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Universidade de Aveiro Ano 2010
Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa
JOSÉ MANUEL DA CRUZ SOARES
Matemática do 1º Ciclo
Universidade de Aveiro Ano 2010
Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa
JOSÉ MANUEL DA CRUZ SOARES
Matemática do 1º Ciclo
Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Multimédia em Educação, realizada sob a orientação científica da Doutora Isabel Cabrita, Professora Auxiliar do Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa da Universidade de Aveiro
Dedico este trabalho à minha esposa e ao meu filho. São a minha luz orientadora, quem me encoraja nos momentos difíceis e me aplaude nos momentos de glória.
o júri
presidente Doutor Rui Manuel de Assunção Raposo Professor Auxiliar da Universidade de Aveiro
Doutora Isabel Maria Cabrita dos Reis Pires Pereira Professora Auxiliar da Universidade de Aveiro (Orientadora)
Doutora Maria da Costa Potes Franco Barroso Santa-Clara Barbas Professora Coordenadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém
agradecimentos
Agradeço a todos os professores do mestrado que, com os seus ensinamentos, tornaram possível este estudo. Agradeço em especial à Doutora Isabel Cabrita pelas ideias e sugestões, pelas correcções e incentivos, pela oportunidade de trabalhar ao lado de alguém com uma grande sabedoria. Aos alunos que participaram no estudo, pelo interesse, empenho e curiosidade manifestados. À minha esposa, pois sem o seu apoio não teria conseguido concretizar este estudo. A todas as pessoas que, directa ou indirectamente, contribuíram para a execução desta dissertação.
palavras-chave
ferramentas informáticas, padrões, competências tecnológicas, competências matemáticas, 1º Ciclo do Ensino Básico
resumo
A Matemática é reconhecida por diversos autores como a Ciência dos Padrões. Como tal, o estudo dos padrões, desde o início da escolaridade, contribui para o desenvolvimento de diversas competências matemáticas e, de um modo geral, para a compreensão do mundo que nos rodeia. Paralelamente, a utilização de ferramentas informáticas em contexto de sala de aula surge como resposta aos desafios impostos por uma sociedade em permanente evolução tecnológica. Trata-se de uma evolução que exige o desenvolvimento de novas competências e destrezas que permitem acompanhar activamente o avanço desta sociedade cada vez mais tecnológica e comunicante. Uma exigência que desafia a escola a actualizar-se técnica e pedagogicamente de forma a cumprir os seus objectivos enquanto instituição socializadora e formadora de cidadãos activos e capazes de interagir neste mundo verdadeiramente tecnológico. Para além desta exigência, não podem ser descuradas as potencialidades didácticas de programas, softwares, applets, CD-ROM, as quais estimulam o desenvolvimento de conceitos de uma forma activa e significativa. É neste contexto que surge a presente dissertação de Mestrado, resultado de um estudo de caso múltiplo, o qual pretende avaliar o impacto da exploração de ferramentas informáticas, por alunos do 1º Ciclo, no desenvolvimento de competências tecnológicas e matemáticas, relacionadas com a identificação, reprodução, continuação, completamento e criação de padrões de diferente complexidade. A investigação desenvolveu-se num contexto de investigação-acção. O estudo de caso foi desenvolvido com um grupo de 4 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 7 anos. As principais técnicas de recolha de dados foram a análise documental, a observação directa em contexto de sala de aula e a inquirição. Os dados recolhidos foram alvo de análise de conteúdo, essencialmente qualitativa, orientada por categorias de análise definidas à luz dos objectivos que se perseguiam. Foram apresentados de modo descritivo e interpretativo, tendo-se recorrido a fotografias e transcrições de excertos de vídeo, do Diário de Bordo e das produções dos alunos. Através da análise dos dados, conclui-se que a utilização das referidas ferramentas contribuiu para o desenvolvimento de competências tecnológicas e para melhor apropriação do sentido de padrão, sendo que este se associou a uma melhor compreensão de sentido de número.
keywords
informatics tools , patterns, technological skills, mathematical skills, elementary grade level
abstract
Mathematic is known as the science of patterns by many authors. The study of patterns, since the beginning of school, contributes for the development of several math competences and in a general manner, for a better environment understanding of what surround us. In the same way, the use of informatics tools in a classroom is an answer for the challenges that are imposed by a dynamic technological society. This evolution brings the development of new
ive and technological. A demand that permit school to actualize itself technologically and pedagogically, with the purpose of achieving their objectives as a socialized institution and an active and able citizen former, capable of interacting with this new didactical potentialities programs, software, applets, CD-concept expansion in an active and significant way.
which wants to evaluate the informatics tools exploration impact by students (elementary grade level), in their math abilities through identification, reproduction, continuation and creation of different patterns. The investigation method was a multiple case study, developed in a context of action research. The mains investigation techniques adopted were documental analyses, direct observation of a classroom context and interviews. The study was developed with a group of children aged between six and seven years old. The data,
were qualitatively analyzed, from an interpretative and descriptive way. Through the data analyses, it concludes that the use of the tools above described allowed the development of technological and mathematical skills, namely the sense of pattern and number.
Índice CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................................................................. 2 1.1 - Apresentação do problema ............................................................................................................. 5 1.2 - Objectivos do Estudo ...................................................................................................................... 6 1.3 - Importância do Estudo .................................................................................................................... 6
2 - ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ...................................................................................................................... 6
CAPÍTULO 2 ENQUADRAMENTO TEÓRICO ................................................................................................ 9
1 - TECNOLOGIAS INFORMÁTICAS NO 1º CICLO ................................................................................................... 10 1.1 - A introdução da informática nas escolas ....................................................................................... 10 1.2 - As tecnologias informáticas no processo de ensino e de aprendizagem ......................................... 17
2 - PADRÕES NO 1º CICLO............................................................................................................................. 40 2.1 - Conceitos e tipologias ................................................................................................................... 44 2.2 - Importância do trabalho com e sobre padrões .............................................................................. 46
CAPÍTULO 3 MÉTODO ............................................................................................................................. 55
1 - OPÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................................................................................ 56 2 - DESIGN INVESTIGATIVO ........................................................................................................................... 59 3 - PARTICIPANTES NO ESTUDO ...................................................................................................................... 60 4 - TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS ........................................................................................ 62 4.1 - Análise documental ...................................................................................................................... 62
4.1.1 - Projecto Educativo/Projecto Curricular de Turma/Registos Biográficos/Ficha de Caracterização do Aluno . 63 4.1.2 Testes .................................................................................................................................................... 64
4.1.2.1 - Teste Tecnológico ......................................................................................................................... 64 4.1.2.2- Teste de Competências Matemáticas ............................................................................................. 65
4.1.3 - Outras produções dos alunos .................................................................................................................. 68 4.2 - Observação directa ....................................................................................................................... 69
4.2.1 - Diário de Bordo ....................................................................................................................................... 69 4.2.2 - Grelhas de Observação ............................................................................................................................ 70 4.2.3 - Registo fotográfico e de vídeo ................................................................................................................. 71
4.3 - Inquérito ...................................................................................................................................... 72 5 DESCRIÇÃO DO ESTUDO ........................................................................................................................... 72 Tarefa 1 - ............................................................................................................... 74 Tarefa 2 - ................................................................................................................. 76 Tarefa 3 - ................................................................................................................ 79 Tarefa 4 - ................................................................................................................. 81 Tarefa 5 - ............................................................................................................... 83 Tarefa 6 - .............................................................................................................. 88 Tarefa 7 - .............................................................................................................. 90 Tarefa 8 - .............................................................................................................. 93 Tarefa 9 - ........................................................................................................ 95 Tarefa 10 - ............................................................................................................... 98 Tarefa 11 - ......................................................................................................... 100 Tarefa 12 - .............................................................................................................. 101 Tarefa 13 - ...................................................................................................... 103
6 TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DE DADOS ................................................................................................ 108
CAPÍTULO 4 - ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................................... 111
1- AUGUSTO .......................................................................................................................................... 112 1. 1. Competências tecnológicas ......................................................................................................... 112
1.1.1. Computador ........................................................................................................................................ 112 1.1.2. CD-ROM Já Está ................................................................................................................................... 117
1.1.3. Programa Paint .................................................................................................................................... 120 1.1.4. Applets NCTM...................................................................................................................................... 126 1.1.5. Quadro Interactivo............................................................................................................................... 128
1. 2. Competências matemáticas - Padrões ......................................................................................... 129 1.2.1. Leitura e descrição de Padrões ............................................................................................................. 129 1.2.2. Identificação do módulo do padrão ...................................................................................................... 132 1.2.3. Reprodução de um padrão ................................................................................................................... 135 1.2.4. Continuação de um padrão .................................................................................................................. 140 1.2.5. Completamento de um padrão............................................................................................................. 141 1.2.6. Criação de um padrão .......................................................................................................................... 145
2- LÚCIA ................................................................................................................................................ 150 2. 1. Competências tecnológicas ......................................................................................................... 150
2.1.1. Computador ........................................................................................................................................ 150 2.1.2. CD-ROM Já Está ................................................................................................................................... 155 2.1.3. Programa Paint .................................................................................................................................... 156 2.1.4. Applets da NCTM ................................................................................................................................. 160 2.1.5. Quadro Interactivo............................................................................................................................... 162
2. 2. Competências matemáticas - Padrões ......................................................................................... 163 2.2.1. Leitura e descrição de Padrões ............................................................................................................. 163 2.2.2. Identificação do módulo do padrão ...................................................................................................... 166 2.2.3. Reprodução de um padrão ................................................................................................................... 170 2.2.4. Continuação de um padrão .................................................................................................................. 175 2.2.5. Completamento de um padrão............................................................................................................. 176 2.2.6. Criação de um padrão .......................................................................................................................... 180
3- GASPAR ............................................................................................................................................. 185 3. 1. Competências tecnológicas ......................................................................................................... 186
3.1.1. Computador ........................................................................................................................................ 186 3.1.2. CD-ROM Já Está ................................................................................................................................... 191 3.1.3. Programa Paint .................................................................................................................................... 193 3.1.4. Applets NCTM...................................................................................................................................... 198 3.1.5. Quadro Interactivo............................................................................................................................... 200
3. 2. Competências matemáticas - Padrões ......................................................................................... 202 3.2.1. Leitura e descrição de Padrões ............................................................................................................. 202 3.2.2. Identificação do módulo do padrão ...................................................................................................... 205 3.2.3. Reprodução de um padrão ................................................................................................................... 208 3.2.4. Continuação de um padrão .................................................................................................................. 214 3.2.5. Completamento de um padrão............................................................................................................. 215 3.2.6. Criação de um padrão .......................................................................................................................... 221
4- MÓNICA ............................................................................................................................................ 226 4.1. Competências tecnológicas .......................................................................................................... 226
4.1.1. Computador ........................................................................................................................................ 226 4.1.2. CD-ROM Já Está ................................................................................................................................... 232 4.1.3. Programa Paint .................................................................................................................................... 234 4.1.4. Applets da NCTM ................................................................................................................................. 238 4.1.5. Quadro Interactivo............................................................................................................................... 240
4. 2. Competências matemáticas Padrões ........................................................................................ 241 4.2.1. Leitura e descrição de Padrões ............................................................................................................. 241 4.2.2. Identificação do módulo do padrão ...................................................................................................... 244 4.2.3. Reprodução de um padrão ................................................................................................................... 247 4.2.4. Continuação de um padrão .................................................................................................................. 252 4.2.5. Completamento de um padrão............................................................................................................. 253 4.2.6. Criação de um padrão .......................................................................................................................... 256
CAPITULO 5 PRINCIPAIS CONCLUSÕES ................................................................................................. 263
1- CONDICIONANTES DO ESTUDO ................................................................................................................. 264 2- CONCLUSÕES DO ESTUDO ....................................................................................................................... 264 2.1 - Competências tecnológicas ......................................................................................................... 265 2.2 - Competências matemáticas ........................................................................................................ 268
3- IMPLICAÇÕES DO ESTUDO ....................................................................................................................... 275
4 -SUGESTÕES PARA FUTURAS INVESTIGAÇÕES ................................................................................................. 277
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................... 279
ANEXOS .................................................................................................................................................. 289
Anexo I Ficha de trabalho Tarefa 6 ................................................................................................ 290 Anexo II Tira de papel Tarefa 7 ...................................................................................................... 291 Anexo III Ficha de trabalho Tarefa 9 .............................................................................................. 292 Anexo IV Ficha de trabalho Tarefa 12 ............................................................................................ 293 Anexo V Ficha de trabalho Grade da Tarefa 12 .............................................................................. 294 Anexo VI Grelha de Observação Pré-Teste Tecnológico .................................................................. 295 Anexo VII Grelha de Observação Pós-Teste Tecnológico ................................................................. 296 Anexo VIII Grelha de Observação Pós-Teste Matemático ............................................................... 297 Anexo IX Grelha de Observação Pré-Teste Matemático.................................................................. 298
Índice de Quadros QUADRO 1 - COMPREENDER PADRÕES, RELAÇÕES E FUNÇÕES ..................................................................................... 4 QUADRO 2 - DADOS RELATIVOS À INICIATIVA E-ESCOLINHA (JULHO DE 2009) ............................................................... 25 QUADRO 3 - DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS DO PROGRAMA PAINT ............................................................................ 30 QUADRO 4 IDADE DOS ALUNOS DA TURMA POR SEXO ........................................................................................... 60 QUADRO 5 NÚMERO DE ALUNOS COM LIGAÇÃO À INTERNET EM CASA ...................................................................... 61 QUADRO 6 DADOS SOBRE OS SUJEITOS DO ESTUDO .............................................................................................. 61 QUADRO 7 GRELHA DE OBSERVAÇÃO TESTE DE COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS ....................................................... 70 QUADRO 8 GRELHA DE OBSERVAÇÃO TESTE DE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ....................................................... 71 QUADRO 9 TECNOLOGIAS E PADRÕES ENVOLVIDOS NO ESTUDO ............................................................................ 108 Índice de Figuras FIGURA 1 - COMPUTADOR AGALHÃES ........................................................................................................... 23 FIGURA 2 - IMAGEM INICIAL - JÁ ESTÁ ................................................................................................................. 27 FIGURA 3 - AMBIENTE DE TRABALHO PROGRAMA PAINT........................................................................................... 29 FIGURA 4 APPLET DO NCTM PATTERN GENERATOR .......................................................................................... 33 FIGURA 5 - APPLET NCTM - PATTERN UNIT GENERATOR ......................................................................................... 34 FIGURA 6 - PADRÃO (ORTON & ORTON, 1994, 409) ............................................................................................. 50 FIGURA 7 DESIGN INVESTIGATIVO .................................................................................................................... 59 FIGURA 8 - IMAGEM DO CD-ROM ULA MÁGICA ........................................................................................... 65 FIGURA 9 - Á ESTÁ EXERCÍCIO 1 - TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ............................................................... 66 FIGURA 10 - Á ESTÁ EXERCÍCIO 2 - TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ............................................................. 66 FIGURA 11 - APPLET NCTM TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ......................................................................... 67 FIGURA 12 - PAINT EXERCÍCIO 3 - TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS .................................................................. 67 FIGURA 13 Á ESTÁ EXERCÍCIO 4 - TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ............................................................ 67 FIGURA 14 - Á ESTÁ EXERCÍCIO 5.1 E 5.2 - TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ................................................... 68 FIGURA 15 - Á ESTÁ EXERCÍCIO 6 - TESTE COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS ............................................................. 68 FIGURA 16 TAREFA 1 PADRÕES EXPLORADOS. .................................................................................................. 75 FIGURA 17 - ALUNOS DA TURMA DURANTE A REALIZAÇÃO A TAREFA 1 ........................................................................ 75 FIGURA 18 FICHA DE TRABALHO DA TAREFA 1 EM SUPORTE DE PAPEL A4 .................................................................. 76 FIGURA 19 - PADRÃO EXPLORADO NA TAREFA 2 .................................................................................................... 76 FIGURA 20 GRADE PARA OS ALUNOS CRIAREM UM PADRÃO NO PROGRAMA PAINT ....................................................... 77 FIGURA 21 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT DA TAREFA 3 ...................................................................................... 80 FIGURA 22 PADRÕES EXPLORADOS NA TAREFA 4 NO PROGRAMA Á ESTÁ ............................................................... 82 FIGURA 23 - FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT DA TAREFA 4 ...................................................................................... 82 FIGURA 24 ALUNOS A UTILIZAREM O SEU COMPUTADOR AGALHÃES NA TAREFA 4 .................................................. 83
FIGURA 25 CONTEÚDOS DA PASTA AREFAS 28 DE ABRIL ................................................................................... 84 FIGURA 26 APPLET DO NCTM UTILIZADO NA TAREFA 5 ........................................................................................ 84 FIGURA 27 PADRÃO APRESENTADO NO APPLET DO NCTM DA TAREFA 5 ................................................................... 85 FIGURA 28 ALUNO A UTILIZAR O APPLET DO NCTM NO COMPUTADOR AGALHÃES ................................................. 85 FIGURA 29 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT DA TAREFA 5 ...................................................................................... 86 FIGURA 30 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT PARA QUEM TERMINASSEM PRIMEIRO ....................................................... 87 FIGURA 31 PADRÃO EXPLORADO NO Á ESTÁ NA TAREFA 6 ................................................................................. 88 FIGURA 32 ALUNA DURANTE A REALIZAÇÃO DA TAREFA 6 ...................................................................................... 88 FIGURA 33 PADRÃO EXPLORADO - TAREFA 6 Á ESTÁ ........................................................................................ 89 FIGURA 34 PADRÃO PARA COMPLETAR NUM FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT ............................................................. 90 FIGURA 35 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT PARA CRIAR UM PADRÃO ....................................................................... 90 FIGURA 36 PADRÃO NO PROGRAMA Á ESTÁ - TAREFA 7 .................................................................................... 90 FIGURA 37 ALUNA A REPRODUZIR UM PADRÃO COM LETRAS NA TAREFA 7 ................................................................. 91 FIGURA 38 FIGURAS DE 3 SERPENTES E TIRA DE CARTOLINA PARA CRIAÇÃO DE UM PADRÃO - TAREFA 7 ............................. 91 FIGURA 39 ALUNA A REALIZAR A TAREFA 7 ......................................................................................................... 92 FIGURA 40 ALUNA A CRIAR UM PADRÃO NO PAINT - TAREFA 7 ............................................................................... 93 FIGURA 41 PADRÃO APRESENTADO NA TAREFA 8 PARA EXPLORAÇÃO ....................................................................... 93 FIGURA 42 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT - TAREFA 8 - CRIAR UM PADRÃO .............................................................. 94 FIGURA 43 - IDA DOS ALUNOS À ESCOLA DO 2º CICLO PARA UTILIZAR O QUADRO INTERACTIVO .......................................... 95 FIGURA 44 APPLET DO NCTM UTILIZADO NA TAREFA 9 ........................................................................................ 95 FIGURA 45 ALUNA A REALIZAR A TAREFA 9 NUMA FICHA DE TRABALHO ..................................................................... 96 FIGURA 46 ALUNA A REALIZAR A TAREFA 9 NO QUADRO NTERWRITE .................................................................... 97 FIGURA 47 ALUNO A REALIZAR A TAREFA 9 NO SEU COMPUTADOR AGALHÃES ...................................................... 97 FIGURA 48 ILUSTRAÇÃO RETIRADA DO MANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 1º ANO .................................................. 98 FIGURA 49 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT - TAREFA 10 ...................................................................................... 98 FIGURA 50 FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT COM O PADRÃO PARA COMPLETAR NA TAREFA 11 ..................................... 100 FIGURA 51 PADRÃO CRIADO NO PROGRAMA JÁ ESTÁ E EXPLORADO NA TAREFA 12 .................................................... 101 FIGURA 52 COMPUTADOR AGALHÃES COM O FICHEIRO DO PROGRAMA PAINT UTILIZADO NA TAREFA 12 ................... 102 FIGURA 53 PADRÃO CRIADO NO PROGRAMA JÁ ESTÁ E EXPLORADO NA TAREFA 13 .................................................... 103 FIGURA 54 FICHA DE TRABALHO UTILIZADA NA TAREFA 13 ................................................................................... 103 FIGURA 55 ALUNO A APRESENTAR À TURMA O PADRÃO QUE CRIOU NA TAREFA 13 .................................................... 104 FIGURA 56 ALUNO A UTILIZAR O PROGRAMA PAINT NO COMPUTADOR AGALHÃES NA TAREFA 13 ............................ 104 FIGURA 57 PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA 3 ............................................................................................. 121 FIGURA 58 SEGUNDA PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA 3 ................................................................................ 121 FIGURA 59 PRODUÇÕES DO AUGUSTO TAREFA ARDIM COLORIDO E IGURAS COLORIDAS ................................... 122 FIGURA 60 PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA ERPENTE COLORIDA .................................................................. 123 FIGURA 61 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO - TAREFA "CARAS COM RITMOS".................................................................... 123 FIGURA 62 PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA ATETA DIVERTIDO .................................................................... 124 FIGURA 63 UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA EXTO - TAREFA ATETA DIVERTIDO .................................................... 125 FIGURA 64 UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA EXTO TAREFA MIGOS DO MICKEY ................................................. 125 FIGURA 65 AUGUSTO A UTILIZAR UM APPLET DO NCTM..................................................................................... 127 FIGURA 66 UTILIZAÇÃO DO APPLET PELO AUGUSTO NO SEU AGALHÃES ............................................................. 128 FIGURA 67 AUGUSTO DURANTE A REALIZAÇÃO DA TAREFA ARAS SORRIDENTES ..................................................... 130 FIGURA 68 PRODUÇÃO DO AUGUSTO - EXERCÍCIO 1 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 135 FIGURA 69 REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS FICHA DE TRABALHO AUGUSTO ................................................. 136 FIGURA 70 PRODUÇÃO DO AUGUSTO - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS TAREFA 7 (1º MOMENTO) .................... 136 FIGURA 71 PRODUÇÕES DO AUGUSTO REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS TAREFA 7 (2º MOMENTO) .................. 136 FIGURA 72 PRODUÇÃO DO AUGUSTO - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS TAREFA 10 ................................... 137 FIGURA 73 PRODUÇÃO DO AUGUSTO REPRODUÇÃO COM NÚMEROS - PAINT TAREFA 10........................................ 138 FIGURA 74 PRODUÇÃO DO AUGUSTO REPRODUÇÃO COM NÚMEROS - PAINT TAREFA 11........................................ 138 FIGURA 75 PRODUÇÃO DO AUGUSTO REPRODUÇÃO COM NÚMEROS - FICHA DE TRABALHO TAREFA 12 ...................... 138 FIGURA 76 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO REPRODUÇÃO COM NÚMEROS - FICHA DE TRABALHO TAREFA 13....................... 139 FIGURA 77 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO EXERCÍCIO 1 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 139 FIGURA 78 PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA 10 ........................................................................................... 141 FIGURA 79 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO EXERCÍCIO 4 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 141
FIGURA 80 PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA 5 ............................................................................................. 142 FIGURA 81 PRODUÇÃO DO AUGUSTO TAREFA 11 ........................................................................................... 143 FIGURA 82 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO FICHA - TAREFA 12 .................................................................................. 143 FIGURA 83 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO - PAINT TAREFA 12.................................................................................. 144 FIGURA 84 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO - EXERCÍCIO 4 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 144 FIGURA 85 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO EXERCÍCIO 6 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 145 FIGURA 86 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO - TAREFA 1 ......................................................................... 145 FIGURA 87 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 2 ........................................................................ 146 FIGURA 88 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 3 ........................................................................ 146 FIGURA 89 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 4 ........................................................................ 146 FIGURA 90 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 6 ........................................................................ 147 FIGURA 91 - AUGUSTO A RECORTAR AS SERPENTES PARA CRIAR UM PADRÃO TAREFA 7 ............................................... 147 FIGURA 92 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 7 ........................................................................ 148 FIGURA 93 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 8 ........................................................................ 148 FIGURA 94 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 11 ...................................................................... 148 FIGURA 95 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO CRIAR PADRÃO TAREFA 13 ...................................................................... 149 FIGURA 96 - PRODUÇÃO DO AUGUSTO - EXERCÍCIO 6 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 149 FIGURA 97 LÚCIA A UTILIZAR O PROGRAMA JÁ ESTÁ ........................................................................................... 152 FIGURA 98 LÚCIA A UTILIZAR O RATO EXTERNO DO COMPUTADOR DE SECRETÁRIA ...................................................... 153 FIGURA 99 - PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA NIMAIS AMIGOS ............................................................................ 157 FIGURA 100 - PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA IATURAS ALEGRES ........................................................................ 158 FIGURA 101 - PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA ARDIM COLORIDO ......................................................................... 158 FIGURA 102 - PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA IGURAS COLORIDAS ...................................................................... 159 FIGURA 103 - PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA MIGOS DO MICKEY ...................................................................... 160 FIGURA 104 - LÚCIA A UTILIZAR O APPLET NO SEU "MAGALHÃES" ............................................................................ 161 FIGURA 105 - LÚCIA A LER O PADRÃO - TAREFA "CARAS SORRIDENTES" ..................................................................... 164 FIGURA 106 - LÚCIA A LER O PADRÃO - TAREFA "ANIMAIS AMIGOS" ......................................................................... 164 FIGURA 107 - LÚCIA DURANTE A RESOLUÇÃO DA TAREFA "JARDIM COLORIDO" ............................................................ 167 FIGURA 108 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - EXERCÍCIO 1 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ......................................................... 170 FIGURA 109 - PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA OUPA COM LETRAS ...................................................................... 171 FIGURA 110 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS TAREFA 7 (1º MOMENTO) ........................ 171 FIGURA 111 - PRODUÇÕES DA LÚCIA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS TAREFA 7 (2º MOMENTO) ....................... 172 FIGURA 112 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS TAREFA 10 ....................................... 172 FIGURA 113 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS - PAINT TAREFA 10............................. 173 FIGURA 114 PRODUÇÃO DA LÚCIA REPRODUÇÃO COM NÚMEROS FICHA DE TRABALHO - TAREFA 12 ......................... 174 FIGURA 115 PRODUÇÃO DA LÚCIA REPRODUÇÃO COM NÚMEROS FICHA DE TRABALHO - TAREFA 13 ......................... 174 FIGURA 116 - PRODUÇÃO DE LÚCIA - TAREFA "PATETA DIVERTIDO" ......................................................................... 176 FIGURA 117 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - EXERCÍCIO 4 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ......................................................... 176 FIGURA 118 PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA 5 ................................................................................................. 177 FIGURA 119 PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA 11 ............................................................................................... 178 FIGURA 120 PRODUÇÃO DA LÚCIA TAREFA 12 ............................................................................................... 179 FIGURA 121 PRODUÇÃO DA LÚCIA - PAINT TAREFA 12 .................................................................................... 179 FIGURA 122 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - EXERCÍCIO 1 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ......................................................... 180 FIGURA 123 - PRODUÇÃO DA LÚCIA - EXERCÍCIO 6 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ......................................................... 181 FIGURA 124 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 1............................................................................. 181 FIGURA 125 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 2............................................................................. 181 FIGURA 126 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 3............................................................................. 182 FIGURA 127 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 4............................................................................. 182 FIGURA 128 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 6............................................................................. 182 FIGURA 129 - LÚCIA A RECORTAR AS SERPENTES - TAREFA 7 ................................................................................... 183 FIGURA 130 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO TAREFA 7 ............................................................................ 183 FIGURA 131 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 8............................................................................. 183 FIGURA 132 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 11........................................................................... 184 FIGURA 133 - PRODUÇÃO DE LÚCIA CRIAR PADRÃO - TAREFA 13........................................................................... 184 FIGURA 134 - PRODUÇÃO DA LÚCIA EXERCÍCIO 6 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ........................................................ 185
FIGURA 135 - GASPAR A UTILIZAR O PAINT NO SEU "MAGALHÃES" .......................................................................... 193 FIGURA 136 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "VIATURAS ALEGRES" ..................................................................... 194 FIGURA 137 - 2ª PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "VIATURAS ALEGRES" .................................................................. 194 FIGURA 138 - PRODUÇÕES DO GASPAR - TAREFAS "JARDIM COLORIDO" E "FIGURAS COLORIDAS" .................................... 195 FIGURA 139 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "SERPENTE COLORIDA".................................................................... 195 FIGURA 140 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "CARAS COM RITMOS" .................................................................... 196 FIGURA 141 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "PATETA DIVERTIDO" ...................................................................... 197 FIGURA 142 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "AMIGOS DO MICKEY" .................................................................... 197 FIGURA 143 GASPAR A UTILIZAR O APPLET NO SEU AGALHÃES TAREFA 5......................................................... 199 FIGURA 144 - GASPAR A UTILIZAR O APPLET NO SEU "MAGALHÃES" TAREFA 9 ......................................................... 200 FIGURA 145 GASPAR DURANTE A REALIZAÇÃO DA TAREFA ARAS SORRIDENTES ..................................................... 202 FIGURA 146 GASPAR DURANTE A TAREFA NIMAIS AMIGOS ............................................................................. 203 FIGURA 147 - PADRÃO DO GASPAR NO SEU "MAGALHÃES" .................................................................................... 206 FIGURA 148 - PRODUÇÃO DO GASPAR EXERCÍCIO 1 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 209 FIGURA 149 - PRODUÇÃO DO GASPAR TAREFA OUPA COM LETRAS ................................................................... 209 FIGURA 150 - PRODUÇÃO DO GASPAR - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS TAREFA 7 (1º MOMENTO) ..................... 210 FIGURA 151 - PRODUÇÕES DO GASPAR - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS TAREFA 7 (2º MOMENTO) .................... 210 FIGURA 152 - PRODUÇÃO DO GASPAR - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS TAREFA 10 .................................... 211 FIGURA 153 - PRODUÇÃO DO GASPAR - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS - PAINT TAREFA 10.......................... 211 FIGURA 154 - PRODUÇÃO DO GASPAR - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS TAREFA 11 .................................... 212 FIGURA 155 - PRODUÇÃO DO GASPAR - FICHA DE TRABALHO TAREFA IGURAS ALEGRES .......................................... 212 FIGURA 156 - PRODUÇÃO DO GASPAR - FICHA DE TRABALHO TAREFA 13 ................................................................ 213 FIGURA 157 - PRODUÇÕES DO GASPAR - EXERCÍCIO 1 EM SITUAÇÃO DE PRÉ-TESTE E PÓS-TESTE MATEMÁTICO ................... 213 FIGURA 158 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "PATETA DIVERTIDO" ...................................................................... 215 FIGURA 159 - PRODUÇÃO DO GASPAR - EXERCÍCIO 4 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ...................................................... 215 FIGURA 160 - GASPAR DURANTE A TAREFA "FIGURAS COLORIDAS" .......................................................................... 216 FIGURA 161 EXPLORAÇÃO DO FICHEIRO DO PAINT NA TAREFA IGURAS COLORIDAS ................................................ 216 FIGURA 162 - GASPAR ENQUANTO TENTAVA IDENTIFICAR O MÓDULO DE UM PADRÃO ................................................... 217 FIGURA 163 - GASPAR A IDENTIFICAR O MÓDULO DE UM PADRÃO NO MONITOR DO SEU "MAGALHÃES" ............................ 217 FIGURA 164 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "FIGURAS COLORIDAS" .................................................................... 218 FIGURA 165 - PRODUÇÃO DO GASPAR - TAREFA "AMIGOS DO MICKEY" .................................................................... 218 FIGURA 166 - GASPAR A TENTAR RESOLVER A TAREFA "FIGURAS ALEGRES" ................................................................ 219 FIGURA 167 - PRODUÇÃO DO GASPAR FICHA DE TRABALHO - TAREFA "FIGURAS ALEGRES" .......................................... 219 FIGURA 168 - PRODUÇÃO DO GASPAR - PAINT - TAREFA "FIGURAS ALEGRES" ............................................................. 220 FIGURA 169- PRODUÇÃO DO GASPAR - EXERCÍCIO 4 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ...................................................... 220 FIGURA 170 - PRODUÇÃO DO GASPAR EXERCÍCIO 6 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 221 FIGURA 171 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 1 .......................................................................... 221 FIGURA 172 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 2 .......................................................................... 222 FIGURA 173 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 3 .......................................................................... 222 FIGURA 174 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 4 .......................................................................... 222 FIGURA 175 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 6 .......................................................................... 223 FIGURA 176 - GASPAR DURANTE A REALIZAÇÃO DA TAREFA "SERPENTE COLORIDA" ...................................................... 223 FIGURA 177 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 7 .......................................................................... 224 FIGURA 178 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 8 .......................................................................... 224 FIGURA 179 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 11 ........................................................................ 224 FIGURA 180 - PRODUÇÃO DO GASPAR - CRIAR PADRÃO - TAREFA 13 ........................................................................ 225 FIGURA 181 - PRODUÇÃO DO GASPAR EXERCÍCIO 6 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 225 FIGURA 182 - MÓNICA A UTILIZAR O RATO EXTERNO DURANTE O PRÉ-TESTE TECNOLÓGICO ............................................ 229 FIGURA 183 - MÓNICA A UTILIZAR O RATO EXTERNO DURANTE O PÓS-TESTE MATEMÁTICO ............................................ 230 FIGURA 184 - MÓNICA A REALIZAR A TAREFA "ANIMAIS AMIGOS" ........................................................................... 235 FIGURA 185 - ASPECTO DA SALA DURANTE A REALIZAÇÃO DA TAREFA 3 E RESPECTIVA PRODUÇÃO DA MÓNICA .................... 235 FIGURA 186 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "JARDINS COLORIDOS".................................................................... 236 FIGURA 187 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "FIGURAS COLORIDAS" ................................................................... 236 FIGURA 188 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "PATETA DIVERTIDO" ..................................................................... 237 FIGURA 189- PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "AMIGOS DO MICKEY " ................................................................... 238
FIGURA 190 - MÓNICA A UTILIZAR O APPLET NO SEU "MAGALHÃES" ........................................................................ 239 FIGURA 191 - MÓNICA DURANTE A LEITURA DO PADRÃO DA TAREFA "CARAS SORRIDENTES" ........................................... 242 FIGURA 192 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "JARDINS COLORIDOS".................................................................... 243 FIGURA 193 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - EXERCÍCIO 1 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 247 FIGURA 194 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "ROUPA COM LETRAS" ................................................................... 248 FIGURA 195 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS - TAREFA 7 (1º MOMENTO) ..................... 248 FIGURA 196 - PRODUÇÕES DA MÓNICA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM LETRAS - TAREFA 7 (2º MOMENTO) .................... 248 FIGURA 197 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - REPRODUÇÃO DE UM PADRÃO COM NÚMEROS - TAREFA 10 ............................... 249 FIGURA 198 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS - PAINT TAREFA 10 ......................... 249 FIGURA 199 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - REPRODUÇÃO DO PADRÃO COM NÚMEROS - PAINT TAREFA 11 ......................... 250 FIGURA 200 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - REPRODUÇÃO COM NÚMEROS - FICHA DE TRABALHO TAREFA 12 ....................... 250 FIGURA 201 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - REPRODUÇÃO COM NÚMEROS TAREFA 13 ................................................... 251 FIGURA 202 - PRODUÇÃO DA MÓNICA EXERCÍCIO 1 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO .................................................... 251 FIGURA 203 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA "PATETA DIVERTIDO" ..................................................................... 252 FIGURA 204 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - EXERCÍCIO 4 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 253 FIGURA 205 PRODUÇÃO DA MÓNICA TAREFA 5 ............................................................................................. 254 FIGURA 206 PRODUÇÃO DA MÓNICA TAREFA 11 ........................................................................................... 254 FIGURA 207 PRODUÇÃO DA MÓNICA TAREFA 12 ........................................................................................... 255 FIGURA 208 - MÓNICA A REALIZAR A TAREFA 12 NO SEU "MAGALHÃES" ................................................................... 256 FIGURA 209 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - EXERCÍCIO 6 DO PRÉ-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 256 FIGURA 210 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 1......................................................................... 257 FIGURA 211 - MÓNICA A REALIZAR A TAREFA 2 NO SEU "MAGALHÃES"..................................................................... 257 FIGURA 212 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO TAREFA 3 ........................................................................ 257 FIGURA 213 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 4......................................................................... 258 FIGURA 214 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 5......................................................................... 258 FIGURA 215 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - TAREFA 7 TIRA CARTOLINA ...................................................................... 258 FIGURA 216 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 7......................................................................... 259 FIGURA 217 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 8......................................................................... 259 FIGURA 218 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 11 ....................................................................... 259 FIGURA 219 - PRODUÇÃO DA MÓNICA CRIAR PADRÃO - TAREFA 13 ....................................................................... 260 FIGURA 220 - PRODUÇÃO DA MÓNICA - EXERCÍCIO 6 DO PÓS-TESTE MATEMÁTICO ..................................................... 260
2
1 - Contextualização do problema
O nosso país vive, actualmente, um contexto de mudança e de inovações
curriculares, no qual a Matemática assume particular relevância. Das elevadas taxas de
insucesso apresentadas nesta área bem como da evolução de uma sociedade
progressivamente tecnológica, tem emergido uma reflexão em torno de práticas
pedagógicas potenciadoras do desenvolvimento da competência matemática. O próprio
Programa de Matemática para o Ensino Básico esteve, recentemente, em discussão
pública tendo em vista o seu reajustamento aos novos requisitos sociais os quais,
exigem que
todos os alunos se tornem matematicamente alfabetizados, de modo a que se possam
comportar com eficácia num mundo tecnológico (NCTM, 1998, vi). A capacidade de uma
constante adaptação a este mundo em permanente evolução pressupõe que se
ultrapassem os procedimentos mecânicos outrora utilizados nas aulas de Matemática,
bem como que se ampliem as competências que, no nosso país, há 40 anos, se
restringiam quase exclusivamente, ao estudo dos números e das operações (Ponte e
Serrazina, 2000).
Diversos documentos de autores como Kantowski (1977), Schoenfeld (1980),
National Council of Teachers of Mathematics (1980/1985) e Associação de Professores
de Matemática (1988) têm, ao longo dos últimos tempos, perspectivado que o
conhecimento matemático deve emergir da experiência significativa, alertando para o
quão importante é a forma como as crianças aprendem, devendo os professores
NCTM, 1998, vi), na
procura duma participação activa e construtiva do conhecimento.
O trabalho com padrões contextualiza-se nesta perspectiva, uma vez que oferece
às crianças a oportunidade de desenvolver a competência matemática de uma forma
significativa, estimulante e motivadora. As Normas para o Currículo e a Avaliação em
Matemática Escolar (1998) defendem que, com recurso aos padrões, as crianças
aprendem a reconhecer relações e a estabelecer ligações, generalizações e previsões
estimulando raciocínios que tornam as crianças mais capazes de resolver situações
matemáticas. As várias representações de um mesmo padrão conduzem a
generalizações; a compreensão e estabelecimento de relações entre padrões fomentam
Capítulo 1 - Introdução
3
o pensamento algébrico, para além de proporcionarem momentos de investigação, de
discussão e de formulação de conjecturas.
Vale e Pimentel (2005) defendem que se deve proporcionar aos alunos a
oportunidade de:
transferir padrões concretos, pictóricos e simbólicos de uma representação para
outra;
averiguar se uma lista de números mostra alguma regularidade;
descobrir o padrão numa sequência;
descrever o padrão oralmente e por escrito;
continuar uma sequência; prever termos numa sequência;
generalizar;
construir uma sequência (16).
De acordo com Ponte (2005), a procura de padrões e regularidades e a formulação de
generalizações em diversas situações devem fomentar-se desde os primeiros anos do
ensino básico.
Os Princípios e Normas para a Matemática Escolar (NCTM, 2007, 39) voltam a
colocar ênfase no contributo que o estudo de padrões tem para a aprendizagem da
álgebra e defendem que a experiência com números e com as suas propriedades pode
constituir uma base para um trabalho posterior com símbolos e expressões algébricas.
Recomendam, também, que todos os alunos do pré-escolar ao 12ºano de escolaridade
desenvolvam capacidades que lhes permitam:
Compreender padrões e regularidades, relações e funções;
Usar modelos matemáticos;
Para os níveis do pré-escolar ao 2º ano de escolaridade, e do 3º ao 5º são
referidos os seguintes aspectos:
Compreender padrões, relações e funções
Pré 2º 3º - 5º
Agrupar, classificar e ordenar objectos
por tamanho, número e outras
Descrever, ampliar e fazer
generalizações acerca de padrões
4
propriedades;
Reconhecer, descrever e ampliar
padrões, tais como sequências de sons
e formas ou padrões numéricos
simples e interpretá-los em diversas
representações;
Analisar a forma como são gerados
tanto os padrões de repetição como de
crescimento.
geométricos e numéricos;
Representar e analisar padrões e
funções, usando palavras, tabelas e
gráficos.
Quadro 1 - Compreender padrões, relações e funções
Pretende-se, também, que sejam proporcionados aos alunos situações de
aprendizagem em que se utilize objectos, figuras e símbolos em situações que envolvam
a adição e subtracção de números e que se recorra à representação de tabelas e gráficos
para se chegar a conclusões.
Simultaneamente, vive-se, actualmente, numa época de rápido desenvolvimento
no domínio das tecnologias informáticas, com o acesso a redes globais de computadores,
ao correio electrónico, a bases de dados, a bibliotecas virtuais, a CD-ROMs, a uma
-se de um progresso que provoca mudanças
enormes na organização da vida pessoal e laboral e, consequentemente, na escola.
Neste sentido, são vários os argumentos em defesa de uma introdução eficaz das novas
tecnologias na educação na escola.
A Estratégia de Lisboa e o Programa Educação e Formação 2010 definiram para
a Europa um conjunto de linhas de orientação com vista à plena integração dos cidadãos
na sociedade do conhecimento, onde o desenvolvimento de competências em
tecnologias da informação e da comunicação (TIC) e a sua integração transversal nos
processos de ensino e de aprendizagem tornam-se objectivos incontornáveis do sistema
de ensino (Diário da República, 1.ª série N.º 180 18 de Setembro de 2007).
Com esta integração, a prática pedagógica pode contribuir para aprendizagens
várias a partir de experiências activas e cooperativas, nas quais se recorre à observação,
manipulação, associação e construção de conhecimento, satisfazendo as necessidades
que a sociedade de informação e comunicação vai suscitando aos jovens no quotidiano.
Capítulo 1 - Introdução
5
De uma maneira geral, as crianças estão mais receptivas às tecnologias do que
ao tradicional quadro e giz. Com elas, os alunos orientam as suas tarefas de forma
a utilização do software, eles vão experimentando
e partilhando experiências, conseguindo quase sempre e em pouco tempo descobrir as
funções de que necessitam para a realização das tarefas. Fazem-no de uma forma
construtiva, aproximando o dinamismo das tecnologias às formas naturais do
pensamento.
É em torno destes dois aspectos marcantes da actualidade tecnologia e
matemática - que surge o presente estudo.
1.1 - Apresentação do problema
As Orientações Metodológicas Gerais dadas aos Professores pelo Programa de
Matemática do Ensino Básico (ME, 2007) apelam para que se recorra às TIC, na
exploração de diversas situações matemáticas (10).
O mesmo Programa (id) refere, também para o 1º Ciclo de escolaridade, que a:
regularidades de acontecimentos, formas,
desenhos e conjuntos de números também é importante neste ciclo. Os alunos devem
ser estimulados a descobrir regularidades em sequências de números e em tabelas de
números, a observar padrões e a representá-los tanto geométrica como numericamente,
começando a fazer conexões entre a geometria e a aritmética. Este trabalho com
regularidades e padrões generalizáveis, segundo regras que os próprios alunos podem
formular, ajudam a desenvolver a capacidade de abstracção e contribuem para o
(15).
O presente trabalho pretende pôr em evidência estes dois aspectos cuja
abordagem, pelo menos de forma integrada ainda não é uma realidade no nosso País: a
utilização das (novas) tecnologias no estudo dos padrões. De facto, acredita-se que com
o recurso a ferramentas tecnológicas se pode contribuir de forma significativa e
motivadora para um desenvolvimento mais sólido de competências matemáticas,
nomeadamente no que diz respeito ao sentido de padrão e ao conhecimento dos
números.
6
1.2 - Objectivos do Estudo
De acordo com o que foi apresentado, com este estudo pretende-se avaliar as
implicações da utilização de ferramentas tecnológicas por alunos do 1º ciclo no
desenvolvimento de competências:
Tecnológicas, no domínio do conhecimento e da utilização do computador
e alguns dos seus recursos;
Matemáticas, nomeadamente no que diz respeito à descrição,
identificação, reprodução, continuação, completamento e criação de
padrões de tipos e grau de complexidade diferentes e, em paralelo, ao
desenvolvimento do sentido do número.
1.3 - Importância do Estudo
Perante o que foi já apresentado, é inegável a necessidade da introdução das
tecnologias na sala de aula. É também imperativo que as aulas de matemática incluam o
trabalho com padrões. No entanto, escasseiam os estudos que coliguem estes dois
requisitos da escola actual nas salas de aula de escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Com este estudo, será possível fundamentar as vantagens em associar estas
duas vertentes e contribuir para que mais professores adoptem uma prática pedagógica
que promova experiências de aprendizagem activas, significativas e gratificantes.
2 - Estrutura da dissertação Esta dissertação encontra-se organizada em 5 capítulos.
O primeiro capítulo aborda a introdução, na qual se enquadra este estudo numa
sociedade em constante evolução tecnológica com preocupações emergentes em torno
da educação matemática. Agregando estes dois domínios, faz-se a caracterização do
estudo, com a apresentação do problema, dos objectivos, da importância e da estrutura
da Dissertação.
O segundo capítulo, de Enquadramento Teórico, inicia-se com a evolução
histórica da tecnologia na escola portuguesa e reflecte-se sobre as tecnologias no
processo de ensino e de aprendizagem. São também abordados os padrões, fazendo-se
Capítulo 1 - Introdução
7
uma breve incursão ao conceito e diferentes tipologias. É ainda definida a importância do
estudo dos padrões no primeiro ciclo.
No capítulo terceiro expõe-se as opções metodológicas, apresenta-se o design
investigativo ao que se segue a caracterização do público-alvo. Avança-se com as
técnicas de recolha e tratamento de dados e com a descrição das fases do estudo. Este
capítulo encerra com a forma de tratamento e apresentação dos dados.
No quarto capítulo analisam-se os dados que foram submetidos a uma análise de
conteúdo orientada por categorias associadas às questões de investigação.
No quinto capítulo apresentam-se as principais conclusões decorrentes deste
estudo, as condicionantes e implicações do mesmo, bem como sugestões para futuras
investigações.
Por fim, são discriminadas as referências bibliográficas e apresentados os anexos.
10
1 - Tecnologias informáticas no 1º ciclo
Neste segundo capítulo, começa-se por realizar um enquadramento histórico da
introdução e da adequação tecnológica da escola portuguesa, fazendo referência a
algumas iniciativas que se consideram terem contribuído de forma marcante para a
generalização da utilização das tecnologias nas escolas. Far-se-á, também, uma reflexão
sobre a situação actual, na qual se pode
novas visões do papel a desempenhar pela Escola na formação das gerações de hoje e
das gerações futuras. São exemplos o Programa Internet na Escola, a Unidade de Apoio
à Rede Telemática Educativa, o Programa Nónio Século XXI, a Equipa de
Computadores, Redes e Internet na Escola e o Programa Tecnológico.
1.1 - A introdução da informática nas escolas
O Projecto Minerva (Meios Informáticos No Ensino: Racionalização, Valorização,
Actualização) teve origem em 1985 com o objectivo de levar à ) introdução, de forma
racionalizada, dos meios informáticos no ensino não superior, num esforço que permita
valorizar activamente o sistema educativo em todas as suas componentes e que suporte
(despacho nº
206/ME/85 de 15 de Novembro).
Este projecto foi considerado pela equipa que procedeu à sua avaliação como
( ) o primeiro e mais relevante programa de âmbito nacional organizado em Portugal
para a introdução das tecnologias da informação e comunicação (TIC) no ensino básico e
secundário 994, 37)
Para Ponte (1994, 10-14), o projecto desenvolveu-se em três fases:
2º Finais de 1988-1992 início da fase operacional do projecto, correspondendo a um alargamento do número de escolas envolvidas;
1º
1985-1988 Fase piloto, onde se pretendeu formar equipas de dinamização, criar infra-estruturas, identificar pontos estratégicos e operacionais, afinar conceitos e critérios e analisar soluções;
3º 1992-1994 Encerramento do projecto.
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
11
Este projecto desempenhou um papel muito importante no que diz respeito à
formação docente de formadores; na criação e exploração de materiais, nomeadamente
de algum software educativo e documentação; no apoio ao trabalho dos professores nos
ambientes escolares e na criação de condições para a instalação e utilização de alguns
meios informáticos.
A entrada de Portugal para a Comunidade Económica Europeia em 1986 veio
contribuir para que o poder político reconhecesse a necessidade de proceder a uma
reforma global do nosso sistema educativo, a qual preparava o caminho para
actualizações em vários domínios do ensino. Na Resolução do Conselho de Ministros n.º
8/86, de 22 de Janeiro: (...) urge atacar frontal e decididamente as causas profundas que
estão na raiz dos principais problemas que vêm, cronicamente, sendo identificados, o que
implica uma reforma global e coerente das estruturas, métodos e conteúdos d .
Esta resolução contribuiu decisivamente para a criação da Comissão de Reforma do
Sistema Educativo (CRSE), cujas principais funções eram: realizar estudos, preparar
diplomas legais e, posteriormente, elaborar programas de aplicação das medidas
sugeridas por estes. Tinha a pretensão de descentralizar a administração educativa e
modernizar o sistema de ensino em diversas vertentes: organizacional, curricular,
metodológica e prática e, ao mesmo tempo, valorizar os recursos humanos disponíveis.
Enfim, estava lançado o mote para a modernização da escola portuguesa.
No mesmo ano, foi aprovada a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 46/86,
de 14 de Outubro) que, após várias fases de implementação e consolidação, iria culminar
na generalização da reforma em 1992/93.
Essa reforma apresentava como ideias principais a , a
, a e a (Silva, 1998). Aqui, a escola era tida
como uma comunidade, na qual as políticas educativas se centravam e a quem
concediam autonomia no domínio da gestão e da definição da matriz curricular. Para
isso, o Projecto Educativo constituir-se-ia como documento aglutinador das vertentes
externa e interna da comunidade escolar, o qual resultaria das interacções entre
professores, alunos, encarregados de educação e outros elementos da comunidade
educativa.
A Proposta de Reorganização dos Planos Curriculares dos Ensinos Básico e
Secundário e a Proposta da Escola Cultural já fazem menção à relação entre a utilização
das TIC e a reforma educativa. Silva et al, (1987) defendem, no primeiro documento que,
12
se a Escola não tiver condições e recursos adequados, jamais poderá ser um lugar
atraente e motivador de aprendizagem. No segundo documento, são dados exemplos de
alguns recursos educativos e culturais que devem estar disponíveis na escola: a
reprografia; os laboratórios; a aparelhagem de som e imagem, incluindo equipamento
fotográfico; discos; fitas magnéticas, "cassettes", "video-cassettes" e outros (Patrício,
1987, 66) que, apesar de não estarem directamente relacionados com tecnologias no
sentido em que são entendidas neste documento, equipariam a escola e representariam
um degrau nesta escalada tecnológica.
Novas
na sala de aula -se a presença de meios de comunicação diversificados, isto
é, material vídeo, áudio e informático, tanto do ponto de vista dos equipamentos como
(1988, 99).
No Decreto-lei n.º 286/89, de 29 de Agosto, acerca da reorganização dos planos
curriculares afirma-se, no art.º 12.º que as escolas devem dispor de recursos
educativos necessários, nomeadamente materiais de apoio escrito e audiovisual,
bibliotecas, laboratórios, oficinas e meios informáticos" (3640) e que "os recursos
educativos concentram-se em centros de recursos, de forma a racionalizar a sua
(3640).
Já no início dos anos 90, outros projectos apoiados pelo PRODEP (Programa de
Desenvolvimento Educativo para Portugal, com a participação da Comunidade Europeia)
contribuíram para o apetrechamento das escolas com recursos tecnológicos.
Alguns estudos desenvolvidos por Silva (1998), Bento (1992) e Moderno (1993)
parecem, no entanto, mostrar que os resultados não foram obtidos à mesma medida das
expectativas criadas: foi possível verificar uma evolução quantitativa mas, de uma forma
geral, as escolas continuaram a não possuir os recursos necessários em termos de
equipamento áudio (gravadores/reprodutores de som), projecção de imagem estática
(retroprojector), vídeo (gravação e tomada de imagem) e informática (computadores).
Também os órgãos de gestão das escolas e os professores parecem concordar
com estes resultados pois consideraram, em relatório coordenado por Serafini (1991) e
Castro (1993), que a falta de material e as carências que este provocou no
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
13
desenvolvimento das actividades constituíram um dos impedimentos a uma
implementação com maior sucesso da Reforma.
No ano de 1996, foi proposto, pelo Ministro da Educação Marçal Grilo um Pacto
Educativo para o Futuro (ME, 1996). No âmbito deste Pacto Educativo, foram publicados
os Decretos-Lei nº 6 e 7/2001, de 18 de Janeiro, que vieram estabelecer princípios
orientadores da organização e gestão curricular dos Ensinos Básico e Secundário onde é
.
A evolução das tecnologias que se verificou ao longo da década de 90 e que
continuou durante o início do séc. XXI teve o seu impacto no meio escolar. O termo
associado ao uso de tecnologias.
No mesmo ano de 1996, num relatório da UNESCO dirigido por Jacques Delors
-se a importância que as TIC
podem ter na adequação do Sistema Educativo, assim como a resposta que estas devem
dar aos desafios colocados pela Sociedade da Informação. Recomendava este
das sociedades da informação, na perspectiva dum enriquecimento contínuo dos saberes
(UNESCO,
1996, 59).
Outro programa que contribuiu para a mudança das condições tecnológicas das
escolas portuguesas foi o Programa Nónio Século XXI, que decorreu de 1996 a 2002 e
processo ensino-aprendizagem; a qualidade e a modernização da administração do
sistema educativo; o desenvolvimento do mercado nacional de criação de software para
educação com finalidades pedagógicas e de gestão e a contribuição do sistema
educativo para o desenvolvimento de uma sociedade de informação mais reflexiva e
(Despacho n.º 232/ME/96, de 4 de Outubro).
Entre os anos 1997 e 2003, foi criado o Programa Internet na Escola pelo
Ministério da Ciência e da Tecnologia que teve como objectivos a colocação de um
computador multimédia com ligação à Internet em todas as escolas do Ensino Básico e
14
Secundário. Foi também criada a UARTE (Unidade de Apoio à Rede Telemática
Educativa) que visava o acompanhamento desse Programa e a promoção da produção
de conteúdos científicos e tecnológicos disponibilizando-os na Internet.
Mais recentemente, foram criados os Centros de Competência que procuravam
dar continuidade às experiências realizadas e que visavam contribuir para a realização de
uma reflexão sobre a problemática da tecnologia em ambiente educativo e apoiar as
escolas e os seus projectos nesta vertente.
O Despacho n.º 15 322/2007, de 12 de Julho, criou a ECRIE (Equipa de
Computadores, Rede e Internet nas Escolas) cujo principal papel é conceber,
desenvolver concretizar e avaliar iniciativas mobilizadoras e integradoras no domínio do
uso dos computadores, redes e Internet nas escolas.
Ainda em 2007, é apresentado o Plano Tecnológico da Educação (PTE), tendo
como principal objectivo a colocação de Portugal entre os cinco países Europeus mais
avançados a nível de modernização tecnológica do ensino (Resolução do Conselho de
Ministros nº 137/2007, de 18 de Setembro). Este Plano orienta-se por três eixos
principais:
Tecnologia -
aula, cartão da escola e escol@segura;
Conteúdos - portal da escola, escola simplex, e portal institucional do Ministério da
Educação;
Formação - competências TIC, avaliação electrónica, estágios TIC e academias
TIC.
No que diz respeito ao primeiro eixo, procura-se:
Equipar todas as salas de aula com computadores com acesso à Internet e
videoprojectores;
Instalar 1 quadro interactivo por cada 3 salas de aula;
Aumentar a velocidade de acesso das escolas à Internet de banda larga para,
pelo menos, 48Mbps já em 2008;
Infra-estruturar as escolas com redes de área local com e sem fios, que permitirão
aceder à Internet a partir de todas as salas de aula;
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
15
Generalizar o uso de cartão electrónico nas escolas, com funcionalidades de
controlo de acessos, registo de assiduidade, porta-moedas electrónico e serviços
bancários;
Reforçar a segurança das instalações e equipamentos das escolas com sistemas
de videovigilância e alarme electrónico.
No âmbito do segundo eixo (conteúdos), pretende-se:
Disponibilizar às comunidades educativas um ponto de encontro virtual com
funcionalidades de partilha de conteúdos, ensino à distância e comunicação;
Facilitar a gestão escolar e a comunicação entre as escolas e o Ministério da
Educação, com o recurso a uma plataforma electrónica integrada;
Construir um portal único do Ministério da Educação, assegurando o acesso
rápido e fácil a informação útil aos cidadãos;
No que diz respeito à formação, as metas são:
Desenvolver um programa de formação e de certificação em TIC, com vista ao
reforço das competências de professores, alunos e funcionários das escolas;
Induzir a utilização pedagógica das TIC, recorrendo a meios informáticos como
suporte de realização da avaliação escolar;
Promover a excelência e a empregabilidade do ensino profissional, garantindo aos
alunos a possibilidade de efectuarem formação em contexto real de trabalho em
empresas de referência da economia do conhecimento;
Proporcionar a professores, alunos e funcionários a possibilidade de integrarem
programas de formação e certificação de indústria, que se constituem como uma
mais-valia no mercado de trabalho.
