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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS – GESTÃO
CAMPUS BIGUAÇU
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PAULA MACHADO DE AQUINO
ANÁLISE DA SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO H UMANO
DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DA EMPRESA
THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A, FILIAL FLORIANÓPOLIS/S C
Biguaçu
2009
PAULA MACHADO DE AQUINO
ANÁLISE DA SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO H UMANO
DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DA EMPRESA
THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A, FILIAL FLORIANÓPOLIS/S C
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professora Orientadora: Kellen da Silva Coelho
Biguaçu
2009
PAULA MACHADO DE AQUINO
ANÁLISE DA SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO H UMANO
DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DA EMPRESA
THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A, FILIAL FLORIANÓPOLIS/S C
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do
título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Área de Concentração: Gestão de Pessoas
Biguaçu, junho de 2009.
Profª. Kellen da Silva Coelho, MSc
UNIVALI - CE de Biguaçu
Orientadora
Profª. Evelize Mara de Souza Gomes Martins, MSc
UNIVALI - CE de Biguaçu
Profº. Amarildo Felipe Kanitz, MSc
UNIVALI - CE de Biguaçu
Dedico este trabalho aos meus pais Valdete
e Pedro Paulo pelos ensinamentos da vida
e pelo amor incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela saúde, por
iluminar os meus caminhos, e por ter colocado pessoas tão maravilhosas e
importantes em minha vida.
Aos meus pais Pedro Paulo de Aquino e Valdete Sousa Machado de
Aquino, exemplos de lealdade e honestidade, que me preparam para a vida,
sempre me conduzindo ao caminho certo, e estando sempre presentes em todos
os momentos de minha vida, com amor, carinho e dedicação, sendo os grandes
responsáveis por esta conquista.
Ao meu namorado Rafael Rosa, pelo apoio, incentivo, atenção e
principalmente pelo seu amor durante esses anos.
Agradeço a todos os amigos e familiares que fizeram parte desta
caminhada, obrigada pelo carinho e companheirismo.
A ThyssenKrupp Elevadores S/A, pela oportunidade cedida para a
realização deste trabalho, principalmente ao Mario Fatori, por sua colaboração
especial, pela confiança depositada e oportunidades concedidas durante esses
anos.
Aos professores do Curso de Administração da UNIVALI, que me
auxiliaram na busca do conhecimento durante toda esta trajetória, em especial a
minha orientadora Kellen da Silva Coelho pelos ensinamentos e sabedoria
transmitidos para o desenvolvimento deste trabalho, à professora Simone Dias,
por sua dedicação e atenção e ao professor Tadeu Formiga, que me forneceram
suporte para a realização deste sonho.
Enfim, a todos que colaboraram direta ou indiretamente para a
concretização deste trabalho.
"Os verdadeiros analfabetos não são aqueles
que não sabem ler ou escrever, mas aqueles
que se recusam a aprender, reaprender e
voltar a aprender".
(Alvin Toffler)
RESUMO
Este estudo tem como objetivo geral analisar a sistemática de Avaliação de Desempenho Humano do departamento de Assistência Técnica da empresa ThyssenKrupp Elevadores S/A em Florianópolis/SC. Para alcançar este objetivo, foi necessário identificar a sistemática atual do processo de avaliação de desempenho humano, propor uma nova sistemática, analisar o desempenho da equipe técnica por meio dos fatores e o desempenho de cada funcionário. O procedimento metodológico utilizado foi predominantemente quantitativo e descritivo e contou com pesquisas bibliográficas referentes à gestão de pessoas e avaliação de desempenho e aplicação. Foram definidos os métodos de avaliação e os fatores a serem analisados e utilizou-se a técnica de aplicação de questionário para coletar de dados. O questionário foi aplicado em uma amostra de quatorze (14) funcionários. Cada funcionário recebeu três (3) avaliações (a autoavaliação, a avaliação do superior imediato e a avaliação de um membro da equipe), totalizando quarenta e dois (42) questionários. Com o resultado da pesquisa realizada, em se tratando da avaliação por fatores, foi evidenciado que somando as graduações 3 (frequentemente apresenta o fator) com a graduação 4 (sempre apresenta o fator), a equipe obteve todas as porcentagens acima de 50%, podendo relatar que, de maneira geral, a equipe não possui nenhum fator com relevância negativa de desempenho. A partir da análise dos resultados individuais, ficou constatado que, nenhum deles ficou abaixo do esperado pela organização. Ainda em destaque, estão quatro (4) deles que possuíram médias acima do esperado, superando as expectativas da organização. A partir da obtenção dos objetivos, pode-se observar que o estudo proporcionou impacto no departamento, pois fez com que os gestores compreendessem que o resultado da avaliação é uma fonte valiosa de informações.
Palavras–chave : Gestão de pessoas. Avaliação de desempenho. Feedback.
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the human performance test systematic of ThyssenKrupp’s elevators technical assistance team. To reach this goal, it was needed to identify the usual systematic, analyze the technical team performance, and the performance of each technician. The methodological procedure employed was in most quantitative and descriptive counting with bibliographic researches in people management and application and performance’s test. The method of evaluation and the factors to be analyzed were defined, and, the questionnaire application technique was used to collect data. The questionnaire was applied in a sample of fourteen (14) employees. Each one received three tests (the auto assessment, the boss test, and an assessment of one team member) in a total of forty-two (42) questionnaires. With the research result in hand, utilizing factors evaluation, it was shown that adding the grades 3 (frequently shows the factor) with the grades 4 (always shows the factor); the team got every percentage above 50%, showing that they doesn’t have any negative performance factor. Using the result analysis, it was shown that none of them got grades under the company’s expectations. And four (4) of them got their grades above the expected, surpassing the organization expectations. With the goals reached, it can be seen that this study caused some impact in the department, making the managers comprehend that the assessment result is a valuable source of information. Key-words : People management. Performance assessment. Feedback.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Detalhamento Avaliado 01.............................................................. 65
Tabela 2 – Detalhamento Avaliado 02.............................................................. 68
Tabela 3 – Detalhamento Avaliado 03.............................................................. 70
Tabela 4 – Detalhamento Avaliado 04.............................................................. 72
Tabela 5 – Detalhamento Avaliado 05.............................................................. 74
Tabela 6 – Detalhamento Avaliado 06.............................................................. 76
Tabela 7 – Detalhamento Avaliado 07.............................................................. 78
Tabela 8 – Detalhamento Avaliado 08.............................................................. 80
Tabela 9 – Detalhamento Avaliado 09.............................................................. 82
Tabela 10 – Detalhamento Avaliado 10............................................................ 84
Tabela 11 – Detalhamento Avaliado 11............................................................ 86
Tabela 12 – Detalhamento Avaliado 12............................................................ 88
Tabela 13 – Detalhamento Avaliado 13............................................................ 90
Tabela 14 – Detalhamento Avaliado 14............................................................ 92
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Avaliação de desempenho nos processos de gestão de pessoas.. 25
Figura 2 – Organograma da Empresa.............................................................. 47
Figura 3 – Fluxograma da sistemática proposta............................................... 50
Quadro 1 – Métodos tradicionais e modernos de avaliação de desempenho.. 29
Quadro 2 – Ponto e graduação de desempenho.............................................. 39
Gráfico 1 – Comunicação................................................................................. 52
Gráfico 2 – Relacionamento interpessoal......................................................... 53
Gráfico 3 – Aplicação do conhecimento técnico............................................... 54
Gráfico 4 – Adaptação a mudanças.................................................................. 56
Gráfico 5 – Planejamento e organização.......................................................... 57
Gráfico 6 – Iniciativa......................................................................................... 58
Gráfico 7 – Segurança...................................................................................... 59
Gráfico 8 – Comprometimento.......................................................................... 61
Gráfico 9 – Trabalho em equipe....................................................................... 62
Gráfico 10 – Capacidade de solucionar problemas.......................................... 63
Gráfico 11 – Pontuação Avaliado 01................................................................ 65
Gráfico 12 – Médias do Avaliado 01 por fator................................................... 66
Gráfico 13 – Pontuação Avaliado 02................................................................ 67
Gráfico 14 – Médias do Avaliado 02 por fator................................................... 68
Gráfico 15 – Pontuação Avaliado 03................................................................ 69
Gráfico 16 – Médias do Avaliado 03 por avaliado............................................ 70
Gráfico 17 – Pontuação Avaliado 04................................................................ 71
Gráfico 18 – Médias do Avaliado 04 por fator................................................... 72
Gráfico 19 – Pontuação Avaliado 05................................................................ 73
Gráfico 20 – Médias do Avaliado 05 por fator................................................... 74
Gráfico 21 – Pontuação Avaliado 06................................................................ 75
Gráfico 22 – Médias do Avaliado 06 por fator................................................... 76
Gráfico 23 – Pontuação Avaliado 07................................................................ 77
Gráfico 24 – Avaliado 07 por fator.................................................................... 78
Gráfico 25 – Pontuação Avaliado 08................................................................ 79
Gráfico 26 – Médias do Avaliado 08 por fator................................................... 80
Gráfico 27 – Pontuação Avaliado 09................................................................ 81
Gráfico 28 – Médias do Avaliado 09 por fator................................................... 82
Gráfico 29 – Pontuação Avaliado 10................................................................ 83
Gráfico 30 – Médias do Avaliado 10 por fator................................................... 84
Gráfico 31 – Pontuação Avaliado 11................................................................ 85
Gráfico 32 – Médias do Avaliado 11 por fator................................................... 86
Gráfico 33 – Pontuação Avaliado 12................................................................ 87
Gráfico 34 – Médias do Avaliado 12 por fator................................................... 88
Gráfico 35 – Pontuação Avaliado 13................................................................ 89
Gráfico 36 – Médias do Avaliado 13 por fator................................................... 90
Gráfico 37 – Avaliado 14................................................................................... 91
Gráfico 38 – Médias do Avaliado 14................................................................. 92
Gráfico 39 – Geral............................................................................................. 93
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................13
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................14
1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................14
1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................14
1.2 JUSTIFICATIVA ..............................................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................ .............................................16
2.1 GESTÃO DE PESSOAS..................................................................................16
2.2 OS PROCESSOS DE GESTÃO DE PESSOAS...............................................18
2.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO HUMANO ...................................................20
2.3.1 Propósitos da Avaliação de Desempenho Humano ................................22
2.3.2 Aspectos operacionais do processo de avaliaçã o de desempenho humano ................................................................................................................26
2.3.4 Dificuldades do processo de avaliação de dese mpenho .......................27
2.3.5 Métodos de avaliação de desempenho ....................................................29
2.3.5.1 Escalas gráficas ........................................................................................30
2.3.5.2 Escolha forçada ........................................................................................30
2.3.5.3 Pesquisa de campo...................................................................................31
2.3.5.4 Incidentes críticos .....................................................................................31
2.3.5.5 Comparação de pares...............................................................................32
2.3.5.6 Autoavaliação............................................................................................32
2.3.5.7 Relatório de performance..........................................................................32
2.3.5.8 Avaliação por resultados ...........................................................................33
2.3.5.10 Avaliação 360 graus................................................................................34
2.3.6 As fontes de avaliação de desempenho ..................................................36
2.3.7 Fatores de avaliação de desempenho ......................................................37
2.3.7 Entrevista de avaliação ..............................................................................39
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ...............................................................41
4 RESULTADOS ....................................... ...........................................................46
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................46
4.2 SISTEMÁTICA ATUAL DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .........................48
4.3 SISTEMÁTICA PROPOSTA PELA PESQUISADORA.....................................48
4.3.1 Apresentação e análise de dados .............................................................50
4.3.1.1 Análise por fatores ....................................................................................51
4.3.1.2 Análise dos Avaliados ...............................................................................64
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................. ..................................................95
REFERÊNCIAS ....................................................................................................98
APÊNDICES .......................................................................................................100
13
1 INTRODUÇÃO
As organizações funcionam por meio de pessoas, todas as ações
decorrentes do processo produtivo incorporam a contribuição humana. As
pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma organização.
Assim, os funcionários são considerados diferenciais frente à obtenção dos
objetivos das empresas.
Segundo Chiavenato (2004, p. 5), ao invés de as empresas investirem em
seus produtos, serviços e clientes, elas estão investindo nas pessoas que sabem
como criar, produzir e melhorar seus produtos e serviços e como satisfazer e
encantar seus clientes.
No cenário competitivo atual, as organizações necessitam medir a
produtividade da empresa e com isso, avaliar o desempenho de seus
funcionários. A Avaliação de Desempenho Humano analisa o desempenho de
cada pessoa, a partir das metas dadas, dos resultados alcançados e do potencial
de desenvolvimento.
Cabe evidenciar que, segundo Chiavenato (2004, p. 222), “o desempenho
humano precisa ser excelente em todos os momentos, para que a organização
tenha competitividade para atuar e sair-se bem no mundo globalizado de hoje”.
A empresa em estudo, ThyssenKrupp Elevadores S/A, atua na indústria,
comércio, exportação, modernização e conservação de elevadores, assim como
no setor de escadas e esteiras rolantes, fingers (passarelas para aeroportos) e
equipamentos para pessoas com mobilidade reduzida. Empresa multinacional,
atua em todo o território nacional, tendo em Santa Catarina duas Filiais: uma em
Balneário Camboriú e outra em Florianópolis, possuindo diversos departamentos,
entre eles a Assistência Técnica, sendo este o foco do objeto de estudo.
Assim, uma das problemáticas observadas na empresa consiste em não
possuir métodos sistemáticos para avaliar o desempenho de cada funcionário.
Desta forma, este trabalho pretende responder à seguinte questão
norteadora: que análise pode ser efetuada acerca da sistemática de Avaliação de
Desempenho Humano dos funcionários do departamento de Assistência Técnica
na empresa ThyssenKrupp Elevadores S/A em Florianópolis/SC, no período de
agosto de 2008 a junho de 2009?
14
1.1 OBJETIVOS
Frente à questão norteadora apresentada, foram estipulados os objetivos
deste trabalho.
1.1.1 Objetivo geral
O objetivo geral desta pesquisa é analisar a sistemática de Avaliação de
Desempenho Humano do departamento de Assistência Técnica da empresa
ThyssenKrupp Elevadores S/A em Florianópolis/SC, no período de agosto de
2008 a junho de 2009.
1.1.2 Objetivos específicos
• Identificar a sistemática atual do processo de avaliação de
desempenho humano.
• Propor uma sistemática de avaliação de desempenho humano.
• Analisar o desempenho da equipe técnica por meio dos fatores de
avaliação.
• Analisar o desempenho de cada funcionário do departamento de
Assistência Técnica da ThyssenKrupp Elevadores S/A.
1.2 JUSTIFICATIVA
O foco da empresa ThyssenKrupp Elevadores S/A é a prestação de
Serviços; por isso, os funcionários do departamento de Assistência Técnica
possuem um papel muito importante dentro da organização.
Gil (2006, p. 35) destaca que “o setor de serviços vem apresentando nas
últimas décadas níveis de crescimento muito mais acelerados do que os demais
15
setores econômicos”. Ainda o mesmo autor (2006, p.35) enfatiza que as
organizações no ramo de serviços devem dar destaque ao desempenho das
tarefas realizadas e terem profissionais com níveis de capacitação técnica mais
elevada que os demais setores.
Portanto, para a organização, o presente estudo é importante, pois além de
expressar a realidade na qual a empresa está inserida, tende a viabilizar à
organização o conhecimento do desempenho de cada funcionário, sendo que
assim torna-se possível propor ações no intuito de promover e alavancar a
produtividade e as ações da empresa.
Segundo Chiavenato (2004, p. 223), “a avaliação de desempenho é um
processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as qualidades
de uma pessoa e, sobretudo, qual a sua contribuição para o negócio da
organização”.
O momento é oportuno porque a empresa possui um sistema de avaliação
deficitário, pois até o presente momento, formalmente não possui métodos para
avaliar, verificar e acompanhar o desempenho individual de cada funcionário
dentro de sua equipe.
Gil (2006, p.149) destaca que a avaliação de desempenho não é um
processo novo, pois mesmo informalmente as organizações sempre avaliam seus
funcionários.
Este autor (2006, p. 149) comenta que para evitar que a avaliação de
desempenho seja feita de maneira superficial e unilateral em relação ao chefe e
subordinado, se faz necessário a aplicação da avaliação de desempenho
tecnicamente elaborada. Dessa maneira, evitam-se distorções com base no
senso comum e obtém-se uma abordagem mais racional do ser humano.
O trabalho foi viável, pois foi possível criar métodos de avaliação no prazo
de tempo proposto de um ano, sem qualquer tipo de custos e a acadêmica
possuía conhecimentos para a elaboração deste projeto. A empresa demonstrou
grande interesse neste estudo, pois compreendeu que existia uma lacuna
inerente ao seu processo avaliativo do desempenho de pessoas; posto isso,
disponibilizou os dados necessários para a conclusão do mesmo.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica, que dará subsídios
para a proposta de estudo, abordando os seguintes temas: a gestão de pessoas,
os processos de gestão de pessoas e, mais especificamente, a avaliação de
desempenho humano.
2.1 GESTÃO DE PESSOAS
Chiavenato (2004) destaca que a visão geral atual de gestão de pessoas é
completamente distinta de quando se denominava Administração de Recursos
Humanos. Essa nova visão não considera as pessoas simples funcionários que
são remunerados pelo tempo que elas disponibilizam para a empresa, mas sim
como parceiros do negócio da organização.
