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Universidade de Brasília VIVÊNCIA CORPORAL DE CRIANÇAS DE 07 A 10 ANOS DE IDADE NA ESCOLINHA DE FUTSAL DO MUNICÍPIO DE MONTE CARLO – SC. ALEXANDRE DEMENTOVIS MONTE CARLO 2007

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Universidade de Brasília

VIVÊNCIA CORPORAL DE CRIANÇAS DE 07 A 10 ANOS DE IDADE NA ESCOLINHA DE FUTSAL DO MUNICÍPIO DE MONTE CARLO – SC.

ALEXANDRE DEMENTOVIS

MONTE CARLO

2007

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ALEXANDRE DEMENTOVIS

VIVÊNCIA CORPORAL DE CRIANÇAS DE 07 A 10 ANOS DE IDADE NA ESCOLINHA DE FUTSAL DO MUNICÍPIO DE MONTE CARLO – SC.

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização

em esporte Escolar do Centro de Educação à

Distância da Universidade de Brasília, em parceria

com o Programa de Capacitação Continuada em

Esporte Escolar do Ministério do Esporte para

Obtenção do Título de Especialista em Esporte

Escolar.

Orientadora:

Professora Ms. Rosângela Laura Ventura Gomes

De Castro

MONTE CARLO

2007

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DEMENTOVIS, Alexandre

VIVÊNCIA CORPORAL DE CRIANÇAS DE 07 A 10 ANOS DE IDADE NA ESCOLINHA DE FUTSAL DO MUNICÍPIO DE MONTE CARLO – SC.

MONTE CARLO, 2007.

42 páginas

Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília, Centro de Educação à

Distância 2007.

1. Vivência Corporal, 2. Escolinha de Futsal, 3. Alunos e pais

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ALEXANDRE DEMENTOVIS

VIVÊNCIA CORPORAL DE CRIANÇAS DE 07 A 10 ANOS DE IDADE NA ESCOLINHA DE FUTSAL DO MUNICÍPIO DE MONTE CARLO – SC.

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização

em esporte Escolar do Centro de Educação à

Distância da Universidade de Brasília, em parceria

com o Programa de Capacitação Continuada em

Esporte Escolar do Ministério do Esporte para

Obtenção do Título de Especialista em Esporte

Escolar pela Comissão formada pelos Professores:

Professora Ms. Rosângela LAURA VENTURA GOMES DE CASTRO

Presidente: Orientadora - Universidade de Brasília

Professor Dr. JOÃO BATISTA FREIRE DA SILVA

Membro: Leitor - Universidade de Brasília

Florianópolis, 27 Julho de 2007.

5

AGRADECIMENTOS

DEUS

Por vezes, senti meu corpo fraquejar, e Tu estendeste Tua mão e ergueste-

me.

Por vezes, senti minha alma se abater, e Tu me deste coragem para

prosseguir.

Por vezes, senti meu espírito desvanecer, e Tu enviaste teu próprio espírito

para me consolar.

Hoje, a vitória é minha... e a Ti, meu Deus, toda honra e toda glória,

eternamente, amém...

ÀQUELES QUE AMAMOS

Gostaria que vocês soubessem, Pai Casimiro e Mãe Lourdes que foram

presenças constantes na minha trajetória, respeitaram profundamente minha única

maneira de ser. Suas companhias, seus sorrisos, suas palavras e até mesmo suas

ausências, foram expressão de amor profundo.

Este momento está comigo, como no começo de tudo. Recebam pois,

minha gratidão, reconhecimento e a lembrança de que nos méritos desta

conquista, há muito de suas presenças.

Para meus irmãos, cunhadas e sobrinhos, minha incondicional gratidão.

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AOS MESTRES

“Para fazer grandes coisas, não é preciso estar acima dos homens, é

necessário estar com eles”.

“Montesquieu”

Muito obrigado Mestre por nos mostrar o caminho da sabedoria e, acima de

tudo, a dignidade de um ser humano.

Enfim, a todos os professores desta Pós-Graduação, que contribuíram para

que eu chegasse a esta conquista, meus sinceros agradecimentos.

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RESUMO

O presente projeto teve por objetivo principal verificar a Vivência Corporal

de crianças de 07 a 10 anos de idade na escolinha de Futsal do município de

Monte Carlo – SC. Esta escolinha desenvolve a modalidade de futsal por meio de

professores de Educação Física vinculados a Prefeitura Municipal. Tem como

objetivo proporcionar às suas crianças a melhoria de seu bem estar social, dando

manutenção à qualidade de vida e ocupando-as com esporte, no turno contrário

ao da escola. A metodologia utilizada foi baseada na prática esportiva do futsal,

evidenciando a vivência corporal e a aplicação de um questionário aos 30 alunos e

seus respectivos pais. Todas as crianças e pais, responderam ao questionário e

as respostas fluíram de maneira positiva, elogiando o trabalho e a atuação das

crianças tanto no convívio social, como familiar e escolar. O esporte tem sua

característica de socialização e interação entre seus praticantes, o que o torna um

importante conteúdo a ser desenvolvido. O esporte deve ser desenvolvido de

forma lúdica através de atividades recreativas que promovam ao aluno, a

bagagem motora necessária para tal modalidade.

Palavras Chaves: vivência Corporal, Escolinha de futsal, alunos e pais

8

ABSTRACT The presente project has a principal objective to check the physical

existense of children 7 to 10 years in the school five-a-side football in Monte Carlo

– SC. This school is a job done by teachers of physic education with a town hall

has a specific objective to provide their children the best good be social, giving

maintenance the quality of life ad occupying them with sport, in the opposite period

of the school. The method used was based in the practise sporting of football

evidenting the physical existence and the application of a questionmaire for 30

students and their parents. All the children and parents answered this

questiomaire. The interesting is that all the ansiwed flowerd very good, praising the

job and the acting all the children in the living together social how family and

school. The sport has a caracteristic of socialist and interaction between sporters,

what make a important content to be developing. The sport must be developed of

playful for m with recreational activing that to promote the student a braim

motoledge necessary to event.

Words Keys: corporal experience, Escolinha of futsal, pupils and parents

9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................

1.1 Objetivos ...............................................................................................

1.1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..............................................................

1.2 Procedimentos para a investigação ......................................................

2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................

2.1 O Aprendizado do Futsal .......................................................................

2.2 A Importância da Atividade Recreativa na iniciação do Futsal..............

2.3 A Criança de 07 a 10 anos de idade frente as Atividades Propostas....

2.4 O comportamento dos pais com os filhos frente ao futsal.....................

3 MÉTODO ................................................................................................

3.1 Método de Estudo ..................................................................................

3.2 População e Amostra .............................................................................

3.3 Instrumento de Pesquisa .......................................................................

3.4 Coleta de Dados ....................................................................................

3.5 Tratamento dos Dados ..........................................................................

3.5.1 Análise dos Questionários aplicados a crianças e pais ......................

3.5.1.1 Questionário respondido pelas Crianças..........................................

3.5.1.2 Questionário dos Pais ......................................................................

3.6 Atividade Física vivenciada no Futsal ....................................................

3.7 Visão dos Pais sobre o Futsal ...............................................................

3.8 Procedimentos Metodológicos adotados na Escolinha ...................

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3.9 Análise Final...........................................................................................

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................