Apesar de algumas das medidas do PTE abrangerem exclusivamente as escolas
dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário, as escolas do 1º Ciclo são
também beneficiadas com a implementação deste plano, nomeadamente no que diz
respeito à Internet de Banda Larga, ao Portal da Escola, à Escola Simplex e à iniciativa e-
escolinha. A iniciativa e-escolinha visa fomentar a utilização de computadores e ligações
à internet em banda larga, aos alunos matriculados dos 1º ao 4º anos de escolaridade
facilitando, assim, e promovendo a info-inclusão e
a igualdade de oportunidades.
16
Esta iniciativa resulta de um conjunto de parcerias entre o Governo Português, a
Intel Corporation, as principais operadoras de telecomunicações (Optimus, TMN,
Vodafone e Zon), a Microsoft Corporation, a Caixa Mágica e conta também com o apoio
das autarquias aderentes. Esta iniciativa destina-se aos alunos do 1º Ciclo do Ensino
Básico público e privado e inclui a disponibilização gratuita, ou a preços reduzidos (de
acordo com os rendimento económico das famílias), de computadores portáteis
(do qual se falará com mais detalhe no ponto seguinte), que trazem
instalados software e conteúdos educativos digitais seleccionados pelo Ministério da
qualquer outro computador portátil que apresenta como algumas das suas principais
características a sua robustez, pelo facto de ser descrito como resistente a choques e a
líquidos, e ter um peso reduzido, tornando, assim, fácil o seu transporte.
O Despacho n.º 18 871/2008, de 29 de Maio, vem prorrogar, por mais um ano, o
prazo do desenvolvimento dos projectos transversais específicos assumidos por equipas
ECRIE (Equipa de Computadores, Rede e Internet nas Escolas) e vem criar a Equipa de
Recursos e Tecnologias Educativas/Plano Tecnológico da Educação (ERTE/PTE), ao
mesmo tempo que extingue a equipa multidisciplinar ECRIE. A Equipa de Recursos e
Tecnologias Educativas/Plano Tecnológico da Educação (ERTE/PTE) é uma equipa
multidisciplinar à qual compete genericamente conceber, desenvolver, concretizar e
avaliar iniciativas mobilizadoras e integradoras no domínio do uso das tecnologias e dos
recursos educativos digitais nas escolas e nos processos de ensino e de aprendizagem,
incluindo, designadamente, as seguintes áreas de intervenção:
Desenvolvimento da integração curricular das Tecnologias de
Informação e Comunicação nos ensinos Básico e Secundário;
Promoção e dinamização do uso dos computadores, de redes e da
Internet nas escolas;
Concepção, produção e disponibilização dos recursos educativos
digitais;
Orientação e acompanhamento da actividade de apoio às escolas
desenvolvida pelos Centros de Competências em Tecnologias Educativas e pelos
Centros TIC de Apoio Regional.
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
17
O Despacho n.º 14674/2009, de 29 de Maio, vem prorrogar, por mais um ano, o
prazo do desenvolvimento dos projectos transversais específicos assumidos pela Equipa
de Recursos e Tecnologias Educativas/Plano Tecnológico da Educação (ERTE/PTE).
O Plano Tecnológico para a Educação vem, assim, transformar radicalmente o
panorama das salas de aula das escolas do 1º Ciclo. A ligação à Internet passa a
realizar-se com maior rapidez e, onde antes havia apenas um computador multimédia,
passa a ser possível haver um computador por aluno.
Pode-se, então, concluir que a situação tecnológica das escolas de hoje coloca
novos desafios às escolas do 1º Ciclo, aos professores, aos órgãos de gestão, aos
alunos e aos Encarregados de Educação.
1.2 - As tecnologias informáticas no processo de ensino e de aprendizagem
Na sociedade da informação, depressa se passou do livro para a televisão e vídeo
e destes para o computador e Internet. O professor tem agora um grande leque de
opções metodológicas, o que poderá conduzir a mudanças qualitativas no processo de
ensino e de aprendizagem conforme a exploração de cada recurso. Do ponto de vista
metodológico, é imprescindível que o docente equilibre diferentes formas de gestão
destas novas tecnologias. Moran (2007) fala de dois tipos de exploração didáctica: uma
de organização fechada e rígida, outra mais aberta e flexível. De acordo com este autor,
a diferença entre as duas reside essencialmente no facto de a primeira privilegiar a
transmissão de conteúdos através de aulas expositivas, ilustradas com esquemas, filmes,
ao passo que, na segunda, o professor organiza o seu trabalho através de projectos,
pesquisas, experiências, adoptando uma atitude de provocação e questionamento. O
autor recorre ao projector multimédia para exemplificar estas duas posições. Com o
acesso a este recurso, os professores podem fomentar a interacção com simulações
virtuais, com recurso a CDs, DVDs ou qualquer página da Web ao vivo. Pode também ser
utilizado apenas para visualização de pesquisas, jornais on-line ou qualquer outro
documento, possibilitando o contacto com informações/notícias no contexto dos temas
em estudo. Usufrui-se, assim, de um rápido acesso ao processamento de informação
que, de acordo com Mattei (2003), é um ponto de referência no computador.
18
O computador apresenta um conjunto de características que o tornam bastante
adequado às tarefas do processo de ensino e aprendizagem, (Blanco, Dias, Silva, 1989)
de que se destacam a:
Disponibilidade desde que tenha uma fonte de energia e depois de realizar uma
primeira sequência interna de instruções/operações, fica à disposição do utilizador;
Interactividade - pelas características da própria máquina, facilmente se percebe que
qualquer trabalho a realizar com o computador (mesmo considerando apenas o
modelo mais tradicional, caixa do processador, monitor e teclado) obriga a uma acção
do utilizador. A imagem, por vezes acompanhada de som, e o tacto, são apelativos da
atenção do utilizador e estimulam quase que um diálogo entre o homem e a máquina;
Facilitador da compreensão e auxilia a retenção da informação utilizada. Esta
característica poderá tornar-se cada vez mais efectiva uma vez que algumas
investigações desenvolvidas vão no sentido de apelar cada vez mais a todos os
sentidos do homem;
Capacidade de memória - a sua capacidade de armazenamento e processamento
dos diferentes tipos de dados que o sujeito pode ter ao seu dispor;
Capacidade de repetição - o computador detém uma grande capacidade para repetir,
quase mecânica, que supera a do homem e pode ser utilizada no processo de ensino-
aprendizagem, completando e facilitando a actividade dos alunos e professores;
Adaptabilidade - os programas que são possíveis executar e que se podem adaptar
aos diferentes utilizadores, favorecem uma diferenciação pedagógica de forma a ser
possível uma melhor adaptação às capacidades de cada utilizador. Pode oferecer
actividades de recuperação, consolidação e/ou enriquecimento conforme as
características do aluno/utilizador;
Capacidade de análise - pela sua interactividade, pode proporcionar uma série de
situações novas de aprendizagem. A cada resposta dada pelo aluno/utilizador ele é
capaz de realizar uma análise e correcção da mesma, em tempo real, o que pode
contribuir para uma efectiva auto-avaliação;
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
19
Capacidade audiovisual com o computador, a utilização e manipulação da imagem
e do som, tornou-se bem mais fácil em relação ao processo analógico. Com o
software adequado, é possível trabalhá-los em qualquer momento.
Relativamente às suas vantagens e potencialidades, Schenk (1987) afirma que o
computador pode fomentar a colaboração e a aprendizagem cooperativa.
Machado (1992) salienta a vertente do trabalho autónomo ao afirmar que a
natureza interactiva dos computadores, pode permitir aos alunos trabalharem à sua
própria velocidade, resolver dificuldades por si mesmos
centrado no aluno e na sua iniciativa. Nogueira (1999) afirma que são estes desafios,
aliados à interacção, que a cada momento incitam a descoberta e a criatividade, os
responsáveis pelo fascínio que o computador gera nas crianças. O envolvimento na
aprendizagem é efectivo, uma vez que os alunos estão extremamente motivados para
este tipo de instrumentos, um factor essencial à aprendizagem. Também Brazelton e
especial de agir e de ver imediatamente os efeitos das suas acções; de fazer escolhas;
Também Freitas (199 a
exploração de situações que de outra forma, seria muito difícil ou mesmo impossível de
realizar. Possibilitam ainda a professores e alunos a utilização de recursos poderosos
bem como a produção de materiais, de qualidade muito superiores aos convencionais
(28).
Na mesma linha, Veiga (2001) refere que as tecnologias na escola são
fundamentais tanto para os alunos como para os professores. O computador tornou-se
uma ferramenta para aprendizagem, desenvolvendo habilidades intelectuais e cognitivas,
levando o indivíduo a desabrochar das suas potencialidades e da sua criatividade. Ainda
segundo este autor, o produto final desse processo é a formação de indivíduos
autónomos, porque aprendem a aprender, através da busca, da descoberta, da
investigação e da invenção.
Outro defensor das grandes possibilidades educativas que o computador encerra
Constituirão
bibliotecas imediatamente acessíveis, permanentemente actualizadas, cobrindo todos os
assuntos de interesse educacional. Os seus documentos poderão revestir várias formas
20
envolvendo a palavra escrita, desenhos, animação, música, fala e simulações
facto, o computador oferece a possibilidade de integrar diversas linguagens (texto,
imagem, som), fomentando a concentração do aluno na actividade e promovendo a
compreensão, uma vez que consegue concretizar conteúdos abstractos.
Tendo-se neste estudo aliado a utilização do computador ao estudo dos padrões
na matemática do 1º Ciclo do Ensino Básico, parece-nos relevante referir que se vai ao
encontro do que defende Ponte (1986) quando considera que o computador, pelas suas
potencialidades a nível de cálculo, visualização, modelação e geração de micromundos, é
o instrumento mais poderoso de que actualmente dispõem os educadores matemáticos
para proporcionar experiências de aprendizagens significativas que conduzam os alunos
eses, a
validá-las,.... O mesmo autor em 2000 considera que a utilização dos computadores no
ensino da matemática contribui para:
1. Uma relativização da importância das competências de cálculo e de simples
manipulação simbólica, que podem ser realizadas agora muito mais rápida e
eficientemente;
2. Um reforço do papel da linguagem gráfica e de novas formas de representação,
permitindo novas estratégias de abordagem dos mais variados problemas;
3. Uma atenção redobrada às capacidades intelectuais de ordem mais elevada, que
se situam para além do cálculo e da simples compreensão de conceitos e
relações matemáticas;
4. Um crescendo do interesse pela realização de projectos e actividades de
modelação, investigação e exploração pelos alunos, como parte fundamental da
sua experiência matemática;
5. Uma demonstração prática da possibilidade de envolver os alunos em actividades
matemáticas e significativas, favorecendo o desenvolvimento de atitudes positivas
em relação à Matemática e uma visão muito mais completa da sua verdadeira
natureza.
Não obstante a sua importância e vantagens no processo de ensino e de
aprendizagem, nomeadamente da Matemática, a utilização do computador e da Internet
ainda não assumiu a frequência desejada.
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
21
Num relatório da Associação de Professores de Matemática (APM) designado
Matemática 2001 Diagnóstico e Recomendações para o Ensino e Aprendizagem da
Matemática é referido que 88% dos professores nunca ou raramente utilizam o
computador nas suas aulas e 66% dos professores consideram que o número de
computadores que existe nas suas escolas é insuficiente. A APM considera que a
utilização do computador proporciona um grande envolvimento dos alunos na sua
aprendizagem; que os grupos de Matemática devem possuir recursos diversos,
nomeadamente o computador e que as escolas devem estar equipadas com
computadores para o ensino e a aprendizagem da Matemática.
Sousa (2006) apresenta nas conclusões da sua dissertação de mestrado, alguns
dados que nos parecem importantes em relação à utilização do computador por parte de
professores do Ensino Básico. Quando foi analisado o uso pessoal e profissional que os
professores fazem do computador, foi possível constatar que a esmagadora maioria dos
docentes tem computador pessoal e apenas 1,5% não o utiliza. Aproximadamente 58%
utiliza-o mais de 6 horas semanais e essa utilização é mais assídua nas faixas dos 20
aos 25 e dos 26 aos 35 anos de idade. As aplicações informáticas mais utilizadas são o
processamento de texto e softwares de acesso à Internet. Mais de 85% dos professores
usa-os habitualmente. A nível profissional, o computador serve, preferencialmente, para
elaboração de fichas ou testes e para pesquisas na Internet de assuntos relacionados
com a disciplina. A Internet é utilizada, preferencialmente, para pesquisar informação
científica ou recursos para as aulas. O software mais conhecido pelos professores é a
folha de cálculo (60%), no entanto 23% não conhece qualquer outro software de
aplicação em Matemática. A percentagem de professores que conhece softwares ligados
ao ensino da Matemática aumenta à medida que a idade diminui. No entanto, 7% dos
professores com menos de 25 e 10% entre os 26 e 35 afirmam não conhecer qualquer
um destes softwares. Os professores do 1º Ciclo são os que menos conhecem estes
softwares (53,7%). O conhecimento da folha de cálculo também varia segundo o Ciclo.
Os professores do 3º Ciclo são os que mais conhecem e os do 1º Ciclo são os que
menos conhecem. O Logo é desconhecido para mais de 83% dos professores,
inclusivamente do 1º Ciclo. O Cabri-Geomètre e o Sketchpad são mais conhecidos pelos
professores do 3º Ciclo. A área da Matemática na qual os professores consideram mais
vantajosa a utilização do computador é a Geometria. Metade dos professores não utilizou
o computador com os seus alunos no ano anterior. Apenas 24% o utilizou mais de 3
vezes. As aplicações mais utilizadas, com percentagens entre os 24 e os 30%, são o
22
processamento de texto, a folha de cálculo, softwares de acesso à Internet e alguns
softwares pedagógicos.
Na dissertação de mestrado de Barros (2006), conclui-se que a inclusão do
computador, para além de permitir uma maior diversificação das estratégias conducentes
à melhoria do ensino, desperta também uma maior motivação dos alunos para a
aprendizagem. Nesse estudo, é ainda sugerido aos professores do 1º Ciclo que realizem
o aproveitamento destas energias para disseminar as virtualidades do uso do computador
na escola e incentivar o seu uso em casa, através da Internet ou CDs educativos. O autor
verificou que é ainda pouca a utilização e motivação dos professores do 1º Ciclo na
utilização de ferramentas informáticas no desenvolvimento do processo de ensino e de
aprendizagem, apontando, como uma das causas possíveis, o pouco investimento em
formação que, ao longo dos últimos anos, se tem verificado para este nível de ensino.
Também era frequentemente referido, como argumento para a pouca utilização do
computador na escola, a falta desses recursos na escola. Diversos estudos (Paiva,
2002), GEPE/ME (2007), GEPE/ME (2009) apontam o acesso e as competências como
principais factores que limitam o uso de computadores e Internet nas escolas em
Portugal. Encontram-se nestes estudos algumas afirmações como:
IC a
dimensão mais saliente, revelando, pelo contrário, que os professores portugueses
(Paiva, 2002) -estruturas de TIC constitui o principal factor inibidor da utilização
(Ministério da Educação, 2007,17)
continua a constituir a principal barreira à utilização dos computadores e da Internet nas
no (GEPE/ME, 2007)
assumindo muitos deles conhecer mal as vantagens da utilização das TIC em contexto
(Paiva, 2002)
Durante o período que antecedeu o decorrer desta investigação, a realidade das
escolas do 1º Ciclo foi consideravelmente alterada com a introdução, como já se referiu
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
23
e
-fi, USB, Leitor SD Card, Webcam, colunas
som e microfone incorporado. O computador tem instalado algumas ferramentas e
aplicações que foram especialmente escolhidas para ser utilizadas pelos alunos do 1º
Ciclo. O Magalhães disponibiliza dual boot, isto é, tem instalados dois sistemas
operativos: Windows XP e o Caixa Mágica (Linux) e é possível escolher em qual dos dois
se quer iniciar o trabalho com o computador. Depois de , o primeiro
ecrã que surge revela um conjunto de opções que permitem escolher o sistema operativo
ou a reposição de qualquer um dos sistemas. A partir do ambiente de trabalho Windows,
é ainda possível entrar no Magic Desktop que é outro ambiente de trabalho e que tem
como público alvo crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 10 anos de idade.
Apesar de não haver ainda disponíveis muitos estudos que revelem dados
Ensino Básico do nosso país, a Associação para a Promoção e Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (APDSI) apresentou, na 8ª Posição do Grupo de Alto Nível
(GAN) da APDSI, em 26 de Novembro de 2009, nu e o
Ensino Básico, O Computador Magalhã , as seguintes conclusões sobre o programa e-
escolinha:
i) O GAN considera que a iniciativa Magalhães tem elevado mérito, é um caso único
a nível mundial e, desde que devidamente continuado, desenvolvido e enquadrado,
tem um potencial de sucesso garantido.
ii) A iniciativa abre um vasto leque de oportunidades económicas, sociais e políticas,
podendo constituir uma importante componente da exportação de tecnologia, de
conteúdos e de know-how, especialmente para países de língua oficial portuguesa.
iii) Não tem havido esforço suficiente na capacitação dos intervenientes nos
processos de ensino/aprendizagem nem na mobilização dos docentes.
Figura 1 -
24
iv) Falta a renovação do processo de ensino/aprendizagem. O investimento corre o
risco de não ser potenciado caso não se demonstre o mesmo ímpeto no domínio dos
novos modelos de aprendizagem e dos conteúdos.
de conteúdos.
vi) Torna-se indispensável o desenvolvimento e implementação de mecanismos
online de tutorização de alunos e professores.
vii) Torna-se indispensável o desenvolvimento e implementação de mecanismos
online de apoio às famílias na utilização do Magalhães (suporte técnico, orientação
pedagógica e orientação social).
viii) A factura familiar no que toca a livros escolares e a manuais impressos não foi
diminuída, podendo sê-lo largamente através da sua digitalização e disponibilização
online.
ix) Em termos globais, foi dado um passo muito importante no que respeita à infra-
estrutura física. No entanto, as restrições à conectividade, por razões geográficas ou
de custos elevados, ainda são um importante factor de exclusão.
x) O alcance do projecto poderia ser aumentado se tivesse sido implementado como
um projecto integrado de interesse nacional (PIIN).
Para que esta iniciativa se possa considerar um sucesso, este Grupo de Alto Nível
apresenta as seguintes recomendações:
- Garantir o total alinhamento dos projectos educativos e dos programas oficiais com
a iniciativa Magalhães. Investir na reformulação completa dos programas
educativos, que deverão recorrer de forma sistemática ao Magalhães, ao seu
software e conteúdos, para ministrar os conhecimentos alvo da política educativa.
2- Alavancar o potencial da iniciativa com uma política nacional abrangente e
integrada de desenvolvimento e dinamização de conteúdos digitais para a
aprendizagem, incluindo distribuição de manuais escolares em formato digital.
3- Agilizar o processo de certificação de conteúdos, evitando a morosidade e
burocracia.
4- Desenvolver e implementar urgentemente mecanismos online de tutorização de
alunos e professores, bem como mecanismos online de apoio às famílias na
utilização do Magalhães.
5- Garantir a sustentabilidade futura da iniciativa, nomeadamente a nível financeiro,
pela sua integração no orçamento do Ministério da Educação.
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
25
6- Promover a utilização da infra-estrutura desenvolvida no estabelecimento de novas
vivências e comportamentos, nomeadamente implementando interacção com as
comunidades locais (desporto, clubes, cultura,...) de modo a provocar um
verdadeiro impacto na educação e transformação da criança.
7- Alargar o envolvimento à família, tendo o aluno como catalisador, no sentido de
dinamizar a vivência da cidadania, do ser e estar na sociedade, promovendo e
alavancando iniciativas centradas à volta de actividades sociais e familiares e
Em 27 Julho de 2009, o Ministério da Educação informou que se tinham inscrito
no programa e-escolinha 404.600 alunos e que, até essa data, já tinham sido distribuídos
computadores Magalhães a cerca de 373.000 alunos de escolas públicas e privadas do
continente. Até essa data, estavam 31.600 alunos inscritos no programa a quem não
tinha sido ainda possível entregar o computador Magalhães, por dois motivos:
incorrecção dos dados de inscrição (designadamente o número de telefone de contacto
com o encarregado de educação) ou por ausência de pagamento. É de salientar que
50.000 alunos do primeiro Ciclo, a grande maioria do 4º ano de escolaridade, optaram por
não se inscreverem no programa.
Iniciativa e-escolinhas Situação em Julho de 2009 Alunos do 1º Ciclo 454 600
Entregues 373 000 82 % Em entrega 31 600 7 %
Alunos não inscritos 50 000 11 %
Quadro 2 - Dados relativos à Iniciativa e-escolinha (Julho de 2009)
Noutro domínio, Birnbaum (1986) alerta para outras potencialidades que certos
softwares têm nas actividades, nomeadamente nas actividades de grupo, defendendo
que estimulam a discussão entre os elementos.
Actualmente, existe uma grande variedade de software educativo, a qual tem
vindo a evoluir com o contributo dos resultados das investigações das ciências cognitivas
e sob a influência do conceito de zona próxima de desenvolvimento de Vygotsky (1978).
Vygotsky refere-se à zona do desenvolvimento próximo como a distância entre o nível de
desenvolvimento actual da criança, determinado pela resolução independente de
problemas, e o seu nível de desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de
problemas com a ajuda de um adulto ou em colaboração com pares mais competentes.
Esta distância é mutável conforme os estímulos a que a criança está sujeita. O que uma
26
criança é capaz de fazer hoje com ajuda, amanhã será capaz de o fazer de forma
independente, preparando-se para uma colaboração mais exigente à medida que a
competência independente vai aumentando. O software educativo de complexidade
crescente baseia-se precisamente neste conceito. O utilizador vai progredindo
proporcionalmente aos avanços conseguidos face aos diversos graus de dificuldade
propostos.
Teodoro e Freitas (1991) definem software educativo como
especificamente concebido para o ensino-aprendizagem, envolvendo normalmente um ou
mais programas de comput
(60). A sua categorização pode fazer-se em função do objectivo pedagógico, destacando-
se aqui, pela sua larga utilização nos níveis de ensino mais baixos, os jogos educativos e
os exercícios e prática
Os primeiros programas de software foram concebidos com o objectivo de
promover o exercício e a prática, com o predomínio de tarefas dirigidas para a aplicação
de conceitos adquiridos, isto é, referentes a conteúdos já conhecidos pelos alunos,
podendo eles apresentar ou não um domínio completo sobre o assunto. Este tipo de
software beneficia do facto de se adaptar ao ritmo do aluno e de proporcionar uma
correcção imediata às tarefas realizadas, permitindo um aperfeiçoamento das suas
aprendizagens. Nos últimos anos, o domínio de conceitos globais tem vindo a apoderar-
se do software. À medida que o aluno avança nas tarefas propostas pode fazer escolhas,
sendo conduzido à descoberta de um conceito por si mesmo.
Os jogos educativos permitem a aquisição de conceitos de forma lúdica,
envolvendo elementos de desafio e competição. Os utilizadores são confrontados com
desafios de modo a vencer sucessivas etapas, com um aumento progressivo do grau de
dificuldade, até conseguirem atingir determinado objectivo. O utilizador vai assim
progressivamente dominando os conceitos em curso. Este tipo de software desperta
motivação, interesse, curiosidade e pode funcionar como estímulo. Belchior e
colaboradores (1993) defendem que o recurso a estes jogos vai ao encontro de um dos
objectivos do 1º Ciclo, o qual pretende que as crianças efectuem investigações
matemáticas. Afirmam que as suas características interactivas permitem a definição de
estratégias e, com os erros, a reformulação de processos, palmilhando percursos de
aprendizagem. Também na óptica de Griffin (1995) muitos jogos educativos têm como
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
27
base situações ou tarefas lógicas que apelam ao uso das suas capacidades matemáticas
e de resolução de problemas.
Por ter sido utilizado e ter ocupado um papel muito importante no decorrer deste
estudo, destaca-se o programa Já Está. Este programa é apresentado num CD-ROM e
foi criado em parceria pelas empresas Cnotinfor (Coimbra/Portugal) e Logotron
(Cambridge/Inglaterra) com o objectivo de apoiar o ensino da literacia e da matemática
em contexto de sala de aula. Serviu, durante esta investigação, para desenvolver,
também, nos sujeitos-caso e nos restantes alunos da turma, competências tecnológicas.
Foi concebido para ser utilizado por crianças com idades compreendidas entre os 4 e os
8 anos de idade. Apresenta várias ferramentas que garantem uma simplicidade de
utilização para as crianças e adultos. Consiste num conjunto de cinco aplicações
(Escrever, Tartaruga, Contar, Gráficos e Desenhar), concebidas e interligadas através de
um único interface, que proporciona às crianças mais pequenas uma
utilização criativa das novas tecnologias. Todos os comandos possuem uma forma
gráfica e uma explicação auditiva. Como periféricos, apenas exige a utilização do rato ou
de outro dispositivo com funções equivalentes. O teclado apenas é necessário para
escrever. Possibilita a impressão dos trabalhos ou que sejam guardados no computador.
Figura 2 - Imagem inicial - Já Está
O programa apresenta um menu inicial que, tendo em conta o tipo de actividade
que se pretende realizar, permite seleccionar uma das cinco opções disponíveis:
Escrever, Tartaruga, Contar, Gráficos e Desenhar:
Escrever - Comporta actividades de iniciação à leitura e escrita e permite
combinar desenho e texto;
Tartaruga - Contém actividades que permitem desenvolver competências no
âmbito do planeamento de percursos, da orientação espacial e do
desenvolvimento da lateralidade.
Contar - Permite ajudar a organizar os resultados de pesquisas relativas a
contagens.
28
Desenhar - Possibilita que se desenhe livremente com diversas ferramentas
(lápis, sprays, latas de tinta). Apresenta algumas actividades para os alunos
completarem.
Gráficos Permite construir gráficos representativos de diversas grandezas,
utilizando várias representações (circular, de barras, linear).
os programas têm uma personagem de ajuda que se encontra no canto inferior direito
do ecrã.
Ao , tem-se acesso aos seguintes botões:
permite escolher uma nova actividade;
permite abrir um trabalho guardado;
permite gravar o seu trabalho;
permite imprimir o que está no ecrã;
desfaz apenas a última acção;
permite confirmar as escolh
permite acrescentar texto no local desejado dentro da área de desenho;
regressa-se ao ecrã inicial ou sai- Já Está
Este programa apresenta um Programa de Configuração para o professor onde
lhe é dada a possibilidade de alterar algumas opções disponíveis no programa. É lhe
permitido alterar o tipo de ferramentas de desenho a utilizar: canetas, pincéis, lápis,
sprays e baldes de tinta. Também pode
conseguirem sair do programa. Para se ter acesso ao Programa de Configuração para o
professor é necessário seleccionar, dentro da pasta onde o programa foi instalado, o
ícone .
Durante a realização deste projecto de investigação, apenas se utilizou o
por ser este aquele que permitia ao professor/investigador criar
e adaptar as actividades e tarefas de acordo com os objectivos da investigação.
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
29
A importância da associação da aprendizagem da Matemática com o uso de
recursos computacionais fundamenta a utilização de programas que permitam a
exploração dos conteúdos que lhe estão associados. Tal como acontece com o Já Está,
o Paint é um exemplo destes programas.
O Paint é um software de fácil acesso uma vez que faz parte integrante do
sistema operativo Windows, encontrando-se disponível na maioria dos computadores.
Neves (2001) define-o como uma aplicação de desenho que permite editar
imagens simples. Segundo este autor, pode utilizar-se o Paint para trabalhar com
documentos de imagem do tipo JPEG, GIF ou BMP, tendo sido concebido
essencialmente para criar desenhos de mapa de bits (bitmap). Disponibiliza algumas
ferramentas que possibilitam a criação de desenhos simples que se podem incluir noutras
aplicações ou adicionar à galeria de padrões para utilizar como fundo do ambiente de
trabalho.
Na descrição de Bragança e Coutinho (1996), o Paint é constituído por cinco
zonas distintas: barra de menus, barra de ferramentas (referida no programa como caixa
de ferramentas), barra de visualização e escolha de cores (caixa de cores), barra de
status (barra de estado) e área de desenho.
Figura 3 - Ambiente de trabalho programa Paint
Na barra de ferramentas podem ser escolhidas as várias opções de trabalho,
tanto de desenho como de escrita.
O trabalho com as ferramentas encontra-se bastante simplificado, sendo apenas
necessário escolhê-la através da figura auto-explicativa da barra de ferramentas.
30
Ao parar o cursor em cima de cada ferramenta, aparece o nome desta e na barra
de estado aparece a sua descrição.
Ao possuir
um conjunto de instrumentos de apoio como traçadores de polígonos, de circunferências,
a possibilidade de traçar linhas de desenho livre, a possibilidade de preencher as formas
desenhadas com cores e padrões, rotação de formas (41) e tendo a possibilidade de
copiar partes de imagens, figuras e desenhos de outros autores possibilitam novas
experiências e uma possibilidade imensa de aumentar a sua criatividade e as suas
produções finais.
Bragança e Coutinho (1996) salientam que a aplicação Paint possibilita de uma
forma fácil e rápida, a execução de pequenos trabalhos, sendo por isso uma aplicação
bastante indicada para o desenvolvimento de aptidões dos mais novos.
Quadro 3 - Descrição das ferramentas do programa Paint
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
31
Martins (1997) fala da primazia do programa Paint face ao papel, ao afirmar que
a expressão do gesto feito com o «pincel electrónico» é uniforme, não se faz sentir a
expressão da maior ou menor intensidade e velocidade do gesto, da pressão exercida
com o pincel sobre o suporte, ou ainda os «acidentes» provocados pela quantidade e
fluidez da tinta
rapidamente alterar-se qualquer imagem ou composição produzida, sem que o papel se
rasgue ou suje. Num estudo comparativo, realizado com adolescentes deficientes
mentais, Martins refere que
distanciada, deslocada relativamente ao campo visual écran, o que numa fase inicial
a relação mão/máquina implica
coordenação, percepção e capacidade cognitiva para usar estratégias, e exige
(Martins, 1997, 231).
Ferrão (1997) defende que, ao vivenciar a experiência do trabalho com o Paint, as
crianças conseguem entender e manipular um conjunto de regras básicas de utilização
do computador. Tal como noutras situações, o trabalho no computador requer
contacto inicial até se atingir gradualmente um maior domínio sobre esse novo
(Ferrão, 1997, 50). Sendo um dos programas mais utilizados nos
computadores com crianças, o Paint
(Ferrão, 1997, 50). De acordo com a mesma autora, a evolução do desenho tem alguma
simultaneidade entre o lápis e papel e o computador, pois
(Ferrão, 1997, 51). Assim, aos 4 e 5
anos de idade, as crianças já são capazes de entender um conjunto de regras básicas de
utilização do computador, sendo fundamental que o educador lhe faculte regras simples
de rentabilização, para que esta ferramenta seja utilizada com eficácia. Aos 5 e 6 anos, a
criança, desde que lhe tenha sido dada a oportunidade de experimentar, já desenha no
computador com alguma facilidade, conseguindo tirar proveito das suas ferramentas:
(Ferrão,
1997, 51).
O Centro de Competência Nónio da Universidade do Minho tem vindo a realizar,
nos últimos anos, um curso on-
Paint. É um curso de iniciação à utilização criativa do computador como ferramenta
32
promotora da expressão plástica e destina-se a alunos até aos 12 anos (principalmente
1.º e 2.º Ciclos), embora possa ser frequentado por todos, e tem no programa Paint o seu
ponto de partida (Centro de Competência Nónio da Universidade do Minho, 2002/2009).
Alguns dos seus principais objectivos estão relacionados com o Paint dos quais
destacamos:
Utilizar criativamente o Paint para produzir ilustrações ou outras manifestações
criativas ...
Melhorar o aproveitamento dos recursos físicos. (Centro de Competência Nónio da
Universidade do Minho, 2002/2009).
No caso mais específico da Matemática, com o Paint, é possível explorar a
visualização e as propriedades geométricas de figuras em situações diversificadas. A
percepção e a representação particular do aluno fazem com que ele interaja com
conceitos geométricos. A partir da visualização, pode levantar conjecturas, explorar
características, comparar e generalizar propriedades. O Paint permite a composição de
figuras geométricas mais complexas e desenvolver conceitos geométricos. Permite ainda
explorar especificamente noções espaciais, ao apelar a algumas noções básicas de
lateralidade como direita/esquerda, para cima/para baixo. Pode também envolver
conceitos directamente relacionados com linhas com que se pretende trabalhar
intercalando por exemplo finas, grossas com espaços e diferentes formas geométricas.
Permite, ainda, uma abordagem a diferentes tipos de padrões.
Outra ferramenta informática que pode ser disponibilizada aos alunos, no contexto
das tecnologias educativas, são os Applets. Applets ou Java-Applets, são aplicações
implementadas na linguagem Java e que possuem como características o seu tamanho
reduzido e a possibilidade de serem executados em computadores com baixo poder
computacional e com ou sem ligação à internet. Uma característica dos Applets é que
estes são normalmente enriquecidos com imagens, animações e sons que incrementam
a interactividade do aluno com os programas e que pode fazer com que as
aprendizagens sejam mais atraentes e inclusive divertidas.
Os Applets começaram a ser usados na Internet no final de 1995 com o intuito de
serem uma ferramenta para dar um incremento visual e funcional às páginas da Web
(Lemay, 1999). A sua utilização requer pouco conhecimento tecnológico tanto por parte
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
33
dos professores quanto dos alunos (Castro-Filho & Confrey, 2001). Para o professor,
basta visitar a página onde o Applet está situado. Por parte do aluno, é suficiente utilizar
a área delimitada pelo Applet.
Durante a investigação desenvolvida, foram também utilizados dois applets
criados pelo NCTM. O NCTM (National Council of Teachers of Matemathics) é uma
associação internacional de profissionais da educação que se dedica à melhoria do
ensino da matemática. Para além de definir algumas normas e princípios (Principles and
Standards for School Mathematics) que devem ser seguidos no ensino da Matemática, é
também responsável pela produção de diferentes materiais de apoio e de suporte para os
professores. Entre esses diferentes materiais encontram-se os apllets.
Num dos applets, os alunos tinham de completar o padrão apresentado para a
frente. Para o conseguirem tinham que arrastar as figuras que se encontravam na
margem direita para o lugar correcto.
Para interagir no Applet os alunos tinham de utilizar:
rato para arrastar as figuras geométricas para o lugar correcto;
reset board
next pattern se pretendessem mudar para um novo tipo de padrão.
Figura 4 Applet do NCTM Pattern Generator
34
Na utilização do outro applet, pretendia-se que os sujeitos criassem um módulo de
um padrão que produzisse diagonais da mesma cor numa grade. Para o conseguirem,
tinham de seleccionar o número de elementos do módulo do padrão que pretendiam criar
e seleccionar a sua cor.
Em seguida, tinham que activar os botões de acção do applet para que a grade
começasse a ser preenchida com o módulo escolhido pelo aluno.
No X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia realizado em
Braga (Universidade do Minho, 2009), Lino deu a conhecer um estudo realizado com
alunos do 9 º ano de escolaridade em que se recorreu ao computador e à utilização do
e de aprendizagem de Matemática. Este
estudo foi aplicado a 45 alunos, cuja média de idades, rondava os 16 anos. O
aproveitamento escolar dos alunos das turmas não era bom na globalidade das várias
disciplinas, essencialmente devido à falta de assiduidade regular por parte dos alunos.
No entanto, veio a verificar-se, no decorrer desta actividade, que os alunos se mostraram
interessados, trabalhadores e investiram na pesquisa, apesar de ter acontecido de uma
forma algo desorganizada. Como objectivos, foram fixados - desenvolver a capacidade
de análise e interpretação de gráficos, construir um modelo matemático através da
análise dos dados recolhidos, resolver graficamente sistemas de equações, identificar
situações onde um sistema fosse impossível ou indeterminado, descrever e explicar as
- Escolha da velocidade de preenchimento
- Escolha da cor
- Escolha do número de elementos do módulo - Módulo seleccionado
- Botões de acção que permitem o preenchimento da grade com o módulo (preenchimento módulo a módulo; preenchimento da totalidade da grade; pausa, parar).
Figura 5 - Applet NCTM - Pattern Unit Generator
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
35
estratégias e procedimentos utilizados, usar representações para modelar, interpretar e
analisar situações. O applet que foi utilizado foi deixado no ambiente de trabalho do
computador
bonecos e respectiva representação gráfica de modo que, no final da aula, pudessem
revelar, sintetizando, o que tinham aprendido. A exploração do applet apresentou-se
como uma tarefa fácil devido, segundo a
empatia que os alunos têm com qualquer . As dificuldades
apenas surgiram na organização e sistematização dos dados recolhidos. Durante este
estudo, constatou-se que os alunos que sempre mostraram maior desenvoltura para a
Matemática evidenciaram uma maior agilidade. Porém, pôde-se observar que os alunos
com pior desempenho participaram com gosto e revelaram conseguir realizar
aprendizagens mais significativas, do que em contexto de aula sem a utilização das
tecnologias. Quando foi debatido o tipo de aula que lhes tinha sido proporcionado durante
o estudo, os alunos mostraram-se francamente satisfeitos com ess e
muitíssimo entusiasmados. Acharam fácil trabalhar com o applet e sentiram-se mais
motivados para estudar Matemática. Nas considerações finais do estudo, é referido que
os alunos sentir-se-ão mais atraídos pela aprendizagem da Matemática se forem
utilizados recursos/instrumentos tecnológicos. Não se pode continuar a usar apenas os
manuais, fichas de trabalho, ou resolver problemas ligados à vida real, sem usar, para
esse efeito, os instrumentos de que actualmente se dispõe. Constatou-se que aqueles
realização das actividades e alguns até tomaram posições de liderança dentro do seu
grupo, na execução das tarefas. A utilização das TIC na Matemática, não só potencia a
aprendizagem dos alunos, como a formação dos professores.
Com a modernização das tecnologias, surgem nas escolas os quadros
interactivos. Um Quadro interactivo é um dispositivo de apresentação que é ligado ao
computador. As imagens do computador são projectadas para o quadro através de um
projector de vídeo onde podem ser vistas e manipuladas. Os utilizadores podem controlar
o software no seu computador ou no próprio quadro. Podem adicionar notas e usar
canetas próprias para o quadro interagindo, assim, no próprio quadro. Permite que o
professor ou o aluno guardem, em formato digital, o que produziram no quadro
possibilitando que volte a ser utilizado num outro momento e espaço. O Quadro
interactivo permite, também, a conexão com outros periféricos como máquinas
fotográficas ou de vídeo e possibilita a apresentação de imagens em tamanho maior
favorecendo uma melhor exploração de conteúdos.
36
As aplicações interactivas são essenciais para os educadores que querem
envolver os seus alunos numa aprendizagem com recurso à tecnologia. O quadro
interactivo é um dispositivo que combina essas qualidades, oferecendo experiências de
aprendizagem partilhadas a grupos de alunos bem como em ambientes de aprendizagem
à distância (EDUCARE HOJE, 2005).
Também Ball (2003) refere que a utilização do quadro interactivo encoraja os
professores a planear as aulas que tenham actividades interactivas para toda a turma
permitindo-lhes que olhem para a turma em vez de estarem preocupados com o teclado,
concentrando-se nas respostas dos alunos.
Num estudo sobre o uso dos quadros interactivos em sala de aula, levado a cabo
pelo Centro de Competência da Universidade de Aveiro que realizou em escolas da sua
área, foi possível verificar que:
A motivação de alunos e professores nas actividades com utilização do quadro é
evidente;
A concepção de materiais e as estratégias de utilização dos equipamentos requer
um grande investimento em termos de tempo;
Nem todos os professores com quadros interactivos disponíveis nos seus
As experiências que estão a ser desenvolvidas são interessantes e devem ser
partilhadas com os outros.
As ferramentas de apresentação estão cada vez mais presentes nas escolas.
Apesar de essa realidade não acontecer, ainda, na grande maioria das escolas do 1º
Ciclo do nosso país, o Plano Tecnológico tem contribuído para uma grande disseminação
de quadros interactivos pelas salas de aula das escolas dos outros ciclos de ensino.
Há alguns estudos que referem que o uso desta tecnologia tem efeitos positivos
nas aprendizagens dos alunos, aumentando os níveis motivacionais. Gerard et al (1999)
referem que o uso dos quadros interactivos aumenta a alegria e motivação nas aulas
para professores e alunos, ao permitir um uso mais variado e dinâmico dos recursos.
Levy (2002) refere que aumenta a motivação dos alunos e professores e Yager (1991)
acredita que apresentações multissensoriais aceleram e aumentam a compreensão e
que, além disso, prendem por mais tempo a atenção de quem está a assistir. Por outro
lado, experiências em escolas de diversos países demonstraram que a inserção de um
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
37
quadro interactivo em sala de aula altera as metodologias usadas pelos professores
contribuindo para a melhoria dos resultados dos alunos. Por exemplo, Smith (1999) refere
que os quadros interactivos inspiram os professores a mudar a sua pedagogia usando
mais as TIC, encorajando o seu desenvolvimento profissional.
Em 2002, a Universidade de Windsor conduziu um estudo que pretendia analisar
o impacto da utilização do quadro interactivo ao nível da Linguagem em alunos com
necessidades educativas especiais. O estudo pretendia investigar especificamente as
seguintes questões:
alunos com necessidades educativas especiais; estimula uma participação mais activa
nas actividades realizadas em sala de aula? Será que o QI desenvolve o processo ensino
De forma a atingir os objectivos do estudo, foi colocado um quadro interactivo
numa escola de Windsor por um período de um mês. O professor que esteve envolvido
no estudo teve formação na utilização do quadro interactivo e no software específico,
bem como instruções para que fizesse um uso constante do quadro interactivo durante
duas semanas para todas as actividades que desenvolvessem a componente linguística.
Após a aula, o professor facultava a cada aluno cópias de todas as anotações tomadas
durante a aula (guardadas em formato digital), e desta forma, os alunos poderiam estar
com toda a sua atenção focada nas actividades da aula. Todas as intervenções dos
alunos eram, de igual modo, gravadas.
Este estudo englobava três fases: uma primeira fase anterior à utilização do
quadro interactivo, uma segunda fase introdutória ao quadro interactivo, e por fim, uma
última fase após a utilização do quadro interactivo. Durante a primeira fase, os alunos
teriam as suas aulas a decorrer da forma habitual; de seguida, esses alunos assistiriam a
aulas que contavam com algum apoio do quadro interactivo; durante a terceira fase do
estudo, o quadro interactivo era continuamente utilizado durante as aulas. Os alunos
foram alvo de uma avaliação anterior e posterior à utilização do quadro interactivo. De um
modo geral, foi possível chegar às seguintes conclusões gerais:
Os alunos com dificuldades comportamentais melhoraram significativamente os
seus níveis de participação na aula;
A utilização do QI foi substancialmente positiva para os alunos com perturbações
sensoriais e tácteis, dado que as ferramentas do quadro interactivo facilitavam
imenso o seu contacto com o quadro, bem como da escrita.
38
Embora os resultados não representem grandes alterações nas aquisições de
competências linguísticas, verificou-se um nível significativamente mais elevado
de participação dos alunos com maiores dificuldades, manifestando maior
confiança nas suas tarefas.
Na opinião de Cogill (2004), citado por Spínola (2009), a utilização do Quadro
interactivo surte efeito para:
1. Estruturar a aula
2. Poupar tempo na escrita
3. Utilizar a tela com informação visível e perceptível por todos
4. Demonstrar competências
5. Atrair e reter a atenção das crianças
6. Mostrar imagens ou textos que nem sempre estão acessíveis a todos
7. Incentivar a turma com quizzes, diagramas e outros objectos visuais
8. Aumentar a participação da turma incentivando os alunos a escreverem as
respostas no quadro
9. Guardar o trabalho e poder revê-lo e analisá-lo mais tarde
10. Ajudar e permitir que os alunos criem as suas próprias apresentações
11. Promover o trabalho colaborativo
12. Aumentar as competências cognitivas dos alunos
Smith (2001) elaborou um relatório onde avalia a introdução do uso de quadros
interactivos em seis escolas primárias em Kent (Reino Unido). Descreve a introdução dos
quadros interactivos em turmas completas e também em grupos. Em particular, descreve
o impacto em Línguas e Matemática; Verifica, também, os problemas causados pela sua
localização e posição, concluindo a importância para o uso efectivo do quadro que é o
treino e a utilização de forma apropriada do software.
A utilização de algumas das ferramentas pedagógicas disponíveis pode potenciar
o uso do quadro interactivo. Os applets que se utilizaram durante esta investigação são
um exemplo dessas ferramentas que podem ser usadas pelos professores directamente
no quadro interactivo sem necessidade de usar outro software.
Na dissertação de mestrado de Spínola (2009), apresentada à Universidade de
Aveiro, conclui que o quadro interactivo pode efectivamente ser utilizado na aula para
aumentar o interesse e o empenho dos alunos, já que possibilita diversificar estratégias e
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
39
metodologias, facilitando deste modo a construção da aprendizagem. A autora considera
que o quadro interactivo desperta e motiva os alunos de todos os níveis de escolaridade
para a realização de novas descobertas pois faz recurso de uma aprendizagem baseada
em aplicações multimédia (imagens e sons associados a textos, etc.). Os alunos
consideraram que esta ferramenta lhes proporciona um maior envolvimento durante a
aprendizagem, num ambiente onde são incentivados a aprender e a interagir com
sucesso com os colegas, os professores e com a tecnologia. Os alunos do 1º Ciclo
afirmaram gostar das aulas quando usam o quadro interactivo e que se esforçam e
que aprendem muito e lembram-se
(142). Os alunos não
encontram dificuldades quando interagem com o quadro e acham mais fácil e divertido
trabalhar com os colegas. A totalidade dos educandos afirma que gostava de usar o
quadro interactivo mais vezes em sala de aula. Para que haja uma efectiva
implementação e rentabilização do quadro interactivo em contexto de aprendizagem, a
autora do estudo recomenda que este esteja permanentemente numa sala de aula,
colocado numa parede e ligado ao projector fixo no tecto. Deste modo, é possível
eliminar a possível apreensão dos professores e alunos em trabalhar com este
equipamento e evitar eventuais acidentes no quadro e nos fios. Este procedimento
eliminaria ainda a necessidade de calibrar constantemente o quadro.
Havendo na Escola do 2º ciclo do Agrupamento salas equipadas com Quadro
interactivo procurou-se, neste estudo, possibilitar aos alunos do 1º ano de escolaridade
um contacto com essa ferramenta tecnológica. Para além da colaboração entre escolas
de diferentes ciclos do mesmo agrupamento ter possibilitado uma partilha de
equipamentos possibilitou, também, uma troca de experiências e saberes entre docentes
e permitiu aos alunos o contacto com uma ferramenta informática que ainda não estava
presente na sua sala de aula.
No Quadro interactivo Interwrite é possível criar, manipular e visualizar
informação, controlar o computador com o recurso a canetas específicas. Durante a
interactivo e com a sua caneta seleccionaram o número de elementos do módulo do
padrão e a cor das células.
40
A utilização do quadro interactivo neste estudo permitiu aos alunos do 1º ano de
escolaridade um contacto com uma tecnologia que na maioria dos casos só acontece
com a entrada no 2º Ciclo do Ensino Básico.
Durante a intervenção didáctica, foram cinco as ferramentas informáticas
utilizadas pelos sujeitos da investigação. Foi utilizado o Programa
NCTM, o programa Paint
Neste ponto, procurou-se fazer referência a alguns estudos realizados sobre a utilização
de algumas ferramentas informáticas em meio escolar ao mesmo tempo que se
destacaram as ferramentas informáticas que assumiram um papel mais relevante durante
este estudo. Todas elas serviram para desenvolver competências tecnológicas e
matemáticas nos sujeitos da investigação.
As opções metodológicas parecem, assim, multiplicar-se e, apesar de o
computador no ensino não se resumir a teclado, rato, utilização de alguns softwares,
torna-se imprescindível a proposta de tarefas que promovam a capacitação para o uso
das tecnologias. Falamos de competências necessárias ao desenvolvimento de algumas
actividades em ambiente virtual: conhecer a plataforma, as ferramentas, programas,
como se coloca um CD, como se participa num fórum ou blog. Trata-se de um contacto
fundamental, uma vez que há alunos pouco familiarizados com este universo tecnológico
e, assim se possibilita a todos uma informação comum sobre as ferramentas e sobre os
materiais virtuais em curso. Só dominando os procedimentos informáticos básicos é
possível uma concentração em tarefas de nível superior proporcionadas pelos inúmeros
recursos que as diferentes ferramentas informáticas possibilitam.
2 - Padrões no 1º ciclo
Definir a Matemática como a ciência das regularidades e dos padrões tem sido
uma ideia amplamente aceite pelos matemáticos. O interesse pela busca de
regularidades e de padrões geométricos, de números e figuras acompanha esta ciência
desde a antiguidade e, portanto, os matemáticos atribuem à matemática o objectivo de
descobrir regularidades onde parece vingar o caos, ou seja, no meio da desordem e
confusão extrai-se a estrutura e a invariância. Pode mesmo considerar-se que a essência
da Matemática consiste em descobrir padrões e o nosso espírito parece estar preparado
para descobrir relações procuramos encontrar a ordem escondida
6). Esta procura atribui ao matemático, segundo Devlin (2002), a função de examinar
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
41
padrões abstractos padrões numéricos, padrões de forma, padrões de movimento,
Na realidade, vive-se num mundo de padrões e com eles interagimos diariamente:
nas fases da lua; nos favos hexagonais das abelhas; na música; na arquitectura; no
Reconhecer padrões permite, não só, o desenvolvimento de competências
matemáticas mas também um melhor conhecimento do mundo que nos rodeia. Segundo
Hohmann & Weikart (1997), actividades que envolvem diferenças e variações graduais,
criação de padrões e ordenação constituem uma forma importante de levar as crianças a
organizar e encontrar sentido neste mundo. No decorrer das suas brincadeiras, são
muitas vezes confrontadas com situações cuja resolução envolve processos de seriação,
classificação, ordenação. Nem sempre a sua lógica sobre as diferenças é a mais
correcta, pois encontram-se numa fase em que estão a desenvolver o sentido da ordem.
Para isso, contribuem as tentativas de organizar e expressar a sua compreensão das
diferenças, séries e padrões que, por parte, do educador devem sempre ser apoiadas e
incentivadas.
Encontram-se padrões por todo o lado.
Quando encorajadas a observar padrões e a exprimi-los matematicamente, as crianças
começam a compreender como a matemática se aplica ao mundo em que vivem.
Identificar e trabalhar com uma grande variedade de padrões ajuda a desenvolver a
capacidade de classificar e ordenar informação. Relacionar padrões numéricos com
padrões geométricos e com medidas ajuda a estabelecer conexões entre diferentes
tópicos matemáticos. Tais conexões alimentam o tipo de pensamento matemático que
constitui a base para ideias mais abstractas estudadas nos níveis posteriores
Vale, Palhares, Cabrita e Borralho (2006) consideram que, ao nível do Ensino
Básico, os padrões são um tema transversal que proporcionam uma boa base para a
aprendizagem da álgebra. O estudo dos padrões, tal como Orton e Orton (1999) afirmam,
contribuem para a construção de uma imagem mais positiva da Matemática; atraem e
motivam os alunos, porque apelam à sua criatividade; permitem o estabelecimento de
conexões matemáticas; ajudam a desenvolver a capacidade de classificar e ordenar
informação; permitem a compreensão da ligação entre a Matemática e o mundo em que
se vive e promovem o desenvolvimento das capacidades e competências dos alunos.
42
É neste sentido que o Currículo Nacional do Ensino Básico: Competências
essenciais (DEB, 2001) define que a matemática deve
testar conjecturas, f No mesmo documento, é ainda referido
que os alunos ao longo dos três ciclos do Ensino Básico devem desenvolver:
a predisposição para procurar padrões e regularidades e para formular
generalizações em situações diversas, nomeadamente em contextos numéricos e
geométricos;
a aptidão para analisar as relações numéricas de uma situação, explicitá-las em
linguagem corrente e representá-las através de diferentes processos, incluindo o uso
de símbolos;
a aptidão para concretizar, em casos particulares, relações entre variáveis e fórmulas
e para procurar soluções de equações simples.
No documento A Matemática na educação básica de Abrantes, é também
atribuída relevância à exploração de padrões e regularidades quando referem que
reconhecimento de regularidades em Matemática, a investigação de padrões em
sequências numéricas e a generalização através de regras que os próprios alunos podem
formular permitem que a aprendizagem da Álgebra se processe de um modo gradual e
ajudam a desenvo (Serrazina e Oliveira, 1999, 111).
aprender
uma matemática significativa e/ou envolver-se na sua aprendizagem facultando-lhes um
ambiente que se relacione com a sua realidade e experiências
É, portanto, necessário que a prática pedagógica envolva o aluno no estudo dos
padrões de modo a fomentar uma formalização gradual do pensamento matemático.
Vem também neste sentido a opinião de Isabel Vale et al (2009), a qual atribui à
educação matemática
mais variadas situações, promovendo a formação de cidadãos participativos, críticos e
confiantes nos modos como lidam com a matemática. Para isso é preciso destacar a
especificidade da matemática nomeadamente como ciência das regularidades e da
(58). Os mesmos autores
acrescentam, ainda, que a competência matemática que todos os alunos devem
desenvolver ao longo da educação básica inclui, entre outros aspectos, a
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
43
para raciocinar matematicamente, isto é, para explorar situações problemáticas, procurar
regularidades, fazer e testar conjecturas, formular generalizações, pensar de maneira
Também o novo Programa de Matemática do Ensino Básico, homologado a 28 de
Dezembro de 2007, o qual apela à exploração e investigação de regularidades logo
desde o primeiro ano de escolaridade. Este documento aponta como um dos objectivos
ger Explorar regularidades e formular e investigar
conjecturas matemáticas
anos de escolaridade e surgem ao longo dos grandes temas em que se encontra
organizado: Números e Operações, Álgebra, Geometria (incluindo a medida) e
Organização e tratamento de dados.
No tema Números e Operações é possível encontrar referências a termos como
padrões, regularidades, sequências, regra, lei de formação e sucessões. O Programa de
Matemática do Ensino Básico 1º Ciclo Anotado (2010) refere a importância do estudo das
regularidades no 1º Ciclo - Os alunos devem procurar regularidades em sequências de
números finitas ou infinitas (estas usualmente chamadas sucessões), e podem também
observar padrões de pontos e representá-los tanto geométrica como numericamente,
fazendo conexões entre a geometria e a aritmética. Este trabalho com regularidades
generalizáveis, segundo regras que os alunos podem formular por si próprios, ajuda a
desenvolver a capacidade de abstracção e contribui para o desenvolvimento do
pensamento algébrico
No tema Geometria e Medida, relativo ao 1º Ciclo, as indicações Metodológicas
trabalhos de arte decorativa (azulejos, bordados e
tapetes aspectos
proporcionar
Porém, um dos grandes desafios deste novo Programa situa-se no domínio da
Álgebra, uma vez que se considera como uma forma de pensamento matemático desde o
1º C A
observação de padrões, a sua descrição e generalização tem sido considerada uma
abordagem relevante na transição da aritmética para a álgebra
44
Trata-se de referências que confirmam o interesse crescente em torno dos
padrões e regularidades no ensino da matemática, viabilizando a importância deste
estudo.
2.1 - Conceitos e tipologias
À primeira vista, o conceito de padrão pode parecer simples. No entanto, parece
haver alguma dificuldade em eleger uma definição com a qual todos os investigadores
estejam de acordo.
Na opinião de Papic e Mulligan (2005), um padrão pode ser definido como uma
regularidade numérica ou espacial, debruçando-se a matemática sobre a relação
existente entre os vários componentes de um padrão.
De acordo com Vale et al (2005), o conceito de Padrão é utilizado quando há
referências a uma disposição ou arranjo de números, formas, cores ou sons onde se
detectam regularidades que interagem entre si de acordo com regras lógicas. Procurar a
lógica destas relações é, na opinião de Davis e Hersh (1995), o objectivo da matemática.