Segundo Knapik (2006, p. 37), a gestão de pessoas vem passando por um
contínuo processo de mudanças e modernização.
Na mesma concepção, Ribeiro (2005, p. 4) relata que a “gestão de pessoas
é uma das áreas que mais têm sofrido mudanças e transformações nos últimos
anos”.
A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos e de uma infinidade de outras variáveis importantes (CHIAVENATO, 2004, p. 6).
De forma mais abrangente, Gil (2001, p. 17) diz que a “Gestão de Pessoas
é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas
organizações para o alcance dos objetivos tanto nas organizações quanto
individuais”.
17
Para Knapik (2006, p. 37) há uma grande concorrência a qual exige que as
empresas aumentem sua produtividade e qualidade e reduzam seus custos, ou
seja, o talento das pessoas está sendo considerado como um diferencial
estratégico e competitivo.
Chiavenato (2004, p.4) menciona que as pessoas passam grande parte de
suas vidas dentro da organização e é por meio dessas organizações que elas
atingem seus objetivos pessoais e individuais. Entretanto, as organizações
também dependem das pessoas para operar, produzir seus bens e serviços,
atender clientes, competir nos mercados e atingir seus objetivos globais e
estratégicos.
Chiavenato (1998, p. 113) complementa que isso faz parte de um processo
de reciprocidade: a organização faz coisas para e pelo funcionário, remunera-o,
proporciona segurança e status; e reciprocamente, o empregado corresponde
desempenhando suas tarefas. Assim, a organização espera que o funcionário
realize o que lhe for proposto e o empregado espera que a organização se
comporte corretamente com ele.
Gil (1994, p. 28) salienta que é perceptível a relação entre o
relacionamento da organização (superiores) com os empregados, e os resultados
obtidos pela empresa.
Desse modo, Knapik (2006, p. 14) destaca que a área de gestão de
pessoas precisa ter muito conhecimento sobre sua organização, seu ambiente de
trabalho, suas crenças, valores, missão e visão, ambiente e clima de trabalho, e
cultura empresarial, para que possa fazer o gerenciamento de seus talentos, para
criar uma relação de “ganha-ganha” entre empresa e funcionário.
Na mesma perspectiva, Chiavenato (2004, p.4) enfatiza que cada parte
depende uma da outra, possuindo uma relação duradoura simbiose entre pessoas
e organizações.
Ressalta-se que as afirmações dos autores demonstram que as pessoas
constituem um papel de suma importância na organização. Conclui-se a partir
disso, que é imprescindível para a organização saber administrar e efetivar sua
gestão de pessoas, a fim de promover o desenvolvimento humano no intuito de
alcançar os objetivos da organização.
18
As várias atividades mencionadas, da qual é constituída a Gestão de
Pessoas, estão relacionadas com um conjunto de processos, os quais são
descritos no tópico a seguir.
2.2 OS PROCESSOS DE GESTÃO DE PESSOAS
Schermerhorn Junior, Hunt e Osborn (1999, p. 102) enfatizam que a
Gestão de Pessoas consiste em um processo de fornecer pessoas capazes e
motivadas para realizar a missão e estratégia da organização. Nesse processo
estão inclusos a provisão de pessoal, que envolve a colocação de pessoal; a
seleção, que são as decisões sobre a contratação dos candidatos; socialização,
que consiste em orientar os novos contratados; e desenvolvimento e
planejamento de carreira.
De forma mais abrangente, Chiavenato (2004, p. 13) menciona que “a
moderna Gestão de Pessoas, consiste de várias atividades integradas, como
descrição e análises de cargos, planejamento de RH, recrutamento, seleção,
orientação e motivação das pessoas, avaliação do desempenho, remuneração,
treinamento e desenvolvimento, relações sindicais, segurança, saúde e bem estar
etc.”.
Na mesma concepção, Knapik (2006, p. 44) relata que a moderna Gestão
de Pessoas tem como finalidade desenvolver e implantar estratégias focadas no
recrutamento e seleção, descrição e análise de cargos e salários, avaliação de
desempenho, treinamento e desenvolvimento, entre outros.
Para Chiavenato (2004, p.16), essas várias atividades estão relacionadas
aos processos de Gestão de Pessoas. Processo é um conjunto de atividades
estruturadas que tem como finalidade resultar em um produto especificado para
um determinado cliente. É uma ordenação específica das atividades executadas
no tempo e no espaço, com um começo e um fim, e entradas e saídas
abertamente identificadas.
Ainda o mesmo autor (2004, p.13) destaca que a moderna gestão de
pessoas consiste em diversas atividades integradas, por meio de seis processos
dinâmicos e interativos:
19
• processos de agregar pessoas: são utilizados para incluir novas pessoas
na organização, como recrutamento e seleção;
• processos de aplicar pessoas: são utilizados para desenhar as
atividades a serem desempenhadas pelas pessoas, orientação e
acompanhamento de seu desempenho, como por exemplo, análise e descrição
de cargos e avaliação de desempenho;
• processos de recompensar pessoas: são os incentivos às pessoas e a
satisfação de suas necessidades individuais, como a remuneração, os benefícios,
entre outros;
• processos de desenvolver pessoas: são os processos utilizados para
capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal dos
funcionários, como por exemplo, o treinamento e o desenvolvimento.
• processos de manter pessoas: criação de condições ambientais e
psicológicas satisfatórias das pessoas, como o cuidado com a higiene e
segurança, qualidade de vida, clima, entre outros.
• processos de monitorar pessoas: acompanhamento e controle das
atividades do funcionário e a verificação de seus resultados, como o banco de
dados.
Na mesma linha, Knapik (2006, p. 45) enfatiza que a Gestão de Pessoas
se divide em sistemas que planejam, organizam, dirigem e controlam o trabalho e
a atuação dos funcionários da organização. Os principais processos de gestão de
pessoas podem ser divididos em quatro conjuntos de subsistemas: processos de
captação de pessoas, processos de orientar e acompanhamento de pessoas, os
processos de desenvolvimento de pessoas e processos de remuneração,
valorização e segurança de pessoas.
Os processos de captação de pessoas buscam novos funcionários, são
fontes de recrutamento interno e externo. Os processos de orientar e
acompanhamento de pessoas são os que descrevem as competências e
requisitos exigidos pelo cargo e avaliam o desempenho dos funcionários, como
descrição e análise de cargos, plano de carreira e avaliação de desempenho. Já
os processos de desenvolvimento de pessoas, são aqueles que desenvolvem a
capitação dos empregados, além do desenvolvimento pessoal e profissional,
20
como os programas de treinamento, desenvolvimento e comunicação interna. E
processos de remuneração, valorização e segurança de pessoas são os
incentivos que buscam satisfazer as expectativas individuais dos empregados e
criam condições favoráveis de trabalho, como os benefícios sócias, higiene,
remuneração, entre outros.
Percebe-se, então, que a atividade principal deste estudo – a avaliação de
desempenho humano – está inserida segundo os autores nos processos de
aplicação de pessoas (Chiavenato, 2004) e no processo de orientação e
acompanhamento de pessoas (Knapik, 2006).
Em seguida, aborda-se o tema da avaliação de desempenho humano no
contexto das organizações.
2.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO HUMANO
Segundo Marras (2000, p. 173), o desempenho humano é o ato ou
consequência de efetuar ou cumprir uma meta lançada antecipadamente. O
desempenho está diretamente ligado a dois fatores do ser humano: o ‘querer
fazer’, que é relativo a motivação, e o ‘saber fazer’, condição que possibilita a
realização de algo com eficiência e eficácia.
Na mesma linha, Nassif (2008, p. 290) menciona que a gestão de
desempenho pode ser observada por três dimensões: saber, poder e querer. O
“saber” está relacionado ao conhecimento que o indivíduo possui sobre seu
desempenho e o conhecimento das expectativas que os dirigentes têm de seu
desempenho no cargo ou na função. O “poder” refere-se as condições que o
indivíduo reúne para desempenhar e conduzir seu trabalho. Já o “querer” refere-
se a motivação, predisposição e interesse da pessoa diante da execução das
tarefas de sua responsabilidade.
Corroborando com esta afirmação, Milkovich e Boudreau (2000, p. 98)
destacam que o desempenho reflete diretamente no sucesso da organização,
principalmente os objetivos de eficiência, e talvez por esse motivo, é a
característica mais evidente a ser medida. A medição do desempenho do
funcionário é necessária para outras funções do Departamento de Recursos
21
Humanos da organização, tais como contratar, recompensar, promover ou
despedir.
Na mesma perspectiva, Palmeira (1999, p. 376) enfatiza que se devem
analisar os fatores que afetam as relações entre esforço de cada indivíduo e
desempenho no cargo, tais como o valor das recompensas, a probabilidade de as
recompensas dependerem de esforços, as capacidades individuais e as
perspectivas de cada ocupante do cargo.
Segundo Reis Neto (2002, p. 66), a avaliação de desempenho é uma
observação e análise dos resultados obtidos por uma pessoa em um passado
recente. Nesse processo se debate tanto o resultado (em termos de quantidade e
qualidade), quanto a forma como se alcançou esse resultado (competências).
Souza et al. (2008, p. 24) destacam que considerando que nem sempre o
desempenho real corresponde as expectativas da organização, conduzir o
desempenho constitui em avaliar o tamanho da discrepância, identificar os
causadores e intervir por meio de ações para eliminar os geradores dos
problemas.
De acordo com Chiavenato (2004, p. 223), a avaliação de desempenho é
uma análise sistemática do desempenho de cada funcionário em relação as suas
atividades desenvolvidas, às metas e aos resultados a serem alcançados e da
sua potencialidade de desenvolvimento.
Ainda o mesmo autor (2004, p. 223) relata que a avaliação de desempenho
também é denominada e conhecida como avaliação do mérito, avaliação do
pessoal, relatórios de progressos, avaliação de eficiência individual ou grupal,
entre outras.
Para Bergamini (1992 apud PALMEIRA, 1999, p. 376), “a avaliação de
desempenho é mais uma questão de atitude do que de técnica”.
Schermerhorn Junior, Hunt e Osborn (1999, p. 106) destacam que
a avaliação de desempenho é um processo de avaliação sistemática do desempenho do funcionário e o fornecimento de um feedback sobre os ajustes de desempenho necessários.
Na mesma linha, Palmeira (1999, p. 376) enfatiza que o método é um
facilitador e viabilizador de alguns procedimentos em relação ao ocupante do
cargo e à organização.
22
Para Chiavenato (2004, p. 223), com esta avaliação pode-se “julgar ou
estimar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é
a sua contribuição para o negócio da organização”.
Em complemento a esta afirmação, Marras (2000, p. 173) salienta que este
instrumento é extremamente precioso e de suma importância, pois reporta o
resultado de um investimento profissional por meio do retorno recebido pela
empresa.
Verifica-se, nessa perspectiva, que de acordo com Chiavenato (2004, p.
223) a avaliação de desempenho é um poderoso meio de solucionar problemas
de desempenho e aperfeiçoamento da qualidade do trabalho e da qualidade de
vida dentro das organizações.
2.3.1 Propósitos da Avaliação de Desempenho Humano
De acordo com Marras (2000, p. 174) é por meio da avaliação desempenho
que as organizações direcionavam os programas de treinamento e
desenvolvimento, e era realizada a medição dos resultados desses programas.
Ainda o mesmo autor (2000, p. 174) relata que o processo foi se
aperfeiçoando, sendo modificados e ampliados para a utilização de controle
administrativo.
Ribeiro (2005, p.295) descreve que um programa de avaliação de
desempenho tem como propósito mensurar do desempenho real, garantir que
haja clareza quanto as responsabilidades e o papel do empregado, estabelecer
relação entre o resultado da avaliação de desempenho e o reconhecimento
funcional ou salarial concedido, obter apoio integral da Direção da organização, e
propor possibilidade de elevar o moral interno e melhorar os resultados
organizacionais.
Na mesma linha, Marras (2000, p. 174) destaca que o instrumento de
avaliação de desempenho humano é útil para identificar as necessidades de
aperfeiçoamento, descobrir o grau de contribuição do funcionário ou da equipe no
resultado da organização, identificar novos talentos, promover o
23
autodesenvolvimento dos funcionários, fornecer feedback aos empregados, e
auxiliar os programas de mérito, promoções e transferências.
Já Schermerhorn Junior, Hunt e Osborn (1999, p. 106) justificam a
importância do processo por ser possível de determinar os critérios específicos de
medição do desempenho e mensurar o desempenho anterior. É possível também
justificar as recompensas aplicadas, para diferenciação de um alto e baixo
desempenho, e identificar os critérios que precisam ser melhorados no cargo
atual e quais serão necessários adquirir para assumir futuras responsabilidades.
Ainda para os mesmos autores (1999, p. 106), esses quatro fatores relatam
os propósitos gerais da avaliação de desempenho: avaliação, feedback e
desenvolvimento. É a partir disso que os funcionários ficam sabendo sua posição
em relação aos objetivos e padrões da organização.
Milkovich e Boudreau (2000, p. 99) complementam que as informações a
serem obtidas por meio desse instrumento servem como base para qualquer
decisão a ser tomada pela organização.
Convém enfatizar que, segundo Palmeira (1999, p. 376), esta avaliação
sempre ocorre nas organizações, mesmo que de maneira informal.
A avaliação de desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado e seu gerente e representa uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa de hoje. É um excelente meio pelo qual se localizam problemas de supervisão e gerência, de integração das pessoas à organização, de adequação da pessoa ao cargo, de localização de possíveis dissonâncias ou carências de treinamento e, consequentemente, estabelecer os meios e os programas para eliminar ou neutralizar tais problemas (CHIAVENATO, 2004, p. 223).
Milkovich e Boudreau (2000, p. 98) relatam que a avaliação de
desempenho busca fornecer aos empregados relatos sobre sua própria atuação
dentro da organização, para que assim possa aperfeiçoá-la sem diminuir sua
independência e motivação para desempenhar seu trabalho de maneira coerente
com o contexto organizacional.
Na mesma perspectiva, Chiavenato (2004, p. 224) relata que para
funcionários não caminharem às cegas, é necessário receber a retroação de seu
desempenho. Assim como a organização também precisa saber como os
24
empregados estão desenvolvendo suas tarefas para conhecer suas
potencialidades.
Corroborando com esta afirmação, Ribeiro (2005, p. 295) complementa que
a avaliação de desempenho é uma ocasião muito esperada pelo funcionário para
que o mesmo receba um retorno de seu desempenho na organização, pois o
gerente deve mencionar suas realizações e pontos positivos, como também deve
citar pontos a melhorar e estabelecer novos desafios. Com isso, certamente o
funcionário deverá se sentir mais motivado e confiante.
Ainda o mesmo autor (2005, p. 296) destaca que o crescimento deve ser
um desafio permanente para o indivíduo.
Para Martins (2002, p. 59), as informações resultantes desse processo
permitem apontar gaps de competência na empresa, promover pessoas nas
oportunidades internas, identificar necessidades de back up, visualizar a
necessidade de melhorias de relacionamento entre as áreas, identificar os
profissionais que superam resultados, os que atendem às expectativas de
resultado, assim como os que apresentam resultados divergentes das estratégias
ou valores da organização, e também visualizar funcionários que passam por
alguma adaptação, ou dilema pessoal.
Ainda o mesmo autor (2002, p. 60) enfatiza que com os resultados, a
organização passa a conhecer melhor seus recursos, podendo definir estratégias
de desenvolvimento. A partir das ações de desenvolvimento e do feedback
contínuo, o profissional atua de maneira mais assertiva. Além disso, o Recursos
Humanos obtém maior conhecimento da força de trabalho da organização,
podendo atuar de maneira mais integrada com as demais áreas.
Com a aplicação desse instrumento, Palmeira (1999, p. 376) ressalta que o
processo ficará transparente, uma vez que se atribui um incentivo salarial ao bom
desempenho, assim criando um maior estímulo à produtividade.
Além disso, Schermerhorn Junior, Hunt e Osborn (1999, p. 106) sugerem
que este processo deve se basear na análise do cargo, através da descrição do
cargo, onde apresentam seus requisitos e especificações do cargo, que
descrevem as características individuais do funcionário.
De forma mais abrangente, Chiavenato (2004, p. 245) descreve diversos
propósitos da avaliação de desempenho em cada um dos processos de Gestão
de Pessoas, como observa-se na figura 1, a seguir:
25
Figura 1 - Avaliação de desempenho nos processos de gestão de pessoas Fonte: Elaborado pela autora (2008)
As contribuições da avaliação de desempenho nos processos de gestão
de pessoas, segundo Chiavenato (2004) são estas:
• processos de agregar pessoas: auxilia no inventário de habilidades e
para o planejamento de RH, assim como desenvolve informações úteis para o
recrutamento e seleção, como as características e atitudes adequadas aos
negócios da organização;
• processos de aplicar pessoas: relata como os funcionários estão bem
integrados e identificados com suas atividades e seu cargo;
• processos de recompensar pessoas: demonstra os empregados que
estão motivados e recompensados, além de auxiliar na decisão de aumentos
salariais, promoções e demissões;
• processos de desenvolver pessoas: indica os pontos fortes e fracos de
cada empregado, apontando quais deles necessitam de treinamento e quais os
resultados desses programas de treinamento;
• processos de manter pessoas: relata o desempenho e os resultados
obtidos pelos funcionários;
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Processos de Agregar Pessoas
Processos de Aplicar Pessoas
Processos de Recompensar
Pessoas
Processos de Desenvolver
Pessoas
Processos de Manter Pessoas
Processos de Monitorar Pessoas
26
• processos de monitorar pessoas: desenvolve a retroação às pessoas
sobre o seu desempenho e potencialidades de desenvolvimento. Além de poder
ser utilizada para avaliar o próprio programa de RH.