5 REFERÊNCIAS .......................................................................................

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LISTA DE ANEXOS

Anexo 1: Questionário ............................................................................. 44

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1. INTRODUÇÃO

Essa pesquisa surgiu do interesse em ampliar os estudos em vivência

corporal de crianças de 07 a 10 anos de idade na escolinha de futsal do município

de Monte Carlo – SC. A partir desse desejo, ressaltou-se a necessidade de

realizar esse estudo, unindo a identificação dessas metodologias com a

implicação das mesmas na vivência corporal.

Há algum tempo atrás, era difícil imaginar o que se vê atualmente na

iniciação ao futsal: escolinhas e professores. Num passado não tão longínquo, as

crianças aprendiam a jogar bola na rua, nos campinhos, em praças, entre iguais,

longe de professores certamente, desobrigadas de horários de treinos,

competições oficiais e do ensino sistematizado. Evidentemente que ainda há

crianças que jogam bola na rua, mas principalmente nas cidades grandes -

excetuando-se a periferia - é incomum. Na rua, o ambiente é essencialmente

lúdico.

Diferentemente de hoje, nas décadas de 70 e 80, eram poucas as

escolinhas de futsal. Algumas crianças eram convidadas a jogar futebol de salão,

assim chamado na época e nos clubes. Não se tratava de uma escola. Muitos dos

que se propuseram a treinar as crianças sequer professores eram, mas sim,

abnegados, devotados pelo esporte.

“Supõe-se que muitos equívocos foram cometidos nessa época, no que se

refere à pedagogia do esporte e pela falta de profissionais especializados”.

(SANTANA, 1996, pg 148)

De acordo com o atual contexto histórico e social e o momento vivido pela

educação e pelos educadores, é necessário rever paradigmas, com o objetivo de

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oferecer critérios referenciais: uma prática pedagógica que vise a formação

integradora de indivíduos conscientes, críticos, autônomos, criativos e agentes da

história, inseridos em seu grupo social e comprometidos com o tempo em que

vivem e com seus semelhantes, cientes de seu papel na construção de si

mesmos, do mundo e da sociedade.

Nas escolinhas de futsal os pais não têm motivos para preocupações, pois

as crianças estão de certa forma, seguras, recebendo formação de cidadãos

capazes de enfrentar problemas, criar e definir soluções, buscando assim,

alternativas numa educação que instrumentalize hoje, para que haja um amanhã

humano e justo.

Do outro lado, há dúvidas em outros pontos: com as escolinhas, muitas

delas pagas e muitas crianças ficam fora da realidade. Em geral, ainda são muito

tímidas as iniciativas públicas de fomentar o esporte numa perspectiva

educacional, o que se vê em grande parte, são escolas de esporte com a

pretensão de diagnosticar talentos esportivos.

Ainda em alguns casos, contrapondo o esperado - tratar

pedagogicamente o esporte, os especialistas que freqüentemente

utilizam metodologias de ensino pautadas em referenciais de rendimento

- conquistas, quebra de recordes, resultados imediatos, vindo em

seguida, uma pedagogia distante de preocupações educacionais

(MELLO, 1989, pg 27)

Essa pedagogia não impõe diferenças significativas entre os que aprendem

a jogar na escola com a orientação de um professor e os que aprendem a jogar na

rua sem orientação. É correr atrás de bola do mesmo jeito.

Pensa-se que, os especialistas devem associar o esporte na infância à

educação pois, isso pode significar entre outras coisas, elevar a consciência da

criança sobre suas atitudes e a dos outros, coisas que na rua podem passar

desapercebidas; criar um clima cooperativo, indicativo para a conquista da

autonomia, trazer para a escola de futsal coisas relevantes da rua, como os jogos,

a verbalização, o clima de ludicidade e criatividade, numa perspectiva educacional

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que parta do pressuposto da competência de cada um da riqueza da partilha do

grupo, convicta de que o conhecimento é o produto da interação entre o sujeito e o

objeto a ser conhecido e é construído pela ação desse mesmo sujeito.

A escola de esporte, a exemplo da escola formal, pelo menos o que

prevêem seus projetos pedagógicos, deveria diminuir as diferenças e sociabilizar

na solução de problemas, em que é fundamental promover nos aprendizes a

capacidade de aprender a aprender, nas diversas etapas e áreas, destacando a

necessidade de que esses aprendizes adquiram não somente o conjunto de

conhecimentos já elaborados, que continuem a cultura e a ciência de nossa

sociedade, mas também e de maneira muito especial, que adquiram habilidades e

estratégias que lhes permitam aprender, por si mesmos, novos conhecimentos.

A partir de então, surgiu a necessidade de ser realizada uma pesquisa na

tentativa de verificar a importância de se utilizar atividades recreativas, como

vivência corporal no futsal, levando a criança a ter autonomia e desenvolver sua

criatividade nas aulas da escolinha, amistosos e campeonatos. Embora tenhamos poucos referências nessa área, o estudo decorre de uma

necessidade de verificar se as aulas nas escolinhas estão realmente contribuindo

para o processo de aprendizado do futsal.

Nesse sentido, nossa questão central foi delimitada em Verificar a Vivência

Corporal de crianças de 07 a 10 anos de idade na escolinha de Futsal do

município de Monte Carlo – SC, na perspectiva de uma sociedade muito flexível

nas demandas trabalhistas e culturais de seus cidadãos e, ao mesmo tempo,

muito competitiva, não bastando proporcionar conhecimento “empacotados”,

fechados por si mesmos, ao contrário, é preciso tornar as pessoas capazes de

enfrentar situações variáveis que exijam delas a aprendizagem de novos

conhecimentos e novas habilidades.

1.1- OBJETIVOS

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1.1.1- Objetivo Geral

Verificar a Vivência Corporal de crianças de 07 a 10 anos de idade na

escolinha de Futsal.

1.1.2- Objetivos Específicos 1- Identificar as atividades motoras proporcionada na escolinha;

2- Verificar a visão dos pais quanto ao ensino de futsal;

3- Identificar os procedimentos metodológicos adotados na escolinha;

1.2 PROCEDIMENTOS PARA INVESTIGAÇÃO Para realizar essa pesquisa, primeiramente fez-se necessário construir o

referencial teórico, com o intuito de contextualizar e embasar o objeto de estudo.

As temáticas abordadas no referencial foram as seguintes: aprendizado do futsal,

a importância de atividades recreativas na iniciação do futsal, à criança de 07 a 10

anos de idade frente às atividades propostas e o comportamento dos pais com os

filhos frente ao futsal.

Num segundo momento fez-se a coleta de dados, utilizando-se a análise

das aulas aplicadas, através de descrição e filmagens, procurando verificar a

vivência corporal das crianças analisadas conforme seu comportamento e

atitudes, levando em consideração suas habilidades e corrigindo possíveis erros

por meio da ludicidade.

A faixa etária desejada como objeto de estudo foram crianças de 07 a 10

anos de idade. Após a análise, foi aplicado um questionário para avaliar os

conhecimentos e as práticas anteriores a essa.

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2. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 2.1- O Aprendizado do Futsal

O interesse das crianças pelo futsal têm aumentado à medida em que

crescem o número de competições para estas em idade escolar. Com isso, a

busca pelo aprendizado dessa modalidade esportiva, tem tido uma procura cada

vez maior. Esse fato tem produzido discussões e publicações a respeito da

iniciação esportiva de crianças no futsal.

