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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO BRAGA “CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADE DE ÁGUA E CINÉTICA DE DESSORÇÃO DE ÁGUA EM ALIMENTOS” CAMPINAS 2015

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos

ANA VALÉRIA ULHANO BRAGA

“CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADE DE ÁGUA E CINÉTICA DE DESSORÇÃO DE ÁGUA EM ALIMENTOS”

CAMPINAS

2015

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ANA VALÉRIA ULHANO BRAGA

“CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADE DE ÁGUA E CINÉTICA DE DESSORÇÃO DE ÁGUA EM ALIMENTOS”

Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestra em Tecnologia de Alimentos.

Orientador: Prof. Dr. Flávio Luís Schmidt Co-Orientador: Dr. Serguei Balachov

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA ALUNA ANA VALÉRIA ULHANO BRAGA, E ORIENTADA PELO PROF. DR. FLÁVIO LUÍS SCHMIDT.

CAMPINAS 2015

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BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Flávio Luís Schmidt (Orientador) Universidade Estadual de Campinas – Titular

Dr. Alfredo de Almeida Vitali Pesquisador - Titular

Dra. Flávia Maria Netto Universidade Estadual de Campinas – Titular

Dr. Marcelo Cristianini Universidade Estadual de Campinas – Suplente

Dra. Maria Isabel Berto Instituto de Tecnologia de Alimentos – Suplente

A ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

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Agradecimentos

Agradeço ao meu orientador Professor Dr. Flávio Luís Schimidt por toda ajuda, paciência, confiança em meu trabalho e pela disponibilidade em me ajudar sempre. Obrigada por fazer esse trabalho possível e por todas as oportunidades.

Agradeço especialmente ao meu co-orientador Dr. Serguei Balashov por todas as oportunidades profissionais, por todo o ensinamento nesses anos como sua aluna e principalmente pelo exemplo de pesquisador. Obrigada pela paciência, por toda a ajuda por fazer esse trabalho possível.

Agradeço a Dra. Olga Balashova pela deposição dos filmes sensíveis nos sensores utilizados nesse trabalho, pelas correções, por toda a ajuda e por todos os ensinamentos durante todo o tempo que trabalhamos juntas.

Agradeço a Maria Cecília pela montagem do circuito elétrico do sensor e por toda ajuda e companheirismo durante o desenvolvimento desse trabalho.

Agradeço a Graça e a Elaine por todo o trabalho desenvolvido na sala limpa de fabricação dos sensores, por toda ajuda e apoio durante o desenvolvimento desse trabalho.

Agradeço a todos os colegas da Divisão de Microssistemas do CTI Renato Archer por toda a ajuda.

Agradeço a divisão DAPE do CTI Renato Archer, especialmente ao Nailson por toda a ajuda com o desenvolvimento do software e instalação de equipamentos que viabilizaram meu trabalho.

Agradeço ao Carlos pela ajuda e pelo companheirismo durante meu mestrado.

Agradeço a Fátima pela amizade e por todos os almoços que fizeram meus dias muito alegres.

Agradeço ao setor de Microbiologia do Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos do ITAL por toda a infraestrutura e ajuda durante o preparo dos padrões, especialmente as técnicas e amigas Fabiana, Gabriela e Silvia que me ajudaram e me ensinaram muito desde o início de minha vida profissional.

Agradeço ao Dr. Hector Abel Palácios Cabrera, pesquisador da microbiologia do ITAL por toda a orientação em relação aos padrões, todas as oportunidades que me apresentou e tudo que me ensinou.

Agradeço a NAMITEC pelo apoio financeiro ao projeto e a CNPq pela bolsa concedida.

Agradeço aos meus pais por todo o apoio durante esse trabalho e em todos meus estudos, além de todos os ensinamentos e exemplos que formaram a pessoa que sou. Sem o incentivo de vocês nada seria possível.

Agradeço a meu namorado Danilo por todo apoio, paciência, compreensão, incentivo e ajuda durante esse trabalho.

Agradeço a todos que de alguma forma me ajudaram e me apoiaram no desenvolvimento do meu trabalho.

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Resumo

A atividade de água (Aw) é um parâmetro muito importante para a indústria de

alimentos, pois influencia a velocidade de reações enzimáticas, químicas e

microbiológicas. Os equipamentos disponíveis no mercado para medidas de Aw são

baseados na medida do ponto de orvalho, capacitância ou resistência são muito

caros, sua resposta pode ser muito demorada e sujeitos a contaminação por voláteis

da amostra. Nesse trabalho é proposto o uso de sensores de ondas acústicas

superficiais (SAW) medir Aw de alimentos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a

viabilidade desse sensor com filme sensível de óxido de grafeno para medidas de

Aw de alimentos variados, avaliando também sua precisão, tempo de resposta e

custo. Um modelo de tratamento de dados, baseado em dois processos simultâneos

de adsorção de água pela superfície do sensor foi adotado. As curvas de referência

do sensor foram gerada través da medida da Aw de 12 soluções padrão. Trinta e

duas amostras de alimentos foram medidas por um equipamento comercial de Aw

(Decagon 4TE) e pelo sensor de SAW. Os parâmetros de amplitudes de saturação

A1+A2 e A1 foram extraídos das curvas cinéticas e avaliados usando as curvas de

referência. O erro médio de medidas do sensor de SAW (em relação ao

equipamento comercial) utilizando o parâmetro A1+A2 foi de 0,0190 unidade de Aw,

que é menor do que o erro de alguns equipamentos comerciais. O tempo de

medidas com o sensor de SAW usando somente A1 é menor do que o tempo de

medidas usando equipamentos comercias. A média dos erros para esse caso foi de

0,0371 unidade de Aw. A precisão pode ser aumentada no futuro usando os outros

métodos de síntese e deposição de óxido de grafeno. O tempo de medidas de Aw

pelo sensor comercial foi em média de 4:55min, enquanto o tempo médio de

medidas do sensor de SAW foi de 4:46min avaliando A1+A2 e 0:46min avaliando

somente A1. Foi concluído que o sensor de SAW apresenta resposta mais rápida

que os típicos sensores comerciais, e por isso pode ser usado para a medida rápida

e precisa de Aw para vários tipos de alimentos. O baixo preço do sensor de SAW vai

garantir sua disponibilidade não somente para a indústria de alimentos, mas também

para laboratórios e pequenos produtores de alimentos. Além disso, a possibilidade

de extrair as características da curva cinética de dessorção de moléculas de água do

alimento pode gerar novos parâmetros para o controle da qualidade e de processos

a que os alimentos são expostos.

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Abstract

Water activity (Aw) is a very important parameter for the food industry because it

influences the velocity of enzymatic, chemical and microbiological reactions.

Commercially available Aw measurement equipment is based on dew point

evaluation, is expensive and its response can be time consuming for some types of

samples. Surface Acoustic Wave (SAW) sensors are already used to measure

relative humidity and in this work it is proposed for the first time its application as the

Aw sensor. The aim of this work was the feasibility study of use of this sensor with

graphene oxide sensitive film for measurement of Aw of different foods, its accuracy,

response time and price. The model of data processing which is based on two

simultaneous processes of water adsorption by the sensor surface was adopted.

Through the measurement of 12 standard solutions, adjust parameters were

extracted and two reference curves were approximated by polynomials. Thirty two

food samples were measured by a commercial Aw equipment (Decagon 4TE) and by

the SAW sensor. The parameters of saturation amplitude A1+A2 and A1 were

extracted from kinetic curves of water molecules desorption of foods. These values

were applied to the correspondent reference curve to determine the Aw value using

SAW sensor. The sensor mean error using the parameter A1+A2 was 0.0190 units of

Aw. The measurement time with SAW sensor using only A1 is less than the

measurement time of the commercial equipment. The mean error in this case is

around 0.0371 units of Aw. The accuracy can be increased in the future by using

other methods of synthesis and deposition of graphene oxide. The Aw measurement

time by the commercial sensor was in average 4:54min, while the average SAW

sensor measurement time was 4:46min evaluating A1+A2 and 0:46min evaluating

only A1. It was concluded that the developed sensor, being faster than a typical

commercial one, can be used for rapid and precise Aw measurement for various

types of food samples. The low price will ensure the sensor availability not only for

the food industry, but also for laboratories and small food producers. The possibility

of extracting kinetic characteristics of the water desorption can add additional

parameters of the control of food samples quality and process.

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Lista de Ilustrações Figura 1: Mapa de estabilidade. Velocidade relativa de diferentes reações de acordo com a atividade de água do alimento ........................................................................ 22 Figura 2: Textura dos alimentos de acordo com a atividade de água ....................... 23

Figura 3 - Dessecador para medida de atividade de água pelo método tradicional .. 25 Figura 4 - Câmara fechada de um equipamento de atividade de água de ponto de orvalho. ..................................................................................................................... 28 Figura 5 - Perfil típico de uma onda SAW que mostra as velocidades de cada ponto de um cristal.. ............................................................................................................ 34

Figura 6: Estrutura de um sensor de ondas acústicas superficiais. ........................... 35 Figura 7 - Estrutura química do óxido de grafeno ..................................................... 36 Figura 8 - Uma curva típica de calibração de um sensor de SAW com diferentes umidades relativas .................................................................................................... 38 Figura 9 - Sensor de SAW......................................................................................... 39 Figura 10: Fotos da caixa do sensor.. ....................................................................... 40

Figura 11: Caixa do sensor com recipiente plástico acoplado................................... 40 Figura 12 - Esquema de equipamentos necessários para fazer medidas no sensor de SAW ..................................................................................................................... 41 Figura 13 - Sensor SAW ligado à fonte, contador de frequência e computador ........ 41 Figura 14 - Etapas do processo de medidas ............................................................. 43

Figura 15: Curvas de adsorção obtidas com diferentes modelos. ............................. 50 Figura 16 – Comparação entre valores experimentais e valores teóricos e linha de tendência linear. ........................................................................................................ 51 Figura 17 - Valores de Aw de amostras-padrão descritas pela literatura e experimentais ............................................................................................................ 54

Figura 18 - Amplitude de saturação e desvio padrão de amostras-padrão testadas em sensores com diferentes filmes sensíveis ........................................................... 55

Figura 19: Curva de referência (A1+A2) gerada pelos pontos de referência aproximados por um polinômio de 5ª ordem e equação utilizada para o teste de viabilidade dos alimentos .......................................................................................... 57 Figura 20- Curva de referência (A1) gerada pelos pontos de referência aproximados por um polinômio de 5ª ordem e equação utilizada para o teste de viabilidade dos alimentos ................................................................................................................... 58 Figura 21 - Curva de referência (A2) gerada pelos pontos de referência aproximados por um polinômio de 5ª ordem. ................................................................................. 59 Figura 22 – Aw (decagon) e Amplitude de saturação (A1 + A2) (SAW) de soluções padrão (pontos de referência) e alimentos ................................................................ 65

Figura 23 - Diferença absoluta menor que 0,02 para valores de atividade de água medidos pelo sensor SAW (amplitude A1 + A2) e Decagon....................................... 66

Figura 24 - Diferença absoluta maior que 0,02 para valores de atividade de água medidos pelo sensor SAW (amplitude A1 + A2) e Decagon....................................... 66

Figura 25 – Valores de atividade de água de alimentos medidos do Decagon e sensor SAW (amplitudes A1 + A2) ............................................................................. 67 Figura 26 - Aw (decagon) e Amplitude de saturação (A1) (SAW) de soluções padrão (pontos de referência) e alimentos ............................................................................ 71 Figura 27 - Diferença absoluta menor que 0,02 para valores de atividade de água medidos pelo sensor SAW (amplitude A1) e Decagon .............................................. 71

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Figura 28 - Diferença absoluta maior que 0,02 para valores de atividade de água medidos pelo sensor SAW (amplitude A1) e Decagon .............................................. 72 Figura 29 – Valores de atividade de água de alimentos medidos pelo Decagon e sensor SAW (amplitude A1) ....................................................................................... 72 Figura 30 – Valores de atividade de água medidos pelo sensor de SAW utilizando os valores de amplitude A1+A2 e A1 ............................................................................... 73

Figura 31 – Resultado do teste de repetitividade das amostras ................................ 75 Figura 32 - Média e desvio padrão das amplitudes das amostra-padrão testadas durante o teste de repetitividade ............................................................................... 75 Figura 33 - Velocidade α1 das 3 amostras de pão de queijo sem passar por nenhum processo, e após serem submetidas ao processo de secagem e adição de água.... 78

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Lista de Tabelas Tabela 1 - Atividade de água mínima necessária para o crescimento de micro-organismos e produção de toxinas ............................................................................ 19 Tabela 2 - Atividade de água mínima para reações enzimáticas em alguns alimentos. .................................................................................................................................. 22 Tabela 3: descrição de características e preço dos principais equipamentos de atividade de água existentes no mercado ................................................................. 31 Tabela 4 – Atividade de água a 25ºC de soluções salinas saturadas e água pura usadas como padrão de atividade de água ............................................................... 33

Tabela 5 - Amostras-padrão preparadas para as medidas com o sensor de SAW e Aw esperada a 25ºC.................................................................................................. 44 Tabela 6: Valor de atividade de água de amostras-padrão da literatura e experimentais medidos em equipamento Decagon 4TE ........................................... 53 Tabela 7 - Parâmetros extraídos das curvas cinéticas das soluções padrões através de ajuste com o modelo 3 para obter a curva de referência ..................................... 56

Tabela 8 - Parâmetros extraídos das curvas de alimentos ajustados ao modelo 3 ... 60 Tabela 9 - Atividade de água de amostras de alimento usando o novo sensor de SAW (amplitudes A1+A2) e equipamento comercial Decagon 4TE ........................... 63 Tabela 10 - Atividade de água de amostras de alimento usando o novo sensor de SAW (amplitude A1) e equipamento comercial Decagon 4TE ................................... 69

Tabela 11 - Parâmetros das curvas das 3 amostras de pão de queijo extraídos através de ajuste com o modelo 3 para teste dinâmico ............................................ 77

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Lista de abreviaturas e siglas

Aw – Atividade de água (water activity)

SAW – Ondas acústicas superficiais (surface acoustic waves)

GO – Óxido de grafeno (graphene oxide)

RF – Rádio frequência

ERH – Umidade relativa de equilíbrio (equilibrium relative humidity)

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Sumário

1 Introdução geral ..................................................................................................... 14

2 Objetivos ................................................................................................................ 15

2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 15

2.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 15

3 Revisão Bibliográfica .............................................................................................. 16

3.1 Atividade de água ............................................................................................ 16

3.1.1 Atividade de água e crescimento microbiano ............................................ 18

3.1.2 Atividade de água e a estabilidade dos alimentos .................................... 21

3.1.3 Atividade de água e textura dos alimentos ............................................... 23

3.2 Métodos de medidas de atividade de água ..................................................... 24

3.2.1 Método tradicional (método estático) ........................................................ 24

3.2.2 Método do ponto de congelamento ........................................................... 25

3.2.3 Método manométrico ................................................................................ 26

3.2.4 Métodos higrométricos .............................................................................. 26

3.2.4.1 Ponto de orvalho ................................................................................. 27

3.2.4.2 Higrômetros elétricos .......................................................................... 28

3.2.4.3 Higrômetro de cabelo ......................................................................... 29

3.3 Atividade de água e temperatura ..................................................................... 29

3.4 A medida de Aw na indústria ........................................................................... 30

3.5 Equipamentos comerciais ................................................................................ 31

3.6 Padrões de atividade de água ......................................................................... 32

3.7 Sensores de ondas acústicas superficiais ....................................................... 34

3.7.1 Princípio de funcionamento ....................................................................... 35

3.7.2 Deposição de filmes sensíveis de óxido de grafeno ................................. 36

3.7.3 Sensores de SAW para medidas de atividade de água ............................ 38

4 Material e Métodos ................................................................................................. 39

4.1 Dispositivo de SAW ......................................................................................... 39

4.2 Sensor de SAW ............................................................................................... 39

4.3 Equipamentos necessários .............................................................................. 40

4.4 Processo de medidas ...................................................................................... 42

4.5 Preparo de soluções-padrão ............................................................................ 44

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4.6 Tratamento de dados ....................................................................................... 45

4.7 Curva de referência e escolha do filme sensível ............................................. 47

4.8 Teste de viabilidade ......................................................................................... 48

4.9 Teste de repetitividade de medidas ................................................................. 49

4.10 Teste dinâmico de atividade de água ............................................................ 49

5 Resultados ............................................................................................................. 50

5.1 Tratamento de dados ....................................................................................... 50

5.2 Padrões de atividade de água ......................................................................... 52

5.3 Ajuste da sensibilidade do filme sensível ......................................................... 54

5.4 Curva de referência ......................................................................................... 55

5.5 Teste de viabilidade com vários alimentos ...................................................... 59

5.6 Teste de repetitividade de medidas ................................................................. 74

5.7 Teste dinâmico de Atividade de água .............................................................. 76

5.8 Competitividade de mercado do sensor de SAW ............................................ 78

6 Conclusões ............................................................................................................. 79

7 Sugestão para trabalhos futuros ............................................................................ 80

8 Referências ............................................................................................................ 81

9 Anexos ................................................................................................................... 86

9.1 Curvas experimentais das soluções padrão do sensor de SAW com 10

camadas de Óxido de grafeno ............................................................................... 86

9.2 Curvas experimentais das medidas de alimentos do sensor de SAW com 10

camadas de Óxido de grafeno ............................................................................... 98

9.3 Curvas experimentais do teste de repetitividade do sensor de SAW com 10

camadas de Óxido de grafeno ............................................................................. 130

9.4 Curvas experimentais das amostras de pão de queijo utilizadas no teste

dinâmico do sensor de SAW com 10 camadas de Óxido de grafeno .................. 151

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1 Introdução geral A medida de atividade de água (Aw) é muito importante para a indústria

de alimentos porque esse parâmetro caracteriza a quantidade de água livre nos

alimentos, que é associada à alterações químicas, microbiológicas e enzimáticas

nos produtos.

Os equipamentos de medição de Aw disponíveis no mercado são muito

caros e têm tempo de resposta longo, dificultando assim o uso dessa medida em

diversas empresas e laboratórios.

No Brasil, o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer,

localizado em Campinas, tem por missão o desenvolvimento de vários tipos de

sensores e microssistemas. Dentre as suas atividades, destaca-se o

desenvolvimento de diversos sensores baseados em filmes sensíveis

nanoestruturados.

Especificamente em relação à medida de Aw, foi desenvolvido um sensor

baseado no filme sensível de óxido de grafeno de espessura de 1-10 nm. Para

garantir a sensibilidade foi usada a tecnologia de ondas acústicas superficiais

(SAW). Nesse trabalho, os parâmetros desse sensor foram aprimorados para

garantir o máximo de sensibilidade e velocidade de medidas.

O aprimoramento deste sensor foi concebido visando à alta precisão de

medidas, o pequeno tempo de resposta, o baixo custo de fabricação e compactas

dimensões podendo ser utilizado inclusive como um sensor portátil de Aw.

Este trabalho teve por objetivo a avaliação da influência de diversas

formas de deposição de óxido de grafeno na propagação das ondas acústicas

superficiais, e o estudo da viabilidade deste sensor para medida de Aw. Assim, uma

vez determinado a melhor disposição do sensor, foi feito o modelamento matemático

das funções de resposta do mesmo. Em seguida, o sensor foi calibrado com

soluções salinas supersaturadas e finalmente testados com alimentos. Como padrão

de comparação, foi utilizado o sensor mais tradicional do mercado (Decagon), com

funcionamento baseado na medida do ponto de orvalho.

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2 Objetivos

2.1 Objetivo geral

Avaliar a viabilidade de um sensor de SAW para medidas de atividade de água de

alimentos

2.2 Objetivos específicos

Avaliar os modelos de tratamento de dados de curvas cinéticas típicas de

sensores de SAW e determinar o modelo com melhor ajuste aos dados

experimentais

Avaliar sensores com diferentes números de deposições de filmes de óxido de

grafeno e determinar o qual apresenta a melhor relação entre a sensibilidade e

dispersão de medidas para ser usado nas etapas do trabalho

Gerar uma curva de referência para esse sensor que possa ser usada para

determinar o valor de Aw a partir de medidas da frequência do sensor de SAW

Determinar a precisão do sensor em relação a um sensor comercial

Comparar o tempo de medidas entre o sensor de SAW e o sensor comercial

Comparar o preço de fabricação do sensor de SAW e dos equipamentos

existentes no mercado

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3 Revisão Bibliográfica

A água é um importante constituinte de todos os alimentos. Ela determina

algumas de suas características como a textura, crescimento microbiológico, sabor e

cor, entre outras (BUERA et al., 2006).

A vida de prateleira de um alimento é limitada por processos físicos,

químicos e biológicos e todos eles são fortemente influenciados pelo teor de água

dos alimentos (ESKIN; ROBINSON, 2000; KAREL; LUND, 2003).

Apesar da relação direta entre a quantidade de água presente nos

alimentos e a velocidade de reações, a quantidade total de água (umidade) não é

adequada para prever sua estabilidade. A medida da porção de água que influencia

diretamente a velocidade dessas reações é chamada de atividade de água (KAREL;

LUND, 2003).

3.1 Atividade de água As moléculas de água podem estar presentes em diferentes ambientes

em uma matriz alimentar ou substância e, por causa da interação com certas

moléculas, a água pode ter diferentes propriedades físico-químicas. De acordo com

o ambiente em que se encontra, a interação com os componentes do alimento e sua

disponibilidade, a água nos alimentos é classificada principalmente como água livre

e água de constituição (MAKAWY; EL-SAYD, 2010).

A água de constituição é a água que está quimicamente ligada às

moléculas da matriz (proteínas, carboidratos e minerais), e que não está disponível

para o crescimento microbiano e nem para reações químicas. Essas ligações são

muito mais fortes do que ocorre entre moléculas de água pura, fazendo com que

elas fiquem mais próximas umas as outras e sua estrutura fique mais densa. O

aumento da densidade da água leva a alteração em suas propriedades físico-

químicas, como por exemplo, aumento do ponto de ebulição e diminuição do ponto

de fusão. Assim, essas moléculas de água só podem ser removidas se o produto for

exposto a altas temperaturas. Esta água não pode ser congelada e assim não altera

a estrutura do produto (ATHIÉ et al., 1998; MAKAWY; EL-SAYD, 2010).

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A água livre se encontra nos espaços intergranulares e no interior dos

poros do alimento. Ela é mantida por forças de absorção de pouca intensidade. Este

tipo de água apresenta grande mobilidade e pode ser facilmente retirada durante um

processo de secagem. Suas moléculas não estão ligadas a nenhum componente do

alimento, assim podem ser usadas para o crescimento microbiano e também estão

disponíveis para reações químicas. Por estar cercada somente por outras moléculas

de água, a água livre apresenta propriedades físico-químicas muito semelhantes às

da água pura, como o ponto de ebulição, ponto de fusão e densidade. Quando um

produto é congelado, somente essa água se congela, ficando assim indisponível

para reações (ATHIÉ et al., 1998; MAKAWY; EL-SAYD, 2010).

A atividade de água representa a quantidade de energia da água no

sistema. A água livre é muito mais volátil do que a água ligada, por isso a água que

evapora para atingir um ambiente de equilíbrio em uma câmara fechada a

temperatura ambiente, é apenas a água livre. Assim, medindo a pressão de vapor

da água do ambiente em equilíbrio é possível avaliar a quantidade de água livre no

alimento. Dividindo esse valor pelo valor da pressão de vapor do ambiente de

equilíbrio da água pura, é encontrado o valor de Aw na forma:

Aw =pw

Pw0 (1),

onde, Aw – atividade de água

pw – pressão de vapor de água de um alimento no espaço vazio de um

ambiente fechado a uma dada temperatura

Pw0 – pressão de vapor da água de água pura no espaço de um ambiente

fechado na mesma temperatura (JARDIM, 1987; WIEDERHOLD, 1997; KAREL;

LUND, 2003; RAHMAN, 2007; DECAGON, 2009; MAKAWY; EL-SAYD, 2010;

SANDULACHI, 2012).

A uma temperatura constante no ambiente fechado, existe uma relação

entre Aw do produto e a umidade relativa do ar em equilíbrio:

Aw =ERH

100 (2),

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onde, ERH – umidade relativa de equilíbrio (WIEDERHOLD, 1997; BARBOSA-

CÁNOVAS et al., 2003; KAREL; LUND, 2003).

A atividade de água de um produto é considerada a umidade relativa do

ar ao redor do alimento quando não ganha nem perde umidade e está em equilíbrio

com o ambiente (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2003).

Importantes aplicações da medida de Aw para a indústria de alimentos

são: a escolha do processo a que o alimento será submetido, a seleção de

ingredientes usados no desenvolvimento de um produto e seleção da melhor

embalagem para o produto (RAHMAN, 2007).

3.1.1 Atividade de água e crescimento microbiano A atividade de água tem grande importância para a indústria de alimentos,

pois o crescimento de micro-organismos é diretamente dependente da

disponibilidade de água livre. Por isso, o valor de Aw de um alimento traz

informações se ele é susceptível ao crescimento e desenvolvimento de algum tipo

de bactéria, fungo ou levedura. Assim, controlando esse valor, é possível evitar o

crescimento de micro-organismos patógenos e deteriorantes que podem diminuir a

vida de prateleira dos alimentos. Para outros alimentos que usam micro-organismos

em sua produção, como a cerveja e o queijo, é necessário garantir um ambiente

com Aw adequada para seu desenvolvimento (ESKIN; ROBINSON, 2000; SILVA et

al., 2010; SANDULACHI, 2012).

Cada micro-organismo precisa de uma Aw mínima para o crescimento

(Tabela 1), mas a maioria das bactérias e dos micro-organismos patógenos não se

desenvolvem em Aw menor que 0,86, mesmo que os outros parâmetros como pH,

temperatura e disponibilidade de nutrientes sejam ideais. Os fungos e leveduras

xerofílicos osmofílicos, conhecidos por se desenvolver em ambientes com baixa

disponibilidade de água, geralmente não se desenvolvem em ambientes com Aw

menor que 0,62 (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2003; KAREL; LUND, 2003).

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Tabela 1 - Atividade de água mínima necessária para o crescimento de micro-

organismos e produção de toxinas (LEITÃO, 1987; ROCKLAND; BEAUCHAT,

1987; LEVINE; SLADE, 1991; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2003)

Aw mínima Bactéria Fungo Levedura

Crescimento Produção de toxina

0,990 Campylobacter jejuni

0,970 Pseudomonas fluorescens

0,960 Leuconostoc spp

0,960 Pseudomonas aeruginosa

0,960 Shigela spp

0,950 Acitenobacter spp

0,95 Aeromonas spp

0,950 Bacillus megatherium

0,950 Flavobacterium spp

0,950 Moraxella sp

0,950 Vibrio cholerae

0,950 Yersinia enterocolitica

0,940 Enterobacter aerogenes

0,940 Lactobacillus plantarum

0,940 Microbacterium spp

0,940 Pediococcus cerevisiae

0,940 0,940 Stachybotrys atra

0,940 Salmonella spp

0,940 Vibrio parahaemolyticus

0,935 Escherichia coli

0,930 Bacillus stearothermophilus

0,930 Botrytis cinerea

0,930 0,940 Clostridium botulinum

0,930 Clostridium perfringens

0,930 Micrococcus luteus

0,930 Mucor plumbeus

0,930 Rhizopus nigricans

0,920 Bacillus cereus

0,920 Listeria monocytogenes

0,900 Bacillus subtilis

0,900 Lactobacillus spp

0,900 Saccharomyces cerevisiae

0,900 Trichothecium

roseum

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Tabela 1 - Atividade de água mínima necessária para o crescimento de micro-organismos e produção de toxinas (LEITÃO, 1987; ROCKLAND; BEAUCHAT,

1987; LEVINE; SLADE, 1991; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2003) (continuação)

Aw mínima

Bactéria Fungo Levedura Crescimento

Produção de toxina

0,900 0,900 Alternaria alternata

0,890 Hansenula spp

0,880 Candida spp

0,880 Rhodotorula spp

0,850 0,990 Aspergillus clavatus

0,840 Alternaria citri

0,840 Aspergillus wentii

0,840 Byssochlamys nivea

0,830 Debaryomyces hansenii

0,830 0,990 Penicillium expansum

0,830 Penicillium islandicum

0,830 0,830 Penicillium viridicatum

0,830 0,870 Staphylococcus aureus

0,820 Aspergillus fumigatus

0,820 0,870 Aspergillus parasiticus

0,810 0,870 Penicillium cyclopium

0,810 0,850 Penicillium patulum

0,810 0,850 Penicillium urticae

0,800 Penicillium citrinum

0,800 Zygosaccharomyces bailii

0,800 Saccharomyces bailii

0,790 Penicillium

chrysogenum

0,790 0,990 Penicillium martensii

0,780 0,780 Aspergillus flavus

0,770 Aspergillus niger

0,770 0,830 Aspergillus ochraceus

0,760 0,810 Penicillium ochraceus

0,750 Aspergillus candidus

0,750 Aspergillus restrictus

0,75 Halobacterium halobium

0,710 Eurotium chevalieri

0,700 Eurotium amstelodami

0,620 Saccharomyces rouxii

0,610 Monascus bisporus

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O crescimento microbiano é limitado pela atividade de água, e esta pode

ser reduzida pela adição de um soluto. A membrana celular das bactérias é muito

permeável à água, mas seletivamente permeável aos solutos. Assim, abaixando a

Aw de um alimento através de processos da adição de sal ou açúcar, o micro-

organismo libera água do seu interior (por osmose) para atingir o equilíbrio com o

ambiente externo, fazendo com que perca sua atividade metabólica, seu

crescimento seja inibido e permaneça em estado de dormência celular, podendo

chegar à morte (LEITÃO, 1987; KAREL; LUND, 2003).

O valor mínimo de Aw necessário para o crescimento microbiano é

alterado para mais ou para menos por fatores como mudança de pH, adição de sal,

adição de agentes antimicrobianos, tratamento térmico, temperatura e tempo de

estocagem (RAHMAN, 2007).

Conhecendo os valores de atividade de água em que os micro-

organismos se desenvolvem, através da análise de Aw é possível definir por quais

processos um alimento deve passar para estender sua conservação (SANDULACHI,

2012).

3.1.2 Atividade de água e a estabilidade dos alimentos Além de influenciar o crescimento microbiano, a Aw também determina a

estabilidade dos alimentos sendo um parâmetro importante para as reações

enzimáticas, reações de oxidação, reações hidrolíticas e de escurecimento (Figura

1), influenciando assim a estabilidade nutricional, a coloração, o odor, o sabor e a

textura dos alimentos (HARDMAN, 1987; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

Ao contrário do crescimento microbiano, as reações químicas e

enzimáticas podem ocorrer em Aw muito baixas. As reações de escurecimento

enzimático e não enzimático ocorrem acima de um valor crítico de Aw e atingem a

velocidade máxima em um valor de Aw intermediário, com diminuição nos altos

valores (ESKIN; ROBINSON, 2000).

Cada enzima necessita um valor de Aw mínima para que atue (Tabela 2).

Conhecendo o produto e a enzima presente, é possível abaixar a Aw e prolongar

sua vida de prateleira (ROCKLAND; BEAUCHAT, 1987; RAHMAN, 2007).

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Figura 1: Mapa de estabilidade. Velocidade relativa de diferentes reações de acordo com a atividade de água do alimento (adaptado de TSOTSAS; MUJUMDAR, 2011).

Tabela 2 - Atividade de água mínima para reações enzimáticas em alguns

alimentos (RAHMAN, 2007; DAMODARAN et al., 2010).

Produto/substrato Enzima Aw mínima Autor Grãos Fitases 0,900 Simato, Multon (1985)

Germe de trigo Glicosídeo hidrolases 0,200 Simato, Multon (1985)

Farinha de centeio Amilases 0,750 Simato, Multon (1985)

Macarrão Fosfolipases 0,450 Simato, Multon (1985)

Massa de farinha de trigo Protease 0,960 Simato, Multon (1985)

Pão Amilases 0,360 Simato, Multon (1985)

Caseína Tripsina 0,500 Simato, Multon (1985)

Amido Amilases 0,400/0,750 Simato, Multon (1985)

Galactose Galactosidase 0,400-0,600 Simato, Multon (1985)

Azeite Lipase 0,250 Simato, Multon (1985)

Trioleína Fosfolipases 0,450 Simato, Multon (1985)

Glicose Glicose oxidase 0,400 Simato, Multon (1985)

Ácido linoleico Lipoxigenase 0,500/0,700 Simato, Multon (1985)

Lecitina Fosfolipases 0,450 Mathlouthi (1986)

Catecol Fenol oxidase 0,250 Mathlouthi (1986)

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Um produto com Aw em torno de 0,300 é bastante estável à reações de

oxidação, reações de escurecimento e reações microbiológicas. Mas, quanto maior

o valor de Aw do produto, maior a velocidade dessas reações (Figura 1) (BARBOSA-

CÁNOVAS et al., 2003)

A Aw influencia também a estabilidade de vitaminas no alimento. A

degradação das vitaminas não deteriora o alimento, mas reduz seu valor nutricional.

Algumas vitaminas que sofrem influência do valor de Aw do alimento são: ácido

ascórbico (vitamina C), tiamina (vitamina B1) e riboflavina (vitamina B2). Cada

vitamina apresenta uma faixa de valores de Aw em que é mais estável e uma faixa

de valores em que sofre maior degradação. Esses valores não são facilmente

determinados porque sofrem muita influência de fatores como a composição da

matriz alimentar em que está presente, temperatura e pH (HARDMAN, 1987;

BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

3.1.3 Atividade de água e textura dos alimentos

A maior alteração física do alimento em relação a água é o aumento da

plastificação e da mobilidade de moléculas quanto maior a quantidade de água. Os

alimentos com baixa Aw têm textura seca e dura, os alimentos com Aw intermediária

são secos, firmes ou flexíveis enquanto os alimentos com alta Aw são úmidos,

macios e pegajosos (Figura 2) (KAREL; LUND, 2003; TSOTSAS; MUJUMDAR,

2011).

Figura 2: Textura dos alimentos de acordo com a atividade de água (adaptado de ROCKLAND; BEAUCHAT, 1987)

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Alguns alimentos possuem valor comercial devido a sua textura firme,

como os cereais matinais e os biscoitos crocantes. A baixa Aw determina essa

textura e, se elevada, o alimento têm sua crocância reduzida e perde seu valor

comercial (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

A atividade de água também influencia a mudança física do alimento

relacionada a transição vítrea. A transição vítrea é uma mudança da fase sólido-

vítreo para uma fase semi-líquido gomoso (aumento da viscosidade) que ocorre na

temperatura de transição vítrea de acordo com a composição do alimento e sua

atividade de água. O conhecimento da temperatura de transição vítrea de um

determinado alimento em função do seu conteúdo de água é muito importante para

determinar parâmetros do processamento e condições de armazenamento para

manter o alimento com a textura desejada (LEITE et al., 2005).

3.2 Métodos de medidas de atividade de água

As características desejáveis para um método ou equipamento para

medidas de Aw são: precisão, reprodutibilidade, velocidade, baixo custo,

portabilidade, fácil uso, durabilidade, intervalo de medidas maior possível,

possibilidade de uso para medir todos os tipos de produtos, ausência de risco

operacional, fácil calibração e fácil checagem (TROLLER, 1978).

3.2.1 Método tradicional (método estático) Para medir a atividade de água de uma amostra pelo método tradicional,

uma amostra do alimento de 2 a 3 g é pesada em um cadinho de alumínio e

colocada em um dissecador fechado em atmosfera com ERH conhecida, gerada

normalmente por uma solução salina supersaturada (Figura 3) e temperatura

controlada (dentro de uma estufa). As amostras são pesadas regularmente, em

intervalos constantes até que o peso fique estável e, portanto, ocorra o equilíbrio

entre a amostra e o ambiente. A Aw do alimento é calculada a partir da diferença

entre o peso inicial e final da amostra (RAHMAN, 2009).

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Figura 3 - Dessecador para medida de atividade de água pelo método tradicional

(adaptado de RAHMAN, 2009)

O uso desse método para a medida de Aw nos alimentos apresenta

grandes desvantagens:

- utiliza grande espaço físico;

- o processo de estabelecimento do equilíbrio pode ser muito prolongado,

demorando de 3 semanas a alguns meses para que o peso da amostra se torne

constante;

- o processo de abertura do dessecador para pesar a amostra pode retardar o

processo de equilíbrio, fazendo com que o processo seja ainda mais demorado;

- amostras com alta Aw podem apresentar crescimento microbiano durante o tempo

de medida;

- as características físico-químicas do alimento podem ser alteradas durante o tempo

de medida e o resultado pode não ser confiável (JARDIM, 1987; RAHMAN, 2009).

3.2.2 Método do ponto de congelamento As características físicas e químicas do ponto de congelamento de um

alimento são relacionadas à sua Aw. A temperatura em que uma solução congela é

sempre menor que a temperatura que a água pura congela, por isso a relação entre

essa temperatura e a Aw pode ser feita. Essa mudança no ponto de congelamento

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ocorre porque quando solutos são acrescentados, a pressão de vapor do alimento

diminui e o produto passa a formar cristais de gelo (ponto de congelamento) em uma

temperatura menor. O ponto em que o alimento começa a congelar pode ser medido

e a partir deste, o valor de Aw a 25ºC pode ser calculado (DITCHFIELD, 2000;

KRESS-ROGERS; BRIMELOW, 2001).

Esse método pode ser utilizado para medir a atividade de água de

produtos com alto teor de compostos voláteis, o que é uma grande vantagem, já que

esses compostos dificultam a medida por métodos higrométricos. Mas, esse método

só pode ser usado para medir a Aw de amostras líquidas, o que limita muito seu uso,

e por isso não é muito utilizado pelas indústrias e laboratórios (LERICI, 1978;

BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2003).

3.2.3 Método manométrico Para medir atividade de água pelo método manométrico, uma amostra de

alimento é colocada em uma câmara fechada conectada a um manômetro. Quando

a amostra entra em equilíbrio com o ambiente, a pressão parcial de vapor é medida

pelo manômetro e esse valor é relacionado à Aw do produto (JARDIM, 1987).

O tempo necessário para que a amostra entre em equilíbrio com o

ambiente e a medida possa ser feita é da ordem de 1 hora. Esse método apresenta

alta precisão e sensibilidade, mas não pode ser utilizado para medir Aw de alimentos

que tenham compostos voláteis (JARDIM, 1987; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

3.2.4 Métodos higrométricos Os métodos de medida de Aw através de higrômetros consistem de

equilibrar a água livre da amostra de alimento com o espaço livre de uma pequena

câmara fechada e a medida da umidade relativa desse espaço livre. Vários métodos

higrométricos são utilizados em equipamentos comerciais para medidas de Aw,

como ponto de orvalho, ponto de congelamento, temperatura de bulbo seco,

temperatura de bulbo úmido, resistência elétrica e capacitância de sal (RAHMAN,

2009).

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Muitos trabalhos questionam se o equilíbrio na atmosfera da câmara é

realmente atingido durante o tempo de medida em amostras de baixa a média Aw.

Pode acontecer de somente um estágio estacionário ser atingido e a pressão de

vapor não chegue ao equilíbrio total. Mas, como a diferença entre esse

pseudoequilíbrio e o equilíbrio total é em torno de 1%, pode ser considerado em

equilíbrio para as medidas (RAHMAN, 2007).

3.2.4.1 Ponto de orvalho A medida de atividade de água através do método do ponto de orvalho é

feita em um ambiente fechado onde o equilíbrio termodinâmico é atingido. Como

apenas a água livre do alimento se evapora, ela é proporcional à quantidade de

moléculas de água no espaço livre da câmara fechada. O interior da câmara é

resfriado e a temperatura do momento em que as moléculas de água se condensam

sobre um espelho é chamado de ponto de orvalho. O ponto de orvalho é a

temperatura em que o ar sob investigação atinge o ponto de saturação do conteúdo

de umidade e em que o orvalho ou geada se forma. O exato momento em que o

orvalho se forma é detectado pelo sensor de refletância ótica e a temperatura da

câmara é aferida pelo termômetro (Figura 4). Essa temperatura é

termodinamicamente relacionada à umidade relativa do ar do espaço livre, e

consequentemente proporcional ao valor de Aw (JARDIM, 1987; WROLSTAD et al.,

2004; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007; RAHMAN, 2009).

Se a temperatura ambiente e do equipamento de ponto de orvalho variar

5ºC em um dia, o valor de Aw pode variar 0,01. Como essa variação é relativamente

alta, é importante que a temperatura de medida seja controlada. (WROLSTAD et al.,

2004).

Esse método de medidas apresenta algumas limitações para produtos

que apresentam altas concentrações de componentes voláteis (como acido acético -

mais de 2%, etanol - mais de 1% e propileno glicol - mais de 3,5%) que podem

condensar no espelho junto com o vapor de água e alterar o resultado da medida.

(BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

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Figura 4 - Câmara fechada de um equipamento de atividade de água de ponto

de orvalho. 1 - espelho, 2 - sensor ótico, 3 - termômetro, 4 - ventilador, 5 –

amostra (WROLSTAD et al., 2004)

3.2.4.2 Higrômetros elétricos Existem dois tipos de higrômetros elétricos no mercado, o de resistência e

o eletrolítico. Os dois tipos tem o mesmo princípio de funcionamento em que um

material muda sua resposta elétrica de acordo com umidade relativa à que é exposto

(JARDIM, 1987; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

O higrômetro de resistência ou de condutividade se baseia na resistência

de um sal higroscópico em equilíbrio em um ambiente fechado onde a amostra é

exposta. Quando esse sal absorve água do alimento ou libera água para o ambiente,

a sua condutância elétrica é alterada, e essa diferença é relacionada ao valor de Aw

do produto (TROLLER, 1978; JARDIM, 1987).

O higrômetro eletrolítico é composto de uma câmara, um sensor e um

potenciômetro. Uma corrente alternada passa pelo sensor que contem uma solução

saturada de cloreto de lítio, que é um sal higroscópico. Essa solução absorve ou

libera água dependendo da umidade relativa da câmara em que a amostra é

exposta. A alteração da corrente é então relacionada ao valor de Aw do produto

(TROLLER, 1978; JARDIM, 1987).

O tempo de equilíbrio da amostra para determinar o valor de Aw varia de

15 minutos a 24 horas dependendo da faixa de Aw a ser testada, do alimento, do

equilíbrio do vapor e do equilíbrio térmico (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

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As maiores desvantagens desse método de medida é o alto custo do

equipamento, a tendência de contaminação das soluções salinas por moléculas

polares e por compostos voláteis, que pode causar erros de medidas, e o

envelhecimento do higrômetro que pode levar a mudanças físicas e químicas e

alteração dos resultados (TROLLER, 1978).

3.2.4.3 Higrômetro de cabelo O funcionamento do higrômetro de cabelo para fazer medidas de umidade

relativa e atividade de água é baseado na característica que os fios de cabelo têm

de absorver moléculas de água do ambiente e se alongar. Uma das extremidades de

alguns fios de cabelo é presa em um ponto fixo e a outra é colocada em um braço

móvel que é preso a um ponteiro. Esse braço móvel estica os fios dentro de uma

câmara fechada onde a amostra é exposta. Dependendo de sua flexibilidade é

determinado o valor de Aw (TROLLER, 1978; JARDIM, 1987; BARBOSA-CÁNOVAS

et al., 2007).

Higrômetros de cabelo modernos substituem o fio de cabelo por fios de

poliamida e são chamados de higrômetros de fibra-dimensional. Apesar da

tecnologia desses sensores ter evoluído, o tempo necessário para a medida

continua o mesmo, em torno de 3 horas e tem sensibilidade baixa. Uma das

vantagens desse método é que ele pode ser usado para fazer medidas de alimentos

que tem componentes voláteis, pois a medida não sofre grandes interferências por

esses componentes (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007)

3.3 Atividade de água e temperatura Durante a medida de atividade de água, atenção particular deve ser dada

a temperatura em que é feita. Alterações na temperatura durante a medida entre a

câmara de medida, o sensor e o alimento podem causar erros no resultado, sendo

que, quanto maior a Aw do produto, maior o erro (KRESS-ROGERS; BRIMELOW,

2001).

A mudança da temperatura de um produto leva à mudanças em sua

pressão de vapor, a transferência de umidade e alteração na atividade de água.

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Além disso, se uma amostra com temperatura mais alta que o ambiente é colocada

na câmara fechada, pode ocorrer a condensação de água nas paredes e na parte

sensível de medidas e o valor de Aw será incorreto (TROLLER, 1978; BARBOSA-

CÁNOVAS et al., 2007).

O valor de atividade de água de uma amostra pode variar até 0,002 por

ºC. Para minimizar essa variação, muitas normas e regulamentos que requerem a

medida de Aw, determinam que temperatura deve ser estabilizada em, geralmente,

25ºC (WROLSTAD et al., 2004).

3.4 A medida de Aw na indústria Além da indústria de alimentos, outros setores também utilizam o

parâmetro de Aw em seus processos. Na área da agricultura, a medida da Aw

durante a estocagem de sementes é muito importante, já que não deve ser muito

baixa para que elas não percam a viabilidade e não deve ser muito alta para que

não deteriorem ou germinem precocemente. Os valores ideais de Aw para a

estocagem variam de acordo com o tipo de semente, já que cada um tem uma

composição diferente (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

A atividade de água tem grande importância na indústria farmacêutica

para o controle da dosagem de substâncias, da sua textura e da vida de prateleira

dos produtos (evitando reações de degradação e contaminação microbiológica).

Sabendo a Aw é possível prever se uma substância se dissolve em outra, avaliar a

estabilidade de medicamentos dentro de cápsulas e avaliar a estabilidade de

embalagens (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

A medida de atividade de água também é utilizada no controle de

qualidade da indústria de papel para garantir uma secagem ideal e evitar problemas

como a deformação no produto final e a não absorção da tinta de impressão

(ROTRONIC, 2001).

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3.5 Equipamentos comerciais Na Tabela 3 estão descritos os principais equipamentos do mercado que

medem Aw, método de medidas, qual faixa de medida abrangem, o tempo de leitura

e o preço.

Tabela 3: descrição de características e preço dos principais equipamentos de atividade de água existentes no mercado (DECAGON, 2007, 2014a, 2014b, 2014c;

GETROTECH, 2014; NOVASINA, 2014; ROTRONINC, 2014)

Equipamento Marca Foto Método Faixa

de leitura

Precisão Tempo

de leitura

Preço (R$)*

Preço (US$)**

HygroPalm HP23-AW-A

Rotronic

ponto de orvalho

0 a 1,000

0,008 4 a 5

minutos 5115,75 2950.00

Aqualab Pré cap

Decagon

higrômetro eletrônico

0,050 a 1,000

0,01 5

minutos 30000,00 -

Aqualab 3TE Decagon

ponto de orvalho

0,005 a 1,000

0,003 5

minutos - 8000.00

Aqualab 4TE Decagon

higrômetro eletrônico e ponto de

orvalho

0,030 a 1,000

0,003 2,5 a 5 minutos

50000,00 10834.00

Pawkit Decagon

higrômetro eletrônico

0 a 1,000

0,02 5

minutos 12000,00 1995.00

LabMaster Novasina

higrômetro eletrônico

0,030 a 1,000

0,002 - 39190,00 8000.00

LabSwift Novasina

higrômetro eletrônico

0,03 a 1,000

0,003 - 11490,00 4503.00

* - valores cotados no segundo semestre de 2014 ** - valores cotados no segundo semestre de 2015

Os equipamentos de Aw mais utilizados no mercado são os Aqualab, que

utilizam o método de ponto de orvalho, e os equipamentos Novasina que utilizam

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higrômetros eletrônicos como método de medidas. Apesar de serem os

equipamentos com melhor custo benefício disponíveis no mercado, apresentam

desvantagens significativas: o alto custo de compra e manutenção (que dificulta seu

uso por uma grande parcela de indústrias), o elevado tempo de resposta para alguns

alimentos, e o fato do equipamento não medir a atividade de água de alguns

alimentos (por exemplo, que possuem substâncias voláteis) (DITCHFIELD, 2000).

3.6 Padrões de atividade de água

Independente de qual equipamento é usado para medir a atividade de

água de um alimento, é importante que ele esteja calibrado e tenha sua calibração

verificada para garantir resultados confiáveis e precisão. Para isso, soluções salinas

saturadas são ótimas escolhas devido a sua facilidade de preparo, estabilidade e

ampla variação de Aw (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

Para produzir as soluções salinas saturadas, o sal deve ser colocado em

um recipiente e a água adicionada em pequenas quantidades, mexendo com uma

espátula a cada adição. Mais água deve ser adicionada até que a solução tenha

duas fases: o corpo de fundo e um líquido límpido na superfície. As soluções devem

ser armazenadas a temperatura ambiente em um recipiente bem fechado, evitando

o ganho ou a perda de água (WROLSTAD et al., 2004; BARBOSA-CÁNOVAS et al.,

2007).

A água utilizada para produção de soluções-padrão de Aw deve ser

sempre destilada ou deionizada para garantir que a solução atinja o valor correto

(WROLSTAD et al., 2004).

Os valores de Aw das amostras-padrão formadas por soluções salinas

saturadas e água pura, encontrados na literatura, estão descritos na Tabela 4. Os

valores de Aw de cada amostra podem apresentar alguma diferença de acordo com

cada autor.

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Tabela 4 – Atividade de água a 25ºC de soluções salinas saturadas e água pura usadas como padrão de atividade de água

Substância - sigla ANJOS et al.,

2008 BARBOSA -

CÁNOVAS et al., 2007 DOWNES; ITO, 2001

MEDEIROS, 2006

Água - H2O 1,000 0,003 - - -

Cromato de Potássio - K2CrO4 - 0,979 0,005 - -

Sulfato de Potássio - K2SO4 - 0,973 0,005 0,973 0,004 -

Nitrato de Potássio - KNO3 0,926 0,001 0,936 0,006 0,935 0,005 0,925

Cloreto de Bário - BaCl2 0,903 0,001 - - -

Nitrato de Estrôncio - SrNO3 - 0,851 0,004 - -

Cloreto de Potássio - KCl 0,843 0,003 0,843 0,003 0,843 0,002 0,850

Tartarato de Sódio - Tartarato Na - - - -

Sulfato de Amônio - (NH4) 2SO4 - 0,810 0,003 - -

Brometo de Potássio - KBr 0,808 0,210 0,809 0,002 0,808 0,002 -

Cloreto de Amônio - NH4Cl - 0,786 0,004 - -

Cloreto de Sódio - NaCl 0,753 0,001 0,753 0,001 0,752 0,001 0,751

Nitrato de Sódio - NaNO3 - 0,743 0,003 0,742 0,003 -

Cloreto de Estrôncio - SrCl2 - 0,709 0,001 - -

Iodeto de Potássio - KI - 0,689 0,002 - -

Cloreto de Cobalto - CoCl2 - 0,649 0,035 - -

Nitrato de Amônio - NH4NO3 - - - 0,625

Brometo de Sódio - NaBr - 0,576 0,004 0,575 0,004 -

Nitrato de Magnésio - Mg(NO3)2 - 0,529 0,002 0,528 0,002 -

Nitrato de Cálcio - Ca(NO3)2 - - - 0,522

Carbonato de Potássio - K2CO3 - 0,432 0,004 0,431 0,003 0,430

Iodeto de Sódio - NaI - 0,382 0,005 - -

Cloreto de Magnésio - MgCl2 0,328 0,002 0,328 0,002 0,327 0,001 0,325

Fluoreto de Potássio - KF - 0,308 0,013 - -

Acetato de Potássio - KAc - 0,225 0,003 0,225 0,003 0,230

Iodeto de Lítio - LiI - 0,176 0,001 - -

Brometo de Cálcio - CaBr2 - 0,165 0,002 - -

Cloreto de Lítio - LiCl 0,113 0,270 0,113 0,003 0,113 0,002 0,120

Hidróxido de Sódio - NaOH - 0,082 0,021 - -

Hidróxido de Potássio - KOH - 0,082 0,007 - 0,080

Brometo de Zinco - ZnBr2 - 0,078 0,004 - -

Brometo de Lítio - LiBr - 0,064 0,005 0,063 0,005 -

Cloreto de Zinco - ZnCl2 - - - 0,055

Fluoreto de Césio - CsF - 0,034 0,009 - -

Pentóxido de Fósforo - P2O5 - - - 0,001

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3.7 Sensores de ondas acústicas superficiais

As ondas acústicas superficiais (SAW) são uma classe de ondas que se

propagam pela superfície de um corpo sólido. Em geral, elas podem se propagar em

qualquer tipo de sólido (dielétricos, metais, cristais, etc...), mas o caso mais usado

na prática é a propagação da SAW pela superfície de um cristal piezoelétrico. Para

excitar uma SAW na superfície de um cristal deste tipo é usado efeito piezoelétrico

reverso. Ele é usado no seguinte sentido: um sinal elétrico de radio frequências

(RF) é aplicado na superfície de um cristal piezoelétrico. Os campos elétricos que

este sinal gera provocam distorções mecânicas (efeito piezoelétrico reverso) que se

propagam pela superfície. No caso de um sinal de RF, o campo elétrico é periódico

no domínio do tempo que gera como resultado uma onda plana. O perfil típico desta

onda é mostrado na Figura 5 (MORGAN, 2007).

Figura 5 - Perfil típico de uma onda SAW que mostra as velocidades de cada ponto

de um cristal. As direções das setas correspondem a direção de movimento de regiões locais do cristal. O comprimento de setas corresponde o valor de velocidade.

A espessura do cristal é considerada infinita (MORGAN, 2007).

Como observado na Figura 5, a intensidade da onda cai muito rápido dentro

do cristal o que significa que toda energia do sinal é concentrada na camada fina da

superfície. Este confinamento de energia na camada muito fina explica o fato que as

ondas superficiais são muito sensíveis a fatores externos. Esta propriedade é usada

para construir um sensor de SAW (MORGAN, 2007).

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3.7.1 Princípio de funcionamento Um sensor de SAW é uma linha de atraso cujo funcionamento é baseado

em efeito de piezoeletricidade. Um sensor típico é mostrado na Figura 6. Seu

transdutor de entrada transforma um sinal elétrico de radiofrequência em uma onda

acústica que se propaga na direção do transdutor de saída. O transdutor de saída

transforma o sinal acústico em sinal elétrico de alta frequência assim fechando o

círculo de tratamento de sinal pelo dispositivo. A área entre transdutores (área ativa)

normalmente é coberta com um filme sensível. O tempo de propagação de onda

acústica do transdutor de entrada até o transdutor de saída depende da distância

entre transdutores e da velocidade da onda. Uma das maneiras mais fáceis de medir

este tempo de propagação e sua fase correspondente é transformar o tempo em

frequência colocando a linha de atraso de SAW em uma malha de realimentação de

um oscilador. Neste caso o tempo de propagação é transformado em frequência de

oscilação do oscilador e pode ser medido usando, por exemplo, os contadores

padrões de frequência (HE et al., 2009).

Figura 6: Estrutura de um sensor de ondas acústicas superficiais (adaptado de ARSHAK et al., 2004).

A possibilidade da linha de atraso funcionar como um sensor é baseada

no fato de que a velocidade de SAW depende da densidade do filme sensível. Pode

ser provado que o aumento da densidade causa diminuição da velocidade

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(RUPPEL; FJELDLY, 2000). Para a maioria dos filmes sensíveis, a densidade das

moléculas do analito adsorvidos depende de densidade do analito em fase gasosa

que entra em contado com o filme. As moléculas adsorvidas mudam a densidade

total do filme que causa a mudança do tempo de propagação da SAW e que é

registrada através de medidas de mudança de frequência de oscilação de um

oscilador (MORGAN, 2007).

Para sensores de umidade e Aw, o filme de óxido de grafeno depositado

entre transdutores faz o papel do filme sensível que adsorve as moléculas de água

da atmosfera. Em filmes de óxido de grafeno, as moléculas estão ligadas pelo filme

por forças de Wan der Waals. Este tipo de força gera adsorção física de moléculas

pela superfície e o sistema ao atingir o equilíbrio termodinâmico tem densidade de

moléculas adsorvidas em equilibro com a umidade relativa do ar. Devido às ligações

das forças de adsorção serem fracas, o tempo de estabelecimento de equilíbrio é

muito curto (menos de um segundo) que torna este sensor um dos mais rápidos

(BALASHOV et al., 2014).

3.7.2 Deposição de filmes sensíveis de óxido de grafeno O óxido de grafeno é um derivado do grafite (o grafeno), produzido

através de um processo de oxidação que cria grupos funcionais de C=O e C–OH

(hidroxila) de cada lado da folha de carbono e carboxilas e suas bordas (Figura 7)

(LERF et al., 1998; YAO et al., 2011).

Figura 7 - Estrutura química do óxido de grafeno (YAO et al., 2011)

Por ser um material rico em oxigênio livre, o óxido de grafeno é muito

hidrofílico e capaz de adsorver grande quantidade de água quando exposto a

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atmosfera (STANKOVICH et al., 2006; BARROSO-BUJANS et al., 2010). Além

disso, pode ser utilizado para formar suspensões em água e depositado em

superfícies sensíveis, fazendo desse material um ótimo candidato para filmes

sensíveis de sensores de umidade relativa (EDA; CHHOWALLA, 2010).

SCHEDIN et al. (2007), BARROSO-BUJANS et al. (2010), YAO et al.

(2011), ZHAO et al. (2011) estudaram o uso de filmes sensíveis de óxido de grafeno

para sensores de umidade. Todos os trabalhos mostraram que esse filme teve

excelente sensibilidade às moléculas de água.

As suspensões de óxido de grafeno são estáveis a temperatura ambiente

e podem ser usadas para a deposição de filmes finos via spray. Para minimizar o

tempo de resposta do sensor, o filme sensível deve ser o mais fino possível, o que

determina o tipo de spray a ser usado para a deposição (EDA; CHHOWALLA, 2010;

BALASHOV et al., 2014).

Nos últimos anos foi desenvolvido um método para obtenção de spray

digital que utiliza quantidades muito pequenas de suspenção de óxido de grafeno

para gerar jatos de gotículas minúsculas da suspenção. O processo é ultrassônico e

nele são usados os pulsos de RF para nebulizar as gotas microlitricas. Utilizando

esse método, o processo de deposição de filme consiste em uma série de

deposições, cada uma com uma camada ultrafina (espessura de 2-5 nm) de óxido

de grafeno na superfície de uma amostra. Os parâmetros do processo de deposição

permitem um controle rigoroso sobre a espessura e o espalhamento do óxido de

grafeno sobre superfície. Os filmes obtidos com outros métodos de deposição que

usam gotículas maiores apresentam efeito de “coffe ring” que é determinado pela

convecção do líquido dentro da gotícula durante o processo de secagem. Essa

convecção leva material diluído na gotícula para as bordas formando circulos com

maior densidade de material (“coffe ring”) que pode ser observado por exemplo

durante a secagem de gotículas de café que deu nome ao efeito. Os filmes obtidos

com o método de atomização não sofrem a infuência de efeito de “coffe ring” e

apresentam uma boa uniformidade e aderência (BALASHOV et al., 2014).

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3.7.3 Sensores de SAW para medidas de atividade de água

Os sensores de SAW são amplamente utilizados para medir a umidade

relativa do ar (CALIENDO et al., 1997; PENZA; ANISIMKIN, 1999; PENZA;

CASSANO, 2000; WU et al., 2008; BUVAILO et al., 2011).

Expondo esses sensores a padrões que geram diferentes valores de ERH

e utilizando a resposta gerada, é possível obter uma curva de calibração que permite

que o sensor seja utilizado para a determinação de ERH de outras amostras

(PENZA; ANISIMKIN, 1999; PENZA; CASSANO, 2000). Uma curva típica de

calibração de um sensor SAW é mostrada na Figura 8.

Figura 8 - Uma curva típica de calibração de um sensor de SAW com diferentes

umidades relativas (ZHAO et al., 2011)

Como a Aw de um produto pode ser medida através da umidade relativa

de equilíbrio em um ambiente fechado, utilizando um sensor SAW para medir essa

umidade é possível calcular o valor de Aw da amostra (WIEDERHOLD, 1997).

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4 Material e Métodos

4.1 Dispositivo de SAW

A parte sensível do sensor de SAW utilizado foi fabricada no Centro de

Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) utilizando a técnica de fotolitografia

tradicional a partir de uma lâmina de quartzo. Foi usado um filme de alumínio de

2500 Å de espessura para gravação do circuito de SAW.

O dispositivo de SAW mede 1,8 x 11,5mm com parte sensível de quartzo

(Figura 9). Ele é colado e microssoldado a uma cápsula, que é conectada a uma

placa de RF.

Figura 9 - Sensor de SAW

4.2 Sensor de SAW

O sensor é composto por uma placa de RF que tem dois canais: um

canal de referência e outro de medidas (Figura 10). Essa placa é fixada dentro de

uma caixa de metal que isola os componentes e tem entrada para a fonte de

energia e saída para um contador de frequência.

Uma tampa plástica é fixada na caixa metálica através de parafusos. Um

ambiente fechado é formado por um recipiente plástico com amostra encaixado a

essa tampa. O sensor de SAW mede a pressão parcial do vapor de água desse

ambiente (Figura 11).

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Figura 10: Fotos da caixa do sensor. a) vista da frente - placa com componentes eletrônicos colocada na caixa de metal com dispositivo de SAW em uma câmara

fechada (canal de referência - seta). b) vista do verso - placa encaixada na caixa de metal com o dispositivo de SAW exposto ao ambiente (canal de medidas - seta).

Figura 11: Caixa do sensor (a) com recipiente plástico acoplado (b)

4.3 Equipamentos necessários

O diagrama de blocos do processo de medição de Aw usando o sensor

de SAW é mostrado na Figura 12. Uma fonte de alimentação com 13V é ligada ao

sensor. O sensor é ligado a um contador de frequência que mede a frequência

diferencial dos dois canais de SAW e passa os valores medidos para um

computador que salva os dados.

a)

b)

b) a)

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Figura 12 - Esquema de equipamentos necessários para fazer medidas no sensor

de SAW

A Figura 13 mostra uma foto de todos os equipamentos ligados e prontos

para fazer medidas de Aw. A fonte utilizada é da marca Minipa modelo MPM 3503 e

o contador de frequência é da marca Agillent modelo 53220A.

Figura 13 - Sensor SAW (a) ligado à fonte (b), contador de frequência (c) e

computador (d)

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Para o registro das medidas da frequência foi utilizado um software

desenvolvido no CTI Renato Archer utilizando o programa LabView.

4.4 Processo de medidas

Para começar o processo de medidas e garantir que os componentes

eletrônicos se aqueçam, minimizando a influência da mudança de temperatura

durante as medidas, o sensor sempre foi ligado por pelo menos 20 minutos antes de

começar o processo de medidas.

Para manter a câmara fechada sempre com o mesmo nível de umidade

do ar, antes de começar as medidas das amostras, um recipiente com sílica gel foi

exposto ao sensor por um período de no mínimo 10 minutos. A sílica gel adsorve

moléculas de água e sua Aw medida pelo equipamento Decagon foi sempre <0,005.

Para garantir a qualidade, a sílica gel utilizada para todos os experimentos (marca

Synth) foi trocada diariamente.

Após os 10 minutos, o recipiente com sílica foi substituído pelo recipiente

com 4 gramas de amostra e o processo de medida de Aw iniciava-se. As etapas de

processo de medida são mostradas na Figura 14.

Para as medidas com o sensor, uma amostra com o volume de 4ml

(amostra líquida) ou 4g (amostra sólida) foi colocada em um recipiente de plástico

inerte. As dimensões do recipiente correspondem à medida do recipiente dos

equipamentos utilizados para a medida de Aw de alimentos (diâmetro de 40 mm e

altura de 11 mm). Este recipiente foi encaixado à tampa plástica presa na caixa do

sensor, assim formando um ambiente fechado, onde a amostra libera água

formando um ambiente com umidade relativa de equilíbrio (Figura 14a). As

moléculas de água se ligam ao filme sensível do sensor mudando sua densidade. A

frequência de resposta do sensor então sofre mudanças. O computador registra as

frequências medidas pelo contador de frequência a cada segundo gerando no final

uma curva dinâmica até que o equilíbrio é observado. O equilíbrio corresponde ao

equilíbrio atingido pelo vapor de água no espaço vazio do recipiente com a água

livre da amostra (Figura 14b).

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Figura 14 - Etapas do processo de medidas a)primeira etapa - o recipiente é encaixado na caixa do sensor, b) segunda etapa - o recipiente fica fechado para que

a amostra atinja o equilíbrio, c) terceira etapa - a amostra é retirada da caixa do sensor. No centro – uma típica curva cinética de adsorção

O volume do espaço livre no recipiente e a área externa da amostra (que

está em contado com o espaço livre) são parâmetros importantes que influenciam a

velocidade de liberação de água da amostra (fator α). Durante todas as medidas,

esses parâmetros foram mantidos o mais próximo possível. Apesar de influenciar o

fator velocidade (fator α), o volume e área da amostra não interferem no valor de

amplitude de saturação da amostra que corresponde ao valor de Aw.

As mudanças típicas da frequência de sensor correspondem no mínimo a

centenas de Hertz para produtos com valor de Aw muito baixa e KiloHertz para

produtos com alta Aw. Por isso foi definido que quando a velocidade da mudança da

frequência atinge valor na ordem de 1 Hz/seg o sistema entra em estado de

equilíbrio termodinâmico e os parâmetros da curva podem ser extraídos para

calcular o valor que corresponde a Aw de produto.

O tempo necessário para que o sistema atinja o equilíbrio termodinâmico

varia para cada amostra. Mas, para obter muitos pontos experimentais e garantir

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que atingiram o equilíbrio, o tempo que a amostra foi exposta ao sensor foi de 10

minutos (tempo suficiente para o sistema atingir a saturação) e então foi retirada.

Depois que a amostra foi retirada, o recipiente com sílica gel foi

novamente colocado para o sensor voltar para estado inicial de medidas (Figura

14c).

Para cada amostra foram feitas 3 medidas para assim ser possível

calcular a media e desvio padrão.

4.5 Preparo de soluções-padrão Para calibrar o sensor e fazer os testes de repetitividade de respostas,

foram usadas soluções salinas supersaturadas e duas substâncias puras como

padrões. Todos os padrões, as marcas utilizadas e Aw descritas na literatura estão

na Tabela 5.

Tabela 5 - Amostras-padrão preparadas para as medidas com o sensor de SAW e Aw esperada a 25ºC (MEDEIROS, 2006; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007; ANJOS

et al., 2008) Amostra-padrão Marca Aw esperada

Água – H2O - 1,000

sulfato de potássio - K2SO4 Synth 0,973

nitrato de potássio - KNO3 Synth 0,936

cloreto de potássio – KCl Synth 0,843

cloreto de sódio – NaCl Synth 0,753

iodeto de potássio – KI Synth 0,689

nitrato de magnésio - Mg(NO3)2 Vetec 0,529

carbonato de potássio - K2CO3 Synth 0,432

cloreto de magnésio - MgCl2 Synth 0,328

fluoreto de potássio – KF Synth 0,308

acetato de potássio - KAc Synth 0,225

cloreto de zinco - ZnCl2 Dinamica 0,055

Sílica gel - < 0,005

Estas soluções foram escolhidas porque abrangem toda a faixa de Aw,

gerando assim uma curva de referência com maior número de pontos. A

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metodologia usada para o preparo das soluções foi a adição de um sal em um frasco

de vidro de 500ml e adição de pequenas quantidades de água sob vigorosa agitação

até que um líquido límpido foi observado, deixando no mínimo 25% do conteúdo

total de corpo de fundo do reagente, garantindo assim que a Aw correspondente foi

atingida (DOWNES; ITO, 2001).

Cada amostra foi colocada em recipiente hermeticamente fechado em

temperatura ambiente por no mínimo 24 horas para garantir a estabilidade da

solução. Após este período, as amostras foram testadas em equipamento comercial

Decagon Device 3TE para verificar se atingiu o valor esperado de Aw. Quando o

valor de Aw foi o esperado, 4 ml da solução foi armazenada em um frasco de vidro

para serem usadas nos testes com o sensor. Em cada frasco foi colocado líquido

límpido e corpo de fundo de cada solução para garantir que a Aw se manteve a

mesma, mesmo com a entrada ou saída de moléculas de água.

Todo o processo de produção das soluções saturadas de sais foi

realizado no Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Centro de Ciência e

Qualidade de Alimentos (CCQA), laboratório de Microbiologia de Alimentos.

4.6 Tratamento de dados O tratamento de dados foi feito baseado em modelos de

adorção/dessorção de moléculas de água disponíveis na literatura.

O primeiro modelo testado (modelo 1) assume que o processo de

adsorção de água pela superfície do sensor segue uma equação cinética de

adsorção descrita pelo processo de difusão de primeira ordem. A resposta de sensor

neste caso pode ser escrita na forma (MARCZEWSKI, 2010):

)exp(100 tAftf ( 3 )

onde, 0A - amplitude de saturação (KHz)

- fator de velocidade (1/segundo)

0f - frequência basal (KHz)

O segundo modelo (modelo 2) considera que a dinâmica de adsorção tem

contribuição de dois processos, um processo rápido de adsorção de moléculas de

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água pelas moléculas do filme sensível e um processo lento que foi aproximado por

uma função linear. A adição de um processo lento descreve neste caso uma

contribuição somatória de tais processos como adsorção pelos defeitos,

instabilidades do sistema, aquecimento dos componentes eletrônicos, etc. Este

modelo foi representado pela fórmula (MARCZEWSKI, 2010):

f(t) = 𝑓0 + 𝑓1𝑡 + 𝐴0(1 − exp(−𝛼𝑡)) ( 4 )

onde, 0A - amplitude de saturação (KHz)

- fator de velocidade (1/segundo)

0f - frequência basal (KHz)

f1 – função linear (KHz/segundo). O terceiro modelo que foi testado (modelo 3) é proposto por

MARCZEWSKI (2010) e pode ser tratado como uma generalização do modelo 2.

Nesse modelo inclui-se dois processos, cada um sendo uma função exponencial

natural do tipo do modelo 1 com sua própria amplitude de saturação e fator de

velocidade, representado pela fórmula:

f(t) = A1(1 − e−∝1t) + A2(1 − e−∝2t) ( 5 )

onde 1A - amplitude de saturação do primeiro processo (KHz)

∝1 - fator de velocidade do primeiro processo (1/segundo)

0f - frequência basal (KHz)

𝐴2 - amplitude de saturação do segundo processo (KHz) ∝2 - fator de velocidade do segundo processo (1/segundo).

Os modelos foram usados para tratamento de dados experimentais, e

seus parâmetros foram avaliados usando o método de mínimos quadrados. Todo

conjunto de parâmetros foi avaliado para cada modelo. Como critério de aceitação

dos modelos foi escolhido o valor de desvio padrão (S):

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S = √∑(F(tj)−f(tj))2

N(N−1)

Nj=1 (6)

onde N - número de pontos da curva experimental 𝐹(𝑡𝑗) – valor experimental de medidas em momento do tempo 𝑡𝑗

𝑓(𝑡𝑗) - resposta teórica do sensor no momento de tempo tj.

O modelo que apresentou menor S foi considerado como o modelo mais

adequado para a extração dos dados.

Para caracterizar o tempo mínimo necessário para a medida de Aw pelo

sensor de SAW, foi determinado o momento (segundos) em que a amostra atinge o

valor que corresponde a 95% do valor total da amplitude de saturação (A1 e A2).

4.7 Curva de referência e escolha do filme sensível Neste trabalho os termos “número de deposições’ ou “número de

camadas” correspondem o número de gotículas de suspenção que foram

nebulizadas pelo spray para obter o filme final.

Para escolher um sensor com características adequadas (boa

sensibilidade e repetitividade) para a medida de Aw, diferentes superfícies sensíveis

foram testadas. Pontos de referência foram desenvolvidos para os sensores: sem

filme sensível depositado (somente a superfície de quartzo), com 1, 2, 5, 10 e 15

deposições de óxido de grafeno.

Para os pontos de referência, em cada sensor foram feitas medidas, em

triplicata, de todas as soluções-padrão. Todas as curvas cinéticas foram tratadas e

os parâmetros de cada uma foram extraídos.

Os parâmetros amplitude de saturação (A1, A2 e A1 + A2) extraídos através

do modelo 3, que correspondem ao valor de Aw da amostra (sensor SAW), foram

usados junto com o valor de Aw da amostra (obtido através da medida em

equipamento comercial) para formar pontos de referência (Aw – eixo x e amplitude

de saturação – eixo y) em gráficos (Figuras 19, 20 e 21).

Os pontos de referência de cada sensor foram analisados. O sensor

escolhido foi o que apresentou maior sensibilidade (maior amplitude de saturação),

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permitindo assim obter maior precisão, e menor dispersão (desvio padrão entre as

medidas) para que as medidas sejam repetitivas.

Os pontos de referência do sensor escolhido foram aproximados por um

polinômio (ordem que tiver melhor ajuste) usando funções padrões do Excel. O

polinômio obtido foi utilizado para calcular a Aw correspondente aos valores de

amplitude de saturação dos alimentos testados no sensor de SAW.

Assim, a partir da curva de referência escolhida foi possível testar

qualquer alimento, em todas as faixas de atividade de água, sólidos e líquidos,

usando o sensor SAW e dizer qual o valor de sua Aw.

4.8 Teste de viabilidade

Amostras de diferentes alimentos que apresentam grande variação de

atividade de água foram testadas em equipamento comercial Decagon 4TE e com o

sensor de SAW. Todas as amostras de alimento foram adquiridas no comercio local.

Os alimentos testados foram: refrigerante diet, leite integral, iogurte

natural, suco concentrado de caju, maçã, presunto, margarina, pão francês integral,

queijo parmesão, leite condensado, geleia de morango, shimeji seco, orégano,

farinha de trigo, macarrão seco, grão de milho, açúcar refinado, fubá, grão de trigo,

chocolate ao leite, grão de arroz, uva passa, café torrado e moído, torrada

multigrãos, café solúvel, biscoito cream cracker, cereal matinal, maçã desidratada,

bolacha recheada, leite em pó, biscoito de polvilho, batata chips.

Todos os alimentos foram avaliados em triplicata, tanto no sensor SAW

quanto no sensor comercial e o tempo de medida foi cronometrado para

comparação.

Os parâmetros das curvas cinéticas de todas as amostras foram extraídos

usando o modelo de melhor ajuste. As amplitudes de saturação foram aplicadas na

curva de referência do sensor de SAW e foram transformadas no valor de Aw

correspondente para que possa ser comparado ao sensor comercial.

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49

4.9 Teste de repetitividade de medidas Amostras de 3 soluções-padrão (cloreto de magnésio - MgCl2, cloreto de

sódio – NaCl, água – H2O) foram testadas em triplicata no sensor SAW uma vez por

semana durante 9 semanas para verificar se os resultados são repetitivos. Para isso,

a média e o desvio padrão de cada amostra durante todas as análises foram

calculadas.

4.10 Teste dinâmico de atividade de água Um dos diferenciais do sensor de SAW é que além do valor absoluto de

Aw, ele faz uma medida dinâmica, possível de ser acompanhada em tempo real (a

cada segundo), através da curva de liberação de água do alimento.

Um teste avaliando a velocidade de liberação de água foi feito para

verificar se essa informação pode ajudar a caracterizar alimentos com a mesma Aw,

mas que passaram por processos diferentes.

O teste de velocidade foi feito usando pão de queijo. A amostra foi

cortada em pequenos pedaços (0,5 x 0,5 cm) e colocada em três recipientes

plásticos. Elas foram pesadas (4g) e medidas no sensor SAW em triplicata. Foram

deixadas expostas ao ambiente durante 15 horas e após esse tempo foram pesadas

e foi feita a adição de água (pequenas gotas utilizando micropipeta) até ficarem com

o mesmo peso inicial. As amostras foram muito bem fechadas e deixadas em

temperatura ambiente para entrar em equilíbrio e medidas com o sensor SAW após

4 e 24 horas.

Após o tratamento das curvas, o fator de velocidade α foi extraído e

comparado.

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50

5 Resultados 5.1 Tratamento de dados

Os três modelos descritos no item 4.6 foram aplicados para extrair os

parâmetros das curvas de adsorção de moléculas de água pelo sensor de SAW.

Uma curva típica experimental de adsorção é mostrada na Figura 15.

Figura 15: Curvas de adsorção obtidas com diferentes modelos. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e

experimentais. A) curva tratada com modelo 1. B) curva tratada com modelo 2. C) curva tratada com modelo 3 (modelos descritos no item 4.6). Seta – retirada do alimento e exposição de sílica gel ao sensor, retirando moléculas de água da

superfície do sensor

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a (K

Hz)

Tempo (segundos)

A

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a (K

Hz)

Tempo (segundos)

B

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

Tempo (segundos)

C

S= 283 Hz S= 432 Hz

S= 242 Hz

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51

As curvas que correspondem ao ajuste da curva experimental com

modelos de uma única função exponencial natural (modelo 1), de uma função

exponencial natural mais uma função linear (modelo 2) e de duas funções

exponenciais naturais (modelo 3) estão também representados na mesma figura.

Os valores teóricos e experimentais foram comparados na Figura 16

através de uma linha de tendência gerando o valor de R² para cada modelo testado.

Figura 16 – Comparação entre valores experimentais e valores teóricos e linha de tendência linear. A) curva tratada com modelo 1. B) curva tratada com modelo 2. C)

curva tratada com modelo 3 (modelos descritos no item 4.6).

Como observado nas Figuras 15 e 16, o modelo de duas funções

exponenciais (modelo 3) apresentou melhor ajuste (menor S e maior R²) entre os

R² = 0,9451

456

460

464

468

457 462 467

Val

ore

s te

óri

cos

(KH

z)

Valores experimentais (KHz)

A

R² = 0,9807

456

460

464

468

457 462 467

Val

ore

s te

óri

cos

(KH

z)

Valores experimetais (KHz)

B

R² = 0,9977

456

460

464

468

457 462 467

Val

ore

s te

óri

cos

(KH

z)

Valores experimentais (KHz)

C

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52

pontos experimentais e os pontos teóricos. Como todas as curvas medidas

apresentaram o mesmo comportamento, esse modelo foi adotado para a extração

de dados.

O mecanismo de adsorção de moléculas de água pelo óxido de grafeno,

descrito na literatura (BI et al., 2013) é composto por dois processos diferentes. O

primeiro processo é mais rápido, e é relacionado à ligação das moléculas de água a

moléculas hidrofílicas na superfície do GO (através de pontes de hidrogênio) e

ligações simples de multicamadas de moléculas de água. O segundo processo é

mais lento. Esse processo ocorre pela penetração de moléculas de água no interior

das camadas de GO que causam a hidrólise de alguns grupos funcionais. Além

disso, o segundo processo pode ter a influência de outros processos lentos

decorrentes de instabilidades do sistema eletrônico e aquecimento de componentes.

O modelo 3 (modelo com duas funções exponenciais naturais) é

composto por 2 processos e segue a mesma dinâmica do descrito pela literatura

(primeiro processo rápido e segundo processo lento). Assim, podemos concluir que

o tratamento de dados experimentais desenvolvido neste trabalho pode ser usado

como comprovação experimental adicional para o modelo de adsorção existente na

literatura.

Como o primeiro processo caracteriza a ligação rápida entre moléculas de

água e a superfície do GO, e a quantidade dessa ligação é proporcional à

quantidade de moléculas de água no ambiente de equilíbrio, utilizando o modelo 3 é

possível utilizar o primeiro processo para calcular o valor de atividade do produto em

menor tempo.

5.2 Padrões de atividade de água Conforme descrito na metodologia (item 4.5), as amostras-padrão foram

preparadas e os valores de atividade de água foram medidos no equipamento

Decagon em triplicata, sempre colocando o sobrenadante e o corpo de fundo de

cada solução no recipiente de medida. Os valores de Aw encontrados na literatura

(MEDEIROS, 2006; BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007; ANJOS et al., 2008) e os

valores experimentais estão na Tabela 6.

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53

Tabela 6: Valor de atividade de água de amostras-padrão da literatura e experimentais medidos em equipamento Decagon 4TE

nº de medidas - 3

Os valores de atividade de água das 11 amostras medidas não ficaram

iguais aos valores da literatura. Em 6 casos, a diferença entre as medidas foi menor

que 1%; em 3 amostras a diferença de medidas foi de 1 a 10% e em outros 3 casos

a diferença foi maior que 10%. A diferença entre esses valores pode ser relacionada

com diversos fatores como problemas com a pureza dos sais utilizados.

O equipamento comercial (Decagon 4TE) que foi utilizado para a medir a

Aw das amostras tem grande exatidão e as amostras apresentaram baixa dispersão

entre as medidas (desvio padrão - Tabela 6). A Figura 17 mostra a comparação dos

valores esperados e dos valores experimentais e apresenta valor de R² igual a

0,9981. Esse valor é muito próximo a 1, e mostra que apesar de algumas amostras

apresentarem algumas variações, no geral as amostras apresentam grande

equivalência aos valores esperados. Por isso estas amostras foram consideradas

padrões adequados e foram usadas para elaboração da curva de referência devido

à alta estabilidade dos resultados das medidas (pequeno desvio padrão).

Amostras-padrão Aw

valores da literatura

Aw valores experimentais ±

desvio padrão

Água - H2O 1,000 1,000 ± 0,0011

sulfato de potássio - K2SO4 0,973 0,9771 ± 0,0016

nitrato de potássio - KNO3 0,936 0,9419 ± 0,0012

cloreto de potássio – KCl 0,843 0,8463 ± 0,0008

cloreto de sódio – NaCl 0,753 0,7559 ± 0,0011

iodeto de potássio – KI 0,689 0,6941 ± 0,0003

nitrato de magnésio - Mg(NO3)2 0,529 0,5688 ± 0,0003

carbonato de potássio - K2CO3 0,432 0,4405 ± 0,0002

cloreto de magnésio - MgCl2 0,328 0,3629 ± 0,0010

fluoreto de potássio – KF 0,308 0,3585 ± 0,0002

acetato de potássio – KAc 0,225 0,2324 ± 0,0002

cloreto de zinco - ZnCl2 0,055 0,0851 ± 0,0005

Sílica gel - <0,050 ± 0

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54

Figura 17 - Valores de Aw de amostras-padrão descritas pela literatura e

experimentais

5.3 Ajuste da sensibilidade do filme sensível Como já foi explicado na introdução, para medir a Aw de um produto é

necessário que o sistema entre em estado de equilíbrio termodinâmico. Pela

definição de curvas cinéticas, o sistema teoricamente entra em estado de equilíbrio

quando o tempo de medida chega ao infinito. Na prática, isso significa que o tempo

de medida deve ser suficientemente grande para garantir que a amostra entre em

equilíbrio com o ambiente. Os parâmetros práticos serão discutidos posteriormente,

mas, por enquanto, destaca-se que, segundo o modelo 3, em estado de equilíbrio

termodinâmico (t -> ∞) a resposta do sistema é a soma de duas amplitudes de

saturação A1 e A2 . As amplitudes de saturação são funções da densidade dos sítios

de adsorção que é determinada pela densidade do filme sensível. O método de

deposição usado neste trabalho permite controlar a densidade de filme pelo número

de deposições.

Os resultados experimentais dos testes comparando a amplitude de

saturação (A1 + A2) de soluções-padrão medidas em dispositivos de SAW sem o

filme e com diferentes números de camadas de óxido de grafeno (item 4.7) estão

mostrados na Figura 18.

R² = 0,9981

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Aw

lite

ratu

ra

Aw experimental

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55

Figura 18 - Amplitude de saturação (pontos) e desvio padrão (barras) de amostras-padrão testadas em sensores com diferentes filmes sensíveis

Foi possível observar que a amplitude de saturação aumentou com o

aumento de camadas de óxido de grafeno depositadas sobre o sensor e a dispersão

das medidas também aumentou. A amplitude de saturação é correspondente à

sensibilidade do sensor, ou seja, quanto maior a amplitude de saturação de uma

curva de referência, mais sensível é o sensor. Mas, se a dispersão (desvio padrão)

dos pontos é alta, as medidas são menos precisas, o que deixa de ser interessante

para um sensor.

Levando em conta essas variações, um sensor com deposição de 10

camadas de óxido de grafeno foi escolhido para ser utilizado para todos os testes de

viabilidade e testes de velocidade por ter alta sensibilidade e baixa dispersão das

medidas.

5.4 Curva de referência

O sensor escolhido para ser usado nos testes desse trabalho foi o sensor

com 10 deposições de óxido de grafeno. Os parâmetros amplitude de saturação (A1

e A2), velocidade (α1 e α2) e tempo para 95% de saturação para o 1º e 2º processos,

extraídos de todas as medidas de soluções-padrão estão descritos na Tabela 7.

Todas as curvas experimentais, a aproximação pelo modelo (3) e os dados extraídos

0

10

20

30

40

50

60

70

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Am

plit

ud

e d

e sa

tura

ção

(A

1 +

A2

) (K

Hz)

Atividade de água

Quartzo

Grafeno 1 camada

Grafeno 2 camadas

Grafeno 5 camadas

Grafeno 10 camadas

Grafeno 15 camadas

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56

estão descritos no Anexo 9.1. Os parâmetros para cada curva foram avaliados

através do modelo 3 usando o método de mínimos quadrados. Usando um software

desenvolvido no CTI Renato Archer, baseado no método de mínimos quadrados.

Tabela 7 - Parâmetros extraídos das curvas cinéticas das soluções padrões

através de ajuste com o modelo 3 para obter a curva de referência

Amostra

Amplitude

A1

(KHz)

Amplitude

A2

(KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de

saturação 1º

processo (seg)

95% de

saturação 2º

processo (seg)

ZnCl2 0,35 ± 0,06 0,10 ± 0,05 20543,33 ± 2523,02 4,70 ± 3,17 0,14 ± 0,02 690,7 ± 287,6

KAc 0,92 ± 0,11 0,12 ± 0,02 940,53 ± 830,17 12,20 ± 1,15 5,0 ± 3,4 246,2 ± 22,9

KF 1,47 ± 0,08 0,43 ± 0,03 4886,70 ± 7617,31 9,50 ± 2,51 4,8 ± 4,7 326,9 ± 74,5

MgCl2 1,71 ± 0,06 0,68 ± 0,03 523,27 ± 136,09 15,97 ± 6,93 6,0 ± 1,6 221,5 ± 120,4

K2CO3 2,94 ± 0,11 0,89 ± 0,10 239,73 ± 88,86 7,83 ± 1,06 14,1 ± 6,6 386,2 ± 55,0

Mg(NO3)2 3,94 ± 0,13 1,78 ± 0,22 150,93 ± 80,18 9,67 ± 3,17 16,6 ± 2,7 332,1 ± 107,6

KI 8,27 ± 0,24 3,43 ± 0,55 113,20 ±41,25 8,10 ± 1,78 28,5 ± 8,6 382,1 ± 93,0

NaCl 11,50 ± 0,28 6,25 ± 0,48 86,43 ± 6,85 6,33 ± 0,25 34,7 ± 2,7 470,4 ± 18,6

KCl 15,46 ± 1,02 10,14 ± 1,04 70,37 ± 16,03 6,47 ± 0,84 44,2 ± 11,4 464,4 ± 62,5

KNO3 24,19 ± 0,65 12,53 ± 0,34 47,10 ± 3,22 5,77 ± 0,75 63,7 ± 4,4 522,1 ± 73,8

K2SO4 24,66 ± 1,03 14,60 ± 0,52 55,87 ± 6,45 6,37 ± 0,31 54,0 ± 5,9 467,9 ± 22,3

H2O 25,91 ± 0,60 19,40 ± 1,40 50,90 ± 5,38 5,00 ± 0,30 59,2 ± 5,9 596,7 ± 37,4

Analisando a Tabela 7, verifica-se que a amplitude de saturação A1 é

maior que a amplitude de saturação A2 em todos os casos. Foi descrito por BI et al.

(2013) que as primeiras ligações que ocorrem entre as moléculas de água e o óxido

de grafeno estão na superfície do filme. Como a amplitude A1 foi maior que a

amplitude A2 é possível concluir que o filme apresenta muitos sítios de ligação em

sua superfície e o filme está bem espalhado pela superfície do sensor.

O tempo para 95% de saturação para os processo 1 e 2 é muito diferente.

O 1º processo saturou em menos de 1 minuto em todos os padrões e o segundo

processo saturou entre 3 e 11 minutos. O tempo para 95% de saturação do primeiro

processo é mais rápido porque esse processo caracteriza as ligações que ocorrem

na superfície do filme, onde os sítios de ligação estão mais acessíveis às moléculas

de água. Já o segundo processo reflete a ligação de moléculas de água nos sítios

de ligação que estão no interior das camadas de GO. A penetração das moléculas

de água entre as camadas é lenta e por isso o segundo processo tem tempo para

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saturação maior (BI et al., 2013). Essa diferença entre os dois processos comprova

que o uso do modelo 3 é adequado para o ajuste na curva experimental e extração

dos parâmetros.

Os valores de velocidade α também seguiram a mesma característica de

serem maiores para o 1º processo e menores para o 2º processo. Esse parâmetro

caracteriza a velocidade com que a água é liberada da amostra para o ambiente e

se liga ao filme, por isso, as amostras apresentaram diferentes valores de α.

Como a curva cinética descreve dois processos separadamente, para

fazer uma curva de referência podem ser usadas as amplitudes somadas (A1 + A2)

ou as amplitudes separadamente (A1 ou A2).

Os pontos de referência foram gerados usando os valores de amplitude

de saturação (A1 + A2) (eixo y) e os valores de Aw (Decagon) (eixo x). Esses pontos

foram aproximados por um polinômio para gerar uma curva de referência. O

polinômio que apresentou a melhor aproximação aos pontos foi o polinômio de 5ª

ordem (Figura 19).

Figura 19: Curva de referência (A1+A2) gerada pelos pontos de referência

aproximados por um polinômio de 5ª ordem e equação utilizada para o teste de

viabilidade dos alimentos

y = -152,53x5 + 371,28x4 - 238,92x3 + 65,743x2 - 1,3854x - 0,0067 R² = 0,9978

0

10

20

30

40

50

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Am

plit

ud

e d

e Sa

tura

ção

A1+

A2 (

KH

z)

Atividade de água

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Esse polinômio apresentou boa aproximação na maioria dos pontos, com

o valor de R² igual a 0,9978. Por isso, essa curva pode ser usada para transformar

os valores de amplitude de saturação de medidas de alimentos (A1 + A2) feitas pelo

sensor de SAW em valores de Aw utilizando a fórmula gerada.

Outra curva de referência foi feita utilizando o parâmetro de amplitude de

saturação A1 (Figura 20).

Figura 20- Curva de referência (A1) gerada pelos pontos de referência

aproximados por um polinômio de 5ª ordem e equação utilizada para o teste de

viabilidade dos alimentos

Esses pontos de referência, utilizando o parâmetro A1, apresentaram o

melhor ajuste com um polinômio de 5ª ordem, apresentado o valor de R² igual a

0,9966. Essa curva apresentou uma boa aproximação e também pode ser usada

para transformar valores de amplitude de saturação A1 de alimentos em valores de

Aw.

Utilizando o parâmetro A2, foi gerada uma curva de referência (Figura 21).

Nessa figura, a curva de referência foi aproximada por um polinômio de 5ª ordem.

Essa curva apresentou valor de R² igual a 0,9832, tendo pior ajuste do que as

curvas anteriores. Por isso, essa curva não foi utilizada para transformar valores de

y = -242,05x5 + 560,19x4 - 403,22x3 + 119,25x2 - 8,0512x + 0,1159 R² = 0,9966

-5

0

5

10

15

20

25

30

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Am

plit

ud

e d

e s

atu

raçã

o A

1 (

KH

z)

Atividade de água

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59

amplitude de saturação A2 de medidas de alimentos no sensor SAW em valores de

Aw.

Figura 21 - Curva de referência (A2) gerada pelos pontos de referência

aproximados por um polinômio de 5ª ordem.

A curva de referência que apresentou melhor ajuste aos pontos de

referência foi a curva que utiliza o parâmetro de amplitude de saturação de A1+ A2.

Assim, essa curva foi utilizada para determinar o valor de Aw de amostras de

alimentos no teste de viabilidade do sensor SAW.

Como o tempo de resposta da amplitude A1 é muito curto, a curva de

referência A1 também foi utilizada para determinar a viabilidade do sensor de SAW

para medidas de alimentos.

5.5 Teste de viabilidade com vários alimentos

Na metodologia (item 4.8) é descrito o processo de medidas para o teste

de viabilidade do uso do sensor de SAW para determinar a atividade de água

alimentos. Os alimentos foram avaliados no sensor comercial Decagon 4TE e no

mesmo dia foram feitas as medidas no sensor SAW. Como determinada pela análise

dos modelos de tratamento de dados, as curvas cinéticas das medidas de alimentos

foram tratadas usando o modelo 3 e os parâmetros extraídos estão descritos na

Tabela 8. Todas as curvas experimentais, a aproximação pelo modelo e os dados

extraídos estão descritos no Anexo 9.2.

y = 100,04x5 - 221,7x4 + 200,2x3 - 69,661x2 + 9,094x - 0,0967 R² = 0,9832

0

5

10

15

20

25

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Am

plit

ud

e d

e sa

tura

ção

A2 (

KH

z)

Atividade de água

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Tabela 8 - Parâmetros extraídos das curvas de alimentos ajustados ao modelo 3

Amostra Amplitude A1

(KHz)

Amplitude A2

(KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

Refrigerante diet 28,77 ± 2,64 21,76 ± 2,38 45,50 ± 7,55 7,00 ± 2,55 67,1 ± 12,3 464,9 ± 174,7

Leite integral 26,83 ± 1,31 22,08 ± 1,15 50,67 ± 6,22 6,37 ± 0,21 59,6 ± 6,9 466,0 ± 16,1

Iogurte integral 25,01 ± 0,54 18,28 ± 0,50 55,20 ± 5,07 6,00 ± 0,36 54,5 ± 4,9 496,9 ± 26,7

Suco concentrado de cajú 25,15 ± 0,81 18,01 ± 0,25 53,27 ± 1,91 5,53 ± 0,25 56,2 ± 2,1 538,3 ± 24,2

Maçã 30,80 ± 1,42 25,06 ± 0,63 8,37 ± 0,21 69,73 ± 8,00 43,3 ± 4,7 355,2 ±9,4

Presunto 28,72 ± 2,28 26,60 ± 0,96 8,27 ± 0,40 72,23 ± 9,55 41,9 ± 5,3 361,3 ± 17,4

Margarina 21,48 ± 0,31 16,65 ± 0,90 40,57 ± 3,29 5,53 ± 0,47 74,1 ± 6,3 539,6 ± 48,0

Pão francês integral 21,40 ±1,22 19,96 ± 0,94 68,10 ± 12,26 9,97 ± 0,64 42,3 ± 5,4 299,8 ± 19,5

Queijo parmesão 18,90 ± 3,68 19,47 ± 5,88 63,73 ± 11,24 9,77 ± 4,29 47,9 ± 7,7 403,5 ± 25,1

Leite condensado 14,92 ± 1,77 11,99 ± 0,54 69,50 ± 8,75 12,37 ± 3,01 43,4 ± 5,1 252,2 ± 70,1

Geleia de morango 12,65 ± 2,99 6,33 ± 0,49 59,47 ± 39,84 8,67 ± 3,02 31,5 ± 8,3 371,4 ± 119,1

Shimeji seco 6,62 ± 0,70 3,31 ± 0,70 156,70 ± 51,90 12,47 ± 5,91 20,8 ± 7,7 295,1 ± 178,2

Orégano 6,64 ± 0,15 3,84 ± 0,24 138,17 ± 40,03 12,77 ± 0,65 23,0 ± 7,2 228,5 ± 16,5

Farinha de trigo 4,67 ± 0,35 4,37 ± 0,37 203,17 ± 55,27 34,43 ± 2,12 15,6 ± 5,0 87,0 ± 5,3

Macarrão seco 5,24 ± 0,12 2,99 ± 0,16 214,20 ± 39,04 15,90 ± 3,47 14,2 ± 2,4 193,2 ± 39,7

Grão de milho 4,37 ± 0,19 4,62 ± 0,58 320,83 ± 85,20 17,90 ± 2,62 9,7 ± 2,2 157,3 ± 7,5

Açúcar refinado 6,83 ± 0,10 2,92 ± 0,04 187,53 ± 9,24 12,67 ± 0,97 15,3± 1,8 235,7 ± 18,5

Fubá 4,42 ± 0,45 3,46 ± 0,31 259,63 ± 55,43 27,80 ± 2,43 11,9 ± 2,7 108,1 ± 9,8

Grão de trigo 4,56 ± 0,04 1,99 ± 0,09 187,60 ± 19,61 9,17 ± 1,68 16,0 ± 1,6 330,7 ± 54,1

Chocolate ao leite 4,79 ± 0,36 2,48 ± 0,36 231,07 ± 17,81 9,17 ± 1,40 13,0 ± 0,9 329,4 ± 49,3

Grão de arroz 4,80 ± 0,11 2,39 ± 0,14 231,30 ± 54,16 10,93 ± 1,96 10,0 ± 4,2 278,5 ± 44,7

Uva passa 3,09 ± 0,52 2,27 ± 0,32 395,37 ± 165,13 17,80 ± 2,60 8,5 ± 3,7 170,2 ± 25,1

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68

61

Tabela 8 - Parâmetros extraídos das curvas de alimentos ajustados ao modelo 3 (continuação)

Amostra Amplitude A1

(KHz)

Amplitude A2

(KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

Café torrado e moído 3,45 ± 0,04 1,20 ± 0,02 358,43 ± 66,10 17,13 ± 2,14 8,2 ± 1,1 176,3 ± 23,0

Torrada multigrãos 2,00 ± 0,02 0,88 ± 0,03 577,27 ± 169,36 10,43 ± 1,40 5,5 ± 1,5 288,6 ± 38,1

Café solúvel 2,54 ± 0,20 0,92 ± 0,14 299,50 ± 40,86 30,73 ± 6,32 10,1 ± 1,4 99,8 ± 18,3

Biscoito cream cracker 2,32 ± 0,17 0,70 ± 0,05 1119,47 ± 550,16 9,23 ± 2,54 3,1 ± 1,5 343,5 ± 111,1

Cereal matinal 1,64 ± 0,19 0,59 ± 0,06 433,57 ± 101,12 10,07 ± 1,25 7,1 ± 1,9 298,9 ± 34,2

Maçã desidratada 1,19 ± 0,19 0,27 ± 0,26 902,87 ± 499,43 18,10 ± 17,41 4,2 ± 2,5 538,9 ± 289,2

Bolacha recheada 0,81 ± 0,01 0,11 ± 0,03 693,03 ± 277,38 6,00 ± 1,80 6,0 ± 1,8 525,2 ± 159,4

Leite em pó 1,11 ± 0,03 0,17 ± 0,05 717,73 ± 412,23 11,17 ± 2,45 5,1 ± 2,8 275,3 ± 61,6

Biscoito de polvilho 1,19 ± 0,02 0,03 ± 0,02 1532,13 ± 1047,13 23,57 ± 18,19 2,5 ± 1,3 176,6 ± 98,4

Batata chips 1,24 ± 0,93 0,89 ± 0,85 484,40 ± 306,81 173,13 ± 161,19 7,9 ± 4,5 167,7 ± 268,7

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62

As amostras de alimento tiveram o mesmo comportamento das amostras-

padrão em relação às amplitudes. Todas as amostras apresentaram maior valor de

A1 e menor valor de A2. Como os valores de amplitude das amostras de alimento

seguiram o mesmo comportamento dos padrões, A1 + A2 ou A1 podem ser usados

para determinar o valor de Aw da amostra.

O parâmetro de velocidade α teve o comportamento igual ao dos padrões

(maior valor para o primeiro processo e menor valor para o segundo processo) na

maioria das amostras. Apenas uma amostra, de maçã, apresentou comportamento

contrário (menor valor no primeiro processo e maior para o segundo). Como o

parâmetro α caracteriza como o produto libera as moléculas de água, o fato de essa

amostra apresentar um comportamento diferente pode ser atribuído a características

do produto.

O tempo para 95% de saturação do 1º e 2º processo também seguiu o

mesmo comportamento das amostras padrão (menor tempo para o 1º processo e

maior tempo para o 2º processo), com exceção da maçã.

Os valores de amplitude (A1+A2) foram aplicados à curva de referência

gerando valores de Aw a partir do sensor de SAW. Os resultados da comparação

entre as medidas de Aw utilizando Decagon e SAW utilizando alimentos estão

descritos na Tabela 9.

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70

63

Tabela 9 - Atividade de água de amostras de alimento usando o novo sensor de SAW (amplitudes A1+A2) e equipamento comercial Decagon 4TE

Alimento

Decagon SAW Diferença absoluta

Diferença (%) Média Aw

Média tempo (min)

Amplitude de saturação (Hz)

Média Aw Média

tempo (min)

Refrigerante diet 0,9993 ± 0,0006 4:22 ± 2:15 50545 ± 1123 - 7:45 ± 2:55 - -

Leite integral 0,9984 ± 0,0005 4:02 ± 2:07 48924 ± 414 - 7:46 ± 0:16 - -

Iogurte integral 0,9958 ± 0,0006 3:37 ± 1:04 43301 ± 36,0 0,9935 ± 0,0003 8:17 ± 0:27 0,0023 0,2

Suco concentrado de cajú 0,9896 ± 0,0019 4:21 ± 1:33 43179 ± 577 0,9925 ± 0,0043 8:58 ± 0:24 0,0029 0,3

Maçã 0,9822 ± 0,0024 3:33 ± 0:21 55877 ± 891 - 5:55 ± 0:09 - -

Presunto 0,9742 ± 0,0004 4:22 ± 2:34 55327 ± 1345 - 4:19 ± 3:13 - -

Margarina 0,9507 ± 0,0040 3:36 ± 0:30 38141 ± 1119 0,9545 ± 0,0087 9:00 ± 0:48 0,0038 0,4

Pão francês integral 0,9431 ± 0,0003 2:45 ± 0:04 41360 ± 321 0,9790 ± 0,0024 5:00 ± 0:20 0,0359 3,8

Queijo parmesão 0,9287 ± 0,0006 3:20 ± 0:26 38381 ± 2308 0,9563 ± 0,0177 6:43 ± 0:25 0,0276 3,0

Leite condensado 0,8467 ± 0,0005 2:59 ± 0:06 26918 ± 2098 0,8608 ± 0,0195 4:12 ± 1:10 0,0141 1,7

Geleia de morango 0,8005 ± 0,0014 4:40 ± 3:01 18991 ± 2851 0,7797 ± 0,0319 6:11 ± 1:59 0,0208 2,6

Shimeji seco 0,6757 ± 0,0004 3:23 ± 0:24 9943 ± 116 0,6520 ± 0,0022 4:55 ± 2:58 0,0237 3,5

Orégano 0,6505 ± 0,0003 3:22 ± 0:13 10487 ± 89 0,6620 ± 0,0016 3:49 ± 0:17 0,0115 1,8

Farinha de trigo 0,6503 ± 0,0010 3:29 ± 0:39 9048 ± 259 0,6346 ± 0,0053 1:27 ± 0:05 0,0157 2,4

Macarrão seco 0,6475 ± 0,0013 3:23 ± 0:33 8231 ± 107 0,6173 ± 0,0024 3:13 ± 0:40 0,0302 4,7

Grão de milho 0,6385± 0,0001 3:29 ± 0:37 9003 ± 563 0,6335 ± 0,0117 2:37 ± 0:08 0,0050 0,8

Açúcar refinado 0,6377 ± 0,0012 3:53 ± 0:43 9761 ± 67 0,6345 ± 0,02460 3:56 ± 0:18 0,0032 0,5

Fubá 0,6190 ± 0,0007 3:17 ± 0:11 7890 ± 157 0,6096 ± 0,0036 1:48 ± 0:10 0,0094 1,5

Grão de trigo 0,6048 ± 0,0010 3:50 ± 1:21 6653 ± 80 0,5762 ± 0,0022 5:31 ± 0:54 0,0286 4,7

Chocolate ao leite 0,6015 ± 0,0011 3:23 ± 0:03 7269 ± 61 0,5948 ± 0,0015 5:29 ± 0:49 0,0067 1,1

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64

Tabela 9 - Atividade de água de amostras de alimento usando o novo sensor de SAW (amplitudes A1+A2) e

equipamento comercial Decagon 4TE (continuação)

Alimento

Decagon SAW Diferença

absoluta

Diferença

(%) Média Aw Média tempo

(min)

Amplitude de

saturação (Hz) Média Aw

Média

tempo (min)

Grão de arroz 0,5639 ± 0,0010 3:31 ± 0:09 7203 ± 79 0,5931 ± 0,0020 4:39 ± 0:45 0,0292 5,2

Uva passa 0,5510 ± 0,0026 4:22 ± 1:29 5371 ± 552 0,5396 ± 0,0191 2:50 ± 0:25 0,0114 2,1

Café torrado e moído 0,4557 ± 0,0022 5:14 ± 2:50 4666 ± 30 0,5147 ± 0,0012 2:56 ± 0:23 0,0590 12,9

Torrada multigrãos 0,4341 ± 0,0002 3:38 ± 0:02 2884 ± 32 0,4212 ± 0,0023 4:49 ± 0:38 0,0129 3,0

Café solúvel 0,4219 ± 0,0017 4:46 ± 2:16 3471 ± 85 0,4586 ± 0,0048 1:40 ± 0:18 0,0367 8,7

Biscoito cream cracker 0,4154 ± 0,0029 6:52 ± 5:17 3028 ± 143 0,4311 ± 0,0096 5:44 ± 1:51 0,0157 3,8

Cereal matinal 0,3805 ± 0,0028 4:58 ± 1:21 2239 ± 169 0,3653 ± 0,0177 4:59 ± 0:34 0,0152 4,0

Maçã desidratada 0,2614 ± 0,0054 13:43 ± 13:36 1464 ± 454 0,2677 ± 0,0615 8:29 ± 3:57 0,0063 2,4

Bolacha recheada 0,2563 ± 0,0024 6:22 ± 3:48 931 ± 31 0,1928 ± 0,0046 8:45 ± 2:39 0,0635 24,8

Leite em pó 0,2378 ± 0,0019 7:52 ± 5:35 1294 ± 23 0,2455 ± 0,0034 4:35 ± 1:02 0,0077 3,2

Biscoito de polvilho 0,2034 ± 0,0023 12:05 ± 11:41 1230 ± 9 0,2363 ± 0,0014 2:57 ± 1:38 0,0329 16,2

Batata chips 0,1066 ± 0,0010 11:09 ± 7:02 350 ± 81 0,1065 ± 0,0131 2:48 ± 4:29 0,0001 0,1

Média - 4:55 - - 5:03 0,0190 -

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65

Os valores de Aw dos alimentos e soluções padrão medidos pelo

Decagon e amplitude de saturação medida pelo sensor SAW (amplitudes A1+A2) são

mostrados na Figura 22.

Figura 22 – Aw (decagon) e Amplitude de saturação (A1 + A2) (SAW) de soluções padrão (pontos de referência) e alimentos

Os pontos que correspondem às medidas de alimentos se sobrepuseram

nos pontos de referência. Isso mostra que soluções-padrão podem ser usadas para

formar uma curva de referência para o sensor e para transformar os valores de

amplitude de saturação de alimentos em valores de Aw.

Quatro amostras de alimentos (refrigerante diet, leite integral, maçã e

presunto) não tiveram valor de Aw determinados pelo sensor SAW porque

apresentaram valores de amplitude de saturação maior do que a amplitude de

saturação da água pura. Como a água pura é a substância com maior valor de Aw

(1,000), o valor de Aw dessas amostras não puderam ser calculadas através da

curva de referência.

As diferenças absolutas entre os valores de Aw medidos no Decagon e no

sensor SAW (amplitudes A1+ A2) variaram entre as amostras, tendo como média a

diferença de 0,0190 de atividade de água. O sensor portátil Pawkit da Decagon

devices (Tabela 3) disponível no mercado apresenta precisão de medidas de 0,02

de Aw. Assim, o sensor SAW apresenta precisão compatível mostrando que pode

ser utilizado como sensor portátil para medidas de Aw.

0

10

20

30

40

50

60

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1Am

plit

ud

e d

e sa

tura

ção

A1

+ A

2

(KH

z)

Atividade de água (Decagon)

Pontos deReferência

Alimentos

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66

Dezessete amostras de alimentos apresentaram valores de Aw, medidos

no Decagon e no sensor SAW (amplitudes A1+A2), com diferença absoluta menor

que 0,02 (Figura 23) e outras 11 amostras apresentaram diferença absoluta entre

0,02 e 0,07 (Figura 24). O valor 0,02 foi escolhido como referência por ser a precisão

mínima necessária dos equipamentos para medida de Aw existentes no mercado.

Apesar de 11 amostras apresentarem diferença absoluta maior que 0,02, elas tem

valor de Aw próximo ao valor do Decagon, com diferença de no máximo 7%.

Figura 23 - Diferença absoluta menor que 0,02 para valores de atividade de água

medidos pelo sensor SAW (amplitude A1 + A2) e Decagon

Figura 24 - Diferença absoluta maior que 0,02 para valores de atividade de água

medidos pelo sensor SAW (amplitude A1 + A2) e Decagon

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

Ati

vid

ade

de

águ

a

Decagon

SAW

iogu

rte

inte

gral

suco

co

nce

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ado

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0,2

0,4

0,6

0,8

1

Ati

vid

ade

de

águ

a

Decagon

SAWpão

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par

mes

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l

bo

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ilho

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67

Os valores de Aw das amostras de alimento medidos com o sensor SAW

(A1+A2) e com o Decagon foram comparados na Figura 25. O valor de R² gerado

pela tendência linear foi de 0,9919 e mostrou que, no geral, os valores de Aw

encontrados pelo sensor SAW são muito próximos aos valores de Aw encontrados

pelo Decagon. Como o valor de R² da comparação entre os valores das soluções

saturadas medidos pelo Decagon e descritos na literatura foi de 0,9981, e foi muito

próximo do valor do R² da Figura 25, a precisão de medidas utilizando o sensor

SAW (Amplitude A1+A2) é muito alta, mostrando que esse sensor pode ser utilizado

para medidas de Aw de alimentos.

Figura 25 – Valores de atividade de água de alimentos medidos do Decagon e

sensor SAW (amplitudes A1 + A2)

A média do tempo de resposta do sensor SAW utilizando os parâmetros

(A1+A2) foi de 5:03 min, que é muito próximo a média do tempo das medidas no

equipamento Decagon (4:55). A maioria das amostras com alta Aw tiveram menor

tempo de resposta no Decagon e a maioria das amostras com baixa Aw apresentou

menor tempo de resposta no SAW. Esse comportamento pode ser explicado através

do método de medidas de cada sensor. Como o Decagon utiliza o método de ponto

de orvalho, é necessário que a amostra entre em equilíbrio com o ambiente para

depois abaixar a temperatura até que o orvalho se forme. Em altos valores de Aw,

após atingir o equilíbrio é preciso que a temperatura abaixe muito pouco para que o

orvalho seja formado e o equipamento gere o resultado. Já em amostras com baixos

valores de Aw, após atingir o equilíbrio é preciso que a temperatura abaixe bastante

R² = 0,9919

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Aw

- D

eca

gon

Aw - SAW (A1 + A2)

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68

para que ele se forme, o que faz com que o processo de medidas demore mais.

Como o sensor SAW termina a medida no momento em que a amostra atinge o

equilíbrio e não precisa de resfriamento, sua resposta é mais rápida. Como amostras

com baixa Aw tem valor de Aw próximo do ponto inicial de medidas (Aw=0

estabelecida com sílica gel), o equilíbrio dessas amostras acontece mais rápido do

que amostras com alta Aw.

Já que o tempo de saturação da amplitude A1+A2 é muito longo, o uso da

curva de referência utilizando apenas a amplitude A1 é proposta (Figura 20 - item

5.4). Os valores de A1 das amostras de alimento foram aplicados a essa curva de

referência e os valores encontrados estão apresentados na Tabela 10.

A Aw dos alimentos medidos pelo Decagon e amplitude de saturação

medida pelo sensor SAW (amplitudes A1) estão mostrados na Figura 26 junto com

os pontos de referência.

Assim como aconteceu na Figura 22, os pontos correspondentes à

amplitude de saturação de alimentos ficaram sobrepostos aos pontos de referência,

mostrando que o parâmetro de amplitude A1 também pode ser usado para

transformar o valor de amplitude em Aw.

A média da diferença absoluta no valor de Aw do equipamento comercial

e SAW (amplitude A1) foi de 0,0371. Apesar de este valor ser um pouco maior que a

precisão dos equipamentos disponíveis no mercado (Tabela 3), foi considerado que

o sensor SAW apresentou valores de medidas com menos de 5% de diferença em

relação aos valores encontrados pelo Decagon.

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69

Tabela 10 - Atividade de água de amostras de alimento usando o novo sensor de SAW (amplitude A1) e equipamento comercial Decagon 4TE

Alimentos

Decagon SAW Diferença absoluta

Diferença (%) Média Aw

Média tempo (min)

Amplitude de saturação (Hz)

Média Aw Média tempo

(min)

Refrigerante diet 0,9993 ± 0,0006 4:22 ± 2:15 28780 ± 2640 - 1:07 ± 0:12 - -

Leite integral 0,9984 ± 0,0005 4:02 ± 2:07 26837 ± 1311 - 1:00 ± 0:07 - -

Iogurte integral 0,9958 ± 0,0006 3:37 ± 1:04 25016 ± 535 0,9776 ± 0,0094 0:54 ± 0:05 0,0182 1,8

Suco concentrado de cajú 0,9896 ± 0,0019 4:21 ± 1:33 25157 ± 812 0,9803 ± 0,0142 0:56 ± 0:02 0,0093 0,9

Maçã 0,9822 ± 0,0024 3:33 ± 0:21 30808 ± 1418 - 0:43 ± 0:05 - -

Presunto 0,9742 ± 0,0004 4:22 ± 2:34 28725 ± 2274 - 2:24 ± 2:51 - -

Margarina 0,9507 ± 0,0040 3:36 ± 0:30 21484 ± 308 0,9206 ± 0,0047 1:14 ± 0:06 0,0301 3,2

Pão francês integral 0,9431 ± 0,0003 2:45 ± 0:04 21400 ± 1227 0,9193 ± 0,0188 0:42 ± 0:05 0,0238 2,5

Queijo parmesão 0,9287 ± 0,0006 3:20 ± 0:26 18906 ± 3675 0,8810 ± 0,0564 0:48 ± 0:08 0,0477 5,1

Leite condensado 0,8467 ± 0,0005 2:59 ± 0:06 14921 ± 1776 0,8196 ± 0,0289 0:43 ± 0:05 0,0271 3,2

Geleia de morango 0,8005 ± 0,0014 4:40 ± 3:01 12654 ± 2990 0,7803 ± 0,0516 0:32 ± 0:08 0,0202 2,5

Shimeji seco 0,6757 ± 0,0004 3:23 ± 0:24 6630 ± 699 0,6546 ± 0,0190 0:21 ± 0:08 0,0211 3,1

Orégano 0,6505 ± 0,0003 3:22 ± 0:13 6639 ± 145 0,6554 ± 0,0040 0:23 ± 0:07 0,0049 0,8

Farinha de trigo 0,6503 ± 0,0010 3:29 ± 0:39 4676 ± 346 0,5910 ± 0,0134 0:16 ± 0:05 0,0593 9,1

Macarrão seco 0,6475 ± 0,0013 3:23 ± 0:33 5243 ± 116 0,6123 ± 0,0040 0:14 ± 0:02 0,0352 5,4

Grão de milho 0,6385± 0,0001 3:29 ± 0:37 4376 ± 184 0,5789 ± 0,0078 0:10 ± 0:02 0,0596 9,3

Açúcar refinado 0,6377 ± 0,0012 3:53 ± 0:43 6840 ± 100 0,6609 ± 0,0027 0:16 ± 0:01 0,0232 3,6

Fubá 0,6190 ± 0,0007 3:17 ± 0:11 4426 ± 445 0,5805 ± 0,0185 0:12 ± 0:03 0,0385 6,2

Grão de trigo 0,6048 ± 0,0010 3:50 ± 1:21 4563 ± 36 0,5869 ± 0,0014 0:16 ± 0:02 0,0179 3,0

Chocolate ao leite 0,6015 ± 0,0011 3:23 ± 0:03 4792 ± 364 0,5955 ± 0,0138 0:13 ± 0:01 0,006 1,0

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76

70

Tabela 10 - Atividade de água de amostras de alimento usando o novo sensor de SAW (amplitude A1) e equipamento comercial Decagon 4TE (continuação)

Alimentos

Decagon SAW Diferença absoluta

Diferença (%) Média Aw

Média tempo (min)

Amplitude de saturação (Hz)

Média Aw Média tempo

(min)

Grão de arroz 0,5639 ± 0,0010 3:31 ± 0:09 4807 ± 114 0,5964 ± 0,044 0:10 ± 0:04 0,0325 5,8

Uva passa 0,5510 ± 0,0026 4:22 ± 1:29 3096 ± 524 0,5074 ± 0,0348 0:09 ± 0:04 0,0436 7,9

Café torrado e moído 0,4557 ± 0,0022 5:14 ± 2:50 3457 ± 42 0,5336 ± 0,0025 0:09 ± 0:01 0,0779 17,1

Torrada multigrãos 0,4341 ± 0,0002 3:38 ± 0:02 1997 ± 21 0,3942 ± 0,0036 0:05 ± 0:02 0,0399 9,2

Café solúvel 0,4219 ± 0,0017 4:46 ± 2:16 2549 ± 204 0,4643 ± 0,0214 0:10 ± 0:01 0,0424 10,0

Biscoito cream cracker 0,4154 ± 0,0029 6:52 ± 5:17 2327 ± 171 0,4401 ± 0,0199 0:03 ± 0:02 0,0247 5,9

Cereal matinal 0,3805 ± 0,0028 4:58 ± 1:21 1645 ± 188 0,3290 ± 0,0362 0:07 ± 0:02 0,0515 13,5

Maçã desidratada 0,2614 ± 0,0054 13:43 ± 13:36 1193 ± 191 0,2486 ± 0,0313 0:04 ± 0:02 0,0128 4,9

Bolacha recheada 0,2563 ± 0,0024 6:22 ± 3:48 815 ± 11 0,1925 ± 0,0015 0:05 ± 0:02 0,0638 24,9

Leite em pó 0,2378 ± 0,0019 7:52 ± 5:35 1116 ± 24 0,2356 ± 0,0036 0:05 ± 0:03 0,0022 0,9

Biscoito de polvilho 0,2034 ± 0,0023 12:05 ± 11:41 1198 ± 21 0,2483 ± 0,0033 0:03 ± 0:01 0,0449 22,1

Batata chips 0,1066 ± 0,0010 11:09 ± 7:02 1250 ± 927 0,2683 ± 0,1480 0:08 ± 0:05 0,1617 151,7

Média - 4:55 - - 0:27 0,0371 -

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71

Figura 26 - Aw (decagon) e Amplitude de saturação (A1) (SAW) de soluções padrão (pontos de referência) e alimentos

Utilizando o parâmetro de amplitude A1, 7 amostras apresentaram valores

de diferença absoluta menor que 0,02 de Aw (Figura 27) e 21 amostras

apresentaram diferença maior que esse valor (Figura 28).

Figura 27 - Diferença absoluta menor que 0,02 para valores de atividade de água

medidos pelo sensor SAW (amplitude A1) e Decagon

0

10

20

30

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1Am

plit

ud

e d

e sa

tura

ção

A1

(K

Hz)

Atividade de água

Pontos deReferência

Alimentos

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

Ati

vid

ade

de

águ

a

Decagon

SAW

suco

co

nce

ntr

ado

de

cajú

iogu

rte

inte

gral

oré

gan

o

grão

de

trig

o

cho

cola

te a

o le

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maç

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esid

rata

da

leit

e em

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72

Figura 28 - Diferença absoluta maior que 0,02 para valores de atividade de água medidos pelo sensor SAW (amplitude A1) e Decagon

Os valores de Aw das amostras de alimento medidos com o sensor SAW

(A1) e com o Decagon foram comparados na Figura 29. O valor de R² gerado pela

tendência linear foi de 0,9655. Esse valor é menor do que a comparação entre e o

Decagon e o sensor SAW utilizando a amplitude A1+A2 (R²=0,9919), mostrando que

utilizando o parâmetro A1, o sensor é menos preciso.

Figura 29 – Valores de atividade de água de alimentos medidos pelo Decagon e sensor SAW (amplitude A1)

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1A

tivi

dad

e d

e ág

ua

Decagon

SAW

mar

gari

na

pão

fra

nce

s in

tegr

al

qu

eijo

par

mes

ão

leit

e co

nd

ensa

do

gele

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e m

ora

ngo

shim

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eco

fari

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e tr

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grão

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arro

z

uva

pas

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café

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café

so

lúve

l

bis

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al

bo

lach

a re

chea

da

bic

oit

o d

e p

olv

ilho

bat

ata

chip

s

R² = 0,9655

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Aw

- D

eca

gon

Aw - SAW (A1)

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73

A Figura 30 compara os valores de Aw encontrados pelo sensor de SAW

utilizando os parâmetros A1+A2 e A1 e apresenta o valor de R² de 0,9771. Esse valor

confirma que há diferença entre a precisão entre as medidas de atividade de água

que utilizam esses parâmetros.

Figura 30 – Valores de atividade de água medidos pelo sensor de SAW utilizando os valores de amplitude A1+A2 e A1

O uso da amplitude A1 para determinação do valor de Aw de uma amostra

apresenta como principal vantagem o tempo de resposta, que foi muito diferente do

Decagon. A média do tempo de medidas do Decagon foi de 4:55min e do sensor de

SAW de 0:27min. Essa relação é ainda maior em amostras de alimentos com Aw

baixa, como ocorre, por exemplo, com batata chips (11:09 min – Decagon e 0:08 min

– SAW), biscoito de polvilho (12:05 min – Decagon e 0:03 min – SAW) e maçã

desidratada (13:43 min – Decagon e 0:04 min – SAW).

Assim, utilizando o parâmetro de amplitude A1 para determinar a Aw do

produto, abre-se uma nova perspectiva para sensores de Aw. Entre os

equipamentos mais utilizados para a medida de Aw do mercado (Tabela 3), o que

apresenta menor tempo de medida de acordo com o fabricante é o Decagon 4TE,

que é de 2,5 min para algumas amostras. Utilizando a amplitude A1, o sensor SAW

apresentou a média de menos do que 1 minuto, facilitando o uso dessa medida por

indústrias e laboratórios.

Como esse trabalho apresenta os resultados de um teste inicial de

viabilidade do sensor SAW, melhorando os processos de fabricação é possível

R² = 0,9771

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Aw

SA

W (

amp

litu

de

s A

1+A

2)

Aw SAW (amplitude A1)

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74

aumentar a precisão, atingindo os valores dos equipamentos comerciais disponíveis

no mercado. Assim, o primeiro processo A1 poderá ser utilizado como parâmetro

para determinação da Aw do produto em tempo muito menor do que os

equipamentos disponíveis no mercado.

5.6 Teste de repetitividade de medidas Para o teste de repetitividade (item 4.9), 3 amostras padrão (cloreto de

magnésio, cloreto de sódio e água) foram testadas durante 9 semanas no sensor

SAW. As curvas foram tratadas utilizando o modelo 3 e os valores de amplitude de

saturação (A1 + A2) foram extraídos.

A média dos valores de amplitude de saturação (A1 + A2) estão

demonstrados na Figura 30. Todas as curvas experimentais, a aproximação pelo

modelo e os dados extraídos estão descritos no Anexo 9.3. Foi possível observar

que as medidas feitas em até 3 semanas apresentam pouca dispersão. A análise da

figura mostra que existe um deslocamento lento das medidas com o passar do

tempo. Este deslocamento pode ser atribuído às condições de síntese e deposição

do filme sensível de GO. No presente trabalho, para evitar o efeito desse

deslocamento, calibrações periódicas foram feitas semanalmente utilizando 3

soluções salinas supersaturadas (cloreto de magnésio, cloreto de sódio e água), e

as medidas de alimentos foi feita quando o valor de amplitude de saturação dessas

soluções foi muito próximo aos valores da curva de calibração. A análise da

literatura (BI et al., 2013), comprova que melhorando as condições da síntese de GO

e a estabilidade dos filmes, a estabilidade dos resultados das medidas pode ser

melhorada drasticamente.

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75

Figura 31 – Resultado do teste de repetitividade das amostras

Os valores mostrados na Figura 31 foram usados para calcular a média dos

valores de medida de cada padrão. Os resultados desse processo e os desvios

padrão correspondentes estão demonstrados na Figura 32.

Figura 32 - Média e desvio padrão das amplitudes das amostra-padrão testadas

durante o teste de repetitividade

O desvio padrão das amostras indicou que durante 9 semanas o sensor

apresentou uma variação de valores de 25% para cloreto de magnésio, 16,4% para

0

10

20

30

40

50

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Am

plit

ud

e d

e s

atu

raçã

o A

1+A

2 (

KH

z)

Atividade de água

Semana 1

Semana 3

Semana 4

Semana 6

Semana 7

Semana 8

Semana 9

0

10

20

30

40

50

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Am

plit

ud

e d

e s

atu

raçã

o A

1+A

2 (

KH

z)

Atividade de água

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cloreto de sódio e 5,2% para água. Como a Aw do cloreto de magnésio e sua

amplitude de saturação são pequenos, a variação de 25% corresponde a 560Hz.

Para as amostras de cloreto de sódio e água, o desvio padrão das medidas durante

as 9 semanas foi de 2,37KHz e 2,23 KHz.

Para o uso comercial do sensor SAW, o processo de fabricação deve ser

ajustado a fim de aumentar o tempo em que o sensor apresenta resultados

repetitivos, diminuindo a necessidade de calibração frequente.

5.7 Teste dinâmico de Atividade de água

Assim como descrito no item 4.10 da metodologia, o teste dinâmico foi

feito utilizando amostras de pão de queijo. Três amostras de pão de queijo foram

pesadas, testadas (em triplicata) no sensor de SAW (tempo 0) e expostas ao

ambiente por 15 horas para perder parte do seu conteúdo de água. A perda de peso

foi de 14% em média para cada amostra. Em seguida foi feita a adição de água

(com micropipeta) até que a amostra voltasse ao peso inicial (umidade da amostra

foi reestabelecida). As amostras foram colocadas em recipiente hermético e testadas

com o sensor SAW após esperar por 4 horas (tempo 4 horas) e 24 horas (tempo 24

horas).

Os valores dos parâmetros extraídos das curvas das amostras estão

descritos na Tabela 11. Todas as curvas experimentais, a aproximação pelo modelo

e os dados extraídos estão descritos no Anexo 9.4.

Como se observa na Tabela 11, os valores de amplitude de saturação

não apresentaram um padrão de comportamento em que fosse possível perceber

que o alimento foi submetido aos processos de secagem e adição de água. Ao

contrário do comportamento dos valores de amplitude, os valores de α mostraram

aumento da velocidade de liberação de água pelas amostras em todos os casos.

Os parâmetros α1 e α2 apresentaram o mesmo comportamento, mas para

avaliar as diferenças entre as amostras, o parâmetro α1 é suficiente, por isso ele foi

utilizado já que o tempo de medida do primeiro processo é mais rápido.

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Tabela 11 - Parâmetros das curvas das 3 amostras de pão de queijo extraídos através de ajuste com o modelo 3 para teste dinâmico

a = amostra Os valores de α1 mostraram que após a adição de água (4 e 24 horas) a

velocidade de liberação de água aumentou para todos os casos (Figura 33). Isso

acontece porque quando moléculas de água livre estão presentes em um alimento,

elas são ligadas às outras moléculas que estão presentes no alimento como, por

exemplo, as moléculas de sais e açúcares, (BARBOSA-CÁNOVAS et al., 2007).

Quando pelo processo de secagem essa água livre é eliminada e posteriormente é

feita a adição de água no produto, as moléculas de água adicionadas podem não se

ligar aos componentes do alimento da mesma maneira que moléculas que o produto

perdeu no processo de secagem. Como as ligações de novas moléculas de água

podem ser mais fracas, as amostras com água adicionada apresentam uma

velocidade de liberação maior.

Ao contrario dos equipamentos comerciais de atividade de água que

permitem avaliar apenas o conteúdo de água livre da amostra, o algoritmo de

tratamento de resposta desenvolvido neste trabalho, além de avaliar o valor de Aw,

permite a avaliação de velocidade de dessorção de moléculas de água da amostra

usando somente α1. Este método de avaliação de velocidade em condições de

mercado ou produção pode proporcionar um novo meio de controle de qualidade de

processos e estocagem de produtos.

a Tempo

(horas)

Amplitude A1

(KHz)

Amplitude A2

(KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 - 23,08 ± 0,97 14,26 ± 0,36 61,37 ± 4,41 5,40 ± 1,10 48,8 ± 3,5 565,8 ± 113,9

4 22,91 ± 1,05 14,38 ± 1,00 63,67 ± 1,33 6,33 ± 1,68 46,97 ± 1,0 495,8 ± 151,9

24 22,69 ± 1,13 17,64 ± 0,99 70,20 ± 3,32 7,23 ± 0,93 42,7 ± 1,9 415,3 ± 49,7

2 - 24,10 ± 0,44 15,01 ± 0,28 63,27 ± 2,50 5,13 ± 0,45 47,3 ± 1,8 581,3 ± 53,5

4 23,64 ± 0,94 15,72 ± 0,81 69,27 ± 10,70 5,40 ± 1,39 43,8 ± 6,6 571,4 ± 127,7

24 24,30 ± 1,83 17,15 ± 0,81 85,37 ± 7,99 8,20 ± 0,79 35,2 ± 3,1 365,2 ± 36,5

3 - 21,36 ± 2,37 15,75 ± 0,84 65,27 ± 52,77 7,23 ± 0,91 34,4 ± 5,4 423,1 ± 69,6

4 24,23 ± 0,33 16,02 ± 0,62 87,13 ± 7,31 7,63 ± 0,29 34,5 ± 3,0 390,7 ± 15,0

24 22,49 ± 0,69 17,35 ± 0,42 97,17 ± 18,60 8,93 ± 1,11 31,5 ± 5,8 336,8 ± 39,8

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78

Figura 33 - Velocidade α1 das 3 amostras de pão de queijo sem passar por nenhum

processo (tempo 0), e após serem submetidas ao processo de secagem e adição de

água (4 e 24 horas)

5.8 Competitividade de mercado do sensor de SAW

O preço de fabricação do sensor de SAW é em torno de US$7.5 para a

parte eletrônica, US$1,25 para a deposição do filme, US$5 para a caixa do sensor,

totalizando US$13,75. Os equipamentos utilizados para o processamento de

medidas pode ser feito utilizando um contador de frequência baixo cujo custo é em

torno de US$20 e a visualização dos resultados pode ser feita utilizando um celular

ou computador comum.

Esse valor é muito menor do que o valor de todos os equipamentos

comerciais existentes hoje no mercado (Tabela 3). O equipamento comercial de

menor preço do mercado custa US$1995.00 que é aproximadamente 150 vezes

mais que o custo de fabricação do sensor de SAW. Os sensores utilizados nesse

trabalho como referência para medidas de SAW, o Decagon 3TE e 4TE custam

US$8000 e US$10834 respectivamente.

50

60

70

80

90

100

0 1 2 3

α1

x 1

(1/s

egu

nd

o)

amostras

tempo 0

4 horas

24 horas

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6 Conclusões

O teste de viabilidade do uso do sensor SAW mostrou que esse sensor pode ser

utilizado para medir a Aw de diferentes tipos de alimentos com exceção de 4

amostras (refrigerante diet, leite integral, maçã e presunto) que apresentaram

valores de amplitude maiores do que a amplitude da água.

O modelo para o tratamento de dados experimentais deste trabalho que

descreve 2 processos (modelo 3), apresentou-se adequado para a extração de

parâmetros das curvas cinéticas geradas pelo sensor SAW. Os dois processos

seguem o comportamento de adsorção de moléculas de água pelo filme de GO,

comprovando experimentalmente o que foi descrito na literatura.

A sensibilidade do filme de GO aumentou com o aumento de deposições e foi

suficiente para medir os valores de atividade de água de alimentos em menos de

1 minuto.

A medida pelo sensor de SAW é muito rápida para alimentos de baixa Aw,

diferenciando-o dos equipamentos comerciais e facilitando o uso para essas

amostras.

O método de uso de sensor de SAW desenvolvido nesse trabalho permite, além

de medir o valor de Aw, a extração do parâmetro de liberação de água pela

amostra (α1).

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80

7 Sugestão para trabalhos futuros

Para melhorar a precisão, repetitividade e qualidade das medidas de Aw

do sensor de SAW, os próximos trabalhos devem:

estudar as condições da síntese de GO e da estabilidade dos filmes;

estudar as condições de fabricação do sensor e da deposição do filme que

aumentem a estabilidade do sensor em relação ao tempo de vida;

avaliar as condições de fabricação do sensor e da deposição do filme que

aumentem a precisão das medidas de alimentos, especialmente utilizando o

parâmetro A1;

estudar os parâmetros que aumentem a precisão do sensor e se pode atingir a

precisão dos sensores mais utilizados pela indústria;

estudar o parâmetro α mais detalhadamente, e sugerir uma aplicação da medida

de velocidade para a indústria de alimentos;

reduzir o tamanho físico do sensor com alimentação através de pilhas,

viabilizando seu uso como sensor portátil.

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9 Anexos 9.1 Curvas experimentais das soluções padrão do sensor de SAW com 10 camadas de Óxido de grafeno 9.1.1 Cloreto de Zinco

Figura 34 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Zinco.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. Tabela 12 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Zinco através de ajuste

com o modelo 3

n Amplitude A1

(KHz)

Amplitude A2

(KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 0,42 0,154 17630 3,5 0,16 834,2

2 0,31 0,085 22000 2,3 0,13 878,4

3 0,32 0,066 22000 8,3 0,13 359,7

468,8

468,9

469,0

469,1

469,2

469,3

469,4

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

469,0

469,1

469,2

469,3

469,4

469,5

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a (K

Hz)

Tempo (segundos)

2

469,0

469,1

469,2

469,3

469,4

469,5

469,6

469,7

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a (K

Hz)

Tempo (segundos)

3

S= 9,0e+8 Hz z

S= 5,0 e+10 Hz

S= 5,0 e+10 Hz

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87

9.1.2 Acetato de Potássio

Figura 35 - Curvas de adsorção de água das amostras de Acetato de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 13 - Parâmetros extraídos das curvas de Acetato de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude A1

(KHz)

Amplitude A2

(KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,02 0,11 568,1 11,0 5,27 270,5

2 0,93 0,14 361,8 12,3 8,27 243,3

3 0,81 0,12 1891,7 13,3 1,58 224,9

468

469

469

469

469

469

470

470

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

468

469

469

469

469

469

470

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

469

469

469

469

469

470

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3 S= 35,0 Hz

S= 62,1 Hz S= 50,5 Hz

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88

9.1.3 Fluoreto de Potássio

Figura 36 - Curvas de adsorção de água das amostras de Fluoreto de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 14 - Parâmetros extraídos das curvas de Fluoreto de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,56 0,45 668,6 12,4 4,5 240,9

2 1,41 0,44 311,5 8,1 9,6 367,4

3 1,43 0,40 13680,0 8,0 0,21 372,3

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

466

467

468

469

470

0 500 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 101,0 Hz

S= 95,7 Hz

S= 120,8 Hz

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89

9.1.4 Cloreto de Magnésio

Figura 37 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 15 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,64 0,71 664,6 21,8 4,50 136,9

2 1,73 0,66 512,1 17,8 5,84 168,3

3 1,76 0,67 393,1 8,3 7,61 359,4

466

466

467

467

468

468

469

469

0 500 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

466

466,5

467

467,5

468

468,5

469

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

466,0

466,5

467,0

467,5

468,0

468,5

469,0

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 84,6 Hz

S= 108,0 Hz

S= 125,9 Hz

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90

9.1.5 Carbonato de Potássio

Figura 38 - Curvas de adsorção de água das amostras de Carbonato de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 16 - Parâmetros extraídos das curvas de Carbonato de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 2,89 0,98 282,3 8,0 10,6 373,8

2 2,87 0,92 299,3 8,8 10,0 338,5

3 3,07 0,78 137,6 6,7 21,7 446,3

465

466

467

468

469

470

0 500 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a tempo (segundos)

2

465

466

467

468

469

470

0 500 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 166,6 Hz

S= 178,5 Hz S= 154,4 Hz

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91

9.1.6 Nitrato de Magnésio

Figura 39 - Curvas de adsorção de água das amostras de Nitrato de Magnésio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 17 - Parâmetros extraídos das curvas de Nitrato de Magnésio através de

ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,07 1,98 64,5 6,7 18,2 444,4

2 3,82 1,81 222,9 13,0 13,4 230,0

3 3,93 1,54 165,4 9,3 18,1 321,9

462

463

464

465

466

467

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470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 500 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 136,3 Hz

S= 200,4 Hz

S= 220,2 Hz

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92

9.1.7 Iodeto de Potássio

Figura 40 - Curvas de adsorção de água das amostras de Iodeto de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 18 - Parâmetros extraídos das curvas de Iodeto de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 8,55 3,63 91,0 8,7 32,9 343,2

2 8,15 3,85 160,8 9,5 18,6 314,8

3 8,11 2,81 87,8 6,1 34,1 488,2

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 500 1000 1500

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 500 1000 1500

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 336,8 Hz

S= 430,1 Hz

S= 536,6 Hz

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93

9.1.8 Cloreto de sódio

Figura 41 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. Tabela 19 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio através de ajuste

com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 11,80 6,79 94,3 6,6 31,7 451,6

2 11,46 5,91 81,8 6,3 36,6 471,0

3 11,24 6,04 83,2 6,1 35,9 488,7

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

448

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 379,2Hz

S= 307,4 Hz

S= 346,8Hz

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94

9.1.9 Cloreto de Potássio

Figura 42- Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 20 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 15,01 10,84 76,4 7,0 39,1 423,9

2 14,75 10,63 82,5 6,9 36,3 432,9

3 16,63 8,95 52,2 5,5 57,3 536,3

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 394,3 Hz

S= 389,7 Hz S= 267,4 Hz

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95

9.1.10 Nitrato de Potássio

Figura 43 - Curvas de adsorção de água das amostras de Nitrato de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 21 - Parâmetros extraídos das curvas de Nitrato de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 24,85 12,60 47,5 6,2 62,9 478,3

2 23,55 12,82 50,1 6,2 59,7 480,7

3 24,18 12,16 43,7 4,9 68,4 607,3

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

ΔFr

eq

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 308,1 Hz

S= 464,4 Hz

S= 549,5 Hz

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96

9.1.11 Sulfato de Potássio

Figura 44 - Curvas de adsorção de água das amostras de Sulfato de Potássio.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 22 - Parâmetros extraídos das curvas de Sulfato de Potássio através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 25,66 14,36 51,8 6,3 57,8 469,7

2 24,74 14,24 52,5 6,1 56,9 489,2

3 23,60 15,19 63,3 6,7 47,2 444,8

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 337,9 Hz

S= 593,3 Hz

S= 924,2 Hz

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97

9.1.12 Água

Figura 45 - Curvas de adsorção de moléculas de água das amostras de água.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 23- Parâmetros extraídos das curvas de Água através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 26,41 20,53 48,1 5,0 62,1 594,4

2 25,24 19,84 57,1 5,3 52,4 560,5

3 26,07 17,84 47,5 4,7 63,0 635,2

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 562,2 Hz

S= 484,8 Hz

S= 351,7 Hz

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98

9.2 Curvas experimentais das medidas de alimentos do sensor de SAW com 10 camadas de Óxido de grafeno 9.2.1 Refrigerante diet

Figura 46 - Curvas de adsorção de água das amostras de Refrigerante diet.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 24 - Parâmetros extraídos das curvas de refrigerante diet através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 26,59 24,35 49,3 9,6 60,7 310,9

2 31,71 19,68 36,8 4,5 81,3 654,8

3 28,02 21,24 50,4 6,9 59,3 429,0

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 762,1 Hz S= 745,2 Hz

S= 495,0 Hz

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99

9.2.2 Leite integral

Figura 47 - Curvas de adsorção de água das amostras de Leite integral. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica. Tabela 25 - Parâmetros extraídos das curvas de Leite integral através de ajuste com

o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 28,04 21,32 45,9 6,6 65,1 448,9

2 27,01 21,52 48,4 6,3 61,8 468,2

3 25,44 23,41 57,7 6,2 51,8 480,9

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 945,7 Hz S= 763,9 Hz

S= 592,0 Hz

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100

9.2.3 Iogurte integral

Figura 48 - Curvas de adsorção de água das amostras de Iogurte integral. Vermelho

– curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 26 - Parâmetros extraídos das curvas de Iogurte integral através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 24,55 18,71 60,7 6,4 49,2 468,4

2 25,60 17,73 50,7 5,7 59,0 521,3

3 24,89 18,39 54,2 5,9 55,2 501,0

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 491,2 Hz

S= 400,9 Hz

S= 283,0 Hz

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101

9.2.4 Suco concentrado de caju

Figura 49- Curvas de adsorção de água das amostras de Suco concentrado de caju.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. Tabela 27 - Parâmetros extraídos das curvas de Suco concentrado de caju através

de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 25,78 17,87 51,1 5,5 58,6 540,5

2 25,44 17,87 54,0 5,3 55,4 561,3

3 24,24 18,30 54,7 5,8 54,7 513,1

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 440,9 Hz

S= 281,8 Hz S= 399,9 Hz

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102

9.2.5 Maçã

Figura 50- Curvas de adsorção de água das amostras de maçã. Vermelho – curva

experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 28 - Parâmetros extraídos das curvas de maçã através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 29,32 25,53 64,2 8,3 46,6 358,8

2 32,14 24,35 66,1 8,2 45,2 362,3

3 30,95 25,31 78,9 8,6 37,9 344,5

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundo)

1

400

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundo)

2

400

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 470,4 Hz

S= 926,8 Hz

S= 692,5 Hz

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103

9.2.6 Presunto

Figura 51 - Curvas de adsorção de água das amostras de presunto. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 29 - Parâmetros extraídos das curvas de presunto através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 27,14 27,06 64,8 7,9 46,2 376,7

2 27,69 27,24 68,9 8,2 43,4 364,7

3 31,33 25,49 83,0 8,7 36,0 342,4

410

420

430

440

450

460

470

480

0 500 1000 1500 2000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

400

410

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 904,3 Hz

S= 517,4 Hz

S= 963,7 Hz

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104

9.2.7 Margarina

Figura 52- Curvas de adsorção de água das amostras de margarina. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica. Tabela 30- Parâmetros extraídos das curvas de margarina através de ajuste com o

modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 21,83 17,28 42,9 5,9 69,8 502,9

2 21,31 17,05 42,0 5,7 71,3 522,0

3 21,29 15,62 36,8 5,0 81,3 593,9

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 278,7 Hz S= 255,9 Hz

S= 107,1 Hz

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105

9.2.8 Pão francês integral

Figura 53- Curvas de adsorção de água das amostras de pão francês integral.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 31- Parâmetros extraídos das curvas de pão francês integral através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 20,10 20,90 82,0 10,7 36,4 277,7

2 22,53 19,03 63,5 9,7 47,1 307,1

3 21,56 19,95 58,8 9,5 43,5 314,6

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 724,4 Hz S= 766,4 Hz

S= 704,0 Hz

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106

9.2.9 Queijo parmesão

Figura 54 - Curvas de adsorção de água das amostras de queijo parmesão.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. Tabela 32 - Parâmetros extraídos das curvas de queijo parmesão através de ajuste

com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 20,81 15,55 56,7 6,9 52,8 432,4

2 21,23 16,63 57,8 7,7 51,8 388,9

3 14,66 26,23 76,7 14,7 39,0 389,0

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 451,7 Hz

S= 428,6 Hz

S= 473,7 Hz

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107

9.2.10 Leite condensado

Figura 55 - Curvas de adsorção de água das amostras de leite condensado.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 33 - Parâmetros extraídos das curvas de leite condensado através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 15,62 12,60 64,5 13,9 46,3 214,5

2 16,23 11,78 64,4 14,3 46,4 209,0

3 12,90 11,59 79,6 8,9 37,6 333,1

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 364,2 Hz S= 208,0 Hz

S= 406,9 Hz

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108

9.2.11 Geleia de morango

Figura 56 - Curvas de adsorção de água das amostras de geleia de morango.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 34 - Parâmetros extraídos das curvas de geleia de morango através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 15,88 6,33 80,9 7,9 37,0 378,9

2 12,09 5,85 84,0 6,1 35,6 486,6

3 9,98 6,82 13,5 12,0 22,0 248,8

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

448

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 100 200 300 400 500

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 479,2 Hz

S= 256,2 Hz

S= 292,8 Hz

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109

9.2.12 Shimeji seco

Figura 57 - Curvas de adsorção de água das amostras de shimeji seco. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 35 - Parâmetros extraídos das curvas de shimeji seco através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 6,08 3,94 204,5 17,6 14,64 169,7

2 6,38 3,42 164,1 13,8 18,25 216,5

3 7,41 2,56 101,5 6,0 29,48 499,1

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 310,4 Hz

S= 140,4 Hz

S= 144,0 Hz

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110

9.2.13 Orégano

Figura 58 - Curvas de adsorção de água das amostras de orégano. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 36 - Parâmetros extraídos das curvas de orégano através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 6,78 3,60 96,4 12,1 31,0 247,2

2 6,49 4,07 141,9 12,8 21,1 215,8

3 6,64 3,86 176,2 13,4 16,9 222,6

452

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

452

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 134,3Hz

S= 132,5 Hz S= 102,4 Hz

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111

9.2.14 Farinha de trigo

Figura 59 - Curvas de adsorção de água das amostras de farinha de trigo. Vermelho

– curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 37 - Parâmetros extraídos das curvas de farinha de trigo através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,42 4,79 140,3 36,7 21,3 81,4

2 5,07 4,10 225,1 32,5 13,3 92,0

3 4,53 4,21 244,1 34,1 12,2 87,7

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 350,9 Hz

S= 197,9 Hz

S= 213,1 Hz

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112

9.2.15 Macarrão seco

Tabela 38 - Parâmetros extraídos das curvas de macarrão seco através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 5,31 2,81 258,9 12,9 11,5 230,6

2 5,10 3,13 186,8 15,1 16,0 197,4

3 5,31 3,02 196,9 19,7 15,2 151,5

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

471

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

Figura 60 - Curvas de adsorção de água das amostras de macarrão seco. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica.

S= 234,0 Hz

S= 170,9 Hz S= 246,5 Hz

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113

9.2.16 Grão de milho

Figura 61 - Curvas de adsorção de água das amostras de grão de milho. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 39 - Parâmetros extraídos das curvas de grão de milho através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,57 4,70 272,9 18,6 10,9 162,6

2 4,20 5,16 419,2 20,1 7,14 160,6

3 4,34 4,00 270,4 15,0 11,0 148,7

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 161,6 Hz

S= 291,1 Hz S= 262,4 Hz

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114

9.2.17 Açúcar refinado

Figura 62 - Curvas de adsorção de água das amostras de açúcar. Vermelho – curva

experimental. Azul - curva teórica.

Tabela 40 - Parâmetros extraídos das curvas de açúcar através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 6,78 2,91 177,2 11,6 16,9 256,2

2 6,77 2,96 195,0 12,9 13,3 230,5

3 6,95 2,88 190,4 13,5 15,7 220,4

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 100,6 Hz

S= 138,1 Hz S= 165,5 Hz

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115

9.2.18 Fubá

Figura 63- Curvas de adsorção de água das amostras de fubá. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e

experimentais.

Tabela 41 - Parâmetros extraídos das curvas de fubá através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,32 3,59 310,1 29,0 9,6 103,2

2 4,03 3,68 268,5 29,4 11,1 101,7

3 4,91 3,11 200,3 25,0 14,9 119,4

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

460

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 267,7 Hz

S= 315,8 Hz S= 235,9 Hz

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116

9.2.19 Grão de trigo

Figura 64- Curvas de adsorção de água das amostras de grão de trigo. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos

e experimentais.

Tabela 42 - Parâmetros extraídos das curvas de grão de trigo através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,55 2,09 210,0 11,1 14,2 268,5

2 4,60 1,91 173,5 8,3 17,2 357,3

3 4,53 1,96 179,3 8,1 16,7 366,4

461

462

463

464

465

466

467

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

461

462

463

464

465

466

467

468

469

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

461

462

463

464

465

466

467

468

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 147,2 Hz S= 125,4 Hz

S= 249,7 Hz

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117

9.2.20 Chocolate ao leite

Figura 65 - Curva de adsorção de água das amostras de chocolate ao leite.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 43- Parâmetros extraídos das curvas de chocolate ao leite através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,48 2,82 251,4 9,1 11,9 325,7

2 4,69 2,50 218,2 10,6 13,7 282,0

3 5,19 2,11 223,6 7,8 13,3 380,4

457

458

459

460

461

462

463

464

465

466

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

456

457

458

459

460

461

462

463

464

465

466

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

456

457

458

459

460

461

462

463

464

465

466

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 66,4 Hz S= 105,6 Hz

S= 105,1 Hz

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118

9.2.21 Grão de arroz

Figura 66 - Curvas de adsorção de água das amostras de grão de arroz. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos

e experimentais.

Tabela 44 - Parâmetros extraídos das curvas de grão de arroz através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 4,69 2,55 292,6 13,2 10,2 226,9

2 4,91 2,33 189,9 9,8 5,7 304,3

3 4,80 2,30 211,4 9,8 14,1 304,2

458

459

460

461

462

463

464

465

466

467

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

458

459

460

461

462

463

464

465

466

467

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

458

459

460

461

462

463

464

465

466

467

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 103,0 Hz

S= 79,0 Hz

S= 78,0 Hz

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119

9.2.22 Uva passa

Figura 67 - Curvas de adsorção de água das amostras de uva passa. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 45 - Parâmetros extraídos das curvas de uva passa através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 3,69 2,13 239,2 17,8 12,5 168,0

2 2,88 2,64 568,2 20,4 5,2 146,2

3 2,71 2,04 378,7 15,2 7,9 196,3

461

462

463

464

465

466

467

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

462

463

464

465

466

467

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

462

463

464

465

466

467

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 156,9 Hz S= 165,5 Hz

S= 148,9 Hz

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120

9.2.23 Café torrado e moído

Figura 68 - Curva de adsorção de água das amostras de café torrado e moído. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos

pontos teóricos e experimentais.

Tabela 46 - Parâmetros extraídos das curvas de café torrado e moído através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 3,41 1,22 338,9 19,0 8,8 157,1

2 3,46 1,20 304,3 17,6 8,8 169,9

3 3,49 1,19 432,1 14,8 6,9 201,8

459

460

461

462

463

464

465

466

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

459

460

461

462

463

464

465

466

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

459

460

461

462

463

464

465

466

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 48,0 Hz S= 68,7 Hz

S= 103,4 Hz

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121

9.2.24 Torrada multigrãos

Figura 69 - Curvas de adsorção de água das amostras de torrada multigrãos.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 47 - Parâmetros extraídos das curvas de torrada multigrãos através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,97 0,89 763,7 9,1 3,92 326,5

2 2,01 0,91 432,9 10,3 6,93 289,0

3 2,01 0,85 535,2 11,9 5,59 250,4

466

466

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

466

466

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

466

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 112,4 Hz

S= 95,5 Hz

S= 82,7 Hz

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122

9.2.25 Café solúvel

Figura 70 - Curvas de adsorção de água das amostras de café solúvel. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos

e experimentais.

Tabela 48 - Parâmetros extraídos das curvas de café solúvel através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 2,65 0,89 296,0 27,7 10,11 107,7

2 2,67 0,79 260,5 26,5 11,49 112,8

3 2,31 1,07 342,0 37,99 8,75 78,8

465

465

466

466

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

464

465

465

466

466

467

467

468

468

469

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

465

465

466

466

467

467

468

468

469

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 116,6 Hz S= 139,8 Hz

S= 108,0 Hz

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123

9.2.26 Biscoito cream cracker

Figura 71 - Curvas de adsorção de água das amostras de biscoito cream cracker. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos

pontos teóricos e experimentais.

Tabela 49 - Parâmetros extraídos das curvas de biscoito cream cracker através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 2,52 0,66 1009,5 6,3 2,96 471,8

2 2,21 0,75 632,6 10,6 4,73 282,0

3 2,24 0,68 1716,3 10,8 1,74 276,7

466

466

467

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

466

466

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

466

466

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 125,4 Hz

S= 109,8 Hz

S= 79,9 Hz

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124

9.2.27 Cereal matinal

Figura 72 - Curvas de adsorção de água das amostras de cereal matinal. Vermelho

– curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 50 - Parâmetros extraídos das curvas de cereal matinal através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,44 0,59 512,9 11,5 5,8 259,7

2 1,81 0,53 319,7 9,2 9,3 322,4

3 1,67 0,64 468,1 9,5 6,3 314,6

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

467

468

468

469

469

470

470

471

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 48,4 Hz S= 93,3 Hz

S= 65,2 Hz

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125

9.2.28 Maçã desidratada

Figura 73 - Curvas de adsorção de água das amostras de maçã desidratada.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 51 - Parâmetros extraídos das curvas de maçã desidratada através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,08 0,10 1427,0 8,4 2,1 356,0

2 1,08 0,13 849,1 7,7 3,5 388,3

3 1,41 0,57 432,5 38,2 6,9 872,3

468

468

468

468

468

469

469

469

469

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

468

468

468

468

468

469

469

469

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

467

467

468

468

469

469

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 170,6 Hz

S= 54,4 Hz

S= 89,5 Hz

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126

9.2.29 Bolacha recheada

Figura 74 - Curvas de adsorção de água das amostras de bolacha recheada.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 52 - Parâmetros extraídos das curvas de bolacha recheada através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 0,82 0,14 697,8 4,2 4,29 698,1

2 0,80 0,11 968,0 7,8 3,09 384,0

3 0,81 0,09 413,3 6,0 7,24 493,4

469

469

469

469

469

470

470

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

469

469

469

469

469

470

470

470

0 200 400 600 800Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

469

469

469

469

469

470

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 44,4 Hz

S= 44,4 Hz

S= 65,7 Hz

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127

9.2.30 Leite em pó

Figura 75 - Curvas de adsorção de água das amostras de leite em pó. Vermelho –

curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 53 - Parâmetros extraídos das curvas de leite em pó através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,14 0,13 1174,4 13,6 2,5 219,2

2 1,11 0,17 605,7 11,2 4,9 265,6

3 1,09 0,22 373,1 8,7 8,0 341,2

468

468

468

468

469

469

469

469

469

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

468

468

468

468

468

469

469

469

469

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

468

468

468

468

468

469

469

469

469

469

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 120,1 Hz

S= 50,0 Hz

S= 34,5 Hz

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128

9.2.31 Biscoito de polvilho

Figura 76 - Curvas de adsorção de água das amostras de biscoito de polvilho.

Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 54 - Parâmetros extraídos das curvas de biscoito de polvilho através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,21 0,009 807,5 14,6 3,7 204,5

2 1,17 0,057 2732,7 11,6 1,1 258,0

3 1,20 0,030 1056,2 44,5 2,7 67,2

468

468

468

468

469

469

469

469

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

468

468

468

468

469

469

469

469

469

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

468

468

468

468

468

469

469

469

469

469

0 200 400 600 800 1000 1200

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 70,4 Hz

S= 110,5 Hz

S= 792,2 Hz

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129

9.2.32 Batata chips

Figura 77 - Curvas de adsorção de água das amostras de batata chips. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos

e experimentais.

Tabela 55 - Parâmetros extraídos das curvas de batata chips através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 0,31 0,03 827,4 6,2 3,6 477,9

2 1,26 0,93 236,1 185,3 12,6 16,1

3 2,16 1,72 389,7 327,9 7,6 9,1

469

469

469

469

470

470

470

470

470

470

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

469

469

469

469

470

470

470

470

470

470

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

469

469

469

470

470

470

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 19,8 Hz

S= 20,2 Hz

S= 12,7 Hz

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130

9.3 Curvas experimentais do teste de repetitividade do sensor de SAW com 10 camadas de Óxido de grafeno

9.3.1 Semana 1

9.3.1.1 Cloreto de Magnésio

Figura 78 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para

o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 56 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 3,02 0,58 720,1 8,6 4,15 348,0

2 2,61 0,68 1653,1 11,9 1,81 250,7

3 2,47 0,58 644,8 7,9 4,64 376,1

463

464

464

465

465

466

466

467

467

468

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

463

464

464

465

465

466

466

467

467

468

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

ΔFr

eq

nci

a

tempo (segundos)

2

463

464

464

465

465

466

466

467

467

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 135,6 Hz S= 20,0 Hz

S= 38,5 Hz

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131

9.3.1.2 Cloreto de Sódio

Figura 79 – Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o

teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 57 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 8,96 6,97 58,0 7,0 51,5 424,3

2 10,3 5,70 49,6 5,1 60,3 579,4

3 8,44 6,96 70,6 6,4 42,4 467,3

446

448

450

452

454

456

458

460

462

464

466

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

446

448

450

452

454

456

458

460

462

464

466

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

448

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 191,1 Hz

S= 203,9 Hz

S= 234,6 Hz

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132

9.3.1.3 Água

Figura 80 - Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 58 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 25,13 20,28 41,7 4,5 71,7 651,5

2 25,01 19,73 53,3 5,8 56,1 509,8

3 26,54 17,78 41,1 4,8 72,7 612,8

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

415

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 237,3 Hz S= 396,8 Hz

S= 573,1 Hz

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133

9.3.2 Semana 3

9.3.2.1 Cloreto de Magnésio

Figura 81 - Curva de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para o

teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 59 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,64 0,71 664,6 21,8 4,5 136,9

2 1,73 0,66 512,1 17,8 5,8 168,3

3 1,76 0,67 393,1 8,3 7,6 359,4

466

466

467

467

468

468

469

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

466

467

467

468

468

469

469

0 100 200 300 400 500

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

466

467

467

468

468

469

469

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 84,6 Hz

S= 108,0 Hz

S= 125,9 Hz

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134

9.3.2.2 Cloreto de Sódio

Figura 82 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S –

valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 60 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 11,74 5,55 57,8 5,3 51,7 563,0

2 10,55 5,61 67,0 6,5 44,6 455,8

3 10,38 6,28 80,9 9,3 36,9 318,8

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000 1200

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 195,1 Hz

S= 306,2 Hz

S= 343,9 Hz

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135

9.3.2.3 Água

Figura 83 - Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 61 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 26,41 20,53 48,1 5,0 62,1 594,4

2 25,24 19,84 57,1 5,3 52,3 560,5

3 26,07 17,84 47,5 4,7 63,0 160,8

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

420

430

440

450

460

470

480

0 200 400 600 800Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 562,2 Hz

S= 484,8 Hz

S= 351,7 Hz

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136

9.3.3 Semana 4

9.3.3.1 Cloreto de Magnésio

Figura 84 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para

o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 62 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,64 0,36 616,7 12,8 4,85 234,7

2 1,53 0,30 1311,5 8,4 2,28 356,2

3 1,62 0,50 548,3 9,4 54,6 317,6

466

466

467

467

468

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

466

467

467

468

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

466

466

467

467

468

468

469

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S=90,4 Hz

S=72,1 Hz

S= 71,2 Hz

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137

9.3.3.2 Cloreto de Sódio

Figura 85 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S –

valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 63 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 11,80 6,79 94,3 6,6 31,7 451,6

2 11,46 5,91 81,8 6,3 36,6 471,0

3 11,24 6,04 83,2 6,1 35,9 488,7

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

448

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

450

452

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 379,2 Hz

S= 307,4 Hz

S= 346,8 Hz

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138

9.3.3.3 Água

Figura 86 - Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 64 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 25,75 15,99 51,4 6,9 58,2 428,8

2 25,79 16,17 51,2 7,4 58,4 400,8

3 22,03 19,00 65,9 9,0 45,4 330,8

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 256,0 Hz

S= 550,4 Hz

S= 576,0 Hz

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139

9.3.4 Semana 6

9.3.4.1 Cloreto de Magnésio

Figura 87 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para

o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 65 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,06 0,44 631,4 8,1 4,7 366,5

2 1,04 0,45 661,2 8,5 4,5 350,6

3 1,03 0,43 386,4 7,9 7,7 374,7

468

468

468

469

469

469

469

469

470

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

468

468

468

469

469

469

469

469

470

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos

2

468

468

468

469

469

469

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3 S= 43,3 Hz

S= 56,1 Hz

S= 49,6 Hz

Page 140: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS …repositorio.unicamp.br/.../1/Braga_AnaValeriaUlhano_M.pdfUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO

140

9.3.4.2 Cloreto de Sódio

Figura 88 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S –

valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 66 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 9,70 4,62 71,6 4,5 41,7 653,1

2 10,17 4,34 88,3 3,8 33,9 784,3

3 9,10 3,94 116,0 6,5 25,8 456,6

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 223,6 Hz

S= 328,8 Hz

S= 259,5 Hz

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141

9.3.4.3 Água

Figura 89 – Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 67 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 24,35 15,77 52,9 5,4 56,5 552,7

2 23,90 16,60 79,7 5,7 60,1 516,6

3 23,13 16,79 52,5 7,0 56,9 424,7

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 425,8 Hz S= 596,6 Hz

S= 782,2 Hz

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142

9.3.5 Semana 7

9.3.5.1 Cloreto de Magnésio

Figura 90 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para

o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 68 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,58 0,52 173,5 9,0 17,2 330,5

2 1,47 0,52 304,1 9,4 9,8 316,4

3 1,46 0,48 182,5 7,5 16,4 397,9

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3 S= 60,3 Hz

S= 73,0 Hz S= 493,5 Hz

Page 143: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS …repositorio.unicamp.br/.../1/Braga_AnaValeriaUlhano_M.pdfUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO

143

9.3.5.2 Cloreto de Sódio

Figura 91 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S –

valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 69 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 7,46 4,60 110,9 9,2 26,9 323,5

2 8,52 3,20 656,0 6,7 45,6 446,2

3 9,18 0 393,6 6,1 43,1 487,9

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 308,0 Hz S= 257,7 Hz

S= 232,5 Hz

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144

9.3.5.3 Água

Figura 92 - Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 70 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 24,17 17,39 50,2 4,1 59,5 722,2

2 25,77 14,39 45,0 4,6 66,4 647,8

3 23,38 15,45 55,1 6,3 54,2 471,5

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 690,1 Hz

S= 1308 Hz S= 803,3 Hz

Page 145: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS …repositorio.unicamp.br/.../1/Braga_AnaValeriaUlhano_M.pdfUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO

145

9.3.6 Semana 8

9.3.6.1 Cloreto de Magnésio

Figura 93 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para

o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 71 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 1,47 0,63 174,0 8,1 17,2 369,7

2 1,46 0,63 184,5 7,2 16,2 410,4

3 1,51 0,66 275,2 6,8 10,8 439,2

468

468

469

469

470

470

471

0 200 400 600 800 1000 1200

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

468

468

469

469

470

470

471

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

468

468

469

469

470

470

471

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 77,7 Hz

S= 86,8 Hz

S= 71,9 Hz

Page 146: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS …repositorio.unicamp.br/.../1/Braga_AnaValeriaUlhano_M.pdfUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO

146

9.3.6.2 Cloreto de Sódio

Figura 94 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S –

valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 72 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 9,10 4,49 79,9 3,2 37,4 908,1

2 8,78 3,43 87,2 5,9 34,3 500,3

3 8,30 3,86 86,7 5,9 34,5 506,5

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000 1200

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S=333,4 Hz

S= 482,5 Hz

S= 334,8 Hz

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147

9.3.6.3 Água

Figura 95 - Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 73 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 27,31 19,09 46,7 4,9 64,0 601,8

2 25,51 19,26 58,8 5,4 58,8 649,8

3 23,23 19,32 59,4 7,2 50,3 415,0

420

430

440

450

460

470

480

0 500 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 545,8 Hz S= 780,6 Hz

S= 706,9 Hz

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148

9.3.7 Semana 9

9.3.7.1 Cloreto de Magnésio

Figura 96 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Magnésio para

o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 74 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Magnésio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 2,03 0,54 269,4 9,9 11,1 302,3

2 1,88 0,53 203,2 6,8 14,7 438,1

3 1,71 0,54 425,3 9,0 7,0 329,5

467

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

467

468

468

469

469

470

470

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 108,4 Hz

S= 41,6Hz

S=59,6Hz

Page 149: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS …repositorio.unicamp.br/.../1/Braga_AnaValeriaUlhano_M.pdfUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO

149

9.3.7.2 Cloreto de Sódio

Figura 97 - Curvas de adsorção de água das amostras de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S –

valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 75 - Parâmetros extraídos das curvas de Cloreto de Sódio para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 9,49 3,92 77,8 4,1 38,4 719,2

2 9,57 3,67 92,8 4,9 32,2 605,5

3 9,62 3,57 80,1 4,1 37,3 728,7

454

456

458

460

462

464

466

468

470

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

454

456

458

460

462

464

466

468

470

472

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 129,1 Hz

S= 236,1 Hz

S= 175,5 Hz

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150

9.3.7.3 Água

Figura 98 - Curvas de adsorção de água das amostras de Água para o teste de repetitividade. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de

dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 76 - Parâmetros extraídos das curvas de Água para o teste de repetitividade através de ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 26,24 15,72 44,5 4,4 67,2 679,8

2 25,57 16,35 46,5 3,8 64,3 770,0

3 24,33 16,54 51,1 4,9 58,5 605,4

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 792,8 Hz

S= 513,2 Hz

S= 296,6 Hz

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151

9.4 Curvas experimentais das amostras de pão de queijo utilizadas no teste dinâmico do sensor de SAW com 10 camadas de Óxido de grafeno

9.4.1 Amostra 1

9.4.1.1 Antes do teste

Figura 99 - Curvas de adsorção de água da amostra 1 de pão de queijo antes do

teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 77 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 1 de pão de queijo antes do teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 21,98 14,63 65,9 6,5 45,4 460,2

2 23,83 14,24 57,1 4,3 52,4 686,6

3 23,43 13,92 61,1 5,4 48,7 550,7

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 380,3 Hz

S= 941,4 Hz

S= 349,5 Hz

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152

9.4.1.2 4 horas após a adição de água

Figura 100 - Curvas de adsorção de água da amostra 1 de pão de queijo 4 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 78 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 1 de pão de queijo após 4 horas da adição de água no teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 22,57 15,13 63,0 7,4 47,5 401,8

2 22,08 14,77 65,2 7,2 45,8 414,5

3 24,09 13,24 62,8 4,4 47,6 671,1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 510,4 Hz S= 331,8 Hz

S= 442,3 Hz

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153

9.4.1.3 24 horas após a adição de água

Figura 101 – Curvas de adsorção de água da amostra 1 de pão de queijo 24 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 79 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 1 de pão de queijo após 24 horas da adição de água no teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 22,98 18,00 69,2 6,8 43,2 434,9

2 23,65 16,52 67,5 6,6 44,3 452,2

3 21,45 18,41 73,9 8,3 40,5 358,7

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 726,5 Hz

S= 806,6 Hz

S= 866,3 Hz

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154

9.4.2 Amostra 2

9.4.2.1 Antes do teste

Figura 102 – Curvas de adsorção de água da amostra 2 de pão de queijo antes do

teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 80 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 2 de pão de queijo antes do teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 23,62 14,94 63,4 5,6 47,1 527,1

2 24,49 15,32 60,7 4,7 49,2 634,1

3 24,20 14,77 65,7 5,1 45,6 582,6

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 236,0 Hz

S= 253,0 Hz

S= 227,5 Hz

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155

9.4.2.2 4 horas após a adição de água

Figura 103 – Curvas de adsorção de água da amostra 2 de pão de queijo 4 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 81 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 2 de pão de queijo 4 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 23,60 16,19 80,7 7,0 37,0 424,0

2 24,59 14,78 67,6 4,6 44,3 642,1

3 22,72 16,18 59,5 4,6 50,2 648,2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 504,6 Hz S= 448,3 Hz

S= 610,2 Hz

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156

9.4.2.3 24 horas após a adição de água

Figura 104 – Curvas de adsorção de água da amostra 2 de pão de queijo 24 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 82 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 2 de pão de queijo 24 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw através do ajuste com o

modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 26,41 16,40 81,9 7,3 36,5 406,6

2 23,11 18,01 79,7 8,5 37,5 351,1

3 23,38 17,05 94,5 8,8 31,7 337,8

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

420

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 682,0 Hz

S= 569,1 Hz

S= 691,5 Hz

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157

9.4.3 Amostra 3

9.4.3.1 Antes do teste

Figura 105 - Curvas de adsorção de água da amostra 3 de pão de queijo antes do

teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 83 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 3 de pão de queijo antes do teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 22,97 16,07 90,71 7,6 33,0 389,4

2 18,63 16,39 4,6 6,2 40,3 503,1

3 22,47 14,80 100,5 7,9 29,8 376,8

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 390,2 Hz S= 373,3 Hz

S= 295,0 Hz

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158

9.4.3.2 4 horas após a adição de água

Figura 106- Curvas de adsorção de água da amostra 3 de pão de queijo 4 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 84 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 3 de pão de queijo 4 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw através do ajuste com o modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 24,07 16,23 78,7 7,8 38,0 381,2

2 24,00 16,51 91,5 7,8 32,7 382,9

3 24,61 15,33 91,2 7,3 32,8 408,0

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000Δ

Fre

qu

ên

cia

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 931,0 Hz

S= 568,8 Hz

S= 577,6 Hz

Page 159: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS …repositorio.unicamp.br/.../1/Braga_AnaValeriaUlhano_M.pdfUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia de Alimentos ANA VALÉRIA ULHANO

159

9.4.3.3 24 horas após a adição de água

Figura 107 - Curvas de adsorção de água da amostra 3 de pão de queijo 24 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw. Vermelho – curva experimental. Azul - curva teórica. S – valor de dispersão dos pontos teóricos e experimentais.

Tabela 85 - Parâmetros extraídos das curvas da amostra 3 de pão de queijo 24 horas após a adição de água no teste dinâmico de Aw através do ajuste com o

modelo 3

n Amplitude

A1 (KHz)

Amplitude

A2 (KHz)

α 1 x 10³

(1/segundo)

α 2 x 10³

(1/segundo)

95% de saturação

1º processo (seg)

95% de saturação

2º processo (seg)

1 23,24 16,97 93,0 7,9 32,1 374,8

2 21,89 17,80 81,0 8,8 36,9 340,1

3 22,35 17,27 117,5 10,1 25,4 295,5

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800 1000

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

1

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600 800

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

2

425

430

435

440

445

450

455

460

465

470

475

0 200 400 600

Δ F

req

nci

a

tempo (segundos)

3

S= 466,2 Hz

S= 576,6 Hz

S= 584,4 Hz