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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
MESSIAS ACIONE CAETANO
MODELAGEM DE PROCESSO:
IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE
RECURSOS HUMANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA
PALHOÇA
2011
MESSIAS ACIONE CAETANO
MODELAGEM DE PROCESSO:
IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE
RECURSOS HUMANOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
de Graduação em Sistema de Informação da
Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistema de
Informação.
Orientador: Prof. Dr. Aran Bey Tcholakian Morales
Co-orientador: Prof. Dr. Ricardo Villarroel Dávalos
PALHOÇA
2011
MESSIAS ACIONE CAETANO
MODELAGEM DE PROCESSO:
IMPLEMENTAÇÃO DOS CONCEITOS DE BPM EM UM PROCESSO DE RH DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado
adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistema
de Informação e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Graduação em Sistema de Informação da
Universidade do Sul de Santa Catarina.
Palhoça, 09 de outubro de 2011.
______________________________________________________
Professor e orientador Aran Bey Tcholakian Morales, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Professor Ricardo Villarroel Dávalos, Dr. Eng.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Professora Fernanda Oviedo Bizzaro, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico este trabalho a minha mãe.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que, diretamente e indiretamente, contribuíram para a
concretização deste trabalho.
“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.” (Nietzsche).
RESUMO
Este trabalho justifica inicialmente os motivos da adoção da modelagem de processos de
negócio dentro das empresas e, os objetivos que o autor chegou com o desenvolvimento do
mesmo. É feita uma pesquisa pelos conceitos detrás do Business Process Management
(BPM), que, em português, é Gerenciamento de Processos de Negócio. É demonstrada essa
alternativa através de definições distintas estabelecidas por autores competentes na
modelagem de processos de negócios de diversas partes do mundo. No desenvolvimento do
capítulo da metodologia, é estabelecido o caminho que o trabalho percorre e, estabelecido o
processo que é abordado no desenvolvimento dos capítulos seguintes do trabalho. O processo
abordado é o de licença saúde do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Para estabelecer as
diversas regras existentes no processo de licença saúde do TJSC, é necessário, efetuar
pesquisas nas leis catarinenses, além disso, no capítulo de pesquisa é vista uma breve história
do poder judiciário e a função do Tribunal de Justiça. Com as diversas regras estabelecidas a
partir das leis, é dado início a reformulação do processo. Na reformulação do processo é visto
como ele funciona atualmente e, após essa etapa, o processo de licença saúde é melhorado e, é
feita a modelagem do mesmo, o que proporciona fundamento para o desenvolvimento. No
desenvolvimento são colocados em prática os conceitos estudados no referencial teórico,
como, por exemplo, algumas das notações estudadas. São demonstrados os passos feitos, com
duas ferramentas que utilizam conceitos de BPM, para construir dois ambientes funcionais
que tem interação humana no processo de negócio. Após a explicação do desenvolvimento, é
demonstrado o processo de licença saúde em execução. A execução do processo é feita em
ambiente web para ambas as ferramentas. Através do conhecimento empírico adquirido, são
avaliados os resultados, conclusões são obtidas. E, por fim, são elucidadas as pretensões do
autor para trabalhos futuros.
Palavras-chave: BPM. Processo. BPMN.
ABSTRACT
This academic work begins by justifying the reasoning behind adopting Business Process
Modeling inside Corporations and the goals intended by the Author with its development.
It constitutes of researching the concepts of BPM (Business Process Management). It shows
this alternative through its distinct definitions. These definitions are established by well
versed and proficient authors in processing Modeling around the World. The Chapter related
to methodology establishes the path this work follows. Once established, it shows the
approaching process throughout the following chapters. The process to be approached is the
“Employee Sick Leave Policies and Procedures at the Santa Catarina State Courthouse”. In
order to have the diverse rules related to these Policies well understood, it is made necessary
to research the Santa Catarina State laws. Furthermore, the chapter related to research briefly
shows the History of the Legal System and the role of the Courthouse. After having all the
rules established from the laws above, the reformulation process starts. During the
reformulation it shows how the current process works and after that, the process is improved
and the modeling is applied to the process. This process gives the foundation for the
development. During the development the concepts studied during the theoretical
referencing/research, as the BPM notations and the use of aforementioned tools are put into
practice. The steps taken to build two functional environments with hands on capabilities
using the concepts of BPM are demonstrated. After explaining the development, the Sick
Leave Procedures and Policies process are shown. Its execution is done using web
environment for both tools. Results are evaluated and conclusion obtained based on the
acquired empiric knowledge. Finally, the author elucidates the intention for future works.
Keywords: BPM. Process. BPMN.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Processo com sub-processo “Abrir vaga”. .............................................................. 25
Figura 2 – Estereótipo de processo de Eriksson-Penker. ......................................................... 30 Figura 3 – Estereótipo de meta de Eriksson-Penker. ................................................................ 30 Figura 4 – Estereótipo de recepção de sinal de Eriksson-Penker. ............................................ 30 Figura 5 – Entrada, processo e saída de objeto de Eriksson-Penker. ....................................... 31 Figura 6 – Diagrama Eriksson-Penker Simples. ....................................................................... 31
Figura 7 – O ciclo de promoção da BPM. ................................................................................ 32 Figura 8 – Ciclo de vida BPM. ................................................................................................. 34
Figura 9 – Componentes de uma suíte BPM ............................................................................ 37
Figura 10 – Representação do BPMN Core e da estrutura de camadas. .................................. 39 Figura 11 – Notação de evento. ................................................................................................ 40 Figura 12 – Notação de atividade. ............................................................................................ 41
Figura 13 – Notação de gateway. ............................................................................................. 41 Figura 14 – Notação de fluxo de sequência. ............................................................................. 41 Figura 15 – Notação de fluxo de mensagem. ........................................................................... 42
Figura 16 – Notação de associação........................................................................................... 42 Figura 17 – Notação de pool. ................................................................................................... 42
Figura 18 – Notação de raias. ................................................................................................... 43 Figura 19 – Notação de objeto com dados. .............................................................................. 43 Figura 20 – Notação de mensagem. ......................................................................................... 44
Figura 21 – Notação de grupo. ................................................................................................. 44 Figura 22 – Notação de anotação textual.................................................................................. 45
Figura 23 – Eventos presentes na notação BPMN. .................................................................. 45 Figura 24 – Atividades presentes na notação BPMN ............................................................... 46
Figura 25 – Arquitetura do Oracle BPM Studio. ...................................................................... 49
Figura 26 – Ciclo de vida Intalio. ............................................................................................. 51 Figura 27 – Diagrama de atividades deste trabalho .................................................................. 57 Figura 28 – Diagrama de exemplo de processos do TJSC. ...................................................... 64 Figura 29 – Organograma dos setores participantes do processo atualmente .......................... 70 Figura 30 – Diagrama de atores participantes do processo atualmente .................................... 71
Figura 31 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “As is”. ...... 73 Figura 32 – Organograma dos atores participantes do processo remodelado. ......................... 74 Figura 33 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “To be” ...... 76 Figura 34 – Diagrama de estado do pedido. ............................................................................. 78 Figura 35 – Regras de negócio do processo de licença saúde remodelado. ............................. 79
Figura 36 – Requisitos funcionais do processo de licença saúde remodelado. ........................ 80
Figura 37 – Classe do objeto de licença saúde. ........................................................................ 81
Figura 38 – Ambiente de desenvolvimento de formulário. ...................................................... 87 Figura 39 – Ambiente da modelagem do diagrama de processo de negócio. .......................... 89 Figura 40 – Piscina não executável .......................................................................................... 90 Figura 41 – Opções de uso de um formulário em raias não executáveis .................................. 91 Figura 42 – Duas conexões entre atividades em diferentes piscinas. ....................................... 92 Figura 43 – Primeiro gateway e notificação do processo. ........................................................ 93 Figura 44 – Regra no primeiro gateway do processo. .............................................................. 93
Figura 45 – Primeiro gateway do processo. ............................................................................. 94
Figura 46 – Mapeamento das varáveis para o formulário da Junta Médica ............................. 95 Figura 47 – Usuário participante da piscina DRH .................................................................... 96 Figura 48 – Diagrama de processos na ferramenta Intalio. ...................................................... 98 Figura 49 – Variáveis utilizadas no desenvolvimento do protótipo na ferramenta Oracle BPM
Studio 10. ................................................................................................................................ 101
Figura 50 – Evento de início, atividade e evento final internos a um Screenflow. ................. 105 Figura 51 – Variável e argumento no evento de início de um Screenflow. ............................ 105 Figura 52 – Tela de configuração de um Screenflow. ............................................................ 106 Figura 53 – Configuração das variáveis de saída de um Screenflow...................................... 107 Figura 54 – Atividade global dentro da raia que iniciará o processo ..................................... 107
Figura 55 – Eventos e atividades do Screenflow da atividade Global.................................... 108 Figura 56 – Processo modelado na ferramenta Oracle BPM Studio. ..................................... 109 Figura 57 – Configuração da associação entre Sreenflow e atividade. ................................... 110
Figura 58 – Configuração das variáveis e argumentos entre Sreenflow e atividade. ............. 111 Figura 59 – Ícones de deploy e configuração do projeto respectivamente ............................. 113 Figura 60 – Tela de login no ambiente Worflow da Intalio ................................................... 113
Figura 61 – Ambiente do Colaborador com link para inicio de processo. ............................. 113 Figura 62 – Tela de registro de pedido de licença saúde do servidor. .................................... 114 Figura 63 – Tela de tarefas da Junta Médica. ......................................................................... 115
Figura 64 – Tarefa da Junta Médica expandida. ..................................................................... 115 Figura 65 – Atestado anexado com detalhe do servidor. ........................................................ 116
Figura 66 – Tela de notificações do servidor ......................................................................... 116 Figura 67 – Notificação do servidor expandida. .................................................................... 117 Figura 68 – Tela inicial do console Intalio. ............................................................................ 117
Figura 69 – Detalhes do processo LicencaSaude. .................................................................. 118 Figura 70 – Instâncias do processo de licença saúde no console. .......................................... 118 Figura 71 – Instância do processo de licença saúde em progresso. ........................................ 119
Figura 72 – Atividade em que parou a instância do processo. ............................................... 120
Figura 73 – Ícones de Start Engine e Launch Workspace respectivamente. .......................... 122 Figura 74 – Tela de logon do Oracle BPM Workspace .......................................................... 122
Figura 75 – Tela do ambiente do participante servidor. ......................................................... 123 Figura 76 – Tela de preenchimento do formulário de licença saúde. ..................................... 124 Figura 77 – Detalhe do ambiente do colaborador para anexar o atestado. ............................. 124
Figura 78 – Tela para anexar atestado ao pedido ................................................................... 125 Figura 79 – Tela do participante JM. ...................................................................................... 126
Figura 80 – Link para a Atividade Verifica atestado do participante JM............................... 126 Figura 81 – Tela de aprovação da Junta Médica. ................................................................... 127
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BAM - Business Activity Monitoring
BPA - Business Process Automation
BPEL - Business Process Execution Language
BPI - Business Process Improvement
BPM - Business Process Management
BPMN - Business Process Modeling Notation
BPMS - Business Process Management Suite
BPR - Business Process Reengineering
KPI - Key Performance Indicator
OMG - Object Management Group
SOX - Lei Sarbanes-Oxley
TI - Tecnologia da Informação
Wfmc - Workflow Management Coalition
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 16
1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA .........................................................................................17 1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .........................................................................................................18 1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ......................................................................................................18 1.3.1 Objetivo Geral ..........................................................................................................................18 1.3.2 Objetivos Específicos ...............................................................................................................19 1.4 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................................19 1.5 ORGANIZAÇÃO DESTE TRABALHO .....................................................................................21 1.5.1 Introdução ................................................................................................................................21 1.5.2 Revisão Bibliográfica ...............................................................................................................22 1.5.3 Metodologia ..............................................................................................................................22 1.5.4 TJSC ..........................................................................................................................................22 1.5.5 Modelagem ...............................................................................................................................22 1.5.6 Desenvolvimento ......................................................................................................................23 1.5.7 Conclusões e trabalhos futuros ...............................................................................................23
2 PROCESSOS DE NEGÓCIOS .................................................................................................... 24
2.1 PROCESSO ..................................................................................................................................24 2.1.1 Sub-processo .............................................................................................................................25 2.1.2 Atividade ...................................................................................................................................26 2.1.3 Tarefa ........................................................................................................................................26 2.2 PROCESSO DE NEGÓCIO .........................................................................................................27 2.2.1 Ambiente ...................................................................................................................................27 2.2.2 Ator ...........................................................................................................................................28 2.2.3 Modelagem de processos .........................................................................................................29 2.3 TECNOLOGIAS ..........................................................................................................................29 2.3.1 Notação Eriksson-Penker .........................................................................................................29 2.3.2 Workflow ..................................................................................................................................31 2.3.3 BPM (Business Process Management) ....................................................................................32 2.3.3.1 Ciclo de vida BPM ................................................................................................................. 34 2.3.3.1.1 Planejamento .......................................................................................................................34 2.3.3.1.2 Análise .................................................................................................................................35 2.3.3.1.3 Desenho e Modelagem .........................................................................................................35 2.3.3.1.4 Implementação .....................................................................................................................35 2.3.3.1.5 Monitoramento e Controle ...................................................................................................36 2.3.3.1.6 Refinamento .........................................................................................................................36 2.3.4 BPMS ........................................................................................................................................36 2.3.4.1 BAM ....................................................................................................................................... 37 2.3.4.2 KPI ......................................................................................................................................... 38 2.3.5 BPMN ........................................................................................................................................38 2.3.5.1 Padrão de notação BPM (BPMN) .......................................................................................... 39 2.3.5.1.1 Evento ..................................................................................................................................40 2.3.5.1.2 Atividade ..............................................................................................................................40 2.3.5.1.3 Gateway ...............................................................................................................................41 2.3.5.1.4 Fluxo de sequência ..............................................................................................................41 2.3.5.1.5 Fluxo de mensagem..............................................................................................................41 2.3.5.1.6 Associação ...........................................................................................................................42 2.3.5.1.7 Pool ......................................................................................................................................42
2.3.5.1.8 Raias ....................................................................................................................................43 2.3.5.1.9 Objetos de dados ..................................................................................................................43 2.3.5.1.10 Mensagem ............................................................................................................................43 2.3.5.1.11 Grupo ...................................................................................................................................44 2.3.5.1.12 Anotação textual ..................................................................................................................44 2.4 FERRAMENTAS .........................................................................................................................47 2.4.1 IBM (Blueworks Live) ..............................................................................................................47 2.4.2 Oracle BPM Studio (ferramenta proprietária) .....................................................................48 2.4.3 Intalio (ferramenta com versão gratuita) ..............................................................................50 2.5 LINGUAGENS .............................................................................................................................51 2.5.1 BPEL .........................................................................................................................................51 2.5.2 BPML ........................................................................................................................................52 2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................52
3 METODOLOGIA ......................................................................................................................... 53
3.1 MÉTODO .....................................................................................................................................53 3.2 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA .......................................................................53 3.3 ETAPAS .......................................................................................................................................55 3.4 ETAPAS METODOLÓGICAS ....................................................................................................56 3.5 DELIMITAÇÕES .........................................................................................................................57 3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................58
4 TJSC ............................................................................................................................................... 59
4.1 PODER JUDICIÁRIO ..................................................................................................................59 4.1.1 História do Poder Judiciário no Brasil ..................................................................................59 4.1.2 Funções do Poder Judiciário ...................................................................................................61 4.2 PROCESSOS DO TJSC ...............................................................................................................62 4.2.1 Processos de exemplificação do TJSC ....................................................................................62 4.3 CONFORMIDADE LEGAL DO PROCESSO DE LICENÇA SAÚDE .....................................65 4.3.1 Cabe à Diretoria de recursos humanos despacho de licença saúde .....................................65 4.3.2 Licença para tratamento de saúde .........................................................................................65 4.3.3 Licença por motivo de doença em pessoa da família ............................................................66 4.3.4 Competências da Junta Médica ..............................................................................................67 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................68
5 MODELAGEM ............................................................................................................................. 69
5.1 MODELAGEM DE PROCESSOS DE LICENÇA MÉDICA DO TJSC .....................................69 5.1.1 Funcionamento do processo no atual momento, “As is” ......................................................69 5.1.1.1 Atores no momento atual do funcionamento do processo o “As is” ...................................... 69 5.1.1.2 Atividades do funcionamento do processo atualmente, o “As is” .......................................... 71 5.1.2 Funcionamento do processo como será modelado, “To be” .................................................74 5.1.2.1 Eliminação de alguns atores na remodelagem do processo .................................................... 74 5.1.2.2 Mudanças no funcionamento do processo remodelado, o “To be” ........................................ 75 5.1.3 Objeto do processo ...................................................................................................................77 5.1.4 Tipo de processo .......................................................................................................................78 5.1.5 Regras de Negócio do processo remodelado ..........................................................................79 5.1.6 Requisitos Funcionais do processo remodelado ....................................................................79 5.1.7 Classe do objeto de licença saúde ...........................................................................................80 5.1.8 Viabilidade da digitalização de documentos ..........................................................................81 5.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................82
6 AUTOMATIZAÇÃO .................................................................................................................... 83
6.1 AUTOMATIZAÇÃO NO INTALIO ...........................................................................................83 6.1.1 Ambiente de desenvolvimento ................................................................................................83
6.1.1.1 Instalação e execução do Designer ........................................................................................ 83 6.1.1.2 Instalação e execução do Servidor ......................................................................................... 84 6.1.1.3 Persistência de dados no Intalio BPMS .................................................................................. 85 6.1.1.4 Comunidade Intalio ................................................................................................................ 85 6.1.2 Modelagem na ferramenta Intalio ..........................................................................................85 6.1.2.1 Formulário do Workflow ....................................................................................................... 86 6.1.2.2 Criação do diagrama de processo de negócio ........................................................................ 88 6.1.2.3 Piscinas ................................................................................................................................... 89 6.1.2.4 Etapas do desenvolvimento do diagrama de processo de negócio ......................................... 90 6.1.2.5 Usuários do processo .............................................................................................................. 96 6.1.2.6 Modelo final na ferramenta Intalio ......................................................................................... 96 6.2 AUTOMATIZAÇÃO NO ORACLE BPM ..................................................................................98 6.2.1 Ambiente de automatização ....................................................................................................98 6.2.1.1 Instalação e execução do BPM Studio ................................................................................... 99 6.2.1.2 Servidor WEB ........................................................................................................................ 99 6.2.1.3 Persistência de dados no Oracle BPM Studio 10 ................................................................... 99 6.2.2 Modelagem na ferramenta Oracle BPM Studio ..................................................................100 6.2.2.1 Variáveis do processo........................................................................................................... 100 6.2.2.2 Formulários .......................................................................................................................... 101 6.2.2.3 Criação de funções (roles) .................................................................................................... 103 6.2.2.4 Criação de participantes (participants) ................................................................................ 103 6.2.2.5 Raias do processo ................................................................................................................. 104 6.2.2.6 Evento de início .................................................................................................................... 104 6.2.2.7 Fluxos de Tela (Screenflows) ............................................................................................... 104 6.2.2.8 Atividade global ................................................................................................................... 107 6.2.2.9 Atividades ............................................................................................................................ 108 6.2.2.10 Gateways ............................................................................................................................ 111 6.3 VALIDAÇÃO .............................................................................................................................112 6.3.1 Validação no Intalio ...............................................................................................................112 6.3.2 Console Intalio ........................................................................................................................117 6.3.3 Dificuldades encontradas no Intalio BPMS .........................................................................120 6.3.4 Validação no Oracle BPM .....................................................................................................122 6.3.5 Dificuldades encontradas no Oracle BPM Studio ...............................................................128 6.4 RESULTADOS ..........................................................................................................................128 6.4.1 Protótipo na ferramenta JBPM ............................................................................................129 6.4.2 Comparativo entre as ferramentas Oracle BPM Studio e Intalio .....................................130 6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................................131
7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS.......................................................................... 133
7.1 CONCLUSÕES ..........................................................................................................................133 7.2 TRABALHOS FUTUROS .........................................................................................................134
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 136
ANEXOS ............................................................................................................................................ 140
ANEXO A – RESOLUÇÃO N 29/2006-GP (PARTE 1) - TJSC ................................................... 141
ANEXO B – RESOLUÇÃO N. 29/2006-GP (PARTE 2) - TJSC .................................................. 142
ANEXO C – RESOLUÇÃO N. 29/2006-GP (PARTE 3) - TJSC .................................................. 143
ANEXO D – RESOLUÇÃO N. 18/2006-GP– TJSC ....................................................................... 144
ANEXO E – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO II ....... 145
ANEXO F – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO III ...... 146
16
1 INTRODUÇÃO
Em 2002, explodiram escândalos por parte de empresas norte-americanas (Enron,
Worldcom, Tyco) que mascaravam sua realidade financeira, foi o estopim para o surgimento
de uma nova concepção da mentalidade aplicado sobre os processos dentro das
corporações.(CLARKE, 2007)
Novas leis foram promulgadas na constituição estadunidense a fim de fiscalizar e
tornar transparente e auditáveis as diversas operações financeiras (WEILL, 2004).