“De forma genérica, na maioria dos estados brasileiros, inicia-se a

prática do futsal por volta dos 05-06 anos de idade, em função da maior

participação (no que se refere ao contato com a bola) técnica/motora da

criança, se comparada ao futebol, o futsal proporciona um

desenvolvimento mais rápido e harmonioso das bases essenciais para o

desenvolvimento e treinamento de caráter específico que ocorrerão nos

próximos anos.” (GOMES e MACHADO, 2001, p.20)

A cultura brasileira oportuniza à criança, o contato com a bola desde muito

cedo. A bola é para ela um brinquedo que está presente antes mesmo da fala dos

primeiros passos e demais gestos motores complexos, que acompanhará e

auxiliará a criança na sua aprendizagem e desenvolvimento motor.

“A infância é a melhor fase para a aprendizagem motora, na qual devem ser

trabalhados os fundamentos da técnica, mas com a devida moderação,

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respeitando as fases de desenvolvimento da criança.” ( VOSER, 1996, p.17)

A publicação da obra “Futsal, metodologia e planejamento na infância e

adolescência”, destaca que “o importante não é determinar a idade para iniciar a

criança no esporte, e sim, saber escolher a tarefa apropriada, de forma que

surpreenda em cada momento.” (GOMES e MACHADO, 2001, p.31)

Iniciar uma criança num programa de atividades direcionadas ao

aprendizado de uma modalidade esportiva, é o mesmo que criar condições para

que a mesma vivencie experiências que poderão transformar seus hábitos de

conduta social.

“Na aprendizagem de qualquer modalidade desportiva, o mais

importante, ponto de vista da criança, é que adquira a vivência do

processo, que registre o sucesso e verifique suas possibilidades

testando as diferentes formas sob o prisma de sua exiqüidade”. (DIEM,

1977, p.99)

Ainda sobre esse assunto sabe-se que, “as determinantes principais para a

iniciação do treinamento e competição são as seguintes: o nível de

desenvolvimento físico e emocional alcançado pela criança, a modalidade

pretendida e as características do treinamento a ser adotado.” (MELLO, 1989,

p.54)

O trabalho de iniciação requer cuidados especiais. Tudo o que acontecer

com as crianças nesse período vai marcá-las para o resto da vida, transpondo o

limite da técnica e da tática

É preciso propiciar condições para que a criança se desenvolva,

descobrindo, criando, construindo e não copiando e sendo condicionada.

“Participar da construção das regras de determinado jogo, cooperar com

um companheiro que se encontra em dificuldades, reunir-se em grupo,

opinar quando o grupo está reunido, respeitar as opiniões das pessoas

do grupo, conviver com as diferenças dos outros, solidarizar-se com

essas diferenças, assumir responsabilidades, trocar informações, propor

alternativas, ceder, interceder... Na iniciação são essas situações que

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devem ser promovidas e estimuladas, sendo constante preocupação do

professor.” (SANTANA, 1996, p.107)

Transmitir uma técnica para a criança torna-se simples e vazio, sugere

apenas, a repetição de um modelo pronto e acabado.

“Uma criança não poderá criar num clima onde só é permitido repetir,

seguir um modelo. Não poderá criar se tiver que adotar “jogadinhas”.

Não poderá criar se o ambiente não respeitar sua individualidade, não

lhe der segurança e permitir o erro. Não poderá criar se suas ações

estiverem sob julgamentos e críticas destrutivas.” (SANTANA, 1996,

p.131)

A aula é um lugar de troca, de interação, de construção de idéias e valores.

“As crianças, muitas vezes, ao se lançarem em busca da atividade física,

vão com a idéia errônea de cedo se tornarem campeãs. Idéia essa, estimulada

pelos companheiros, pais, professores e treinadores.” (CHAVES, 1985 apud

SANTANA, 1996, p.44)

E diante dessa realidade, quando as crianças são conduzidas por pessoas

não capacitadas ou profissionais não compromissados, acabam passando por um

processo de especialização precoce, voltado para a obtenção de resultados, que

sejam visíveis aos olhos, vitórias e títulos.

“A especialização precoce pode causar: abandono (desinteresse,

excesso de cobrança, lesões). A cada momento que alguém ensina

prematuramente a uma criança algo que a criança poderia descobrir por

conta própria, essa criança está perdendo a oportunidade de exercer a

sua criatividade e de compreender totalmente o que foi ensinado.”

(MELLO, 1989, p.27)

Nem sempre o melhor professor ou técnico de futsal que trabalha com as

categorias menores é o campeão. O melhor é aquele que, com os olhos na

formação, respeita as etapas de desenvolvimento da criança e lhe propicia

condições de construir idéias e valores, aprender e continuar a praticar o futsal por

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muitos anos e o mais sensato é que ela deva ser iniciada e formada pelo e/ou

para o esporte sem a preocupação com a performance e o imediatismo.

Os educandos aprendem várias coisas ao mesmo tempo, isso quer dizer

que podem aprender a dividir e a detestar dividir, simultaneamente e por isso, as

atividades propostas devem vir sempre de encontro as necessidades,

características e interesses infantis, para que estejam aprendendo a gostar de

aprender.

Acredita-se que o espaço esportivo pode e deve transformar-se em um

espaço agradável, prazeroso, de forma que o aprendizado de futsal transcorra

dentro dos objetivos e metas que o professor se baseou.

Todos nós parecemos nos preocupar com o desempenho dos garotos mais

do que eles próprios, portanto, será preciso motivar o aprendizado através da

ludicidade.

O profissional esclarecido desses aspectos descritos deve ser, ao mesmo

tempo, educador e formador.

“O treino desportivo deve ser orientado para que desenvolva em seus

participantes aspectos de autonomia, autoconfiança, responsabilidade,

estímulos positivos para situações problemas, além de atitudes sociais

como: integração e cooperação, responsabilidade, apoio social e

identificação com o meio.” (GOMES e MACHADO, 2001, p.34)

Nesta mesma linha de pensamento destaca-se que o esporte possibilita a

interação, a comunicação e a alegria, mas, também, dificuldades e problemas.

Essa prática proporciona muitas vivências e possibilita inúmeras ações.

Envolvida nesse processo, a criança começa a ganhar maturidade e, com o

passar dos dias, a comparar as performances entre seus companheiros e sua

performance perante um outro companheiro. É comum ouvir por parte delas, que

um colega é melhor que outro, ou ainda, que gostaria que determinado colega

jogasse no seu time no momento do coletivo.

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“A criança só sabe até onde realmente vai a sua capacidade de atuação

quando aprende a avaliar suas performances pessoais em diferentes níveis de

desempenho”. (DIEM, 1977, p.106)

A competição, entre os alunos da mesma turma ou contra alunos de uma

outra turma, é um momento que mexe com as emoções da criança e a coloca

frente a situações novas e desafiadoras.

“A criança que compete interage, tem a oportunidade de o fazer

lealmente, percebendo a importância de valorizar seu esforço, respeitar

o adversário, a arbitragem, conviver com a vitória e com a derrota, saber

que deu o melhor de si, rever metas, querer melhorar o seu jogo.”

(SANTANA, 1996, p.56)

A competição é motivante, ajuda a estimular a aprendizagem e perceber

erros e “quando vista no sentido de auto-desenvolvimento, de colaboração entre

colegas, pode ser altamente educativa.” (MELLO, 1989, p.52)

Na verdade, “o esporte pode ser um lugar privilegiado de reflexão e prática

sobre as necessidades de equilibrar a cooperação com a competição.”

(CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ESPORTE-EDUCACIONAL, 1996, p.56)

É importante oferecer oportunidades para que toda a criança vivencie as

experiências diversas do futsal: ser titular e ser reserva, atuar em todas as

posições, ser capitão, chutar uma falta ou um pênalti; independentemente do nível

de habilidade motora em que se encontra.

“Quanto mais oportunidade de jogar as pessoas tiverem, muito mais

elas exercitarão suas competências, e assim, aquele que muitas vezes

é deixado de fora, e com isso não aprende, passa a ter a chance de

cada vez mais se apropriar de habilidades que só serão trabalhadas em

movimento.” (SOLER, 2003, p.96)

O educador deve procurar não despertar o sentimento de competição

acirrada, aproveitando essa disposição natural da criança para jogar pelo simples

prazer de jogar. Além disso, deve selecionar jogos simples, com poucas regras,

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para serem praticadas pelas crianças que estão nessa fase de desenvolvimento. A

interação social precisa ser incentivada, dando-se destaque às atividades do ato

de aprender, brincar e ter prazer, sem necessariamente ser o melhor naquilo que

faz.

2.2- A Importância de Atividades Recreativas na Iniciação do Futsal

Quando se fala em criança logo nos vem a mente a idéia de diversão,

brincadeira e alegria. Pois a criança vive brincando e pela brincadeira ela vive.

O espírito de competição deve ter como tônica o desejo do jogador de

superar a si próprio, empenhando-se para aperfeiçoar, cada vez mais, suas

habilidades e destrezas, pois é jogando que a criança aprende o valor do grupo

como força integrada e o sentido da competição salutar e da colaboração

espontânea e consciente. Brincando a criança se torna espontânea, desperta sua

criatividade e interage com o seu mundo interior e exterior.

As brincadeiras com bola encantam e fascinam as crianças. Os desafios do

movimento provocado pela bola prende a atenção e impulsiona a tentar vencê-los.

Para esse autor, “A iniciação esportiva tem furtado o aspecto lúdico das

atividades. A repetição de exercícios torna a aprendizagem mecânica e diretiva,

limitando as possibilidades de exploração dos movimentos. O espírito do treino,

deve valorizar o componente lúdico, o prazer, a busca, e se preocupar com a

formação da criança”. (SANTANA, 1996, p.125 e126)

As atividades recreativas conseguem envolver as crianças para a

realização de tarefas com grande eficiência. Toda a atividade em forma de

recreação é mais atrativa. “O lúdico, o brincar, é tão importante para a criança

quanto o respirar, comer e dormir.” (VOSER, 1996, p.19)

“O lúdico privilegia a criatividade e a imaginação, por sua própria ligação

com os fundamentos do prazer. Reconhecer o lúdico é reconhecer a

especificidade da infância: permitir que as crianças sejam crianças e vivam como

crianças.” (MARCELLINO, 1999, p.22 e 23)

Contribuindo com essa discussão, está registrado na Conferência Brasileira

21

de Esporte-Educacional, 1996 que “a criatividade esportiva começará com o

impulso lúdico que é um exercício de capacidade simbolizadora, que encontra na

fecundidade do poder da imaginação os elementos necessário para organizar

formas vivas”.

Com a presença do componente lúdico num clima de alegria, a criança se

entrega à atividade e consegue construir valores que contribuirão na sua atuação

como cidadão e abandona o seu mundo de necessidades e constrangimentos e se

desenvolve criando e adaptando uma nova realidade a sua personalidade. A

infância é portanto, um período de aprendizagem necessária à idade adulta. É

nesse momento que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de seu

“eu”.

“As atividades lúdicas despertam o criatividade, o pensar e agir por si

próprio. Essas atividades representam um primeiro passo para a

criança no seu desenvolvimento pleno. A articulação da motricidade

espontânea é dada também na aplicação de pequenos jogos, onde a

criança participa livre e sem cobrança de regras complicadas.” (BELLO

JÚNIOR, 1998., p.64 e 65).

O referido autor ainda destaca que no jogo e na brincadeira é que

conhecemos realmente a criança, pois ela se liberta de tudo e de todos, colocando

até suas angústias em evidência, exteriorizando assim seus desejos.

“Através do brincar, a criança expressa suas fantasias, seus sentimentos,

suas ansiedades e suas experiências.” (MARCELLINO, 1999, p.30)

É particularmente nas crianças que encontramos esse impulso lúdico, já

que tudo o que elas fazem, recebe o selo do brinquedo.

Com grande facilidade, observa-se que esse tipo de atividade auxilia no

processo de socialização, desinibição, auto-estima e integração do grupo e

também, podemos perceber dificuldades motoras, intelectuais e afetivas dos

nossos educandos.

“Nesse ambiente de aprender com prazer, de espontaneidade, não há

espaço para as máscaras sociais; a autenticidade é um exercício

22

sempre presente, pois por meio dele, os alunos conhecem-se a si

próprios como também, passam a ter melhor compreensão da

sociedade e seus valores.” (MARCELLINO, 1999, p.82)

A recreação como instrumento processual da aprendizagem desportiva

possibilita a assimilação e a incorporação dessa manifestação cultural, de maneira

mais rápida e de fácil compreensão.

O aprendizado do esporte deverá ocorrer resgatando a ludicidade de sua

prática proporcionando aos alunos a oportunidade de conhecer, aprender, tomar

gosto e manter o interesse pela prática esportiva.

“As atividades recreativas podem ser aplicadas em todas as áreas em

que se trabalha com o futsal. Podem ser aplicadas em todas as faixas

etárias, adequando-se de acordo com o nível do grupo. Por ser em

forma de brincadeiras, aumenta a motivação, a participação e o

aprendizado das crianças.” (VOSER, 1996, p.26).

“Quando a criança de sete, oito anos, mais ou menos, joga bola, mais do

que estar imitando o esporte adulto, pode estar transformando o que é esporte

para nós em seu brinquedo.” (FREIRE, 1993 apud SANTANA, 1996, p.52)

A brincadeira, o jogo e o movimento natural e espontâneo (que ocorre na

recreação) são fatores fundamentais em toda e qualquer repartição, uma vez que

os mesmos contribuem e muito na educação e formação geral do educando.

Com o intuito de promover uma educação diferenciada, uma educação

capaz de encarar a ludicidade como um fator motivante, como uma ponte

facilitadora da aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora dos educandos e

que se aprimore a capacidade de organizar os próprios jogos, a criança a

desenvolve através de um processo lúdico-didático e aprendem brincando e assim

alcançam bons resultados

“Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais

abstrato misturando habilmente uma parcela de trabalho (esforço) com

uma boa dose de brincadeira transformaria o trabalho, o aprendizado,

23

num jogo bem-sucedido, momento este em que a criança pode

mergulhar sem se dar conta disso.” (ALMEIDA, 2000, p.60)

A criança que inicia o futsal está preocupada, quase que somente, em

jogar. A vitória é uma preocupação secundária. É preciso estar atento para não

super-valorizar aquelas que possuem uma habilidade motora maior e para não

excluir as que têm dificuldades de movimento, pois o que realmente interessa a

ela é jogar fluindo assim, uma entrega total.

A contribuição de um profissional capacitado pode auxiliar na formação de

cidadãos solidários, compreensivos e preocupados com princípios de justiça

social. E que, através das atividades recreativas, contribui para o desenvolvimento

harmônico de um ser em transformação e pelo jogo e pela recreação a criança se

prepara para a vida, amadurece e torna-se um adulto em seu meio social.

