0)

C 5 (/tOxífO)

Cg UOxl»0)

C ? UOxíjO)

Foto-Tubo

XP 2020

XP 2232 B

XP 2232 B

XP 2232 B

FEU /f9 B

XP 2232 B

XP 2232 B

XP 2232 B

XP 2232 B

Tensão

2000

1485

1670

1500

1950

1500

M00

1390

1350

de Trabalho V

- III.12 -

Page 51: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA III-5

Medidas de Pions

Tempo (ns)

18-19

19-20

20-21

21-22

22-23

23-2if

2íf-25

25-26

26-27

27-28

28-29

29-30

30-31

31-32

Canais

380-570

570-770

770-960

960-1150

1150-1350

1350-1550

1550-1730

1730-1930

1930-2120

2120-2320

2320-2510

2510-2700

2700-2890

2890-3080

Contagem

97

99

63

57

96

128

116

111

158

268

233

76

39

kO

III.13 -

Page 52: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA II1-6

Detetor

Pirâmede (50x70)

1 (40x40)

2 (40x40)

3 (40x40)

4 (40x40)

Foto-Tubo

XP 2040

XP 2232 B

XP 2232 B

XP 2232 B

XP 2232 B

Tensão

1750

1450 .

1500

1450

1460

de Trabalho V

- 111,14 -

Page 53: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA III -7

Medidas de Pion6

MCA - LeCroy

Tempo (ns)

22-23

23-24

24-25

25-26

26-27 .

27-28

28-29

29-30

30-31

31-32

32-33

33-34

34-35

35-36

36-37

37-38

Canais

351-359

360-368

369-377

378-387

388-396

397-405

406-414

415-424

425-433

43^-/^2

443-451

452-460

461-470

471-479

480-488

489-498

Contagem

35

28

25

21

13

29

23

27

28

24

24

20

17

25

23

25

- III.15 -

Page 54: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABEU III-8

Medidas de Pions

MCA - Norland

Tenpo (ns)

22-24

24-26

26-28

28-30

30-32

32-34

34-36

36-38

38-i.O

40-42

42-44

44-46

Canais

2185-2350

2351-2510

2511-2675

2676-2835

2836-3000

3001-3160

3161-3330

3331-3490

3491-3650

3651-3810

3811-3970

3971-íf096

Contagem

182

149

134

134

115

135

133

123

125

110

118

96

- III.16 -

Page 55: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA III -9

Processo IT ~jj - t

Nn

2

2

2

9

4

3

3

1

1

3

1

2

i-i

H,

2

2

2

9

4

3

3

l

l

3

1

2

1

At(horas)

120

26

. 48

492

2/tO

120

48

24

2/f

72

96

96

60

Ni,/hora

0 , 0 2

0 ,08

0,0/f

0 , 0 2

0 ,02

0 , 0 3

0 ,06

o,o/+

0,0/+

0,04

0,01

0,02

0,02

Logo temos {$) = 5,7 x 10 c / s .

- I I I .17

Page 56: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA III-IO

CTD

Porta (ns)

15-25

25-35

35-45

45-55

55-65

Contagem

3

7,9

14,3

8,5

10,5

- III.18 -

Page 57: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA III-ll

Medidas de Pions

Contagem

11

8

20

16

44

25

44

15

9

88

16

14

69

12

At (horas)

24

2^

24

24

72

34

62

24

25

145

24

24

97

14

Cont./hora

0,458

0,333

0,833

0,667

0,611

0,736

0,710

0,625

0,360

0,607

0,667

0,583

0,711

0,857

.\(Nn>s 0,625 c/h = 1,74 x 10"* c/s.

- 111,19 -

Page 58: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA I I I - 1 2

Medidas de Pions

Tempo (ns)

22-2Jf

2if-26

26-28

28-30

30-32

32-34

34-36

36-38

38-40

40-42

42-44

Canais

22/|0-2íf23

2/j2/f-2583

2584-2751

2752-2911

2912-3063

3064-3223

3224-3407

3408-3567

3568-3727

3728-3879

3880-/f055

Contagem

2

4

4

3

1

2

2

-

3

3

3

- 111,20 -

Page 59: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABEU 111-13

Calibração - MCA

Tempo (ns)

22

2/»

26

28

30

32

3*»

36

38

¥>

Canal

22/0

2í»2if

2584

2752

2912

306^

3224

3^08

3568

3728

I I I . 2 1 -

Page 60: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA 111-14

Multicanal — Analisador

Tempo (ns)

10-12

12-14

14-16

16-18

18-20

20-22

22-24

24-26

26-28

28-30

30-32

32-34

34-36

36-38

38-40

40-42

42-44

44-46

46-48

48-50

50-52

52-54

54-56

56-58

Canais

208-399

400-551

552-703

704-863

864-1023

1024-H75

1176-1347

1348-1495

1496-1663

1664-1799

1800-1975

1976-2135

2136-2295

2296-2463

2464-2623

2624-2783

2784-2943

2944-3119

3120-3271

3272-3431

3432-3591

3592-3752

3753-3919

3920-4096

Contagem

( 3 8 ) *

-

-

-

1

-

«•

1

-

-

-

1

1

1

1

mm

-

2

«•

-

1

-

-

1

Efeito Instrumental

- III.22 -

Page 61: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA 111-15

CTD - Contador.

Tempo (ns)

5-15

15-25

25-35

35-45

45-55

55-65

Contagem

136

19

28,5

25,5

19,2

17,8

- IIT.23 -

Page 62: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA 111-16

Medidas de Pions

N,

40

8

23

58

28

50

11

12

15

16

21

33

89

33

66

30

21

16

77

19

30

27

9

24

34

Àtdo^s)

2,68

0,50

0,81

4,82

1,69

4,40

1,68

0,36

1,22

3,10

1,72

2,72

5,97

2,72

6,91

1,78

1,61

1,64

4,24

0,66

2,72

1,22

1,22

2,15

3,28

N/s(lO_if)

1,49

1,59

2,84

1,20

1,65

1,14

0,66

3,33

1,22

0,52

1,22

1,21

1,44

1,21

0,96

1,68

1,31

0,97

1,82

2,86

1,10

2,21

0,74

1,12

1,04

54

31

42

20

12

38

8

23

43

33

10

8

41

19

32

25

31

17

Z?.

11

26

40

28

33

55

At(10+5s)

5,18

3,80

3,22

1,08

0,98

3,87

0,86

2,77

3,13

2,32

0,98

1,09

3,85

1,26

1,53

2,06

2,42

0,86

3,27

1,73

2,27

5,08

3,06

2,59

6,26

N/sClO"1*)

1,04

0,82

1,30

1,85

1,22

0,93

0,93

0,83

1,37

1,42

1,02

0,74

1,06

1,51

2,09

1,24

1,29

1,97

0,67

0,64

1,15

0,79

0,92

1,27

0,88

• \ (»*) = 1,20 x \0~h c/s.

- 111.24

Page 63: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

10

10 .-1

JO*

10 -i !_

\w «n» •»

\

\ \

\ '

]t>r JC r (ó^/V) Fig. III-1 - Espectro diferencial de pions e protons

ao nivel do mar (Turver et ai).

III.25

Page 64: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

500

100

te Ü

o> c o cr

10

0.1

500

100

0.01 P (GeV/c) XI>L 762:274

Fig. III-2 - Range medio e perda de energia era chumbo,

cobre, Aluminio e Carbono (ref. 3)»

E i

>

i

-111.26 -

Page 65: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Io

(*°° *~') , • +.p j

J I

K MO cvw

c^i(z), _ j /

w Fig* I I I -3 - Sistema de deteção dos kaons.

(a) Arranjo físico

(b) Cadeia Eletrônica.

III.27 -

Page 66: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

loo X5D loo 3S0 C M U Í S 4 ^

Fig» III-/* - Calibraçao do CTA para medida da

vida media dos K's.

- III.28

Page 67: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

w

15 h 15 Ifc 17 It 15 20 21 21 23 ( *«)

Fig. I I I -5 - Gráfico integral de

kaons.

- 111.29 -

" * • — • - • - • • • » - • • - • • » • » - L U I M l A u A i f l i a * J

Page 68: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

—\f ¥ *** V » *""

<a -~<

ft»

1

.

i

1

1

i

VAv-V- " . - • • • .

