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Plano de Lavra Jacquelline Castelo Branco Patrícia Oliveira 1 FACULDADE DE ENGENHARIA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE MINAS PLANO DE LAVRA

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FACULDADE DE ENGENHARIA UNIVERSIDADE DO PORTO

DEPARTAMENTO DE MINAS

PLANO DE LAVRA

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Seminário de Projecto

2003/2004

Trabalho realizado por: Jacqueline Castelo Branco

Patrícia Oliveira

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Indice

1.Introdução Teórica pág.5

1.1.Breve História sobre as Rochas Ornamentais pág.5

1.2. Breve História sobre as Rochas Ornamentais Portuguesas pág.6

1.2.1.Zona Centro Ibérica pág.6

1.2.2.Sub-zona Galiza Média Trás os Montes pág.6

1.3.Região Norte pág. 9

1.4. Aspectos Gerais pág.9

1.5. Breve descrição do Projecto pág.9

1.6.Caracterização do Projecto pág.10

1.6.1.Caracterização Geotécnica da zona de Lavra pág.11

1.6.2.Caracterização Geológica pág.13

1.6.3.Granitos Alcalinos pág.14

1.7.Localização da Pedreira pág.15

1.8.Vias de Acesso pág.15

1.9.Tipo de clima apresentado pela zona onde está colocada a pedreira pág.16

1.9.1.Climatologia e Edafologia pág.16

1.9.2.Precipitação pág.17

1.9.3.Dados Relativos a Boticas pág.18

1.9.4.Evapotranspiração pág.20

1.9.5.Determinação da Área da Bacia de Decantação pág.20

Memória Descritiva pág.21

2.Plano de Lavra pág.22

2.1.Cálculo de Reservas pág.23

2.1.1.Determinação do Tempo de Exploração pág.30

2.2.Desmonte pág.32

2.2.1.Tipo de Explosivos e preparação das cargas pág.35

2.2.2.Dados do Cálculo da Pega de fFogo pág.37

2.3.Sistema de Carga e Transporte pág.39

2.3.1.Cálculos pág.39

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2.4.Descrição do Equipamento pág.39

2.5.Nº de Trabalhadores e Horário de Trabalho pág.46

2.6.Altura e Largura dos Degraus pág.46

2.7.Acessos à Exploração e circulação interna pág.46

2.8.Indicação ao Combate de Formação de Poeiras e outros poluentes pág.47

2.9. Diagrama de Fogo pág.48

2.10. Área de Armazenamento Temporário de Residuos Industriais pág.49

2.10.1.Código Europeu de Residuos pág.49

2.11.Área e Retanção de águas Industriais pág.50

2.12.Protecção e sinalização pág.52

2.13.Projecto de Aterro pág. 52

2.13.1.Dimensão e Forma pág.52

2.13.2.Local de Implementação pág.53

2.13.3.Geologia e Capacidade pág.54

2.13.4.Cobertura do Aterro pág.54

2.14.Sistema de Esgotos pág.56

2.15.Sistema de iluminação pág.57

2.16.Sistema de Ventilação pág.57

2.17.Instalações Auxiliares pág.57

2.18.Plano de Desactivação pág.58

2.19.Estudo de Viabilidade Económica pág.59

Bibliografia pág.72

Anexos pág.74

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1.Introdução Teórica

1.1.Breve história sobre as Rochas Ornamentais

O uso das rochas ornamentais pela humanidade começou na aurora da

civilização humana, durante o período neolítico. Até hoje podemos observar vários

túmulos na Europa, Ásia e América, construídos nessa época, feitos de blocos de

granito, mármore, arenito, etc. Os mais conhecidos são Dolmenos (França) e Menhiros

(Alemanha, Inglaterra, Itália...).

No paleolítico, numa região da Rússia existiram 200 cidades do homem

primitivo, onde fez grande uso de rochas ornamentais em construção de casas e

túmulos.

Grandes pirâmides no Egipto são até hoje construções significativas para

nossa civilização. Somente na pirâmide de keops (147m de altura) foram usados 2,3

milhões de blocos de calcário. O Egipto abriu as primeiras pedreiras de rocha

ornamental a aproximadamente 5 milénios atrás, para extracção de grandes blocos de

calcário e sienito para a construção dessas pirâmides.

A Antiga Grécia e depois o Império Romano, como herdeiro dessa grande

civilização, construíram enormes prédios, monumentos, túmulos, esculturas, estradas,

viadutos, portos, etc., com vários tipos de rocha ornamental, como os mármores,

calcários, travertinos, brechas, arenitos, porfírios, granitos, etc., na Europa, África e

Ásia e muitos perduram até hoje, apesar de terem sido construídos antes do

nascimento de Cristo. Nessa época já começava comércio intensivo de várias rochas

extraídas nos três continentes.

Depois, durante a Idade Média, a humanidade volta a usar grande quantidade

de rocha ornamental para a construção de prédios, palácios, castelos, igrejas,

monumentos, esculturas, praças estradas, viadutos, portos, etc. A Itália usava

mármore e travertino, a Espanha mármore, a França arenito, a Finlândia e Suécia

granito etc., e começou novamente um grande comércio com essas rochas.

No século XIX começou novamente o uso de rochas ornamentais para

construção civil. Aumenta a produção do mármore de Carrara em várias pedreiras e

consequentemente, a exportação de blocos, principalmente para a França e

Alemanha, na Europa e Estados Unidos na América. Nessa época também, começou

a extracção de vários tipos de rocha ornamental em muitos países da Europa

(Espanha, Grécia, França).

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Hoje em dia, a colocação de mármores e granitos na arquitetura moderna,

aumentam a todo ano no mundo inteiro. Fachada aerada, piso elevado, móveis, pisos

públicos, etc., são comuns hoje em dia e a produção de rochas ornamentais, extração

e beneficiamento, tornou-se uma indústria em constante expansão. Também,

aumentam o uso de outras pedras, como quartzito, ardósia, serpentinito, pedra sabão,

etc. O Brasil e, especialmente, Minas Gerais são grandes produtores de rocha

ornamental, e é considerado como uns dos maiores pólos produtores no mundo, como

exemplo: Candeias - granitos, Papagaios - ardósia, São Tomé das Letras - quartzito,

etc.

1.2Breve História Geológica das Rochas Ornamentais Portuguesas

Portugal, na sua área continental, é formado por três grandes unidades

geológicas: o Maciço Antigo, as Orlas Mesocenozóicas e as Bacias do Tejo e do Sado.

O Maciço Antigo representa, só por si, cerca de dois terços do território e

corresponde a parte de um antigo soco compreendendo, essencialmente, terrenos

Precâmbricos e Paleozóicos. Encontra-se localmente coberto por depósitos detríticos

discordantes de idade Terciária e Quaternária cuja espessura não ultrapassa os 200-

300 metros.

Nesse maciço podem definir-se zonas com características paleogeográficas,

tectónicas, metamórficas e plutónicas distintas, muitas vezes separadas por

importantes acidentes cavalgantes. No sector ibérico as estruturas têm direcção

predominante NW-SE.

Nos finais da orogenia Hercínica, o Maciço Hespérico foi recortado, no decurso

de dois importantes episódios, por uma densa rede de fracturas.

O primeiro deles originou fracturas com orientação NNE-SSW e um sistema

conjugado NNW-SSE. O segundo originou fracturas com orientação aproximada E-W,

as quais estão, algumas vezes, preenchidas por filões de rocha básica.

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Figura 1 – Mapa de Portugal.

1.2.1.Zona Centro-ibérica

Caracteriza-se pela ocorrência de uma espessa sequência do tipo flysch

(Precâmbrica Superior a Câmbrica) chamada Complexo Xisto-Grauváquico, sendo os

quartzitos da base do Ordovícico discordantes em relação àquela. Sobrepondo-se aos

quartzitos ocorrem rochas xistentas, por vezes ardosíferas, as quais têm interesse

ornamental (por exemplo, ardósias de Valongo).

O intenso magmatismo originou, sobretudo, granitóides das séries alcalina e

calco-alcalina, estando as rochas básicas muito subordinadas,

Entre os primeiros têm sido utilizados como pedra ornamental os granitos de

duas micas do Porto e de Afife (Viana do Castelo).

Entre os segundos, os granitos com megacristais e biotite-oligoclase de tom

escuro e foliação evidente explorados na região de Espinho (Braga), os granitos calco-

alcalinos a alcalinos com granulado médio a fino e duas micas de Alpalhão

(Portalegre), os granitos calco-alcalinos biotíticos com megacristais e granulado

grosseiro (usualmente designados por "granito dente de cavalo") de Guimarães, de

Viseu, etc., e, ainda, certas variedades cujos feldspatos apresentam coloração rosada

(granitos de Monção e da Serra do Gerês), têm tido larga utilização como rocha

ornamental.

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1.2.2.Sub-Zona da Galiza Média-Trás-os-Montes

O sector NE da Zona Centro-Ibérica caracteriza-se pela presença de rochas de

alto grau de metamorfismo e de composição básica e ultrabásica. Inclui os maciços de

Morais e Bragança onde se situam os principais afloramentos de serpentinitos,

anfibolitos, xistos anfibólicos e outras rochas verdes, importantes do ponto de vista

ornamental. Algumas lentículas carbonatadas estão, por vezes, incluídas na formação

metassedimentar encaixante dos maciços básicos, fornecendo algumas rochas com

interesse ornamental (calcários de Castro Vicente).

1.3Granitos e Rochas Ornamentais

A menção das riquezas naturais, ficaria muito incompleta caso se omitisse a

sua riqueza geológica. Falamos particularmente do granito, mas também de outras

rochas ornamentais.

O granito, que existe com abundância e qualidade suficientes para justificar a

existência de uma indústria extractiva, é de longe a rocha mais importante. Os pólos

da região de Vila Pouca de Aguiar (Pedras Salgadas, Telões e Gouvães da Serra), da

região de Alijó (Vila Verde e Carlão) e da região de Sabrosa (Pinhão e São Martinho

de Anta) são os que se apresentam como mais susceptíveis de exploração rentável.

Já em 1992, o sector de transformação regional tinha uma capacidade de produção de

cerca de 30.000 metros quadrados por mês de granito polido em chapa o que é

considerável.

As reservas de granito, matéria-prima que tem grandes possibilidades como

rocha ornamental, são todavia ainda mais utilizadas para a produção de artefactos

como perpianho, cubos, paralelos, guias, trepos, etc., parcialmente destinados a

exportação,

É ainda para a produção de inertes.

Para além do granito merece uma menção especial as ardósias de Vila Real

(Serra do Alvão), que, não obstante uma certa irregularidade na qualidade, existem em

grandes reserva e com qualidade que justificam a exploração como rochas

ornamentais e de construção.

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1.3.1Região Norte

Na Região Norte, que compreende os distritos de Braga, Bragança, Porto,

Viana do Castelo e Vila Real, e alguns dos concelhos dos distritos de Aveiro, Guarda e

Viseu, a produção global em 2000, foi de 20,6 milhões de toneladas, no valor de cerca

de 141 milhões de euros, correspondendo a uma variação de 3,2% e 0,4%,

respectivamente em volume e valor, em relação a 1999.

O granito é a principal substância explorada, representando cerca de 94% do

valor total de rochas desta região, sendo a utilização industrial a que apresenta maior

importância. De facto, o granito para a construção civil e obras públicas, contribuiu em

2000, com 73,6%, do valor global desta substância na região, enquanto o granito para

calçada e o granito ornamental contribuíram apenas com 13,8% e 12,6%,

respectivamente.

Os principais centros produtores de granito industrial localizam-se nos distritos

do Porto (concelhos de Penafiel e Vila Nova de Gaia), Braga (concelhos de

Guimarães, Braga e Vila Verde) e Aveiro (concelho de Santa Maria da Feira),

contribuindo no seu conjunto com cerca de 60% do valor total de produção de granito

industrial da região. O granito para calçada é explorado preferencialmente no distrito

do Porto (concelhos de Penafiel e Marco de Canaveses) e ainda nos concelhos de

Guimarães, Santo Tirso e Vila Pouca de Aguiar, enquanto o granito ornamental,

apresenta maior expressão nos concelhos de Monção, Vila Pouca de Aguiar, Valença

e Marco de Canaveses.

1.4 Aspectos Gerais

Este projecto foi preparado no âmbito da disciplina de Seminário de Projecto,

do 5º ano da Licenciatura em Engenharia Minas e Geoambiente, da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto e consiste na estruturação de um Plano de

Lavra para uma pedreira de rocha ornamental, mais especificamente de Granito

Amarelo.

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1.5Breve descrição do Projecto

O estudo realizado seguiu o seguinte plano de trabalho:

I. Enquadramento: em que o objectivo será implementar uma pedreira para

extracção de rocha ornamental, mais especificamente de Granito

Amarelo, com capacidade de produção de aproximadamente 15000 t/ano

para abastecimento do Grande Porto. A proposta de trabalho que se irá

apresentar, constitui uma das peças necessárias para o Estudo de

Impacto Ambiental necessário para validar (ou não) a sua implantação;

II. Objectivos: Pretende-se elaborar as várias peças de um Plano de Lavra

de uma pedreira capaz de abastecer o Grande Porto com 15000 t/ano

durante 20 anos, Projecto de Exploração, Plano de Aterro e Plano de

Desactivação.

III. Breve descrição do projecto: Elaboração de um Plano de Lavra

atendendo ao disposto no Decreto Lei 270/2001 de 6/10, presentes na

Legislação Portuguesa. O presente projecto irá ser estruturado atendendo

à futura recuperação ambiental e paisagística do local.