A Lei intitulada Sarbanes-Oxle, apelidada de SOX ou Sarbox, foi assinada pelo
senador democrata Paul Sarbanes e o deputado Republicano Michael Oxley em 30 de julho de
2002 a fim de impor rígidas regras às empresas estadunidenses em virtude dos escândalos
ocorridos (CAMPBELL, 2004).
Em 2003, foi publicado o livro “Business Process Management: The Third
Wave”, de autoria de Howard Smith e Peter Fingar, em contrapartida as novas adequações as
quais a empresas haveriam de se submeter.
“The Third Wave”, ou A Terceira Onda se referenciava ao Business Process
Management (BPM), precedido de Business Process Reengineering (BPR) a segunda onda e
Six Sigma (1ª onda e ainda bastante difundida).
Levando-se em consideração que as empresas que haveriam de se adequar as
novas leis eram também multinacionais, suas filiais ao redor do mundo também sofreriam
mudanças, o que proliferaria a institucionalização do BPM como alternativa em todo o
planeta e inclusive no Brasil.
Mas, enfim, que relação teria a Tecnologia da Informação (TI) com o ocorrido? A
resposta seria “tudo”.
Para as empresas adequarem-se às exigências da nova lei, o setor de TI haveria de
andar lado a lado com o negócio das empresas.
Exigências de relatórios, rastreabilidade de operações, o setor de TI tem que gerir
e estar intimamente ligado para poder entender e desenvolver aplicativos com base no
conhecimento destas regras de negócio.
Fernandes e Abreu (2006, p. 17) explicam o processo de alinhamento estratégico
da TI:
17
O processo de alinhamento estratégico da tecnologia da informação procura
determinar qual dever ser o alinhamento da TI em termos de arquitetura, infra-
estrutura, aplicações, processos e organização com as necessidades presentes e
futuras do negócio. Este processo é executado no contexto do Plano de Tecnologia
da Informação.
Além das exigências estabelecidas pelas novas leis, existem outras razões para o
uso de uma melhor estruturação dos negócios nas empresas, por exemplo, “[...]
hipercompetitividade global, crescimento da complexidade organizacional, a maior exigência
dos atores envolvidos (acionistas, imprensa, etc.) [...]”. (BURLTON, 2001, apud BALDAM et
al; 2010, p. 42).
1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
A solução proposta por este trabalho se refere ao problema que consiste na
necessidade de adoção de um padrão organizacional de processos existentes dentro do setor
de recursos humanos do Poder Judiciário de Justiça de Santa Catarina.
Além disto, o processo de licença saúde impacta na execução de outros processo
dentro do TJSC.
Por ora, essa necessidade é existente em virtude da filosofia de trabalho adotada,
até então, que se baseia na utilização de ferramentas legadas ou carência delas, ou por
indisponibilidade de mão-de-obra causada pela demasia de tarefas dadas aos participantes
envolvidos, o primeiro dá-se em virtude da frequente troca de gestores, que consigo trazem
ideais positivos, porém sem tempo hábil para pô-los em prática.
Será aqui citado um exemplo prático:
Por motivo de saúde, o colaborador do Poder Judiciário (comarcas e Tribunal de
Justiça catarinense) tem que se ausentar do serviço. Para isso, o colaborador, precisa
preencher formulário disponível na página de internet do Tribunal de Justiça, imprimi-lo,
protocolá-lo e mandá-lo, juntamente com o atestado, para um posterior setor despachá-lo para
o TJSC, para a aprovação e, arquivamento.
Porém o processo descrito acima possui pormenores que o tornam burocrático e lento,
como, por exemplo:
avaliação de diversos setores dentro do TJSC;
18
encaminhamento dos documentos por correios ou automóvel;
necessidade de um sistema para automatização.
Para melhorar o desempenho do processo, será utilizado BPM.
A problemática pode ser dividida da seguinte forma:
sintoma: demora para resposta de um pedido de licença saúde;
causa: não reestruturação do processo e, falta de uso da tecnologia para agilizar o
mesmo;
consequência: gastos excessivos de dinheiro e, de mão de obra;
solução: implementação dos conceitos e, de ferramentas de BPM.
1.2 QUESTÃO DE PESQUISA
Considerando as informações explanadas anteriormente, pode se usar a seguinte
pergunta como proposta de pesquisa:
Até que ponto a adoção de um novo paradigma de processos em um sistema de
recursos humanos de um órgão público é capaz de ajudar aos colaboradores a exercer suas
tarefas administrativas com maior eficiência?
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.3.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como principal objetivo apresentar um case da aplicação de
modelagem e automatização de processo, utilizando os conceitos de BPM no processo de
19
licença saúde da diretoria de Recursos Humanos dentro do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina.
1.3.2 Objetivos Específicos
São objetivos deste trabalho:
a) pesquisa bibliográfica exaustiva dos conceitos BPM;
b) propor um modelo do processo de licença saúde a partir de observações e
experiências;
c) descrever e proporcionar dicas para a autilização dos sistemas BPMS
utilizados;
c) efetuar comparativos entre as ferramentas;
1.4 JUSTIFICATIVA
Com a recessão econômica global ocorrida nos últimos anos, existe uma
necessidade natural das empresas buscarem formas de cortar custos.
Consequentemente e de forma errada, processos de negócio são, muitas vezes,
eliminados ou deixados em segundo plano.
Por outro lado, o BPM se tornou uma alternativa, que, em virtude da crise
ocorrida, amplamente utilizada no contexto corporativo, pois tem como objetivo otimizar os
processos de negócio residentes nas corporações e, com isso reduzir custos.
Para o profissional de análise de processos, o Analista de processo chegar a
conclusão de quais processos são os mais adequados à realidade específica da empresa ou são
20
realmente desnecessários, ele usa técnicas de Business Process Analysis (BPA) e Business
process Improvement (BPI).
Silva (2009, p. 303) define que BPA “é um conjunto de metodologias e de
ferramentas para reduzir custos, agregar valor, reduzir tempo e risco na análise de processos
de negócio.”
Harrington, Essling e Nimwegen (1997, p. 5, tradução nossa) descrevem BPI
sendo “uma metodologia que é desenhada para trazer melhorias paulatinas no setor
administrativo e de processos de suporte”.
Uma vez mapeados os processos de negócios (chamados “As is”, ou ao pé da
letra, como estão dispostos no momento atual), através da coleta de dados quantitativos e
qualitativos, são feitas análises sobre esses processos, apontando seus pontos fracos;
em segundo momento, esses pontos fracos são tratados no interesse de aperfeiçoar
o desempenho do processo de negócio (essa etapa denomina-se “To be” ou como eles serão
futuramente aperfeiçoados).
Segundo Khosrow-Pour (2006, p. 138, tradução nossa), as finalidades dos
conceitos "As is" e "To be" são:
O primeiro passo do processo é definir o "As is" e "To be" do BPM para que os
processos de negócio sejam propriamente identificados. O processo de BPM
consiste na decomposição do domínio da empresa em áreas funcionais e funções pra
uso específico do negócio. O processo "To be" deve ter como foco a identificação
das atividades ou subprocessos que podem ser agrupados de tal forma que possam
ser compartilhados.
Recursos tecnológicos são utilizados com a intenção de constituir padrões de
melhoramento contínuo aos processos de negócios residentes dentro do contexto corporativo.
Entre esses recursos tecnológicos existe um em que a tendência é cada vez maior
de ser utilizada em virtude de adequação a exigências legais ou à competitividade de mercado
por parte das corporações. Esse recurso é o BPM.
O BPM é uma alternativa que utiliza ferramentas e procedimentos na intenção de
mapear e unir os processos constituintes dentro dos diversos setores de uma instituição
corporativa e, com o auxílio de softwares retratar, através de fluxos-gramas e outros artifícios,
de forma generalizada, o funcionamento sistemático de uma corporação.
Partindo dos pressupostos aqui estabelecidos, chega-se a conclusão de que as
empresas que adotam o BPM como ideologia de negócio, possuem retornos positivos. Assim,
21
estará investindo em documentação, organização e normatização dos seus processos de
negócios.
Além disso, todo o contexto estrutural da empresa torna-se transparente. Com
fácil e rápido acesso aos dados dos processos que estarão bem definidos, duvidas referentes
aos mais diversos contextos poderão ser respondidas de uma forma muita mais eficiente e
ágil.
Outra grande vantagem, quando da adoção de um sistema BPM, é que gastos
desnecessários são potencialmente eliminados, e a produtividade invariavelmente aumenta.
Portanto, o trabalho, agora apresentado, propõe-se a viabilizar uma melhoria no
processo de licença saúde da Secretaria de Recursos Humanos do TJSC e, com isso,
minimizar falhas e efetuar desburocratização do específico processo.
1.5 ORGANIZAÇÃO DESTE TRABALHO
Este trabalho será apresentado em sete capítulos:
1.5.1 Introdução
A introdução contém uma breve descrição da apresentação do problema, questão
de pesquisa, objetivos que se pretendem alcançar com os esforços despendidos em razão do
estudo do assunto delimitado.
Além disso, estarão no mesmo contexto, os motivos os quais viabilizaram o
desenvolvimento deste trabalho, o qual estará implícito na justificativa e, por fim, o conteúdo
da explanação, agora apresentada, a organização do trabalho.
22
1.5.2 Revisão Bibliográfica
No intuito de aprofundar o conhecimento obtido através da pesquisa feita, na
revisão bibliográfica são abordados temas básicos, como, por exemplo, o processo até a
definição de BPM em que o título abraça toda a gama de conceitos por trás da modelagem de
processos de negócio.
1.5.3 Metodologia
Na metodologia, serão divulgados os dados empíricos constatados. Através de
pesquisas qualitativas e quantitativas, serão demonstrados índices que traçarão o caminho em
questão.
1.5.4 TJSC
Serão apresentados, neste capítulo, o histórico e a função da instituição em que o
processo está sendo estudado. As leis, por detrás do processo estudado, serão expostas para
determinar os critérios do capítulo próximo, a modelagem.
1.5.5 Modelagem
O processo como está atualmente e como será remodelado, será apresentado neste
capítulo.
23
Os itens para a modelagem de um sistema de informação serão desenvolvidos no
capítulo modelagem. O capítulo modelagem servirá de embasamento para o capítulo
desenvolvimento.
1.5.6 Desenvolvimento
Serão detalhados todos os itens necessários a fim de explicar o funcionamento do
protótipo na ferramenta Oracle BPM Studio e Intalio. Os resultados deste capítulo serão
demonstrados no mesmo.
Conforme a pergunta de pesquisa, “até que ponto a adoção de um padrão
modelagem de processos será útil a ponto de trazer transformações comportamentais a fim de
auxiliar colaboradores a efetuarem suas tarefas com maior eficiência?”, será demonstrado até
que ponto essa pergunta poderá ser respondida.
1.5.7 Conclusões e trabalhos futuros
Será visto uma visão geral de todas as etapas passadas no desenvolvimento e
pesquisa do trabalho.
Como conclusão, serão explicados os pontos em que existiram ganho de
conhecimento, as dificuldades enfrentadas e os pontos que puderam ser melhorados no
desenvolvimento do protótipo do trabalho apresentado.
24
2 PROCESSOS DE NEGÓCIOS
Este capítulo apresenta uma pesquisa bibliográfica dos temas: Processo, sub-
processo, atividade, tarefa, ambiente e ator que formam o conjunto de artefatos tácitos nos
conceitos básicos da estrutura de um processo.
Além desses, serão abordados os conceitos das tecnologias, ferramentas e
linguagens usadas a fim de formular a fundamentação teórica desta monografia.
2.1 PROCESSO
No decorrer do desenvolvimento deste trabalho, o termo “processo” será
frequentemente abordado e, para explaná-lo com a intenção de repassar uma percepção
pedagógica, será proporcionada nesse momento sua forma semântica.
Para Cruz (1998, p. 34), processo é defendido como “Conjunto de atividades que
tem por finalidade transformar, montar, manipular e processar insumos para produzir bens
serviços que serão disponibilizados por clientes.”
Outro conceito que reafirma o que é o processo de negócios é: “Um processo é
uma série de atividades inter-relacionadas que convertem negócios de entrada em negócios de
saída”. (MANGANELLI E KLEIN, 1994, apud CRUZ, 1998, p. 35).
E, por fim, “Processo é uma série de atividades que consomem recursos e
produzem um bem ou serviço”. (HRONEC, 1994, apud CRUZ, 1998, p. 35).
Com os conceitos estabelecidos, pode-se resumir processo como sendo um
apanhado de atividades que têm como objetivo produzir um bem ou serviço, tendo como
entrada um insumo.
A partir desse conceito, pode-se passar para a próxima etapa que é desvendar os
pormenores que caracterizam o item aqui estudado, o processo.
25
2.1.1 Sub-processo
Segundo Cruz (2004, p. 37), sub-processo é um “Conjunto de atividades
correlacionadas, que executa uma parte específica do processo, do qual recebe insumo e para
o qual envia o produto do trabalho realizado por todas as atividades que o compõem.”
Jacko (2009, p. 810, tradução nossa) define os propósitos do sub-processo como:
“Sub-processo é usado para duas finalidades principais: em primeiro lugar, para descrever pós
e prés estados de condição, segundo, para colocar diferentes processos em um contexto
comum ou para descrever subestruturas especializadas.”
Pode-se descrever então sub-processos, como o próprio nome sugere, como um
nível hierárquico abaixo do processo e que tem como intuito estabelecer uma maior
organização na definição dos processos ou macro processos.
Segundo Allweyer (2010, p. 79, tradução nossa), “Modelos Business Process
Modeling Notation (BPMN) podem conter dois tipos de atividades: Tarefas e sub-processos.
Tarefas não são subdivididas. Sub-processos, no seu contexto, contêm outros detalhes de
processo.”
Figura 1 – Processo com sub-processo “Abrir vaga”.
Fonte: Adaptado de Allweyer (2010).
Em conformidade com a OMG (2011, p. 502, tradução nossa), sub-processo é:
Um processo que está incluído dentro de outro processo. O sub-processo pode estar
em uma exibição recolhida que esconde os seus detalhes. Um sub-processo pode
estar em uma visão expandida que mostra os detalhes dentro da visão do processo
que está contido dentro do mesmo. Sub-processos possuem a mesma forma da
tarefa, que é um retângulo que tem cantos arredondados.
26
2.1.2 Atividade
Para Cruz (2004, p 38), atividade é “o conjunto de procedimentos que deve ser
executado a fim de produzir um determinado item.”
Outra definição de atividade é “Unidade de trabalho executada por um único
responsável, que tem condições determinadas de início e fim”. (KORBIELUS, 1977, apud
CRUZ, 1997, p. 38).
Unhelkar (2003, p. 159, tradução nossa) caracteriza atividade da seguinte
maneira:
A atividade descreve a responsabilidade de um determinado ator no processo. A
atividade é exibida graficamente como um retângulo elíptico, e descreve o que será
feito pelo ator. Atividades possuem uma sequência ou dependências. Algumas
atividades também podem ser executadas em paralelo por mais de um ator. O
elemento de atividade em um processo é o elemento controlador de um conjunto de
tarefas dentro do processo. Portanto, o elemento atividade em si não possui a mesma
existência concreta como a da tarefa.
2.1.3 Tarefa
“A tarefa é uma atividade atômica que é usada quando o detalhe do processo não
é desmembrado, (ou seja, em um processo de baixo nível).” (White e Miers, 2008, p. 226,
tradução nossa).
A concepção de Agrawal (2010, p. 120, tradução nossa) é:
Tarefas são atividades que são realizadas no mais básico nível dentro da sua
organização. Você pode criar uma estrutura em modelo de árvore para catalogar
essas tarefas. As tarefas são agrupadas em trabalhos, os quais são atribuídos a um
cargo. Essa função herda automaticamente todas as tarefas dentro de um
determinado grupo de trabalho. Além das tarefas dentro do grupo de trabalho, outras
tarefas podem ser atribuídas a essas funções separadamente.
27
Se tratando de tarefa, ela será o menor dos componentes de um processo, é o mais
baixo nível de uma modelagem de processo, o que a torna de grande importância, pois
designará a razão das atividades, sub-processos, processos, macro-processo e procedimentos.
2.2 PROCESSO DE NEGÓCIO
O processo em si pode ser explicado como qualquer conjunto de atividades que
são realizadas em função de chegar a um objetivo.
O processo de negócio não deixa de ter o mesmo significado, porém está implícito
dentro do contexto de uma empresa, corporação ou instituição. Weske (2007, p. 5, tradução
nossa), em uma de suas definições sobre processo de negócio, aborda-o como:
Um processo de negócio consiste em um conjunto de atividades que são executadas
em coordenação em um ambiente organizacional e técnico. Essas atividades em
conjunto realizam um objetivo de negócio. Cada processo de negócio é decretado
por uma única organização, mas ele pode interagir com os negócios realizados por
outras organizações.
Para a existência de um processo de negócio, é, antes necessária a existência de
um produto ou serviço e uma função/pessoa para manipular o produto/serviço.
Estabelecidos esses critérios, pode-se então exercer a modelagem de processo.
Weske (2007, p. 4, tradução nossa) esclarece o gerenciamento do processo de negócio sendo:
O gerenciamento do processo de negócio é baseado na observação de que cada
produto que a empresa oferece ao mercado, é o resultado de uma série de atividades
realizadas. Processos de negócios são instrumentos fundamentais para a organização
destas atividades e para a melhoria da compreensão das suas inter-relações.
2.2.1 Ambiente
Na existência da adoção de uma nova concepção de trabalho, que é estabelecida
pelos novos paradigmas existentes na modelagem de processo, pessoas mudam suas atitudes
28
em relação a sua função, além disso, o gerenciamento de ambiente, ou melhor, o
gerenciamento das pessoas e seus ambientes têm que ser colocados em cheque.