~ v '

1 f> * / , ' / / , ' / " . . • ' ' / ' ' . *

wm 1

W/*à

I J.S e-~ fW

5 <*~ Pb

! ^ v . C. H (M0KMO)

If .5 C«H ?W

>P«A Cs (HO «MO)

l l .S c«~ ?W

11,5 i— rw > r <A C, (HO*MO)

«r» * - a . -

c7 . -da—o [S>—O - b -

Fig. 1II-6 - (a) Arranjo f í s i c o

Cer, (5 D - Cerenkov

C ...C„ - Cintiladores o 7

(b) Cadeia eletrônica.

- III.30 -

Page 69: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

MO

fct

30

VO

IO i 2.00 At 1 1 «V4

1000 l » « o " " C M » * . H P 0 °

Fig. III-7 - Calibraçao do CTA para medida da

vida média dos Ti'e.

- III.31 -

Page 70: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

w

n If II 10 21 11 11 2H 15

Fig. I I I -8 - Grafico integral de

Pions.

- I I I .32 -

Page 71: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

SO KlO t*«.

o

o

MAUElhft t . C w

M

D-i>

Mt.*'*>l

^ >

ST-

-5 t .

IW'H

| ^ , A J I / M |

to

Fig. III-9 - Esquema de deteção

(a) Arranjo físico

(b) Cadeia eletrônica.

- IH.33

Page 72: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Hso soo CALAIS

Fig . I I I - IO - Cal ibraçao LeCroy para vida -

media de p ione .

- III .3/+ -

Page 73: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

N .

12. V\ 2t>

Fig. I I I - l l - Gráfico integral

de pions*

- III.35 -

Page 74: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

3S

32

iO

U

U

*1

2Z

20

" ' "

-

*Y

• +

• • » -

àf •

' / •

^ /

y f

-

' J 000 JSoo 20GC

CAwfcL

Fig. 111-12 - Calibraçao Norland para vida media doe

p ions .

- I I I . 3 6 -

Page 75: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

N

Fig, 111-13 - Gráfico integral de pions. '

- III.37 -

Page 76: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

5t.

S* °?

LV-Mfcj*o«v»ty

i * ^ "

,/£ *c ISO MH»

iü: AIM en. o

Fig. III-1/f - Esquema eletrônico do Conversor

Tempo-Digital.

• III.38 -

Page 77: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

'** CCNTA6EWS

|í> 10 30 MO SO 60 t o CO io l»o no l ip |>c H e

Fig. 111-15 - Calibraçao do CTDi

(a) para plons

(b) para muons de pions.

- JJI.39 -

Page 78: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

N :

15 IS 15 HS' 55 <* (•»*)

Fig. 111-16 - Gráfico integral

de pione, cujon

muons decaem.

- III.kO -

Page 79: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

SO*10 c

TT"1* *A*»D6ifcA . M c-v»

O

Í 11 MOKHO CW-

Fig. 111-17 - Arranjo fieico

- I I I . W -

Page 80: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

2voc }09C CAMA\Í>

H?»©

Fig. 111-18 - Calibraçao do Multicanal.

- XII.42 -

Page 81: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

m * , *i a - *3 2

Fig* 111-19 - Flutuações das medidas, relação {N) X At*

Page 82: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

N

A> 20 - 30'/. k.

I I I J I, .. I 11 2H 2L It 3© 31 3H Ji 31 I»

«nh

Fig, 111-20 - Gráfico integral de pions.

- ZZI.ifif -

Page 83: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Fig. III-21 - Calibração do MCA (Incluem K e IPs).

- Ill.itf -

Page 84: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

fcc t(wj

Fig . 111-22 - Calibraçao contador (CTD), incluem K e I t ' s .

- I I I . l f6 -

Page 85: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

N

iO 10 Jo Ho 50 fr6 t ( * 4 )

Fig. I I I -23 - Grafico in tegra l , incluindo

kaons e pions.

- I I I . W -

Page 86: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

N

5 15 25 35 4S 55 65 t(**)

Fig. 111-24 - Gráfico in t eg ra l , incluindo

kaons e pions.

- III.if8 -

Page 87: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES

As conclusões apresentadas no presente trabalho são baseadas

nos resultados experimentais obtidos em nosso laboratório e comparadas

aos resultados de outros grupos*

IV-1 Medida da Intensidade Integral de Müons e sua Vida Media

Durante a preparação dos detetores e sua calibração foram fed.

tas medidas da intensidade integral de muons e de sua vida media.

Nos gráficos das figuras II-6 e II-7, mostramos os resultados

obtidos por Allkofer* ' e por Rossi , respectivamente, comparando-oc i

'aos nossos resultados. Obtivemoe boa concordância, jâ que fizemos uma

calibração relativa para a obtenção do fluxo integral.

Jà na figura 11-10 mostramos o gráfico integral de muons com­

parado à curva de probabilidade de decaimento do mesmo, onde obtivemoe

a vida media de \, = 2,0 +. 0,1 JJB, com uma boa aproximação aos obtidos

anteriormente** e *h

IV-2 Medida da Razão Wly

Na deteção de pions utilizamos diversos arranjos com momentos

diferentes. Obtivemoe os seguintes resultados: —2 —1 —1 momento (GeV/c) fluxo (cm sr s~ )

0,13-0,16 1,38 x IO"5

0,18-0,23 7,65 x IO"6

0,20-1,00 3,91 x IO"6

1,00 2,33 * IO"6

Os resultados obtidos para os pions são compatíveis aos obti­

dos experimentalmente por ffolfendale^) e por Turvei 6\

- IV.l .

Page 88: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Utilizando esses dados e os dados da intensidade diferencial

de muons obtidos por Allkofer , tiramos a razão \CJJJ como está mostra­

do na figura IV-1 e comparamos com a razão obtida por Wolfendale ^ .

IV-3 Medida da Razão K/fr

Na deteção de kaons usamos um detetor Cerenkov, com isso linti

tamos o momento dos kaons na ordem de 0,5 GeV/c. Então para um momento

—7 —? —1 —1 dessa ordem temos o fluxo de kaons * igual à 9»8*f x 10 cm 'sr s .

AtraveG dos resultados obtidos para os kaons e pions, ver fi­

gura IV-2, e da análise dos gráficos realizada no capitulo anterior, eii

contramos a razão K/fi" na ordem de 0,2,

(7) -

Estudo realizado por Hayakawa , através de comparações das

intensidades da componente eletromagnética e das intensidades dos mu­

ons, obteve o valor mais provável para razão K/lf de 0,4 ± 0,2. Já Onbojr

ne obteve o mesmo valor através do estudo da polarização dos muons

que se desintegram em repouso ao nível do mar, enquanto resultado mais

(9)

recente para esse tipo de medida nos dá uma razão de 0,3 • No traba­

lho realizado por Cool utilizando um feixe de 50 GeV nas colisões

p-Be e p-Al a abundância relativa de partículas secundárias produzidas

nos dá uma razão K /TY na ordem de 0,15» indicando também uma quantida­

de razoável de kaons.

Assim podemos concluir que nosso resultado para razão K/fl" na

ordem de 0,2 está de acordo com aqueles obtidos pelos grupos acima.

0 nosso r.istenia favorece o deteçao de ft , polo pode acontecer

que o decaimento do JJ" não eeja detetado. Acsim sondo a razão K/tT -qui

aprprontada pode estar superestimada*

REFERENCIAS

- IV.2 -

Page 89: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

1- Allkofer, OC e Jokish, H; II Nuo. Cim., v 15A, n 13, 371 1973.

2- Rossi, B; Rev. Mod. Phys,, v 20, n 3, July 1948.

3- Rosenfeld, AH et al; Rev. Mod. Phys., v 37, 633 1965.

k- Review of Particle Propertiers, p. 37, April 1983.

5- Wolfendale, AW et al; Proc. Phys. Soe, v 83, 871-877 1964.

6- Turver, KE et al; 122 ICCR, v 3, 1236, Australia 1971.

7- Hayakawa, S et al; Prog. Theor. Phys., Suppl. n 32, 104 1964.

8- Osborne, JL; II Nuo. Cim., n 32, 8l6 1964.

9- Dardo, M; Inst, di Cosmo-Geofi'sica, Int. Repor. 44/ICG, Torino.

10- Cool, RC; Int. Conf. on Hight-Energy Accelerators, 15 1961.

11- Hayakawa, S; "Cosmic Ray Physics", John Wiley & Son, 1969.

- IV.3 -

Page 90: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

r

r

r n r w

^

r-

V

IP"'

a-'

• « ' i t • • i • » » i , i , i \

to

Fig. IV-1 - Razão ^/fj por energia.

A - Wolfendale et al

O - nosso resultado.

IO1 (6cV\

r

r - IV./f -

Page 91: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

^ 4 0 -

10' p(Gt\//c) W

Fig, IV-2 - Intensidade diferencial de TT e K ao nível

mar:

t - Turver et al —

A - Wolfendale et al

O - nosso resultado. —

- IV.5 -

Page 92: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APÊNDICE A - EFEITO CERENKOV

A-l Descrição Qualitativa

Uma partícula carregada ao atravessar um meio material com ve

locidade maior que a velocidade de fase da luz no meio irradiara na re­

gião do ultravioleta.

Esta radiação foi observada por volta de 1910, s6 sendo expli

cada muito mais tarde pelo físico Cerenkov (19!%) » Em 1936 os sovié-

(2) ticos Frank e Tamnr elaboraram a interpretação teórica do efeito com

base na optica e eletrodinâmica clássica.

As dificuldades para se explicar essa radiação foram causadas

principalmente pelo fato de que nas décadas de 10 e 20 os pesquisadores

se ocupavam principalmente com o fenômeno de luminescência* de mate­

riais bombardeados por partículas radiativas e raios-X. Devido às condjl

ções experimentais da época, a luminescência era bem mais evidente que

a radiação de Cerenkov, dificultando sobremaneira a distinção entre os

Luminescência è a emissão causada pela excitaçao do material por meio

de f6tons, ou campo elétrico, etc. Nesse fenômeno, ao se retirar a

fonte de excitaçao, o material conserva um brilho característico que

diminui com o tempo. Se o brilho decai exponencialmente com o tempo,

chamamos o fenômeno de fluorescência; mas se hà uma componente adicio

nal no brilho, fazendo com que seu decaimento tenha uma dinâmica mais

complexa, chamamos, o fenômeno de fOEforescência.

- A.l -

Page 93: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

doi s fenômeno 6*•

Damos a seguir uma descrição qualitativa do fenômeno. Seja um

meio material com Índice de refraçao n, atravessado por um elétrom com

uma velocidade menor que a velocidade da luz no meio (caso a). Durante

sua passagem, o elétrom provocara uma polarização local dos átomos do

material, os quais, voltando ao estado despolarizado, emitem ondas ele­

tromagnéticas* Estas ondas em nenhum ponto do material interferirão

construtivamente e as emissões são independentes (fig. A-l.a).

Considerando o caso b em que a partícula tem uma velocidade

superior â velocidade da luz no meio, veremos que as frentes de onda e-

mitidas interferirão construtivamente, formando assim uma nova frente

de onda (fig. A-l.b). i 1 Sejam v a velocidade da partícula, c a velocidade da luz no

vácuo e n o Índice de refraçao, a emissão de luz ocorre quando:

Pela figura A-l.b, temos que,

«o 9 = -±~

chamando — :B, encontraremos a relação de Cerenkov,

o 0.--L- (A-Jl)

Utilizando a relação de Cerenkov e {$$1, encontraremos dois l:i

mites para a velocidade da partícula. Como J-^Ja velocidade da particu-

Ia deve estar na região,

i« P « 1

* A emissão luminescent© pode ser diferenciada da emissão Cerenkov, pe­

lo atraso entre a excitação c a emissão que é grande quando comparada

ao período de radiação ^£, onde X e o comprimento de onda e c è a ve­

locidade da luz*

Page 94: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

de modo que:

Oi 9 4 <«"'(i) (A-! .z)

Da relação de Cerenkov (A-l.l) vemos que o ângulo de emissão

aumenta com o aumento da velocidade da partícula.

A-2 Teoria Clássica

Estudemos agora o comportamento de um meio dieletrico, que se

encontra polarizado, devido a ação de um campo externo, causado por uma

partícula carregada que atravessa o meio com velocidade constante. Para

os cálculos iremos considerar um dieletrico isotr&pico (condutividade

zero, permeabilidade unitária e sem absorção de radiação).

As equações de Maxwell, para esse meio dieletrico não magnèti

co são:

S$ = fnç (A-2.3)

Vtt » 0 (A-J.H)

0 dieletrico se encontra polarizado, devido a ação de um cam­

po externo e a região estudada terá dois campos, um devido à polariza­

ção r e o outro correspondente ao vácuo: Dp-f#E, onde E e o campo medido

raacrosc&picaraente e €. & a constante dielêtrica no vácuo. Dai segue:

"D= ÍT. • IF? -- eX * MR P (A-2-5)

0 ê a excitação macrosc&picamente medida e ê igual a £ E , on­

de £ e a constante dielêtrica do material:

?» tf * c.l • HIT ? (A.I-Í)

logo,

1!l7»(£-OF (A-2.7) No sistema Gaussiano, t,= [ , logo

A.3 -

Page 95: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

onde n c o Índice de refraçao do dielHrico. Da relação (A-2.7) encon­

trados

4RP = (^-0^ (A-J3)

substituindo (A-2.9) em (A-2.6) teremos:

Introduzindo agora o potencial vetor A, da equação (nJ/.J Jj em

(A-2./f), escrevereaos o campo magnético H em relação a A,

H = v * Ã ( A - Í - U )

Substituindo em (A-2.2) "teremos

?<? • ± X- V KÂ - 0

?*r 4 ? * c | f *• °

Da identidade vetorial *»KjHlf)=0, temos que:

? 4 -i- A- = '-S7 0 ( A - M l )

onde >| é o potencial escalar.

Alem disso, colocaremos A e '-P de maneira tal que satisfaçam a

condição de Lorentz,

V A t - i - ^ = O (A-2-IH)

Para a densidade de carga f, e densidade de corrente ~T, atra­

vés da definição do delta de Dirac», temos as seguintes formulas:

p e o ( r - o O , J --e£ ã(r-ut) (A-2 U>)

Substituindo as equações (A-2.11) e (A-2.13) na equação

(A-2.1), e utilizando a condição de Lorentz e o fato de que D.-£ Eternos,

* Lembremo-nos de algumas propriedades do delta de Dirac.

/»<. X a eu

X

ias proprieaa

io M \J 4* *-*CM] o At. *4 [i,i3

- A.if -

Page 96: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

da identidade vetorial V* {V «ft\ = (v h\5 -V Â temos

e utilizando (A-2,15) para densidade de corrente T ,

V * * - ^ - - - ^ c S K F - o t ) (A-2.IV)

Do mesmo modo, substituindo (A-2.13) a equação (A-2.3),

corao V{yyt)-VW e V-Ar-Í-ÜL (condição de Lorentz),

e utilizando (A-2.15) para densidade de carga f ,

i(v^ - ^ &\ = -W i^Lr- vi) (A-Mf)

Desenvolvendo os potenciais A e 1/ em integrais de Fourier* l£

mos,

Substituindo o lado esquerdo da equação (A-2.17) temos,

loso, a componente de Fourier será.

lclA £ ?%

então teremos, ^ ., „

Com ura processo análogo, a componente de Fourier para o poteii

ciai ifeerhy # ^ % -ç.iH

'('V*^)*^' ( ^

* Nota sobre integrais de Fourier, se

y(t): ) C(u»)e<l" <Au> -•o

a componente de Fourier ê,

- A.5 -U N I C A M P

BISUOUCA CENTRAI

Page 97: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Introduzindo a notação u>= kÃf» encontramos as soluções do A< e

<Pn utilizando as equações (A-2.20) e (A-2.21)

Expandindo a equação (A-2.13) em integrais de Fourier, a com­

ponente de Fourier para o campo elétrico e,

rw = i f . A K - ^ •• <<*'*•*)

Substituindo as equações (A-2.22) e (A-2.23) em QA-2.2/() te-

mos» / \ \ • +

como t: JEK.C A K , u»=Ku- e trut encontraremos

e a força de reação Frt£*, com sinal trocado, ê

Introduzindo as seguintes designações K» -u>, o--VK^ltJ e s u b s t i ­

tuindo AkyáKv s iTIaJlft temos, _

e podemos escrever o valor absoluto de F na forma * ,W_L - — i^nhg^íf (-»>

que ê o valor absoluto para o caso relativistico, particulos com veloc^

dade próxima a velocidade c da luz. Para c-»« temos

1TÀÍ t(^V«Õ que nos dâ o valor absoluto para o caso não relativistico*

* A força F è antiparalela à velocidade ir, e estas são determinadas pe

Io eixo x, aqui a força magnética -S- *W se anula, pelo fato de que es

ta força è perpendicular a ir, não produzindo trabalho.