Todavia, o conceito de padrão não se reduz à ideia de repetição. Os mesmos autores
(id) ao conceito de padrão estão
associados termos como: regularidade(s), sequência, motivo, regra e ordem
Stewart (1996, 11) fala da grande diversidade de padrões que nos rodeiam,
podendo ser numéricos, geométricos, de movimento e do espaço. A numeração das
casas de uma rua pode apresentar um padrão: números pares de um lado e ímpares do
outro. Os mosaicos e azulejos de decoração, geralmente, compõem um padrão
geométrico. Quando se caminha usa-se os pés tocam o solo de forma
regular: esquerda- direita, esquerda-direita, esquerda-direita
Recorrendo ainda a Stewart (id a mente e a cultura humanas desenvolvem
um sistema formal de pensamento para reconhecer, classificar e explorar padrões
Padrões que, conforme o critério de classificação, podem assumir diversas tipologias:
os que apelam aos orgãos dos sentidos
referentes ao movimento estático ou animado;
de repetição repetitivo ou não;
relativos à ordem crescente ou decrescente;
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
45
os predominantemente matemáticos numéricos, geométricos ou mistos;
Já Zazkis e Liljedahl (2002) consideram que se podem identificar seis
tipologias diferentes de padrões:
padrões numéricos;
padrões geométricos;
padrões em procedimentos computacionais;
padrões lineares e quadráticos;
padrões repetitivos.
Vale et al o padrão no qual há um
motivo identificável que se repete de forma cíclica indefinidamente
Um exemplo de um padrão repetitivo é a sucessão de dias da semana. Vale et al
(2009) defendem que este tipo de padrões deve ser trabalhado com crianças pequenas,
exploração mais aprofundada que abrange ideias
matemáticas fortes, incluindo processos de generalização onde o pensamento algébrico
é fulcral es autores devem evitar-se as meras explorações
superficiais com padrões, mesmo quando se trata de um trabalho com crianças
pequenas. O estudo dos padrões deve iniciar-se com padrões simples, do tipo AB, AB,
AB, com manipulação de figuras que se alteram sucessivamente. No entanto, deve
prolongar-se com a exploração de padrões de outro tipo, como AAB, AAB, AAB ou ABB
para a
estrutura do padrão, independentemente dos referentes originais, por permitir comparar e
por proporcionar um caminho para a abstracção e para a generalização et al,
2009, 14)
Os padrões de crescimento inserem-se nos padrões não repetitivos, como os que
envolvem a sequência dos números naturais. Os mesmos autores defendem que este
tipo de padrões fornece explorações mais ricas e variadas, contribuindo para o
desenvolvimento da capacidade de abstracção. (16)
Um padrão numérico, como o da sucessão de Fibonacci, representa uma
regularidade, um modelo, uma sequência, onde é possível identificar o próximo número.
Todavia, a simples sequência 1212121212
46
que aqui não se questiona o conceito de número nem as relações entre eles. Na
realidade, este é do mesmo tipo que ABABABAB
Na exploração dos padrões geométricos, apela-se à forma, congruência e
semelhança, ao passo que nos mistos se associam estes dois temas. Exemplos desta
Perante a diversidade de padrões, cabe ao professor a responsabilidade de
planear, aplicar e avaliar as abordagens dos diversos tipos de padrões de modo a
maximizar a aprendizagem e o desenvolvimento das competências que lhe estão
associadas.
2.2 - Importância do trabalho com e sobre padrões
Tal como foi referido anteriormente, os padrões são já considerados por muitos
investigadores como a essência da matemática. Encontram-se subjacentes à
diversidade dos tópicos matemáticos e proporcionam aos alunos a oportunidade de
observar, verbalizar as suas generalizações e registá-las simbolicamente (English &
Warren, 1998). E o facto de verbalizarem relações, registarem e de fazerem previsões
desenvolve, de acordo com Barros e Palhares (1997), o pensamento e o raciocínio
matemático, principalmente o raciocínio lógico.
Vale, et al (2005) apelam à exploração dos padrões no ensino da matemática por
considerarem que se trata de uma forma de ajudar os alunos a realizar uma
aprendizagem significativa da matemática e lhes permitir um maior envolvimento na sua
aprendizagem ao mesmo tempo que lhes faculta um ambiente de aprendizagem mais
próximo da sua realidade e das suas experiências.
É, também, reconhecido por vários investigadores que o trabalho com e sobre
padrões facilita a aquisição e desenvolvimento de competências matemáticas
nomeadamente, no que se relaciona com a generalização, a resolução de problemas, a
comunicação (em) matemática (Nummela & Rosengren, 1986; Payne & Huinker, 1993;
McClain & Cobb, 1999 citados por Copley 2000). Vale & Pimentel (2005) afirmam que a
procura e identificação de padrões utilizam e enfatizam a exploração, investigação,
conjectura e prova, desafiando os alunos a recorrer às suas destrezas de pensamento e
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
47
ordem. Nickson (2000) acrescenta ainda o desenvolvimento da capacidade espacial e da
aprendizagem de conceitos geométricos.
Outros pesquisadores como Mason (1996) encaram o estudo com generalização
de padrões como importante para que os alunos criem expressões algébricas ou
mecanismos que conduzam a estas, dando sentido à utilização dos símbolos e ao
pensamento algébrico. Trata-se de uma opinião partilhada por Lee (1996) e English &
Warren (1998) que se referem à exploração dos padrões como forma de chegar ao
formalismo algébrico. Também Lee e Freiman (2006) corroboram esta ideia ao afirmarem
que o contacto precoce com padrões matemáticos potencia o desenvolvimento da
linguagem algébrica e facilita a realização de actividades de álgebra. Kaput (1999) sugere
que em tarefas referentes à análise de padrões e regularidades sejam utilizados
símbolos. Na sua perspectiva, este tipo de tarefas contribui para que os alunos se sintam
mais seguros e confortáveis a trabalhar com símbolos, e permite que estes experimentem
a Matemática de uma forma que incentive a compreensão. Os alunos devem ser
incentivados, desde cedo, a desenvolver capacidades que lhes permitam identificar e
descrever padrões e regularidades bem como continuar um determinado padrão ou criar
novos padrões.
Vale & Pimentel (2005) confirmam que o aspecto generalizador da Álgebra é
valorizado pelo trabalho com padrões numéricos ou figurativos, pois torna propício o
desenvolvimento do pensamento algébrico ao promover investigação e manipulação
adequada para a descoberta de uma regra geral que identifique todos os casos
Na medida em que a matemática é a ciência dos
padrões, ela trata da procura da estrutura comum subjacente a coisas que em tudo o
resto parecem completamente diferentes. Deste modo o uso de padrões é uma
componente poderosa da actividade matemática, uma vez que a sua procura é
indispensável para conjecturar e generalizar
Vale e tal álgebra pode ser definida como um sistema
matemático utilizado para generalizar algumas operações matemáticas permitindo que
letras ou outros símbolos substituam os números (6) Citam ainda a opinião de Tall
a procura de padrões numéricos.
48
Neste contexto, uma prática pedagógica que recorra aos padrões como opção
metodológica contribui para o desenvolvimento de diversas competências matemáticas e
transversais a outras áreas do currículo.
Threlfall (1999), num estudo que realizou com crianças entre os três e os cinco
anos de idade, defende que o uso de padrões repetitivos constitui um veículo para o
trabalho com símbolos, um caminho conceptual para a Álgebra e um contexto para a
generalização. No entanto, verificou que as crianças mais novas podem gerar padrões
repetitivos usando métodos rítmicos, não os compreendendo. A regularidade de um
padrão repetitivo pode ter por base um ritmo que lhes permite realizar com sucesso a sua
continuação ou a generalização do seu próprio padrão repetitivo. O mesmo autor
verificou, no entanto, que, na generalização de padrões, a abordagem rítmica não é
suficiente, sendo necessário que os alunos compreendam a unidade que se repete.
Nestas idades, as crianças nem sempre têm desenvolvidas capacidades que lhes
permitem explorar o conceito de unidade que se repete. Neste contexto, Threlfall sugere
que o trabalho com padrões repetitivos seja continuado para além dos primeiros anos
com a intenção de aprofundar a exploração do padrão com base na compreensão dessa
unidade. Na opinião do autor, com alunos mais velhos, será possível estabelecer
generalizações com significado.
Bishop (1995) realizou, nos Estados Unidos da América, um estudo que envolveu
alunos dos 7º e 8.º Anos e considerou ser necessário recolher mais informação acerca do
modo como os alunos pensam sobre padrões. O autor estudou as estratégias usadas
pelos alunos na resolução de problemas que envolviam sequências de perímetros e de
áreas de figuras (neste caso, usando como unidade de comparação uma unidade de
área), para encontrar os perímetros e as áreas de figuras de certa ordem, para
generalizar as relações no padrão e para as representar simbolicamente. Na análise dos
resultados obtidos durante a sua investigação, surgem quatro tipos de pensamento
utilizados na análise dos padrões desse estudo:
1. modelo e contagem;
2. descrição das relações com operações únicas;
3. figuras consecutivas;
4. expressões simbólicas apropriadas.
Os alunos que se encontram no primeiro grupo representam as figuras do padrão e
realizam contagens de modo a encontrar a área ou o perímetro de cada uma delas, sem
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
49
que para isso identifiquem a relação entre a sua ordem e o seu perímetro ou a sua área.
Quando lhes é pedido que generalizem o método para determinar o perímetro ou a área,
dão indicações verbais para a contagem dos números de lados da figura. No segundo
caso, identificam a existência de uma relação entre a ordem da figura e o seu perímetro
ou área, no entanto, não a compreendem inteiramente, expressando-a apenas com uma
operação simples. Os que constituem o terceiro grupo são capazes de estabelecer
relações entre o perímetro ou a área de figuras consecutivas. Apesar de esta estratégia
conduzir ao resultado correcto no caso de a ordem da figura ser pequena, não
generalizam toda a situação. Os alunos do último grupo reconhecem as relações entre a
ordem de uma figura e o seu perímetro ou área e expressam-nas simbolicamente. Este
estudo sugere, ainda, que a realização de tarefas que envolvam padrões promove a
capacidade de pensar sobre relações matemáticas e de expressá-las simbolicamente.
Segundo o autor, deve dar-se especial atenção à identificação e representação de
relações entre as componentes de um padrão, uma vez que os alunos que não
conseguem desenvolver expressões simbólicas têm dificuldades em usar equações para
responder a questões sobre padrões.
Na sua dissertação de mestrado, Modanez (2003) propôs-se realizar uma análise
sobre o modo como uma sequência de ensino baseada nos padrões geométricos poderia
proporcionar aos alunos a introdução ao pensamento algébrico. Na realização das
primeiras tarefas, a autora observou algumas dificuldades por parte dos alunos na
realização da descrição e justificação de algumas respostas. No entanto, com o decorrer
do tempo, e devido às características das tarefas aplicadas, os alunos foram-se
apresentando mais autónomos, além de conseguirem levantar hipóteses e justificarem
conjecturas com mais facilidade. Tal como já tinha verificado Amaral (2003) no seu
trabalho, também Modanez verificou que os alunos não recorriam aos conteúdos
trabalhados anteriormente para resolver as tarefas. Em particular, a maioria dos alunos
não recorreu aos seus conhecimentos sobre área e perímetro durante a resolução das
tarefas. Por outro lado, a autora refere que os alunos não sentiram dificuldades em
utilizar os diferentes tipos de registo, conseguindo converter os dados presentes nas
figuras em dados numéricos. Desta forma, depois de analisar o desempenho dos alunos,
Modanez considera que a metodologia adoptada contribuiu de uma maneira significativa
para o desenvolvimento do seu pensamento algébrico.
Pegg e Redden (1999) consideram que muitas das críticas associadas à
aprendizagem da álgebra poderiam ser minimizadas se esta fosse introduzida com o
50
recurso à exploração de padrões. Também Ferrini-Mundy, Lappan e Phillips (1999)
descrevem como o conhecimento matemático pode ser desenvolvido através da
resolução de problemas que envolvam padrões e como a álgebra surge como um modo
de generalizar e representar esse conhecimento. Por sua vez, Schultz (1999) também
apresenta uma forma diferente de apresentar a álgebra aos alunos. Segundo este autor,
assim que estes completam diferentes tipos de sequências, baseadas em objectos,
figuras ou números, e comunicam aquilo que estão a fazer, estão a desenvolver a
linguagem algébrica. Curcio, Nimerofsky, Perez e Yaloz (1997) também relatam o
trabalho que desenvolveram com os seus alunos, onde procuram descrever o entusiasmo
por eles sentido quando lhes é dada oportunidade para resolver problemas, explorar
padrões e fazer conjecturas. Os mesmos autores acreditam que, assumindo uma
abordagem indutiva na generalização de padrões, são proporcionadas aos alunos,
experiências significativas, começando-se a desenvolver o raciocínio algébrico.
Orton e Orton (1994) apresentam quatro estudos que realizaram com indivíduos
de diferentes níveis etários. Um destes foi realizado com adultos e outro com um grupo
de 350 crianças com idades entre os 11 e os 12 anos. Nos restantes estudos, recorreram
a entrevistas individuais realizadas a alunos entre os 9 e os 13 anos de idade.
Pretendiam compreender a percepção e o uso que os alunos atribuíam aos padrões e o
tipo de generalizações que conseguiam descrever. Foi proposto ao grande grupo de
alunos que analisasse os números presentes nas linhas da seguinte figura:
Figura 6 - Padrão (Orton & Orton, 1994, 409)
Perante esta proposta, a maior parte dos alunos explicou as sequências,
recorrendo apenas às diferenças que existiam entre termos sucessivos. Foi também
pedido que mostrassem as expressões algébricas relativas a cada sequência numérica.
No entanto, os alunos mostraram alguma dificuldade perante esta tarefa e somente
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
51
metade conseguiu realizar algumas tentativas. Por exemplo, perante a linha A, mais de
40% não responde e apenas 4% escreve a expressão n2, ou equivalente. Todavia,
verificou-se uma tendência para o uso da linguagem natural na expressão de
generalizações próprias, havendo mais de 50% dos alunos a referirem-
No estudo que recorreu a entrevistas individuais a 24 alunos com 11 e 12 anos de
idade, os investigadores procuraram analisar a percepção dos indivíduos perante a
exploração de padrões numéricos, baseados em sequências de algumas figuras
construídas com paus de fósforos. Pretendia-se que, perante diversos padrões, os
indivíduos indicassem o número de fósforos necessários para a formação das figuras da
sequência e que previssem quantos seriam necessários na construção de outras figuras,
não representadas, que respeitassem o padrão. Verificou-se que a estratégia mais
seguida foi a aditiva, com utilização frequente da respectiva operação. Foram poucos
aqueles que conseguiram estabelecer a relação linear entre a ordem da figura e o seu
número de fósforos, tendo havido somente um aluno a conseguir uma fórmula adequada.
Houve até um número bastante expressivo de alunos (quase metade) que adoptou o
procedimento incorrecto de determinar o número de fósforos da figura de ordem dez
recorrendo ao dobro do número de fósforos da figura de ordem cinco.
Relativamente aos estudos que envolveram as entrevistas individuais, houve já
alguns alunos a realizar métodos de generalização para determinar termos de uma
sequência em particular, mas esta capacidade de generalização não se estendeu a
outras sequências. Houve quem conseguisse apontar uma resposta numérica e outros
apenas mostraram a relação usando palavras. Porém, o número de alunos a conseguir
expressar essa relação de um modo algébrico foi muito baixo.
Relativamente a estes quatro estudos, há a destacar o facto de que as
dificuldades aritméticas podem representar uma condicionante ao desempenho dos
alunos nestas tarefas; que o foco numa abordagem recursiva pode constituir um
obstáculo à determinação de uma regra geral; que os alunos adoptam métodos de
generalização inapropriados e que os métodos idiossincráticos são adoptados por alunos
de um modo imprevisível.
Os casos que foram apresentados anteriormente são apenas alguns exemplos
resultantes de experiências onde os padrões assumiram um papel primordial, em
particular relacionados com o estudo da álgebra. Pode-se realçar que essa relação tem
52
vindo a tornar-se cada vez mais pertinente nos diferentes níveis de ensino, deixando para
trás a ideia de que a álgebra deve ser abordada apenas com alunos mais velhos, nos
anos de escolaridade mais avançados.
A respeito desta progressiva importância que se tem vindo a atribuir ao estudo
dos padrões, nomeadamente no currículo, ainda foram poucos os estudos realizados nas
salas de aula do 1º Ciclo das Escolas do nosso país. No entanto, é já possível encontrar
alguns resultados de investigações sobre esta temática realizados no pré-escolar e em
outros níveis de ensino em escolas portuguesas. Na sua dissertação de mestrado
intitulada - , Ventura (2008) pretendeu
avaliar em que medida as crianças com idades compreendidas entre 3 e os 4 anos
seriam capazes de desenvolver competências que lhes permitiriam identificar, reproduzir
e completar padrões, sequências e/ou regularidades que pressupunham a identificação
e/ou criação de módulos que permitiam o trabalho com padrões, de tipos diferentes e
gradativamente mais complexos. Nesse estudo, e depois de ter sido dado maior
relevância: à reprodução de padrões - orais e com material manipulativo; à criação de
padrões - sem e com delimitação de espaço e ao completamento de sequências, foi
apresentado como conclusão o facto de a prática de tarefas estruturadas em torno do
estudo dos padrões não fazerem parte ainda das rotinas diárias das salas de aula do pré-
escolar. No entanto, verificou-se um bom desempenho na reprodução oral de padrões
simples de repetição por parte destas crianças, salientando-se a prestação de alguns
indivíduos por terem sido capazes de reproduzir padrões de tipo mais complexo. No que
diz respeito à reprodução de padrões com material manipulativo, constatou-se que, na
reprodução de padrões de tipo e complexidade diferente, as crianças mostraram algumas
dificuldades quando o número de elementos do material manipulativo não era múltiplo do
módulo do padrão criado. Também na reprodução de padrões em papel se verificaram
dificuldades no desempenho das crianças envolvidas nesse estudo. Constatou-se que,
quando as crianças utilizavam padrões com um módulo composto por poucos elementos
(do tipo AB), as tarefas eram concluídas com sucesso. Se utilizassem módulos de
ABC,
- não conseguiam manter o módulo ou não terminavam as
tarefas. Em contrapartida, nas tarefas onde se propunha o completamento de um padrão,
não se verificaram dificuldades, mesmo em situações mais complexas. Relativamente à
criação de padrões, onde lhes foi exigido a apropriação do sentido de padrão e
mobilização de aprendizagens, nomeadamente, relacionadas com a identificação de
módulos e de regras implícitas à sua replicação para a formação de sequências,
Capítulo 2 Enquadramento Teórico
53
verificou-se que em tarefas onde não havia qualquer limitação de espaço se criaram
padrões mais complexos. Porém, o mesmo não aconteceu nas tarefas onde havia
espaços previamente delimitados. Nessas tarefas, ou os sujeitos não utilizam as linhas
todas, porque consideram que o padrão está concluído na primeira linha, ou não utilizam
os espaços todos por estes não serem múltiplos do módulo do padrão que criaram. Na
tarefa onde lhes foi dada uma grade de 5x7 para a criação de um padrão, apresentaram
algumas dificuldades, nomeadamente no momento de mudança de linha. Algumas
crianças não conseguiam manter o módulo do padrão, outras alinharam os elementos do
módulo em coluna, violando a lei de formação. No seu estudo, Ventura refere como
tarefas complexas, para crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 4 anos de
idade, aquelas que envolvem a reprodução no papel de padrões em diversos formatos e
a criação de padrões com limites preestabelecidos. Acrescenta, ainda, que são mais
simples e acessíveis as tarefas que envolvem a reprodução oral dos padrões e o
exercício de leitura do módulo ou da sua sequência.
F
56
1 - Opções metodológicas
Um estudo de caso bem sucedido fornecerá ao leitor uma ideia tridimensional, pois ilustrará relações, questões micro políticas e padrões de
Bell
Recorde-se que o estudo que se desenvolveu tinha como principal objectivo
avaliar o impacto da exploração de algumas ferramentas informáticas no
desenvolvimento de competências Matemáticas, nomeadamente aquelas que estão
relacionadas com o sentido do número, através da identificação, replicação, continuação,
completamento (próximo e distante) e criação de padrões e no desenvolvimento de
competências tecnológicas. Mais concretamente, pretendia-se avaliar em que medida a
utilização de alguns CD-ROMs, Applets e o programa Paint podem contribuir para que
crianças do 1º Ciclo sejam capazes de desenvolver competências que lhes permitam:
descrever, identificar, reproduzir, continuar, completar e criar padrões de tipos
e grau de complexidade diferente;
desenvolver o sentido do número;
conhecer e utilizar melhor o computador e alguns dos seus recursos.
Neste contexto, optou-se por um estudo de caso múltiplo exploratório que se
desenvolveu num contexto de investigação-acção. O professor titular da turma onde
decorreu o estudo assumiu o papel de investigador.
Na opinião de Yin (1994), no estudo de caso procura-se compreender, explorar ou
descrever acontecimentos nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos
factores. Considera, por isso, que esta abordagem se adapta à investigação em
educação.
Benbasat et al (1987) consideram que um estudo de caso deve possuir
determinadas características, designadamente:
o fenómeno deve ser observado no seu ambiente natural;
Capítulo 3 Método
57
Os dados devem ser recolhidos utilizando diversos meios (Observações
directas e indirectas, entrevistas, questionários, registos de áudio e vídeo,
diários, cartas, entre outros);
Uma ou mais entidades (pessoa, grupo, organização) são analisadas;
A complexidade da unidade é estudada aprofundadamente;
Não são utilizadas formas experimentais de controlo ou manipulação;
Os resultados dependem fortemente do poder de integração do investigador;
Podem ser feitas mudanças na selecção do caso ou dos métodos de recolha
de dados à medida que o investigador desenvolve novas hipóteses;
A pesquisa envolvida com questões "como?" e "porquê?" ao contrário de o
quê? e quantos?
Coutinho e Chaves (2002), ao realizarem um estudo mais aprofundado sobre o
estudo de caso, consideram cinco características nessa opção metodológica:
logo te em termos de tempo,
eventos ou processos [que] nem sempre são claras e precisas primeira
tarefa do investigador é, pois,
e precisa;
Trata-se de algo, que há que identificar para conferir foco e
direcção à investigação
T único,
específico, diferente, complexo do caso 1998). A palavra holístico é
muitas vezes usada nesse sentido;
A investigação decorre em ambiente natural;
O investigador recorre a fontes múltiplas de dados e a métodos de recolha
muito diversificados: observações directas e indirectas, entrevistas,
questionários, narrativas, registos áudio e vídeo, diários, cartas, documentos,
etc. (224).
Gomez, Flores & Jimenez (1996, 99), citados por Coutinho e Chaves (2002),
concluem que, bem vistas as coisas, os objectivos que orientam um estudo de caso
podem ser em tudo coincidentes com os da investigação educativa em geral: explorar,
descrever, explicar, avaliar e/ou transformar
Lessard-Hébert et al. (1994), citando Bruyne et al. (1975), dizem que uma das
tão numerosas e tão
F
58
pormenorizadas a a abranger a totalidade da situação,
socorrendo-se de variadas técnicas de recolha de informação, como observações,
entrevistas, documentos. Este estudo pretendeu relatar e interpretar o que os sujeitos-
casos realizaram e a forma como reagiram às propostas de trabalho. A investigação
assumiu um carácter exploratório (na perspectiva apresentada em Cabrita, 1998) e as
actividades foram introduzidas em consonância com as actividades do Projecto Curricular
de Turma. Optou-
professor/investigador se encontra pessoalmente implicado ao nível de um estudo
aprofundado de casos particulares. Coutinho e Chaves (2002), citando vários autores,
examina- casos)
em detalhe, em profundidade, no seu contexto natural, reconhecendo-se a sua
complexidade e recorrendo-se para isso a métodos que se revelem apropriados
-acção é um tipo de investigação
aplicada na
é ele que conduz a investigação, seguindo os critérios estabelecidos pela tradição da
investigação.
Também nesta perspectiva de investigação, Carmo e Ferreira (1998) defendem
que: O propósito da investigação-acção é resolver problemas de carácter prático,
através do emprego do método científico. A investigação é levada a cabo a partir da
consideração da situação real. Não tem como objectivo a generalização dos resultados
obtidos e portanto o problema do controlo não assume a importância que apresenta
noutras investigações. A sua principal finalidade é a resolução de um dado problema para
o qual não há soluções baseadas na teoria previamente estabelecida
Manion (1990) ainda opinam que este tipo de investigação é adequado em contexto
escolar sempre que se pretende alguma melhoria de prática pedagógica, devido às suas
Bell para concluir que a investigação- consiste numa abordagem que se revela
particularmente atraente para os educadores devido à sua ênfase prática na resolução de
problemas, devido ao facto de serem profissionais a levarem a cabo a pesquisa e esta
visar um maior entendimento e aperfeiçoamento do desempenho durante um certo
período de tempo 22).
Capítulo 3 Método
59
2 - Design Investigativo
Procurando proporcionar uma mais fácil compreensão da forma como a
experiencia decorreu, apresenta-se de seguida um esquema que traduz as principais
etapas investigativas, relacionando-as com as principais técnicas e instrumentos de
recolha de informação e os recursos multimédia usados no estudo. Uma descrição mais
pormenorizada será apresentada mais à frente neste capítulo.
Análise documental - Teste
Caracterização do público-alvo
Realização de Pré-testes
Planificação da intervenção didáctica
Implementação da intervenção didáctica
Realização de Pré-testes
Observação directa - Grelhas de Registo - Registo fotográfico - Registo de vídeo - Diário de bordo
Observação directa - Registo fotográfico - Registo de vídeo - Diário de bordo
Análise documental - Produções dos alunos
Inquirição - Conversas informais
Análise documental - Teste
Observação directa - Grelhas de Registo - Registo fotográfico - Registo de vídeo - Diário de bordo
Técnicas e instrumentos
Análise documental - Projecto Educativo
- Projecto Curricular de Turma - Registos Biográficos
- Ficha de Caracterização do aluno
Análise documental - Teste
Caracterização do público-alvo
Realização de Pré-testes
Planificação da intervenção didáctica
Implementação da intervenção didáctica
Realização de Pós-testes
Observação directa - Grelhas de Observação
- Registo fotográfico - Registo de vídeo - Diário de bordo
Observação directa - Registo fotográfico - Registo de vídeo - Diário de bordo
Análise documental - Produções dos alunos
Inquirição - Conversas informais
Análise documental - Teste
Observação directa - Grelhas de Observação
- Registo fotográfico - Registo de vídeo - Diário de bordo
Técnicas e instrumentos
Análise documental - Projecto Educativo
- Projecto Curricular de Turma - Registos Biográficos
- Ficha de Caracterização do aluno
Análise documental - Teste
Ferramentas informáticas - Computador de secretária -
- CD Rom Aula Mágica e Já Está
- Applet da NCTM - Programa Paint
- Quadro Interactivo
Figura 7 Design Investigativo
F
60
3 - Participantes no estudo
O estudo desenvolveu-se numa turma da qual o professor/investigador é titular,
composta por um grupo de 21 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 7
anos e que frequentavam, no ano lectivo 2008/09, o 1º ano de escolaridade de uma
Escola da zona de Leiria no concelho da Marinha Grande. É um edifício do tipo Plano
Centenário com 8 salas de aula que possui, no seu exterior, um polivalente e vários
espaços amplos para as crianças poderem brincar. Funciona, num outro edifício, uma
Biblioteca Escolar com espaço Ludoteca.
Catorze dos alunos são do sexo masculino e sete do sexo feminino. Todos os
alunos frequentaram a Pré-escola. Treze alunos tinham frequentado, no ano anterior, a
mesma Pré-escola e oito vieram de duas salas da Pré-escola de um Jardim Infantil da
zona de Vieira de Leiria.
Formaram um grupo heterogéneo com relações de amizade bem definidas e
revelavam-se afectuosos e companheiros entre si.
Nº total de alunos: 21 Rapazes - 14 Raparigas - 7
Idade
6 anos 7 anos 6 anos
13 1 7
Quadro 4 Idade dos alunos da turma por sexo
Os alunos, na sua maioria, eram algo conversadores e revelavam períodos de
atenção reduzidos característicos da sua faixa etária. Procuravam cumprir as regras da
sala mas, por vezes, manifestavam mais vontade em brincar do que terminar as tarefas
escolares que lhes estavam destinadas. Gostavam de participar em jogos e de realizar
trabalhos de grupo.
Mostravam-se interessados pelas novas aprendizagens e por estabelecer bom
relacionamento entre os diferentes elementos que faziam parte da comunidade escolar.
Na turma, existiam alunos que se apresentavam pouco autónomos na realização
das actividades do quotidiano, eram demasiado lentos na concretização dos seus
trabalhos e apresentavam um baixo poder de concentração/atenção, exigindo um apoio
individual quase constante. Havia também um grupo de alunos que apresentava um bom
ritmo de trabalho, boa organização e empenho na concretização dos trabalhos.
Capítulo 3 Método
61
Da análise dos Registos Biográficos dos alunos da turma, constata-se que 16
alunos possuíam computador em casa e, desses, 11 tinham ligação à Internet. Todos os
alunos e Encarregados de Educação manifestaram interesse na aquisição do computador
ano lectivo. A sua distribuição na Escola começou a ser feita a
partir de 19 de Dezembro de 2008.
Nº total de alunos da turma 3A: 21 Nº de Alunos com computador
em casa Nº de Alunos com ligação à Internet
em casa Nº de alunos com o Computador
Magalhães
16 11 20 Quadro 5 Número de alunos com ligação à Internet em casa
Apesar de se ter envolvido toda a turma na investigação desenvolvida, foram
escolhidos quatro dos vinte e um alunos da turma e que constituíram os diferentes casos
em estudo. Essa escolha aconteceu após a realização da análise documental dos
Registos Biográficos e da elaboração do Projecto Curricular de Turma pelo
professor/investigador. Durante a preparação do estudo, foi possível observar, nesses
alunos uma boa apetência para lidar com situações matemáticas e também mostraram
grande interesse em utilizar as tecnologias. Estes alunos apresentaram também uma boa
capacidade comunicativa e alguma desinibição, tendo esses factores contribuído para a
escolha dos sujeitos. Dois desses casos são do sexo feminino e 2 do sexo masculino,
tendo 6 anos de idade. Foi-lhes atribuído um nome fictício de forma a assegurar o seu
anonimato. Os sujeitos Augusto e Lúcia tinham computador em casa e os sujeitos Gaspar
e Mónica não. Os que tinham computador em casa tinham acesso à Internet mas apenas
a Lúcia a utilizava para realizar alguns jogos.
Apresenta-se, na tabela seguinte, alguns dados dos alunos que serviram de
sujeitos do nosso estudo.
Sujeitos (nomes fictícios)
Idade Possui Computador de Secretária em
Casa
Possui o Computador
Tem ligação à Internet
Augusto 6 Sim Sim Sim
Gaspar 6 Não Sim Não
Lúcia 6 Sim Sim Sim
Mónica 6 Não Sim Não
Quadro 6 Dados sobre os sujeitos do estudo
F
62
4 - Técnicas e instrumentos de recolha de dados
Tuckman (2000, 516) refere que as fontes de obtenção de dados que se podem
utilizar num estudo de caso são normalmente de três tipos: análise de vários
documentos, através da observação e entrevistas. Durante este estudo, foram utilizadas
as técnicas da análise documental, da observação directa e da inquirição.
Segundo Yin (1994), há três princípios que devem ser tidos em conta pelo
investigador na recolha de dados:
Usar múltiplas fontes de evidências - o uso de várias fontes de evidência permite
o desenvolvimento da investigação em várias frentes investigar vários aspectos
em relação ao mesmo fenómeno;
Construir, ao longo do estudo, uma base de dados apesar de num estudo de
caso, a separação entre a base de dados e o relato não ser vulgarmente
encontrada, é sugerido que essa separação aconteça para que se possa garantir
a legitimidade do estudo, uma vez que os dados encontrados ao longo do estudo
serão armazenados, ficando disponíveis para outros investigadores;
Formar uma cadeia de evidências - consiste em configurar o estudo de caso, de
tal modo que se consiga levar o leitor a perceber a apresentação das evidências
que legitimam o estudo, desde as questões de pesquisa até às conclusões finais.
4.1 - Análise documental
A análise documental foi uma das técnicas utilizadas ao longo das diferentes
fases deste estudo. Essa análise incidiu, essencialmente na análise de documentos
internos da escola e sobre produções dos alunos relativos ao teste e às tarefas
apresentadas. Todos os dados recolhidos e analisados foram utilizados para a
preparação e planificação da intervenção didáctica e para validar evidências e/ou
acrescentar informações.
Capítulo 3 Método
63
4.1.1 - Projecto Educativo/Projecto Curricular de Turma/Registos Biográficos/Ficha de Caracterização do Aluno
A análise do Projecto Educativo do Agrupamento contribuiu para um melhor
enquadramento do estudo uma vez que este procurou ir ao encontro de alguns dos seus
principais objectivos:
que respeita ao espírito de iniciativa,
organização, autonomia, pensamento crítico;
Promover o desenvolvimento de competências de raciocínio lógico-matemático, de
investigação, de formação de conceitos.
Para a programação das actividades, foram tidos em consideração alguns
projectos que estavam previstos serem desenvolvidos na Área Projecto pelos alunos da
turma. O Projecto Curricular da Turma privilegiava o trabalho de grupo para a realização
das actividades e procurava desenvolver diferentes projectos que pretendiam ir ao
encontro dos objectivos previstos no Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas e
que privilegiava o desenvolvimento de competências nos alunos nomeadamente nas
áreas:
promovido pela animadora;
Matemática
Estudo do Meio/Ensino Experimental
Acção de Formação
Novas Tecnologias da Informação
desenvolvimento do Blog: http://patatipatatan.wordpress.com/ com a colaboração dos
A caracterização dos sujeitos do estudo foi realizada com base nos dados
recolhidos nos Registos Biográficos e na Ficha de Caracterização do Aluno. Essas fichas,
permitiram o acesso a informação que caracterizava o agregado familiar dos sujeitos
nomeadamente no que respeita às condições de acesso à Internet e ao uso do
computador.
F
64
4.1.2 Testes
Sendo um dos objectivos deste estudo avaliar as potencialidades de algumas
ferramentas informáticas para o desenvolvimento de competências Matemáticas,
nomeadamente aquelas que estão relacionadas com o sentido do número, através da
identificação, replicação, continuação, completamento (próximo e distante) e criação de
padrões e para o desenvolvimento de competências tecnológicas, pareceu-nos
importante realizar uma avaliação das competências tecnológicas e Matemáticas dos
participantes antes da realização do estudo para depois as podermos comparar com os
resultados obtidos na realização de um Pós-teste, depois da intervenção didáctica.
Foi construído, para esse efeito, um teste que procurou avaliar as competências
tecnológicas que os sujeitos do estudo já possuíam antes da intervenção didáctica e
outro teste para avaliar os conhecimentos dos sujeitos em relação à identificação,
replicação, continuação, completamento (próximo e distante) e criação de padrões.
4.1.2.1 - Teste Tecnológico
No âmbito do presente estudo, foi realizado um teste com o qual se pretendia
avaliar o grau de conhecimentos dos alunos ao nível do domínio do computador. Para a
realização desse teste, foi utilizado um computador de secretária e o CD-ROM Aula que faz parte de um conjunto de Software Educativo que se encontra
na escola e que foi adquirido pela Autarquia. Durante esta investigação, considerou-se
importante utilizar um CD-ROM que fizesse parte do espólio da escola onde o estudo
decorreu. Por vezes, alguns professores afirmam não utilizar algum software educativo
apontando como justificação o facto de não existir na escola. Outras vezes, apontam a
falta de computadores para essa não utilização. O professor/investigador quis, assim,
com esta utilização, aproveitar algum software educativo que existia na escola e
incentivar a sua utilização. Este Software pretende ajudar a consolidar, de uma forma
lúdica, os conhecimentos adquiridos na escola ao mesmo tempo que pretende facilitar a
aprendizagem e preparar a criança para novos desafios. O referido CD-ROM apresenta
aos alunos a possibilidade de realizar actividades em seis áreas diferentes. Em Língua
Portuguesa e Matemática permite pôr em prática alguns conteúdos do currículo do 1º ano
de escolaridade; em Férias Divertidas possibilita algumas actividades de entretenimento;
em Gráfica Júnior possibilita colorir e imprimir diferentes materiais ao aluno; em Quem
Capítulo 3 Método
65
sabe, sabe!, procura ajudar o aluno a desenvolver a cultura geral e em Intervalo propõe
alguns jogos. fffffffff f
Aos sujeitos do estudo foi pedido, individualmente, para:
1. Ligar o computador.
2. Inserir o CD-ROM na drive de CDs do computador.
3. Explorar o CD-ROM.
4. Retirar o CD-ROM da drive de CDs.
5. Desligar o computador.
No final do estudo, este mesmo teste foi aplicado aos sujeitos-caso para se
proceder à análise das suas evoluções no que diz respeito ao domínio do computador.
4.1.2.2- Teste de Competências Matemáticas
Para aferir os conhecimentos que o grupo de alunos do 1º ano de escolaridade
possuía no início do estudo em relação às competências matemáticas no que diz respeito
aos padrões foi realizado um teste com recurso a um Jogo Multimédia Já Está a um
Applet do NCTM (National Council of Teachers of Mathematics) e ao programa Paint. O
mesmo teste foi aplicado na fase final do estudo para se analisar as evoluções que os
sujeitos-caso sofreram.
Figura 8 - Imagem do CD-ROM
F
66
Este teste incidiu, essencialmente, sobre os conhecimentos que os sujeitos do
estudo detinham sobre padrões:
- ler padrões;
- descrever e identificar um módulo do padrão;
- replicar um padrão;
- continuar um padrão
- completar um padrão;
- criar um padrão.
O teste apresenta seis tarefas, compostas por várias questões. Para a realização
da primeira, foi utilizado o programa Já Está . Aos sujeitos foi-lhes apresentada a
seguinte figura:
Depois foi-lhes pedido que descrevessem o que viam; que lessem o que viam e
que identificassem o que se repete na serpente.
Seguidamente, pediu-se que replicassem o que viram numa nova serpente
apresentada.
Finalmente questionou-se - E agora, consegues escrever um padrão do mesmo
tipo mas utilizando letras? E se utilizasses números, como o representarias?
Figura 9 - Exercício 1 - Teste Competências Matemáticas
Figura 10 - Exercício 2 - Teste Competências Matemáticas
Capítulo 3 Método
67
Para a realização da segunda tarefa, foi utilizado um Applet do NCTM. Depois de
explicado o seu funcionamento, foi pedido ao sujeito que observasse e continuasse o
padrão (para a frente).
Para a realização da terceira questão, utilizou-se o programa Paint. Relativamente
à figura seguinte, pediu-se:
- Agora observa e continua este padrão.
O problema quatro envolvia o recurso ao programa Já Está . Foi apresentado aos
sujeitos a seguinte situação e depois foi-lhes pedido:
- Consegues completar este padrão?
Figura 11 - Applet NCTM Teste Competências Matemáticas
Figura 12 - Paint Exercício 3 - Teste Competências Matemáticas
Figura 13 Exercício 4 - Teste Competências Matemáticas
F
68
A quinta questão também foi feita com o recurso ao programa Já Está . Neste
problema, foram apresentadas duas situações aos sujeitos e depois foi-lhes perguntado:
- Achas que o padrão representado nesta imagem está correcto? Porquê?
- Se achas que não está, como o representarias tu?
Na tarefa seis, foi pedido aos sujeitos que criassem um padrão, com recurso ao
programa Já Está , na seguinte situação:
4.1.3 - Outras produções dos alunos
Ao longo da investigação, procedeu-se a uma análise das produções que iam
sendo realizadas pelos sujeitos-caso. Foram analisados os ficheiros produzidos pelos
sujeitos na utilização das ferramentas informáticas, nomeadamente os ficheiros
guardados no programa Paint e na utilização do programa Já Está À medida que os
sujeitos iam guardando os seus ficheiros, o professor/investigador procedia à sua recolha
e posterior organização para, depois, serem guardados em pastas com o nome dos
Figura 15 - Exercício 6 - Teste Competências Matemáticas
Figura 14 - Exercício 5.1 e 5.2 - Teste Competências Matemáticas
Capítulo 3 Método
69
sujeitos-caso no computador pessoal do professor/investigador. As fichas de trabalho
foram organizadas com separadores num dossier.
4.2 - Observação directa
Tuckman (2000, 523) refere que, numa investigação de cariz qualitativo, a
observação visa examinar o ambiente através de um esquema que nos permita orientar e
o produto dessa observação é registado em notas de campo. Bogdan e Biklen (1994, 90)
referem que a observação participante é a melhor técnica de recolha de dados neste tipo
de estudos. Também Vale (2000, 233) a observação é a melhor técnica de
recolha de dados do indivíduo em actividade, em primeira-mão, pois permite comparar
aquilo que diz, ou que não diz, com aquilo que faz
Sendo o investigador o professor titular da turma, teve o privilégio de estar
durante todo o tempo lectivo próximo dos sujeitos-caso. Este facto contribuiu para que se
criasse uma relação de empatia entre o adulto e a criança e que, passados os primeiros
dias, estes não estranhassem o facto de o investigador utilizar a recolha de
apontamentos e de imagens através da utilização da máquina fotográfica e de vídeo.
4.2.1 - Diário de Bordo
Ao professor/investigador era possível manter um contacto directo com os sujeitos
da investigação que lhe permitia uma observação atenta e integrada no cenário onde
decorreu a investigação. De todos os dados relevantes observados foram tomadas notas
e, posteriormente, feito o registo no Diário de Bordo. Este constitui-se como um dos
principais instrumentos utilizados. Bogdan e Bilken (1994, 150) referem que esses
registos são o relato escrito daquilo que o investigador ouve, vê, experiencia e pensa no
.
O facto de os sujeitos deste estudo serem crianças (com pouca autonomia)
contribuiu fortemente para que o investigador optasse pelo registo, no Diário de Bordo, de
notas de campo, baseadas fundamentalmente na observação dos alunos e nos seus
respectivos comentários. O Diário de Bordo foi organizado por data e, em cada dia em
que a investigação decorria, o professor/investigador procedia ao registo das
observações realizadas a cada sujeito. No final de cada dia, o investigador procedia a
F
70
uma análise dos registos realizados e procurava completar e organizar os registos com
imagens fotográficas obtidas no decorrer das actividades.
O Diário de Bordo representa, não só, uma fonte importante de dados mas
também pode apoiar o investigador a acompanhar o desenvolvimento do estudo. Bogdan
e Biklen (1994, 151) referem que permite acompanhar o desenvolvimento do projecto,
visualizar como é que o plano de investigação foi afectado pelos dados recolhidos, e
tornar-se consciente de como ele ou ela foram influenciados pelos dados
4.2.2 - Grelhas de Observação
A necessidade de uma melhor organização e leitura de alguns dados e
observações recolhidas pelo professor/investigador durante a realização do teste
tecnológico e de competência matemáticas originaram a construção e posterior utilização
de grelhas de observação.
Para proceder ao registo das observações do desempenho dos sujeitos-caso na
realização do teste tecnológico, foi utilizada uma grelha de observação onde se procedeu
ao registo do desempenho dos sujeitos no que diz respeito ao saber ligar o computador,
ao domínio do rato, ao inserir o CD-ROM na drive de CDs, à navegação nos menus do
programa, ao executar as tarefas de forma autónoma ou se necessitava de ajuda, se
conseguia sair do jogo e em seguida se conseguia desligar o computador.
Nome
Sabe
liga
r o
com
puta
dor
Dom
ínio
do
rato
Con
segu
e in
serir
o C
D
Sabe
na
vega
r nos
M
enus
Con
segu
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ecut
ar a
s ta
refa
s
Nec
essi
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uda
Con
segu
e sa
ir do
jogo
Sabe
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slig
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Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Augusto
Gaspar
Lúcia
Mónica
Quadro 7 Grelha de Observação Teste de Competências Tecnológicas
Capítulo 3 Método
71
O registo do desempenho dos alunos no teste de competências matemáticas foi
feito com recurso a uma grelha de observação onde se realizou o registo do desempenho
dos sujeitos-caso. A grelha de observação estava organizada por tarefas e por
competências matemáticas que se pretendiam avaliar.
Ambas as grelhas voltaram a ser utilizadas aquando da realização dos mesmos
testes, em situação de pós-Teste, pelos sujeitos-caso.
4.2.3 - Registo fotográfico e de vídeo
Para que fosse possível a recolha de imagens no decorrer da investigação, o
professor/investigador obteve, em reunião realizada com os Encarregados de Educação,
a devida autorização. A introdução das máquinas fotográfica e de vídeo foi realizada
ainda antes do início da implementação da investigação, em diferentes actividades
lectivas, nomeadamente em sessões da Acção de Formação em Ensino Experimental
das Ciências na qual o professor e a turma estavam envolvidos e também na
dinamização do blog da turma onde eram apresentadas algumas imagens fotográficas e
videográficas de actividades desenvolvidas pelos alunos. Assim, quando se iniciou a
investigação, os sujeitos já não acharam estranha a sua presença e mostravam-se à
vontade quando a enfrentavam.
Nome
Tarefa 1 Descreve; identifica o módulo; replica o tipo de padrão
Tarefas 2, 3 e 4 Continua para a frente e para trás; Completa
Tarefa 5 analisa o padrão representado
Tarefa 6 Cria um padrão
Atitudes e comportamento (individual e em grupo)
Util
iza
o te
rmo
padr
ão
Iden
tific
a o
Mód
ulo
Rep
lica
o pa
drão
Rep
lica
o pa
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Rep
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nú
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Con
tinua
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adrã
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Con
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Apr
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Cria
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Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
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Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Augusto Gaspar Lúcia
Mónica
Quadro 8 Grelha de Observação Teste de Competências Matemáticas
F
72
O professor/investigador procurou fazer um acompanhamento dos sujeitos-caso
organizando em pastas, com datas e com o nome dos sujeitos, no seu computador
pessoal, as imagens fotográficas recolhidas.
Os registos videográficos foram também guardados no disco rígido do
computador do professor/investigador que, depois, visionou e organizou em filmes de
cada sujeito.
4.3 - Inquérito
Inquiriram-se os sujeitos por entrevista, que pode adquirir bastante importância no
estudo de caso, pois é através dela que o investigador percebe a forma como os sujeitos
interpretam as suas vivências. De facto, é utilizada para recolher dados descritivos na
linguagem do próprio sujeito, permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma
ideia sobre a maneira como os sujeitos interpretam aspectos do mundo
Biklen, 1994, 134). Fontana e Frey (1994) consideram a existência de três grandes tipos
de entrevista: estruturada, semi-estruturada, e não estruturada. Para Patton, citado por
Benbasat (1987), elas dividem-se entre quantitativas e qualitativas, sendo que a última
comporta ainda três classificações - conversacional informal, guiada, aberta standard. As
entrevistas implicam, de uma forma geral, a definição prévia de questões a colocar. A
entrevista que foi utilizada neste estudo inscreve-se no conceito de entrevista qualitativa
tendo assumido essencialmente, um cariz de conversa informal. Dessas conversas
informais, o professor/investigador registou no seu Diário de Bordo todos os dados que
se consideraram importantes para a investigação.
5 Descrição do estudo
Este estudo decorreu durante o ano lectivo 2008/09 numa escola do concelho da
Marinha Grande no distrito de Leiria. A sala de aula onde se realizou estava apetrechada
com quatro computadores. Um computador mais recente com o Sistema Operativo
Windows XP e três mais antigos com o Sistema Operativo Windows 98. Os
computadores apresentavam alguns problemas de funcionamento e o
professor/investigador optou por colocar na sala um computador pessoal de forma a
poder evitar algumas demoras e problemas que pudessem surgir com a utilização do CD-
ROM e de outras aplicações utilizadas neste estudo.
Capítulo 3 Método
73
Iniciou-se com a realização de uma análise documental do Projecto Educativo do
Agrupamento, do Projecto Curricular de Turma, das Fichas Biográficas e das Fichas de
Caracterização dos alunos que possibilitou ao professor/investigador realizar uma
caracterização do público-alvo e a posterior escolha dos sujeitos-caso.
Para o estudo, o professor/investigador procedeu a uma análise de diferentes CD-
ROMs existentes na Escola e nos Serviços de Documentação da Universidade de Aveiro
e a uma pesquisa de outros recursos multimédia nomeadamente Applets direccionados
para a exploração de padrões. O professor/investigador realizou, também, junto da
Direcção do Agrupamento Escolar, um levantamento das diferentes ferramentas
informáticas que estavam disponíveis para serem utilizadas pelos alunos do 1º Ciclo do
Agrupamento, nomeadamente a possibilidade de utilização do projector de vídeo e do
houve necessidade de utilizar uma sala de aula da Escola do 2º Ciclo do mesmo
Agrupamento.
Depois de realizada essa análise e esse levantamento e depois de se ter
escolhido os sujeitos-caso do estudo, foi possível ao professor/investigador construir o
teste que iria permitir saber que competências os sujeitos apresentavam no início
(modalidade pré-Teste) e no fim do estudo (modalidade pós-Teste) no que diz respeito às
tecnologias e às relacionadas com padrões, a matemática. Estes testes foram aplicados
individualmente aos sujeitos do estudo pelo professor/investigador em situação de aula e
em períodos de pausa lectiva, nomeadamente partes do intervalo escolar da manhã e no
período da tarde. As resoluções dos alunos foram acompanhadas de próximo pelo
professor/investigador que recorreu a grelhas de observação, recolha de imagens
fotográficas e de vídeo e registos no Diário de Bordo. Os ficheiros produzidos pelos
alunos nas ferramentas informáticas passíveis de serem guardadas no computador,
foram guardadas numa pasta no computador do professor/investigador com o nome dos
sujeitos.
Após a aplicação do pré-Teste e em função dos resultados dos alunos, o
investigador elaborou uma primeira planificação das experiências de aprendizagem que
iriam ser vividas em contexto de sala de aula por todos os alunos do grupo/turma. A
sequência planificada foi, depois, introduzida nas Planificações Semanais da Turma.
Na fase da implementação que se seguiu, coube ao professor/investigador
dinamizar a sequência planificada e proceder a alguns ajustes em função,
F
74
essencialmente, de algumas dificuldades reveladas por alguns sujeitos na utilização do
computador e das ferramentas informáticas e por razões técnicas relacionadas com a
Utilizou-se, durante a implementação, o computador do professor investigador, o
Projector de Vídeo e o Quadro Interactivo da Escola do 2º Ciclo do Agrupamento e
também os computadores Magalhães dos alunos. Nos computadores Magalhães foram
colocados alguns ficheiros para o programa Paint e alguns Applets do NCTM (National
Council of Teachers of Matemathics) que foram utilizados durante a intervenção
didáctica.
Sempre que se usava qualquer equipamento e/ou ferramenta informática,
explicava-se aos alunos regras básicas da sua utilização. À medida que alguns alunos
começavam a dominar tais procedimentos, apoiavam os seus colegas.
Quando algum aluno da turma não tinha ao seu dispor o computador Magalhães
(por esquecimento ou problema técnico) era utilizado um Desktop que estava disponível
na sala de aula.
Esta fase de implementação foi feita em situação de aula com todos os alunos da
turma presentes, incluindo os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Foi feita a
recolha de todos os dados através da observação directa, conversas informais, Diário de
Bordo e imagens em vídeo e fotografia. Procedeu-se, também, à recolha das produções
dos sujeitos do estudo.
Terminada a fase de implementação da sequência didáctica, procedeu-se à
aplicação do teste, agora em situação de pós-Teste.
Em seguida, irão ser apresentadas as tarefas que foram propostas aos sujeitos
durante o estudo. A apresentação e análise das produções dos sujeitos serão expostas
no próximo Capítulo Análise e discussão dos resultados.
Tarefa 1 -
No dia 20 de Abril de 2009 foi proposto aos alunos da turma
Já Está , foram
apresentados e explorados, um de cada vez, três tipos de padrões, de módulos AB, ABC
Capítulo 3 Método
75
e AAB, respectivamente, apresentados em duas linhas e com um número de caras por
linha que não era múltiplo do número de elementos do módulo.
Foi pedido à turma que lessem em voz alta os padrões apresentados e que
identificassem o módulo do padrão. O mesmo pedido foi feito, posteriormente em
particular, aos sujeitos-caso.
Alguns alunos utilizaram o programa Já Está e o computador do
professor/investigador para criarem um padrão. Com recurso à imagem projectada, os
alunos iniciaram a aprendizagem dos passos necessários para guardarem o ficheiro
criado no programa Já Está . Alguns alunos apresentaram as suas produções à turma e
guardaram o ficheiro que criaram. Procedeu-se, em seguida, a uma discussão em torno
dos módulos dos padrões criados pelos alunos.
Finda esta etapa, foi proposto aos alunos da turma que criassem um padrão numa
(figura seguinte), apresentadas em número par,
numa linha. Sendo a turma constituída por um grupo de crianças que se encontrava a
iniciar o 1º ano de escolaridade, considerou-se importante que a primeira tarefa fosse
apresentada em linhas e que também proporcionasse ao aluno o contacto com uma
forma de registo mais habitual. A utilização do registo em papel possibilitou que todos os
Figura 16 Tarefa 1 Padrões explorados.
Figura 17 - Alunos da turma durante a realização a Tarefa 1
F
76
alunos da turma estivessem envolvidos ao mesmo tempo na mesma actividade,
favorecendo, dessa maneira, a sua autonomia e criatividade.
Tarefa 2 -
No dia 21 de Abril de 2009, foi proposta à turma
tarefa foi alvo de ajustes antes da sua implementação pois os alunos consideraram
bastante fácil a tarefa anterior e apresentaram, oralmente e na ficha de trabalho,
diferentes tipos de padrões. Assim, preparou-se, para esta sessão, uma grade num
ficheiro do programa Paint (figura seguinte) para ser utilizado nos computadores
Magalhães dos alunos. Verificou-se assim uma evolução no grau de dificuldade da
tarefa apresentada em relação à tarefa 1.
Figura 18 Ficha de trabalho da Tarefa 1 em suporte de papel A4
Figura 19 - Padrão explorado na Tarefa 2
Capítulo 3 Método
77
O padrão a ser explorado foi apresentado numa grade de 4x7 e não em linha, e
os alunos foram questionados sobre se consideravam que o padrão apresentado estava
elementos e às suas características e à identificação do seu módulo. Foi realizada a
leitura em voz alta do padrão no grupo turma e também individualmente pelos sujeitos do
estudo.
Foi proposto, depois, aos alunos que, utilizando o seu computador individual
Paint a
grade composta com 4 linhas e 7 colunas.
Esta actividade necessitou de uma preparação especial pois procurou-se utilizar o
tarefa de consolidação do caso especial de leitura no livro de fichas de Língua
Portuguesa, o professor/investigador copiou,
guardada num cartão de memória, com os ficheiros das tarefas que teriam de ser
realizadas no programa Paint. Tal procedimento levou algum tempo e foi feito com
deficiências técnicas e de sistema operativo que criaram alguns entraves ao
professor/investigador que teve de os tentar ultrapassar para possibilitar aos alunos a
realização das tarefas. Foi necessário concluir esse trabalho durante o intervalo. O
Professor teve ainda que ajudar os alunos com dificuldades a terminar a tarefa de Língua
Portuguesa.
A exploração da tarefa começou a seguir ao intervalo da manhã e depois de todos
os alunos terem já terminado a tarefa de consolidação do caso especial de leitura
Utilizando o projector de vídeo e um computador, foi explicado aos alunos onde se podia
Figura 20 Grade para os alunos criarem um padrão no programa Paint
F
78
aceder ao programa Paint. Alguns já o conseguiam fazer sozinhos mas outros
apresentavam algumas dificuldades e necessitavam de ajuda de colegas ou do professor.
Foram dadas, depois, indicações sobre como aceder ao ficheiro que iriam utilizar:
Ficheiro Abrir Os meus documentos Pasta Escola Pasta Tarefas do Paint Ficheiro Tarefa
2.
Em seguida, procedeu-se à explicação da actividade que os alunos tinham de
realizar. Foi-lhes exemplificado, com o recurso à imagem projectada, como teriam de
utilizar a ferramenta:
Seleccionar Editar Copiar (cão e/ou gato)
Editar colar
Alguns alunos experimentaram no computador do professor e todos puderam
assistir, visionando o desempenho e as acções do colega no ecrã projectado através do
projector de vídeo.
apresentou-se algo difícil e foram poucos os alunos que a conseguiram realizar com
êxito.
No final da Sessão, foi explicado aos alunos, com o recurso à imagem projectada,
quais os procedimentos que deveriam seguir para guardar os ficheiros numa pasta do
scentando o seu nome no final ao nome do ficheiro:
Ficheiro Guardar Como - Os meus documentos Pasta Escola - Pasta Tarefas do Paint -
Ficheiro Tarefa 2 (nome do sujeito)
Durante a realização desta actividade, foi possível verificar que, apesar de os
alunos se encontrarem bastante motivados para a utilização do computador, este
provocava-lhes uma grande excitação que os levava a explorar tudo mas que, ao mesmo
tempo, lhes diminuía a capacidade de concentração para a realização das tarefas
solicitadas. Esse comportamento foi visível nesta actividade quando a grande maioria dos
alunos se dispersava a experimentar todas as ferramentas disponibilizadas no programa
Paint e que não eram necessárias para a resolução da actividade proposta.
Capítulo 3 Método
79
A realização das acções Editar Copiar (cão e/ou gato) - Editar
difíceis de realizar para a maioria dos alunos do
grupo/turma.
Outra dificuldade encontrada prendeu-se com a resolução da imagem. No
decorrer da actividade, o professor verificou que a resolução 1216x877 pixels não era a
fora do campo de visão dos alunos, facto que lhes dificultava a realização da tarefa.