Para tanto, será preciso motivar o aprendizado através da ludicidade. Sabe-

se que muitos educadores questionam: a ludicidade é capaz de transformar as

aulas repetitivas, cansativas, monótonas em aulas significativas?.

Procurou-se responder algumas indagações de muitos educadores: como

podemos ter um novo educando se insistimos em uma educação reprodutora,

repetitiva e sem criatividade? Como fazer com que a escola deixe de ser um mero

depósito de educandos e se torne agradável aos olhos deles?

Brincar é muito importante para as crianças pois a brincadeira estimula o

desenvolvimento da criança e a regra ensina hábitos necessários para a vida em

sociedade. Apenas por meio de idéias novas é que construiremos uma nova

realidade sobre o que acontece hoje em dia. A ludicidade e a aprendizagem não

podem ser considerados como ações com objetivos distintos. O jogo e a

brincadeira são por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a

imaginação favorecem à criança um comportamento, além dos habituais. Nos

jogos ou brincadeiras, a criança age como se fosse maior do que a realidade, e

isto, inegavelmente, contribui de forma intensa e especial para seu

desenvolvimento”.

O jogo e a brincadeira permitem ao educando criar, imaginar, fazer de conta

24

e funcionam como um laboratório de aprendizagem, permitindo ao educando

experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender.

Conclui-se porém que, é na atividade lúdica que o educando desenvolve

sua habilidade de subordinar-se a uma regra, mesmo quando um estímulo direto o

impede de fazer algo diferente.

2.3- A Criança de 07 a 10 anos de idade frente as Atividades Propostas

“O trabalho realizado com crianças, deve ter a adaptação adequada

considerando seu desenvolvimento, além de respeitar também os seus

interesses.” (GOMES e MACHADO, 2001, p.31)

Realizar um trabalho com crianças dessa faixa etária é uma experiência

bastante enriquecedora. O interesse, a motivação e a pré-disposição pelas

atividades, são marcas registradas da 2ª infância. Também é preciso conhecer as

particularidades que caracterizam esse grupo e estar atento para a individualidade

de cada um.

“O aprendizado é uma constante na vida do indivíduo, e é determinante

situar a faixa etária compreendida entre 4 e 12 anos, é considerada de

grande importância no desenvolvimento motor da criança, pois é a

partir daí que se inicia a formação do acervo motor, onde a incorporação

gradual de novas estruturas psicomotoras e a reavaliação de

experiências adquiridas, melhoram sensivelmente todo o esquema

corporal da criança”. (LUCENA, 1998, p.04)

Descrevendo a primeira fase do curso básico (dos 6 aos 8 anos), afirma W.

HANSEM citado por DIEM(1977), em que as crianças de 6 anos de idade

geralmente estão aptas e já se dispõe “a dedicar-se às atividades que escolheram

e se propuseram a executar cumprindo-as dentro das possibilidades de sua faixa

etária”. Crianças desse grupo de idade também já procuram auxiliar seus

25

companheiros corretamente quando “lhes dão uma mãozinha.”

Aos 06 anos de idade, a maturação do sistema nervoso central do

indivíduo está por volta de 85% a 90% do seu ápice, concluindo-se até a

puberdade. Com esta maturação, a criança tem a sua maior capacidade

de aprendizado de movimentos combinados ou mais complexos,

estendendo-se esta facilidade até os 10-11 anos. (GOMES e

MACHADO, 2001, p.58)

Quase todas as habilidades básicas estão completas por volta dos 6 ou 7

anos de idade e depois disso, a mudança é principalmente a melhora do

desempenho, conforme a criança refina as habilidades básicas e as integra em

seqüências de movimento cada vez mais complexas.

“A partir dos 7 anos, aproximadamente, a criança alcança um nível

neurológico de maturação suficiente para permitir ao cérebro coordenar

ao mesmo tempo inúmeras dimensões dos objetos (largura, forma,

espaço, altura, movimento) e também perceber, discriminar e relacionar

centenas de detalhes visuais, auditivos e associá-los, combiná-los,

formando novas estruturas.” (ALMEIDA, 2000, p.51)

Ainda sobre as características dessa faixa etária, destaca-se que “o rápido

crescimento da habilidade de aprendizagem motora, mostra-se no aspecto do

desenvolvimento motor, no espaço do tempo dos 07 aos 09 anos, como

tendência de desenvolvimento motor especialmente expressivo.

Na obra de SANTANA(1996), está descrito que a criança que está na 2ª

infância respeita opiniões, coopera, defende idéias, segue regras, reflete, pensa

no concreto, é o próprio movimento, sentimento de justiça.

Aos 7 anos de idade, a criança começa a gostar de jogos de equipe, é o

momento ideal para se darem noções de cooperação e respeito mútuo. “Essa

criança dá muita importância às regras do jogo, passando mais tempo discutindo

as regras do que jogando.” (SOLER, 2003, p.81)

PIAGET citado por MELLO(1989), mostra que os jogos de regras, de forma

26

espontânea e organizada, só se afirmarão por volta de 7 a 8 anos. O jogo de

regras apresenta precisamente um equilíbrio sutil entre a assimilação ao eu,

princípio de todo o jogo e a vida social.

Aos 09 anos, o bom desenvolvimento da capacidade coordenativa, é

assegurado nos anos anteriores, proporcionando maior interesse pelas atividades,

uma vez que consegue desenvolvê-las com maior qualidade e segurança.

“A criança nesta idade apresenta uma inquietude constante,

buscando sempre a realização de movimentos novos e de atividades

interessantes ou atraentes. Nota-se, também, um comportamento de

busca e interação com grupos ou parceiros.” (GOMES e MACHADO,

2001, p.42)

Os autores citados acima, descrevem também que aos 10 anos continua a

busca incessante pelo novo e é notória a capacidade de aprender de uma só vez.

“Começa a ser definida a condição de lateralidade da criança com os

órgãos sensoriais, atingindo seu desenvolvimento e quase alcançando

suas condições adultas. Observa-se um domínio quase completo sobre

seu corpo, bem como interesse para as atividades competitivas, e que

envolvam a participação em grupos.” (GOMES e MACHADO, 2001,

p.42)

Uma fase de tantas mudanças e de incorporações motoras precisa de

cuidados especiais. É preciso um acompanhamento profissional que esteja

disposto a planejar um trabalho de desenvolvimento dos aspectos físicos, afetivos

e sociais para que essas crianças, no futuro, possam realizar as mais diversas

tarefas com desenvoltura e segurança.

2.4- O Comportamento de Pais com os Filhos frente ao Futsal

27

Um dos aspectos que pode vir a interferir na aprendizagem e no

desenvolvimento do futsal é a maneira como os pais se comportam ao assistirem

as aulas, amistosos e competições que o filho participa.

Em alguns casos, observa-se pais tentando realizar seu sonho de ser atleta

através do filho. Esse tipo de pai está à beira de uma quadra, sempre falante,

querendo que o filho faça a jogada perfeita, esquecendo-se que ali está uma

criança, que possui emoções, dúvidas, limitações e desejos próprios.