- A.6 -

Page 98: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Como estamos interessados no caso if)i., a equação (A-2.27) to

ma a forma

F=-ii!( (l -i-)l_J-A-%—--".«'-< (1,-11!)

introduzindo as novas variáveis

A.$ = ia ti q

obtemos:

Seguindo o processo utilizado em calculo complexo, $ = o e o

ponto singular 6imples, o resíduo e 1, como

temos,

(Ü-.2TW J 7

sabemos que É^nS portanto substituindo estes valores em (A-2.29) tere­

mos finalmente a formula:

que determina a intensidade de radiação por intcrvnlo do freqüência Au».

Para estes cálculos, desprezamos, em primeira aproximação, os

efeitos da dispersão. Mas um meio real e sempre dispersivo, de tal modo

que o Índice de refração depende da freqüência 10 (Item A-íf), substi-

2 — tuindo (A-2,30) o valor aproximado de n definida pelas equações,

^(u,) * j * * , *Slo\ -. i -. \ + —*

onde A ê igual â • • "e« e u>, è a freqüência molecular média do meio, e iri

tegrando de ^>-0 â u»:^ obteremos a perda de energia por unidade de com­

primento para um elètrom rápido (9"))»

se assumirmos «•«txlO s~ , teremos -^-na ordem de alguns KeV por centi-

metro»

A-»3 Diotrlbuição Espectral

- A.7

Page 99: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Neste parágrafo assumiremos que o Índice de refração n seja

constante na parte visível do espectro, então

«••^('-ib)U'- (A°° Como a energia de um quantum ind iv idua l e |nU e w=Zffd, podemos

escrever para AI/ÍAWUJ onde tirUf.ztr, a equação (A-3.1) na forma

se tomarmos ««=«• a região do espectro en t re Xi e X t se ra :

it. t . c ' V f« .V l J), X' J

da re lação de Cerenkov ( A - l . l ) t m S s - L , temos que o numero de fôtons p/w

por unidade de comprimento s e r a :

ÜízJLWtlX. - J -Wfl (A-3.3^

ondec(= — = — ê a constante de e s t r u t u r a f i na , podemos escrever

de modo que a equação (A-3«3) sera na forma

i*Ui£fi ÀüWô (A-3-4) d* c _ '

Também podemos expressar a d i s t r i b u i ç ã o de energia era termos

de comprimento de onda. de 1»=^. * .Ai

na qual parte da luz está concentrado no violeta (fim do espectro).

A-*f Teoria Clássica de Dispersão

A equação clássica do movimento de um el&trom com freqüência

fui t

natural de oscilação Wt em um campo elétrico E=E0t tem a forma

.z, t-» \ _ -xujx; . , »*[r + u » » r ) s f c C « t (A-4.1)

com w^u>ca solução &

Se existe N elétrons por unidade de volume, seu deslocamento oob a ação

da onda produzirá uma polarização elétrica P , na forma

- A.8 -

Page 100: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

P = N e ? = ~ p l t e ^ * (A.4.3)

o vetor deslocamento el&trico TT & expresso como

Usando D-d(w)E., temos

e M = \ + — 7 - r - 1 \

que ê o valor do Índice de rofraçâo *\=t dependente da freqüência u) .

REFERENCIAS

1- Cerenkov, PA; Dokl. Akad. Nauk.'j SSSR, 2, if51 193*t.

2- Frank, I, Tamra, IF; C. R. Acad. Sci., USSR, 1/+, 109 1937.

3- Jelley, JV; "Cerenkov Radiation and its Applications", Fergaraon

Press, London 1958.

lit- Jelley, JV; "Cerenkov Radiation", Prog. Nucl. Phys., v.3, Sk 1953.

5- Landau et Lifchitz; "Electrodynamique des milieux continus", Ed.

Mir, Moscou 1969»

6- Jackson, JD; "Classical Electrodynamics", John Wiley 1962.

7- Arfken, 6; "Mathematical Methods for Physicists", Academic Prens,

New York 1970.

A.9

Page 101: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

W <r< V, r% W a > c ^ n

Fig . A-1

Efeito Cerenkov

- A.10 -

Page 102: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APÊNDICE B - CINTILADORBS

B-l O Processo de Cintilação

0 processo de absorção de energia por uma substancia e sua e-

mis8ão como radiação eletromagnética (visível ou ultruvioleta) e conhe­

cida como luminescencia. Esse fenômeno e causado pela excitação e ioni-

sação produzidas na substância por f6tons, diferença de potencial elé­

trico, raios catôdicos, reações químicas, etc»

Nas transições entre o estado excitado e o estado fundaraen-

• -.8

tal, a emissão de luz ocorre em intervalos de tempo da ordem de 10" s,

aproximadamente o tempo de vida de um estado atômico para uma transição

{permitida. Se o estado excitado ê metaestável, a emissão 6 atrasada e a

radiação e conhecida como fosforescència. Sua duração varia com o tipo

de material luminescente, e vai desde microsegundos ate horas. Quando a

intensidade da radiação emitida decai exponencialmente com o tempo, cha

mamos o fenômeno de fluorescència.

Analisaremos a seguir apenas o caso de excitação do material

por uma partícula ionizante.

0 numero de f&tons n. emitidos em um tempo t apôs a chegada

da partícula ionizante è dado por:

onde £ e o tempo de decaimento característico do cintilador.

A porcentagem da energia de excitação convertida em radiação

visível ou ultravioleta e da ordem de 1 a 40 por cento, variando para

cada tipo especifico de cintilador.

Estudaremos aqui o processo de cintilação em materiais organic

cos: cristais orgânicos, soluções líquidas e soluções sólidas.

B-2 Cristais Orgânicos

- B.l

Page 103: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Em geral esse6 cristais são constituídos de hidrocarbonetos a

romaticos, moléculas contendo estrutura de benzeno, com varias substi­

tuições nonaromaticas. Essas moléculas contêm estruturas ressonantes.

0 processo de lumlnescència nos materiais orgânicos pode ser

discutido em termos de um diagrama da energia potencial pela distancia

interatomica das moléculas , ver figura B-l.

A passagem da partícula através do cintilador, pode resultar

na transferencia de moléculas do estado fundamental ao estado excitado,

linha AA', o ponto A' e um estado vibracional altamente excitado, e es­

ta energia 6 dissipada em calor devido as vibrações da rede. Se a molé­

cula no estado excitado for suficientemente estável, parte desta ener­

gia será utilizada para o retorno ao estado fundamental, linha BB', a-

travis de uma emissão fluorescente.

Podemos observar pela fig. B-l que a energia para ir do esta­

do fundamentr.l ao estado excitado è maior que a energia que è devolvida

no retorno.

B-3 Soluções Líquidas de Materiais Orgânicos

Nos cintiladores líquidos usa-se em geral como soluto: p-ter-

fenil, PBO, PBD e POPOP* e como solvente: tolueno, xileno, fenilciclohje

xano, trietilbenzeno.

(2) A tabela B-l mostra as concentrações normalmente usadas •

0 processo de cintilação e similar ao descrito no parágrafo

anterior, aqui a excitação do soluto corresponde ao processo AA' da fi­

gura B-l* Essa energia de excitação 6 emitida através da radiação fluo-

• PBO * 2-fenil-5-U-blfenilil)-oxazole

PBO - 2-fenll-5-(*»-bifenil)-l,3,if-oxadiazole

POPOP s l,Wi-(2-(5-feniloxazolil))-benzeno

- B.2 -

Page 104: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

rescente.