Conclui-se, a partir daí, que a avaliação de desempenho pode beneficiar
todos os processos da Gestão de Pessoas.
2.3.2 Aspectos operacionais do processo de avaliaçã o de desempenho
humano
Ribeiro (2005, p. 296) destaca que se devem traçar objetivos alcançáveis,
realistas e mensuráveis, como medir o atual desempenho, e não o potencial,
avaliando os resultados de um período, e não somente eventos recentes,
mensurando os resultados alcançados, e não conhecimentos e habilidades e nem
progressos.
Porém, para Chiavenato (2004, p. 224), a mensuração da avaliação de
desempenho precisa atender e levar em consideração que a avaliação não deve
medir somente o desempenho do cargo ocupado, como também o alcance de
metas e objetivos. A avaliação do desempenho precisa ressaltar o empregado no
cargo e não a impressão a respeito dos hábitos pessoais observados no trabalho,
devendo ser usada para o melhoramento da produtividade do funcionário dentro
da empresa, sendo mais bem munido para desenvolver as tarefas com eficiência
e eficácia. Tanto o avaliador como o avaliado devem aceitar a avaliação,
conscientizando que ela traz benefícios para ambos.
Segundo Ribeiro (2005, p. 296), estes são os passos que devem ser
seguidos para a elaboração de um programa de avaliação de desempenho
humano:
• ter sempre em mente os negócios da organização;
27
• determinar e conciliar os objetivos, as prioridades e os critérios de
avaliação;
• definir data para a realização da avaliação e o local da reunião;
• realizar a avaliação e agir com a utilização dos instrumentos de
recursos humanos (salário, demissão, treinamento, entre outros).
2.3.4 Dificuldades do processo de avaliação de dese mpenho
De acordo com Marras (2000, p. 178), em qualquer processo de avaliação
humana encontra-se ‘vícios de julgamento’, dando origem às críticas que tornam
o objetivo do processo vulnerável. Esses vícios estão ligados muito mais ao
avaliador do que o sistema propriamente dito e pelo ponto de vista psicológico
podem ser classificadas de duas formas: conscientemente, quando o avaliador
intencionalmente ‘vicia’ um resultado para defender seus interesses; e
inconscientemente, quando o avaliador toma as mesmas atitudes anteriores,
porém sem a intenção premeditada.
Ainda o mesmo autor (2000, p. 178) descreve as atitudes conscientes vista
em maioria das vezes da seguinte maneira:
• efeito halo: é quando o avaliador se deixa influenciar por alguma
característica ou algo que o avaliado fez de marcante, impedindo-o de interpretar
com clareza as demais características;
• efeito tendência central: é quando o avaliador tende a um ponto central
da escala para não se comprometer com uma avaliação altamente negativa ou
altamente positiva.
Já sobre as atitudes inconscientes, o autor (2000, p. 179) descreve as
seguintes situações mais encontradas:
28
• julgar sob a impressão de uma qualidade: é quando o avaliador julga o
avaliado por uma qualidade fortemente marcante;
• basear-se em acontecimentos recentes: é um fenômeno frequente.
Acontece quando o avaliador baseia-se em acontecimentos de um curto espaço
de tempo. Isso acontece porque esses acontecimentos estão mais recentes na
memória, enquanto os acontecimentos ocorridos há algum tempo estão
submersos, como um iceberg.
• levar em conta características pessoais extra-cargo: ocorre quando o
avaliador julga o avaliado por suas atitudes fora do ambiente de trabalho,
influenciando positivamente ou negativamente na avaliação de desempenho;
• supervalorizar as qualidades potenciais: acontece quando o avaliador
confunde ‘resultados concretamente realizados’ com ‘características potenciais’
do avaliado.
Na mesma linha, Milkovich e Boudreau (2000, p. 114) destacam os erros
mais frequentes: a glorificação, o abrandamento, a severidade a tendência de
centralização. A glorificação sucede quando se julga uma pessoa
profissionalmente porque ela tem boas habilidades sociais, ou seja, julga-se
similarmente em dimensões diferentes; o abrandamento ocorre quando o
avaliador dá uma avaliação positiva sobre todo o grupo; a severidade é o
contrário, estudos relatam que subordinados avaliam negativamente os chefes
acreditando estar favorecendo seus colegas; a tendência a centralização
acontece quando se dá notas próximas ao centro da escala. Além desses erros, a
idade, o poder de atração, a raça e as identificações com o indivíduo a ser
avaliado também são fatores que podem influenciar.
Milkovich e Boudreau (2000, p. 114) relatam que todos esses erros podem
comprometer o resultado e a validade do instrumento de avaliação. Todavia,
apesar de toda a preocupação em torno desses erros, eles são capazes de
retratar com frequência a verdadeira situação.
29
2.3.5 Métodos de avaliação de desempenho
De acordo com Souza et al. (2008, p. 90), método “refere-se aos
procedimentos adotados, orientados por fundamentos teóricos, para a observação
sistemática da realidade”.
Há vários métodos para se avaliar o desempenho humano, divididos em
métodos tradicionais e modernos, com abordagem dos autores Chiavenato (2004)
e Souza et al. (2008), demonstrados no quadro 1, a seguir:
Método Chiavenato (2004) Souza et al (2008)
Escalas gráficas Tradicional Tradicional
Escolha forçada Tradicional Tradicional
Pesquisa de campo Tradicional Tradicional
Incidentes críticos Tradicional Tradicional
Comparação de pares - Tradicional
Autoavaliação - Tradicional
Relatório de performance - Tradicional
Avaliação por resultados - Tradicional
Avaliação por objetivos Moderno Tradicional
Avaliação 360 graus - Moderno
Avaliação por competências - Moderno
Quadro 1 – Métodos tradicionais e modernos de avali ação de desempenho Fonte: Elaborado pela autora (2009)
Chiavenato (2004, p. 239) destaca que os métodos tradicionais de
avaliação de desempenho possuem limitações, por isso, as organizações
procuram soluções criativas e inovadoras. Os novos métodos focam na
autoavaliação e autodireção dos indivíduos, na maior participação do funcionário
em seu próprio planejamento de desenvolvimento pessoal, foco no futuro e na
melhoria contínua do desempenho.
30
2.3.5.1 Escalas gráficas
Para Souza et al. (2008, p. 92), esse é o método avalia os profissionais por
meio de fatores previamente definidos e graduados. Esses fatores são usados
como referência de um padrão ideal com o objetivo de comparação entre os
desempenhos dos funcionários envolvidos. Esse método é o mais utilizado.
De forma mais abrangente, Chiavenato (2004, p. 230) descreve que é
utilizado uma tabela de dupla entrada, constando nas linhas os fatores de
avaliação e nas colunas os graus de avaliação. Os graus de avaliação geralmente
são utilizados três, quatro ou cinco para cada fator, como ótimo, bom, regular,
sofrível e fraco, ou assim numericamente, ótimo = 5, bom=4, regular=3, sofrível=2
e fraco=1.
Knapik (2006, p. 177) destaca que o primeiro passo a ser seguido nesse
método é definir os fatores a serem avaliados. Na sequencia deve-se estabelecer
a escala de graduação em cada um dos fatores e organizar o formulário de
avaliação. E por fim, é preciso sensibilizar os avaliados no preenchimento dos
formulários.
2.3.5.2 Escolha forçada
De acordo com Souza et al. (2008, p. 92), esse método avalia o
desempenho do profissional por meio de afirmações e padrões previamente
definidos, ou seja, por meio de frases descritivas. Nesse caso, o avaliador é
forçado a optar o que mais adequada para descrever aos comportamentos e
desempenho do funcionário.
Nassif (2008, p. 298) complementa que as frases devem ser feitas com
critérios que se validam por meio de recursos estatísticos e as mesmas devem
estar alinhadas com os objetivos da organização.
Convém enfatizar que, segundo Chiavenato (2004, p. 232), esse método
tem como finalidade eliminar a subjetividade, a generalização e a superficialidade
encontradas no método de escalas gráficas.
31
2.3.5.3 Pesquisa de campo
Para Chiavenato (2004, p. 232), o método de pesquisa de campo é o mais
completo entre os métodos tradicionais. Esse método é baseado em entrevistas
com um especialista em avaliação e com os gerentes, que juntos avaliam o
desempenho dos profissionais. Há quatro etapas nesse método: entrevista de
avaliação inicial, entrevista de análise complementar, planejamento das
providências e acompanhamento posterior dos resultados.
Vroom (1997, p. 243) destaca que esse método permite identificar áreas de
divergências entre os avaliadores; auxiliar o grupo a chegar em um consenso; e
permitir que cada avaliador interprete os padrões de maneira similar.
Gil (2006, p. 161) complementa que esse método é tido como o mais
completo e sistemático, porém, por ter um custo elevado e da morosidade de seu
procedimento, esse método é pouco utilizado pelas organizações.
2.3.5.4 Incidentes críticos
Segundo Chiavenato (2004, p. 233) é um método que se ressalta os
desempenhos excepcionais, não se preocupando com o desempenho normal de
funcionário. Esse método se baseia em características extremas, destacam
desempenhos altamente positivos (sucesso) ou altamente negativos (fracasso).
Vroom (1997, p. 245) destaca que o avaliador manterá um registro dos
incidentes reais, ressaltando os comportamentos negativos e positivos de cada
funcionário. Nesse método, não serão avaliadas as características, mas sim o
comportamento real do indivíduo. Ainda o mesmo autor (1997, p.245) enfatiza que
os avaliadores deverão anotam diariamente ou semanalmente todos os incidentes
ocorridos, podendo tornar uma tarefa pesada.
32
2.3.5.5 Comparação de pares
De acordo com Souza et al. (2008, p. 92), esse tipo de avaliação “é uma
comparação de avaliados, dois a dois, com base em fatores distintos em relação
aos fatores previamente definidos”.
Calado (1999, p. 258) destaca que a avaliação de pares tem adquirido
credibilidade devido à sólida evidência científica, por poder serem uma avaliação
válida e confiável, podendo ser até melhor que a avaliação do supervisor.
McEvoy e Buller (1987 apud CALADO 1999, p. 259) complementam que
comparadas com a avaliação dos supervisores, a avaliação de pares parecem
compreender dimensões distintas de desempenho, ser mais estáveis ao decorrer
do tempo e ser mais capazes de distinguir esforço de desempenho.
2.3.5.6 Autoavaliação
Nassif (2008, p. 304) destaca que nesse método o funcionário faz uma
autoavaliação de suas características que afetam o seu desempenho.
De forma mais abrangente, Chiavenato (2004, p. 227) ressalta que o
profissional deve avaliar suas necessidades e carências, destacando seus pontos
fortes e fracos no intuito de melhoramento de seu desempenho.
2.3.5.7 Relatório de performance
Souza et al. (2008, p. 93) mencionam que esse método é um relato do
desempenho do funcionário, que descreve aspectos referentes ao comportamento
do profissional, como seus pontos fortes e fracos.
Convém enfatizar que, segundo Gil (2006, p. 153), a avaliação por relatório
é um processo vantajoso por beneficiar a livre expressão, é um método rápido,
além de deixar documentada a opinião emitida. Por outro lado, os relatórios
33
podem ser incompletos, podendo deixar dúvida no seu entendimento, favorecem
o subjetivismo e atrapalham a tabulação posterior dos dados adquiridos.
2.3.5.8 Avaliação por resultados
Gil (2006, p. 160) destaca que diferentemente dos outros métodos
tradicionais, o método de avaliação por resultado promove a negociação do
desempenho entre o avaliador e o funcionário avaliado. Por meio desta
negociação, determinam-se os padrões de desempenho, isto é, o quanto é
esperado, qual o nível de qualidade desejado e quais os prazos para apresentar
os resultados.
Segundo Souza et al. (2008, p. 93), esse tipo de avaliação é um
comparativo entre o que foi esperado, com o que foi efetivamente foi realizado
pelo funcionário. É a comprovação de que os resultados previstos foram obtidos.
Convém enfatizar que, de acordo com Nassif (2008, p. 299), esse método é
adequado para as organizações em que se adota o planejamento estratégico.
2.3.5.9 Avaliação por objetivos
Chiavenato (2004, p. 239) destaca esse processo como um método
moderno de avaliação de desempenho. Ainda o mesmo autor (2004, p. 239)
enfatiza que nesse processo, tanto o funcionário quanto o gerente participam
ativamente, adotando uma técnica de visão proativa e relacionamento. Esse tipo
de avaliação deve seguir seis etapas:
A primeira etapa consiste na formulação de objetivos consensuais. Nessa
etapa, o funcionário e o gerente negociam e decidem conjuntamente os objetivos.
Sendo assim, os objetivos são consensuais e não de cima para baixo.
A segunda etapa refere-se a aceitação e comprometimento pessoal quanto
ao alcance dos objetivos conjuntamente formulados.
34
Em seguida, a terceira etapa enfatiza que se deve negociar com o gerente
sobre a alocação dos recursos e meios necessários para o alcance dos objetivos,
como máquinas e equipamentos, equipe de trabalho, treinamentos e orientação.
Esses recursos representam uma forma de custos para o alcance dos objetivos.
O desempenho consiste na quarta etapa. É a estratégia escolhida pelo
profissional para alcançar os objetivos almejados.
A quinta etapa destaca que se devem monitorar constantemente os
resultados e comparativos com os objetivos formulados.
A última etapa refere-se a retroação intensiva e contínua avaliação
conjunta.
Knapik (2006, p. 179) classifica esse método como um método tradicional
de avaliação. O mesmo autor (2006, p. 179) comenta que “esse método procura
orientar o desempenho para os objetivos organizacionais, alinhando expectativas
e definindo ferramentas para atingir esses resultados”.
2.3.5.10 Avaliação 360 graus
Knapik (2006, p. 181) enfatiza que esse tipo de avaliação também é
conhecida como feedback 360 graus, pois envolve toda a rede de
relacionamentos.
Ainda para o mesmo autor (2006, p. 181) trata-se de um método indicado
para as organizações que utilizam a gestão por competências, pois seu principal
objetivo é o desenvolvimento de competências a partir do feedback recebido na
avaliação dos pares de trabalho, chefias, subordinados, clientes, fornecedores
internos e externos.
Porém, Chiavenato (2004, p. 228) destaca que receber uma avaliação de
todos os lados não é nada fácil, podendo o indivíduo torna-se vulnerável caso o
mesmo não tenha a mente aberta e receptiva.
35
2.3.5.11 Avaliação por Competências
Para Souza et al. (2008, p. 97), esse método mensura as competências
conceituais, como conhecimentos e domínio de conceitos e teorias, as
competências técnicas, como o domínio de métodos e ferramentas, e as
competências interpessoais, como valores e atitudes. Essas competências são
essenciais ao desempenho esperado e são medidas por entrevistas e
instrumentos específicos.
2.3.5.12 Métodos Mistos
Nassif (2008, p. 300) destaca que as organizações podem optar pela
aplicação de mais de um método de avaliação, principalmente quando há
diversidade e complexidade de cargos. Essa variação pode ocorrer tanto na
unidade quanto no setor e os instrumentos devem se adequar às necessidades e
peculiaridades específicas.
Frente a todos esses métodos estudados, optou-se para aplicar neste
trabalho, o método de Escala Gráfica, devido aos benefícios que o mesmo
proporciona. Chiavenato (2004, p. 231) descreve que o método de Escala Gráfica
possui uma grande facilidade de planejamento e construção do instrumento de
avaliação, assim como na simples compreensão e utilização do mesmo.
De acordo com Milkovich e Boudreau (2000, p. 107), este método
apresenta-se em forma de uma tabela ou gráfico, onde as linhas referem-se aos
fatores de avaliação e as colunas aos graus de avaliação.
Com a aplicação desse método, pode-se obter uma visão gráfica e global
dos fatores de avaliação envolvidos. Além disso, o método proporciona
simplicidade no comparativo dos resultados de vários funcionários e facilidade na
retroação de dados ao avaliado. (CHIAVENATO, 2004, p. 231).
Quanto às fontes, a avaliação foi feita pelo superior direto, uma
autoavaliação, além de uma avaliação de um colega da equipe de trabalho.
36
2.3.6 As fontes de avaliação de desempenho
2.3.6.1 O superior direto
Gil (2006, p. 151) descreve que ninguém melhor que o superior direto que
possui convívio diário com seu subordinado para avaliar o seu desempenho. Além
disso, o superior é de certa maneira, o responsável pelo desempenho de seu
funcionário.
Porém, não se deve obter um resultado de desempenho baseado em
somente uma percepção. Por isso, aplicou-se também a autoavaliação e a
avaliação de um colega de trabalho.
2.3.6.2 O próprio funcionário
Foi delegado a responsabilidade a cada funcionário de se autoavaliar.
Dessa forma, a avaliação tornou-se mais participativa e democrática.
Gil (2006, p. 151) destaca que de maneira geral, todo funcionário tem
condições de se autoavaliar, porém, é necessário ter maturidade. A organização
definirá os parâmetros objetivos para que o funcionário faça a autoavaliação sem
subjetivismo ou distorções pessoais.
2.3.6.3 A equipe de trabalho
Nessa etapa um funcionário participante da equipe de trabalho avaliou o
funcionário, seu colega de trabalho. O avaliador foi escolhido aleatoriamente.
Dessa maneira, todos os funcionários avaliaram e foram avaliados por um
integrante da equipe de trabalho. Assim, destaca-se que nessa etapa também é
necessário um grau elevado de maturidade dos funcionários.
37
Frente aos métodos escolhidos, foram definidos os fatores de avaliação,
descritos a seguir.
2.3.7 Fatores de avaliação de desempenho
Os fatores avaliados foram definidos por meio da pesquisa realizada com
os funcionários e com o gestor do departamento em estudo.
Juntamente com cada fator, foram descritos os seus conceitos, pois, de
acordo com Palmeira (1999, p. 376), isso se faz necessário para que o avaliado e
o avaliador tenham a mesma percepção do que está sendo analisado.
A seguir, apresentam-se os fatores de avaliação:
Comunicação: expressa ideias com lógica de maneira clara e objetiva,
preocupando-se em verificar o entendimento das mensagens transmitidas e
recebidas.
Relacionamento Interpessoal: capacidade de se relacionar social e
profissionalmente com pessoas, independentemente do nível hierárquico, clientes
internos e externos, respeitando a individualidade de cada um.
Aplicação do Conhecimento técnico: é a aplicação do conhecimento e da
experiência. É ter competência técnica, saber fazer.
Adaptação a mudanças: capacidade de enfrentar, adaptar e superar as
dificuldades perante novas situações e desafios, como mudança nos processos,
métodos, equipamentos, entre outras, buscando o aperfeiçoamento contínuo.
Planejamento e organização: planeja e organiza seu tempo, verificando as
programações quanto aos prazos para a realização das atividades.
38
Iniciativa: avalia a forma como o trabalhador, por si próprio, procura soluções e
apresenta sugestões para uma melhoria efetiva do trabalho, bem como a
independência com que exerce as respectivas funções.
Segurança: avalia a maneira que o funcionário respeita e compromete-se com a
própria segurança e de seus colegas de trabalho, por meio de suas ações e do
uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPC).
Comprometimento: esforço nas ações inseridas no âmbito das suas funções,
compartilhando valores entre a empresa e as pessoas nelas inseridas, visando
sempre os objetivos da organização.
Trabalho em equipe: avalia a interação, participação e cooperação do
funcionário no trabalho de grupo, bem como a sua contribuição para a obtenção
dos resultados da equipe.
Capacidade de solucionar problemas: soluciona problemas e imprevistos
relacionados ao seu trabalho e à sua área de atuação.
Cabe enfatizar que os fatores podem ser modificados posteriormente, caso
ocorra alguma mudança que possa influenciar ou requerer novas expectativas,
como caso as funções do funcionário seja redirecionados ou o mesmo receba
novas atribuições.
Para a realização da avaliação, é necessária a definição dos graus dos
fatores de desempenho, que são parâmetros utilizados para opinar, apreciar e
julgar o efetivo desempenho nos quesitos sob avaliação. A pontuação dos graus
de atendimento está escalonada de 1 (um) – que equivalente ao desempenho
fraco - até 4 (quatro) pontos - equivale ao desempenho excelente - e destina-se a
quantificar os desempenhos avaliados.
Os conceitos de cada graduação foram da seguinte maneira:
39
Ponto Grau
1 Nunca apresenta o fator, obtendo o desempenho insuficiente.
2 Eventualmente apresenta o fator, obtendo limitações no desempenho.
3 Frequentemente apresenta o fator, obtendo o desempenho satisfatório.
4 Sempre apresenta o fator, superando o desempenho esperado.
Quadro 2 – Ponto e graduação de desempenho Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2009).
Optou-se por quatro (4) alternativas para que não haja uma graduação
central, eliminando o risco de tendência central.
Segundo Gil (2006, p. 163), a avaliação de desempenho não terá valor se o
funcionário não conhecer o resultado dela. Desta forma, apresenta-se na
sequência, o processo de feedback.
2.3.7 Entrevista de avaliação
Convém salientar que de acordo com Gil (2006, p. 163), um dos principais
objetivos da avaliação é o fornecimento do feedback, para se necessário, propor
ações para correções.
Maximiano (2000, p. 481) enfatiza que a eficácia de qualquer método
aplicado, depende da forma em que o feedback é fornecido. O feedback é o
processo de avaliar, informar, reforçar ou corrigir o desempenho humano.
Reforçar o desempenho trata-se do estímulo e corrigir refere-se a inibir ou
eliminar o desempenho.
Desta forma, Gil (2006, p. 163) sugere que seja realizada uma entrevista
com cada um dos funcionários para esclarecer o seu desempenho, destacando os
pontos fortes e fracos, fazendo um comparativo com os objetivos esperados.
Porém, Maximiano (2000, p. 482) destaca que o feedback não deve ser
fornecido em forma de julgamento, mas sim em forma de descrição,
principalmente se houver necessidade de corrigir o desempenho. Ao invés de
julgar os atos ou motivos que resultaram no desempenho, deve-ser descrever os
resultados, os objetivos e as expectativas.
40
Gil (2006, p. 164) recomenda que seja apresentado primeiramente os
pontos positivos da avaliação, elogiando o desempenho adequado do funcionário.
Na sequência, deve-se informar os pontos negativos, de forma concreta e firme,
porém sem depreciar o avaliado. O entrevistador precisa criar condições para que
o entrevistado mostre interesse em diminuir suas deficiências, solicitando ao
empregado que proponha medidas de melhoria, as quais deverão ser analisadas
conjuntamente. O entrevistador deve também se colocar a disposição do
entrevistado para ajudá-lo a chegar ao objetivo e se necessário, marcar uma nova
entrevista. Além disso, deve-se expor ao entrevistado a sua responsabilidade
quanto ao resultado de seu desempenho e destacar que a iniciativa de melhoria
deve partir do próprio funcionário.
Ainda o mesmo autor (2006, p. 164) orienta que o entrevistador deve estar
preparado para ouvir os esclarecimentos do entrevistado, assim como solicitar
informações adicionais, se necessário. Desta maneira, proporcionará que o
resultado da avaliação fique esclarecido.
Conclui-se, a partir do exposto, que a entrevista não só informa aos
funcionários os resultados de sua avaliação, mas permite discutir problemas
atuais e estabelecer metas futuras.
41
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os trabalhos acadêmicos devem ser sustentados por uma metodologia,
com o intuito de alcançar os objetivos traçados para o referido. Dessa forma, o
presente capítulo disserta os métodos utilizados para realização deste estudo.
O processo de avaliação de desempenho aplicado, caracteriza-se como
qualitativa e quantitativa, com finalidade descritiva.
Segundo Godoy (1995, p. 58),
a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo.
Desta forma, o caráter qualitativo deste trabalho, se deve à entrevista
realizada com funcionários para a definição dos fatores, conforme roteiro de
entrevista apresentado no apêndice A.
No mais, de acordo com Roesch (1996, p. 122), “se o propósito do projeto
implica medir relações entre variáveis, em avaliar o resultado de algum sistema
ou projeto, recomenda-se utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa
quantitativa”.
Para Oliveira (2004, p.115),
o método quantitativo, significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos de técnicas estatísticas desde as mais simples, como percentagem, média, moda, mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo, como coeficiente de correlação, análise de regressão.
Segundo Gil (1996, p.46), “as pesquisas descritivas têm como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou
fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.
O processo de avaliação de desempenho enquadra-se como uma
proposição de planos, que de acordo com Roesch (1996, p.63), significa a
apresentação de soluções para os problemas já diagnosticados pela organização.
42
O estudo foi realizado na ThyssenKrupp Elevadores S/A, situada na Rua
José Cândido da Silva, 382, no bairro Balneário, cidade de Florianópolis.
Na avaliação de desempenho, a amostra foi intencional, sendo escolhido o
departamento de Assistência Técnica, totalizando quatorze (14) funcionários. O
motivo da escolha é devido à ausência de mensurações em tal departamento,
possuindo assim uma maior necessidade de visualização clara do
desenvolvimento das equipes.
Como a organização não possui nenhum sistema de avaliação formal, para
não influenciar e modificar, bruscamente, a cultura da organização, foi proposto
um modelo baseado no método de escala gráfica, por ser considerado um método
simples e de fácil manuseio. Além disso, verificou-se que a organização não tem
como objetivo direto a decisão para promoções ou recompensas.
Cabe destacar que a técnica de observação foi amplamente utilizada, na
forma simples, já que a acadêmica possui convívio com a organização.
Segundo Fachin (2002, p. 35),
pode-se dizer que o método observacional é o inicio de toda pesquisa científica, pois serve de base para qualquer área das ciências [...] fundamenta-se em procedimentos de natureza sensorial, como produto do processo em que se empenha o pesquisador no mundo dos fenômenos empíricos.
A pesquisa foi desenvolvida com a utilização de coleta de dados primários
e secundários. Para os dados primários, o levantamento de coleta de dados foi
por meio de questionário com perguntas fechadas. Roesch (1996, p. 134) destaca
que “o questionário é um instrumento de coleta de dados que busca mensurar
algo”.
Malhotra (2001, p. 274) comenta que o questionário é uma técnica
estruturada, composta por uma série de perguntas que um entrevistado deve
responder.
O questionário construído para a avaliação de desempenho, baseado no
método das escalas gráficas, apresentou-se sob a forma de um quadro, no qual
aparecem linhas que determinam os fatores de avaliação previamente definidos, e
colunas, que alocam os graus atribuídos ao fator. Posto isso, o avaliador atribuiu
o grau, de acordo com o desempenho de cada funcionário.
43
Para a escolha desses fatores, a intenção era retirá-los do resultado de um
roteiro de entrevista realizado com alguns funcionários (ver apêndice A). Porém,
as respostas não foram suficientes. Por isso, eles foram definidos em comum
acordo entre a acadêmica, os superiores imediatos e o coordenador do
departamento.
Os fatores definidos são fundamentais ao cargo que influenciam
diretamente no resultado da organização, sendo eles: comunicação,
relacionamento interpessoal, aplicação do conhecimento técnico, adaptação a
mudanças, planejamento e organização, iniciativa, segurança, comprometimento,
trabalho em equipe e capacidade de solucionar problemas.
Os graus dos fatores de desempenho são parâmetros utilizados para
opinar, apreciar e julgar o efetivo desempenho nos quesitos sob avaliação. A
pontuação dos graus está escalonada de 1 (um) – que equivalente ao
desempenho fraco - até 4 (quatro) pontos - equivale ao desempenho excelente - e
destina-se a quantificar os desempenhos avaliados. Optou-se por 4 alternativas
para que não haja uma graduação central, eliminando o risco de tendência
central.
Os conceitos de cada graduação serão da seguinte maneira:
1- Nunca apresenta o fator, obtendo o desempenho insuficiente.
2- Eventualmente apresenta o fator, obtendo limitações no desempenho.
3- Frequentemente apresenta o fator, obtendo o desempenho satisfatório.
4- Sempre apresenta o fator, superando o desempenho esperado.
O processo de avaliação de desempenho contou com a participação dos
quatorze (14) funcionários, sendo que todos atuaram como avaliados e como
avaliadores. Todos esses funcionários possuem mais de seis meses atuação.
Isso se torna necessário para que se possa ter certo período de convívio para
poder efetuar uma avaliação. Todos atuam em cargos denominados de oficiais de
manutenção. A diferença entre eles é a numeração obtida de acordo com anos de
experiência, que varia de oficial de manutenção I a oficial de manutenção IV.
Além disso, nenhum dos funcionários possui subordinados a eles, não havendo
funções conflitantes de gestores/subordinados. Desta forma, pode-se aplicar um
único questionário a todos eles.
44
Em dezembro de 2008, foi elaborado e entregue aos funcionários o manual
de avaliação de desempenho, apresentado no apêndice B. O mesmo tem como
finalidade a divulgação e compreensão do novo processo.
Em abril de 2009, cada funcionário recebeu dois envelopes lacrados. Por
fora do envelope, um constava o seu nome e o outro “confidencial”. Dentro de
cada envelope, havia um questionário, conforme modelo no apêndice C. No
envelope com o seu nome, havia um questionário para a realização da
autoavaliação. No envelope confidencial, havia um questionário já com o nome do
colega da equipe de trabalho para o funcionário avaliar. Desta forma, o
funcionário avaliador precisava simplesmente assinalar, preservando assim, o
sigilo da avaliação.
Cada funcionário recebeu três avaliações: a autoavaliação; a avaliação do
superior imediato; e a avaliação de um outro membro da equipe que foi escolhido
aleatoriamente.
O superior imediato recebeu um envelope com os questionários e todos os
nomes de seus subordinados. Após o preenchimento, todos os formulários foram
separados para a tabulação.
Destaca-se que em cada envelope, além do questionário, foi anexada uma
carta (ver apêndice D) com informações sobre as avaliações, prazo de devolução
dos questionários e alguns lembretes importantes.
Para a coleta de dados secundários, foi necessário um embasamento
teórico para melhor compreensão do tema sendo realizada pesquisa bibliográfica
de vários autores.
Gil (1996, p. 48) menciona que a pesquisa bibliográfica é realizada a partir
de materiais já elaborados, compostos principalmente de livros e artigos
científicos.
Ainda o mesmo autor (1996, p. 50) destaca que “a pesquisa documental
vale-se de materiais que não receberam ainda tratamento analítico, ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”.
A partir dos dados levantados, foi feita uma análise estatística com
utilização de gráficos para a interpretação dos mesmos, a fim de diagnosticar o
desempenho de cada um dos funcionários do departamento em estudo.
45
Uma vez realizada a análise e interpretação dos dados, apresenta-se as
propostas de implantação da avaliação de desempenho humano a serem
realizadas no departamento e empresa em estudo.
A divulgação dos resultados ao funcionário foi realizada por meio de uma
entrevista entre o superior imediato e o funcionário avaliado. Nessa reunião, cada
funcionário é entrevistado individualmente, a fim de apresentar cada um dos
pontos de sua avaliação.
46
4 RESULTADOS
Neste capítulo, é apresentada a análise da coleta de dados e passos
importantes que foram utilizados para desenvolver e aplicar o processo de
avaliação de desempenho humano.
Para a referida análise, foi necessário fazer a caracterização da
organização da empresa escolhida.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Conforme dados obtidos na intranet da empresa, a ThyssenKrupp
Elevadores foi fundada em 4 de fevereiro de 1945, sob a denominação
Elevadores Sûr S/A Indústria e Comércio. Em setembro de 1999, o grupo alemão
ThyssenKrupp adquiriu o controle acionário da Elevadores Sûr. Em abril de 2002,
a empresa mudou o nome, para ThyssenKrupp Elevadores S/A. A filosofia da
empresa, “de oferecer bons serviços e produtos de qualidade para buscar a
satisfação total”, alavancou o crescimento da companhia, além de reverter em
resultados positivos para clientes, fornecedores e funcionários.
A empresa ThyssenKrupp Elevadores atua na indústria, comércio,
exportação, modernização e conservação de elevadores. Também atua no setor
de escadas e esteiras rolantes, fingers (passarelas para aeroportos),
equipamentos para pessoas com mobilidade reduzida e armazéns robotizados.
A empresa opera em todo o território nacional, representada por suas
unidades de negócios, e em 510 postos em 22 estados brasileiros. Também atua
em 15 países da América Latina. O terreno, de 94 mil metros quadrados, conta
com uma área coberta de aproximadamente 24 mil metros quadrados. O estado
de Santa Catarina conta com a Filial Florianópolis, localizada no bairro Estreito
(onde foi realizado o estudo) e uma Micro-Unidade no Centro de Balneário
Camboriú.
47
A estrutura de pessoal da Unidade de Negócios de Santa Catarina (UN/SC)
é de 81 funcionários, sendo 52 na Filial de Florianópolis e 29 na Micro-Unidade de
Balneário Camboriú.
A companhia, dentro de seu escopo geral, possui o seguinte organograma:
Figura 2 - Organograma da Empresa Fonte: Dados da empresa (2008)
Observando o organograma acima, destacam-se dois ciclos de operações
da empresa: o inicial composto pelos departamentos responsáveis pela venda e
instalação do equipamento na obra; e o segundo ciclo composto pela venda e
assistência técnica dos serviços de manutenção, reparo e modernização dos
equipamentos.
Especificamente na Unidade Santa Catarina, o coordenador de vendas de
serviços representa também a chefia da assistência técnica, vinculando
diretamente as vendas do setor aos serviços de ordem técnica.
Diretor Comercial
Diretor de Serviços
Diretor Financeiro
Diretor Industrial
Diretor Pesquisa e Desenvolvimento
Gerente Unidade de Negócio
Diretor Superintendente
Coordenador Vendas Novas
Chefe de Instalação
Coordenador de Vendas de
Serviços
Chefe de Assistência
Técnica
Chefe Administrativo
48
4.2 SISTEMÁTICA ATUAL DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Chiavenato (2004, p. 22) destaca que a todo o momento avalia-se tudo ao
nosso redor. Nas organizações, os gestores analisam todos os tipos de
desempenho, inclusive o desempenho humano.
Contudo, a organização em estudo não possuía nenhum método de
avaliação de desempenho formalizado. Por isso, raramente o funcionário possuía
retorno sobre sua atuação.
A avaliação, aparentemente, dá-se sob forma de supervisão, sem uma
preocupação prioritária com o desenvolvimento pessoal e com a articulação com
os demais objetivos da organização.
4.3 SISTEMÁTICA PROPOSTA PELA PESQUISADORA
Para o desenvolvimento de uma sistemática formal, preocupou-se em
aplicar um método de avaliação de desempenho que melhor se encaixasse com o
objetivo da organização.
Verificando as opções dos métodos e suas vantagens e desvantagens,
optou-se pelo método de escala gráfica.
Foi desenvolvido um questionário com uma lista de dez fatores de
avaliação previamente definidos. São eles: comunicação, relacionamento
interpessoal, aplicação do conhecimento técnico, adaptação a mudanças,
planejamento e organização, iniciativa, segurança, comprometimento, trabalho em
equipe e capacidade de solucionar problemas.
Esses fatores são fundamentais ao cargo e influenciam diretamente no
resultado da organização. Para cada um dos fatores, foram apresentadas quatro
alternativas, conforme demonstrado a seguir:
49
1- Nunca apresenta o fator, obtendo o desempenho insuficiente.
2- Eventualmente apresenta o fator, obtendo limitações no desempenho.
3- Frequentemente apresenta o fator, obtendo o desempenho satisfatório.
4- Sempre apresenta o fator, superando o desempenho esperado.
Optou-se por quatro alternativas para que não haja uma graduação central,
eliminando o risco de tendência central.
O processo de avaliação de desempenho contou com a participação dos
quatorze (14) funcionários, que atuaram tanto como avaliados, quanto como
avaliadores.
Por isso, o questionário foi aplicado em uma amostra de quatorze (14)
funcionários. Como cada funcionário recebeu três avaliações (a autoavaliação, a
avaliação do superior imediato, e a avaliação de um membro da equipe),
totalizou-se quarenta e dois (42) questionários.
Como a organização não possuía nenhum método de avaliação formal,
preocupou-se em não impactar e não causar impressão de um método de
punição. Por esse motivo, determinou-se que todas as avaliações fossem
atribuídas pesos iguais.
A seguir, apresenta-se o fluxograma da sistemática proposta:
50
FLUXOGRAMA DA SISTEMÁTICA PROPOSTA
Figura 3 – Fluxograma da sistemática proposta Dados: Elaborado pela pesquisadora (2009)
4.3.1 Apresentação e análise de dados
Esta seção do presente capítulo tem como objetivo apresentar as análises
com os respectivos gráficos e tabelas, para melhor visualização e interpretação
dos dados. Visando a uma ordem na logicidade do raciocínio, os dados são
Reunir avaliado e avaliadores: expor
projeto com entrega do Manual do Usuário
Realizar avaliação com base nos 03 formulários: superior imediato, colega da equipe de trabalho e
autoavaliação
Processar dados
Enviar gráficos a superior e avaliado
Marcar entrevista superior/avaliado
Realizar entrevista: diálogo para o
desenvolvimento superior/avaliado
Propor melhorias e plano de ação
Avaliação semestral
Identificar avaliado
e avaliador
Reinicia o processo
Resultado da
avaliação
Definir os métodos, fatores
e questionário
Elaborar gráficos de avaliação: superior
imediato, funcionário, auto-avaliação e
fatores.
51
expostos, primeiramente, acerca da análise de fatores e, posteriormente, a
análise individual de todos os avaliados.
4.3.1.1 Análise por fatores
Nessa primeira análise, foram tabulados os dados referentes a cada um
dos fatores. Essa análise tem como propósito, verificar o desempenho de toda a
equipe perante cada um dos fatores, podendo identificar pontos fortes e fracos.
Os fatores analisados foram: comunicação, relacionamento interpessoal,
aplicação do conhecimento técnico, adaptação a mudanças, planejamento e
organização, iniciativa, segurança, comprometimento, trabalho em equipe e
capacidade de solucionar problemas. Frente a isso, a seguir, apresentam-se os
resultados da pesquisa:
A) Comunicação
De acordo com Gil (2006, p. 71) comunicar refere-se a fazer-se entender,
tornar algo comum. Para o autor, o desenvolvimento da comunicação pode ser
considerado um processo natural, além disso, cabe evidenciar que a
comunicação é uma das capacidades humanas mais fundamentais.
Observando o gráfico 1, nota-se que 57,14% das avaliações da equipe
julga frequentemente, apresentar o fator comunicação, 30,95% eventualmente,
9,53% sempre apresentam, e 2,38% nunca apresentam esta característica.
52
Gráfico 1 – Comunicação Fonte: Dados coletados (2009)
Verifica-se que a graduação máxima e a mínima são as que aparecem em
menor destaque na avaliação realizada. Percebe-se também que a grande
maioria da equipe, frequentemente, apresenta uma comunicação hábil, sendo
este um desempenho satisfatório para a organização.
Por meio de observação direta, pôde-se diagnosticar que, na organização
em estudo, a comunicação possui um papel muito importante. Porém, as
informações muitas vezes ficam isoladas em alguns setores obstruindo os
processos e dispersando o foco nos objetivos estabelecidos. A comunicação
interna deve funcionar de maneira eficiente para agilizar processos e evitar
contratempos. A comunicação externa também é intensa, pois o departamento de
Assistência Técnica é um grande intermediário entre os demais departamentos da
organização e o cliente.
B) Relacionamento interpessoal
Conforme já mencionado no manual de avaliação, o relacionamento
interpessoal visa a avaliar a capacidade de se relacionar social e
profissionalmente com pessoas, independentemente do nível hierárquico, clientes
internos e externos, respeitando a individualidade de cada um.
53
No gráfico 2, observa-se que 59,52% das avaliações demonstram que os
funcionários frequentemente sabem se relacionar, 26,19% sempre e 14,29%
eventualmente apresentam este fator.
Gráfico 2 – Relacionamento Interpessoal Fonte: Dados coletados (2009)
Assim, torna-se importante destacar que, ao somar os que frequentemente
e os que sempre apresentam este fator, totaliza-se 85,71% das avaliações.
Levando em consideração que o grau “nunca apresenta” não pontuou, podemos
concluir que a organização possui um desempenho satisfatório ou superior ao que
se espera.
Os funcionários da assistência técnica possuem contato diário com os
clientes. Um relacionamento personalizado é essencial, pois assim, conquista-se
confiança e credibilidade, sendo esses fatores importantes para a retenção dos
clientes.
O relacionamento interpessoal interno também possui grande relevância, já
que a cada nova tarefa prevista ou inesperada é preciso ser dialogada e
programa entre os funcionários. Nesse caso, deve-se verificar a individualidade e
disponibilidade de cada indivíduo. Para isso, o relacionamento interpessoal é
indispensável para a rapidez e execução de algumas tarefas.
54
C) Aplicação do conhecimento técnico
Segundo Chiavenato (2004, p. 38), o conhecimento é o saber. O
conhecimento é fator básico, porém, o desafio maior passa a ser a produtividade
do conhecimento. O fator aplicação do conhecimento técnico refere-se à
competência técnica, a habilidade que o funcionário possui, é o saber fazer.
Verificando o gráfico 3, constata-se que 1 (2,38%) funcionário se avaliou ou
foi avaliado como não possuidor de competência técnica, 8 (19,05%) deles
sempre aplicam seus conhecimentos, 15 (35,71%) eventualmente e 18 (42,86%)
frequentemente aplicam seus conhecimentos e experiências.
Gráfico 3 – Aplicação do Conhecimento Técnico Fonte: Dados coletados (2009)
Das 42 avaliações, 26 delas estão de acordo ou acima do que a empresa
espera. Porém, é importante destacar que 16 avaliações estão abaixo do que a
empresa deseja. Esse fator é preocupante já que a organização investe
fortemente em treinamento para desenvolvimento e capacitação dos funcionários.
O funcionário do departamento de Assistência Técnica, ao ingressar na
organização, já participa de uma integração técnica e de um treinamento de
manutenção preventiva programa (MPP).
55
Para Chiavenato (2006, p. 339), o treinamento é o processo que busca
desenvolver habilidades nos funcionários para torna-los mais produtivos e assim
contribuirem melhor para o alcance dos objetivos da organização.
Este primeiro treinamento (MPP), demonstra os itens e passos básicos que
devem ser efetuados para proporcionar um desempenho adequado ao
equipamento. Em seguida, diversos outros treinamentos são ministrados antes
que o técnico possa desempenhar suas atividades sozinho. Além disso, a cada
novo produto ou uma necessidade verificada, um novo treinamento é
programado. Cabe destacar que todos os treinamento são por meio de aulas
teóricas, vídeos, aulas práticas, além do fornecimento de apostilas. Acredita-se
que uma manutenção preventiva adequadamente desempenhada, evita a parada
inesperada do equipamento, evitando assim o retrabalho e o custo para a
organização e o descontentamento do cliente.
D) Adaptação a Mudanças
Para Chiavenato (2004, p. 368), mudança é uma nova fase em que novas
ideias e práticas são experimentadas, exercitadas e aprendidas, tentando
influenciar o pensamento das pessoas, fazendo com que as mesmas pensem e
ajam de uma nova forma.
Desta forma, verificou-se a necessidade de diagnosticar como as pessoas
estão reagindo no surgimento dessas novas ideias.
No gráfico 4, verifica-se que a predominância está na graduação 3, sendo
que das 42 avaliações, 22 (42%) apontaram que frequentemente se adaptam a
mudanças. 13 (30,95%) delas eventualmente se adaptam as mudanças, 6
(14,29%) sempre e apenas 1 pessoa nunca se enquadram neste fator.
56
Gráfico 4 – Adaptação a Mudanças Fonte: Dados coletados (2009)
Somando os dois graus de maior pontuação, observa-se que 66,67% dos
funcionários frequentemente ou sempre se adaptam a mudança. Já os dois
índices de menor desempenho totalizam 33,33%. Esses dois últimos, podem se
justificar pelo fato de ser multinacional submissa a Matriz, de onde na maneira
das vezes, se determinam modificações constantes e os responsáveis
desconhecem a particularidade de cada região.
Já há algum tempo, a organização está passando por diversas mudanças
internas com relação aos custos. Essas modificações são necessárias para se
adaptar ao mercado sem modificar o quadro funcional.
Além de tudo, a organização vive e depende da tecnologia para que seus
serviços continuem apresentando um nível significativo de qualidade e adaptação
ao mercado. Novos modelos de equipamentos são desenvolvidos com frequência,
o que pode modificar bruscamente as tarefas a serem desenvolvidas.
E) Planejamento e organização
Verificando este gráfico, constata-se que 7,14% dos funcionários possuem
ou julgam seus colegas sem organização e planejamento, 21,43% eventualmente
se enquadram neste item, 16,67% sempre apresentam este fator e 54,76%
57
frequentemente planejam e organizam seu tempo, dando importância aos prazos
na realização das tarefas.
Gráfico 5 – Planejamento e Organização Fonte: Dados coletados (2009)
Na assistência técnica, os funcionários de manutenção preventiva possuem
um roteiro que descreve quantos elevadores devem ser feitos por dia e uma
sequência a ser seguida. Porém, diariamente, podem haver necessidade de
modificar esses roteiros. Isso pode ocorrer devido a alguma parada inesperada do
equipamento, necessitando assim, de uma manutenção corretiva. Alguns
técnicos, além de efetuarem a manutenção preventiva dos elevadores, também
executam a correção dos elevadores.
Entretanto, em casos especiais, como passageiros presos, o técnico mais
próximo é quem atende a ocorrência. Convém enfatizar que hospitais e clínicas
possuem prioridade de atendimento, devido à necessidade específica.
Em ocorrência de todos esses casos citados neste gráfico, o atendente que
recebe essas solicitações, ou seja, aos chamados, e verifica a proximidade dos
técnicos para proporcionar o atendimento mais ágil.
Em outras palavras, é importante destacar que para o departamento em
estudo, esses fatores são essenciais já que há roteiros a serem seguidos e casos
58
ocasionais a serem resolvidos, exigindo reprogramação e um autocontrole na
realização de suas tarefas.
F) Iniciativa
Conforme descrição no manual de avaliação, a iniciativa avalia a forma
como o trabalhador, por si próprio, procura soluções e apresenta sugestões para
uma melhoria efetiva do trabalho, bem como a independência com que exerce as
respectivas funções.
Observando o gráfico 6, percebe-se das 42 avaliações, 3 (7,14%)
apontaram que há funcionários que nunca apresentam iniciativa, 16 (38,09%)
raramente, 17 (40,48%) apresentam frequentemente e apenas 6 (14,29%) sempre
apresentam iniciativa ao desempenhar suas tarefas.
Gráfico 6 – Iniciativa Fonte: Dados coletados (2009)
Importante destacar que as duas extremas dos graus tiverem baixa
pontuação e os graus “frequentemente” e “eventualmente” foram os mais
pontuados e podendo considerá-los como empatados. Com relevância nos graus
intermediários, observa-se que a equipe não possui nenhum destaque,
negativamente ou positivamente.
59
No departamento em estudo, a independência na execução de algumas
tarefas muitas vezes torna-se importante. Afinal, cada um possui suas tarefas e
programações para efetuar.
Porém, a iniciativa possui maior destaque devido à grande necessidade da
prontidão ou ideias de um funcionário em solucionar algum problema ou melhorar
algum processo.
O departamento de Assistência Técnica, em grande maioria das vezes,
vive “contra o tempo”, já que a rapidez no atendimento é um dos fatores
prioritários dos clientes, ou seja, a capacidade de resposta ao mercado.
G) Segurança
“A segurança no trabalho está relacionada com as condições de trabalho
seguras e saudáveis para as pessoas” (CHIAVENATO, 2004, p. 438).
De acordo com este gráfico, das 42 avaliações, 1 (2,38%) indica que
eventualmente preocupa-se com a segurança, 2 (4,76%) nunca preocupam-se, 9
(21,43%) sempre se preocupam e 30 (71,43) frequentemente se preocupam com
a segurança individual e coletiva.
Gráfico 7 – Segurança Fonte: Dados coletados (2009)
60
Somando os graus “frequentemente” e “sempre”, totaliza-se 92,86%, o que
demonstra que os funcionários estão interessados em se protegerem.
Porém, cabe destacar que é preocupante a prática da minoria, pois a
organização trabalha com a seguinte “regra”: “Segurança em primeiro lugar”. A
mesma proporciona treinamentos, cursos de direção defensiva, equipamentos de
proteção individual (EPI) e coletiva (EPC), possui Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), jornal interno, entre outros. Tudo isso para proteção e
principalmente para a conscientização dos funcionários.
Isso se faz necessário porque a natureza do trabalho é preocupante. Os
serviços desenvolvidos requerem muita atenção por possuírem grandes riscos de
acidente. Os funcionários em estudo, possuem contato direto com eletricidade,
altura, objetos cortantes, trânsito, entre outros.
Acredita-se que o resultado na graduação “frequentemente" foi
relativamente maior que a graduação “sempre” devido à pressão vivida. Conforme
mencionado na análise do gráfico 06, os técnicos lidam diretamente com o prazo.
Porém, um simples descuido ou a confiança excessiva do funcionário pode
custar-lhe até sua vida.
H) Comprometimento
Conforme já mencionado na fundamentação teórica e no manual de
avaliação, o comprometimento é a pré-disposição para o esforço e as ações
inseridas no âmbito das suas funções, compartilhando valores entre a empresa e
as pessoas nelas inseridas, visando sempre os objetivos da organização.
No gráfico 8, pode-se observar que 57,14% dos funcionários
frequentemente possuem um comprometimento com seu trabalho, 21,4% sempre
possuem e 21,43% eventualmente se comprometem cm seu trabalho.
61
Gráfico 8 – Comprometimento Fonte: Dados coletados (2009)
Somando os graus “sempre” e “frequentemente”, totaliza-se 78,57%, e
analisando que não há avaliações citadas com total falta de comprometimento,
pode-se considerar este um bom resultado para a organização.
Contudo, cabe destacar que muitas vezes, as pessoas possuem certa
resistência ao assumirem suas fraquezas. Nesse fator, dificilmente um funcionário
assumiria seu ponto fraco, avaliando-se na graduação “nunca”, afinal, refere-se
especificamente aos objetivos da organização.
Entretanto, na avaliação do supervisor imediato e do colega de trabalho,
uma pontuação baixa poderia ter sido mencionada. Desta forma, a organização
pode se satisfazer com o resultado obtido.
I) Trabalho em equipe
Nesta pesquisa, o fator trabalho em equipe refere-se a interação,
participação e cooperação do funcionário no trabalho de grupo, bem como a sua
contribuição para a obtenção dos resultados da equipe.
Observando o gráfico 9, nota-se que 5 (11,90%) avaliações apontaram que
eventualmente o funcionários trabalham em equipe, 10 (23,81%) delas pontuaram
62
no grau “sempre” e 27 (64,29%) frequentemente trabalham em conjunto com a
equipe.
Gráfico 9 – Trabalho em Equipe Fonte: Dados coletados (2009)
Cabe evidenciar que o grau “nunca” não foi pontuado e os graus
“frequentemente” e “sempre” totalizaram 88,10%. O que leva a concluir que a
grande maioria dos funcionários consegue contribuir para a obtenção do resultado
da equipe.
No departamento de Assistência Técnica, o trabalho em equipe possui um
papel de suma importância. Os funcionários precisam do auxílio de todos,
principalmente na resolução de problemas e agilidade no atendimento.
Segundo Robbins (2002, p. 263), os grupos se diferem pelo grau de
atração mútua entre seus membros e de sua motivação para continuarem no
grupo, que se denomina coesão. Estudos demonstram que quanto mais coesos
foram os grupos, mais os funcionários vão em busca em atingir suas metas,
porém é necessário que as normas de desempenho (como por exemplo,
produção elevada, trabalho de qualidade, cooperação com pessoas fora do
grupo) também precisam ser elevadas.
63
J) Capacidade de solucionar problemas
Nas avaliações realizadas, o indicador “capacidade de solucionar
problemas” avalia o funcionário na solução problemas e imprevistos relacionados
ao seu trabalho e à sua área de atuação.
Analisando este gráfico, verifica-se que das 42 avaliações, 16 (38,10%)
apontaram funcionários que eventualmente apresentam capacidade de solucionar
problemas, 16 (38,10%) frequentemente apresentam, 7 (16,66%) sempre e 3
(7,14%) nunca apresentam esta capacidade.
Gráfico 10 – Capacidade de Solucionar Problemas Fonte: Dados coletados (2009)
Os graus “sempre” e “frequentemente” totalizam 54,76%. Cabe destacar
que no gráfico 3, apresentado anteriormente, que refere-se ao conhecimento
técnico aplicado, as duas maiores graduações totalizam 61,90%.
Ainda no gráfico 3, foi comentado que a organização visa ao
desenvolvimento e capacitação do funcionário, pois a mesma investe fortemente
em treinamento.
No entanto, com o resultado desses dois fatores (capacidade de solucionar
problemas e conhecimento técnico aplicado), verifica-se uma fragilidade no
sistema de treinamento.
64
Conclui-se a partir disso, que esses resultados devem ser preocupantes
para a organização, já que há concorrentes com valores inferiores e a
organização em estudo possui foco nos serviços prestados e os destaca como
superiores.
4.3.1.2 Análise dos Avaliados
Com a finalidade de analisar e verificar o desempenho de cada um dos
funcionários, foram realizadas três avaliações com cada um deles.
Em consenso com a organização, definiu-se os seguintes critérios referente
a média do funcionário:
De 10 a 20: abaixo do esperado pela empresa. É necessário fazer uma
análise aprofundada dos resultados obtidos pelo funcionário; e se necessário, por
em prática uma ação para corrigir o desempenho até chegar ao nível desejado.
De 20,01 a 30: dentro do que espera a organização. Deve-se desenvolver
o funcionário e um prêmio de incentivos pode ser apropriado.
De 30,01 a 40: acima do esperado pela organização. Promover a
sustentabilidade do desempenho que excedeu o esperado. Pode-se dizer que o
funcionário está preparado para assumir novas funções e novos desafios.
Enfatiza-se que foram feitas algumas comparações nas análises a serem
descritas a seguir, porém, ressalta-se que as mesmas não foram repassadas aos
funcionários, posto que se entende que caso demonstrasse essa comparação
seria uma das formas de manifestação do efeito halo.
A seguir, apresenta-se o total de pontuações de cada uma das avaliações
e a média geral conquistada por cada funcionário, assim como detalhamento de
cada avaliação e as médias conquistadas em cada fator:
A) Avaliado 01
Descreve-se a seguir, o total de pontuações obtidas em cada uma das três
avaliações, assim como a média geral:
65
Gráfico 11 – Pontuação Avaliado 01 Fonte: Dados coletados (2009)
Mais detalhadamente, pode-se verificar abaixo a pontuação recebida por
cada avaliador em cada fator:
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 1 3 2,00
Relacionamento Interpessoal 3 3 4 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 2 2 3 2,33
Adaptação a Mudanças 3 2 3 2,67
Planejamento e Organização 4 3 4 3,67
Iniciativa 2 2 4 2,67
Segurança 4 3 4 3,67
Comprometimento 3 3 3 3,00
Trabalho em Equipe 3 3 4 3,33
Capacidade de Solucionar 2 1 3 2,00
Tabela 1 – Detalhamento Avaliado 01 Fonte: Dados coletados (2009)
Para maior visualização, expõem-se as médias de cada fator:
66
Gráfico 12 – Médias do Avaliado 01 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Conforme o gráfico 11, verifica-se que as avaliações desse funcionário não
seguiram uma mesma percepção.
Destaca-se que a diferença entre a avaliação do colega de equipe de
trabalho para a avaliação do superior imediato, para sua autoavaliação foi 5 e 7
pontos, respectivamente.
Nota-se que a sua maior pontuação foi por meio de sua autoavaliação.
Pode-se verificar na tabela 1 que o funcionário não se atribuiu pontuação 1 ou 2
em nenhum item. Isso pode ter ocorrido pela dificuldade que as pessoas possuem
em muitas vezes assumirem seus pontos fracos.
A avaliação do superior imediato possuiu uma pontuação intermediária
entre as 3 avaliações deste funcionário.
Já por meio da avaliação do colega de equipe de trabalho, o funcionário
obteve uma pontuação consideravelmente baixa. Como se pode perceber na
tabela 1, esse avaliador não atribuiu pontuação 4 em nenhum item e as únicas
pontuações 1 vieram deste avaliado.
Nesse caso, será necessário uma verificação mais detalhada desse
avaliador para analisar se houve “erros de avaliação” ou “vícios de julgamento”.
De acordo com Marras (2000, p. 178), em qualquer processo de avaliação
humana encontra-se “vícios de julgamento”, que em grande maioria das vezes
está ligada ao avaliador, dando origem às críticas que tornam o objetivo do
processo vulnerável.
67
Analisando as médias dos fatores no gráfico 12, as pontuações mais
baixas obtidas pelo funcionário foram nos seguintes fatores: comunicação e
capacidade de solucionar problemas. Cabe destacar que nesses dois fatores na
autoavaliação a pontuação obtida foi 3. Por isso, o funcionário precisa analisar
melhor seu desempenho para solucionar e se precaver de problemas futuros.
Os pontos em maior destaque do funcionário estão nos fatores
planejamento e organização e segurança.
Em geral, a média de pontuação do desempenho obtida pelo funcionário
ficou dentro do que a organização espera.
B) Avaliado 02
Gráfico 13 – Pontuação Avaliado 02 Fonte: Dados coletados (2009)
68
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 3 3 3,00
Relacionamento Interpessoal 2 4 4 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 3 4 4 3,67
Adaptação a Mudanças 3 3 4 3,33
Planejamento e Organização 3 3 3 3,00
Iniciativa 3 3 4 3,33
Segurança 3 3 3 3,00
Comprometimento 3 4 3 3,33
Trabalho em Equipe 3 3 4 3,33
Capacidade de Solucionar 2 3 3 2,67 Tabela 2 – Detalhamento Avaliado 02 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 14 – Médias do Avaliado 02 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Analisando o gráfico 13, a avaliação do superior imediato foi a de menor
pontuação, estando a 7 pontos abaixo da melhor avaliação.
A melhor pontuação obtida entre as avaliações foi na autoavaliação do
funcionário. Porém, cabe destacar que a avaliação do colega da equipe ficou
apenas 2 pontos abaixo da autoavaliação.
A pontuação da avaliação do superior imediato para a avaliação do colega
da equipe de trabalho, obteve-se uma diferença de 5 pontos. Analisando a tabela
2, o superior imediato não atribui ao funcionário pontuação 4 e pontuação 1 em
69
nenhum dos fatores. É importante destacar, pois o funcionário não possui
destaques positivos e negativos.
A pontuação 1 não foi atribuída em nenhuma avaliação. Na avaliação do
colega da equipe e na autoavaliação a pontuação dois (2) também não foi
aplicada. Apenas na avaliação do superior imediato é que a pontuação dois (2)
aparece duas vezes.
Verificando no gráfico 14, cabe destacar que o funcionário obteve apenas
uma única média abaixo de 3.
Analisando os fatos relatados e analisando a média geral, conclui-se que o
desempenho do funcionário supera as expectativas da empresa.
C) Avaliado 03
Gráfico 15 – Pontuação Avaliado 03 Fonte: Dados coletados (2009)
70
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 4 3 3,00
Relacionamento Interpessoal 2 3 2 2,33
Aplicação do Conhec. Técnico 3 4 3 3,33
Adaptação a Mudanças 4 4 3 3,67
Planejamento e Organização 3 3 3 3,00
Iniciativa 3 3 3 3,00
Segurança 3 4 3 3,33
Comprometimento 3 3 3 3,00
Trabalho em Equipe 3 3 3 3,00
Capacidade de Solucionar 2 3 3 2,67
Tabela 3 – Detalhamento Avaliado 03 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 16 – Médias do Avaliado 03 por avaliado Fonte: Dados coletados (2009)
No gráfico 15, percebe-se que as avaliações do superior imediato e
autoavaliação do funcionário obtiverem uma pontuação semelhante.
O destaque das avaliações deste funcionário estão na avaliação do colega
da equipe de trabalho. A média deste avaliador totalizou 6 pontos a mais que a
menor pontuação. Analisando a tabela 3, este avaliador não aplicou nenhuma
pontuação 1 ou 2 ao funcionário.
Dessa forma, é necessário verificar se a avaliação do colega da equipe não
foi inconscientemente influenciada por algum “erro”. O efeito halo, por exemplo,
71
caracteriza-se pelo inflacionamento ou redução da avaliação, com base na
subjetividade do avaliador.
Marras (2000, p. 179) destaca que um erro comum é julgar por
características pessoais, fora do ambiente de trabalho, que pode influenciar
positivamente ou negativamente na avaliação de desempenho.
Nota-se na tabela 3, que na autoavaliação o funcionário não se pontuou
com nenhuma pontuação 4. Além disso, a pontuação 1 não apareceu em
nenhuma das avaliações.
Nas médias dos fatores analisados, percebe-se pelo gráfico 16 que o
funcionário obteve menor pontuação no relacionamento interpessoal. Em
observação direta realizada, isto pode se justificar pelo funcionário não ser muito
tolerante com algumas situações.
Em destaque está o fator adaptação a mudanças. Em observação direta,
percebe-se que o funcionário sempre está disposto a contribuir e superando as
dificuldades encontradas em novos processos.
O conceito final do desempenho do avaliado 03 supera as expectativas do
desempenho esperado pela organização.
D) Avaliado 04
Gráfico 17 – Pontuação Avaliado 04 Fonte: Dados coletados (2009)
72
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 3 3 3,00
Relacionamento Interpessoal 3 3 4 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 3 2 3 2,67
Adaptação a Mudanças 3 3 3 3,00
Planejamento e Organização 2 4 4 3,33
Iniciativa 3 4 3 3,33
Segurança 3 3 4 3,33
Comprometimento 4 4 4 4,00
Trabalho em Equipe 3 3 4 3,33
Capacidade de Solucionar 2 2 3 2,33
Tabela 4 – Detalhamento Avaliado 04 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 18 – Médias do Avaliado 04 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Observando o gráfico 17, nota-se que a pontuação do superior imediato
para o colega da equipe de trabalho para a autoavaliação obteve-se uma
diferença de 6 pontos.
Houve um crescimento a cada avaliação, sendo a autoavaliação a de maior
pontuação. Conforme já comentado, isso pode ocorrer devido a dificuldade que
muitas pessoas possuem em assumirem seus pontos fracos.
73
A partir da análise da tabela 4, constata-se que o funcionário não se atribui
pontuação 1 e 2. Porém, cabe destacar que a pontuação 1 não foi aplicada em
nenhuma avaliação.
Observando o gráfico 18, nota-se que o fator de menor pontuação é a
capacidade de solucionar problemas. Essa pontuação pode se justificar devido ao
período empregatício do funcionário.
Por isso, compete enfatizar que o funcionário obteve pontuação máxima
em todas as avaliações no fator comprometimento.
Analisando os dados, verifica-se que o avaliado 04 alcançou uma
pontuação média supera a perspectiva da organização.
E) Avaliado 05
Gráfico 19 – Pontuação Avaliado 05 Fonte: Dados coletados (2009)
74
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 3 3 2,67
Relacionamento Interpessoal 3 3 4 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 2 4 2 2,67
Adaptação a Mudanças 2 2 2 2,00
Planejamento e Organização 2 4 3 3,00
Iniciativa 2 4 3 3,00
Segurança 3 3 3 3,00
Comprometimento 2 3 3 2,67
Trabalho em Equipe 3 4 4 3,67
Capacidade de Solucionar 2 4 3 3,00
Tabela 5 – Detalhamento Avaliado 05 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 20 – Médias do Avaliado 05 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
No gráfico 19, percebe-se que a pontuação obtida da avaliação do colega
da equipe e da autoavaliação tiveram uma diferença de 4 pontos.
Porém, o grande destaque das avaliações deste funcionário é a avaliação
do superior imediato. 23 pontos é uma pontuação considerada satisfatória para a
organização, porém, muito próxima do abaixo que a empresa espera.
Nota-se na tabela 5 que este avaliador não aplicou graduação 1 e 4 em
nenhum dos fatores, sendo sua predominância na pontuação 2. Desta maneira, o
75
funcionário precisa rever seu posicionamento quanto a percepção de seu
superior.
Positivamente, percebe-se que a graduação 01 não foi atribuída em
nenhuma das avaliações. Nas médias apresentadas em cada fator no gráfico 20,
averigua-se que a maior delas refere-se ao trabalho em equipe, seguido do
relacionamento interpessoal. Em observação direta, nota-se que esses fatores
são percebíveis no funcionário.
A menor média conquistada pelo funcionário refere-se a adaptação a
mudanças. Suspeita-se que há resistência nesse fator devido aos anos de
organização e experiência do funcionário, pois o mesmo já presenciou diversas
etapas e gerências da empresa.
Na média geral, o conceito final do funcionário está dentro do que a
organização espera dele.
F) Avaliado 06
Gráfico 21 – Pontuação Avaliado 06 Fonte: Dados coletados (2009)
76
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 2 2 2,33
Relacionamento Interpessoal 3 3 3 3,00
Aplicação do Conhec. Técnico 2 2 2 2,00
Adaptação a Mudanças 2 2 3 2,33
Planejamento e Organização 2 3 2 2,33
Iniciativa 2 2 3 2,33
Segurança 3 3 3 3,00
Comprometimento 3 3 3 3,00
Trabalho em Equipe 3 2 3 2,67
Capacidade de Solucionar 2 1 2 1,67
Tabela 6 – Detalhamento Avaliado 06 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 22 – Médias do Avaliado 06 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Observando o gráfico 21, as avaliações obtiveram uma pontuação
semelhante. Sendo a diferença da menor para a maior pontuação de apenas 3
pontos.
Porém, cabe destacar que a média geral do desempenho do funcionário foi
uma das mais baixas entre todos os avaliados. Conforme as avaliações, o
desempenho do funcionário é percebido em todos.
77
Cabe destacar que, a pontuação obtida pelo funcionário ainda está dentro
das expectativas da organização.
Por meio do tabela 6, relata-se que a pontuação 1 foi aplicada uma única
vez, porém a pontuação 4 não foi mencionada em nenhum fator.
Verificando o gráfico 22, o fator com menor média obtida pelo funcionário é
a capacidade de solucionar problemas e a maior não ultrapassou média 3.
Porém, caso necessário alguma correção, há ponto positivo destas
avaliações. O próprio funcionário esta ciente de seu desempenho e ao tomar
conhecimento das demais avaliações, talvez seja mais fácil a correção algumas
de suas características.
G) Avaliado 07
Gráfico 23 – Pontuação Avaliado 07 Fonte: Dados coletados (2009)
78
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 3 4 3,00
Relacionamento Interpessoal 3 4 3 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 2 3 3 2,67
Adaptação a Mudanças 3 2 3 2,67
Planejamento e Organização 3 3 3 3,00
Iniciativa 2 4 3 3,00
Segurança 3 4 4 3,67
Comprometimento 2 2 3 2,33
Trabalho em Equipe 2 4 3 3,00
Capacidade de Solucionar 2 3 2 2,33
Tabela 7 – Detalhamento Avaliado 07 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 24 – Avaliado 07 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Analisando o gráfico 23, nota-se que a avaliação deste funcionário é
semelhante a pontuação do avaliado 05.
O avaliado 07, obteve pontuação com diferença de apenas 1 ponto nas
avaliações do colega da equipe e sua autoavaliação.
Entretanto, assim como o avaliado 05, o avaliado 07 precisa analisar e se
preocupar com a percepção de seu superior direto.
79
De acordo com a tabela 7, o superior não aplicou pontuação 4 em nenhum
dos fatores. E a pontuação 1 não apareceu em nenhuma das três avaliações.
Observando o gráfico 24, as menores médias conquistadas pelo
funcionário referem-se aos fatores comprometimento e capacidade de solucionar
problemas, já a maior média trata-se da segurança.
Na média geral, o funcionário alcançou 29 pontos, pontuação esta, dentro
do que a empresa espera do empregado.
H) Avaliado 08
Gráfico 25 – Pontuação Avaliado 08 Fonte: Dados coletados (2009)
80
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 3 3 3,00
Relacionamento Interpessoal 4 4 3 3,67
Aplicação do Conhec. Técnico 3 3 3 3,00
Adaptação a Mudanças 3 3 2 2,67
Planejamento e Organização 3 3 3 3,00
Iniciativa 3 2 3 2,67
Segurança 4 3 3 3,33
Comprometimento 3 3 4 3,33
Trabalho em Equipe 4 4 3 3,67
Capacidade de Solucionar 4 3 3 3,33
Tabela 8 – Detalhamento Avaliado 08 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 26 – Médias do Avaliado 08 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
No gráfico 25, observa-se que as avaliações do funcionário obtiveram uma
pontuação semelhante. Sendo a diferença da menor para a maior pontuação de 4
pontos.
A avaliação do colega da equipe de trabalho e da autoavaliação tiveram
uma diferença de apenas 1 ponto. Já a avaliação do superior imediato totalizou 34
pontos, sendo esta a maior pontuação entre as 3 avaliações.
81
Destaca-se que observando a tabela 8, o superior não aplicou nota 1 e 2
ao avaliado. A graduação 1 não foi atribui em nenhuma das avaliações e a
graduação 2 apareceu somente duas vezes.
Nas médias conquistadas pelo funcionário demonstradas no gráfico 26,
verifica-se que as em menor destaque são: adaptação a mudanças, sendo esta
atribuída pelo funcionário graduação dois e pelos demais três; e iniciativa,
graduação menor fornecida pelo colega da equipe de trabalho.
Convém enfatizar que o funcionário obteve uma pontuação que supera as
expectativas da organização.
I) Avaliado 09
Gráfico 27 – Pontuação Avaliado 09 Fonte: Dados coletados (2009)
82
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 2 2 2,00
Relacionamento Interpessoal 3 2 4 3,00
Aplicação do Conhec. Técnico 2 3 3 2,67
Adaptação a Mudanças 2 2 4 2,67
Planejamento e Organização 1 2 1 1,33
Iniciativa 2 1 3 2,00
Segurança 2 3 3 2,67
Comprometimento 2 2 3 2,33
Trabalho em Equipe 2 3 4 3,00
Capacidade de Solucionar 3 2 4 3,00
Tabela 9 – Detalhamento Avaliado 09 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 28 – Médias do Avaliado 09 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Conforme os dados apresentados no gráfico 27, o avaliado 9 alcançou uma
pontuação semelhante entre o seu superior imediato e um colega de trabalho.
Destaca-se que essas duas pontuações estão dentro do esperado pela
organização, porém estão na extrema da escala. Enfatiza-se que conforme visto
na tabela 9, a pontuação 4 não foi atribuída ao funcionário nas avaliações do
superior e do colega da equipe.
Verifica-se também que o funcionário se avaliou totalizando 31 pontos,
sendo esta uma pontuação considerada alta. Contudo, analisando as outras duas
83
avaliações, verifica-se que na autoavaliação, talvez o funcionário possa ter tido
uma certa resistência ao analisar seu desempenho e assumir algumas
características.
Conforme demonstra-se no gráfico 28, o fator com menor média obtida é
referente ao planejamento e organização. Nesse fator, o funcionário assumiu sua
dificuldade quanto ao referido fator. Contudo, em geral, suspeita-se que o
funcionário necessita de uma maior reflexão de seu desempenho, para que o
mesmo possa progredir pessoal e profissionalmente.
Fazendo um comparativo entre o avaliado 6 e o 9, sendo que os dois
obtiveram a mesma pontuação final, consegue-se perceber diferenças
importantes a serem relatadas. Conforme já comentado, o avaliado 6 possui
simetria entre as avaliações. Já o avaliado 9, se autoavaliação estivesse na
mesma proporção que as demais avaliações do funcionário, o mesmo estaria com
média em torno de 21,50.
Analisando as avaliações, a média geral do funcionário ficou dentro das
perspectivas da organização.
J) Avaliado 10
Gráfico 29 – Pontuação Avaliado 10 Fonte: Dados coletados (2009)
84
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 3 3 3,00
Relacionamento Interpessoal 3 3 3 3,00
Aplicação do Conhec. Técnico 3 4 2 3,00
Adaptação a Mudanças 3 3 2 2,67
Planejamento e Organização 2 3 1 2,00
Iniciativa 2 3 2 2,33
Segurança 3 3 1 2,33
Comprometimento 3 3 2 2,67
Trabalho em Equipe 3 3 3 3,00
Capacidade de Solucionar 3 4 3 3,33
Tabela 10 – Detalhamento Avaliado 10 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 30 – Médias do Avaliado 10 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Observando o gráfico 29, percebe-se que a maior pontuação é resultante
da avaliação de seu colega de trabalho. Em seguida, com 4 pontos abaixo, está a
avaliação do superior imediato.
Contudo, destaca-se a avaliação de desempenho de menor pontuação é a
própria avaliação do funcionário. Comparando os dados da tabela 10, averigua-se
que a pontuação 1 só foi atribuída na autoavaliação. Neste caso, pode-se dizer
que talvez o funcionário possua uma característica de insegurança ou de
perfeccionismo em grande escala.
85
Por meio da observação direta, trata-se de um funcionário com muitos anos
de experiência, dedicado e com convívio harmônico.
Com apresentação dos resultados, talvez o avaliado 10 consiga analisar e
controlar essas características, já que a média da avaliação do supervisor e do
colega é considerada acima do que espera a organização.
Em análise ao gráfico 30, a menor média obtida pelo funcionário foi no fator
planejamento e organização. Já a maior média foi obtida no fator capacidade de
solucionar problemas.
O desempenho geral do funcionário por meio das 3 avaliações, foi
considerado dentro das expectativas da organização.
K) Avaliado 11
Gráfico 31 – Pontuação Avaliado 11 Fonte: Dados coletados (2009)
86
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 4 4 3,67
Relacionamento Interpessoal 2 2 3 2,33
Aplicação do Conhec. Técnico 4 4 4 4,00
Adaptação a Mudanças 3 4 4 3,67
Planejamento e Organização 3 4 3 3,33
Iniciativa 3 4 3 3,33
Segurança 3 3 4 3,33
Comprometimento 3 4 3 3,33
Trabalho em Equipe 3 3 3 3,00
Capacidade de Solucionar 4 4 4 4,00
Tabela 11 – Detalhamento Avaliado 11 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 32 – Médias do Avaliado 11 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Analisando o gráfico 31, nota-se que as avaliações do funcionário tiveram
uma simetria.
Destaca-se que a menor pontuação obtida foi por meio da avaliação
realizada pelo supervisor imediato, porém, essa pontuação é considerada acima
do que a organização espera do funcionário.
A avaliação do colega da equipe de trabalho e a autoavaliação alcançaram
pontuação semelhante, com apenas 1 ponto de diferença.
87
Conforme os dados apresentados na tabela 11, a graduação 1 não foi
aplicada em nenhuma avaliação e a graduação 2 foi atribuída apenas duas vezes.
O único fator com média inferior a 3 refere-se ao relacionamento
interpessoal. Em observação direta, verifica-se esta afirmativa.
Compete enfatizar que conforme evidenciado no gráfico 32, o funcionário
obteve pontuação máxima em todas as avaliações no fator capacidade de
solucionar problemas. Também verifica-se por observação direta, a constatação
desta afirmativa.
Cabe destacar que a média do desempenho geral deste funcionário foi a
melhor obtida entre todos os funcionários avaliados.
L) Avaliado 12
Gráfico 33 – Pontuação Avaliado 12 Fonte: Dados coletados (2009)
88
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 3 3 2,67
Relacionamento Interpessoal 3 3 3 3,00
Aplicação do Conhec. Técnico 2 3 3 2,67
Adaptação a Mudanças 2 3 3 2,67
Planejamento e Organização 3 2 3 2,67
Iniciativa 2 2 2 2,00
Segurança 3 3 3 3,00
Comprometimento 3 2 4 3,00
Trabalho em Equipe 3 3 3 3,00
Capacidade de Solucionar 2 2 3 2,33
Tabela 12 – Detalhamento Avaliado 12 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 34 – Médias do Avaliado 12 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Conforme o gráfico 33, a avaliação do superior imediato e do colega de
trabalho obtiveram uma diferença de apenas 1 ponto.
Na autoavaliação, verifica-se um resultado de 30 pontos. Comparando o
resultado das 3 avaliações, pode-se perceber que o funcionário pode ter
“mascarado” algumas informações, causando uma divergência entre as demais
avaliações. Entretanto, a diferença da menor avaliação para a maior foi de 5
pontos.
89
Observando a tabela 12, destaca-se que a graduação 1 não foi
mencionada em nenhuma avaliação e a graduação 4 foi atribuída apenas uma
vez, sendo o avaliador o próprio funcionário.
De acordo com o gráfico 34, as maiores médias conquistadas pelo
funcionário foram no fator relacionamento interpessoal, segurança,
comprometimento e trabalho em equipe. Em contrapartida, a menor média obtida
foi no fator iniciativa.
O avaliado 12 obteve uma média geral de desempenho dentro do esperado
pela empresa.
M) Avaliado 13
Gráfico 35 – Pontuação Avaliado 13 Fonte: Dados coletados (2009)
90
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 3 3 3 3,00
Relacionamento Interpessoal 3 3 4 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 2 3 3 2,67
Adaptação a Mudanças 3 2 3 2,67
Planejamento e Organização 3 2 3 2,67
Iniciativa 2 2 3 2,33
Segurança 1 3 3 2,33
Comprometimento 3 2 4 3,00
Trabalho em Equipe 4 2 3 3,00
Capacidade de Solucionar 3 2 3 2,67
Tabela 13 – Detalhamento Avaliado 13 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 36 – Médias do Avaliado 13 por fator Fonte: Dados coletados (2009)
Analisando os dados demonstrados no gráfico 35, nota-se que a avaliação
do colega da equipe de trabalho foi a de menor pontuação, seguida pela
avaliação do superior e a autoavaliação foi a de maior pontuação.
Conclui-se que o funcionário necessita maior atenção a percepção de seu
colega. Além disso, destaca-se que a avaliação do superior ficou apenas 3 pontos
a mais que a do colega de trabalho. Dessa maneira, o funcionário precisa
monitorar seu comportamento.
91
De acordo com a tabela 13, a pontuação 1 e 4 apareceram na avaliação do
superior uma única vez e não foi aplicada pelo colega de trabalho. Além disso, o
avaliado não se avaliou nas pontuações 1 e 2 em nenhum fator.
Os fatores com as menores médias obtidas, conforme explanados no
gráfico 36, foram a iniciativa e a segurança e a maior média obtida refere-se ao
relacionamento interpessoal.
A média geral do desempenho do funcionário foi de 27,67 pontos, estando
dentro das expectativas da organização.
N) Avaliado 14
Gráfico 37 – Avaliado 14 Fonte: Dados coletados (2009)
92
Fatores Avaliação Superior
Imediato
Equipe de
Trabalho Autoavaliação Média
Comunicação 2 2 2 2,00
Relacionamento Interpessoal 3 3 4 3,33
Aplicação do Conhec. Técnico 1 2 2 1,67
Adaptação a Mudanças 3 1 3 2,33
Planejamento e Organização 4 2 3 3,00
Iniciativa 2 1 1 1,33
Segurança 4 3 3 3,33
Comprometimento 3 2 4 3,00
Trabalho em Equipe 2 3 3 2,67
Capacidade de Solucionar 2 1 2 1,67
Tabela 14 – Detalhamento Avaliado 14 Fonte: Dados coletados (2009)
Gráfico 38 – Médias do Avaliado 14 Fonte: Dados coletados (2009)
Conforme o gráfico 37, percebe-se que a avaliação do superior imediato e
autoavaliação do funcionário obtiveram uma pontuação semelhante. Contudo, a
avaliação do colega da equipe de trabalho obteve a pontuação mais baixa entre
as 3 avaliações, havendo uma diferença de 7 pontos para a maior pontuação.
Desta forma, suspeita-se que o avaliador se deixou influenciar por alguma
característica pessoal.
O funcionário em questão obteve a média geral mais baixa, porém,
aparentemente a avaliação do colega da equipe precisa de uma análise mais
aprofundada.
93
Levando em consideração o exposto, o funcionário deve analisar suas
atitudes perante a equipe de trabalho, pois a pontuação 20 está abaixo do
esperado pela organização. Observando a tabela 14, este avaliador não aplicou
nenhuma pontuação 4 e apenas três vezes a pontuação 3.
Além disso, verificando o gráfico 38, o funcionário obteve médias abaixo de
2 em três fatores: aplicação do conhecimento técnico, iniciativa e capacidade de
solucionar problemas. Destaca-se que os dois fatores relacionados diretamente a
parte técnica tiveram uma baixa pontuação. Por isso, cabe destacar que o
funcionário precisa aprimorar mais nesses fatores.
Entretanto, a média geral do funcionário está de acordo com o que espera
a organização.
M) Análise geral das médias dos funcionários
Geral
28,71
10
15
20
25
30
35
40Avaliado 01Avaliado 02Avaliado 03Avaliado 04Avaliado 05Avaliado 06Avaliado 07Avaliado 08Avaliado 09Avaliado 10Avaliado 11Avaliado 12Avaliado 13Avaliado 14
Média Geral
Gráfico 39 – Geral Fonte: Dados coletados (2009)
O gráfico 39 tem como objetivo visualizar as médias de todos os
funcionários, com o intuito de verificar o desempenho geral de todos os
funcionários.
Analisando-o, nota-se que há variações entre as médias. Contudo,
destaca-se que nenhum funcionário ficou abaixo do esperado pela organização e
4 deles superaram as expectativas da empresa.
94
A média geral obtida pelos funcionários está dentro do esperado pela
organização.
Com as diferentes análises realizadas a partir dos resultados obtidos por
meio dos questionários, pôde-se concluir, que o departamento de Assistência
Técnica da organização possui um quadro funcional qualificado.
95
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do presente trabalho teve como objetivo geral analisar a
sistemática de Avaliação de Desempenho Humano do departamento de
Assistência Técnica na empresa ThyssenKrupp Elevadores S/A, filial de
Florianópolis/SC, com o intuito de avaliar o desempenho dos funcionários e
verificar os pontos fortes e fracos das equipes.
Este trabalho foi desenvolvido pela verificação da necessidade de
mensuração do desempenho de cada funcionário, assim como, de informar ao
funcionário como está o seu desempenho.
Diante de algumas necessidades verificadas pela acadêmica,
primeiramente, foi constatada com a organização qual o estudo a ser aplicado.
Foi sugerido, pela pesquisadora, o processo de avaliação de desempenho e que
conjuntamente com o gestor do departamento de Assistência Técnica foi decidido
por esta aplicação. Por isso, sabendo da grande importância da necessidade da
implantação deste trabalho, o gestor do departamento contribuiu expressivamente
durante o andamento do trabalho.
É importante frisar que a acadêmica faz parte do quadro funcional da
organização, o que contribuiu relevantemente na decisão do tema e facilitou o
entendimento dos dados obtidos, por meio da observação direta.
Como não existia avaliação formal, em grande maioria das vezes, o retorno
do desempenho acontecia em uma atitude negativa do funcionário. Desta forma,
acredita-se que gerava uma insatisfação nos funcionários. A partir disso,
despertou o interesse em desenvolver um sistema de avaliação de desempenho.
Inicialmente, verificou-se por meio de observação direta, o
desconhecimento dos funcionários quanto ao processo. A palavra “avaliação”, em
primeiro impacto, causou certa resistência e desconforto em alguns funcionários.
Ao decorrer da apresentação do manual e explicação do processo, houve
dedicação e colaboração dos funcionários, no preenchimento do questionário.
A partir da aplicação, analisaram-se tanto os fatores de desempenho em
termos gerais, bem como o desempenho individual do avaliado.
Em se tratando da avaliação por fatores, pôde-se diagnosticar que
somando as graduações 3 (frequentemente apresenta o fator) com a graduação 4
96
(sempre apresenta o fator), a equipe obteve todas as porcentagens acima de
50%, podendo relatar que a equipe não possui nenhum fator com relevância
negativa de desempenho.
Porém, cabe destacar que somando as graduações 3 e 4, os fatores se
classificaram na seguinte ordem: Segurança (92,86%), Trabalho em equipe
(88,10%), seguido do fator Relacionamento (85,71%), Comprometimento
(78,57%), Planejamento e Organização (71,43%), na sequência aparece o fator
Adaptação a Mudanças (66,67%), Comunicação (66,66%), Aplicação do
Conhecimento Técnico (61,91%) e por último dois fatores em empate,
Capacidade de Solucionar Problemas e Iniciativa (54,77%).
Destaca-se, que mesmo obtendo uma média favorável, os fatores
Aplicação do Conhecimento Técnico e a Capacidade de Solucionar Problemas
devem ser preocupantes para a organização, visto que há concorrentes com
valores inferiores no mercado e a organização em estudo possui foco nos
serviços prestados, destacando-os como superiores.
Importante ressaltar que a organização trabalha com o lema: “Segurança
em primeiro lugar”. Observando os resultados da pesquisa, pôde-se, então
verificar, que o lema está sendo seguido.
No que diz respeito da avaliação de desempenho individual, é importante
visar que nenhum deles ficou abaixo do esperado pela organização. Ainda em
destaque, estão quatro deles que possuíram médias acima do esperado,
superando as expectativas da organização.
A partir da obtenção dos objetivos, pode-se observar que o estudo
proporcionou impacto no departamento, pois fez com que os gestores
compreendessem que o resultado da avaliação é uma fonte valiosa de
informações.
Espera-se que a organização dê continuidade ao processo
desenvolvimento, aplicando a avaliação de desempenho semestralmente. Para a
realização de trabalho futuros, sugere-se que ao decorrer das aplicações, o
aprimoramento desta sistemática, caso necessário. Propõe-se a organização, a
implementação do processo de avaliação de desempenho nos demais
departamentos. Além disso, em observação direta, sugere-se na área de Gestão
de Pessoas, trabalhos futuros referente à elaboração de um plano de cargos e
salários, tendo em vista a alto nível de subjetividade inerente aos processos de
97
transposição e de compensação salarial no âmbito da ThyssenKrupp Elevadores
S/A.
A dedicação e o comprometimento para a realização deste trabalho foram
de grande valia e muito gratificante, tanto para a organização em estudo, quanto
para a acadêmica. O estudo proporcionou à acadêmica um crescimento pessoal e
profissional e a mesma teve a oportunidade de aprimorar e colocar em prática
seus conhecimentos adquiridos durante o período acadêmico.
Conclui-se que, perante as inúmeras transformações pelas quais passa a
sociedade, a organização em estudo precisa se adaptar. Essas mudanças estão
sendo cada vez mais rápidas e imprevistas, o que aflora a competitividade entre
as empresas. Desta forma, salienta-se que a efetivação dos processos de gestão
de pessoas são papéis importantes e fundamentais para a sobrevivência da
organização.
98
REFERÊNCIAS
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99
NASSIF, Vânia Maria Jorge. Gerindo o desempenho. In: HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori; TEXEIRA, Maria Luisa Mendes; ZACCARELLI, Laura Menegon. Gestão do fator humano: uma visão baseada em stakeholders. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 289-328. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica . São Paulo: Pioneira, 2004. PALMEIRA, Mirian. Gestão de Pessoas. In: BULGACOV, Sergio (Org.). Manual de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1999. p. 353-377. REIS NETO, Almiro dos. Avaliação de desempenho. In: BOOG, Gustavo; BOOG, Madalena (Org.). Manual de gestão de pessoas e equipes: São Paulo: Gente, 2002. p. 63-76. RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva, 2005. ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectives. São Paulo: Saraiva, 2002. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio do curso de administração: guias para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. São Paulo: Atlas, 1996. SCHERMERHORN JUNIOR, John R.; HUNT, James G.; OSBORN, Richard N. Fundamentos de comportamento organizacional. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. SOUZA, Vera Lúcia de et al. Gestão de desempenho. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. 151 p. (Gestão de Pessoas). THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A. Disponível em: http://www.thyssenkruppelevadores.com.br. Acesso em 14 de abril de 2008. VROOM, Victor H. Gestão de pessoas, não de pessoal. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
100
APÊNDICES
101
APÊNDICE A - Roteiro de entrevista: percepção dos funcionários sobre o
processo de avaliação de desempenho humano
Conceito
Avaliação: fenômeno natural – processo intuitivo
Desempenho: performance da pessoa quando executa algum trabalho -
intimamente voltado para resultado.
Avaliação de Desempenho: monitoramento ou acompanhamento de pessoas no
desempenho de suas funções.
Objetivos
A avaliação de desempenho busca fornecer aos empregados relatos
sobre sua própria atuação dentro da organização (feedback), para que assim
possa aperfeiçoá-la sem diminuir sua independência e motivação para
desempenhar um bom trabalho.
A avaliação de desempenho visa a adequação do indivíduo ao cargo,
identificar as necessidades de treinamento, aplicar promoções, incentivo salarial,
melhoria nas relações humanas, autoaperfeiçoamento do funcionário, entre
outros.
Perguntas Gerais
1) Qual sua opinião sobre a Avaliação de Desempenho na empresa?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Como você poderia ser avaliado na sua função? Quais os itens que você
acha que devem ser necessariamente incluídos no seu processo de avaliação?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
102
3) Para que o sistema funcione adequadamente quais os cuidados ou critérios
que devem ser incluídos?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4) Como você pode transformar o sistema de Avaliação de desempenho útil
para a empresa e para os funcionários?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
103
APÊNDICE B - Manual de avaliação de desempenho
MANUAL DE
AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
THYSSENKRUPP ELEVADORES S/A
104
1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
No cenário competitivo atual, as organizações necessitam medir a
produtividade da empresa e com isso, avaliar o desempenho de seus
funcionários. A avaliação de desempenho Humano analisa o desempenho de
cada pessoa, a partir das metas dadas, dos resultados alcançados e do potencial
de desenvolvimento.
A avaliação de desempenho busca fornecer a cada funcionário relatos
sobre sua própria atuação dentro da organização. Nela serão avaliados e
mensurados diversos fatores que resultará em quais aspectos o funcionário se
destacou e quais aspectos precisam de aperfeiçoamento.
O resultado da avaliação de desempenho é muito importante para o
funcionário, pois lhe proporciona um retorno sobre o seu desempenho na
organização. O avaliador deve mencionar suas realizações e pontos positivos,
para que os mesmos continuem a serem praticados, como também deve citar os
pontos a melhorar, que deverão ser discutidos conjuntamente para a análise das
causas e sejam estabelecidas ações e novos desafios, como por exemplo, o
planejamento de treinamentos para capacitação do funcionário. Com tudo isso,
certamente o funcionário deverá se sentir mais motivado e confiante.
A avaliação de desempenho não tem como objetivo a punição, mas sim
uma análise justa e criteriosa para a verificação de se o desempenho do
funcionário está de acordo com as necessidades e os resultados esperados pela
empresa que foram previamente estabelecidos.
A avaliação de desempenho é um poderoso meio de solucionar
problemas de desempenho e aperfeiçoamento da qualidade do trabalho e da
qualidade de vida dentro das organizações.
2 FATORES DE AVALIAÇÃO
A partir deste 1º semestre de 2009 você poderá acompanhar o seu
desempenho.
Para isso, serão avaliados os seguintes fatores:
105
Comunicação: expressa ideias com lógica de maneira clara e objetiva,
preocupando-se em verificar o entendimento das mensagens transmitidas e
recebidas.
Relacionamento Interpessoal: capacidade de se relacionar social e
profissionalmente com pessoas, independentemente do nível hierárquico, clientes
internos e externos, respeitando a individualidade de cada um.
Aplicação do Conhecimento técnico: é a aplicação do conhecimento e da
experiência. É ter competência técnica, saber fazer.
Adaptação a mudanças: capacidade de enfrentar, adaptar e superar as
dificuldades perante novas situações e desafios, como mudança nos processos,
métodos, equipamentos, entre outras, buscando o aperfeiçoamento contínuo.
Planejamento e organização: planeja e organiza seu tempo, verificando as
programações quanto aos prazos para a realização das atividades.
Iniciativa: avalia a forma como o trabalhador, por si próprio, procura soluções e
apresenta sugestões para uma melhoria efetiva do trabalho, bem como a
independência com que exerce as respectivas funções.
Segurança: avalia a maneira que o funcionário respeita e compromete-se com a
própria segurança e de seus colegas de trabalho, por meio de suas ações e do
uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPC).
Comprometimento: esforço nas ações inseridas no âmbito das suas funções,
compartilhando valores entre a empresa e as pessoas nelas inseridas, visando
sempre os objetivos da organização.
Trabalho em equipe: avalia a interação, participação e cooperação do
funcionário no trabalho de grupo, bem como a sua contribuição para a obtenção
dos resultados da equipe.
Capacidade de solucionar problemas: soluciona problemas e imprevistos
relacionados ao seu trabalho e à sua área de atuação.
Os fatores a serem avaliados serão os mesmos para todos os cargos.
Cabe enfatizar que os fatores podem ser modificados posteriormente,
caso ocorra alguma mudança que possa influenciar ou requerer novas
expectativas, como caso as funções do funcionário seja redirecionados ou o
mesmo receba novas atribuições.
106
2.1 Graduação dos Fatores de Desempenho e sua Pontuação
Os graus dos fatores de desempenho são parâmetros utilizados para
opinar, apreciar e julgar o efetivo desempenho nos quesitos sob avaliação (item
2). A pontuação dos graus de atendimento está escalonada de 1 (um) – que
equivalente ao desempenho fraco - até 4 (quatro) pontos - equivale ao
desempenho excelente - e destina-se a quantificar os desempenhos avaliados.
É importante ressaltar que, durante a avaliação do desempenho, deve-se
inicialmente avaliar o grau da expectativa de desempenho por meio de seu
conceito para, posteriormente, verificar a pontuação correspondente.
Os conceitos de cada graduação serão da seguinte maneira:
Ponto
Grau
1
Nunca apresenta o fator, obtendo o desempenho insuficiente.
2
Eventualmente apresenta o fator, obtendo limitações no desempenho.
3
Frequentemente apresenta o fator, obtendo o desempenho satisfatório.
4
Sempre apresenta o fator, superando o desempenho esperado.
3 AVALIADORES, AVALIADOS E SUAS RESPONSABILIDADES
O processo de avaliação de desempenho contará com a participação de
todos os funcionários, tanto como avaliados, quanto como avaliadores.
O funcionário receberá três avaliações: realizará uma autoavaliação;
receberá a avaliação do superior imediato; e será avaliado por um outro membro
da equipe que será escolhido aleatoriamente.
O avaliador não pode utilizar o instrumento de avaliação de desempenho
como instrumento de poder e superioridade em relação ao avaliado e nem para
107
de beneficiar. É de sua responsabilidade procurar continuamente o equilíbrio e a
objetividade.
É de suma importância que o avaliador não julgue o avaliado pela
primeira impressão obtida do mesmo, assim como não se pode avaliar por um
acontecimento marcante ocorrido nos últimos dias, mas sim, por todo o período
de avaliação pré-estabalecido.
Ao receber sua avaliação, o avaliado não deve agir defensivamente e
deve ter consciência de que a avaliação é efetuada individualmente e, portanto,
não deve ser feita qualquer tipo de comparação com os demais avaliados.
O avaliado precisa adotar uma atitude aberta, participativa e positiva. É
necessário encarar a avaliação como incentivadora ao seu aperfeiçoamento e
assumir a responsabilidade de partilhar com o avaliador as suas expectativas e
aspirações no trabalho, bem como os problemas e dificuldades que encontra.
Bom senso, ética, honestidade, imparcialidade, clareza, seriedade,
comprometimento e sem preconceitos, são características que fazem parte das
responsabilidades de todos os envolvidos no processo de avaliação.
4 APURAÇÃO DOS RESULTADOS
O cálculo da pontuação ocorrerá da seguinte maneira:
Sendo,
AA: Autoavaliação
AS: Avaliação superior imediato
AE: Avaliação do membro da equipe
CF: Conceito Final
O resultado desta média será o conceito final do desempenho do
funcionário.
5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
O conceito final do funcionário será comunicado por meio de uma reunião
com cada funcionário separadamente e seu superior. A presença do funcionário
CF = AA+AS+AE 3
108
membro da equipe será descartada para que haja um diálogo sincero e sigiloso
entre funcionário e superior.
Nessa reunião serão comentados os pontos relevantes, tanto os
positivos, quanto os pontos a melhorar e caso necessário, serão propostas ações
de melhorias.
O resultado do processo de avaliação do desempenho tem caráter
confidencial, estando todos os que nele intervenham, à exceção do próprio
funcionário avaliado, sujeitos ao dever de sigilo. Assim, apenas o trabalhador
pode tornar do domínio público os fatos que entender convenientes.
6 PERÍODOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de desempenho será trimestral.
O primeiro período de avaliação será de 01 de janeiro de 2009 a 31 de
março de 2009.
Os questionários serão entregues dia 31 de março de 2009 ao
funcionário, superior e membro da equipe. Os mesmos deverão ser devolvidos
até dia 06 de abril de 2009.
Os resultados serão divulgados até dia 30 de abril de 2009.
7 ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO
O acompanhamento do desempenho representa a dinâmica de todo o
processo. Ele ocorrerá em caráter permanente pela comissão que através da
análise e da observação contínuas, diagnosticarão os problemas de desempenho
e apresentarão as medidas corretivas às unidades de trabalho.
Os resultados obtidos serão registrados nos espaços reservados para
esta finalidade, para o monitoramento do progresso do funcionário e
reajustamentos necessários. Caso seja necessário propor ações, as mesmas
serão rediscutidas em trimestres posteriores para a verificação da superação ou
não do resultado, caso não haja necessidade de ações, os dados ficarão
armazenados para consulta futura do desempenho do funcionário.
109
8 PROJETO DE DESENVOLVIMENTO
O processo de avaliação de desempenho foi desenvolvido de forma a
proporcionar ao corpo gerencial uma ferramenta que possibilite o reconhecimento,
desenvolvimento e utilização do potencial dos membros de sua equipe,
promovendo ações que vinculem o desempenho dos funcionários aos objetivos
da organização.
Estabelecer um clima de confiança, cooperação, motivação e
qualidade de vida entre os membros das equipes de trabalho, também são
finalidades desse processo de avaliação.
Com o processo de avaliação de desempenho é possível identificar
aspectos importantes, como:
• Promover o desenvolvimento dos funcionários;
• Identificar novos talentos;
• Identificar as necessidades de aperfeiçoamento;
• O oportuno reconhecimento dos sucessos alcançados (méritos,
promoções, transferências);
A partir dos resultados, a organização passa a conhecer melhor seus
recursos, podendo definir estratégias de desenvolvimento.
110
APÊNDICE C - Questionário
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Nome do Avaliado: _________________________________ __ Data: / / . Avaliador: ( )Superior Imediato ( )Autoava liação ( )Equipe de Trabalho GRAU DE AVALIAÇÃO ( 1 ) Nunca apresenta o fator, obtendo o desempenho insuficiente. ( 2 ) Eventualmente apresenta o fator, obtendo limitações no desempenho. ( 3 ) Frequentemente apresenta o fator, obtendo o desempenho satisfatório. ( 4 ) Sempre apresenta o fator, superando o desempenho esperado.
GRAU DE AVALIAÇÃO
FATORES DE AVALIAÇÃO
1 2 3 4 Comunicação: expressa ideias com lógica de maneira clara e objetiva, preocupando-se na verificação do entendimento das mensagens transmitidas e recebidas.
Relacionamento Interpessoal: relaciona-se social e profissionalmente com pessoas, independentemente do nível hierárquico, clientes internos e externos, respeitando a individualidade de cada um.
Aplicação do Conhecimento técnico: aplica o conhecimento e a experiência. Tem competência técnica, sabe fazer.
Adaptação a mudanças: capacidade de enfrentar, adaptar e superar as dificuldades perante novas situações e desafios, como mudança nos processos, métodos, equipamentos, entre outras, buscando o aperfeiçoamento contínuo.
Planejamento e organização: planeja e organiza seu tempo, verificando as programações quanto aos prazos para a realização das atividades.
Iniciativa: o trabalhador, por si próprio, procura soluções e apresenta sugestões para uma melhoria efetiva do trabalho, bem como a independência com que exerce as respectivas funções.
Segurança: o funcionário respeita e compromete-se com a própria segurança e de seus colegas de trabalho, por meio de suas ações e do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).
Comprometimento: esforço nas ações inseridas no âmbito das suas funções, compartilhando valores entre a empresa e as pessoas nelas inseridas, visando sempre aos objetivos da organização.
Trabalho em equipe: interage, participa e coopera no trabalho
111
de grupo, bem como a sua contribuição para a obtenção dos resultados da equipe. Capacidade de solucionar problemas: soluciona problemas e imprevistos relacionados ao seu trabalho e à sua área de atuação.
Total de Pontos
112
APÊNDICE D - CARTA AOS FUNCIONÁRIOS ANEXA AO QUESTIONÁRIO
Florianópolis, 01 de abril de 2009.
Prezados,
Hoje você está recebendo dois questionários para realizar a avaliação de
desempenho. Um questionário você realizará a sua autoavaliação e o outro será
para você realizar a avaliação de desempenho do colega de sua equipe que está
indicado no próprio questionário.
Desta forma, tanto você como seu colega serão avaliados e atuarão
como avaliadores.
Em seguida, você também será avaliado por seu superior imediato.
Solicitamos que os questionários sejam devolvidos até o dia 02 de abril
para Paula Machado de Aquino.
ATENÇÃO: O resultado deste procedimento resultará no conceito final do
desempenho do funcionário. Por isso, reflita com atenção antes de realizar as
avaliações! Você é o responsável por seu crescimento e de seu colega!
LEMBRE-SE:
• O avaliador não pode utilizar o instrumento de avaliação de
desempenho como instrumento de poder e superioridade em relação ao avaliado
e nem para de beneficiar. É de sua responsabilidade procurar continuamente o
equilíbrio e a objetividade.
• É de suma importância que o avaliador não julgue o avaliado pela
primeira impressão obtida do mesmo, assim como não se pode avaliar por um
acontecimento marcante ocorrido nos últimos dias, mas sim, por todo o período
de avaliação pré-estabelecido.
• Bom senso, ética, honestidade, imparcialidade, clareza, seriedade,
comprometimento e sem preconceitos, são características que fazem parte das
responsabilidades de todos os envolvidos no processo de avaliação.
Boa avaliação a todos!