“O maior exemplo a ser citado é a pressão que os pais exercem sobre

seus filhos ao tentar satisfazer seus próprios desejos de infância ou

projetando um futuro promissor para a criança no esporte. É indicado

conversar com os pais e mostrar que esse tipo de ação pode acarretar

na criança.” (VOSER E GIUSTI, 2002, p.26)

O sinal positivo ou negativo do pai na arquibancada ou mesmo um gesto,

demonstra uma dependência exagerada por parte da criança, tornando-a insegura

e com fácil perda de concentração.

Um atleta pode sentir-se incomodado com a presença dos pais quando está

em atividade. A Imagem que os pais passam ao filho durante toda a infância, pode

causar algum trauma e a criança cresce com um certo receio de expor-se diante

deles. “Os objetivos a esse tipo de pais é sempre bem claro: “seja sempre um

vencedor meu filho”. (GOMES e MACHADO, 2001, p.32)

Contudo, existem também os casos em que esta presença é altamente

positiva. Casos em que, com a presença dos pais, amigos ou parentes, pode

haver melhora da performance.

“A presença do adulto, pais e professores, constitui condições de liberdade,

possibilidade de segurança e de enriquecimento. O adulto deve ser um

dinamizador, um estimulador das faculdades e, acima de tudo, um condutor

(guia).” (ALMEIDA, 2000, p.53)

Os pais antes de mais nada, devem desenvolver na criança o gosto pela

sensação de competir e sempre tentar melhorar , pois está aí a essência do maior

jogo, o jogo de vencer na vida .

28

“Incentivar incondicionalmente, sem qualquer imposição é pois a norma

suprema. Existem, para uma criança, infinitas possibilidades de

sucesso, mas é necessário, que a oriente corretamente e não se

antecipe o nível algum de rendimento esperado. Deve-se deixar que ela

mesmo o faça.” (DIEM, 1977, p.63)

A pressão e a obrigação imposta, elimina a disposição para a livre iniciativa,

razão pela qual jamais se deve recorrer às mesmas em circunstância alguma.

É importante que se faça com os pais esclarecimentos sobre o trabalho a

ser realizado com seus filhos. Eles pouco sabem sobre os processos de

aprendizagem, desenvolvimento e maturação, pelos quais, seus filhos irão passar.

Precisam ser conscientizados da importância que terão nestes processos. É

preciso tê-los como aliados e não como concorrentes.

“Os pais devem ser completamente honestos sobre a capacidade de

seus filhos, suas atitudes na competição, seu espírito esportivo e nível

de habilidade e não devem transformar suas expectativas em pressões

sobre a criança, pois daquele pequeno uniforme existe pensamento,

sentimento e um espírito que necessita de muita compreensão

sobretudo quando as coisas não saem à contento. As crianças devem

ter a certeza que perdendo ou ganhando você o ama, reconhece seu

esforço e assim ela estará sempre pronta para fazer o melhor possível,

sem medo de errar e que os pais são as pessoas com quem pode

contar a qualquer momento.” (FERRETTI, 2003, p.48)

O pai, como educador principal de seu filho, deve a todo momento dar

exemplos de boa conduta, e principalmente na quadra de futsal quando

acompanha o jogo. O pai não deve reclamar ostencivamente da arbitragem, do

erro de alguma criança, da atuação do treinador e de outras situações que

ocorrem durante um jogo.

29

3. MÉTODO

Esse é o momento em que descreve-se a metodologia utilizada, discute-se

dados levantados e analisar os resultados obtidos.

3.1 Modelo de Estudo

Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa descritiva (aplicação de

questionário). Tentando buscar respostas para corrigir erros e aperfeiçoar técnicas

entrevistando o público alvo e seus respectivos pais.

3.2 População e Amostra

Na aplicação desse projeto, foi trabalhado com cerca de 30 alunos e seus

respectivos pais da escolinha de futsal no Ginásio de Esportes Altair Luiz

Gonçalves do município de Monte Carlo – SC. Crianças de 07 a 10 anos de idade

provindas de diferentes escolas do município, que se dispuseram para a aplicação

desse trabalho. A Escolinha de Futsal do Município de Monte Carlo é um órgão

público mantido pela Prefeitura Municipal que tem como objetivo principal, propor

atividades diferenciadas às crianças no segundo período de seu dia, sendo que no

primeiro período, as mesmas devem freqüentar as escolas de educação básica. A

Escolinha de Futsal hoje, conta com 8 professores formados em Educação Física

que tem essa grande meta a atingir.

30

3.3 Instrumento de Pesquisa Utilizou-se como instrumento de pesquisa o questionário, que garante

anonimato e é constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser

respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Quanto aos

questionários foram direcionados diferentemente um tipo para pais e outro para

alunos.

Todas as questões, tanto no questionário de pais como de alunos, eram

voltadas ao grau de satisfação e conhecimentos das aulas da escolinha de futsal.

3.4 Coleta dos Dados

Para a aplicação do questionário foi solicitado, através de um convite, o

comparecimento das crianças e seus respectivos pais. A reunião realizou-se no

dia 05 de fevereiro de 2007 as 19:30 horas nas dependências do Ginásio

Municipal Altair Luiz Gonçalves. Após todos acomodados foi explicado o objetivo

do trabalho e lido cada questão para que todos pudessem responder com clareza

e entendimento.

3.5 Tratamento dos Dados Houve a preocupação de obter informações confiáveis que pudessem

facilitar interpretações e atingir os objetivos propostos.

De posse dos dados obtidos através da aplicação do instrumento de

medida, procedeu-se a sua leitura e organização utilizando-se de recursos

31

estatísticos, os quais seguem.

3.5.1 Análise dos Questionários aplicados a Crianças e Pais 3.5.1.1 Questionário respondido pelas crianças

Todas as crianças responderam ao questionário. O interessante é que

todas as respostas fluíram de maneira positiva. A análise iniciará a partir do

questionário dos alunos.

Na questão nº 1: Idade(anos):

05

10152025303540

7 anos8 anos9 anos10 anos

Questão 2, Que esportes praticou na infância?

0

20

40

60

80

100

futsalvoleibolbasquetehandebol

Questão 3 Tem desejo de ser um atleta profissional?

32

0

20

40

60

80

100

simnão

Questão 4 Em qual(is) modalidade(s)?

0

20

40

60

80

100

futsalvoleibolbasquetehandebol

Questão nº 5 Além da escolinha de futsal você pratica outro esporte atualmente?

0

20

40

60

80

100

simnão

Apenas um aluno pratica a modalidade de voleibol em horários diferentes aos

treinos das escolinhas.

Questão 6 Se pratica esporte, qual(is) seu(s) objetivo(s) com o mesmo?

33

0

20

40

60

80

100

1º lugar 2º lugar

competiçãosaúdeestéticalazersocializaçãooutros

Questão 7 Como tomou conhecimento da escolinha de futsal do município de

Monte Carlo”?

0

20

40

60

80

100

rádio

fundaçãoesportesjornal

3.5.1.2 Questionário dos Pais

Todas os pais responderam ao questionário. O interessante é que todas as

respostas fluíram de maneira positiva, elogiando o trabalho e a atuação das

crianças tanto no convívio social, como familiar e escolar.

Questão 1 Qual(is) o(s) motivo(s) que o levou a inscrever seu filho na

escolinha de futsal do município de Monte Carlo?

34

0

20

40

60

80

100sonhaconstruir umatletaesporte esaúde

não sabia queo filhofrequentava

Questão 2 - Costuma assistir às aulas da escolinha de futsal do município de

Monte Carlo?

