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Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento REGINA CÉLIA PROTÓTIPO DE COLCHÃO ESPECIAL PARA O ALÍVIO DA PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS São José dos Campos, SP 2008

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Universidade do Vale do Paraíba

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento

REGINA CÉLIA

PROTÓTIPO DE COLCHÃO ESPECIAL PARA O ALÍVIO DA PRESSÃO EM PACIENTES ACAMADOS

São José dos Campos, SP

2008

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Regina Célia

Protótipo de colchão especial para o alívio da pressão em pacientes acamados

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, como complementação dos créditos necessários para obtenção do titulo de Mestre em Engenharia Biomédica.

Orientador: Profª. Dr.ª Maria Belén Salazar Posso

Co-Orientador: Prof. Dr. Alfeu Saraiva Ramos

São José dos Campos, SP

2008

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I t ü

Aulorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científlcos, a repÍodução totat ouparcial desta Dissertação, por processo folocopiador ou transmissão eletrônica.

otun"iffi''Data: o€, l l l f 2o ÕB

R 262p

Regina Celia

^ PÍotóljpo_de coichão especral para o ètivjo da pÍessão em pacientes âcamados/Ì(egrna uela. (JÍtentêcÍorest proÍessores Doulores MaÍia Belén salazaÍ posso eAlfeu Saraiva Ramos, São José dos Campos: Univap, 2006.

1 CD-Rom: color

^. .Dissertação. apresentada ao progÍama de pós-GÍàduação em Lngenhariauromeorca do Inslrluto de pesqutsa e Desenvofuìmento da Universidade do Vale doParaíba,2006.

.. _ 1- P.acientes 2. Úlc.era por pressáo 3. Colchão 4. Enfermagem, I posso,Marja Belén Salâzar, Orient. ll Râmos, Alfeu SaÉivâ, Orient. lll. Títuìo

CDU:614.253.5

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R.EGINA CELIA

"pRoróTlpo DE col,cHÃo ESPECIAL PÀR{ o Al,ivlo DA PREssÃo EM PACIENTES

ACAMADOS"

Dissertação aprovada como requisito parcial à obtenção do gÍau de Mestre em Engenhana

Biomédica, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica' do Instituto de Pesquisa

e Desenvolümento da Universidade do Vale do Paraiba, São José dos Campos' SP' pela segulnte

banca examinadola:

Prot Dr. ALFEU SAR{IVA RAMOS (UNIVAP

prof. Dra. MARIA BELÉN SALAZAR POSSO (ttNlv

PrOf. DrA. RITA DE CÁSSIA B. DE OLIVEIR{ LEITE (USP)

Prof. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa

Diretor do IP&D UniVaP

São José dos Campos, 06 de novelibro de 2008.

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Agradecimento a Deus

Senhor, por muitos nomes te chamamos pai, irmão, lar, amigo...., de

muitas maneiras estás conosco em nossa vidas, fostes inspiração,

orientação, força e estímulo, em minha vocação, fostes amparo quando

em minhas dificuldades iniciais, fostes amigo e confidente em minhas

noites de solidão, fostes o incentivador em minhas dificuldades de

estudo e aprendizado, fostes primeiramente, o corpo indefeso e

imprescindível através da qual aprendi um pouco sobre a perfeição na

qual nos criastes, andastes sempre comigo e, muitas vezes, me

levastes nos braços, hoje, chegando ao fim desta etapa de minha

caminhada, quero agradecer, pois sei que não estaria aqui, se não

tivesses caminhado comigo. Amém.

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Agradecimento Especial

Profª. Dra. Maria Belén Salazar Posso

A Você, Belén, que resume dentro de si dedicação, perseverança e

seriedade, traços sempre transmitidos em minha convivência e que contribuiu para a

minha vitória, meu respeito, carinho, amizade e admiração.

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Homenagem aos funcionários de todo IP&D-UniVap

“Ao distanciar-me da Universidade do Vale do Paraíba

(UniVap), deixo um abraço fraterno e a amizade, carinho

e respeito, ou pelo simples convívio aos funcionários e a

todos que de alguma forma contribuíram para a minha

formação.”

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Aos meus Pais Ausentes, mas presentes em meu coração (in memóriam)

“Vocês vieram, cumpriram a sua missão e se foram. Vocês

partiram antes mesmo que esse grande momento chegasse.

Partiram deixando uma saudade imensa, um vazio, às vezes

sufocante. A lembrança de seu amor e sua garra me deu forças

para prosseguir com meus sonhos. E foi esse amor que me

tornou capaz de superar os momentos mais difíceis de chegar

até aqui. Consegui. Estou concluindo mais uma etapa na minha

formação profissional. E tenho no fundo do coração a certeza de

que vocês estiveram olhando por mim. Por isso, no dia da minha

apresentação, quando meu nome for chamado para comparecer

diante da Banca, ouvirei seus aplausos e compartilharei com

vocês minha alegria. Obrigado por tudo e por todos os

momentos felizes que vivemos e saibam que se tenho algo de

especial e importante em minha vida, é o orgulho de ser

eternamente, SUA FILHA”.

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Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Baptista Gargione Filho, Magnífico reitor da Universidade do Vale do

Paraíba – UniVap, por proporcionar meios de constante aprimoramento para o seu

corpo docente;

Ao Prof. Dr. Marcos Tadeu T. Pacheco, assessor da Reitoria da UniVap, pela

seriedade e compromisso com a pesquisa cientifica;

À Profa. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa, Diretora do Instituto de Pesquisa e

Desenvolvimento da UniVap, pelo compromisso de continuar elevando a qualidade

do IP&D;

Ao Prof. Dr. Marco Antônio de Oliveira, Coordenador do Mestrado em Engenharia

Biomédica pelos ensinamentos e abertura de novos horizontes;

À Profa. Dra. Ir. Olga de Sá, Diretora das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila

/Instituto Santa Teresa, pela oportunidade e incentivo;

Ao Prof. Dr. Alfeu Saraiva Ramos, Co-Orientador do Trabalho, pela paciência,

amizade, e por ser um exemplo como pessoa e profissional, ficam registrados meus

respeito e admiração;

Ao Prof. Dr. Paulo David de Castro Lobo, pelo apoio e motivação que tornou

possível a realização dessa dissertação;

Às Colegas de Trabalho Enf. Mestre Ciliana Antero Guimarães da Silva Oliveira, Enf. Mestre Ana Beatriz Pinto da Silva Morita, Ana Margarida Dutra de Oliveira, Enf. Ângelo Teixeira Balbi, Enf. Bruna Pinheiro Ferreira, pelo apoio e motivação

que tornou possível a realização dessa Dissertação;

Às colegas: Enf. Mestranda Mara Filomena Falavigna, Enf. Mestranda Kátia Margareth Bitton de Moura e Mestranda Sabrina de Fátima Ferreira Mariotto,

pelo companheirismo, pelas horas de estudo e por todos os momentos difíceis que

juntas passamos;

Ao Osmar de Goés Telles Neto, Desenhista Industrial, que nos auxiliou com toda a

sua dedicação e habilidade atingindo os objetivos propostos;

À secretaria Ivone Paranaiba Vilela Monteiro, pela simpatia, disponibilidade,

carinho e tolerância diante de tantas duvidas, o meu respeito;

Às Bibliotecárias Rúbia Gravito Gomes e Rosangela Regis Cavalcanti, pela

simpatia e disponibilidade, possibilitando um melhor desenvolvimento deste estudo;

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Aos Professores do Curso de mestrado que contribuíram com toda a experiência

para o nosso aprendizado dando subsídios para um melhor direcionamento desta

pesquisa;

À colega da sala de aula Neila Rocha Garcia, que contribuiu com seus

conhecimentos, com amizade e dedicação para que torna-se possível a realização

desse trabalho;

Ao graduando de Enfermagem das Faculdades Integrada Teresa D’Ávila - Fatea Emerson Filippini, pelo convívio amigo, pelas trocas de informações, ajuda, apoio

nas horas difíceis;

Aos Professores: Mestre Jorge Luiz Rosa, Mestre Glauco José Rodrigues de Azevedo, Dr. Rosnei Batista Ribeiro das Faculdades Integrada Teresa D’Ávila - Fatea, pela colaboração e incentivo ao trabalho realizado;

Ao Fernando Falavigna o agradecimento pela colaboração na tradução do resumo

desta dissertação;

À equipe de trabalho do Espaço Saúde Irene Augusto – Fatea e Professores do Curso Técnico em enfermagem, pela compreensão e paciência nos momentos de

estresse.

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CÉLIA, R. Protótipo de colchão especial para o alívio da pressão em pacientes acamados. (Dissertação de Mestrado em Bioengenharia) – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da UniVap, 2008.

Resumo Um dos principais fatores dentre outros que pode favorecer o desenvolvimento da úlcera por pressão (UPP), é a falta de mobilização no leito. As UPP vem preocupando as autoridades de saúde, devido ao aumento dos gastos a nível institucional e domiciliar. Atualmente existe no mercado uma variedade de produtos para prevenir as UPP. Após pesquisar na literatura nacional e internacional estudos sobre tipo de colchões hospitalares existentes e suas características regulamentadas para o alivio da pressão exercida sobre o corpo do indivíduo acamado e aliadas à vivência profissional, sentiu-se a necessidade de se desenvolver um novo modelo de colchão hospitalar a partir de materiais encontrados no mercado. O protótipo proposto tem como objetivo principal, alivio da pressão, facilitar a mudança de decúbito pela equipe de enfermagem, ser de fácil manipulação, limpeza e aquisição. É constituído de quatro camadas, confeccionadas com laminas de espuma de poliuretano com medidas padrão e diferentes densidades para garantir a ação desejada. Cada lâmina das camadas são interligadas entre si por pontos de soldas sintéticas, possui um sistema de tubulação e câmaras de ar acionadas por meio de sistema manual. Todos os elementos desse sistema são específicos para o uso pneumático, a solda sintética e as câmaras de ar foram dimensionadas para o uso de compressor de 3 hp e pressão máxima de 175 lib/pol². O colchão proposto possui, ainda, botões para fixação do lenço e é revestido por uma capa de tecido sintético, impermeável, contendo em suas bordas, um elástico de alta resistência, medindo 15 cm de largura para permitir o movimento de elevação de acordo com as mudanças desejadas. O dimensionamento da densidade e as medidas do colchão proposto foram realizadas com base na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Instituto Nacional do Estudo de Repouso (INER).

Palavras-chave: colchão hospitalar, equipamento hospitalar, úlcera por pressão,

espuma de poliuretano.

