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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CO-REMOÇÃO DE FÓSFORO E COLIFORMES TERMOTOLERANTES DE EFLUENTES SECUNDÁRIOS USANDO MICROALGAS IMOBILIZADAS EM MATRIZ DE ALGINATO DE CÁLCIO JEANE CÂNDIDO DO NASCIMENTO CAMPINA GRANDE PB NOVEMBRO/2011

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

CO-REMOÇÃO DE FÓSFORO E COLIFORMES TERMOTOLERANTES DE

EFLUENTES SECUNDÁRIOS USANDO MICROALGAS IMOBILIZADAS EM

MATRIZ DE ALGINATO DE CÁLCIO

JEANE CÂNDIDO DO NASCIMENTO

CAMPINA GRANDE – PB

NOVEMBRO/2011

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JEANE CÂNDIDO DO NASCIMENTO

CO-REMOÇÃO DE NUTRIENTES DE ESGOTO SANITÁRIO, COM MICROALGA

CHLORELLA sp. IMOBILIZADA EM MATRIZ DE ALGINATO DE CÁLCIO

Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao

Departamento de Biolologia da Universidade

Estadual da Paraíba, em cumprimento às exigências

para obtenção da Graduação em Bacharelado e

Licenciatura plena em Ciências Biológicas.

Orientador: Dr. Valderi Duarte Leite

CAMPINA GRANDE – PB

NOVEMBRO/2011

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F ICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL – UEPB

N244c Nascimento, Jeane Cândido do.

Co-remoção de fósforo e coliformes

termotolerantes de efluentes secundários usando

microalgas imobilizadas em matriz de alginato de

cálcio [manuscrito] / Jeane Cândido do Nascimento. –

2011.

35 f.

Digitado.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Biologia) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro

de Ciências Biológicas e da Saúde, 2011.

“Orientação: Prof. Dr. Valderi Duarte Leite,

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental”.

1. Tratamento de efluente. 2. Contaminação. 3.

Microbiologia. 4. Chlorella. I. Título.

CDD 21. ed. 579

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AGRADECIMENTOS

A Deus primeiramente, pois ele é fonte de nossa existência.

Aos meus pais, José Cândido do Nascimento (in memorian), Alzira Ana do

Nascimento (in memorian).

Aos meus filhos Wladimir, Gerlane, minha irmã Maria do Socorro e minha

nora Clebiana.

O meu netinho Iarley Gabriel que é minha fonte de esperança.

Agradeço imensamente ao professor Valderi Duarte Leite que me ajudou na

realização desse trabalho.

A minha amiga e professora Célia Cavalcante que teve grande participação

nesse trabalho.

A todos da EXTRABES que, de uma forma ou de outra tiveram grandes

participações.

CAMPINA GRANDE – PB

NOVEMBRO/2011

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RESUMO

A urbanização desordenada e o crescimento populacional têm desencadeado grandes perturbações nos ambientes aquáticos, pois o homem através do lançamento de efluentes domésticos, industriais e agrícolas sem tratamento, provoca a poluição dos mananciais superficiais. Os coliformes termotolerantes constituem o melhor indicador biológico de contaminação. Os processos convencionais de desinfecção geram subprodutos químicos perigosos e/ou carcinogênicos, os organoclorados. A tecnologia da imobilização de microalgas (Chlorella.) em matrizes de alginato de cálcio aumenta a longevidade fotossintética, viabilidade, durabilidade e atividade biocatalizadora celular. O trabalho realizado levou em consideração a radiação artificial com lâmpadas fluorescentes brancas de

80 μmoles m-2 s-1, tendo uma incidência luminosa de 6h em escala de bancada. A incidência luminosa, aliada ao aumento siginificativo do pH no reator contendo algas imobilizadas, levou a depuração de fósforo e orto-fosfato. As análises de fósforo e orto-fosfato foram feitas seguindo o cronograma de amostras do reator, obtendo

como resultados 0,9 (mg PT x L-1) e 0,4 (0,4 mg PT L-1) restantes em cinco horas. Para a remoção de coliformes termotolerantes, os resultados foram analisados através de amostras em triplicatas de quatro experimentos laboratoriais sob luz artificial. Os valores das reduções de todos os experimentos foram expressos em triplicatas na escala logarítmica e em relação à redução dos controles. Após seis horas ocorreu a remoção total dos coliformes. Os principais processos envolvidos na redução das concentrações dos indicadores de contaminação fecal foram a atividade metabólica e de fotossíntese das microalgas. Os resultados obtidos apontam para o grande potencial da microalga Chlorella sp. no tratamento terciário de efluentes. Palavras-chave: Alginato de cálcio, Chlorella, imobilização, microalgas.