0

20

40

60

80

100

simnão

Questão 3 - Assiste aos jogos amistosos e de campeonatos do seu filho na

escolinha de futsal do município de Monte Carlo?

01020304050607080

nuncaas vezessempre

Questão 4 - Tem acompanhado o trabalho de conscientização, quanto ao

comportamento dos filhos perante as aulas, amistosos e competições?

35

0

20

40

60

80

100

simnão

Questão 5 - Qual sua opinião quanto à metodologia adotada nas aulas?

0

20

40

60

80

100

não participoboaregularpessímaótima

Questão 6 - Seus anseios em inscrever seu filho na escolinha de futsal do

município de Monte Carlo ainda são os mesmos?

0

20

40

60

80

100

simnão

3.6 Atividade Física Vivenciada no Futsal As atividades propostas num primeiro momento foram: Primeiro –

36

Aquecimento: momento impar de grande importância que possibilita aos

praticantes total movimentação dos músculos e membros, é essencial sempre no

inicio de cada atividade física; Segundo - Alongamento: inserido no aquecimento

contribui para a elasticidade das articulações e dos membros propriamente ditos;

Terceiro – Coordenação viso-motora e espacial: permite aos alunos trabalhar o

equilíbrio, visão e espaço de jogo; Quarto – O jogo de futsal propriamente dito,

com as regras de conhecimento dos participantes. As atividades aplicadas

aconteceram da seguinte maneira:

Os alunos chegavam sempre vinte minutos antes do inicio de cada aula. As

aulas iniciavam sempre com as palavras do Professor que em poucos minutos

esplanava a aula e os fundamentos que seriam aplicados naquele dia. Os alunos

escutavam atentamente, pois o professor pregava a disciplina e como castigo da

não obediência, os mesmos não participavam daquela aula. Após a explicação, o

professor determinou que os alunos corressem livremente pela quadra tendo

como objetivo principal, o aquecimento para a prática esportiva. Em seguida, o

professor ordenou que os alunos corressem sobre as linhas da quadra de futsal,

procurando com isso demonstrar um pouco de noção espacial. Terminada a

corrida, os mesmos continuariam o percurso caminhando enquanto o professor

indicava alguns exercícios a serem feitos, bem como alongamentos dos membros

superiores e inferiores. Terminada a parte dos movimentos, o professor entregou

uma bola para cada aluno e mandou que os mesmos a conduzissem por cima das

linhas da quadra, exercício esse de domínio e condução, o exercício foi com

alternância das pernas, onde aconteceu grande dificuldade de condução com a

perna esquerda, pois todos eram destros. Como toda aula tinha duração de 60

minutos, nos últimos 20 minutos foi dado total liberdade aos alunos para que

jogassem o futsal com as regras deles. Alguns erravam o pé da bola, outros

chutavam as pernas dos colegas e assim por diante. Esta foi a primeira aula

aplicada, onde percebeu-se que os alunos não tinham nenhuma base de futsal,

tornando assim, um trabalho de mais responsabilidade ao condutor do projeto.

37

3.7 Visão dos Pais sobre o Futsal Monte Carlo é um município essencialmente baseado na mão de obra e na

agricultura, por esse motivo, muitos pais saem de suas casas na segunda-feira

para trabalhar em outros municípios e só retornam a seus lares na sexta-feira à

noite. Isso torna difícil o acompanhamento dos mesmos no crescimento e na vida

social dos filhos, motivo esse, que levou apenas dois pais para acompanhar o

treinamento dos seus filhos. Com aqueles dois pais pode-se verificar a realização

dos mesmos quando seus filhos conseguiam executar os trabalhos pedidos pelo

professor. Um dos pedidos que solicitamos aos pais foi para que não gritassem

pois isso desmotivaria principalmente na frente dos colegas. Outro aspecto julgado

interessante foi a atenção que os pais tinham em relação a seus filhos, parecia

que naquele momento estavam assistindo um clássico de futsal, ao invés de

assistir seus filhos atentos, concentrados e respeitando as regras.

Os pais que não participaram dos treinos, participaram indiretamente

respondendo ao questionário que continha as questões baseadas nos motivos

que os pais levaram a inscrever seus filhos na escolinha de futsal?; Costuma

assistir às aulas da escolinha de futsa?; Assiste aos jogos amistosos e de

campeonatos do seu filho na escolinha de futsal?; Tem acompanhado o trabalho

de conscientização, quanto ao comportamento dos filhos perante as aulas,

amistosos e competições?; Qual sua opinião quanto à metodologia adotada nas

aulas?; Seus anseios em inscrever seu filho na escolinha de futsal do município

de Monte Carlo ainda são os mesmos?

3.8 Procedimentos Metodológicos adotados na Escolinha

Os procedimentos utilizados na escolinha de futsal, giram em torno da

disciplina e da eficiência nas atividades aplicadas, baseadas na teoria

38

desenvolvimentista que baseia-se desenvolvimento e aprendizagem, propondo

uma ao desenvolvimento motor uma classificação hierárquica dos movimentos dos

seres humanos. É defendida a idéia de que o movimento é o principal meio e fim

da educação física, não sendo sua função o desenvolvimento das capacidades

que auxiliem na alfabetização e o pensamento lógico-matemático, embora isso

possa ocorrer como uma conseqüência da prática motora. O respeito entre

professor e aluno, aluno e alunos, são prioridade nas aulas, brigas não podem

acontecer, para isso, a conversa é o melhor remédio. Sempre que o professor fala

todos se mantêm calados. O cuidado com o material também é essencial, isso os

motiva a cuidar de tudo o que é parte do patrimônio público.

3.8 Análise Final

Ao término da aplicação desse projeto, percebeu-se o quanto os alunos

evoluíram dentro da modalidade de Futsal. Pode-se dizer que foi uma grande

vitória chegar aonde chegou-se, pois aqueles que erravam o pé da bola, hoje são

destaque e continuam participativos pelo estímulo que têm dos professores e dos

seus familiares.

Por fim, cabe ressaltar que é preciso estimular nossos alunos ao trabalho

das habilidades motoras, pois eles ainda são desprovidos de preconceitos, vícios

posturais e estereótipos do que é certo ou errado. Dessa forma, entendeu-se que

muito a de se fazer, pois é nessa idade que eles têm grande facilidade de

assimilação, porque quanto mais numerosas e mais ricas forem as situações

vividas pela criança, maior será o número de esquemas por ela adquirido.

39

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Refletindo sobre o grande número de escolinhas de futsal espalhadas pelo

Brasil, ocorre sempre uma curiosidade: quais seriam os princípios pedagógicos

(de ensino) que essas escolinhas adotam? Princípios são os valores e idéias que

permeiam a prática dos professores. Esses princípios têm, querendo ou não, uma

conotação social, pois são idéias de pessoas para pessoas. Cabe à pedagogia,

entre outras coisas, elegê-los. Os princípios antecedem metodologias de ensino.

Ambos, princípios e metodologia, pertencem à pedagogia. Mas a maneira de

ensinar, o "como ensinar" deve vir depois que se sabe o "porquê" ensinar. Em

outras palavras, a metodologia deve ter uma relação estreita (se inter-relacionar)

com os princípios eleitos para ensinar.

Uma escolinha sem princípios pedagógicos poderá deixar a metodologia à

deriva, sem rumo. Desse ponto de vista, os procedimentos de ensino devem ser

os do dia, contemplando as técnicas e habilidades em pauta

Acredita-se que na infância não é lugar para revelar talentos, selecionar os

melhores, tampouco colecionar títulos. Quando olha-se para uma criança,

sinceramente, não a vemos como um futuro atleta, mas como o surgimento de

uma criança talentosa.