IV. Metodologia: 1) Pesquisa bibliográfica, 2) Estudos dos Decretos de Lei:

D.L. 270/2001 de 6/10, D.L. 162/1990 de 16/5, D.L. 69/2000 de 3/5;

3);visita ao local; planeamento da exploração – análise das alternativas;

Elaboração do plano de lavra, do plano de aterro e do plano de

desactivação; elaboração do relatório final.

1.6.Caracterização do projecto

O primeiro passo para a elaboração deste projecto iniciou-se com uma

pesquisa bibliográfica sobre os temas directamente e indirectamente relacionados com

o nosso problema específico. Esta pesquisa não englobou unicamente a pesquisa

bibliográfica, mas também a pesquisa pela internet. Os livros que serviram como

orientação e apoio bem como os sites de internet estão descritos no ponto Bibliografia

deste projecto.

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O segundo passo foi a pesquisa pela Legislação Portuguesa dos Decretos-lei

directamente relacionados com o projecto, e em seguida o estudo pormenorizado de

cada um deles, para que assim se pudesse elaborar um projecto, tendo em conta as

condicionantes impostas pela nossa legislação. Os Decretos de Lei estudados foram o

Decreto-lei 69/2000 de cinco de Abril, o D.L. 162/1990 de dezasseis de Maio e o D.L.

270/2001 de seis de Outubro. Esta legislação está relacionada com a segurança no

trabalho, recuperação ambiental e a exploração.

Em Dezembro efectuou-se uma visita ao local. Da parte da manhã visitou-se

uma pedreira em lavra activa. Da parte da tarde, visitou-se o local onde será

instaurada a nova exploração de granito amarelo, onde foram efectuadas medições da

orientação das falhas dominantes, bem como do respectivo pendor.

Este projecto – Plano de Lavra – surge devido ao facto da extracção de rocha

na pedreira em exploração, não ser de boa qualidade, ou seja, a excessiva fraturação

dos blocos diminui a qualidade do produto final, e desta se encontrar na sua fase de

finalização. Sendo assim, a empresa exploradora, sentiu a necessidade de escolher

um outro local para a abertura de uma nova pedreira. O local escolhido situa-se no

Alto da Vigia, freguesia de cervos, concelho de Montalegre, distrito de Chaves próximo

da actual pedreira.

Para o desenvolvimento do nosso trabalho, foi-nos cedida uma planta 1:500

do Alto da Vigia. Com esta carta começou-se a delinear o projecto da exploração da

pedreira. O projecto consiste em 3 fases de desmonte, avançando desde a cota 510m

até aos 478 m aproximadamente 32 metros de exploração em profundidade. A altura

dos degraus é de aproximadamente 8 metros em média a largura da praça é de 20

aproximadamente, considerando o espaço da queda do bloco, equipamento a utilizar e

distância de segurança, conforme estabelecida na legislação.

A área total da pedreira, foi dividida em uma área de exploração, situada mais

a norte e outra de aterro, situada mais a sul e isto porque, na parte mais a sul o

terreno é atravessado por uma linha de água, o que nos levou a concluir que a

fracturação do maciço mais a sul seria de tal ordem que não iria ser de qualidade

suficiente que torna-se viável a sua exploração. De modo a obter a melhor qualidade

dos blocos, começou-se a explorar no sentido SW-NE devido a orientação das falhas

e do pendor dominante apresentado pelo maciço.

As plantas ilustrativas da fase de exploração e do aterro encontra-se em

anexo deste projecto.

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Foi necessário a colocação, próximo da entrada da lavra, de contentores onde

vão ser instalados os postos de primeiro-socorros, as instalações sanitárias e de

tratamento de resíduos industrias de forma a dar apoio a todo o pessoal presente na

exploração e por ser um local próximo tanto da zona de exploração bem como da zona

de aterro abrangendo assim o apoio a toda a pedreira.

O apoio administrativo e a transformação já existem na actual pedreira em

actividade.

Na escolha de equipamentos, destacou-se a necessidade de um Banqueador,

um Dumper articulado, uma Pá carregadora com o garfo e uma Retroescavadora.

O Aterro foi instalado na área da pedreira mais a norte, perto da entrada da

pedreira e a sua área bruta, dependeu do volume extraído, cerca de 60% sob o total

de rocha extraída, devido ao facto da maioria dos blocos extraídos serem aproveitados

na sua quase totalidade.

O plano de desactivação consistiu na recolocação da rocha extraída (60% do

volume extraído) por meio da utilização da retroescavadora.

Paralelamente, procedeu-se a construção de várias cartas ilustrativas e de

apoio a este projecto, nomeadamente, carta hipsométrica e a carta ilustrativa dos

declives.

Procedeu-se à implementação da pedreira na carta topográfica (escala

1:25000). A carta hipsométrica construída de modo a representar as curvas de nível

de 50 em 50 metros, conforme em anexo e sob a orientação representada em

legenda, o mesmo procedimento foi estabelecido para a carta representativa dos

declives. A carta topográfica que serviu de apoio foi a n.º 46 – Boticas.

Também foi necessária uma carta geológica, com escala de 1:50000, relativa a

Chaves, 6-B, na área de Boticas, Alto da Vigia. A área cartografada compreende

algumas povoações importantes, alem da cidade de chaves e da Vila de Boticas onde

se encontra implementada a pedreira em estudo neste projecto, outras povoações

como por exemplo, Vila Verde da Raia, Santo Estêvão, Samiões, Anelhe, Redondelo,

Pinho, Codeçoso, entre outras. Numerosas estradas facilitam o acesso à maioria

destas povoações, entre elas destacam-se a estrada internacional de Chaves-Verim e

as estradas de Chaves-Braga, Chaves-Vila Real, Chaves-Bragança, entre outras.

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1.6.1Caracterização Geotécnica da zona de Lavra (Alto da Vigia)

Sob o ponto de vista do desenvolvimento das bancadas, o maciço rochoso no

qual a Pedreira está implantada, é geotecnicamente condicionado pela rede de

fracturação com orientação dominante N40º E, cujo pendor dominante na zona da

pedreira ronda os 85ºNW. Existe ainda uma segunda família de fracturas com

orientação média N20ºE cujo pendor dominante varia entre 85ºSW e 85ºNE. Em

complementaridade com estas duas famílias de fracturas subverticais ocorre uma

outra sub-horizontal.

Com os condicionalismos acima descritos, o avanço das frentes será

predominantemente SW-NE aproveitando as condições favoráveis que esta direcção

de avanço proporciona.

Na actual proposta de Plano de Lavra esta direcção de avanço é alinhada de

acordo com a fracturação N20ºE de forma a optimizar o rendimento da exploração.

1.6.2.Caracterização Geológica

A Geomorfologia da região representada na carta geológica, é dominada pela

depressão de chaves, uma espécie de rasgão colossal a interromper a continuidade

do planalto transmontano, limitada do lado leste, pelo rebordo da escarpa da serra do

Brunheiro e pelos relevos que a continuam até a cota de Mairos, com altitudes que

sobem aproximadamente a grandeza do milhar de metros. A vertente orientada na

direcção NE-SW, é as vezes muito adrupta, com características de escarpa de falha.

O maciço granítico de Santa Bárbara fecha a bacia de Chaves pelo lado sul, ficando

apenas a passagem estreita para o Tâmega, que a partir de Outeiro Juzão, corre

encaixado.

Segundo a notícia explicativa da carta geológica a que nos estamos a referir,

assinalam-se diferentes unidades geológicas, nomeadamente as rochas eruptivas, ou

granitos, que são o centro do nosso estudo. Na área representada pela carta

geológica predominam os afloramentos de granito, estas rochas no seu conjunto,

mostram uniformidade notável não só quanto às características petrográficas

megascópicas, mas também a composição mineralógica. São rochas

leucomesocráticas, ou mesmo leucocrátas e de grão oscilante entre o fino a grosseiro

moderado, por vezes mesmo com tendência porfiróide.

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O carácter alcalino abrange a quase totalidade das amostras que foram

estudadas e conforme descrito na notícia explicativa na carta geológica nº 6B-Chaves.

Estes granitos são essencialmente constituídos pelos seguintes elementos:

SiO2 71,45 Al2O3,Fe,etc 17,25

K2O 4,6 Na2O 3,5 MgO 0,1 CaO 2,7 H2O 0,82

1.6.3.Granitos Alcalinos

Granito de Santa Bárbara

Granitos de grão grosseiro, moscoviticos

Estes granitos encontram-se representados na carta geológia referida, através

de uma mancha de forma arredondada, e são caracterizados por granitos de grão

grosseiro, com passagem a porfiróide limitada mais ou menos por Ventozelos, Vilas

Boas e Pereira de Selão. Este tipo de granitos é caracterizado por ser alcalino, e em

que os minerais constituintes, são a albite e albite-oligoclase, pertite, moscovite e

quartzo.

Granitos alcalinos, de grão médio de duas micas

Estes granitos, são caracterizados por serem constituídos mineralogicamente

por, plagioclase francamente albitica ou albito.oligoclásica, a plagioclase por vezes

apresenta uma presença pouco significativa, microclina e em alguns casos pertite,

frequentemente em grandes cristais, englobando como se disse, restos de plagioclase,

biotie, com halos pleocróicos e exsudações de óxidos metálicos, moscovite em geral

de várias geraçõe, podendo distinguir-se pelo menos, moscovite, em lâminas extensas

e moscovite do tipo II em agregados de fibras e escamas, que podem orlar, ou

constituir os topos das lâminas alongadas de moscovite II.

A ortoclase ou a microclina parecem ser mais

abundantes que as plagioclases, o que associado a

moscovite, justifica a percentagem mais elevada de fracção

de potássio em relação ao sódio. Este resultado leva a

concluir que se trata de granitos do ramo ortósico, posto

que a variação da composição mineralógica nestas rochas

nunca parece atingir valores susceptíveis de modificar os

termos da relação K2O/Na2O<1

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Granito de Pinho (Boticas)

Trata-se de um granito leucocrático, de grão médio a grosseiro, é caracterizado

por possuir duas micas,e revela fenómenos de microclinização da plagioclase e

pertitização. A plagioclase é albite com passagem a oligoclase. Possui grandes cristais

de feldspatos potássicos e pertíticos. Este granito é atravessado pela estrada que une

Boticas a Vidago, ao longo da qual se situam pedreiras em que este tipo de granito se

mostra inalterado, segundo e como já foi referido a noticia explicativa da folha 6-B, da

carta geológica de Chaves.

O local onde está instalada a pedreira base do nosso estudo, é uma zona de

granitos, onde se situa relativamente próximo, um filão de chumbo (Pb), representado

a amarelo.

1.7.Localização da Pedreira

A pedreira de granito amarelo denominada Alto da Vigia fica situada no lugar

do mesmo nome, na freguesia de Boticas, concelho da Chaves e distrito de Vila Real.

A área de que trata este projecto está referenciada à carta topográfica de Portugal à

escala 1/25000 dos Serviços Cartográficos do Exército, na folha 46 com o título de

Boticas respectivamente.

1.8.Vias de Acesso

O mapa da região de Montalegre e arredores servirá para se saber quais os

acessos aos principais pontos, hospitais ou centros de saúde, em caso de acidente,

estradas principais para o acesso à pedreira.

A pedreira do Alto da Vigia situa-se no local do Alto da Vigia, freguesia de

Cervos, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.

O concelho de Montalegre é limitado a Sul pelo concelho de Boticas, a poente

pelo concelho de Chaves.

A freguesia de Cervos fica situada a cerca de 30 km de Chaves, 70 km de Vila

Real, 85 km de Braga, 140 km do Porto e cerca de 20 km da fronteira espanhola.

O acesso Montalegre a Chaves pode ser feito através da Estrada Nacional N.º

103 e o acesso a Vila Real pode ser feito através da EN 103 até à N 2. Esta nacional

faz também ligação ao IP4.

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Na freguesia de Montalegre existe um centro de saúde, que em caso de

acidente de trabalho não grave, os trabalhadores poderão ser deslocados até lá, caso

contrário, o hospital mais perto fica sito em Chaves.

Fig.1: – Mapa do Norte de Portugal.

1.9.Tipo de clima apresentado pela zona onde está colocada a Exploração em estudo 1.9.1. Climatologia e Edafologia

O clima em Portugal Continental é condicionado essencialmente pela posição

geográfica do território em relação ao Oceano Atlântico e pela forma e disposição dos

principais conjuntos montanhosos. O nosso território continental sofre a passagem de

superfícies frontais, normalmente provenientes de oeste, bem como a influência do

anticiclone subtropical do hemisfério Norte (Anticiclone dos Açores) e de centros de

baixa e alta pressão de origem térmica que se formam, respectivamente, a partir de

meados da Primavera com prolongamento pelo Verão e Inverno. Além das condições

já referidas, assumem especial importância os sistemas montanhosos que atravessam

o país sensivelmente na direcção NW - SE.

Espanha

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1.9.2.Precipitação

A precipitação é uma das componentes mais importantes do ciclo hidrológico e

um factor fundamental na definição das características hidrológicas de Portugal

Continental. Verifica-se que a variabilidade espacial é uma das particularidades mais

marcantes da distribuição do regime de precipitação no Continente, como bem

expressa na Figura 1.

A barreira morfológica constituída pelas montanhas do Minho, Cordilheira

Central e relevos que a prolongam para sudoeste, provocam precipitações elevadas

nas regiões entre-os-rios Lima e Cávado apresentando, principalmente na vertente

atlântica, valores elevados de precipitação anual média, na ordem dos 2200 mm,

chegando em alguns locais da Serra do Gerês a atingir valores próximos de 4000 mm.

A leste dos alinhamentos montanhosos do noroeste, a precipitação média desce para

os 800 mm ano e atinge os cerca de 500 mm ano nos vales encaixados do rio Douro e

seus principais afluentes.