O mecanismo de transferencia de energia pela excitação e com­

plexo * , e depende da natureza do cintilador, de sua concentração e

dos tipos de soluto. Esse mecanismo envolve fluorescència suscetibiliza

da, emissão e reabsorção de f6tons, etc.

Pode-se melhorar a eficiência do cintilador liquido com o uso

de deslocadores de comprimento de onda. são substancias fluorescente

que absorvem a radiação num certo comprimento de onda e emitem-na num

outro comprimento, mais proximo a resposta espectral do foto-tubo (apèn

dice C). Nos dado8 apresentados na tab. B-l foi usado o FOPOP para me­

lhorar o sinal (ver curvas espectrais no Cap. II - Detetor).

i

'B-4 Cintiladores de Solução Sólida (Plástico)

Normalmente utilizam-se como solventes: polivinilbenzeno (po-

listireno), poliviniltolueno, p-xileno, tolueno, etc. Como soluto usam-

se: p-terfenil, PBO, PBD e FOPOP.

0 mecanismo de cintilação 6 similar ao dos cintiladores liqui

dos. Vm dos tipos que melhores resultados apresenta è feito de 97% de

polistireno, 2,5% de p-terfenil e 0,03% de tetrafenil-butadieno (usado

como deslocador); em nosso experimento estamos utilizando o modelo NE

102 da Nuclear Enterprises, constituído de poliviniltolueno com 36 g/l

de p-terfenil (soluto) e 1 gAitro de POPOP.

B-5 Quias de Luz

Normalmente quando usamos cintiladores de grande dimensões ne

cessitamos de um guia de luz entre o cintilador e o fotocatodo da foto-

multiplicadora para melhor focalizar a luz. Em nosso estudo utilizamos

guias de luz de lucite e guias de luz a ar, fig. B-2, ambos apresentam

- B.3 -

Page 105: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

a mesma eficiência geométrica de coleção de luz em posições diagonalmeii

te oposta ^ • A fixação do guia de luz de lucite no cintilador è feita

através de cimento óptico e como contacto óptico na fixação do guia com

o foto-tubo utiliza-se 6leo de silicone. Todo o conjunto (cintilador +

guia) è envolvido de papel alumínio (espessura de 0,01 mm e 95% de re-

fletividade).

0 guia de luz à ar (construção feita de madeira), têm as parts

dês revestidas de alumínio refletor, esse guia foi projetado em forma

de tetraedro e de tal maneira que a fotomultiplicadora enxergue a face

•aior do cintilador, que tem as demais faces cobertas com papel alumí­

nio*

Para os cálculos das dimensões dos guias de luz usamos o se-

'guinte processo* , figura B-3.

0* = ângulo critico = cos~ (l/n), onde n ê o Índice de refra­

ção do cintilador, então

logo:

4 > v*°'-*<>

Na experiência utilizamos cintiladores plásticos de dimen­

sões: 1)0 x 1(0 x 2,5 (cnr) com guias de luz de lucite e 70 x 50 x 2,5

(cnr) com guias de luz â ar*

Com relação ao guia de luz à ar temos o fato de que o ângulo

limite para reflexão total entre o cintilador e o ar ê cos" (l/n) = 50°

assim a luz emitida pelas partículas com ângulo maior que 50° não será

observada pela fotomultiplicadora* Logo deveremos fazer uma correção de

area: se para l80° temos uma superfície esférica de 2tlR , para 80° te-

mos uma superfície esférica de (2ffR H/9» então o fator de correção se­

rá igual à 2,25.

- B.if -

Page 106: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

REFERÊNCIAS

1- Slater, JC; "Quantua Theory of Matter**, ch. 8, McGraw-Hill, N. fork

1951.

2- Faissner, H et al; Nucleonics, 21, 50, February 1963»

3- Price, WJ; "Nuclear Radiation Detection*1, ch. 7, McGraw-Hill, New

Tork 1964.

4- Corat, EJ, Guerra, R, Mahon, JRP, Silva, E e Vannucci, A; 3 S Reu­

nião Anual SBPC, 12-D.1.10, p. 364, Campinas 1982.

5- Br uni, D et al; II Nuo. Ciou, Supl. v. II, serie X, £, 10i»8 1955.

6- Birks, JB; "Theory and Practice of Scintillation Counting**, Pergamon

Press, Oxford 1964.

7- Brooks, FD; "Organic Scintillators", Prog. Nucl. Phys., v. 5, p. 252

1956.

« B«5 •

Page 107: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

TABELA B-l (ref. 2)

SOLVENTE

Tolueno

Tolueno

p-Xile'w

Shellsol A

Trietilbenzeno

Decalin

ESTRUTURA DO

SOLVENTE

Metilbenzeno

Hetilbenzeno

1, if-Dimetilbenzeno

Trimetilbenzeno

l,3i5-Trietilbenzeno

Dec ahi drona ftaleno

SOLUTO E

CONCENTRAÇÃO g/litro

PBO (10 g/litro)

p-Terfenil (5) + POPOP (0,1)

p-Terfenil (?) + POPOP (0,1)

p-Terfenil U ) • POPOP (0,1)

P-Terfenil (J) + POPOP (0,06)

P-Terfenil (1) + POPOP (0,1)

ALTURA

RELATIVA»

109

102

106

86

50

28

* Comparado com o cristal de Stilbene com altura de pulso 100.

- B.6 -

Page 108: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

í

X

*

*»»i*n«t< iulírA^r^u^,

Fig, B-1

- B.7

Page 109: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

«yn*. Jle \oi

M auia. It \vx At lucile

« \\>y*. «e. Ivi it «.I

r*f•' ••*«« i me

Pig. B-2

(a) Gula de luz de luc i te

(b) Guia de luz â ar

. B.8 -

Page 110: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Fig. B-3

Guia de Luz

- B.9 -

Page 111: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APBtDICE C - POTOHULTIPLICADORAS

C-l Descrição Geral

Uma fotomultiplicadora e um dispositivo fotossensivel que

transforma a luz incidente em corrente elétrica, e ê constituida de um

fotocatodo, um sistema eletro-ôptico de entrada, um ou mais estagio de

multiplicação de elétrons utilizando eletrodos (Dinodos) de emissão se­

cundaria entre o catodo e o coletor (Anodo)*

(i) Fotocatodo

Consiste de uma película sensível à luz depositada em um subs

trato, que transforma a luz incidente em elétrons através do efeito fo-

toeletrico

onde E e a energia cinética do elètrom ejetado, ò a função trabalho do

catodo, h a constante de Planck, A o comprimento de onda da luz incideii

te e c a velocidade da luz no vácuo.

Hâ dois tipos diferentes de catodos, os opacos e os semitrans

parentes. Os catodos semitransparentes tem a vantagem de poder ser aco­

plado entre a luz incidente e o sistema multiplicador, podendo ocu ir

toda a superfície da janela* Os catodos opacos têm como principal cara£

teristica sua facilidade de transportar altas correntes*

Os materiais utilizados nos fotocatodos determinam a resposta

espectral da fotomultiplicadora, Esses materiais diferem em sua sensibi

lidade espectral e eficiência quântica (definidas na próxima secção):

a) 811 (Tipo A) são equipados com um fotocatodo semitransparente de Cé­

sio Antimônio (Cs-Sb), evaporado no interior de uma janela de vidro. E_s

•es tipfis são sensíveis a radiação na região visível do espectro e tem

sua máxima sensibilidade ao redor de i*20 nm*

b) 81} (Tipo ü) tem o mesmo fotocatodo dos Sll, mas possuem janela de

Page 112: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

quartzo, tendo portanto uma sensibilidade estendida "a região ultraviolet

ta do espectro.

c) SI (Tipo C) tem fotocatodo semitransparente de Oxido de Césio Prata

(Cs-Ag-O) em uma janela de vidro, tem uma sensibilidade na região espe_c

trai do vermelho e do infravermelho proximo, com um máximo ao redor de

800 nm.

d) S20 (Tipo T) possue fotocatodo semitransparente tri-alcalino (Sb-Na-

K-Cs), janela de vidro, tem uma sensibilidade que abrange desde ultra­

violeta ao infravermelho próximo, com um máximo ao redor

de 4*20 nnu

e) S20R difere do S20 por ter uma sensibilidade estendida do visível ao

infravermelho do espectro, com um máximo próximo de 550 nm.

f) Tipo TU difere do S20 por ter uma janela de quartzo estendendo a sen

sibilidade à região ultravioleta do espectro.

g) Tipo D possue fotocatodo semitransparente bi-alcalino (Sb-K-Cs) em

uma janela de vidro* Esse fotocatodo possue uma alta eficiência quânti-

ca na região azul do espectro e uma baixa emissão termoionica. A máxima

sensibilidade está em aproximadamente *t00 nm»

h) Tipo DU tem o mesmo fotocatodo do tipo D, mas è equipado com janela

de quartzo, dando uma sensibilidade estendida a região ultravioleta do

espectro.

