universidade do vale do itajaÍ centro de ciÊncias …siaibib01.univali.br/pdf/andrea correa...

94
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CAMPUS BIGUAÇU CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANDRÉA CORRÊA MEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL: A SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO DAS INDÚSTRIAS PLÁSTICAS NO MUNICIPIO DE BIGUAÇU – SC. BIGUAÇU 2009

Upload: doannhu

Post on 18-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO

CAMPUS BIGUAÇU

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANDRÉA CORRÊA MEIRA

CONTABILIDADE GERENCIAL: A SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DE

TOMADA DE DECISÃO DAS INDÚSTRIAS PLÁSTICAS NO MUNICIPIO DE

BIGUAÇU – SC.

BIGUAÇU

2009

Page 2: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

2

ANDRÉA CORRÊA MEIRA

CONTABILIDADE GERENCIAL: A SUA UTILIZAÇÃO NO PROCESSO DE

TOMADA DE DECISÃO DAS INDÚSTRIAS PLÁSTICAS NO MUNICIPIO DE

BIGUAÇU – SC.

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão, Campus Biguaçu, da Universidade do Vale do Itajaí, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof° MSc.: Francisco Eugênio Pereira

BIGUAÇU

2009

Page 3: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

3

RESUMO

A presente pesquisa tem como finalidade verificar o nível de utilização da Contabilidade Gerencial no processo de tomada de decisão das Indústrias Plásticas no Município de Biguaçu - Santa Catarina. Para fundamentar este trabalho foram utilizados conteúdos originários da contabilidade gerencial, tais como controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração financeira, administração da produção, planejamento estratégico, benchmarketing, terceirização, gestão de custo e gestão ambiental empresarial. Destaca-se nesse trabalho a elaboração de uma pesquisa de campo, através da aplicação de um questionário aos administradores das Indústrias, onde ficou evidenciado a periodicidade de utilização da contabilidade gerencial como instrumento capaz de facilitar o processo de tomada de decisão. Também se destaca o resultado verificado em cada questionamento obtido por meio do instrumento de pesquisa, onde os gráficos demonstram de forma mais clara estes resultados. Desta forma foi possível concluir que há interesse por parte dos administradores da utilização da Contabilidade Gerencial no processo de tomada de decisão nas Indústrias Plásticas no Município de Biguaçu - Santa Catarina.

Palavras-chaves: Contabilidade Gerencial. Pesquisa de campo. Indústrias Plásticas.

Page 4: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

4

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 01.. ...75

GRÁFICO 2 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 02......75

GRÁFICO 3 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 03......76

GRÁFICO 4 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 04......76

GRÁFICO 5 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 05......77

GRÁFICO 6 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 01...........77

GRÁFICO 7 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 02...........78

GRÁFICO 8 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 03...........78

GRÁFICO 9 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 04...........79

GRÁFICO 10 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 01................79

GRÁFICO 11 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 02................80

GRÁFICO 12 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 03................80

GRÁFICO 13 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 04................81

GRÁFICO 14 – ASPECTOS CONT. CUSTOS – RESPOSTA QUESTAO 01.......81

GRÁFICO 15 – ASPECTOS CONT. CUSTOS – RESPOSTA QUESTAO 02.......82

GRÁFICO 16 – ASPECTOS CONT. CUSTOS – RESPOSTA QUESTAO 03.......82

GRÁFICO 17 – ASPECTOS QUALIDADE – RESPOSTA QUESTAO 01.............83

GRÁFICO 18 – ASPECTOS QUALIDADE – RESPOSTA QUESTAO 02.............83

GRÁFICO 19 – ASPECTOS QUALIDADE – RESPOSTA QUESTAO 03.............84

GRÁFICO 20 – ASP. PROC TOM DECISÃO – RESPOSTA QUESTAO 01.........84

GRÁFICO 21 – ASP. PROC TOM DECISÃO – RESPOSTA QUESTAO 02.........85

Page 5: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................6

2 CONTABILIDADE GERENCIAL.........................................................................11

3 CONTROLADORIA............................................................................................22

4 GESTAO EMPRESARIAL..................................................................................26

5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO ............................................................................29

6 FLUXO DE CAIXA .............................................................................................34

7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO..................................................................37

8 PLANEJAMENTO ..............................................................................................39

9 BENCHMARKING..............................................................................................45

10 TERCEIRIZAÇÃO ............................................................................................51

11 GESTAO DE CUSTO.......................................................................................54

12 NORMAS ISO 9000, 9001, 14000 ...................................................................60

13 METODOLOGIA ..............................................................................................66

14. APRESENTAÇÃO DA PESQUISA REALIZADA.............................................70

15 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................82

REFERÊNCIAS.....................................................................................................84

APÊNDICES .........................................................................................................88

ANEXOS................................................................................................................92

Page 6: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

6

1 INTRODUÇÃO

A Contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como

um enfoque especial, conferido a varias técnicas e procedimentos contábeis já

conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na

analise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num

grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação

diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo

decisório.

Diante disso, a contabilidade gerencial é caracterizada como um dos

instrumentos poderosos para subsidiar a administração de uma empresa. Seus

relatórios abrangem todas as atividades do negócio e os diferentes níveis

hierárquicos, funcionando como ferramentas indispensáveis na formação do

modelo de gestão e principalmente na contribuição para o processo de tomada de

decisão, causando forte influência no ambiente interno e externo, com uma visão

dos pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades emanadas do processo de

planejamento estratégico empresarial com vistas a contribuir com o

gerenciamento de longo prazo dos negócios.

As Indústrias Plásticas, como as demais, são geradoras de recursos para a

econômica brasileira, caracteriza-se em um segmento de mercado muito

importante e competitivo com exigências cada vez mais crescentes, motivo pelo

qual, precisa usar ferramentas de gestão que contribua para fortalecer as

empresas a enfrentar a concorrência firmando-se cada vez mais no mercado.

O Setor de Plásticos tem, inegavelmente, se mostrado como sendo um

segmento que possui elevados níveis de potencialidade, assim como outros

materiais de transformação, é sem dúvida, um dos que apresenta grandes

oportunidades e modernização, fato esse, que também precisa gerir os seus

custos para enfrentar a competitividade, assegurando qualidade.

Segundo o sindicato da indústria plástica de Santa Catarina, acesso

Internet no dia 05/04/2009, o Estado de Santa Catarina tem demonstrado que,

com as suas características de pioneiro na transformação de plásticos, aliado à

vocação empreendedora de seu povo, permanece apresentando um

desenvolvimento bastante superior às demais regiões.

Page 7: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

7

Sendo notado que estas Indústrias fazem parte significante da economia

brasileira, a partir dessa constatação, entendeu-se importante pesquisar as

indústrias plásticas do município de Biguaçu Santa Catarina para identificar quais

as ferramentas de gestão utilizadas no processo de tomada de decisão desse

segmento de mercado.

Esta pesquisa busca identificar através da aplicação de um questionário

aos administradores das Indústrias Plásticas no Município de Biguaçu – SC, quais

as ferramentas da contabilidade gerencial são utilizadas, e se realmente

contribuem para identificar produtividade e lucratividade, influenciando no

resultado e para contribuir para auxiliar a continuidade dos negócios.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

O segmento de Plásticos vem crescendo espantosamente, e cada vez mais

se destacando no mercado global de acordo com a Associação Brasileira da

Indústria do Plástico.

A região que mais consome no mundo é a do Sudeste Asiático que, junto

com o Japão consumiram mais de 42 milhões de toneladas de todas as resinas

consumidas no mundo; em seguida vêm Estados Unidos e Europa Ocidental que,

somadas, representam um consumo de mais 53 milhões de toneladas.

O Brasil, nesse contexto, consumiu quase 3,4 milhões de toneladas, mais

do que o Canadá e que o México. As taxas de crescimento do Brasil estão acima

das taxas de crescimento mundial, o que demonstra que existe aqui uma

extraordinária oportunidade de mercado.

Essas informações são da Associação Brasileira da Indústria do Plástico e

demonstram a necessidade dessas empresas em manter e sustentar uma

vantagem competitiva no contexto atual do mercado globalizado.

A Contabilidade gerencial pode ser definida como o processo de

identificação, mensuração, acumulação, analise preparação, interpretação, e

comunicação de informação (tanto financeira como operacional) utilizada pela

administração para planejamento, avaliação e controle dentro da organização e

para assegurar o uso e a responsabilidade sobre seus recursos.

Page 8: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

8

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Sabendo-se que a contabilidade gerencial é um bom instrumento para

medir a gestão de uma empresa, alem de facilitar a tomada de decisão com base

nos instrumento de gestão existente. E tendo consciência da importância das

Indústrias na economia do pais e da região em que estão inclusas, sentiu-se a

necessidade de efetuar uma pesquisa que identificasse com que freqüência as

ferramentas da contabilidade gerencial é utilizada pelas Industrias no município

de Biguaçu (SC), uma vez que é um instrumento útil para a gestão e tomada de

decisões nas organizações.

Com esta pesquisa buscou-se responder as seguintes questões

formuladas em virtude do problema apresentado:

As Indústrias plásticas no Município de Biguaçu (SC) utilizam contabilidade

própria ou terceirizada?

A Contabilidade utilizada pelas Indústrias plásticas do Município de

Biguaçu (SC) são geradoras de informações úteis para a tomada de decisão de

seus usuários?

Quais as ferramentas de gestão são utilizadas pelas Indústrias plásticas

para auxiliar no processo de tomada de decisão?

1.3 OBJETIVO

Visando a operacionalização da problemática levantada, inicialmente se

fará a apresentação dos objetivos que nortearão o projeto.

1.3.1 Objetivo Geral

A utilização da Contabilidade Gerencial no processo de tomada de decisão

das Indústrias Plásticas no Município de Biguaçu – SC.

Page 9: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

9

1.3.2 Objetivos Específicos

- Pesquisar o processo de tomada de decisão e as ferramentas

utilizadas pelas indústrias plásticas de Biguaçu - SC.

- Aplicar questionário junto as Indústrias Plásticas no Município de

Biguaçu – SC, visando confirmar a utilização das ferramentas de

gestão.

- Analisar os resultados obtidos com a pesquisa e confirmar ou não a

utilização das ferramentas de gestão pelas Indústrias Plásticas no

Município de Biguaçu - SC.

1.4 SUPOSIÇÃO

Para responder previamente as questões levantadas, utilizou-se o

conhecimento antecipado da situação das Indústrias Plásticas do município de

Biguaçu - SC, formulando-se as seguintes suposições:

- Acredita-se que por se tratar do segmento industrial a contabilidade

seja elaborada na própria instituição, pois esse tipo de empresa

precisa da contabilidade de custo para melhor avaliar os produtos

fabricados.

- Quanto ao processo de tomada de decisão acredita-se que a

contabilidade gere informações úteis, tais como indicadores que

facilitam medir resultado e auxiliar as decisões.

- Com relação à utilização de ferramentas acredita-se que esse

segmento utilize aquelas que auxiliem no processo de qualidade,

desenvolvimento de recursos humanos, administração de clientes e

finanças, além de planejamento de curto, médio e longo prazo.

Page 10: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

10

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho está estruturado inicialmente com a introdução,

justificativa do tema, definição do problema, objetivos e suposições.

Na segunda parte estão colocados os fundamentos teóricos essenciais,

que contemplam conteúdos oriundos da contabilidade gerencial, tais como:

controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

financeira, administração da produção, planejamento estratégico,

benchmarketing, terceirização, gestão de custo e gestão ambiental.

Na terceira parte do trabalho está representada pela metodologia

caracterizada pelos passos adequados utilizados na construção da pesquisa

elaborada.

Na quarta etapa encontra-se o resultado da pesquisa como parte prática do

trabalho, onde fica caracterizada a utilização da contabilidade gerencial no

processo de tomada de decisão nas Indústrias Plásticas no Município de Biguaçu

– SC.

Na última parte do trabalho apresenta-se às considerações finais onde será

relatado principalmente o alcance dos objetivos geral e específicos, as

dificuldades encontradas e as recomendações para futuros trabalhos

Page 11: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

11

2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial é um dos instrumentos mais poderosos para

subsidiar a administração de uma empresa. Seus relatórios abrangem os

diferentes níveis hierárquicos e funcionam como ferramentas indispensáveis nas

tomadas de decisões, causando forte influência no processo de planejamento

estratégico empresarial e no orçamento.

A contabilidade gerencial para Crepaldi (2002, p.18) “[...] é o ramo da

contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de

empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais”.

De forma mais simplificada Iudicibus (1995, p. 21) define a contabilidade

gerencial:

[...] como um enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos contábil já conhecido e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Iudicibus (1995, p. 21), afirma que a contabilidade gerencial gera suas

informações baseadas no passado e no presente, efetuando comparações e

análises para que se possam projetar resultados para o futuro.

Segundo Lopes de Sá (1995, p. 103) contabilidade gerencial é:

Ramo da contabilidade que, servindo-se dos próprios instrumentos de levantamento e interpretação dos dados quantitativos da empresa, pode informar, orientar e guiar a administração para que possa efetuar as alternativas de gestão e tomar as decisões de modo mais conveniente.

Mosimann e Fisch (1999, p. 104) afirmam que “[...] o grupo britânico de

contabilidade gerencial do conselho Anglo-Americano de produtividade [...]”,

define que:

A contabilidade gerencial consiste na apresentação de informações contábeis, de maneira a auxiliar a administração na definição de uma política e na operação diária de um empreendimento. A técnica contábil é de máxima importância porque opera como o maior e quase universal instrumento existente para a representação de fatos, de modo que fatos da maior diversidade possam ser representados em um mesmo quadro.

Page 12: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

12

Com referencia aos objetivos, Lopes de Sá (1995, p. 103) afirma que são

dois os objetivos essenciais da contabilidade gerencial:

Preparar e interpretar as informações destinadas à administração da empresa e orientar as futuras alternativas e decisões (planificação). Proporcionar a administração uma visão exata da gestão e um controle assíduo do seu desenvolvimento com base nas decisões tomadas anteriormente (controle e supervisão).

Com base nestes conceitos, pode-se dizer que a contabilidade gerencial é

responsável pela apresentação de novas informações do passado e do presente

das empresas com vistas ao seu futuro, baseadas nas informações financeiras e

das atividades já geradas, de forma mais clara e objetiva, auxiliando o

administrador na tomada de decisão tanto operacional como estratégia das

atividades.

2.1 O SURGIMENTO DA CONTABILIDADE

A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da

civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade

social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos

com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins

propostos.

Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do

pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou

em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de

propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas

passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais

(pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para

quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do

comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios.

Page 13: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

13

A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais

cidades da Antiguidade.

A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o

acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era

efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou

relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam

com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios

efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores,

preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de

aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização

quando já em maior volume, requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a

fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo,

de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a

necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de

que se pudesse prestar conta da coisa administrada.

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja,

as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se

ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O

desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito

antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

Na medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu

controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já

traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas

compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram

introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge

o termo Contabilitá.

Podemos resumir o surgimento e a evolução da ciência contábil da

seguinte forma:

Page 14: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

14

Contabilidade do mundo antigo - período que se inicia com as primeiras

civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da

autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.

Contabilidade do mundo medieval - período que vai de 1202 da Era

Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis

(Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494,

enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos

números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade

entre os ramos do conhecimento humano.

Contabilidade do mundo moderno - período que vai de 1494 até 1840,

com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni

Private e Pubbliche", da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da

Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.

Contabilidade do mundo científico - período que se inicia em 1840 e

continua até os dias de hoje.

2.2 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial surgiu no período histórico da revolução

industrial, no século XIX. Neste período as indústrias necessitavam de

informações mais detalhadas sobre o andamento de sua produção.

Normalmente as informações necessárias eram sobre custo das matérias

primas utilizadas, custo dos insumos utilizado, custo de transformação destes em

produtos, bem como o custo do departamento e por empregado.

Atkinson et al (2000, p. 39) afirmam que as indústrias,

[...] recebiam informações sobre o custo por hora de conversão de matéria-prima [...] em produto intermediário [...] e em produtos acabados [...] e o custo por libra de produto por departamento e por funcionário.

Utilizando estas informações as indústrias verificavam sua eficiência,

podendo tomar decisões quanto a melhoria dos produtos e dos processos de

produção, reajuste dos salários dos funcionários, aquisição de novos maquinários

Page 15: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

15

e entre outras decisões necessárias para melhor administrá-las. (ATKINSON et al,

2000).