Depois de detectadas estas dificuldades, o professor/investigador sentiu
necessidade de planificar novas propostas semelhantes a esta e de proceder a um ajuste
da resolução para 987x445 pixels.
Tarefa 3 -
No dia 22 de Abril de 2009, com recurso ao projector de vídeo, ao computador, ao
programa Já Está e ao programa Paint, relembrou-se, recorrendo aos padrões
explorados na tarefa 1 e na tarefa 2, o que era um padrão e o seu módulo. Foram lidos
em voz alta, pela turma, e individualmente, por alguns alunos, e procedeu-se à
identificação do módulo e do seu número de elementos. Foram explorados padrões do
tipo ABABAB , ABCABCABC e AABAABAAB...
Procurou relembrar-se, depois, as diferentes etapas que eram necessárias
percorrer, a nível informático, para a realização das tarefas propostas. Os alunos ligaram
, seguiram os
seguintes passos:
Ficheiro Abrir Os meus documentos Pasta Escola Pasta Tarefas do Paint Ficheiro
Tarefas viaturas alegres.
Os alunos ainda se mostraram bastante dependentes das orientações fornecidas
pelo professor/investigador para conseguirem abrir o ficheiro da actividade. Nesta tarefa,
pretendia-se que os alunos criassem um padrão numa grade 4x7 num ficheiro do Paint.
Utilizou-se novamente uma grade para dar continuidade à tarefa anterior e também por
se terem observado algumas dificuldades em diversos alunos no momento de
transposição das figuras.
F
80
Depois de terem o ficheiro aberto e procurando dotar os alunos com mais
capacidades para a realização da actividade proposta, foi-lhes sugerida a seguinte
estratégia:
- 1º seleccionar a ferramenta lupa para ampliar a carrinha ou o carro;
- 2º seleccionar a cor pretendida;
-
- 4º seleccionar a carrinha e ir ao menu Editar e Copiar;
- 5º escolher a lupa e mudar para a vista total;
- 6º ir ao menu Editar e seleccionar Colar.
Em seguida, os alunos deveriam arrastar a figura para o local da grade pretendido
e recomeçar o procedimento até completarem o quadro.
Os alunos mostraram mais entusiasmo e empenho quando iniciaram a resolução
da actividade. Com o passar do tempo, esse empenho foi diminuindo, talvez pelo facto de
não dominarem totalmente as técnicas necessárias para a resolução da tarefa.
À medida que os alunos iam concluindo a criação de um padrão, apresentavam a
sua produção à turma e procedia-se à leitura e exploração do módulo do padrão.
Realizou-se uma discussão em torno dos diferentes tipos de padrões apresentados pelos
alunos.
No final da sessão, foram relembrados os procedimentos para que a produção
dos alunos fosse guardada na Pasta Escola do seu computador. Recorrendo ao projector
de vídeo para projectar a imagem do ambiente de trabalho do programa Paint do
computador do professor/investigador, foram dadas as seguintes orientações para os
Figura 21 Ficheiro do programa Paint da Tarefa 3
Capítulo 3 Método
81
Ficheiro Guardar Como - Os meus documentos Pasta Escola - Pasta Tarefas do Paint -
Ficheiro Tarefa 3 (nome do sujeito)
Foi necessário repetir estas instruções pois muitos alunos revelaram algumas
dificuldades em as seguir. O facto de haver na sala alunos que apresentam diferentes
ritmos de trabalho cria dificuldades ao professor, pois este tem de se desdobrar para
socorrer os vários pedidos de ajuda.
À tarde, depois de concluídas as actividades das áreas curriculares, ainda houve
tempo para voltar a utilizar o programa Paint
aos alunos que criassem um padrão utilizando o carro e a carrinha. A maioria da turma já
conseguiu realizar a tarefa com bastante independência e correcção.
Tarefa 4 -
Uma vez que alguns alunos ainda revelaram dificuldades no que diz respeito ao
domínio das técnicas necessárias para desenvolverem as actividades com correcção no
programa Paint, foi proposta mais uma tarefa que preconizava a utilização desse
programa.
No dia 23 de Abril de 2009, foram dedicados dois momentos para a utilização do
Magalhães na sala de aula. O primeiro, no âmbito de um mini projecto da turma intitulado
escrever, por extenso, alguns números. À medida que os alunos iam terminando essa
actividade, utilizavam o programa Paint para realizarem um desenho livre com a
finalidade de promover uma melhor familiarização com o programa.
No período da tarde e depois de terem terminado as tarefas previstas para as
áreas curriculares, foram, uma vez mais, lidos em voz alta pela turma e por alguns alunos
individualmente e identificados os módulos de alguns padrões do tipo -
AAB, AAB, AAB - apresentados no programa Já Está
F
82
Foi, então, , depois de abrirem
o programa Paint, seguissem os seguintes passos:
Ficheiro Abrir Os meus documentos Pasta Escola Pasta Tarefas do Paint Ficheiro Tarefa
jardim colorido.
que criassem um padrão com os elementos disponíveis borboleta e flor. Utilizou-se no
ficheiro do Paint uma grade 4x7 por se considerar importante haver continuidade no tipo
de tarefas que se estavam a implementar. Foi possível observar que os alunos seguiram,
na sua maioria, a estratégia adoptada no dia anterior:
- 1º seleccionar a ferramenta lupa para ampliar a borboleta ou a flor;
- 2º seleccionar a cor pretendida;
-
- 4º seleccionar a borboleta ou a flor e ir ao menu Editar e Copiar;
- 5º escolher a lupa e mudar para a vista total;
- 6º ir ao menu Editar e seleccionar Colar.
- 7º arrastar para o lugar da grade.
Figura 22 Padrões explorados na Tarefa 4 no programa
Figura 23 - Ficheiro do programa Paint da Tarefa 4
Capítulo 3 Método
83
No final da sessão, foi reservado um espaço de tempo para a apresentação dos
padrões criados pelos alunos. Os padrões foram lidos em voz alta pelos alunos e eram
identificados os módulos e o tipo de padrão criado. Recorrendo ao projector de vídeo
para projectar a imagem do ambiente de trabalho do programa Paint do computador do
professor/investigador, foram relembrados os procedimentos que se deviam seguir para
ram as
Ficheiro Guardar Como - Os meus documentos Pasta Escola - Pasta Tarefas do Paint -
Ficheiro Tarefa 4 (nome do sujeito)
Alguns alunos conseguiram já realizar esta acção apresentando alguma
autonomia, no entanto, ainda persistiam dúvidas na altura de colocar o nome do ficheiro.
Havia ainda outro grupo de alunos que apresentava dificuldades no momento de guardar
os ficheiros. Esses alunos eram os que apresentavam menor poder de concentração e
que revelavam algumas dificuldades nas áreas curriculares.
Tarefa 5 -
resolução envolvia a utilização de um Applet do NCTM. Para que a actividade pudesse
ser realizada, o professor/investigador copiou, durante o intervalo, para a pasta Escola de
Applet do NCTM e dois ficheiros criados no programa
Paint.
Figura 24
F
84
A actividade foi iniciada com a exploração do Applet do NCTM, projectado com o
recurso ao projector de vídeo. Alguns alunos deslocaram-se ao computador para
utilizarem o Applet. Tiveram que identificar o módulo do padrão e depois tiveram que o
continuar arrastando, para o lugar correcto, a figura geométrica.
que tinham de seguir para conseguirem abrir o Applet do NCTM no seu computador:
Ficheiro Abrir Os meus documentos Pasta Escola Pasta Tarefas 28 de Abril Pasta Pré
K2 Start
Para estes pequenos alunos, abrir o Applet
fácil. O Applet iniciava no Internet Explorer e, para funcionar, era preciso que os alunos
dessem autorização para que fosse permitido executar o script ou control activex.
Apesar da exemplificação realizada com o recurso ao projector de vídeo, foram
vários os alunos que necessitaram da ajuda do professor/investigador. Deve referir-se
investigação, nos quais o professor/investigador não conseguiu colocar o Applet do
Figura 25
Figura 26 Applet do NCTM utilizado na Tarefa 5
Capítulo 3 Método
85
NCTM a funcionar por estes não conterem a versão Java necessária para o seu
funcionamento.
O Applet do NCTM apresentava a possibilidade de continuar diferentes padrões. A
sessão iniciou-se com a exploração do 1º Applet da aplicação. As estratégias seguidas
pelos alunos para continuarem o padrão que era apresentado no Applet foram variadas.
O Applet permitia aos alunos colocarem as figuras, no respectivo lugar da grelha,
de forma não sequencial. Alguns alunos continuaram o padrão seleccionando e
colocando as figuras pela ordem - houve, no
entanto, outros que optaram por colocar as figuras de acordo com uma propriedade: cor
ou forma. Foi possível observar que outros continuaram o padrão completando-o por
coluna. Durante a realização desta tarefa, foram vários os alunos que apresentaram à
turma a estratégia por eles seguida para continuarem o padrão. Foi lido em voz alta pela
turma e por alguns alunos individualmente o padrão apresentado no final da actividade.
As produções dos alunos realizadas no Applet do NCTM não foram guardadas no
feita a recolha de imagens videográficas e fotográficas de vários momentos da sessão e
o professor/investigador realizou vários registos no seu Diário de Bordo.
Depois de realizada a tarefa no Applet, foi proposto aos alunos que abrissem o
programa Paint no seu computado
Figura 27 Padrão apresentado no Applet do NCTM da Tarefa 5
Figura 28
F
86
Ficheiro Abrir Os meus documentos Pasta Escola Pasta Tarefas 28 de Abril Ficheiro
Figuras Coloridas 28 de Abril
Os alunos foram desafiados a completar o padrão apresentado. Quando
interrogados sobre qual a estratégia que deveriam seguir para completarem o padrão, um
aluno referiu que seria necessário identificar o módulo. Ao fim destas 5 actividades, os
projecto, começaram já a fazer observações sobre os padrões que encontravam no seu
dia-a-dia na rua e na roupa que usavam.
Quando questionados sobre como deveriam fazer para copiar as figuras que eram
necessárias para completarem o padrão apresentado, uma aluna referiu que deviam
fazer como tinham feito da última vez:
- 1º seleccionar a ferramenta lupa e ampliar a figura pretendida;
- 2º seleccionar a figura e copiar;
- 3º escolher a lupa e mudar para a vista total;
- 4º ir ao menu Editar e seleccionar Colar;
- 5º arrastar para o lugar da grade.
Em seguida, questionou-se os alunos sobre qual seria a melhor estratégia para
conseguirem completar correctamente o padrão que lhes foi apresentado. A mesma
aluna respondeu dizendo que o melhor seria identificar o módulo e depois é que se podia
completar o padrão. Todos concordaram e foi-lhes pedido, então, que realizassem a
tarefa.
Todos se entregaram ao trabalho com empenho e, por momentos, ficou silêncio
a
descobrir como resolver a tarefa. Observando as suas caras, foi possível constatar que
Figura 29 Ficheiro do programa Paint da Tarefa 5
Capítulo 3 Método
87
não se apresentou como uma actividade fácil. Verificou-se um melhor desempenho por
também das ferramentas do programa Paint.
Pelo facto de haver alunos com diferentes ritmos de trabalho, o
professor/investigador optou por ter sempre outros ficheiros com tarefas disponíveis para
aqueles alunos que terminavam a actividade em primeiro lugar.
Essas tarefas procuravam colocar novos desafios aos alunos ao mesmo tempo
que permitiam um aperfeiçoamento das destrezas necessárias ao manuseamento do rato
adquiridas no que diz respeito à exploração dos padrões em matemática.
Antes da discussão e análise das produções dos alunos, foram relembrados os
procedimentos que se deviam seguir para guardar um ficheiro numa pasta do
ntes orientações para executarem no seu
Ficheiro Guardar Como - Os meus documentos Pasta Escola - Pasta Tarefas do Paint -
Ficheiro Tarefa 4 (nome do sujeito)
Tendo sido uma actividade completar o padrão - na qual os alunos revelaram
algumas dificuldades, procedeu-se, no final, à análise e discussão das suas produções e
à resolução da actividade em grande grupo com recurso ao projector de vídeo e ao
computador portátil do professor/investigador. Depois de se ter realizado a leitura oral do
padrão, alguns alunos executaram a tarefa no computador portátil do
professor/investigador.
A grelha em branco não chegou a ser utilizada por alguns alunos nesta sessão
pois nenhum dos alunos da turma conseguiu ter tempo para a utilizar.
Figura 30 Ficheiro do programa Paint para quem terminassem primeiro
F
88
Tarefa 6 -
teve início no período da tarde com a projecção e exploração de um padrão de tipo
apresentado em duas linhas de 7 elementos cada, no programa Já Está .
Foi pedido aos alunos que lessem o padrão e que identificassem o módulo.
O primeiro aluno que leu o padrão apenas referiu a propriedade cor. Uma aluna
acrescentou logo que era necessário mencionar a forma e exemplificou.
Foi proposto, em seguida, que o padrão fosse lido em voz alta pelo grupo/turma.
Nessa altura, foi possível observar que, apesar de ter sido uma actividade que despertou
interesse nos alunos, alguns apenas se preocuparam em repetir o que ouviam dos
colegas não tomando a atenção necessária à parte gráfica do padrão apresentado. É de
referir que esta situação acontecia também em momentos de leitura colectiva de textos
na área curricular de Língua Portuguesa. Se, a determinada altura, fosse pedido a um
aluno que continuasse a ler, de forma individual, um texto que estava a ser lido
colectivamente, era habitual que alguns alunos não o conseguissem fazer porque
simplesmente não estavam a ler o texto mas sim a repetir o que estavam a ouvir.
Os alunos foram, depois, desafiados a ler o mesmo padrão mas, usando apenas
letras em vez de referirem a propriedade cor e forma. Após um breve momento de
alguma indecisão, vários alunos levantaram a mão para apresentarem a sua resposta.
Figura 31
Figura 32 Aluna durante a realização da Tarefa 6
Capítulo 3 Método
89
Durante esta actividade, foram explorados diferentes tipos de padrão e procurou-
se que os alunos os fossem reproduzindo com letras. Os alunos puderam verificar que,
apesar de diferentes ao nível das cores e letras, o padrão criado era do mesmo tipo AB,
AB, AB...
Os alunos foram, depois, questionados sobre se seria possível criar um tipo de
padrão diferente com as letras A e B.
Em seguida, foi realizada a exploração de outro padrão com o recurso ao
programa Já Está projector de vídeo e ao computador do professor/investigador.
O padrão, representado numa grade de 3x7, foi lido oralmente por toda a turma e
foi identificado o módulo e o tipo de padrão. Foi depois distribuída uma ficha de trabalho
(Anexo I) aos alunos que tinham que reproduzir, individualmente, o padrão apresentado
com letras.
Depois de terminarem a ficha, foi projectado o padrão e foram também
apresentadas, analisadas e discutidas as produções de alunos. Aquando da sua
correcção, muitos alunos aperceberam-se que não tinham realizado a tarefa
correctamente.
Em seguida e como no dia anterior alguns alunos não tinham conseguido concluir
a tarefa de completar o padrão e ainda havia tempo antes da hora da saída, voltou-se a
explorar, com toda a turma e com o recurso à imagem projectada do Ficheiro do Paint, a
Tarefa 5.
Figura 33 Padrão explorado - Tarefa 6
F
90
Alguns alunos conseguiram identificar o módulo e concluiram que estava
no fim do padrão. Foi então completado o padrão, oralmente, em grande
grupo. Depois de relembrar os passos que se tinha que seguir para a realização da
actividade, os alunos ligaram o s , em seguida, realizaram, no programa
Paint, a outra Tarefa do Ficheiro Figuras Coloridas 28 de Abril, em que se pretendia que
os alunos criassem um padrão utilizando as figuras geométricas apresentadas.
Tarefa 7 -
ano. A exploração da mesma aconteceu apenas no período lectivo da tarde. Com o
recurso ao computador do professor/investigador e ao projector de vídeo, procedeu-se à
exploração de um padrão no Já Está . É um padrão do tipo ABC, ABC,
apresentado em linha com 17 elementos.
Figura 34 Padrão para completar num Ficheiro do programa Paint
Figura 35 Ficheiro do programa Paint para criar um padrão
Figura 36 Padrão no programa - Tarefa 7
Capítulo 3 Método
91
Os alunos foram também questionados sobre se eram capazes de contar o
número de triângulos que compunham o corpo da serpente. Foram, depois, exploradas
as diferentes estratégias de contagem seguidas pelos alunos. Houve alguns que
referiram terem contado de 2 em 2 e outros de 3 em 3. Depois de lido novamente o
padrão, foi entregue, a cada aluno, uma tira de papel (Anexo II) onde tiveram que
reproduzir o padrão mas com letras.
O facto de, na actividade anterior, os alunos terem revelado algumas dificuldades
em reproduzirem o padrão com letras, levou-nos a considerar ser importante voltar a
proporcionar aos alunos outras tarefas com esse objectivo. A utilização de fichas de
papel continua a proporcionar momentos de concentração e de prazer nestas faixas
etárias.
Em seguida, foi distribuída a cada aluno, uma folha de papel A4 (figura seguinte)
tolina.
de papel, com a obrigatoriedade de utilizarem as três serpentes. Foi-lhes dada a
possibilidade de prolongarem o padrão na mesa.
Figura 37 Aluna a reproduzir um padrão com letras na Tarefa 7
Figura 38 Figuras de 3 serpentes e tira de cartolina para criação de um padrão - Tarefa 7
F
92
Após a criação do padrão com as três serpentes, cada aluno apresentou a sua
produção à turma lendo em voz alta o seu padrão. Foi possível observar que, apesar de
se terem utilizado três imagens de serpentes, os alunos criaram padrões diferentes.
Essas diferenças foram exploradas em voz alta com a participação de todos os alunos.
Em seguida, foi distribuída outra tira de papel onde os alunos tiveram que
reproduzir o padrão que criaram usando letras.
Posteriormente, os alunos leram, para os seus colegas e professor, o padrão que
criaram com as imagens e a sua reprodução com letras. Quando lhes foi perguntado se
era mais fácil ler com as imagens ou com as letras, todos disseram que era mais fácil ler
o padrão criado com as letras.
Como ainda houve tempo, os alunos ligaram o seu comp
com o recurso ao programa Paint, criaram um padrão com figuras geométricas utilizando
um ficheiro que já havia sido utilizado noutra tarefa. Pretendeu-se continuar a
desenvolver competências tecnológicas que possibilitassem um melhor manuseamento
do computador e uma crescente autonomia das crianças para a realização de tarefas
como Abrir um ficheiro e, depois de realizarem a tarefa, Guardá-lo numa pasta do seu
Durante esta actividade e com a ajuda de um aluno, foi relembrada a estratégia
utilizada para a realização da tarefa:
- 1º seleccionar a ferramenta lupa e ampliar a figura pretendida;
- 2º seleccionar a figura e copiar;
- 3º escolher a lupa e mudar para a vista total;
- 4º ir ao menu Editar e seleccionar Colar;
- 5º arrastar para o lugar da grade.
Figura 39 Aluna a realizar a tarefa 7
Capítulo 3 Método
93
No final e depois de alguns alunos terem lido e apresentado o módulo do padrão
que tinham criado, foram novamente relembrados os passos que tinham que ser
seguidos para guardar o ficheiro:
Ficheiro Guardar Como - Os meus documentos Pasta Escola - Pasta Tarefas do Paint -
Ficheiro Tarefa 7 (nome do sujeito)
Tarefa 8 -
tarde do dia 5 de Maio de
2009 e começou com a exploração de uma imagem projectada feita por recurso ao
programa Já Está. Por esta altura, os alunos apresentavam já alguma facilidade em ler os
padrões apresentados e responderam à solicitação de identificar o módulo do padrão do
tipo - apresentado em 2 linhas de 11 elementos.
No que diz respeito a identificar o tipo de padrão, ainda havia alguns alunos que
revelavam algumas dificuldades.
Figura 40 Aluna a criar um padrão no Paint - Tarefa 7
Figura 41 Padrão apresentado na Tarefa 8 para exploração
F
94
Foi depois pedido a um aluno que, no computador do professor/investigador
ligado ao projector de vídeo, criasse um novo padrão utilizando o programa Já Está.
seguinte desafio:
Vários alunos apresentaram a sua resposta que foi, no caso de estar incorrecta,
prontamente corrigida por outros alunos.
Após esta situação exploratória inicial, foi pedido aos alunos que, no seu
e a partir da grelha em branco e com figuras geométricas criassem um
padrão no programa Paint que,
Após a criação do padrão, cada aluno realizou a sua apresentação à turma, a qual
foi discutida e corrigida quando necessário. Foi-lhes também pedido que identificassem o
módulo e o tipo de padrão que criaram.
No final, e com a ajuda de uma aluna, foram novamente relembrados os passos
que tinham que ser seguidos para guardar o ficheiro numa pasta do computador
Ficheiro Guardar Como - Os meus documentos Pasta Escola - Pasta Tarefas do Paint -
Ficheiro Tarefa 8 (nome do sujeito)
Foi possível observar que um grupo de alunos da turma já revelava alguma
autonomia para realizar esta tarefa, no entanto e apesar de já terem realizado esta acção
mais vezes, eram ainda notórias algumas dificuldades na altura de alterar o nome ao
ficheiro.
Figura 42 Ficheiro do programa Paint - Tarefa 8 - criar um padrão
Capítulo 3 Método
95
Tarefa 9 -
No dia 6 de Maio do mesmo ano, foi proposta aos alunos uma tarefa cuja
realização pressupôs a utilização de um quadro interactivo. Para que isso fosse possível,
os alunos tiveram que se deslocar a uma escola do 2º Ciclo do mesmo Agrupamento e
que se situa a cerca de 600 m da escola que frequentavam. A actividade foi realizada no
período da tarde, numa Quarta-feira, pois era nesse dia da semana que os alunos do 2º
Ciclo da referida escola tinham a tarde livre e deixavam as instalações desocupadas.
Usou-se o autocarro que transporta os alunos para a cantina, tendo-se combinado o
regresso de forma a coincidir com a ida de um grupo de alunos à natação.
Depois de se chegar à sala, houve necessidade de ligar o computador do
professor/investigador ao projector e ao quadro interactivo e de calibrar este. A actividade
iniciou-se com uma revisão de alguns tipos de padrão com o recurso ao programa Já
Está . E realizou-se o registo escrito, no quadro branco, de alguns tipos de padrão
apresentados pelos alunos. Discutiu-se, ainda, o módulo de um padrão e fez-se uma
abordagem em relação a diferentes tipos de padrão
o ao quadro interactivo, foi apresentado aos
alunos o Applet que ia ser explorado durante a actividade. Todos os alunos gostaram de
dizer a palavra Applet.
Figura 43 - Ida dos alunos à escola do 2º Ciclo para utilizar o Quadro Interactivo
Figura 44 Applet do NCTM utilizado na Tarefa 9
F
96
Em seguida, foi explorado, com os alunos, a grade, a posição das linhas e das
colunas e o conceito de célula. Depois, foi lançado o desafio: permita obter células da mesma cor
O professor/investigador exemplificou, no quadro branco, o que era a diagonal,
conceito que não é de fácil compreensão para alunos desta faixa etária. Foi distribuída,
depois, uma ficha de trabalho (Anexo III) a cada um, para que pudessem explorar os
tipos de solução ao desafio colocado. Considerou-se importante que os alunos fizessem
primeiro uma tentativa na Ficha de trabalho antes
e no quadro interactivo, numa tentativa de serenar um pouco a excitação que os alunos
sentiam por terem realizado a viagem no autocarro e também por saberem que iam
utilizar o quadro interactivo que já tinham utilizado em duas sessões de um projecto que a
Projecto Curricular da Turma. A ficha de trabalho serviu, também, para que fosse dada a
possibilidade aos alunos de melhor compreenderem a noção de diagonal, linhas, colunas
e células da grade utilizada e possibilitou um melhor apoio individual por parte do
professor.
Alguns alunos procuraram encontrar a solução para o desafio criando um padrão
com letras; outros utilizaram cores e, em algumas situações, utilizaram formas
geométricas.
Foi possível observar que alguns alunos sentiram dificuldades em compreender o
que era pedido. Houve ainda alguns alunos que revelaram alguma falta de empenho na
realização da actividade mostrando-se mais interessados em brincar.
Depois de ter sido descoberto um tipo de padrão que respondia correctamente ao
desafio, uma aluna foi ao quadro interactivo testar e partilhar com os seus colegas a sua
resposta.
Figura 45 Aluna a realizar a Tarefa 9 numa ficha de trabalho
Capítulo 3 Método
97
Em seguida, foi pedido aos alunos que, no seu
estava a ser utilizado no quadro interactivo, descobrissem outro tipo de padrão que desse
uma resposta correcta ao desafio.
Sempre que era descoberto um tipo de padrão diferente que respondia
correctamente ao desafio, o aluno que o descobria ia ao quadro interactivo partilhar a sua
descoberta e a estratégia usada.
Não sendo possível guardar as produções dos alunos no Applet do NCTM, o
professor/investigador foi registando no seu Diário de Bordo as observações que
considerou relevantes para o estudo e recorreu, também, ao registo fotográfico e
videográfico de vários momentos da sessão.
Para além deste desafio, o professor/investigador tinha preparado outros dois
mas, por falta de tempo, não foi possível realizar. Os desafios preparados eram:
Figura 46
Figura 47
F
98
Tarefa 10 -
No dia 7 de Maio de 2009, a tarefa a desenvolver estava prevista para o período
da tarde. No entanto, de manhã, quando se estava a explorar o texto no manual de
Língua Portuguesa, aconteceu uma situação interessante. Assim que os alunos viram a
imagem que ilustrava o texto, não lhes passou despercebida a presença de diferentes
padrões.
Um aluno referiu que a tenda do circo apresentava o padrão: lista azul, lista
amarela, lista azul, lista amarela... Outro falou nas listas vermelhas e listas brancas.
Foram ainda referidas as bandeirinhas laranja, azul. Esta situação serviu para, uma vez
mais, ser explorada a noção de módulo de um padrão e a possibilidade de criar
diferentes padrões a partir de módulos do mesmo tipo.
À tarde, foi proposta
computador do professor/investigador e o projector de vídeo, foi projectado um ficheiro do
Paint onde foi apresentado o padrão que iria ser explorado, do tipo ABC, ABC,
decrescente.
Depois de ter sido apresentada a imagem, os alunos foram interrogados sobre se
estariam na presença de um padrão. Até este momento, apenas se tinha explorado
Figura 48 Ilustração retirada do manual de Língua Portuguesa do 1º Ano
Figura 49 Ficheiro do programa Paint - Tarefa 10
Capítulo 3 Método
99
padrões simples de repetição
alguns alunos algumas dúvidas sobre se realmente estariam na presença de um padrão.
Após alguma discussão, concluiu-se que as imagens estavam organizadas
segundo uma propriedade que era a altura do Pateta. O facto de, neste estudo, se ter
diversificado as imagens e as figuras utilizadas na exploração dos padrões revelou-se
muito importante para dotar os alunos de uma capacidade mais crítica e para poderem
mobilizar os conhecimentos que vão adquirindo em outras situações novas.
Depois de identificado o módulo do padrão, foi pedido aos alunos que
reproduzirem, depois, o padrão utilizando os números que lhes parecessem mais
adequados. Para a reprodução do padrão com números no programa Paint, era
necessário que os alunos utilizassem a ferramenta exto do programa. Recorrendo ao
computador do professor/investig
ligados, foi explicado e exemplificado como os alunos deveriam utilizar a ferramenta de
texto. Aproveitou-se esse momento para rever os procedimentos para Abrir e Guardar um
ficheiro que, por esta altura, já muitos conseguiam fazer com relativa autonomia. Em
seguida e ao mesmo tempo que era feita a demonstração no computador do
professor/investigador,
a ferramenta de texto. Houve alguns alunos que a foram testar no computador do
professor/investigador.
Procurava-se, assim, também, desenvolver competências que possibilitassem
uma melhor compreensão do sentido do número e da ordem de grandeza. Para reforçar
essa aprendizagem, foi utilizado, em primeiro lugar, uma pequena tira de papel onde os
alunos tiveram que reproduzir o padrão com números.
As produções dos alunos foram alvo de uma apresentação à turma e discutidas,
fazendo-se a correcção oral dos erros existentes. Foi possível verificar que os alunos
identificaram o módulo do padrão quando utilizaram três números diferentes para a sua
escrita, no entanto, já não manifestaram preocupação com a ordem de grandeza dos
números.
F
100
Em seguida, colocou- cheiro do
programa Paint
Os alunos já realizaram a actividade com mais atenção e cuidado tendo a
preocupação de seleccionar e colocar números pela ordem decrescente, de acordo com
as várias dimensões do Pateta ao longo do padrão.
No final, os alunos apresentaram as suas produções à turma e discutiram-se as
estratégias seguidas.
Tarefa 11 -
-
se aos alunos que completassem um padrão para trás. Tendo os alunos mostrado
algumas dificuldades na realização da tarefa 5, entendeu-se ser importante introduzir
outra actividade que procurasse desenvolver nos alunos a capacidade de completar um
padrão para trás.
A sessão iniciou-se com a exploração oral de uma grade apresentada no
programa Paint projectado com o recurso ao projector de vídeo.
Foi pedido aos alunos que identificassem o módulo e que completassem o
padrão. Foi possível observar que esta tarefa não se apresenta fácil para a grande
maioria dos alunos. Uma aluna conseguiu identificar o módulo e depois oralmente foi
confirmando o padrão a partir do fim, contando com a ajuda dos colegas. Um aluno ia
completando o padrão no ficheiro do programa Paint para que todos pudessem verificar
como iria ficar a grade preenchida.
Figura 50 Ficheiro do programa Paint com o padrão para completar na Tarefa 11
Capítulo 3 Método
101
Em seguida, foi pedido que cada aluno completasse o mesmo padrão no seu
Depois de discutidas as produções dos alunos no grupo turma, foi pedido que
abrissem o ficheiro e criassem um padrão com as figuras
amigas do Mickey.
Após os alunos terem lido oralmente, para a turma, o padrão que criaram, foi-lhes
pedido que reproduzissem com números esse padrão numa grade no programa Paint.
No final, foram apresentadas e discutidas as produções dos alunos em grande
grupo. Houve partilha de estratégias e procurou-se que os erros apresentados por alguns
alunos servissem para construir novas situações de aprendizagem e de consolidação de
conhecimentos.
Durante a actividade, procedeu-se ao relembrar de todos os passos que eram
necessários dar para Abrir e Guardar um ficheiro numa pasta do computador
ou a ser possível observar uma evolução positiva no desempenho
dos alunos no que diz respeito a estas tarefas.
Tarefa 12 -
Esta tarefa desenvolveu-se no dia 14 de Maio de 2009. Iniciou-se com a
exploração oral de um padrão criado no programa Já Está e projectado no projector de
vídeo e pediu-se para os alunos identificarem o módulo e o tipo de padrão ABC, ABC,
Figura 51 Padrão criado no programa Já Está e explorado na tarefa 12
F
102
Em seguida, foi pedido aos alunos que reproduzissem oralmente esse padrão
com letras e depois com números. Depois de discutidas algumas resoluções, passou-se
à proposta seguinte.
Distribuiu-se, depois, uma grade em papel com um padrão com figuras
geométricas para completar o padrão subjacente (Anexo IV). Uma vez mais, foi
considerado importante proporcionar outra actividade para completar por se ter
apresentado como uma tarefa difícil para a maior parte dos alunos da turma. No verso da
ficha (Anexo V) estava uma grade onde os alunos escreveram o mesmo padrão com
números. Depois de terminarem esta actividade, procedeu-se à apresentação e
discussão das produções dos alunos. Realizou-se a correcção de alguns exercícios
oralmente com a participação do grupo turma.
Foi proposto, depois, aos alunos que,
completassem o mesmo padrão num ficheiro do programa Paint e, em seguida, o
reproduzissem com números num outro ficheiro.
No decorrer desta actividade, foi possível observar que, apesar de os alunos
referirem que o padrão teria que ser continuado a partir do fim, a grande maioria dos
alunos procurou sempre completar o padrão a partir do início e isso aconteceu quer na
ficha em suporte de papel quer nos ficheiros do programa Paint.
No final da sessão, alguns alunos leram os seus padrões. Sempre que foram
detectados alguns enganos, procedeu-se à correcção, por vezes, com a participação de
outros alunos. Foram também relembrados os procedimentos para guardar os ficheiros
na Pasta Tarefas do Paint.
Figura 52
Capítulo 3 Método
103
Tarefa 13 -
AABC,
AABC, AAB - feito no programa Já Está e projectado com o recurso ao projector de
vídeo.
Foram identificados oralmente o módulo e o tipo de padrão. Depois, alguns alunos
reproduziram, também oralmente, o padrão com números e com letras. Considerou-se
importante que esta exploração fosse realizada oralmente e em grande grupo para que
houvesse uma maior partilha das ideias de cada aluno ao mesmo tempo que
acompanhavam essa leitura no padrão projectado.
Foi depois distribuída uma Ficha de trabalho (figura seguinte) para que os alunos
, em seguida, o escrevessem com números.
Figura 53 Padrão criado no programa Já Está e explorado na Tarefa 13
Figura 54 Ficha de trabalho utilizada na Tarefa 13
F
104
Depois, alguns alunos foram ao computador do professor/investigador apresentar
à turma o padrão que tinham criado e discutiu-se as suas produções.
Procedeu-se a um pequeno debate sobre as estratégias que cada aluno escolheu
para a realização da sua actividade e fizeram-se algumas correcções oralmente. Em
Paint criaram um padrão.
No final da sessão, foi realizada a apresentação e discussão das produções dos
alunos. Relembrou-se novamente os procedimentos para Guardar o ficheiro na Pasta
Tarefas do Paint.
Na seguinte tabela, apresentam-se as principais características das diferentes
tarefas propostas, sistematizando-se as aprendizagens a elas ligadas no que diz respeito
ao desenvolvimento de competências matemáticas e competências tecnológicas.
Figura 55 Aluno a apresentar à turma o padrão que criou na Tarefa 13
Figura 56
Capítulo 3 Método
105
Tarefa
Competências Matemáticas
Competências Tecnológicas Recursos utilizados
20/04
/2009
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Criar um padrão.
Ligar o computador. Dominar o rato. Inserir o CD no computador.
Navegar nos Menus do Já Está.
Guardar um ficheiro no programa Já Está
Sair da aplicação. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Ficha de trabalho
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Criar um padrão.
Ligar o computador. Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Criar um padrão
Ligar o computador. Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
23
/04/20
09
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos. Criar um padrão
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
F
106
28
/04/2
009
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Continuar um padrão. Completar um padrão.
Ligar o computador. Abrir um Applet Realizar actividades no Applet
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo Applet do NCTM Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
29
/04/20
09
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Continuar um padrão. Reproduzir um padrão com letras.
Completar um padrão. Criar um padrão
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Ficha de trabalho Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
30
/04/20
09
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos. Identificar diferentes tipos de padrões.
Reproduzir um padrão com letras.
Criar um padrão
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Ficha de trabalho Tira de Cartolina Cartão com imagens das serpentes
Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
5/0
5/200
9
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Criar um padrão. Reproduzir um padrão com sons.
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
Capítulo 3 Método
107
6/0
5/200
9 Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Criar um padrão
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir um Applet. Realizar actividades no Applet
Utilizar os botões de acção do Applet.
Dominar o rato. Utilizar a caneta do Quadro Interactivo.
Interagir com o Quadro Interactivo.
Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo Quadro Interactivo
Applet do NCTM Ficha de trabalho
7/0
5/200
9
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Continuar um padrão Reproduzir um padrão com números.
Ligar o computador. Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo Tira de papel Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
12
/05/20
09
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Completar um padrão. Criar um padrão. Reproduzir um padrão com números.
Ligar o computador. Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo
Programa Paint Ficheiro para o programa Paint
14
/05/20
09
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Reproduzir um padrão com letras.
Completar um padrão. Reproduzir um padrão com números.
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Ficha de trabalho Programa Paint Ficheiros para o programa Paint
F
108
19
/05/20
09
Ler padrões. Identificar o módulo e o respectivo número de elementos.
Identificar diferentes tipos de padrões.
Criar um padrão. Reproduzir um padrão com números.
Ligar o computador. Navegar nos Menus do Já Está.
Abrir o programa Paint. Abrir um ficheiro. Guardar um ficheiro. Seleccionar, copiar, colar e arrastar objectos.
Utilizar ferramentas do programa Paint.
Dominar o rato. Desligar o computador.
Computador do professor/investigador
Computador Magalhães Projector de Vídeo CD-ROM Já Está Ficha de trabalho Programa Paint Ficheiros para o programa Paint
6 Tratamento e apresentação de dados
Tal como Erickson (citado por Lessard-Hérbert, Goyette & Boutin, 1990) refere, só
podemos falar em dados de investigação depois de o investigador ter analisado o
material recolhido. Isto é, toda a informação que foi recolhida pelo professor/investigador
(fotografias, registos videográficos, notas de campo, produções dos sujeitos, etc.) não
constitui, por si só, um conjunto de dados. Essa informação deve ser vista apenas como
um material documental a partir do qual serão construídos os dados através de uma
análise cuidada e adequada. A análise foi orientada pelas categorias que surgiram dos
propósitos desta investigação e foram orientadas de acordo com os seguintes quadros:
No que concerne às tecnologias e relativamente à utilização do computador, do
CD-ROM Já Está, ao programa Paint, aos Applets do NCTM e ao quadro interactivo, as
categorias de análise prendem-se com as apetências e destrezas que os sujeitos
evidenciaram na sua utilização ao longo das diferentes sessões.
Quadro 9 Tecnologias e Padrões envolvidos no estudo
Tecn
olog
ias Computador
CD-ROM Já Está Programa Paint Applet NCTM Quadro Interactivo
Pad
rões
Leitura e descrição de padrões Identificação do módulo do padrão Reprodução de um padrão Continuação de um padrão Completamento de um padrão Criação de um padrão
Capítulo 3 Método
109
No que se refere aos padrões, considerou-se - leitura e descrição de padrões,
identificação do módulo do padrão, reprodução de um padrão, continuação de um
padrão, completamento de um padrão e a criação de um padrão. Procurou observar-se,
ainda, de que forma as actividades desenvolvidas permitiram aos alunos uma melhor
compreensão do sentido do número.
Relativamente à apresentação dos dados para cada sujeito do estudo, optou-se
por uma forma descritiva evidenciando-se as afirmações feitas através de transcrições do
Diário de Bordo e dos registos videográficos, de produções dos alunos e de imagens
fotográficas. Também se apresentam dados recolhidos através das grelhas de
observação.
112
Neste capítulo, proceder-se-á a uma análise dos quatro sujeitos, no que diz
respeito ao desenvolvimento de competências relacionadas com a matemática,
nomeadamente com aquelas respeitantes aos padrões, e de competências tecnológicas
relacionadas com a utilização do computador, de alguns CD-ROMs, do programa PAINT,
de Applets do NCTM e do quadro interactivo.
A análise a cada caso começa com uma breve apresentação do aluno e, depois,
tenta-se evidenciar evoluções relativas às competências tecnológicas e matemáticas de
acordo com as categorias definidas anteriormente.
1- Augusto
O Augusto era um aluno calmo e algo reservado. Quando iniciou o 1º Ciclo, já
conseguia ler pequenas frases. Era cuidadoso na realização das suas actividades o que
fazia com que, por vezes, demorasse mais tempo a terminá-las. O aluno manifestou,
desde o início, muito interesse em utilizar as diferentes ferramentas informáticas. Gostava
de observar de perto o computador do professor e mostrava-se participativo durante a
exploração de conteúdos matemáticos. O Augusto usava um vocabulário diversificado e
estabelecia diálogos com facilidade.
1. 1. Competências tecnológicas
1.1.1. Computador
Durante a implementação do estudo, o Augusto utilizou, na sala de aula, o
computador de secretária, o computador portátil do professor/investigador e o seu
Apesar de ter em casa acesso a um computador de secretária, foi possível
observar que, durante a realização do pré-Teste de competências tecnológicas, o aluno
não conseguiu ligar o computador de secretária (Grelha de Observação Anexo VI).
Sentiu a mesma dificuldade com o computador portátil do professor/investigador durante
a realização da primeira tarefa da intervenção pedagógica, momento em que lhe foi
proposto ligá-lo. Nessa tarefa, o aluno só conseguiu ligar o computador portátil do
professor/investigador com alguma ajuda:
Capítulo 4 Análise dos Dados
113
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009) foi proposto ao Augusto que fosse ligar o meu computador portátil. O aluno mostrou não conhecer os procedimentos necessários para o fazer -lhe explicado como devia proceder para ligar o No entanto, quando foi utilizado, pela primeira vez durante a investigação, o
realização da
ligá-lo de forma autónoma.
No que diz respeito à acção de desligar ou encerrar o computador de secretária,
constatou-se que o aluno, durante a realização do pré-Teste apenas desligou o monitor
(Grelha de Observação Anexo VI).
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) que encerrasse o computador, apenas movimentou o seu dedo indicador direito para o botão do monitor afirmando depois
Para encerrar o computador portátil do professor/investigador, na actividade
Augusto necessitou de ajuda do professor:
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009) precisou de ajuda. O aluno afirmou pensar que tinha de desligar o computador no mesmo botão onde o tinha liga
Mesmo depois do professor explicar e mostrar como se encerra o computador de
secretária e o portátil do professor/investigador, ambos com o mesmo sistema operativo
igual ao do , durante a realização da primeira tarefa em que foi
utilizado esse computador, o aluno apresentou algumas dúvidas no seu encerramento,
mostrando não saber de forma segura que acção havia de realizar:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) alunos que encerrassem o seu
Depois de lhe ter sido solicitado que repetisse oralmente os procedimentos necessários para encerrar o computador em segurança, o aluno corrigiu a sua acção e dirigiu a su encerrar
A acção de ligar e encerrar o computador foi compreendida pelo Augusto de
forma gradual realização da
-se que o aluno também já foi capaz de ligar
e desligar o computador portátil do professor/investigador:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) , foi utilizado o meu computador. Foi proposto neste dia ao Augusto que ligasse o computador portátil do professor. Apesar de mostrar alguma timidez, o aluno foi capaz de o ligar correctamente (...) Quando lhe perguntei se
114
sabia encerrar o computador, o aluno disse que sim e foi capaz de mostrar os passos necessários para o
Durante a realização do teste tecnológico, em situação de pós-teste, foi possível
constatar que o Augusto conseguiu realizar a acção de encerrar o computador de
secretária correctamente (Grelha de Observação Anexo VII).
No que diz respeito ao domínio do rato do computador, observou-se, durante a
realização do pré-Teste, que o aluno revelava algumas dificuldades no manuseamento e
na movimentação do rato do computador de secretária. Os movimentos eram feitos com
bastante hesitação e o aluno ia realizando alguns movimentos de correcção da postura
da mão, procurando ajustar o movimento com a acção pretendida. O mesmo se verificou
quando o aluno iniciou o computador portátil do professor/investigador na actividade
professor/invest
Justificou sempre essa acção com o facto de se encontrar mais familiarizado com o rato
-
- foi po
parte do aluno Augusto se fazia com naturalidade, revelando apenas algumas
dificuldades na realização das acções mais finas como as de seleccionar correctamente a
figura que seria utilizada na criação do padrão:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) -o a utilizar os dois toques
consecutivos com o seu iopções na barra de menus do programa Paint em detrimento do clique no botão esquerdo do rato. Nas acções mais finas de selecção da figura para a realização do padrão revela ainda algu
As actividades desenvolvidas ao longo do desenrolar da intervenção didáctica
contribuíram para que o aluno conseguisse encontrar a melhor forma de controlar o rato
do computador de secretária, do computador portátil do professor/investigador e do
das tarefas e de revelar alguma facilidade de aprendizagem em relação a alguns
conhecimentos relacionados com as tecnologias informáticas contribuíram para que,
durante a realização do teste tecnológico em situação de pós-teste (Grelha de
Observação Anexo VII) apresentasse um bom domínio do rato do computador de
secretária e um bom domínio do rato do computador portátil do professor/investigador na
Capítulo 4 Análise dos Dados
115
execução de todas as actividades propostas no pós-Teste de competências matemáticas
(Grelha de Observação Anexo VIII).
No decurso da actividade
interesse em acompanhar as instruções que lhe eram dadas para abrir o ficheiro
necessário para realizar a tarefa, sentiu algumas dificuldades na navegação dos menus e
na procura da pasta onde se encontrava o ficheiro a usar no seu computador
(Diário de Bordo 21 de Abril) e a demonstração com a imagem projectada do meu computador portátil, o Augusto revelou algumas dificuldades em seguir os passos
Nas actividades a
necessitou de alguma ajuda para conseguir realizar as acções necessárias para abrir os
ficheiros. No entanto, observou-se já alguma evolução, pois o aluno realizava algumas
acções com mais autonomia:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) Augusto procurou seguir os passos para abrir o ficheiro ao ritmo das minhas indicações (...) Essa atitude permitiu-
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) ficheiro necessário para a realização da tarefa, foi possível constatar que essa acção é realizada a ritmos diferentes pelos vários alunos. O Augusto, que até esta actividade tinha revelado algumas dificuldades em
, apenas procurou a minha ajuda para confirmar se era aquele ficheiro que deveria escolher (...)
Na actividade
do NCTM, foi pedido ao aluno que abrisse um ficheiro do programa Paint na pasta
necessitar das indicações do professor. O mesmo aconteceu na tarefa que se seguiu:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) (...) O Augusto conseguiu abrir o ficheiro destinado a completar o padrão no programa Paint.
Após a realização das seis primeiras tarefas da intervenção didáctica, o aluno
conseguiu compreender os passos necessários para a abertura de um ficheiro. Para que
isso acontecesse, ao longo dessas sessões foi sempre realizada uma exploração com a
imagem projectada com o recurso ao projector de vídeo do ambiente de trabalho do
computador portátil do professor/investigador. Realizou-se também algum trabalho de
116
pares para que os alunos que melhor compreendiam a realização dessas acções
partilhassem os seus conhecimentos com os seus colegas.
Já no que diz respeito à acção de guardar os ficheiros, esta criou no aluno
o,
indic
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009)
Revelou alguma precipitação,
Apesar de o aluno se mostrar bastante interessado durante a realização da tarefa,
voltou a sentir esta dificuldade na 3ª actividade -
ped
indicações transmitidas:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) Quando foi pedido aos alunos para seguirem as indicações dadas através da imagem projectada do ambiente de trabalho do computador portátil do professor/investigador para guardar o ficheiro da actividade , o Augusto não foi capaz de as acompanhar
O facto de o aluno cometer este erro, fez com que não fosse capaz de realizar a acção sozinho. Aproveitei a situação para explicar individualmente ao aluno como deveria proceder para guardar um
Na actividade o aluno ainda mostrou alguma hesitação na altura
havia de escolher:
(Diário de Bordo 23 de Abril) actividade Augusto
aluno dirigia a acção do seu rato para explicar, a ele e ao resto da turma, como se procedia para guardar um ficheiro. Com o recurso à imagem
o e assim podermos começar a tarefa. Quando pretendíamos guardar o trabalho e as alterações já realizadas era necessário
Na resolução das tarefas que se seguiram, verificou-se já uma melhoria no
desempenho do aluno no que diz respeito à capacidade de guardar um ficheiro numa
pasta do computador. Para essa melhoria contribuiu, também, a ajuda que alguns
colegas de turma iam dando ao partilharem algum do conhecimento já adquirido com
Capítulo 4 Análise dos Dados
117
aqueles que lhe estavam mais próximo e que sentiam algumas dificuldades. Na
actividade , o aluno ainda pediu ajuda ao professor/investigador para
mudar o nome ao ficheiro na altura de o guardar:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) O Augusto hoje não se enganou na altura de guardar o -me ajuda apenas para mudar o
A partir desta sessão, o Augusto mostrou ter interiorizado os procedimentos
necessários para guardar
computador.
Durante este estudo, o aluno teve, também, o contacto com o teclado do
computador. Foi possível observar, durante a realização do pré-Teste tecnológico e
matemático que o aluno utilizava o teclado com algum receio e insegurança. A procura
das letras era feita de forma vagarosa e com alguma indecisão. O contacto com o teclado
foi sendo realizado no decorrer das tarefas quando o aluno tinha que acrescentar o seu
nome, ao nome do ficheiro. Também
reproduzir o padrão criado com números. Estas tarefas contribuíram para que o aluno
contactasse mais vezes com as letras e números que constituem o teclado do
computador ficando, assim, a conhecê-lo melhor.
Em género de conclusão, foram bastante significativas as evoluções que o aluno
Augusto apresentou no decorrer deste estudo no que diz respeito à realização de acções
básicas no computador. Essa evolução ficou bem patente durante a realização dos testes
de competências tecnológicas e matemáticas em situação de pós-Teste. Passou a ser do
conhecimento do aluno como se ligava e desligava um computador de secretária ou um
compu
forma segura e sem receio, abrir e guardar ficheiros passaram a ser acções do
conhecimento do sujeito.
1.1.2. CD-ROM Já Está
Durante a realização do Teste de competências tecnológicas realizado em
situação de pré-Teste, o aluno Augusto mostrou não ser capaz de inserir um CD-ROM na
drive correspondente do computador de secretária (Grelha de Observação Anexo VI):
118
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) sto se conhecia o que estava dentro da caixa. O aluno respondeu-me que era um CD de um jogo. Foi logo dizendo que já tinha jogado alguns em casa. Quando lhe perguntei se sabia inserir o CD no computador, o aluno olhou por breves momentos para mim e disse-me que sim. Entreguei-lhe o CD com a indicação de inserir o CD no computador e que depois jogasse. O aluno agarrou no CD mas ficou com ele na mão sem saber muito bem o que fazer com ele. Perguntei-lhe quem é que inseria o CD no computador em casa. O aluno respondeu-me que era o seu pai
inserir o CD-ROM Já Está na drive de CD/DVDs do computador portátil do
professor/investigador:
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009) pois de ter ligado o meu computador portátil, foi proposto ao aluno que inserisse o CD-ROM do Já Está na drive de CD/DVD do computador. O aluno disse-me que não era capaz. Esse momento foi aproveitado para dar a conhecer ao Augusto e aos restantes alunos da turma onde se localizava a drive de CD/DVD do computador do professor/investigador e como se deveria colocar o CD-ROM. Os alunos acompanharam depois os passos seguintes do arranque do CD-ROM na imagem
O aluno acompanhou depois a explicação do ambiente e dos menus do programa
com bastante atenção e interesse. Mostrou, nessa altura, algum à vontade natural para a
exploração das ferramentas informáticas que estavam a ser utilizadas não mostrando
qualquer inibição nem receio aparente em realizar alguma acção de forma menos
correcta.
como se inseria o CD-ROM no computador do professor/investigador:
(Diário de Bordo 23 de Abril) az de abrir a drive de CD/DVD do computador portátil do professor/investigador e colocar correctamente o CD-
Na actividade , o Augusto mostrou conseguir navegar no
menu do programa, no entanto, revelou algumas dúvidas quanto às funções de
ferramentas da caixa do programa:
(Diário de Bordo 29 de Abril) -ROM do programa Já Está na drive de CD/DVD do computador portátil do professor/investigador (...) O aluno mostrou ser capaz
explicar a função de alguns utensílios da caixa de ferramentas do programa. Revelou que gostava de utilizar a ferramenta de preenchimento de cor e
O conhecimento do programa Já Está por parte do Augusto continuou durante a
Capítulo 4 Análise dos Dados
119
mostrar ser capaz de escolher a actividad
dificuldades em explicar a função da ferramenta spray:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) programa Já Está, o Augusto revelou ainda algumas dificuldades em explicar para que é que servia a ferramenta de Spray. Foi pedido ao aluno que fosse ao computador do professor/investigador experimentar essa ferramenta. Depois de a experimentar, o aluno referiu tratar-se de um Spray e comparou-o com o que há na caixa de ferramentas do programa Paint
Já durante a exploração do padrão apresentado no Já Está
O Augusto foi-se apresentando mais seguro na exploração do programa Já Está
no decorrer da análise dos padrões apresentados n
resolução da -se:
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) actividade Já Está, o aluno conseguiu
cor na reprodução do seu padrão no ficheiro do programa. O aluno conseguiu indicar onde estava a drive do CD/DVDs do computador portátil do professor/investigador e mostrou conhecer a função das ferramentas
Durante a utilização do programa Já Está pelo Augusto na realização do Teste de
competências Matemáticas, em situação de pós-Teste (Grelha de Observação Anexo
VIII), nomeadamente na reprodução de um padrão na tarefa 1, no completamento de um
padrão no tarefa 4, na leitura e análise do padrão do tarefa 5 e na criação de um padrão
do tarefa 6, foi possível constatar que o aluno ficou a conhecer os menus e as
ferramentas do programa:
(Diário de Bordo Pós-Teste de competências Tecnológicas) das tarefas 1, 4, 5 e 6 um bom conhecimento do programa Já Está. O aluno conseguiu utilizar com correcção as ferramentas do programa (...) Podemos concluir que, na utilização do CD-ROM Já Está, o aluno Augusto
apresentou uma evolução bastante significativa. O aluno iniciou este estudo sem
conseguir inserir um CD-ROM na drive de CD/DVDs e apresentava algumas dificuldades
na navegação nos menus de alguns programas. O aluno também sentia dificuldades em
sair dos programas e apresentava um reduzido conhecimento do ambiente de trabalho e
das ferramentas deste programa. Consideramos que, com a exploração do programa Já
120
Está, o aluno passou a conhecer como se insere e retira um CD-ROM de uma drive de
CD/DVDs de um computador portátil e de secretária. O Augusto ficou a dominar as
-ROM Já Está conseguindo escolher a
actividade e as ferramentas necessárias para a realização das tarefas propostas. A
exploração deste CD-ROM contribuiu, também, para que se tenham desenvolvido
competências que lhe permitem uma melhor compreensão do funcionamento dos menus
e submenus de alguns programas de computador.
1.1.3. Programa Paint
Durante este estudo, o programa Paint foi utilizado pelo aluno em diferentes
tarefas. O Augusto referiu que já tinha utilizado este programa em casa para fazer
desenhos. No entanto, durante a realização do tarefa 3 do pré-Teste de competências
matemáticas foi possível observar que o aluno apenas tinha utilizado algumas
ferramentas do programa, desconhecendo a função de outras. O aluno não conseguia,
também, guardar as suas produções numa pasta do computador:
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) 3 ao Augusto, o aluno referiu que já tinha utilizado o programa Paint no seu computador de casa. O aluno disse que utilizava este programa para realizar alguns desenhos e referiu que apenas tinha utilizado as ferramentas lápis, a borracha quando queria apagar e o balde quando queria pintar. Mostrou saber como se seleccionavam as cores. O aluno referiu que desconhecia algumas ferramentas e não conhecia os menus do programa. Não
Na actividade
para iniciar o programa Paint e abrir o ficheiro. No entanto e depois de ter sido
exemplificado, com o recurso ao projector de vídeo, como realizar a actividade, o aluno
revelou algumas dificuldades em certas acções que eram necessárias realizar para
efectuar a tarefa:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) executar com correcção as acções: seleccionar, copiar, colar e arrastar. Com a repetição da acção, verificaram-
Na actividade
seu desempenho no que diz respeito a acções como seleccionar, copiar, colar e arrastar.
O aluno continuava a revelar-se concentrado e a sua adaptação às ferramentas
informáticas que estava a utilizar compu estava a
decorrer com naturalidade e sem lhe criar qualquer tipo de alteração comportamental,
Capítulo 4 Análise dos Dados
121
mostrando talvez um incremento de empenho na realização das tarefas. Durante esta
actividade pediu, por duas vezes, para reiniciar a actividade do princípio:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) - -
copiar as imagens da carrinha e do carro. Utilizou as ferramentas do programa Paint para pintar as viaturas sem dificuldade ao menu Editar, Copiar e Colar. O aluno deixou uma parte da frente da carrinha fora da selecção e deixou
o aluno respondeu-me: - Porque vou precisar mais vezes da carrinha e agora não a consigo copi Aproveitei o facto de estar próximo do aluno para com ele repetir a estratégia que alguns alunos, como a Laura e a Matilde, estavam a seguir: 1º Ferramenta lupa e aumentar a carrinha ou o carro; 2º escolher a ferramenta de selecção e seleccionar a figura; 3º ir ao menu Editar e escolher Copiar; 4º ir ao menu Editar e
Na figura seguinte pode-se observar que a carrinha não é visível no canto inferior
esquerdo e parte das letras da pa
No mesmo dia, o aluno ainda conseguiu realizar o seguinte trabalho:
Na imagem anterior, é possível observar que o aluno conseguiu preencher toda a
grade. Consegue-se observar que, quando seleccionou a carrinha verde, deixou uma
pequena parte das rodas de fora da selecção. O carro que serviu de modelo para ser
copiado deixou de estar no canto inferior direito do ficheiro.
Figura 57 Produção do Augusto Tarefa 3
Figura 58 Segunda produção do Augusto Tarefa 3
122
O facto de se ter realizado a explicação e a apresentação, na imagem projectada
do ambiente de trabalho do computador portátil do professor/investigador, dos passos
que alguns alunos estavam a seguir para seleccionar correctamente as figuras,
e colar e a
utilização da acção
seguiram, onde foi utilizado o programa Paint, se assistisse a uma progressiva melhoria
no desempenho do aluno no que diz respeito às competências tecnológicas que lhe
permitiam utilizar o programa. O Augusto foi aperfeiçoando a utilização das ferramentas
do programa Paint e, apesar de ter deixado algumas tarefas por terminar, (ver figuras
seguintes) foi possível observar que o domínio das acções e das ferramentas era
gradual.
Na imagem da esquerda, que se refere à actividade -se
observar que o aluno utilizou as ferramentas de preenchimento de cor com correcção e
que as imagens da borboleta e da flor se encontram completas. Na imagem da direita, o
aluno conseguiu seleccionar as imagens das figuras geométricas com correcção,
conseguindo-as arrastar e colocar no lugar da grade pretendido. Verifica-se que o aluno
não conseguiu terminar ambas as tarefas.
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) últimos a iniciar a actividade que era para realizar no programa Paint no Magalhães. Como o aluno é muito cuidadoso na realização dos seus
também com que
Verifica-se, neste ficheiro do programa Paint, no qual o Augusto gravou a
resolução de uma das tarefas relacionadas com a proposta
aluno apresentou algumas dificuldades em seleccionar o triângulo verde para a criação
do seu padrão. O triângulo aparece imperfeito, havendo partes da figura cortadas. É
visível, no canto superior esquerdo da imagem, um triângulo mais pequeno e pode-se
observar que a figura do quadrado vermelho e do triângulo verde da barra lateral
Figura 59 Produções do Augusto
Capítulo 4 Análise dos Dados
123
esquerda do ficheiro desapareceram. Parece que o Augusto apenas se preocupou em
preencher a totalidade dos lugares da grade não revelando cuidado em realizar as
acções de selecção e de arrastar no programa Paint com cuidado.
No ficheiro do programa Paint relativo à -se que
o Augusto conseguiu realizar a selecção das figuras
com mais correcção, estando as figuras inteiras, sem cortes. A sua colocação na grade
está também mais arrumada. Verifica-
barra lateral direita do ficheiro desapareceu:
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) do seu padrão no programa Paint c
(...)
Na resolução da
evolução positiva no que diz respeito ao conhecimento das acções do programa Paint
necessárias para a realização dos exercícios. A selecção das imagens era realizada com
cui
seleccionar as figuras, ao mesmo tempo que a navegação no menu do programa se fazia
com mais segurança:
Figura 60 Produção do Augusto
Figura 61 - Produção do Augusto - Tarefa "Caras com ritmos"
124
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) rograma Paint sem dificuldade
ter recebido as indicações do ficheiro que tinha de abrir, o aluno realizou essa acção sozinho, utilizando os menus do programa correctamente. O aluno faz agora uma melhor utilização das ferramentas do programa.
O aluno teve também, nesta tarefa, que utilizar a ferramenta de texto do programa
Paint para reproduzir com números
aluno mostrou não dominar o seu funcionamento. Apesar de a ter já utilizado na escrita
do seu nome e de ter já sido explicado pelo professor à turma o seu funcionamento, o
aluno sentiu dificuldades em alterar o tamanho da letra:
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) texto. Quando lhe perguntei porque é que os seus números estavam a ficar tão pequenos, o aluno respondeu-me: -
Pelo facto de haver outros alunos na turma com a mesma dificuldade, entendeu o
professor/investigador recorrer à imagem projectada do programa para, uma vez mais,
explicar o seu funcionamento e os passos necessários para a formatação do tipo e do
tamanho da letra:
(Diário de Bordo 7 de Maio) novamente uma explicação sobre o funcionamento da ferramenta de texto do programa Paint. Expliquei aos alunos que, para formatar o texto, era necessário escolher a ferramenta de texto e, depois, verificar se
seleccionar a opção
o aluno deixou os números ainda num
tamanho reduzido (figura seguinte), facto revelador de que o aluno ainda apresentava
alguma insegurança na utilização da ferramenta de texto.
Figura 62 Produção do Augusto
Capítulo 4 Análise dos Dados
125
Na resolução da abrir
o ficheiro para a realização da tarefa de forma autónoma e conseguiu seleccionar as
figuras correctamente. O aluno utilizou, de forma correcta, a ferramenta de seleccionar e
conseguiu realizar as acções de copiar e colar correctamente:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) dAugusto conseguiu iniciar o programa Paint de forma autónoma e abriu o ficheiro necessário para a realização da tarefa. O aluno seleccionou correctamente as figuras sem haver corte de partes da imagem.
colar as figuras. Na reprodução do padrão com números, conseguiu aumentar o tamanho da letra e escolheu o tipo de letra Arial
Na reprodução do padrão criado pelo aluno com números, o Augusto apresentou
uma evolução no que diz respeito à utilização da ferramenta de texto. O aluno conseguiu
aumentar o tamanho dos seus números e mudou o tipo de letra (ver figura seguinte).
Ao longo do estudo, o Augusto manifestou uma evolução nos seus conhecimentos
sobre a utilização do programa Paint. Apesar de o aluno ter já utilizado o programa antes
do início desta investigação, apresentava, apenas, o conhecimento de algumas
ferramentas do programa, nomeadamente o lápis para desenhar, a borracha para apagar
e o balde para preenchimento com cor, mostrando desconhecer as outras. Também não
Figura 63 -
Figura 64
126
intervenção didáctica, o aluno foi tomando contacto com outras ferramentas do programa,
nomeadamente a ferramenta de seleccionar, a lupa e a ferramenta de texto e adquiriu
navegar nos men
1.1.4. Applets NCTM
Como já se referiu, para que o applet seleccionado pudesse ser usado, os alunos
tinham que dar autorização para executar o script ou control activex no Internet Explorer,
no seu computador Magalhães, de forma a que a aplicação Java pudesse funcionar. Para
auxiliar os alunos, o professor/investigador utilizou a imagem projectada do ambiente de
trabalho e exemplificou os passos necessários para que a aplicação funcionasse. Os
al
O Augusto conseguiu, na resolução das tarefas
apresentadas, interagindo com o applet para resolver as
tarefas propostas:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) NCTM no seu computador Magalhães. Quando lhe perguntei se tinha sido difícil, o aluno referiu que
O
realização do teste de competências Matemáticas, nomeadamente na tarefa 2 que o
aluno comparou a um jogo. Durante o pré-Teste, o Augusto mostrou algumas dificuldades
em arrastar as figuras geométricas para o lugar pois, por mais do que uma vez soltou-as
antes do lugar correcto:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) aumentou o seu entusiasmo. Ouviu com atenção as explicações que lhe dei sobre o funcionamento da aplicação. Quando lhe pedi para começar, o aluno permaneceu durante alguns segundos imóvel a analisar a tarefa e a ver por onde começava. Após essa pausa, o aluno começou o exercício. Apresentou algumas dificuldades em arrastar as figuras pois, várias vezes, soltava-as antes do lugar indicado o que fazia com que
Capítulo 4 Análise dos Dados
127
Na utilização do applet d o reconheceu-o e
oportunidade de realizar outras actividades com o applet que não tinham sido
desenvolvidas no teste de competências Matemáticas. O aluno revelou ter compreendido
as instruções do professor/investigador pois conseguiu utilizar correctamente os botões
quando pretendia passar à próxima actividade. O Augusto conseguiu seleccionar as
figuras sem dificuldade e, após alguma hesitação inicial, em que as figuras eram soltas
antes do lugar correcto, situação que obrigava a repetir a acção, o aluno passou a soltar
as figuras só no sítio correcto vencendo, dessa forma, as suas dificuldades iniciais. O
Augusto continuou os padrões para a frente com as figuras propostas e realizou várias
actividades que constavam do applet. A tarefa apresentou-se-lhe simples e foi sempre
realizada com agrado. O aluno voltou a utilizar este applet no teste de competências
matemáticas em situação de pós-Teste. Nesse teste, o aluno arrastou as figuras para o
lugar correcto sem as soltar antes do tempo.
A utilização do applet do NCTM na actividade
o mesmo procedimento para que a aplicação Java funcionasse no computador
para autorizar a execução do script ou control activex do seu Internet Explorer do
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) Quadro Interactivo e c
Figura 65 Augusto a utilizar um Applet do NCTM
128
No que concerne às actividades desenvolvidas no applet, criar um módulo de um
padrão que permitisse obter células da mesma cor na diagonal, o Augusto percebeu onde
se criava o módulo do padrão e para que serviam os botões de acção da aplicação Java:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) aluno começou por seleccionar o botão que ia colocando módulo a módulo na grade. Em seguida, e já quando se encontrava sensivelmente a meio da grade, escolheu o botão que colocava o módulo mais
Durante as situações em que se utilizaram os applets do NCTM, foi possível
constatar que o aluno gostou de interagir com estas aplicações. Verificou-se uma
evolução no que diz respeito à acção de arrastar e soltar as figuras geométricas desde a
sua utilização no pré-Teste de competências matemáticas, no decorrer da
-
Augusto passou a deter um melhor conhecimento sobre o funcionamento dos botões de
acção dos applets, podendo estabelecer uma relação com outros botões de outras
aplicações.
1.1.5. Quadro Interactivo
O Augusto utilizou o Quadro interactivo na resolução da
ao quadro:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) interactivo, o Augusto, habitualmente uma criança bastante sossegada, extravasava algum entusiasmo e pedia-me para ir ao quadro. Quando lhe pedi que encontrasse o módulo do padrão, primeiro na Ficha de
Figura 66
Capítulo 4 Análise dos Dados
129
papel, para ir, depois, ao quadro interactivo apresentar a sua solução aos colegas, vislumbrei alguma
Após ter criado, na ficha de trabalho, um módulo de um padrão que apresentava
células da mesma cor na diagonal, o Augusto foi ao Quadro interactivo testar e
apresentar aos colegas a sua produção:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) azul, rectângulo verde, rectângulo verde, o Augusto foi ao Quadro interactivo apresentar a sua solução à turma. O aluno agarrou na caneta sem nenhum receio e foi com naturalidade que com ela accionou os
O Augusto mostrou-se bastante concentrado enquanto agarrava a caneta do
Quadro interactivo para accionar os botões do applet. Primeiro escolheu o botão que
accionava a função de completar módulo a módulo o padrão e depois o que preenchia o
padrão na totalidade. O toque da caneta no quadro foi, no início, bastante suave,
denotando por parte do aluno algum cuidado para não estragar:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) Quadro interactivo, o Augusto foi logo para o seu computador Magalhães procurar outro módulo de um
Da experiência da ida do Augusto ao Quadro interactivo, pode-se concluir que o
facto de se ter utilizado esta ferramenta numa situação de aprendizagem acrescentou
uma maior motivação ao aluno e promoveu a vontade de descobrir outras soluções para
o problema colocado. De facto, verificou-se um maior empenho na procura da solução
depois de o aluno ter percebido que iria ao quadro apresentar a sua descoberta aos
colegas, o que fez com grande destreza.
1. 2. Competências matemáticas - Padrões
1.2.1. Leitura e descrição de Padrões
Quando o Augusto realizou o teste de competências Matemáticas (pré-Teste),
afirmou não conseguir ler o padrão apresentado (Grelha de Observação - Anexo IX).
Mostrou também não estar familiarizado com o conceito de padrão:
130
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) ao Augusto se conseguia ler o padrão que lhe apresentei na tarefa 1, o aluno ficou a olhar com algum espanto para mim e respondeu-me que não
tura
colectiva dos padrões apresentados para exploração. Quando lhe foi pedido para ler o
padrão que tinha criado na sua ficha de trabalho, o aluno começou a ler mencionando
apenas a propriedade cor:
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009) eçou a ler primeiro o padrão que criou na ficha de trabalho referindo apenas a cor: -
Após ter sido alertado, por alguns colegas da turma, para a necessidade de ter
ura:
(Registo videográfico 20 de Abril de 2009) - Cara castanha, cara verde, cara castanha, cara verde, cara
Quando, na resolução da uno que lesse
o padrão projectado, o aluno referiu que não o conseguia ler. O aluno não conseguiu
apresentar uma razão para esse facto, mostrando alguma timidez perante o silêncio que
se tinha instalado na sala:
(Registo videográfico 21 de Abril de 2009) - diz o aluno. pergunta o professor. O aluno fica em silêncio. Insiste o professor: - O aluno fica a pensar
Na continuação da exploração da tarefa, o Augusto participou na leitura colectiva
do padrão. No grande grupo, o aluno não se inibiu de realizar a leitura do padrão da
Figura 67
Capítulo 4 Análise dos Dados
131
Quando foi pedido ao Augusto que lesse o padrão que estava a criar no âmbito da
propriedades das figuras utilizadas. O aluno referiu primeiro a propriedade cor, só depois
referiu, também, a propriedade do veículo:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) Augusto estava a criar o seu padrão na actividade -me e pedi-lhe que me lesse o padrão que estava a criar. O aluno pensou um
pouco e começou: - O aluno parou e recomeçou: - Carrinha verde, carro vermel
cuidado na leitura do padrão que estava a criar num ficheiro do programa Paint:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) -lhe que me lesse o padrão que estava a criar. O aluno reflectiu um pouco e leu: Flor amarela, flor amarela, borboleta rosa, flor amarela,
Nas actividades que se seguiram, o Augusto revelou muito cuidado na leitura dos
padrões. O aluno era agora mais cuidadoso e procurava sempre referir outra propriedade
para além da cor:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) Quando pedi ao Augusto para ler o padrão do Já Está projectado, o aluno leu -
Em relação à
referência às cores e formas das serpentes utilizadas:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) serpentes recortadas, leu - a, serpente maçã, serpente castanha, serpente laranja, serpente
Quando foi pedido ao aluno que lesse o padrão que tinha reproduzido com letras,
este não revelou qualquer hesitação, mostrando logo vontade em realizar a sua leitura:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) letras na sua tira de papel. O Augusto não hesitou e leu -
(Registo videográfico - 30 de Abril de 2009) - - É mais fácil ler em letras ou -
O Augusto iniciou esta investigação desconhecendo o termo padrão e não
conseguindo ler o padrão apresentado na Tarefa 1 do pré-Teste de competências
matemáticas. O aluno revelou alguma insegurança nas tarefas iniciais em ler com
132
correcção alguns padrões apresentados, apesar de, no grande grupo da turma,
acompanhar a leitura dos mesmos. Com o decorrer da investigação, o aluno foi
superando essa insegurança e foi capaz de chegar ao término da investigação com
competências que lhe permitem ler com correcção diferentes padrões, apresentados em
linhas simples ou duplas com vários elementos e em grades de 3x7 ou 4x7.
1.2.2. Identificação do módulo do padrão
O Augusto mostrou, no início desta investigação, que não tinha conhecimentos
que lhe permitiam identificar o módulo de um padrão. Quando, na Tarefa 1 do pré-Teste
de competências matemáticas (Grelha de Observação - Anexo IX) lhe foi perguntado o
que se repete na figura, o aluno não foi capaz de identificar:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) apresentado na tarefa 1. Apesar de o aluno ter observado com atenção a imagem e ter reflectido na questã
aluno que lesse em voz alta o padrão que tinha acabado de criar, foi pedido que
identificasse o módulo desse padrão. O Augusto conseguiu identificar o módulo de dois
(Registo videográfico -
Na exploração do padrão que o aluno tinha criado na actividade
apresentou algumas dificuldades em identificar correctamente as propriedades do módulo
do seu padrão:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) - - Quantos elementos tem o O aluno responde: - O professor questiona: - O aluno
responde: - O professor pergunta de novo: - Quantos O aluno responde: - O professor pergunta: - Quais é que
-
Só após alguma reflexão, o aluno conseguiu identificar correctamente os
elementos do módulo do padrão do
Na resolução da
módulo do padrão que estava a criar no ficheiro do programa Paint. O aluno identificou o
Capítulo 4 Análise dos Dados
133
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) -lhe se era capaz de identificar o módulo do padrão que estava a criar com a carrinha e com o carro. O aluno reflectiu um pouco e respondeu: - Carrinha verde,
bém capaz de
realizar a identificação do módulo do padrão que estava a criar. Nesta actividade, o aluno
conseguiu identificar um módulo com três elementos do tipo AAB.
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) Pedi depois ao aluno que identificasse o módulo do padrão que estava a criar. O aluno pensou um pouco e respondeu: -
O Augusto conseguiu também identificar os elementos que constituíam o módulo
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) Applet do NCTM, perguntei-lhe se era capaz de identificar o módulo do padrão que estava a continuar. Apontando com o seu dedo no pequeno ecrã do Magalhães, o aluno identificou: - Círculo roxo, triângulo
O aluno identificou um módulo do tipo ABC.
, foi proposto ao aluno que completasse um padrão num ficheiro do programa
Paint com figuras geométricas. Nesta actividade, o aluno não conseguiu identificar o
módulo do padrão utilizado:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) perguntei-lhe se já tinha conseguido encontrar o
identificar correctamente o módulo do padrão apresentado no programa Já Está. O aluno
conseguiu identificar o módulo de um padrão do tipo AAB
Na actividade
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) iado com as serpentes
O Augusto foi também capaz de identificar o módulo do padrão que criou no
ficheiro do programa Paint com figuras geométricas. O aluno conseguiu identificar um
Na actividade
e o módulo do padrão que criou num ficheiro do programa Paint:
134
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) ndo passei junto do Augusto e lhe perguntei quantos elementos tinha o módulo do padrão que estava a criar, o aluno respondeu: - Pedi-lhe para me dizer quais eram e o aluno respondeu-me: -
Na resolução da tare
módulo do padrão que descobriu que criava células da mesma cor na diagonal do applet
do NCTM:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) azer a demonstração do módulo que tinha descoberto, perguntei-lhe se era capaz de identificar o módulo desse padrão. O aluno respondeu afirmativamente e identificou-o como: - Rectângulo azul, rectângulo verde,
Apesar de ter havido alguns alunos da turma que revelaram dificuldades em
, na actividade
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) nto o Augusto continuava o padrão com as figuras do -lhe se era capaz de identificar o módulo do padrão. Após uma
breve reflexão, o aluno respondeu-me:
Na actividade
identificar o módulo do padrão na grade que tinha de completar:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) -lhe que identificasse o módulo do padrão que estava a completar. O aluno permaneceu
aluno disse-
padrão. O aluno tinha manifestado dificuldades em identificar o módulo do padrão em
actividades em que era necessário completar um padrão. Apesar de esta tarefa ter
colocado algumas dificuldades ao Augusto, o aluno conseguiu identificar o módulo de um
padrão do tipo ABC, ABC, ABC...:
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) apresentado o aluno respondeu-me: - Triângulo amarelo, quadrado vermelho, r
Na actividade
padrão que tinha criado na ficha de trabalho, tendo identificado o módulo de um padrão
:
Capítulo 4 Análise dos Dados
135
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) edi ao Augusto que identificasse o módulo do padrão que estava a criar na ficha de trabalho, o aluno respondeu: - Camisola verde, camisola verde, camisola
Podemos concluir que, apesar de na realização do teste de competências
matemáticas (pré-Teste) o Augusto não ter conseguido identificar o módulo do padrão, o
aluno foi, ao longo do estudo, adquirindo competências que lhe permitiram ir identificando
módulos de diferentes tipos de padrão. O aluno conseguiu, assim, durante o estudo,
identificar
dificuldades em identificar o módulo de um padrão em situações em que lhe foi proposto
que completasse um padrão. No entanto, o aluno conseguiu fazer progressos tendo
conseguido identificar correctamente o módulo na actividade
chegou ao término do estudo com competências que lhe permitem identificar o módulo de
diferentes tipos de padrões, apresentados em linhas ou em quadros.
1.2.3. Reprodução de um padrão
Ao longo do estudo, foi pedido ao aluno que reproduzisse alguns padrões
apresentados com cores, letras e números. No início do estudo e quando foi proposto ao
Augusto, durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas, que
reproduzisse o padrão de uma serpente com cores, o aluno conseguiu reproduzir o
módulo correctamente mas depois não o voltou a repetir (figura seguinte). Quando lhe
pedi que reproduzisse o padrão da serpente com letras e com números, o Augusto disse
não ser capaz (Grelha de Observação - Anexo IX).
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) padrão da tarefa 1 com cores. Quando lhe perguntei se era capaz de reproduzir o padrão utilizando letras, o aluno reflectiu um pouco e respondeu-me que não. O aluno afirmou também não ser capaz de reproduzir o
Figura 68 Produção do Augusto - Exercício 1 do pré-Teste Matemático
136
, numa ficha de trabalho, o
padrão explorado no Já Está
, foi proposto ao aluno que reproduzisse um padrão
com letras em dois momentos - após a exploração do padrão apresentado no Já Está e
depois de ter criado um padrão com as serpentes coladas numa tira de cartolina.
No 2º momento,
tinha criado com as serpentes coladas numa tira de cartolina, com as letras DOA, DOA,
Augusto
Figura 69 Reprodução do padrão com letras Ficha de trabalho Augusto
Figura 70 Produção do Augusto - reprodução do padrão com letras Tarefa 7 (1º momento)
Figura 71 Produções do Augusto reprodução do padrão com letras Tarefa 7 (2º momento)
Capítulo 4 Análise dos Dados
137
Na actividade
prog
som do bater com as mãos nas pernas. Atribuiu ao círculo laranja o som do bater das
palmas e ao triângulo amarelo o som do bater com as mãos nas pernas. Quando chegou
a sua vez de reproduzir o seu padrão com sons, perante a turma, o aluno mostrou-se um
pouco envergonhado, no entanto, conseguiu reproduzir o padrão correctamente:
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) e o
Na resolução da
padrão com números correctamente numa ficha de trabalho após se ter realizado uma
breve discussão sobre as estratégias seguidas por alguns alunos da turma:
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) a primeira discussão e apresentação das estratégias seguidas por diferentes alunos da turma é que o aluno procedeu à correcção. É visível na digitalização que o aluno estava a utilizar as letras abc para reproduzir o
Verificamos que o Augusto usou na reprodução do seu padrão os números com
sentido, de acordo com a ordem decrescente das medidas de comprimento do Pateta. O
No ficheiro do programa Paint, o aluno conseguiu continuar correctamente o
, ordenados do Pateta grande para o
Pateta pequeno. Numa grade de um ficheiro do programa Paint, o aluno reproduziu o
padrão com os números 3, 2 e 1 (figura seguinte). Mais uma vez, verificou-se que o aluno
teve em atenção a ordem dos tamanhos que estavam a ser utilizados nos elementos do
módulo do padrão.
Figura 72 Produção do Augusto - reprodução do padrão com números Tarefa 10
138
Na actividade
ABCD, ABCD, ABCD,... num ficheiro do programa Paint com as figuras Minnie, Pluto,
Donald e Mickey, reproduziu-o numa grade de um ficheiro do mesmo programa com os
números 1234 (ver figura seguinte).
Na resolução da
um padrão numa ficha de trabalho, foi-lhe proposto que reproduzissem o mesmo padrão
com números no verso da ficha. O Augusto continuou esse padrão com os números 1, 2
e 3. Associou o número 1 ao rectângulo azul, o número 2 ao triângulo amarelo e o
número 3 ao quadrado vermelho (ver figuras seguintes).
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) -lhe se já sabia quais eram os números que ia utilizar para reproduzir o padrão que tinha acabado de completar. O aluno
Figura 73 Produção do Augusto reprodução com números - Paint Tarefa 10
Figura 74 Produção do Augusto reprodução com números - Paint Tarefa 11
Figura 75 Produção do Augusto reprodução com números - ficha de trabalho Tarefa 12
Capítulo 4 Análise dos Dados
139
pensou um pouco e disse-me que o 1 seria o rectângulo azul, o 2, o triângulo amarelo e o 3 seria o
números o padrão que tinha criado na ficha de trabalho. O aluno optou por reproduzir a
cor verde com o número 6 e a cor vermelha com o número 7. Durante a realização desta
tarefa, o aluno afirmou que era mais fácil escrever e ler os padrões com números:
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) continuação do seu padrão. O aluno disse-me que ainda estava a pensar. Nesse dia, queria utilizar números
Durante a realização do teste de competências Matemáticas em situação de pós-
Teste (Grelha de Observação - Anexo VIII), o Augusto não apresentou dificuldades em
reproduzir o padrão da Tarefa 1 com cores, conseguindo reproduzir o módulo do padrão
Quando lhe foi pedido que reproduzisse esse padrão com letras, o aluno utilizou
as letras AAB e, na reprodução do padrão com números, o aluno utilizou os números
112.
Figura 76 - Produção do Augusto reprodução com números - ficha de trabalho Tarefa 13
Figura 77 - Produção do Augusto Exercício 1 do pós-Teste Matemático
140
Podemos concluir que o Augusto conseguiu, durante esta investigação,
ultrapassar algumas dificuldades que tinha manifestado no início do estudo no que diz
respeito à reprodução de um padrão com cores, letras e números. Com o desenrolar das
actividades, foi possível observar que o aluno conseguiu reproduzir, com correcção,
diferentes tipos de padrão com letras e com números. As letras e os números foram
colocados nos lugares da linha ou grade
o Augusto utilizou, na reprodução do padrão, os números com sentido.
1.2.4. Continuação de um padrão
Durante a realização do teste de competência matemáticas (pré-Teste) foi
proposto ao Augusto na Tarefa 2 que continuasse um padrão com figuras geométricas
num applet do NCTM. Apesar de o aluno não ter conseguido dizer o que se repetia no
applet, conseguiu arrastar as figuras e colocá-las no lugar correcto (Grelha de
Observação - Anexo IX).
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático)
O Augusto conseguiu também, na actividade
padrão apresentado no applet da NCTM. O aluno arrastou correctamente as figuras
geométricas para o lugar, conseguindo continuar correctamente um padrão do tipo ABC ,
:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) O Augusto conseguiu continuar o padrão apresentado no applet
Na resolução da
continuar o padrão com as figuras do Pateta grande, Pateta médio e Pateta pequeno. No
ficheiro do programa Paint, o aluno copiou e colou as figuras seguindo a ordem do
módulo do
preenchimento da totalidade da grade do ficheiro apresentado (figura seguinte) por ser
basta .
Capítulo 4 Análise dos Dados
141
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) módulo do padrão que estava a continuar, voltei a aproximar-me dele e pude observar que o aluno procurava ser cuidadoso na selecção das figuras. Verifiquei que o aluno estava a continuar o padrão
Podemos concluir que, nas tarefas em que lhe foi proposto continuar um padrão, o
aluno não sentiu dificuldades em realizar a actividades. Já durante a realização do pré-
Teste de competências matemáticas, o Augusto tinha conseguido continuar o padrão no
applet de forma correcta. Também nas actividades
ar de forma correcta os padrões.
1.2.5. Completamento de um padrão
No completamento de padrões, o Augusto revelou algumas dificuldades. Essas
dificuldades foram visíveis quando foi proposto ao aluno a resolução da Tarefa 4 do pré-
Teste de competências matemáticas (Grelha de Observação - Anexo IX). O aluno não
forma arbitrária (figura seguinte).
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) pletasse o padrão da tarefa 4 no programa Já Está, o aluno ficou algo indeciso por onde começar. Após uma breve reflexão, o aluno escolheu as cores de forma arbitrária e começou a pintar as roupas sem revelar nenhuma preocupação com as cores que já estavam
Figura 78 Produção do Augusto Tarefa 10
Figura 79 - Produção do Augusto Exercício 4 do pré-Teste Matemático
142
Na actividade
aluno continuou diferentes tipos de padrão para a frente, foi-lhe proposto que
completasse o padrão com figuras geométricas. Nesta actividade, o aluno apresentou
algumas dificuldades em conseguir encontrar o módulo do padrão e, consequentemente,
em realizar a tarefa com sucesso:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) perguntei ao Augusto porque é que não estava a realizar a tarefa, o aluno respondeu-me tempo, voltei a passar junto dele e perguntei-lhe se já tinha conseguido encontrar o módulo e o aluno
O facto de o aluno não ter identificado o módulo dificultou-lhe o completamento do
padrão. Após alguma hesitação, o aluno começou a realizar o preenchimento da grade
com as figuras geométricas.
Da análise da imagem do ficheiro, pode-se observar, no sombreado cinzento, as
figuras iniciais. Verifica-se que o aluno, apesar de ter preenchido todos os lugares da
grade, não foi capaz de manter o módulo do tipo ABC (ver figura seguinte).
O aluno não conseguiu manter o módulo triângulo amarelo, quadrado vermelho, círculo
rosa tendo, na segunda linha, utilizado o módulo círculo rosa, triângulo amarelo, círculo
rosa, assinalado na imagem anterior a vermelho.
Na resolução da
dificuldades em completar o padrão. O aluno demorou algum tempo a identificar o
módulo. Depois, realizou a actividade em dois momentos:
Figura 80 Produção do Augusto Tarefa 5
Capítulo 4 Análise dos Dados
143
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) primeiro lugar completou o padrão para a frente a partir da figura da primeira Minnie que colocou. Em seguida começou a completar a partir do início da grade com a figura da Minnie, figura que identificou
Na actividade
respeito ao completamento de um padrão. Para completar o padrão na ficha de trabalho
que lhe foi entregue, o aluno começou por realizar uma breve análise às figuras que
constavam da ficha:
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) uando interroguei o Augusto sobre como ele ia realizar a sua actividade na ficha, o aluno respondeu-me: - Vou encontrar o módulo e depois completar com as
Na ficha de trabalho, o Augusto conseguiu completar correctamente o padrão do
azul, triângulo amarelo e
quadrado vermelho.
Também no ficheiro do programa Paint, o aluno foi capaz de completar o padrão
apresentado na grade (figura seguinte).
Figura 81 Produção do Augusto Tarefa 11
Figura 82 - Produção do Augusto ficha - Tarefa 12
144
O Augusto completou o padrão em dois momentos. No primeiro momento,
completou o padrão para a frente colocando o triângulo amarelo a seguir ao rectângulo
azul e foi preenchendo os lugares vazios da grade até à última célula. Em seguida,
começou a preencher as células no sentido da esquerda para a direita. Verificou-se,
assim, uma alteração na estratégia do aluno em relação ao modo como realizou a
Quando, no final do estudo, foi apresentada a Tarefa 4 do teste de competências
matemáticas (pós-Teste) em que o aluno tinha que completar o padrão num ficheiro do
programa Já Está, após uma breve análise das figuras, desenvolveu a actividade sem
dificuldade.
Verificou-se, ao longo desta investigação, que a tarefa de completar um padrão se
apresentou de difícil execução para o aluno. No entanto, foi possível observar uma
evolução positiva. O facto de o aluno ter desenvolvido, ao longo do estudo, outras
competências relacionadas com os padrões, nomeadamente a identificação do módulo e
a leitura de diferentes tipos de padrão, permitiu-lhe desenvolver a capacidade de ler,
analisar e completar um padrão apresentado em linha(s) ou quadros. O padrão que na
Tarefa 4 do pré-Teste de competências matemáticas se tinha mostrado de difícil
completamento no início do estudo e que o aluno não tinha sido capaz de realizar foi, no
fim da investigação, realizado com facilidade.
Figura 83 - Produção do Augusto - Paint Tarefa 12
Figura 84 - Produção do Augusto - Exercício 4 do pós-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
145
1.2.6. Criação de um padrão
Quando foi pedido ao Augusto para criar um padrão no Já Está, na realização da
Tarefa 6 do teste de competências matemáticas (pré-Teste), o aluno mostrou não saber
muito bem o que fazer. Após alguma insistência da parte do professor/investigador, o
aluno lá escolheu a cor que pretendia para iniciar a tarefa. Realizou-a sem revelar o
cuidado de manter um módulo mas mais com a vontade de escolher várias cores das
opções do programa. O aluno não foi capaz de criar um padrão (Grelha de Observação -
Anexo IX) nesta tarefa (ver figura seguinte).
Na actividade
AB, AB, AB, em linha com a cor castanha e verde. Não revelou dificuldades e realizou-
a com cuidado e interesse.
Na resolução da continuou a criar um padrão do
, mas agora numa grade de 4x7
células.
Figura 85 - Produção do Augusto Exercício 6 do pré-Teste Matemático
Figura 86 - Produção do Augusto criar padrão - Tarefa 1
146
roposto ao Augusto a criação de um padrão,
numa grade de 4x7, com a imagem de um carro e de uma carrinha. O aluno escolheu a
cor verde para colorir a carrinha e o vermelho para colorir o carro. O aluno criou,
novamente, com correcção, um padrão do tipo AB, AB, AB,...
Na actividade
tipo diferente daqueles que tinha criado até então. Depois de colorir a borboleta e a flor, o
aluno começou a dispô-las na grade (de 4x7) criando um padrão do tipo AAB, AAB,
AAB,.... Da análise à produção do aluno, verifica-se que, a certa altura, optou por colocar
algumas borboletas em lugares que esta iria ocupar o que demonstra uma perfeita
apropriação do padrão em causa.
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) criou o seu padrão seguindo a estratégia: na barra de ferramentas, o aluno escolheu a ferramenta de seleccionar. Em seguida, seleccionou a figura flor e foi a Editar Copiar e depois Colar. Arrastou depois a figura para o lugar pretendido da grade. Em seguida, o aluno foi a Editar Colar e arrastava a figura para o lugar pretendido na grade. Fez em primeiro para as flores e em seguida para as borboletas. Via-
Figura 87 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 2
Figura 88 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 3
Figura 89 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 4
Capítulo 4 Análise dos Dados
147
Na taref
Paint, um padrão com figuras geométricas. O aluno criou, nesse dia, um padrão do tipo
AB, AB, AB,... escolhendo o círculo laranja e o triângulo verde para o seu padrão.
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) para a direita sequencialmente. Seleccionou, copiou e colou o círculo e arrastou-o para o lugar da grade. Em seguida seleccionou, copiou e colou o triângulo verde. Em se
Na
três serpentes numa tira de cartolina.
O aluno esteve bastante concentrado durante a actividade e criou um padrão do
tipo ABC, ABC, ABC,....
Em seguida, foi proposto ao aluno que criasse um padrão num ficheiro do
programa Paint com figuras geométricas. Apesar de o aluno não ter concluído o padrão
na grade, o Augusto voltou a criar nesta actividade um padrão do tipo ABC, ABC, ABC,...
No preenchimento das células da grade do seu padrão, o aluno optou, a partir de
determinada altura, por colocar as figuras geométricas iguais na grade. O aluno teve,
assim, que determinar qual seria o lugar que a figura iria ocupar na grade (f igura
seguinte).
Figura 90 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 6
Figura 91 - Augusto a recortar as serpentes para criar um padrão Tarefa 7
148
Na actividade
seguinte).
Na resolução da padrão do tipo
actividade, o aluno optou por utilizar todas as figuras disponíveis no ficheiro para a
criação de um padrão (figura seguinte).
i proposto ao aluno a criação de um padrão
numa ficha de trabalho que depois teria que reproduzir com números. O Augusto criou
Figura 92 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 7
Figura 93 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 8
Figura 94 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 11
Capítulo 4 Análise dos Dados
149
Quando, na realização do pós-Teste de competências Matemáticas, foi pedido ao
Augusto, na Tarefa 6, para criar um padrão numa actividade do programa Já Está, o
aluno não revelou qualquer dificuldade (Grelha de Observação Anexo VIII). O aluno
criou um padrão do tipo AABC, es amarelo, vermelho e verde
(figura seguinte).
O Augusto apresentou uma evolução na capacidade de criar padrões ao longo do
estudo. Conseguiu vencer as dificuldades iniciais, mostradas no pré-Teste de
competência Matemáticas, a partir das primeiras tarefas da investigação. Foi capaz de
criar diferentes tipos de padrões em linha ou em grade. O Augusto criou essencialmente
padrões do tipo AB e AAB mas foi capaz de criar, também, padrões do tipo ABC e ABCD.
Utilizou diferentes estratégias para os criar e escrever. Durante o estudo, foi possível
observar que o aluno criava um padrão mais simples quando lhe era proposto algo mais
complexo como por exemplo a reprodução de um padrão com sons. No entanto, foi
possível verificar que o aluno estava sempre muito concentrado e interessado na
realização das actividades e desenvolveu competências que lhe permitem analisar, ler e
criar padrões de diferente complexidade.
Figura 95 - Produção do Augusto criar padrão Tarefa 13
Figura 96 - Produção do Augusto - Exercício 6 do pós-Teste Matemático
150
2- Lúcia
A Lúcia era uma aluna interessada e comunicativa com todos. Possuia um bom
desenvolvimento cognitivo e revelava grande interesse em aprender coisas novas. A
aluna manifestou sempre muito entusiasmo com a Matemática e mostrou interesse em
utilizar o seu Magalhães quando ele chegou à escola. Era uma criança atenta e
observadora de pequenos pormenores.
2. 1. Competências tecnológicas
2.1.1. Computador
A Lúcia utilizou, durante a investigação, o computador de secretária, o
detinha já algum conhecimento da utilização do computador pois a aluna tinha contacto
com o computador em casa. Sempre que a aluna pressentia que íamos utilizar o
computador na sala de aula, o seu entusiasmo aumentava.
Durante a realização do pré-Teste de competências tecnológicas, foi possível
observar que a aluna não conseguiu ligar o computador de secretária (Grelha de
Observação Anexo VI).
(Diário de Bordo Pré-secretária, a aluna respondeu-me que sim. No entanto, a aluna apenas ligou o botão do monitor do computador. Quando lhe perguntei se o computador já estava ligado, a Lúcia respondeu-me afirmativamente. Estranhando não aparecer nada no monitor, a Lúcia referiu que quem ligava o
Durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas e antes da
exploração da sequência didáctica, perguntei à aluna se sabia como se ligava o
computador portátil do professor/investigador ao que respondeu:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) a
a tarefa.
Capítulo 4 Análise dos Dados
151
A Lúcia conseguiu desligar correctamente o computador de secretária durante a
realização do pré-Teste de competências tecnológicas (Grelha de Observação Anexo
VI):
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) esligasse o computador, a aluna conseguiu realizar correctamente as acções necessárias para o seu encerramento. Enquanto o computador encerrava, a aluna permaneceu imóvel diante do monitor à espera que a acção ficasse
Enquanto a aluna realizava o pré-Teste de competências matemáticas no
computador portátil do professor/investigador, constatou-se que a Lúcia detinha algumas
dúvidas, ao mesmo tempo que demonstrava, também, alguma curiosidade em relação ao
modo como se desligava o computador do professor/investigador:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) as Tarefas do teste, perguntou-me se eu ia desligar o computador portátil. Ao sentir a curiosidade da aluna, propus-lhe que fosse ela a desligar o computador. A Lúcia afirmo
No final da actividade
A acção de ligar e desligar um computador foi facilmente compreendida pela
aluna. O facto de ter um contacto com o computador em sua casa facilitou essa
aprendizagem.
, foi proposto à Lúcia que
ligasse o computador portátil do professor investigador. Na actividade anterior, tinha sido
outro sujeito da investigação a realizar essa acção. A Lúcia mostrou ser capaz de ligar o
computador portátil do professor investigador:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) que fosse ligar o meu computador portátil. A aluna foi logo toda contente sentar-se em frente do meu computador. Quando lhe pedi para ligar o computador, a aluna não hesitou, mostrando conhecer bem o procedimento necessário para ligar o computador portátil. Depois, ficou sentada em frente ao monitor, com a sua mão direita no rato a aguardar que ligasse. No final da tarefa, a Lúcia conseguiu também
No final da investigação, a Lúcia voltou a ser capaz de desligar o computador de
secretária durante a realização do pós-Teste de competências tecnológicas (Grelha de
Observação Anexo VII).
152
A Lúcia apresentava já alguns conhecimentos no que dizia respeito a abrir e a
escolher programas no computador. Conseguiu abrir o programa Paint e quando foi a sua
vez de iniciar o Já Está
do programa para que este iniciasse.
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) Lúcia afirmou já ter util
(Diário de Bordo 5 de Maio 2009) professor/investigador iniciar o programa Já Está
A Lúcia mostrou conhecer já o modo de ligar e desligar o seu computador
, sem dificuldades, o programa Paint.
Em relação ao domínio do rato do computador, a Lúcia mostrou, durante a
realização do pré-Teste de competências tecnológicas, que necessitava de se habituar
mais à sua utilização (Grelha de Observação Anexo VI). A movimentação do rato do
computador era feita com movimentos hesitantes e por vezes a aluna recorria às duas
mãos:
(Diário de Bordo Pré-inicial do programa , verifiquei que a aluna agarrava, por vezes, o rato com as duas mãos. Quando lhe perguntei por que fazia isso, respondeu: -
mo
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) segue interagir com os botões do
Figura 97 Lúcia a utilizar o programa Já Está
Capítulo 4 Análise dos Dados
153
Quando a Lúcia utilizou o computador portátil do professor/investigador durante a
respeito aos movimentos realizados com o rato externo. A colocação da sua mão no rato
era já feita com um melhor posicionamento que lhe permitiu realizar movimentos mais
precisos e correctos:
(Diário de Bordo 5 de Maio 2009) s movimentos realizados pela Lúcia com o rato externo do computador do professor/investigador apresentam já uma significativa melhoria, pois a aluna consegue posicionar melhor a mão e realizar movimentos mais firmes que lhe permitem executar melhor a tarefa
.
A Lúcia apresentou melhorias no que diz respeito ao domínio do rato externo e do
bom domínio do rato externo do computador durante a realização dos pós-Testes de
competências tecnológicas e matemáticas (Grelha de Observação Anexo VII e VIII).
Quando se iniciou a resolução da
os passos necessários para abrir o ficheiro do programa Paint. Apesar de estar a
acompanhar as explicações dadas na imagem projectada, a navegação no menu do
programa Paint levantou à aluna algumas dificuldades:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) úcia não conseguiu acompanhar e executar as indicações transmitidas para abr . Mostrou algumas dificuldades em navegar nos menus do programa Paint.
A Lúcia revelou a mesma dificuldade quando lhe foi pedido para realizar a acção
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009)
autónoma. Foi feita novamente a demonstração na imagem projectada de todos os passos necessários
Figura 98 Lúcia a utilizar o rato externo do computador de secretária
154
realizar para guardar um ficheiro. Procurei depois, fazer essa explicação individualmente, junto dos alunos com dificuldades.
Nas actividades que se seguiram, a aluna conseguiu já evidenciar uma evolução,
pois na
instruções e abrir os ficheiros:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) , a Lúcia conseguiu novamente acompanhar as indicações para abrir o ficheiro do programa Paint. Apresentou já alguma autonomia e realizou essa acção com sucesso.
Quando na resolução da
NCTM, verificou-se que a Lúcia revelou algumas dificuldades em conseguir seguir as
indicações dadas para que :
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) permitiam executar o script ou control activex que permitia que a aplicação Java funcionasse no seu
Nas actividades que se seguiram, a aluna mostrou já ter adquirido as
competências que lhe permitia
(Diário de Bordo 5 de Maio 2009) , pude observar
de
Quando utilizou o teclado do computador para escrever o seu nome nos ficheiros
das tarefas dos pré-Testes tecnológico e matemático, foi possível observar que a aluna o
utilizava de uma forma vagarosa e com um acentuado desconhecimento da posição das
letras. Durante a investigação, a aluna utilizou o teclado na escrita do seu nome nos
ficheiros. Utilizou-o, também, quando reproduziu um padrão com números nas
actividades
A resolução destas tarefas contribuíram para que contactasse mais vezes com
as letras e números que constituem o teclado do computador ficando, assim, a conhecê-
lo melhor.
A aluna Lúcia, apesar de já ter tido contacto com o computador em casa antes
desta investigação, apresentava, no início da mesma algum desconhecimento sobre o
seu funcionamento. Não dominava os procedimentos que lhe permitiam ligar um
Capítulo 4 Análise dos Dados
155
computador de secretária e apresentava dúvidas sobre os procedimentos necessários
para ligar o computador portátil do professor/investigador. As actividades desenvolvidas
contribuíram para que a aluna passasse a deter um melhor controlo do rato, fosse
navegar em menus de programas foi também desenvolvida ficando a aluna com
competências que lhe permitem abrir e guardar um ficheiro numa pasta de computador. A
Lúcia passou a deter o conhecimento de como se liga e desliga um computador em
segurança, conforme foi possível verificar nos resultados das observações do pós-Teste
de competências tecnológicas.
2.1.2. CD-ROM Já Está
Durante a realização do teste de competências tecnológicas realizado em
situação de pré-Teste, a Lúcia mostrou ser capaz de inserir um CD-ROM na drive
correspondente do computador de secretária (Grelha de Observação Anexo VI). A
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) A Lúcia foi capaz de inserir o CD-ROM na drive de CDs do computador de secretária. A aluna confessou utilizar alguns CD-ROMs de jogos educativos no computador da sua mãe.
aluna que ligasse o computador
portátil do professor/investigador, foi possível verificar que a aluna conseguiu inserir o
CD-ROM do programa Já Está na drive de CD/DVDs:
(Diário de Bordo 5 de Maio 2009) -ROM do programa Já Está no computador portátil do professor investigador. Quando lhe perguntei se já sabia onde era o sítio onde se inseria o CD-ROM no computador portátil do professor/investigador a aluna respondeu: - Eu vi quando explicas
A Lúcia conseguiu navegar no menu inicial do programa Já Está e soube escolher
acção com o programa foi fácil e durante a exploração da
tarefa a aluna conseguiu explicitar as funções das ferramentas do programa:
(Diário de Bordo 5 de Maio 2009) A aluna mostrou conhecer a função das ferramentas que estavam presentes no ambiente do programa e conseguiu utilizá-las correctamente na criação de um padrão a
156
Durante a realização desta tarefa, foi possível constatar que aluna apresentava já
um melhor conhecimento da utilização do CD-ROM e do programa Já Está devido à
exploração do programa feita em tarefas anteriores.
una conseguiu explicar, sempre, a função das ferramentas presentes
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) - úcia na tarefa Já Está, foi possível observar que a aluna conseguiu utilizar
Durante a utilização do programa Já Está pela Lúcia, na realização do pós-Teste
de competências Matemáticas, nomeadamente na reprodução de um padrão na tarefa 1,
no completamento de um padrão na tarefa 4, na leitura e análise do padrão na tarefa 5 e
na criação de um padrão na tarefa 6, foi possível observar que a aluna apresentava um
bom conhecimento dos menus e das ferramentas do programa (Grelha de Observação
Anexo VIII).
Apesar de, no início deste estudo, a aluna conseguir inserir um CD-ROM na drive
de CDs de um computador de secretária, apresentava algum desconhecimento no que se
refere à capacidade de navegar pelos menus e de realizar algumas tarefas no programa
Já Está. Com o decorrer da investigação, a Lúcia ficou a conhecer melhor os
procedimentos necessário para inserir e retirar um CD-ROM de uma drive de CD/DVDs
de um computador portátil. Desenvolveu capacidades que lhe permitiram conhecer e
utilizar correctamente as ferramentas presentes no Programa e adquiriu competências
que lhe permitem uma melhor compreensão do funcionamento dos menus e submenus
de alguns programas de computador.
2.1.3. Programa Paint
A utilização do programa Paint pela Lúcia aconteceu em diferentes tarefas.
Durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas, a aluna referiu já ter
utilizado o programa no seu computador de casa, para realizar desenhos. Durante a
realização da Tarefa 3 do pré-Teste de competências matemáticas, a Lúcia referiu que as
ferramentas do programa que mais utilizava eram o lápis, a borracha, a ferramenta de
preenchimento, o pincel e o spray.
Capítulo 4 Análise dos Dados
157
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) -me que já tinha utilizado o programa Paint para fazer desenhos e que já tinha utilizado as ferramentas lápis, borracha, ferramenta de preenchimento, pincel e spray. Quando lhe perguntei se sabia quais as funções das outras, a aluna mostrou não saber
revelou
desconhecimento quanto aos procedimentos de abrir e guardar um ficheiro do Programa.
Dura , a aluna conseguiu acompanhar
as indicações dadas pelo professor/investigador para navegar até à pasta onde estava o
ficheiro respectivo. Depois de abrir o ficheiro, a aluna apresentou algumas dificuldades
para seleccionar correctamente as figuras. Mostrou desconhecer como se podia, no
,
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) -me ajuda para aprender a utilizar bem a ferramenta de selecção. Após uma breve explicação e exemplificação, a aluna passou a realizar esta acção com mais correcção, embora por vezes ainda cortasse
Da análise da imagem da figura seguinte, podemos constatar que a Lúcia utilizou
correctamente a ferramenta de preenchimento de cor para pintar as figuras do cão e do
gato. A cópia de algumas figuras não se encontra completa e a figura inicial do gato
desapareceu do ficheiro. A aluna, durante a realização da tarefa, solicitou por algumas
vezes ajuda ao professor/investigador para a realização das acções de seleccionar e
copiar. A aluna não apresentou dificuldades em arrastar as figuras para a célula da
grade.
Na actividade indicações que lhe
permitiram navegar no menu do Programa para abrir o respectivo ficheiro do Paint. A
Lúcia utilizou correctamente as ferramentas para colorir as figuras e conseguiu utilizar a
ferramenta de seleccionar com mais perfeição. Conseguiu navegar na barra do Programa
Figura 99 - Produção da Lúcia
158
carrinha e do carro. A aluna utilizou, durante esta tarefa, a ferramenta lupa, que lhe
permitiu realizar melhor a selecção das figuras que tinha que utilizar na criação de um
padrão:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) - ferramenta lupa. Primeiro aumentava a figura, depois seleccionava-a e em seguida ia ao menu editar e escolhia a opção copiar. Em seguida seleccionava a opção colar e arrastava a figura para o lugar pretendido da grade. Durante o tempo em que decorreu a tarefa, a Lúcia explicou a sua estratégia aos seus colegas que passaram a imitá-
Na produção da aluna relativa à tarefa
pode-se verificar que a aluna revelou cuidado na escolha das cores para pintar as figuras,
tendo feito um uso correcto da ferramenta de preenchimento. Verifica-se que as figuras
se apresentam completas e bem arrumadas nas células.
Nas actividades que se seguiram, verificou-se uma maior segurança por parte da
aluna na escolha e na utilização das ferramentas do programa Paint. A utilização da
culdades à aluna, era agora,
depois de terem sido realizadas as tarefas anteriores, feita sem dificuldades.
Na actividade
preenchimento de cor e conseguiu seleccionar, copiar e colar as figuras da borboleta e da
flor correctamente.
Figura 100 - Produção da Lúcia Viaturas alegres
Figura 101 - Produção da Lúcia Jardim colorido
Capítulo 4 Análise dos Dados
159
A Lúcia voltou a utilizar correctamente as ferramentas do programa Paint, na
resolução da
ferramentas do Programa para efectuar a selecção das figuras geométricas.
(Diário de Bordo - 28 de Abril de 2009)
cada vez com mais velocidade pela aluna. Os seus dedos movem-se mais rápido e permanece concentrada enquanto realiza a actividade
A aluna mostrou algumas dificuldades com a utilização da ferramenta de texto,
durante a realização da tarefas anteriores, apenas se
tinha utilizado esta ferramenta na escrita do nome dos alunos no respectivo ficheiro. A
explicação do funcionamento da ferramenta de texto tinha sido realizada, em todas as
tarefas, na imagem projectada do programa.
(Diário de Bordo - 7 de Maio de 2009) Pateta para depois continuar o padrão. Revelou ter já um bom domínio das acções de copiar e colar as figuras. Estas acções são feitas autonomamente e a um bom ritmo. Quando iniciou a reprodução do padrão
entanto, quando iniciou a escrita dos números, estes estavam demasiado pequenos e a aluna não conseguiu altera
Tendo sido uma dificuldade apresentada pela maioria dos alunos da turma, foi
realizada uma nova explicação, com o recurso à imagem projectada do ambiente do
programa Paint, do funcionamento da ferramenta de texto e também dos procedimentos
necessários seguir para que a barra de ferramenta de texto ficasse visível no monitor do
computador.
Na resolução da
necessário para realizar a tarefa de forma autónoma e não apresentou dificuldades na
utilização das ferramentas de selecção e da lupa. As acções de seleccionar, copiar e
colar as figuras do Mickey, Minnie, Donald e Pluto foram também realizadas sem
dificuldades. Já no ficheiro do programa Paint, em que a aluna teve que reproduzir o
Figura 102 - Produção da Lúcia Figuras coloridas
160
padrão com números, apresentou uma evolução no que diz respeito à utilização da
ferramenta de texto. Verifica-se que os números que utilizou apresentam já um tamanho
maior (ver figura seguinte), o que revela que a Lúcia conseguiu utilizar alguns dos
recursos da barra de ferramentas de texto do programa Paint.
Quando iniciou este estudo, a Lúcia já tinha utilizado o programa Paint no seu
computador de casa. No entanto, apresentava apenas o conhecimento de algumas
ferramentas do Programa. Durante a investigação, a aluna passou a deter um melhor
conhecimento do funcionamento das ferramentas que já tinha utilizado e passou a utilizar
outras com mais correcção, nomeadamente a ferramenta de seleccionar, a lupa e a
ferramenta de texto.
2.1.4. Applets da NCTM
A utilização do applet do NCTM durante a realização da
levantou algumas dificuldades à Lúcia. Essas dificuldades fizeram-se sentir, inicialmente,
instruções que o professor/investigador transmitiu para que a aplicação Java funcionasse.
Conseguiu,
iniciasse:
Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) seguir as indicações que permitiam executar o script ou control activex que permitia que a aplicação Java
Depois de ter tido a ajuda do professor/investigador para iniciar a aplicação Java,
a interacção da aluna com o applet não se apresentou difícil. No entanto, sentiu, no início
da exploração da tarefa, algumas dificuldades em colocar as figuras geométricas no lugar
Figura 103 - Produção da Lúcia Amigos do Mickey
Capítulo 4 Análise dos Dados
161
destinado. Essa dificuldade tinha já acontecido durante a realização do pré-Teste de
competências matemáticas:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) a Tarefa 2 do teste de competências Matemáticas, a Lúcia manifestou algumas dificuldades em largar as figuras geométricas no lugar certo. A aluna soltava as figuras um pouco antes do lugar e elas voltavam para o lugar inicial, fazendo com que tivesse que repetir a acção. A aluna conseguiu, no entanto, c
Apesar de ter novamente sentido essa dificuldade durante a realização da tarefa
o padrão correctamente e mostrou ter
compreendido as instruções do professor/investigador ao conseguir utilizar correctamente
ctividade seguinte. A dificuldade que a aluna
mostrou ao largar as figuras geométricas antes do lugar correcto foi sendo ultrapassada
durante a tarefa. A aluna mostrou ter gostado de realizar esta tarefa e considerou ter sido
fácil a utilização do applet:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) idade o Applet e os seus botões. Por vezes ainda solta as figuras antes do lugar, o que faz com que tenha que repetir a acção. Quando passo junto dela, diz-me sempre que gosta de jogar
Na resolução da , a Lúcia conseguiu seguir as
indicações do professor para que a aplicação Java funcionasse no seu computador
a 6
:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) A Lúcia conseguiu fazer com que o applet funcionasse no seu m a aplicação, alterando
Figura 104 - Lúcia a utilizar o applet no seu "Magalhães"
162
A aluna foi a primeira a criar um módulo de um padrão que permitia obter células
da mesma cor na diagonal. Conseguiu, depois, reproduzir esse padrão no applet no
Quadro Interactivo. Durante a apresentação do seu padrão aos colegas da turma, a Lúcia
conseguiu interagir no quadro com o applet, conseguindo utilizar os botões da aplicação
correctamente.
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) apresentar dificuldades e escolheu colocar um rectângulo de cada vez na grade, escolhendo correctamente
Desde a primeira vez que foi utilizado um applet durante esta investigação que a
aluna mostrou entusiasmo com a sua exploração. Apesar de ter sentido algumas
dificuldades iniciais em conseguir colocar a aplicação Java em funcionamento no seu
compu
seu computador. A interacção com as aplicações aconteceu e a acção de arrastar as
,
na realização do pós-Teste de competências matemáticas, realizado com mais
correcção. A exploração do 2º applet contribuiu para dotar a aluna com um melhor
conhecimento sobre o funcionamento de alguns botões de acção que lhe permite
estabelecer uma relação com a existência de outros botões em outras aplicações
informáticas.
2.1.5. Quadro Interactivo
A Lúcia foi a primeira a utilizar o Quadro Interactivo, pois foi a aluna que, em
primeiro lugar, conseguiu encontrar o módulo do padrão que dava resposta ao problema
colocado. Quando se disse à aluna para ir ao Quadro Interactivo apresentar a sua
solução do problema à turma, mostrou-se entusiasmada:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) solução que tinha encontrado, ficou toda entusiasmada. Dirigiu-se para o suporte das canetas do Quadro e segurou numa. Em seguida olhou para a extremidade da mesma como se estivesse a analisar se ela tinha
para escrever
Depois de ter observado a caneta do Quadro Interactivo, a Lúcia começou a
utilizá-la com uns movimentos que demonstravam algum receio. No entanto, e após os
primeiros contactos com a caneta no Quadro, esses receios deixaram de ser
perceptíveis:
Capítulo 4 Análise dos Dados
163
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) do tocou com a caneta no Quadro pela primeira vez, a aluna revelou algum receio e insegurança. Essa insegurança começou a desaparecer assim que ela começou a tocar no Quadro com a caneta para escolher as cores dos rectângulos do Applet para criar o módulo do padrão que respondia correctamente ao desafio colocado (...)