(ii) Sistema Eletro-Optico de Entrada

Esse sistema tem como função estabelecer um acoplamento efi­

ciente entre o catodo e o sistema multiplicador, direcionando e focali­

zando os elétrons para o primeiro dinodo do sistema multiplicador. Em

geral, usa-se somente um campo elétrico por razões práticas, mas em a-

plicaçõe8 especiais, um campo magnético poderá ser utilizado. A qualida

de de um sistema óptico pode ser medida pelo seu tempo de transito (en­

tre o catodo e o primeiro dinodo) e a eficiência de coleção, isto ê, a

porcentagem de elétrons emitidos pelo fotocatodo que alcançam o primei-

- C.2 -

Page 113: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

ro dinodo»

(ill) Sistema Multiplicador

O sistema multiplicador consiste de uma serie de dinodos (ele

trodos de emissão secundaria)) terminando em um coletor (anodo). Os elè

trons são transmitidos de um dinodo a outro ate chegar ao ânodo, multi-

plicando-se em cada dinodo por que passam*

0 material em que o dinodo e fabricado, deverá possuir: alto

fator de emissão secundaria, estabilidade da emissão secundária e baixa

emissão térmica»

a) Emissão secundária, é um fator importante nas fotomultiplicadoras,

pois é responsável pela sua subsequente ampliação* A emissão secundaria

se observa ao bombardear a superfície de um corpo com elétrons e ions.

No caso de bombardear com elétrons, os elétrons secundários são os elé­

trons primitivos refratados e os elétrons arrancados do corpo bombardea.

do*

A emissão secundária pode ser determinada como:

onde I. 6 a corrente de emissão de elétrons secundários, I, è a corren­

te primária e o o fator de emissão secundária.

Assumindo que todos os dinodos tenham o mesmo fator de emis­

são secundária, a ampliffcação do tubo é dado por:

G = í" , (c-i-3) onde n é o numero de dinodos*

b) Emissão térmica, essa emissão contribui na formação de corrente de

obscuridade (ruido), a densidade de corrente da emissão termoelétrica

do material em função da temperatura é igual at

^ r C T V ^ (C-|.H)

onde W é a densidade de corrente por unidade de superfície, C é uma

constante característica do material, K é a constante de Boltzmann, h

a função trabalho e T a temperatura em Kelvins*

- C.3

Page 114: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Na figura C-l apresentamos as possíveis configurações dos di-

nodos: a) coador, b) veneziana, c) gaiola circular, d) caixa, e) linear

focalizado,

(iv) Coletor (Anodo)

Coleta o fluxo de elétrons produzidos no sistema multiplica­

dor, através do qual tira-se o sinal a ser analisado.

C-2 Características da Fotomultiplicadora

Os mais importantes parâmetros que caracterizam as fotomulti-

plicadoras são:

(1) Sensibilidade Luminosa do Catodo

Definida como o quociente da fotocorrente do catodo pelo flu­

xo luminoso incidente, expressa em ampere po lumen*

A sensibilidade luminosa h dada pela expressão

onde F(§ o fluxo luminoso, em lumen, de uma lâmpada de filamento de

tungst&nio a 2 8 % K.

(ii) Sensibilidade Espectral do Catodo

Definida como a razão da fotocorrente do catodo pelo valor do

fluxo radiante monocromático incidente,

(iii) Sensibilidade Espectral Absoluta

E a sensibilidade radiante pela radiação monocromática, onde

a sensibilidade radiante 6 definida como a fotocorrente emitida por

watt de fluxo de luz incidente e è expressa em mA/W.

(iv) Eficiência Quântica

Ê a razão entre o numero de fotoeletrons emitido e o numero

de fôtons incidentes, determinada através da relação

tá s Kr -^\00 (7.) (t-2.1)

onde Hyè a sensibilidade espectral radiante do catodo expressa em aA/W

- C./f

Page 115: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

para o comprimento de onda expresso em nm.

Em geral a sensibilidade radiante e dada ao redor de um com­

primento de onda em que apresenta uma máxima resposta espectral* A figu

ra C-2 mostra a sensibilidade espectral radiante pelo comprimento de on

da e linhas de eficiência quântica constante para diversos fotocatodos.

(v) Ganho e Sensibilidade Luminosa do Anodo

A corrente de amplifieação (ganho) k a razão do sinal da cor­

rente do ânodo, I , pelo sinal da corrente do catodo, I. , para volta-

gens pre estabelecidas*

Cr ~ -|^ U-il)

0 ganho típico de uma fotomultiplicadora ê ^ 10 .

A sensibilidade luminosa do ânodo, N , pode ser obtido atra-

vês da sensibilidade luminosa do catodo» N. , e do ganho. G, por:

N* = & • M< ( A / J U ) ( C - J H )

(vi) Corrente de Obscuridade (Ruído)

Ê a corrente que existe mesmo quando o fotocatodo não ê ilumi

nado. A maior componente da corrente de obscuridade e usualmente a emis

são termoiònica do catodo e depende do tipo de catodo e da temperatura.

(vil) Ruído de Descarga

Se um fotocatodo está iluminado constantemente têm uma foto-

corrente dada por I. . esta corrente sofrerá flutuações e seu valor mé­

dio quadratico ê dado por:

: u » z t i K A j (c-2.s) com e = 1,6 x 10"* C, Af e a largura de banda do equipamento conectado

ao ânodo, I. e I. são dados em amperes. Essa flutuação e verificada na

emissão de fotoeletrons. A figura C-3 mostra a variação de I. com o tem

po.

Quando a fotocorrente e a corrente de ruído são amplificados

por um fator Q (ganho)! a corrente de ânodo será;

X* • G l K (c-<ife)

- C.5 -

Page 116: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

e o ruído

^ " " ' ^ { • " i f c õ ! ^'^ o fator • -— aparece devido a contribuição do ruído causado na emissão

secundária, í d& a multiplicação média de elétrons por estagio e í,a

multiplicação de elétrons no primeiro dlnodo*

A razão sinal-ruido da corrente de anodo é dado por:

com os valores típicos d e í = i f e & ( = 6 a contribuição de ruído na mul­

tiplicação é de aproximadamente 103É»

(viii) After Pulse

Está definido como um pulso falso que acompanha o pulso do si

nal verdadeiro, o after pulse é caracterizado por um atraso de aproxima

damente 10 ns em relação ao pulso verdadeiro,

(ix) Linearidade

Ê a relação entre a corrente e a intensidade da radiação inci.

dente.

Em geral, perde-se a linearidade quando a intensidade da ra­

diação incidente aumenta* Isto é causado pelos seguintes efeitos:

a) Variação no potencial do dinodo causado pela passagem secundária de

uma "corrente de obscuridade" de encontro a corrente de elétrons*

b) O efeito de "carga espacial" devido à alta densidade de corrente. A

corrente de elétrons no vacuo difere da corrente num condutor metálico

pelo fato de a velocidade u dos portadores variar de ponto a ponto* Se

n for a densidade de partículas carregadas no ponto em que se mede a

corrente, então

A densidade de partículas decresce do catodo ao anodo, a medi

da que a velocidade aumenta* fioj é a carga contida na unidade de volu­

me* Essa carga, conhecida como carga espacial, influencia também a dis-

- C.6 -

Page 117: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

tribuição da intensidade do campo elétrico, ela blinda o campo à frente

do catodo: As linhas de força que saem do ànodo, ja não chegam todas ao

catodo mas são recolhidas pelos elétrons da carga espacial*

(x) Tempo de Transito de uma Fotomultiplicadora

Ê definido como o intervalo de tempo entre a chegada da luz

na janela e a salda do pulso elétrico*

(xi) Tempo de Subida do Pulso do JLnodo

Ê o tempo requerido para a corrente atingir seu valor máximo.