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ABSTRACT

The unplanned urbanization and population growth have triggered major disruption in aquatic environments, because the man through the launching of domestic sewage, industrial and agricultural untreated, causes pollution of surface. The fecal coliform are the best indicator of biological contamination. The conventional disinfection processes generate hazardous chemical byproducts and / or carcinogenic organochlorines. The technology of immobilization of microalgae (Chlorella.) in calcium alginate matrix increases longevity photosynthetic viability, durability and cell biocatalyst activity. The work took into account the artificial radiation with white fluorescent lamps of 80 μmoles m-2 s-1, having a light incidence from 6 in bench scale. The incidence of light, coupled with increasing SIGNIFICANT pH in the reactor containing immobilized algae led to clearance of phosphorus and ortho-phosphate. The analysis of phosphorus and ortho-phosphate were made following the schedule of samples of the reactor, obtaining as a result 0.9 (EN mg x L-1) and 0.4 (EN 0.4 mg L-1) in the remaining five hours . For removal of fecal coliform, the results were analyzed in triplicate using samples from four laboratory experiments under artificial light. The values of all reductions in triplicate experiments were expressed in logarithmic scale and in relation to the reduction of controls. After six hours was the removal of total coliforms. The main processes involved in reducing the concentrations of fecal indicators were the metabolic activity and photosynthesis of microalgae. The results obtained indicate the great potential of microalgae Chlorella sp. the tertiary treatment of effluents.

Keywords: calcium alginate, chlorella, immobilization, microalgae.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Esfera de alginato de cálcio com Chlorella sp. Imobilizada ... 19

Figura 2 Micrografia de Chlorella sp. em estágio de divisão

(ampliação 400) .....................................................................

20

Figura 3 Meio de Cultivo autotrófico estacionário ................................ 23

Figura 4 Imobilização- momento em que se formam as esferas ......... 24

Figura 5 Reatores com alginato puro (Branco) e com algas Chlorella

(verde) ....................................................................................

25

Figura 6 Remoção média de Fósforo total ……………………………… 26

Figura 7 Remoção média de Ortofosfato ……………………………..… 26

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Valores médios dos dados de fósforo total, para cada

miligrama de fósforo dissolvido em um litro do efluente ...........

27

Tabela 2 Valores médios dos dados de orto-fosfato, para cada

miligrama de fósforo dissolvido em um litro do efluente ...........

27

Tabela 3 Valores médios de coliformes termotolerantes de três

experimentos realizados com tempo de contato de seis horas.

29

Tabela 4 Valores médios de pH de três ensaios medido a cada hora de

contato .......................................................................................

30

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LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVEATURAS

APHA - American Public Health Association

CO2 - Dióxido de Carbono

HCO3- - íon bicarbonato

L - Litro

MBB - Meio basal Bold‟ s

m - Metro

mg/L - Miligramas por litro

mm - Milímetro

M - Molar

mm2 - milímetro quadrado

mm3 - milímetro cúbico

N - Nitrogênio

O2 - oxigênio

OD - Oxigênio Dissolvido

OH- - íons hidroxila

P - Fósforo

pH - Potencial Hidrogeniônico

r.p.m - Rotação por minuto

T - Tempo

Μg - Micrograma

CaCl2 - Cloreto de cálcio

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO………………………………….....………....……....………… 13

2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................... 16

2.1 As consequências da Ação Antrópica no Meio .................................... 16

2.2 Algas imobilizadas ............................................................................... 16

2.3 O Alginato…………………………………………………...…….………... 17

2.4 A Chlorella………………………………………………...….….………… 18

3 METODOLOGIA…………………………………………….…………..…… 20

3.1 Local da Pesquisa…………………………………..……………..………. 20

3.2 Equipamentos…………………………………………...……….………… 20

3.3 Material e preparo do Meio Basal Bold’s.............................................. 20

3.4 Manutenção da Cultura…………………………………....……….…...… 21

3.5 Imobilização das microalgas................................................................. 22

3.6 Reatores……………………………………………………....……….….... 23

4 RESULTADOS E DICUSSÃO................................................................. 25

4.1 Remoção de fósforo e ortofosfato......................................................... 25

4.2 Remoção de Coliformes Termotolerantes............................................ 27

4.3 Análise de pH……………………………………………....……….……… 28

CONSIDERAÇÕES FINAIS ….……………………………....……….……... 29

REFERÊNCIAS………………………………………………....……….……... 30

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INTRODUÇÃO

As ações humanas de ordem social ou econômica no meio ambiente têm

desencadeado significativas modificações que estão ameaçando a vida no

ambiente. Na atualidade os efeitos dessa degradação já são evidentes, pois os

diversos resíduos gerados são dispostos de forma incorreta e sem o devido

tratamento.