Nas estruturas corporativas existentes, há uma tendência natural da hierarquia de
funções possuírem uma organização vertical.
Na relação de processo horizontal, a participação e contribuição dos funcionários
são mais intensas, o que resulta em bons frutos para a empresa.
Becker et. al. (2003, p. 6 e 7, tradução nossa), explica a importância da linha de
pensamento focado em processos:
Um aspecto importante da linha de pensamento focado em processo é a cooperação
horizontal de todos os participantes, ou seja, trabalhando em conjunto com o
processo do cliente, as empresas mais bem-sucedidas, muitas vezes têm maior grau
de integração das pessoas envolvidas no processo. Estratégias corporativas
avançadas presumem que as companhias futuras serão estruturadas em "redes", e
visualizam a disseminação de empresas virtuais com a descentralização de
atividades individuais. Essas empresas são mais flexíveis e capazes de aprender que
as empresas tradicionais. Eles permitem uma participação criativa de muitos
funcionários dentro e fora da empresa, e motivam e gerar mais inovação e melhorar
o desempenho.
2.2.2 Ator
O ator pode ser determinado como uma pessoa, máquina ou sistema que possui
uma função, que exerce um trabalho e que contribui para o desenvolvimento de um produto
ou serviço e também fazendo uso desse produto ou serviço.
Segundo Draheim (2010, p. 210, tradução nossa), a designação e a definição do
ator no contexto do processo são:
Atores podem ser anexados às atividades de processo de negócios e definição fluxo
de trabalho. No nível de modelagem de processos de negócios a designação de um
ator para uma atividade pode ter o significado de ser responsável pela atividade, que
executa a atividade, que faz o trabalho da atividade e assim por diante. Em geral, os
atores podem ser agentes humanos, mas também podem ser atores não humanos
como máquinas ou sistemas de TI.
29
2.2.3 Modelagem de processos
Segundo Mendling (2008, p. 11, tradução nossa), modelagem de processo é:
A modelagem de processos é a atividade humana de criar um modelo de processo de
negócios. A modelagem de processos envolve uma abstração do processo de
negócio do mundo real, porque serve a um propósito determinado de modelagem.
Portanto, apenas os aspectos relevantes para efeitos de modelagem são incluídos no
modelo de processo.
A modelagem de processo de negócio será um modelo mental estabelecido,
geralmente, de forma gráfica, desenvolvido para entender o funcionamento de uma
determinada parte de uma empresa, ou toda a empresa, dependendo do nível de detalhes
estabelecidos.
2.3 TECNOLOGIAS
Nesta seção, serão descritas as ferramentas tecnológicas que viabilizam a técnica
de modelagem de processos.
Os tópicos apresentados, Workflow, BPM e suas ramificações serão apresentados
por serem amplamente usados e difundidos, fato que ocorrerá com embasamento literário de
órgãos responsáveis pela padronização dessas tecnologias e autores criadores das notações.
2.3.1 Notação Eriksson-Penker
Nesta seção, será passado ao leitor o significado de algumas notações/estereótipos
Eriksson-Penker, as quais foram utilizadas para mapear os macro-processos do
desenvolvimento deste trabalho.
As extensões de negócio Eriksson-Penker fornecem um conjunto de elementos do
modelo de negócios chamados estereótipos que permitem modelar e capturar a
30
essência de um negócio. Os estereótipos são divididos em quatro categorias:
processo (process), recursos (resources) e regras (rules), metas (goals) e diversos
(miscellaneous). (ERIKSSON; PENKER, 2000, p. 257, tradução nossa).
Alguns dos estereótipos Eriksson-Penker utilizados por este trabalho são descritas
a seguir:
“Um processo é uma descrição de um conjunto de atividades relacionadas que,
quando corretamente realizadas, irão satisfazer um objetivo explícito.” (ERIKSSON;
PENKER, 2000, p. 257, tradução nossa)
Figura 2 – Estereótipo de processo de Eriksson-Penker.
Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).
As metas “denotam estados desejados, o que significa que as metas motivam
ações conduzindo mudanças de estado em uma desejada direção.” (ERIKSSON; PENKER,
2000, p. 257, tradução nossa).
Figura 3 – Estereótipo de meta de Eriksson-Penker.
Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).
A recepção de evento de negócios, como o próprio nome, “exibe um evento de
negócio recebido.” (ERIKSSON; PENKER, 2000, p. 257, tradução nossa).
Figura 4 – Estereótipo de recepção de sinal de Eriksson-Penker.
Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).
31
Segundo Eriksson e Penker (2000, p. 79, tradução nossa) inputs ou entradas são
“objetos que são consumidos ou refinados durante o processo”. Outputs ou saídas são
“objetos que são produzidos pelo processo ou que são o resultado do refinamento de um ou
mais objetos de entrada.”
Figura 5 – Entrada, processo e saída de objeto de Eriksson-Penker.
Fonte: ERIKSSON; PENKER (2000).
Segue o macro-processo com todos os itens da notação Eriksson-Penker,
conforme a figura 6.
Figura 6 – Diagrama Eriksson-Penker Simples.
Fonte: Sparx Systems (2011).
2.3.2 Workflow
A definição de workflow segundo Reijers (2003, p. 20, tradução nossa) é:
Um Workflow é tido como um tipo especial de processo de negócios que possui
algumas características peculiares que o colocam acima de processos de negócios.
32
Além disso, existem algumas características que os Workflows normalmente
compartilham, embora eles não sejam essenciais.
Para o órgão Workflow Management Coalition (Wfmc) (1999, p. 8, tradução
nossa), workflow é definido como “A automação do processo de negócio, no todo ou em
parte, durante o qual documentos, informações ou tarefas são passadas de um participante
para outro por ação, conforme um conjunto de regras processuais.”
2.3.3 BPM (Business Process Management)
O gerenciamento de processos de negócio (BPM) surgiu sendo uma evolução de
outras formas de reengenharia aplicadas ao negócio das empresas. Conforme o gráfico abaixo,
pode-se analisar a linha de tempo e os movimentos que foram adotados.
Figura 7 – O ciclo de promoção da BPM.
Fonte: Jeston; Nelis, (2006), com modificações.
Conforme análise da figura 7, o BPM foi precedido do movimento Business
Process Reengineering (BPR) e que, por sua vez, foi precedido do movimento Six Sigma.
33
Uma concepção sintética sobre BPM, descrita por Jeston e Nelis (2006, p. 11,
tradução nossa), é “A realização de objetivos de uma organização através da melhoria de
gestão e controle dos processos de negócio essenciais.”
Weske (2007, p. 5, tradução nossa) define que “BPM inclui conceitos, métodos e
técnicas para apoio à concepção, administração, configuração, aprovação e análise de
processos de negócios.”
A OMG (2011, p. 499, tradução nossa) cuja sigla significa Object Management
Group é um consórcio que fornece um ambiente comum para o desenvolvimento de
aplicações, usando programação orientada a objetos, que também é responsável pela
padronização do BPM, o define como:
Os serviços e ferramentas que suportam o gerenciamento de processo (por exemplo,
análise de processo, definição, tratamento, acompanhamento e administração),
incluindo o apoio para a interação humana e de nível de aplicativo, ferramentas de
BPM podem eliminar processos manuais e automatizar o encaminhamento dos
pedidos entre departamentos e aplicações.
Será averiguada mais uma definição de BPM, agora conforme o grupo Gartner,
(2008, apud MARKOVIC, 2009, p. 14, tradução nossa), uma das mais renomadas entidades
em se tratando de BPM:
Um conjunto de disciplinas de gestão empresarial eficaz que aceleram a melhoria do
processo, misturando métodos incrementais e transformadores. Práticas de gestão
BPM fornecem a governança de um ambiente de processos de negócios com o
objetivo de melhorar a agilidade e o desempenho operacional. BPM é uma
abordagem estruturada que emprega métodos, políticas, métricas, práticas de gestão
e ferramentas de software para gerenciar e aperfeiçoar continuamente as atividades e
processos de uma organização.
Segundo Cruz (2006, p. 63), BPM é descrito como:
Conjunto formado por metodologias e tecnologias que possibilitam que processos de
negócio integrem, lógica e cronologicamente, cliente, fornecedores, parceiros,
influenciadores, empregados e todo e qualquer elemento que com eles possam,
queiram ou tenham de interagir, dando ao ambiente interno e externo da organização
uma visão completa e essencialmente integrada das suas operações.
Com o último conceito estabelecido, pode-se agora desmembrar os detalhes
acerca do BPM.
34
2.3.3.1 Ciclo de vida BPM
No CBOK (Common Body of Knowledge) da ABPMP (The Association of
Business Process Management Professionals), é descrito o Ciclo de Vida BPM.
Nesse ciclo são relatadas as seis atividades do ciclo de vida BPM: planejamento,
análise, desenho e modelagem, implantação, monitoramento, controle e refinamento.
Essas atividades são regulamentadas pelos quatro conceitos primários segundo a
ABPMP: valores, crenças, liderança e cultura, que podem ser vistos na próxima figura.
(ABPMP, 2009, p. 35).
Figura 8 – Ciclo de vida BPM.
Fonte: ABPMP (2009).
2.3.3.1.1 Planejamento
35
No primeiro momento, o planejamento busca agregar estratégias dirigidas a
processos e com isso estabelecer uma visão de gerenciamento contínuo de processos à
organização.
Para isso é necessário integrar as estratégias da empresa com pessoas, processos e
sistemas. Além disso, o planejamento estabelece os papéis e responsabilidades de BPM,
metas a serem atingidas, medições de desempenho e metodologia. (ABPMP, 2009, p. 36).
2.3.3.1.2 Análise
A análise é necessária para ter um entendimento geral do processo de negócio.
Para isso, é fundamental compreender os planos estratégicos da empresa, possuir
informações de modelos de processo, ambiente externo, análise de desempenho e qualquer
informação que venha a agregar conhecimento para compreender o processo a ser estudado.
(ABPMP, 2009, p. 37).
2.3.3.1.3 Desenho e Modelagem
O desenho do processo considera variáveis como tempo, lugar, quem e qual
metodologia são aplicadas ao processo.
“O desenho define o que a organização quer que o processo seja e responde
questões como: o quê, quando, onde, quem e como o trabalho ponta-a-ponta é realizado.”
(ABPMP, 2009, p. 37).
2.3.3.1.4 Implementação
36
Após a aprovação do desenho do processo, ele é realizado (implementado). Novas
regras e políticas podem surgir com o novo processo modelado, que também é considerado na
fase de implementação. (ABPMP, 2009, p. 37).
2.3.3.1.5 Monitoramento e Controle
Na fase de monitoramento e controle, o processo já está estruturado a ponto de
fornecer métricas de informação-chave de desempenho, que comparadas com as metas
estabelecidas pela organização podem desencadear ajustes, redesenho ou melhorias no
processo. (ABPMP, 2009, p. 38).
2.3.3.1.6 Refinamento
Quando os indicadores de desempenho obtido, através do monitoramento e
medição dos processos não estão de acordo com os objetivos pretendidos pela organização, os
processos são refinados até mesmo na fase de pós-implementação. (ABPMP, 2009, p. 38).
2.3.4 BPMS
Em português, a sigla BPMS pode ser redigida como Sistemas de Apoio ao
Gerenciamento de Processos de Negócio.
Segundo a OMG (2011, p. 499, tradução nossa), Business Process Management
System (BPMS) nada mais é do que o “sistema que habilita o BPM”.
O BPMS, onde o “S” pode ser designado tanto como “System” ou “Suite”, quando
“Suite”, é um conjunto de sistemas que auxiliam a dar vida ao conceito de BPM.
37
Segundo Weske (2007, p. 6, tradução nossa) BPMS “é um sistema de software
genérico que é impulsionado por representações explícitas de processo para coordenar a
adoção de processos de negócios.”
Figura 9 – Componentes de uma suíte BPM
Fonte: Gillot, (2008). Com modificações.
Na figura 9, observam-se quais são os requisitos básicos de uma suíte para o
fornecimento de um ambiente propício para a execução das práticas de BPM.
O ambiente terá que oferecer:
capacidade de integração com toda a arquitetura BPM;
efetivação da modelagem de processos de negócios;
disponibilidade de medidas através de painéis de controle (dashboards);
desenvolvimento de fluxo de trabalho.
2.3.4.1 BAM
Traduzindo para o português, Business Activity Monitoring (BAM) significa
Monitoração das Atividades de Negócio.
Segundo Groot (2008, p. 242, tradução nossa), a definição para BAM é a
seguinte:
Business Activity Monitoring (BAM) refere-se à definição de algumas métricas que
precisam ser mantidas e as condições para alertas e ações. Comparado a um
dashboard, o BAM é geralmente em tempo real e acionado por eventos e orientado
em torno de processos de negócios.
38
2.3.4.2 KPI
KPI, traduzido literalmente para o português, é o termo Indicador-Chave de
Desempenho.
A definição de Stähli de KPI (2006, p. 212, tradução nossa) é:
Um Key Performance Indicator (KPI) é a medida do desempenho de uma atividade
que é fundamental para o sucesso de uma organização. Além da máxima inflamada
que é "Você não pode controlar o que não mede", a definição desses indicadores
específicos cuja implementação e utilização trariam o benefício mais mensurável
para uma organização específica. Essas medidas podem variar substancialmente de
organização para organização. KPI's devem ser adaptados às definições de cada
empresa.
2.3.5 BPMN
Neste momento passa-se a pormenorizar a notação padrão usada em conformidade
com o título deste trabalho, a BPMN.
A palavra notação, semanticamente analisando, trata-se de uma norma de
reprodução convencional, que utiliza sinais e outros agentes que possam ser expressos
graficamente, a fim de transmitir idéias.
Segundo a OMG (2011, p. 1, tradução nossa):
O principal objetivo do BPMN é fornecer uma notação que seja facilmente
compreensível por todos os usuários do negócio, dos analistas de negócio, que criam
os rascunhos iniciais dos processos, para os desenvolvedores técnicos responsáveis
pela execução da tecnologia que irá executar os processos e, finalmente, para as
pessoas de negócios que irão gerenciar e monitorar os processos. Assim, a BPMN
cria uma ponte padrão para a distância entre o projeto de processos de negócios e a
implementação dos processos.
Mas qual seria a intenção para o uso dessa notação? A OMG (2011, p. 1, tradução
nossa) explica:
A intenção da BPMN é a padronização de um modelo de processo de negócios e
anotação em face de muitas notações de modelagem e pontos de vista diferentes. Ao
fazer isso, BPMN irá fornecer um meio simples de comunicar informação para
outros usuários do negócio, implementadores de processos, clientes e fornecedores.
39
Figura 10 – Representação do BPMN Core e da estrutura de camadas.
Fonte: OMG (2011). Com modificações.
A especificação da BPMN é tida pela OMG (2011, p. 49, tradução nossa) como:
A especificação BPMN é estruturada em camadas, em que cada camada superior é
gerida e estendem-se as camadas inferiores. Um Núcleo (core) ou kernel está
incluído, que contextualiza os elementos mais fundamentais da BPMN, que são
necessários para a construção dos diagramas de BPMN: Processo, coreografia, e
colaboração. O núcleo pretende ser simples, conciso e extensível com um
comportamento bem definido.
2.3.5.1 Padrão de notação BPM (BPMN)
A seguir, serão apresentadas as notações mais básicas do modelo BPMN
publicados pela OMG, o órgão responsável por esse padrão. Mas, antes, será explanado o
significado de coreografia, bastante abordado no desenvolvimento que se segue.
A coreografia é um tipo de processo, mas difere em propósito e comportamento de
um padrão BPMN de processo. Um processo padrão, ou uma orquestração de
40
processo, é mais familiar para a maioria dos modeladores do processo e define o
fluxo das atividades de uma entidade parceira ou organização específica. Em
contraste, coreografia formaliza o negócio da maneira em que os participantes
coordenam as suas interações. O foco não está nas orquestrações do trabalho
realizadas pelos participantes, mas sim sobre a troca de informações (mensagens)
entre esses participantes. (OMG, 2011, p. 315, tradução nossa).
Segundo Havey (2005, p. 204, tradução nossa), “orquestração, por convenção,
refere-se à coordenação a nível de processo de um único participante, enquanto a coreografia
refere-se à visão global, abrangendo vários participantes”.
2.3.5.1.1 Evento
O Evento é algo que "acontece" durante o curso do processo ou de uma Coreografia.
Esses eventos afetam o fluxo do modelo e, geralmente, têm uma causa (gatilho) ou
um impacto (resultado). Os eventos são círculos com centros abertos para permitir
indicadores internos para diferenciar distintos disparadores ou resultados. São três os
tipos de eventos, com base em quando afetam o fluxo: Início, Intermediário e Final.
(OMG, 2011, p. 29, tradução nossa).
Figura 11 – Notação de evento.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.2 Atividade
Uma Atividade é um termo genérico para o trabalho que a empresa realiza em um
processo. Uma Atividade pode ser atômica ou não atômica (composta). Os tipos de
atividades que fazem parte de um Modelo de processo são: do Sub-processo e da
tarefa, que são retângulos arredondados. As atividades são usadas em processos
padronizados e coreografias. (OMG, 2011, p. 29, tradução nossa).
41
Figura 12 – Notação de atividade.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.3 Gateway
O Gateway é usado para controlar a divergência e convergência dos fluxos de
sequência de um processo e em uma coreografia. Assim, ele vai determinar à
ramificação, a bifurcação, a fusão e a união de caminhos. Marcadores internos
indicarão os tipos de controle do comportamento. (OMG, 2011, p. 29, tradução
nossa).
Figura 13 – Notação de gateway.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.4 Fluxo de sequência
O fluxo de sequência é usado para mostrar a ordem em que as atividades serão
realizadas em um processo e em uma coreografia. (OMG, 2011, p. 29, tradução nossa).
Figura 14 – Notação de fluxo de sequência.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.5 Fluxo de mensagem
42
Um fluxo de mensagens é utilizado para mostrar o fluxo de mensagens entre dois
participantes que estão preparados para trocar mensagens. Em BPMN, dois pools
separados em um diagrama de colaboração representarão os dois participantes (por
exemplo, entidades parceiras e / ou funções parceiras). (OMG, 2011, p. 29, tradução
nossa).
Figura 15 – Notação de fluxo de mensagem.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.6 Associação
A associação é utilizada para interligar as informações e artefatos com elementos
gráficos BPMN. Anotações de texto e outros artefatos podem ser associados com os
elementos gráficos. A ponta da seta na associação indica uma direção de fluxo (por
exemplo, dados), quando for o caso. (OMG, 2011, p. 29, tradução nossa)
Figura 16 – Notação de associação.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.7 Pool
O pool, ou piscina, é a representação gráfica de um participante em uma
colaboração. Ele também atua como uma "raia" sendo um contêiner gráfico para
partilhar um conjunto de atividades de outros pools, geralmente no contexto de
situações de Business-to-Business (B2B). Um pool poderá agrupar detalhes internos,
sob a forma do processo que será executado, ou não terá detalhes internos, ou seja,
pode ser uma "caixa preta”. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).
Figura 17 – Notação de pool.
Fonte: OMG (2011).
43
2.3.5.1.8 Raias
“Uma raia é uma sub-partição dentro de um processo, às vezes dentro de um
pool, e vai se estender durante toda a duração do processo seja na vertical ou na horizontal.
Raias são usadas para organizar e categorizar atividades.” (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa)
Figura 18 – Notação de raias.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.9 Objetos de dados
Objetos de dados fornecem informações sobre as atividades que necessitam ser
executadas e/ou que produzem, objetos de dados podem representar um objeto
singular ou uma coleção de objetos. Dados de entrada ou saída fornecem as mesmas
informações para os processos. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).
Figura 19 – Notação de objeto com dados.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.10 Mensagem
44
“A mensagem é usada para descrever o conteúdo da comunicação entre dois
participantes (definida por uma entidade parceira de negócios ou uma função parceira de
negócios)”. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).
Figura 20 – Notação de mensagem.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.11 Grupo
Alguns grupos contêm elementos gráficos que estão dentro de uma mesma
categoria. Esse tipo de agrupamento não afeta a sequência dos fluxos dentro do
grupo. O nome da categoria aparece no diagrama como o rótulo de grupo. As
categorias podem ser usadas para documentação ou para fins de análise. Os grupos
são uma maneira em que as categorias dos objetos podem ser visualmente exibidas
em um diagrama. (OMG, 2011, p. 30, tradução nossa).
Figura 21 – Notação de grupo.
Fonte: OMG (2011).
2.3.5.1.12 Anotação textual
“As anotações textuais são um mecanismo de modelagem que fornecem
informações de texto adicional para o leitor em um diagrama BPMN.” (OMG, 2011, p. 30,
tradução nossa).
45
Figura 22 – Notação de anotação textual.
Fonte: OMG (2011).
A seguir, são apresentadas notações mais detalhadas.
A figura 22 ilustra uma especificação de eventos e gateways com um nível maior
de detalhes, que podem ser utilizados em diagramas de atividades em casos específicos.
Figura 23 – Eventos presentes na notação BPMN.
Fonte: Reis (2008).
46
A figura 22 ilustra a especificação de atividades com um nível maior de detalhes,
que podem ser utilizados em diagramas de atividades em casos específicos.
Além disso, são vistos na figura 23 a notação pool e dados.
Figura 24 – Atividades presentes na notação BPMN
Fonte: Reis (2008)
47
2.4 FERRAMENTAS
Para ilustrar um pouco do que as ferramentas de modelagem de processos têm
para oferecer, serão desdobradas características das mesmas na visão das empresas que as
concebem.
Para não estender-se muito na apresentação de diversas ferramentas BPM, será
focado em 3 das ferramentas mais populares quando o assunto é Modelagem de Processos de
Negócio: Blueworks Live, Oracle BPM Studio e Intalio
2.4.1 IBM (Blueworks Live)
O Blueworks Live é uma solução da International Business Machines (IBM) em
se tratando de BPM baseado em computação nas nuvens:
As características apresentadas por Underdahl (2011, p. 26) da solução da IBM
são listadas como:
• simplicidade na automatização de processos;
• integração com a comunidade BPM;
• relatórios e dashboards embutidos;
• governança;
• descoberta e documentação de processos complexos;
No web site da IBM, que caracteriza sua ferramenta, o Blueworks live, pode-se
encontrar:
1) As propriedades de descoberta e manutenção que são listadas a seguir:
• desenvolvimento e descoberta de processos colaborativos;
• ferramenta visual para manipulação de atividades;
• importação de documentos para Excel, Word, Visio, em arquivo PDF, BPMN 2.0 e
XPDL para execução no websphere Lombardi Edition;
• controle sobre a frequência da documentação de processos;
• colaboração centralizada e auxílio de redes sociais;
• comunidade privada;
• comunidade pública;
48
• controle de acesso;
• simplicidade na automatização de processos;
2) Características de segurança e privacidade da ferramenta são:
• garantia de privacidade e segurança;
• servidores com segurança física;
• segurança de rede;
• criptografia de dados;
• segurança do sistema operacional;
• confiabilidade e backup;
• recuperação de desastres. 1
A ferramenta Blueworks Live não será utilizada no desenvolvimento do projeto.
Foram definidas pelo autor três empresas com renome mundial e suas respectivas ferramentas
BPM.
Nessa apresentação, porém existe uma gama de ferramentas que auxiliam na
modelagem de processo de negócio, como Bizagi, JBPM e outras. Cada uma com suas
peculiaridades e limitações.
2.4.2 Oracle BPM Studio (ferramenta proprietária)
Encontram-se no Site do Oracle BPM as seguintes características:
1) Características do Studio
• modelagem de BPMN amigável para o usuário;
• workflow, regras, e editor de formulários;
• integração flexível via introspecção;
• simulação de multiprocessos;
• ambiente para teste e depuração;
• modelagem em multilinguagem e documentação;
• organização, regras, calendário e regras de feriados;
2) Características de interação do usuário
• interface baseada em Web para usuários finais;
• características de desenvolvimento colaborativo;
• java Server Faces (JSF) customizáveis;
• acesso baseado em funções;
• visualizações customizáveis;
1 Conteúdo retirado, adaptado e traduzido da página de internet da IBM
49
• integração com Microsoft Office;
• envio simples de notificações;
3) Características de dashboard:
• processo de monitoramento de atividade (KPI);
• geração de relatórios próximos ao tempo real;
• acompanhamento de KPI;
• gráficos e tabelas gráficas;
• dashboards pré-construídos;
• configurável pelo usuário final;
• detalhe drill-down (capacidade de efetuar análise em diferentes patamares de
tempo);
4) Características do Servidor
• suporte à múltipla plataforma;
• suporte à Extensible Markup Language (XML) Process Definition Language
(XPDL);
• multiversão de instâncias de processos;
• ligação dinâmica a serviços;
• administração baseada em console Web;
• alto desempenho e servidores escalonáveis 2
Figura 25 – Arquitetura do Oracle BPM Studio.
2 Conteúdo retirado, adaptado e traduzido da página de internet da Oracle.
50
Fonte: Oracle (2011).
A figura acima demonstra toda a estrutura da suíte BPM da Oracle. Neste trabalho
será utilizado apenas o Oracle BPM Studio para o desenvolvimento do protótipo, sem mais
nenhum recurso desta suíte.
2.4.3 Intalio (ferramenta com versão gratuita)
Encontram-se no Site Intalio BPMS as seguintes características mais relevantes:
acesso a plataforma BPM através da Web, e em qualquer Navegador;
comunidade para fomentar a colaboração;
suporte a BPMN 2.0;
suporte a Activity Based Costin;
gerenciamento ao ciclo de vida BPM;
depuração interativa;
implantação em nuvem;
suporte a Enterprise Service Bus;
gerenciamento de tarefas humanas através do padrão WS-HumanTask;
suporte a Dashboard;
console Administrativo;
melhoria continua de processos;
acesso baseado em funções. 3
3 Conteúdo retirado, adaptado e traduzido da página de internet do Intalio BPMS
(http://www.intalio.com/bpm/features).
51
Figura 26 – Ciclo de vida Intalio.
Fonte: Intalio (2011).
2.5 LINGUAGENS
A seguir, serão apresentadas as linguagens de programação mais comuns
utilizadas para a modelagem de processos de negócio.
Essas linguagens têm como objetivo convergir as diversas estruturas que possam
pertencer a um processo de negócio.
Essas estruturas podem ser um software, banco de dados, modeladores gráficos de
processo, outras linguagens de programação e, também, serviços que auxiliem o processo.
2.5.1 BPEL
Segundo Havey (2005, p. 103, tradução nossa):
A linguagem de execução de processos de negócios (BPEL4WS, geralmente
abreviado para BPEL que em inglês rima com "people") é, como sugere o nome,
uma linguagem para a definição e execução de processos de negócios. Embora não
seja a única linguagem de processos padrão, o BPEL é o mais popular, e está
começando a dominar o espaço de processo.
52
“BPEL (Business Process Execution Language for Web Services, também WS-
BPEL, BPEL4WS) é uma linguagem utilizada para composição, orquestração e coordenação
de serviços web.” (Jurič; Mathew; Sarang, 2006, p. 5, tradução nossa)
2.5.2 BPML
Segundo Willis (2008, p. 59, tradução nossa):
BPML é composta de linguagem de programação estruturada em blocos. Tem a
estrutura de blocos recursiva que desempenha um papel importante em questões de
abrangência, que são relevantes para a declaração, definições e execução do
processo. O controle de fluxo (roteamento) é gerido pelo bloco de conceitos
estruturados em que todas as atividades são organizadas em blocos sequencialmente.
Além desse conceito, Willis (2008, p. 60, tradução nossa) complementa que
“BPML é concebida como uma linguagem formal completa com a capacidade de modelar
todo processo e, através de um BPMS, implantado como um processo de software executável
sem geração de qualquer código de software.”
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão bibliográfica do conteúdo é importante, pois estabelece os conceitos
necessários para que o autor tenha conhecimento do que mais tarde será praticado no
desenvolvimento.
A fundamentação do trabalho se dá neste capítulo. Os conceitos viabilizarão o
entendimento do que é descrito no desenvolvimento, inclusive elucidando ao leitor do
trabalho o significado dos termos utilizados.
53
3 METODOLOGIA
Conforme o Dicionário Aurélio (2004), metodologia é um “conjunto de métodos,
regras e postulados utilizados em determinada disciplina e sua aplicação.”
Serão abordados, neste capítulo, os tipos de métodos e tipos de pesquisa e também
será determinado que método e pesquisa serão utilizadas para a confecção desta monografia.
Serão determinadas as etapas do desenvolvimento do trabalho. Também serão descritas as
delimitações para estabelecer o foco do projeto.
3.1 MÉTODO
De acordo com o Aurélio (2004), método pode ter os seguintes significados:
1. procedimento organizado que conduz a um certo resultado;
2. processo ou técnica de ensino;
3. modo de agir, de proceder;
4. regularidade e coerência na ação;
5. tratado (3) elementar. 1. Procedimento organizado que conduz a certo resultado.
Para a elaboração deste trabalho, será utilizado o método científico.
Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa.
Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo,
hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL, 1999; LAKATOS;
MARCONI, 1993, apud SILVA, 2005).
3.2 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA
Gil (1996, p. 19) caracteriza pesquisa da seguinte forma:
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como
objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é
requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
54
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de
desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.
Silva (2005, p. 20) aponta que a natureza da pesquisa pode ser classificada como:
Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses
universais.
Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e
dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses
locais.
Neste trabalho será utilizada a pesquisa aplicada, pois será feita uma reengenharia
no modelo de processos de negócios de uma parte específica do setor de recursos humanos do
Poder Judiciário de Santa Catarina. Serão aplicados os conceitos de modelagem de processos
para o desenvolvimento deste projeto.
Silva (2005, p. 20) esclarece que a abordagem do problema pode ser qualitativa
ou quantitativa.
Em função do desenvolvimento deste trabalho resultar em melhorias de
desempenho dos processos, pode-se concluir que o mesmo terá uma abordagem qualitativa,
pois terá um despendimento menor de tempo ao serem efetuadas as tarefas por parte dos
atores inclusos ao processo.
Do ponto de vista de seus objetivos, este trabalho se classifica como uma pesquisa
exploratória, pois serão feitas buscas nas atuais leis a fim de saber qual é o atual fluxo de
processos, e também serão observadas onde existem gargalos de processo.
Enfim, este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica e o desenvolvimento de
um estudo de caso, o que reafirma que se trata de uma pesquisa exploratória. (SILVA, 2005,
p. 21).
Do ponto de vista técnico (GIL 1991, apud SILVA, 2005, p. 21), este trabalho terá
duas abordagens:
Estudo de caso: que será a modelagem do atual processo do setor de recursos
humanos, e posterior remodelagem a fim de melhorar este processo.
Pesquisa bibliográfica: busca de referências de itens do assunto por este trabalho
prestado em livros e documentos que foram jugulados através de avaliação científica.
55
3.3 ETAPAS
Etapa 1: Introdução.
Definição do problema que será resolvido, também será apresentada a justificativa
da importância da solução do problema e o objetivo que se persegue ao se resolver o
problema escolhido.
Etapa 2: Estudo através de referências bibliográficas.
Reunião das definições bibliográficas referentes à BPM e demais ferramentas que
auxiliarão no desenvolvimento deste projeto.
Etapa 3: Metodologia
Definição dos caminhos tomados para o desenvolvimento deste trabalho sob uma
visão científica.
Etapa 4: Modelagem.
Entendimento do atual processo e sistema existente que auxilia no processo.
Pesquisa, nas leis estaduais vigentes do processo para conhecimento detalhado do
mesmo.
Verificação da documentação existente sobre o processo.
Verificação das limitações legais.
Documentar as possíveis regras de negócio existentes.
Estabelecer quem efetua cada atividade, quando e como.
Estabelecer melhorias que possam ser feitas no processo.
Etapa 5: Desenvolvimento
Estabelecer graficamente as atividades existentes no contexto do processo atual.
Estabelecer melhorias do atual processo.
Testes e Validação.
Apresentar o processo em ambiente de execução pelos atores.
Verificar o quanto as mudanças feitas puderam melhorar o processo.
Proposta de solução.
Apresentar a automatização do processo nas ferramentas Intalio e Oracle BPM
Studio.
56
3.4 ETAPAS METODOLÓGICAS
Na figura 27, estão os itens mais relevantes da elaboração do trabalho. Na
atividade da escolha do tema, escolhe-se por BPM.
A introdução do trabalho terá como conteúdo a justificativa, o objetivo e o
problema e a questão de pesquisa.
Na atividade de busca de fontes bibliográficas, está a pesquisa para o
desenvolvimento da revisão bibliográfica.
Na atividade metodologia está o item atual, sendo explicado nesse momento.
Então é passado para o desenvolvimento, o que é dado mais ênfase, pois é o momento quando
serão praticados todos os tópicos estudados até então.
Na atividade de recolher informações de processo nas leis estaduais, busca-se
criar um modelo mental em conformidade com a realidade, existe um gateway após essa
atividade, que serve para buscar informações relevantes em conformidade com as leis do
processo até a concretização desse modelo mental.
Com o modelo mental estabelecido, é o momento de passá-los para as ferramentas
adequadas, então, são criados os fluxogramas de acordo com as informações do processo
recolhidas através das leis. Estes fluxogramas são representados por um objeto de dados visto
na revisão bibliográfica.
Na atividade de estabelecer melhorias no processo, é feita uma remodelagem no
processo, a fim de melhorá-lo. A última etapa é a atividade modelar melhorias.
Na atividade de desenvolvimento do protótipo nas ferramentas Intalio e Oracle
BPM Studio, são criados os modelos de processos de negócio em ambas as ferramentas.
É exposto neste trabalho, o ambiente, em que os atores usarão para praticar o
processo de licença saúde.
E, por fim, são documentos neste trabalho os resultados e, conclusões obtidas com
o desenvolvimento do processo nas ferramentas.
Todos os itens descritos serão verificados na figura 27.
57
Figura 27 – Diagrama de atividades deste trabalho
Fonte: O autor
3.5 DELIMITAÇÕES
Este trabalho ficará restrito a modelagem parcial de um único processo existente
na diretoria recursos humanos do TJSC. Não será implementado um sistema com base nos
dados obtidos do desenvolvimento do novo processo, apenas um ambiente desenvolvido
através das ferramentas BPM Oracle BPM 10 e Intalio, além disso, a persistência dos dados
gerados nessas ferramentas se dará por bancos de dados internos das próprias ferramentas.
58
Em virtude da constituição brasileira não considerar legal documentos
digitalizados que não sejam assinados digitalmente, este trabalho abordará a digitalização de
documentos como uma proposta de solução para o problema definido no desenvolvimento.
Não serão consideradas para a elaboração do novo processo todas as leis
existentes dentro do processo de licença saúde do TJSC, serão consideradas apenas regras
capazes de esboçar e demonstrar um protótipo do processo de licença saúde.
Não serão exibidos resultados com BAM, ou KPI no resultado deste trabalho.
Ambos os itens, foram abordados no referencial teórico, para explanar os recursos que o BPM
pode trazer.
Não serão abordadas no desenvolvimento do trabalho as linguagens de
orquestração BPEL ou BPML. Ambos os itens, foram abordados no referencial teórico, para
explanar os recursos que o BPM pode trazer.
Não haverá validação com os atores do processo. As informações de melhorias
foram estabelecidas pelo autor do trabalho, dessa forma, esse trabalho não será utilizado no
exercício de trabalho dos atores do processo. Fato que restringe o trabalho a um estudo de
caso, ou hipótese, apenas teórico.
Não serão usadas quaisquer etapas de desenvolvimento do ciclo de vida BPM,
estabelecidas pela ABPMP. A abordagem no referencial teórica é para ilustrar uma
metodologia existente entre diversas outras.
No item do capítulo pesquisa, processos de exemplificação do TJSC, os processos
podem não condizer com a realidade. Foram elaborados estes processo a fim de explanar ao
leitor uma visão macro de uma empresa, no caso em específico, do TJSC.
3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A metodologia consiste nos passos que serão feitos para se praticar o
desenvolvimento do projeto. A partir da metodologia pode ser estabelecido o planejamento,
cronogramas e iniciar a pesquisa aplicada.
Além disso, na metodologia, é determinado o rumo que o projeto tomará, através
da análise do tipo de projeto e métodos diversos.
59
4 TJSC
Este capítulo terá como conteúdo uma apresentação histórica, função e alguns
processos de exemplo do TJSC. Também serão apresentadas leis existentes que norteiam o
processo de licença saúde do TJSC.
4.1 PODER JUDICIÁRIO
Antes de iniciar o desenvolvimento do projeto, será passada ao leitor uma idéia de
como surgiu o Poder Judiciário no Brasil e também quais são as funções do Poder Judiciário.
Dessa forma, o leitor terá um entendimento da importância do TJSC e,
consequentemente na compreensão desenvolvimento deste trabalho.
4.1.1 História do Poder Judiciário no Brasil
A origem do Poder Judiciário no Brasil teve seus primeiros sinais no período
colônia.
O poder judiciário foi trazido de Portugal e baseado na estrutura que existia
naquele país, onde o rei tinha como uma das suas funções a administração da Justiça,
administração essa que também era feita por diversos juízes, então chamados de ouvidores do
crime ou cível que compunham a Casa da Suplicação que era a Corte Suprema para Portugal e
suas colônias. (MENDONÇA, 2006, p. 12).
Em 1530, desembarcou no Brasil Martim Afonso de Souza que possuía poderes
quase ilimitados na esfera jurídica, política, militar, criminal e tantas outras, por decreto de
João III que visava a explorar e a colonizar o território brasileiro. (SALGADO 1985, p. 48,
apud MENDONÇA, 2006, p. 12; SOUZA 2006, apud MENDONÇA, 2006, p. 13).
60
Com a visita do Português Martim Afonso de Souza ao Brasil, deu-se o início ás
capitanias hereditárias. (NETO 2001, p. 30, apud MENDONÇA, 2006, p. 13).
Em 1549, foi instalado no Brasil o Governo-Geral e ficavam delegadas ao
Ouvidor-Geral as funções jurídicas e administrativas, o que fez com que os antigos ouvidores
se tornassem Ouvidores-Gerais com poderes quase ilimitados. (MENDONÇA, 2006, p. 14).
Em 1609, com o necessidade de diminuir os poderes dos ouvidores, foi instalado
um primeiro Tribunal de Relação na Bahia e um segundo, em 1751, no Rio de Janeiro, este
último mais tarde tornou-se a Casa de Suplicação para todo o Reino. (MENDONÇA, 2006, p.
14).
Ao fim do período colonial, o poder judiciário já apresentava uma madura
organização composta por:
Primeira instância:
Juiz de Vintena (para lugares com mais de vinte famílias)
Juiz Ordinário (escolhido pela população local)
Juiz de Fora (aplicava as leis, nomeado pelo rei)
Segunda instância: Relação da Bahia e Relação do Rio de Janeiro
Terceira instância: Casa da Suplicação, Desembargo do Paço (tribunal para
clemência, com pena de morte). (MENDONÇA, 2006, p. 14).
Segundo Mendonça (2006, p. 15), mais uma vez a estrutura judiciária é modifica,
pela Constituição de 1824, conforme segue:
Primeira instância: Juiz de Paz e Juiz de Direito;
Segunda instância: Tribunais de Relação;
Terceira instância: Supremo Tribunal de Justiça;
Na estrutura judiciária republicana da Constituição de 1891, já com a função de
ouvidor extinta, o antigo Supremo Tribunal de Justiça torna-se Supremo Tribunal Federal e
também os Tribunais de Relação tornam-se os Tribunais de Justiça dos Estados.
(MENDONÇA, 2006, p. 16).
Com a Revolução de 1930, foi instaurada a Justiça Eleitoral e, consequentemente,
em 1932, instalado o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais
juntamente com a Justiça Militar estabelecidos pela Constituição de 1934.
Foi nesse patamar da história brasileira que o Senado Federal passou a ter
autonomia de suspender qualquer lei ou ato inconstitucional introduzido pelo Poder
Judiciário. (MENDONÇA, 2006, p. 16).
61
A constituição de 1937 extinguiu a Justiça Eleitoral e Federal, que foi revivida
pela Carta de 1946, que inclusive criou o Tribunal Federal de Recursos e trouxe a Justiça do
Trabalho para o poder Judiciário. (MENDONÇA, 2006, p. 16).
Em 1968, o Ato Institucional nº 5 concedeu ao Chefe do Poder Executivo total
controle sobre os magistrados e, por fim, Ato Institucional nº 5 diminui os dezesseis ministros
para o total de onze. (MENDONÇA, 2006, p. 16).
Com a constituição de 1988, foram criados o Superior Tribunal de Justiça (cúpula
de justiça comum, federal e estadual), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar (STM), os dois últimos nas Justiças
especializadas. (MENDONÇA, 2006, p. 16).
A formação do poder Judiciário no período republicano ficou da seguinte forma:
Primeira instância: Juízes Federais e Juízes de Direito
Segunda instância: Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais
Terceira instância: Superior Tribunal de Justiça
Quarta instância: Supremo Tribunal Federal (MENDONÇA, 2006, p. 14).
4.1.2 Funções do Poder Judiciário
O Poder Judiciário é um dos pilares que formam a tríade do Estado, juntamente
com o poder Legislativo e o Executivo, constituindo os três poderes da União. O Poder
Judiciário é organização do Estado que agrega os exercícios jurisdicionais. (MENDONÇA,
2006, p. 17).
O Poder Judiciário é um conjunto de elementos pessoais e materiais inter-
relacionados, que tem a finalidade específica de assegurar o desempenho da função
jurisdicional do Estado. Da mesma maneira como o Poder Legislativo e o Poder
Executivo são as organizações que asseguram o desempenho das funções
legislativas e administrativas, o Judiciário assegura a função jurisdicional. (ROCHA
2003, p. 98, apud MENDONÇA, 2006, p. 17).
Para Mendonça (2006, p. 18), o Poder Judiciário possui, além da função
jurisdicional, mais duas funções básicas, a legislativa e a administrativa:
A função legislativa é exercida pelo Judiciário quando da elaboração dos seus
regimentos internos (art. 96, inc. I, a, da CF) e da iniciativa de leis de organização
judiciária (arts. 93 e 125, § 1º, da CF).
A função administrativa, por sua vez, corresponde à administração de sua própria
organização, dependendo dela o controle de finanças e materiais, bem como dos
juízes, no que tange as nomeações, promoções e outros.
62
A modelagem do processo de negócio de licença saúde, está embutido dentro da
função administrativa do TJSC, em que está a diretoria de recursos humanos, a qual será dada
ênfase para a concretização deste trabalho.
4.2 PROCESSOS DO TJSC
A figura 28 retrata várias etapas dos processos do TJSC, desde o momento em que
uma pessoa decide entrar no TJSC até o momento quando se torna servidor púbico que será
tratado como colaborador.
O colaborador dispõe de vários serviços garantidos por direito por ser um
servidor público, lembrando que os processos, que serão exibidos na figura 28 são apenas
para demonstrar uma estrutura global do funcionamento do TJSC, ou seja, o processo que será
estudado será o processo de licença saúde, o qual está destacado na figura 28 dentro de um
retângulo sólido.
Os demais processos servem apenas para retratar um macro processo e, portanto,
não serão abordados.
4.2.1 Processos de exemplificação do TJSC
1º processo - Estudar para a prova: consiste em se preparar para efetuar a prova
para ingressar no serviço público. Como entradas desse processo, existem os livros e também
apostilas, aulas e professores que auxiliaram no ganho de conhecimento, além de outras
entradas. Como saída terá o acréscimo de conhecimento sobre o assunto estudado.
2º processo – Inscrever-se na prova. Como entrada, terá os dados do participante.
Ao inscrever-se, será gerado um boleto, e o estudante haverá de saber qual o local para
realização da prova.
3º processo – Realizar a prova. Terá como objetivo a aprovação para poder
ingressar no TJSC e, como saída o ingresso no TJSC.
63
4º processo – Executar função no TJSC. Serão as atividades que o servidor
executará dentro do TJSC.
5º processo – Entrar em férias. Após um ano de trabalho como servidor público, a
pessoa terá o direito de gozar as férias.
6º processo – Retirar a licença prêmio. Após cinco anos de trabalho como servidor
público, será garantido o direito de gozar a licença prêmio.
7º processo – Retirar a licença sem vencimento. O servidor poderá entrar em
acordo com a instituição a fim de ausentar-se em função de algum motivo de interesse
próprio.
8º processo – Licença maternidade: quando dada a notícia de licença maternidade,
a futura mãe poderá ausentar-se durante período determinado pela instituição.
Quando pai também haverá a garantia por direito, porém com tempo reduzido em
relação ao da mãe (caso essa for servidora pública).
9º processo – Retirar licença saúde: Será o processo explodido e estudado
profundamente através do diagrama de atividades. Existe quando o servidor se vê na
necessidade de ausentar-se do TJSC a fim de tratamento de saúde.
Como entrada desse processo, existe o requerimento o qual é disponibilizado em
formato digital na página do TJSC (http://app.tjsc.jus.br/formres/) e também o atestado
médico diagnosticando a enfermidade.
Como objetivo será disposto para o servidor tempo necessário para tratar de sua
saúde.
64
analysis Exemplo
Participante
Se tornar servidor
público do TJSC
Realizar prov a
Poder Trabalhar no
TJSC
Aulas sobre o
assunto
Trabalhar no TJSC
Simulados Professor Liv ros Apostilas
Estudar para prov a
Inscrev er-se para
a prov a
Dados do
participante
Horário e local
Boleto para
pagamento
Executar função no
TJSC
Retirar Licença
prêmio
Licença
maternidade
Entrar em Férias
Retirar licença sem
v encimento
Retirar licença
saúde
Tempo de serv iço
superior a 3 anos
Gozar licença
prêmio
Retirar-se do TJSC
no período da
licença prêmio
Tempo superior a
um ano de serv iço
prestado
Gozar férias
Retirar-se do TJSC no
período de férias
Fazer solicitação ao
TJSC
Dispor de tempo para efetuar tarefas
específicas de interesse do serv idor
Requerimento de
licença saúde
Atestado médico
Tempo para realizar
tratamento de saúde
Av iso de
maternidade
Gozo da licença
maternidade
Conhecimento para ser
aprov ado na prov a do
TJSC
Obter conhecimento
sobre determinado
assunto
Informação
adquirida ao
estudar
Realizar prov a
Afastamento para
cuidar da criança
Mão de obra do
funcionário
Realizar ativ idade
Ativ idade
executada
Gozar licença
«goal»
«output»
«output»
«input»
«input»
«goal»
«input»
«input»
«input»
«input»
«output»«output»
«input»
«goal»
«input»
«output»
«input»
«input»
«output»
«output»
«goal»
«input»
«output»
«goal»
«input»
«input»
«goal»
«output»
«input»
«output»
«goal»
«goal»
Figura 28 – Diagrama de exemplo de processos do TJSC.
O autor.
65
4.3 CONFORMIDADE LEGAL DO PROCESSO DE LICENÇA SAÚDE
Para mapear algumas das regras existentes na atividade de licença saúde, serão
tomadas, como embasamento, as leis estaduais vigentes para tal, porque o Tribunal de Justiça
é uma instituição pública estadual.
4.3.1 Cabe à Diretoria de recursos humanos despacho de licença saúde
Conforme a resolução número 18/2006-GP, disposta no Diário da Justiça
Eletrônico (2006, p. 4):
Art. 2º Fica delegada competência ao Diretor de Recursos Humanos para, em
relação aos servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça e da Justiça de Primeiro
Grau:
I - proferir despacho final:
a) em pedidos de licença:
1. para tratamento de saúde;
2. por motivo de doença em pessoa da família.
4.3.2 Licença para tratamento de saúde
O artigo 64 da subseção II do Estatuto dos Servidores Públicos e Legislação
correlata determina que, por motivo de saúde, o funcionário público pode-se afastar por no
máximo até 2 anos, prorrogáveis por período igual, apresentando documento que comprove e
descrimine a patologia de motivo de afastamento.
O parágrafo único do artigo 64 estabelece que a licença apresentada após 60 dias
será considerada como prorrogação. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro
de 1985).
A Administração Pública, o funcionário ou o representante do funcionário pode
entrar com o pedido de licença saúde, conforme o artigo 66. O parágrafo primeiro delega à
chefia imediata a apresentação do funcionário à inspeção médica. O funcionário não poderá se
66
recusar a inspeção médica, com pena de suspensão da licença, conforme parágrafo segundo.
(SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de 1985).
A inspeção médica poderá ser feita por médico oficial como por outros
especialistas.
É discriminada no parágrafo primeiro a admissão de laudo médico de
profissionais oficiais ou não credenciados.
Não sendo aprovado o laudo médico, é considerada a ausência do funcionário
como licença para tratamento de interesses pessoais, isentando o médico avaliador de
quaisquer responsabilidades sobre tal. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro
de 1985).
O funcionário que exercer quaisquer atividades remuneradas no período de
licença terá a mesma cassada, descreve o artigo 68. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28
de dezembro de 1985).
4.3.3 Licença por motivo de doença em pessoa da família
Na o artigo 69 da subseção III do Estatuto dos Servidores Públicos e Legislação
correlata, está determinado que, por doença de cônjuge, parentes, afins até 2º grau ou
dependentes será concedida licença de até 365 dias para o servidor público estadual, podendo
ser prorrogada por mais 365 dias. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de
1985).
O parágrafo primeiro do artigo 69 determina que seja necessário apresentar laudo
médico ao órgão de saúde oficial. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de
1985).
Já, o segundo parágrafo descreve que, até o terceiro mês de afastamento, o
servidor público receberá o salário integral, até um ano, ficará reduzido a 2/3 e, esse período
estendendo-se dois anos o servidor receberá metade de seus proventos. (SANTA
CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de dezembro de 1985).
O terceiro parágrafo do artigo 69 estabelece que a jornada de trabalho do servidor
pode ser reduzida até uma quarta parte, renovando-se, a cada noventa dias, nas seguintes
situações: dependente com diabetes insulino até oito anos de idade, hemofilia, hemodiálise,
67
distúrbios mentais e doenças em fase terminal. (SANTA CATARINA, Lei n. 6.745 de 28 de
dezembro de 1985)
4.3.4 Competências da Junta Médica
Através da resolução número 29/2006-GP, disposta no Diário da Justiça
Eletrônico (2006, p. 1), podem ser observados os seguintes critérios sobre competências:
“Art. 1º A Junta Médica Oficial do Poder Judiciário será constituída de 3 (três)
membros titulares e 3 (três) suplentes, indicados pelo Diretor de Saúde e designados pelo
Presidente do Tribunal de Justiça.”
Nos parágrafos do artigo segundo, são determinadas as competências do Chefe da
Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 1): compete ao
Chefe da Junta Médica fiscalizar, controlar e acompanhar os trâmites do órgão, como também
fazer cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos de que trata a Lei n. 6.745.
No Artigo 3º, são discriminadas as competências da Junta Médica Oficial: emitir
parecer em processos de licença saúde superior a três dias e demais trâmites relacionados à
saúde dos funcionários do TJSC. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p.
1)
Com número de protocolo, autuado e com os seus devidos documentos, os
pedidos de licença devem ser encaminhados à Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE
SANTA CATARINA, 2006, p. 3).
Os pedidos autuados serão analisados por um dos membros da Junta Médica
escolhido aleatoriamente. Quando solicitado prorrogação, o pedido será analisado por outro
membro da Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 3).
No Foro, os pedidos passarão pelo Secretário que encaminhará o mesmo para a
Junta Médica, e quando concluído, encaminhará a Diretoria de Recursos Humanos. (PODER
JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 3).
As licenças médicas deferidas ou indeferidas deverão ser informadas à Diretoria
de Recursos Humanos e à Junta Médica pelo Secretário do Foro. (PODER JUDICIÁRIO DE
SANTA CATARINA, 2006, p. 3).
68
Em envelope lacrado, todos os atestados devem ser encaminhados para registro na
Junta Médica. (PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA, 2006, p. 3).
4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse capítulo, é possível ter uma idéia do funcionamento do TJSC, a
razão histórica do mesmo e ter o conhecimento da importância desta instituição para a
sociedade catarinense.
Em relação ao processo de licença saúde, as leis expostas, neste capítulo, são
fundamentais para o entendimento das regras do processo de licença saúde.
Regras essas que serão utilizadas parcialmente para a elaboração das regras de
negócio, requisitos funcionais e determinar as variáveis do diagrama de classe e estabelecer os
atores do processo do capítulo seguinte.
69
5 MODELAGEM
Neste capítulo, será explicado e modelado o processo como está atualmente no
TJSC. O mesmo processo será remodelado e explicada a sua melhoria. Serão expostos os
atores do processo, diagrama de casos de usos, diagrama de classe, regras de negócio e
requisitos funcionais.
5.1 MODELAGEM DE PROCESSOS DE LICENÇA MÉDICA DO TJSC
Nesse patamar do desenvolvimento será exibido o processo no seu atual
momento, conforme a literatura o “As is” e também o momento “To be” do processo, como
foi remodelado.
5.1.1 Funcionamento do processo no atual momento, “As is”
A seguir, são apresentados os detalhes de como funciona o processo atualmente.
5.1.1.1 Atores no momento atual do funcionamento do processo o “As is”
Para o entendimento do processo de licença de saúde, é fundamental entender a
hierarquia dos setores dentro do TJSC.
Basicamente, existem no patamar mais elevado as diretorias, dentro das diretorias
existem as divisões e dentro das divisões existem as seções, então a estrutura fica dessa
forma: Diretoria (um diretor) – Divisão (um chefe de divisão) – Seção (um chefe de seção) e
os demais servidores, estagiários e terceirizados dentro das seções.
70
Os atores que participam do processo no momento “As is”:
Colaborador (servidor público)
Sistema
Secretaria do Foro
Da Diretoria de Documentação e Informações (DDI)
Da Divisão de Atendimento ao Usuário (DAU)
+ Seção de Protocolos (SP)
Divisão de Arquivo Central (DAC)
Da Diretoria de saúde (DS)
Junta Médica (JM)
Da Diretoria de Recursos Humanos (DRH)
Diretor
Da Divisão de Registros e Informações Funcionais (DRIF)
+Seção de Direitos e Deveres (SDD)
+Seção de Registro de Informação (SRI)
A figura 29 representa o organograma dos atores participantes no atual processo
de licença saúde.
Figura 29 – Organograma dos setores participantes do processo atualmente
O autor
71
Em virtude das melhorias do processo, todos os atores pertencentes ao
organograma da figura 29, que estão circulados por uma elipse, serão eliminados.
A figura 30 ilustra todos os atores participantes do diagrama de processo de
licença saúde no atual momento.
Figura 30 – Diagrama de atores participantes do processo atualmente
O autor
5.1.1.2 Atividades do funcionamento do processo atualmente, o “As is”
Conforme a figura 31, ou modelo “As is”, as atividades do processo de retirada de
licença saúde são:
O primeiro passo do processo é a requisição do colaborador para a Licença de
Tratamento de Saúde. Para isso, o colaborador terá que ter em mãos o atestado médico com o
diagnóstico da enfermidade.
Além disso, o colaborador terá que acessar ao site do TJSC e preencher o
formulário que está na seguinte página de internet: http://app.tjsc.jus.br/formres/.
Após o preenchimento desse formulário, imprimi-lo e despachá-lo para a
secretaria do foro que irá colocar os documentos em um malote para o setor responsável pela
expedição, lembrando que esse procedimento, a entrega do atestado e requerimento anexado,
deve ocorrer no máximo em 48 horas após o afastamento do colaborador. Quando o
72
colaborador estiver no TJSC não será necessário encaminhar os documentos para a secretaria,
apenas entregará os documentos na seção de registro e de informação.
O segundo passo será a expedição para a seção de protocolos protocolar o
requerimento mais o atestado, dessa forma, será disponibilizado um número de processo para
a pesquisa no protocolo administrativo.
O terceiro passo é o envio dos documentos para a junta médica que avaliará o
atestado e fará o deferimento ou não do pedido de afastamento do colaborador. Caso o pedido
de afastamento seja indeferido, a informação será passada a DRIF para comunicar ao
colaborador sobre tal.
O quarto passo, quando deferido pedido, a seção de registro e de informação
cadastrará o deferimento do pedido na ficha cadastral do colaborador, e será emitido um email
para o colaborador com essa informação.
O quinto passo será dado pela seção de direitos e de deveres, que confeccionará o
parecer quanto ao pedido de afastamento.
O sexto passo será do diretor de recursos humanos, que avaliará o pedido e
determinará se o tempo pedido no atestado será total ou parcial. Nessa etapa, existe um tempo
de espera, pois o diretor de RH fica incumbido de diversas tarefas, em virtude disso a
aprovação fica em espera não podendo ser deferida de momento.
O sétimo passo é o cadastro do pedido parcial ou total pela seção de registro e
informação, essa informação será passada para o colaborador por essa seção.
O oitavo e último passo será o registro do pedido pela divisão de arquivo central.
73
Figura 31 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “As is”.
O autor.
74
Conforme a figura 31, o ator, circulado por uma elipse, a Diretoria de
Documentação e Informações será eliminada e substituida pelo ator Sistema/BPM.
5.1.2 Funcionamento do processo como será modelado, “To be”
Abaixo, são apresentadas as mudanças que ocorreram com a remodelagem do
processo de licença saúde.
5.1.2.1 Eliminação de alguns atores na remodelagem do processo
Conforme a figura 32, alguns dos atores que se encontravam no processo foram
eliminados em virtude da automatização das atividades de licença saúde.
Em virtude do sistema gerado pela ferramentas BPM automatizar a geração de
números de protocolos, e armazenar os documebnto relativos a licença saúde, a Diretoria de
Documentação em Informações foi eliminada. Como observa-se na figura 32.
Figura 32 – Organograma dos atores participantes do processo remodelado.
O autor.
75
5.1.2.2 Mudanças no funcionamento do processo remodelado, o “To be”
Percebe-se no diagrama que mostra como ocorre o processo atualmente,
comparado ao diagrama do processo remodelado (próxima figura) algumas mudanças.
A primeira mudança é relativa ao documento de requerimento, que não será mais
disponível em uma página de internet (http://app.tjsc.jus.br/formres/), e, sim, disponível no
próprio ambiente em que o colaborador do TJSC entrará com os seus dados, login e senha,
preencherá os dados e digitalizará o atestado e demais documentos.
Não será mais necessário passar pela Diretoria de Documentação e Informações, o
próprio ambiente se incumbirá da geração do protocolo, dessa forma passando apenas pela
Junta Médica, para avaliação do documento, e quando na impossibilidade de digitalizar os
documentos, pela secretaria para despacho ao TJSC através de automóvel oficial ou pelos
correios.
Na junta médica, autenticando-se no ambiente BPM, um responsável avaliará o
atestado e demais dados do requerente e concederá ou não o parecer, quando negativo, será
disparado um email para todos os interessados dentro do processo.
Um participante encarregado na DRIF avaliará os documentos e fará o
deferimento negativo ou positivo do requerimento. Quando negativo, será disparado um email
a todos os interessados dentro do fluxo.
E, por fim, o diretor de recursos humanos concederá o parecer final,
possibilitando ao funcionário gozar a licença saúde.
Cada um dos atores envolvidos no processo é representado por um pool no
modelo “To be” (próxima figura).
O colaborador, a secretaria, junta médica, a Divisão de registros e informações
funcionais e a Diretoria de recursos humanos, cada um desses pools podem ser chamados de
roles ou funções.
Dentro de cada uma dessas funções, haverá os participantes que serão a unidade
de cada um desses, ou simplesmente cada um dos funcionários participantes do processo, com
suas devidas informações para autenticação, nome de usuário e senha.
A figura 33 ilustra o modelo do processo de licença saúde remodelado e
melhorado.
76
Figura 33 – Diagrama de atividades da licença de tratamento de saúde do TJSC “To be”
O autor
77
Na figura 33, observam-se 2 elipses, uma circulando o ator Sistema, que subsitui a
Diretoria de Documentação e Informações, pois o Sistema BPM fará a geração dos números
de protocolos e, também fará arquivamento dos documentos relativos ao atestado em forma
digital.
Na elipse que circula a atividade digitaliza atestado médico, será a atividade que
trará grandes melhorias ao processo, pois a execução do mesmo poderá ser feita
exclusivamente em ambiente digital.
5.1.3 Objeto do processo
O objeto que está sendo transformado é o pedido de afastamento do colaborador.
Esse objeto pode não ser aprovado, como pode ser aprovado parcialmente.
78
Figura 34 – Diagrama de estado do pedido.
O autor.
5.1.4 Tipo de processo
Segundo a ABPMP (2009, p. 39), os processos podem ser divididos em três tipos:
primário, de suporte e de gerenciamento. O processo de licença de tratamento de saúde é
considerado como de suporte, pois se trata de um processo de recursos humanos.
79
5.1.5 Regras de Negócio do processo remodelado
As seguintes regras de negócio foram determinadas em conformidade com as leis
estaduais vigentes relativos à licença de tratamento saúde:
custom Regras de Negócio
RN01 - A não
apresentação do
laudo e
requerimento até
2 dias após a
saída do
Colaborador
anulará a licença
saúde
RN03 - Fica sob
responsabilidade
do diretor de RH
despachar
atestado de
l iceça saúde
RN02 - Cabe à
Junta Médica
emitir parecer de
l icença saúde
superior a 3 dias
RN06 - Todos os
pedidos devem
ser protocolizados
RN05 - No Foro,
os pedidos
passarão pelo
secretário que
encaminhará à
Junta Médica e
por fim enviará
para o despacho
final da DRH
RN04 - Não
podendo
digitalizar os
documentos, os
mesmos deverão
ser
encaminhados à
Junta Médica
através de
envelope lacrado
Figura 35 – Regras de negócio do processo de licença saúde remodelado.
O autor.
5.1.6 Requisitos Funcionais do processo remodelado
O ambiente BPM deverá oferecer os seguintes requisitos aos seus usuários:
80
custom Requisitos Funcionais
RF01 - Gerar
processo de
l icença saúde
RF02 - Preencher
formulário de
requerimento de
l icença saúde
RF04 - Registrar
parecer da DRIF
RF03 - Registrar
parecer da Junta
Médica
RF05 - Enviar
email aos
funcionários
interessados
RF06 - Registrar
parecer da DRH
RF07 - Anexar
documentos
digitalizados
Figura 36 – Requisitos funcionais do processo de licença saúde remodelado.
O autor.
5.1.7 Classe do objeto de licença saúde
Os seguintes dados compõem o objeto de licença saúde:
motivoAfastamento: qual enfermidade que fez com que o colaborador se
ausentasse do serviço.
atestadoDigitalizado: determina se o atestado será digitalizado, caso contrário fará
com que o processo siga um fluxo alternativo.
atestadoMedico: é o arquivo binário contendo o atestado médico.
dataDoPedido: data em que foi iniciado o processo de licença saúde.
deferidoDRH: aprovação ou desaprovação da diretoria de recursos humanos.
deferidoJM: aprovação ou desaprovação da junta médica.
diasAfastado: número de dias em que o requerente se afastará do serviço.
81
matriculaServidor: matrícula do requerente de licença saúde.
motivoIndeferimento: caso houver Indeferimento, será a descrição do motivo.
Pode ser determinado pela DRH, JM ou DRIF.
nomeServidor: nome do servidor requerente.
parecerDRIF: aprovação ou desaprovação da DRIF.
protocolo: número de protocolo determinado pelo ambiente BPM.
class Domain Objects
Licença Saúde
- motivoAfastamento: String
- atestadoDigitalizado: boolean
- atestadoMedico: binary
- dataDoPedido: Date
- deferidoDRH: boolean
- deferidoJM : boolean
- diasAfastado: int
- matriculaServidor: int
- motivoIndeferimento: String
- nomeServidor: String
- parecerDRIF: boolean
- protocolo: int
Figura 37 – Classe do objeto de licença saúde.
O autor.
5.1.8 Viabilidade da digitalização de documentos
Um empecilho para a viabilidade do processo de licença saúde, como para tantos
outros processos, envolvendo documentos digitais, é a aprovação legal dos mesmos, o que é
exposto neste trabalho como uma solução de melhoria no processo de licença saúde.
A única forma legal vigente para a viabilidade da digitalização de documentos
eletrônicos é através da assinatura digital.
Segundo o artigo 1º da medida provisória número 2.200-1, incumbe-se a Infra-
estrutura de Chaves Públicas – Brasil (ICP-Brasil) á “garantir a autenticidade, a integridade e
a validade jurídica de documentos em forma eletrônica”. (BRASIL, Medida provisória n.°
2.200, de 28 de junho de 2001).
82
No artigo 12, “Consideram-se documentos públicos ou particulares, para todos
os fins legais, os documentos eletrônicos de que trata esta Medida Provisória.” (BRASIL,
Medida provisória n.° 2.200, de 28 de junho de 2001)
Portanto, apenas documentos assinados digitalmente são considerados legais.
A assinatura digital será desconsiderada no desenvolvimento do protótipo deste
trabalho, pois foge do escopo do mesmo.
5.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste capítulo, foi possível estabelecer modelos possíveis para iniciar o
desenvolvimento do próximo capítulo.
83
6 AUTOMATIZAÇÃO
Este capítulo terá como conteúdo os detalhes de desenvolvimento do processo
modelado nas ferramentas Intalio e Oracle BPM Studio.
6.1 AUTOMATIZAÇÃO NO INTALIO
A ferramenta Intalio possui 2 versões distintas, uma desenvolvida para a
comunidade, que é gratuita, e uma versão paga.
O protótipo com essa ferramenta foi feito utilizando a ferramenta gratuita. A
escolha da ferramenta foi feita em virtude da sua popularidade, maturidade e sendo uma
opção free em relação à ferramenta da Oracle, que é paga.
6.1.1 Ambiente de desenvolvimento
Os softwares necessários para o ambiente de desenvolvimento podem ser
encontrados em http://www.intalio.com/html/downloads/. É necessário baixar o instalador do
Designer e também o Servidor.
6.1.1.1 Instalação e execução do Designer
O Designer é o ambiente gráfico em que serão modelados os processos. Também
é possível desenvolver os formulários que existirão dentro do processo modelado.
84
A versão escolhida para desenvolvimento do protótipo foi a 6.0.3.050. A notação
BPMN para a modelagem nesta ferramenta é a 2.0. No momento do desenvolvimento deste
projeto a última versão da ferramenta encontrava-se com o seguinte link para o sistema
operacional Windows 32 bits:
http://www.intalio.com/html/downloads/com.intalio.bpms.designer.distribs.ce.win32-6.1.12-
installer.exe.
Para instalar o Designer em Windows de 32 bits, é necessário executar o
instalador com.intalio.bpms.designer.distribs.ce.win32-versaoDoSoftware-installer.exe:
escolher o idioma– clicar no botão OK;
tela de boas-vindas – clicar no botão Avançar;
licença - clicar no botão concordar;
determinar pasta para instalação - clicar no botão instalar.
Para a execução no sistema Windows, é possível acessá-lo através do link criado
no menu de programas ou na pasta localDeInstalacao\Intalio-Designer-
6.0.3.050\designer.exe.
6.1.1.2 Instalação e execução do Servidor
O Servidor é um container de aplicações web Apache Tomcat versão 5.5
desenvolvido exclusivamente para trabalhar com o Intalio Designer.
Ele usará a porta 8080. É necessário observar se a mesma já não está sendo usada
por outro serviço.
Esse servidor possui banco de dados Derby que armazenará o controle de versão
dos processos e dados das instâncias dos processos, esse banco de dados usará a porta 1527.
A versão escolhida do servidor para desenvolvimento do protótipo foi a 6.0.3.038.
Quando estava sendo desenvolvido este trabalho, o link para baixar a última versão do
servidor era o seguinte: http://www.intalio.com/html/downloads/intalio-bpms-6.2.4.zip.
Para a execução do servidor no sistema Windows, é necessário descompactá-lo e
executar o arquivo de lotes startup.bat (pasta onde foi descompactado\intalio-bpms-
6.0.3.038\bin\startup.bat).
85
Para fazer o deploy dos processos modelados, é necessário que o servidor esteja
em execução.
6.1.1.3 Persistência de dados no Intalio BPMS
O Intalio BPMS possui um banco de dados Derby embutido, fato que no
desenvolvimento se torna transparente, não existe a necessidade de configuração do banco de
dados, a ferramenta se encarrega de fazê-lo.
Os dados das instâncias dos processos são todos persistidos no banco de dado
Derby.
6.1.1.4 Comunidade Intalio
Para usufruir das vantagens da comunidade, como vídeos de apresentação,
exemplos e tutoriais, é necessário efetuar o cadastro no site da comunidade Intalio
(http://community.intalio.com).
6.1.2 Modelagem na ferramenta Intalio
Após feita a instalação e acessado o Intalio Designer, será necessário criar um
novo projeto.
Os passos a serem seguidos a partir da barra de menu da ferramenta são: Arquivo,
Novo, Projeto do Processo de Negócio Intalio|BPMS, nomear o projeto para LicencaIntalio e
clicar no botão Concluir.
86
6.1.2.1 Formulário do Workflow
A primeira etapa a ser feita é a criação dos formulários. Ao todo foram criados 9
formulários com a extensão xform.
Os formulários formularioDRH, formularioDRIF, formularioJM e
formularioServidor serão de interação e preenchimento humano e os formulários
notificacaoSecretaria, aprovado, indeferimentoDRH, indeferimentoDRIF, indeferimentoJM
serão para notificar o Colaborador sobre o status do processo.
Para criar um formulário, é necessário clicar com o botão direito do mouse sobre a
pasta raiz do projeto, Nova, escolher Formulário do Workflow e nomeá-lo.
Na figura 38, observa-se a ferramenta Intalio, com as propriedades do formulário
Servidor em aberto.
87
Figura 38 – Ambiente de desenvolvimento de formulário.
O autor.
Conforme a figura Ambiente de desenvolvimento de formulário, a aba
Propriedades conterá os atributos do item de formulário selecionado.
A aba Paleta Editor de Formulário do Workflow conterá os componentes para
desenvolvimento do formulário, apenas segurando e arrastando o componente desejado para a
área quadriculada, é possível montar o formulário.
No formulário formularioServidor, foram usados como campos de entrada de
texto os seguinte nomes: Nome_Servidor, Matrcula_Servidor, Data_do_Pedido,
Nmero_de_protocolo, Dias_afastado e Motivo_Afastamento. Como item para upload de
arquivo foi usado o atributo atestadoDigital.
No formulário formularioJM, foram usados como campos de entrada de texto os
seguinte nomes: Nome_Servidor, Matrcula_Servidor, Data_do_Pedido, Nmero_de_protocolo,
88
Dias_afastado, Motivo_Afastamento e Motivo_Indeferimento. A caixa de seleção
deferimentoJM e também o link Atestado.
No formulário formularioDRIF e formularioDRH, a estrutura é semelhante ao
formularioJM, diferindo apenas a caixa de seleção para deferimentoDRIF e deferimentoDRH
respectivamente.
Após, gerado cada formulário o Intalio Designer, gera um arquivo esquema de
XML com a extensão XSD e nome igual ao formulário gerado.
Esse arquivo conterá todas as variáveis de entrada e saída do formulário, essas
variáveis serão cada um dos componentes usados para desenvolver o formulário.
6.1.2.2 Criação do diagrama de processo de negócio
Para criar o modelo gráfico do processo, é necessário ir até a raiz do projeto na
aba Explorar Processo, Nova e escolher Diagrama do Processo de Negócio.
A aba Paleta contém todas as notações BPM para a modelagem do diagrama de
negócio.
Na aba Propriedades, é possível atribuir as funções às atividades e piscinas. A
nomenclatura para as piscinas no Intalio é Pool.
As atribuições de funções no protótipo ficaram apenas em nível de usuário em
cada uma das piscinas, com exceção da piscina Processo a qual não terá interação humana.
Observa-se na figura 39, as paletas com notação BPMN e o desenvolvimento do
diagrama de atividades na ferramenta Intalio.
89
Figura 39 – Ambiente da modelagem do diagrama de processo de negócio.
O autor.
6.1.2.3 Piscinas
Foram utilizadas 6 piscinas para a modelagem no Intalio. Os nomes das piscinas
foram: Secretaria, Servidor, Junta médica, DRIF, DRH e Processo.
Para adicionar as piscinas ao processo, é necessário arrastá-las da aba Paleta até a
aba do diagrama de negócio.
Todas as piscinas, com exceção da piscina Processo, não serão executáveis. Para
determinar uma raia como não executável, é necessário clicar com o botão direito do mouse
90
na piscina desejada e escolher a opção Setar piscina como não executável, com isso, o
cabeçalho da piscina ficará em cinza escuro, cor diferente do restante da piscina.
Observa-se na figura 40, a opção para determinar piscina como não executável.
Figura 40 – Piscina não executável
O autor
6.1.2.4 Etapas do desenvolvimento do diagrama de processo de negócio
No Intalio, não é obrigatório a utilização do evento de início do processo, porém,
sendo uma boa prática, inclusive para melhor visualização do processo, o evento será
considerado.
Da paleta é inserido no diagrama o evento de início na piscina Servidor.
Para a piscina Servidor, é arrastado o formulário formularioServidor que está na
aba Explorar processo, e clicado na opção use formularioServidor for People Initiating
Process Activity (initProcess). Será esse formulário que dará início ao processo.
91
Observa-se na figura 41, a opção para usar um formulário como início de
processo.
Figura 41 – Opções de uso de um formulário em raias não executáveis
O autor
As opções da figura anterior _ Use fomularioServidor for People Activity (create
and complete) e Use formularioServidor for Notification (notify) _ serão utilizadas durante o
decorrer da modelagem do processo.
A primeira create and complete será utilizada para o julgamento do pedido de
licença saúde pela Junta Médica, DRIF e DRH, a opção notify será usada para notificar o
status do pedido ao Colaborador e quando a secretaria tiver de despachar um atestado.
A ferramenta Intalio exige que as mensagens entre as piscinas sejam feitas através
de dois fluxos, um de entrada e outro de saída.
Por esse motivo, existem 2 ligações entre a atividade inicial e a atividade da
piscina Processo.
Durante todo o processo, serão usadas duas ligações para interligar atividades de
diferentes piscinas.
A piscina Processo será a principal piscina do processo de licença saúde, pois na
mesma estão implícitos todos os gateways e as regras para a validação do processo.
A figura 42 ilustra mensagens de entrada e saída entre atividade de diferentes
raias.
92
Figura 42 – Duas conexões entre atividades em diferentes piscinas.
O autor.
Após a piscina Processo receber os dados iniciais emitidos pela solicitação do
colaborador, surge o primeiro gateway, o qual determinará se haverá uma notificação para a
secretaria despachar o documento.
O despacho de atestado pela secretaria acontecerá quando o atestado não for
digital.
A figura 43 ilustra o primeiro gateway dentro do processo de licença saúde.
93
Figura 43 – Primeiro gateway e notificação do processo.
O autor.
A atividade contida na piscina Secretaria chamada Notifica Secretaria foi gerada
da mesma forma que a atividade Inicia processo.
A diferença foi a opção Use formularioServidor for Notification (notify) que foi
selecionada após o formulário notificacaoSecretaria ser arrastado para a piscina Secretaria.
Foi necessário também criar uma atividade na piscina Processo para receber e enviar as
mensagens entre as piscinas.
Nas demais notificações, no decorrer do processo, foram feitos os mesmos
procedimentos, variando o formulário e também a piscina que será notificada.
A regra do gateway existente entre atividade Recebe Dados iniciais e Notificar
Secretaria é definida na aba de Mapeamento.
A aba mapeamento contém todas as variáveis de transição entre as atividades. É
no mapeamento que são transportados os valores das varáveis a cada um dos formulários e
também onde são estabelecidas as regras.
No primeiro gateway, a condição ficou conforme a figura 44:
Figura 44 – Regra no primeiro gateway do processo.
O autor.
O significado do mapeamento anterior é: se o nome do arquivo que vir do
formulário disparado pelo servidor for igual a vazio, então o atestado será enviado através de
correio ou automóvel oficial.
Dessa forma, é enviada uma notificação à secretaria, alertando sobre um
documento pendente a ser despachado.
Caso contrário, por padrão, o fluxo segue o seu caminho eventual, representado
por um risco diagonal em uma das opções de fluxo após o gateway.
94
Para os demais gateways foi utilizada estrutura semelhante, diferindo a variável de
saída que será a caixa de seleção com o valores sim ou não referentes à aprovação da Junta
Médica, DRIF e DRH estabelecidas em seus referidos formulários de aprovação.
Na próxima etapa do processo, serão recebidas pela Junta Médica as varáveis
disparadas pelo requerente ao pedido de licença saúde.
Para a interação da função Junta Médica, é necessário arrastar o formulário
formularioJM até a piscina Junta Médica e escolher a opção Use fomularioServidor for
People Activity (create and complete).
Duas atividades surgirão na piscina Junta Médica. Na piscina processo, outras 2
atividades haverão de ser criadas para receber e enviar as mensagens das atividades criadas na
piscina Junta Médica.
A figura 45 ilustra as atividades de create e complete utilizados pela ferramenta
Intalio.
Figura 45 – Primeiro gateway do processo.
O autor.
Criadas as atividades de formulário da Junta Médica e do processo, é necessário
mapear a variáveis que chegarão ao formulário da Junta Médica. Com a atividade Envia dados
para JM selecionada, abre-se a aba de mapeamento.
A figura 46 ilustra as conexões de dados entre diferentes formulários.
95
Figura 46 – Mapeamento das varáveis para o formulário da Junta Médica
O autor
Ao lado direito da figura 46 constam as variáveis do formularioServidor, que são
as variáveis de saída e, ao lado esquerdo, as varáveis que receberam os dados, as variáveis de
entrada do formulário formularioJM.
Além da ligação das variáveis, existe uma validação para os atestados não
digitalizados. Essa validação pode ser expressada da seguinte forma: se o nome da imagem
for vazio, logo não existe a imagem, então, é atribuído ao link um javascript alertando ao
usuário que o atestado não é digitalizado.
Caso exista um nome de imagem, o link será a url que foi anexada junto ao
formulário do servidor. O link que se descreve é o link no formulário da Junta Médica.
Esse mesmo processo acorre para a DRIF e DRH, diferindo apenas na variável de
aprovação de cada um desses setores.
96
6.1.2.5 Usuários do processo
No processo de licença saúde, foram determinados 5 usuários distintos para cada
uma das piscinas: intalio/secretaria, intalio/servidor , intalio/jm, intalio/drif, intalio/drh.
Para relacionar o usuário à piscina, é necessário selecionar a piscina e, em
propriedades escolher Workflow e determinar o usuário em User(s), conforme figura 47.
Figura 47 – Usuário participante da piscina DRH
O autor
Para adicionar ao servidor cada um dos funcionários, é necessário acessar ao
arquivo XML que está na pasta servidorIntalio\var\config\security.xml e adicionar as
seguintes linhas:
<user identifier="nomeDoUsuario"> <name>Nome do Usuario</name>
<email>[email protected]</email>
<password>senhaDoUsuario</password>
<assignRole>FuncaoDoUsuario</assignRole> </user>
6.1.2.6 Modelo final na ferramenta Intalio
Na figura 48, é observado o diagrama de atividades na ferramenta Intalio. Esta
ferramenta utiliza notação BPMN 2.0, e todo a lógica de negócios está na raia Processo, que
está no meio do diagram de atividades.
97
98
Figura 48 – Diagrama de processos na ferramenta Intalio.
O autor.
6.2 AUTOMATIZAÇÃO NO ORACLE BPM
Para licenciamento da Suíte BPM oferecida pela Oracle, existe a cobrança de
valores relativos aos serviços da suíte de arquitetura dirigida a eventos e também ao
desenvolvimento de relatórios e formulários.
É possível ter uma prévia dos valores dos produtos Oracle em
http://www.oracle.com/us/corporate/pricing/technology-price-list-070617.pdf, inclusive da
suíte BPM.
Porém o Oracle BPM Studio, ambiente de modelagem, é possível baixá-lo sem
custos, nesse em que será dado ênfase e no qual será desenvolvido o protótipo.
A ferramenta foi escolhida por ser a utilizada para desenvolvimento da
modelagem dos processos no TJSC.
6.2.1 Ambiente de automatização
A versão para desenvolvimento do protótipo foi a 10.3.2c do Oracle BPM Studio,
que pode ser encontrada para download no site da Oracle. É requisito para efetuar o download
de software Oracle o cadastro em http://www.oracle.com.
Para efetuar o download do Oracle BPM Studio na versão 10.3.2c, é necessário
acessar à URL http://www.oracle.com/technetwork/middleware/bpm/downloads/index-
100737.html autenticado com usuário Oracle, após isso, aceitar os termos de uso.
Foi escolhida a versão para Windows de 32 bits para o desenvolvimento do
protótipo. O executável pode ser baixado diretamente no endereço
http://download.oracle.com/otn/bea/bpm/OracleBPMStudio103200_win.exe.
99
6.2.1.1 Instalação e execução do BPM Studio
Executar OracleBPMStudio103200_win.exe.
Introduction – Clicar no botão Next
Choose Install Folder (Determinar Pasta) – Clicar no botão Next
Pre-Installation Summary – Clicar no botão Install
Install Complete - Clicar no botão Done
Para a execução no sistema Windows, é possível acessá-lo através do link criado
no menu de programas ou na pasta
localDeInstalacao\OraBPMStudioHome\eclipse\eclipse.exe.
6.2.1.2 Servidor WEB
O Oracle BPM Studio 10 possui um servidor Web apache tomcat 5.5. Essa
verificação é apenas a nível informativo, pois, não foi necessário configurar o servidor WEB,
recurso feito pela própria ferramenta.
6.2.1.3 Persistência de dados no Oracle BPM Studio 10
O Oracle BPM Studio 10 possui um banco de dados Derby embutido, fato que no
desenvolvimento se torna transparente, não existe a necessidade de configuração do banco de
dados, a ferramenta se encarrega de fazê-lo.
100
Os dados das instâncias dos processos são todos persistidos no banco de dado
Derby.
6.2.2 Modelagem na ferramenta Oracle BPM Studio
Após feita a instalação e acessado o Oracle BPM Studio, será necessário criar um
novo projeto.
Os passos a serem seguidos a partir da barra de menu da ferramenta são: File,
New, Project, BPM, BPM Project, Botão Next, em Project Name inserir o nome do projeto,
no caso do protótipo foi LicencaOracle, Next e por fim Finish.
6.2.2.1 Variáveis do processo
Para criar as variáveis, é necessário abrir a estrutura hierárquica do projeto e clicar
o botão direito do mouse em Catalog, New, Module. Inserir o nome do módulo, no caso do
protótipo foi Dados.
Clicar o botão direito do mouse no módulo, depois em New e BPM Object. Inserir
o nome do objeto BPM, no protótipo foi Dados_licenca.
Dois cliques sobre o objeto BPM e inserir as variáveis que serão trabalhadas no
decorrer de todo o processo. No protótipo, foram utilizadas as seguintes variáveis conforme a
figura 49.
101
Figura 49 – Variáveis utilizadas no desenvolvimento do protótipo na ferramenta Oracle BPM Studio 10.
O autor.
6.2.2.2 Formulários
Foram criados 5 formulários com os seguinte nomes: AnexaImagem,
ParecerDRH, ParecerDrif, PreencheFormulario e VerificaAtestado.
Para criação de um formulário, é necessário clicar no objeto BPM criado com o
botão direito do mouse depois em New e em Presentation, escolher o nome do formulário,
conforme listado anteriormente e, após isso, determinar as variáveis que farão parte de cada
um dos formulários.
No formulário AnexaImagem, foi associado a seguinte variável:
arquivoBinario
No formulário ParecerDRH foram associadas as seguinte variáveis:
nomeServidor
102
matriculaServidor
atestadoDigitalizado
dataDoPedido
diasAfastado
motivoAfastamento
protocolo
deferidoDRH
motivoIndeferimento
arquivoBinario
No formulário ParecerDrif, foram associadas as seguinte variáveis:
nomeServidor
atestadoDigitalizado
dataDoPedido
diasAfastado
matriculaServidor
motivoAfastamento
parecerDRIF
motivoIndeferimento
arquivoBinario
protocolo
No formulário PreencheFormulario, foram associadas as seguinte variáveis:
nomeServidor
atestadoDigitalizado
dataDoPedido
diasAfastado
matriculaServidor
motivoAfastamento
protocolo
No formulário VerificaAtestado, foram associadas as seguinte variáveis:
103
nomeServidor
atestadoDigitalizado
dataDoPedido
diasAfastado
matriculaServidor
motivoAfastamento
protocolo
deferidoJM
motivoIndeferimento
arquivoBinario
6.2.2.3 Criação de funções (roles)
Foram criadas 6 funções no projeto: Diretoria RH, Junta Médica,
Colaborador/Servidor, Sistema, Secretaria e DRIF. Para criá-las, é necessário abrir o projeto,
escolher a pasta Organization, clicar o botão direito sobre Roles e escolher New.
6.2.2.4 Criação de participantes (participants)
Para cada uma das funções, foi determinado um participante, os quais são os
usuários que irão se autenticar no ambiente: para Diretoria RH, o participante DRH, para a
Junta Médica, o participante JM, para a Colaborador/Servidor, o participante servidor, para a
Secretaria, o participante secretaria e, para a DRIF o participante drif.
Para criá-las, é necessário abrir o projeto, escolher a pasta Organization, clicar
com o botão sobre Participant, New e associar a respectiva função.
104
6.2.2.5 Raias do processo
Clicando com o botão direito sobre o projeto na aba Project Navigator, New,
Process e escolhendo o nome para tal, será possível modelar o processo visualmente.
Ao lado direito da tela que terá uma raia com um evento de início ligado a um
evento de fim pode-se verificar um menu com itens da notação BPMN.
Arrasta-se para a tela gráfica do processo a notação Lane. Clicando sobre a raia
com botão direito do mouse e escolhendo Properties, é possível associá-las a uma função.
6.2.2.6 Evento de início
As variáveis que serão utilizadas durante o percurso do processo necessitam ser
instanciadas no evento de início do processo. O inicio do processo se dará na raia que está
associada à função Colaborador/Servidor.
Para a instanciação das varáveis, é necessário dar 2 cliques sobre o evento de
inicio. Adicionar o argumento atestadoArg de tipo Dados.Dados_licenca, fechar a janela,
adicionar a instância atestado de tipo Dados.Dados_licenca, fechar a janela e clicar no ícone
mais e em Instance Variable adicionar atestado, e em Argument adicionar atestadoArg.
6.2.2.7 Fluxos de Tela (Screenflows)
Os fluxos de tela têm o papel de associar um formulário a uma determinada
atividade.
Para a inserção de um Screenflow, é necessário acessar a pasta Process, e então,
clicar com o botão direito em New e Screenflow. Foram criados os seguintes fluxos de tela no
105
protótipo: AnexaImagem, ParecerDRH, ParecerDrif, PreencheFormulario e
VerificaAtestado.
Para a configuração de um fluxo de tela, é necessário abri-lo, adicionar uma
atividade do tipo Interactive Component Call entre os eventos de início e fim, conforme
figura 50.
Figura 50 – Evento de início, atividade e evento final internos a um Screenflow.
O autor.
Para configurar as variáveis de início e fim do fluxo de tela, é preciso clicar duas
vezes sobre o respectivo evento e adicionar o argumento atestadoArg de tipo
Dados.Dados_licenca, fechar a janela, adicionar a instância atestado de tipo
Dados.Dados_licenca, fechar a janela e clicar no ícone mais e em Instance Variable adicionar
atestado, e em Argument adicionar atestadoArg, confome figura 51.
Figura 51 – Variável e argumento no evento de início de um Screenflow.
O autor.
Para associar o ScreenFlow a um determinado formulário, é preciso clicar na
atividade que foi adicionada entre os evento de início e fim.
106
Na lista suspensa Implementation Type, escolher BPM Object Interactive Call, na
lista suspensa Select BPM Object Variable escolher a variável atestado, escolher a caixa de
seleção Use BPM Object Presentation e associar a um dos formulários criados confome
figura 52.
Figura 52 – Tela de configuração de um Screenflow.
O autor.
Para determinar as ações dos botões Enviar e Cancelar, que aparecerão no
ambiente web do usuário, é necessário clicar no botão Argument Mappings, na ação de saída,
por exemplo, AnexaImagemOut clicar no botão adicionar e em Instance Variable.
Escolher action e adicionar o seguinte argumento: selectedButton == "submit" ?
OK : CANCEL, clicando mais uma vez no botão adicionar escolher result e adicionar o
seguinte argumento: selectedButton, confome figura 53.
107
Figura 53 – Configuração das variáveis de saída de um Screenflow.
O autor.
O processo descrito acima foi feito para cada um dos cinco ScreenFlows usados
no protótipo.
6.2.2.8 Atividade global
A atividade global será que iniciará todo processo. A mesma é alocada na raia em
que está atribuída a função Servidor/Colaborador. Ela não será conectada a nenhuma das
demais atividades do fluxo, confome figura 54.
Figura 54 – Atividade global dentro da raia que iniciará o processo
O autor
Para configurar a atividade global, é necessário dar dois cliques sobre a mesma.
Na lista suspensa Implementatios Type escolher Screenflow e em Related Screenflow escolher
o nome do Screenflow que dará a partida ao processo, no protótipo foi PreencheFormulario.
Clicar sobre o botão Argument Mapping e adicionar o argumento de entrada
atestadoSfArg com o valor (Value) Dados_licenca() e o argumento de saída atestadoArg=
atestadoSfArg.
108
Seguidamente fechar a janela e clicar no botão Edit. O Screenflow
PreencheFormulario terá peculiaridades e, uma delas é que o argumento se chamará
atestadoSfArg e, a outra, é que a instância se chamará atestadoSf. Fato que ocorrerá no evento
de início e fim do ScreenFlow.
Outra peculiaridade será a atividade automática Inicializa, que conterá atribuição
ao valor da variável atestadoSf.dataDoPedido='now', a qual determinará a data do pedido
como data atual. Sendo atestadoSf o nome da variável que percorrerá o Screenflow
PreencheFormulario, o mesmo deverá ser configurado como a variável do objeto BPM, como
visto na figura 55.
Figura 55 – Eventos e atividades do Screenflow da atividade Global.
O autor.
6.2.2.9 Atividades
Ao todo foram utilizadas 11 atividades para a modelagem do processo, sendo que
5 foram de interação humana (Interactive), 5 foram automáticas (Automatic), 1 atividade
global (Global Activities), um evento de fim e outro evento de início.
A disposição final do diagrama de processo de negócio ficou confome figura 56.
109
Figura 56 – Processo modelado na ferramenta Oracle BPM Studio.
O autor.
Todas as atividades interativas foram associadas aos seus respectivos Screenflows,
apenas na atividade da função Secretaria não foi associado um Screenflow.
Ás atividades automáticas, sem ícones (aparecem em azul, quando vistas na
ferramenta), podem ser atribuídos valores as variáveis do processo e também podem ser
adicionadas regras de negócio.
A atividade com um ícone em, forma de asterisco, é a atividade global (de cor
vermelha, quando visualizado na ferramenta). As atividades com um ícone em forma de
boneco (também em vermelho, quando visualizada na ferramenta) são as atividades
interativas, só é possível associar formulários a essas atividades nesse processo.
110
Para associar uma atividade interativa a um Screenflow, é necessário clicar duas
vezes sobre o mesmo e selecionar na lista suspensa Implementation Type a opção Screenflow
e em Related Screenflow o respectivo Screenflow, confome figura 57.
Figura 57 – Configuração da associação entre Sreenflow e atividade.
O autor.
Em seguida, clicar em Argument Mapping, adicionar a instância atestado de tipo
Dados.Dados_licenca. Na entrada, o argumento atestadoArg será igual à instância atestado, e
na saída o inverso, confome figura 58.
111
Figura 58 – Configuração das variáveis e argumentos entre Sreenflow e atividade.
O autor.
Para cada uma das atividades com ScreenFlow relacionado, foi feito o processo
descrito anteriormente.
6.2.2.10 Gateways
Na atividade automática Recebe Dados do Requerimento pertencente à raia com
função Sistema, foi adicionado o seguinte algoritmo, escrito em Process Business Language
(PBL).
if atestado.atestadoDigitalizado=false then
result = "Nao Digitalizado"
else
result = "Digitalizado"
end
112
Esse algoritmo determinará qual próxima atividade o processo irá seguir. Caso o
atestado não seja digitalizado, irá para a Secretaria, regra que está implícita no gateway que
liga a raia Sistema à raia Secretaria, por padrão, o processo seguirá para o Colaborador.
Conforme ligação entre o Sistema e o Colaborador/Servidor, nesse caso o
colaborador irá anexar o atestado digital.
Na raia Junta Médica, caso o pedido for deferido, por padrão, o processo seguirá
para a raia DRIF, o que está implícito no fluxo de ligação entre a Junta Médica e a DRIF,
sendo indeferido, será despachado um email ao Colaborador, avisando sobre o indeferimento.
Este detalhe que consta no processo visual e é uma atividade automática com os
algoritmos para o envio de email, e, por fim, o processo é finalizado em um evento final.
De forma semelhante, o processo ocorre nas duas próximas raias, mudando
apenas a variável de aprovação da DRIF e da Diretoria de Recursos humanos.
Fato que é determinado no fluxo de ligação entre as atividades dessas duas raias e
suas respectivas atividades automáticas de envio de email.
Tendo aprovação pela Junta Médica, DRIF e DRH, é despachado um email ao
Colaborador, alertando sobre a aprovação do pedido de licença saúde.
6.3 VALIDAÇÃO
Abaixo seguem o processo na prática, utilizando os ambientes Web oferecidos
pelas ferramentas Intalio e Oracle BPM.
6.3.1 Validação no Intalio
Para executar o processo no Intalio, é necessário iniciar o servidor, configurar o
projeto e fazer o deploy do mesmo, confome figura 59.
113
Figura 59 – Ícones de deploy e configuração do projeto respectivamente
O autor.
A tela de login pode ser acessada através do endereço http://localhost:8080/ui-
fw/login.htm, conforme figura 60.
Figura 60 – Tela de login no ambiente Worflow da Intalio
O autor
Após autenticar-se no sistema, haverá para o usuário Colaborador três abas
disponíveis: Tarefas, Notificações e Processos. Sendo o colaborador o usuário que iniciará o
processo, haverá um processo na aba Processos, confome figura 61.
Figura 61 – Ambiente do Colaborador com link para inicio de processo.
O autor.
Quando clicado no link Inicia processo de licença saúde, surge a seguinte tela,
confome figura 62.
114
Figura 62 – Tela de registro de pedido de licença saúde do servidor.
O autor.
O usuário servidor/Colaborador preenche os dados do requerimento, anexa o
atestado e clica no botão Start.
O usuário da Junta Médica ingressa no ambiente BPM e verifica suas tarefas,
confome figura 63.
115
Figura 63 – Tela de tarefas da Junta Médica.
O autor.
O usuário da Junta Médica clica sobre o link Concede parecer sobre atestado e
abre a seguinte página, confome figura 64.
Figura 64 – Tarefa da Junta Médica expandida.
O autor.
O usuário da Junta médica clica sobre o link chamado Atestado e, no navegador
de internet é possível verificar o atestado, confome figura 65.
116
Figura 65 – Atestado anexado com detalhe do servidor.
O autor.
A imagem não aparece dessa forma no ambiente Intalio. Foi utilizado um recurso
do navegador Firefox para demonstrar que o anexo está hospedado no servidor Intalio BPMS.
O usuário da Junta Médica fecha a janela com o atestado e clica no botão
Complete.
As mesmas atividades acontecem para a DRIF e também para o DRH. Quando
aprovado na DRH, o usuário servidor recebe uma notificação da seguinte forma, confome
figura 66.
Figura 66 – Tela de notificações do servidor
O autor
E clicando sobre o link, Seu pedido foi aprovado, aparecerá a seguinte tela,
confome figura 67.
117
Figura 67 – Notificação do servidor expandida.
O autor.
6.3.2 Console Intalio
É possível verificar as instâncias dos processos no Console do Intalio. O endereço
para acesso ao console do Intalio é http://localhost:8080/bpms-console/login.htm. Entrando
com o usuário administrador (admin) e senha changeit, é possível verficar quais versões estão
em funcionamento do processo e também as instâncias que estão sendo executadas do mesmo
processo, confome figura 68.