(xii) Duração do Pulso de JLnodo -

Definida como a meia largura do pulso de salda.

(xiii) Diferença do Tempo de Transito

Expressa a relação entre o tempo de transito e a posição de JL

luninação no fotocatodo» A posição de referência è usualmente o centro

do fotocatodo.

(xiv) Flutuação do Tempo de Transito

E o desvio padrão da distribuição do tempo de transito*.

C-3 Voltagem Fornecida à Fotomultiplicadora

As fotomultiplicadoras podem ser alimentadas negativamente

(alto potencial do catodo) ou positivamente (alto potencial do ânodo).

Variações na voltagem causarão consideráveis variações no ga­

nho da fotomultiplicadora. Como o ganho pode ser dado na forma

& -- r (C-J-O K

como S=AV,, onde A e K são constante, sendo o valor de K entre 0,5 à

0,8 e V e a voltagem do dinodo,o ganho pode ser expresso como: O

• Todo8 os tempos aqui def in idos , variam como função da tensão forneci­

da da fotomultiplicadora, V., aproximadamente como:

*v1 /2 .

- C.7

Page 118: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

onde V, 6 a voltagem fornecida à fotomultipllcadora e < e a eficència

de coleção total, diferenciando 6 (C-3.2) em relação a V.

<U* A'lU. Vu^" 1 JlVb fc-33) e dividindo por 6 = A V b ~ em ambos os lados, temos:

Í£- = k~ JVw. (c-i.S) G vb

Se, se requer uma estabilidade no ganho de 1%, e supondo que

n (numero total de dinodos) usado seja igual a 10, a estabilidade na

voltagem dos dinodos deverá estar entre 0,l£ e 0,2%, não considerando

outros possíveis efeitos*

Para eliminar o ruido da alta freqüência vindo da alta volta­

gem fornecida, um filtro 6 conectado entre a alta voltagem e o inicio i

1 do divisor de tensão* Geralmente, o ganho da fotomultipllcadora ê con­

trolado pela mudança da voltagem e potenciometros.

C-i» Características das Fotomultlpllcadoras utilizadas na Experiência e

de seus Divisores de Tensão

XP 2020 (Philips, Holanda)

Sensibilidade Espectral Tipo D (Sb-K-Cs)

Diâmetro útil kh mm

Eficiência Quântica â 401 nm 26%

Sensibilidade Espectral à 401 nm 85 mA/W 7

Voltagem para ganho 3 x 10' 2200 V

Tempo do Subida do Pulso JLnodo =1,5 ns

Distribuição Tempo de Transito «"=0,25 ns

Duração Pulso de Anodo £ 3>7 ns

Número de Estagio 12

Estrutura do Dinodo linear

Material do Dinodo Cu-Be

- C,8 -

Page 119: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Divisor de tensão ver figura C-if

XP 2040 (Philips, Holanda)

Sensibilidade Espectral

Diâmetro útil

Eficiência Quantica à 437 nm

Sensibilidade Espectral a 437 nm

7 Voltagem para ganho 3 x 10

Tempo de Subida do Pulso Anodo

Duração do Pulso de Anodo

Numero de Estagio

Estrutura do Dinodo

Material do Dinodo

Divisor de tensão ver figura C-5

Sll (Tipo A) Sb-Cs

110 mm

15%

70 mA/W

2000 V

c 2 ns

s 5 ns

14

linear

Cu-Be

XP 2232 (Philips, Holanda)

Sensibilidade Espectral

Diâmetro dtil

Eficiência Quântica a 401 nm

Sensibilidade Espectral à 401 nm

7 Voltagem para ganho 3 x 10'

Tempo de Subida do Pulso Anodo

Duração do Pulso de Anodo

Número de Estagio

Estrutura do Dinodo

Material do Dinodo

Divisor de tensão ver figura C-6

Tipo D (Sb-K-Cs)

44 mm

25%

80 mA/W

1900 v

% 2 DS

it3,7 ns

12

linear

Cu-Be

FEU 49 B* (União Soviética)

Sensibilidade Espectral S20 (Sb-K-Na-Cs)

- C.9 -

Page 120: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Diâmetro útil

Eficiência Quftntica

Sensibilidade Espectral

Ganho total

Duração do Pulso de Ânodo

Tempo de Transito

Número de Estagio

Estrutura do Dinodo

Material do Dinodo

Divisor de tensão ver figura C-7

160 mm

20*

70 mA/W

IO6 - IO7

z 10 ns

s; 35 ns

12

veneziana

Sb-Cs

* Tipo usada na experiência de Baksan (URSS), gentilmente cedida pelo

acadêmico soviético 6. T. Zatsepin.

REFERENCIAS

1- Schonkeren, JM; "Photomultipliers", NV Philips, April 1970.

2- Hull, MD; "Fast Response Photomultipliers", Eindhoven The Nether­

lands, June 1971*

3- Birke, JB; "Theory and Practice of Scintillation Counting", Pergamon

Press, Oxford 196*f.

A- Mahon, JRP; "Fotomultiplicadoras", EQM - IFGW - UNICAMP 1981.

5- Catálogo "Philips - Photo and Electron Multipliers - T9 06-80" 1980.

6- Catálogo "FEU - Electronorgtekhnica", SSSR - Moscow.

- CIO -

Page 121: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

FLg. C-1 Tipos de dinodos.

- C.ll -

Page 122: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

loo 3oo Moo Soo <*0 *>0o ^ fa'm)

Jig. C-2 Curvas típicas de sensibilidade

espectral*

Soo

T«M»O

Fig. C-3

- C.12 -

..",''

Page 123: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

A

l N t f l

Z\ ax a e t i « i i i i i i

Si. S+ S*\ *S S«, S>] Sg 53 J,o 5 „ J„

IJIC UBK « • * »«K \00K iooifj ÍOffc looic )O0«r |00fc U»«K \ » < »«k (••IN

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If-10 Kf 10 Kr MKf

/777777T

Fig. 0-4 Divisor dft tensão - XP 2020.

Page 124: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CM

I

.8 a V •p

u o CO I s o

-£\ ,1* -

Page 125: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

CM

CM CM

&

I

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Page 126: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

? M f ! ! *

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UWf/Boooi/ Dtfi

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iAA

iOKf

K Tim

F i g . C-7 Div i sor de tensão - FED" 49 B.

Page 127: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APÊNDICE D - EQUAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA DE UMA PARTÍCULA

Seja uma partícula com quadrimomento (E, "p), a probabilidade

de que essa partícula sobreviva ap6s um tempo t será dado por:

f(>t^= c"^"-* (D-])

onde m è a massa da partícula, E sua energia e Z, sua vida media; logo a

probabilidade de uma partícula interagir apôs esse tempo t será

1-P(>t)= 1- e."**^ (0-2)

o termo •—- da a variação de 5 pela energia, logo t 6»

Em nosso caso, cheganao detetor partículas com uma certa dis­

tribuição de energia, temos portanto uma distribuição continua para E,

considerando os pions e limitando essa distribuição, o valor máximo de

energia será

pois considerando o alcance dos pions, com p > 100 MeV/c, dificilmente

eles pararão dentro dos cintiladores. 0 valor mínimo será

E ^ , ( ? ^ i - ' ) * = (l0* • 133, Sr)K * 110 NUV.

Se o numero de pions que chega no detetor é N , terão decaído

apôs um tempo t:

N Í N , (l - €. £5» }

H.-N: N. e"*V (D-H)

passando (D-/*) a logaritimo

J L » ( H » - M ) = JU N. - -iü-t

0 coeficiente angular será a vida média no sistema em que o quadrimomen

to seja (E, ~$).