Quantidade de Precipitação (mm)

Nº de dias com precipitação > 1mm

Nº de dias com precipitação > 10 mm

Fig2: Quantidades de precipitação no território de Portugal continetal

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1.9.3.Dados Relativos á estação metereológia mais próxima de Boticas

Boletim de Precipitação (SNIRH - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS)

PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 222 202,2 166,1 186,2 8,4 0 6,6 79,9 10,1 0 0 0

MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88

MENSAL ACUMULADA 222 424,2 590,3 776,5 784,9 784,9 791,5 871,4 881,5 881,5 0 881,5

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790 Tabela:Dados relativos ao ano de 2003

PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 329,4 408,5 352,3 398,9 55,7 91,5 152,1 9,8 54,8 42,7 34,3 69,9

MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88

MENSAL ACUMULADA 329,4 737,9 1090 1489 1545 1636,3 1788,4 1798,2 1853 1896 1930 2000

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790

Tabela:Dados relativos ao ano de 2002

PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 262,9 0,8 12,3 307,4 112,5 207 69,6 124,6 24,4 25,1 11,4 142,7

MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88

MENSAL ACUMULADA 262,9 263,7 276 583,4 695,9 902,9 972,5 1097,1 1121,5 1147 1158 1301

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790

Tabela:Dados relativos ao ano 2001

PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 154,7 370,3 708,4 712,9 254,6 963,7 154,8 131,4 9 109,2 68 38,5

MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88

MENSAL ACUMULADA 154,7 525 1233 1946 2201 3164,6 3319,4 3450,8 3459,8 3569 3637 3676

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790

Tabela:Daods relativos ao ano de 2000

PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 392,5 43,1 392,6 24,1 94,1 28,9 550,8 165,8 9 91,8 10,7 50,3

MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88

MENSAL ACUMULADA 392,5 435,6 828,2 852,3 946,4 975,3 1526,1 1691,9 1700,9 1793 1803 1854

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790

Tabela:Dados relativos ao ano de 1999 PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 272,3 205 326,3 325,9 105,1 258,22 186,78 102,3 21,46 53,76 24,88 60,28

MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88

MENSAL ACUMULADA 272,3 477,3 803,6 1130 1235 1492,8 1679,6 1781,9 1803,3 1857 1706 1942

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790Tabela:Dados relativos ás medias dos anos de 1999 a 2003

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Após a análise dos quadros acima demonstrados, verifica-se que os meses de

Outubro, Dezembro, Janeiro e Março apresentam valores mais elevados de

precipitação (mm), concluindo-se que à partida nos vezes compreendidos entre as

estações do ano do Outono e Inverno o cuidado com a rega das pistas no espaço

global da exploração deverão ser inferiores dos que terão que ser tomados para as

restantes estações do ano em que os valores da precipitação são diminutos e onde a

rega das pistas deverá ser executada para minimizar o efeito de poeiras.

Os valores apresentados acima estão apresentados em mm, sendo os valores

da precipitação determinados para toda a área da exploração (48000m2) apresentados

na tabela seguinte e expressos em litros por metro quadrado.

PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MENSAL 13070400 1E+07 2E+07 2E+07 5E+06 1E+07 9E+06 5E+06 1E+06 3E+06 1E+06 3E+06

MÉDIA MENSAL 8256000 1E+07 1E+07 1E+07 1E+07 9E+06 7E+06 7E+06 4E+06 1E+06 2E+06 4E+06

MENSAL ACUMULADA 13070400 2E+07 4E+07 5E+07 6E+07 7E+07 8E+07 9E+07 9E+07 9E+07 8E+07 9E+07

MÉDIA MENSAL ACUMULADA 8256000 2E+07 3E+07 4E+07 5E+07 6E+07 7E+07 7E+07 8E+07 8E+07 8E+07 9E+07Tabela:Dados relativos á medias dos anos de 1999 a 2003, para valores totais de precipitação em todo o espaço de exploração (l/m2) 1.9.4.Evapotranspiração

Fig3: Valores médios anuais relativos a evapotranspiração em Portugal continetal

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Os valores acima demonstrados pela figura dois, são relativos á

evapotranspiração anual, verificada na superficie de Portugal continetal.

1.9.5.Determinação da Área da Bacia de Decantação

De acordo com a média do pior valor para a pluviosidade, registado desde o

ano 1999 até ao ano de 2003, e atendendo ao valor da área total da pedreira, a

quantidade de água proveniente da pluviosidade atinge os 0.046m3/seg.

Posteriormente fez-se uma análise da evapotranspiração verificada na zona e

concluiu-se que para a zona onde está implementada a exploração a média anual da

evapotranspitração é próxima dos 750mm.

Para a determinação da quantidade de água presente na superficie da

pedreira, retirou-se ao valor da precipitação, o valor da evapotranspiração e cerca de

20% do valor da precipitação, que se designará na demostração dos cálculos, em

anexo, por Infiltração, já que este parâmetro só teria um valor preciso, efectuando

ensaios no proprio local.

Sendo assim para toda a área da pedreira a quantidade de água verificada, é

de 0.084 m3/seg.

Como a água presente na superficie da exploração torna-se um incoveniente á

realização dos diferente trabalhos, tornou-se necessário criar um bacia de decantação,

que não só permitirá retirar toda a água na zona de trabalhos, como permitirá realizar

um tratamento a esta, retirando-lhe as particulas em suspensão, tornando a água

reutilizável, para situações como rega das pistas, lavagem de equipamento etc.

Sendo assim para a determinação da área da bacia de decantação, o primeiro

passo foi determinar a percentagem de sólidos em suspensão, e o calibre médio das

particulas presentes na água. Estes dois valores, foram arbitrados,tendo em atenção

exemplos que permitissem obter valores bastante proximos da realidade.

Seguidamente determinou-se a velocidade de sedimentação das particulas na água e

posteriormente a área da bacia de decantação, que trata a razão entre a quantidade

total de água presente na exploração e que irá ser bombada, pela velocidade de

sedimentação. Sendo assim o valor da área da bacia de decantação é de 373.998m2.

O raciciocinio estabelecido , bem como os cálculos encontram-se em anexo

deste projecto.

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Memória Descritiva

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Pedreira do Alto da Vigia

MEMÓRIA DERITIVA

A pedreira está limitada por uma área de 48.000 m2. Existe uma distância de 10

m ao longo de toda a área da pedreira, que funciona como área de segurança. Na

área mais a sul da pedreira passa uma linha de água, sendo a área a partir dessa

linha até a zona mais a sul da pedreira o local escolhido para o aterro, com uma área

de cerca de 10500 m2, por outro lado o local escolhido para a zona de exploração,

situa-se na parte mais a norte da linha de água que atravessa a zona da pedreira ao

longo da sua extensão, e possui uma área de aproximadamente de 27500m2.

2.Plano de Lavra

O plano de lavra consiste no projecto da exploração, que tem como ponto

principal ponto a memória descritiva, a identificação e caracterização, impactos

ambientais significativos e respectivas medidas de mitigação e monitorização,

instalações auxiliares, sistema de esgotos, plano de higiene e segurança, sinalização

(da exploração e outras), sistema de iluminação e sistema de ventilação.

2.1.Cálculo de reservas

1ªFase de Exploração

Na primeira fase de exploração que é caracterizada por conter 3 degraus,

começou-se inicialmente por remover as terras de cobertura , perfazendo na totalidade

os 2065,275m3, ou 5369.715 toneladas, que irão ser colocadas ao longo do espaço de

segurança que delimita toda a área de exploração e está representada em anexo.

Seguidamente procedeu-se à construção do que será a primeira planta representativa

da primeira fase de exploração. O primeiro destes, situado a cota 510 metros perfaz

uma área de 13768,5m2, onde o volume total de rocha extraída e de 55074m3, ou

143192.4 toneladas. Dentro destes 55074 m3 de rocha extraída, 60% é considerado

como material rejeitado. Considerou-se os 60% por concluir que a maior parte dos

blocos extraídos mesmos o de menor dimensão ao normalmente considerado para

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uma pedreira de rocha ornamental, teriam valor comercial, e seriam na sua quase

totalidade aproveitados. O volume de rejeitados para o primeiro degrau da primeira

fase e da ordem dos 39653.28m3 ou 103098.5 toneladas.

1ºDegrau (510m) (a1) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

55 130 7150 105 60 6300 ÁreaTotal13 24,5 318,5 13768,5

Volume Total (m3) 55074

Tonelagem Extraída 143192,42065,275 (m3)

Terras 5369,715 toneladas39653,28 (m3)

Rejeitados 103098,5 toneladasTabela2: calculo de reservas para o primeiro degrau da primeira fase

O segundo degrau de exploração, foi aberto aos 502m e perfaz nesta primeira

fase de exploração os 12387,5m2 de área. O volume total de material extraído é da

ordem os 99100m3, ou 257660 toneladas. Em relação ao material rejeitado e que irá

ser colocado na área de aterro, definida em planta, como se mostra em anexo, perfaz

na totalidade, neste degrau os 71352 m3 ou 185515.2 toneladas.

2ºDegrau (502m) (b1) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

43 100 4300 120 32,5 3900 Total 33,5 125 4187,5 12387,5

Volume Total (m3) 99100

Tonelagem Extraída 257660 71352 (m3)

Rejeitados 185515,2 toneladasTabela3: calculo de reservas para o segundo degrau da primeira fase

O terceiro degrau e último desta primeira fase de exploração será aberto à cota

de 494m e, nesta fase conterá 3662,5m2 de área. O Volume total de material retirado

neste degrau é na ordem dos 29300 m3, ou 76180 toneladas. Em relação ao material

rejeitado neste degrau, ou seja 60% deste material reitirado e que se considera como

resíduo inerte perfaz o volume de 21096 m3, ou 477032,4 toneladas.

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3ºDegrau (494m) (c 1) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

95 35 3325 10 7,5 75 Total 7,5 35 262,5 3662,5

Volume Total (m3) 29300

Tonelagem Extraída 76180 21096 (m3)

Rejeitados 54849,6 toneladasTabela3: calculo de reservas para o terceiro degrau da primeira fase

A totalidade de material explorado nesta primeira fase perfaz o volume total,

obtido pela soma dos volumes retirada ao longo dos 3 degraus da ordem dos

183474m3, ou 477032.4 toneladas, onde 132101.3m3 ou 343463.3 toneladas é

considerado como material inerte, por sua vez volume total de material util é de

73389.6m3 ou 190813 toneladas.

Volume total da 1ªFase (m3) 183474 Volume total da 1ªFase (ton) 477032,4

132101,3 (m3) Volume total de rejeitados 343463,3 ton

Volume total de mateiral util 73389,6 (m3) 190813 ton Tabela4: valores totais para a primeira fase de exploração

2ª Fase de exploração

Esta segunda fase de exploração é caracterizada por conter 3 degraus e a

abertura do quarto degrau que será desenvolvido na terceira e ultima fase de

exploração deste projecto.

A continuação da exploração do degrau 510m, primeiro degrau desta segunda

fase de exploração, terá uma área de exploração aproximada dos 12328.5m2, tendo

em conta a área construída e explorada na primeira fase deste projecto. O volume

total de material retirado neste degrau é de 98628 m3, ou 256462.8 toneladas. O

volume de material considerado como resíduo inerte é da ordem dos 71012.16m3, ou

184631.616 toneladas.

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1ºDegrau (510m) (d2) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) Total 1ºfase-2ºfase

160 3 480 1440 12328,5

Volume Total (m3) 98628 Tonelagem Extraída 256433

769,275 (m3) Terras 3369,6 toneladas

71012,16 (m3) Rejeitados 184631,616 toneladas

Tabela5: calculo de reservas para o primeiro degrau da segunda fase

O segundo degrau desta segunda fase será tal como o primeiro uma

continuação do segundo degrau representado na primeira fase deste projecto. A

continuação da exploração deste degrau, nesta fase, terá como área, 7131.25 m2,

onde 148330toneladas, ou 57050m3 serão a totalidade de material extraído nesta fase

ao longo deste degrau (502m).

O material rejeitado neste degrau perfaz os 41076m3 ou 106797.6 toneladas.

2ºDegrau (502 m) (e2) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

57,5 142,5 8193,75 90 82,5 7425 Total 1ªfase-2ªfase30 130 3900 19518,8 7131,25

Volume Total (m3) 57050

Tonelagem Extraída 148330 41076 (m3)

Rejeitados 106797,6 toneladas Tabela6: calculo de reservas para o segundo degrau da segunda fase

O terceiro degrau desta segunda fase, e da mesma forma do que já foi referido

para os dois primeiro será a continuação da exploração do 3 degrau correspondente

da primeira fase de exploração, o degrau 496m. Nesta fase irá ser explorada uma área

de 11337.5, onde o volume de material retirado será da ordem dos 90700m3, ou

235820 toneladas. O material rejeitado neste degrau perfaz os 65304m3, ou 169790.4

toneladas de volume.

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3º Degrau (494 m ) (f2) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

40 112,5 4500 105 58 6090 Total 1ªfase-2ªfase

122,5 36 4410 15000 11337,5

Volume Total (m3) 90700 Tonelagem Extraída 235820

65304 (m3) Rejeitados 169790,4 toneladas

Tabela7: calculo de reservas para o terceiro degrau da segunda fase

O quarto degrau representado nesta fase, é unicamente a iniciação da

construção do mesmo, ou seja está unicamente representado na segunda fase de

exploração, as rampas de acesso a este degrau e a iniciação da exploração deste

degrau, tendo este o seu desenvolvimento na última fase de exploração deste

projecto. Sendo assim a área delimitada para iniciar a exploração deste degrau de

cota inicial 486m, de 4368.75m2, onde o volume de material extraído e de 34950m3, ou

90870 toneladas, sendo 25164m3 ou 65426.4 toneladas o volume de material

rejeitado.

4º Degrau (486 m) (g2) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

67,5 22,5 1518,75 22,5 80 1800 Total 70 15 1050 4368,75 4368,75

Volume Total (m3) 34950

Tonelagem Extraída 90870 25164 (m3)

Rejeitados 65426,4 toneladas Tabela8: calculo de reservas para o quarto degrau da segunda fase

Sendo assim o balanço global desta segunda fase de exploração perfaz o

volume total de 281328m3, ou 731453 toneladas de material extraído, onde

202556.16m3, ou 526646.016 toneladas é material rejeitado e que irá ser colocado na

área de aterro e nas pequenas zonas de exploração que já não serão relevantes para

exploração, tendo terminado a sua exploração no decorrer desta segunda fase de

exploração, por sua vez os valores totais de mateiral util são de 112561.2 m3, ou

298207.68 toneladas.

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Volume total da 2ªFase (m3) 281328 Volume total da 2ªFase (ton) 731453

202556,16 (m3) Volume total de rejeitados 526646,016 ton Volume total de mateiral util 112531,2 (m3) 298207,68 ton Tabela9: valores totais para a segunda fase de exploração

3ª Fase de Exploração

O degrau correspondente aos 510m terminou a sua exploração na segunda

fase de exploração deste projecto de lavra, terminando na sua totalidade como

demonstrado em planta, no anexo deste projecto.

1ºDegrau (502 m) (h3) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

150 137,5 20625 Total 52,5 150 7875 28500 8981,25

Volume Total (m3) 35925

Tonelagem Extraída 93405 25866 (m3)

Rejeitados 67251,6 toneladas Tabela10: calculo de reservas para o primeiro degrau da terceira fase

O primeiro degrau desta 3 fase de exploração terá uma área de 8981.25 m2,

terminando à distância de segurança ao longo de toda a sua extensão do degrau

510m, ou do lado direito da planta à curva de nível correspondente. O volume de

rocha extraída perfaz o volume de 35925m3 ou 93405 toneladas, sendo 25866 m3, ou

67251.6 toneladas, de material rejeitado.

2ºDegrau (494 m) (i3) Comprimento (m) Largura (m) Área (m2)

42,5 120 5100 91,5 120 10980 Total 35 120 4200 20280 5280

Volume Total (m3) 42240

Tonelagem Extraída 109824 30412,8 (m3)

Rejeitados 79073,28 toneladas Tabela11: calculo de reservas para o segundo degrau da terceira fase

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O segundo degrau desta fase, terminará com uma distância do degrau

precedente, estabelecida como distância de segurança ou seja 3 metros

aproximadamente. A totalidade de área explorada neste degrau, e de 5280m2, onde

42240m3, ou 109824 toneladas, serão o volume total de rocha extraída, e deste

volume 30412.8m3, ou 79073.28 toneladas serão considerados como resíduo inerte e

irão ser colocados nas zonas de exploração já desactivas, iniciando assim o plano de

desactivação deste projecto, precedido do plano de recuperação paisagística.

3º Degrau (486m) (j3) Comprimento (m) Largura (m) Área(m)

42,5 111,5 4738,75 85 120 10200 Total 35 111,5 3902,5 18841,25 14472,5

Volume Total (m3) 115780

Tonelagem Extraída 301028 83361,6 (m3)

Rejeitados 216740,16 toneladas Tabela12: calculo de reservas para o terceiro degrau da terceira fase

O terceiro, e penúltimo degrau de exploração (486m) desta fase que é também

a ultima fase de exploração deste projecto, será continuação da abertura e exploração

propriamente dita, no iniciado na segunda fase de exploração deste projecto, e perfaz

nesta altura uma área de 14472.5m2, onde 115780m3, ou 301028 toneladas, serão a

totalidade de material extraído neste degrau, e onde 83361.6 m3, ou 216740.16

toneladas serão de material rejeitado.

4ºDegrau (478 m) (k3) Comprimento(m) Largura (m) Área (m2) 45 110 4950 32,5 110 3575 Total 2ªfase-3ªfase 76,5 91,5 6999,75 15524,75 15524,75

Volume Total (m3) 124198 Tonelagem Extraída 322914,8

89422,56 (m3) Rejeitados 232498,66 toneladas

Tabela13: calculo de reservas para oquarto degrau da terceira fase

O último degrau de exploração deste projecto, onde se irá perfazer os 32 m

aproximadamente de exploração em profundidade, será iniciado e terminada a sua

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exploração nesta 3 fase de lavra. A área total deste degrau será na ordem dos

15524.75m2, onde 124198m3, ou 322914.8 toneladas será o volume total de material

retirado, e onde deste volume 89422,56 m3, ou 232498,66 toneladas será considerado

como material rejeitado e tal como no anterior degrau desta exploração será colocado

nas zonas de exploração já desactivas.

Volume total da 3ªFase (m3) 318143 Volume total da 3ªFase (ton) 827171,8

Volume total de mateiral util 127257,2 (m3)

337231,58 ton Tabela14: valores totais para aterceira fase de exploração

Esta última fase tem um volume total de material retirado na ordem dos

318143m3, ou 27171.8 toneladas de material retirado, sendo 127257.2m3 ou

337231.58 toneladas de material util.

2.1.1.Determinação do tempo de Exploração

A previsão do número total de anos de exploração consistiu em calcular 40%

do volume de rocha útil que será explorado.

Também se efectuou a previsão do número de anos de exploração por cada

uma das 3 fases.

Desta forma, a previsão de exploração será de 21 anos, com a primeira fase a

ser explorada em 5 anos, a segunda e terceira fases em 8 anos.

Cálculo da previsão de anos de exploração

1ª Fase Volume explorado por ano (m3) 15000 Volume explorado por ano (t) 39000

Volume total (t) 190813 Anos de Exploração 5

2ª Fase Volume explorado por ano (m3) 15000 Volume explorado por ano (t) 39000

Volume total (t) 292581 Anos de Exploração 8

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3ª Fase Volume explorado por ano (m3) 15000 Volume explorado por ano (t) 39000

Volume total (t) 330869 Anos de Exploração 8

Anos de Exploração Volume explorado por ano (m3) 15000 Volume explorado por ano (t) 39000

Volume total (t) 814263 Anos de Exploração 21

Tabela 15: Valor de anos de exploração por fase e o valor total.

2.1.2.Quadro Resumo das Reservas

Extracção(m3) Total Explorado

Fase Piso Terras Blocos m3 toneladas % Fase1 1 2065,28 55074 57139,3 151419,1 0,09

2 99100 99100 262615 0,15 3 29300 29300 77645 0,05

Totais Paciais Fase 1 183474 183474 486206,1 0,29Fase2 1 769,275 98628 99397,3 263402,8 0,15

2 57050 57050 151182,5 0,09 3 90700 90700 240355 0,14 4 34950 34950 92617,5 0,05

Totais Paciais Fase 2 281328 281328 745519,2 0,43Fase3 1 35925 35925 95201,25 0,06

2 42240 42240 111936 0,07 3 115780 115780 306817 0,07 4 124198 124198 329124,7 0,09

Totais Paciais Fase3 318143 318143 843079 0,28Total reservas úteis 375814

Total rejeitados 270586 Total Terras 2834,55

Total Explorado 649234 1,00Tabela16: Quadro resumo das reservas

2.2.Desmonte

A exploração a céu aberto pode ser feita de duas formas:

Degraus direitos;

Arranque de pequenas ou grandes massas;

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Nas explorações a céu aberto a dimensão dos degraus deve garantir a

execução das manobras com segurança.

Os métodos de desmonte a céu aberto podem ser de dois tipos:

Flanco de encosta;

Corta (abaixo da superfície).

Figura 3: Típico Desmonte em Flanco de Encosta.

As áreas de exploração desta pedreira e de acordo com as peças desenhadas

em anexo, têm cerca de 27500m2.

A exploração será feita parte em flanco de encosta e parte em corta quando o

mesmo for feito abaixo da superficie.

A descubra do terreno virgem a incorporar consta essencialmente de duas

operações:

- Desmatagem – consistirá na remoção da vegetação existente para local

próprio;

- Desnudamento – consistirá na camada superficial de rocha alterada que não

servirá para a comercialização, a remover para local próprio para vir a ser utilizada

na recuperação.

Dadas as características da exploração, estas duas operações serão feitas

praticamente em simultâneo e ao longo de toda a área que se pretende adicionar.

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O desmonte iniciar-se-á então pela parte superior do terreno ainda não

explorado, definindo-se as bancadas (na zona explorada em flanco de encosta) de

cima para baixo e que serão formadas de modo a que os seus traços em planta

terminem no terreno natural a cotas correspondentes às das respectivas plataformas.

O desmonte será feito com explosivos, utilizando os tipos mais adequados à

obtenção do maior rendimento e de menores vibrações no solo.

A perfuração dos furos será feita com equipamento hidráulico, por máquinas

providas de captadores de poeiras.

O carregamento dos furos será feito por pessoal especializado.

A pega de fogo tipo foi calculada ao longo dos vários anos de actividade da

pedreira . Para além disso é preocupação constante da empresa exploradora que na

execução das pegas de fogo o seu resultado final tenha sempre como objectivos

primordiais a eliminação de projecções e a minimização, quer de vibrações no solo,

quer de produção de grandes blocos que obriguem à operação de taqueio.

O carregamento da rocha desmontada é feito por pás e a sua remoção

efectuado por Dumpers .

As bancadas terão 8m de altura e largura suficiente, cerca de 20 m para que

as máquinas e o pessoal manobrem com segurança. A rampa de acesso aos

trabalhos terá uma inclinação próxima dos 10%.

O plano de extracção consiste em 3 fases de exploração, cada uma com 3

degraus, atingindo uma profundidade de cerca de 32 m. O desmonte é feito com

pólvora. O transporte dos blocos, dentro da pedreira, é feito com a Pá carregadora até

ao Dumper. O Dumper, por sua vez, transporta o bloco até ao local onde vai ser

transformado.

O desmonte inicia-se com a operação de desmonte (Fig. 4), sendo os furos

realizados com o objectivo de definir materialmente, a área do bloco primário e a

largura das fatias, isto é a dimensão do bloco a desmontar.

Após a execução dos referidos furos é introduzido o fio helicoidal diamantado,

roçadora ou jacto hidráulico com vista à realização do corte de levante (corte de

fundo). Em seguida, para individualização do bloco primário, são realizados os cortes

laterais.

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Uma vez terminada a individualização do bloco primário, procede-se ao corte

do bloco em fatias que definem o bloco maior transportável, com a operação de

esquartejamento.

Após as fatias se encontrarem plenamente individualizadas, são derrubadas

sendo os blocos transportados por grua ou através de outro equipamento de

transporte se a corta estiver ligada ao exterior por rampa. Se o material exceder em

peso a capacidade da grua, as dimensões forem superiores ao arco máximo da

monolâmina, ou apresentar irregularidades excessivas, serão esquartejados na

pedreira.

O derrube de uma fatia é realizado com o auxílio de uma almofada ou macaco

hidráulico que origina o desequilíbrio de um bloco, até esta cair numa "cama"

previamente realizada. A cama tem uma dupla função: amortecer o impacto da queda

da fatia derrubada, minimizando a quantidade de fracturas induzidas pelo choque, e

ajudar posteriormente a operação de esquartejamento, permitindo a passagem do fio

diamantado, sem que seja necessário proceder ao novo furo. A cama é normalmente

construída com terra, fragmentos de rochas e pneus velhos.

Fig: 4 – operação de desmonte

O esquartejamento é sem dúvida a operação crítica no que diz respeito ao

correcto planeamento das operações. Este é bastante influenciado pelas

características de fracturação do bloco, operações anteriores e posteriores, e pelo

mercado.

Neste caso em particular o desmonte iniciou-se com a exploração da primeira

fase, como pode ser visualizado nas plantas em anexo. A abertura do primeiro degrau,

foi precedida na abertura dos diferentes e necessários acessos aos mesmos, estes,

são caracterizados, por possuirem uma inclinação de aproximadamente 10% para não

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diminuir o tendimento do equipamento. O primeiro degrau a ser aberto foi o degrau

definido em planta como 510m, sendo seguido dos degraus 502m e 494m. Para cada

um destes degraus foram inicialmente elaboradas as rampas de acesso e as

respectivas vias. Seguidamente procedeu-se a abertura da segunda e terceiras fases,

que tiveram o mesmo esquema de trabalhos, primeiro a abertura de rampas e vais de

acesso a cada um dos degraus, e atendendo sempre ao aproveitamento máximo de

espaço e de tempo, e consequente abertura dos diferentes degraus, caracterizados

por possuirem 8 m de profundidade. A largura das diferentes praças inicialemente

terão cerca de 20m , atendendo as distâncias de segurança, e no final da exploração,

terão unicamente 3 metros, para que unicamente se estabelça a segurança dos

diferentes taludes.

O tipo de desmonte adoptado, bem como o tipo de exlposivos, para a fase de

exploração desta lavra será descrito a seguir.

2.2.1.Tipo de explosivos e preparação das cargas

Tipo de explosivos e preparação das cargas

Tipos de explosivos

Os explosivos utilizados são o cordão detonante e a pólvora negra.

Cordão detonante

Neste plano de lavra foi escolhido o cordel detonante como explosivo.

Trata-se de um cordão que contém um núcleo com um explosivo de alta

velocidade de detonação, como a pentrita, rodeado com várias capas de fibras têxteis,

um recobrimento de cloro polivinilo que permite que tenham as características

adequadas, como flexibilidade, impermeabilidade e resistência à tracção e humidade.

A pentrita (tetranitrato de pentaeritina) é um sólido cristalino que se funde a

141ºC e é sensível ao detonador. A velocidade de detonação é de 7000 m/s.

O cordel detonante caracteriza-se pela sua potência, que é em função da

quantidade de explosivo por metro. A detonação deve-se manter e ser transmitida

correctamente.

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Considerações Práticas sobre o uso dos Explosivos

Fig5 – Abertura dos furos.

Depois de abertos os furos, com o respectivo diâmetro, é colocado o cordão

detonante. O tamponamento faz-se com água uma vez que é mais eficaz porque os

espaços são todos ocupados.

Variáveis geométricas do desenho e iniciação das cargas

Diâmetro dos furos

Os diâmetros que normalmente se usam são pequenos, de 27 a 40 mm, pois

assim consegue-se uma melhor distribuição espacial do explosivo no plano da

fractura. O diâmetro dos furos, verticais e horizontais, mais económico é de 32 mm

que é o diâmetro utilizado nesta pega de fogo.

Espaçamento entre os furos

O espaçamento entre os furos deve-se estabelecer em função das

propriedades das rochas e características da carga do explosivo. O espaçamento nas

rochas ornamentais é de cerca de 20 cm. Neste caso obtém-se um valor perto de 20

cm, cerca de 22 cm. A profundidade do furo varia entre 2 a 8 m, uma vez que os

degraus têm 8 m de altura, a profundidade do furo é de cerca de 7,8 m.

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Consumo específico

As quantidades de explosivo necessárias para o corte de um volume de rocha

variam segundo o tipo de material, classe do explosivo, grau de desacoplamento e

fase de extracção. O consumo específico por pega é de cerca de 20 g/m3. Este valor

depende de três constantes, a, b e c, e ainda do volume extraído por pega, da

superfície de corte e do deslocamento do bloco quando se dá o rebentamento.

Distribuição de cargas nos furos

Para evitar a fracturação dos blocos nas esquinas, é conveniente deixar os

furos nas esquinas sem carga, isto é, vazios. A figura ? representa duas situações que

podem ocorrer. A primeira é carregar os furos das esquinas e ocorrer fracturação no

bloco. A segunda representa os furos vazios na esquina de modo a não fracturar o

bloco.

Pressão do furo e Pressão efectiva do furo

A pressão do furo é a pressão que a carga explosiva exerce dentro do furo e a

pressão efectiva é a pressão que realmente é exercida dentro do furo e que provoca o

deslocamento do bloco.

Fig. 6: Exemplo dos furos para extracção dos blocos.

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O valor da resistência à tracção e à compressão do granito foram escolhidos

após pesquisa bibliográfica.

O valor do espaçamento das falhas é um valor médio, uma vez que a distância

entre as falhas varia entre 0,8m e 1,2m.

2.2.2.Dados do cálculo da Pega de Fogo

Diâmetro dos furos D 32 mm Profundidade dos furos 7,8 m Altura dos degraus 8 m Comprimento do bloco 4 m Espaçamento entre as falhas (em média) 1 m Pressão do furo PB 7119 MPa Pressão efectiva do furo PBe 144 MPa Espaçamento S 22 cm Consumo Específico CE 20 g/m3

Tabela 17: Resumo da pega de fogo.

2.3. Sistemas de Carga e Transporte

O sistema e circuito de transporte em minas a céu aberto depende de inúmeros

factores, sendo de realçar os seguintes:

Tipo de exploração;

Condições de trabalho;

Produção;

Características do material desmontado.

Os referidos factores, associados a muitos outros, vão determinar o modo

como as operações de perfuração, carga e transporte se desenrolarão, o modo como

estas se conjugam ao longo da vida da exploração, bem como o tipo de sistema

adoptado.

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2.3.1. Cálculos

Em contextos caracterizados pela necessidade de se fazer mover grandes

quantidades de material útil e escombro, os problemas de transporte podem colocar-

se com contornos muito diversos e abrangências muito variadas.

Gerlamente este tipo de exploração pode abarcar com os seguintes objectivos:

Projectar uma rede de pistas de circulação dos materiais a mover:

Localização de escombreiras eou localização e dimensionamento de

tolvas;

Selecção das frotas tanto de carga, como de transporte, capazes de

garantir a colocação diária de uma quantidade pré-fixada de materiais

uteis e escombros; quer em tolvas ,quer em plataformas de descarga

das escombreiras;

O delineamento do esquema geral de organização que assegure uma

exploração optimizada das frotas de carga e transporte

O sistema de carga para este caso especifico, foi calculado para degraus

diferentes ao longo das três fases de exploração, tendo sido divididos

respectivamente, por ordem crescente de distância desde o inicio da exploração ao

degrau em estudo.

Sistema de carga e transporte para a 1ª fase de exploração, degrau 510m

Variáveis Dados Unidades

Q 60,000 m3 NCN 6,833

TCM(C) 417,60 seg. TCM(P) 444,50 seg.

TR 28800 seg. Cc 6,0 m3

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Cálculos Auxiliares K 0,939

capacidade solta do camião (cc) 6 m3Tempo q um camião demora a fazer um ciclo 48 segTempo que uma pá demora a fazer 1 ciclo 369,6 seg

ITERAÇÕES

0 1 2 3 4 5 6 7 8 Resultados

Número de camiões Nc(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Número da Pás Np(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nº de cargas Transp. Pelos Camiões NCTC(i) 0,000 58,966 27,178 11,478 3,997 0,888 0,067 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (camiões) TNUC(i) 24624,000 21053,520 15390,649 8224,725 2348,823 191,561 1,274 0,000

Tempo de espera do Camião TEC(i) 357,048 566,287 716,592 587,590 215,726 19,029 0,127 0,000

Temp. Ciclo efect. Camião TCE(C)i 417,60 774,648 1340,935 2057,527 2645,118 2860,844 2879,873 2880,000 2880,000 2645,118 seg.

Nº de voltas que cada cmião passa a efectuar nv(i) 68,966 37,178 21,478 13,997 10,888 10,067 10,000 10,000 10,000

Nº de cargas realizáveis pelas Pás NCRP(i) 0,000 54,792 25,105 10,468 3,542 0,734 0,047 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (pás) TNUP(i) 24355,000 20596,043 14729,061 7532,821 1970,257 134,789 0,631 0,000

Tempo de espera da pá TEP(i) 375,896 586,698 719,624 556,256 183,547 13,416 0,063 0,000

Temp. Ciclo efect. Pá TCE(P)i 444,50 820,396 1407,094 2126,718 2682,974 2866,521 2879,937 2880,000 2880,000 2682,974 seg.

Nº de cargas efectuadas pelas pás np(i) 64,792 35,105 20,468 13,542 10,734 10,047 10,000 10,000 10,000

Nº max. De camiões atendidos NCAV(i) 0,939 0,944 0,953 0,967 0,986 0,998 1,000 1,000 1,000

Produção realizavel pelos Nc camiões QC(i) 223,069 128,865 83,984 65,328 60,402 60,003 60,000 60,000

Produção realizavel pelas Np pás QP(i) 210,630 122,806 81,252 64,406 60,282 60,001 60,000 60,000

Discrepância entre produções D(Q)i 12,439 6,059 2,732337 0,9217737 0,119629 0,00134035 8,87E-08 0,00

Indice de utilização de cada camião em operação IU(C)i 100 0,5391 0,3114 0,2030 0,1579 0,1460 0,1450 0,1450 0,1450 15,788 %

Indice de utilização de cada pá em operação IU(P)i 100 0,5418 0,3159 0,2090 0,1657 0,1551 0,1543 0,1543 0,1543 16,567 %

Nc'(i) 0,145 0,269 0,466 0,714 0,918 0,993 1,000 1,000 1,000

Np'(i) 0,154 0,285 0,489 0,738 0,932 0,995 1,000 1,000 1,000

Tabela18: sistema de carga e tranporte para o degrau 510m da primeira fase de exploração

Na tabela acima demonstrada, conclui-se que para a primeira fase de

exploração serão necessários 1 camião e 1 pá carregadora, para poder responder ao

todo circuito de carga e transporte, para a produção verificada. Conclui-se também

que o rendimento nos camiões e das pás 15.7% e 16.56% respectivamente, são

relativamente baixos, o que se leva a concluir que tanto o camião e a pá não estarão

com sobrecarga de funcionamento.

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Plano de Lavra

Jacquelline Castelo Branco

Patrícia Oliveira 40

Sistema de carga e transporte para a 2ª fase de exploração, degrau 494m

Variáveis Dados Unidades Q 60,000 m3

NCN 6,833 TCM(C) 504,60 seg. TCM(P) 444,50 seg.

TR 28800 seg. Cc 6,0 m3

Cálculos Auxiliares K 1,135

capacidade solta do camião (cc) 6 m3 Tempo q um camião demora a fazer um ciclo 135 seg Tempo que uma pá demora a fazer 1 ciclo 369,6 seg

ITERAÇÕES

0 1 2 3 4 5 6 7 8 Resultados

Número de camiões Nc(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Número da Pás Np(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nº de cargas Transp. Pelos Camiões NCTC(i) 0,000 47,075 21,277 8,614 2,725 0,481 0,021 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (camiões) TNUC(i) 23754,000 19592,101 13328,140 6168,032 1320,994 60,591 0,127 0,000

Tempo de espera do Camião TEC(i) 416,190 626,396 716,011 484,704 126,040 6,046 0,013 0,000

Temp. Ciclo efect. Camião TCE(C)i 504,60 920,790 1547,186 2263,197 2747,901 2873,941 2879,987 2880,000 2880,000 2747,901 seg.

Nº de voltas que cada cmião passa a efectuar nv(i) 57,075 31,277 18,614 12,725 10,481 10,021 10,000 10,000 10,000

Nº de cargas realizáveis pelas Pás NCRP(i) 0,000 54,792 25,105 10,468 3,542 0,734 0,047 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (pás) TNUP(i) 24355,000 20596,043 14729,061 7532,821 1970,257 134,789 0,631 0,000

Tempo de espera da pá TEP(i) 375,896 586,698 719,624 556,256 183,547 13,416 0,063 0,000

Temp. Ciclo efect. Pá TCE(P)i 444,50 820,396 1407,094 2126,718 2682,974 2866,521 2879,937 2880,000 2880,000 2682,974 seg.

Nº de cargas efectuadas pelas pás np(i) 64,792 35,105 20,468 13,542 10,734 10,047 10,000 10,000 10,000

Nº max. De camiões atendidos NCAV(i) 1,135 1,122 1,100 1,064 1,024 1,003 1,000 1,000 1,000

Produção realizavel pelos Nc camiões QC(i) 187,665 111,687 76,352 62,884 60,126 60,000 60,000 60,000

Produção realizavel pelas Np pás QP(i) 210,630 122,806 81,252 64,406 60,282 60,001 60,000 60,000

Discrepância entre produções D(Q)i -22,965 -11,120 -4,8997866 -1,5217627 -0,15563 -0,001049 -2,8E-08 0,00

Indice de utilização de cada camião em operação IU(C)i 100 0,5480 0,3261 0,2230 0,1836 0,1756 0,1752 0,1752 0,1752 18,363 %

Indice de utilização de cada pá em operação IU(P)i 100 0,5418 0,3159 0,2090 0,1657 0,1551 0,1543 0,1543 0,1543 16,567 %

Nc'(i) 0,175 0,320 0,537 0,786 0,954 0,998 1,000 1,000 1,000

Np'(i) 0,154 0,285 0,489 0,738 0,932 0,995 1,000 1,000 1,000

Tabela19: sistema de carga e tranporte para o degrau 494m da segunda fase de exploração

Na tabela acima demonstrada, conclui-se que para a primeira fase de exploração

serão necessários 1 camião e 1 pá carregadora, para poder responder ao todo circuito de

carga e transporte, para a produção verificada. Conclui-se também que o rendimento nos

camiões e das pás 18.5% e 16.567% respectivamente, são relativamente baixos, o que se

leva a concluir que tanto o camião e a pá não estarão com sobrecarga de funcionament

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Plano de Lavra

Jacquelline Castelo Branco

Patrícia Oliveira 41

Sistema de carga e transporte para a 3ª fase de exploração, degrau 478m

Variáveis Dados Unidades

Q 60000 m3 NCN 6,833

TCM(C) 499,80 seg. TCM(P) 444,50 seg.

TR 28800 seg. Cc 6,0 m3

Cálculos Auxiliares K 1,124

capacidade solta do camião (cc) 6 m3 Tempo q um camião demora a fazer um ciclo 130,2 seg Tempo que uma pá demora a fazer 1 ciclo 369,6 seg

ITERAÇÕES

0 1 2 3 4 5 6 7 8 Resultados

Número de camiões Nc(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Número da Pás Np(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nº de cargas Transp. Pelos Camiões NCTC(i) 0,000 47,393 21,435 8,690 2,758 0,490 0,022 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (camiões) TNUC(i) 23782,000 19638,317 13391,093 6226,437 1346,129 62,919 0,137 0,000

Tempo de espera do Camião TEC(i) 414,368 624,722 716,466 488,031 128,321 6,278 0,014 0,000

Temp. Ciclo efect. Camião TCE(C)i 501,80 916,168 1540,891 2257,356 2745,387 2873,708 2879,986 2880,000 2880,000 2745,387 seg.

Nº de voltas que cada cmião passa a efectuar nv(i) 57,393 31,435 18,690 12,758 10,490 10,022 10,000 10,000 10,000

Nº de cargas realizáveis pelas Pás NCRP(i) 0,000 54,792 25,105 10,468 3,542 0,734 0,047 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (pás) TNUP(i) 24355,000 20596,043 14729,061 7532,821 1970,257 134,789 0,631 0,000

Tempo de espera da pá TEP(i) 375,896 586,698 719,624 556,256 183,547 13,416 0,063 0,000

Temp. Ciclo efect. Pá TCE(P)i 444,50 820,396 1407,094 2126,718 2682,974 2866,521 2879,937 2880,000 2880,000 2682,974 seg.