Figura 68 – Tela inicial do console Intalio.
O autor.
Através da tabela acima se sabe que o processo LicencaIntalio, na sua primeira
versão, está sendo executado e que uma instância está em progresso e outra foi completada.
Clicando sobre o link licencaSaude:Processo, temos a seguinte tela, confome
figura 69.
118
Figura 69 – Detalhes do processo LicencaSaude.
O autor.
A aba diagrama exibe um Diagrama do processo de negócio de licença saúde e a
aba recursos exibe todos os arquivos wsdl e xsd disponíveis no projeto do processo.
Ao clicar em Visualizar instâncias, é exibida a seguinte tela, com fome figura 70.
Figura 70 – Instâncias do processo de licença saúde no console.
O autor.
Confere-se que existe uma instância de processo em execução e outra já
finalizada. Clicando sobre a instância não finalizada, tem-se a seguinte tela, confome figura
71.
119
Figura 71 – Instância do processo de licença saúde em progresso.
O autor.
Confome figura 71, estão os detalhes do processo e, mais abaixo consta em que
ponto a instância do processo está.
120
Figura 72 – Atividade em que parou a instância do processo.
O autor.
Confome figura 72, o ícone em forma de círculo com seta interna para a direita,
presente na atividade Salva Informações DRIF representa que o processo está esperando a
aprovação da DRIF para ser dada continuidade, no navegador esse ícone é verde.
6.3.3 Dificuldades encontradas no Intalio BPMS
Foram inúmeras as tentativas de criação, geração de modelos e testes. Foi um
grande processo de tentativa e erro até chegar ao modelo final na ferramenta Intalio, o qual é
exibido neste trabalho. Apesar da comunidade Intalio oferecer uma documentação
considerada vasta, com vídeo aulas, tutorias e inclusive projetos prontos, cada projeto possui
suas peculiaridades.
121
Um problema que ocorreu no console é o de após ser lançado uma versão mais
recente do mesmo processo, faz com que as demais instâncias do processo falhem até mesmo
do novo processo.
Para contornar esse erro foi criado um arquivo em lotes com a seguinte estrutura:
rmdir C:\intalio-bpms-6.0.3.038 /S /Q
MKDIR C:\intalio-bpms-6.0.3.038\
XCOPY C:\TMP\intalio-bpms-6.0.3.038\*.* C:\intalio-bpms-6.0.3.038\ /S
set ANT_HOME=c:\ant
set JAVA_HOME=C:\Program Files\Java\jdk1.6.0_26
set PATH=%PATH%;%ANT_HOME%\bin
set CATALINA_HOME=C:\intalio-bpms-6.0.3.038
C:\intalio-bpms-6.0.3.038\bin\startup.bat
O script acima apaga todos os dados do servidor, faz uma cópia de uma pasta de
backup do servidor e executa o servidor.
Em algumas versões do Windows 7, não foi possível executar o servidor
diretamente pelo script startup.bat, encontrado internamente na pasta do servidor. A solução
foi a criação de um arquivo de lotes com esta estrutura:
set ANT_HOME=c:\ant
set JAVA_HOME=c:\Program Files\Java\jdk1.6.0_26
set PATH=%PATH%;%ANT_HOME%\bin
set CATALINA_HOME=C:\intalio-bpms-6.0.3.038
C:\intalio-bpms-6.0.3.038\bin\startup.bat
Em determinado patamar de desenvolvimento, não foi possível emitir instâncias
do processo sem anexo.
Foi resolvido o problema de não aceitar processo sem anexo, utilizando o nome
do arquivo para garantir a existência do mesmo.
Um problema, que não se encontrou solução, foi o de acessar o link não
remetendo a um atestado e abrir uma nova página/aba. Foi tentado resolver esse problema
através de um comando javascript:alert('Atestado não digitalizado'); return false;, porém foi
uma tentativa sem sucesso.
122
Apesar da versão 6 do Intalio ser bastante recente, ela possui um bom nível de
estabilidade, inclusive possibilitando a modelagem e o desenvolvimento com uma boa
variedade de recursos.
6.3.4 Validação no Oracle BPM
Para iniciar o processo, será necessário clicar no ícone Start Engine com o projeto
LicencaSaude selecionado.
Após isso, deve-se lançar o espaço de trabalho, espaço em que os participantes
usarão para executar o processo, confome figura 73.
Figura 73 – Ícones de Start Engine e Launch Workspace respectivamente.
O autor.
A primeira tela em que o usuário do ambiente se deparará será a seguinte,
confome figura 74.
Figura 74 – Tela de logon do Oracle BPM Workspace
O autor
O participante servidor se logará para dar início ao processo, confome figura 75.
A inexistência de campo de senha se dá em virtude da execução local do Oracle BPM Studio.
123
Figura 75 – Tela do ambiente do participante servidor.
O autor.
O participante servidor clicará sobre o link Solicitar pedido de licença saúde e
abrirá a seguinte janela, confome figura 76.
124
Figura 76 – Tela de preenchimento do formulário de licença saúde.
O autor.
O colaborador preencherá os seus dados e clicará em enviar para dar seguimento
ao processo, confome figura 77. No caso acima, figura 76, foi selecionado o campo Atestado
Figura 77 – Detalhe do ambiente do colaborador para anexar o atestado.
O autor.
O campo Descrição é o nome da instância do processo e Anexar atestado é a
atividade atual. Clicando no link Anexar atestado, abre a seguinte janela, confome figura 78.
125
Figura 78 – Tela para anexar atestado ao pedido
O autor
Já com o atestado anexado, o Colaborador envia o documento que irá para a
avaliação da Junta Médica, confome figura 79.
126
Figura 79 – Tela do participante JM.
O autor.
O participante JM, relativo à função Junta Médica, ingressa no ambiente e verifica
que existe um processo de licença saúde para ser deferido, confome figura 80.
Figura 80 – Link para a Atividade Verifica atestado do participante JM.
O autor.
Ao clicar no link Verifica atestado, abrirá a seguinte tela, confome figura 81.
127
Figura 81 – Tela de aprovação da Junta Médica.
O autor.
Em um fluxo ideal, o participante JM clica em aprovado e depois no botão enviar,
que consta na parte inferior do formulário da figura anterior.
No ambiente de um participante da função DRIF, existirá um processo esperando
por ser aprovado. O participante da DRIF defere o pedido da mesma forma que a JM. Então, o
pedido é encaminhado a DRH, que analisa o pedido e mais uma vez o aprova. E, por fim, é
enviado um email ao colaborador, alertando sobre a aprovação do seu pedido de licença
saúde.
128
6.3.5 Dificuldades encontradas no Oracle BPM Studio
A ferramenta Oracle BPM Studio foi a primeira de que o autor teve contato, e foi
importante para mensurar o quanto uma ferramenta BPM pode oferecer de recursos para a
modelagem de processos de negócios. Porém, existiu uma quebra de paradigma em relação ao
desenvolvimento de projetos por parte do autor, sendo que toda quebra de paradigma é
acompanhada de um processo reflexivo complexo.
A grande dificuldade encontrada foi a mudança de padrões de desenvolvimento de
projeto.
Dentre as dificuldades pontuais, encontradas, destacam-se as relativas aos anexos.
Tentou-se desenvolver um componente de upload conforme pacote encontrado em fóruns do
Oracle BPM. Foi em vão a tentativa, pois não foi possível relacioná-lo ao link dos usuários
que aprovariam o pedido. Usou-se então um componente de upload de imagens que a própria
ferramenta dispõe, pois, a necessidade era apenas para imagens e o componente cumpria esse
papel.
A configuração do tamanho das imagens para upload,também teve que ser
redefinida, mudo-se de 16 Kbytes para 2000 Kbytes. Para redefinir o tamanho para upload
dentro da ferramenta, é necessário clicar o botão direito sobre o projeto, Engine Preferences,
aba Advanced e mudar o atributo Maximum Instance Size para o tamanho desejado, no caso
do protótipo, para 2000 Kbytes.
6.4 RESULTADOS
Aproximadamente 15 mil processos de licença saúde são feitos anualmente no
Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Todos esses processos são originados de cada uma das
113 comarcas no estado de Santa Catarina, e cada um dos processos originados nas comarcas
é encaminhado para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina para aprovação.
129
Os processos de licença saúde utilizam um formulário disponível na internet para
que o requerente o preencha e encaminhe juntamente com os demais documentos, atestados e
exames para o TJSC.
Esses documentos são protocolizados e colocados em malotes. Para o envio
desses documentos, utilizam-se os correios ou então automóvel oficial.
Utilizando uma ferramenta BPM para a modelagem de processos de negócio, é
possível efetivar a automação dos mesmos processos, como feito no processo de licença
saúde.
Com a modelagem e automação do processo, é possível criar o ambiente
executável. Com isso, não será mais necessário o envio dos documentos pelos correios ou por
automóvel do TJSC a aqueles pedidos que forem digitalizados com seus devidos documentos.
Com isso, haverá maior agilidade na aprovação dos processos, pois cada um dos atores
poderão facilmente acessar a todos os documentos e detalhes do pedido de licença a serem
aprovados no ambiente BPM. Serão eliminados gastos com combustível e correios por parte
do TJSC. O arquivamento de documentos se dará digitalmente, o que eliminará o acúmulo de
papéis no almoxarifado do TJSC.
Em relação à manutenção do Workflow BPM, as ferramentas permitem
flexibilidade, quando necessário efetuar mudanças no processo.
Quando percebida atividade desnecessária no processo, o simples fato de eliminá-
la no diagrama de processos de negócio, refazer as ligações necessárias e sincronizar com o
servidor BPM, irá refletir no ambiente BPM que já estará pronto para execução.
6.4.1 Protótipo na ferramenta JBPM
O autor, na tentativa de desenvolver um protótipo, utilizando uma ferramenta
gratuita, optou pela utilização do JBPM em primeiro momento.
A versão utilizada para desenvolvimento foi a 5. Para desenvolvimento de
processo no JBPM existem, na página de internet da empresa JBoss, manuais para cada uma
das versões do framework, inclusive da versão 5. A empresa JBoss oferece para o JBPM 5 um
130
recurso de instalação do ambiente total, com o servidor de aplicação, IDE e plugins através de
um script. Esse script baixa os arquivos necessários para instalação do ambiente JBPM de
desenvolvimento e depois o instala.
Antes de ser executado o script, é necessário baixar o arquivo de instalação. No
momento do desenvolvimento deste trabalho, a última versão encontrava-se no endereço
http://sourceforge.net/projects/jbpm/files/jBPM%205/jbpm-5.1.0.Final/jbpm-5.1.0.Final-
installer.zip/download.
Foi essa mesma versão que se tentou desenvolver o protótipo. Após
descompactado o arquivo, executa-se o seguinte script na pasta jbpm-installer:
set ANT_HOME=c:\ant
set JAVA_HOME=c:\Program Files\Java\jdk1.6.0_26
set PATH=%PATH%;%ANT_HOME%\bin
ant install.demo
São requisitos para funcionamento do script os arquivos do framework ant na
máquina onde será instalado o ambiente JBPM.
Apesar da facilidade de instalar o ambiente JBPM 5, p autor não conseguiu
elaborar o proytótipo nessa ferramenta, pois era uma versão do JBPM muito recente. O autor
encontrou diversas dificuldades para o desenvolvimento nessa ferramenta, e inclusive
manipulação do console, que possuía uma infinidade de erros.
Desistiu-se dessa ferramenta, e foi tentado uma versão anterior, a versão 4. Porém
o suporte para a instalação do ambiente JBPM na versão 4 estava defasado. Procurou-se,
então, a versão 3, da mesma forma que a 4 não encontrou-se suporte.
Por esse motivo, optou-se pelo Intalio para desenvolvimento do protótipo em um
BPMS gratuito.
6.4.2 Comparativo entre as ferramentas Oracle BPM Studio e Intalio
As duas ferramentas foram boas para trabalhar. Porém, com a ferramenta da
Oracle, foi possível efetuar o protótipo com mais rapidez. Junto com o Oracle BPM Studio,
131
existem alguns projetos de exemplos que auxiliam no momento de aprender a utilizar a
ferramenta. Usando esses protótipos, a curva de aprendizado foi elevada.
Com ferramenta Intalio foi um pouco mais dificultoso o aprendizado,
principalmente pelo fato, do primeiro contato com uma ferramenta BPM ter sido com o
Oracle BPM Studio, tentou-se usar a mesma estrutura para modelar o processo na ferramenta
Oracle, porém, o modelo desenvolvido foi bastante diferente na ferramenta Intalio.
No Intalio, a transição de dados entre os formulários do modelo de processos foi
bastante simples, usando o mapeador. Já no Oracle, todos os objetos tiveram de dados
tiveram que ser instanciados em dada uma das atividades que tinham relação com formulário,
fato que tornou a transição dos dados uma tarefa redundante no Oracle BPM Studio.
No ambiente para o usuário final, onde os processos são executados, no Oracle
existe um tempo para elevado para carregamento das páginas na primeira vez, que são
executadas. No Intalio, não se notou, um tempo muito elevado para carregar as páginas,
porém os processos quando carregados pela primeira vez, levam algum tempo.
A execução do protótipo na ferramenta da Oracle foi bastante simples, os erros
constatados na mesma ferramenta foram próximas a zero.
A execução do protótipo na ferramenta da Intalio foi bastante simples, os erros
constatados na mesma ferramenta foram próximas a “zero”.
O grande diferencial entre as duas ferramentas é o fato que uma é a paga, a
ferramenta da Oracle, e a outra não, o Intalio.
O autor não entrou em detalhes do suíte BPM da Oracle, obviamente deve
oferecer uma infinidade de recursos.
6.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O paradigma BPM utiliza conceitos diferentes de um projeto de desenvolvimento
de sistemas de informação convencional, o qual é transmitido durante todo o curso de
sistemas de informação. Existiram vários empecilhos pontuais no decorrer do
desenvolvimento do protótipo, mas a grande dificuldade foi recriar um modelo mental para
desenvolver um ambiente utilizável pelos atores de acordo com o processo modelado,
seguindo as notações BPM. Porém, quando conhecidos os conceitos necessários para
132
desenvolvimento utilizando os ambientes e notações BPM, percebe-se que as ferramentas
agregadas aos conceitos de BPM facilitam o desenvolvimento de ambiente executáveis.
133
7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS
7.1 CONCLUSÕES
No decorrer do desenvolvimento do projeto de conclusão de curso, o autor não
tinha idéia dos desafios que ocorreriam. Foram vários os desafios para chegar aos protótipos
estabelecidos no desenvolvimento. Através desses desafios, foi considerável o aprendizado
passado, aprendizado esse que foi um quebra de paradigma para toda a vida do autor em se
tratando de sistemas de informação.
Tendo em vista todo o processo de desenvolvimento do trabalho aqui apresentado,
o nível de conhecimento adquirido foi relevante em se tratando dos tópicos neste trabalho
consolidados. As concepções se abriram em nível holístico em relação à estrutura de um
sistema de informação feito através da modelagem de processos de negócio.
Existem várias ferramentas para auxílio do desenvolvimento BPM disponíveis na
internet, e muitas delas, vão além da criação de formulários e fluxos.
Com o desenvolvimento de dois protótipos com duas ferramentas distintas foi
possível traçar uma linha de desenvolvimento capaz de agilizar processos, visualizar e dar
manutenção aos mesmos.
O BPM é uma visão dos processos de negócios ainda em faze de difusão na região
de Florianópolis, porém os recursos que oferecem têm grandes chances de conquistar
analistas de sistema e negócio de toda a região.
Com treinamentos específicos de BPMN e, cada ferramenta em particular, é
possível que seja delegado a analistas de negócios funções que antes eram desempenhadas por
analistas de sistemas. As facilidades existentes para a confecção de um sistema relacionado
com um processo ficam visíveis após o contato com a tecnologia BPM e suas ferramentas.
Delegando funções de análise de negócio a analistas de negócios, os analistas de sistemas
podem desempenhar o papel de análise de sistemas críticos, que possuem uma demanda
latente.
134
O BPM possibilita que qualquer pessoa com um mínimo conhecimento de BPMN
possa entender o processo de negócio, o que faz com que o negócio não fique restrito a único
envolvido no processo, mas sim todos os envolvidos no processo, o analista que fizer
manutenção e demais interessados.
Em relação a questão de pesquisa feita no início deste trabalho: até que ponto a
adoção de um novo paradigma de processos em um sistema de recursos humanos de um órgão
público é capaz de ajudar aos colaboradores a exercer suas tarefas administrativas com maior
eficiência? Pode-se enumerar as seguintes melhorias e facilidades:
os requerentes da licença de saúde médica, terão a facilidade de abrir o
processo de qualquer computador sem a necessidade de se deslocar até o
Tribunal de Justiça;
o tempo de resposta da aprovação do processo diminuirá exponencialmente;
haverá menos burocracia, em virtude da eliminação da passagem do processo
por alguns setores;
os administradores do processo, poderão saber em tempo real, em qual patamar
o processo se encontra;
com a modelagem do processo de negócio estabelecida, é possível, que
qualquer interessado no processo possa verificá-lo, dessa forma , sabendo o
seu funcionamento;
as ferramentas estudadas, apresentam recursos, que, diminuem relevantemente
a quantidade de códigos de programação, fato que facilita a criação do
ambiente dos processos.
pelo fato dos ambientes BPM facilitarem a geração dos ambientes executáveis,
os mesmos podem ser estabelecidos por profissionais que, não
necessariamente, possuem um grau técnico de linguagem de programação ou
análise de sistemas elevados.
7.2 TRABALHOS FUTUROS
Os protótipos desenvolvidos neste trabalho, não foram postos em prática em um
ambiente de produção. Futuramente, o autor, pretende elaborar projetos que não fiquem
135
somente em nível de protótipo, e sim, que usuários reais possam usufruir dos benefícios do
ambiente BPM. Dessa forma, poderão ser medidos os indicadores chaves de desempenho
(KPI) e, feitas melhores análise, em tempo real, dos processos de negócios através do
conceito de Business Activity Monitoring (BAM).
Apesar de não ter sido possível a utilização do BPMS JBPM para o
desenvolvimento de um protótipo, o autor irá estudar a ferramenta com maior detalhamento a
fim de descobrir os procedimentos corretos para poder usufruir dos recursos dessa ferramenta.
Será necessária paciência até que novas versões do JBPM 5 sejam liberadas. Com maior
estabilidade e maturidade, será possível desenvolver projetos com maior facilidade e
tranquilidade nessa ferramenta, pois, o propósito da ferramenta é excelente.
É de grande curiosidade do autor, desenvolver protótipos BPM utilizando
arquitetura orientada a serviços (SOA). Na literatura pode-se encontrar que o SOA é BPM
estão intimamente ligados. Apesar de não datarem de mesma época as duas tecnologias se
complementam a fim de construir sistemas robustos criados a partir de políticas bem
definidas.
Para a comunicação entre o SOA e BPM é necessário o aprendizado da linguagem
BPEL, fato que será feito pelo autor em momento futuro.
136
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140
ANEXOS
141
ANEXO A – Resolução N 29/2006-GP (parte 1) - TJSC
142
ANEXO B – Resolução N. 29/2006-GP (parte 2) - TJSC
143
ANEXO C – Resolução N. 29/2006-GP (parte 3) - TJSC
144
ANEXO D – RESOLUÇÃO N. 18/2006-GP– TJSC
145
ANEXO E – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO II
146
ANEXO F – LEI N. 6.745 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1985: SEÇÃO V; SUBSEÇÃO III