Fazendo uma análise para pions (I,= 26,03 ns, >v*0= 139,5669

MeV) e para kaons ( l.s 12,371 ns, *»»K= i*93»669 MeV) teremos portanto a

seguinte relação, 2~*,áil para pions e ~ */2à2 para kaons respectivamente,

*»• E fet» E

D.l -

Page 128: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

Utilizando as energias mínimas e máximas para pions e kaons

encontraremos:

/ 4 X n • 1 t - ^ « = l%í l M f c V i £ ~ 32,02 ~ A ( i ) Para pions -l » to »

I E ~ ^ = no M*V/ j £ „ it,07 ~*

(ii) Para Kaons j * - « = 5 S i . U ^ W » * - *.* -*

Considerando as energias médias (ÉÍ,)A'154 MeV para pions e

(É^)~ 525 MeV para kaons temos a seguinte previsão:

t (ns)

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

3k

36

38

¥>

0,760

0,709

0,662

.0 ,618

0,577

0,539

0,503

0,469

0,438

0,409

0,382

0,357

0,333

0,311

0,290

0,271

0,253

N/N0 "

0,2/fO

0,291

0,338

0,382

0,423

*,k6l

0,497

0,531

0,562

0,591

0,618

0 ,643

0,667

0,689

0,710

0,729

0,747

0,544

0,468

0,402

0,345

0,296

0,255

0,219

0,188

0,161

0,139

0,119

0,102

0,088

0,075

0,065

0,056

0,048

N/N0

0,456

0,532

0,598

0,655

0,704

0,745

0,781

0,812

0,839

0,861

0,381

0,898

0,912

0,925

0,935

0,944

0,952

REFERÊNCIA

Erans; "The Atom Nuclei", McGraw-Hill - Tata, India.

- D.2 -

Page 129: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APÊNDICE E - PROBABILIDADE PARA O EVENTO TT-jJ- e

Consideremos, para efeito de raciocínio, que exista uma "fon­

te" de pions, onde N, è a fonte, Ni e N_ são os muons formados. Então

teremos

N . M - Nl0 e.->fft (£-1)

que ê o numero de pions na fonte* Logo o número de pions que decaem no

intervalo 0-t ser6 -t

Í N , W X , J i t = N 1 „ ( i - e X " M (í-i)

assim Mi»(l- C ) - N« f M x que são os muons formados no intervalo

0-t, onde:

N? e o numero de muons formados que não decaem entre O-t,

Ni è o numero de muons formados que decaem entre 0-t,

e são dados por .

T i - L s3f,H/u'e Avs-^-* Í.Ht/** temos a seguinte previsão: Como X. g - - - - , . , - - . r .

* < / * > >t|t ^ - t N^/N10 N 2 /N 1 0

1 38,/f 0,if6 0,361 0,639

2 76,8 0 ,92 0,596 0,^03

3 115,2 1,38 0,7íf5 0,255

k 153,6 1M 0,839 0,161

REFERÊNCIA

Evans; "The Atom Nuclei", McGraw-Hill - Tata, India .

Hadler Neto, JC; Comunicação Part icular .

- £ .1 -

Page 130: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

APÊNDICE F - PROBABILIDADE DE SOBREVIVÊNCIA DOS MUONS

Se considerarmos a energia média dos muons (E.^130 MeV, isto

è, muons provinientes do decaimento de pions e kaons, teremos uma previ

são de seu decaimento dado por:

t ( / / A )

0 ,6

0 ,8

1,0

1.2

1,4

1,6

1,8

2 ,0

2 ,2

2 ,4

2 ,6

2,8

3 ,0

4,0

5,0

10,0

—2-*£—t C/t &•/»

0,801

0,743

0,690 "

0,641

0,595

0,553

0,513

0,477

0,i»/f2

0,411

0,382

0,354

0,329

0,227

0,157

0,025

N/NQ

0,199

0,257

0,310

0,359

0,405

0 , W

0,if87

0,523

0,558

0,589

0,618

0,6íf6

0,671

0,773

0,8t»3

0,975

- F.l -

Page 131: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

AP*Í"DICE G - DE???::I!:AC31C DOS 7i<acz EXP:J?I?-:S:TAIS

G-l Erros E::r»erir^ntais Re l a t i vos ao Capi tu lo I I

I!o cap i tu lo I I , fizemos as medidas do fluxo de nuons em qua­

t r o arranjos d i f e r e n t e s .

Nos a r ran jos ( i ) , ( i i ) e ( i i i ) tinhamos ur. fa tor geométrico

P = 6i» cra^sr e o numero de co inc idênc ias a c i d e n t a i s igual à 5 x 10' -h/s.

Assim o er ro desses a r ran jos s e r á igual â 0,08 x 1 0 " ' cm" e" sr~^ t logo

ac medidas se rão :

( i ) <|>(p>120 KeV/c) = (8,70+0,08) x IO" 3 c s r 2 s ~ 1 s r ~ 1

( i i ) <t>(p^310 HeV/c) = (7,50+0,08) x IO" 5 c n ^ s ^ s r " 1

( i i i ) $ ( F H 3 ° MeV/c) = (7,00*0,08) x 10~5 c m ^ s ^ s r " 1 .

Para o ar ranjo ( i v ) o fa tor geométrico era c'e 6 CE cr e as

coincidências f o r t u i t a s de 1,5 x 10 ^ c / s , assim o e r ro será de 0,25 x

- 3 -2 -1 - 1 10 ^ cm e s r , logo:

'"* cm"* s s r " ( i v ) $ ( p : ^ , 3 GeV/c) = ( l , ^ ! + 0 , 3 ) x 10

Ainda no cap i tu lo I I , ao fazermos as medidas áa vida media

cios muons obtivemos £ = 2 ,0 +_ 0 ,1 v s , onde o desvio ê da''o pela impreci­

são !lo Ar.alisadcr I- íul t ícanal .

G-2. Error Pv-prrir-entais Re la t ivos ao Capitulo I I I

Çv.anto &.<* medidas de kaons e pions r e a l i z a d a s no cap i tu lo I I I

t ivenos or seguintes e r ros exper imenta is :

Nas EeCldas de kaons tínhamos um fa te r geométrico de 83 cm sr

-S e conversões casuais de 1,S6 x 10" c / c . Assim temos un e r ro de 0,2 x

IO" 7 e n j ^ s r ^ s " 1 , l o ro o fluxo de kacn s e r á (9 ,8+p,2) x 10"'7cm"2sr"1e"1 .

Ko primeiro r.êtodo usado para obtenção de nions tínhamos Uffi

fator de 153 cn" s r , e o numero ie c o i n c i d i r e i as f o r t u i t a s 1,38 x 10""*

- G.l -

Page 132: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMRNAS

c/s. Assim encontrareaos um erro de 0,9 x 10~° ciü""~er~~s~J'1 lopo nesse

arranjo o fluxo de pions será (3»9+P,9) x 10 cm~~sr~ s .

No fsefundo método utilizado r.e deteção de pions tinhasos us

2 - -6 fator geométrico de 300 cm sr e as conversões casuais na ordem de 10"

c/s, lo?o o erro será de aproximadamente 0,02 x 10" cm" sr" s~ . Então

—6 —2 1 —1 o fluxo de pions para esse arranjo será (2,33±0,02) x 10" cs" sr" s" .

Como o terceiro e o quarto métodos usados na deteção de pions

têm o mesmo fator geométrico P = lí*30» o erro experimental nesses ar-

ranjos será de 0,002 x 10"* cm" sr~ s~ .

G-'S F.rros Experimentais Relativos aos GrSficos

Nos gráficos integrais de pions realizados no capitulo III

observamos que ha uma contaminação na ordem de 20-30?í de kacns, assin

sendo temos una razão K/1T de 0,25+0,05.

Quando realizamos a razão K/IT através das medidas de fluxo,

temos K/tT = 0,25 i 0,05, o que está coerente co.r>. a conclusão do capit£

Io IV.

Coso foi mencionado nos capítulos anteriores erses erros são

causadoc principalmente por imprecisão da instrumentação, ruidos das fo

tomultipllcadoras e contaminações de componentes eletromagnéticos que

entram lateralmente no detetor.

- Q.2 -