É na infância o período que se constrói com as crianças atitudes,

habilidades e desenvolve-se capacidades que se possam contribuir para a sua

atuação no mundo e não apenas no esporte. Entre essas atitudes, estão valores

como: participação, respeito mútuo, cooperação, autonomia... Entre as habilidades

para facilitar o aprendizado do futsal estão: correr, saltar, girar, equilibrar,

transpor... Entre as habilidades de se jogar futsal figuram: chutar, passar,

conduzir, driblar... Entre as capacidades: ser veloz, resistir, se alongar, imprimir

força, são qualidades que com o passar do tempo todos deverão ter

conhecimento.

Em última análise, o esporte na infância é, sobretudo, contrapor a idéia de

40

ensinar apenas um conjunto de técnicas para os gestos desportivos e voltar-se

para o desenvolvimento humano, para a evolução da consciência, para a

introdução de uma cultura de lazer esportivo e à construção da cidadania. As

iniciativas contrárias tendem a incorrer em especialização precoce.

A sugestão que parece atender às demandas acima mencionadas são de

adotar os princípios sugeridos pelo professor João Batista Freire, em Pedagogia

do Futebol (1998). São eles: ensinar futsal a todos, ensinar bem futsal, ensinar

mais do que futsal e ensinar a criança a gostar de esporte. Acredita-se que esses

princípios possam legitimar a palavra "educacional".

Quando se ensina futsal a todos, significa dizer que, independentemente do

nível de habilidade que a criança apresenta, fraco, bom, ótimo, excelente, o

professor deverá dar a ela atenção e oportunidades irrestritas para que se

desenvolva. Não há diagnóstico, tampouco seleção de talentos. Parte-se do

pressuposto de que qualquer criança pode aprender futsal. Se não sabe,

aprenderá o suficiente. Se souber pouco, aprenderá um pouco mais. Se souber,

aprenderá ainda mais. Enfim, descarta-se a crença de que apenas os melhores,

os abençoados, os que nasceram para jogar, reúnem condições para progredir.

Acredita-se que na relação professor/criança/espaço/objetos, construir-se-á o

conhecimento para se jogar futsal.

Outro princípio diz respeito a ensinar mais do que futsal. Trata-se de se

preocupar com a condição humana da criança. A aula torna-se um espaço de

interação social, um ato político. Desse ponto de vista, as crianças, nas interações

com o professor e entre si, poderão construir atitudes e valores.

A aprendizagem deve envolver os alunos tanto intelectualmente quanto

fisicamente. Eles devem tornar-se aprendizes ativos, desafiados a aplicar o

conhecimento prévio adquirido e passar por situações novas e cada vez mais

difíceis. As abordagens de ensino do futsal, devem envolver os alunos no

processo de aprendizagem e não apenas transmitir-lhes informações.

Dado o exposto, conclui-se que a pratica esportiva tem a finalidade de

formar o indivíduo fisicamente, mentalmente e espiritualmente sadio, assegurando

o desenvolvimento funcional da criança e auxiliar na expansão e equilíbrio de sua

41

afetividade, através da interação com o futsal e o ambiente, pois a maior obra que

podemos fazer em educação é garantir a aprendizagem a criança.

42

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 10ª ed.

São Paulo: Loyola, 2000.

BELLO JÚNIOR, Nicolino. A ciência do esporte aplicada ao futsal. Rio de Janeiro:

Sprint, 1998.

CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ESPORTE EDUCACIONAL.

Memórias:conferência brasileira de esporte educacional. Rio de Janeiro: Editora

Central da Universidade Gama Filho, 1996.

DIEM, liselott. Esportes para crianças: uma abordagem pedagógica. Rio de

Janeiro: BETA, 1977.

FERRETTI, Fernando. Metodologia do treinamento de futsal. Adaptado do texto de

Bill Burgess - Treinador Americano de Natação /Publicado no jornal “ O Estado do

Maranhão” em 07/11/99 .

GOMES, Antonio Carlos; MACHADO, Jair de Almeida. Futsal, metodologia e

planejamento na infância e adolescência. Londrina: Midiograf, 2001. 280 p.

LUCENA, Ricardo. Futsal e a iniciação. 3ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. 103p.

MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação física. Ijuí:

UNIJUÍ, 1999.

MELLO, Alexandre Moraes de. Psicomotricidade, educação e jogos infantis. São

Paulo: IBRASA,1989.

SANTANA, Wilton Carlos de. Futsal:metodologia da participação: Londrina:Lido,

1996.

SOLER, Reinaldo. Educação física escolar. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.

VOSER, Rogério da Cunha. Iniciação ao futsal: abordagem recreativa. Canoas:

Ed. ULBRA, 1996.

43

VOSER, Rogério da Cunha; GIUSTI, João Gilberto. O futsal e a escola. Porto

Alegre: Artmed, 2002.

44

ANEXO I

45

Anexo 1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLA CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÁNCIA Curso de Especialização em Esporte Escolar

Este questionário faz parte de um trabalho de pesquisa que será realizado no Curso de Pós Graduação e tem como objetivo identificar e avaliar a vivência corporal de crianças de 07 a 10 anos de idade da escolinha de futsal do município de Monte Carlo – SC QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS

1) Idade(anos): ( ) 07 ( ) 08 ( ) 09 ( ) 10

2) Que esportes praticou na infância?

3) Tem desejo de ser um atleta profissional? ( ) Sim ( ) Não

4) Em qual(is) modalidade(s)?

( ) futsal ( ) vôlei ( ) basquete ( ) handebol ( ) futebol

5) além da escolinha de futsal você pratica outro esporte atualmente:

( ) Sim ( ) Não

6) Se pratica esporte, qual(is) seu(s) objetivo(s) com o mesmo?

( )Competição ( )Saúde ( )Estética ( )Lazer ( ) Socialização ( )Outros: 7) Como tomou conhecimento da escolinha de futsal do município de Monte

Carlo”?

46

Anexo 2

UNIVERSIDADE DE BRASÍLA CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÁNCIA Curso de Especialização em Esporte Escolar

Este questionário faz parte de um trabalho de pesquisa que será realizado no Curso de Pós Graduação e tem como objetivo identificar e avaliar a vivência corporal de crianças de 07 a 10 anos de idade da escolinha de futsal do município de Monte Carlo - SC

QUESTIONÁRIO PARA PAIS

1) Qual(is) o(s) motivo(s) que o levou a inscrever seu filho na escolinha de futsal

do município de Monte Carlo?

2)Costuma assistir às aulas da escolinha de futsal do município de Monte Carlo?

( )Nunca ( )Às vezes ( )Sempre

3) Assiste aos jogos amistosos e de campeonatos do seu filho na escolinha de

futsal do município de Monte Carlo”?

( )Nunca ( )Às vezes ( )Sempre

4) Tem acompanhado o trabalho de conscientização, quanto ao comportamento

dos filhos perante as aulas, amistosos e competições?

( ) Sim ( )Não

5) Qual sua opinião quanto à metodologia adotada nas aulas?

6) Seus anseios em inscrever seu filho na escolinha de futsal do município de

Monte Carlo ainda são os mesmos?

( )Sim ( )Não

Se não Justifique: