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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Guilherme Coelho AÇÕES DE MARKETING PARA A EMPRESA SCMAIS MARKETING TURÍSTICO São José 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Guilherme Coelho

AÇÕES DE MARKETING PARA A EMPRESA SCMAIS

MARKETING TURÍSTICO

São José

2009

ii

ii

GUILHERME COELHO

AÇÕES DE MARKETING PARA A EMPRESA SCMAIS

MARKETING TURÍSTICO

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí. Professor Orientador: Vanderléia Martins Lohn

São José 2009

GUILHERME COELHO

AÇÕES DE MARKETING PARA A EMPRESA SCMAIS

MARKETING TURÍSTICO Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em (dia, mês e ano constante da ata de aprovação – defesa)

Prof(a) MSc. Luciana Merlin Bervian UNIVALI – Campus São José

Coordenador(a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof(a) Vanderléia Martins Lohn UNIVALI – Campus São José

Professor Orientador

Prof(a) Kellen da Silva Coelho UNIVALI – Campus São José

Membro

Prof(a) Rosalbo Ferreira UNIVALI – Campus São José

Membro

RESUMO

Este estudo teve por objetivo desenvolver ações de marketing para a empresa SCMAIS

Marketing Turístico, no intuito de expandir o seu mercado turístico para as prefeituras do

Estado de Santa Catarina. Esta pesquisa procurou analisar os dados coletados através de

entrevista de forma qualitativa e questionário de forma quantitativa, apresentando-os de forma

estruturada e analítica, após a coleta de dados da entrevista e questionários, foi feita uma

análise dos dados, conseguindo-se levantar diversas questões dos municípios estudados, que

se enquadram no quadro do marketing. Concomitantemente foram feitas análises, da

entrevista realizada com o representante da SANTUR e questionários respondidos pelos

representantes das prefeituras estudadas, resultando nos apontamentos das ações de

marketing. As ações foram traçadas a partir da entrevista realizada com a SANTUR, tendo

como representante o gerente de marketing e pesquisa com as Prefeituras dos municípios de

Balneário Camboriu, Blumenau, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Itapema, Lages, Nova

Trento, Tubarão, Itajaí, Laguna, Palhoça, Joinville e São José estudo de mercado realizado

com a organização SANTUR - Santa Catarina Turismo, o estudo realizado com a SANTUR e

as prefeituras teve como base o composto mercadológico para a definição das ações de

marketing mais adequadas à empresa SCMAIS.

Palavras-chave: Turismo. Marketing. Ações.

1

ABSTRACT

This study aimed to develop marketing initiatives for the company SCMAIS Tourism

Marketing, in order to expand its tourism market to the halls of the State of Santa Catarina.

This study sought to analyze the data collected through interviews in a qualitative and a

quantitative questionnaire, presenting them in a structured and analytical, after collecting data

from interviews and questionnaires, an analysis was made of the data, was able to raise

several issues of the cities studied, which fall under the marketing. At the same time were

analyzed, interviews were conducted with the representative of SANTUR and questionnaires

answered by representatives of the municipalities studied, resulting in the notes of marketing

actions. Stocks were drawn from the interview with SANTUR, with the representative

manager of marketing and research with the municipalities of Balneario Camboriu,

Blumenau, Joinville, Florianópolis, Joinville, Joinville, Lages, Nova Trento, Shark, Itajaí,

Laguna, Florianopolis, Joinville and São José, market study with the organization SANTUR -

Santa Catarina Tourism, the study of the SANTUR and local governments was based on the

merchandise mix for the definition of marketing actions more appropriate to the company

SCMAIS.

Key-words: Tourism. Marketing. Actions.

2

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Evolução do turismo......................................................................................13

Figura 2 – Tipos de turismo.............................................................................................15

Figura 3 – 4 P´s do marketing.........................................................................................20

Figura 4 – 4 P´s e os 4 C´s...............................................................................................22

Figura 5 – 4 A´s do marketing.........................................................................................23

Figura 6 – Sistema dos 4 A´s...........................................................................................24

Figura 7 – Comportamento do consumidor.....................................................................30

3

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Sexo...............................................................................................................45

Gráfico 2 - Idade..............................................................................................................46

Gráfico 3 - Escolaridade..................................................................................................46

Gráfico 4 – Tempo no cargo............................................................................................47

Gráfico 5 – Equipe de eventos.........................................................................................47

Gráfico 6 – Organização de eventos................................................................................48

Gráfico 7 – Preferência de eventos..................................................................................48

Gráfico 8 – Época em que são realizados o eventos........................................................49

Gráfico 9 – Quem faz......................................................................................................49

Gráfico 10 – Tipo de turismo..........................................................................................50

Gráfico 11 - Investimento................................................................................................50

Gráfico 12 - Prioridades..................................................................................................51

Gráfico 13 - Divulgação..................................................................................................52

Gráfico 14 – Onde é divulgado........................................................................................52

Gráfico 15 – Tem interesse..............................................................................................53

Gráfico 16 – Onde tem interesse.....................................................................................53

4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................6

1.1 PROBLEMA PESQUISA...................................................................................7

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA OU HIPÓTESES DE PESQUISA....................7

1.3 OBJETIVOS........................................................................................................8

1.3.1 Objetivo Geral...........................................................................................8

1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................8

1.4 JUSTIFICATIVA................................................................................................8

1.5 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO................................................11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................12

2.1 TURISMO........................................................................................................12

2.2 TIPOS DE TURISMO......................................................................................14

2.3 SEGMENTO DE MERCADO.........................................................................17

2.4 MARKETING..................................................................................................18

2.4.1 COMPOSTO MERCADOLÓGICO......................................................19

2.4.2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING...............................................25

2.4.3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING......................................................26

2.4.4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR.........................................30

2.4.5 SATISFAÇÃO DO CLIENTE...............................................................33

2.4.6 SERVIÇOS.............................................................................................33

2.5 MARKETING TURÍSTICO............................................................................34

2.6 EVENTOS........................................................................................................36

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS...........................................................................38

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA...........................................................38

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA..........................................................................41

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.........41

5

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS.................................................42

4 RESULTADOS DA PESQUISA...............................................................................43

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA............................................................43

4.2 RESULTADO DA PESQUISA........................................................................45

4.2.1 PESQUISA COM AS PREFEITURAS................................................45

4.2.2 SANTUR...............................................................................................54

5 AÇÕES DE MARKETING PARA A EMPRESA...................................................59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................61

7 REFERÊNCIAS..........................................................................................................63

Anexos.............................................................................................................................67

6

1 INTRODUÇÃO

Apesar de ser uma atividade relativamente recente na história da civilização

humana, a importância do turismo tem se mostrado cada vez maior para o crescimento

das comunidades que o desenvolvem, seja ele no âmbito econômico, cultural ou social.

Assim sendo o Brasil é um país continental com inúmeras oportunidades de turismo e

com uma posição geográfica privilegiada, perto do equador, com estações bem

definidas, contando ainda com uma vasta costa marítima, imponentes rios e florestas,

tornando as belezas naturais do Brasil um forte atrativo turístico para os estrangeiros e

para os turistas nacionais.

Neste sentido o turismo vem se estabelecendo como um fenômeno marcante do

mundo atual, em que a temática referente ao turismo vem ganhando ao longo do tempo

maior espaço nas pesquisas mercadológicas. Isso se deve em grande parte pelo fato do

turismo ser constituído em uma atividade que interfere de diversas formas na economia,

na política e no ambiente em que está inserida, proporcionando com isso um

crescimento constante das regiões onde é praticado, segundo o Conselho Mundial de

Viagens e Turismo (WTTC), o turismo em 2007 teve um desempenho considerável em

todo mundo, com um PIB de 13,5%, movimentando 8,5 trilhões de dólares com uma

geração de 262,6 milhões de empregos.

Seguindo estes dados divulgados pelo WTTC, o Banco Central do Brasil

divulgou em 2005 que o Brasil alcançou a receita cambial turística de US$ 3,86 bilhões,

superior em 19,83% ao ano de 2004 (US$ 3,22 bilhões), atingindo marca de 34 meses

consecutivos de crescimento, desde março de 2003.

Como o Brasil encontra-se num momento de planejamento e crescimento

turístico, o estado de Santa Catarina também busca planejar de forma mais ordenada o

estudo do turismo, principalmente no que diz respeito aos eventos turísticos e tipos de

eventos mais indicados para cada município, buscando atender às necessidades dos

clientes que irão desfrutar dos produtos turísticos e todas as pessoas envolvidas neste

meio, mantendo este mercado atualizado e traçando novas estratégias de marketing.

Neste sentido, as estratégias de marketing são utilizadas como uma ferramenta

chave para observar o mercado e o turismo, que consiste no estudo do mercado alvo ao

qual se pretende atingir, direcionando ações para atender a necessidade do seu cliente.

7

Assim, surge a necessidade de elaborar estratégias de marketing para a empresa

SCMAIS Marketing Turístico, no intuito de expandir mercado e se firmar na área de

eventos, receptivo e captação de turistas para os municípios escolhidos. De modo a

aproveitar o potencial turístico da grande Florianópolis e região litorânea do estado de

Santa Catarina, seguidos da evolução econômica mundial, a globalização e os efeitos

que ela vem produzindo em pouco tempo, levando as empresas a ter necessidade de

mudar suas estratégias para assim poder enfrentar a concorrência e os desafios

decorrentes das oportunidades desta integração que está ocorrendo.

1.1 Problema Pesquisa

O estudo está baseado no fato em que o turismo contribui a cada dia mais para o

desenvolvimento das localidades onde se desempenham as atividades turísticas,

auxiliando na geração de novos empregos e tende a promover melhorias na infra-

estrutura das cidades. Tendo em vista a competitividade existente hoje no mercado há

uma necessidade constante de desenvolvimento de pessoas, empresas, em que buscam

se manterem atualizados, através desta concepção segundo informações obtidas junto a

proprietária da SCMAIS, a empresa busca constantemente sua atualização e

reformulação de suas estratégias para alcançar seus objetivos e mantendo-se competitiva

no mercado, o estudo em destaque está formulado na concepção de: Como identificar

ações de marketing para a empresa SC MAIS Marketing Turístico, no intuito de

expandir o seu mercado de eventos, receptivo e captação de turistas para os municípios

escolhidos?

1.2 Perguntas de Pesquisa

• Quais estratégias de marketing a empresa SCMAIS Marketing Turístico

desenvolve?

• Quais as estratégias de marketing adotadas pela SANTUR para o estado de

Santa Catarina?

• Quais as necessidades de serviços que as secretarias de turismo das prefeituras

do estado de Santa Catarina;

8

• Como a expansão dos negócios pode agregar mais valor para a empresa

SCMAIS Marketing Turístico?

• Como serão implementadas as estratégias de marketing para a empresa SCMAIS

Marketing Turístico?

1.3 Objetivos

1.3.1. Objetivo Geral

Desenvolver ações de marketing para a empresa SCMAIS Marketing Turístico,

no intuito de expandir o seu mercado turístico para as prefeituras do Estado de Santa

Catarina.

1.3.2. Objetivos Específicos

- Descrever as estratégias de marketing desenvolvidas pela empresa SCMAIS

Marketing Turístico;

- Avaliar as estratégias de marketing adotadas pela SANTUR para o Estado de Santa

Catarina;

- Avaliar as necessidades de serviços que as Prefeituras do Estado de Santa Catarina

necessitam, bem como as suas necessidades e desejos de eventos turísticos;

- Propor ações de marketing para empresa SCMAIS Marketing Turístico.

1.4 Justificativa

O turismo consiste em uma das atividades econômicas mais dinâmicas, pois

emprega os mais diversificados segmentos sociais, com diferentes tipos e níveis de

mão-de-obra. Envolve indiretamente os setores primários e secundários e movimenta a

economia local, nesta perspectiva, ressalta Dias (2003, p.10) que “o turismo pode ser

considerado hoje umas das poucas alternativas à destruição do emprego tradicional

devido às mudanças tecnológicas e à globalização”.

Dessa forma, o turismo é o setor econômico que apresenta os mais elevados

9

índices de crescimento no cenário mundial, e que expandiu suas atividades na década de

1990 em cerca de 60% (OMT, 2001). Para o ano de 2006, as chegadas de turistas

internacionais no mundo foram de 842 milhões, gerando U$ 710 bilhões nos países que

visitam o que correspondeu um crescimento médio de 4,5% em relação ao ano de 2005

(ANUÁRIO EXAME 2007/2008).

As projeções da OMT para o ano de 2020, conforme o Anuário Exame

(2007/2008) é que o turismo constituirá efetivamente a maior atividade econômica

global, superando a marca de 1,5 bilhões de visitantes. Portanto, não se pode negar o

relevante papel de inclusão social e econômica que a atividade representa e proporciona

às diferentes comunidades, regiões e países pelo mundo.

No Brasil, segundo dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Turismo -

EMBRATUR e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, inseridos no

Jornal Panrotas (2007) e referentes ao ano de 2003, as atividades relacionadas ao

turismo geraram R$ 31,1 bilhões e as 352.224 empresas relacionadas ao setor ocuparam

mais de dois milhões de pessoas - 2,5% do total de ocupações no país.

Já em 2008, o turismo internacional registrou, entrada recorde de dólares no

país, segundo informações obtidas junto a Embratur. A receita acumulada foi de US$

5,7 bilhões, com crescimento de 16,8% em relação a 2007, que ficou em US$ 4,9

bilhões.

Sendo que o estado de Santa Catarina apresenta alguns números atrativos frente

ao turismo, que segundo informações obtidas junto a Santa Catarina Turismo -

SANTUR (2008) o movimento estimado na alta temporada de turistas nacionais 2006,

2007 e 2008 foram respectivamente de 2.937.561, 3.539.198, 3.794.388 e estrangeiros

211.782, 468.954 e 509.035, correspondente aos meses de Janeiro e Fevereiro dos

respectivos anos.