Em muitos países do mundo, a urbanização desenfreada, bem como a

expressiva concentração da população e das atividades industriais sobre o mesmo

espaço o despejo de águas residuárias sem tratamento prévio nos corpos hídricos,

gerando a eutrofização nos corpos dágua, comprometendo a qualidade da vida no

planeta.

É muito grande a quantidade de substâncias e formas de vida que compõem

o esgoto, despejo proveniente dos diversos usos da água, organismos, tais como

bactérias, vírus, helmintos e protozoários, que em sua maioria são liberados com os

dejetos humanos. Dentre esses organismos, alguns são patogênicos e outros são

importantes no tratamento dos esgotos, pois, decompõem a matéria orgânica,

transformando-a em compostos orgânicos mais simples, minimizando o impacto

ambiental negativo causado por esses lançamentos in natura.

A Organização das Nações Unidas - ONU (2008), mostra que a população

mundial ultrapassa 7 bilhões de habitantes. Destes, 2,6 bilhões, ou seja, 40%, não

têm acesso à rede de coleta de tratamento de esgotos. São 200 milhões de

toneladas de dejetos humanos lançados anualmente nos rios e lagos. Como

conseqüência, a cada 20 segundos uma criança morre em função de doenças de

veiculação hídrica (cólera, febre tifóide, salmoneloses, shigeloses, entre outras). Isto

significa 1,5 milhões de mortes de crianças a cada ano. Neste contexto, o

saneamento básico, considerado uma das mais importantes metas do milênio, ainda

inexiste para uma parcela significativa da população mundial.

Tratar águas residuárias através da imobilização de microalgas em matrizes

de alginato de cálcio (esferas) pode ser uma tecnologia promissora. É necessário o

tratamento das águas residuárias, tendo em vista seu reuso ou o lançamento em

corpos aquáticos através da remoção de fosfatos e outros nutrientes. Pesquisas em

andamento apontam as vantagens operacionais, econômicas e ambientais

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oferecidas pelo uso da microalga Chlorella sp. em meio imobilizado. Sendo assim,

considera-se relevante aprofundar pesquisas focadas nesse tratamento específico.

Vários trabalhos (ROBINSON et al., 1985; MEGHARAJ et al., 1992; FORREST,

1998; PAGE, 2000; TAM e WONG , 2000; DE-BASHAN et al., 2002) têm

demonstrado que esta técnica remove significativamente os coliformes

termotolerantes, vírus e nutrientes de águas residuárias provenientes de esgotos,

sendo ainda inédita a sua aplicação no Brasil.

Na concepção de Megharaj et al. (1992), a imobilização das microalgas é uma

técnica que aumenta a longevidade fotossintética, a viabilidade e a atividade

biocatalisadora celular, apresenta baixos custos, previne que a biomassa seja

levada para fora dos bioreatores, oferece um grande avanço na flexibilidade

operacional e na fácil separação das algas dos efluentes tratados (MEGHARAJ et

al., 1992; MALLICK e RAI, 1993; TAM e WONG, 2000).

Em 1992, um estudo indicou que Chlorella vulgaris, imobilizada em meio de

alginato de cálcio era cinco vezes mais eficiente na remoção de nutrientes de água

residuária do que quando aquela alga se encontrava livre no meio (MEGHARAJ et

al., 1992).

As algas constituem um dos grupos mais diversificados de microrganismos

existentes nas lagoas de estabilização, onde se verifica a predominância de algas

verdes (Chlorophyta), destacando-se as microalgas do gênero Chlorella sp, que são

microrganismos fotossintetizantes clorofilados e sem flagelos ( SILVA, 2011)

As algas desempenham um papel fundamental no funcionamento do sistema

de lagoas de estabilização no tratamento de esgotos, uma vez que aumenta a

concentração de oxigênio dissolvido (OD) através da fotossíntese, que é necessário

ao metabolismo das bactérias aeróbias heterotróficas; consomem o dióxido de

carbono (CO2) produzido pela oxidação bacteriana da matéria orgânica, elevando o

pH do meio limitando a proliferação de coliformes e bactérias patogênicas e

removem nutrientes da água através de seu metabolismo e crescimento celular,

ocorrendo também à precipitação de fosfato.(SILVA, 2011)

Zhang et al. (2008), isolaram Scenedesmus sp na densidade de 2 x 108,

algas mL-1, de esgoto municipal e posteriormente imobilizaram-nas em camadas de

alginato de cálcio , 3 mm de espessura, para remover nutrientes (N e P) de efluentes

secundários em um bioreator. Completa remoção de NH4+ e 4PO foi obtida em

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4 horas de tratamento. Nove ciclos de tratamento de águas residuárias em 21 dias

foram completados, mantendo a eficiência da remoção de 4NH em 99.1% após 105

minutos e 100% após 135 minutos. A eficiência da remoção de 4PO foi de 100%

após 15 minutos no efluente secundário. Segundo os autores, o fator determinante

na obtenção desses resultados foi a densidade algal. Assim, imobilizado

Scenedesmus sp. mostra ter grande potencialidade na remoção de nitrogênio e

fósforo inorgânicos dos efluentes tratados.

Moreno-Garrido (2008), revendo pesquisas recentes em técnicas de

imobilização usando microalgas de água doce e marinhas, aponta para as

vantagens dos sistemas mistos de bactérias-algas imobilizadas para o tratamento de

águas residuárias. O autor também enfatiza a promissora aplicação dos sistemas

imobilizados em biotecnologia e na produção de energia não poluidora como H2 nos

próximos anos.

Nesse contexto, este trabalho pretendeu tratar biologicamente o efluente

secundário, oriundo do tanque séptico, através do uso da microalga Chlorella sp.

imobilizada em matriz de alginato de cálcio, objetivando remover fosfatos e

microrganismos patogênicos de forma a reduzir as doenças de veiculação hídrica e

também e minimizar o impacto ambiental que causa a eutrofização dos corpos

hídricos no Brasil.

Objetivo

Estudar a eficiência de remoção de fósforo e coliformes termotolerantes de

esgoto sanitário, usando a microalga Chlorella sp. imobilizada em matriz de alginato

de cálcio.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 As consequências da Ação Antrópica no Meio

As atividades humanas e os usos múltiplos dos recursos hídricos estão

relacionados com a contaminação dos mananciais por esgotos domésticos e

industriais e a consequente queda da qualidade dos mananciais. A eutrofização é a

expressão mais clara dessas ações, e traduz-se pelo desenvolvimento explosivo

das populações de algas, caracterizando-se normalmente, pela formação de uma

película verde à superfície das águas. Este processo, conhecido com “flor de água”,

é designado na linguagem anglo-saxônica por bloom (MENDES e OLIVEIRA, 2004).

O fósforo e o nitrogênio são nutrientes que contribuem para a citado

fenômeno, estes, não oferecem risco direto à saúde pública, contudo, seu estudo é

de grande importância na gestão dos recursos hídricos por sua capacidade de

potencializar o enriquecimento de um corpo aquático.

O fósforo está dissolvido nas águas superficiais na forma P–PO43-,

podendo resultar da biodegradação das substâncias orgânicas ou da lixiviação dos

solos; contudo, o maior contributo para o aparecimento de fosfato decorre de

resíduos e efluentes industriais, domésticos e agrícolas, (MACKERETH et al., 1978;

LÉVÊQUE, 2002). O principal fornecedor de fósforo provém das águas residuais

domésticas, onde se encontra sob a forma de fosfatos provenientes dos

detergentes.

Como a precipitação química do fosfato com o cálcio é diferente da

precipitação como alumínio e com o ferro, estes dois tipos de precipitação química

são considerados processos separados. A remoção do fósforo da água residuária

envolve a incorporação do fosfato nos sólidos suspensos totais (SST) com

subseqüente remoção desses sólidos (METACALF & EDDY, 2003).

2.2 Algas imobilizadas

Uma célula imobilizada é definida como uma célula que, por meios naturais

ou artificiais, é impedida de se movimentar, independentemente dos seus vizinhos,

para todas as partes da fase aquosa do sistema em estudo. Vários materiais são

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usados para fazer o encapsulamento de microrganismos, como por exemplo:

alginato, gelatina, goma, poliuterano e gel de álcool polivinil (PRADELA, 2001)

O uso destes materiais na imobilização de células permite aos

microrganismos continuar a sobreviver numa matriz relativamente não tóxica,

através da qual, gases e líquidos se podem difundir. A cápsula da matriz, juntamente

com os microrganismos, ajuda a diminuir a toxicidade do meio ambiente

(BRANDENBERGER et al., 1998).

O primeiro estudo conhecido envolvendo algas imobilizadas foi em 1966

(Hiller & Park, 1969), porem, apenas na década de 80 que La Noüe e os seus

colaboradores aparecem como pioneiros na introdução da tecnologia da

imobilização de algas para o tratamento de águas residuais, nomeadamente na

remoção de nitrogênio e fósforo (CHEVALIER e DE LA-NOÜE, 1985, 1985b). A

partir de 1990, mais de 50% dos registos de estudos de algas referem o seu uso no

tratamento de águas residuais (SHINY et al., 2004).

De acordo com Curtis e Mara (1994), o cultivo de algas torna o ambiente mais

alcalino (com pH acima de 8,5), propiciando maior formação de bicarbonato

(HCO3). Nestas condições, os coliformes termotolerantes morrem rapidamente

(SMALLMAN, 1986).

2.3 O Alginato

O alginato é extraído de algas marrons, principalmente de espécies dos

gêneros Laminaria e Sargassum e das espécies Macrocystis pyrifera, Ascophyllum

nodosum e Lesonia negrescens. O gel de alginato não é tóxico, tem baixo custo,

possui alta afinidade pela água e as células não sofrem variações físico-químicas

extremas durante o processo de imobilização. A gelificação do polissacarídeo é

muito rápida e ocorre quando gotas de uma suspensão formada por células ou

enzimas e alginato de sódio são misturadas com uma solução contendo íons

formadores de gel, geralmente Ca2+. O gel pode ser redissolvido em meio contendo

citrato de sódio ou fosfato (MORENO- GARRIDO, 2008).

Anisha e Prema (2008) imobilizaram células de Streptomyces griseoloalbus

em esferas de alginato de cálcio e conseguiram aumentar a produtividade da enzima

galactosidase em comparação com o emprego de células livres. Além disso, 75% da

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capacidade de produção da enzima foi mantida após a reutilização das células

imobilizadas em oito ciclos de fermentação em batelada. Lins e Leão (2002)

utilizaram células de Kluyveromyces marxianus imobilizadas em alginato de cálcio

para a obtenção de leite com baixo teor de lactose. A capacidade de

conversão da lactose em etanol e CO2 foi constante mesmo após 23 ciclos.

Segundo Wang et al. (2005), o mecanismo clássico de imobilização por

engaiolamento é a mistura de células microbianas com um composto polimérico que

apresenta cargas negativas, a exemplo do alginato. Essa mistura é gotejada em

uma solução com íons Ca 2+, e este, promove a formação de ligações iônicas, que

resultam na formação de um gel consistente e insolúvel, o qual imobiliza o

microrganismo. Na Figura 1 está apresentada uma esfera de alginato com Chlorella

sp. imobilizada com aproximadamente 4 mm de diâmetro.

Figura 1: Esfera de alginato de cálcio com Chlorella sp. imobilizada

2.4 A Chlorella sp.

O gênero Chlorella compõe a classe Chlorofícea, família Chlorelacea, ordem

Chlorococcales (BDIGPELD - Biblioteca Digital Geodiferenciada). Estudos recentes,

baseados em caracteres bioquímicos, fisiológicos e ultra estruturais, juntamente com

a filogenia molecular ausente na sequência 18s RNA completa, têm sugerido que

são quatro as espécies pertencentes ao gênero Chlorella : C. vulgaris , C. iobophora,

C. sorokiniana e C. kessleri (HISUAN et al., 2000).

O gênero Chlorella é composto por microalgas verdes, unicelulares, que

possuem clorofila e realizam fotossíntese, sendo uma das primeiras algas a serem

isoladas como uma cultura pura realizada por Beijerinck na década de 1890. As

atenções científicas somente se voltaram para o potencial da Chlorella sp. no final

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de 1940, quando foram cultivadas em meio mineral definido, especificando-se as

necessidades ambientais e nutricionais de cada espécie ( HSIUAN et al., 2000).

Bicudo e Menezes (2006) caracterizando a Chlorella Beijerink, citam que são

indivíduos sempre solitários e de vida livre. A célula é, em geral, esférica, elipsoidal

ou ovóide, como também reniforme ou um pouco assimétrica. A parede celular é

bem distinta, porém delgada. O cloroplastódio é único na maioria das vezes, raro

ocorrem dois. Quando único, tem a forma de taça e quando em número de dois,

cada um tem a forma de uma calota rasa e aberta. Pirenóide nem sempre presente.

Chlorella vulgaris é uma alga verde, eucariótica, autotrófica e unicelular, em

condições normais de cultura, tipicamente tem o tamanho aproximadamente de uma

hemácia cerca de 5-6 µm de diâmetro (BORAAS et al.,1998). Na Figura 2 está

apresentada uma microfotografia de Chlorella sp. em ampliação de 400x.

Figura 2: Micrografia de Chlorella sp. em estágio de divisão (ampliação 400x).

Fonte: Silva, 2011

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3. METODOLOGIA

3.1 Local da Pesquisa

Esta pesquisa foi realizada na Estação Experimental de Tratamento Biológico

de Esgotos Sanitários (EXTRABES) localizada na cidade de Campina Grande no

Estado da Paraíba, durante o período março de 2010 à fevereiro de 2011.

3.2 Equipamentos

Centrífuga Excelsa II, modelo 206 BL , marca FANEM;

Autoclave vertical Phoenix;

Estufa controlador, modelo 515 A. FANEM;

Balança Tecnal, modelo Mark 210 A, classe I;

Espectrophotometer SP 1105 Tecnal;

Phmetro TEC- 3MP – Tecnal;

Lâmpadas florescentes;

Erlenmeyers de 2 L;

Aerador INALAR.

3.3 Material e preparo do Meio Basal Bold’s

Para preparo do meio basal para algas verdes de águas naturais, foram

necessárias as etapas:

Preparar seis soluções estoque de macro nutrientes, preparadas em água

destilada, cada uma contendo um dos seguintes sais por 400 ml:

NaNO3 10 g (290 mM)

CaCl2.2H2O 1 g (17 mM)

MgsO4. 7H2O 3 g (30 mM)

K2HPO4 3 g (43 mM)

KH2PO4 7 g (129 mM)

NaCl 1 g (27 mM)

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Para cada 940 ml de água destilada, 10 ml de cada solução estoque de

macronutriente foi adicionada a 1 ml de cada solução estoque de micronutrientes

(elementos traço) que foram preparadas conforme se descreve:

1. 50 g de Na2 EDTA (134mM) e 31 g de KOH (553 mM) foram dissolvidos em 1

litro de água destilada;

2. 4,98 de FeSO4. 7H2O (18 mM) foram dissolvidos em 1 litro de água

acidificada ( água acidificada: 1,0 ml de H2SO4 dissolvido em 1 litro de água

destilada);

3. 11,42 g de H3BO4 (184 mM) foram dissolvidos em 1 litro de água destilada;

4. Posteriormente foram dissolvidas em 1 litro de água destilada as seguintes

quantidades de elemento traços:

ZnSO4. 7H2O 8,82 g (31 mM);

MnCl2. 4H2O 1,44 g (7 mM);

MoO3 0,71 g (0,05 mM);

CuSO4. 5H2O 1,57 (6 mM);

Co(NO3)2. 6H2O 0,49 g (2 mM);

Após o meio estar pronto ajusta-se o pH para 7,0 e posteriormente foi

autoclavado.

3.4 Manutenção da Cultura

As cepas de Chlorella sp. foram cultivadas em erlenmeyers de 2 L, contendo

1600 mL de Meio Basal Bold’s ( BISCHOFF E BOLD, 1943; BOROWITZKA,1988 ).

Os frascos foram inoculados com 32 mL de microalgas na fase estacionária e

mantidas sob aeração por 4 (quatro) dias e com distância de 15 cm de uma série de

8(oito) lâmpadas fluorescentes, com irradiação aproximada de 60 μmol m-2 s-1 a 27

0C .As culturas estoque seguindo a metodologia de (GUERRERO III e VILLEGAS,

1988), foram preparadas em tubos de ensaio e mantidas a 40C .As culturas

utilizadas nos experimentos tinham 40 dias de cultivo, assegurando concentração

algal elevada no interior das esferas de alginato. Na Figura 3 apresenta-se o meio

de cultivo da Chlorella sp.

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Figura 3: Meio de Cultivo autotrófico estacionário.

Fonte: SILVA, 2011

3.5 Imobilização das microalgas

Para a imobilização foi utilizado 4 g de alginato de sódio dissolvido em 100

mL de água destilada devidamente autoclavada por 15 minutos a 121 ºC. Também é

utilizado 0,4 M de cloreto de cálcio, dissolvido em 100 mL de água destilada,

também autoclavado.

Passado o preparo dos materiais, foi retirado um volume variável do garrafão

de 20 L e centrifugado nas mesmas condições que as algas retiradas da lagoa de

estabilização. O extrato final é misturado em proporção igual (1:1) com o alginato.

Logo após essa mistura é vertida em uma bureta de 25 ml em baixo de um Becker

contendo 100 ml de cloreto de cálcio.

Paulatinamente a mistura alga-alginato foi vertida na solução de cloreto de

cálcio, e mantida sob agitação por 30 minutos. Cada gota que cai na solução, se

transforma em uma esfera verde, com diâmetro médio de 4mm. Ao final da

imobilização essas esferas são lavadas e guardadas na geladeira mergulhadas em

água destilada, até serem usadas no preenchimento os reatores. Na Figura 4, está

apresentada a imobilização no momento em que a mistura de alga-alginato está

sendo vertida no cloreto de cálcio.

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Figura 4: Imobilização- momento em que se formam as esferas.

3.6 Reatores

O estudo foi feito a partir da monitoração de um bioreator de bancada,

formado por duas buretas de vidro transparente, com 60 cm de comprimento, 0,5 cm

de diâmetro externo e 3 mm de espessura, ambas as colunas foram enchidas com

esferas de alginato, cada uma com aproximadamente 4mm de diâmetro, um com

algas imobilizadas e outra sem algas.

As colunas, antes da fixação das matrizes, foram esterilizadas na superfície

com etanol 70%, lavadas internamente com água destilada e posteriormente,

conectadas ao suporte, onde passaram a receber o efluente secundário, oriundo do

tanque séptico, contendo uma concentração média de 105 a 106 coliformes

termotolerantes/ 100 mL.

Os reatores foram colocados em contato com a radiação de lâmpadas

florescentes, durante 6 h, e a cada hora uma amostra de 10 mL era coletada, aferido

seu pH, e realizada as análises de coliformes termotolerantes segundo o método da

membrana filtrante preconizado por APHA, 1998, fósforo total e ortofosfato.

Ao final de cada análise esses reatores eram submetidos a um período de

quarentena, no qual passava duas semanas cheios de meio basal, com a finalidade

de testar a resistência das algas as impurezas do efluente secundário. No final da

terceira semana os reatores foram cheios novamente com efluente, e todo o

procedimento foi repetido por quatro vezes. Passado três meses de experimento, as

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esferas com Chlorella sp. apresentavam-se íntegras em relação ao material

imobilizante, de modo que continuaram removendo significativamente bem, fósforo e

os coliformes termotolerantes. Os resultados foram analisados através de amostras

em triplicatas de três experimentos laboratoriais sob luz de 4 lâmpadas florescentes.

Os valores de decaimentos de todos os experimentos foram expressos em triplicatas

na escala logarítmica e em relação à redução dos controles, sedo posteriormente

submetidos à análise estatística através do software Microsoft Excel 2007 Na Figura

5 está apresentado o bioreator com algas imobilizadas e o bioreator controle

(esferas de alginato).

Figura 5: Reatores com alginato puro (Branco) e com algas Chlorella (verde).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Remoção de Fósforo e Ortofosfato

As microalgas imobilizadas realizaram ao final de um perfil de 5 h, índices

médios de remoção em torno de 88,24% para ortofosfato e 79,07% para fósforo

total. Os resultados estão representados na Figura 6 e 7.

Figura 6: Remoção média de Fósforo total.

Figura 7: Remoção média de Ortofosfato.

As algas imobilizadas obtiveram maior eficiência na remoção de fósforo em

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relação ao controle, em todos os tempos de contato, atingindo seus maiores

percentuais na 3a hora de contato para o ortofosfato (82,61%) e na 4a hora para

fósforo total (71,43%). A remoção química, realizada pelas esferas controle foi

aproximadamente 31% para as duas modalidades de fosfatos. Os valores médios de

três experimentos realizados em triplicata estão representados nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1: Valores médios dos dados de fósforo total, para cada miligrama de fósforo dissolvido em um litro do efluente em 5 horas de contato, inclusive no tempo zero (coleta)

FÓSFORO TOTAL (mg P.L -1)