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CÉLIA, R. Special mattress prototype for pressure relief in bed patients (Dissertação de Mestrado em Bioengenharia) – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da UniVap, 2008.

Abstract

One of the main factors between others that can help the development of the UPP is immobility in the bed. The UPP have worried the health authority, specially from the increase of costs in institutional and home level. Now at days, there exists in the market a variety of products to prevent the UPP. After researching in the national and international literature developed studies about model of hospital mattress and its characteristics (feature) proper to relieve the pressure the body on the bed and of allied at professional experience, to consider the necessity to develop a new model of hospital mattress with material easily found in the market. The proposed prototype has the principal objectives: to relieve the pressure, to facilitate the decubitus change from the nurses team, being of easy manipulation, cleaning and acquisition. It´s made of four layers, with polyurethane foam laminate with standard measures and different densities to guarantee the desirable action. Each laminate is connected by synthetical solder points; has one tubular system and inner tubes put to action by the manual system. All the elements by this system are specific for the pneumatic use, the synthetical sold and the inner tubes where sized for the use in the 3 hp compressor and maximum pressure of 175 lib/pol². The proposed mattress has, buttons for the sheet fixation and is covered by a synthetical waterproof mantle that contains on its edges, rubbers of resistance, with 15 cm of breadth high to permit the movement of elevation according with the desirable movements. The density dimension and the proposed mattress measure were made according by Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) and Instituto Nacional do Estudo de Repouso (INER).

Keywords: hospital mattress, hospital equipment, pressure ulcer, polyurethane

foam.

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“Você vê coisas; e você diz: “Por quê?” Mas um designer

sonha coisas que nunca existiram; e diz: Por que não?”

(George Bernard Shaw)

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Lista de Figuras

Figuras Páginas

01 Corte anatômico da pele...................................................................... 22

02 Corte anatômico da pele-estruturas da Derme .................................... 23

03 Corte anatômico da Pele do couro cabeludo,

braço e planta dos pés-Derme............................................................. 23

04 Esquema Conceitual de Fatores de Risco para o

Desenvolvimento de Úlceras Por Pressão(UPP) ................................. 27

05 Estadio I – Eritema que não empalidece ............................................. 30

06 Estadio II – Perda parcial da espessura da pele,

afetando a epiderme, a derme ou ambas ........................................... 30

07 Estadio III – Perda total da espessura da pele,

que inclui lesão necrotica do tecido subcutâneo................................. 31

08 Estadio IV – Destruição ampla com necrose do tecidos

estendendo-se a músculos, osso......................................................... 31

09 Adequação entre biótipo e densidade do colchão

e colchonete de espuma flexível de poliuretano .................................. 34

10 Homopolímero, Copolímero e Polimerização em emulsão ................ 38

11 Esquema de macromoléculas dos tipos de polímeros......................... 39

12 Reação de obtenção dos isocianatos ................................................. 42

13 Vista explodida do protótipo do colchão .............................................. 49

14 Espuma 2 e perspectiva isométrica ..................................................... 50

15 Base câmaras de ar e perspectiva isométrica ..................................... 51

16 Espuma 1 e perspectiva isométrica ..................................................... 52

17 Espuma piramidal e perspectiva – capa ............................................. 53

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18 Sistema pneumático – distribuição e planta da câmara de ar.............. 54

19 Sistema Pneumático – Bolsas e detalhe típico seção da bolsa ........... 55

20 Sistema pneumático – distribuição modo de espera............................ 56

21 Sistema pneumático – distribuição lateral direita ................................ 57

22 Sistema pneumático – distribuição lateral esquerda ........................... 58

23 Sistema pneumático – distribuição Semifowler.................................... 59

24 Sistema pneumático – distribuição Trendelenburg .............................. 60

25 Sistema pneumático – distribuição Semifowler e Trendelenburg......... 61

26 Colchonete de ar alternado.................................................................. 66

27 Colchonete de ar alternado.................................................................. 66

28 Colchonete e colchão .........................................................................67

29 Colchão de água articulado ................................................................ 67

30 Colchonete de água articulado ............................................................ 67

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Siglas e abreviações ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CENER Centro de Estudo e Repouso

CGC Cadastro Geral do Contribuinte

CEAP Colchão Especial para Alívio de Pressão

d.C. Depois de Cristo

DPC Deformação Permanente a Compressão

D Densidade

DCE Dicloreto Etano

DTI Diiscianato de Tolueno

EUA Estados Unidos da América

FC Fator de Conforto

FD Fadiga Dinâmica

FI Força de Indentação

g

hp

Quantidade

Força cavalo

INER Instituto Nacional de Estudo do Repouso

IMC Índice de Massa Corporal

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial

IS Instituição de Saúde

lip/pol2 Libra por polegada ao quadrado

M3 Metros cúbicos

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior

MVC Monocloreto de Vinila

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NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel

NBR Normas Brasileiras Regulamentadoras

PVC Poli Cloreto de Vinila

PU Poliuretano

PS Poliestileno

PP Polipropileno

RM Resistência Mecânica

SBRT Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas

SAE Sistematização de Assistência de Enfermagem

SEMP Superfícies Especiais para o Manuseio da Pressão

SEAP Superfície Especial para o Alívio de Pressão

UPP Úlcera Por Pressão

UV Ultra-Violeta

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 19

1.1 Considerações anatômicas da pele ...................................................... 20

1.1.1 Epiderme .................................................................................. 20

1.1.2 Derme ..................................................................................... 21

1.1.3 Hipoderme ............................................................................... 22

1.2 Fisiologia da Pele ................................................................................... 24

1.3 Composição da espuma - Matérias primas ......................................... 37

I.3.1 Polímeros.................................................................................. 37

1.3.2 Polímeros artificiais................................................................. 39

2 OBJETIVO .............................................................................................. 44

3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................... 46

3.1 Desenvolvimento do protótipo ................................................................ 49

4 DISCUSSÃO ............................................................................................ 62

4.1 Colchões e Superfícies Especiais para o Alívio de Pressão .................. 64

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 70

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 75

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Siglas e abreviações ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CENER Centro de Estudo e Repouso

CGC Cadastro Geral do Contribuinte

CEAP Colchão Especial para Alívio de Pressão

d.C. Depois de Cristo

DPC Deformação Permanente a Compressão

D Densidade

DCE Dicloreto Etano

DTI Diiscianato de Tolueno

EUA Estados Unidos da América

FC Fator de Conforto

FD Fadiga Dinâmica

FI Força de Indentação

g

hp

Quantidade

Força cavalo

INER Instituto Nacional de Estudo do Repouso

IMC Índice de Massa Corporal

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial

IS Instituição de Saúde

lip/pol2 Libra por polegada ao quadrado

M3 Metros cúbicos

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior

MVC Monocloreto de Vinila

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NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel

NBR Normas Brasileiras Regulamentadoras

PVC Poli Cloreto de Vinila

PU Poliuretano

PS Poliestileno

PP Polipropileno

RM Resistência Mecânica

SBRT Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas

SAE Sistematização de Assistência de Enfermagem

SEMP Superfícies Especiais para o Manuseio da Pressão

SEAP Superfície Especial para o Alívio de Pressão

UPP Úlcera Por Pressão

UV Ultra-Violeta

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________________________________________________Introdução

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1 INTRODUÇÃO

A História registra importantes aspectos relacionados à ferida de modo geral,

tanto que o antigo Egito possuía tratamentos para lesões, como expõe Cândido

(2001). Também, esse autor cita Celsius que em 200 d.C classificou os vários tipos

de feridas e descreveu não só os tratamentos, como os sinais e sintomas

podrômicos da infecção, ou seja: dor, calor, rubor e edema. Dentre os vários tipos de

ferida, que hoje se conhecem, está a Úlcera por pressão (UPP).

Para compreender a UPP referida Soldevilla, Torra i Bou (1999), define

como um grande e grave problema de saúde que afeta todos os níveis

assistenciais, faz-se necessário conhecer a estrutura anatômica e fisiológica da

pele. A pele abrange uma estrutura complexa, composta de tecidos de várias

naturezas, os quais estão, harmonicamente, dispostos e inter-relacionados. A pele,

de acordo com Sampaio e Rivitti (2007) e Constanzo (2005), apresenta-se em três

camadas, Epiderme, Derme e Hipoderme, (Figuras 1, 2 e 3) as quais serão descritas

a seguir.

1.1 Considerações anatômicas da pele

1.1.1 Epiderme

A camada mais superficial da pele é a epiderme que é um epitélio

estratificado, pavimentoso queratinizado com profundidade diferente conforme a

região do corpo, formado por grupos celulares diferenciados são eles:

germinativo, granuloso e córneo, sendo a camada germinativa, a mais profunda

das camadas da epiderme (AZULAY; AZULAY, 2004; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

Essa camada, também chamada de basal é constituída de células basais e

melanócitos. As células basais possuem forma cilíndrica e estão distribuídas

perpendicularmente à linha formada pela junção epiderme e derme (SAMPAIO;

RIVITTI, 2007). Essa camada germinativa favorece a formação das demais

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camadas da epiderme pela diferenciação celular, por isso, que as células

componentes da epiderme continuamente são substituídas. Já os melanócitos

são células produtoras de melanina, pigmento castanho que confere coloração à

pele e que absorve os raios ultra-violeta (UV) e possui, ainda, células imunitárias.

No entanto, epiderme não possui vasos sanguíneos, os nutrientes e oxigênio

afluem à epiderme pela vascularização da derme (AZULAY; AZULAY, 2006;

LEVY, 2004; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

A camada granulosa é constituída de células achatadas granulosas,

cujos grânulos que a compõem são de tamanho e forma diferentes entre si

(SAMPAIO; RIVITTI, 2007). Essa camada é formada por células epidérmicas

anucleadas, membranas celulares espessas e citoplasma composto por um

sistema bifásico de filamento de queratina (AZULAY; AZULAY, 2006).

1.1.2 Derme

A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme e se localiza

abaixo dela conectando-se aos cones epiteliais epidérmicos pela sua porção

externa e possuindo uma espessura que varia de 1 a 4 mm. A derme é

composta por fibras colágenas, fibras elásticas e fibras reticulares, ricas em muco

polissacarídeo, substância essencial na composição das mesmas e, ainda,

abriga os músculos eretores do pelo que é uma musculatura lisa (Figura 1)

(AZULAY; AZULAY, 2006; LEVY, 2004; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

Na camada mais profunda da derme, no limite dérmico-hipodérmico

localizam-se os vasos sangüíneos e linfáticos e, ainda, os nervos e os órgãos

sensoriais inerentes a eles. São vários os tipos de sensores, como: o Corpúsculo

de Vater-Pacini, de Meissner, de Krause, de Ruffini, de Mercke (Figuras 2 e 3).

Estes corpúsculos reagem à pressão, detecção de pressões de frequência

diferente, ao frio, ao calor, ao tacto e pressão, respectivamente. Outros sensores

são os folículos pilosos e as terminações nervosas livres, estas sensíveis à dor e

temperatura (AZULAY; AZULAY, 2006; LEVY, 2004; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

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1.1.3 Hipoderme

A hipoderme, camada mais profunda da pele possui uma espessura

variável e é formada por tecido conjuntivo frouxo ou adiposo, cujas células

repletas de gordura formam lóbulos subdivididos por traves conjuntivo-vasculares

(Figura1). Conecta-se à derme e a fáscia muscular por meio da camada superior

da hipoderme, originando a junção dermo-hipodérmica (SAMPAIO; RIVITTI,

2007). A hipoderme é essencial para o sistema tegumentar, pois funciona como

isolamento térmico, bem como, protege o organismo contra traumas externos e

como depósito nutritivo (SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

Hipoderme

Figura 1. Corte anatômico da Pele. Fonte:( BEAR; CONNORS; PARADISO, 2008).

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Figura 2. Corte anatômico da pele-estruturas da Derme. Fonte: (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2008).

Figura 3. Corte anatômico da Pele do couro cabeludo, braço, e planta do pés- Derme. Fonte: (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2008).

1.2 Fisiologia da pele

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De acordo com (SAMPAIO; RIVITTI, 2007) a pele é um órgão complexo,

apesar de parecer simples, cuja função principal é a proteção do organismo das

ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitária e termo-

reguladora evitando a desidratação. Tem, ainda, a função de regular o mecanismo

de vaso-constrição e vaso-dilatação da rede vascular cutânea, proporcionando

assim o equilíbrio homeostático da temperatura corporal.

Também, tem função relacionada ao sistema nervoso, uma vez que é

fundamental o sentido do tato e como metabólica, a produção da vitamina D, na

presença da luz solar. Outra função da pele é a percepção e a sensibilidade

resultante da complexa rede nervosa associada a ela, lembrando, ainda, que a pele

funciona como órgão receptor sensitivo ao calor, frio e tato (GUYTON, 2002;

SAMPAIO; RIVITTI, 2007; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2008).

Finalizando a fisiologia da pele tem-se ainda, sua capacidade de secretar o

sebum, substância secretada pelas glândulas sebáceas possuindo características

antimicrobianas e, ainda, abriga elementos precursores da vitamina D. O sebum

evitando a perda da água pela pele, é de grande importância para manter sua

hidratação (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2002; SAMPAIO; RIVITTI, 2007).

De acordo com o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) órgão

norte-americano multiprofissional que congrega profissionais especialistas na área

de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Podologia responsáveis pela

elaboração de diretrizes para a prevenção e o tratamento das UPP nos Estados

Unidos da América (EUA) (LEAL, 2004), as UPP são áreas localizadas de morte

celular, que se desenvolvem quando uma pressão é exercida sobre um tecido mole,

comprimindo-o entre uma proeminência óssea e uma superfície dura, por longo

período de tempo (NPUAP, 1989; 1994).

Bergstrom et al. (1994), definem de forma análoga que UPP é qualquer

lesão provocada pela pressão não-aliviada, resultando em danos nos tecidos

adjacentes e subjacentes. De acordo com Santos, Ferreira e Sabino Netto (1995),

as UPP são lesões cutâneas ou de partes moles, superficiais ou profundas, de

etiologia isquêmica, secundária a um aumento de pressão externa, e localizam-se,

usualmente, sobre uma proeminência óssea.

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De maneira similar, Dealey (2001), as descreve como lesões localizadas na

pele, resultantes de uma isquemia em uma área advinda da pressão, cisalhamento,

fricção ou da combinação desses três elementos. Corroboram essa afirmação

Comarú e Camargo (1971), Taliberti e Machado (1982), Campedelli (1987);

Gaidzínski (1987), Holzapfel (1993), Braden et al (1998), Cândido (2001), Dealey

(2001). Giaretta (2002), Gogia (2002), Giaretta e Posso (2005) e Irion (2005) ao

descreverem que a pele, tecido, aponeuroses, tecidos muscular e ósseo, podem

sofrer danos devido à diminuição da afluência sangüínea, causando uma isquemia

capilar desnutrindo a região sobre compressão, levando à anóxia tecidual e necrose.

Vale salientar, que ainda, o senso comum nomeia a UPP de escara, termo

impróprio, pois esta é representada pela crosta ou, mesmo, pela camada de tecido

necrótico que poderá cobrir a lesão em estágios mais avançados. Também, pode

denominá-la de úlcera de decúbito, do latim decubere (ficar deitado), da mesma

forma inadequado, pois restringe-se ao decúbito, não incluindo lesões isquêmicas

advindas de outras posições.

Assim, hoje o termo mais aceito, internacionalmente, é úlcera por pressão,

já que reflete de forma mais acurada a causa e a condição da mesma e ser a

pressão o fator etiológico mais importante na gênese dessas lesões (PARANHOS;

SANTOS, 1999; FERREIRA; CALIL, 2001; GOGIA, 2002; LEAL, 2005).

Vários autores reconhecem a UPP como uma lesão provocada pelas

proeminências ósseas nos tecidos subcutâneos, resultante da pressão exercida

pelos objetos em contato com o corpo, como por exemplo, colchões, cadeiras e

macas (COMARÚ; CAMARGO, 1971; CAMPEDELLI; GAIDZÍNSKI, 1987;

TALIBERTI; MACHADO, 1982; HOLZAPFEL,1993; DEALEY, 1996; 2001;

CANDIDO, 2001; GIARETTA, 2002; GIARETTA; POSSO, 2005; IRION, 2005). Complementam essa assertiva Brunner e Suddarth (1994), ao apontarem que os

pacientes portadores de disfunção motora ou sensorial e atrofia muscular com

redução do acolchoamento entre a pele e o osso permanecendo por longos

períodos deitados ou sentados, são mais suscetíveis às UPP.

As UPP, então, são lesões onde a pele, o tecido, o músculo e até o osso,

podem sofrer uma destruição, provocada pela oclusão da circulação sangüínea,

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devido à pressão demorada (RIBEIRO, 2004). Ainda, o mesmo autor explica que a

UPP surge em locais de pressão contínua e constante, advinda da imobilização.

Além disso, outros fatores extrínsecos podem propiciar o aparecimento da UPP

como: a umidade, a baixa atividade, o cisalhamento, a fricção, sendo a região das

proeminências ósseas, as mais propensas, devem ser examinadas freqüentemente

(GOGIA, 2002).

Já os fatores intrínsecos que podem favorecer a formação de UPP, são:

idades extremas, o mau estado nutricional, a precária perfusão tecidual, o nível de

consciência alterado, a pouca percepção sensorial, a desidratação, integridade da

pele, alterações respiratórias, hipertermia, a incontinência urinária e fecal, o uso de

analgésicos, esteróides, sedativos e a presença de doenças crônicas como, por

exemplo, o Diabetes (GONÇALVES,1996; BRYANT, 2000; GIARETTA, 2002;

GOGIA, 2002; GIARETTA; POSSO, 2005; IRION, 2005; LEAL, 2005; LEAL;

POSSO, 2006).

É preciso destacar que os tecidos do corpo reagem diferentemente à

pressão e às hipóxia tecidual e isquemia, sendo que o tecido muscular é mais

suscetível a elas do que a pele, dependendo de sua integridade e dos vasos

sangüíneos, colágeno e fluído intersticial, entre outros, para aliviar ou mesmo,

reequilibrar a pressão que lhe esta sendo aplicada (PIEPER, 2000). Por isso,

geralmente, a pele lesionada na UPP é apontada como, “a ponta do iceberg”

devido à isquemia e necrose de uma grande área na interconexão osso-tecido

(GONÇALVES, 1996; BRYANT, 2000; LEAL, 2005).

Em resumo, a UPP resulta de uma somatória de fatores, acrescidos da

pressão externa prolongada, diminuição do afluxo sanguíneo para a área

pressionada, hipóxia tecidual, acúmulo de produtos residuais, instalação da

isquemia tecidual seguida de uma hiperemia de rebote, edema, necrose tecidual e,

finalmente, morte celular (GOGIA, 2002).

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↑ umidade ↑ fricção ↑ cisalhamento ↓ nutrição ↑ idade ↓ pressão arterial. Outros fatores hipotéticos Edema; estresse emocional;

fumo; temperatura da pele.

Figura 4. Esquema Conceitual de Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Úlceras por Pressão (UPP) Fonte: (BERGSTROM, et al., 1987) e revisado por (LEAL, 2005).

Sendo considerada um dos fatores principais responsáveis pelo

aparecimento de UPP, a pressão, devido à sua intensidade, à sua duração e

tolerância tecidual, pode causar um efeito adverso e patológico no tecido (BRYANT

et al. 1992). Dessa forma o aparecimento das UPP podem, ocorrer em poucas

horas, ou até em minutos, como mostra Giaretta (2002) ao estudar a relação entre o

↓ mobilidade

↓ atividade

↓ percepção

Fatores externos

Fatores internos

Pressão

Tolerância tissular

Úlcera por Pressão

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Índice de Massa Corporal (IMC) de indivíduos idosos na posição supina e colchão

hospitalar com D28. De acordo com Bryant (2000), mesmo uma pressão de baixa

intensidade, porém por um longo período de tempo, causará dano aos tecidos

tanto quanto a elevada por um curto período de tempo.

A capacidade do paciente movimentar-se no leito caracteriza a mobilidade,

refletindo sua habilidade em remover a pressão e, ao mesmo tempo, melhorar sua

circulação e seu metabolismo (BERGSTROM et al., 1987; BRADEN; BERGSTROM,

1989). Quando a mobilidade está reduzida ou o indivíduo permanece imóvel,

ocorre a exposição direta à pressão, sobretudo, nas áreas de proeminências

ósseas, que remetem à incidência da UPP (GOSNELL, 1973).

Esta afirmação é corroborada por Bergstrom et al. (1996), que constataram

a positividade da determinação dos itens mobilidade e atividade da escala de

Braden, além de serem preditores para UPP, porém, Xakelis et al. (1992), já

registravam que as medidas eram mais rapidamente executadas quando havia

imobilidade. A percepção sensorial e o nível de consciência podem ser afetados por

inúmeras patologias, e consequentemente induzir à redução da mobilidade e da

capacidade de aliviar as forças de pressão. Isto torna o indivíduo inábil para

mobilizar-se, muitas vezes (BERGSTROM et al., 1987; BRADEN; BERGSTROM,

1989) até pedir ajuda, e perceber a dor e o desconforto.

A umidade um dos fatores de risco externos pode provocar maceração e

lesão, danificando a barreira epidérmica, advinda de incontinência urinária e/ou

fecal, restos alimentares, drenagens, entre outros (COONEY, 1997; BERGSTROM

et al., 1987).

A alteração do nível de consciência, gerando quadros de agitação

psicomotora, movimentos involuntários, contrações musculares, espásticas isto é,

movimentos rígidos, intensos mais comuns em pacientes com paralisia cerebral, a

imobilidade de pacientes acamados, em que muitas vezes, são puxados, ao invés

de serem levantados para as mudanças de posição, pode ocorrer a fricção. Esta é a

força entre duas superfícies que se atritam, aparecendo a abrasão (DEALEY, 1996;

2001; FARO, 1999; BRYANT, 2000).

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Outra força que pode resultar em dano à pele é a do cisalhamento, paralela

e contrária, causada pela somatória das forças da gravidade e fricção. A gravidade

atrai o corpo do paciente para baixo e a resistência da superfície da cama ou

cadeira impede que o corpo deslize, daí o tronco e a musculatura se movimentam

enquanto que a pele permanece imóvel, rompendo as células teciduais, afetando

vasos sangüíneos e, portanto provocando uma lesão, tornando-se uma UPP em

potencial (DEALEY, 1996; BRYANT, 2000).

É importante salientar que somente os fatores externos não são suficientes

para causar uma UPP, há que se considerar o estado geral do indivíduo, sua idade,

sua condição nutricional, sua hidratação, sua perfusão tecidual, sua capacidade de

mobilização, seu nível de consciência, seu nível de sensibilidade à dor, sua

terapêutica medicamentosa, se é portador de alguma patologia crônica, entre outros

fatores internos ou intrínsecos que podem ser responsáveis para originar uma UPP

(DEALEY, 1996; BRYANT, 2000; GIARETTA, 2002; GIARETTA; POSSO, 2005;

LEAL, 2005; POSSO; LEAL, 2006).

Para permitir uma padronização internacional de informações e classificação

de UPP foi estabelecido um estadiamento ou estágios classificadores das mesmas

necessários e essenciais para a elaboração de estratégias preventivas e

terapêuticas adequadas, eficientes e eficazes (GOSNELL, 1987; NPUAP, 1989).

Este estadiamento foi fundamentado nas evidências de comprometimento tecidual,

sendo avaliado e preconizado para utilização universal pela Agency for Health Care

Policy and Research em 1992 (AHCPR, 1992; BATES-JENSEN, 1998). Tal

classificação está ilustrada e descrita por Gneaupp (2004), que pode ser vista nas

(Figuras 5, 6, 7 e 8), a seguir:

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Estadio I

Figura 5. Eritema que não empalidece. A descoloração, o calor local, o edema ou o entumescimento podem ser utilizados como indicadores, especialmente, em indivíduos de pele escura (GNEAUPP, 2004).

Estadio II

Figura 6. Perda parcial da espessura da pele, afetando a Epiderme, a Derme ou ambas. É uma UPP superficial com aspecto de Abrasão (GNEAUPP, 2004).

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Estadio III

Figura 7. Perda total da espessura da pele que inclui lesão necrotica do tecido subcutâneo, podendo se estender até a fascia muscular subjacente (GNEAUPP, 2004).

Estadio IV

Figura 8. Destruição ampla com necrose do tecidos estendendo-se a músculos, ossos ou estruturas de suportes, com ou sem perda de toda camada da pele (GNEAUPP, 2004).

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A UPP pode ser avaliada como uma grave e freqüente complicação advinda

de várias doenças crônico-degenerativas em indivíduos hospitalizados e/ou

domiciliados, apesar da busca insistente dos enfermeiros em preveni-la. As UPP

constituem-se em um grande e grave problema de saúde que afeta todos os níveis

assistenciais (SOLDEVILLA; TORRA i BOU, 1999).

Tal problemática, continua sendo um desafio para os profissionais da saúde

que buscam intensificar seus estudos explorando outras áreas do conhecimento

como a gestão do cuidado, a qualidade de vida, a incidência e prevalência da UPP,

os fatores e indicadores de risco e a avaliação dos mesmos, os métodos de prevenir

esse tipo de lesão para melhor subsidiar sua assistência, a prevenção e evitar a

longa permanência hospitalar (TALIBERTI; MACHADO, 1982; HOLZAPFEL, 1993).

Uma das fontes externas potenciais que favorecem o aparecimento de UPP

em pacientes institucionalizados ou no domicílio, acamados por tempo prolongado

pode ser o colchão utilizado. Assim, é de suma importância que o colchão,

particularmente, o hospitalar, atenda as características estabelecidas e

recomendadas em seis Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que também define colchão como sendo um

“bem de consumo durável, destinado ao repouso humano, que, em geral, se

sobrepõe ao estrado de uma cama” (ABNT, 1996).

As NBR 13.576 a 13.581(ABNT, 1996), determinam, ainda, os tipos de

colchão considerados adequados. Para melhor entendimento, a seguir, apresenta-se

o que cada uma das NBR regulamenta. A NBR 13.576 (ABNT, 1996) regulamenta

o colchão de espuma flexível de poliuretano, como sendo destinado ao uso

hospitalar. A NBR 13.577 (1996), trata das classificações dos colchões e

colchonetes de espuma flexível de poliuretano e de seu uso geral, hospitalar e

infantil.

A NBR 13.578 (ABNT, 1996), padroniza as dimensões e as tolerâncias do

colchão de espuma flexível de poliuretano para cama hospitalar com movimentos,

cujas medidas são de 1,88m ou 1,98m de comprimento por 0,88 m de largura com

espessura mínima de 0,10m e devem medir 1,88m de comprimento por 0,70m de

largura para leitos de enfermarias ou UTI.

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A NBR 13.579 (ABNT, 1996), estabelece as exigências para colchões de

espuma flexível de poliuretano, denominados de colchão para uso hospitalar, este,

deve ser confeccionado com uma ou três lâminas de espuma do tipo convencional,

com densidade (D) nominal 28, uma vez que os biótipos dos usuários variam e o

seu uso constante pode danificar mais rapidamente o colchão.

A referida Norma (ABNT, 1996) ainda determina que o colchão, deve

possuir etiqueta informativa para sua perfeita identificação, com os seguintes dados:

“Nome e CGC do Fabricante”; Marca e/ou modelo do produto;

Dimensões (largura, comprimento e espessura), em

centímetros; Densidade(s) nominal(is) da(s) espuma(s);

Suporte de carga da espuma (força de indentação); Data da

fabricação (mês e ano); Composição do tecido de revestimento;

Prazo de garantia.”

A NBR 13.579 (ABNT, 1996), no seu item 5.2 mostra a relação de

adequação biótipo/colchão para colchões de espuma convencional desenvolvida

pelo Centro de Estudos do Repouso (CENER), então, deve apresentar apropriada

relação peso/altura de cada indivíduo, flexibilidade, firmeza, ser confortável e

favorecer a posição anatômica do corpo.

Ainda a NBR 13.579 (ABNT, 1996), mostra a adequação entre biótipo e

densidade do colchão e colchonete de espuma flexível de poliuretano por meio de

um quadro (Figura 9) que se apresenta a seguir:

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Altura (m) Massa (kg) Até

1,50 1,51 a 1,60

1,61 a 1,70

1,71 a 1,80

1,81 a 1,90

Acima de 1,90

Até 50 D-23 D-23(A)/20 D-23/20(A) D-20

51 a 60 D-26 D-26(A)/23 D-26/23(A) D-23

61 a 70 D-28 D-26/28(A) D-26/28 D-26(A)/28 D-26

71 a 80 D-23 D-28/23(A) D-28(A)/33 D-28

81 a 90 D-33 D-33(A)/28 D-33/28(A) D-28

91 a 100 D-33 D-33 D-33 D-33

(A) Preferencialmente

Figura 9. Adequação entre biótipo e densidade do colchão e colchonete de espuma flexível de poliuretano. Fonte: NBR 13.579 (ABNT, 1996).

Além das determinações da ABNT (1996), os colchões são avaliados pelo

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) -

que foi criado em 1973. É uma autarquia federal subordinada ao Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com a incumbência

institucional de “fortalecer as empresas nacionais, aumentando a sua produtividade

por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos

e serviços” (INMETRO, 1999).

Para atingir essa incumbência o INMETRO possui, dentre outros, um

programa de análise de produtos em que ensaios são realizados sobre determinado

produto e dessa forma, estabelece meios de informar o consumidor,

permanentemente, sobre materiais, produtos que estão de acordo com as

Regulamentações e Normas Técnicas Nacionais. Isto resulta em consumidores

mais conscientes e capazes de exercerem seus direitos e deveres, além de

elegerem mais convenientemente um produto (INMETRO, 1999).

Também o INMETRO (1999), salienta que objetiva subsidiar a indústria

nacional quanto à qualidade de seus produtos, assim como, distinguir

qualitativamente os produtos disponíveis no mercado incentivando a melhoria da

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qualidade e, consequentemente, melhorar o nível da concorrência, pelos ensaios

efetuados. Ensaios mecânicos são importantes para determinar os parâmetros dos

materiais em condições de trabalho.

Um desses ensaios e análises foram realizados pelo INMETRO em 1999

como parte do Programa de análise de produtos com “colchões de espuma flexível

de poliuretano para solteiro – densidade 33” e avaliou as propriedades desse tipo de

espuma, considerando a NBR 13.579 (ABNT 1996) e considerando, portanto, para a

confecção do referido colchão a Densidade (D), Força de Indentação (FI) e Fator de

Conforto (FC), Deformação Permanente à Compressão (DPC), Resistência

Mecânica (RM), Fadiga Dinâmica (FD) (INMETRO, 1999).

A importância de considerar a densidade, comercialmente representada pela

letra D, na confecção de um colchão é porque ela definirá a quantidade de matéria

(g), no caso deste estudo de espuma de poliuretano, presente em um determinado

volume (cm3) e está associada ao “conceito de qualidade” (INMETRO, 1999;

PERUZZO; CANTO, 2003; SALVADOR; USBERCO, 2006). Porém, segundo

Peruzzo; Canto, (2003) “no sistema internacional a unidade é o quilograma (Kg) por

metro cúbico (m3)”.

Atrelada à densidade está a força de indentação (suporte de carga), e fator

de conforto (INMETRO, 1999), que considera o quanto de peso a espuma pode

suportar em um metro quadrado (m2), qualificando, assim, a produção dessa

espuma. Ainda segundo o INMETRO (1999), “o material deve ser macio no início da

deflexão (ato de deitar) e logo após resistir. Esta força também determina o fator de

conforto nas regiões do corpo humano, na posição deitada, onde ocorrem os

esforços máximos – ombros e quadris”.

Também o INMETRO (1999), nessa análise avaliou a capacidade da

espuma retornar às suas características originais, após ser comprimida por um

espaço de tempo até que atinja seu volume mínimo. Este processo que o INMETRO

(1999) denomina de o determinado “Deformação permanente à compressão” (DPC),

mostra a reação da espuma contra a indução de um “envelhecimento precoce

induzido” qualificando sua durabilidade.

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Segundo Higdon (1981), a mecânica dos materiais explica as relações entre

forças internas, deformação e esforços exteriores aplicados em um corpo e a

quantidade de deformação ou distorção desse corpo, de modo geral, determina a

adequação de seu desempenho. Ainda, esse mesmo autor discorrendo sobre a

elasticidade de um corpo, diz que este apresenta um desempenho elástico quando,

após a retirada de uma carga a ele aplicada, recupera suas dimensões iniciais.

Aliada à DPC, o INMETRO (1999) analisou e avaliou a capacidade de

Resistência Mecânica (RM) da “matéria-prima da espuma” exposta a limites

máximos de tensão e dessa forma verifica a qualidade do material em relação à

ruptura e solução de continuidade. O desgaste advindo da “deflexão” (atos de deitar

e levantar) de acordo com o INMETRO (1999), provoca a “perda de espessura e de

suporte” que é a “Fadiga Dinâmica”.

Araújo et al., (2004), definem fadiga mecânica como a rompimento dos

elementos componentes de uma matéria, por meio da propagação de uma

rachadura ou pequena falha superficial, que se propaga ampliando seu tamanho

devido às solicitações cíclicas sob uma carga bem inferior à carga máxima

suportada pelo material. Para analisar como a “espuma flexível de poliuretano para

solteiro – densidade 33” reage àquela agressão, o INMETRO (1999) simula seu

uso e mostra o desempenho da espuma em relação à dureza e deformação.

Vale salientar, aqui, que se destaca este ensaio do INMETRO (1999), uma

vez que a ABNT (1996) recomenda para uso hospitalar colchões, confeccionados

com esse tipo de material e densidade de acordo com o biótipo, porém, comumente,

para uso hospitalar a densidade sugerida é 28. Além disso, produtos confeccionados

com espuma, devem ser identificados com o selo de densidade emitido pelo Instituto

Nacional de Estudos do Repouso (INER, 1984).

A NBR 13.580 (ABNT, 1996) define, ainda, a especificidade dos tecidos para

revestimento de colchões de espuma flexível de poliuretano e a NBR 13.581 (ABNT,

1996) determina o tipo de revestimento em plástico ou tecido plastificado com

costuras coladas, totalmente impermeáveis, com ou sem zíper e com ilhoses de

respiro para a espuma para colchão hospitalar.

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O intuito deste estudo é utilizar a espuma de poliuretano, sendo sugerido

empregar mais de 90% no projeto proposto, assim, acredita-se ser conveniente,

neste momento, apontar as características destas matérias primas e a justificativa de

sua seleção.

1.3 Composição da espuma - Matérias primas

I.3.1 Polímeros

Os polímeros compõem muitos dos elementos que constituem os

organismos vivos, tais como as proteínas, a celulose e os ácidos nucléicos. Como

nesta pesquisa foram utilizados diversos materiais poliméricos, parece oportuno

conhecê-los.

Os polímeros são macromoléculas orgânicas que podem ser naturais ou

sintéticas, cujo prefixo grego poli significa muitos e mero partes, possuem elevado

peso molecular e são formados por uma cadeia longa e seqüencial de unidades

moleculares (mais de 100), de estrutura simples e essenciais chamadas

monômeros. Estes para serem transformados em polímeros exigem um processo

de polimerização, isto é, reações particulares, transformadoras que sob altas

temperaturas, convertem os monômeros em polímeros, podendo ocorrer por adição,

condensação ou por emulsão. Esse processo resulta na formação de cadeias

poliméricas de tamanhos e pesos moleculares diferentes (VILAR, 2004). O número

de monômeros presentes em cada molécula define seu grau de polimerização,

podendo ser homo ou copolímeros (Figura 10).

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Figura 10. Homopolímero e Copolímero Polimerização em emulsão. Fonte: Soldi e Pires (2003).

Os polímeros de adição são formados pela junção de moléculas de

monômeros sem que haja perda de átomos das moléculas, por exemplo, o

polietileno, o polipropileno, o teflon. Os polímeros de condensação originam-se

quando os monômeros unem-se entre si formando uma macromolécula, ocorrendo

eliminação de átomos ou grupos de átomos de moléculas secundárias, como a

água. Exemplos desse tipo de polímeros são as poliamidas, alguns poliuretanos.

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Os polímeros naturais são encontrados na natureza sob a forma de

borracha natural, obtida pela coagulação do látex, do amido (polissacarídeo) que é

um polímero de condensação proveniente da alfa-glicose, assim como a celulose

(polissacarídeo) de condensação advinda da beta-glicose com eliminação de água e

da proteína, polímero de condensação de alfa-aminoácidos, também com eliminação

de água (MORTON, 1989; CUNEO, 2003).

1.3.2 Polímeros artificiais

Os polímeros artificiais são representados por uma multiplicidade de

materiais, em que sua mais importante propriedade é a mecânica, podendo ser

classificados quanto às suas aplicações, em: elastômeros (Figura 11), que são as

borrachas naturais ou sintéticas como o látex, pneus, vedações, luvas e plásticos,

que podem ser termoplásticos (Figura 11), como o Poli Cloreto de Vinila (PVC),

Poliuretano (PU), Poliestireno (PS), Polipropileno (PP) e termofixos (Figura 11),

como as fibras de poliéster, baquelite, náilon, rayon, entre outros (CUNEO, 2003).

TERMOPLÁSTICOS TERMOFIXOS ELASTÓMEROS Macromoléculas dispostas Macromoléculas entrelaçadas Macromoléculas pouco entrelaçadas. de forma livre. Por isso se formam malha cruzada. Uma Isto permite a elasticidade, moldam e se remoldam. vez moldados não se refundem. recuperando sua forma e dimensões A maioria dos plásticos é anterior à força atuante sobre elas. este grupo. Figura 11. Esquema de macromoléculas dos tipos de polímeros. Fonte: http://www.migueltecnologia.es/3ESO/3ESO.htm,

Os Elastômeros, polímeros intermediários entre os termoplásticos e os

termofixos não são fusíveis, porém, possuem propriedades elásticas e excelente

resistência mecânica à tração, aos agentes abrasivos e corrosivos, radiação

ultravioleta, cristalizações a baixas temperaturas, grande tolerância a elevadas

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pressões de carga e deformações por impactos. Como os elastômeros são

polímeros de longas cadeias flexíveis e pouco entrelaçadas, possuem a propriedade

da expansibilidade reversível, ou seja, elasticidade.

Sua aplicação na indústria pneumática é essencialmente de elastômeros de

butadieno-estireno, porém, outras aplicações são registradas, entre elas: peças

substitutas de metal, peças que suportam cargas, materiais de sustentação, juntas,

troquel, além de certos elastômeros serem usados para fabricação de luvas,

materiais odontológicos de impressão, entre outros usos (COVRE, 2000; CUNEO,

2003; VILAR, 2004).

Os plásticos (do grego: adequado à moldagem), um dos polímeros

mais populares, cujas características e variadas durezas possibilitam muitas

transformações, isto é, podem ser moldados de acordo com a forma que se deseja

utilizar e de acordo com suas ligações químico-estruturais podem ser ainda divididos

em termoplásticos, conforme o efeito que lhes produz o calor e, então são

moldados, mudando a forma se reaquecidos. Podem ser termoestáveis ou

termofixos ou, ainda termoendurecíveis quando após a moldagem tornam-se

endurecidos e não mais podem ser refundidos (SMITH, 1998; COVRE, 2000;

CUNEO, 2003).

Os PU têm estrutura molecular bastante diversificada, podem abranger

desde polímeros rígidos reticulados até os elastoméricos de cadeias lineares e

flexíveis, apresentam propriedades químico-físicas, como: “...[incluem fácil

processabilidade, flexibilidade de formulação, baixa temperatura de polimerização,

ausência de emissão de gases tóxicos e versatilidade de resistência estrutural, além

do baixo custo]” (COSTA; BARBOSA, 2007).

O PU, compõe a única família mais versátil de polímeros que existe.

Também, conhecido, por PU expandido ou espuma rígida de PU é um material

plástico celular e possui estrutura segmentada constituída de longas cadeias

flexíveis fabricado com matérias-primas, provenientes dos polióis e isocianatos. O

PU pode ser expandido por gases, formando uma espuma utilizada na fabricação de

colchões e travesseiros (CANTO, 1995; COVRE, 2000; VILAR, 2004).

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A espuma de PU é produzida essencialmente por três matérias primas: o

isocianato, composto polimérico similar ou o poliol e água. No entanto, são

acrescentados: expansores físicos ou extensores de cadeia, catalisadores amínicos

e metálicos, corantes, surfactantes, do tipo silicone, plastificantes, retardantes de

cama, e agente de ligação cruzada, isto, com a finalidade de controlar mais

efetivamente, a reação, o tamanho da célula da espuma e facilitar o seu

processamento, de acordo com Souza (2007) do Serviço Brasileiro de Respostas

Técnicas (SBRT).

O termo poliol, abreviatura usada para álcoois polifuncionais contém grupos

hidroxilas que reagem com isocianatos para formar os poliuretanos (PU) (VILAR,

2004), e possui segundo Souza (2007) duas características principais que são o

peso molecular e a funcionalidade, cuja relação é dada pela expressão:

Peso equivalente = Peso Molecular/ Funcionalidade

Segundo Vilar (2004), de maneira geral os polióis poliméricos fluidos

viscosos, brancos, originam as espumas flexíveis com teor de sólidos de até 45% e

elastômeros cujo peso molecular está entre 1000 e 6000 e a funcionalidade entre

1,8 e 3,0. Dependendo, então dessa relação, ter-se-á espumas flexíveis ou espumas

semi-rígidas e rígidas. Ainda segundo Vilar (2004), “...[ para os segmentos

envolvidos na produção de espumas flexíveis em blocos flexíveis moldadas e

espumas semi-rígidas, a opção mais utilizada como agente de expansão é a água,

que reage com os isocianatos liberando gás carbônico e formando poliuréia]”.

Ainda que existam muitos métodos para a obtenção de isocianatos,

segundo Vilar (2004) a fosfogenação de aminas resultou no método exclusivo de

importância industrial, como ele bem demonstra na reação exposta na Figura 12 e

explica: “... [Todos os isocianatos usados comercialmente têm ao menos dois grupos

NCO por molécula que reagem com os polióis, água, extensores de cadeia e

formadores de ligações cruzadas, formandos os PU. Os mais amplamente utilizados

são diisocianato de tolueno (TDI) e 4,4 diisocianato de difenilmetano]”:

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Figura 12. Reação de obtenção dos isocianatos. Fonte: Vilar (2004)

No entanto, hoje, é aplicado surfactantes, tanto nas espumas flexíveis e

rígidas, à base de silicone especialmente desenvolvidos para este fim. As espumas

flexíveis em bloco são fabricadas, por processos contínuos ou descontínuos, como

um produto semi-acabado que é cortado nas dimensões e formas desejadas.

As fibras têxtil-sintéticas são polímeros muito finos e alongados, naturais,

artificiais ou sintéticas, sob a forma de filamentos, sendo as principais o poliéster, a

poliamida (náilon), o acrílico, elastano (lycra), poliestireno, orlon e o polipropileno.

Esses polímeros podem ser formados a partir do petróleo, gás natural, ar e água,

pela policondensação da hexametilenodiamina e do ácido adípico, matéria prima

básica para as cadeias de produção das poliamidas (OLIVEIRA, 2003).

Para facilitar a desinfecção e o uso, sugere-se que o colchão proposto seja

revestido com uma fibra têxtil sintética conhecida pelo nome comercial de bagum,

elaborado a partir de um filme de Policloreto de Vinila (PVC) e uma trama de náilon.

O PVC, polímero de adição de cloreto de vinila→ cloro-eteno, que além de isolante

térmico é muito utilizado na fabricação de brinquedos, revestimento, frascos de

embalagens, entre outros (CESAR, 2003). Mesmo sendo um material plástico não é

totalmente originário do petróleo, é composto de 57% de cloro (derivado do cloreto

de sódio do sal marinho) e 43% de eteno, este sim, derivado do petróleo (MACHINI,

2005).

Pelo processo da eletrólise, passagem de uma corrente elétrica por água

salgada resulta em uma reação química originando o cloro, soda cáustica e

hidrogênio (MACHINI, 2005). Porém, o eteno é obtido pela destilação do óleo cru de

petróleo, obtendo-se então a nafta leve. Esta, pela quebra de moléculas grandes em

moléculas menores (craqueamento catalítico) gera etano. Assim, cloro e etano na

forma gasosa reagem entre si produzindo Dicloreto Etano (DCE) se obtém o

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Monocloreto de Vinila (MVC), unidade básica do polímero, que submetidas à

polimeração, transfomam-se, macromoléculas do PVC (MACHINI, 2005).

Assim, o mercado nacional e internacional oferecem, constantemente, uma

gama de opções de Superfícies Especiais para o Manuseio da Pressão (SEMP) para

prevenir as UPP que tem representado um alto custo para as Instituições de Saúde

para tratá-las. Além da implementação de protocolos e Sistematização de

Assistência de Enfermagem (SAE), é necessário que utilizem os melhores e mais

adequados meios que favoreçam a prevenção das UPP, deste modo justifica-se a

proposta do Protótipo de um Colchão especial para o Alivio de Pressão (CEAP), que

apresente facilidade para a equipe de enfermagem mudar o decúbito dos pacientes

acamados, alivie a pressão e contribua para a prevenção de UPP.

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_______________________________________________OBJETIVO

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2 OBJETIVO

Desenvolver um projeto de um protótipo de Colchão Especial para o Alívio

da Pressão (CEAP) de fácil manipulação para a assistência de enfermagem ao

paciente/cliente, acamado e impossibilitado de movimentos, contribuindo para o

conforto e prevenção da UPP.

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_____________________________________MATERIAL E MÉTODOS

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Este capítulo trata dos materiais e métodos utilizados no desenvolvimento

experimental descritivo de um protótipo de Colchão Especial para o Alívio da

Pressão (CEAP). Optou-se pelo vocábulo protótipo tendo em vista, que é o

primeiro tipo, exemplar ou modelo, original, conforme define Ferreira (1988) e

Michaelis (2000).

Trata-se de uma pesquisa aplicada, ou seja, aquela que trabalha com

objetivos imediatos e forma conhecimentos para descobrir uma solução para

determinado problema. Então, o pesquisador concentra e focaliza sua atenção na

resolução do problema, aplicando sua capacidade cognitiva e criativa acrescidas de

suas vivências. Dessa forma o projeto é a própria metodologia (COELHO, 2006).

Castilho, Azeredo e Barretto (2007), ao utilizar a metodologia aplicada ao

design, são categóricos ao salientar que:

“O permanente resgate da experiência aliada ao estudo

de novas tecnologias para a resolução de problemas

que objetivam soluções diferenciadas parece-nos uma

importante associação para o desenvolvimento projetual

em design”.

Assim, elegeu-se a metodologia aplicada por ser a que mais se adapta para

obtenção do objetivo e permite ordenar, sistematizar conhecimentos, experiências

vivenciadas para o desenvolvimento do protótipo colchão anti-úlceras por pressão

(UPP), que a partir deste momento, receberá o nome de Colchão Especial para o

Alivio de Pressão (CEAP).

Para tanto, considera, para essa tecnologia, sua acessibilidade, praticidade,

resistência, segurança, fácil limpeza e desinfecção, relação custo-benefício, além

daqueles determinados pela ABNT (1996) e INMETRO (1999).

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O trabalho foi realizado baseado na estrutura de um colchão hospitalar de

D28 escolhido por ser recomendado pela ABNT, bem como o mais utilizado em

internações domiciliárias e ou hospitalares. Para obtenção do protótipo foram

utilizados os materiais abaixo descritos, visando subsidiar futuras pesquisas que os

utilizem.

O CEAP é constituído de quatro camadas de espuma de poliuretano com

densidades diferentes de acordo com os esquemas descritivos, a seguir:

3.1 Desenvolvimento do Protótipo

ESPUMA PIRAMIDAL

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Figura 13. Vista Explodida do Protótipo do Colchão.

Vista explodida e perspectiva, demonstrando como serão ordenadas as

camadas de espumas que constituirão o modelo final. O modelo será dividido em

quatro partes sendo uma camada de espuma 2, logo acima desta a espuma base

para as câmaras de ar, sobre esta outra camada de espuma 1 com as mesmas

características da espuma 2 e na parte superior a espuma piramidal.

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Figura 14. Espuma 2 e Perspectiva Isométrica.

Desenho Técnico com planta, perfil, elevação e perspectiva da espuma 2,

com dimensões em milímetros (mm), e descrição do material. Indicações dos pontos

de solda com base das câmaras de ar (hachuras).

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Figura 15. Base Câmaras de ar e Perspectiva Isométrica.

Desenho técnico, perspectiva e cortes da base das câmaras de ar, indicação

da solda para acoplamento (hachura) da espuma 1, dimensões em mm e

características conforme descritas no desenho técnico.

NOTAS: A ESPUMA DEVERÁ SER DE ALTA DENSIDADE (RÍGIDA) PARA GARANTIR O FUNCIONAMENTO IDEAL DAS CÂMARAS DE AR. O DIMENSIONAMENTO DAS DENSIDADES FORAM REALIZADAS COM BASE NA TABELA DO INER (INSTITUTO NACIONAL DO ESTUDO DO REPOUSO).

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Figura 16. Espuma 1 e Perspectiva Isométrica.

Desenho técnico com planta, perfil, elevação e perspectiva da espuma 1,

com dimensões em mm, e descrição do material. Indicação do ponto de solda da

espuma 1 com base das câmaras de ar (hachuras) e características conforme

descritas no desenho técnico.

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Figura 17. Espuma Piramidal e Perspectiva – Capa.

Desenho técnico e perspectiva esquemática, com perfil, elevação e planta

da espuma piramidal com dimensões em mm, sistema de fixação para lençol 10mm

característica conforme descritas no desenho técnico.

NOTAS: 1 – O MATERIAL DA CAPA DEVERÁ SER IMPERMEÁVEL E ATENDER ÀS NORMAS VIGENTES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA; 2 – O ELÁSTICO DEVERÁ SER DE ALTA RESISTÊNCIA; 3 – TODAS AS COSTURAS DEVERÃO SER REFORÇADAS.

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Figura 18. Sistema Pneumático – Distribuição e Planta da Câmara de Ar.

Desenho esquemático para visualização do sistema de distribuição de ar

para inflagem das câmaras de ar onde estão situadas as mangueiras, conexões e

válvulas, e a indicação do fluxo de ar. Essas câmaras de ar serão infladas usando-

NOTAS: TODOS OS ELEMENTOS DO SISTEMA SÃO ESPECÍFICOS PARA USO PNEUMÁTICO, AS SOLDAS E AS CÂMARAS DE AR DEVERÃO SER DIMENSIONADAS PARA USO DE COMPRESSOR DE 3 hp E PRESSÃO MÁXIMA DE 175 lib/pol2

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se um compressor de 3hp e pressão máxima de 175 lib/pol2 alimentado por corrente

elétrica de 60hz e 110 ou 220v.

Figura 19. Sistema Pneumático – Bolsas e Detalhe Típico Seção da Bolsa.

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Desenho Técnico esquemático das bolsas de ar e seu acoplamento a base

de espuma, com dimensões em milímetros e tipos de ligações (conexão).

Figura 20. Sistema Pneumático – Distribuição Modo de Espera.

NOTAS: TODOS OS ELEMENTOS DO SISTEMA SÃO ESPECÍFICOS PARA USO PNEUMÁTICO, AS SOLDAS E AS CÂMARAS DE AR DEVERÃO SER DIMENSIONADAS PARA USO DE COMPRESSOR DE 3 hp E PRESSÃO MÁXIMA DE 175 lib/pol2

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Desenho esquemático com ilustração demonstrando o sistema sem atuação

das câmaras de ar (sem ar).

Figura 21. Sistema Pneumático – Distribuição Lateral Direita.

NOTAS: TODOS OS ELEMENTOS DO SISTEMA SÃO ESPECÍFICOS PARA USO PNEUMÁTICO, AS SOLDAS E AS CÂMARAS DE AR DEVERÃO SER DIMENSIONADAS PARA USO DE COMPRESSOR DE 3 hp E PRESSÃO MÁXIMA DE 175 lib/pol2

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Desenho esquemático com ilustração demonstrando a distribuição do

sistema pneumático na lateral direita das câmaras (parte hachurada) com ar

(inflado).

Figura 22. Sistema Pneumático – Distribuição Lateral Esquerda

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Desenho esquemático com ilustração demonstrando a distribuição do

sistema pneumático na lateral esquerda das câmaras (parte hachurada) com ar

(inflado).

Figura 23. Sistema Pneumático – Distribuição Semifowler.

NOTAS: TODOS OS ELEMENTOS DO SISTEMA SÃO ESPECÍFICOS PARA USO PNEUMÁTICO, AS SOLDAS E AS CÂMARAS DE AR DEVERÃO SER DIMENSIONADAS PARA USO DE COMPRESSOR DE 3 hp E PRESSÃO MÁXIMA DE 175 lib/pol2

POSIÇÃO 4 – SEMIFOWLER

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Desenho esquemático com ilustração demonstrando a distribuição do

sistema pneumático na posição semifowler das câmaras (parte hachurada) com ar

(inflado).

Figura 24. Sistema Pneumático – Distribuição Trendelenburg.

SISTEMA PNEUMÁTICO – DISTRIBUIÇÃO TRENDELENBURG

NOTAS: TODOS OS ELEMENTOS DO SISTEMA SÃO ESPECÍFICOS PARA USO PNEUMÁTICO, AS SOLDAS E AS CÂMARAS DE AR DEVERÃO SER DIMENSIONADAS PARA USO DE COMPRESSOR DE 3 hp E PRESSÃO MÁXIMA DE 175 lib/pol2

POSIÇÃO 5 – TRENDERLENBURG

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Desenho esquemático com ilustração demonstrando a distribuição do

sistema pneumático na posição de Trendelenburg das câmaras (parte hachurada)

com ar (inflado).

Figura 25. Sistema Pneumático – Distribuição Semifowler e Trendelenburg.

SISTEMA PNEUMÁTICO – DISTRIBUIÇÃO SEMIFOWLER E TRENDELENBURG

NOTAS: TODOS OS ELEMENTOS DO SISTEMA SÃO ESPECÍFICOS PARA USO PNEUMÁTICO, AS SOLDAS E AS CÂMARAS DE AR DEVERÃO SER DIMENSIONADAS PARA USO DE COMPRESSOR DE 3 hp E PRESSÃO MÁXIMA DE 175 lib/pol2

POSIÇÃO 6 – DISTRIBUIÇÃO SEMIFOWLER E TRENDERLENBURG

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Desenho esquemático com ilustração demonstrando a distribuição do

sistema pneumático no Semifowler (parte hachurada a esquerda) e Trendelenburg

(parte hachurada a direita) com ar (inflado).

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_______________________________________________DISCUSSÃO

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4 DISCUSSÃO

Considerando-se que à alta tecnologia, nem todas as Instituição de Saúde

(IS) podem ter acesso, e acreditando que o desenvolvimento tecnológico é profícuo

e dinâmico, naturalmente não poderia suprir todas as necessidades hospitalares.

Isto o torna, por isso mesmo, campo aberto à atitude criadora do observador,

atento, crítico e perspicaz. E, cabendo ao enfermeiro a identificação e o

reconhecimento dos fatores de risco relacionados aos pacientes e às situações mais

propícias para que isto ocorra, deve usar da sua criatividade para eliminá-los ou

minimizá-los.

Assim, como enfermeira, além de pensar a promoção do conforto do

paciente, o seu pronto restabelecimento e evitar o prolongamento de sua

permanência no hospital, esta proposta tem como pretensão tornar o CEAP

confortável, acessível comercialmente e de uso extensivo na IS.

Para tanto, ponderou-se que a construção de um equipamento requer um

raciocínio coerente, objetivo, pertinente à finalidade a que se propõe, determinando

suas características, tendo em mente sua operacionalidade, praticidade, que atenda

às necessidades a que se destina. Também deve ser comerciável, por isso alguns

passos devem ser previamente elaborados para referenciar as futuras atividades

relacionadas à sua produção.

Assim, como descrito no método iniciou-se com o primeiro passo que foi o

desenvolvimento de um protótipo, justificando-se este trabalho na medida em que

se acredita na importância de, no primeiro momento, descrever por meio de

esquemas estruturais as características gerais, o tipo de material, a função do

equipamento, suas medidas, pois, refere-se a um modelo físico que permite a

visualização do desenvolvimento, subsídio essencial para o segundo passo, ou seja,

a futura construção de um equipamento.

Por tratar-se de protótipo de um Colchão Especial para o Alívio da Pressão

(CEAP) do indivíduo imobilizado no leito, uns dos fatores de risco para a formação

de UPP, teve-se, o cuidado de que esse equipamento contribua para a prevenção

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das UPP, permita a higienização, seja de fácil manipulação pela equipe de

enfermagem, observe o alívio do esforço ergonômico do profissional que o

manipulará, os princípios ergonômicos do produto e, principalmente, o conforto e a

saúde do paciente que necessite de mudança postural.

Ao discutir-se, então, esta proposta parece oportuno considerar os diferentes

tipos de colchões especiais para o alívio da pressão oferecidos pelo mercado

nacional, para o consumo hospitalar e também utilizados para a assistência de

enfermagem no domicílio. Optou-se por apresentar a disponibilidade dos tipos

nacionais, pois, são mais comumente adquiridos e empregados pela maioria das

Instituições de Saúde (IS). Isto porque, os oferecidos pelo mercado internacional,

são onerosos e sua aquisição não é rotineira, não só pelo aspecto econômico, mas

também, pela dificuldade de importá-los.

4.1 Colchões e Superfícies Especiais para o Alívio de Pressão

As Superfícies Especiais para o Alívio de Pressão (SEAP) podem ser

classificadas conforme suas ações e indicações para a redução ou eliminação da

pressão em estáticas e dinâmicas, como sugerem Caliri; Pieper; Cardozo (2008),

afirmando ainda, que atuam abaixo do nível pressórico de oclusão dos capilares

adjacentes às proeminências ósseas.

Essa afirmativa encontra ressonância em Perez (1993), ao asseverar que a

oclusão capilar exige uma mínima intensidade de pressão para ocorrer,

exemplificando que com apenas de 12mmHg de pressão uma vênula é ocluída e a

arteríola com 32mmHg de pressão, sendo o tempo de exposição a esta, o

componente mais importante nessa situação. Ainda este autor (PEREZ, 1993)

salienta que as SEAP atuam nos dois níveis reduzindo a pressão nos tecidos moles

eliminando também, a força de fricção e do cisalhamento.

Essas SEAP devem fornecer pressões mais baixas quando comparados ao

colchão hospitalar comum, no entanto, segundo Whittemore (1998), não se pode

dizer que reduzam efetivamente a pressão a níveis inferiores a 32mmHg

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(intensidade de pressão que obstrui a arteríola) em todas as proeminências ósseas.

Assim, as características das SEAP devem apresentar condições que, ao mesmo

tempo, distribuam a carga e reduzam a pressão tissular, aumentado a área de

apoio (CALIRI; PIEPER; CARDOZO, 2008), não aquecendo demasiadamente o

paciente, favorecendo a evaporação da umidade, a higiene e o conforto

(RODRÍGUEZ; LÓPEZ , 2007). A aplicação de SEAP, sejam elas, estáticas ou

dinâmicas, são de primordial importância não só em relação à prevenção, como

também, quando já está instalada a lesão, auxiliando na sua terapêutica.

Em estudo feito por Pieper et al., (1998), sobre os fatores de risco, métodos

de prevenção de feridas e o cuidado de pacientes com UPP, observaram que o

emprego de SEAP nos pacientes considerados de risco pela escala de Braden

tiveram um aumento de 60% para 94% desde a admissão até a alta, revelando a

conscientização dos profissionais de saúde sobre a importância de seu uso como

método de conforto e prevenção de UPP. Porém, o enfermeiro não deve se

esquecer de que tais superfícies são apenas coadjuvantes da assistência de

enfermagem e jamais seu substituto (RODRÍGUEZ; LÓPEZ, 2007).

O mercado nacional oferece vários tipos de SEAP estáticas (para pacientes

de baixo risco) e dinâmicas. Porém, como a proposta do protótipo neste estudo é

uma SEAP dinâmica, discutir-se-ão a seguir as características e os benefícios

terapêuticos associados às SEAP dinâmicas oferecidas pelo mercado, mais

indicadas para as necessidades clínicas de pacientes de médio e alto riscos de

desenvolver UPP.

Segundo Caliri, Pieper e Cardozo (2008) encontram-se basicamente, três

tipos de SEAP dinâmicas no mercado, são: “os colchonetes, colchões

especializados e camas especializadas”. Os colchonetes (Figuras 28 e 29) e

colchões (Figura 30) podem ser compostos de câmaras, células ou alvéolos de ar,

cujos denominação, número (130/185), formato e disposição podem variar conforme

o fabricante (Figuras 30, 31 e 32), se movimentam pela alternância da pressão

mediante o uso de um compressor elétrico (110 e 220V / 50-60 Hz) que insufla e

desinsufla o ar dentro das câmaras, automaticamente.

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Essa alternância ocorre em cada câmara por um período de 05 minutos, mais

ou menos dependendo da programação dos ciclos que se fizer. As dimensões dos

colchões ou colchonetes variam de 190cm até 200cm de comprimento por 86cm até

94cm de largura de tal forma que possam ser colocados sobre uma cama ou sobre

um colchão hospitalar, respectivamente.

Figura 26. Colchonete de ar alternado. Fonte: http://www.bibbo.com.br; http://www.cksaude.com.br;

www.criticalmed.com.br;

Figura 27. Colchonete de ar alternado. Fontes: http://www. bibbo.com.br; http://www.cksaude.com.br;

www.criticalmed.com.br;

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Figura 28. Colchonete de ar alternado. Fontes: http://www. bibbo.com.br; http://www.cksaude.com.br;

www.criticalmed.com.br;

Figura 29. Colchão de água articulado. Fontes: http://www.cksaude.com.br; www.ortholoc.com.br;

www.casaortopedica.com.br

Figura 30. Colchão de água articulado. Fontes: http://www.cksaude.com.br; www.ortholoc.com.br;

www.casaortopedica.com.br

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Essas SEAP essencialmente, são produzidas com vinil (PVC) atóxico de

alta resistência, de fácil higienização, manipulação, no caso dos colchonetes

dinâmicos, a desinsuflação é rápida se for necessário (CALIRI; PIEPER;

CARDOZO, 2008). Contudo, a exigência do uso de compressor elétrico torna-o um

equipamento eletromédico, com riscos potenciais inerentes a esse tipo de sistema.

Podem, por exemplo, ser fontes geradoras de ruído, que dependendo da intensidade

de pressão sonora emitida, do tipo de ruído e do tempo de exposição a ele,

provocarão nos pacientes sinais e sintomas de estresse, perturbação da

concentração, do sono e repouso, entre outros efeitos adversos (POSSO,1988;

POSSO; SANT’ANNA, 2007).

Os colchões ou os colchonetes de água, de grande disponibilidade no

mercado nacional e de fácil adaptação sobre as camas hospitalares ou mesmo, as

domiciliares, favorecem a higienização e ativam a circulação pelo movimento interno

da água como bem apontam Caliri, Pieper e Cardozo (2008). Por outro lado, essa

movimentação, pode causar sensação de insegurança no paciente, dificuldade no

desempenho de cuidados, o esfriamento da água pode levar à hipotermia, risco de

vazamentos causados por descolamento de soldas de extremidades ou perfurações,

restringe ou mesmo impede as posições de Fowler e Trendelenburg da cama, pelo

desequilíbrio na distribuição da água (CALIRI; PIEPER; CARDOZO, 2008).

É de extrema importância, que se dedique atenção aos colchões

hospitalares e às SEAP, pois como afirma Dealey (2001), a vida útil deles é de 4

anos e sua espessura deve permanecer em torno de 13 cm. Caso contrário, ocorre a

deformação dos colchões e consequentemente, posição anatômica inadequada do

paciente. Portanto, há necessidade de que os hospitais instituam programas de

testes e de reposição dos mesmos e de suas coberturas vinílicas.

Após observações e estudos dos colchões anteriormente descritos, é que se

pensou em desenvolver um protótipo de um colchão a partir de materiais já

existentes no mercado, porém, com a proposta do protótipo em estudo, a nova

tecnologia de movimentos para auxiliar a mudança de decúbito de pacientes com

diagnóstico de enfermagem de Mobilidade física prejudicada e /ou Integridade da

pele prejudicada, objetivando alguns benefícios, entre outros, descritos a seguir:

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Para o paciente: maior conforto, privacidade, movimentos suaves, intervalos

reduzidos; acelerar o processo de cicatrização das úlceras instaladas; promover

auto-estima; evitar ou retardar o aparecimento e desenvolvimento das complicações

mais freqüentes como: infeções, doenças respiratórias, circulatórias, renais e gastro-

intestinais; permanência hospitalar prolongada.

Para a equipe de enfermagem e/ou de outros profissionais de saúde: menor desgaste físico e emocional da equipe, menos problemas ergonômicos,

menor exposição a riscos infecciosos, favorecimento do trabalho, melhora da

qualidade da assistência, melhor aproveitamento do tempo.

Para o Familiar no cuidado domiciliar: facilitar a realização da mudança

de decúbito, melhorar a qualidade do cuidado prestado, redução de gastos, melhor

utilização do tempo.

Para a IS: redução de gastos; redução do período de internação e re-

admissões, e maior disponibilidade de leitos.

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__________________________________CONSIDERAÇÕES FINAIS

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diversos agentes físicos e/ou químicos podem ser fatores danosos, ou

mesmo, lesivos ao organismo humano, de forma direta ou indireta. Esses agentes

podem agredir as funções e estruturas celulares, advindos tanto das condições

ambientais externas ou internas do indivíduo. As agressões podem ser leves e

graves, súbitas e intensas de pequena ou longa duração, atreladas à potência do

agente e à suscetibilidade celular à agressão (BELAND; PASSOS, 1978).

Segundo Carpenito-Moyet (2006), o diagnóstico de enfermagem

“Integridade da pele prejudicada” é definido como “o estado em que o indivíduo

apresenta, ou está em risco para apresentar, dano ao tecido epidérmico e dérmico”

ainda que está relacionado “à imobilidade e a efeitos da pressão, fricção,

deslizamento e maceração”. Ao abordar os princípios e justificativas para o cuidado

de enfermagem para esse diagnóstico salienta que:

“A pressão é uma força compressiva descente sobre uma

determinada área. Se a pressão contra o tecido macio for maior

do que a pressão sangüínea intracapilar (aproximadamente

32mm Hg), os capilares podem ser ocluídos, e o tecido

danificado, como resultado da hipóxia ”.

Então, especificamente, no caso de pacientes acamados, imóveis, essa

pressão exerce continuamente uma força sobre as áreas de proeminências ósseas

com pouco tecido mole. Um indivíduo sadio quando sente-se desconfortável devido

a uma posição prolongada, movimenta-se, e o peso sobre a superfície em que está

apoiado é redistribuído, aliviando a pressão (CALIRI; PIEPER; CARDOZO, 2008).

Há controvérsias entre alguns autores quanto ao tempo em que se

desenvolvem as UPP, sendo que para uns podem manifestarem-se de 24h até

cinco dias para a sua manifestação e para outros de 30 minutos a 4h

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(GIARETTA, 2002; GIARETTA; POSSO, 2004; COSTA, 2005; CALIRI; PIEPER;

CARDOZO, 2008). E ainda Costa (2005), entende que em não sendo aliviada a

pressão, uma lesão pode tornar-se irreversível num espaço entre 2h a 4h.

Ainda, Costa (2005), pondera que estudos mostram que pressões entre 60

e 580 mm Hg e, entre 1h e 6h podem ocasionar uma UPP. Porém deve-se, também,

considerar os demais fatores como, as forças de cisalhamento e fricção, a

desnutrição, incontinência, imobilidade, estado da consciência, podem contribuir de

forma sinérgica para a formação da UPP.

Corrobora essa afirmação Sousa et al. (2001) ao advertir que o período

prodrômico da UPP, relaciona-se com a pressão do corpo contra as superfície em

que está apoiado e vice-versa, acrescidas de outras duas forças: a de compressão

e a de cisalhamento. Ainda, esse mesmo autor, ressalta que outros fatores atuam na

etiologia da UPP, muitos ainda, pouco estudados, sendo, portanto, tarefa árdua,

identificar o grau de aporte de cada um deles nessa formação.

Desse modo, o enfermeiro e os profissionais de saúde, devem conhecer os

fatores e riscos para a integridade da pele prejudicada, usar uma escala validada de

investigação de tais riscos.Também investigar déficit de atividade e imobilidade.

Portanto, a observação de intervenções preventivas para eliminar aqueles fatores e

riscos é essencial. Considerar que pacientes tetraplégicos, idosos admitidos com

fraturas de fêmur e pacientes críticos podem ser de maior risco.

O mercado nacional oferece um leque de opções, porém, não há uma

consistente ação de melhoria efetiva que abranja todas as situações. Por isso, ao

escolher um colchão ou qualquer outra superfície especial para o alívio da pressão

para um paciente, é primordial a preocupação com o benefício terapêutico associado

ao produto (LEAL, 2005; POSSO; LEAL, 2006).

É inconteste o grande avanço biotecnológico em relação à prevenção e

tratamento de feridas, e em especial nas UPP nas últimas décadas. Isso tem

gerado uma profícua produção científica multi e interdisciplinar dos profissionais da

área da saúde, estimulando e resultando em intervenções integradas e

sistematizadas, respeitando a complexidade do indivíduo.

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O colchão hospitalar deve atender a NBR 13.579 (ABNT,1996), que fixa as

condições exigíveis para colchões e colchonetes de espuma flexível de poliuretano,

como sendo destinado ao uso hospitalar e que o colchão, para uso hospitalar deve

ser confeccionado com uma ou três lâminas de espuma do tipo convencional, onde

a densidade nominal (D) deve ser 28.

Isto foi determinado considerando a diversidade dos biótipos físicos dos

usuários e, ainda, o uso constante nos hospitais, condições que podem desgastar e

danificar mais rapidamente o colchão. O protótipo proposto para o CEAP baseou-se

na estrutura de um colchão hospitalar D28, recomendado pela ABNT(1996), bem

como, por ser o mais utilizado em internações domiciliárias e ou hospitalares,

especificado na metodologia.

Então, o CEAP é constituído de quatro camadas de espuma de poliuretano

com densidades diferentes baseadas no que expõe a Figura 9, considerando a

adequação entre biótipo e densidade do colchão e colchonete de espuma flexível de

poliuretano (NBR 13.579 - ABNT, 1996).

Assim, em relação ao material utilizado, houve a preocupação em pesquisar

um material com as características descritas nos capítulos da introdução e

metodologia (itens 1.3 e 4, respectivamente) que atendessem às determinações da

NBR 13.579 (ABNT,1996).

Assim, pensou-se em sua força de indentação (suporte de carga), fator de

conforto, Deformação Permanente à Compressão (DPC), Resistência Mecânica

(RM) (INER, 1984; INMETRO, 1999), “Fadiga Dinâmica”, advinda da deflexão

provocando o desgaste ou a perda de espessura e de suporte, descritas nas figuras

13 a 25, visando o conforto, a alta relação resistência/peso e cuja cobertura facilite

a limpeza e desinfecção.

Acredita-se que este trabalho contribuirá de forma efetiva para a melhoria

da assistência de enfermagem ao paciente/cliente acamado, com déficit mobilidade,

facilitando a manipulação pela equipe de enfermagem e/ou de outros profissionais

de saúde, possibilitando a mudança de posição, contribuindo para o conforto e

prevenção da UPP.

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5.1 PERSPECTIVAS FUTURAS

Esta proposta considerou as necessidades da clientela usuária, da Equipe

de Enfermagem e demais profissionais da área da saúde, do contexto sócio-

econômico do país. Este protótipo está aguardando parecer da UniVap para dar

continuidade ao processo de patente.

Em futura etapa será construído um protótipo e validada sua funcionalidade

e contribuição para a redução da pressão e prevenção do risco de desenvolvimento

de UPP em pacientes acamados.

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_____________________________________________REFERÊNCIAS

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