Com este aumento do numero de turistas circulando pelo Brasil, vários setores do

turismo vem se fortalecendo e com isso aumentando o numero de eventos realizados no

país a cada ano, gerando riquezas, negócios, empregos, em fim espera-se que cada

empresa busque fazer o melhor possível para atender bem seus clientes, assim cada uma

contribua para o desenvolvimento local e do país. Desta forma a SC MAIS Marketing

Turístico, busca estar em um constante desenvolvimento para que seus objetivos sejam

alcançados, assim estudando nichos de mercado que contribuem para o

desenvolvimento local e da própria empresa, tais como captação de turistas, turismo

10

receptivo e de eventos e promoção das localidades.

Em parceria feita com a SANTUR por meio de licitação, a SC MAIS executa um

projeto de captação e recepção dos turistas para o estado de Santa Catarina, em que a

recepção é feita com o objetivo de dar boas-vindas assim que os turistas entram em

território catarinense. Eles são recebidos por uma equipe treinada e uniformizada, que

entregam uma medalha benta de Santa Catarina com uma fitinha escrita: Seja bem-

vindo à Santa e Bela Catarina, com equipes orientadas á dar suporte e informações.

Além desta parceria com a SANTUR, a empresa busca novas parcerias para se

firmar no mercado em que cada dia está mais competitivo, com isso necessita utilizar

ferramentas de marketing para a estruturação de suas estratégias e com o auxilio destas

ferramentas podendo ajudar a posicionar-se no mercado, proporcionando inúmeros

benefícios a empresa e pregando políticas orientadas a identificar e satisfazer as

necessidades e desejos dos clientes de uma forma geral.

Assim espera-se que o marketing deixe a empresa pronta para vender, tornando o

produto ou o serviço disponível para o cliente conforme Kotler (2000) afirma que o

marketing é um processo social que tem por finalidade a obtenção de que as pessoas

necessitem, estimulando desejos com a criação, oferta e livre negociação de produtos e

serviços de valor com outras pessoas.

Por se tratar de uma área que desperta muitos desejos nas pessoas, o turismo está

cada vez mais em evidencia no mercado e crescendo ano a ano, proporcionando boa

fonte de renda para quem investe no setor, tornando-se uma boa oportunidade de

negócio a ser estudada.

Além do estudo de mercado, o presente trabalho engloba todo o conhecimento

adquirido dentro da academia, com o desenvolvimento de ações de marketing, com o

intuito de expandir os negócios da empresa SCMAIS Marketing Turístico, agregando

um maior conhecimento para o pesquisador e universidade.

Com este contexto do estudo, a pesquisa necessita ser estruturada para que cada

ponto possa ser compreendido, da melhor forma possível e com isso proporcionar ao

leitor um melhor entendimento de cada capítulo e os temas abordados.

11

1.5 Apresentação geral do trabalho

Os temas abordados neste estudo estão descritos da seguinte forma, no primeiro

capítulo, foram abordadas a introdução, problema de pesquisa, objetivos e justificativa.

No segundo capítulo, refere-se à fundamentação teórica, com assunto como:

turismo, tipos de turismo, segmento de mercado, marketing, composto mercadológico,

administração de marketing, estratégias de marketing, comportamento do consumidor,

satisfação do cliente, serviços, marketing turístico e eventos.

O terceiro capítulo apresenta-se a descrição do método, com assuntos referentes

à: caracterização da pesquisa, população e amostra, procedimentos e instrumentos de

coleta de dados, tratamento e analise dos dados.

No quarto capítulo, apresenta-se o resultado do estudo, em que consiste na:

caracterização da empresa, bem como o resultado da pesquisa com as prefeituras de

alguns municípios do estado de Santa Catarina e uma apresentação da SANTUR que é o

órgão responsável pelo turismo de Santa Catarina.

Já o quinto capítulo, refere-se às ações de marketing traçadas para a SCMAIS

Marketing Turístico.

O sexto capítulo apresenta-se as considerações finais e a sugestão para futuros

trabalhos.

No sétimo capítulo, constam as referências dos autores pesquisados neste estudo

e após a apresentação do trabalho inicia-se a o segundo capítulo, referente à

fundamentação teórica.

12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica é parte integrante dos trabalhos acadêmicos, no qual

corresponde à parte da pesquisa que apresenta os conceitos utilizados no assunto em

estudo, geralmente abordados de modo a expressar um embasamento sobre o tema

dando um sentido ao mesmo. Neste estudo serão abordados temas como, marketing e

suas características, turismo e suas ferramentas, bem como demais temas referentes a

temática em estudo.

2.1 TURISMO

O turismo vem se destacando a muito tempo, iniciando como uma forma de

deslocamento de grande massa de pessoas, com diversos objetivos e propósitos. Estes

deslocamentos aparecem registrados na Grécia antiga, através das visitações ao oráculo

de Delfos, precursor do turismo religioso. Segundo Dias (2005, p. 32), estas

peregrinações “envolviam algum tipo de infra-estrutura de alojamento, alimentação que,

embora incipiente, continham os elementos que definem o turismo”.

Os romanos eram um pouco mais evoluídos em termos de turismo

principalmente na construção de vias ligando as cidades e transportes. Para Dias (2005),

como os romanos possuíam grande curiosidade histórica, freqüentemente se deslocavam

para conhecer e se reconhecer na história através de cidades e monumentos. A

precariedade das estradas e dos meios de locomoção restringiram a movimentação da

elite mais abastada.

Dias (2005) remonta a Thomas Cook1 em 1841 o início da época moderna do

turismo. Foi entre os séculos XVII e XVIII que surgiram as viagens de estudo

(educativas), principalmente entre a nobreza inglesa, que incluía destinos como Europa,

além da Grécia e Oriente Médio, considerados berço da civilização. Estas viagens eram

acompanhadas, normalmente, por instrutores, que mostram ao pupilo o que deveria ser

aprendido.

Em meados do século XVIII, com a decadência da nobreza, os plebeus tiveram

mais oportunidades de poderem viajar e segundo Dias (2005), começaram a fazer os

mesmos roteiros que a nobreza. Nesta época surgiram as viagens de cunho científico e

tecnológico, ou seja, conhecer o que estava acontecendo em países envoltos na

13

Revolução Industrial, principalmente a Inglaterra, com suas máquinas a vapor.

O turismo enquanto atividade que envolve o deslocamento de pessoas para

lugares fora de suas residências habituais pelos mais diversos motivos, existe desde as

antigas civilizações. Porém, segundo Moesch (2000), foi como atividade econômica,

diante da forma de organização capitalista, que o turismo nasceu e se desenvolveu. “Em

cada avanço capitalista, há um avanço do turismo”. (MOESCH, 2000, p. 9).

Para Dias (2005), a partir da Revolução Industrial o turismo passou a ser

estimulado pelas viagens de trens e navios a vapor, desta forma a revolução nos

transportes proporcionou o deslocamento mais rápido e menos cansativo, aumentando o

numero de pessoas que passaram a se utilizar destes serviços para as mais diversas

finalidades estimulando o turismo de duas formas, emissores e receptores.

Na década de 1960 o turismo se consolidou em decorrência das primeiras

operadoras turísticas, do aumento das vendas de passagens aéreas e da

profissionalização e surgimento das grandes cadeias de hotéis que seguem um padrão

internacional (BARRETO, 1995).

Ainda nesta linha Dias (2005), destaca a evolução do turismo a partir da década

de 60 conforme quadro abaixo:

Década de 60 A utilização do avião permitiu que as distâncias ficassem bem

menores, fortalecendo o desejo de viajar e conhecer novos lugares.

Década de

70 e 80

Marcou um declínio do fluxo turístico devido, principalmente, ao

aumento do preço do petróleo que encareceu o produto turístico.

Década de 90

Foi marcada pelo ecoturismo. Houve um aumento nas exigências

dos turistas, “cobrando qualidade em todos os sub-produtos que

utilizam durante a viagem”.

Atualmente

O movimento turístico reflete a necessidade constante de reduzir os

níveis de estresse, tão receitado por cardiologistas e especialistas em

comportamento humano.

Figura 1: Evolução do turismo. Fonte: Adaptado de Dias (2005).

Essa evolução do turismo vem em uma constante que ao passar das décadas

teve seus altos e baixos e hoje segue em uma boa crescente sendo uma das atividades

que mais crescem em todo mundo, trazendo com o desenvolvimento dos meios de

transporte, com a globalização e uma maior renda e tempo livre por parte dos cidadãos

14

comuns, a preocupação destes com a obtenção de cultura e bem estar faz com que o

turismo desponte como setor econômico de maior potencial de crescimento no mundo.

Seguindo esta evolução, o turismo se transformou em uma atividade marcante,

constituindo-se em uma das maiores fontes de renda no mundo. Observa-se um

crescimento contínuo do fenômeno turístico em toda a face da terra e sua contribuição

para a criação de riquezas e melhoria do bem-estar dos cidadãos. Definindo o turismo a

Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR, 2004) conceitua turismo como uma

“atividade econômica representada pelo conjunto de transações turísticas (compra e

venda de bens e serviços)”. Para a Organização Mundial do Turismo (OMT), turismo é

um “Deslocamento voluntário e temporário do homem fora da sua residência habitual,

por uma razão diferente da de exercer uma atividade remunerada”.

De acordo com Dias (2003), o turismo, enquanto uma atividade a ser integrada

no modelo de desenvolvimento local apresenta características específicas, uma das mais

importantes e que o diferencia de outras atividades econômicas é que deve ser

consumida no local a matéria-prima que o sustenta. Nesse sentido, é uma atividade que

apresenta dupla face, pois ao mesmo tempo em que o espaço é produtivo, um espaço de

produção e geração de atividade, também é um espaço de consumo, com isso necessita-

se a identificação dos tipos de turismo, para que possa ser adaptado a cada região o

segmento que expresse a realidade vivida pelas regiões onde o turismo vai atuar nas

suas variadas formas.

2.2 TIPOS DE TURISMO

Para um melhor entendimento das formas do turismo é necessário entender de

que forma ele é classificado, levando ao entendimento o que leva as pessoas a

praticarem o turismo, nas mais diversas regiões, sendo classificado conforme Dias

(2005), em seis formas distintas:

a) Turismo interno (ou doméstico): São aquelas realizadas dentro do seu próprio país;

ex: férias de fim de semana em uma praia;

b) Turismo receptivo: Movimento turístico orientado às coisas do país, mas visto por

pessoas de fora; ex: praias do nordeste vista pelos europeus;

c) Turismo emissor (ou emissivo): Movimento turístico orientado às coisas fora do país;

ex: Disney;

15

d) Turismo interior: Combina o turismo doméstico com o turismo receptivo; ex: visita a

Nova Trento (Santuário de Madre Paulina);

e) Turismo nacional: é a soma do turismo doméstico com o turismo emissor; ex:

Oiapoque ao Chuí de motocicleta;

f) Turismo internacional: é o movimento de visitantes entre os diferentes países.

Nota-se que existe uma gama de conceitos que servem para demonstrar que

tanto em movimento de interiorização ou exteriorização, o turista sempre existe

(nacional ou estrangeiro), disposto a visualizar as belezas existentes nas cidades, sejam

elas culturais, gastronômicos, naturais ou arquitetônicos. Cada qual tem sua colocação

no mercado de turismo. Outros autores citam tipologias referindo-se ao objetivo e

características do turismo, como é o caso de Beltrão (2001) que seleciona algumas

formas de turismo, ressaltando que existem outras de menor expressão não relacionadas

em sua classificação como:

Turismo lúdico Apenas para diversão, em lugares como parques temáticos, clubes ou simples passeios a pontos turísticos;

Turismo cultural Engloba museus, monumentos, peças de teatro, shows, espetáculos e tudo mais que possa se relacionar com a cultura em particular ou de um povo;

Turismo de compras Voltado apenas para o comércio, o objetivo é a melhor loja com o melhor preço, ou a diversidade de produtos;

Turismo hoteleiro Desfrutar de tudo o que uma estrutura hoteleira pode oferecer;

Turismo gastronômico Conhecimento sobre a culinária de um povo ou região;

Turismo de saúde Voltado para o público que cultua o corpo como forma de prazer;

Turismo gay Voltado ao público GLS, onde se sentem a vontade com tudo voltado e estruturado para eles (as);

Turismo de natureza Faz com que o contato com a natureza seja o mais agradável possível, em convivência harmônica com a biodiversidade;

Turismo ecológico Na busca do seu ecológico, confunde-se com o de natureza, mas o objetivo é interagir com o ecossistema em busca de conhecimento;

Turismo religioso Podendo estar ou não permeada de uma experiência mística, o turismo religioso tem carregado cada vez mais pessoas ao encontro com Deus;

Turismo da melhor idade Voltado especialmente para as pessoas acima dos 50 anos, aproximadamente, está circundado de elementos que cativam este público-alvo;

Turismo rural Um retorno ao campo faz com que o contato com animais, fazendas, rios, natureza reacenda a vontade de

16

conservar as cidades;

Turismo de observação Objetiva a observação de fenômenos naturais ou não entre outros;

Turismo didático/Educativo

Com fins educativos, seja observando eventos, participando deles ou permitindo-se conhecer;

Turismo científico Centra-se na pesquisa de determinado evento, fenômeno ou estudo;

Turismo de negócios Normalmente voltado a feiras, eventos ou afins, gerando contatos e conseqüentemente lucros;

Figura 2: Tipos de turismo. Fonte: Adaptado de Beltrão (2001).

A identificação dos tipos de turismo resulta das motivações e das intenções dos

viajantes, podendo selecionar-se uma enorme variedade, dada á grande diversidade dos

motivos que levam as pessoas a viajar. A diversidade de motivações turísticas traduz-se

por uma diversidade de tipos de turismo, como as regiões ou os países de destino

apresentam também uma grande diversidade de atrativos, a identificação dos vários

tipos de turismo permite avaliar a adequação da oferta existente ou a desenvolver ás

motivações da procura.

O Ministério do Turismo, define tipos de turismo cuja identidade pode ser

conferida pela existência, em um território, (Mtur, 2007):

- Atividades, práticas e tradições (agropecuária, esporte, manifestações culturais, etc.);

- Aspectos e características (geográficas, históricas, arquitetônicas, urbanísticas,

sociais);

- Determinados serviços e infra-estrutura (de saúde, de eventos, de hospedagem, de

lazer).

São inúmeras as modalidades existentes de turismo, e entre as reconhecidas e

trabalhadas pelo Mtur - Ministério do Turismo estão: Turismo Social, Ecoturismo,

Turismo Cultural, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Esporte, Turismo de

Pesca, Turismo Náutico, Turismo de Aventura, Turismo de Sol e Praia, Turismo de

Negócios e Eventos, Agroturismo/Turismo Rural e Turismo de Saúde (Mtur, 2007).

Embora as razões que levam os homens a viajar sejam extremamente variadas e,

muitas vezes, se misturem na mesma pessoa, é possível distinguir certos tipos de

turismo, segmentando o mercado.

17

2.3 SEGMENTO DE MERCADO

Em princípio, parece uma tarefa fácil segmentar um mercado, mas na realidade

existem muitas dificuldades. Segmentar um mercado significa escolher um grupo de

consumidores, com necessidades homogêneas, para o qual a empresa poderá fazer uma

oferta mercadológica. Para Churchill & Peter (2000), segmentação de mercado é dividir

um mercado em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes

necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamentos de compra.

O processo de segmentação busca identificar os fatores que afetam as decisões

de compras dos consumidores. Diferindo os mercados de várias formas, quanto aos

desejos, recursos, localidades, atitudes de compra e práticas de compra, enfim os

mercados podem ser segmentados de várias maneiras.

Quando uma empresa segmenta o mercado, torna-se mais fácil satisfazer suas

necessidades e desejos, pois o composto de marketing será desenvolvido às

necessidades específicas daquele segmento.

Conforme Kotler (1998, p. 182), segmentação de mercado é ”o ato de identificar

e agrupar grupos distintos de compradores que podem exigir produtos e/ ou compostos

de marketing separados”.

Agora quando se trata de desenvolver um composto dirigido a grandes

mercados, formado por consumidores com diferentes necessidades, o trabalho fica bem

mais difícil. Por esta razão que a segmentação do mercado facilita a empresa

desenvolver e comercializar produtos que se aproximem mais à satisfação das

necessidades de seus consumidores, de forma em que a concorrência no mercado

turístico exige especialização, para que os produtos e serviços sejam mais bem

aproveitados pela empresa e pelos clientes.

Conforme Trigo (2005, p. 285) “para essa demanda fracionada, o ideal seria ter

uma oferta adequada para atender as necessidades e os gostos desses nichos detectados

pelo mercado”.

Portanto, para estudar o mercado turístico a melhor forma é através da

segmentação, disponibilizando produtos específicos para cada tipo de cliente e

pesquisando a melhor fórmula para possibilitar o lucro e o bom atendimento ao cliente,

alcançando o sucesso qualitativo e quantitativo. Utilizando as ferramentas do marketing

18

para o auxílio das pesquisas de mercado e traçar seus objetivos de forma mais

especifica, para a organização ser cada vez mais competitiva.

2.4 MARKETING

Utilizado como ferramenta para o auxilio nas pesquisas de mercado o marketing

auxilia as empresas se manterem no mercado, de forma a definir os objetivos da

organização, com o estudo de mercado e traçar as estratégias de marketing,

proporcionando a empresa uma melhor competitividade no mercado e proporcionar uma

melhor rentabilidade, tendo por objetivo identificar as necessidades do mercado, bem

como dos clientes e atendê-las, estando em uma constante evolução se modificando e

adaptando-se aos novos mercados.

Assim, pode-se dizer que o marketing busca estimular novas necessidades para

que as pessoas estejam em um constante ciclo de consumo, considerando que para

Cobra (1992, p.35), “o papel do marketing é identificar necessidades não satisfeitas, de

forma a colocar no mercado produtos ou serviços que, ao mesmo tempo, gerem

resultados auspiciosos aos acionistas e ajudarem a melhorar a qualidade de vida das

pessoas e da comunidade em geral”.

Já para Sviokla e Benson (1994) pode-se considerar o marketing como uma

ferramenta importante na utilização pelas empresas, podendo criar elos fortalecendo a

marca perante seus clientes no qual o intuito das atividades do marketing não é tirar

vantagens dos clientes e nem fazer um mau uso da imagem da empresa e sim com a

intenção de manter seus clientes na formulação de produtos, planejando um modelo de

integração fortalecendo o relacionamento entre empresa e cliente.

Esta integração criada pela empresa traz um melhor entendimento da oferta,

troca e criação utilizadas pelo marketing para atender as necessidades dos clientes,

conforme Kotler e Armstrong (1999), este elo visa criar valores em forma de satisfação

aliados à obtenção de benefícios, havendo um maior controle sobre as ações e

estratégias utilizadas junto aos clientes em um longo processo de planejamento.

Com todo o planejamento e transformações em que os produtos ou serviços

passam, o marketing tem o papel de envolver as atividades sistemáticas, para Richers

(2000) estas atividades estão voltadas para as organizações humanas, buscando a

simplificação e melhores resultados envolvendo as trocas no meio onde está inserida,

19

obtendo benefícios específicos impactando todas as maneiras de relacionamento que

possa ter com seus clientes.

No mesmo sentido, Las Casas (2000), enfatiza que o marketing é a área do

conhecimento capaz de envolver atividades referentes às relações de troca, que pode ser

o mecanismo que irá proporcionar a satisfação de modo a englobar os diversos fatores

que levam os clientes tomar suas decisões, despertando o desejo do consumismo

impactando no seu bem-estar, motivado através dos processos de planejamento, meio

em que esta inserida e alcançando os seus objetivos.

Como a expectativa de atingir os altos graus de satisfação da empresa e clientes,

nos processos de planejar e executar a concepção, para Churchil e Peter (2000), alguns

fatores podem ser estabelecidos com o intuito de criar trocas que satisfaçam metas

individuais e organizacionais, utilizando estratégias competitivas para as tomadas de

decisões, como o composto mercadológico, entrando na essência do marketing e

promovendo varias ações, ampliando o desenvolvimento entre organizações e clientes,

proporcionando benéficos para ambos chegando aos graus de satisfação.

Assim, o marketing pode ser definido como um processo que visa à satisfação e

o planejamento como a maneira de executar a concepção de suas estratégias McDaniel e

Gates (2004), visam ao aperfeiçoamento do marketing de maneira que o apreçamento,

promoção, a distribuição de idéias, bens e serviços são utilizados para criar uma

resposta oportuna que satisfaçam os interesses pessoais e organizacionais, traçando a

ampliação das ferramentas de marketing unindo-as ao composto mercadológico, para

que o plano de marketing seja bem sucedido. As estratégias traçadas para o composto,

devem refletir a melhor proposta de valor para os consumidores de um mercado-alvo

bem definido.

2.4.1 COMPOSTO MERCADOLÓGICO

Em meio às estratégias traçadas para o composto mercadológico surge neste

contexto, uma oportunidade mercadológica para as empresas produzirem os seus

produtos/serviços, a fim de atender a essas necessidades de maneira lucrativa. Nesse

sentido os produtos são criados a partir das necessidades de mercado. Como esse

mercado é altamente competitivo e somente os mais ágeis sobrevivem, parece que as

empresas necessitam de rapidez nos lançamentos dos seus produtos, buscando atender

20

aos desejos que emergem do mercado.

Para as necessidades de mercado as empresas necessitam delinear as suas

estratégias de posicionamento a partir da análise das oportunidades de mercado,

portanto precisa-se detalhar o composto de marketing, que é o conjunto de instrumentos

utilizado para obtenção dos objetivos de marketing no mercado-alvo. Como definido

por Churchill e Peter (2000, p.20) “um composto de marketing é a combinação de

ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos

da organização”.

Portanto, para definir o composto é necessária a definição do mercado-alvo que

consiste em analisar os consumidores, utilizando as ferramentas do marketing para

satisfazer as necessidades dos consumidores. Portanto, estruturar um bom composto de

marketing é uma estratégia de vantagem competitiva para as empresas.

Assim, Kotler (2000), utiliza algumas definições para os 4 P´s do marketing

sendo elas:

Produto

Em marketing, a palavra produto significa mais do que bem, serviço ou

idéia. O produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para sua

apreciação, aquisição, uso ou consumo para satisfazer um desejo ou

necessidade. O valor de um produto está na capacidade que ele tem de

ajudar a satisfazer as necessidades do usuário. As pessoas não pensam

somente em um produto, e sim na satisfação que ele oferece.

Preço

É o valor justo pago pela posse de um bem ou serviço. A determinação do

preço recebe diversas influências externas. É uma das áreas mais difíceis

para decisão de Marketing é a estratégia de preço, que trata de métodos de

estabelecimento de preços lucrativos e justificáveis. Ela está estritamente

regulamentada e sujeita a exaustiva e minuciosa vigilância pública.

Praça

Os profissionais de marketing desenvolvem estratégias de distribuição para

assegurar que seus produtos estejam disponíveis nas quantidades

apropriadas nos lugares e momentos certos. A distribuição envolve toda a

atividade que visa conduzir fisicamente o produto do fabricante até o

consumidor final. É necessário criar e utilizar os canais de distribuição que

definem o caminho que o produto irá percorrer até o seu destino final.

Promoção É o elo de comunicação entre vendedores e compradores. As empresas

usam meios muito diferentes para enviar suas mensagens sobre bens,

21

serviços e idéias. A mensagem pode ser comunicada diretamente pelo

pessoal de vendas ou indiretamente por meio de anúncios e promoções de

vendas.

Figura 3: Os 4 P’s do marketing. Fonte: Adaptado de Kotler (2000).

Este composto proposto por Kotler (2000) corresponde a uma das ferramentas

utilizadas pelos administradores de marketing para satisfazerem as necessidades e

desejos dos clientes, proporcionando as empresas alcançarem seus objetivos e com isso

um melhor controle sobre os elementos do composto, utilizando estas ferramentas de

forma estrategica dentro da empresa. Necessitando uma boa interação do produto,

preço, praça e promoção, que é o “P”, mais complexo dos quatro e geralmente

confundido com o marketing.

A propaganda é uma das ferramentas do marketing, localizada dentro do “P”

promoção que tem por objetivo atingir um grande número de pessoas e apresentar-se

repetitivamente, a fim de fixar a mensagem na mente do consumidor. Ao contrário da

publicidade, a propaganda é paga, e, portanto tem necessariamente que dar retorno à

empresa, em forma de incremento nas vendas. Neste aspecto é importante que a

empresa selecione a mídia correta, a fim da propaganda ser eficaz. Pode-se destacar que

o composto promocional compreende segundo Kotler (2000):

- A promoção de vendas que consiste num conjunto diversificado de ferramentas de

incentivo de curto prazo que visa a estimular a compra ou venda de um produto ou

serviço.

- A publicidade, que são estímulos para criar a demanda de um produto através de

meios de comunicação. Essa estratégia é muito utilizada, pois coloca o objeto a ser

promovido, em todos os lugares, sendo nas casas através da televisão / rádio / internet

ou nas ruas através de outdoor, painéis, dentre outros.

- As Relações Públicas, que são um processo de informação, de conhecimento e de

educação com fim social, utilizam para tanto, técnicas para conseguir a boa vontade e a

cooperação de pessoas as quais uma entidade trata ou depende. São utilizadas como

meio de fixação da imagem institucional, divulgação de usos e aplicações; são usadas

também para melhorar o relacionamento com os diversos públicos-alvo. Enfim, são

utilizadas para promover produtos, pessoas, locais, idéias, atividades, organizações entre

outras atividades como a política.

- O merchandising é o conjunto de técnicas utilizadas para despertar e acelerar o desejo

22

de compras dos consumidores. Uma verdadeira motivação sem limites, aplicada em um

lugar determinado (ponto-de-venda). O merchandising assume o papel decisivo de

ligação entre o desejo e a compra, pois se o produto não estiver bem exposto, todo o

esforço promocional fica comprometido.

Assim como o composto promocional faz parte dos 4 p’s, existe também dentro

do composto mercadológico o composto chamado de 4 C´s do marketing, ambos são

importantes para a empresa, pois refletem dois lados distintos de um mesmo objeto de

estudo, mesmo que para muitos não haja essa relação real, um profissional de marketing

sempre deve estar atento aos desejos e necessidades do consumidor.

Pode-se descrever uma ligação entre esses dois compostos, conforme Lauterbom

1990 (apud, Kotler 2000), conforme quadro abaixo esta ligação complementam-se

representando duas perspectivas de visão para os profissionais de marketing, a da

empresa e a do cliente.

4 P´s 4 C´s

Produto Consumidor

Preço Custo para o Consumidor

Praça Conveniência

Promoção Comunicação

Figura 4: Relação entre os 4 P’s e 4 C’s. Fonte: Adaptado de Kotler (2000).

Em relação aos 4 C`s do marketing, Kotler (2003) defende que eles nada mais

são do que, o valor para o consumidor, que é o benefício do produto na visão do

comprador, o custo para o consumidor, ou seja, o preço mais os custos do transporte, a

conveniência para o comprador, o que se refere à equivalência da praça em relação aos

canais de distribuição e por fim a comunicação, ou seja, um diálogo de duas vias e não

unicamente a promoção. Já para Kotler e Armstrong (2003) os profissionais de

marketing se enxergam como vendedores de um produto ou serviço e os clientes se

vêem como compradores de valor ou de uma solução para seu problema.

Os clientes não estão interessados apenas no preço final, estão interessados

também nos custos totais de obtenção e utilização do produto ou serviço. Não querem

apenas que o produto ou serviço seja disponibilizado, querem ter acesso a eles da

maneira mais conveniente possível. Para completar os clientes não querem apenas

propaganda e promoção, querem uma comunicação de duas vias.

Além dos 4 P’s e dos 4 C’s, compõe também o composto mercadológico, o

23

sistema dos 4 A’s, modelo desenvolvido por Richers (2000), busca atender a

necessidade de integração entre as áreas, idealizando o marketing como um conjunto de

tarefas ou funções que precisam ser coordenadas para que se possa realizar as tarefas

operacionais de maneira seqüencial e a custos controláveis.

Além do composto mercadológico, o sistema apresenta a interação da empresa

com o ambiente, avaliando os resultados operacionais da adoção do conceito de

marketing, em função dos objetivos da empresa. Os 4 A’s do marketing são:

Análise

Essa é a primeira etapa de levantamento de informações que tem por

objetivo contribuir para as estratégias da empresa. Os aspectos a serem

analisados são os de macro e microambiente. Ou seja, análises de cenários

econômicos, políticos, psicográficos, tecnológicos, sociais, e demais.

Além de identificar as oportunidades e ameaças externas à empresa

resultantes desses cenários. Não esquecendo a avaliar e reconhecer as

potencialidades e limitações internas que compõem o cenário da empresa.

Adaptação

Em um mercado de profundas mudanças mercadológicas em pouco

espaço de tempo, se faz necessário que a capacidade de adaptabilidade às

mudanças estratégicas seja um ponto marcante e constante na empresa. A

organização deve ter em mãos as informações analisadas do macro e

microambiente e deverá montar suas estratégias quanto ao seu composto

de produto, seu preço, suas estruturas promocionais e seus canais de

distribuição.

Ativação

Esse é o ponto de averiguar se as estratégias contribuíram para a aceitação

ou não do produto no mercado. È o momento em que o produto é

colocado em contato físico com o cliente. Lembrando que quando se fala

em venda englobamos os canais e consumidores finais, os elos da cadeia

de distribuição. O objetivo desta etapa é que as duas primeiras se

transformem em vendas, é na ativação que os pontos fortes e fracos da

empresa são mostrados ao mercado.

Avaliação

Esse é o ponto crucial, toda avaliação deve ser feita para medir a relação

entre os esforços despendidos e retornos alcançados. È na avaliação que

verificamos: Volume de vendas, aceitação da marca, aceitação do

produto, perfil do cliente, embalagens, preço, pontos de vendas,

atendimento, gestão de canais e gestão interna da empresa.

24

Figura 5: Os 4 A’s. Fonte: Adaptado de Richers (2000).

Segundo Richers (2000), na estrutura dos 4 A’s, a análise e a avaliação são

funções de apoio. Esses dois subsistemas são influenciados por ocorrências que

independem das ações da empresa, portanto representam variáveis incontroláveis. Já a

adaptação e ativação são funções de linha, exercidas internamente pela empresa. Nesses

dois subsistemas, a empresa pode exercer decisão e gerenciamento, resultando em ações

que influenciem o comportamento no mercado. Assim sendo, revelam-se variáveis

controláveis. A figura abaixo apresenta o modelo de Richers, tal como é concebido pelo

autor em pauta:

Figura 6: Sistema dos 4 A’s.

Fonte: Adaptado de Richers (2000).

Neste sentido entende-se a ligação dos 4 A’s com o meio ambiente em que ele

esta inserido, integrando o marketing ao seu ambiente externo e às outras áreas

organizacionais.

25

A responsabilidade do marketing no setor turístico é ampliada

consideravelmente, tendo em vista que além das empresas privadas há também

instituições cooperativas e o Estado como fornecedores de importantes serviços

turísticos e com suas características próprias cada composto pode ser utilizado para

identificar e atingir os objetivos das empresas bem como seu posicionamento no

mercado, de forma que os administradores de marketing necessitam conhecer a fundo

seus conceitos e a forma de utilização.

2.4.2 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING

A tarefa da Administração é interpretar os objetivos propostos pela organização

e transformá-los em ação organizacional, através de planejamento, organização, direção

e controle dos esforços de todas as áreas e em todos os níveis da organização para

atingir estes objetivos da maneira mais adequada à situação, segundo Maximiano (2000,

p. 26), a administração pode ser compreendida como "um processo de tomar decisões e

realização de ações para alcançar o objetivo".

Entender a administração como processo que se compõe de outros processos ou

funções é a essência da chamada abordagem funcional da administração, na qual

segundo Chiavenato (2004), se separa a administração das tarefas operacionais e

técnicas, tornando a união destes fatores um elemento essencial para a competência na

execução das atividades produtivas.

Sendo a administração de marketing uma das funções da administração, que

segundo Kotler e Armstrong (1999), a organização tem um nível desejado de demanda

para seus produtos, em determinados momentos pode haver demanda adequada,

irregular, em excesso ou até mesmo não haver demanda alguma, e a administração de

marketing deve encontrar formas de lidar com estes diferentes tipos de demanda.

A administração de marketing deve estar preocupada não apenas em encontrar o

público-alvo da empresa, mas também em satisfazê-lo oferecendo atendimento de

qualidade e, dessa forma, conquistar e fidelizar estes clientes de forma a permitir a

permanência da empresa no mercado.

No entendimento de Kotler (1998, p. 40),"Administração de marketing é o

processo de planejamento e execução da concepção, do preço da promoção e da

distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam objetivos

26

individuais e organizacionais." Essa definição reconhece a administração de marketing

como um processo que envolve análise, planejamento, implementação e controle, ou

seja, a administração de marketing abrange idéias, bens e serviços, inclui a noção de

troca e tem como objetivo gerar satisfação para as partes envolvidas.

Administração de marketing para Kotler (2000) é o processo de planejamento e

execução da concepção, preço, promoção e distribuição de bens, serviços e idéias para

criar trocas com grupos-alvo que satisfaça os consumidores e os objetivos

organizacionais. Esta definição reconhece que a administração de marketing é um

processo que envolve análise, planejamento, implementação e controle, que envolve

bens, serviços e idéias, que se fundamenta na noção de troca: que a meta é produzir

satisfação para as partes envolvidas.

Seguindo esta idéia de administracao de marketing, Boone e Kurtz (1998, p.549)

definem a administração de marketing “como sendo o processo de planejar e executar a

concepção, o preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens, serviços, organizações

e eventos para gerar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais".

Acima de tudo, os administradores de marketing devem elaborar estratégias de

marketing que se adaptem à posição e aos recursos da empresa face aos seus

concorrentes, depois, gerenciar e adaptar de maneira eficaz essas estratégias para

atenderem às alterações do ambiente.

2.4.3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING O pensar estratégico é foco das atenções, a sua importância no ambiente

competitivo atual, o contexto mundial e o processo de globalização em que as

organizações estão inseridas, a estratégia, que segundo Andrews e Christensen (1998), é

a idéia unificadora que liga as áreas funcionais de uma empresa e relaciona suas

atividades com o ambiente externo. Nessa abordagem, a formulação de uma estratégia

envolve a justaposição dos pontos fortes e fracos da empresa e das oportunidades e

ameaças apresentadas pelo ambiente.

A análise contextual e a organizacional do ambiente global conduzem à

percepção da necessidade do pensar estratégico, do desenvolvimento da capacidade de

contínua análise estratégica. Para Motta (1998), a aplicação da noção de estratégia na

área administrativa deu-se com a evolução do mundo, com a velocidade das mudanças

27

sociais, econômicas e políticas. A organização exerce um constante papel de interação

com o meio no qual está inserida, influenciando-o e sendo alvo de sua mutabilidade, o

que a leva direcionar e redirecionar ações para o alcance dos seus objetivos.

A formulação de estratégia, concebida como o processo de planejar as

estratégias, ou, no sentido mais amplo, o processo de planejamento estratégico, pode ser

desdobrado em três níveis segundo Kotler (2000) são o corporativo, empresarial ou da

unidade estratégica de negócio e funcional.

No nível corporativo, a formulação da estratégia (planejamento estratégico)

refere-se à definição, avaliação e seleção de áreas de negócio nas quais a organização

irá concorrer e a ênfase que cada área deverá receber. Nesse nível, a questão

fundamental é a alocação de recursos entre as áreas de negócio da organização, segundo

os critérios de atratividade e posição competitiva de cada uma dessas áreas, e as

estratégias são predominantemente voltadas para o crescimento e a permanência

(sobrevivência) da corporação.

A formulação estratégica no segundo nível – empresarial ou da área estratégica

de negócios – está relacionada ao uso eficiente dos recursos e diz respeito ao

direcionamento que a organização irá dar ao escopo dos negócios. Nesse nível,

predominam as chamadas estratégias competitivas. Assim, a estratégia da unidade de

negócio diz respeito à maneira como uma organização irá concorrer nos mercados

escolhidos.

A formulação estratégica no nível funcional relaciona-se ao processo por

intermédio do qual as várias áreas funcionais da empresa irão usar seus recursos para a

implantação das estratégias empresariais, de modo a conquistar vantagem competitiva e

contribuir para o crescimento da corporação.

Assim, por exemplo, em cada unidade de negócio segundo Kotler (2000), a área

funcional de marketing irá desenvolver o processo de planejamento tendo em vista a

formulação de estratégias competitivas e a consecução dos objetivos da unidade de

negócio em mercados específicos.

Hooley et al. (2005) consideram central o papel do marketing na formulação e

implantação da estratégia. Isto porque a administração estratégica tem que lidar

permanentemente como um ambiente em constante mudança, no qual se sobressaem

duas entidades e forças: o mercado e a concorrência.

A importância do marketing em organizações orientadas para o mercado, que

28

mantêm um duplo foco – mercado e concorrência –, pode ser destacada mediante três

elementos ou papéis que constituem o ponto central de seu processo estratégico (Hooley

et al., 2005). Nesse contexto, um primeiro papel ou tarefa do marketing é a identificação

das características, perfis, exigências e demandas dos clientes e a comunicação e

disseminação eficaz das informações para a organização como um todo.

O segundo papel do marketing é determinar o posicionamento competitivo, de

modo a ajustar os recursos, capacidades e objetivos da empresa às necessidades

diversificadas dos clientes. Essa tarefa implica reconhecer que os mercados são

heterogêneos; cabe, portanto, à empresa identificar os segmentos que os compõem,

avaliar o grau de atratividade de cada um deles e, simultaneamente, analisar a condição

competitiva para atendê-los. Essa análise determinará a estratégia de segmentação que a

empresa irá adotar, em busca do atendimento de seus objetivos de crescimento e

rentabilidade.

O terceiro papel revelador da importância do marketing no processo competitivo

prende-se à tarefa de implantação da estratégia, o que significa alinhar os recursos da

organização para planejar e executar a entrega de valor e conseqüente satisfação do

cliente. O marketing contribui na coordenação dos esforços que visam a garantir a

satisfação do cliente e a mantê-lo.

Para Lambin (2000), o processo de planejamento estratégico de marketing tem

por objetivo exprimir, de um modo claro e sistemático, as alternativas escolhidas pela

empresa, tendo em vista a assegurar seu crescimento no médio e longo prazo. Em

seguida, as alternativas serão convertidas em decisões e programas de ação. O autor

considera que a abordagem de marketing, no contexto do planejamento estratégico de

marketing, articula-se em torno das seguintes questões fundamentais, cujas respostas

constituirão a espinha dorsal do processo de planejamento e, eventualmente, de um

plano estratégico de marketing:

- Definição do mercado de referência (mercado a ser considerado) e estabelecimento da

missão estratégica da empresa nesse mercado.

- Identificação da diversidade do binômio produto-mercado no mercado no mercado de

referência e definição dos posicionamentos suscetíveis de serem adotados.

- Avaliação da atratividade intrínseca dos binômios produto-mercado e identificação das

situações favoráveis e desfavoráveis do ambiente.

- Para cada binômio produto-mercado levantar os trunfos da empresa, bem como suas

29

forças e fraquezas e o tipo de vantagem competitiva que ela a empresa pode

desenvolver.

- Estabelecimento de uma estratégia de cobertura e de desenvolvimento a ser adotada e

do nível de ambição (objetivos) estratégica, em termos de crescimento e lucratividade.

- Traduzir os objetivos estratégicos e convertê-los em um programa de ação que

considere as variáveis que compõem o processo de marketing no nível operacional:

produto, preço, promoção, praça.

A proposição de Lambin (2000) põe em evidência três aspectos. O primeiro diz

respeito a dois elementos que constituem a parte essencial do marketing estratégico: a

segmentação de mercado e o posicionamento competitivo. O segundo aspecto é

convergente com o que afirmam Kotler (2000) e Harrison (2005). Nesse sentido, o

processo de segmentação e posicionamento apóia-se nos princípios e técnicas presentes

no processo de desenvolvimento de estratégias competitivas. O terceiro aspecto reforça

a idéia de integração entre as ações estratégicas, táticas e operacionais de marketing.

Por outro lado, na visão de Ferrell e Hartline (2005), o planejamento estratégico

de marketing apresenta os seguintes aspectos peculiares:

- Pode ser interpretado como um funil ou filtro, por meio do qual, decisões amplas

fluem em direção a decisões mais específicas, à medida que o processo se desenrola nas

várias etapas de planejamento subseqüentes.

- Envolve o estabelecimento de uma missão da organização, a formulação de uma

estratégia corporativa e uma estratégia da UEN, a fixação de metas e objetivos de

marketing, a definição das estratégias de marketing e, por fim, a elaboração de um plano

de marketing.

- Deve ser consistente com a missão da organização e com as estratégias corporativas.

- Deve ser integrado e articulado com os planos individuais das outras áreas funcionais

da organização.

- Estabelece metas e objetivos no âmbito das variáveis de decisão de marketing

convergentes com a missão, os objetivos e as metas da organização como um todo.

- Estabelece uma estratégia de marketing que inclui a escolha e análise de mercados-

alvos (segmentação de mercado) e a criação e manutenção de um composto de

marketing apropriado.

- Dá origem a um plano estratégico de marketing que inclui as atividades e os recursos

necessários para cumprir a missão da organização e da UEN e atingir seus objetivos e

30

metas.

Devem-se ressaltar, ainda, as conexões estabelecidas entre o planejamento

estratégico/plano estratégico de marketing e as demais áreas funcionais da empresa

individual ou unidade estratégica de negócio. Tendo o comportamento do consumidor

que ser muito bem analisado, para que possam ser traçadas as estratégias de marketing

de forma mais eficaz.

2.4.4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Para que as organizações possam entender as razões pelas quais somos levados a

comprar determinados produtos, especialmente objetos e serviços supérfluos, desejar

determinadas marcas e grifes, freqüentar shoppings e passar boa parte de nosso tempo

envolvidos em experiências de consumo, é preciso descobrir o modelo mental que dá

origem às suas decisões de compra.

Segundo Kotler (2000), o ponto de partida para conhecer e satisfazer as

necessidades dos clientes-alvo é tentar compreender o comportamento do consumidor,

estudar como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam

artigos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer suas necessidades e desejos. Os

consumidores ainda são influenciados por outras variáveis muito importantes em seus

comportamentos no ato da compra, entre elas estão às classes sociais e as variáveis

sociais.

Observando as classificações sociais, podemos verificar que há uma divisão

entre “ter” e “ser” alguma coisa dentro delas. E que na maioria das vezes, são essas

divisões sociais que influenciam no poder de compra dos consumidores. Outro fator

importante de observação são as Variáveis Sociais. De acordo com Stoner e Freeman

(1999), elas são determinantes no comportamento do consumidor. Estas variáveis de

influência podem ser classificadas como:

Estilo de vida

As mudanças nos padrões de vida, como uniões instáveis, pessoas

morando sozinhas, têm gerado um maior número do consumo, onde

as pessoas procuram por produtos e serviços que lhes proporcionem

maior conforto e tranqüilidade.

31

Valores sociais

Os valores sociais são determinantes nas escolhas que as pessoas

(consumidores) fazem na vida, como, por exemplo, um determinado

produto pode ter certo valor para uma pessoa e para outra não.

Demografia

O fator crescente da população leva a observar que os padrões de

consumo afetam o tamanho da oferta de mão-de-obra e da

localização no mercado de consumo.

Figura 7: Comportamento do consumidor. Fonte: Adaptado de Stoner e Freeman (1999).

Sendo assim, quem deseja entender o comportamento do consumidor não pode

deixar de considerar as interações sociais do ambiente social no qual ele ocorre e no

qual está inserido, pois é a sua classificação social que, muitas vezes, vai determinar a

sua decisão de compra. “O comportamento às vezes é afetado mais por pressões do

ambiente social do que por atitudes pessoais” (ENGEL; BLACKWEEL; MINIARD,

2000, p. 255), é o caso de quando as pessoas tomam decisões influenciadas por outras

e não por causa de seus desejos pessoais.

Desta forma, o apelo comercial dos produtos deixou de ser centrado em sua

funcionalidade e passou a receber diferenciação através de características intangíveis

como valores, sentimentos, idéias ou afetos. Tal intangibilidade proporciona a

verdadeira distinção entre as marcas e seus produtos, constituindo elementos

fundamentais para a orientação do comportamento do consumidor. Conforme afirma

Martins (1999, p.20), “Toda marca forte tem uma essência emocional bem definida que

gera um estado de realização elevado no consumidor”.

Ainda segundo Martins (1999, p. 27), “As motivações de compra estão

relacionadas às necessidades, crenças e aos desejos individuais. A preferência é

despertada por imagens que estão no inconsciente coletivo das pessoas.” Isto demonstra

que existe uma predisposição natural das pessoas a dar maior aquilo que as agrada, seja

com relação ao nome interessante de um produto, seu design ou uma campanha bonita.

Por este motivo, elementos emocionais agregados ao posicionamento, design, a

publicidade ou aos eventos promocionais que envolvam a marca, vão agregar ao

produto uma percepção maior de seu valor. Com isso, tanto o preço quanto a

participação de mercado tendem a crescer.

Desta forma, a marca tem como principal finalidade ajudar o consumidor a

identificar produtos e serviços e de transmitir aos mesmos algum tipo de significado. Ao

32

definirem suas marcas, as empresas estimulam os consumidores a identificar os

produtos e serviços que desejam que sejam consumidos, acelerando seu processo de

decisão de compra.

2.4.5 SATISFAÇÃO DO CLIENTE

A satisfação é um dos principais elementos capazes de fidelizar um cliente.

Dessa forma, as empresas devem buscar a satisfação como forma de estreitar a relação

com seus clientes, tornando-os parceiros comerciais.

A satisfação aliada ao bom atendimento é o aspecto que faz o cliente retornar,

por isso, a satisfação do cliente tem que ser o motivo maior, pois estes quando

satisfeitos são mais do que simples consumidores ou clientes, mas, parceiros comerciais

e advogados que defendem a empresa e fazem propaganda para amigos e familiares

(KOTLER, 1998).

Ressalta-se que um consumidor fica satisfeito quando as ofertas (produtos,

serviços e atendimento) oferecidas a eles ultrapassam as suas expectativas, assim,

Kotler (1998, p. 53) define que: "SATISFAÇÃO é o sentimento de prazer ou de

desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou

resultado) em relação às expectativas da pessoa".

Todas as empresas que adotam esses meios sabem que sua melhor ação

estratégica é o valor adicionado pelo cliente por meio dos serviços superiores. Eles estão

dispostos a reconhecer o esforço da empresa em satisfazê-los e fidelizá-los a partir de

qualidade e do respeito oferecidos.

O foco no cliente permite que a empresa alcance excelência no nível de

satisfação, sendo que muitas empresas que possuem sucesso mundial, como, por

exemplo, a McDonald’s, adotaram esta estratégia. Para estas empresas os valores

corporativos são: qualidade, atendimento, limpeza e valor (KOTLER, 1998).

Toda empresa deve atentar aos detalhes, permitindo que os clientes sintam-se

satisfeitos, sendo que o foco no cliente, junto a um atendimento de qualidade e um bom

processo gerencial de recursos humanos é garantia de sucesso a qualquer empresa, dessa

forma é necessário que as organizações estejam aptas a desenvolver ações que levem a

qualidade no ambiente, atendimento e, a conseqüente satisfação.

Cada uma destas ações contribui para que a empresa alcance a qualidade no

33

ambiente interno, refletindo em qualidade no atendimento, possibilitando assim o

aumento das vendas e a participação de mercado, de forma que, a ênfase esteja no

cliente, ou seja, na importância dada aos clientes da empresa, permita sua satisfação e

fidelização.

Neste sentido, para fortalecer a parceria empresa/cliente, todos os empregados

(especialmente vendedores) devem estar aptos a oferecer um atendimento capaz de

satisfazer os clientes e fidelizá-los, fortalecendo a parceria com a organização e

aumentando a competitividade.

2.4.6 SERVIÇOS

Vivemos em uma economia de serviços, no Brasil, segundo o IBGE, 58% do

PIB nacional é serviço e esse número tende a aumentar, acompanhando as maiores

economias e a própria revolução do conhecimento, que multiplica os serviços que

agregam valor à experiência humana. Do ponto de vista do emprego, o panorama dos

serviços é bastante favorável: setor empregador, de mão-de-obra intensiva, há trabalho

em serviços para praticamente todas as faixas de escolaridade e renda.

Segundo Kotler (1998), define serviço como qualquer ato de desempenho que

uma parte possa oferecer a outra que seja essencialmente intangível e não resulte na

propriedade de nada, sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico,

assim, serviços são desempenhos no tempo e espaço que geram valor para o cliente por

meio de uma transformação, uma experiência de serviço.

Desta forma na visão de Kotler (1998), uma forma de superar às expectativas

dos clientes é quando a empresa prestadora de serviços executa um serviço com

qualidade, superando, inclusive, à concorrência, pois, as expectativas são formadas

pelas experiências anteriores dos clientes, pelo boca-a-boca e pela propaganda.

Depois de receber o serviço, os clientes confrontam o serviço percebido com o

serviço esperado. Se o serviço percebido não atender às expectativas do serviço

esperado, os clientes perderão o interesse pelo fornecedor. Se o serviço percebido

atender às expectativas ou for além do que se esperava, os clientes ficarão inclinados a

recorrer novamente ao fornecedor (KOTLER, 1998).

Kotler (1998) cita cinco fatores que determinam a qualidade dos serviços, as

quais são mencionadas por ordem de importância:

34

- Confiabilidade: a habilidade de desempenhar o serviço exatamente como prometido;

- Capacidade de resposta: a disposição de ajudar os clientes e de fornecer o serviço

dentro do prazo estipulado;

- Segurança: o conhecimento e a cortesia dos funcionários e sua habilidade de transmitir

confiança e segurança;

- Empatia: a atenção individualizada dispensada aos clientes;

- Itens tangíveis: a aparência das instalações físicas, dos equipamentos, dos funcionários

e do material de comunicação.

Segundo Boullón (2002), os serviços “efetivamente integram o produto turístico,

mas não são os únicos nem os mais importantes componentes, porque, na realidade, os

serviços são mais um meio do que um fim: o fim é a prática de atividades turísticas”.

Com estas definições de serviços observa-se que o turismo em sua essência é

constituído de diversos serviços, que se tornam atrativos para as pessoas que irão se

utilizar de suas variadas modalidades e o marketing turístico está ligado diretamente nas

suas funções promovendo os resultados esperados pelas empresas e consumidores para

que possam construir uma relação forte e duradora.

2.5 MARKETING TURÍSTICO

Conforme o setor de serviços o turismo está dentro de uma nova ordem global se

destaca como uma das atividades mais promissoras, como um mercado em rica

expansão. Segundo Beni (2004, p.19) “As últimas análises apontam o turismo como o

setor mais globalizado, perdendo apenas para o setor de serviços financeiros”. Essa

visibilidade advinda do processo de globalização trás em si oportunidades e desafios.

O turismo começa a deixar de ser privilégio de uma elite econômica e passa

pouco a pouco a atingir outras camadas sociais. Por outro lado, o crescimento do

mercado consumidor é acompanhado por uma acirrada, às vezes desleal, competição

dentro do mercado receptor.

Para Beni (2003), o marketing turístico é um processo administrativo através do

qual as empresas e outras organizações de turismo identificam seus clientes (turistas),

reais e potenciais, e com eles se comunicam para conhecerem e influenciarem suas

necessidades, desejos e motivações nos planos local, regional, nacional e internacional

em que atuam, com o objetivo de formular e adaptar seus produtos para alcançar a

35

satisfação ótima da demanda.

O marketing turístico busca conhecer bem os seus clientes para que a partir disso

sejam desenvolvidos produtos que venham a satisfazer suas necessidades reais e

potenciais, Beni (2003) descreve as etapas que compreendem o marketing do produto

turístico:

1. Descoberta daquilo que os turistas desejam (pesquisa de mercado);

2. Desenvolvimento de serviços turísticos adequados (planejamento do produto);

3. Informação aos turistas sobre o que está disponível (publicidade e promoção);

4. Orientação sobre os locais onde podem comprar serviços (canais de distribuição:

operadoras turísticas e agências de viagens);

5. Definição do preço.

Já para Krippendorf 1977 (apud RUSCHMANN, 2001), o marketing turístico

como a adaptação planejada e convergente das empresas de turismo, no âmbito privado

ou público, abrangendo o local regional, nacional e internacional, objetivando a

satisfação dos clientes de determinados segmentos com o intuito de obter lucros.

Assim, pode-se observar que o marketing turístico, não seu cerne, é o marketing

básico direcionado para promoção de produtos que tenham uma estreita ligação com o

turismo de uma localidade, mais ou menos abrangente, podendo ser aplicado em um

país, região específica ou qualquer outra localidade ou a empresas dos setores turísticos

e prestadores de serviços de entretenimento.

O trabalho de marketing turístico deve voltar à tenção para a adoção de

estratégias que visem à melhoria da cidade como um todo. O investimento deve ser

voltado para melhorar o produto, no caso a localidade, afim de que todos os problemas

estruturais sejam resolvidos e as necessidades do público (população local e turística)

sejam satisfeitas. Desse modo entende-se que “O produto é o marketing”

(GODIN,2004,p-118).

Para Cobra (2001), o papel do marketing voltado para ao turismo é conduzir

inicialmente um diagnostico para avaliar o potencial turístico da cidade, para em

seguida promover ações que possibilitem vender tal destino como um bem turístico.

Reis (2003) destaca que o marketing turístico apresenta duas dimensões:

- Nível microeconômico: que é o marketing desenvolvido pelas empresas turísticas

privadas, e orientado para a venda de seus produtos e serviços como um hotel,

restaurante, parque temático etc.;

36

- Nível macroeconômico: que é o marketing efetuado, pelas administrações publicas

para atrair os consumidores para consumir os produtos turísticos global, que pode ser

um pais, uma região administrativa ou uma localidade. O marketing público busca

fortalecer uma imagem de marca do destino.

Dentro do marketing turístico uma atividade a ser estudada também é o

segmento dos eventos, que a cada ano aumentam e o numero de eventos e turistas que

procuram está atividade para uma maior interação com as pessoas com o intuito de se

divertirem ou até mesmo fazerem negócios.

2.6 EVENTOS

Com a globalização, todos os fatos ocorrem de forma bem dinâmica fazendo

com que as pessoas estejam preparadas para planejar, produzir, executar e fazer

acontecer em um mesmo momento. Existem muitas definições do conceito de eventos,

sendo que são as "atividades dos mais diferentes tipos, reunindo pessoas" (ANDRADE,

1999, p. 117).

A classificação dos eventos é muito importante principalmente na hora de

decidir qual evento será executado. Existem várias formas de se classificar eventos, todo

o evento nada mais é do que uma forma de reunião: "a reunião caracteriza-se como o

embrião de todos os tipos de eventos. Trata-se do encontro de duas ou mais pessoas, a

fim de discutir, debater e solucionar questões sobre determinado tema relacionado com

suas áreas de atividade". (MEIRELLES,1999,pág.30).

Quanto à classificação por categoria, NETO (1999, p. 25), retrata uma gama de

eventos, podendo assim ser resumido: eventos especiais, de participação, permanentes,

esporádicos, únicos, de oportunidade, de massa, de nicho, promocionais de marca,

promocionais de produtos e serviços, locais, regionalizados e globais.

Para tal, Oliveira (2000) entende-se por turismo de eventos:

Turismo de eventos é praticado por quem deseja participar de acontecimentos

promovidos com o objetivo de discutir assuntos de interesses comuns (profissionais,

entidades associativas, culturais, desportivas) ou para expor ou lançar novos artigos no

mercado. Estão nas categorias regional, nacional e internacional.

De acordo com Ansarah (1999), organizar ou sediar eventos tem se tornado uma

forma do país promover a sua imagem, de se apresentar ao mundo e de gerar lucros para

37

as cidades ou regiões anfitriãs.

Cerca de 40% do movimento turístico internacional acontecem em função da

realização de eventos. O de eventos é o tipo de turismo mais disputado pelos países,

porque nessas ocasiões os produtos turísticos são vendidos por atacado (OLIVEIRA,

2002).

38

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO O capítulo de metodologia tem por objetivo apresentar os tipos de

procedimentos que serão utilizados no estudo. Sendo importante descrever as etapas do

processo, os instrumentos, e o tipo de coleta de dados que será utilizada para obter o

resultado dos objetivos propostos.

O estudo em questão tem como propósito obter informações das Prefeituras

escolhidas do Estado de Santa Catarina, bem como da Santur sobre eventos turísticos

para o estado e também identificar estratégias de marketing mais oportunas para uma

empresa de marketing turístico, que tem como cliente a Santur e Prefeituras locais.

A metodologia, segundo Minayo (1999, p. 16), é “o caminho do pensamento e a

prática exercida na abordagem da realidade”. Sendo assim, esta etapa da pesquisa tem

por função demonstrar os procedimentos metodológicos utilizados na execução deste

estudo com vistas a alcançar os objetivos propostos em relação ao problema. Nesta

concepção, Gil (1999, p.26) afirma que o método científico é definido como “o conjunto

de procedimentos intelectuais e teóricos adotados para se atingir o conhecimento.”

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa realizada para a empresa SCMAIS turístico tem como foco propor

ações de marketing para a empresa, no intuito de ampliar a sua carteira de clientes e

serviços. Sendo que foram utilizados os métodos descritivos e bibliográficos, técnica

quantitativa – qualitativa com questionário de perguntas fechadas e entrevista com um

representante da SANTUR de ordem exploratória e com estudo de caso, e dados

secundários.

A caracterização da pesquisa consiste nos métodos utilizados para a captação das

informações, conforme Gil (1996) destaca dividindo-as em três etapas, iniciando com a

forma de abordagem. Sendo uma pesquisa qualitativa e qualitativa, neste sentido Gil

(1996), considera que uma pesquisa quantitativa é que tudo pode ser quantificável, o

que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-

los. O estudo requer segundo Gil (1996) o uso de recursos e de técnicas estatísticas

como percentagem, e outras.

E uma pesquisa qualitativa, que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o

sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do

39

sujeito que não pode ser traduzido em números.

A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados, conforme Gil

(1996) são básicos no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e

técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o

pesquisador é o instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar

seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de

abordagem.

As pesquisas quantitativas e qualitativas oferecem perspectivas diferentes,

conforme Gil (1996), mas não são opostas. De fato, representam abordagens que podem

ser utilizadas em conjunto, de acordo com a necessidade em questão, obtendo assim

mais informações do que poderia se obter, para cercar o mercado, se os métodos fossem

utilizados isoladamente. Toda e qualquer classificação de pesquisa se faz mediante

algum critério.

Assim, é usual a classificação de pesquisas com base em seus objetivos gerais,

podendo ser classificadas em três grandes grupos, iniciando o segundo passo que se

refere aos objetivos da pesquisa, neste sentido classificando-se conforme Gil (1996),

como a exploratória, que visa proporcionar maior familiaridade com o problema com

vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses.

Segundo Gil (2002), envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com

pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de

exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas

Bibliográficas e Estudos de caso. Como a descritiva que visa descrever as características

de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre

variáveis. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e

observação sistemática.

Assume, em geral, conforme Gil (2002) a forma de Levantamento e a

explicativa que visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a

ocorrência dos fenômenos, aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a

razão, o “por que” das coisas. Quando realizada nas ciências naturais requer o uso do

método experimental e nas ciências sociais requer o uso do método observacional.

A pesquisa exploratória segundo Gil (2002) tem por objetivo proporcionar maior

familiaridade com o tema (fenômeno a ser investigado), com vistas a torná-lo mais

explícito, já a pesquisa descritiva possui objetivos bem definidos, procedimentos

40

formais, serem bem estruturada e dirigida para a solução de problemas ou avaliação de

alternativas. A pesquisa explicativa é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o

conhecimento da realidade, porque explica a razão e o porquê das coisas.

A elaboração do presente estudo primou pela utilização do método quantitativo e

qualitativo como forma de abordar os assuntos e conceitos elementares relativos ao

tema escolhido. Segundo Gil (1996) este tipo de pesquisa, dentre outras características,

permite a apresentação de estudos e informações de maneira descritiva, destacando os

aspectos relativos à compreensão e interpretação com base nos significados dos próprios

sujeitos e de demais referências inerentes à literatura.

Uma pesquisa de natureza qualitativa de acordo com Minayo (2000), busca

responder a questões muito particulares, trabalhando com um universo de significados,

motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes visando compreender a realidade

humana vivida socialmente.

A abordagem qualitativa é caracterizada, fundamentalmente, por sua natureza

analítica e pela objetividade avaliativa das informações coletadas e que servem como

embasamento para a discussão temática principal. A esse respeito, Menga (1986), apud

Lakatos e Marconi (2004, p.271), afirma que "O estudo qualitativo é aquele que se

desenvolve numa situação natural; é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e

flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada".

Lakatos e Marconi (2004) também compreendem que na pesquisa qualitativa há

um mínimo de estruturação prévia. Não se admite regras precisas, como problemas,

hipóteses e variáveis antecipadas, e as teorias aplicáveis deverão ser empregadas no

decorre da investigação. Por meio do método qualitativo, o investigador entra em

contato direto e prolongado com o indivíduo ou grupos humanos, com o ambiente e a

situação que está sendo investigada, permitindo um contado de perto com os

informantes.

A pesquisa se caracteriza como descritiva por buscar descrever um fato, um

problema ou um fenômeno. Segundo Santos (1999), a pesquisa descritiva é um

levantamento das características conhecidas que são componentes do fato, do problema

ou do fenômeno em estudo. Andrade (1997) aponta que nesse tipo de pesquisa, os dados

são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem a interferência

do pesquisador sobre eles, ou seja, sem a sua manipulação.

O estudo descritivo procura abranger aspectos gerais e amplos de um contexto

41

social. Para Santos e Parra Filho (1998), o estudo descritivo possibilita o

desenvolvimento de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes

formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Nesta etapa são explícitas a população pesquisada bem como foi definida a

amostra. De acordo com Silva (2003), a população da pesquisa se constitui no conjunto

de seres, animados ou inanimados, que apresentam, pelo menos, uma característica em

comum. O autor ressalta que a amostra é uma parcela, convenientemente selecionada,

do universo. Sendo assim, pode ser entendida como um subconjunto do universo. Os

métodos de amostragem são: 1) o probabilístico e 2) o julgamento ou não probabilístico,

também conhecido como intencional.

A amostra deve ser delineada conforme os objetivos a que se pretende atingir, e

estes adentram o campo das ciências exatas, mais particularmente o da estatística.

Conforme a exposição de Gil (2002), a amostra pode ser, aleatória simples, também

conhecida por casual, acidental e etc.

Neste sentido, a pesquisa foi realizada no Estado de Santa Catarina junto às

prefeituras dos municípios de Balneário Camboriu, Blumenau, Bombinhas,

Florianópolis, Garopaba, Itapema, Lages, Nova Trento, Tubarão, Itajaí, Laguna,

Palhoça, Joinville e São José. A pesquisa foi realizada com os secretários de turismo de

cada cidade ou responsável pela área na prefeitura.

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETAS DE

DADOS

A terceira etapa consiste em definir as técnicas a serem utilizadas na coleta de

dados, do objeto do estudo, que pode ser documental ou observacional. Conforme

Marconi e Lakatos (2006) na coleta de dados documental a fonte dos dados consiste em

documentos primários ou secundários. Esses documentos podem ser oriundos de

arquivos públicos ou particulares, ou, ainda, de fontes estatísticas. Em contrapartida, na

coleta de dados bibliográfica os dados podem advir da imprensa escrita, dos meios

audiovisuais, material cartográfico ou publicações.

42

A coleta de dados foi feita através de entrevista, segundo Marconi e Lakatos

(2006, p.92), “constitui no encontro de duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha

informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza

profissional”.

A escolha por entrevista segue a técnica de entrevista estruturada que, segundo

Marconi e Lakatos (2006, p.93-94), “é aquela em que o investigador segue um roteiro

previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas”.

Entretanto, cabe ressaltar que nesse tipo de técnica o pesquisador não poderá manipular,

adaptar ou alterar a ordem e a essência das perguntas.

A metodologia utilizada se sustentou ainda por meio da aplicação de entrevista

semi-estruturada. De acordo com Vergara (2004), a utilização da entrevista, como

método de coleta de dados, pode ser efetivada através das técnicas: informal, estruturada

e semi-estruturada, com vistas a captar informações e dados de acordo com a forma pela

qual se pretende estruturar o projeto ou estudo a ser desenvolvido.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Esta pesquisa procurou analisar os dados coletados através de entrevista de

forma qualitativa e questionário de forma quantitativa, apresentando-os de forma

estruturada e analítica, após a coleta de dados da entrevista e questionários, foi feita uma

analise dos dados, conseguindo-se levantar diversas questões dos municípios estudados,

que se enquadram no quadro do marketing. Concomitantemente foram feitas análises,

da entrevista realizada com o representante da SANTUR e questionários respondidos

pelos representantes das prefeituras estudadas, resultando nos apontamentos das ações

de marketing.

43

4 RESULTADOS DO ESTUDO

Este capítulo apresenta o desenvolvimento da pesquisa de campo realizada junta

as prefeituras e a SANTUR, durante o segundo semestre de 2008, destacando o

histórico da SC MAIS e o resultado da pesquisa.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Através de dados obtidos junto ao representante da SCMAIS, destaca-se que é

uma empresa Catarinense de consultoria e serviços em marketing turístico, com ampla

experiência em turismo, as empresárias, Lisiane Chaussard, Valéria Chaussard Osmo e

Michele Chaussard Simas, trazem um perfil de trabalho inovador, dinâmico e criativo –

um diferencial competitivo.

A SCMAIS mantém uma estrutura de empregados permanentes, e serviços

parceiros e terceirizados, qualificados e preparados segundo padrões dos mercados

nacionais e internacionais. Com Assessorias Especializadas, vivência de mercado,

informações organizadas em base de dados e tecnologia, mantém-se em permanente

processo de atualização.

A empresa trabalha em duas vertentes complementares: a atração de turistas e o

trabalho de recepção nos desembarques de transatlânticos, aeroporto Hercílio Luz e

rodoviárias. O foco do trabalho da SC MAIS está na promoção de produtos e infra-

estrutura turística, além do marketing de negócios entre os mercados do Brasil, Chile,

Paraguai, Uruguai e Argentina.

Tendo como público-alvo os empreendimentos turísticos, empresas de eventos,

embaixadas, consulados, imprensa Especializada e Genérica (setoristas), grandes

operadoras e agências de turismo e empresas que tenham interesses comerciais entre os

mercados da América do Sul, empresas públicas ou de capital misto de turismo.

A recepção é executada pela SC MAIS com o objetivo de dar boas-vindas assim

que os turistas pisam em terra catarinense, eles são recebidos por uma equipe treinada e

uniformizada, que entregam a medalha benta de Santa Catarina com uma fitinha escrita:

Seja bem-vindo à Santa e Bela Catarina .

As equipes estão orientadas para dar suporte e informações, além de pesquisar

44

sobre o que o visitante achou de suas férias no estado, complementado a ação com a

produção de fotos, que são enviadas via e-mail a todos, agradecendo sua estada e

convidando para novas visitas.

Os seguintes trabalhos já foram realizados: representação da Santur na FITPAR

(Paraguai), ACHMART (Chile) e AUDAVI (Uruguai), participação no workShop All

Seasons, FIT Argentina, palestra sobre Santa Catarina ao Comitê Visite Brasil

(Argentina). Argentina, workshop turístico AMAVYT cidade de Mendoza, workshop

turístico ACAV cidade de Córdoba, workshop turístico ARAV cidade de Rosário,

workshop comitê visite Brasil. Chile, workshop viagens Koala, café da manhã exclusivo

sobre Santa Catarina com a LAN Chile e operadoras, projeto Seja Bem-Vindo à Santa

Catarina (Case 1) e projeto Países sul-americanos (Case 2).

A empresa está situada no Largo Benjamin Constant, 675 / Sala 6 - Centro –

Florianópolis – SC - CEP 88015-390 - Fones: (48) 3224-2702 / (48) 3322-4417 e e-mail

- [email protected]. A empresa conta na temporada com 27 funcionários, sendo

22 temporários, 3 sócios e 2 funcionários fixos. Tendo como clientes principais a

SANTUR, Pauta, Recanto das Águas, Prefeitura de Balneário Camboriu e Digitro.

A SC MAIS presta os serviços de:

- Consultoria em marketing turístico para captação e recepção de turistas;

- Relacionamento com os países do Mercosul e Chile;

- Estabelecimento e ampliação de relações comerciais entre empresas dos países sul-

americanos;

- Venda e Treinamento de produtos para o trade turístico;

- Representação de empresas/produtos para o mercado sul-americano;

- Eventos – Captação e Assessoria de Organização e Realização;

- Assessoria de Comunicação – Divulgação, Promoção e Propaganda.

AS estratégias de marketing hoje desenvolvidas pela empresa são: capacitação

periódica de agentes de vendas; adequação do produto (Mercosul) ao perfil dos

mercados trabalhados; criação de canais de comunicação com os consumidores;

distribuição e manutenção de material promocional em operadoras, agências de viagens,

imprensa e setores de turismo das embaixadas; participação em feiras direcionadas ao

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turismo; mail marketing mensal (p/ Operadores, Agências de viagens, Imprensa e

embaixadas) e network com focos nas oportunidades de negócios.

4.2 Resultado da Pesquisa

O item a seguir apresenta o resultado da pesquisa realizada com as prefeituras,

para avaliar suas estratégias e suas necessidades.

4.2.1 Pesquisa com as prefeituras

1 – Sexo?

Gráfico 1: Sexo. Fonte: Dados primários.

Em relação ao sexo dos entrevistados, pode-se identificar que 64% dos

entrevistados, responsáveis ou representantes pela Secretária de Turismo do município

em estudo são do sexo masculino e 36% do sexo feminino. Neste sentido, pode-se

concluir que grande parte dos entrevistados sendo do sexo masculino.

2 – Idade?

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Gráfico 2: Idade. Fonte: Dados primários.

Em relação à idade dos entrevistados, pode-se identificar que 43% dos

entrevistados, responsáveis ou representantes pela Secretária de Turismo do município

em estudo tem idade de até 30 anos, 29% com idade entre 31 e 40 anos, 14% com idade

entre 41 e 50 anos e 14% com idade superior a 50 anos. Neste sentido, pode-se concluir

que a grande parte dos entrevistados são jovens.

3 – Escolaridade?

Gráfico 3: Escolaridade. Fonte: Dados primários.

Em relação à escolaridade, pode-se identificar que 43% dos entrevistados

possuem nível superior completo, 36% possuem pós-graduação, 21% possuem 2° grau

completo e 0% dos entrevistados estão cursando nível superior.

4 – Tempo na prefeitura?

47

Gráfico 4: Tempo no cargo. Fonte: Dados primários.

Em relação ao tempo no cargo, pode-se identificar que 50% dos entrevistados,

responsáveis ou representantes pela Secretária de Turismo do município em estudo

possuem tempo acima de 3 anos no cargo, 30% com até um ano, 30% de um a dois e

apenas 1% no cargo de dois a três anos.

5 - Sua Prefeitura possui uma Secretaria de Turismo?

Verifica-se que todas as prefeituras possuem uma secretaria de turismo ou algum

órgão que representa o setor no município.

6 - A sua prefeitura possui equipe especializada na área de eventos?

Gráfico 5: Equipe de eventos. Fonte: Dados primários.

Em relação à equipe especializada em eventos, pode-se identificar que 71% das

prefeituras, trabalham com alguma equipe especializada em eventos e 29% não possuem

equipes responsáveis pela área de eventos.

7 - A sua prefeitura trabalha com alguma agencia especializada na organização dos

eventos?

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Gráfico 6: Organização de eventos. Fonte: Dados primários.

Observa-se que a organização de eventos, é organizada por 50% das prefeituras

trabalham com alguma empresa especializada na organização dos eventos e outros 50%

não trabalham, a SCMAIS atua com organização de eventos.

8 - Qual tipo de evento a sua Prefeitura costuma realizar?

Gráfico 7: Preferência de eventos. Fonte: Dados primários.

Em relação à preferência de eventos, pode-se identificar que as prefeituras

costumam realizar os eventos, na seguinte ordem todas as 27% realizam eventos

culturais, 21% eventos de turismo, 19% eventos religiosos, 17% festas típicas e 16%

eventos de negócios, os eventos estão na proposta de expansão da SCMAIS.

9 - Em qual época do ano geralmente são realizados os eventos?

49

Gráfico 8: Época que são realizados os eventos. Fonte: Dados primários.

Observa-se que os eventos são realizados, principalmente no verão com 33% dos

casos, na primavera em 26%, no inverno em 22% dos casos e 19% no outono. pode-se

identificar que os eventos são realizados na sua maioria no verão, isso pode-se concluir

que por se tratar na maioria das pesquisas cidades litorâneas o favorecimento desta

situação.

10 - A sua prefeitura desenvolve algum trabalho de captação de turista para a cidade

Em relação ao trabalho de captação de turistas, pode-se identificar que todas as

prefeituras desenvolvem algum tipo de captação de turistas, na maioria para atrair

apenas para os eventos culturais e festas típicas.

11- Caso sim, quem desenvolve esse serviço?

Gráfico 9: Quem faz a captação. Fonte: Dados primários.

No caso da captação de turistas, pode-se identificar que 67% das prefeituras

fazem o serviço de captação de turistas, com 22% estão as agências de publicidade e com

11% estão as agências de turismo, a SANTUR também desenvolve serviços de captação de

turistas que tem uma abrangência regional.

50

12 - Que tipo de turismo a sua Prefeitura costuma realizar?

Gráfico 10: Tipo de turismo. Fonte: Dados primários.

Em relação à aos tipos de turismo realizados pelas prefeituras, pode-se

identificar que em 24% dos casos são realizados, turismo de lazer, turismo de eventos e

outros tipos de turismo como o turismo ecológico, com 16% está o turismo de negócios

e com 12% vem o turismo de aventura.

13 - Quanto é o investimento anual no turismo?

Gráfico 11: Investimento. Fonte: Dados primários.

No caso dos investimentos no turismo, pode-se destacar que 93% das prefeituras

investem 80 mil reais por ano em atividades relacionadas ao turismo e 7% investem até

40 mil reais em atividades relacionadas ao turismo.

51

14 - Qual a prioridade de investimento em turismo? (enumere de 1 a 4 em ordem crescente).

Gráfico 12: Prioridades no turismo.

Fonte: Dados primários.

Neste caso, destaca-se as prioridades de turismo que cada prefeitura considera mais importantes para suas regiões, percebe-se também

que o turismo de tem a maior prioridade com 6 respostas de 14 municípios, em segundo lugar vem o turismo de eventos com 5 respostas de 14

municípios, em terceiro lugar ficou o turismo de negócios com 6 respostas de 14 municípios, e em quarto lugar ficou o turismo de aventura com

9 respostas das 14 prefeituras pesquisadas.

52

15 - A sua prefeitura tem interesse no turismo receptivo e organização de eventos?

Em relação ao interesse no turismo receptivo e organização de eventos, podes

constatar que 100% das prefeituras em interesse neste tipo de serviço.

16 - Qual tipo de estratégias de marketing (divulgação) a sua Prefeitura utiliza para divulgação da cidade?

Gráfico 13: Divulgação. Fonte: Dados primários.

Em relação às estratégias de marketing (divulgação), pode-se identificar que as

prefeituras, costumam fazer em maior parte da divulgação de suas cidades são feitos através

de folder´s/cartazes com 20%, com 18% os responsáveis é a SANTUR, com 17% estão nas

divulgações realizadas via internet, com 15% utilizam a televisão, as campanhas

publicitárias aparecem com 13%, com 11% são realizadas através de revistas e 6%

utilizam outros meios de divulgação.

17 - A divulgação da sua cidade é realizada no nível:

Gráfico 14: Onde é divulgado. Fonte: Dados primários.

No casa do nível de divulgação, pode-se perceber que 29% divulgam mundialmente

e nacionalmente, 21% divulgam regionalmente e no estado.

53

18 – A sua secretaria tem interesse em um trabalho de promoção e captação de turistas?

Gráfico 15: Tem interesse. Fonte: Dados primários.

O trabalho de promoção e captação de turistas, estão nos interesse de 93% das

prefeituras e apenas 7% não tem interesse neste serviço.

19 - Se tem interesse, em que nível?

Gráfico 16: De onde. Fonte: Dados primários.

As prefeituras que tem interesse no trabalho de promoção e captação de turistas tem

a intenção de divulgar suas cidades no Mercosul com 56% dos casos, nacionalmente com

25% dos casos e outros lugares, como mundialmente, com 19% dos casos.

Estas foram às respostas dadas pelos representantes das prefeituras, que ajudarão a

estabelecer as estratégias de marketing para a SCMAIS, e na seqüência do estudo será

exposta, uma pesquisa realizada com a SANTUR que atualmente é o maior cliente da

SCMAIS.

54

4.2.2 SANTUR

A Santur - Santa Catarina Turismo S/A, é uma empresa de economia mista criada

em 28 de junho de 1977, que tem como objetivo o fomento e a divulgação da política

estadual de turismo, encontrando-se vinculada a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e

Esporte.

Tem sua sede administrativa à Rua Felipe Schmidt, 249 - 9º andar - Florianópolis -

SC - Caixa Postal 1221 - CEP 88 010-902, Fone: 55 48 3212-6300 - Fax: (55) (48) 3212-

6315, Email: [email protected] e Parque Cyro Gevaerd, em Balneário Camboriú,

Fone: (55) (47) 3367-0033.

Estrutura Administrativa

Presidência: Valdir Rubens Walendowsky

Diretoria de Marketing: Flávio Luiz Agustini

Diretoria de Planejamento: Paulo Teixeira da Rosa

Diretoria Administrativa e Financeira: Lúcia Maciel

Missão

Promover e fomentar as indústrias do lazer e do entretenimento com qualidade, visando o

desenvolvimento sócio econômico gerado pelo turismo.

Apoio à promoção e ao aperfeiçoamento do turismo em Santa Catarina:

O Estado de Santa Catarina vem se consolidando pela diversidade da sua geografia,

de seu clima e das etnias que compõem o seu povo, como um excelente destino turístico

para os visitantes brasileiros e estrangeiros, especialmente aqueles oriundos dos países

integrantes do MERCOSUL.

A SANTUR é responsável pela promoção e divulgação dos produtos turísticos

catarinenses, de acordo com a política estadual do lazer, definida pela Secretaria de Estado

de Cultura, Esporte e Turismo.

Visando o incremento da atividade sócio-econômica gerada pelo turismo, vem

editando há mais de uma década o seu calendário de eventos, apresentando em seu

conteúdo um elenco das principais manifestações populares que acontecem em todos os

rincões do Estado, propiciando, dessa forma, ao nosso visitante, a oportunidade de

programar o seu roteiro de viagem com tranqüilidade e segurança para uma proveitosa

55

estada na nossa Santa & Bela Catarina.

Proporcionando um constante apoio à formação e ao aperfeiçoamento do capital

humano envolvido na formatação e distribuição do produto turístico, a catarinense

SANTUR conta com a parceria de centros de excelência, empresários e entidades

governamentais, além de ser responsável pelas pesquisas da demanda turística do Estado,

para execução destes trabalhos.

A partir de temas especializados, a SANTUR exerce sua promoção e divulgação

atuando na elaboração de circuitos turísticos integrados, assim como um contínuo exercício

junto aos principais mercados emissores do Brasil e do Cone Sul, através das seguintes

estratégias:

• Ação com jornalistas especializados em turismo e economia;

• Visitas aos agentes de viagens;

• Participação nos principais eventos da atividade;

• Distribuição de material promocional em shopping centers e aeroportos;

• Encontros comerciais.

Roteiro de Perguntas para entrevista com o representante da Santur

- Nome e cargo da pessoa entrevista:

Eduardo Simon, cargo gerente de marketing.

- Formação/ Experiência na área:

Ensino médio completo / experiência de 20 anos na área do turismo.

1- Qual sua opinião sobre o turismo como atividade econômica no mundo?

O turismo representa um conjunto de atividades produtivas, no qual os serviços têm um

caráter prevalente, que interessam a todos os setores econômicos de um país ou uma região,

se caracterizando por possuir, uma interdependência estrutural com as demais atividades,

em maior grau e intensidade que qualquer outra atividade produtiva.

O turismo é uma força econômica das mais importantes do mundo, nele ocorrem

fenômenos de consumo, originam-se rendas, criam-se mercados nos quais a oferta e a

procura encontram-se. Os resultados do movimento financeiro decorrentes do turismo são

56

por demais expressivos e justificam que esta atividade será incluída na programação da

política econômica de todos os países, regiões e municípios.

2- Na sua visão, qual é o futuro do turismo como atividade econômica do crescimento do

PIB?

É notório que o turismo é uma das atividades econômicas mais importantes do mundo,

reflexo de sua elevada participação no PIB e do alto nível de empregabilidade do setor.

Com isso o turismo tende a continuar sendo uma das atividades econômicas mais

importantes em todo o mundo.

3- No seu entendimento, o que é turismo planejado?

O planejamento turístico tem como meta responder às exigências da atividade, minimizar

impactos negativos e receber as recompensas da mesma. O processo de planejamento pode

ser essencial para forçar um governo a refletir sistematicamente sobre o impacto total do

Turismo. Como o desenvolvimento turístico geralmente exige que os setores públicos e

privados desenvolvam grandes projetos de capital, a falta de planejamento pode resultar em

erros onerosos.

4- Como Santa Catarina pode desenvolver uma política de turismo sustentável?

O turismo sustentável deve ser entendido como uma atividade econômica lucrativa, que

leva em consideração o cuidado com o meio ambiente, sem a subtração ou depreciação de

recursos naturais. Segundo projeções da própria OMT, espera-se que as chegadas

internacionais de turistas atinjam 1,6 bilhões em 2020, sendo que 1,2 bilhões serão

provenientes de vôos intra-regionais e 400 milhões se darão por meio de viagens

transcontinentais, o que geraria um enorme fluxo de turistas estrangeiros. Santa Catarina

precisa explorar mais seus atrativos naturais, culturais e tecnológicos como formas de

turismo sustentável.

57

5- Qual tipo de turismo é mais atrativo para o crescimento econômico, ambiental e social de

Santa Catarina?

É o ecoturismo e turismo de lazer.

6- Hoje Santa Catarina está preparada para receber o turista nacional e internacional?

Sim, o estado de Santa Catarina está preparado para receber os turistas.

7- Há alguma parceria com a iniciativa privada para a capacitação dos profissionais que

trabalham com turismo? Caso sim, qual (is)?

Sim, porém esses processos são realizados por licitações públicas.

8- Como o Senhor descreveria a representação dos trabalhos das empresas marketing

turístico frente às atividades exercidas em parceria com a SANTUR?

Essas empresas estão representando muito bem o estado nos países em que estão atuando,

mais todos os anos são feitas novas licitações para a definição destas empresas.

9- Como a SANTUR avalia os eventos de turismo realizados no estado de Santa Catarina?

Quais benefícios são proporcionados ao turismo do estado e da região?

Atualmente em Santa Catarina os eventos se tornaram uma alternativa de lazer e de renda

para muitas pessoas, sendo que várias localidades apóiam a realização dos mesmos como

estratégia para o desenvolvimento local. Tais acontecimentos têm a capacidade de atrair

para cidade sede um número significativo de pessoas motivadas a participar de algum tipo

de evento, este movimento de pessoas a uma determinada comunidade, acaba afetando

praticamente toda a sociedade destas cidades sedes, proporcionando mudanças em âmbito

sociais, culturais, econômicos e ambientais em toda a localidade.

58

Os eventos ainda ajudam a equilibrar e/ou diminuir a sazonalidade, os investimentos são

menores que no turismo não baseado em eventos, enriquece a vida cultural da localidade-

sede, o turismo de eventos esta em franco crescimento.

10- Em relação ao trabalho realizado pela consultora da SC MAIS, como Senhor avalia a

dinâmica utiliza na divulgação do estado de Santa Catarina nos países do Mercosul

O trabalho realizado pela consultora da SC MAIS está de acordo com as exigências da

SANTUR conforme a licitação.

59

5 AÇÕES DE MARKETING PARA EMPRESA SCMAIS

Neste capítulo serão abordadas as ações de marketing para a empresa SCMAIS

Marketing Turístico, no intuito de expandir seus negócios, bem como aumentar a sua

carteira de clientes, com base no estudo da empresa, SANTUR e com as secretarias de

turismo das prefeituras do estado de Santa Catarina.

As ações foram traçadas a partir da entrevista realizada com a SANTUR, tendo

como representante o gerente de marketing, Eduardo Simon, e pesquisa com as Prefeituras

dos Municípios de Balneário Camboriu, Blumenau, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba,

Itapema, Lages, Nova Trento, Tubarão, Itajaí, Laguna, Palhoça, Joinville e São José estudo

de mercado realizado com a organização SANTUR - Santa Catarina Turismo, o estudo

realizado com a SANTUR e as prefeituras teve como base o composto mercadológico para

a definição das ações de marketing mais adequadas à empresa SCMAIS, ações prioritárias

para a empresa.

• Ações gerais:

- Desenvolver a missão, visão e valores da SCMAIS;

- Criar um projeto de captação de eventos voltado para os setores de turismo, negócios,

cultural e lazer;

- Desenvolver produtos para cada segmento de atuação da SCMAIS, como: receptivo de

eventos, captação de turistas, captação de eventos, lembranças de pontos turísticos com a

marca da empresa;

- Buscar parceiros/recursos para a execução dos projetos de receptivo de eventos e captação

de turistas;

- Ampliar sua carteira de clientes para o mercado interno, ou seja, expandir para regiões do

estado de Santa Catarina e outros estados do Brasil, como: Rio Grande do Sul, Paraná, São

Paulo e Rio de Janeiro;

- Criar material de divulgação da empresa para ser distribuído nas visitas aos clientes;

• Ações para as prefeituras:

60

- Realizar uma visita nas prefeituras pesquisadas, com produtos específicos para cada

prefeitura conforme as necessidades de cada uma;

- Apresentar propostas de eventos, com equipes especializadas na realização dos eventos,

tipos de eventos que as prefeituras realizam e época para a realização;

- Apresentar material de serviços já realizados pela empresa;

- Propor para as prefeituras a realização de turismo receptivo e organização de eventos;

- Propor estratégias de divulgação das cidades e onde podem ser divulgadas;

- Criar um vídeo de apresentação da empresa com os produtos;

Com isso têm-se as ações propostas para a empresa implementar de imediato,

conforme elas forem se estabelecendo pode-se adequar outras estratégias para a empresa

continuar no seu processo de expansão de mercado.

61

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento turístico é um assunto que a cada ano vem ganhando mais

espaço nas discussões locais, regionais, nacionais e internacionais. Segundo dados da

OMT, em 2003 o turismo representou 30% do total de serviços exportados no mundo. Os

primeiros relatórios publicados em 2008 destacaram um crescimento médio da atividade

turística nos últimos 17 anos de 7% nos países em desenvolvimento, ocupando lugar de

destaque frente às demais atividades econômicas (WTO, 2008).

Apesar do crescimento do turismo não ter apresentado regularidade nos últimos

anos, dadas questões de segurança e ameaças naturais ao redor do mundo, a OMT registrou

em 2007 mais um recorde em crescimento, chegando a 898 milhões de pessoas viajando

pelo mundo.

Em um trabalho realizado em 2004 (WTO, 2008), a organização previa para 2010 a

marca de 1 bilhão de pessoas, e para 2020, 1,6 bilhões (o dobro de viagens realizadas em

2007). A região das Américas será o terceiro pólo receptor deste fluxo turístico em

números, com destaque para os países em desenvolvimento, com potencial em atrativos

naturais e culturais, como o Brasil.

Neste contexto, a atividade turística representa atualmente uma oportunidade

concreta para o desenvolvimento do país, tanto na escala local, regional e estadual. A

realização deste estudo abordou as ações de marketing a serem adotadas para a empresa SC

MAIS Marketing Turístico, a fim de expandir seu mercado.

Com isso também é necessário a empresa conhecer seus clientes mais afundo para

que possa adequar seus produtos de forma mais eficaz, no caso da SC MAIS, precisa

conhecer as políticas de turismo dos municípios que pretende atuar bem como sua estrutura

e atrativos.

Neste sentido o presente estudo realizou uma pesquisa com algumas prefeituras do

estado de Santa Catarina que foram escolhidas pelo acadêmico com o auxilio do

representante da SCMAIS, os municípios escolhidos foram: Balneário Camboriu,

Blumenau, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Itapema, Lages, Nova Trento, Tubarão,

Itajaí, Laguna, Palhoça, Joinville e São José.

62

Ainda neste sentido, foi realizada uma entrevista com o gerente de marketing da

SANTUR, sendo está entrevista de grande valia para as ações de marketing propostas para

a empresa SCMAIS.

O estudo realizado respondeu aos objetivos específicos propostos, sendo o primeiro

objetivo: descrever as estratégias de marketing desenvolvidas pela empresa SCMAIS

Marketing Turístico, foi respondido nos resultados do estudo no capítulo 4, quando foi

apresentada a caracterização da empresa.

O segundo objetivo: avaliar o as estratégias de marketing adotadas pela SANTUR

para o Estado de Santa Catarina, foi respondido no capítulo 4, abordando no item especifico

da SANTUR logo após o questionário aplicado nas prefeituras.

O terceiro objetivo: avaliar as necessidades de serviços que as Prefeituras do Estado

de Santa Catarina necessitam, bem como as suas necessidades e desejos de eventos

turísticos, que foi respondido no capítulo 4, logo após a caracterização da empresa, o

questionário foi realizado com perguntas fechadas.

O ultimo objetivo: propor ações de marketing para empresa SCMAIS Marketing

Turístico, foi respondido no capítulo 5, referente as estratégias de marketing proposto para

a empresa SCMAIS.

Por isso é essencial elaborar um planejamento para a empresa, bem estruturado que

contemple as variáveis internas e externas para que a empresa possa ter mais explícitos seus

objetivos e assim focar seus trabalhos para o segmento de mercado que mais achar

adequado.

Por fim o trabalho foi de grande importância do ponto de vista acadêmico, os

fundamentos teóricos e a pesquisa aplicada possibilitaram o aumento dos conhecimentos na

área do turismo e do marketing, oportunizando uma aproximação as duas atividades

principais estudadas. Sugerindo para futuros trabalhos a elaboração de um plano de

marketing para a empresa SCMAIS.

63

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67

8 ANEXOS Anexo I, questionário utilizado com as prefeituras:

Caro respondente, com o objetivo de realizar um estudo sobre as estratégias de

marketing desenvolvidas pelas empresas de marketing turístico, pretende-se por meio deste

questionário adquirir maiores informações sobre as ações de marketing turístico das

prefeituras do Estado de Santa Catarina. Neste sentido, solicita-se que responda com

atenção o questionário abaixo, enviando a sua resposta até 30 de setembro. . Este

questionário é parte integrante do trabalho de Monografia desenvolvido pelo aluno

Guilherme Coelho, do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, Campus de São José, Santa Catarina.

Desde já, agradeço,

Guilherme Coelho

1) Cargo: ______________________________________________________________ 2) Sexo:

( ) Feminino ( ) Masculino

3) Idade:

( ) Até 30 anos ( ) De 31 a 40 anos ( ) De 41 a 50 anos ( ) Mais de 50 anos

4) Escolaridade:

( ) 2º grau completo ( ) Superior incompleto ( ) Superior completo ( ) Pós-Graduação

5) Tempo em que atua na área de turismo:

( ) Até 12 meses ( ) De 12 a 24 meses ( ) De 24 a 36 meses ( ) Acima de 36 meses

68

6) Sua Prefeitura possui uma Secretaria de Turismo?

( ) Sim ( ) Não

7) A sua prefeitura possui equipe especializada na área de eventos?

( ) Sim ( ) Não

8) A sua prefeitura trabalha com alguma agencia especializada na organização dos eventos?

( ) Sim ( ) Não

9) Qual tipo de evento a sua Prefeitura costuma realizar? (pode responder mais de uma opção)

( ) Cultural ( ) Negócio ( ) Turismo ( ) Religioso ( ) Festas Típicas

( ) Outros: ________________________________________________________________

10) Em qual época do ano geralmente são realizados os eventos?

( ) Verão ( ) Inverno ( ) Primavera ( ) Outono

11) A sua prefeitura desenvolve algum trabalho de captação de turistas para a cidade?

( ) Sim ( ) Não

11.1) Caso sim, quem desenvolve esse serviço?

( ) A Prefeitura ( ) Agência de publicidade ( ) Agência de turismo

12) Que tipo de turismo a sua Prefeitura costuma realizar?

( ) Turismo de eventos ( ) Turismo de negócios ( ) Turismo de aventura ( ) Turismo de Lazer

( ) Outros:________________________________________________________________

13) Quanto é o investimento anual no turismo?

( ) Até 20.000,00 ( ) Até 40.000,00 ( ) Até 60.000,00 ( ) Acima de 80.000,00

14) Qual a prioridade de investimento em turismo? (enumere de 1 a 5 em ordem crescente).

69

( ) Turismo de eventos ( ) Turismo de negócios ( ) Turismo de aventura ( ) Turismo de Lazer

( ) Outros_________________________________________________________________

15) A sua prefeitura tem interesse no turismo receptivo e organização de eventos?

( ) Sim ( ) Não

16) Qual tipo de estratégias de marketing (divulgação) a sua Prefeitura utiliza para divulgação da cidade?

( ) Folder / Cartazes ( ) Televisão ( ) Internet ( ) Campanhas publicitárias ( ) Revistas

( ) Santur ( ) Outros_____________________________________________

17) A divulgação da sua cidade é realizada no nível:

( ) Regional ( ) Estadual ( ) Nacional ( ) Mundial 18) A sua secretaria tem interesse em um trabalho de promoção e captação de turistas? ( ) Sim ( ) Não 19) Se tem interesse, em que nível? ( ) Nacional ( ) MERCOSUL ( ) Outros OBS: Anexo II, Roteiro de Perguntas para entrevista com o representante da Santur: - Nome e cargo da pessoa entrevista:

- Formação/ Experiência na área:

1- Qual sua opinião sobre o turismo como atividade econômica no mundo?

2- Na sua visão, qual é o futuro do turismo como atividade econômica do crescimento do

PIB?

3- No seu entendimento, o que é turismo planejado?

70

4- Como Santa Catarina pode desenvolver uma política de turismo sustentável?

5- Qual tipo de turismo é mais atrativo para o crescimento econômico, ambiental e social de

Santa Catarina?

6- Hoje Santa Catarina está preparada para receber o turista nacional e internacional?

7- Há alguma parceria com a iniciativa privada para a capacitação dos profissionais que

trabalham com turismo? Caso sim, qual (is)?

8- Como o Senhor descreveria a representação dos trabalhos das empresas marketing

turístico frente às atividades exercidas em parceria com a SANTUR?

9- Como a SANTUR avalia os eventos de turismo realizados no estado de Santa Catarina?

Quais benefícios são proporcionados ao turismo do estado e da região?

10- Em relação ao trabalho realizado pela consultora da SC MAIS, como Senhor avalia a

dinâmica utiliza na divulgação do estado de Santa Catarina nos países do Mercosul?