HORA REATORES

SEM ALGAS Mg p . L-1 COM ALGAS Mg p . L-1

To 4,3 4,3

T1 2,1 1,7

T2 2,6 1,2

T3 2,7 0,7

T4 2,8 0,8

T5 3,0 0,9

Tabela 2: Valores médios dos dados de orto-fosfato, para cada miligrama de fósforo dissolvido em um litro do efluente. em 5 horas de contato, inclusive no tempo zero (coleta)

ORTO-FOSFATO (mg P.L -1)

HORA REATOR

SEM ALGAS Mgp . L-1 COM ALGAS Mgp . L-1

To 3,4 3,3

T1 1,3 1,2

T2 2,3 0,7

T3 2,2 0,4

T4 1,7 0,7

T5 2,3 0,4

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As algas assimilam o fósforo inorgânico para o seu metabolismo e através do

processo fotossintético, favorecem as condições ambientais para que se

desenvolvam outros mecanismos de remoção química, tais como a adsorção e a

precipitação do fosfato na matriz. As algas imobilizadas realizaram ao final de um

perfil de 5 h, eficiência média de remoção em torno de 87% para ortofosfato e 81,7%

para fósforo total e obtiveram maior eficiência na remoção de fósforo em relação ao

controle em todos os tempos de contato, atingindo expressivos percentuais na 4a

hora de contato para fósforo total (71,43%), e na 3a hora para ortofosfato (82,61%).

Este trabalho levou em consideração a radiação artificial com lâmpadas

fluorescentes brancas de 80 μmols m-2s-1, tendo uma incidência luminosa de 6 h em

escala bancada. Essa incidência luminosa, aliada ao aumento significativo do pH no

reator contendo algas imobilizadas provavelmente justificam expressiva depuração

de fósforo e orto-fosfato no sistema.

4.2 Remoção de Coliformes Termotolerantes

As concentrações de coliformes termotolerantes foram determinadas pelo

método de membrana filtrante, com membranas de celulose (Millipore®) de 0,45µm e

47 mm de diâmetro e expressa em unidades de colônias filtradas (UFC/100 mL). A

Tabela 3 apresenta a média dos valores obtidos nos ensaios

Tabela 3: Valores médios de coliformes termotolerantes de três experimentos realizados com tempo

de contato de seis horas.

COLIFORMES TERMOTOLERANTES

REATOR COM ALGAS REATOR SEM ALGAS

HORA UFC 100ml HORA UFC 100ml

To 1,42 x 106 To 1,42 x 106

T1 2,18 x 105 T1 1,38 x 106

T2 1,17 x 104 T2 1,45 x 106

T3 0,4 x 104 T3 1,40 x 106

T4 2 x 103 T4 1,32 x 106

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T5 0,5 x 102 T5 1,34 x 106

T6 0 T6 1,25x 106

4.3 Análise de pH

O potencial hidrogeniônico ou potencial hidrogênio iônico, foi medido nos dois

reatores, um com algas imobilizadas e outro sem algas. A cada hora, era coletada

uma amostra de 10 mL de ambos os reatores e medido seu pH, o reator controle

(sem algas) a variação de pH foi de 0,085, e a do reator com algas foi de 0,61 a

cada hora. Em ambos os reatores o pH inicial foi de 7,28, havendo uma pequena

variação no reator controle que em 5 horas se encontrava com 7,77, ao contrário do

reator com algas Chlorella sp. que após 5 horas estava com valores de 10,63,

indicando que esses organismos tem uma ação significativa no aumento deste

parâmetro. Na Tabela 4 estão apresentados os valores médios de pH dos ensaios

realizados.

Tabela 4: Valores médios de pH de três ensaios medido a cada hora de contato.

Bioreatores

HORA REATOR

COM ALGAS SEM ALGAS

To 7,28 7,28

T1 8,84 7,38

T2 9,74 7,47

T3 10,14 7,53

T4 10,41 7,62

T5 10,63 7,77

T6 10,99 7,79

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos indicam a eficiência potencial das microalgas

imobilizadas no tratamento das águas residuárias, devendo ser aprofundadas as

investigações, principalmente relacionadas ao metabolismo das algas e da matriz de

imobilização.

O sistema de algas imobilizadas pode vir a suprir a deficiência do sistema de

lagoas de estabilização, uma vez que ocupam pouco espaço no perímetro urbano.

A Chlorella sp. é uma microalga de boa adaptação ao ambiente e as

condições adversas, sendo por isso, apropriada no tratamento de efluente

secundário.

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