Atualmente as empresas de comercio e serviço, tem buscado o auxilio da

contabilidade gerencial, pois estão inseridas em um mercado altamente

competitivo. Estas empresas necessitam gerir suas atividades de forma que haja

qualidade e baixo custo. (ATKINSON et al, 2000).

2.3 DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE FINANCEIRA E A

CONTABILIDADE GERENCIAL

Os processos contábeis têm sempre a finalidade de fornecer dados e

informações imprescindíveis à boa administração, e ao controle das operações

empresariais.

Nesse processo, o interesse na obtenção dessas informações atinge dois

pólos distintos: os indivíduos que fazem parte da organização propriamente dita,

composta pelos funcionários e responsáveis diretos pelo empreendimento, o que

se poderia chamar de ala interna; e daqueles que compõem a ala externa, uma

clientela composta de agentes como: fisco, bancos, fornecedores e investidores.

A Contabilidade Financeira está mais direcionada ao atendimento dos

interesses da ala externa. Segundo Bulgacov (1999, p. 260):

[...] lida com a exposição e comunicação de informações sobre a organização a interessados externos: acionistas, credores, governo, etc. Informações de Contabilidade Financeira comunicam aos interessados externos as conseqüências das decisões e melhoria dos processos feitos pelos administradores e empregados.

Indo adiante, poder-se-ia dizer que o objetivo principal desse modelo

contábil é oferecer os resultados a partir do resultado econômico-financeiro, e

principalmente fiscal, das organizações.

O fornecimento de informações econômicas aos interessados que fazem

parte da estrutura da empresa - os chamados agentes da ala interna - fica, então,

por conta da Contabilidade Gerencial, em contraste com o modelo anterior. Essa

deverá ter como objetivo apresentar informações para esses usuários internos,

Page 16: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

16

através de uma estrutura desenvolvida conforme a necessidade sentida pela

administração da instituição. Esses dados informativos deverão, também, ter um

caráter comparativo da situação do empreendimento, levando-se em

consideração o passado, presente e futuro da empresa.

Reforçando o que foi dito anteriormente, é importante ressaltar o que

Atkinson et al (2000, p. 37) diz, a respeito da Contabilidade Gerencial, no que diz

respeito ao propósito da mesma, vejamos:

[...] a Contabilidade Gerencial deve fornecer informações econômicas para a clientela interna: operadores/funcionários, gerentes intermediários e executivos seniores.

Vale lembrar que as informações resultantes dos sistemas de

Contabilidade Gerencial têm a finalidade de auxiliar os empregados no

aprendizado; no que se refere à melhoria da qualidade dos serviços, à diminuição

do preço e ao aumento da responsabilidade de suas operações em relação às

necessidades dos clientes.

Da leitura a respeito da diferenciação existente entre os dois modelos de

sistema de processamento contábil, Bulgacov (1999, p. 260) conclui que;

[...] pode parecer lógico que o processo contábil deve começar pela determinação das necessidades de informação para finalidades internas e, posteriormente, explicar o impacto econômico das decisões tomadas aos interessados externos.

Para Padoveze (2000, p. 32), “[...] não existe Contabilidade Gerencial em

uma entidade, como existe Contabilidade Financeira [...]”, ele trata a

Contabilidade Gerencial no âmbito da ação, não como sendo uma técnica

específica, mas sim como uma ação, um fazer constante. Diferentemente dos

outros sistemas contábeis.

Ainda segundo Padoveze (2000, p. 33), “Não existe Contabilidade

Gerencial. Faz-se ou não se faz Contabilidade Gerencial.”

Seguindo essa linha de pensamento, fica subentendido que se faz

necessário dentro das instituições, a presença de pessoas que consigam

transformar os conceitos contábeis em atuações práticas. Só assim será possível

confirmar e afirmar a existência de um processo ativo de Contabilidade Gerencial

no real sentido do termo. Assim, em contraste com a Contabilidade Financeira,

Page 17: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

17

que existe incondicionalmente, a gerencial está condicionada ao real interesse do

administrador em implantá-la.

Visando estabelecer um paralelo entre as disciplinas; gerencial e

financeira, vejamos como Padoveze (2000, p. 31 e 32) apresenta um comparativo

entre esses dois modelos, analisando o quadro abaixo:

Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Usuários dos Relatórios Externos e Internos Apenas os Internos

Objetivo dos Relatórios

Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente.

Forma dos Relatórios

Balanço patrimonial, demonstração dos resultados, demonstração das origens e aplicações de recursos, e demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Orçamentos, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão.

Freqüência dos Relatórios

Anual, trimestral e, ocasionalmente, mensal. Quando necessário pela administração.

Custos ou valores utilizados

Primariamente históricos (passados). Históricos e esperados (previstos).

Bases de mensuração usadas para quantificar os dados.

Moeda Corrente. Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira – moeda forte -, medidas físicas, índices, etc.)

Restrições nas informações fornecidas

Princípios contábeis geralmente aceitos.

Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração.

Arcabouço teórico e técnico. Ciência Contábil.

Utilização pesada de outras disciplinas como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional

Características da informação fornecida.

Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo.

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão.

Perspectiva dos relatórios. Orientação histórica.

Orientada para o futuro, para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato).

Quadro 1 - comparativo entre esses dois modelos Fonte: Padoveze (2000, p. 31 e 32)

O quadro comparativo acima, proposto por Padoveze, reforça a idéia de

que o objetivo principal da Contabilidade Financeira é oferecer os resultados a

partir do resultado econômico financeiro e principalmente fiscal, das

Page 18: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

18

organizações. Ao passo que a Contabilidade Gerencial tem como princípio

fundamental, contribuir no aperfeiçoamento dos controles, no gerenciamento dos

negócios, com vistas a assegurar a continuidade das empresas.

Pode-se deduzir, com isso, que a Contabilidade Gerencial se utiliza,

inclusive, das informações financeiras e econômicas da contabilidade tradicional

para execução de seus trabalhos, de forma eficiente, uma vez que essa não

participa no processo decisório, mas desencadeia suas informações para o

momento de tomada de decisão. Para tanto, a finalidade da Contabilidade

Gerencial é apresentar tais informações com o maior nível de transparência

possível, resumidamente e de forma operacional, em conjunto com as

informações voltadas para o sistema de custo e outros sistemas, unificando-os e

aprimorando-os paralelamente a outros conhecimentos não necessariamente

ligados à área contábil, a fim de suprir as necessidades do administrador nos

momentos decisivos de seus negócios.

2.4 COMPARAÇAO ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A

CONTABILIDADE FINANCEIRA

Padovese (1994, p. 24), faz uma comparação entre a contabilidade

financeira e a contabilidade gerencial em vários fatores:

a) Usuários dos relatórios: a contabilidade financeira é utilizada por

usuários externos e internos enquanto a contabilidade gerencial é

usada apenas por usuários internos;

b) Objetivo dos relatórios: a contabilidade financeira tem como objetivo,

facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários

externos. A contabilidade gerencial tem como objetivo especial, facilitar

o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de

decisão internamente.

c) Forma dos relatórios: os relatórios usados pela contabilidade

financeira são: balanço patrimonial, demonstração dos resultados,

demonstração de origem e aplicações de recursos e demonstração

das mutações do patrimônio liquido. Os relatórios usados pela

Page 19: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

19

contabilidade gerencial são: orçamento, contabilidade por

responsabilidade, relatórios de custo, relatórios especiais não

rotineiros para facilitar a tomada de decisão.

d) Freqüência dos relatórios: os relatórios da contabilidade financeira são

apresentados anualmente, trimestralmente e quando necessário

mensalmente. Os relatórios da contabilidade gerencial são

apresentados quando necessário pela administração, sem tempo

determinado.

e) Custos ou valores utilizados: a contabilidade financeira utiliza o valor

primariamente histórico (passado). A contabilidade gerencial utiliza o

valor histórico e o valor esperado (previsto).

f) Bases de Mensuração usadas para quantificar dados: a contabilidade

financeira utiliza a moeda corrente. A contabilidade gerencial utiliza

varias bases (moeda corrente, moeda estrangeira – moeda forte,

medidas físicas, índice e outros).

g) Restrições nas informações fornecidas: a contabilidade financeira

baseia-se nos princípios contábeis geralmente aceitos. A contabilidade

gerencial não possui restrições, exceto as determinadas pela

administração.

h) Arcabouço teórico e técnico: a contabilidade financeira e baseada na

ciência contábil. A contabilidade gerencial utiliza-se de outras

disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional

e comportamento organizacional.

i) Características da informação fornecida: a contabilidade financeira

deve ser objetiva, verificável, relevante e a tempo. A contabilidade

gerencial deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva,

possuindo menos verificabilidade e menos precisão.

j) Perspectiva dos relatórios: a contabilidade financeira produz seus

relatórios para a orientação histórica. A contabilidade gerencial produz

esses relatórios visando a orientação para o futuro, facilitando o

planejamento, controle e avaliação do desempenho antes do fato (para

impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os

resultados reais (para o controle posterior do fato).

Page 20: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

20

2.5 AREAS ABRANGIDAS PELA CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial como já foi dito, é responsável pela apresentação

de informações para auxiliar na administração, tanto operacional quanto

estratégica da empresa.

Devido à forma de apresentação das informações trazidas pela

contabilidade gerencial, ela busca se adaptar a necessidade da empresa

conforme o momento exige e abrange as mais diversas áreas.

A contabilidade gerencial poderá atender a mais alta cúpula da empresa

até o menor cargo da mesma, como afirma Padovose (1994, p. 27) “[...] uma

organização é estruturada de forma hierárquica, a contabilidade gerencial de

suprir [...] todas as área da companhia”.

Para suprir as necessidades dos administradores, a contabilidade gerencial

devera apresentar seus relatórios “[...] objetivando canalizar informações que

sejam apresentadas de forma sintética, em grandes agregados, com a finalidade

de controlar e planejar a empresa dentro de uma visão de conjunto”.

(PADOVESE, 1994, p. 27).

Já com relação à media administração ate o nível operacional, seu

detalhamento vai sendo maior, devido a necessidade de informações segundo a

responsabilidade de cada membro. (PADOVESE, 1994, p. 27)

2.6 CONTABILIDADE GERENCIAL COMO INSTRUMENTO DE INFORMAÇÃO

As informações apresentadas pela contabilidade gerencial podem ser

também conhecidas por informações gerenciais contábeis. “A informação

gerencial contábil e uma das fontes informacionais primarias para a tomada de

decisão e controle nas empresas”. (ATKINSON et al 2000, p. 36)

As informações gerenciais contábeis medem, conforme Atkinson et al

(2000, p. 37):

Page 21: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

21

[...] o desempenho econômico de unidades operacionais descentralizadas [...]. Essas medidas de desempenho econômico ligam à estratégia da empresa a execução da estratégia individual de cada unidade operacional.

As informações gerenciais contábeis tradicionais são de ordem financeira,

mas atualmente estão sendo incluídos dados operacionais ou físicos, onde se

pode verificar a qualidade e o tempo de processamento, a satisfação do clientes,

a capacitação dos colaboradores entre outros. (ATKINSON et al 2000)

Para tanto a contabilidade gerencial utiliza-se dos sistema de informação.

“Sistemas gerenciais contábeis produzem informações que ajudam funcionários,

gerentes e executivos a tomar melhores decisões e a aperfeiçoar os processos e

desempenhos de suas empresas”. (ATKINSON et al 2000, p. 36)

Page 22: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

22

3 CONTROLADORIA

Uma das preocupações mais freqüentes, senão mais declarada do

administrador financeiro, é o desempenho de suas funções à altura da

responsabilidade que recai sobre seus ombros, em relação ao cumprimento da

parte que lhe cabe em direção ao sucesso de seu empreendimento.

Tung (1976, p. 27) afirma categoricamente, que:

[...] para desempenhar convenientemente as funções que lhe são inerentes, o administrador financeiro recorrerá à técnica da controladoria, baseado num conjunto de princípios, com flexibilidade de aplicação.

Entende-se por controladoria o processo de planejamento econômico-

financeiro, que, segundo Bulgakov (1999, p. 239), “[...] visa assegurar o alcance

dos objetivos estabelecidos pelos proprietários da empresa”.

O autor acima citado defende, ainda, que as empresas “[...] precisam

aprender a valorizar os demonstrativos contábeis como instrumentos de gestão”.

Devido às mudanças profundas que ocorreram na prática da

administração, considerando-se os aspectos científicos e éticos, a estrutura

econômica tem se tornado cada vez mais complexa. Diante disso, se faz

necessário que a cada dia o administrador seja impulsionado pelo senso de

responsabilidade perante a sociedade. Deve ser inteligente e capacitado a fim de

cumprir o importante papel na qualidade de gestor de seus negócios, e além dos

atributos de liderança, necessita, como nunca, estar inteirado dos conhecimentos

técnicos adequados.

Vejamos o que diz Tung (1976, p. 28) a respeito da Controladoria e de

seus requisitos na citação abaixo:

A tarefa da Controladoria requer a aplicação de princípios sadios, os quais abrangem todas as atividades empresariais, desde o planejamento inicial até a obtenção do resultado final. Por planejamento entende-se que o Controller deve medir as possibilidades de sua empresa, perante as realidades externas, para fixar objetivos, estabelecer políticas básicas, elaborar o organograma com responsabilidades definidas para cada posição dentro da sua própria organização, estabelecer padrões de controle, desenvolver métodos eficientes de comunicação e manter um sistema adequado de relatórios.

Page 23: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

23

Assim, levando-se em conta o contexto da administração financeira, pode-

se afirmar que a controladoria funciona como órgão de observação e controle da

cúpula administrativa, parafraseando o autor acima citado. Poderíamos compará-

lo a um “olho mágico”, uma ferramenta que vai disponibilizar ao tomador de

decisões, as informações necessárias que irão aumentar o controle das ações da

empresa, como também, demonstrar o efeito de cada componente de custo ou

receita na análise dos resultados empresariais.

3.1 CONTROLE

Um dos aspectos fundamentais para o êxito de um empreendimento é, sem

sombra de dúvidas, o controle da gestão econômica. A função do controle

configura-se como um instrumento administrativo exigido pela crescente

complexidade das empresas, que tem por finalidade atingir um bom desempenho.

Pode ser entendido, também, como um órgão administrativo com uma

missão definida, função e princípio norteador, definido pelo modelo de gestão do

sistema empresarial. Uma área do conhecimento humano com fundamentos,

conceitos, e métodos oriundos de outras ciências.

O controle é uma destas funções essenciais da administração, tão

importante quanto as demais. É através do controle que o administrador

consegue acompanhar o desenvolvimento das atividades e verificar se os

procedimentos e as metas da empresa estão sendo cumpridos.

Brisolla (1990, apud Mosimann e Fisch, 1999, p. 72), afirmam que controle

é:

[...] um processo de verificação prévia, concomitante ou a posteriori, que ocorre num lapso de tempo, para conhecer a evolução no desempenho de um sistema ou de uma atividade através da comparação de novo estagio com outro inicial definido como padrão, desencadeando ações que assegurem a consecução dos objetivos esperados.

Page 24: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

24

3.2 CONTROLLER

Como se pôde ver, a função do Controller é fundamental para que o

sistema de informações gerenciais funcione adequadamente. Ele é peça

indispensável no processo, uma vez que o planejamento estratégico da instituição

no sentido organizacional deve passar necessariamente pelo seu crivo.

Os serviços do departamento financeiro de uma empresa, aliado aos

serviços de tesouraria determinam as necessidades de caixa existentes.

Estudam, também, o custo de financiamento e avaliam seu reflexo sobre o custo

do produto fabricado. Todos esses serviços são prestados pela área de

abrangência do Controller.

Segundo Tung (1976, p. 28), o Controller precisa estar completamente

inteirado da importância de sua função na empresa, e perfeitamente elucidado

quanto às metas e objetivos de sua instituição, conforme se pode constatar nas

linhas abaixo:

Para realizar o lucro almejado, o Controller deverá, em primeiro lugar, conhecer minuciosamente, os objetivos da empresa, participando das tomadas de decisão a respeito destes. Deverá saber quais os objetivos de cada setor: produção, comercialização, pesquisas, engenharia, contabilidade, etc., uma vez que os objetivos setoriais fazem parte do objetivo geral da empresa. [...] se não existir um plano escrito, é função do Controller elaborá-lo, quanto antes.

As responsabilidades do Controller se estendem por diversas áreas de

atuação da controladoria. No que se refere ao controle do exigível, por exemplo,

Tung (1976, p. 331) afirma que:

“[...] a Controladoria tem participação ativa. No seu departamento de contabilidade são registrados em contas específicas todos os itens do exigível. Seus relatórios normais ou extraordinários evidenciam os pontos chaves do exigível, os quais auxiliam a cúpula administrativa a tomar decisões sobre as tendências perigosas, adotando as devidas medidas corretivas. “Periodicamente, a auditoria faz a reverificação do comportamento do exigível, para assegurar-se de que estão de acordo com os regulamentos internos da empresa e com as leis do país”.

O mesmo Tung (1976, p. 28) em uma linguagem metafórica lembra que,

[...] com a terminologia de navegação em seu livro “Controllership”, J.B. Heckert e

J.D. Wilson assim caracterizam a tarefa do Controller:

Page 25: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

25

Ao Controller não compete o comando do navio, pois essa é a tarefa do primeiro executivo; representa, entretanto, o navegador que cuida dos mapas de navegação. É sua tarefa manter informado o comandante quanto à distância percorrida, ao local em que se acha, à velocidade da embarcação, à resistência encontrada, aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados nos mapas, para que o navio chegue ao destino.

Nota-se, diante da afirmação acima, o grau de importância da atividade

desenvolvida pelo controlador não somente no universo empresarial, como

também na área pública. O sucesso dos chefes do executivo, em todas as

frentes, está atrelado ao desempenho adequado do profissional que atua na área

da controladoria, mais precisamente o chamado, Controller.

Quanto ao Controle de Patrimônio, Tung (1976, p. 335) faz a seguinte

colocação, situando em que sentido o Controller atua, e de que maneira se torna

responsável no âmbito patrimonial:

Embora o Controller não seja diretamente responsável pelo levantamento e aplicação dos recursos, que é a função específica do tesoureiro, cabe-lhe o controle desses recursos, para salvaguardar a integridade do patrimônio da empresa.

Outra área de atuação, de relevante participação do Controller, é o controle

de estoque da empresa. Segundo Tung (1976, p. 291), a participação desse

profissional é integral. O autor afirma que:

[...] sendo o estoque um item importante do ativo, a atuação do Controller sobre ele é decisiva. Como membro da cúpula administrativa e representante do chefe do executivo, o Controller participa de todas as determinações sobre a política global de estoque. É ele quem idealiza um sistema de registro contábil que possibilite um controle eficaz do estoque em caso de fraude ou roubo.

Page 26: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

26

4 GESTÃO EMPRESARIAL

O vocábulo ‘gestão’, que tem origem no latim gestione, e que remete ao ato

de administrar, portanto, um sinônimo do termo “administração’, está

significativamente relacionado ao fato de se fazer com que as coisas aconteçam,

parafraseando Mosimann e Fisch (1999, p. 28).

Sem a existência, adoção e desenvolvimento de um modelo de gestão, a

eficácia e eficiência de uma administração ficam comprometidas. Não há como

realizar uma gestão de forma organizada e com um grau expressivo de acerto nas

tomadas de decisão em meio aos negócios.

4.1 COMPONENTES DO MODELO DE GESTAO

A adoção do modelo de gestão “[...] representa a forma pela qual a

empresa ira desenvolver seu negocio. Esse modelo é decorrente da missão

estabelecida e dos propósitos e objetivo a serem alcançados”. (PEREZ JUNIOR;

PESTANA; FRANCO, 1997, p. 16)

A empresa como um organismo, possui suas próprias crenças e valores. E

as crenças e valores normalmente são estabelecidos pelos seus proprietários.

Segundo Perez Junior, Pestana e Franco (1997, p. 12), algumas das

crenças e valores bem estabelecidas numa empresa as quais identificam-se com

as crenças e valore de seus dirigentes.

[...] considerações de meio ambiente, de qualidade, de ética no relacionamento com clientes e fornecedores, de respeito aos funcionários e de responsabilidade para com a comunidade e órgãos públicos estão presentes em todas as decisões.

Com base nestas crenças e valores será estabelecida a filosofia da

empresa, ou seja:

Page 27: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

27

[...] um empresário que acredita dever conduzir seus negócios com base nas crenças indicadas estabelecerá uma filosofia para sua empresa, contemplando provavelmente pagamento de salários justos a seus funcionários, treinamento constante, estrita obediência as leis fiscais, tributarias, eleitorais e outra relacionadas a seu ramo de atividades, intenção de produzir sem agredir o meio ambiente, e assim por diante. (PEREZ JUNIOR; PESTANA; FRANCO, 1997, p. 14)

Juntamente a filosofia da empresa esta a missão da mesma, a qual “[...] é a

razão da existência da empresa”. Conhecer a missão de uma empresa significa

saber por que ela existe. Desta forma “[...] definir a missão é determinar o que ela

se propõe a fazer, em função da filosofia existente e naturalmente sem que haja

conflito de propósitos”. (PEREZ JUNIOR; PESTANA; FRANCO, 1997, p. 15)

Os propósitos mencionados “[...] representam o resultado esperado pelo

cumprimento da missão da empresa” (PEREZ JUNIOR; PESTANA; FRANCO,

1997, p. 16). Os propósitos ou objetivos a serem alcançados pela empresa são

definidos baseados nas crenças, nos valores, na filosofia e na missão da mesma.

Todos estes componentes estão interligados harmoniosamente para que

as atividades desenvolvidas pela empresa sejam realizadas de forma organizada

garantindo a sua continuidade.

4.2 CLASSIFICAÇAO DA GESTAO EMPRESARIAL

A gestão empresarial pode ser subdividida em três segmentos;

operacional, financeiro e econômico.

O primeiro desses está mais voltado para a execução propriamente dita

das atividades de cada área da organização. O segundo modelo de gestão citado

acima, o financeiro, segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 30) “[...], enfatiza os

problemas de caixa e liquidez da empresa, de forma a permitir a tomada de

decisões em termos de programação financeira”. Ainda segundo esses autores,

[...] cabe à gestão financeira obter recursos monetários necessários, nos termos mais favoráveis possíveis, pesando as várias combinações de condições oferecidas em cada fonte potencial de fundos contra as circunstâncias específicas de operação de sua empresa.

Page 28: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

28

A gestão econômica “[...] é o conjunto de decisões e ações orientado por

resultados”. Com ela pode-se “[...] avaliar a forma pela qual a empresa atinge

seus resultados econômicos, e tem como ponte de sustentação o planejamento e

o controle”. “A gestão econômica consolida as demais, tendo em vista que todas

as atividades em uma empresa devem estar voltadas para o resultado econômico

da mesma”. (MOSIMANN e FISCH, 1999, p. 30)..

Page 29: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

29

5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Considera-se como sistema de informação o conjunto de componentes ou

subsistemas reunidos para atingir a meta estabelecida. Esse sistema possui uma

programação básica, ou seja, coleta dados transformando-os em informações

úteis aos usuários.

Gil (1992, p. 14) afirma que:

[...] os sistemas de informações compreendem um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma seqüência lógica para o processamento dos dados e a correspondente tradução em informações.

Assim pode-se dizer que o sistema de informação além de possuir

subsistema para a geração das informações é o resultado da utilização de ouros

recursos da empresa. Ele é criado através da união de vários recursos, sendo

estes: os recursos humanos, que compreende os profissionais que utilizam o

sistema, recursos materiais, entendidos como sendo os equipamentos, insumos e

instalações, recursos tecnológicos, caracterizado como as atividade lógicas a

serem desenvolvidas para dinamizar o sistema e recursos financeiros, que

significa identificar qual o valor em moeda de todos os recursos utilizados.

E ainda Gil (1992, p. 14), define de um ponto de vista mais humanístico

que:

Um sistema de informação consiste em pelo menos uma pessoa com certas características psicológicas, que enfrente um problema dentro de um contexto organizacional para o qual necessita de dados; com a finalidade de obter uma solução, esses dados são tratados criando-se informações geradas, distribuídas e entregues segundo um modo de apresentação.

Para Mosimann e Fisch (1999, p. 54):

Um sistema de informação pode ser conceituado como uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de tomada de decisões, não apenas da empresa como um todo, mas também de cada área de responsabilidade. O conjunto de recursos humano, físico e tecnológicos que o compõe transforma os dados captados em informações, com a observância dos limites impostos pelos usuários quanto ao tipo de informação necessária a suas decisões, condicionando, portanto, a

Page 30: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

30

relação dos dados de entrada. Tais limites evidenciam a intenção dos usuários quanto a determinação dos sacrifícios que devem ser feitos para se obter um retorno esperado de suas decisões, tomadas em condições de incerteza.

Conforme Ibracon (1998 apud OLIVEIRA 1992, p. 78):

[...] entende-se por sistema de informação como um conjunto articulado de dados, técnicas de acumulação, ajustes e editagens de relatórios, que permitem: - tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível de relevância e o mínimo de custo; - dar condições para, através da utilização de informações primarias constantes do arquivo básico, juntamente com as técnicas derivadas da própria contabilidade e/ou outras disciplinas, fornecer relatório de exceção para finalidade especificas em oportunidades definidas ou não.

5.1 CLASSIFICAÇÃO DO SITEMA DE INFORMAÇÃO

Pode-se classificar o sistema de informação conforme seu objetivo

principal.

Mosimann e Fisch (1999) classificam o sistema de informação em dois

grupos não distintos, o sistema de apoio à operação da empresa e o sistema de

apoio a gestão.

Para Mosimann e Fisch (1999, p. 55):

[...] os dois grupos de sistemas de informações [...] se complementam a partir da identificação, armazenamento, processamento e comunicação da confirmação requerida pelos seus usuários, por meio de um banco de dados comum que atende as duas categorias de necessidades.

Os sistemas de apoio as operações são assim denominados, por

Mosimann e Fisch (1999, p. 55), pelo fato de gerarem informações voltadas às

rotinas de atividade da empresa, “[...] com a finalidade de processar transações

recorrentes [...]”. Esse sistema pode estar gerando informações “[...] em que a

ênfase esta centrada na eficiência e na produtividade, dada a simplicidade das

decisões [...]”, dos tipos “[...] compra, faturamento, contas a pagar, contas a

receber [...]” e informações que requerem “[...] agregação de vaias transações,

como no caso do planejamento e controle da produção, custos, contabilidade”.

Page 31: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

31

Os sistemas de apoio de gestão, conforme Mosimann e Fisch (1999, p. 55),

utilizam “[...] freqüência sistemática de processamento [...]”, as informações

geradas por este sistema são usadas como “[...] suporte a avaliações e aos

julgamentos dos gestores e aumentam a eficácia de seu processo decisório”.

5.2 TIPO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Os sistemas de informações podem ser de dois tipos: os sistemas manuais

e os sistemas computadorizados.

Gil (1992) afirma que os sistema manuais são caracterizados pela não

utilização de equipamentos eletrônico, sendo todas as tarefas de coleta de dados,

seleção e geração das informações executadas pelo profissional.

Os sistemas computadorizados absorvem o trabalho operacional do

profissional ficando como tarefa principal deste a análise e utilização das

informações para a tomada de decisão.

5.3 ELEMENTOS BASICOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Os sistemas de informação para Gil (1992) possuem rês estágios: a

entrada de dados, o processamento destes dados e a saída da informação.

No primeiro estágio do sistema de informação que se chama de entrada de

dados, podem-se identificar a execução de tarefas como a observação,

codificação e transmissão dos dados.

Na fase da observação, é realizada a verificação dos documentos que

comprovam a ocorrência dos fatos, destes documentos são retidos dados que

serão lançados no sistema de processamento de dados.

A codificação e função essencial para que haja o transporte dos dados dos

documentos, introduzindo-os no sistema eletrônico, através de códigos pré-

estabelecidos para a compreensão do sistema através de linguagem eletrônica.

Page 32: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

32

A transmissão é feita pela comunicação destes dados codificados para a

unidade central de processamento de dados.

No segundo estagio, considerado como processamentos de dados são

executados as tarefas de classificação, pesquisa, seleção, calculo, sintetização,

indexação, armazenagem, comparação, segregação de dados, recuperação e

analise das informações introduzidas nos sistemas.

Através do processamento de dados o sistema efetua a transformação dos

dados através das tarefas identificadas anteriormente, em informações

elaboradas. O sistema efetua operações aritméticas e lógicas para gerar as

informações conforme a necessidade do usuário. Este tem a possibilidade a mais

variada combinação de informações, através da utilização das funções de

sintetização, indexação, seleção, pesquisa e classificação das informações. O

usuário também terá a possibilidade de efetuar comparação entre duas ou mais

variante, analisando desta forma a informação conforme as necessidades do

momento.

As informações geradas pelo sistema poderão ser armazenadas em

dispositivos eletrônicos de armazenagem para que possam se reutilizadas

quando for necessário. Para isto, o sistema e preparado de forma a possibilitar

tanto a armazenagem quanto a recuperação destes dados no momento que forem

desejados.

No estagio da saída da informação serão executadas as tarefas de

emissão de impressão nas mais diversas formas como tabelas, relatórios,

planilhas entre outros, ano em papel, disquetes e ate mesmo na própria tela do

sistema.

Page 33: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

33

5.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

O sistema de informação gerencial é o sistema voltado a gerar informações

aos administradores da empresa, os quais utilizarão estas informações para o

desenvolvimento de soluções dos problemas operacionais e de gestão.

Schwartz (1970 apud OLIVEIRA 1992, p. 38) diz que:

Sistema de informações gerenciais é um sistema de pessoas, equipamentos, procedimento, documento e comunicações que coleta, valida, executa operações, transforma, armazena, recupera e apresenta dados para uso no planejamento, orçamento, contabilidade, controle e outros processos gerenciais para vários propósitos administrativos.

5.5 SISTEMA DE INFORMAÇAO CONTABIL

O sistema de informação contábil e direcionado a apresentar informações

monetárias sobre o desenvolvimento das atividades da empresa.

Segundo Riccio (1989 apud OLIVEIRA 1992, p. 79) afirma que os objetivos

principais do sistema de informação contábil são:

Prover informações monetárias e não-monetárias, destinadas as atividades e decisões dos níveis operacional, tático e estratégico da empresa, e também aos usuários externos a ela; Constituir-se na peça fundamental do sistema de informação gerencial da empresa.

Page 34: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

34

6 FLUXO DE CAIXA

Utilizado pelo administrador para planejamento, controle e organização dos

recursos financeiros da empresa, o fluxo de caixa é o instrumento que estabelece

a relação existente entre a entrada e saída dos recursos financeiros da instituição.

6.1 OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA

Segundo Zdanowicz (2000, p. 26) o acompanhamento de todas as contas

do disponível é efetuado por meio do fluxo de caixa. Conforme o autor citado

acima, “[...] Procura-se administrar financeiramente a empresa através do fluxo do

caixa, utilizando-se as seguintes contas: caixa, bancos e aplicações financeiras

de resgate imediato da empresa; em síntese, consiste no fluxo do disponível”

São esses os objetivos do fluxo de caixa em uma instituição, segundo o

autor:

a) facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de crédito a serem

obtidas junto às instituições financeiras;

b) programar os ingressos e os desembolsos de caixa, de forma

criteriosa, permitindo determinar o período em que deverá ocorrer

carência de recursos e o montante, havendo tempo suficiente para as

medidas necessárias;

c) permitir o planejamento dos desembolsos de acordo com as

disponibilidades de caixa, evitando-se o acúmulo de compromissos

vultosos em época de pouco encaixe;

d) determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado

período, e aplicá-los de forma mais rentável possível, bem como

analisar os recursos de terceiros que satisfaçam as necessidades da

empresa;

e) proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa

com a área financeira;

f) desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;

Page 35: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

35

g) financiar as necessidades sazonais ou cíclicas da empresa;

h) providenciar os recursos para atender aos projetos de implantação,

expansão, modernização ou relocalização industrial e/ou comercial;

i) fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;

j) auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que se

possa julgar a conveniência em aplicar nesses itens ou não;

k) verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa;

l) estudar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;

m) projetar um plano efetivo de pagamento de débitos;

n) analisar a viabilidade de serem comprometidos os recursos pela

empresa, facilitando assim os controles financeiros.

6.2 INGRESSOS E DESEMBOLSOS DEMONSTRADOS NO FLUXO DE CAIXA

Os ingressos são considerados as entradas de recursos através da

atividade da empresa, bem como dos recursos oriundos dos sócios e dos

terceiros.

Os desembolsos são considerados as saídas de recursos devido ao

cumprimento das obrigações da empresa e reestruturação dos seus ativos.

6.3 DIVISAO DO FLUXO DE CAIXA

No fluxo de caixa é realizada a apropriação dos valores que deverão

ingressa na empresa, bem como os valores de desembolso o referido momento

em que ocorrerem os recebimentos e os pagamentos no caixa.

Desta forma, conforme Zdanowicz (2000), o fluxo de caixa poderá ser

subdividido em dois: o fluxo de caixa operacional e o fluxo de caixa extra-

operacional:

Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

36

- Fluxo de caixa operacional

O fluxo de caixa operacional “[...] compõe-se de itens estritamente decorrentes da atividade fim da empresa. Os ingressos que podem ocorrer neste fluxo são as venda a vista, os recebimentos, os descontos, as cauções e cobranças das duplicatas de vendas a prazo. E os desembolsos são oriundos da compra de matéria-prima, salários e encargos sociais, custos de fabricação, despesas administrativas, com vendas e financeiras, alem das despesas tributarias. (ZDANOWICX 2000, p. 134)

- Fluxo de caixa extra-operacional

[...] compreende os ingressos e os desembolsos de itens não relacionados a atividade principal da empresa, como: imobilizações, vendas de itens do ativo permanente, receitas financeiras, alugueis recebidos ou pagos, amortizações de empréstimos ou de financiamentos, pagamentos de contraprestações (leasing). (ZDANOWICX 2000, p. 139)

Quando a empresa necessitar aplicar recurso em imobilizações, Zdanowicz

(2000, p. 140) alerta que deve ser feito uma projeção bem elaborada para que

não se sacrifique o capital de giro da empresa, utilizando recursos essenciais à

atividade operacional da empresa.

Page 37: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

37

7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

A administração da produção ou administração de operações é a função

administrativa responsável pela produção de bens e serviços.

A administração da produção deve ter como principais objetivos:

a) qualidade no material a ser usado;

b) controle do estoque;

c) suprimento da linha de montagem;

d) acompanhamento de todo o processo de produção e armazenagem;

e) aperfeiçoamento contínuo da mão-de-obra;

f) programação dos eventos produtivos;

g) manutenção dos equipamentos;

h) aproveitar ao máximo a quantidade de produção da empresa.

Uma grande responsabilidade da administração de produção é a proteção

da produção, que são medidas adotadas para garantir a continuidade da

produção ao longo do tempo, defendendo-a de vários fatores.

A proteção da produção pode ser dividida de acordo com sua natureza:

a) Proteção física: confirma a necessidade de se ter um estoque tanto

de matérias-primas quanto de produtos acabados, para que não sofra

com possíveis falta de fornecimento.

b) Proteção organizacional: propõe o isolamento do pessoal da

produção com o ambiente externo, formando barreiras ou proteções

entre incertezas ambientais e a produção.

O processo de produção contribui para adicionar valor aos bens e serviços

no período de processamento. Todas as empresas têm produção, elas

disponibilizam um produto ou serviço. Segundo Slack (1996, p. 30) “a

administração da produção trata da maneira pela quais as organizações

produzem bens e serviços”.

Page 38: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

38

Figura 1: Modelo Geral da Administração da Produção. Fonte: Slack (1996, p. 36).

Slack (1996) considera qualquer operação que resulte em um bem e

serviço ou que mude seu estado, passa por um procedimento de transformação,

inputs entrada de informação funcionários e matéria prima a serem processados,

transformação são instalações física, equipamento e tecnologia ajustado para

resultar em um bem ou serviço, outputs é o resultado adquirido por intermédio do

processo de transformação.

Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

39

8 PLANEJAMENTO

O planejamento de uma empresa pode assegura a organização no

mercado futuro segundo Oliveira (1996, p. 34):

[...] o propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisão presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro.

Ainda na mesma linha de pensamento Maximiano (2000, p. 175)

argumenta que “o processo de planejamento é uma ferramenta que as pessoas e

organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação

especifica do processo decisório”. Pode ser utilizado para definir o caminho a ser

seguido.

Em um planejamento a definição de meta é fundamental, para Montana e

Charnov (1998, p. 102) “o planejamento é uma disciplina que pode ajudar os

gerentes a refletir sobre os assuntos e os problemas ate chegarem a uma solução

e prever alternativas para direcionar as decisões e superar os problemas”. O

planejamento visa com antecedência às ações a serem feitas para o futuro com o

intuito de alcançar um objetivo com a definição de metas, o que fazer, quando

fazer, com que meio e como fazer.

8.1 TIPOS DE PLANEJAMENTO

Pode-se definir o planejamento em três níveis: estratégico, tático e

operacional. A seguir vai ser definido mais detalhadamente cada um deles.

O planejamento estratégico esta voltado para o ambiente externo da

organização identificando suas potencialidades de ameaças para definir um

caminho. Segundo Montana e Charnov (1998, p. 104) “esse nível de

planejamento examina as questões principais, olha o ambiente externo para se

Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

40

assegurar de que a abordagem é realista, e determina um rumo amplo e

generalizado para a organização”.

Para Oliveira (1996) o planejamento estratégico define um rumo para o

executivo, sendo conceituado como um procedimento gerencial possibilitando

uma otimização na relação da empresa com o seu ambiente, utilizando seus

recursos que possam possibilitar um menor custo e maior aproveitamento para

alcançar seus objetivos.

De acordo com Chiavenato (1993, p. 255) “o planejamento estratégico é

mais amplo e abrangente da organização”. Suas principais características são:

[...] projetar a longo prazo, tendo seus efeitos e conseqüências estendidos a vários anos pela frente; Envolver toda a empresa, abrange todos os recursos e áreas de atividades, e preocupa-se em atender os objetivos aos níveis organizacionais; São definidos pelas cúpulas das organizações e correspondem ao plano maior ao qual todos os demais estão subordinados.

O planejamento tático esta voltado não para a empresa como um todo,

mais sim, para a eficiência das funções da organização. Oliveira (1996, p. 46)

afirma que:

[...] O planejamento tático é desenvolvido a níveis organizacionais inferiores, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia pretendida bem com as políticas orientativa para o processo decisório.

Para Maximiano (2000, p. 197):

[...] são elaborados para possibilitar a realização dos planos estratégicos. Os planos funcionais abrangem áreas de atividades especializadas da empresa, marketing, operação, RH, finanças, novos produtos). São de responsabilidade dos gerentes dessas áreas.

As principais características do planejamento tático segundo Chiavenato

(1993, p. 255) são:

Orientar para o médio prazo, geralmente para o exercício anual; Envolver cada departamento, abrangendo seus recursos específicos e preocupar-se em atingir os objetivos departamentais; -e- São definidos em cada departamento da empresa.

Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

41

O planejamento operacional esta voltado para o chão de fabrica, afirma

Oliveira (1996, p. 46) que:

[...] o planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nessa situação, têm-se basicamente os planos de ação ou planos operacionais.

O processo de execução desenvolvido pelo plano operacional, segundo

Oliveira (1996), pode haver algumas mudanças na estrutura da organização,

onde, o maior esforço esta nas atividades relacionadas aos treinamentos e

desenvolvimento das pessoas que estão na base da pirâmide, sendo, recurso

tecnológico e estrutural mais flexível.

A definição do planejamento supracitado segue uma hierarquia tanto na

definição dos níveis de envolvimento para elaboração (diretoria, gerencia e chão

de fabricas), quanto à amplitude, extensão de tempo e seus conteúdos. Conforme

mostra Chiavenato (1993) no quadro a seguir as divergências entre os três

planos:

Planejamento Conteúdo Extensão de Tempo Amplitude

Estratégico Genérico, Sintético e Abrangente

Longo Prazo

Macroorientado, Aborda a empresa

Como uma Totalidade.

Tático Menos genéricos

E mais Detalhado

Médio Prazo Aborda cada

Unidade da empresa Separadamente.

Operacional Detalhado, Especifico e

analítico Curto Prazo

Microorientado Aborda cada tarefa

Ou operação apenas. Quadro 2: Os três tipos de planejamento. Fonte: Chiavenato (1993, p. 256)

Para Chiavenato (1993, p. 256) “um plano é o produto do planejamento e

constitui o evento intermediário entre o processo de planejamento e o de

implementação do planejamento”.

Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

42

8.2 ETAPAS DE PLANEJAMENTO

O planejamento estratégico orienta a organização a longo prazo,

interagindo com seus ambientes, despertando a empresa para o envolvimento

integrado da organização com o mercado. Para Maximiano (2000, p. 203) “o

processo de planejamento estratégico afeta a empresa a longo prazo, porque

compreende as decisões sobre os produtos e serviços que a organização

pretende oferecer e os mercado e clientes que pretende atingir”. Sendo assim,

para melhor entendimento foi definido em seis etapas para ser elaborado, sendo:

diagnóstico, definição de visão e missão, definição dos objetivos, estabelecimento

de estratégia, plano de ação, plano de controle e avaliação.

8.2.1 Diagnóstico

O diagnóstico é composto pela analise externa e interna da organização,

sendo que interna busca identificar seus ponto fortes e fracos. Para Maximiano

(2000, p. 217) considera

[...] a identificação de pontos fortes e fracos dentro da organização é parte importante de qualquer processo de formulação de estratégia [..].As principais formas de identificar pontos fortes e fracos são três: estudo das áreas funcionais, desempenho e benchmarking.

8.2.2 Visão e missão

Identificar os desejos e as expectativas dos acionistas contribui para definir

a visão da empresa. De acordo com Oliveira (1996, p. 65):

A visão por ser considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.

Page 43: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

43

A missão esta intrinsecamente ligada em desenvolver a razão da empresa

viver, segundo Oliveira (1996, p. 71) “a missão é a determinação do motivo

central do planejamento estratégico, ou seja, a determinação de onde a empresa

quer ir”.

8.2.3 Objetivos

Muitas empresas nascem identificando uma oportunidade, segundo Ansoff

(1997, p. 128 apud OLIVEIRA 1996, p. 66) “ os objetivos da empresa dever ser

usados como critério para avaliar e classificar as oportunidades”. Os objetivos

poder ser visto com alvo a serem perseguidos. Para Oliveira (1996, p. 145)

“objetivo é o alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização, que se

pretende atingir através de esforços extra”.

Os objetivos constituem a parte mais importante na organização,

Chiavenato (2000) afirma que:

“objetivos são os resultados finais em direção ao qual a atividade é orientada. São os fins que uma pessoa ou organização procura realizar, por meio de suas atividades, operações e aplicação de recurso”. Chiavenato (2000, p. 184).

8.2.4 Estratégia

A estratégia deverá ocupar um lugar onde utiliza adequadamente os

recursos físicos, financeiros e humanos levando em consideração a minimização

dos problemas e a maximização das oportunidades. Estratégia, Segundo Oliveira

(1996, p. 175) “são diretrizes e regras formuladas com o objetivo de orientar o

posicionamento da empresa no seu ambiente”.

Já Chiavenato (2000) considera a estratégia como um caminho para atingir

o objetivo, seja ele para resgatar uma organização em situação ruim, manter um

Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

44

bom desempenho em relação aos concorrentes, alcançar novos resultados,

crescimento ou manter-se no mercado.

8.2.5 Implementação, controle e avaliação

O Balanced Scorecard (BSC) contém as medidas financeiras do

crescimento passado com avaliação dos vetores que empurram o

desenvolvimento do futuro. Segundo Kaplan (1997) o (BSC) visa quatro focos no

ambiente da organização sob a perspectiva: financeira, do cliente, dos processos

internos e de aprendizado e crescimento.

Para Kaplan e Norton (1997) o Balanced Scorecard (BSC) é mais do que

um conjunto de objetivos de negócios, definido pelas medidas financeiras.

Acrescenta-se a avaliação até onde as unidades de negocio agregam valor para

seus clientes atuais e futuros, e como devem ser feito para melhorar as

capacidades internas e recursos necessários para investir em pessoal, sistemas e

processos com a visão de melhorar o desempenho do futuro.

Page 45: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

45

9 BENCHMARKING

Benchmarking é uma técnica que consiste em acompanhar processos de

organizações concorrentes ou não, que sejam reconhecidas como concorrentes

das melhores práticas administrativas. É um processo de pesquisa, contínuo e

sistemático, para avaliar produtos, serviços e métodos de trabalho, com o

propósito de melhoramento organizacional, procurando a superioridade

competitiva.

A definição com que se trabalha é a procura de melhores praticas da

indústria que levem a um desempenho superior.

Benchmarking é usado em nível estratégico para se determinarem padrões

de desempenho com relação a quatro prioridades corporativas:

a) satisfação do consumidor;

b) motivação e satisfação do funcionário;

c) participação de mercado;

d) retorno sobre ativos.

E em nível operacional para entender as melhores praticas ou processos

que permitem aos outros alcançarem desempenho destacado em nível mundial.

Para concluir, Benchmarking não é uma analise isolada. É um instrumento

que oferece estímulos para a empresa despertar sobre suas necessidades,

desafiando sua metodologia habitual de trabalho.

A implementação dos resultados e descobertas depende da vontade de

mudar e de adaptar-se a novas formas de fazer as coisas.

Segundo Zairi (1995, p. 46) “[...] Em suma, benchmarking é, em grande

parte, uma oportunidade para uma empresa aprender com a experiência de

outras”.

Page 46: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

46

9.1 BENCHMARKING INDUSTRIAL

9.1.1 Histórico do Benchmarking Industrial

O Benchmarking Industrial é fruto de um método desenvolvido pela London

Business School e pelo IBM Consulting Group e que deu origem ao estudo Made

in Europe (MIE).

A motivação para o Made in Europe surgiu da discussão sobre os desafios

e mudanças nas regras de competição internacional, especialmente sobre como a

indústria da Europa estaria posicionada em relação ao padrão denominado classe

mundial, em aspectos como: custo, qualidade, flexibilidade e atendimento ao

cliente. Tal estudo iniciou em 1993 e deu origem a um banco de dados

internacional, orientado para a medição do nível de práticas classe mundial

implantadas nas empresas industriais européias e a performance operacional

resultante da adoção destas práticas.

A partir da iniciativa, outros países, como Suíça, Austrália, Bélgica, e mais

recentemente Brasil, Dinamarca, França, África do Sul, Suécia e Estados Unidos,

se interessaram em participar do programa. Em cada um destes foram criados

programas coordenados por entidades locais, com o objetivo de comparar suas

empresas com as líderes mundiais e posicionar a indústria em relação ao padrão

classe mundial.

Na Suíça, especificamente, o método foi base de um estudo denominado

Made in Switzerland coordenado pelo International Institute for Management

Development (IMD), em Lausanne. O Made in Switzerland foi aplicado em 115

empresas industriais, de diversos setores, e integra o banco de dados

internacional. O banco de dados internacional conta hoje com cerca de 1000

empresas, dos mais diversos setores, de 33 países.

No Brasil, o ponto de partida foi o convênio firmado com o IMD

(Internacional Institute for Management Development), através do qual o Instituto

Euvaldo Lodi de Santa Catarina transferiu a tecnologia e adaptou-a a realidade

das empresas brasileiras. Foi assim que em 1997 surgiu o projeto nacional

Benchmarking Made in BRAZIL.

Page 47: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

47

No ano de 2003, em convênio firmado com a FINEP, as áreas de Gestão

da Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos foram agregadas ao método,

e em 2004, a área de Meio ambiente, Saúde e Segurança.

A partir de 2005, com a formação da Rede Nacional, o Benchmarking

Industrial poderá ser disseminado rapidamente em empresas industriais de todo o

Brasil pela atuação das instituições multiplicadoras credenciadas pelo IEL/SC.

O Benchmarking Industrial é uma ferramenta que avalia o posicionamento

competitivo das empresas brasileiras frente às líderes mundiais de seu setor. É

direcionado a indústrias de médio e grande porte, empenhadas a desenvolver a

sua gestão empresarial.

O Benchmarking Industrial é um processo participativo, através do qual a

alta administração e colaboradores de diversas funções e diferentes níveis da

empresa auto-avaliam e pontuam, em reunião de consenso, os indicadores

constantes do questionário do Benchmarking Industrial. Posteriormente discutem

com os facilitadores credenciados a coerência da auto-avaliação e ajustam as

pontuações à realidade da empresa.

A partir da comparação de sua pontuação com as melhores empresas

mundiais do setor específico de atuação, as empresas estudadas obtêm a

informação de seu posicionamento em relação à prática e desempenho das

líderes de seu setor, ou seja, a distância a percorrer para alcançar o padrão das

líderes internacionais.

9.1.2 Por que aplicar o Benchmarking Industrial

Em um ambiente empresarial competitivo é essencial para as empresas

melhorarem seus resultados (ou desempenho) para que possam sobreviver e

continuar crescendo. Mas quais são os resultados obtidos pelas empresas? Como

esses resultados são comparados com a concorrência? Muitas empresas

acreditam conhecer as respostas, mas o único caminho para realmente saber se

uma empresa é considerada Classe Mundial ou encontra-se acima ou abaixo da

média do seu setor é através da comparação ou benchmarking.

Page 48: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

48

O Benchmarking Industrial auxilia a definir o nível de desempenho atual de

uma empresa. Através dele é possível entender como as práticas implementadas

e as culturas da empresa influenciam na satisfação dos seus clientes e nos seus

resultados como um todo.

9.1.3 A aplicação e avaliação do Benchmarking

A aplicação do Benchmarking Industrial é uma importante ferramenta

estratégica que não só possibilita a comparação da empresa com seus

concorrentes identificando as áreas com oportunidades de melhoria e áreas nas

quais a empresa se destaca, mas também auxilia na elaboração de planos de

ação para atuar sobre as oportunidades identificadas.

Quando utilizado nas várias unidades operacionais de uma mesma

empresa, o Benchmarking torna-se uma poderosa ferramenta para disseminação

de melhores práticas e comparação de desempenho. Isto permite o

compartilhamento de informações, experiências de sucesso e competências

internas entre diversas unidades.

O Benchmarking Industrial pode avaliar o desempenho de uma empresa

através da análise das seguintes áreas:

Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

49

Figura 2: Avaliação de desempenho por áreas da empresa. Fonte: disponível em <www.portalbmk.org.br> acesso em 03/05/2009

O Benchmarking Industrial é aplicado em três etapas:

a) Etapa 1: A empresa recebe dois manuais contendo explicações do

processo de aplicação do Benchmarking Industrial e um questionário

para ser respondido por um time, composto por até 8 pessoas de

diferentes níveis e funções, chamado time de benchmarking da

empresa. Cada membro do time responderá ao questionário

individualmente e consensará as notas em uma reunião. Esta etapa

dura de 3 a 4 horas.

b) Etapa 2: Esta etapa tem a duração de 2 dias. No primeiro dia, o

facilitador credenciado para aplicar o Benchmarking Industrial visita a

empresa e realiza uma reunião de consenso da pontuação do

questionário junto com o time de benchmarking. No segundo dia, o

facilitador processa os dados e apresenta os resultados para a

empresa.

c) Etapa 3: Nesta etapa a empresa tem o auxílio do facilitador do

Benchmarking Industrial na elaboração de planos de ação nas áreas

onde foram evidenciadas as maiores oportunidades para melhoria.

Page 50: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

50

9.1.4 Resultados do Benchmarking Industrial

O resultado final do Benchmarking Industrial é apresentado e discutido na

empresa com o time gerencial. São apresentados os pontos fortes da empresa e

as principais oportunidades de melhoria, além da distância a ser percorrida pela

empresa para atingir o padrão dos líderes mundiais do setor.

Os resultados finais, mediante relatório e explanações, são apresentados à

empresa de forma clara e concisa, utilizando gráficos e tabelas, permitindo uma

melhor visualização e compreensão dos mesmos. Seguem abaixo as informações

contidas no relatório, entregue à empresa.

9.1.5 Benefícios do Benchmarking Industrial

Os principais benefícios do Benchmarking Industrial são:

a) comparação com banco de dados internacional formado por mais de

1.000 empresas de diversos setores industriais;

b) identificação de oportunidades de melhoria na empresa;

c) avaliação da relação prática-performance;

d) estímulo à integração entre as áreas da empresa;

e) motivação da equipe pelo uso do enfoque participativo;

f) fornecimento de subsídios para o estabelecimento de metas factíveis;

g) auxílio na elaboração de um plano de ação.

Page 51: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

51

10 TERCEIRIZAÇÃO

Terceirização é repassar a terceiros, atividades não essenciais a empresa.

A empresa tomadora é aquela que ira terceirizar alguma atividade meio,

contratando um prestador de serviço para executar uma tarefa que não esteja

relacionada o seu objeto principal.

GIOSA (2003, p. 14) diz que terceirização é:

É um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros, com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negocio em que atua.

Sob o ponto de vista econômico, a terceirização é capaz de criar parceiros

a se adaptarem, e permitirem que a empresa concentre seus interesses no

processo principal de sua atividade, gerando com isso melhor resultado e

fortalecimento no mercado competitivo.

10.1 ATIVIDADE FIM E ATIVIDADE-MEIO

A terceirização consiste em passar a outras empresas a tarefa de realizar

atividades não essenciais a empresa contratante, sendo esta uma solução para

as empresas se dedicarem ao seu objeto principal.

Tanto a doutrina como a jurisprudência definem como atividade-meio aquela que não é inerente ao objeto principal da empresa, trata-se de serviço necessário, embora não tenha relação direta com a atividade principal da empresa, ou seja, é um serviço não essencial, e, como atividade-fim, aquela que caracteriza o objeto principal da empresa. (BOLETIM IOB, 2004, p. 1).

Antes da empresa se propor a terceirizar alguma atividade meio, deve

avaliar e definir se esta é considerada atividade meio ou não. Assim tal

entendimento exige que não ocorra vinculação pessoal do empregado ao serviço

a ser realizado.

Page 52: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

52

10.2 CONTRATAÇÃO DE TERCEIRO

As empresas que tem como função a prestação de serviços a terceiros,

para Leiria (1992) são elas que contratam, assalariam e dirigem o trabalho

realizado por seus empregados. Alem disso, assumem os riscos inerentes a

atividade econômica desenvolvida pelo trabalhador.

Diante disso, é normal que a empresa tomadora de serviços se certifique

junto à empresa terceirizadora de que o pessoal admitido esteja com toda a

documentação necessária a contratação e como os encargos sociais e

trabalhistas em dia.

10.3 IMPLANTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

A implantação da terceirização é um processo decisório e a empresa deve

basear-se em um planejamento estratégico da sua organização conforme Giosa

(2003), que em seu quadro sinóptico, relata as vantagens e os fatores restritivos

que a terceirização traz para as empresa:

Vantagens Fatores restritivos Desenvolvimento econômico; Descontentamento da alta administração Especialização de serviços; Resistências e conservadorismo Competitividade; Risco de coordenação dos contratos Busca da qualidade; Falta de parâmetros de custos internos Controles adequados; Custo de demissões Aprimoramento do sistema de custeio; Conflito com sindicatos Esforço de treinamento e desenvolvimento profissional; Desconhecimento da legislação trabalhista

Diminuição dos desperdícios; Valorização dos talentos humanos; Agilidade das decisões; Menos custo; Maior lucratividade e crescimento. Quadro 3 - As vantagens e os fatores restritivos para as empresas. Fonte: Giosa (2003, p. 85)

Observa-se que a terceirização busca competitividade com qualificação de

serviços e agilidade. Para que isto ocorra é necessária uma boa relação de

confiança entre o contratado e o contratante.

Page 53: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

53

Com estas considerações apontadas, percebe-se que o processo de

terceirização não é totalmente tranqüilo para a empresa, podendo ocorrer

problemas como futuras ações trabalhistas de ex-empregados e defasagem ao

escolher um fornecedor de serviço que seja pouco eficiente. Para chegar a uma

decisão a organização deve analisar as facilidades e dificuldades em implantar a

terceirização.

Page 54: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

54

11 GESTAO DE CUSTO

A Contabilidade de Custos atua hoje das mais diversas formas, estando

presente também na coleta e fornecimento de informações essenciais para as

tomadas de decisão, em qualquer que seja o âmbito, do estratégico ao

operacional. (LEONE, 2000).

11.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Logo no início da revolução industrial, época em que surgiu a Contabilidade

de Custos, esta estava direcionada basicamente à avaliação de inventários,

sendo que com o rápido crescimento e complexidade, notou-se que as

informações fornecidas tinham caráter altamente útil no auxílio gerencial, tanto no

controle quanto nas tomadas de decisões. (BORNIA, 2002).

Em vista do crescimento das organizações, do distanciamento das pessoas

na mesma, e da necessidade de se obter informações além de estoques e

resultados, a Contabilidade de Custos passou a ter que desempenhar também

uma missão gerencial, auxiliando no Controle e fornecendo informações de suma

importância às tomadas de decisões, tanto para curto quanto para longo prazo.

(MARTINS, 2003).

Segundo Leone (2000, p. 25) “A Contabilidade de Custos produz

informações gerenciais para que os diversos níveis hierárquicos da administração

sejam capazes de planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia”.

11.2 TERMOS UTILIZADOS

Na contabilidade de custos, é muito comum se deparar diante de termos

como custo, gasto, despesa, investimento, desperdício e custo de oportunidade.

Diante da dificuldade de distinção do significado destes termos, torna-se muito

Page 55: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

55

importante o entendimento para facilitar a interpretação de diversas informações

gerenciais.

De acordo com Martins (2001, p. 25), gasto é:

[...] sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

O termo custo, ainda segundo Martins (2001, p. 25), é um “gasto relativo à

bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. Isto quer dizer

que custo também é gasto, mas a partir do momento em que é utilizado na

fabricação de produtos ou execução de serviços, é tido como custo. Leone (2000,

p. 54), afirma que custo é “o consumo de um fator de produção, medido em

termos monetários para a obtenção de um produto, de um serviço ou de uma

atividade que poderá ou não gerar renda”.

Afirma Leone (2000), que despesa é um gasto utilizado numa atividade

com o intuito de geração de renda efetiva ou talvez teórica. Através de uma

definição mais concisa, Martins (2001, p. 26), coloca que despesa é um “bem ou

serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”, como a

comissão de um vendedor, que passa imediatamente de gasto para receita.

Segundo Martins (2001, p. 25), o termo investimento pode ser conceituado

como um “gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a

futuro(s) período(s)”. São gastos realizados para naturezas diversas e períodos

variados, recebendo denominações como investimento circulante (matérias-

primas), investimento permanente (máquinas), ou podem variar dependendo da

intenção (aquisição de ações).

Os esforços dentro de uma empresa podem ser caracterizados como

trabalho e desperdício. Os desperdícios, além de não agregar valor aos produtos

e serem desnecessários, podem até mesmo reduzir o valor do trabalho. Itens que

possuam defeitos, movimentações não necessárias ao trabalho efetivo, inspeção

de qualidade e capacidade ociosa podem ser alguns exemplos de desperdício

dentro da organização. (BORNIA, 2002).

Segundo Bornia (2002), é importante ainda ressaltar que os desperdícios

são diferentes das perdas, sendo que estas compreendem os insumos

Page 56: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

56

consumidos de forma anormal, enquanto dos desperdícios incluem ainda as

ineficiências normais do processo.

O custo de oportunidade representa uma comparação realizada entre dois

investimentos diferentes, onde se verifica o quanto alguém deixa de ganhar ao

optar por determinado investimento ao invés de optar pelo outro. (BORNIA, 2002).

11.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

Os custos podem ser classificados em fixos e variáveis quando

averiguados em relação ao volume de produção. De acordo com Bornia (2002,

p.42), os custos fixos “são aqueles que independem do nível de atividade da

empresa no curto prazo, ou seja, não variam com alterações no volume de

produção, como o salário do gerente, por exemplo,”. Já os custos variáveis, de

forma contrária, exercem relação com a produção, ou seja, sofrem influências

diretas quanto ocorrem ajustes nos custos de matérias-primas, por exemplo.

Os custos fixos e variáveis são de grande importância para a tomada de

decisões, sendo que a separação destes caracteriza um fundamento chamado de

custos para a tomada de decisões. (BORNIA, 2002).

Sobre os custos fixos e variáveis, Leone (2000, p. 73), diz que:

Um custo variável é um custo que é proporcional ao nível da atividade (o custo total aumenta à medida que a atividade aumenta) e um custo fixo é constante no total, na faixa de volume relevante da atividade esperada que está sendo considerada.

Não menos importantes para as tomadas de decisões são os custos diretos

e indiretos, e suas corretas identificações. Os custos diretos, podem de forma

muito fácil, serem relacionados a determinada unidade de alocação de custos,

como produtos, processos, clientes, setores, entre outros. Os custos indiretos

necessitam de alocações, pois não podem ser alocados às unidades de forma

fácil. Alocações podem gerar dificuldades e até mesmo deficiências em alguns

sistemas de custos, pois são vários os critérios para alocação. Exemplos de

alocação de custos diretos na produção são a matéria-prima e a mão-de-obra

Page 57: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

57

direta, já na alocação dos indiretos são a mão-de-obra indireta e o aluguel.

(BORNIA, 2002).

Segundo Leone (2000), os custos diretos (como material e mão-de-obra)

devem ser relevantes e facilmente identificados, sendo considerados quando se

quer estabelecer o custo dos produtos fabricados, ou dos processos responsáveis

pela fabricação dos mesmos. Já os custos indiretos:

Constituem o consumo dos fatores de produção que não são identificados aos produtos porque não são relevantes, porque o processo de identificação é dispendioso e porque a relação custo-benefício não é favorável ao trabalho de identificação. (LEONE, 2000, p. 183).

11.4 MÉTODOS DE CUSTEIO

Segundo Maher (2001), no custeio baseado em atividades, os custos de

fabricação de um produto são atribuídos às atividades necessárias à fabricação

deste, e para isto são somados os custos de tais atividades. Estas podem ser

compreendidas por distribuição aos clientes e reparos de equipamentos, por

exemplo. O mesmo autor ainda afirma que o custeio baseado em atividades,

possibilita a tomada de decisões de forma mais embasada, por apresentar custos

mais detalhados.

O custeio baseado em atividades tem a intenção de reduzir distorções

causadas por um rateio muitas vezes incorreto dos custos indiretos, sendo

recomendável também sua aplicação aos custos diretos. Possui visão funcional e

de custeio de produtos, sendo uma ferramenta muito importante na gestão de

custos. (MARTINS, 2001).

No método de custeio variável ou custeio direto, ocorre somente a

alocação dos custos variáveis aos produtos, sendo que custos fixos são tratados

separadamente como despesas do período, sendo lançados para o Resultado,

enquanto os custos variáveis são direcionados para os estoques. Portanto, se

baseia na “apropriação de todos os Custos Variáveis, quer diretos quer indiretos,

e tão-somente dos variáveis”. (MARTINS, 2001, p. 215).

Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

58

Afirma Bornia (2002, p. 55), que no custeio variável, ou direto, “apenas os

custos variáveis são relacionados aos produtos, sendo os custos fixos

considerados como custos do período”. Bornia (2002), diz também que no

custeio variável os custos servem de auxílio a decisões de curto prazo, não tendo

relevância os custos fixos, mas somente os variáveis.

De acordo com Martins (2001, p. 41), o custeio por absorção se caracteriza

basicamente pela “apropriação de todos os custos de produção aos bens

elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de

fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos”.

11.5 CÁLCULO DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA

Segundo Martins (2001, p. 144), o “custo de Mão-de-obra Direta varia com

a produção, enquanto a folha relativa ao pessoal da própria produção é fixa. Essa

distinção é de absoluta importância para inúmeras finalidades”.

A Folha de pagamento em grande parte dos casos é um gasto fixo (por

legislações trabalhistas), mas a Mão-de-obra Direta não, pois esta se refere ao

tempo que realmente se utiliza de forma direta no processo de produção. Na

ocorrência de ociosidades, estas podem ser alocadas de formas diferentes, como

por exemplo, em custo indireto para rateio à produção, ou ainda em perda do

período, no caso de grandes valores. (MARTINS, 2001).

No Brasil, os encargos sociais podem ser considerados um custo variável

diretamente proporcional à mão-de-obra, devido à relação de dependência

estabelecida com o pagamento. Considerando que os encargos como 13º salário,

férias, INSS, feriados remunerados e outros estejam incluídos no montante da

Mão-de-obra Direta, o cálculo mais simples do valor de tal montante é a divisão

deste gasto anual da empresa pelo número efetivo de horas que o funcionário

está à disposição da mesma. (MARTINS, 2001).

Page 59: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

59

11.6 DEPRECIAÇÃO

A depreciação de um equipamento é vista e considerada pelo valor que é

“consumido” do mesmo em determinado período. Segundo Bórnia (2002, p. 169),

“a depreciação representa a perda de valor do equipamento no período

considerado”. No modelo linear de depreciação, divide-se o valor do equipamento

pela vida útil.

Considerando o tempo cronológico, a depreciação pode ser um custo fixo,

sendo ela constante. Ou a depreciação ainda pode ser considerada um custo

variável quando se utiliza o tempo efetivo (em horas) de utilização do

equipamento.

Existem situações em que podem ser criados modelos próprios de

depreciação, com base no valor de mercado, por exemplo, sendo importante que

se apresente o modelo mais correto em relação à realidade, estabelecendo uma

boa relação custo X benefício. (BORNIA, 2002).

Page 60: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

60

12 NORMAS ISO 9000, 9001, 14000

As normas ISO possuem um papel de grande destaque o mundo

globalizado, através do seu reconhecimento internacional. Elas revelam um

consenso mundial sobre gestão, formando junto com outras normas, os sistemas

de gestão integrados influenciando o cotidiano de todas as organizações.

Definir e documentar uma política da qualidade e assegurar que a política é

compreendida e levada a pratica por todo pessoal em todos os níveis requer

maior comprometimento, e isso se dará a partir de um bom posicionamento da

política dentro da empresa, para que todos a conheçam.

A Organização Internacional de Padronização é uma organização

internacional com sede em Genebra, Suíça e é composta por organismos de

normalização de diversos países, possui a missão de promover o

desenvolvimento da normalização e de atividades relacionadas no mundo inteiro,

com o propósito de facilitar a troca internacional de bens e serviços e o

desenvolvimento da cooperação nas esferas intelectual, científica, social e

tecnológica.

De forma simplificada, um sistema de gestão da qualidade baseado na

serie de normas ISO 9000 é um conjunto de recursos e regras estabelecidas,

levadas a serem praticadas de forma adequada, com o objetivo de orientar cada

parte da organização para que ela execute de maneira correta e no tempo devido

a sua tarefa, em harmonia com as outras, estando todas direcionadas para o

objetivo comum da empresa, que é ser competitiva (MARANHÃO, 2001, p. 16).

12.1 NBR ISO 9000

As normas ISO 9000, segundo mencionadas por Lacombe e Heilborn

(2003, p. 469) “são importantes para o sistema da qualidade, pois são os padrões

oficiais em vários países, [...] prega uma postura preventiva e não corretiva além

de fazer da qualidade uma vantagem competitiva”.

Page 61: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

61

A ISO 9000 é composta de cinco normas, conforme apresentado por

Lacombe e Hilborn (2003):

a) ISO 9000 – Normas sobre gestão e garantia da qualidade: diretriz para

seleção e uso.

b) ISO 9001 – Sistema de qualidade: modelo para garantia da qualidade

em projeto/desenvolvimento, fabricação, montagem e assistência

técnica.

c) ISO 9002 – Sistema de qualidade: modelo para garantia da qualidade

em produção e instalação e serviços associados.

d) ISO 9003 – Sistema de qualidade: modelo para garantia da qualidade

em teste e inspeção final.

e) ISO 9004 – Princípios de gestão e sistemas da qualidade: diretrizes.

É possível obter um resultado melhor quando se utilizam todas as normas

da família de forma integrada. É sugerido que se utilize a ISO 9000 para

implantação da ISO 9001 (RODRIGUES, 2004, p. 208).

No Brasil é representada, segundo Marshall Junior, et al (2006, p. 67), pelo

Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia – para a realização de auditorias e

certificações de empresas, destacando-se a Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT):

Fundada em 1940, a ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos, considerada o único fórum de normalização, em âmbito nacional, pela Resolução nº 7 do Conmetro, de 24 de agosto de 1992. É responsável pela produção de normas nacionais e pela representação brasileira na ISO. Os documentos normativos de caráter consensual aprovados pela ABNT são considerados “normas brasileiras”.

Os padrões ISO 9000 possuem o objetivo de satisfazer os requisitos de

qualidade do cliente da organização conseqüentemente, aumentando o nível de

confiança do cliente na organização de seus fornecedores.

As empresas que buscam a certificação necessitam atingir níveis de

desempenho antes não alcançados, ou seja, níveis melhores que no passado.

Alem disso, as empresas deverão adotar a abordagem de processos para a

gestão da qualidade e construir seu sistema de gestão em torno desses

Page 62: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

62

processos. Isso faz com que a empresa tenha uma visão mais próxima da

natureza da operação e force a ter uma visão sistêmica de todas as atividades,

considerando todas as interações entre elas.

12.2 NBR ISO 9001:2000 – REQUISITOS

O Sistema de Gestão da Qualidade é um conjunto de elementos que estão

inter-relacionados ou em interação para estabelecer políticas para atingir

objetivos, a fim de dirigir e controlar uma organização no que diz respeito a

Qualidade (ABNT, 2000a).

Neste sentido, um sistema de gestão da qualidade requer um maior

aprofundamento teórico sobre o tema em voga, que se subsídios necessários

para uma estrutura solida e consistente, partindo par um futuro promissor

destinadas principalmente as empresa que almejam um certificado de qualidade.

Assim, a norma NBR ISO 9001:2000 contempla os requisitos para um

sistema de gestão da qualidade no qual uma organização precisa demonstrar sua

capacidade em fornecer produtos que satisfaçam as exigências dos clientes ou

aos requisitos regulamentares aplicáveis (MARANHÃO, 2001, P. 19)

Em perspectiva similar, Marshall Junior, et al (2006, p. 70) enfatizam que

“alem da garantia da qualidade para o cliente e para a própria administração, esta

norma busca também o incremento dos indicadores relativos a qualidade, ao

processo e ao negócio”.

De acordo coma ABNT (2000b) a NBR ISO 9001:

Especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade que podem ser usados pelas organizações para aplicação interna, para certificação ou para fins contratuais. Ela esta focada na eficácia do sistema de gestão da qualidade em atender aos requisitos dos clientes.

Neste sentido, serão apresentados no quadro a seguir, os principais

requisitos da NBR ISO 9001:2000:

Page 63: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

63

REQUSITOS O QUE SE REQUER

Requisitos Gerais

A organização deve: identificar os processos necessários e determinar as interações entre eles; definir os critérios e métodos para assegurar disponibilidade dos recursos necessários; monitorar, medir e analisar esses processos; implementar ações necessárias para atingir os resultados necessários e melhora continuamente estes processos.

Requisitos de documentação

A documentação da Qualidade deve incluir: a declaração documentada da política da qualidade; o manual da qualidade; os procedimentos documentados requeridos pela norma e os necessários para a organização (procedimentos, instruções e registros).

Comprometimento da direção A alta direção deve: demonstrar seu comprometimento com o desenvolvimento, com a implementação e com a melhoria do SGQ.

Foco no cliente A alta direção deve assegurar os requisitos dos clientes: sejam entendidos e atendidos, a fim de aumentar a satisfação desses clientes.

Política da Qualidade

A alta direção deve estabelecer uma política da qualidade, a qual deve estar em consonância coma missão e com os objetivos da empresa, deve ser comunicada e entendida por todos e analisada criticamente.

Planejamento A alta direção deve definir os objetivos da Qualidade, os quais dever ser mensuráveis e consistentes com a política da qualidade.

Responsabilidade, autoridade e comunicação

Assegurar que as responsabilidades e autoridades sejam definidas e comunicadas; nomear um representante da direção, o qual deve assegurar a implementação do SGQ; assegurar os processos de comunicação interna.

Analise critica pela direção A alta direção deve analisar criticamente o SGQ periodicamente a fim de assegurar a sua adequação, eficácia e melhoria.

Provisão de recursos A organização deve prover os recursos necessários para implementar, manter e melhorar o SGQ e aumentar a satisfação dos clientes.

Recursos Humanos O pessoal que executa atividades que afetam a qualidade deve ser competente com base em educação, treinamento, habilidades e experiências.

Ambiente de trabalho A organização deve determinar e gerencial as condições do ambiente de trabalho necessárias par alcançar a conformidade dos requisitos do produto.

Infra-estrutura A organização deve prover e manter a infra-estrutura necessária (prédios, instalações, equipamentos, softwares, serviços de apoio, etc) para o SGQ.

Melhorias

A organização deve melhorar continuamente o SGQ por meio do uso da política da Qualidade, dos resultados de auditorias, das analises dos dados e das ações corretivas e preventivas.

Quadro 4: Requisitos NBR ISO 9001:2000. Fonte: Adaptado das normas ABNT (2000b)

Page 64: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

64

12.3 NBR ISO 14000

Os recursos naturais podem ser o bem mais precioso da indústria, e a

utilização incontrolada tem atingido não só a vida humana, mas caminha para

uma alteração da vida terrestre. Para tal efeito os órgãos públicos, privados e a

sociedade buscam a utilização desses recursos com responsabilidade ambiental

e social. Gestão ambiental segundo Barbieri (2004) são percebidos como ações e

atividades administrativas e operacionais que visão planejar, direcionar, controlar

recursos com o objetivo de contribuir de forma positiva para o meio ambiente,

impedindo ou reduzindo os danos causados pela ação humana.

A busca por prevenção da natureza esta relacionada a redução dos custos,

diminuição do uso da matéria prima e redução de energia. Essa melhoria esta

intrinsecamente no sistema de gestão, para Tibor e Feldman (1996, p. 20)

sistema de gestão ambiental é a

[...] criação de uma política ambiental, o estabelecimento de objetivos e alvos, a implementação de um programa para alcançar esses objetivos, a monitoração e medição de sua eficácia, a correção de problemas e analise e revisão do sistema para aperfeiçoá-lo e melhorar o desempenho ambiental.

O quadro a seguir apresenta a família das normas ISO 14000, que aborda

a gestão ambiental por meio de vários grupos de normas.

Área Temática Numero da

Norma Titulo da Norma

ISO 14001:1996

Sistema de Gestão Ambiental - especificação e diretrizes para uso.

ISO 14004:1996

Sistema de Gestão Ambiental – diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

ISO 14061:1998

Informação para auxiliar organizações florestais no uso das Normas ISO 14001 e ISO 14004 de Sistemas de Gestão Ambiental.

Sistema de Gestão Ambiental

ISO 14010:1996 Diretrizes para auditoria ambiental – princípios gerais.

ISO 14011:1996

Diretrizes para auditoria ambiental – procedimentos de auditoria – auditoria de sistemas.

ISO 14012:1996

Diretrizes para auditoria ambiental – critério de qualificação para auditores ambientais.

ISO 14015:2001

Gestão ambiental – avaliação ambiental de locais e organização.

Auditoria Ambiental

ISO 19001:2002

Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental (substitui as normas ISO 14010,14011 e 14012).

ISO 14031:1999

Gestão ambiental – avaliação do desempenho ambiental diretrizes.

ORGAN I ZAÇOES

Avaliação do Desempenho Ambiental ISO

14032:1999 Gestão ambiental – exemplos de avaliação do desempenho ambiental.

Page 65: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

65

Área Temática Numero da

Norma Titulo da Norma

ISO 14020:2000 Rótulos e declarações ambientais – princípios gerais.

ISO 14021:1999

Rótulos e declarações ambientais – auto-declarações ambientais (rotulagem ambiental do tipo II).

ISO 14024:1999

Rótulos e declarações ambientais – rotulagem ambiental do tipo I – princípios e procedimentos.

Rotulagem Ambiental

ISO 14025:2000

Rótulos e declarações ambientais – declarações ambientais tipo III

ISO 14040:1997

Gestão Ambiental: avaliação do ciclo de vida – princípios e estrutura.

ISO 14041:1998

Gestão Ambiental: avaliação do ciclo de vida – objetivos e escopo, definições e analise de inventários.

ISO 14042:2000

Gestão Ambiental: avaliação do ciclo de vida – avaliação de impacto do ciclo de vida.

Avaliação do Ciclo de Vida

ISO 14043:2000

Gestão Ambiental: avaliação do ciclo de vida – interpretação.

Aspectos ambientais em normas de produtos

ISO Guia 64:1997

Guia para inclusão de aspectos ambientais em normas de produtos.

PRODUTOS

ISO 14.062:2002

Integração dos aspectos ambientais no desenvolvimento de produtos – diretrizes.

TERMOS E DEFINIÇÕES

ISO 14.050:2002 Gestão ambiental – vocabulário.

Quadro 5: Família de normas de ISSO 14.000. Fonte: Barbieri (2004, p. 144)

Uma forma de contribuir para a gestão ambiental pode ser de forma

voluntaria auxiliando na conscientização do consumidor por intermédio dos rótulos

ambientais, segundo Barbieri (2004, p. 147):

[...] os selos ou rótulos ambientais visam informar os consumidores ou usuários sobre as características benéficas ao meio ambiente presentes em produto ou serviços específicos, tais como biodegradabilidade, retornabilidade, uso de material reciclado, eficiência energética e outras.

A ferramenta utilizada pela família ISO 14000 que identifica e analisa todo

o período de nascimento, utilização e ate o destino final de um produto podem ser

considerado segundo Barbieri (2004) como avaliação do ciclo de vida, referente

aos aspectos ambientais de um bem ou serviço desde a extração do meio

ambiente até a disposição final dos resíduos.

Page 66: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

66

13 METODOLOGIA

Primeiramente é bom que se diga que o termo “metodologia” significa na

visão de Oliveira Neto (2005, p. 13), o caminho através do qual será possível

encontrar a solução para o problema levantado pela pesquisa. É, na verdade, um

instrumento que facilita o desenvolvimento dessas, possibilitando ao pesquisador

alcançar os resultados com maior clareza e rapidez.

A pesquisa desenvolvida foi elaborada para proporcionar conhecimento de

forma clara e precisa, do comportamento das Indústrias Plásticas no Município de

Biguaçu – SC com relação a utilização das ferramentas de gestão.

Utilizando a metodologia o pesquisador chega aos resultados com mais

rapidez e clareza, pois vai direto ao objetivo especifico, não desviando de seus

interesses por caminhos que não apresentem a solução de seu problema.

Para tanto, esta pesquisa utiliza a técnica da pesquisa para chegar ao

objetivo proposto que é a de identificar a Utilização das Ferramentas de Gestão

pelos administradores das Indústrias Plásticas localizadas no município de

Biguaçu, estado de Santa Catarina.

Segundo Oliveira (2001, p. 58):

[...] a técnica como complemento do método de trabalho cientifico pode ser definida como modo de realizar uma atividade, arte ou oficio de maneira hábil, segura e perfeita. Trata-se da ação operacional e tática. É o ato de fazer acontecer.

13.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa possui características próprias para seu objetivo obtendo

resultados rápidos e claros.

A pesquisa é classificada quanto a sua natureza pela qual se identifica o

objetivo a que ela se propõe. Quanto a sua forma que diz respeito ao tratamento

(métodos e técnicas) dado ao fenômeno estudado. Quanto ao seu objetivo, que

mostra como foi estudado o referido fenômeno. Quanto aos procedimentos, os

Page 67: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

67

quais possibilitam coletar de forma adequada os dados do fenômeno. E em que

meio foi realizada a pesquisa.

Quanto a natureza, a pesquisa será do tipo aplicado, pelo questionário que

será entregue aos administradores, pois pretendeu-se conhecer o fenômeno do

estudo de forma a identificar a variáveis e apresentar as relações entre elas,

desenvolvendo conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas

encontrados.

Quanto à forma, a abordagem pesquisa será de caráter qualitativo, uma

vez que essa buscara a compreensão dos fenômenos da realidade e dos seus

significados, seguindo a linha de pensamento de Minayo (1994), que defende que

o objeto das ciências sociais é essencialmente qualitativo.

Quanto ao objetivo a pesquisa é descritiva pelo fato de que, após a coleta,

seleção e tratamento dos dados, é realizada a interpretação destes, apresentando

o resultado a que se chegou ao final da pesquisa.

Andrade (1999, p. 106) afirma que na pesquisa descritiva “[...] os fato são

observados, registrados, analisado, classificados e interpretado, sem que o

pesquisador interfira neles [..]” . Desta forma para Andrade, ”[...] significa que os

fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulado pelo

pesquisador”.

Quanto ao procedimento da pesquisa é classificada como pesquisa de

levantamento, pois será aplicado questionário aos administradores das Indústrias

Plásticas estabelecidas no Município de Biguaçu - SC, com a intenção de verificar

seu posicionamento a cerca do problema deste estudo. Para Andrade (1999, p.

107) procedimento e “[...] a maneira pela qual se obtém os dados necessários [...]”

Por ultimo a pesquisa é classificada quanto ao meio em que foi realizada

como sendo uma pesquisa de campo, que será realizada nas Indústrias Plásticas

no município de Biguaçu - SC, nas quais será aplicado o questionário.

Como diz Marconi (1990 apud ANDRADE, et al, 1999):

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

Page 68: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

68

13.2 AMOSTRA

Em relação aos procedimentos de amostragem, a pesquisa será

bibliográfica já que será realizada através de materiais já publicados, e também

pesquisa de campo, pelo fato que será distribuído questionário aos

administradores das 03 Indústrias Plásticas no município de Biguaçu - SC. Sendo

elas:

- INPLAC – Indústria de Plásticos S.A

- Luplast Indústria e Comercio de Plásticos Ltda.

- PLASC – Embalagens Plásticas Ltda.

13.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Para realizar esta pesquisa, foi elaborado um questionário qualitativo, e

aplicado aos administradores das 03 Indústrias Plásticas no Município de Biguaçu

- SC.

O questionário da pesquisa foi elaborado e estruturado pela acadêmica

com o acompanhamento do seu orientador.

Os instrumentos de pesquisa para Andrade (1999, p. 127) “[...] são os

meios através dos quais se aplicam as técnicas selecionadas”.

13.3.1 Informações sobre o questionário aplicado

O formulário de pesquisa aplicado foi elaborado e estruturado pela

acadêmica com o acompanhamento e colaboração do professor orientador deste

trabalho.

O formulário é composto de três folhas:

a) Na qual a primeira folha constam as seguintes informações:

Identificação da instituição de ensino e do curso em que a acadêmica esta

matriculada;

Page 69: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

69

Identificação de que o formulário de pesquisa foi desenvolvido para a

conclusão do curso mencionado, e;

b) Na segunda e na terceira folha, estão estruturadas as perguntas do

formulário de pesquisa, o qual é dividido em 6 pontos principais:

- O primeiro ponto questionado é referente a Contabilidade Gerencial,

composto por 5 perguntas;

- O segundo ponto questionado é referente aos Aspectos Financeiros,

composto por 4 perguntas;

- O terceiro ponto questionado é referente aos Aspectos Contábil,

composto por 4 perguntas;

- O quarto ponto questionado é referente aos Aspectos da

Contabilidade de Custos, composto por 3 perguntas;

- O quinto ponto questionado é referente aos Aspectos da Qualidade,

composta por 3 perguntas;

- O sexto e ultimo ponto questionado é referente aos Aspectos do

Processo de Tomada de Decisão.

13.3.2 Procedimentos metodológicos

Quanto aos procedimentos a pesquisa será bibliográfica e de campo.

Pois serão utilizados materiais já publicados, principalmente livros e

pesquisa de campo devido a elaboração e aplicação de questionário.

Elaborou-se o formulário de pesquisa com o questionário, cuja linguagem

adotada foi simples para que fosse de fácil entendimento aos administradores das

Indústrias Plásticas.

Com o formulário criado, foi feito um primeiro contato telefônico com os

administradores e agendado uma data para as visitas nas indústrias, onde foi

aplicado o questionário desenvolvido para esta pesquisa.

Page 70: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

70

14. APRESENTAÇÃO DA PESQUISA REALIZADA

Neste capitulo é apresentado os resultados obtidos através da aplicação do

questionário de pesquisa, próprio para a verificação da utilização da Contabilidade

Gerencial no processo de tomada de decisão das Indústrias Plásticas no

município de Biguaçu - SC.

14.1 APRESENTANDO OS DADOS COLETADOS

Das 03 Indústrias Plásticas citadas no processo de amostragem, para

serem visitadas, as 03 responderam ao questionário aplicado, perfazendo um

total de 100%.

Tabulação do formulário respondido

A partir dos 03 questionários respondidos, apresenta-se a tabela 1 (ANEXO

1), onde ficam registrados os pontos questionados, com a respectiva estatística

de quantidade, e percentual de cada opção respondida.

Page 71: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

14.2 APRESENTAÇÃO DAS RESPOSTAS OBTIDAS

Apresentam-se neste tópico, os resultados obtidos em cada segmento

pesquisado, conforme demonstrado na tabela acima, como segue:

� Contabilidade Gerencial

A empresa utiliza a Contabilidade Gerencial como instrumento para facilitar o gerenciamento das atividades

100%

0%0%sim

não

as vezes

GRÁFICO 1 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora.

A respeito da utilização da Contabilidade Gerencial com instrumento para

facilitar o gerenciamento das atividades, este questionamento foi unânime do

total de 100% dos questionários respondidos, 100% afirmaram que a empresa

utiliza a Contabilidade Gerencial como instrumento para facilitar o

gerenciamento das suas atividades.

A Contabilidade Gerencial contribui para facilitar o processo de tomada de decisão. Isso acontece em sua empresa

100%

0%0%sim

não

as vezes

GRÁFICO 2 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 02

Fonte: Autora.

Neste questionamento, o percentual também foi 100% positivo, dos 100%

dos questionários respondidos, 100% afirmaram que a contabilidade gerencial

contribui para facilitar o processo de tomada de decisão em sua empresa.

Page 72: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

72

Quais as ferramentas da contabilidade gerencial que a empresa mais utiliza

11%

34%

22%

22%

0%11%

Programa de qualidade

Analise Financeiroa e decustos

Planejamento e controle deprodução

Planejamento de curto e longoprazo

Gestao de pessoas

Gestao de clientes

GRÁFICO 3 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 03

Fonte: Autora.

A respeito de quais as ferramentas da contabilidade gerencial que a

empresa mais utiliza, dos 100% dos questionários respondidos, afirmaram que

11% utilizam Programa de Qualidade, 34% utilizam Analise Financeira e de

Custos, 22% utilizam o Planejamento e Controle de Produção e o Planejamento

de Curto e Longo Prazo, e 11% utilizam Gestão de Clientes, neste

questionamento, nenhuma das empresas utiliza Gestão de pessoas.

A contabilidade Gerencial disponibiliza as ferramentas abaixo para contribuir no gerenciamento e facilitar o processo de tomada de decisão, assinale qual delas a

empresa utiliza

28%

9%0%

9%9%18%

18%

9% 0%

Fluxo de Caixa

Planejamento Estratégico

Benchmarking

Programa 5S

Gestão participativa

Formação do preço de venda

Sistema de custos

Administração da produção

Nenhuma delas.

GRÁFICO 4 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 04

Fonte: Autora.

Do total dos 100% dos questionários respondidos, 28% afirmaram que

utilizam o Fluxo de Caixa, 9% Planejamento Estratégico, 9% Programa 5S, 9%

Gestão Participativa, 18% utilizam Formação do Preço de Venda, 18% também

usam o Sistema de Custos e 9% a Administração da Produção.

Page 73: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

73

A empresa conhece os seus pontos fracos, pontos fortes, oportunidades e ameaças

100%

0%

sim

não

GRÁFICO 5 – CONTABILIDADE GERENCIAL – RESPOSTA QUESTAO 05

Fonte: Autora.

Neste questionamento, os 100% dos questionários respondidos, indicou

100% de que as empresas conhecem os seus pontos fracos, pontos fortes,

oportunidades e ameaças

� Aspectos Financeiros

Como a empresa efetua a Gestão de Caixa

33%

67%

0%Sistemas de contas a pagar e areceber

Controles f inanceirosinformatizados

Sistemas manuais de controlede caixa

GRÁFICO 6 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora.

A respeito de como a empresa efetua a Gestão de Caixa, dos 100% dos

questionários respondidos, 33% afirmaram que efetuam o Sistema de Contas a

Pagar e a Receber, 67% utilizam Controles Financeiros Informatizados.

Page 74: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

74

A empresa elabora fluxo de caixa de curto e longo prazo através de sistema informatizado

100%

0%sim

não

GRÁFICO 7 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 02

Fonte: Autora.

No total de 100% dos questionários respondidos, todos ou seja 100%

responderam que a empresa elabora fluxo de caixa de curto e longo prazo

através de sistema informatizado.

� A empresa faz controle em separado de contas a receber, contas a pagar e inadimplência

100%

0%sim

não

GRÁFICO 8 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 03

Fonte: Autora.

No total de 100% dos questionários respondidos, todos ou seja 100%

afirmaram que a empresa faz controle em separado de contas a receber, contas a

pagar e inadimplência.

Page 75: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

75

A Empresa acompanha os indicadores econômico-financeiros normalmente

67%

33% sim

não

GRÁFICO 9 – ASPECTOS FINANCEIROS – RESPOSTA QUESTAO 04

Fonte: Autora.

Com referencia ao questionamento de que as empresas acompanham os

indicadores econômico-financeiros normalmente, dos 100% dos questionários

respondidos, 67% afirmaram que sim, e 33% afirmaram que não, a empresa não

acompanha os indicadores financeiros normalmente.

Aspecto Contábil

A Empresa possui estrutura de contabilidade

34%

33%

33%Na empresa

Na empresa e Escritóriocontábil de Terceiros

Escritório contábil deTerceiros

GRÁFICO 10 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora.

Neste questionamento, dos 100% dos questionários respondidos, 34%

afirmaram que possuem estrutura de contabilidade dentro da sua empresa, já

33% tem na empresa e de terceiros, e 33% possui estrutura contábil terceirizada.

Page 76: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

76

O escritório contábil oferece a contabilidade gerencial como instrumento de análise de resultado da sua empresa

67%0%

33% sim

não

as vezes

GRÁFICO 11 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 02

Fonte: Autora.

Dos 100% dos questionários respondidos pelos administradores das

empresas, 67% informaram que o escritório contábil da sua empresa ou o

escritório contábil terceirizado, oferecem a contabilidade gerencial como

instrumento de analise de resultado, e 33% afirmaram que às vezes o escritório

contábil da sua empresa ou o escritório contábil terceirizado, oferecem a

contabilidade gerencial como instrumento de análise de resultado para a sua

empresa.

Você acredita que o uso da contabilidade gerencial poderá facilitar, medir e aumentar significativamente o seu lucro,

facilitando a visão de futuro dos seus negócios

100%

0%sim

não

GRÁFICO 12 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 03

Fonte: Autora.

Dos 100% dos questionários respondidos, este questionamento foi

unânime, pois 100% afirmarão que acreditam que o uso da contabilidade

Page 77: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

77

gerencial poderá facilitar, medir e aumentar significativamente o seu lucro,

facilitando a visão de futuro dos seus negócios.

A empresa não utiliza a contabilidade gerencial por qual dos motivos

0%0%0%

100%

Aumentaria o custo

Não acredita nas suasvantagens

Não conhece comprofundidade os resultadosque a contabilidade gerencialpoderá trazer para aempresa.

Ninguem respondeu

GRÁFICO 13 – ASPECTOS CONTABIL – RESPOSTA QUESTAO 04

Fonte: Autora

Neste questionamento, nenhum dos administradores respondeu a algum

item, pois todas as empresas entrevistadas utilizam a Contabilidade Gerencial.

� Aspecto da Contabilidade de Custos

A empresa utiliza regularmente o sistema de custo

67%

33% sim

não

GRÁFICO 14 – ASPECTOS CONTABILIDADE DE CUSTOS – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora

Dos 100% dos questionários respondidos, 67% afirmaram que a empresa

utiliza regularmente o sistema de custo, e 33% não utiliza.

Page 78: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

78

A empresa utiliza regularmente o sistema de custo

67%

33% sim

não

GRÁFICO 15 – ASPECTOS CONTABILIDADE DE CUSTOS – RESPOSTA QUESTAO 02

Fonte: Autora

Neste questionamento, 100% dos questionários respondidos, 67% forma o

seu preço de venda a partir dos custos de produção, já 33% forma a partir dos

custos de reposição. Nenhuma das empresas pratica o preço existente no

mercado.

A empresa utiliza a contabilidade de custos para acompanhar e controlar os seus gastos e conhecer melhor o

seu resultado

67%0%

33%

sim

não

não utiliza acontabilidade decustos

GRÁFICO 16 – ASPECTOS CONTABILIDADE DE CUSTOS – RESPOSTA QUESTAO 03

Fonte: Autora

Já neste questionamento, dos 100% dos questionários respondidos, 33%

não utilizam a contabilidade de custos para acompanhar e controlar os seus

gastos e também para conhecer melhor o seu resultado. Somente 67% dos

administradores entrevistados afirmaram que utilizam sim, a contabilidade de

custos para acompanhar e controlar os seus gastos e conhecer melhor o seu

resultado.

Page 79: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

79

� Aspecto da Qualidade

A empresa utiliza algum programa de qualidade

67%

33% sim

não

GRÁFICO 17 – ASPECTOS DA QUALIDADE – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora

Do total de 100% dos questionários respondidos, 67% afirmaram que

utilizam algum tipo de programa de qualidade e 33% disseram que não utilizam

nenhum tipo de programa de qualidade.

Qual o programa de qualidade utilizado

40%

20%

20%

20%

ISSO 9001

5S

BPF

NÃO UTILIZA

GRÁFICO 18 – ASPECTOS DA QUALIDADE – RESPOSTA QUESTAO 02

Fonte: Autora

Dos 100% dos questionários respondidos, e conforme a questão

anteriormente citada, 40% utilizam o ISO 9001, 20% o 5S, 20% o BPF e 20% não

utilizam programas de qualidade na empresa.

Page 80: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

80

A empresa tem interesse de implantar um programa de qualidade

25%

25%25%

0%0%

25%

sim

não

Acredita que um programa dequalidade possa aumentar oresultado

Aumento do custo da implantação

Não conhece a ferramenta

NÃO RESPONDEU

GRÁFICO 19 – ASPECTOS DA QUALIDADE – RESPOSTA QUESTAO 03

Fonte: Autora

No total dos 100% dos questionários respondidos, 25% tem interesse de

implantar um programa de qualidade, 25% não tem interesse, 25% tem interesse

e acredita que um programa de qualidade possa aumentar o resultado de sua

empresa, já 25% dos entrevistados não respondeu a esta questão.

� Aspectos do processo de tomada de decisão

Através de que ferramentas a empresa toma as suas decisões

22%

22%

21%

14%

7%

14% 0%0%

Balanços e demonstração deresultado

Relatórios de custos

Fluxo de Caixa

Planejamento estratégico

Controle da qualidade

Controle e acompanhamento daprodução

Processo de benchmarketing

Nenhuma das ferramentascitadas

GRÁFICO 20 – ASPECTOS DO PROC. DE TOMADA DECISÃO – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora

Page 81: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

81

Neste questionamento, dos 100% dos questionários respondidos, 22%

usam os Balanços e Demonstração de Resultado, 22% utilizam os Relatórios de

Custos, 21% o Fluxo de Caixa, 14% o Planejamento Estratégico, 7% pelo

Controle da Qualidade, e já 14% pelo Controle e Acompanhamento da Produção

é que tomam suas decisões na empresa.

Você acredita que a Contabilidade Gerencial poderá contribuir de forma significativa para incrementar o seu

negócio

60%0%

40%

SIM

NÃO

Façacomentário

GRÁFICO 20 – ASPECTOS DO PROC. DE TOMADA DECISÃO – RESPOSTA QUESTAO 01

Fonte: Autora

Sobre este questionamento, do total dos 100% dos questionários

respondidos, 60% acreditam que a contabilidade Gerencial poderá contribuir de

forma significativa para incrementar o seu negócio e 40% comentaram que todo

relatório desde que seja confiável poderá com certeza contribuir para o bom

funcionamento da empresa.

Page 82: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

82

15 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta parte do trabalho apresenta-se as considerações finais relativas a

pesquisa realizada. Inicialmente faz-se um breve comentário para contextualizar e

resgatar o problema de pesquisa, avaliar o cumprimento das suposições, avaliar o

alcance dos objetivos propostos e fazer recomendação para futuros trabalhos.

15.1 GENERALIDADES

Na pesquisa realizada buscou-se identificar a utilização da contabilidade

gerencial no processo de tomada de decisão das Indústrias Plásticas localizadas

no Município de Biguaçu - SC.

Os fundamentos bibliográficos estão representados na segunda parte do

trabalho, seguido da metodologia da pesquisa, a aplicação prática e as

considerações finais.

15.2 LIMITAÇÕES

Quanto aos aspectos limitações destacamos, abaixo:

- Elaboração do formulário de pesquisa com linguagem simples, o qual

atendesse aos objetivos desta pesquisa; e,

- Dificuldades na disponibilidade das respostas, pois ficou evidente que

os administradores cultuam certos mitos e medos relacionados a

informação que podem ou não disponibilizar a terceiros.

- O tempo reduzido para a execução de cada etapa desta monografia.

Page 83: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

83

15.3 RECOMENDAÇÕES

Buscando aprofundar mais sobre a contabilidade gerencial junto as

Indústrias Plásticas do município de Biguaçu (SC), recomenda-se:

- Aplicar pesquisa em outros segmentos industriais, para verificar se o

comportamento desta é próximo ao do grupo objeto desta pesquisa.

- Efetuar uma pesquisa com os contadores que atuam na região de

Biguaçu – SC e municípios vizinhos, para verificar a sua visão sobre a

solicitação e utilização da contabilidade gerencial pelo grupo objeto

desta pesquisa.

Esta pesquisa realizada junto a este grupo de Indústrias no município

citado surpreendeu positivamente. Primeiramente porque todas as Indústrias

visitadas responderam o questionário sem nenhuma objeção. E em segundo lugar

pelo interesse dos administradores em cada vez mais se familiarizarem com as

ferramentas da contabilidade gerencial para a tomada de decisão.

Com isso, concluímos que todos buscam se preparar cada vez mais para

fazer frente ao mercado cada vez mais competitivo, chegando-se a certeza de

que a informação contábil gerencial já tem sua importância reconhecida, fato este

demonstrado pelos entrevistados nesta pesquisa.

Page 84: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

84

REFERÊNCIAS

ATKINSON, AA; BANKER, RD; KAPLAN, RS; YOUNG, SM. Contabilidade Gerencial. Tradução Chenoy, A. O. M. São Paulo: Atlas, 2000 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9000: sistemas de gestão da qualidade - fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, dez. 2000a. _______. NBR ISO 9001: sistema de gestão da qualidade - requisitos. Rio de Janeiro, dez 2000b. ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999 BULGAKOV, Sergio. Manual de Gestão Empresarial. São Paulo: Atlas, 1999 BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. BARBIERI, José C.. Gestão ambiental empresarial. Conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2004. CREPALDI, S.A . Contabilidade gerencial: teoria e prática. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1993. GIL, A. de L. Sistemas de Informações Contábil/financeiros. São Paulo: Atlas, 1992. GIOSA, A. Lívio. Terceirização: uma abordagem estratégica. 5º Ed. Ver. Ampl. São Paulo: Pioneira, 2003 HONG, Yuh Ching. Manual de custos de instituições de saúde: sistemas tradicionais de custos e sistemas de custeio baseado em atividades (ABC). São Paulo: Atlas, 2001.

Page 85: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

85

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1995. KAPLAN, Robert S;NORTON, David P. A estratégia em ação: balanced scorecard. 18. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. LEIRIA, Jerônimo Souto. Terceirização: uma alternativa de flexibilidade empresarial. 2 Ed. Porto Alegre: Ortiz, 1992 LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. LACOMBE, Francisco Jose Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. MOSIMANN, C. P.; FISCH, S. Controladoria: seu papel na administração de empresas. São Paulo: Atlas, 1999 MAXIMIANO, A. C. Amaru. Introdução a administração. 5. ed. Ver. E ampl. São Paulo: Atlas, 2000. MONTANA, Patrick J; CHARNOV, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: atlas, 2003. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8. ed. São Paulo: atlas, 2001. MAHER, Michael. Contabilidade de custos: criando valor para a administração. São Paulo: Atlas, 2001. MARANHÃO, Mautiti. ISO serie 9000: manual de implementação. 6. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. MARSHAL JUNIOR, Isnard. Et al. Gestão da Qualidade.Série gestão empresarial. 8. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. MINAYO, M. C. de S. e tal. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 1994

Page 86: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

86

OLIVEIRA, D. de R. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas, táticas, operacionais. São Paulo: Atlas, 1992. OLIVEIRA, D. P. Rebouças de. Planejamento estratégico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1996. OLIVEIRA NETTO, A A de, Melo, Carina de (colaboradora). Metodologia da Pesquisa Científica: Guia prático para a apresentação de trabalhos acadêmicos. Florianópolis: Visual Books, 2005 OLIVEIRA, S. L. de. Tratado de metodologia cientifica: Projetos de pesquisa, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira, 2001. PADOVESE, C. L. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 1994. PADOVESE, C. L. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 2000. PEREZ JUNIOR, J. H., PESTANA, A O e FRANCO,S.P.C. Controladoria de gestão: teoria e pratica. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. Portal Rede Benchmarking, Fonte:www.portalbmk.org.br , acesso em 03/05/09.

RODRIGUES, Marcos Vinicius Carvalho. Ações para a qualidade: GEIQ, gestão integrada para a qualidade: padrão seis sigma, classe mundial. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. SÁ, Antônio Lopes de. Dicionário da Contabilidade, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1995. SIMPESC – Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina, www.simpesc.org.br, acesso em 05/04/2009. SLACK, Nigel. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997 Surgimento da Contabilidade Gerencial, fonte: www.portalcontabilidade.com.br

acesso em 25/04/2009.

TUNG, Nguyen H. Controladoria Financeira das Empresas: uma abordagem prática. 5 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1976

Page 87: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

87

TIBOR, Tom; FELDMAN, Ira. ISO 14000: um guia para as novas normas de gestão ambiental. São Paulo: Futura, 1996. ZDANOWICCZ, J. E. Fluxo de caixa. 8ª ed. Porto Alegre: Luzzatto, 2000. ZAIRI, Mohamed, LEONARD Paul. Benchmarking pratico: o guia completo/ Mohamed Zairi, Paul Leonard; tradução Maria Teresa Correa de Oliveira. São Paulo: atlas, 1995.

Page 88: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

88

APÊNDICES

APENDICE A – Formulário de pesquisa desenvolvido para este trabalho

UNIVERSIDEADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO

Campus Biguaçu

Pesquisa de campo sobre a utilização da Contabilidade Gerencial

pelas Indústrias Plásticas do Município de Biguaçu Santa Catarina.

Acadêmico:

Esta pesquisa faz parte da execução do Trabalho de Conclusão de Curso, em

busca do titulo de bacharel em ciências contábeis. Tem a finalidade a avaliar a utilização

da Contabilidade Gerencial no processo de tomada de decisão das Indústrias Plásticas

do Município de Biguaçu Santa Catarina, com a finalidade de proporcionar um melhor

gerenciamento, avaliando resultado presente e futuro, contribuindo para medir

desempenho e melhoria na continuidade desse segmento de negócio.

Contabilidade Gerencial

1) A empresa utiliza a Contabilidade Gerencial como instrumento para facilitar o gerenciamento das atividades? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes

2) A contabilidade gerencial contribui para facilitar o processo de tomada de decisão. Isso acontece em sua empresa? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes

3) Quais as ferramentas da contabilidade gerencial que a empresa mais utiliza? ( ) Programa de Qualidade

( ) Análise financeira e de custos

( ) Planejamento e controle da produção

Page 89: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

89

( ) Planejamento de curo e longo prazo

( )Gestão de pessoas

( ) Gestão de Clientes.

4) A contabilidade Gerencial disponibiliza as ferramentas abaixo para contribuir no gerenciamento e facilitar o processo de tomada de decisão, assinale qual dela a empresa utiliza: ( ) Fluxo de Caixa

( ) Planejamento Estratégico

( ) Benchmarking

( ) Programa 5S

( )Gestão participativa

( ) Formação do preço de venda

( ) Sistema de custos

( )Administração da produção

( ) Nenhuma delas.

5) A empresa conhece os seus pontos fracos, pontos fortes, oportunidades e ameaças? ( ) Sim ( ) Não.

Aspectos Financeiros

1) Como a empresa efetua a gestão de Caixa? ( ) Sistemas de contas a pagar e a receber

( )Controles financeiros informatizados

( ) Sistemas manuais de controle de caixa

2) A empresa elabora fluxo de caixa de curto e longo prazo através de sistema informatizado? ( ) Sim ( ) Não

3) A empresa faz controle em separado de contas a receber, contas a pagar e inadimplência? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes.

Page 90: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

90

4) A Empresa acompanha os indicadores econômico-financeiro normalmente? (...)Sim (...)Não

Aspecto Contábil

1) A Empresa possui estrutura de contabilidade: ( ) Na empresa

( ) Escritório contábil de Terceiros

2) O escritório contábil oferece a contabilidade gerencial com instrumento de análise de resultado da sua empresa? ( ) Sim ( )Não ( ) As Vezes

3) Você acredita que o uso da contabilidade gerencial poderá facilitar medir e aumentar significativamente o seu lucro, facilitando a visão de futuro dos seus negócios? ( ) Sim ( ) Não

4) A empresa não utiliza a contabilidade gerencial por qual dos motivos: ( ) Aumentaria o custo

( ) Não acredita nas suas vantagens

(...) Não conhece com profundidade os resultados que a contabilidade

gerencial poderá trazer para a empresa.

Aspecto da Contabilidade de Custos

1) A empresa utiliza regularmente o sistema de custo? ( ) Sim ( ) Não

2) Como a Empresa Forma os seus preços: ( ) A partir dos custos de produção

( ) A partir dos Custos de Reposição

( ) Pratica o preço existente no mercado.

3) A empresa utiliza a contabilidade de custos para acompanhar e controlar os seus gastos e conhecer melhor o seu resultado? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não utiliza a contabilidade de custos

Page 91: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

91

Aspecto da Qualidade

1) A empresa utiliza algum programa de qualidade? ( ) Sim ( ) Não

2) Qual o programa de qualidade utilizado?

3) A empresa tem interesse de implantar um programa de qualidade? ( ) Sim ( ) Não,

( ) Acredita que um programa de qualidade possa aumentar o resultado

( ) Aumento do custo da implantação

( )Não conhece a ferramenta

Aspectos do processo de tomada de decisão

1) Através de que ferramentas a empresa toma as suas decisões? ( ) Balanços e demonstração de resultado

( ) Relatórios de custos

( )Fluxo de Caixa

( )Planejamento estratégico

( ) Controle da qualidade

( ) Controle e acompanhamento da produção

( ) Processo de benchmarketing

( ) Nenhuma das ferramentas citadas.

2) Você acredita que a contabilidade Gerencial poderá contribuir de forma significativa para incrementar o seu negócio? ( ) Sim ( ) Não, Faça comentário:----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------

Agradeço pela colaboração e tenha certeza que contribuiu de forma

significativa para aprofundar os estudos da contabilidade gerencial e

principalmente o meu Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Contábeis.

Page 92: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

ANEXOS

ANEXO A – Tabulação do formulário respondido

Pontos Questionados 1 - Contabilidade Gerencial

Sim Não As vezes Total

Qtd % Qtd % Qtd % Qtd %

1.1 A empresa utiliza a Contabilidade Gerencial como instrumento para facilitar o gerenciamento das atividades 3 100% 0 0% 0 0% 3 100%

1.2 A contabilidade gerencial contribui para facilitar o processo de tomada de decisão. Isso acontece em sua empresa 3 100% 0 0% 0 0% 3 100%

Total

1.3 Quais as ferramentas da contabilidade gerencial que a empresa mais utiliza Qtd % Qtd %

Programa de Qualidade 1 11% 3 100%

Análise financeira e de custos 3 34% 3 100%

Planejamento e controle da produção 2 22% 3 100%

Planejamento de curto e longo prazo 2 22% 3 100%

Gestão de pessoas 0 0% 3 100%

Gestão de Clientes. 1 11% 3 100%

Total

1.4 A contabilidade Gerencial disponibiliza as ferramentas abaixo para contribuir no gerenciamento e facilitar o processo de tomada de decisão, assinale qual delas sua empresa utiliza Qtd % Qtd %

Fluxo de Caixa 3 28% 3 100%

Planejamento Estratégico 1 9% 3 100%

Benchmarking 0 0% 3 100%

Programa 5S 1 9% 3 100%

Gestão participativa 1 9% 3 100%

Formação do preço de venda 2 18% 3 100%

Sistema de custos 2 18% 3 100%

Administração da produção 1 9% 3 100%

Nenhuma delas. 0 0% 3 100%

Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd %

1.5 A empresa conhece os seus pontos fracos, pontos fortes, oportunidades e ameaças 3 100% 0 0% 3 100%

2 - Aspectos Financeiros Total

2.1 Como a empresa efetua a Gestão de Caixa Qtd % Qtd %

Sistemas de contas a pagar e a receber 1 33% 3 100%

Controles financeiros informatizados 2 67% 3 100%

Sistemas manuais de controle de caixa 0 0% 3 100%

Page 93: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

93

Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd %

2..2 A empresa elabora fluxo de caixa de curto e longo prazo através de sistema informatizado 3 100% 0 0% 3 100%

Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd % 2.3 A empresa faz controle em separado de contas a receber, contas a pagar e inadimplência 3 100% 0 0% 3 100%

2 - Aspectos Financeiros Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd %

2.4 A Empresa acompanha os indicadores econômico-financeiros normalmente 2 67% 1 33% 3 100%

3 - Aspectos Contábil Total

3.1 A Empresa possui estrutura de contabilidade Qtd % Qtd %

Na empresa 1 34% 3 100%

Na empresa e Escritório contábil de terceiros 1 33% 3 100%

Escritório contábil de terceiros 1 33% 3 100%

Sim Não As vezes Total

Qtd % Qtd % Qtd % Qtd %

3.2 O escritório contábil oferece a contabilidade gerencial com instrumento de análise de resultado da sua empresa 2 67% 0 0% 1 33% 3 100%

Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd %

3.3 Você acredita que o uso da contabilidade gerencial poderá facilitar medir e aumentar significativamente o seu lucro, facilitando a visão de futuro dos seus negócios 3 100% 0 0% 3 100%

Total

3.4 A empresa não utiliza a contabilidade gerencial por qual dos motivos Qtd % Qtd %

Aumentaria o custo 0 0% 3 100%

Não acredita nas suas vantagens 0 0% 3 100%

Não conhece com profundidade os resultados que a contabilidade gerencial poderá trazer para a empresa 0 0% 3 100%

4 - Aspectos da Contabilidade de Custos Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd %

4.1 A empresa utiliza regularmente o sistema de custo 2 67% 1 33% 3 100%

Total

4.2 Como a Empresa Forma os seus preços: Qtd % Qtd %

A partir dos custos de produção 2 67% 3 100%

A partir dos Custos de Reposição 1 33% 3 100%

Pratica o preço existente no mercado 0 0% 3 100%

Sim Não Não utiliza Total

Qtd % Qtd % Qtd % Qtd %

Page 94: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Andrea Correa Meira.pdf · controladoria, gestão empresarial, sistema de informação gerencial, administração

94

4.3 A empresa utiliza a contabilidade de custos para acompanhar e controlar os seus gastos e conhecer melhor o seu resultado 2 67% 0 0% 1 33% 3 100%

5 - Aspectos da Qualidade Sim Não Total

Qtd % Qtd % Qtd %

5.1 A empresa utiliza algum programa de qualidade 2 67% 1 33% 3 100%

Total

5.2 Qual o programa de qualidade utilizado Qtd % Qtd %

5 - Aspectos da Qualidade ISO 9001 2 40% 3 100% 5 S 1 20% 3 100% BPF 1 20% 3 100% NÃO UTILIZA 1 20% 3 100% Total

5.3 A empresa tem interesse de implantar um programa de qualidade Qtd % Qtd % Sim 1 25% 3 100% Não 1 25% 3 100% Acredita que um programa de qualidade possa aumentar o resultado 1 25% 3 100% Aumento do custo da implantação 0 0% 3 100% Não conhece a ferramenta 0 0% 3 100%

NÃO RESPONDEU 1 25% 3 100% 6 - Aspectos do processo de tomada de decisão

Total 6.1 Através de que ferramentas a empresa toma as suas decisões Qtd % Qtd % Balanços e demonstração de resultado 3 22% 3 100% Relatórios de custos 3 22% 3 100% Fluxo de Caixa 3 21% 3 100% Planejamento estratégico 2 14% 3 100% Controle da qualidade 1 7% 3 100% Controle e acompanhamento da produção 2 14% 3 100% Processo de benchmarketing 0 0% 3 100% Nenhuma das ferramentas citadas. 0 0% 3 100% Sim Não Comentou Não comentou Total Qtd % Qtd % Qtd % Qtd % Qtd %

6.2 Você acredita que a contabilidade Gerencial poderá contribuir de forma significativa para incrementar o seu negócio 3 100% 0 0% 2 67% 1 33% 3 100%

Tabela: Tabulação do formulário respondido

Fonte: Autora