Nº de cargas efectuadas pelas pás np(i) 64,792 35,105 20,468 13,542 10,734 10,047 10,000 10,000 10,000

Nº max. De camiões atendidos NCAV(i) 1,129 1,117 1,095 1,061 1,023 1,003 1,000 1,000 1,000

Produção realizavel pelos Nc camiões QC(i) 188,612 112,143 76,550 62,942 60,131 60,000 60,000 60,000

Produção realizavel pelas Np pás QP(i) 210,630 122,806 81,252 64,406 60,282 60,001 60,000 60,000

Discrepância entre produções D(Q)i -22,018 -10,663 -4,7022391 -1,464189 -0,15076 -0,001028 -2,7E-08 0,00

Indice de utilização de cada camião em operação IU(C)i 100 0,5477 0,3257 0,2223 0,1828 0,1746 0,1742 0,1742 0,1742 18,278 %

Indice de utilização de cada pá em operação IU(P)i 100 0,5418 0,3159 0,2090 0,1657 0,1551 0,1543 0,1543 0,1543 16,567 %

Nc'(i) 0,174 0,318 0,535 0,784 0,953 0,998 1,000 1,000 1,000

Np'(i) 0,154 0,285 0,489 0,738 0,932 0,995 1,000 1,000 1,000

Tabela20: sistema de carga e tranporte para o degrau 478m da terceira fase de exploração

Na tabela acima demonstrada, conclui-se que para a primeira fase de

exploração serão necessários 1 camião e 1 pá carregadora, para poder responder ao

todo circuito de carga e transporte, para a produção verificada. Conclui-se também

que o rendimento nos camiões e das pás 18.2% e 16.567% respectivamente, são

relativamente baixos, o que se leva a concluir que tanto o camião e a pá não estarão

com sobrecarga de funcionamento.

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Plano de Lavra

Jacquelline Castelo Branco

Patrícia Oliveira 42

Sistema de Carga e transporte para o Plano de Desactivação

Variáveis Dados Unidades Q 340,000 m3

NCN 56,667 TCM(C) 501,60 seg. TCM(P) 444,50 seg.

TR 28800 seg. Cc 6,0 m3

Cálculos Auxiliares K 1,128

capacidade solta do camião (cc) 6 m3 Tempo q um camião demora a fazer um ciclo 132 seg Tempo que uma pá demora a fazer 1 ciclo 369,6 seg

ITERAÇÕES

0 1 2 3 4 5 6 7 8 Resultados

Número de camiões Nc(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Número da Pás Np(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nº de cargas Transp. Pelos Camiões NCTC(i) 0,000 0,750 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (camiões) TNUC(i) 376,000 4,909 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Tempo de espera do Camião TEC(i) 6,549 0,087 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Temp. Ciclo efect. Camião TCE(C)i 501,60 508,149 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 seg.

Nº de voltas que cada cmião passa a efectuar nv(i) 57,416 56,676 56,667 56,667 56,667 56,667 56,667 56,667 56,667

Nº de cargas realizáveis pelas Pás NCRP(i) 0,000 8,125 0,905 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Tempos não Dispendidos Utilmente (pás) TNUP(i) 3611,667 452,921 7,123 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000

Tempo de espera da pá TEP(i) 55,743 7,867 0,126 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Temp. Ciclo efect. Pá TCE(P)i 444,50 500,243 508,110 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 508,235 seg.

Nº de cargas efectuadas pelas pás np(i) 64,792 57,572 56,681 56,667 56,667 56,667 56,667 56,667 56,667

Nº max. De camiões atendidos NCAV(i) 1,128 1,016 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

Produção realizavel pelos Nc camiões QC(i) 340,058 340,000 340,000 340,000 340,000 340,000 340,000 340,000

Produção realizavel pelas Np pás QP(i) 345,432 340,084 340,000 340,000 340,000 340,000 340,000 340,000

Discrepância entre produções D(Q)i -5,374 -0,084 -2,1E-

05 -9,66E-13 0 0 0 0,00

Indice de utilização de cada camião em operação IU(C)i 100 0,9871 0,9869 0,9869 0,9869 0,9869 0,9869 0,9869 0,9869 98,694 %

Indice de utilização de cada pá em operação IU(P)i 100 0,8886 0,8748 0,8746 0,8746 0,8746 0,8746 0,8746 0,8746 87,459 %

Nc'(i) 0,987 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

Np'(i) 0,875 0,984 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

Tabela21:Sistema de carga e transporte para o plano de desactivação

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2.4. Descrição do equipamento

O equipamento foi escolhido segundo o volume extraído, isto é, o volume de

rocha que é transportado até à transformação e até ao aterro. Uma vez que o volume

a ser transportado é muito baixo optou-se por escolher equipamentos com baixa

capacidade.

A capacidade dos equipamentos influência o sistema de carga e transporte.

Uma vez que se trata de uma pedreira de rocha ornamental, o dumper faz cerca de 2

viagens por hora. Assim, optou-se por uma pá de menor capacidade para aumentar o

rendimento do processo de carga e transporte.

Marca Capacidade (m3) Preço Dumper Volvo 6 250.000 € Pá carregadora Volvo 2 126.000 € Retroescavadora Volvo 2 50.000 € Banqueador Atlas Cop − 12.500 € Total 438.500 €

Tabela22 : Características dos equipamentos.

Para os escritórios, armazenamento de peças e outros acessórios escolheu-se

2 contentores. Um dos contentores vai ser escritório, com casa de banho e uma

divisão para os primeiros socorros. O outro contentor vai ser o armazém de apoio ao

equipamento.

Descrição Quantidade Preço Total Contentores 2 2.690 € 5.380 € Divisória com porta 1 275 € 275 € WC c/ sanita e lavatório 1 830 € 830 € Janela c/ 0,8m*0,6m 3 119 € 357 € Total 6.842 €

Tabela23 : Características dos contentores de apoio.

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Plano de Lavra

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Pá carregadora

A escolha do balde deve basear-se principalmente na dureza e peso específico

do material. Para material duro contendo pedras trabalha-se melhor com balde

equipado com dentes. Em baixo, figura , está representado um balde direito com

dentes, próprio para material duro. Como acessório, a pá carregadora pode ser

equipada com um garfo, figura .

Fig 7: Balde equipado com dentes.

Fig7 : Garfos de pá carregadora.

2.5. N.º Trabalhadores e horário de trabalho

O pessoal afecto à exploração será nesta fase o seguinte:

1 Engenheiro

1 Encarregado

4 Condutores manobradores

2 Ajudantes

Prevê-se o funcionamento em apenas um turno, podendo a instalação

funcionar algumas horas extraordinárias quando necessário.

Horário administrativo: 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30

Produção: 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h

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Patrícia Oliveira 45

2.6. Altura e largura dos degraus

Nesta exploração a céu-aberto em particular, os degraus têm 8 metros de

altura e 20 de largura, como pode ser visualizado através das plantas demosntradas

em anexo deste projecto.

2.7.Acessos à exploração e circulação interna

Os acesos à exploração são feitos através de um caminho florestal existente

em redor da pedreira. A circulação interna é feita através de rampas e caminhos, que

possuem no máximo uma inclinação de 10% e em que a planta com a sua descrição

se encontra em anexo.

2.8. Indicação do combate à formação de poeiras e outros agentes poluentes

Para um correcto controlo da poluição e da aplicação de medidas de

integração ambiental e paisagística da área de exploração, deve proceder-se à

identificação e descrição dos impactes negativos significativos decorrentes da

actividade extractiva, indicando detalhadamente as medidas de minimização desses

impactes, nomeadamente:

Medidas a aplicar para reduzir, as emissões de ruído e de

poeiras,

Medidas a aplicar para evitar a poluição das águas superficiais e

subterrâneas,

Cuidados a ter com a localização dos depósitos de resíduos,

produtos acabados e terras de cobertura,

Identificação da necessidade ou não da instalação de sistemas

de monitorização,

Faseamento das medidas de integração da exploração no meio

ambiente,

O Plano de Recuperação Paisagística a elaborar, deverá ter em

consideração o plano de lavra aprovado.

Devem ser indicadas todas as providências que serão

adoptadas para evitar eventuais prejuízos em prédios vizinhos

e/ou terceiros.

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Plano de Lavra

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Patrícia Oliveira 46

Neste plano de lavra em particular terse-á o cuidado, para evitar ou diminuir os

incómodos próprios deste tipo de actividade e tendo em conta o disposto no artº. 44º

do D.L. n.º 89/90 de 16 de Março, a empresa encarregue da lavra, deverá

implementar algumas medidas, simples e de âmbito prático entre as quais se salienta:

a) Aspersão de água nos caminhos de modo a evitar o levantamento de

poeiras provocadas pela circulação dos camiões e máquinas.

b) Utilização de aparelhos de protecção individual nos trabalhadores da

pedreira.

c) Caso sejam encontrados achados arqueológicos no perímetro da área da

pedreira, os mesmos serão comunicados às entidades competentes.

d) Não se prevê que a presente exploração venha a pôr em causa o normal

abastecimento de águas das populações de acordo com a experiência adquirida ao

longo dos vários anos que esta pedreira laborou.

2.9. Diagrama de Fogo

O diagrama representado na figura a seguir, diz respeito ao esquema adoptado

para esta exploração em concreto. Estão respresentados dois furos, um horizontal de

profundidade 8 metros, por neste caso não existir sub-furação, por se tratar de rocha

ornamental, e o furo horizontal apresenta um comprimento de aproximadamentwe

80cm. A profundidade e largura que separam os dois furos, distam os 20cm, para que

assim se evitem fracurações excessivas no maciço.

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Patrícia Oliveira 47

2.10. Área de armazenamento temporário de resíduos industriais

Os residuos serão temporáriamente armazenados num contentor de área

aproximadamente igual a 29 m2, e onde cada residuo será armazenado num recipiente

porprio para o seu tipo, e etiquetado com o códico correspondente, segundo o

catálogo europeu de residuos.

A planta ilustrativa do contentor que servirá de armazem temporário dos

residuos encontra-se em anexo.

2.10.1. CER – Código Europeu de Resíduos

2.10.1.1. Resíduos da exploração de perdreiras

01 00 00 Resíduos da prospecção e exploração de minas e pedreiras e dos

tratamentos posteriores das matérias extraídas

01 01 00 Resíduos de extracção de minérios

01 02 00 Resíduos do tratamento de minérios

20cm

20c

8m

80cm

Fig8:Diagrama de Fogo

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Plano de Lavra

Jacquelline Castelo Branco

Patrícia Oliveira 48

01 03 00 Outros resíduos da preparação química e física de minérios metálicos

01 04 00 Resíduos da preparação física e química de minérios não metálicos

01 05 00 Lamas e outros resíduos de perfuração

2.10.2. Óleos

13 00 00 Óleos usados (excepto óleos alimentares e as categorias 05 00 00 e 12 00

00)·

13 01 00 Resíduos de óleos hidráulicos e fluidos de travões

13 02 00 Óleos de motores, transmissões e lubrificação

13 03 00 Resíduos de óleos isolantes e de transmissão de calor e outros líquidos

13 04 00 Óleos de marinha

13 05 00 Conteúdo de separadores de óleos/água

13 06 00 Outros óleos usados não especificados

13 06 01 Outros usados não específicos

05 08 00 Resíduos de regeneração de óleos

05 08 04 Resíduos líquidos aquosos de regeneração de óleos

2.10.3. Outros Resíduos

16 00 00 Resíduos não especificados neste catálogo

16 01 00 Veículos fora de uso

16 02 00 Equipamento fora de uso e resíduos de trituração

16 03 00 Lotes não especificados

16 04 00 Resíduos de explosivos

16 05 00 Produtos químicos e gases em contentores

16 06 00 Pilhas e acumuladores

16 07 00 Resíduos da limpeza de tanques de transporte e de depósitos de

armazenagem (excepto 05 00 00 12 00 00)

2.10.4. Metais

17 04 05 Ferro e aço

17 04 07 Mistura de metais

17 04 08 Cabos

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Patrícia Oliveira 49

2.11. Áreas de retenção de águas industriais

O abastecimento de água industrial é importante na medida em que esta é

utilizada durante a exploração em variadíssimas aplicações, pelo que projecto da rede

e dimensionamento da mesma deve ser feito de acordo com as necessidades da

exploração.

A rede de abastecimento de água industrial pode ser feita:

• Por sondagens;

• Por captações;

• Pela rede pública.

A primeira opção é usada no caso de a zona onde a exploração está inserida

não ter uma cursos de água importantes ou próximos da exploração, mas tem

aquíferos subterrâneos próximos da área circundante, pelo que se realizam as

referidas sondagens.

Caso a exploração esteja situada numa zona onde a rede hidrográfica é

extensa, são realizadas captações junto dos cursos de água com vista ao

abastecimento de água em quantidades suficientes. Esta opção pode ser em muitos

casos a mais vantajosa do ponto de vista económico, na medida em que são

efectuados apenas investimentos ao nível da rede.

Quando não é possível realizar nenhuma das anteriores opções, o

abastecimento de água deverá ser feita pela rede pública sendo esta a solução mais

onerosa.

A sua manutenção não deve ser descurada pois a existência de fugas, implica

a existência de água ao longo dos trabalhos, com o consequente aumento de custo na

operação de esgoto.

2.12. Protecção e Sinalização

Cabe ao dono da obra, além da responsabilidade da realização do Plano de

Segurança, nomear o Responsável pela Segurança da na obra, e indicá-lo ao

responsável pela Direcção Técnica da Obra e Director de Obra.

Obrigações do Responsável pela segurança na obra:

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Patrícia Oliveira 50

a) O responsável pela segurança na obra deverá fazer cumprir em todas as

circunstâncias todas as normas de Segurança individuais e colectivas,

nomeadamente: as obrigatórias por lei, as estabelecidas no Plano de Segurança, e

outras que achar por bem fazer cumprir, tendo como intuito minorar o risco de

acidentes nos trabalhos a executar.

b) O responsável pela segurança na obra, deverá alertar para qualquer

incumprimento das normas de segurança, quer registando no Livro de Obra, quer

comunicando ás entidades referidas no ponto 2 em reuniões periódicas efectuadas na

obra.

2.12.1.Sinalização

No acesso à obra deverá ser afixado em local bem visível, um cartaz onde se

faça notar a obrigatoriedade de usar as Protecções Individuais de Segurança, como

por exemplo:

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2.13. Projecto de Aterro

2.13.1.Dimensão e forma

A dimensão das escombreiras está dependente do volume As rochas estéreis

provenientes de explorações a céu aberto depositam-se, geralmente, em montes que

constituem as escombreiras.

A escolha de um local para o dimensionamento e construção de uma escombreira

deve-se basear, entre outros, em critérios da seguinte natureza:

• Técnicos;

• Económicos;

• Ambientais;

• Socioeconómicos.

Para a construção de uma escombreira, para além dos referidos critérios, é

preciso ter em tenção vários factores, tais como:

2.13.2.Local de implantação

Entre os critérios específicos mais importantes encontram-se os limites da área

mineralizada, a distância de transporte desde a exploração até à escombreira, que

afecta o custo total da operação, a capacidade de armazenamento necessária, que

vem imposta pelo volume total de estéril a transportar, e as alterações potenciais que

podem produzir-se sobre o meio natural e as restrições ecológicas existentes na área

onde a escombreira é realizada.

Por conseguinte, a selecção da área de implantação de uma escombreira

obedece a um número de objectivos, sendo a destacar os seguintes:

Minimizar os custos de remoção;

Obter a integração e restauração da estrutura, no final da

exploração;

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Garantir a drenagem;

Minimizar a área afectada;

Evitar a alteração e impacto em habitates e espécies protegidas.

2.13.3.Geologia e capacidade

No que respeita ao local onde a escombreira será realizada, é necessário

proceder a uma investigação de campo que corrobore, por um lado, a não existência

de mineral no subsolo, que poderia ser potencialmente explorável no futuro, e por

outro, permitir a obtenção de amostras e informação sobre as características

geotécnicas dos materiais que constituem a base do depósito.

Neste plano de lavra em especifico, o projecto de Aterro, irá consistir na

colocação da rocha considerada rejeitada, cerca de 60% do volume total de material

extraído da zona de lavra, e que irá numa primeira fase ser colocada na área

delimitada para o aterro, e posteriormente irá ser colocada nas zonas de lavra que já

concluíram até ao momento a sua exploração. No final da exploração (plano de

desactivação) o volume de rocha que foi para aterro, volta para a zona de exploração

para fazer aterragem dessa área, ou seja, para iniciar a recuperação paisagística do

local e também para se estabelecer uma certa segurança dos taludes existentes e

provocados pela exploração.

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Projecção do Aterro

Cálculo do volume do aterro

O volume do aterro foi calculado através de integrais triplos, dividindo a figura

geométrica correspondente ao aterro em vários volumes, V1, V2, V3, V4, V5 e V6.

Sistema de coordenadas (Projecção a 3D)

C= y = 140-(A-140)Ax = y = 140-Bx

Plano horizontal z = 20,49

Plano inferior = z = 20,49/140 = cy c=0,15

Plano P1 = z = tg60x

Plano P2 = tg60y

Vista de cima. Vista de lado.

140 m

140 m

20,49 m

75 m

1 2

3

4 5

6

P1

P2

A Ponto de coordenada (A;20,49)

A C C Ponto de coordenada (75-A;A)

R Recta y=x

R1 Recta y=140-(A-140)Ax

R

R1

60º

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Após o cálculo dos diferentes volumes, a soma destes dá um valor de 90 000

m3. Os cálculos estão representados em anexo.

2.13.4.Cobertura Final do Aterro

Depois de se calcular as reservas, volume de rocha útil, procedeu-se ao cálculo

do volume de rocha que vai para aterro. Em cada uma das 3 fases, do volume de

rejeitados, uma parte vai ser vendida, a cerca de 2€/m3. Outra vai para aterro,

aproximadamente 50%. O aterro pode ser ocupado até um volume de 90 000 m3.

Existe uma alternativa para colocar o volume de rocha não útil, este poderá ser

distribuído pelas bancadas que já foram exploradas.

No final da exploração, irá colocar-se um volume de rejeitados que resulta da

soma de cerca de 50% dos rejeitados da 1ª e 2ª fases e do volume total de rejeitados

da 3ª fase. Esse volume é de cerca de 206 626 m3.

Os rejeitados resultantes da exploração da 3ª fase serão deixados dentro da

exploração à medida que a mesma avança.

2.14.Sistema de Esgotos

A presença de água nas explorações causa problemas ao nível da produção,

estabilidade de taludes, segurança, controle de poluição e por conseguinte no custo de

exploração.

A realização das operações de esgoto tem como objectivo a combinação dos

seguintes aspectos:

Melhorar a estabilidade dos taludes;

Melhorar as condições de trabalho;

Proteger a qualidade da água e dos aquíferos.

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Para além dos referidos problemas as actividades decorrentes de explorações

podem produzir alterações no regime das condições hidrogeológicas e da qualidade

da água. Quando se atinge o nível freático nas explorações a céu-aberto pode haver

grande afluência da água, sendo necessário recorrer à bombagem, que por sua vez

pode provocar alterações no nível piezométrico e diminuir a quantidade de água

disponível para as populações e culturas vizinhas da área em exploração.

Nesta exploração de lavra, o esgoto das plataformas de avanço far-se-á por

gravidade para a imediatamente inferior à custa de uma pequena inclinação com que

serão dotadas as plataformas. À medida que a exploração for atingindo cotas para as

quais não será possível realizar o esgoto naturalmente, será criada na praça de

exploração uma zona de reunião das águas, sendo estas bombadas, após

decantação, para o exterior para serem utilizadas, quer na rega dos itinerários.

Para obstar a que no período de chuvas intensas, a água destas, possa vir a

constituir um estorvo na exploração, far-se-ão valetas de reunião e desvio dessas

águas no contorno exterior da área a exploração. De acordo com o conhecimento do

local e do projectado para esta exploração não se prevê a afectação dos níveis

freáticos da zona.

2.15.Sistema de iluminação

Instalação Eléctrica: projecto de instalação de um posto de transformação para

iluminação eléctrica e alimentação de outras cargas. A alimentação do posto de

transformação será realizada conforme o estipulado pela EDP – Distribuição, SA.

Cabe à EDP – Distribuição, SA a atribuição do ponto de derivação e da topologia do

troço de alimentação.

2.16.Sistema de Ventilação

Neste tipo de exploração o sistema de ventilação não deverá se mecanico, tratando-

se de uma exploração a céu aberto e por sua vez a ventilação é natural.

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2.17.Instalações auxiliares

2.17.1Anexos de pedreira

Tendo em conta a zona administrativa e a transformação estão localizados a

cerca de 500 m do local da pedreira, serão colocados apenas 3 contentores, um

pronto de socorro, um de mudanças de óleo e outro para instalações sanitárias, junto

à zona de exploração.

Também será colocado nas imediações do local:

-Tanque de água potável

2.18.Plano de Desactivação

Forma de Enchimento

O processo que se descreve em seguida teve como objectivo principal, a

criação de um modelo de enchimento que se possa vir a aplicar na exploração

propriamente dita bem como na sua zona envolvente.

Assim, teve-se em linha de conta não só as exigências colocadas pelas

Directivas Comunitárias sobre o assunto mas também as características do local, onde

o aterro se vai implementar e a sua utilização futura.

Os materiais rejeitados, serão então, distribuídos em camadas sucessivas,

criando-se deste modo plataformas niveladas em cada fase do enchimento. Este

procedimento será elaborado até se atingir a cota de drenagem, ou seja a cota de

492m.

Os processos do enchimento serão feitos através de células com frentes de 15

a 20 metros e profundidades de 8 metros cada. Pretende-se deste modo aproveitar a

altura das bancadas existentes por uma questão de uniformização do trabalho e

facilidade do mesmo.

Depois de cheia a 1ª fase, que corresponderá no fundo à última bancada

prevista no Plano de Lavra, esta será devidamente compactada e regularizada de

modo a que o terreno possa ser disponibilizado para nova fase de enchimento.

Uma vez que o tipo de enchimento preconizado, aliado ao Plano de Lavra

apresentado condicionado pelo modo de exploração, só prevê a disponibilização da

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maior parte da área para o aterro praticamente no fim da mesma, as fases seguintes

de enchimento serão no fundo uma repetição da 1ª até se atingirem as cotas finais de

recuperação.

De acordo com o volume total disponível para enchimento ser da ordem dos

( colocar o volume do aterro e o tempo previsto p a vida deste).

Uma vez que a rampa de acesso às frentes de desmonte será mantida até ao

final da exploração, será utilizada na fase do aterro. Se se vier a considerar

necessário, o que à partida não está previsto, serão então criados percursos

alternativos.

2.19. Estudo de Viabilidade Económica

O investimento inicial para este projecto resulta da soma do custos das

máquinas, a compra do dumper, da retroescavadora, do banqueador e da pá

carregadora, e do contentores que iram servir de apoio à exploração, escritórios, WC e

primeiros socorros, assim como um contentor para apoio às máquinas. Os

equipamentos pesados serão amortizados em 5 anos, os equipamentos de escritório e

outros, serão amortizados em 3 anos.

No mapa da produção, as receitas são o somatório da venda dos blocos, assim

como o somatório do material de enchimento, que irá ser vendido a 2 €/m3.

No mapa de fornecimentos e serviços de terceiros, o custo de manutenção é

de cerca de 10% feito na compra dos equipamentos. De 5 em 5 anos os equipamentos

são vendidos e compram-se novos. No ano 22, nos custos fixos, vai existir um custo

de um aluguer de um Buldozer para remover os rejeitados que se encontram nas

bancadas que já foram exploradas.

No mapa de materiais, o preço de explosivo é de cerca de 0,01€, que se

multiplica pelo número de pegas por dia, uma, volume total explorado em cada ano.

O mapa de resultados é um resumo dos custos totais que provêem de outros

quadros.

O fundo de maneio, é uma valor que é igual ao activo circulante menos o

passivo exigível a curto prazo, que é equivalente a dizer que o fundo de maneio dá

uma ideia intuitiva da margem financeira da empresa no que diz respeito a solver os

seus compromissos de curto prazo, informa-nos sobre a capacidade da empresa para

fazer face aos seus pagamentos correntes (geralmente derivados da sua actividade).

Neste caso a empresa tem os valores do fundo de maneio. Durante os 21 anos de

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Patrícia Oliveira 58

exploração o fundo de maneio é positivo, mas no último ano, ano 22, é negativo uma

vez que termina a exploração e começa o plano de desactivação.

A desactivação, apenas se entrou com os custos da modelação do terreno e

remoção dos equipamentos móveis, uma vez que não faz parte deste plano de lavra o

PARP.

A diferença entre a taxa nominal e a taxa de inflação é de 4%.

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MAPA RESUMO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Receitas Previstas 2283794 2306632 2329698 2352995 2376525 2398811 2422799 2447027 2495620 2545182 Custos de Produção

Custos Fixos 44534 46316 48168 50095 53000 55120 57325 59618 62003 64000 Custos Variáveis 75000 78000 81120 84365 87739 91249 94899 98695 102643 106748

Custos de recuperação

PARP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Desactivação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Resultado Económico 2164260 2182316 2200410 2218536 2235786 2252442 2270575 2288714 2330975 2374433 Impostos (35%) 757491 763811 770144 776487 782525 788355 794701 801050 815841 831052

Result. Depois de Impostos 1406769 1418506 1430267 1442048 1453261 1464087 1475874 1487664 1515134 1543382 Amortizações 89981 89981 89981 87700 87700 106000 106000 106000 106000 106000

Cash Flow 1316788 1328525 1340286 1354348 1365561 1358087 1369874 1381664 1409134 1437382

Receitas = (volume de rocha útil * preço) + (volume material enchimento * preço)

Custos fixos = valor de manutenção + aluguer de equipamento

Custos variáveis = Custos dos materiais (material escritório+ferramentas e utensílios de desgaste rápido+peças+explosivo)

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11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

2595731 2647288 2699872 2749613 2804275 2860028 2916892 2974890 3034045 3094380 3094380 0

66560 69222 71991 74871 77000 80080 83283 86615 90079 93682 97430 0 111018 115459 120077 124881 129876 135071 140474 146093 151936 158014 164334 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17270

2418153 2462607 2507804 2549861 2597400 2644877 2693135 2742183 2792030 2842684 2832616 -17270 0

846353 861912 877731 892451 909090 925707 942597 959764 977210 994939 991415 0

0

1571799 1600694 1630072 1657410 1688310 1719170 1750538 1782419 1814819 1847744 1841200 -17270 0

131333 131467 131605 128000 128000 154000 154000 154000 154000 154000 0 0

0

1440466 1469228 1498467 1529410 1560310 1565170 1596538 1628419 1660819 1693744 1841200 -17270

Resultados = Receitas – Custos

Resultados depois de imposto = Resultados – valor do imposto (35%)

Cash Flow = Resultado depois de imposto – Amortizações

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Jacquelline Castelo Branco

Patrícia Oliveira 61

Investimento ano 0= 445.342 Investimento

ano 5= 538.325 Investimento

ano 10= 650.000 Impostos 0,35 %

TIR 0,70 % Capital Circulante 664554

Capital Circulante total 664554 n 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

P/Ai,n 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0P/Fi,n 1,00 0,59 0,35 0,20 0,12 0,07 0,04 0,02 0,01 0,01

n 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Valor actual do Cash Flow 1.316.788 781.485 463.767 275.666 163.499 95.650 56.753 33.671 20.200 12.121Total Cash Flow actual 3.237.381

Valor dos investimentos 445342 0 0 0 0 538325 0 0 0 0

P/Fi,n 445342 0 0 0 0 37914 0 0 0 0Total investimento actual 486.753,47

Investimento

ano 15= 782.167

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,0010 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

7.145 4.287 2.572 1.544 927 547 328 197 118 71 45 0

650000 0 0 0 0 782167 0 0 0 0 0 03224 0 0 0 0 273 0 0 0 0 0 0

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CALCULO DE AMORTIZAÇÕES Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Dumper 250000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pá carregadora 126000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Retroescavadora 50000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Banqueador 12500 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 438500 456040 474282 493253 512983 530000 551200 573248 596178 620025 640000

Amortizações 0 87700 87700 87700 87700 87700 106000 106000 106000 106000 106000

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Contentores 5380 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Divisória com porta 275 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

WC c/ sanita e lavatório 830 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Janela c/ 0,8m*0,6m 357 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 6842 7116 7400 7696 8004 8324 8657 9004 9364 9738 10000

Amortizações 0 2281 2281 2281 0 0 0 0 0 0 0

Total da amortizações 0 89981 89981 89981 87700 87700 106000 106000 106000 106000 106000

Total de investimento 445342 538325 650000

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Os equipamentos, maquinaria pesada, são amortizados em 5 anos e os equipamentos das instalações é amortizado em 3 anos.

De 5 em 5 anos recorre-se à compra de nova maquinaria e ao final de 10 anos investe-se em novas instalações auxiliares.

(cont.)

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

665600 692224 719913 748710 770000 800800 832832 866146 900791 936823 974296128000 128000 128000 128000 128000 154000 154000 154000 154000 154000 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10400 10816 11248 11698 12166 12653 13159 13685 14233 14802 153943333 3467 3605 0 0 0 0 0 0 0 0

131333 131467 131605 128000 128000 154000 154000 154000 154000 154000 0

782167

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(cont.) 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 1500016193 16193 16193 14483 14483 14483 14483 14483 14483 14483 14483

31193 31193 31193 29483 29483 29483 29483 29483 29483 29483 29483

171 174 178 181 185 188 192 196 200 204 2082,2 2,2 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,4 2,4 2,4 2,4

A produção anual é de 15000 m3 em blocos. O volume de material de enchimento varia de ano para ano conforme as fases da

exploração. O preço da venda dos blocos, assim com o preço de venda do material de enchimento aumenta 1% em cada ano.

MAPA PRODUÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Blocos 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 15000 Material Enchimento 16897 16897 16897 16897 16897 16193 16193 16193 16193 16193

Pr

oduç

ão

TOTAL (t) 31897 31897 31897 31897 31897 31193 31193 31193 31193 31193

Preço médio de venda Blocos (€) 150 152 153 155 156 158 159 161 164 167 Preço médio de venda enrocamento (€) 2 2,0 2,0 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,2 2,2

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Mapa de Fornecimentos e Serviços de Terceiros

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Custos Fixos

Manutenção 44534 46316 48168 50095 53000 55120 57325 59618 62003 64000Aluguer de equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Custos Variáveis

Electricidade 480 499 519 540 562 584 607 632 657 683Gasóleo 61250 63700 66248 68898 71654 74520 77501 80601 83825 87178

Comunicações 720 749 779 810 842 876 911 947 985 1025Seguros 7200 7488 7788 8099 8423 8760 9110 9475 9854 10248

Deslocações e estadas 5000 5200 5408 5624 5849 6083 6327 6580 6843 7117Outros Forn. e Serv. 4500 4680 4867 5062 5264 5475 5694 5922 6159 6405

TOTAIS 123684 128632 133777 139128 145594 151418 157475 163774 170325 176655

(cont.) 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 66560 69222 71991 74871 77000 80080 83283 86615 90079 93682 97430 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7500 711 739 768 799 831 864 899 935 972 1011 1052 0 90665 94292 98063 101986 106065 110308 114720 119309 124081 129045 134206 0 1066 1108 1153 1199 1247 1297 1349 1402 1459 1517 1578 0 10658 11084 11527 11989 12468 12967 13485 14025 14586 15169 15776 0 7401 7697 8005 8325 8658 9005 9365 9740 10129 10534 10956 0 6661 6928 7205 7493 7793 8104 8428 8766 9116 9481 9860 0 183721 191070 198713 206662 214062 222625 231530 240791 250423 260439 270857 7500

Custos Fixos

O valor para a manutenção é de 10% do

investimento inicial.

Custos variáveis

Gasóleo = 25l/h*14*250*0.7€/l

Os outros custos são baseados em

valores aproximadamente reais.

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MAPA MATERIAIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Custos Variáveis

Material de Escritório 3500 3640 3786 3937 4095 4258 4429 4606 4790 4982 Ferram. e Utens Desg. Ráp. 50000 52000 54080 56243 58493 60833 63266 65797 68428 71166 Peças 15000 15600 16224 16873 17548 18250 18980 19739 20529 21350 Explosivos 4500 4680 4867 5062 5264 5475 5694 5922 6159 6405

Outros Materiais 2000 2080 2163 2250 2340 2433 2531 2632 2737 2847

TOTAL 75000 78000 81120 84365 87739 91249 94899 98695 102643 106748

(cont.) 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

5181 5388 5604 5828 6061 6303 6555 6818 7090 7374 7669

74012 76973 80052 83254 86584 90047 93649 97395 101291 105342 109556 22204 23092 24015 24976 25975 27014 28095 29219 30387 31603 32867

6661 6928 7205 7493 7793 8104 8428 8766 9116 9481 9860

2960 3079 3202 3330 3463 3602 3746 3896 4052 4214 4382

111018 115459 120077 124881 129876 135071 140474 146093 151936 158014 164334

Explosivo

Custos = 0.01€/g*20g/m3*225000 m3

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MAPA RESULTADOS OPERACIONAIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

PROVEITOS Vendas 2250000 2272500 2295225 2318177 2341359 2364773 2388420 2412305 2460551 2509762 Outros Proveitos 33794 34132 34473 34818 35166 34038 34378 34722 35069 35420

CUSTOS FIXOS Pessoal 115200 119808 124600 129584 134768 140158 145765 151595 157659 163966 Terceiros 123684 128632 133777 139128 145594 151418 157475 163774 170325 176655 Amortizações 89981 89981 89981 87700 87700 106000 106000 106000 106000 106000 CUSTOS VARIÁVEIS Materiais 75000 78000 81120 84365 87739 91249 94899 98695 102643 106748 Outros C. operacionais 3000 3120 3245 3375 3510 3650 3796 3948 4106 4270

CUSTOS TOTAIS

RESULTADO 1.876.929 1.887.092 1.896.976 1.908.844 1.917.214 1.906.335 1.914.864 1.923.015 1.954.888 1.987.543

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(cont.) 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

2559957 2611156 2663379 2716647 2770980 2826399 2882927 2940586 2999397 3059385 3120573

35774 36132 36493 32966 33296 33629 33965 34305 34648 34994 35344

170524 177345 184439 191816 199489 207469 215767 224398 233374 242709 252417 183721 191070 198713 206662 214062 222625 231530 240791 250423 260439 270857 131333 131467 131605 128000 128000 154000 154000 154000 154000 154000 0

111018 115459 120077 124881 129876 135071 140474 146093 151936 158014 164334 4441 4618 4803 4995 5195 5403 5619 5844 6077 6321 6573

1.994.693 2.027.329 2.060.235 2.093.259 2.127.653 2.135.461 2.169.502 2.203.765 2.238.235 2.272.897 2.461.735

Venda = produção * preço de venda

Outros proveitos = material enchimento * preço de venda

Custos fixos = 1 eng (1000*24)+ 2 ajud (500*24)+4 mano (700*24)

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MAPA NECESSIDADES DE FUNDO DE MANEIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Receitas Previstas 2283794 2306632 2329698 2352995 2376525 2398811 2422799 2447027 2495620 2545182 IVA 19% 433921 438260 442643 447069 451540 455774 460332 464935 474168 483585

TOTAL 2717715 2744892 2772341 2800064 2828065 2854585 2883130 2911962 2969788 3028766 Tempo médio de recebimento (meses) 3

Clientes 679429 686223 693085 700016 707016 713646 720783 727990 742447 757192

Aquisições 75000 78000 81120 84365 87739 91249 94899 98695 102643 106748 IVA 19% 14250 14820 15413 16029 16670 17337 18031 18752 19502 20282

TOTAL 89250 92820 96533 100394 104410 108586 112930 117447 122145 127031 Tempo médio de recebimento (meses) 2

Fornecedores 14875 15470 16089 16732 17402 18098 18822 19574 20357 21172 Necessidades de Fundo de Maneio (FM) 664554 670753 676996 683284 689615 695548 701961 708416 722089 736020 Variação das necessidades de FM 664554 6199 12443 18730 25061 5934 12346 18801 32475 46405

Investimento em capital circulante 664554 6199 12443 18730 25061 5934 12346 18801 32475 46405

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(cont.) 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

2595731 2647288 2699872 2749613 2804275 2860028 2916892 2974890 3034045 3094380 3094380 493189 502985 512976 522426 532812 543405 554210 565229 576469 587932 587932

3088920 3150273 3212848 3272039 3337088 3403433 3471102 3540120 3610514 3682312 3682312

772230 787568 803212 818010 834272 850858 867775 885030 902628 920578 920578

111018 115459 120077 124881 129876 135071 140474 146093 151936 158014 164334 21093 21937 22815 23727 24676 25663 26690 27758 28868 30023 31224

132112 137396 142892 148608 154552 160734 167164 173850 180804 188036 195558

22019 22899 23815 24768 25759 26789 27861 28975 30134 31339 32593 750211 764669 779397 793242 808513 824069 839915 856055 872494 889239 887985

39252 53710 68438 82283 97554 61961 77807 93947 110386 127131 125877

39252 53710 68438 82283 97554 61961 77807 93947 110386 127131 125877

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Plano de Lavra

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Desactivação FASES MESES

1 2 3 4 5 6 7 TOTAL

1 - Modelação do terreno Transporte e movimentação de escombros 2353 2353 2353 2353 2353 2353 2353 16.470 TOTAL fase 1 2.353 2.353 2.353 2.353 2.353 2.353 2.353 16.470

2 -Plantações e Sementeiras*

Piquet. Transp., plant. e sement. 0 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL fase 2 0 0 0 0 0 0 0 0

3 - Remoção equipamentos móveis Banqueador 200 0 0 0 0 0 0 200 Pá carregadora, Dumper, Retroescavadora 0 0 0 0 0 0 600 600 TOTAL fase 3 200 0 0 0 0 0 600 800

TOTAL GLOBAL 2.553 2.353 2.353 2.353 2.353 2.353 2.953 17.270

* Os custos referentes a esta sub-fase são considerados no PARP Total 17.270 €

1 - Modelação do terreno

a) Aluguer de um Buldozer = 7500€

b) Movimentação

Dumper = 5850€

Pá carregadora = 1248€

Retroescavadora = 1872€

2 – PARP – Neste Plano de Lavra não está incluído o PARP

3 – Remoção equipamento

Banquedor = 200€

Pá carregadora, Dumper e Retroescavadora = 800€

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Bibliografia

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Patrícia Oliveira 73

Bibliografia 1. Manual de Rocas Ornamentales; Pospección, Exploración, Elaboración e

Colocación; Federacion Espanhola de la Piedra Natural (1996)

2. Rui Torres Silva Couto – Tese de Doutoramento; Lavras a céu aberto e

Equipamentos Principais ; 1990

3. Kennedy, Bruce.A. “Surface Mining”

4. Hope, Richard – “ Operating Hand book of Mineral Surface Mining and Exploration”;

Mc Graw Hill- vol2; New York; 1978

5. Sisselman, Robert “ Operating Hand Book Of Mineral Surface Mining and

Exploration”

6. Muge, F.H- “ Determinação do Contorno final de um Desmonte a Céu-aberto”;

Técnica nº451/452-1979

7. Almeida, Farinhas de – “ Exploração de Minas 1ª Parte ; 1º Volume- Desmonte e

Revestimento”; Edição da revista de Engenharia; 1957/1958

8. Cortez, J. A Simões- “ Exploração a Céu-abertob”- Apontamentos da Cadeira de

Métodos de Exploração de Minas e Pedreiras; 1975

9. Cortez, J.A Simões - “ Planeamento Mineiro”; Apontamentos da Cadeira

10. Gomez de Las Heras, Jesus – “ Manual de arranque, carga e tranporte en Mineria

a Cielo Abierto; Instituto Tecnológico e Geomineiro, Espanha – 1995

11. Caterpillar- “Manual de Produção “ Edição 30

12. Madureira, S. M. Novais ; “ Estratégia do Projecto “ 2001 Porto

13. Miranda; H.Botelho “ Sebenta de Desmonte de Maciços”

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14. Miranda ; H.Botelho “ Sebenta de Sistemas de Carga e Tranporte”

Páginas de Internet

1. www.igm.pt

2. www.google.pt

3. www.ine.pt

4. www.min-eco.pt

5. www.edp.pt

6. www.cm-boticas.pt

7. www.min-economia.pt