Depois de ter escolhido as cores e o número de elementos que constituíam o
módulo do seu padrão, a Lúcia escolheu, com a caneta do Quadro interactivo, o botão
que accionava a opção de preenchimento da grade, módulo a módulo:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) Lúcia seleccionasse o botão que permitiria que o módulo do padrão preenchesse, de forma automática, a grade até ao f
Ao fazer esta opção, a Lúcia utilizou mais vezes a caneta do Quadro interactivo. A
aluna mostrou-se muito contente com a sua ida ao Quadro interactivo:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) , a Lúcia estava toda contente. Disse-me que tinha gostado muito de ir ao Quadro interactivo e perguntou-me: - Se conseguir encontrar outro
Podemos concluir que a ida ao Quadro interactivo foi para a aluna uma
experiência do seu agrado. A sua utilização, com destreza, trouxe-lhe maior motivação e
contribuiu para que a aluna se empenhasse na procura de uma resposta correcta para o
problema colocado. Apesar de ter revelado alguma insegurança no início da utilização da
caneta do Quadro interactivo, essa desapareceu rapidamente, tendo a aluna conseguido
interagir com o Applet no quadro correctamente.
2. 2. Competências matemáticas - Padrões
2.2.1. Leitura e descrição de Padrões
Quando a Lúcia realizou o teste de competências Matemáticas (pré-Teste),
afirmou não conseguir ler o padrão apresentado. A aluna afirmou desconhecer, também,
o significado do termo padrão.
(Diário de Bordo Teste Matemático Pré teste 4 de Fevereiro de 2009) dissesse o que via na figura da Tarefa 1, a aluna não utilizou, na descrição, o termo padrão e apenas referiu a propriedade cor das figuras geométricas que compunham o corpo da serpente. A aluna afirmou não c
164
realizada no grande grupo com interesse. Quando lhe foi pedido para ler o padrão que
tinha criado na sua ficha de trabalho, mostrou algum nervosismo. No entanto, esse
nervosismo esvaneceu-se quando a aluna começou a ler o seu padrão perante a turma:
(Registo videográfico 20 de Abril de 2009) - Cara azul, cara azul, cara rosa, cara azul, cara azul, cara rosa, cara azul, cara a
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009)
, a aluna conseguiu ler o padrão
apresentado e considerou-o correctamente escrito:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) bem escrito. A aluna responde que sim. O professor pergunta à aluna se consegue ler o padrão. A aluna responde acenando que sim com a cabeça e começa a ler: - Cão castanho, gato amarelo, cão castanho,
A Lúcia foi revelando uma evolução no que diz respeito à leitura do padrão. Foi
conseguindo ler com mais segurança e revelando o cuidado de ler a cor e a forma da
figura que constituíam o módulo do padrão. Procurava estar atenta e concentrada
durante a exploração das actividades e, por vezes, gostava de ajudar alguns colegas de
turma que apresentavam algumas dificuldades. Depois de ter criado um padrão num
ficheiro do programa Paint no seu computador Magalhães, a aluna voltou a ler o seu
padrão correctamente:
Figura 105 - Lúcia a ler o padrão - Tarefa "Caras sorridentes"
Figura 106 - Lúcia a ler o padrão - Tarefa "Animais amigos"
Capítulo 4 Análise dos Dados
165
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) - Consegues ler- A aluna responde: - E começa a ler: - Cão castanho, cão castanho, gato verde, cão castanho, cão castanho, gato verde, c
Na actividade
manifestado a preocupação em referir as propriedades cor e forma das figuras.
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) úcia estava muito concentrada a terminar o seu padrão no programa Paint. Quando lhe pedi para o ler, ficou toda contente. Depois perguntou-me se podia ler a figura da carrinha só com a cor verde, pois, segundo a aluna, tornava-se difícil dizer as cores todas que tinha utilizado para a pintar. Em seguida começou: - Carrinha verde, carrinha verde, carro vermelho, carrinha verde, carrinha verde, carro vermelho, carrinha verde,
, a Lúcia voltou a revelar cuidado
em referir, na leitura do seu padrão, as propriedades cor e forma das figuras utilizadas:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) aluna que lesse o seu padrão na actividade -me se podia referir apenas uma cor da borboleta na leitura do
padrão. O facto de haver ainda alguns colegas na sala a referir apenas uma propriedade, cor ou forma, das figuras utilizadas na criação dos padrões, demonstrava a preocupação, por parte da aluna, de realizar correctamente a leitura do padrão. A Lúcia leu o seu padrão: - Borboleta rosa, borboleta rosa, borboleta rosa, flor vermelha, borboleta rosa, borboleta rosa, b
Na actividade , a aluna voltou a ler correctamente o padrão
apresentado no ficheiro do programa Já Está, referindo as propriedades forma e cor:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) - Quando pedi à - Camisola vermelha, camisola vermelha, camisola azul, camisola vermelha, camisola
Quando lhe foi proposto que lesse o padrão que tinha criado na resolução da
também fez referência à
forma e cor das serpentes:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) as serpentes recortadas, leu: - Serpente com laço, serpente laranja, serpente maçã, serpente com laço,
A Lúcia mostrou, também, agrado em ler o padrão que tinha reproduzido com
letras, conseguindo-o fazer com correcção:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) as letras
166
A Lúcia mostrou, no início desta investigação, durante a realização da Tarefa 1 do
pré-Teste de competências matemáticas, não conseguir ler um padrão. Também
desconhecia o significado da palavra padrão. Ao longo da intervenção didáctica desta
investigação, a aluna desenvolveu competências que lhe permitiram ler os diferentes
padrões apresentados em linhas simples ou duplas, com um números variável de
elementos, e mesmo em grades de 3x7 ou 4x7 células. Essa leitura foi sendo
progressivamente realizada com mais correcção, tendo a aluna manifestado preocupação
em referir propriedades das figuras como a cor, a forma e o tamanho. Pela alegria que
manifestou durante a leitura dos padrões, considera-se que ler padrões foi uma tarefa do
seu agrado.
2.2.2. Identificação do módulo do padrão
A Lúcia mostrou, no início da investigação, não conseguir identificar
correctamente o módulo de um padrão. Quando na Tarefa 1 do pré-Teste de
competências matemáticas, lhe foi perguntado o que se repete na figura, a aluna apenas
fez uma referência às duas cores, o amarelo e o azul:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) figura da Tarefa 1, a aluna apenas fez referência às cores amarelo e azul. Quando lhe perguntei se era só
Durante a exploração da actividade
padrão, a aluna referiu que o que se repetia é a cor azul e o rosa. Não fez, no início,
referência à forma da figura. Durante esta tarefa, a aluna não conseguiu identificar o
módulo do
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009) acabado de criar na sua ficha de trabalho, na sua resposta apenas fez referência à cor azul e à cor
Na exploração do padrão que tinha criado na
conseguiu
de ter lido correctamente o padrão, a aluna identificou o módulo do padrão como sendo
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009)
Capítulo 4 Análise dos Dados
167
A Lúcia conseguiu também identificar correctamente o módulo do padrão do tipo
com as figuras do cão e do
gato:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) - Oh Lúcia qual é o modulo do teu A aluna responde: - O professor pergunta: -Quantos
A aluna responde: -
Na resolução da
módulo do padrão que estava a criar no ficheiro do programa Paint. A aluna identificou o
:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) padrão que tinha criado com as figuras da carrinha e do carro, a aluna respondeu que sim e identificou-o como sendo constituído por -
A aluna também foi capaz de identificar o módulo do padrão que estava a criar na
actividade
:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) estava a criar no fichequal era o módulo do seu padrão, a aluna responde: -Borboleta rosa, borboleta rosa, borboleta rosa, flor
Na resolução da ia conseguiu identificar
utilizado na actividade:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) , perguntei-lhe se conseguia identificar o módulo do padrão. Após uma pequena reflexão, a aluna respondeu: -
Figura 107 - Lúcia durante a resolução da tarefa "Jardim colorido"
168
Ainda durante a resolução desta tarefa, foi proposto à aluna que completasse um
padrão num ficheiro do programa Paint com figuras geométricas. Nesta tarefa, a aluna
sentiu dificuldades para descobrir qual a figura que completava o módulo do padrão.
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) módulo do padrão que estava no ficheiro do programa Paint, não foi capaz de identificar correctamente os
, a aluna conseguiu identificar
correctamente o módulo do padrão apresentado no programa Já Está. A Lúcia conseguiu
:
Na actividade
ira de cartolina. Depois,
reproduziu-o utilizando as letras ABC. Em ambas as situações, a aluna conseguiu
identificar correctamente o módulo do padrão:
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) Refere que tem três elementos e lê-o da seguinte forma: - Serpente com laço, serpente laranja, serpente maçã -
Quando, nessa tarefa, a aluna criou um padrão em grade num ficheiro do
programa Paint, criou um padrão do tipo AAB, AAB, AAB,... Foi possível verificar que a
Lúcia conseguiu identificar o módulo desse padrão correctamente:
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) ro do programa Paint com figuras geométricas, aproximei-me dela e perguntei-lhe qual era o módulo do padrão que estava a criar. Sem apresentar qualquer hesitação, a aluna respondeu: - Rectângulo azul, rectângulo
Na actividade
e o módulo do padrão que criou num ficheiro do programa Paint.
(Diário de Bordo 5 de Maio 2009) úcia está a criar um padrão do tipo AABB, AABB, AABB, ... Quando lhe perguntei qual era o módulo do seu padrão, a aluna respondeu: - Triângulo verde, triângulo
Na resolução da
encontrar um módulo de um padrão que criava células da mesma cor na diagonal no
applet do NCTM:
Capítulo 4 Análise dos Dados
169
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) padrão que criasse células da mesma cor nas diagonais. Quando pedi à aluna que identificasse o módulo, a aluna respondeu: -
A Lúcia conseguiu, na actividade
módulo do padrão apresentado:
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) ura do Pateta grande para -lhe se era capaz de identificar o módulo. Após uma breve reflexão, a
Lúcia respondeu-me: -
pletasse um padrão
com as figuras do Mickey, Donald e Minnie. Apesar de ter revelado alguma hesitação no
início da tarefa, a aluna conseguiu identificar correctamente o módulo do padrão na grade
que tinha de completar:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) -
Lúcia pediu-me para esperar, dizendo- estava com
uns momentos e voltei a insistir. A aluna respondeu: -
ompletar um padrão com
figuras geométricas. A Lúcia conseguiu identificar correctamente o módulo de um padrão
do tipo ABC, ABC, ABC...
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) -me qual era o módulo do padrão apresentado, a aluna respondeu-me: - Rectângulo azul, Triângulo amarelo, quadrado
Na resolução da
módulo do padrão que tinha criado na ficha de trabalho, tendo identificado o módulo de
u
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) que estava a criar na ficha de trabalho, a aluna respondeu: - Camisola verde, camisola verde, camisola verde clara, camisola cor-de-
Pode-se, assim, concluir que, ao longo da intervenção didáctica, a Lúcia
conseguiu desenvolver competências que lhe permitiram ultrapassar as dificuldades que
tinha manifestado na identificação de um módulo de um padrão durante a realização do
pré-Teste de competências matemáticas. A aluna conseguiu identificar o módulo de
diferentes tipos de padrões, fossem eles constituídos por figuras geométricas, letras,
170
cores ou outras imagens, e representados de forma diversa em linhas, simples ou
duplas, ou em grade. Verificou-se que nas tarefas em que lhe foi proposto completar um
padrão principalmente apresentado em grade, se tornou mais difícil identificar o módulo.
No entanto, no final da intervenção didáctica e durante as tarefas 1 e 4 do pós-Teste de
competências matemáticas, a aluna mostrou ser capaz de identificar um módulo em
situações de completar padrões. A aluna chegou ao fim desta investigação com
competências que lhe permitem identificar o módulo de diferentes tipos e formatos de
padrões.
2.2.3. Reprodução de um padrão
Quando foi proposto à Lúcia que reproduzisse o padrão da serpente da Tarefa 1
do pré-Teste de competências matemáticas, a aluna conseguiu realizar a reprodução
correctamente (ver figura seguinte) do módulo do padrão do t
Quando, na mesma, tarefa foi proposto à Lúcia que reproduzisse o mesmo padrão
com letras, a aluna disse não ser capaz de o fazer.
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) rão utilizando letras, a aluna, depois de pensar um pouco, respondeu-
Já para a reprodução do mesmo padrão com números, a Lúcia apresentou uma
solução:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) uzir o padrão
amarelo + 1 amarelo + 1 azul + 1 amarelo +
Figura 108 - Produção da Lúcia - Exercício 1 do pré-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
171
A Lúcia apresentou já alguma capacidade de análise do padrão mas mostrou não
conseguir reproduzir o padrão com letras embora o repruduzisse com números
correctamente.
Após a exploração de várias tarefas em que a aluna leu, criou, completou e
aluna que reproduzisse o padrão explorado no programa Já Está com letras numa ficha
etras LA, LA,
, portanto,
fazer a reprodução do padrão com letras de forma correcta. A aluna apenas utilizou as
letras LA para reproduzir um padrão que tinha um módulo composto por três elementos.
com letras em dois momentos - após a exploração do padrão apresentado no Já Está e
depois de ter criado um padrão com as serpentes coladas numa tira de cartolina.
A Lúcia reproduziu o padrão do
No 2º momento,
tinha criado com as serpentes coladas numa tira de cartolina com as letras Lau, Lau,
Figura 109 - Produção da Lúcia Roupa com letras
Figura 110 - Produção da Lúcia - reprodução do padrão com letras Tarefa 7 (1º momento)
172
A Lúcia apresentou, durante a resolução desta tarefa, uma evolução no que se
refere à reprodução de um padrão com letras. Usou três letras diferentes para reproduzir
Na actividade , num ficheiro do
programa Paint,
mostrou inibida quando reproduziu o seu padrão com os sons para a turma:
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) dos estalos dos dedos para representar o círculo cor-de-laranja. Por vezes, enquanto reproduzia o padrão com os sons produzidos pelas suas mãos, o som dos estalos dos seus pequenos dedos não se ouviam. Essa
Na resolução da
correctamente o padrão com números numa ficha de trabalho. A Lúcia reproduziu o
padrão com os números 1, 2 e 3 (figura seguinte), revelando não ter conseguido utilizar
os números com sentido pois não foi capaz de reproduzir a ordem decrescente das
medidas de comprimento do Pateta.
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009)
que compunham o módulo do padrão, revelou não ter tido em atenção a propriedade do tamanho
Lúcia
Figura 111 - Produções da Lúcia - reprodução do padrão com letras Tarefa 7 (2º momento)
Figura 112 - Produção da Lúcia - reprodução do padrão com números Tarefa 10
Capítulo 4 Análise dos Dados
173
Ainda na mesma tarefa, mas num ficheiro do programa Paint, depois de ter sido
explorada, no grupo/turma, a situação anterior, a aluna conseguiu continuar
correctam
Pateta grande para o Pateta pequeno. Numa grade de um ficheiro do programa Paint, a
Lúcia reproduziu o padrão com os números 8, 7 e 6. Verifica-se, assim, uma evolução em
termos de desempenho da aluna em relação à tarefa anterior. Na grade do ficheiro do
programa Paint, a Lúcia mostrou ter sido capaz de utilizar os números com sentido,
ordenando-os de acordo com o tamanho das figuras do Pateta.
, a aluna criou um padrão do tipo ABCD, ABCD,
momento de o reproduzir com os números, a Lúcia apenas utilizou os números 3, 2 e 1. A
aluna não teve em atenção o número de elementos do módulo de padrão que tinha
criado:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) Paint apenas com os números 3, 2 e 1. A aluna tinha criado um padrão do tipo ABCD, ABCD, ABCD,... Quando lhe pedi para ler o padrão com os números, a aluna leu-o sem revelar dificuldades e com entusiasmo. Só quando lhe perguntei qual o número de elementos do módulo do seu padrão com números é que a aluna se deu conta do engano. Esta actividade revelou-se bastante útil pois, através deste pequeno erro que aconteceu, tirou-se ensinamentos não só por parte da própria aluna que cometeu o erro mas também por todo o grupo quando foi convidado a participar na análise dos trabalhos
Na actividade is de os alunos terem completado um padrão
numa ficha de trabalho, foi proposto à Lúcia que reproduzisse o mesmo padrão com
números, no verso da ficha. A aluna reproduziu esse padrão com os números 6, 7 e 8.
Figura 113 - Produção da Lúcia - reprodução do padrão com números - Paint Tarefa 10
174
Conseguiu reproduzir um padrão do tipo ABC, ABC,
seguinte):
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) trabalho, perguntei-lhe se já sabia quais eram os números que ia utilizar para reproduzir o padrão. Depois de ter reflectido um pouco, referiu que o número 6 iria reproduzir o rectângulo azul, o número 7 o triângulo
vontade de criar um módulo com números ordenado
Verifica-se, nesta tarefa, que a Lúcia teve já em atenção o número de elementos
que constituíam o módulo do padrão que teve que reproduzir. Não cometeu qualquer erro
como tinha acontecido em tarefas anteriores em que lhe foi proposto reproduzir um
padrão.
, com
números, o padrão que tinha criado na ficha de trabalho. A aluna tinha criado um padrão
do tipo AABC, AABC, AABC,... Optou por reproduzir a cor verde escuro com o número 1,
a cor verde claro com o número 2 e o cor-de-rosa com o número 3. Da análise das
produções da aluna, verifica-se que, na reprodução do padrão com números, não
cometeu o erro que se verificou durante a criação do padrão (ver figura seguinte):
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) , na reprodução do padrão do tipo AABC, AABC,
preencher as peças de roupa com o módulo 1123. Foi interessante observar que a Lúcia cometeu um erro na criação do seu padrão com as cores, no entanto, não reproduziu esse erro quando preencheu a ficha
Figura 114 Produção da Lúcia reprodução com números ficha de trabalho - Tarefa 12
Figura 115 Produção da Lúcia reprodução com números ficha de trabalho - Tarefa 13
Capítulo 4 Análise dos Dados
175
Durante a realização do pós-Teste de competências matemáticas, a Lúcia
conseguiu reproduzir o padrão da Tarefa 1 com cores correctamente como já tinha
acontecido em situação de pré-Teste. No que diz respeito à reprodução do mesmo
padrão com letras, a Lúcia apresentou evolução, pois conseguiu reproduzir, em situação
de pós-
reproduzir correctamente o mesmo padrão com os números 112,112,112,...
(Diário de Bordo Pós-Teste Matemático) repr Durante a realização do teste de competências Matemáticas em situação de pós-Teste, foi possível constatar que a aluna não apresentou dificuldades em reproduzir com letras ou com números o padrão apresentado na serpente do ficheiro do programa do Já Está
Pode-se concluir que a Lúcia, apesar de conseguir reproduzir um padrão com
cores no início desta investigação, não conseguia realizar a reprodução do mesmo
padrão utilizando letras e números. Com o decorrer das tarefas, a Lúcia foi realizando
progressos nessas competências e foi superando gradualmente algumas dificuldades,
com o seu empenho e capacidade de trabalho, tendo chegado ao final desta investigação
com a capacidade de reproduzir com cores, letras e números diferentes tipos de padrão.
com sentido ao escrevê-los por ordem decrescente de acordo com o tamanho do Pateta.
2.2.4. Continuação de um padrão
Durante a realização da Tarefa 2 do pré-Teste de competências matemáticas, foi
proposto à Lúcia que continuasse um padrão com figuras geométricas num applet do
NCTM. A aluna conseguiu arrastar as figuras e completar correctamente o padrão:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) apresentado no applet do NCTM na Tarefa
Também na actividade
correctamente o padrão apresentado no applet do NCTM. A aluna arrastou as figuras
geométricas para o lugar correcto, conseguindo continuar o padrão do tipo ABC , ABC,
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) NCTM sem revelar dificuldades. A Lúcia referia-
176
Na actividade
padrão com as figuras do Pateta grande, Pateta médio e Pateta pequeno. No ficheiro do
programa Paint, conseguiu copiar e colar as figuras seguindo a ordem do módulo de
Em todas as situações da investigação em que foi proposto à Lúcia que
continuasse um padrão, a aluna não mostrou sentir dificuldades. Isso verificou-se durante
a realização do teste de competências matemáticas, em situação de pré-Teste e pós-
Teste,
2.2.5. Completamento de um padrão
No que se refere ao completamento de padrões, a Lúcia revelou algumas
dificuldades, que foram visíveis quando foi proposto à aluna a resolução da Tarefa 4 do
pré-Teste de competências matemáticas. A aluna não teve o cuidado de manter as cores
res de forma a colorir a linha de baixo igual
à de cima, criando uma regularidade em colunas.
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) a Tarefa 4 no programa Já Está, a aluna ficou quieta a olhar para o monitor do computador portátil do professor/investigador. Após uma breve pausa, a aluna escolheu o cor-de-laranja e pintou a primeira e a
Figura 116 - Produção de Lúcia - Tarefa "Pateta divertido"
Figura 117 - Produção da Lúcia - Exercício 4 do pré-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
177
quarta camisola. Em seguida escolheu o verde e pintou a camisola que faltava na linha de cima. Depois começou a pin
aluna continuou diferentes tipos de padrão para a frente, foi-lhe proposto que
completasse o padrão com figuras geométricas. Nesta actividade, a Lúcia apresentou
algumas dificuldades em conseguir encontrar o módulo do padrão:
(Registo videográfico - 28 de Abril de 2009) - A aluna responde: - Triângulo amarelo, quadrado vermelho, círculo cor-de- O professor questiona novamente se é esse o módulo. A aluna responde: - E explica apontando no monitor do Magalhães: - Aponta para o fim da grade e conta ao professor: - Eu estava a fazer ass
Apesar de a Lúcia ter conseguido identificar correctamente o módulo do padrão
apresentado, sentiu dificuldades em completá-lo correctamente. Essas dificuldades foram
mais sentidas quando a aluna estava a completar o padrão no sentido da direita para a
esquerda (seta preta na figura seguinte).
Na análise da imagem da produção da aluna nesta tarefa, pode-se observar, no
sombreado cinzento, as figuras que já estavam presentes na grade, no início da tarefa. A
seta azul claro mostra o local onde a aluna iniciou o completamento do padrão, no
sentido da esquerda para a direita. A Lúcia manteve, nesse sentido, o módulo do padrão
pois de ter chegado ao fim da grade,
a aluna completou o padrão a partir da 2ª linha da grade (seta preta na imagem) com a
figura do triângulo amarelo. Ao completar o padrão a partir da 2ª linha, no sentido da
direita para a esquerda, a aluna não conseguiu manter o módulo do padrão que até aí
tinha utilizado: triângulo amarelo, quadrado vermelho, círculo cor-de-rosa. A Lúcia não
conseguiu completar o padrão correctamente nesta tarefa.
Figura 118 Produção da Lúcia Tarefa 5
178
Na resolução da -se mais atenta.
Depois de ter identificado o módulo do padrão, procedeu ao seu completamento com
cuidado e, enquanto seleccionava e copiava as figuras, repetia o módulo do padrão do
:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) actividade a Lúcia identificou como módulo do padrão apresentado as figuras . Para realizar correctamente a tarefa, a Lúcia ia repetindo em voz baixa o nome das figuras do padrão. Para o completar, a aluna ia colocando sempre na grade as três figuras que constituíam o módulo do padrão
Na análise da produção da aluna relativa à
anterior), verifica-se que completou o padrão em dois momentos. No 1º momento (círculo
vermelho), a aluna colocou
Depois, preencheu as células no sentido da esquerda para a direita, até ao final da grade,
repetindo sempre o módulo do padrão enquanto copiava, colava e arrastava as figuras.
No 2º momento (círculo verde), a Lúcia colocou ou as
células da grade com o módulo do padrão no sentido da direita para a esquerda,
esta estratégia, a Lúcia conseguiu completar correctamente este padrão.
Na actividade
completamento do padrão do mesmo tipo ABC, ABC, ABC,... Para o completar na ficha
de trabalho que lhe foi entregue, a aluna começou por realizar uma breve análise às
figuras que constavam da ficha:
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) aproximei-me da Lúcia e perguntei-lhe como iria fazer para completar o padrão. A aluna reflectiu um pouco e depois respondeu: - Primeiro vou ver Quando
Figura 119 Produção da Lúcia Tarefa 11
Capítulo 4 Análise dos Dados
179
deixei a aluna para ir acompanhar outros colegas, ela ficou bastante concentrada no lugar a ler e a
com as figuras geométricas: rectângulo azul, quadrado vermelho e triângulo amarelo no
Paint (figura seguinte). A aluna completou o padrão em dois momentos. No 1º momento,
completou as células da terceira linha com as figuras geométricas até ao fim da grade.
No 2º momento, procedeu ao completamento das células da segunda linha com as
figuras no sentido da direita para a esquerda, desenhando as figuras pela ordem
rectângulo azul, quadrado vermelho e triângulo amarelo. A aluna foi capaz de completar
com correcção o padrão apresentado na grade.
A Lúcia seguiu a mesma estratégia no ficheiro do programa Paint que tinha
seguido durante o completamento do padrão na ficha de trabalho:
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) programa Paint que seguiu na Ficha de trabalho. Quando lhe perguntei como iria fazer para completar o padrão no programa Paint, a aluna respondeu-me: - É fácil! Este padrão é igual ao da Ficha. É sempre rectângulo azul, triângulo amarelo e A aluna voltou a mostrar que tinha identificado o
Apesar de ter bem presente o módulo do padrão, a aluna optou por completar o padrão
em dois momentos como tinha feito na Ficha de trabalho. Em ambas as situações, a
aluna completou correctamente o padrão, mostrando ter realizado progressos nas suas
Figura 120 Produção da Lúcia Tarefa 12
Figura 121 Produção da Lúcia - Paint Tarefa 12
180
aprendizagens que lhe permitiram superar algumas dificuldades que tinha manifestado
em tarefas anteriores no que dizia respeito ao completamento de um padrão.
Quando, no final do estudo, a Lúcia realizou a Tarefa 4 do teste de competências
Matemáticas (pós-Teste), conseguiu completar correctamente o padrão num ficheiro do
programa Já Está, tarefa que não tinha conseguido realizar correctamente em situação
de pré-Teste.
Ao longo da investigação, foi possível verificar que o completamento de um
padrão foi a que criou mais dificuldades à Lúcia. No entanto, os conhecimentos que foi
adquirindo no decorrer da investigação no que diz respeito aos padrões, criaram bases
que lhe permitiram encontrar diferentes estratégias para completar um padrão. Assim, a
aluna apresentou uma evolução gradual na capacidade de completar os padrões
apresentados nas tarefas. Começou por não conseguir completar correctamente o
padrão apresentado na Tarefa 4 do teste de competências Matemáticas (pré-Teste) e o
padrão que tinha que completar na resolução da completando,
depois, correctamente os padrões d
padrão do Tarefa 4 do teste de competências Matemáticas (pós-Teste).
2.2.6. Criação de um padrão
Quando, na realização da Tarefa 6 do pré-Teste de competências matemáticas,
foi pedido à Lúcia que criasse um padrão num ficheiro do programa Já Está, a aluna ficou
um pouco ansiosa e mostrou alguma hesitação em iniciar a tarefa.
Figura 122 - Produção da Lúcia - Exercício 1 do pós-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
181
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) ama Já Estáescolheu o cor-de-laranja e a ferramenta de preenchimento de cor e pintou a primeira peça de roupa, em seguida escolheu a cor verde e pintou a segunda peça de roupa. Depois repetiu essa acção até ter preenchido a totalidade das peças
continuá-lo correctamente quando realizou a translineação de uma linha para a outra
(Grelha de Observação Anexo IX).
Em relação à
pequeno engano na pintura de uma das caras no final da linha do seu padrão (ver figura
seguinte), pois tendo começado por pintar a cara com a cor roxa, a aluna pintou por cima
de forma mais carregada com a cor azul, procurando assim realizar a correcção.
Na actividade úcia criou um padrão do tipo AAB, AAB,
programa Paint.
Figura 123 - Produção da Lúcia - Exercício 6 do pré-Teste Matemático
Figura 124 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 1
Figura 125 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 2
182
Na resolução da
uidadosa na realização desta actividade. O seu
trabalho serviu de exemplo para motivar os seus colegas.
Na actividade
tipo AAAB, AAAB, AAAB,.... A aluna manifestou, nesta tarefa, interesse e vontade em
experimentar e criar diferentes tipos de padrão.
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) - observar que a aluna se preocupou em preencher com cores as flores do seu jardim e as suas borboletas
Na resolução da
ABC, ABC,... escolhendo as figuras geométricas quadrado verde, rectângulo azul e
triângulo amarelo.
Na actividade
ABC, ABC,... com três serpentes que teve que recortar e depois colar numa tira de
cartolina.
Figura 126 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 3
Figura 127 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 4
Figura 128 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 6
Capítulo 4 Análise dos Dados
183
Em seguida, foi proposto à Lúcia que criasse um padrão num ficheiro do programa
as figuras geométricas rectângulo azul e quadrado verde. Colocou, em primeiro lugar,
todos os rectângulos nas células respectivas e só depois procedeu ao preenchimento das
células vazias com a figura do quadrado verde. A aluna teve, assim, que determinar qual
o lugar que a figura iria ocupar na grade (ver figura seguinte).
Na actividade um padrão do tipo AABB, AABB,
, a
aluna colocou na grade, em primeiro lugar, todos os triângulos verdes. Só depois
procedeu ao preenchimento das células vazias com a figura do círculo cor-de-laranja.
Assim, teve que determinar qual o lugar que a figura iria ocupar na grade.
(Diário de Bordo 5 de Maio) estava a colocar as figuras na grade, pude observar que estava a colocar todos os círculos cor de laranja em primeiro lugar deixando vazio os lugares para a outra figura. Questionei-a sobre qual era o motivo pelo qual
Figura 129 - Lúcia a recortar as serpentes - Tarefa 7
Figura 130 - Produção de Lúcia criar padrão Tarefa 7
Figura 131 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 8
184
ela fazia assim. A aluna respondeu, dizendo que assim era mais fácil e mais rápido colar todas as figuras
Na resolução da iou um padrão do tipo
ABCD, ABCD, ABCD,... Utilizou nesse padrão, todas as figuras disponíveis no ficheiro
para a criação de um padrão. Optou por colocar em primeiro lugar a Minnie, em seguida
o Pluto, depois o pato Donald e em seguida o Mickey. Gostou bastante de realizar esta
actividade. A Lúcia voltou a conseguir determinar qual é que seria o lugar que as figuras
iriam ocupar na grade do ficheiro do programa Paint.
(Diário de Bordo 8 de Maio) key no programa Paint chamou-me para me dizer que gostava muito de estar a fazer um padrão com as figuras do Walt
Na actividade tentou criar um padrão do tipo
AABC, AABC, AABC... mas, na sua ficha de trabalho não o conseguiu. No final apresenta
quatro elementos distintos que nada têm a ver com o padrão. (ver figura seguinte). A
Lúcia justificou esse erro com uma distracção, pois conseguiu sempre identificar o
módulo quando leu o seu padrão em voz alta.
Figura 132 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 11
Figura 133 - Produção de Lúcia criar padrão - Tarefa 13
Capítulo 4 Análise dos Dados
185
(Diário de Bordo alta para os colegas. Quando lhe perguntei se os últimos quatro elementos estavam correctos, só nessa altura é que a aluna se apercebeu do erro.
Quando, na realização do pós-Teste de competências Matemáticas, foi proposto à
Lúcia para criar um padrão numa actividade do programa Já Está, na Tarefa 6, a aluna
não revelou a hesitação que tinha mostrado na situação de pré-Teste. Sem dificuldade,
criou um padrão do
seguinte).
Ao longo deste estudo, a Lúcia foi capaz de criar diferentes tipos de padrões quer
em linhas, quer em grade. E foi tornando mais complexos os módulos à medida que o
estudo ia avançando. No entanto, foi possível observar que, quando era colocada perante
desafios que ela considerava serem mais difíceis, optou por se resguardar do risco de
errar criando padrões com módulos mais simples. Constatou-se que as actividades que
permitiam a criação de padrões eram do seu agrado. Durante este estudo, a Lúcia
desenvolveu competências que lhe permitem analisar, ler e criar padrões com
complexidades diferentes.
3- Gaspar
O Gaspar era um aluno bastante activo e que procurava, durante a realização das
actividades, ter sempre uma resposta para tudo. Por vezes, mostrava-se algo irreverente
mas era muito observador do que o rodeava. Apesar de o aluno não ter computador em
casa, mostrou muito interesse em explorar os computadores que havia na sala de aula. O
Gaspar apresentava uma boa capacidade de cálculo e de raciocínio. Era um aluno que
Figura 134 - Produção da Lúcia Exercício 6 do pós-Teste Matemático
186
apresentava uma boa capacidade comunicativa e argumentativa, tendo em conta a idade
cronológica que apresentava 6 anos.
3. 1. Competências tecnológicas
3.1.1. Computador
Durante a implementação do estudo, o Gaspar utilizou, na sala de aula, o
computador de secretária, o computador portátil do professor/investigador e o seu
Na realização do pré-Teste de competências tecnológicas, foi possível observar
que o aluno não sabia como se ligava o computador de secretária (Grelha de Observação
Anexo VI). O aluno sentiu, também, algumas dificuldades em ligar o computador portátil
do professor investigador durante a realização da tarefa r de o
Gaspar ter já observado outros colegas da sala a ligar o computador do
professor/investigador, o aluno só o conseguiu fazer com alguma ajuda:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) portátil, ficou todo contente mas revelou, ao mesmo tempo, alguma ansiedade. O Gaspar parece uma criança muito segura mas, por vezes, perante situações novas, revela alguma falta de confiança. Quando chegou junto do computador, afirmou não saber como se ligava. Quando lhe perguntei se não tinha visto já os outros colegas a ligar o computador do professor/investigador, o Gaspar respondeu dizendo que não se lembrava.
Tendo o aluno mostrado algumas dúvidas sobre os procedimentos que era
necessário realizar para iniciar o computador portátil do professor/investigador, foi
realizada, uma vez mais, uma explicação/demonstração desses procedimentos. Alguns
colegas que já mostravam conseguir realizar essa acção correctamente explicavam, em
voz alta, aos colegas da turma e indicavam, no computador portátil do professor
investigador o botão que ligava o computador.
actividade
Durante a realização do pré-Teste de competências tecnológicas, foi possível
verificar que o aluno não dominava os conhecimentos necessários para desligar o
computador em segurança (Grelha de Observação Anexo VI):
Capítulo 4 Análise dos Dados
187
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) o Gaspar que encerrasse o computador, o
Para encerrar o computador portátil do professor/investigador, na actividade
:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) mostrou alguma insegurança e optou por dizer que não sabia em vez de tentar encerrar o computador. Procurei orientar o Gaspar na acção de encerrar o computador, guiando o aluno nos passos que tinha que dar, ao mesmo tempo que ia estabelecendo uma comparação com as acções que o aluno realizava para encerrar o seu computador Magalhães
, em que foi utilizado o
computa strou ter algumas dificuldades no seu
encerramento, mostrando não conhecer, de forma segura a acção que tinha de realizar:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) computador . Foi um aluno que estava próximo dele que o
No que diz respeito à capacidade do Gaspar conseguir abrir e escolher os
programas como o Paint e o Já Está no computador, foi possível verificar que o aluno
em sequência rápida, no ícone do programa para que este arrancasse:
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico)
A acção de ligar e encerrar os vários tipos de computador foi compreendida pelo
Gaspar de forma gradual e contou com a colaboração dos colegas. A acção de ligar e
, em segurança no final
das actividades e, na actividade
o computador portátil do professor/investigador:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) , foi o Gaspar que foi ligar o computador portátil do professor/investigador. Reparei que, além de ter ficado contente por ser ele a ligar o computador, o aluno apresentava um ar confiante de quem sabia o que ia fazer
No final da investigação e durante a realização do pós-Teste tecnológico, foi
possível constatar que o Gaspar realizou a acção de encerrar o computador de secretária
correctamente (Grelha de Observação Anexo VIII).
188
No que diz respeito ao domínio do rato do computador, observou-se, durante a
realização do pré-Teste tecnológico, que o aluno revelava algumas dificuldades no
manuseamento e na movimentação do rato do computador de secretária. Executava uns
movimentos com alguma hesitação e, por vezes, segurava o rato com a mão direita e
outras vezes com a mão esquerda. Durante a utilização do rato no computador portátil do
professor/investigador, na realização do pré-Teste de competências matemáticas, foi
possível constatar que os movimentos que o aluno realizava com o rato eram também
pouco seguros, o que deu origem a que, por vezes, o aluno perdesse o seu rasto no
monitor do computador:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) , na actividade 1, a reprodução do padrão num ficheiro do programa Já Está, pediu-pintar. Verifiquei que, quando o aluno deslocou o rato na direcção da caixa de cores do programa, se aproximou bastante da extremidade do ecrã o que fez com deixasse de ver o rato. Depois da minha ajuda,
,
acção de seleccionar as figuras, o aluno utilizava ambas as mãos no rato do
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) ,
escolher a ferrame
Com o decorrer da intervenção didáctica e com o contacto que o aluno foi tendo
com as ferramentas informáticas, chegou ao fim do estudo com um bom domínio do rato
do computador de secretária e do rato do computador portátil do professor investigador.
, também, melhorando, facto
que permitiu ao aluno realizar tarefas como seleccionar e arrastar, com mais perfeição.
No início da investigação, o Gaspar apresentava um conhecimento reduzido no
que dizia respeito ao conhecimento dos menus e à navegabilidade que se podia fazer
entre eles. Mostrou, também, na actividade
instruções para procurar o ficheiro numa pasta do seu computador:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) imagem projectada do meu computador portátil, o Gaspar revelou dificuldades em seguir os passos
Capítulo 4 Análise dos Dados
189
necessários pa
Nas actividades
necessitou de alguma ajuda para conseguir realizar as acções necessárias para abrir os
ficheiros, no entanto, já foi possível verificar alguma evolução, pois o Gaspar já conseguia
encontrar autonomamente o separador ficheiro, abrir a
onde se encontrava a tarefa:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) pasta onde estava o ficheiro da tarefa de forma autónoma. O aluno conseguiu abrir o ficheiro e começou a criar um padrão no programa Paint
O Gaspar voltou a mostrar progressos, quando em relação à actividade
,
aconteceu na tarefa que se seguiu:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) Na actividade ficheiro destinado a completar o padrão no programa Paint sem precisar da minha ajuda. O aluno consegue
r nela até encontrar a pasta do dia e o ficheiro necessário para a
Depois da realização das seis primeiras actividades da intervenção didáctica, o
Gaspar conseguiu compreender os passos necessários para a abertura de um ficheiro
nos programas utilizados.
No início da intervenção, o Gaspar apresentou dificuldades na acção de guardar
os ficheiros. Quando lhe foi pedido para guardar o ficheiro, revelou dificuldades em seguir
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) No final da tarefa, o Gaspar não foi capaz de acompanhar as indicações que foram dadas para toda a turma par
O aluno voltou a mostrar esta dificuldade durante a realização da
capaz de seguir as indicações apresentadas:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) , através da imagem projectada do ambiente de trabalho do computador portátil do professor/investigador,
190
para guardar o ficheiro da actividade acompanhá-sempre: - Professor,
Na resolução da
dúvidas na acção que havia de escolher:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) actividade, quando foram dadas instruções para
tinha que escolher no separador Ficheiro (...)
Nas actividades que se seguiram, verificou-se uma melhoria no desempenho do
aluno no que diz respeito à capacidade de guardar um ficheiro numa pasta do
computador. Na resolução da
professor/investigador para mudar o nome ao ficheiro na altura de o guardar.
Durante este estudo, o Gaspar teve também o contacto com o teclado do
computador. Foi possível observar, durante a realização do, pré-Teste, tecnológico e
matemático, que a utilização do teclado era feita com algum receio e insegurança. A
procura das letras era realizada de forma vagarosa e com alguma indecisão. O contacto
com o teclado foi acontecendo no decorrer das actividades quando o aluno tinha que
acrescentar o seu nome, ao nome do ficheiro. Também durante as actividades
utilizou o teclado para reproduzir o padrão criado com números. Estas tarefas
contribuíram para que o Gaspar contactasse, mais vezes, com as letras e números que
fazem parte do teclado do computador contribuindo, assim, para que o aluno o ficasse a
conhecer melhor.
Pode-se concluir que foram bastante significativas as evoluções que o Gaspar
apresentou no decorrer deste estudo no que diz respeito à realização de acções básicas
no computador. Essa evolução ficou bem patente durante a realização dos testes de
competências tecnológicas e matemáticas em situação de pós-Teste. Passou a ser do
conhecimento do aluno como se ligava e desligava um computador de secretária ou um
de forma segura e sem receio, abrir e guardar ficheiros passaram a ser acções que o
Gaspar passou a realizar sozinho.
Capítulo 4 Análise dos Dados
191
3.1.2. CD-ROM Já Está
Durante a realização do Teste de competências tecnológicas realizado em
situação de pré-Teste, o aluno Gaspar mostrou não ser capaz de inserir um CD-ROM na
drive correspondente do computador de secretária (Grelha de Observação Anexo IV):
(Diário de Bordo Pré-teste Tecnológico) Gaspar respondeu-me que era um CD de um jogo. Apesar de o aluno conseguir dizer que era um CD, não foi
Durante a realização das primeiras tarefas, o Gaspar observou o Augusto a inserir
o CD-ROM do programa Já Está na actividade
Lúcia a inserir o mesmo CD-ROM no computador portátil do professor/investigador e
acompanhou, com os restantes colegas da sala, a explicação de como se inseria o CD-
ROM e que acções teria que realizar depois, para que o programa iniciasse.
Quando o Gaspar foi ligar o computador portátil do professor/investigador no
âmbito da , apresentou ainda alguma indecisão em indicar
correctamente onde se encontrava a drive de CD/DVDs:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) portátil do professor/investigador, perguntei-lhe se era capaz de me indicar onde se inseriam os CDs. O aluno pensou um pouco e depois respondeu: -
, o aluno conseguiu já indicar
correctamente a drive de CD/DVDs do computador portátil do professor/investigador:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) que inserisse o CD-ROM do programa Já Está no computador portátil, o aluno ficou todo contente. Perguntei-lhe se já sabia como se fazia. O aluno respondeu-me: - O aluno conseguiu inserir o CD-ROM e foi possível ver, na sua cara,
Durante a exploração do padrão, no programa Já Está, d
, foi possível verificar que o Gaspar apresentava já um bom conhecimento do
que serviam as ferramentas do programa e mostrou como se podia escolher cores
diferentes. O facto de o Programa já ter sido explorado em outras actividades e de ter
acontecido a explicação realizada por outros alunos facilitou essa tarefa ao Gaspar.
192
O aluno conseguiu, durante a realização da
correctamente onde se inseria o CD-ROM no computador portátil do
professor/investigador:
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) CD-ROM no computador portátil do professor/investigador, foi possível constatar que já tinha bem presente os procedimentos necessários para a realização dessa tarefa. O Gaspar é um aluno que, apesar de mostrar, por vezes, um comportamento algo irrequieto em diferentes situações de aula, quando utiliza o
Nas tarefas que se seguiram, em que foi explorado o programa Já Está, o aluno
mostrou ter conhecimento das ferramentas do Programa e foi capaz de as utilizar com
correcção:
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) professor/investigador reproduzir o padrão que tinha criado na ficha de trabalho, o aluno mostrou ser
preenchimento de cor do programa. Foi capaz de indicar onde se localizava a drive do CD/DVDs do computador portátil do professor/investigador e conseguiu referir as funções das ferramentas do programa
Quando o Gaspar utilizou o programa Já Está na realização do teste de
competências Matemáticas, em situação de pós-Teste (Grelha de Observação Anexo
VIII
seleccionar a cor e utilizar correctamente a ferramenta de preenchimento.
(Diário de Bordo Pós-Teste de competências Tecnológicas) , durante a realização das tarefas 1, 4, 5 e 6, um bom conhecimento do programa Já Está. O aluno conseguiu utilizar
Quando se iniciou esta investigação, o Gaspar mostrou não ser capaz de inserir
um CD-ROM na drive de CD/DVDs e apresentou algumas dificuldades na navegação nos
menus de alguns programas. O aluno sentia dificuldades em sair dos programas e
apresentava um reduzido conhecimento do ambiente de trabalho e das funções de
algumas ferramentas deste programa. Durante as tarefas desenvolvidas ao longo desta
investigação em que o aluno utilizou o programa Já Está, passou a conhecer como se
insere e retira um CD-ROM de uma drive de CD/DVDs de um computador portátil e de
-
ROM Já Está. A exploração deste CD-ROM contribuiu, também, para que o aluno tenha
desenvolvido competências que lhe possibilitam uma melhor compreensão do
funcionamento dos menus e submenus de alguns programas de computador.
Capítulo 4 Análise dos Dados
193
3.1.3. Programa Paint
Durante este estudo, o Gaspar utilizou o programa Paint na realização de
diferentes tarefas. Durante a sua exploração, referiu que já tinha utilizado este programa
em casa, no seu computador Magalhães para fazer desenhos. No entanto, durante a
realização da Tarefa 3 do pré-Teste de competências matemáticas, foi possível verificar
que o aluno apenas mostrava um conhecimento reduzido da função de algumas
ferramentas do Programa. O Gaspar também não detinha os conhecimentos necessários
que lhe permitiam guardar as suas produções numa pasta do computador:
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) a tarefa 3 para o Gaspar, perguntei-lhe se já tinha utilizado o Paintpara fazer alguns desenhos. Quando lhe perguntei se conhecia as ferramentas do Programa, mostrou só conhecer o lápis, a borracha e a ferramenta de preenchimento de cor. Também conseguiu explicar como se mudava de cor. Afirmou não conhecer os menus do Programa e não sabia como se guardavam os ficheiros numa pasta do computador
indicações para iniciar o programa Paint mas apresentou algumas dificuldades em abrir o
ficheiro:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) mas necessitou da minha ajuda para localizar a pasta e o ficheiro nece
O Gaspar sentiu, também, dificuldades nas acções de seleccionar, copiar, colar e
arrastar. Deve referir-se, no entanto, que apesar dessas dificuldades, o aluno mostrou-se
sempre interessado e foi visível um esforço da sua parte para melhorar o seu
desempenho e realizar a tarefa com sucesso:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) seleccionar as figuras do cão e do gato, o aluno não desistia. Mexia com a sua mão direita no cabelo e mantinha-
Figura 135 - Gaspar a utilizar o Paint no seu "Magalhães"
194
Na actividade
acompanhar as indicações que lhe permitiam abrir o ficheiro necessário para a realização
da tarefa. Sentiu ainda algumas dificuldades em realizar as acções de seleccionar,
copiar, colar e arrastar as figuras necessárias para criar o seu padrão. Manteve-se, no
entanto, concentrado e durante esta actividade pediu para a voltar a realizar do princípio:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) -
seleccionar a imagem, Copiar e Cainda com muita hesitação. Depois de ter deixado partes da carrinha por seleccionar, o aluno pediu-me para começar a actividade
Na imagem anterior, pode-se ver que o aluno não conseguiu copiar na totalidade
a figura da carrinha. Observa-se também, uma carrinha colocada erradamente no canto
superior esquerdo da imagem. Verifica-se que o Gaspar utilizou a ferramenta de
preenchimento de cor com cuidado. Quando o aluno iniciou a tarefa de novo e num
espírito colaborativo, pediu-se às colegas que estavam a realizar a tarefa correctamente
que partilhassem a sua estratégia com o Gaspar. Foi depois desta partilha que o aluno
realizar a selecção das figuras com
mais correcção (ver figura seguinte).
Na análise da imagem anterior, pode-se verificar que o aluno conseguiu seleccionar
correctamente as figuras e preencheu todas as células da grade. Apenas a palavra nome
no canto superior esquerdo se encontra parcialmente apagada.
Figura 136 - Produção do Gaspar - Tarefa "Viaturas alegres"
Figura 137 - 2ª Produção do Gaspar - Tarefa "Viaturas alegres"
Capítulo 4 Análise dos Dados
195
Nas actividades que se seguiram em que o programa Paint foi utilizado, assistiu-
se a uma progressiva melhoria no desempenho do aluno no que diz respeito ao domínio
de algumas competências tecnológicas que lhe permitiam utilizar o Programa. Foi
aperfeiçoando a utilização das ferramentas do Paint e apresentou um progressivo
domínio das acções e das ferramentas na criação dos seus padrões.
Na actividade -se que aluno utilizou as ferramentas de
preenchimento de cor com correcção e as imagens da borboleta e da flor encontram-se
completas. Na imagem da direita, constata-se que o aluno conseguiu seleccionar as
imagens das figuras geométricas com correcção, conseguindo-as arrastar e colocar no
lugar da grade pretendido (ver figuras seguintes).
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) actividade da tarefa, seleccionou as figuras geométricas sem cortes e conseguiu arrastá-las para os lugares da grade que
No ficheiro do programa Paint que o Gaspar criou no âmbito da
-se verificar que foi capaz de seleccionar, copiar e colar correctamente as
figuras geométricas. O aluno revelou alguma falta de precisão ao colocar o rectângulo
azul da 3ª célula da 1ª linha e o 1º quadrado verde da última linha (ver figura seguinte)
sem tapar a linha da grade.
Figura 138 - Produções do Gaspar - Tarefas "Jardim colorido" e "Figuras coloridas"
Figura 139 - Produção do Gaspar - Tarefa "Serpente colorida"
196
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009)
cortes utiliza a ferramenta da lupa. O Gaspar ficou bastante concentrado enquanto estava a criar o padrão
-se que o
com correcção, estando as figuras inteiras, sem cortes. A sua colocação nas células da
grade foi também realizada de forma mais arrumada (figura seguinte).
Na actividade
positiva no que diz respeito ao conhecimento das acções necessárias para a realização
das actividades no programa Paint. A selecção das imagens era realizada com cuidado e
tempo que a navegação no menu do Programa se fazia com mais segurança:
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) ícone do programa no ambiente de trabalho do seu computador Magalhães. Depois de ter recebido as indicações do ficheiro que tinha de abrir, o aluno realizou essa acção de forma autónoma, utilizando os menus do Programa correctamente. Faz agora uma melhor utilização das ferramentas do programa pois utiliza a lupa para melhor realizar a selecção das figuras e escolhe as acções Editar, Copiar e Colar
Quando utilizou a ferramenta de texto do programa Paint para reproduzir com
números , num outro ficheiro, mostrou não dominar o seu
funcionamento. Apesar de já a ter utilizado na escrita do seu nome e de ter sido já
explicado pelo professor à turma o seu funcionamento, através da imagem projectada, o
aluno revelou dificuldades em alterar o tamanho da letra:
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) om algumas dificuldades a ferramenta de texto Quando lhe perguntei porque é que os seus números estavam a ficar tão pequenos, o aluno afirmou não saber como é que se punham maiores
Figura 140 - Produção do Gaspar - Tarefa "Caras com ritmos"
Capítulo 4 Análise dos Dados
197
Depois de ter ouvido, novamente, a explicação do professor/investigador sobre a
utilização da ferramenta de texto do programa Paint, o Gaspar conseguiu reproduzir o
padrão com os números num tamanho maior, facto que revela que o aluno conseguiu
utilizar a opção de alterar o tamanho da letra na Barra de ferramentas de texto do
programa.
Na actividade
para a realização da tarefa de forma autónoma e conseguiu seleccionar as figuras
correctamente. A utilização da ferramenta de seleccionar e as acções de copiar e colar
foram realizadas com correcção pelo aluno:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) dGaspar conseguiu abrir o programa Paint de forma autónoma e abrir o ficheiro necessário para a realização
, sem haver corte de partes da imagem. Utilizou também, com correcção, copiar e colar as figuras. Na reprodução do padrão com números conseguiu aumentar o tamanho da letra e utilizou o tipo de letra Arial.
Na reprodução do padrão criado pelo aluno com números, é possível verificar que
o aluno apresentou uma evolução no que diz respeito à utilização da ferramenta de texto
pois conseguiu aumentar o tamanho dos seus números.
Durante este estudo, foi possível verificar que o Gaspar manifestou uma evolução
nos conhecimentos que detinha sobre a utilização do programa Paint. Apesar de o aluno
ter já utilizado o Programa antes do início da investigação, no seu computador
Figura 141 - Produção do Gaspar - Tarefa "Pateta divertido"
Figura 142 - Produção do Gaspar - Tarefa "Amigos do Mickey"
198
sentava apenas um conhecimento muito superficial de algumas
ferramentas, nomeadamente o lápis para desenhar, a borracha para apagar e o balde
para preenchimento com cor, mostrando desconhecer para que serviam as outras. O
menus do programa. Durante a intervenção didáctica, o aluno foi tomando contacto com
outras ferramentas do programa, nomeadamente a ferramenta de seleccionar, a lupa e a
numa pasta do computador, navegar nos menus do programa e realizar acções como
o na utilização das
ferramentas que permitem colorir figuras como o pincel e a ferramenta de preenchimento.
3.1.4. Applets NCTM
A utilização do applet do NCTM durante a realização da
iculdades aconteceram
inicialmente quando o aluno não conseguiu acompanhar, no seu computador
a pasta
, para que a
aplicação Java iniciasse:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) permitiam executar o script ou control activex que permitia que a aplicação Java funcionasse. Só com a
Depois de ter tido a ajuda do professor/investigador para iniciar o applet no seu
compu
entanto, o Gaspar sentiu, no início da sua exploração, algumas dificuldades em colocar
as figuras geométricas no lugar destinado. O aluno tinha já sentido essa dificuldade
durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) a Tarefa 2 do pré-Teste de competências matemáticas, o Gaspar apresentou algumas dificuldades em largar as figuras geométricas no lugar certo. O aluno soltava-as um pouco antes do lugar e elas voltavam para o lugar inicial, fazendo com
Capítulo 4 Análise dos Dados
199
O Gaspar teve a oportunidade de explorar outras actividades do applet que não
tinham sido utilizadas no teste de competências Matemáticas. O aluno revelou ter
compreendido as instruções do professor/investigador, pois conseguiu utilizar
, quando tinha intenção de anular o que
tinha feito,
conseguiu seleccionar as figuras e, após alguma hesitação inicial em que as figuras eram
soltas antes do lugar correcto, situação que o obrigava a repetir a acção, passou a soltar
as figuras no sítio correcto ultrapassando, dessa forma, as dificuldades apresentadas no
início. O Gaspar continuou, na tarefa da intervenção didáctica, os padrões para a frente
com as figuras propostas e realizou várias actividades que constavam do applet. Utilizou
esta aplicação com agrado e interesse, comparando-a, tal como outros alunos, a um
jogo. Quando utilizou este applet no pós-Teste de competências matemáticas, foi
possível verificar que o Gaspar arrastava as figuras para o lugar correcto sem as soltar
antes do tempo apresentando, assim, uma evolução em relação ao desempenho que
tinha tido durante o pré-Teste e durante a resolução da
mesmo procedimento para que a aplicação Java funcionasse no seu computador
professor/investigador para autorizar a execução do script ou control activex do seu
, conseguiu aceder à pasta
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) u acompanhar as indicações dadas no Quadro Interactivo que lhe permitiram colocar em funcionamento o applet no seu computador Magalhães
Figura 143 Tarefa 5
200
No que diz respeito às actividades desenvolvidas no applet, criar um módulo de
um padrão que permitisse obter células da mesma cor na diagonal, o Gaspar conseguiu
realizá-las com facilidade e percebeu para que serviam os botões de acção da aplicação
Java:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) amarelo, amarelo, o aluno começou por seleccionar o botão que ia preenchendo a grade módulo a módulo. Em seguida, e já quando se encontrava sensivelmente a meio da grade, escolheu o botão que colocava o módulo mais rapidamente. O Gaspar mostrou ter compreendido como funcionava este applet. Utilizava-o
Durante as situações em que se utilizaram os applets do NCTM, foi possível
constatar que o aluno gostou de interagir com estas aplicações comparando-as, tal como
outros colegas seus, a um jogo. Ao longo desta investigação, verificou-se uma evolução
no que diz respeito à acção de arrastar e soltar as figuras geométricas desde a sua
realização no pré-Teste de competências matemáticas, no decor
-
pelo Gaspar contribuiu para que o aluno ficasse a ter um melhor conhecimento sobre o
funcionamento dos botões de acção dos applets, podendo esta experiência servir-lhe
para estabelecer uma relação com outros botões de outras aplicações.
3.1.5. Quadro Interactivo
O Gaspar utilizou o Quadro Interactivo na resolução da
e vontade em ir
ao quadro:
Figura 144 - Gaspar a utilizar o applet no seu "Magalhães" Tarefa 9
Capítulo 4 Análise dos Dados
201
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) eu ainda procedia à calibragem das canetas no quadro interactivo, o Gaspar mostrava alguma impaciência com a demora de ir ao quadro. O facto de o aluno ter o
-me para que o conseguisse convencer que teria que esperar um pouco
O aluno só conseguiu encontrar um módulo de um padrão que desse resposta ao
depois de ter visto a colega Lúcia apresentar o seu padrão no Quadro interactivo.
Quando foi ao Quadro Interactivo testar e apresentar aos colegas a sua produção, ia todo
contente mas, ao memo tempo, apresentava um ar de bastante concentração:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) vermelho, rectângulo vermelho, rectângulo amarelo, rectângulo amarelo, o Gaspar foi ao Quadro interactivo apresentar a sua solução à turma. O aluno segurou na caneta com alguma curiosidade e observou o bico da caneta como se estivesse a verificar se ela tinha tinta para escrever. Em seguida, utilizou-a para accionar os botões do applet que lhe permitiam escolher as cores do módulo do seu
Depois de ter escolhido as cores e o número de elementos que constituíam o
módulo do seu padrão, o Gaspar escolheu, com a caneta do Quadro Interactivo, o botão
que accionava a opção de preenchimento da grade módulo a módulo:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) r na sala os colegas a pedir para que o Gaspar seleccionasse o botão que permitiria que o módulo do padrão fosse colocado na grade de forma automática até ao fim, o Gaspar preferiu escolher o botão que preenchia a
Ao fazer esta opção, o Gaspar teve que utilizar mais vezes a caneta do Quadro
Interactivo. Depois de ter completado a sua tarefa no Quadro Interactivo, o Gaspar estava
muito contente com a sua ida ao Quadro:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) gar o Gaspar estava muito contente. O aluno afirmou que tinha gostado muito de ir ao Quadro Interactivo e perguntou-me: - Se conseguir
Pode-se concluir que a ida ao Quadro interactivo foi, para o aluno, uma
experiência do seu agrado. A sua utilização trouxe-lhe maior motivação e contribuiu para
que o Gaspar se empenhasse na procura de uma resposta correcta para o problema
colocado. O aluno mostrou alguma curiosidade em relação à caneta do Quadro
interactivo e conseguiu utilizá-la para interagir com o Applet no quadro correctamente.
202
3. 2. Competências matemáticas - Padrões
3.2.1. Leitura e descrição de Padrões
Quando o Gaspar realizou o teste de competências Matemáticas (pré-Teste),
afirmou não conseguir ler o padrão apresentado e afirmou não conhecer o significado da
palavra padrão:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) lhe apresentei na Tarefa 1, o aluno mostrou algum espanto com a pergunta e respondeu-me que não
entusiasmo na leitura colectiva dos padrões apresentados para exploração:
(Diário de Bordo 16 de Abril de 2009) -se um pouco envergonhado, no entanto, é
Quando lhe foi pedido para ler o seu padrão na sua ficha de trabalho, o aluno
ainda mostrou algum nervosismo inicial que depois desapareceu:
(Registo videográfico - 20 de Abril de 2009) - Cara azul, cara vermelha, cara
O Gaspar teve o cuidado de referir a forma e a cor da figura reflectindo, na sua leitura, o
que já tinha sido trabalhado na sala de aula quando outros alunos leram o padrão.
apresentado e considerou-o correctamente escrito:
Figura 145
Capítulo 4 Análise dos Dados
203
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) esteja correctamente escrito: - O aluno responde: - E continua justificando: - Porque acaba no cão e depois vem o gato e a seguir ao cão vem o gato e por isso
O Gaspar conseguiu ler correctamente o padrão e referiu as propriedades cor e
forma das figuras. Foi depois proposto ao aluno que criasse um padrão no programa
Paint com as figuras do cão e do gato. Na leitura desse padrão, o aluno revelou
entusiasmo mas também algumas dúvidas, pois tinha utilizado mais do que uma cor na
pintura de cada figura, no entanto, ao responder a uma questão sobre o módulo do seu
padrão, o Gaspar referiu a cor da coleira da figura do gato:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) - -
Quando realizou a leitura do padrão, já não fez referência à cor da coleira. Foi
capaz de ler o padrão, que tinha criado no ficheiro do programa Paint, com correcção:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) que criou. Este responde-lhe que sim e começa a ler - Cão castanho, gato amarelo, cão castanho, gato
Quando foi pedido ao Gaspar que lesse o padrão que estava a criar na tarefa
figuras utilizadas. Como o aluno utilizou mais que uma cor na pintura da figura carrinha e
carro, sentiu alguma indecisão quanto à forma como iria ler o seu padrão. Após uma
breve reflexão, o Gaspar conseguiu ler o padrão referindo a propriedade forma e a cor
que tinham sido mais utilizadas na figura:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) -me junto dele e pedi- O aluno perguntou-me se
podia referir apenas a cor amarela da carrinha e a cor castanha do carro, justificando que se tivesse de
Figura 146
204
referir a cor dos guarda- - Carrinha amarela, carrinha amarela, carro castanho,
O aluno continuou a mostrar-se atento e interessado na realização de tarefas com
, apresentou-se
cuidadoso na leitura do padrão que estava a criar num ficheiro do programa Paint:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) -lhe que me lesse o
amarela, f
Na actividade
apresentado no ficheiro do programa Já Está, tendo o cuidado de referir as propriedades
forma e cor:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) - - Camisola vermelha, camisola vermelha, camisola azul, camisola vermelha, camisola
Na activid
cores e formas das serpentes utilizadas:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) de cartolina, leu: - Serpente castanha, serpente castanha, serpente cor de pele, serpente maçã, serpente
Durante a realização desta tarefa, a leitura do padrão com letras foi também uma
actividade que revelou ser do agrado do Gaspar. Quando lhe foi proposto que lesse o
padrão que tinha reproduzido com letras, o aluno mostrou-se bastante interessado e
motivado para o fazer:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) o com -
Quando lhe perguntei se tinha sido mais fácil ler com o nome das figuras ou com as letras, o aluno referiu
Quando iniciou esta investigação, o Gaspar mostrou desconhecer o termo padrão
e não conseguiu ler o padrão apresentado na Tarefa 1 do pré-Teste de competências
matemáticas. Revelou alguma insegurança nas actividades iniciais em ler individualmente
com correcção alguns padrões apresentados, apesar de, no grande grupo da turma, ter
sido capaz de acompanhar a leitura dos mesmos. Com o decorrer da investigação, o
Capítulo 4 Análise dos Dados
205
Gaspar foi ultrapassando essa insegurança e foi capaz de chegar ao fim da investigação
com competências que lhe permitem ler com correcção diferentes padrões.
3.2.2. Identificação do módulo do padrão
O Gaspar mostrou, no início desta investigação, que não tinha conhecimentos que
lhe permitiam identificar o módulo de um padrão correctamente. Quando, na actividade 1
do pré-Teste de competências matemáticas (Grelha de Observação - Anexo IX) lhe foi
perguntado o que se repetia na figura, o aluno apenas referiu as cores da serpente:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) etia na serpente da figura da Tarefa 1, o aluno apenas fez referência às cores amarelo e azul. Quando lhe perguntei se era só
padrão, o Gaspar referiu que o que se repete é a cor azul e o vermelho. O aluno não
refere, no início, a forma da figura. Durante a realização desta tarefa, o Gaspar não
criado:
(Diário de Bordo 20 de Abril de 2009) uando perguntei ao Gaspar o que se repetia no padrão que tinha acabado de criar na sua ficha de trabalho, o aluno apenas fez referência à cor azul e à cor vermelha
Na exploração do padrão que o Gaspar criou na actividade
Depois de ler correctamente o padrão, conseguiu identificar o módulo como sendo
que, para ler o seu padrão, era difícil fazer referência à cor da coleira:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) padrão. O aluno responde - O professor questiona o aluno sobre que programa de computador utilizou para a criação do padrão. O aluno responde - O Professor questiona o aluno sobre que figuras o aluno utilizou para criar o seu padrão. O aluno responde - O Professor questiona o aluno sobre qual é o módulo do seu padrão. O aluno responde: - Cão castanho com a coleira vermelha e
- Quantos elementos tem o módulo do teu padrão. O aluno responde: -
206
Na actividade
padrão que estava a criar no ficheiro do programa Paint. O aluno identificou o módulo de
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) o Gaspar se era capaz de me identificar o módulo do padrão que estava a criar com a carrinha e com o carro. O aluno reflectiu um pouco e respondeu: -
identificação do módulo do padrão que estava a criar. Nesta actividade, o aluno
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) que me identificasse o módulo do padrão que estava a criar. O aluno pensou um pouco e respondeu: - Borboleta amarela, borboleta amarela, flor
Na resolução da
correctamente o módulo
utilizado na actividade:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) -lhe se conseguia identificar o módul
pequena reflexão o aluno respondeu: -
Ainda durante a realização desta tarefa, foi proposto ao aluno que completasse um
padrão num ficheiro do programa Paint com figuras geométricas. Nesta actividade, o
Gaspar sentiu muitas dificuldades para descobrir qual a figura que completava o módulo
do padrão:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) -lhe se já tinha conseguido encontrar o módulo e o aluno respondeu-me que não. O Gaspar estava a sentir muitas
Figura 147 - Padrão do Gaspar no seu "Magalhães"
Capítulo 4 Análise dos Dados
207
correctamente o módulo do padrão apresentado no programa Já Está. O aluno conseguiu
Na actividade
erpentes:
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) dificuldade. Enumerou os quatro elementos do módulo e leu-o da seguinte forma: - Serpente laranja, serpente laranja, serpente cor de pele, serpente
O Gaspar foi também capaz de identificar o módulo do padrão que criou no
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) ro do programa Paint com figuras geométricas, aproximei-me dele e perguntei-lhe qual era o módulo do padrão
- Quadrado verde, triângulo
Na actividade
e o módulo do padrão que criou num ficheiro do programa Paint.
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) elementos tinha o módulo do padrão que estava a criar, o aluno respondeu: - Pedi-lhe para me dizer quais eram e o aluno respondeu-me: -
Na resolução da
em conseguir encontrar um módulo de um padrão que criasse células da mesma cor na
diagonal do applet do NCTM:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) padrão que criasse células da mesma cor na diao seu padrão é que o Gaspar encontrou o módulo correcto no applet do seu computador Magalhães. Quando foi ao Quadro Interactivo e lhe propus que identificasse o módulo, o aluno respondeu: - Rec
O Gaspar conseguiu identificar os elementos do módulo do padrão apresentado
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) figuras do Pateta no seu computador, perguntei-reflexão, o aluno respondeu-me:
208
No entanto, na actividade entou dificuldades
em identificar o módulo do padrão na grade que tinha de completar.
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) -lhe que identificasse o módulo. O aluno permaneceu quieto a olhar para o monitor do seu
Na actividade
figuras geométricas. Após alguma hesitação inicial, o aluno conseguiu identificar
correctamente o módulo de um padrão do tipo ABC, ABC, ABC,...
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) padrão apresentado o aluno respondeu-me: -
Na resolução da
módulo do padrão que tinha criado na ficha de trabalho, tendo identificado o módulo de
um padrão do tipo AAB, A
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) padrão que estava a criar na ficha de trabalho, o aluno respondeu: - Camisola vermelha, camisola
Pode-se concluir que, ao longo da intervenção didáctica, o Gaspar conseguiu
desenvolver competências que lhe permitiram passar a identificar um módulo de um
padrão com mais correcção vencendo, assim, algumas das dificuldades que tinha
mostrado durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas. O Gaspar
passou a conseguir identificar o módulo de diferentes tipos de padrões, fossem eles
constituídos por figuras geométricas, letras, cores ou outras imagens. Verifica-se que nas
tarefas em que lhe foi proposto completar um padrão, se tornou mais difícil identificar o
módulo. No entanto, no final desta investigação e durante a actividade 4 do pós-Teste de
competências matemáticas, o aluno mostrou ser capaz de identificar um módulo em
situações de completar padrões.
3.2.3. Reprodução de um padrão
Quando foi proposto ao Gaspar que reproduzisse o padrão da serpente da Tarefa
1 do pré-Teste de competências matemáticas, o aluno conseguiu realizar a tarefa. Nas
imagens pode-se verificar que a tonalidade do azul utilizado pelo Gaspar na reprodução
Capítulo 4 Análise dos Dados
209
Quando lhe pedi que reproduzisse o padrão da serpente com letras e depois com
números, o Gaspar disse não ser capaz de o fazer (Grelha de Observação - Anexo IX).
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) reprodução do padrão da Tarefa 1. Quando lhe perguntei se era capaz de reproduzir o padrão utilizando letras, o aluno reflectiu um pouco e respondeu-me que não. O aluno afirmou também não ser capaz de
proposto ao Gaspar que reproduzisse com letras o padrão explorado no Já Está com
em dois
momentos - após a exploração do padrão apresentado no Já Está e depois de ter criado
um padrão com as serpentes coladas numa tira de cartolina - a reprodução com letras de
um padrão.
momento com as letras def
Figura 148 - Produção do Gaspar Exercício 1 do pré-Teste Matemático
Figura 149 - Produção do Gaspar
210
No 2º momento,
criado com as serpentes coladas numa tira de cartolina com as letras aabc, aabc, aabc,
Na actividade padrão do tipo AAB, AAB,
num ficheiro do programa Paint que reproduziu com o som do bater das palmas e
o som do bater com a mão na cabeça. Atribuiu ao círculo laranja o som do bater das
palmas e ao quadrado vermelho o som do bater com a mão na cabeça. Quando chegou a
sua vez de reproduzir o seu padrão com sons perante a turma, o aluno mostrou-se algo
tímido, no entanto, conseguiu realizar a reprodução do padrão correctamente:
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) s para reproduzir o círculo laranja e o bater com a mão na cabeça para reproduzir o quadrado vermelho. Apesar de se ter mostrado um pouco tímido, o aluno conseguiu reproduzir correctamente o padrão com sons. O Gaspar considerou bastante engraçada esta actividade. Referiu, neste dia, que ainda não tinha descoberto que os sons também podiam formar um padrão.
no entanto, o aluno revelou alguma falta de atenção pois começou a reproduzir as figuras
do Pateta com letras. Na digitalização da sua produção, é possível observar que o aluno
começou por reproduzir o padrão utilizando as letras abc (ver figura seguinte). Depois de
ter sido alertado para o engano, corrigiu a sua produção e realizou a reprodução do
padrão com os números 1, 2 e 3, mostrando não ter tido em atenção o tamanho da figura
do Pateta. O aluno utilizou os números 1, 2 e 3 sem lhe atribuir qualquer sentido (figura
seguinte).
Gaspar
Gaspar Gaspar
Figura 150 - Produção do Gaspar - reprodução do padrão com letras Tarefa 7 (1º momento)
Figura 151 - Produções do Gaspar - reprodução do padrão com letras Tarefa 7 (2º momento)
Capítulo 4 Análise dos Dados
211
(Registo videográfico - 7 de Maio de 2009) -E tu Gaspar, como fizeste o teu O aluno responde: - O professor confronta o aluno com a imagem que estava no
Magalhães e questiona-o sobre o que tinha observado no seu computador. O aluno responde: - Pateta O professor pergunta ao aluno como deveriam ficar os números
para ficarem de acordo com a ordem que apresentava as figuras do Pateta. O aluno responde: - Podia ser o Pateta grande o 13, o Pateta médio o 12 e o Pateta pequeno o 10 (o aluno hesita um pouco)
Durante a exploração das produções dos alunos, o Gaspar deu conta do seu engano e
mostrou, durante essa exploração, que era capaz de realizar a reprodução do padrão
utilizando os números com sentido. Na reprodução do padrão num ficheiro do programa
ao utilizar os números 3, 2 e 1 com sentido de número. Verificou-se, assim uma
correcção em relação à prestação do aluno na actividade desenvolvida na ficha de
trabalho.
do tipo ABC, ABC,
que tinha criado num ficheiro do programa Paint, com os números 1, 3 e 16 (ver
figura seguinte). O aluno reproduziu a figura do Pluto com o número 1, o pato Donald
com o número 3 e o rato Mickey com o número 16. Podemos constatar que o Gaspar
começa a utilizar números diferentes na reprodução dos seus padrões. Esta actividade foi
desenvolvida pelo aluno com grande interesse. O Gaspar era, habitualmente, um aluno
algo irrequieto no espaço sala de aula mas, enquanto estava a trabalhar com o
Figura 152 - Produção do Gaspar - reprodução do padrão com números Tarefa 10
Figura 153 - Produção do Gaspar - reprodução do padrão com números - Paint Tarefa 10
212
, apresentava-se mais sossegado e compenetrado no seu
trabalho.
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) pois de o aluno ter criado um padrão tipo ABC, ABC,
Na actividade , apesar de se ter visto algum esforço para
completar o padrão na ficha de trabalho, o aluno não o conseguiu fazer com as figuras
geométricas (figura seguinte) e, por isso, não o reproduziu com números.
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) tentar completar o padrão o aluno acabou por desistir dessa tarefa (...)
m com números o
padrão que tinham criado na ficha de trabalho. O Gaspar optou por reproduzir a cor
vermelha com o número 1 e a cor azul com o número 2. Da análise das produções do
aluno desta tarefa, pode-se verificar que, quando reproduziu o padrão com os números,
não reproduziu o erro que tinha cometido com as cores. Quando utilizou os números, o
Gaspar escreveu sempre correctamente o módulo do padrão. Verifica-se, também, que
houve alguma falta de atenção no início da reprodução do padrão, pois o aluno começou
a utilizar letras para continuar o seu padrão quando lhe tinha sido proposto a utilização de
números. Durante a realização desta tarefa, o aluno afirmou que era mais fácil escrever e
ler os padrões com números:
Figura 154 - Produção do Gaspar - reprodução do padrão com números Tarefa 11
Figura 155 - Produção do Gaspar - ficha de trabalho Tarefa
Capítulo 4 Análise dos Dados
213
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) - - com os números 1, 1 e 2.
Apesar de ter cometido um erro na segunda linha da ficha onde criou o padrão com as cores, o aluno não
Durante a realização do teste de competências Matemáticas em situação de pós-
Teste (Grelha de Observação - Anexo VIII), o Gaspar não apresentou dificuldades em
reproduzir o padrão do Tarefa 1 com cores. Verifica-se uma evolução no seu
desempenho quando se compara a sua produção em situação de pré-Teste. No pós-
Teste, o aluno mostrou estar atento à tonalidade do azul utilizado no padrão da serpente,
situação que não tinha acontecido na situação do pré-Teste, onde o aluno tinha utilizado
um azul mais escuro (figura seguinte).
Durante a resolução desta tarefa foi também possível verificar uma evolução no
que diz respeito à reprodução de um padrão com letras e com números. Quando lhe foi
pedido, em situação de pré-Teste, que reproduzisse o padrão com as letras e com os
números, o aluno afirmou não o conseguir fazer. Em situação de pós-Teste, o Gaspar
reproduziu correctamente o padrão da serpente da Tarefa 1 com as letras AAB e com os
números 112.
Figura 156 - Produção do Gaspar - ficha de trabalho Tarefa 13
Figura 157 - Produções do Gaspar - Exercício 1 em situação de pré-Teste e pós-Teste Matemático
214
Pode-se concluir que o Gaspar conseguiu, durante esta investigação, ultrapassar
algumas dificuldades que tinha apresentado no início do estudo no que dizia respeito à
reprodução de um padrão com cores, letras e números. Com o desenrolar das
actividades foi possível observar que o aluno conseguiu reproduzir, com correcção,
diferentes tipos de padrão com letras e com números. As letras e os números foram
Gaspar utilizou, na reprodução do padrão, os números com sentido no ficheiro do
3.2.4. Continuação de um padrão
Durante a realização do teste de competências Matemáticas (pré-Teste), foi
proposto, na Tarefa 2, que continuassem um padrão com figuras geométricas num applet
do NCTM. Apesar do Gaspar mostrar muito interesse em utilizar a aplicação Java, pois
comparou-a com um jogo, o aluno não foi capaz de continuar o padrão apresentado
(Grelha de Observação - Anexo IX).
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) padrão apresentado no applet do NCTM na Tarefa 2 do teste de competências matemáticas. O aluno
Na actividade
acompanhado a exemplificação do funcionamento do applet do NCTM na imagem
projectada, o aluno mostrou ser capaz de continuar o padrão apresentado. O aluno
arrastou, com correcção, as figuras geométricas para o lugar e conseguiu continuar, com
correcção,
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) O Gaspar continuou o padrão apresentado no applet do NCTM sem dificuldades. Enquanto realizava a tarefa, o aluno estava bastante concentrado e disse que
Na actividade ão revelou dificuldades em continuar o
padrão com as figuras do Pateta grande, Pateta médio e Pateta pequeno. No ficheiro do
programa Paint, o aluno copiou e colou as figuras seguindo a ordem do módulo de
Capítulo 4 Análise dos Dados
215
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) O Gaspar conseguiu completar com correcção o padrão da tarefa -se interessado e empenhado durante a realização da tarefa, afirmando
Em género de conclusão, pode-se afirmar que o Gaspar, no início desta
investigação, mostrou não ser capaz de continuar o padrão da Tarefa 2 durante a
realização do pré-Teste de competências matemáticas. Durante a intervenção didáctica e
depois de o aluno ter compreendido melhor o funcionamento do applet do NCTM,
conseguiu continuar no applet os padrões das tarefas
, com correcção e sem dificuldade. O aluno mostrou, também, gostar deste tipo
de tarefas.
3.2.5. Completamento de um padrão
No completamento de padrões, o Gaspar sentiu algumas dificuldades. Essas
dificuldades foram visíveis quando foi proposto ao aluno a resolução da Tarefa 4 do pré-
Teste de competências matemáticas (Grelha de Observação - Anexo IX). O aluno não
conseguiu identificar as cores que constituiam o módulo do padrão apresentado e, em
vez de completar o padrão, pintou as peças de roupa da linha de baixo igual às cores
com que tinha acabado de pintar as peças de roupa da linha de cima (figura seguinte).
Figura 158 - Produção do Gaspar - Tarefa "Pateta divertido"
Figura 159 - Produção do Gaspar - Exercício 4 do pré-Teste Matemático
216
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) a Tarefa 4 no programa Já Está, o aluno não sabia muito bem com que cor iria iniciar o preenchimento das peças de roupa. Após uma breve reflexão, o aluno escolheu a cor amarela e começou a pintar as peças de roupa da linha de cima. Em seguida, escolheu a cor verde e pintou a peça de roupa que faltava da linha de cima. O
Na tarefa
aluno continuou diferentes tipos de padrão para a frente, foi-lhe proposto que
completasse o padrão com figuras geométricas num ficheiro do programa Paint. Nesta
actividade, o aluno apresentou algumas dificuldades em conseguir encontrar o módulo do
padrão:
(Diário de Bordo - 28 de Abril de 2009) - Notei, na sua cara, alguma preocupação, no entanto, observei que o aluno estava empenhado a realizar a
Quis encontrar uma solução rápida
para a situação apresentada e optou por utilizar uma figura diferente das utilizadas na
grade como saída para as suas dificuldades:
(Registo videográfico - 28 de Abril de 2009) - Sim, eu fiz estes, est
Figura 160 - Gaspar durante a Tarefa "Figuras coloridas"
Figura 161
Capítulo 4 Análise dos Dados
217
Depois de confrontar o aluno com o facto de, na grade inicial, não constar nenhum
rectângulo azul claro e de o questionar sobre qual o motivo que o levou a utilizar essa
figura, o Gaspar adoptou uma atitude de alguma expectativa e, depois de colocar o dedo
na boca, não adiantou uma explicação.
O aluno decidiu então, começar o completamento do padrão de novo. Durante a
realização da tarefa, o Gaspar voltou a apresentar grandes dificuldades em identificar o
módulo e o número de elementos que o compunham. Quando lhe foi pedido,
directamente, que identificasse o módulo, ao apontar no monitor o aluno mostrou que
estava a tentar identificar o módulo do padrão lendo na grade no sentido ascendente do
ecrã (ver figura seguinte).
(Registo videográfico - 28 de Abril de 2009) - O professor pergunta ao aluno se está a ler para cima. O aluno reflecte um pouco
e conclui que não está a ler de forma correcta (...)
Da análise da imagem do ficheiro, pode-se observar, no sombreado cinzento, as
figuras iniciais. Verifica-se que o aluno, apesar de ter preenchido todos os lugares da
Assinalado na imagem a vermelho, pode-se observar o erro cometido pelo Gaspar no
completamento do padrão (ver figura seguinte).
Figura 162 - Gaspar enquanto tentava identificar o módulo de um padrão
Figura 163 - Gaspar a identificar o módulo de um padrão no monitor do seu "Magalhães"
218
Na actividade
desempenho em relação ao completamento de padrões. Mostrou-se um pouco mais
atento e cuidadoso, facto que lhe permitiu conseguir identificar correctamente o módulo
do padrão apresentado.
O aluno seguiu, nesta actividade, a mesma estratégia usada por outros colegas
na sala de aula. O Gaspar ia repetindo, em voz baixa, o nome da figura que estava a
colocar na célula da grade. Foi possível observar que o aluno arrastava para o lugar da
grade a figura que pretendia. Em outras actividades que o aluno considerou mais fáceis,
optou por prever o lugar na grade das figuras e colocava as figuras todas iguais de
seguida. O Gaspar começou por colocar (ver figura seguinte) a figura da Minnie (círculo
vermelho) e, em seguida, preencheu as células no sentido da seta azul até ao fim da
grade. Depois de ter chegado ao fim da grade, o aluno colocou a figura da Minnie (círculo
verde) e, em seguida, foi colocando as figuras desde a última célula da 2ª linha da grade
com as figuras ordenadas pela seguinte ordem - Donald, Mickey, Minnie. O Gaspar
conseguiu completar correctamente o padrão.
(Diário de Bordo - 12 de Maio de 2009) - linha da grade, vai dizendo o seu nome em voz baixa: -
o aluno voltou a sentir grandes dificuldades em
completar o padrão na ficha de trabalho que lhe foi entregue. O aluno começou a
Figura 164 - Produção do Gaspar - Tarefa "Figuras coloridas"
Figura 165 - Produção do Gaspar - Tarefa "Amigos do Mickey"
Capítulo 4 Análise dos Dados
219
completar o padrão na 1ª linha da grade no sentido da esquerda para a direita, mudando
assim de estratégia em relação à actividade anterior de completamento de um padrão.
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) - , foram visíveis o
procurou completar o padrão a partir da 1ª célula da 1ª linha. Emendou várias vezes mas não conseguiu
O aluno sentiu muitas dificuldades e, apesar de ter feito várias tentativas, não
conseguiu terminar com sucesso esta actividade (figura seguinte).
Também a completar o mesmo padrão num ficheiro do programa Paint, o aluno
sentiu muitas dificuldades. Iniciou o completamento do padrão na 3ª linha da grade
completando, segundo o aluno, o módulo do padrão (ver figura seguinte). Em seguida,
preencheu as células das duas últimas linhas até ao final da grade.
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) do padrão que estava a completar, o aluno respondeu dizendo que sim. Quando lhe perguntei que figuras geométricas é que o compunham o aluno respondeu: - Quadrado vermelho, rectângulo azul, triângulo
No segundo momento, o aluno começou por colocar a figura do quadrado vermelho na 1ª
célula da 1ª linha da grade colocando, de seguida, o rectângulo azul e depois o triângulo
amarelo. O aluno manteve sempre este módulo até preencher as restantes células da
grade. Pode-se verificar que, pelo menos no ficheiro do programa Paint, o Gaspar
Figura 166 - Gaspar a tentar resolver a Tarefa "Figuras alegres"
Figura 167 - Produção do Gaspar ficha de trabalho - Tarefa "Figuras alegres"
220
procedeu ao preenchimento de todas as células da grade, o que não se tinha verificado
na ficha em suporte de papel.
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) programa Paint, o aluno respondeu-me apercebeu que não tinha realizado a tarefa correctamente. O Gaspar sentiu muitas dificuldades nesta
Quando, no final do estudo, foi apresentada a Tarefa 4 do pré-Teste de
competências matemáticas, em que o aluno tinha que completar o padrão num ficheiro
do programa Já Está, e depois de ter realizado uma análise às figuras, o aluno conseguiu
realizar o exercício sem dificuldade.
(Diário de Bordo Pós-Teste Matemático) Já Está, o Gaspar não apresentou dificuldades. O aluno realizou uma análise às cores das camisolas e depois, sem dificuldade, escolheu as cores e
Ao longo desta investigação, constatou-se que a tarefa de completar um padrão
se apresentou de difícil resolução para o Gaspar. No entanto, foi possível observar uma
evolução positiva. O facto de o aluno ter desenvolvido, ao longo do estudo, outras
competências relacionadas com os padrões, nomeadamente a identificação do módulo e
a leitura de diferentes tipos de padrão, permitiram-lhe desenvolver a capacidade de ler,
analisar e completar um padrão. A Tarefa 4 do pré-Teste de competências matemáticas,
que se tinha mostrado de difícil resolução no início do estudo e que o aluno não tinha
Figura 168 - Produção do Gaspar - Paint - Tarefa "Figuras alegres"
Figura 169- Produção do Gaspar - Exercício 4 do pós-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
221
sido capaz de realizar foi, no fim da investigação, realizada com facilidade. Perante as
dificuldades sentidas pelo aluno neste tipo de exercício, parece-nos importante que lhe
sejam proporcionadas outras situações de aprendizagem em que o aluno possa
desenvolver competências de completamento de padrões.
3.2.6. Criação de um padrão
Quando foi proposto ao Gaspar para criar um padrão, no programa Já Está, na
realização da Tarefa 6 do pré-Teste de competências matemáticas, o aluno mostrou logo
algum entusiasmo em realizar essa tarefa. Escolheu a ferramenta de preenchimento e,
depois de ter escolhido a cor pretendida, começou a colorir as camisolas do ficheiro. O
aluno não foi capaz de criar um módulo e depois replicá-lo (ver figura seguinte).
numa linha com 7 elementos. Não revelou
dificuldades e realizou-a com cuidado e interesse.
em
grade de 4x7, num ficheiro do programa Paint.
Figura 170 - Produção do Gaspar Exercício 6 do pré-Teste Matemático
Figura 171 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 1
222
o Gaspar a criação de um padrão, em
grade de 4x7, com a imagem de um carro e de uma carrinha. O aluno escolheu a cor
amarela para colorir a carrinha e o castanho para colorir o carro. O aluno criou um padrão
do tipo AAB, AAB, AAB, ... com correcção. Durante a realização desta tarefa, o Gaspar
optou por fazer a previsão das células em que tinha de colocar as figuras da carrinha, o
que demonstra uma perfeita apropriação do padrão em causa.
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) O Gaspar está interessado e concentrado a realizar a . Colocou em primeiro lugar, na grade todas, as
carrinhas. Só depois seleccionou e copiou a figura do carro. O aluno criou um padrão do tipo AAB, AAB, AAB,...
Na actividade depois de colorir a borboleta e a flor, o aluno
começou a dispô-las na grade criando um padrão do tipo AAB, AAB, AAB,...
Figura 172 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 2
Figura 173 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 3
Figura 174 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 4
Capítulo 4 Análise dos Dados
223
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) - aborrecido porque a flor e a
Paint, um padrão com figuras geométricas. O aluno criou, nesse dia, um padrão do tipo
AB, AB, AB,... escolhendo o rectângulo azul e o círculo cor-de-rosa para criar o seu
padrão.
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) rectângulo azul,círculo cor-de-rosa. Criou um padrão tipo AB, AB, AB,... O aluno optou por colocar em primeiro lugar todos os rectângulos na grade. Só depois procedeu à colocação dos círculos cor-de-
N , com
as três serpentes, numa tira de cartolina. Durante esta actividade criou um padrão do tipo
AABC, AABC, AABC,... O aluno voltou a mostrar ter bem apropriado o padrão que estava
a criar, ao colar, em primeiro lugar, as serpentes cor-de-laranja, deixando espaço na tira
para, depois, colar as outras serpentes do seu padrão (ver figuras seguintes).
(Diário de Bordo - 30 de Abril) serpentes cor-de-laranja em primeiro lugar. O aluno deixou na tira de cartolina o espaço para colar a serpente cor de pele e a serpente maçã. O aluno realizou, assim, a previsão de qual seria a posição que
com as figuras quadrado verde, triângulo amarelo e rectângulo azul.
Figura 175 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 6
Figura 176 - Gaspar durante a realização da Tarefa "Serpente colorida"
224
Na actividade
AAB,... Num ficheiro do programa Paint, utilizou o círculo laranja e o quadrado vermelho
para criar um módulo de um padrão com três elementos (figura seguinte).
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) -lhe se já sabia que sons iria utilizar para reproduzir esse
círculos em primeiro lugar. Quando questionei o aluno sobre qual era o motivo que o levava a seguir essa estratégia, afirmou que assim era mais fácil pois apenas tinha que fazer colar e aparecia logo outro círculo
Na actividade
r
esta tarefa por se terem utilizado as figuras da Disney (figura seguinte).
Figura 177 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 7
Figura 178 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 8
Figura 179 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 11
Capítulo 4 Análise dos Dados
225
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) -me logo que estava a gostar muito de estar a criar um padrão com as figuras do Pluto, do Donald
Na actividade
AAB, AAB,... Utilizou, na sua representação, a cor vermelha e a cor azul mas cometeu
um erro na criação do seu padrão. Na segunda linha da grade, o aluno criou um módulo
de quatro elementos (AAAB) continuando, de seguida, novamente, com o módulo de três
elementos (AAB) (ver figura seguinte).
Em relação à reprodução do padrão com números, também se revelou um pouco distraído.
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) -se algo desatento durante a realização da actividade. Pintou com pouco cuidado e começou por continuar o padrão com letras em vez de números. Só depois de ter sido alertado para o erro é que o aluno corrigiu o seu desempenho. Quando lhe perguntei se era mais fácil criar um padrão com cores ou com números, o aluno informou que era mais fácil utilizar os números. Acrescentou ainda que era mais rápido.
Quando na realização do pós-Teste de competências matemáticas, foi pedido ao
Gaspar, na Tarefa 6, para criar um padrão no programa Já Está, o aluno não sentiu
vermelho e castanho (figura seguinte).
Figura 180 - Produção do Gaspar - criar padrão - Tarefa 13
Figura 181 - Produção do Gaspar Exercício 6 do pós-Teste Matemático
226
Durante este estudo, foi possível observar uma evolução bastante grande do
aluno Gaspar em relação ao desenvolvimento de competências que lhe permitiram criar
diferentes tipos de padrões. O aluno iniciou o estudo sem conseguir criar um padrão
correctamente. Logo a partir das primeiras actividades, o aluno foi-se apropriando do
sentido de padrão. Criou maioritariamente padrões do tipo AAB, mas na actividade
, a Tarefa 6 do
pós-Teste de competências matemáticas, criou um padrão do tipo AAAB, AAAB, AAAB,...
Sendo uma criança que se apresentava, durante o tempo lectivo com períodos de alguma
desconcentração, foi possível constatar que estas actividades eram do seu agrado e que
contribuíam, de certa forma, para uma melhoria do seu comportamento e da sua
capacidade de atenção.
4- Mónica
A Mónica revelava interesse pela escola e gostava de realizar as tarefas com
cuidado. A sua adaptação ao 1º Ciclo do Ensino Básico decorreu com normalidade e a
aluna mostrou-se sempre bastante comunicativa. A sua relação com os colegas era muito
boa e manifestou sempre vontade de ajudar os que precisavam. A Mónica tinha um bom
desempenho nas áreas curriculares e gostou sempre de desenvolver actividades
relacionadas com a Matemática. O seu interesse pela utilização das novas tecnologias,
em especial pela utilização do seu Magalhães, foi sempre grande,.
4.1. Competências tecnológicas
4.1.1. Computador
A Mónica utilizou, durante a investigação, o computador de secretária, o
computador portátil do professor/investigador e o seu comput Não tinha
computador de secretária em casa. Sempre que pressentia que se ia utilizar o
computador na sala de aula, o seu entusiasmo era grande, notando-se alguma ansiedade
no seu olhar. Durante a realização do pré-Teste de competências tecnológicas, foi
possível observar que a aluna não conseguiu ligar o computador de secretária (Grelha de
Observação Anexo VI).
(Diário de Bordo Pré-secretária, a aluna responde -lhe onde é que ela tinha ligado um computador
Capítulo 4 Análise dos Dados
227
de secretária. Ela respondeu-me que em casa de um primo. No entanto, quando se preparava para ligar o computador, ficou um pouco indecisa. Dirigiu o seu indicador para o botão de ligar o monitor e ficou à espera. Quando lhe perguntei o que tinha acontecido, a aluna respondeu dizendo que era assim que fazia
Quando perguntei à aluna, durante a realização do pré-Teste de competências
matemáticas e antes da exploração das tarefas, se sabia como se ligava o computador
portátil do professor/investigador, a aluna respondeu que não:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático)
Durante a actividade , foi possível observar que a aluna
Quando foi proposto à Mónica, durante a realização do pré-Teste de
competências tecnológicas que encerrasse o computador de secretária, passado algum
tempo, a aluna afirmou não saber como se desligava o computador (Grelha de
Observação Anexo VI):
(Diário de Bordo Pré-Teste Tecnológico) à Mónica que desligasse o computador de secretária, a aluna ficou alguns instantes a olhar para o monitor, parecia que estava à procura de algum sinal ou indicação que a ajudassem a realizar essa acção. Após alguns momentos referiu que não sabia como se fazia.
Durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas no computador
portátil do professor/investigador, foi possível constatar que a Mónica desconhecia,
também, como se desligava esse computador. Apesar de a aluna não conhecer o
procedimento que lhe permitia realizar essa acção, a sua curiosidade era muita e insistiu,
nesse momento, para que o professor/investigador lhe ensinasse a desligar o seu
computador:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) , no final da actividade, comuniquei à aluna que tínhamos terminado o teste e lhe perguntei se sabia como se desligava o computador portátil, a aluna respondeu dizendo que não. Nesse momento, a Mónica insistiu, por mais de uma vez, que eu lhe ensinasse como se fazia.
No final da actividade
o fazer correctamente.
228
Durante a exploração das primeiras tarefas, a Mónica acompanhou sempre com
muito interesse as explicações que eram dadas aos alunos da turma sobre os passos
que era preciso seguir para encerrar o computador em segurança. A aluna estava com
atenção à imagem projectada onde era possível observar a deslocação do rato até ao
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) , propus à Mónica que fosse ligar o meu computador portátil. Esta foi logo toda contente sentar-se em frente ao meu
necessário para o ligar correctamente. Ficou com a sua mão direita sobre o rato e aguardou que o computador ligasse. No final da tarefa, a Mónica conseguiu também realizar todas as acções que lhe
No final da investigação, a Mónica mostrou ser capaz de desligar o computador
de secretária durante a realização do pós-Teste de competências tecnológicas (Grelha de
Observação Anexo VII). Também no final da realização do pós-Teste de competências
matemáticas, quando lhe foi proposto que encerrasse o computador portátil do
professor/investigador, a aluna conseguiu fazê-lo correctamente. Sempre que a aluna
estava perto do computador, a sua motivação aumentava e apresentava-se sempre
alegre e bem-disposta.
Quando se iniciou a exploração das tarefas da intervenção didáctica, a Mónica
apresentava conhecimentos muito superficiais no que diz respeito a abrir programas no
computador. A aluna só sabia que,
com o botão do lado esquerdo do rato para que a aplicação funcionasse.
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) ma Paint, a Mónica afirmou já ter utilizado esse programa. Perguntei-lhe o que já tinha feito com ele. A aluna afirmou
, pude constatar que já tinha no ambiente de trabalho um ícone do programa. A Mónica conseguiu abrir o
Em relação ao domínio do rato do computador, a Mónica mostrou, durante a
realização do pré-Teste de competências tecnológicas, que necessitava de se habituar
mais à sua utilização. A movimentação do rato do computador era feita com movimentos
hesitantes e, por vezes, perdia-lhe o rasto no monitor:
(Diário de Bordo Pré- , por vezes, via-se a aluna a levantar o rato da superfície da mesa. Por duas vezes me disse: - Professor, não sei onde
Capítulo 4 Análise dos Dados
229
rto à vontade:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) com relativa facilidade. Os seus pequenos dedos conseguem interagir com os botões do painel com relativa facilidade. Durante a realização da tarefa, está bastante concentrada e os seus olhos mal se desviam do pequeno ecrã.
A Mónica também
Quando a Mónica utilizou o computador portátil do professor/investigador durante
movimentos com o rato externo. Melhorou a forma como colocava a sua mão no rato, o
que lhe permitiu realizar movimentos mais precisos e correctos:
(Diário de Bordo 23 de Abril 2009) computador do professor/investigador. A sua mão é melhor posicionada no rato o que lhe permite escolher as ferramentas do programa Já Está com correcção.
Com o desenrolar da investigação, a aluna foi apresentando um melhor domínio
investigação, a Mónica conseguiu apresentar um bom domínio do rato externo do
computador durante a realização dos pós-Testes de competências tecnológicas e
matemáticas (figura seguinte).
Figura 182 - Mónica a utilizar o rato externo durante o pré-Teste Tecnológico
230
Quando se iniciou a resolução da
sentiu algumas dificuldades em acompanhar e realizar as
explicações que foram transmitidas que lhe iriam permitir abrir o ficheiro do programa
Paint:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) que lhe foram dadas para aApresentou algumas dificuldades em navegar nos menus do programa Paint e só com ajuda é que
Sentiu também dificuldades quando lhe foi proposto que realizasse a acção de
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) ficheiro do programa Paint de forma autónoma, apesar de ter sido feita a demonstração na imagem projectada de todos os passos necessários para realizar a acção de guardar um ficheiro e de lhe ter sido explicado esta acção E durante a explicação, a Mónica esteve sempre atenta e interessada e foi também fazendo perguntas sobre as acções que estávamos a
Nas tarefas que se seguiram, foi mais fácil para a aluna acompanhar as
indicações que iam sendo dadas com a ajuda da imagem projectada. Durante a
ª), observou-se uma
evolução, pois a aluna foi capaz de acompanhar as instruções que lhe permitiram abrir e
guardar os ficheiros:
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) indicações para abrir o fi guardar o ficheiro de forma autónoma. Sentiu apenas a necessidade de confirmar junto de mim se estava a realizar de forma correcta a
Figura 183 - Mónica a utilizar o rato externo durante o pós-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
231
Sempre que se utilizava o computador na sala de aula, a Mónica mostrava-se
muito interessada. Esse facto fez com que a aluna fosse adquirindo com alguma
(Diário de Bordo 7 de Maio 2009)
Nas tarefas que se seguiram, a aluna mostrou já ter adquirido as competências
heiro autonomamente.
que a aluna apresentou algumas dificuldades em conseguir acompanhar as indicações
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) as indicações que lhe permitiam executar o script ou control activex para que a aplicação Java funcionasse
ar apoio individualizado para conseguir desenvolver a tarefa.
Quando utilizou o teclado do computador para escrever o seu nome nos ficheiros
dos exercícios do pré-Teste de competências matemáticas, a Mónica utilizou-o de uma
forma algo lenta e mostrava um desconhecimento da posição das letras. Não conhecia a
forma de escrever com maiúsculas e também desconhecia como era feita a colocação
dos acentos. Para que a aluna e os restantes alunos da turma ficassem a conhecer os
procedimentos necessários realizar para escrever com maiúsculas e colocar os acentos
também pedido aos alunos que já conseguiam realizar essa tarefa que auxiliassem os
outros alunos na realização dessas acções. A utilização do teclado para reproduzir um
padrão com números nas actividades
a utilização do teclado do computador.
Quando se iniciou esta investigação, a Mónica não conhecia os procedimentos
que lhe permitiam ligar um computador de secretária em segurança e apresentava
dúvidas sobre os procedimentos necessários para ligar o computador portátil do
professor/investigador. A exploração das tarefas desta investigação contribuiu para que a
232
melhor conhecimento do teclado do computador. A acção de navegar em menus de
programas foi também desenvolvida ficando a aluna com competências que lhe permitem
abrir e guardar um ficheiro numa pasta de computador. A Mónica passou a ter o
conhecimento de como se liga e desliga um computador em segurança conforme foi
possível verificar nos resultados das observações do pós-Teste de competências
tecnológicas.
4.1.2. CD-ROM Já Está
Durante a realização do Teste de competências tecnológicas realizado em
situação de pré-Teste, a aluna Mónica mostrou não ser capaz de inserir um CD-ROM na
drive correspondente do computador de secretária (Grelha de Observação Anexo VI):
(Diário de Bordo Pré-teste Tecnológico) Mónica se sabia o que estava dentro da caixa, respondeu que era um CD de um jogo. Quando lhe propus que inserisse o CD-ROM no computador, a Mónica agarrou nele e dirigiu-se para o computador. Depois ficou com ele na mão como se estivesse à procura do lugar para o colocar. Não foi capaz de realizar essa acção. (...)
Durante a realização das primeiras tarefas, a Mónica observou o Augusto a inserir
o CD-ROM do programa Já Está no computador portátil do
professor/investigador. Observou depois a Lúcia e o Gaspar a inserir o mesmo CD-ROM
no computador portátil do professor/investigador. A aluna acompanhou, com os restantes
colegas da sala, a explicação de como se inseria o CD-ROM e que acções teriam que se
realizar depois, para que o programa iniciasse.
Quando a Mónica foi ligar o computador portátil do professor/investigador na
ntou ainda alguma indecisão em indicar correctamente
onde se encontrava a drive de CD/DVD:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) turma como se ligava o computador portátil do professor/investigador, perguntei-lhe se era capaz de indicar onde se inseriam os CDs. A aluna pensou um pouco e depois começou a olhar para as partes laterais do computador. Ainda sentiu algumas dificuldades em indicar a drive de CD/DVD no computador portátil do prof
Durante a exploração do padrão no programa Já Está
una
mostrou-se um pouco envergonhada no início, mas, depois, conseguiu identificar a
Capítulo 4 Análise dos Dados
233
função das ferramentas do Programa e mostrou saber escolher as diferentes cores. O
facto de o Programa já ter sido explorado em outras tarefas e de outros alunos terem
realizado a apresentação do ambiente e das ferramentas do programa, ajudou a Mónica
a realizar esta tarefa.
Depois de ter sido proposto à Mónica que ligasse o computador portátil do
, a aluna
conseguiu inserir correctamente o CD-ROM na drive de forma autónoma. Conseguiu
identificar o ícone do Programa no ambiente de trabalho e foi capaz de seleccionar o
Programa e foi capaz de
explicar como se procedia para escolher as cores das ferramentas de preenchimento:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) do professor/investigador. Conseguiu inserir o CD-ROM na drive e foi capaz de iniciar o programa Já Está. A aluna conseguiu explicar a função das ferramentas do Programa e mostrou ser capaz de alterar a cor das figuras do padrão. No final da tarefa foi capaz de sair do Programa e conseguiu desligar o computador de forma autónoma
Durante a realização do pós-Teste de competências Matemáticas (Grelha de
Observação Anexo VIII), a Mónica mostrou ser capaz de iniciar o programa Já Está e
cores e utilizar correctamente a ferramenta de preenchimento para realizar os exercícios
propostos.
(Diário de Bordo Pós teste competências Tecnológicas) , durante a realização das actividades 1, 4, 5 e 6, ser capaz de utilizar as ferramentas da parte Já Está. Conseguiu utilizar correctamente as ferramentas do Programa na continuação e na criação de um padrão.
Quando se iniciou esta investigação, a Mónica mostrou não ser capaz de inserir
um CD-ROM na drive de CD/DVDs e apresentou dificuldades na navegação nos menus
de alguns programas. Também mostrou sentir dificuldades em sair dos programas e
apresentava um reduzido conhecimento do ambiente de trabalho e das funções de
algumas ferramentas do programa Já Está. Durante as actividades desenvolvidas ao
longo da investigação em que a aluna utilizou o programa Já Está, a Mónica passou a ter
o conhecimento de como se insere e retira um CD-ROM de uma drive de CD/DVDs de
um computador portátil e de secretária e ficou a conhecer as ferramentas da actividade
-ROM Já Está. A exploração deste CD-ROM contribuiu, também, para
que a aluna tenha desenvolvido competências que lhe possibilitam uma melhor
234
compreensão do funcionamento dos menus e submenus de alguns programas de
computador.
4.1.3. Programa Paint
A Mónica utilizou o programa Paint em diferentes tarefas. Durante a sua
exploração, referiu que já tinha utilizado este programa em casa, no seu computador
Magalhães para fazer desenhos. No entanto, durante a realização da Tarefa 3 do pré-
Teste de competências matemáticas, foi possível observar que a aluna apenas tinha um
conhecimento superficial da função de algumas ferramentas do programa. A Mónica não
tinha os conhecimentos necessários que lhe permitiam guardar as suas produções numa
pasta do computador. Mostrou apenas conhecer a função de algumas das ferramentas
da caixa de ferramentas do programa:
(Diário de Bordo Pré-teste Tecnológico) a tarefa 3 para a Mónica, perguntei-lhe se já tinha utilizado aquele programa. A aluna afirmou já ter utilizado o programa no seu computador
do programa, referiu que sabia para que servia o lápis, a borracha e a ferramenta de preenchimento de cor.
iniciar o
programa Paint mas não foi capaz de seguir as indicações que tinham sido mostradas na
imagem projectada para abrir o ficheiro onde tinha de realizar a tarefa:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) iar o programa Paint
A Mónica apresentou, também, dificuldades em executar algumas das acções
necessárias no programa Paint para realizar a tarefa. Sentiu dificuldades em realizar a
acção de seleccionar, copiar, colar e arrastar as figuras do cão e do gato para criar o seu
padrão. Apesar das dificuldades sentidas, a Mónica apresentou-se sempre motivada e
empenhada em realizar com correcção a tarefa:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) -se sempre por realizar, com correcção, as acções que lhe permitiam seleccionar as figuras do cão e do gato. Durante a realização da tarefa, a Mónica estava sempre bastante concentrada e interessada (...)
Capítulo 4 Análise dos Dados
235
ainda precisou de alguma ajuda para
conseguir acompanhar as indicações que eram fornecidas com o apoio da imagem
projectada para abrir o ficheiro necessário para a realização da tarefa. Sentiu algumas
dificuldades em realizar as acções de seleccionar, copiar, colar e arrastar as figuras do
carro e da carrinha para criar o seu padrão. Continuou a apresentar-se interessada e
bastante concentrada durante a actividade:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) - para abrir o programa Paint, a aluna mostrou logo a ajuda para abrir o ficheiro do programa Paint da tarefa
ónica
Na imagem da sua produção, pode-se verificar que a Mónica teve algum cuidado
na pintura das figuras. A sua colocação na grade foi também realizada com alguma
correcção, no entanto, é visível, na última linha, que algumas figuras do carro e da
carrinha cobrem as linhas da grade. Nesta tarefa, a Mónica passou a utilizar, tal como os
seus colegas, Programa, a
tarefa passou a ser realizada com mais cuidado. A utilização de novas ferramentas
causava na Mónica alguma excitação como se tivesse realizado uma grande descoberta.
Na actividade
de realizar a
insegurança e recorreu à ajuda do professor:
Figura 184 - Mónica a realizar a Tarefa "Animais amigos"
Figura 185 - Aspecto da sala durante a realização da Tarefa 3 e respectiva produção da Mónica
236
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) - levantou o dedo para pedir ajuda. Quando me aproximei dela, tentei
convencê-
Da análise da sua produção, é possível observar que a aluna mostrou ser capaz
de utilizar as ferramentas que lhe permitiram pintar as figuras da borboleta e da flor com
correcção. A acção de copiar e colar foram também realizadas com cuidado. Verifica-se
que a aluna teve também mais cuidado em arrastar as figuras para as células da grade
mas que não conseguiu terminar a tarefa no tempo previsto.
Durante a actividade , a Mónica conseguiu realizar as acções
que lhe permitiram abrir o ficheiro para realizar a tarefa de forma autónoma. Foi possível
observar que a aluna utilizou correctamente as ferramentas do programa Paint. Utilizou a
conseguiu arrastá-las para as células sem que ficassem a cobrir as linhas da grade. As
acções de seleccionar, copiar e colar foram também realizadas correctamente pela aluna
(figura seguinte).
Nas actividades
os ficheiros do programa Paint sem a ajuda do professor/investigador. Mostrou, durante a
utilização do programa Paint nestas tarefas, ser capaz de realizar as acções de
seleccionar, copiar e colar com correcção.
Figura 186 - Produção da Mónica - Tarefa "Jardins coloridos"
Figura 187 - Produção da Mónica - Tarefa "Figuras coloridas"
Capítulo 4 Análise dos Dados
237
No entanto, a Mónica apresentou algumas dificuldades com a utilização da
, apenas
se tinha utilizado esta ferramenta na escrita do nome dos alunos no ficheiro da
actividade. A explicação do funcionamento da ferramenta de texto tinha sido realizada em
todas as tarefas na imagem projectada do programa:
(Diário de Bordo - 7 de Maio de 2009)
A aluna esteve com atenção a observar as indicações que foram dadas na
imagem projectada do programa sobre o funcionamento da ferramenta de texto do
e pôr visível a barra de ferramentas de texto. Na reprodução do padrão com números, a
Mónica não conseguiu, no entanto, aumentar o tamanho dos números (ver figura
seguinte).
Na resolução da
necessário para realizar a tarefa de forma autónoma e não apresentou dificuldades na
utilização das ferramentas de selecção e da lupa. As acções de seleccionar, copiar e
colar as figuras do Mickey, Minnie, Donald e Pluto foram também realizadas sem
dificuldades. Já no ficheiro do programa Paint, em que a Mónica teve que reproduzir o
padrão com números, apresentou uma evolução no que diz respeito à utilização da
ferramenta de texto. Verificou-se que os números que utilizou apresentam um tamanho
maior, o que revela que a Mónica conseguiu utilizar alguns dos recursos da barra de
ferramentas de texto do programa Paint (ver figura seguinte).
Figura 188 - Produção da Mónica - Tarefa "Pateta divertido"
238
Quando iniciou este estudo, a Mónica já tinha utilizado o programa Paint no seu
ferramentas de desenho, preenchimento de cor e da borracha. Durante a realização das
tarefas propostas nesta investigação, a aluna passou a ter um melhor conhecimento do
Programa
ficheiro, seleccionar, copiar e colar uma figura. Passou a ter um melhor conhecimento do
funcionamento das ferramentas que já tinha utilizado e passou a utilizar outras com mais
correcção, nomeadamente a ferramenta de seleccionar, a lupa e a ferramenta de texto.
4.1.4. Applets da NCTM
algumas dificuldades à Mónica. A aluna não conseguiu acompanhar, no seu computador
aplicação
Java funcionasse. Conseguiu,
aplicação Java iniciasse.
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) nica não foi capaz de seguir as indicações que permitiam executar o script ou control activex que permitia que a aplicação Java
Depois de ter tido a ajuda do professor/investigador para iniciar a aplicação Java,
a Mónica reconheceu que já a tinha utilizado durante a realização do pré-Teste de
competências matemáticas. No entanto, sentiu algumas dificuldades, no início da
exploração da tarefa, em colocar as figuras geométricas no lugar destinado. Essa
dificuldade tinha já acontecido durante a realização do pré-Teste de competências
matemáticas:
Figura 189- Produção da Mónica - Tarefa "Amigos do Mickey "
Capítulo 4 Análise dos Dados
239
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) 2 do teste de competências Matemáticas, a Mónica sentiu algumas dificuldades em largar as figuras geométricas no lugar certo. As figuras eram soltas um pouco antes do lugar e elas voltavam para o lugar inicial, fazendo com que tivesse
Apesar de ter sentido novamente essa dificuldade durante a realização da tarefa
compreendido as instruções do professor/investigador ao utilizar correctamente os botões
quando pretendia passar à actividade seguinte. A dificuldade que a aluna mostrou ao
largar as figuras geométricas antes do lugar correcto foi sendo ultrapassada durante a
tarefa. A aluna realizou esta tarefa com agrado e entusiasmo e considerou ter sido fácil a
utilização do applet:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) botões (...) Por vezes ainda solta as figuras antes do lugar, o que faz com que tenha que repetir a acção.
professor/investigador para que a aplicação Java funcionasse no seu computador
e
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) ionasse no seu
alterando as cores dos rectângulos para criar um módulo de um padrão. No entanto, só conseguiu criar um módulo que fosse uma resposta correcta ao problema colocado depois de ter visto a apresentação de outra
A Mónica conseguiu utilizar os botões do applet que lhe permitiram alterar as cores dos
rectângulos para criar um módulo do padrão. Durante a realização da tarefa e enquanto
utilizava o applet, a Mónica mostrou-se interessada e concentrada e utilizou ambos os
Figura 190 - Mónica a utilizar o applet no seu "Magalhães"
240
botões de acção da aplicação que permitiam que a grade fosse preenchida com o módulo
do padrão criado pela aluna.
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) o Applet da NCTM sem apresentar dificuldades e escolheu ir colocando o módulo vez, após vez
Desde a primeira vez que foi utilizado um applet durante a parte empírica desta
investigação que a Mónica mostrou entusiasmo com a sua exploração. Também esta
aluna comparou esta aplicação a um jogo de computador. Apesar de ter revelado
algumas dificuldades iniciais em conseguir colocar a aplicação Java em funcionamento
no seu co
interacção com as aplicações aconteceu sem grandes dificuldades e a acção de arrastar
as figuras geomét , já no final da
investigação, realizado com mais correcção. A exploração do 2º applet contribuiu para
dotar a aluna com um melhor conhecimento sobre o funcionamento de alguns botões de
acção que lhe permite estabelecer uma relação com a existência de outros botões em
outras aplicações informáticas.
4.1.5. Quadro Interactivo
antes de utilizar esta ferramenta, mostrava um grande entusiasmo e manifestou, por
várias vezes, vontade de ir ao quadro.
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009)
A Mónica só conseguiu encontrar um módulo de um padrão que desse a resposta
ao problema colocado depois da Lúcia ter apresentado a sua produção à turma. A aluna
criou, depois, , um módulo de um padrão que depois foi
replicar no Quadro interactivo. Quando foi testar e apresentar aos colegas a sua
produção, apresentava grande entusiasmo:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) rosa, rectângulo amarelo, rectângulo verde, a Mónica foi ao Quadro interactivo apresentar a sua solução à
-a para accionar os botões
Capítulo 4 Análise dos Dados
241
Depois de ter escolhido as cores e o número de elementos que constituíam o módulo do
seu padrão, escolheu, com a caneta do Quadro interactivo, o botão que accionava a
opção de preenchimento da grade módulo a módulo:
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) Mónica preferiu escolher o botão que fazia o preenchimento das células da grade módulo a módulo. Essa escolha permitiu à aluna utilizar mais vezes a caneta do Quadro
O contacto com o Quadro interactivo aconteceu sem ter originado, na aluna, qualquer tipo
de inibição, pelo contrário, mostrou-se entusiasmada com a sua utilização e apresentou,
sempre, durante a tarefa, vontade de ir mais vezes ao Quadro.
Pode-se concluir que a ida ao Quadro interactivo foi, para a aluna, uma boa
experiência. A sua utilização trouxe-lhe maior motivação e contribuiu para que a Mónica
se empenhasse na procura de uma resposta correcta para o problema colocado. Utilizou
a caneta do Quadro com naturalidade sem ter estranhado a sua utilização. O contacto
com o Quadro aconteceu sem qualquer receio e a aluna conseguiu interagir com o Applet
de forma correcta.
4. 2. Competências matemáticas Padrões
4.2.1. Leitura e descrição de Padrões
Quando a Mónica realizou o teste de competências Matemáticas (pré-Teste),
afirmou não conseguir ler o padrão apresentado (Grelha de Observação - Anexo IX) e
afirmou não conhecer o significado da palavra padrão:
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) apresentei na Tarefa 1, reagiu à pergunta com alguma estranheza e respondeu dizendo que não conseguia
entusiasmo na leitura colectiva dos padrões apresentados para exploração. Quando lhe
foi proposto que lesse o padrão que tinha criado na ficha de trabalho, apresentou-se um
pouco nervosa mas ao mesmo tempo confiante:
(Diário de Bordo 16 de Abril de 2009) preocupaçã
242
(Registo videográfico 16 de Abril de 2009) - Cara laranja, cara verde, cara
Na leitura do seu padrão, a Mónica apresentou-se interessada e bastante cuidadosa e
mostrou que esteve com atenção durante a exploração dos padrões apresentados no
programa Já Está ao referir a cor e a forma da figura do seu padrão.
Na exploração da tare
apresentado com correcção e considerou que estava bem escrito:
(Diário de Bordo 21 de Abril de 2009) -lhe perguntado se considerava que o padrão apresentado estava bem escrito. A aluna disse que sim e
Foi depois proposto à aluna que criasse um padrão no programa Paint com as
figuras do cão e do gato. A aluna teve o cuidado, uma vez mais, de, na leitura do padrão,
referir a forma e a cor das figuras utilizadas:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) - Cão amarelo, gato verde, gato verde, cão amarelo, gato verde, gato verde, cão amarelo, gato verde, gato verde, cão amarelo, gato verde,
Na actividade , a aluna voltou a ler o seu padrão, manifestando
a preocupação em referir as propriedades cor e forma das figuras:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) toda contente. Em seguida começou: - Carrinha amarela, carrinha amarela, carro vermelho, carrinha amarela, carrinha amarela, carro vermelho, carrinha amarela, carrinha amarela, carro vermelho,
parte do padrão que tinha conseguido criar, a aluna apresentou algumas dúvidas na sua
leitura pois tinha pintado as asas das borboletas com cores diferentes.
Figura 191 - Mónica durante a leitura do padrão da tarefa "Caras sorridentes"
Capítulo 4 Análise dos Dados
243
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) luna leu: - Borboleta
verde, flor cor-de-rosa, flor cor-de-rosa, borboleta verde, flor cor-de-rosa, flor cor-de- Quando lhe perguntei por que razão tinha lido borboleta verde, a aluna justificou-se dizendo que assim era mais fácil
Na actividade
apresentado no ficheiro do programa Já Está, referindo as propriedades forma e cor:
(Diário de Bordo 29 de Abril de 2009) - oupa com - Camisola vermelha, camisola vermelha, camisola azul, camisola vermelha, camisola
Quando lhe foi proposto que lesse o padrão que tinha criado na actividade
s serpentes, a Mónica teve o cuidado de fazer
referência à forma e cor das serpentes:
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) - Serpente-maçã, serpente laranja, serpente castanha, serpente-maçã, serpente laranja, serpente castanha, serpente-
Apesar de não ter conseguido reproduzir correctamente com letras o padrão que
tinha criado, mostrou muito agrado em o ler.
(Diário de Bordo 30 de Abril de 2009) -BBJ, BBJ, BBJ, BBJ, BBJ, B. A aluna achou bastante divertido ler o padrão com letras.
Quando iniciou esta investigação, a Mónica mostrou, durante a realização da
Tarefa 1 do pré-Teste de competências matemáticas, que não era capaz de ler
correctamente um padrão. Também desconhecia o significado da palavra padrão. Ao
longo da intervenção didáctica, a aluna conseguiu desenvolver competências que lhe
permitiram ler os diferentes tipos de padrões apresentados nas tarefas. A leitura foi sendo
realizada com mais correcção e segurança, tendo manifestado a preocupação em referir
Figura 192 - Produção da Mónica - Tarefa "Jardins coloridos"
244
as propriedades das figuras como a cor, a forma e o tamanho. Pela alegria que
manifestou, considera-se que as tarefas que envolvem a leitura de padrões são do
agrado da aluna.
4.2.2. Identificação do módulo do padrão
A Mónica não conseguiu identificar correctamente o módulo de um padrão no
início da investigação. De acordo com o Diário de Bordo (pré-Teste Matemático), quando
na Tarefa 1 do pré-Teste de competências matemáticas (Grelha de Observação - Anexo
IX) lhe foi perguntado o que se repetia na figura, a aluna apenas fez uma referência às
cores amarelo e azul.
Durante a exploração da actividade
padrão, a aluna refere que apenas se repete o cor-de-laranja e o verde. Não fez
referência à forma da figura apesar de, na leitura do padrão, o ter referido (Diário de
Bordo 20 de Abril de 2009).
correctamente o módulo do padrão do tipo ABB, ABB que tinha criado, mesmo
depois de o ter lido correctamente:
(Registo videográfico - 21 de Abril de 2009) - - A aluna responde: - Cão amarelo, gato verde, cão amarelo gato verde, cão amarelo O professor interrompe e pergunta de novo: - A aluna pensa um pouco e responde: - Faz silêncio durante uns momentos e continua: - Ouvem-se alguns colegas a querer responder e o professor pede para que deixem a aluna responder. O professor pergunta de novo: - A aluna pensa um pouco e responde: - Cão amarelo, gato
O professor interroga: - A aluna responde: - (e depois corrige) três (fazendo o gesto com os dedos) O professor pergunta: - Quais são os
A aluna sorri e responde: -
Na actividade menos dificuldades em
identificar o módulo do padrão que estava a criar no ficheiro do programa Paint do tipo
:
(Diário de Bordo 22 de Abril de 2009) padrão que estava a criar com a carrinha e com o carro. A aluna pensou um pouco e respondeu: - Carrinha
Capítulo 4 Análise dos Dados
245
conseguido preencher toda a grade com as figuras da borboleta e da flor, identificou o
(Diário de Bordo 23 de Abril de 2009) módulo do padrão como sendo constituído por três eleme -Borboleta verde, flor cor-de-rosa, flor cor-de-
Na actividade
criado no applet do NCTM utilizado:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) -lhe se conseguia identificar o
módulo daquele padrão. A aluna pensou um pouco e respondeu: - Círculo roxo, triângulo verde, quadrado
Ainda durante a realização desta tarefa, foi proposto à aluna que completasse um padrão
num ficheiro do programa Paint com figuras geométricas. Nesta tarefa ,a aluna sentiu
muitas dificuldades para descobrir qual a figura que completava o módulo do padrão:
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) compunham o módulo do padrão, a aluna respondeu-me que não. Pela forma como a aluna analisava as figuras do fich
correctamente o módulo do padrão apresentado no programa Já Está do tipo AAB, AAB,
Na actividade
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) sem dificuldade. Enumerou os três elementos do módulo e leu-o da seguinte forma: - Serpente-maçã,
A Mónica conseguiu, também, identificar correctamente o módulo do padrão que
tinha criado no ficheiro do programa Paint com figuras geométricas do tipo AB, AB,
(Diário de Bordo - 30 de Abril de 2009) programa Paint com figuras geométricas, aproximei-me e perguntei-lhe qual era o módulo do padrão que estava a criar. Sem revelar qualquer dificuldade, a aluna respondeu: - Círculo cor-de-rosa, triângulo
246
Na actividade ar correctamente
os elementos do módulo do padrão do tipo ABC, ABC, ABC que tinha criado num ficheiro
do programa Paint.
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) do padrão que estava a criar, a aluna respondeu: - Pedi-lhe para me dizer quais eram e ela respondeu: - Quadrado vermelho, t
Na actividade
em conseguir encontrar o módulo de um padrão que criasse células da mesma cor na
diagonal do applet do NCTM.
(Diário de Bordo 6 de Maio de 2009) Mónica foi capaz de encontrar um módulo que respondesse ao desafio colocado no seu computador
- Rectângulo rosa, rectângulo amarelo, rectângulo verde.
Na resolução da
identificar o módulo do padrão como sendo constituído pelas figuras Pateta grande,
Pateta médio e Pateta pequeno (Diário de Bordo 7 de Maio de 2009).
com as figuras do Mickey, Donald e Minnie. A Mónica sentiu bastantes dificuldades em
identificar correctamente o módulo do padrão:
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) Quando perguntei à Mónica se já tinha identificado o módulo do -me dizendo que ainda
-lhe e a aluna respondeu-me que ainda não
geométricas. Conseguiu identificar correctamente o módulo de um padrão do tipo ABC
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) -me qual era o módulo do padrão, a aluna respondeu-me: -
Na actividade o do
padrão que tinha criado na ficha de trabalho:
(Diário de Bordo 19 de Maio de 2009) que estava a criar na ficha de trabalho, a aluna respondeu: - Camisola cor-de-rosa, camisola amarela, camisola cor-de-
Capítulo 4 Análise dos Dados
247
Podemos concluir que, ao longo da intervenção didáctica, a Mónica conseguiu
desenvolver competências que lhe permitiram ultrapassar algumas dificuldades que tinha
apresentado na identificação do módulo de um padrão durante a realização do pré-Teste
de competências matemáticas. A aluna passou a estar atenta às diferentes propriedades
das figuras que compunham os padrões e conseguiu identificar o módulo de diferentes
tipos de padrões, fossem eles constituídos por figuras geométricas, letras, cores ou
outras imagens. E apresentados em linhas ou em grade. Verificou-se que nas tarefas em
que lhe foi proposto completar um padrão, se tornou mais difícil identificar o módulo. No
entanto, no final da investigação e durante as Tarefas 1 e 4 do pós-Teste de
competências Matemáticas, a aluna mostrou ser capaz de identificar um módulo em
situações de completar padrões.
4.2.3. Reprodução de um padrão
Quando foi proposto à Mónica que reproduzisse o padrão da serpente da Tarefa 1
do pré-Teste de competências matemáticas, a aluna não foi capaz de realizar a
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) padrão da Tarefa 1 com cores. A aluna mostrou apenas a intenção de experimentar e utilizar as cores disponíveis no ambiente do programa Já Está Quando lhe perguntei se era capaz de reproduzir o padrão
Depois de terem sido exploradas várias tarefas em que a Mónica leu, criou,
foi-lhe proposto que reproduzisse o padrão explorado no programa Já Está com letras
numa ficha
Figura 193 - Produção da Mónica - Exercício 1 do pré-Teste Matemático
248
A Mónica não conseguiu fazer a reprodução do padrão com letras de forma
correcta. Apenas utilizou as letras MR para reproduzir um padrão que tinha um módulo
composto por três elementos.
com letras em dois momentos. No 1º momento e após a exploração do padrão
apresentado no Já Está, a aluna reproduziu correctamente um padrão do tipo ABC com
as letras MJR (ver figura seguinte).
No entanto, no 2º momento, a Mónica não foi capaz de reproduzir correctamente com
letras o padrão com o módulo do tipo ABC que tinha criado com as serpentes coladas
numa tira de cartolina. A aluna conseguiu identificar o número de elementos do módulo
mas não foi capaz de os reproduzir correctamente com letras (ver figuras seguintes).
Na actividade do tipo ABC, ABC,
num ficheiro do programa Paint, que reproduziu com o som do bater das palmas,
Mónica
Figura 194 - Produção da Mónica - Tarefa "Roupa com letras"
Figura 195 - Produção da Mónica - reprodução do padrão com letras - Tarefa 7 (1º momento)
Figura 196 - Produções da Mónica - reprodução do padrão com letras - Tarefa 7 (2º momento)
Capítulo 4 Análise dos Dados
249
do bater o pé no chão e o som de um estalo de boca. A Mónica não se mostrou inibida
quando reproduziu o seu padrão com os sons e mostrou gostar de realizar este tipo de
actividades:
(Diário de Bordo 5 de Maio de 2009) , ela conseguiu reproduzir
correctamente os elementos da grade do
Na actividade a Mónica reproduziu o padrão com os números 8,
9 e 10, revelando não ter tido em atenção a propriedade tamanho das figuras do Pateta.
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009) produção de um padrão do tipo ABC,
que compunham o módulo do padrão, a aluna não teve em atenção a propriedade do tamanho apresentado pelas figuras do Pate
Ainda em relação à mesma tarefa, mas num ficheiro do programa Paint, depois de
ter sido explorada no grupo/turma a situação anterior, conseguiu continuar correctamente
nde para
o Pateta pequeno. Numa grade de um ficheiro do programa Paint, a aluna reproduziu o
padrão com os números 90, 20 e 0. Verifica-se assim uma evolução em termos de
desempenho da aluna em relação à actividade anterior. Na grade do ficheiro do programa
Paint, a aluna mostrou ter sido capaz de utilizar os números com sentido, ordenando-os
de acordo com o tamanho das figuras do Pateta (ver figura seguinte).
Figura 197 - Produção da Mónica - reprodução de um padrão com números - Tarefa 10
Figura 198 - Produção da Mónica - reprodução do padrão com números - Paint Tarefa 10
250
uras da Minnie, do Pluto, do Donald e do Mickey. Quando chegou o
momento de o reproduzir com os números, a Mónica utilizou os números 1, 2, 3 e 4,
realizando, assim, a actividade com correcção (ver figura seguinte).
(Diário de Bordo 12 de Maio de 2009) , por mais que uma vez, durante o desenrolar da actividade,
Na actividade
de trabalho, foi proposto à Mónica que o reproduzisse com números no verso da ficha. A
aluna reproduziu esse padrão com os números 9, 10 e 8 (ver figura seguinte).
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) tei-
A Mónica mostrou ter tido em atenção o número de elementos que constituíam o módulo
do padrão que teve que reproduzir. Verificou-se, também, que, ao longo das tarefas em
que foram utilizados os números para reproduzir os módulos dos padrões, a Mónica
mostrou interesse em utilizar diferentes números nessas tarefas.
ica que reproduzisse com
números o padrão que tinha criado na ficha de trabalho. A aluna tinha criado um padrão
Figura 199 - Produção da Mónica - reprodução do padrão com números - Paint Tarefa 11
Figura 200 - Produção da Mónica - reprodução com números - ficha de trabalho Tarefa 12
Capítulo 4 Análise dos Dados
251
a cor-de-rosa com o número 9, a cor
amarela com o número 8 e a cor-de-laranja com o número 90 (ver figura seguinte).
(Diário de Bordo 13 de Maio) aluna, ter querido ordenar as camisolas por tamanho: tamanho normal, tamanho pequeno e tamanho grande. Quando lhe disse que, na ficha, elas tinham todas o mesmo tamanho, a aluna disse que era a fazer
Durante a realização do teste de competências Matemáticas em situação de pós-
Teste (Grelha de Observação - Anexo VIII), a Mónica não apresentou dificuldades em
reproduzir o padrão da Tarefa 1 com cores
Quando lhe foi pedido que reproduzisse esse padrão com letras, a aluna utilizou as letras
AAB e, na reprodução do padrão com números, utilizou os números 112 (ver figura
seguinte).
Pode-se concluir que a Mónica conseguiu, durante esta investigação, ultrapassar
algumas dificuldades que tinha manifestado no início do estudo no que diz respeito à
reprodução de um padrão com cores, letras e números. Com o desenvolvimento das
diferentes actividades, foi possível observar que a aluna passou a conseguir reproduzir,
Figura 201 - Produção da Mónica - reprodução com números Tarefa 13
Figura 202 - Produção da Mónica Exercício 1 do pós-Teste Matemático
252
com correcção, diferentes tipos de padrão com letras e com números. As letras e os
números foram
de estar a frequentar o 1º ano de escolaridade, foi, durante as diferentes actividades em
que lhe foi proposto reproduzir um padrão com números, capaz de utilizar diferentes
números compreendidos entre o 0 e o 90.
4.2.4. Continuação de um padrão
Durante a realização da Tarefa 2 do pré-Teste de competências matemáticas, foi
proposto à Mónica que continuasse um padrão com figuras geométricas num applet do
NCTM. A aluna, apesar de por vezes largar as figuras um pouco antes do lugar correcto,
conseguiu continuar correctamente o padrão.
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) correctamente o padrão
Também na actividade
padrão apresentado no applet da NCTM correctamente. A aluna foi arrastando as figuras
geométricas para o lugar correcto, conseguindo continuar o padrão do tipo ABC, ABC,
(Diário de Bordo 28 de Abril de 2009) applet do NCTM com mais segurança, conseguindo colocar as figuras geométricas nos lugares correctos.
Na actividade
figuras do Pateta grande, médio e pequeno. No ficheiro do programa Paint, conseguiu
copiar e colar as figuras seguindo a ordem do módulo de padrão do tipo ABC, ABC, ABC,
(Diário de Bordo 7 de Maio de 2009)
Figura 203 - Produção da Mónica - Tarefa "Pateta divertido"
Capítulo 4 Análise dos Dados
253
Em todas as situações da investigação em que foi proposto à Mónica que
continuasse um padrão, a aluna não revelou dificuldades. Isso verificou-se durante a
realização do teste de competências matemáticas, em situação de pré-Teste e pós-Teste,
4.2.5. Completamento de um padrão
No que diz respeito ao completamento de padrões, a Mónica sentiu algumas
dificuldades, que foram logo visíveis quando foi lhe proposto a resolução da Tarefa 4 do
pré-Teste de competências matemáticas (Grelha de Observação - Anexo IX). A aluna
utilizou as cores de forma a colorir a linha de baixo igual à de cima (figura seguinte).
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) com a utilização do computador na tarefa de completamento do padrão da Tarefa instruções que lhe foram dadas para completar o padrão no Exercício 4 no programa Já Está, no entanto, quando começou, limitou-
Na actividade
aluna continuou diferentes tipos de padrão para a frente, foi-lhe proposto que
completasse o padrão com figuras geométricas num ficheiro do programa Paint.
(Registo videográfico 28 de Abril de 2009) - módulo do padrão está completo. A aluna responde: - O professor questiona a aluna se não será melhor começar a completar o padrão a partir do fim. A aluna pensa um pouco e responde acenando com a cabeça afirmativamente virando-se para o seu Magalhães. Após uma breve pausa a aluna mostrou alguma hesitação em colocar as figuras nas células da grade, apresentando dificuldades na resolução da tarefa.
Na análise da imagem da produção da aluna nesta tarefa (figura seguinte), pode-
se observar, no sombreado cinzento, as figuras que já estavam presentes na grade no
início da tarefa. A aluna começou por colocar, na última linha da grade, o triângulo
Figura 204 - Produção da Mónica - Exercício 4 do pré-Teste Matemático
254
amarelo e na linha anterior o quadrado vermelho e a figura do círculo cor-de-rosa. Em
seguida, a aluna continuou a completar o padrão na primeira célula da primeira linha da
grade repetindo sempre o módulo composto pelas figuras geométricas quadrado
vermelho, círculo cor-de-rosa e triângulo amarelo. A Mónica não reparou que tinha dois
quadrados seguidos e que, portanto, a estratégia que usou não conduziu a uma solução
correcta de tarefa.
Na actividade -se um pouco mais atenta.
Para que a Mónica conseguisse realizar com sucesso a tarefa de completamento do
padrão, foi-lhe proposto que seguisse a estratégia sugerida por alguns alunos e que
consistia em lerem, em voz baixa, o módulo a identificar e a replicar nos sítios
adequados. Depois de ter conseguido identificar que era a figura da Minnie que tinha de
colocar na penúltima linha da grade (assinalado a vermelho na figura seguinte), procedeu
ao seu completamento com cuidado no sentido da esquerda para a direita (ver seta,
verde) e enquanto seleccionava e copiava as figuras, repetia o nome das figuras em voz
baixa. Em seguida a Mónica completou o padrão no sentido da seta azul, conseguindo
manter sempre o módulo do tipo ABC.
Erro na escrita do módulo do padrão.
2º momento
1º momento
Figura 205 Produção da Mónica Tarefa 5
Figura 206 Produção da Mónica Tarefa 11
Capítulo 4 Análise dos Dados
255
(Diário de Bordo 8 de Maio) seguida, foi lendo o padrão em voz baixa e foi colocando as figuras à sua direita. Regressou depois à Minnie e passou a preencher o padrão no sentido da direita para a esquerda. Durante a realização desta tarefa, a aluna estava muito concentrada. Notava-se uma certa preocupação na aluna para evitar o erro. Lia em voz baixa
Na resolução da
completamento de um padrão do tipo ABC, ABC, ABC,... Para o completar, na ficha de
trabalho que lhe foi entregue, a aluna começou por realizar uma breve análise às figuras
que constavam da ficha.
(Diário de Bordo 14 de Maio de 2009) identificado o módulo, a aluna disse-me que ainda estava à procura. A aluna referiu que o padrão tinha que
A Mónica começou a completar o padrão na 1ª linha da grade e conseguiu manter
o módulo formado pelas figuras rectângulo azul, triângulo amarelo e quadrado vermelho
até à última linha da grade. Nessa linha, a Mónica não respeitou esse módulo,
cometendo, assim, um erro no completamento do padrão (ver figura seguinte).
No completamento do mesmo padrão num ficheiro do programa Paint, a Mónica optou
por completar o padrão a partir do final da grade, utilizando uma estratégia diferente
daquela que tinha utilizado na ficha de trabalho. À medida que ia arrastando as figuras
para o lugar da grade, ia lendo o módulo do padrão em voz baixa. Ao contrário do que
aconteceu na ficha de trabalho, a aluna conseguiu realizar o completamento do padrão
num ficheiro do programa Paint de forma correcta (ver figuras seguintes).
Módulo identificado pela aluna. Local por onde a Mónica começou a completar o padrão.
Erro na escrita do módulo do padrão
Figura 207 Produção da Mónica Tarefa 12
256
A tarefa de completar padrões foi aquela que criou mais dificuldades à Mónica. A
estratégia que a aluna seguiu nas actividades em que lhe foi proposto que completasse
um padrão não foi sempre a mesma. Depois de ter experimentado diferentes estratégias,
a aluna conseguiu ir vencendo algumas das dificuldades sentidas. O facto de ter
desenvolvido, ao longo do estudo, outras competências relacionadas com os padrões,
nomeadamente a identificação do módulo e a leitura de diferentes tipos de padrão,
permitiram-lhe desenvolver a capacidade de ler, analisar e completar um padrão. No final
do estudo, o padrão que na actividade 4 do pré-Teste de competências matemáticas se
tinha mostrado de difícil resolução e que a aluna não tinha sido capaz de realizar foi, no
fim desta investigação, realizado com facilidade.
4.2.6. Criação de um padrão
Quando, na Tarefa 6 do pré-Teste de competências matemáticas, foi proposto à
Mónica que criasse um padrão num ficheiro do programa Já Está, a aluna ficou um pouco
ansiosa e mostrou alguma hesitação em iniciar a tarefa. Vencida essa hesitação inicial, a
aluna não se inibiu em utilizar as dif
CD-ROM Já Está para colorir as camisolas do ficheiro. A Mónica apenas manifestou
preocupação em experimentar as várias cores disponíveis, não conseguindo criar um
padrão (Grelha de Observação - Anexo IX) (ver figura seguinte).
Figura 208 - Mónica a realizar a Tarefa 12 no seu "Magalhães"
Figura 209 - Produção da Mónica - Exercício 6 do pré-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
257
(Diário de Bordo Pré-Teste Matemático) preocupação em criar um módulo e um padrão, apenas utilizou as cores de forma aleatória revelando apenas interesse em utilizar a ferramenta informátic
Na actividade
-se atenta e interessada durante a
realização desta actividade.
Na resolução da padrão do tipo ABB,
, numa grade de 4x7.
AB, AAB, AAB,...
Optou por pintar a carrinha de cor amarela e o carro de cor vermelha. Foi cuidadosa na
colocação das figuras na grade e mostrou gostar de realizar este tipo de actividades.
Na realização da criou um padrão do tipo ABB,
ABB, ABB,... A aluna mostrou algum cuidado na pintura das figuras o que contribuiu para
Figura 210 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 1
Figura 211 - Mónica a realizar a Tarefa 2 no seu "Magalhães"
Figura 212 - Produção da Mónica criar padrão Tarefa 3
258
que não tivesse tempo para terminar a actividade. Verificamos que a aluna colocou na
grade, em primeiro lugar, as borboletas e só depois é que começou a colocar as flores,
facto que demonstra uma verdadeira apropriação do padrão em causa.
(Diário de Bordo Utiliza a lupa, o pincel e o balde de preenchimento para pintar com as cores escolhidas. Começou por colocar todas as borboletas na grade optando, assim, por realizar a previsão do lugar que as figuras vão
Na actividade
ABC, ABC, ABC,... escolhendo as figuras geométricas e as cores triângulo amarelo,
quadrado vermelho e círculo cor-de-rosa.
Na realização da
tipo ABC, ABC, ABC,... com três serpentes que teve que recortar e depois colar numa tira
de cartolina.
Figura 213 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 4
Figura 214 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 5
Figura 215 - Produção da Mónica - Tarefa 7 Tira Cartolina
Capítulo 4 Análise dos Dados
259
Em seguida, foi proposto que criasse um padrão num ficheiro do programa Paint
geométricas e cores círculo cor-de-rosa e triângulo amarelo.
Na actividade
AB
grade, em primeiro lugar, todos os quadrados vermelhos. Em seguida preencheu as
células com os triângulos verdes e só depois colocou nas células os rectângulos azuis. A
aluna teve que determinar qual o lugar que as figuras iriam ocupar na grade, facto que
mostra uma verdadeira apropriação do padrão.
Na resolução da
e, Donald e Pluto. Nesta
actividade, a aluna optou por utilizar todas as figuras disponíveis no ficheiro para a
criação de um padrão (figura seguinte).
Figura 216 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 7
Figura 217 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 8
Figura 218 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 11
260
de trabalho que depois teria que reproduzir com números. Utilizou o cor-de-rosa, o
amarelo e o cor-de-laranja para pintar as figuras da roupa (figura seguinte).
(Diário de Bordo 13 de Maio) de módulo do tipo por pintar primeiro todas as camisolas cor-de-rosa, depois as camisolas amarelas e por fim as camisolas cor-de- , na ficha de trabalho, uma estratégia semelhante à que utilizou várias vezes na criação de um padrão no programa Paint no seu computado
Quando, na realização do pós-Teste de competências Matemáticas, foi pedido à
Mónica, na Tarefa 6, que criasse um padrão numa actividade do programa Já Está, a
aluna não revelou qualquer dificuldade (Grelha de Observação Anexo VIII). Criou um
-de-rosa e verde (figura seguinte).
A Mónica apresentou uma evolução na capacidade de criar padrões ao longo do
estudo. Conseguiu vencer as dificuldades iniciais mostradas no pré-Teste de
competências matemáticas a partir das primeiras tarefas da investigação. Foi
conseguindo criar diferentes tipos de padrões, em linha(s) e grades, ao longo das
Figura 219 - Produção da Mónica criar padrão - Tarefa 13
Figura 220 - Produção da Mónica - Exercício 6 do pós-Teste Matemático
Capítulo 4 Análise dos Dados
261
diferentes tarefas nas fichas de trabalho, no applet da NCTM e em ficheiros do programa
Paint. A aluna criou padrões cujos módulos são do tipo AB, ABB, ABC e ABCD. Ao longo
da investigação, foi usando diferentes estratégias para os criar. Foi possível observar que
a aluna estava sempre muito concentrada e interessada na realização das actividades e
mostrou, sempre, grande entusiasmo quando lhe era proposto que criasse um padrão
utilizando as diferentes ferramentas informáticas.
drões na Matemática do 1º Ciclo
264
Este capítulo, inicia-se com a apresentação de algumas condicionantes que se
fizeram sentir durante a concretização do estudo e, em seguida, são apresentadas as
principais conclusões do mesmo, resultantes da análise de dados referentes ao
desenvolvimento de competências matemáticas e tecnológicas. Posteriormente às
conclusões, aponta-se possíveis implicações e termina-se com algumas sugestões para
futuras investigações.
1- Condicionantes do estudo
Quando se preparou a implementação deste estudo e apesar de ele se centrar em
4 casos, sabia-se que se iriam sentir algumas dificuldades ao nos propormos desenvolver
as tarefas com todos os 21 alunos de uma turma de 1º ano de escolaridade, incluindo os
dois alunos com Necessidades Educativas Especiais. Numa sala de aula cheia de 21
crianças curiosas, interventivas, irrequietas, é normal haver alguma excitação no decorrer
das actividades. No entanto, a utilização das diferentes ferramentas informáticas, neste
estudo, trouxe um acréscimo de excitação que se constituiu numa dificuldade acrescida
para o professor/investigador gerir, principalmente quando se usavam recursos
informáticos com os quais as crianças ainda não estavam familiarizadas.
Outra situação com que se deparou e que à partida não se previa devido ao facto
de os equipamentos serem novos, foram as diversas e sistemáticas avarias que os
, os Encarregados
de Educação não terem tido o cuidado de procederem ao carregamento das baterias do
computador na véspera dos dias em que eram utilizados, conforme havia sido combinado
em Reunião de pais. Este facto acrescentou algumas dificuldades ao
professor/investigador pois a sala de aula das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico não
estão preparadas para que se possam efectuar vários carregamentos em simultâneo.
2- Conclusões do estudo
Recorde-se que com o estudo realizado e apresentado nesta dissertação
pretendia-se avaliar o impacto da utilização de ferramentas informáticas por alunos do 1º
Ciclo do Ensino Básico no desenvolvimento de competências tecnológicas e
matemáticas, acreditando-se que as experiências de aprendizagem proporcionadas,
centradas nos padrões:
Capítulo 5 Principais Conclusões
265
contribuiriam, no domínio das tecnologias, para uma maior destreza na
utilização do computador e de alguns dos seus recursos;
promoveriam, no domínio da matemática, a capacidade de descrever,
identificar, reproduzir, continuar, completar, criar padrões de progressiva
complexidade e, secundariamente, desenvolveriam o sentido de número.
As conclusões que, de seguida, se apresentam respondem à lógica destes dois
eixos em torno dos quais se desenrolou a Dissertação.
2.1 - Competências tecnológicas
Até ao início deste estudo, as experiências com o computador e outras
ferramentas informáticas que os sujeitos-caso tinham vivenciado haviam sido escassas.
ambém decorreu com alguns
atrasos o que fez com que os alunos ainda não o tivessem explorado muito em casa
antes do início desta investigação. As experiências informáticas destas crianças eram,
assim, poucas e foi possível constatar-se, durante a realização do teste de competências
tecnológicas (pré-Teste), que nenhum dos sujeitos-caso, mesmo os que tinham
computador em casa, conseguia realizar a acção que lhes permitia ligar o computador.
No mesmo teste, apenas a Lúcia mostrou saber como se desligava em segurança o
computador, inserir um CD-ROM e sair de um Jogo. A utilização do rato e do teclado era
feito pelos sujeitos com alguma insegurança e o conhecimento que apresentavam em
relação à navegação de menus era escasso. No entanto, tal como Barros (2007)
observou, os alunos mostraram uma grande motivação em torno das valências
disponibilizadas pelo computador. O interesse originado pela sua manipulação efectiva
contribuiu para a criação de um ambiente de trabalho atractivo, motivador, dinâmico e
promotor de atitudes favoráveis em relação às tarefas propostas. Constatou-se que o
-caso e restantes alunos, incluindo os
dois alunos com Necessidades Educativas Especiais, como algo muito querido e que a
sua disponibilidade para o utilizar era constante. Apesar de a utilização do CD-ROM não
CD-ROM do programa Já Está contribuiu para que os sujeitos-caso passassem a
dominar os procedimentos que lhes permitem inserir e retirar um CD-ROM de uma drive
de um computador. Verificou-se que a exploração do CD-ROM do programa Já Está, por
crianças de 6 anos de idade do 1º ano de escolaridade, foi sempre realizada com grande
drões na Matemática do 1º Ciclo
266
interesse e a aprendizagem do funcionamento das suas ferramentas aconteceu de forma
gradual e sem dificuldades. Tal como Ventura (2008) constatou, no seu estudo que
envolveu crianças de 3 e 4 anos, também neste se verificou que as aprendizagens
realizadas em relação à utilização das diferentes ferramentas se tornam mais
significativas quando existe a manipulação directa dos equipamentos. A mesma autora
verificou que as crianças do sexo masculino se mostravam mais efusivos do que as do
sexo feminino. Nesta investigação, tal não sucedeu. O interesse manifestado na
utilização das ferramentas informáticas utilizadas neste estudo pelas crianças quer do
sexo masculino quer do feminino, foi sempre bastante elevado, não tendo sido possível
descortinar qualquer diferença entre sexos. Os alunos mostraram-se também
interessados na utilização do programa Paint. Apesar de o programa não ser uma
novidade para alguns dos sujeitos, todos os sujeitos-caso passaram a apresentar um
melhor conhecimento das suas ferramentas, corroborando assim Ferrão (1997) quando
afirma que o contacto gradual com as ferramentas informáticas contribui para um melhor
domínio do instrumento. Partilha-se, ainda, depois da realização deste estudo, da opinião
de Almeida & Almeida (2002: 21 e 24) quando se refere ao Paint como sendo
editor de desenhos simples, que, integrado com outros programas, aplicativos ou mesmo
com outros recursos, permite o desenvolvimento de actividades educacionais
enriquecedoras. Certamente, à medida que professor e aluno vão explorando e
dominando melhor os recursos do programa, eles mesmo terão ideias mais significativas
Podemos afirmar que, com o recurso ao programa
Paint, os sujeitos-caso desenvolveram capacidades que lhe permitiram um melhor
manuseamento do rato, tendo também ficado a conhecer outras valências do programa
Paint para além da simples utilização como um programa de desenho. Este estudo
contribuiu, também, para compreender, enquanto professor, que a falta de um programa
específico para realizar uma determinada tarefa, não pode servir de motivo para que não
se utilizem as ferramentas informáticas numa sala de aula. Há que ser criativo e utilizar
programas, como o Paint, que se encontram acessíveis em todos os computadores que
tenham o sistema o
se criarem/utilizarem recursos que possibilitem uma aprendizagem mais participada,
motivante e significativa. Tal como tinha verificado Lino (2009), num estudo que realizou
com alunos do 9º ano de escolaridade, a utilização dos applets também cativou a
atenção das crianças de 6 anos de idade, a frequentar o 1º ano de escolaridade, tendo-
se estas mostrado trabalhadoras, ao mesmo tempo que as incentivou na pesquisa da
descoberta de um módulo de um padrão. As crianças acharam fácil a sua utilização e
Capítulo 5 Principais Conclusões
267
alguns compararam os applets a um jogo. Esta ferramenta permitiu que os alunos
pudessem utilizar uma aplicação com a qual não estavam familiarizados. Ao contactarem
com os botões da aplicação, que lhes permitia realizar a escolha da actividade e a
realização da mesma, os sujeitos-caso tiveram o contacto com botões semelhantes aos
que são utilizados em outras aplicações e ferramentas informáticas, tendo este estudo
contribuído para o desenvolvimento das suas competências informáticas no que diz
respeito à compreensão do funcionamento destes botões de acção.
No entanto, o pico do interesse surgiu aquando da utilização do quadro
-se a ideia de que quanto mais
actual é a tecnologia maior é o interesse dos alunos. Apesar de ter sido utilizado apenas
uma vez, o que não permite muitas conclusões, constatou-se que os sujeitos-caso não
apresentaram qualquer sinal de inibição em utilizar esta ferramenta, indo ao encontro do
que Spínola (2009) afirma na sua dissertação de mestrado. Os alunos não apresentaram
dificuldades em utilizar essa ferramenta e os sujeitos-caso mostraram vontade em a
utilizar mais vezes. E tal como Gerard et al (1999) referem, também neste estudo se
verificou que o uso do quadro interactivo aumenta a alegria e motivação nas aulas não só
para os alunos mas também para os professores. Nesta investigação, o próprio
professor/investigador, sentiu entusiasmo na sua utilização e o facto de lhe ter sido
permitido utilizar um recurso dinâmico para criar uma situação nova de ensino contribuiu,
sem dúvida, para o seu enriquecimento profissional.
As actividades, de carácter essencialmente prático, contribuíram para um domínio
progressivo de cada ferramenta informática utilizada. Foi visível a apropriação de
mecanismos básicos de exploração das tecnologias utilizadas o que contribuiu, de uma
forma significativa, para o desenvolvimento de competências tecnológicas, como ficou
bem patente nas prestações dos sujeitos-caso durante a realização do pós-Teste no final
deste estudo. O saber foi-se, deste modo, estruturando, numa relação que abarcou três
eixos: envolvimento de todos os intervenientes na situação de ensino e de aprendizagem,
na manipulação das ferramentas informáticas utilizadas e no conhecimento que se foi
construindo ao longo de todas as tarefas realizadas. Os ambientes vivenciados e as
situações de aprendizagem mostraram-se ricos na partilha e também na procura de ajuda
no colega do lado. Os esclarecimentos das crianças
, por mais que murmurados, faziam-se ouvir. Pequenos esquecimentos que
podiam ser sentidos como um fracasso perante o professor, foram facilmente
ultrapassados quando partilhados com os colegas.
drões na Matemática do 1º Ciclo
268
Os sujeitos-caso envolvidos neste estudo utilizaram apenas uma pequena fracção
das possibilidades que as tecnologias modernas colocam ao serviço da escola, contudo,
estes alunos começaram já a perceber a multiplicidade de ofertas que daí pode advir. No
final da parte empírica da investigação, responderam com um maior à-vontade aos
desafios tecnológicos e foi com maior desenvoltura que manipularam as ferramentas
informáticas mostrando estar melhor preparados para as utilizar.
Na globalidade, e apesar dos pequenos lembretes na utilização desta ou daquela
ferramenta, os sujeitos-caso reagiram de uma forma bastante positiva às ferramentas
informáticas, conseguindo de forma gradual desenvolver competências tecnológicas
básicas, entre as quais se destacam:
ligar e desligar o computador;
dominar o rato;
navegar nos menus;
executar tarefas no computador;
abrir e guardar ficheiros;
seleccionar, copiar, colar e arrastar;
utilizar as ferramentas do programa Paint;
stos;
A evolução no âmbito da tecnologia dos alunos envolvidos tornou-se bem visível
ao longo das várias tarefas, destacando este estudo acepções como autonomia e
significação da aprendizagem, curiosidade e abertura para o progresso e inovação
tecnológica.
2.2 - Competências matemáticas
As experiências de aprendizagem vividas pelos sujeitos-caso relacionadas com a
exploração de padrões na Matemática, eram no início deste estudo bastante escassas,
denotando que, ao contrário do que refere Kaput (1999) e indo ao encontro do que refere
Ventura (2008), as actividades que envolvem o estudo de padrões ainda não fazem parte
das rotinas diárias das salas do ensino Pré-escolar. O desempenho dos sujeitos-caso
durante a realização do pré-Teste de competências matemáticas vem mostrar que, se
Capítulo 5 Principais Conclusões
269
esse tema não tiver sido trabalhado de uma forma estruturada em anos anteriores, os
alunos iniciam o 1º Ciclo do Ensino Básico sem reconhecerem um padrão não atribuindo
uma significação aos padrões que estão presentes em tudo o que os rodeia, seja em
, assim, qualquer
proveito para a aprendizagem da matemática.
O interesse que os alunos demonstraram ao longo da realização das 13 tarefas
em que foram explorados diferentes tipos de padrões com o recurso a ferramentas
informáticas permitiu motivar os alunos apelando para a sua criatividade e capacidade de
organização contribuindo, tal como afirmam Orton e Orton (1999), para criar uma imagem
mais positiva da Matemática, facto que se considera ser de extrema importância neste
ano em que os sujeitos-caso iniciam o 1º Ciclo.
No início do estudo, os 4 sujeitos-caso mostraram não conhecerem o significado
do termo padrão e não foram capazes de ler os padrões que lhe foram apresentados
durante o pré-Teste de competências matemáticas. Constatou-se que os dois sujeitos-
caso, curiosamente do sexo masculino, apresentaram, durante a intervenção didáctica,
uma evolução mais lenta no que diz respeito à capacidade de ler com correcção os
padrões apresentados em comparação com os outros sujeitos do sexo feminino. No
entanto, foi possível verificar que todos os sujeitos-caso se mostraram sempre
interessados e motivados nos momentos em que lhes foi proposta a leitura dos diferentes
padrões, fossem eles apresentados em suporte de papel ou com o recurso às
ferramentas informáticas. Verificou-se que este interesse se manteve quer nos padrões
escritos em linha quer nos padrões escritos em grade. Constatou-se, também, que os
sujeitos se sentiam seguros a ler os padrões com as letras ou números, tendo o Augusto
e o Gaspar considerado, durante a intervenção didáctica, ser mais fácil ler os padrões, se
fossem utilizadas letras ou números. Esta opinião do Augusto e do Gaspar está de
acordo com Kaput (1999) quando afirma que as tarefas que envolvem a análise de
padrões contribuem para que os alunos se sintam mais seguros a trabalhar com símbolos
e lhes permite trabalhar conceitos matemáticos de uma forma mais compreensiva. Todos
os sujeitos-caso chegaram ao fim deste estudo com competências que lhes permitiram
ler os diferentes tipos de padrão, mesmo os mais complexos, fossem eles apresentados
com figuras geométricas, outras figuras, letras ou números.
No que se refere à identificação do módulo de um padrão, os 4 sujeitos-caso
iniciaram este estudo mostrando não serem capazes de identificar o módulo de um
drões na Matemática do 1º Ciclo
270
padrão apresentado no teste de competências Matemáticas (pré-Teste). Apenas a Lúcia
referiu, nessa situação, que havia a repetição das cores na serpente apresentada. As
diferentes tarefas exploradas contribuíram, de forma significativa, para que os sujeitos-
caso compreendessem o conceito de módulo de um padrão e para que os 4 chegassem
ao fim deste estudo com capacidades para os identificar. A identificação do módulo do
padrão, mesmo os mais complexos, passou a ser realizada sem dificuldades pelos
sujeitos-caso em padrões apresentados em linhas ou em grades de 3x7 ou 4x7. Os
sujeitos compreenderam, assim, melhor a unidade que se repete e, como Threlfall (1999)
afirma, para crianças nesta faixa etária não lhes chega compreender um padrão tendo
por base apenas o ritmo. Para que haja uma aprendizagem significativa, têm de
compreender a unidade que se repete e, assim, conseguirem realizar a continuação ou a
generalização de um padrão. Tal como Bishop (1995) verificou em faixas etárias
superiores, também neste estudo com crianças de 6 anos de idade, a realização de
tarefas em que os padrões assumiram um papel de destaque contribuiu para que os
alunos pensassem sobre relações matemáticas e o facto de lhes ter sido colocado o
desafio de os reproduzir com letras e números proporcionou-lhes uma maior motivação e
apetência para a Matemática.
Quando, no pré-Teste de competências matemáticas, foi proposto aos 4 sujeitos-
caso que realizassem a reprodução de um padrão, apenas a Lúcia o conseguiu fazer
com cores. Os outros três sujeitos não o conseguiram fazer e, quando lhes foi pedido que
realizassem a reprodução utilizando letras ou números, não conseguiram estabelecer
qualquer relação entre o que viam na imagem e as letras e os números que conheciam.
No entanto, essa situação alterou-se com o decorrer deste estudo. Todos os sujeitos-
caso conseguiram ultrapassar essas dificuldades e a reprodução dos diferentes tipos de
padrão, fossem eles mais simples ou mais complexos, com letras ou números, passou a
ser realizada sem aparente dificuldade. Os sujeitos não apresentaram dificuldades na
reprodução dos padrões em linhas com diferentes limitações de espaços (em número par
ou ímpar) ou grades (3x7 e 4x7). Ao contrário do que Ventura (2008) verificou em
crianças de 3 e 4 anos, os alunos de 6 anos não mostraram sentir dificuldades em
reproduzir um padrão em linhas ou grades em que o número de espaços vazios não
fosse múltiplo do módulo do padrão. O professor/investigador sentiu, durante este estudo,
que, após a exploração das primeiras tarefas com diferentes tipos de padrões, foi muito
importante ter-se evoluído para tarefas com letras, números e sons associados à
reprodução dos diferentes padrões. Estas propostas aumentaram o interesse dos alunos
e conduziu-os por experiências de descobertas individual e colectiva, que possibilitaram
Capítulo 5 Principais Conclusões
271
uma relação mais significativa com alguns conceitos matemáticos. As letras passaram a
significar algo de diferente do que até então as crianças estavam habituadas.
Compreenderam que elas podiam também significar a unidade que se repete de um
padrão e que podiam estar associadas a actividades matemáticas. O facto de, na Tarefa
, se ter colocado o desafio aos alunos de reproduzirem o padrão com
números veio mostrar que a exploração de padrões nas salas de aula do 1º Ciclo poderá
também contribuir para o desenvolvimento do sentido do número. Os momentos de
exploração desta actividade foram muito importantes pois foi possível verificar uma
evolução, já que, no primeiro momento de exploração, os sujeitos-caso Lúcia, Gaspar e
Mónica não utilizaram os números com sentido na reprodução do padrão. Apenas o
Augusto o conseguiu fazer logo na exploração do 1º momento da actividade. No entanto,
os momentos de reflexão partilhada, onde as questões que foram colocadas pelos
sujeitos e restantes alunos da turma foram debatidas e analisadas, conduziram a que, no
2º momento da tarefa, todos os sujeitos-caso conseguissem estabelecer uma relação de
grandeza entre os números. Pensa-se que este tipo de propostas de actividade podem
ser logo desenvolvidas a partir do 1º ano de escolaridade e que, dessa forma, tal como
Shultz (1999) considera, se estará a contribuir para o desenvolvimento da comunicação
matemática e do pensamento e linguagem algébricos. No pós-Teste de competências
matemáticas, no final deste estudo, todos os sujeitos-caso foram capazes de reproduzir
correctamente o padrão dado, não apresentando qualquer dificuldade em o fazer com
letras ou números.
Em relação à continuação de um padrão para a frente, apenas o Gaspar não
conseguiu realizar com sucesso a tarefa no pré-Teste de competências matemáticas em
que lhe foi apresentado um padrão com módulo do tipo ABC. Todos os outros sujeitos
não sentiram dificuldades em continuar esse padrão. Após a exploração das primeiras
tarefas deste estudo e quando lhe foi proposto, , continuar um
padrão, o Gaspar conseguiu continuá-lo sem dificuldade, tendo o mesmo acontecido com
os outros sujeitos. Verificou-se assim que, mesmo nas situações de aprendizagem
proporcionadas utilizadas neste estudo em que foi proposto continuar um padrão em
grade, os sujeitos-caso não sentiram dificuldades.
O completamento de padrões foi a situação que mais dificuldades criou a todos os
sujeitos-caso deste estudo. As dificuldades foram apresentadas por todos os sujeitos logo
na resolução da tarefa 4 do pré-Teste de competências matemáticas quando não foram
capazes de completar correctamente um padrão apresentado em 2 linhas de 7 espaços.
drões na Matemática do 1º Ciclo
272
O Augusto procedeu ao completamento do padrão sem revelar qualquer tipo de cuidado
em identificar o módulo do padrão e ao preenchimento das camisolas arrumadas em
linha escolhendo, de uma forma arbitrária, as cores que utilizou. A Lúcia, o Gaspar e a
Mónica não apresentaram qualquer preocupação em manter uma regularidade e
utilizaram as cores arbitrariamente de forma a colorir a linha debaixo igual à de cima,
tendo criado uma regularidade em colunas. Durante as tarefas da intervenção didáctica,
foi possível constatar que o completamento de um padrão apresentado numa grade de
4x7 se apresentou como algo complexo par
nenhum dos sujeitos-caso conseguiu completar correctamente o padrão. Apesar de
terem preenchido todas as células da grade com uma figura geométrica, não
Augusto não foi capaz de manter o módulo do padrão do tipo ABC. Nesta tarefa,
constatou-se que três dos sujeitos manifestavam já a preocupação de encontrarem uma
estratégia que lhes permitisse resolver a tarefa correctamente. A Mónica utilizou como
estratégia a repetição dos nomes das figuras que compunham o módulo do padrão em
voz baixa à medida que as ia arrastando para os lugares da grade enquanto que a Lúcia
e o Gaspar procediam ao preenchimento das células começando na 3ª linha no sentido
da esquerda para a direita até ao fim da grade para, em seguida, num 2º momento,
, foi proposto aos sujeitos o completamento de um padrão em 2 suportes
diferentes. Numa ficha, em suporte de papel (grade 4x7), o Augusto e a Lúcia
conseguiram completar correctamente o padrão apresentado. A Mónica não conseguiu
manter o módulo do padrão do tipo ABC até ao final e o Gaspar, depois de ter realizado
várias tentativas, acabou por desistir da tarefa. Num ficheiro do programa Paint (grade
4x7), alguns dos sujeitos mostraram um desempenho diferente. O Gaspar não desistiu da
tarefa e preencheu todas as células da grade, no entanto, o sujeito alterou a estratégia
que tinha seguido durante a realização do completamento do padrão da tarefa
omeçou, num 1º momento, a completar a partir da 3ª linha até ao final da
o completamento do padrão do tipo ABC a partir da 1ª linha no sentido da esquerda para
a direita. Seguindo esta estratégia, o Gaspar não conseguiu manter o módulo do padrão.
Na ficha de papel, a Mónica, depois de ter identificado o módulo, começou o
completamento do padrão a partir da 1ª linha da grade, acabando por cometer um erro na
escrita do módulo na última linha. No suporte informático, começou o completamento do
padrão a partir do final da grade no sentido da direita para a esquerda, alterando a
Capítulo 5 Principais Conclusões
273
estratégia que tinha seguido, ao mesmo tempo que ia lendo o módulo do padrão em voz
baixa. Esta mudança de estratégia permitiu-lhe completar o padrão correctamente. A
Lúcia e o Augusto procederam ao completamento do padrão começando por preencher
as células vazias da 3ª linha até ao final da grade. Em seguida, procederam ao
preenchimento da 2ª linha no sentido da direita para a esquerda até ao início da grade.
No pós-Teste, todos os sujeitos-caso completaram correctamente o padrão apresentado
em 2 linhas de 7 espaços. No que se refere ao completamento de padrões pode-se
concluir que, apesar de os sujeitos apresentarem no final deste estudo uma evolução
bastante significativa, esta tarefa apresentou-se-lhes como algo complexo. No entanto, é
com desafios como estes que se estimula a capacidade de análise, de discussão, de
reflexão e de compreensão matemática. Considera-se, assim, que esta abordagem deve
ser realizada logo a partir do 1º ano de escolaridade.
No contexto da criação, a qual exige já um domínio dos padrões, relacionado com
a identificação de módulos e regras necessárias à sua replicação para a sua formação,
as tarefas propostas revelaram, desde o início, ser do agrado dos alunos tendo sido
encaradas como fáceis por alguns. Além disso contribuiram para o desenvolvimento da
capacidade de atenção e, no caso do Gaspar, para a melhoria do seu comportamento, já
que, enquanto desenvolvia estas actividades, mostrou-se mais cumpridor das regras da
sala. No pré-Teste matemático, apenas a Lúcia conseguiu criar um padrão e do tipo AB,
AB, Os outros sujeitos-caso não foram capazes de criar um módulo e de o
replicar
dois tipos de padrões que os sujeitos- AB,
. Os sujeitos que criaram um módulo cujo número de elementos não é múltiplo
dos espaços disponíveis não tiveram qualquer problema em terminar o padrão com o
elemento respectivo, isto é, não sentiram necessidade de acabar apresentando o módulo
completo. , apresentada numa grade de 4x7, dois sujeitos
-caso não mostraram qualquer tipo de
dificuldade pelo facto de se ter passado de um padrão apresentado em linha para um
padrão apresentado em grade. Nas tarefas apresentadas numa grade 4x7, com o recurso
a ferramentas informáticas, verificou-se que à medida que o estudo ia avançando, os
sujeitos iam experimentando criar diferentes tipos de padrões. Os sujeitos criaram
padrões do tipo -
. Verificou-se que, na tarefa
conseguiram prever as células que as figuras iriam
drões na Matemática do 1º Ciclo
274
ocupar revelando uma perfeita apropriação do padrão. Quando tiveram que criar um
padrão numa tira de cartolina, com 7 espaços em linha
sujeitos criaram um padrão do tipo ABC, ABC
. Este sujeito previu o espaço que as figuras iriam ocupar pois colou primeiro as
serpentes iguais deixando o espaço para depois colar as outras, revelando uma perfeita
apropriação do padrão. Quando lhes foi proposto que criassem um padrão numa grade
de 4x7, numa ficha em suporte de papel, dois sujeitos criaram um padrão do tipo AAB,
de forma correcta um módulo na 2ª linha da grade. Quando, no pós-Teste, lhes foi
proposto que criassem um padrão em 2 linhas de 7 espaços, os sujeitos criaram um
padrão do tipo -
os padrões serem criados em linha ou em grade não colocou dúvidas aos sujeitos-caso
deste estudo. Ao contrário do que Ventura (2008) observou num estudo que realizou com
crianças de 3 e 4 anos, o facto de haver espaços limitados não complicou a criação de
um padrão. O facto de o módulo poder não ficar completo no final da linha ou na grade foi
também percebido com naturalidade pelos sujeitos-caso. As tarefas foram sempre
encaradas pelos sujeitos com bastante interesse e não sentiram dificuldades fossem
realizadas numa grade (3x7 ou 4x7) ou linha (1 linha com 10 espaços ou 2 linhas com 7)
Todo este processo contribuiu para uma sensibilização crescente relativa aos
padrões no mundo em seu redor. Os sujeitos-caso ficaram mais despertos para todo um
universo de padrões que nos rodeia. Tal tornou-se visível nas saídas da escola, alturas
que verbalizavam os vários padrões que identificavam.
Assim, globalmente, pode afirmar-se que os sujeitos-caso relatados anteriormente
evoluíram positivamente ao aplicar estratégias correctas de compreensão e formação de
padrões.
No decurso destas experiências, os sujeitos-caso aprenderam a reconhecer
relações e a estabelecer ligações, ao mesmo tempo que apresentaram oralmente
raciocínios que frequentemente alertaram o professor/investigador para as suas
capacidades, muitas vezes subestimadas. A compreensão e estabelecimento de relações
entre padrões e a utilização de números e de letras para os reproduzir terão, com
certeza, contribuído para a constituição de bases mais seguras para os conteúdos
matemáticos a explorar nos próximos anos e ciclos de escolaridade.
Capítulo 5 Principais Conclusões
275
3- Implicações do estudo
As conclusões deste estudo fundamentam a nova abordagem que se tem vindo a
sentir no uso educacional dos equipamentos informáticos no sentido de se promoverem
condições enriquecedoras para a qualidade da aprendizagem matemática. Trata-se, pois,
de uma confirmação a ser valorizada pelos docentes e escolas em particular, e, no geral,
pelas políticas educativas do nosso país.
Esta valorização deve passar por uma avaliação de todo o trabalho que tem sido
levado a cabo no contexto da formação de docentes e da utilização didáctica que as
escolas estão a dar aos instrumentos tecnológicos com que têm sido equipadas. Não se
pode esquecer que,
destaque. Esta ferramenta está já ao dispor das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e,
com ela, um conjunto de ferramentas, como o programa Paint e outros recursos que o
acompanham. No entanto, considera-se ser necessário facultar uma formação adequada
aos professores do 1º Ciclo referente a esta ferramenta pois a que tem sido patrocinada
pelas empresas ligadas ao projecto, apesar de se poder considerar positiva, parece ter
como principal objectivo a publicitação e comercialização dos seus produtos no seio de
professores, alunos e suas famílias. Considera-se também que é urgente que se
implemente o que é sugerido na 8ª Posição do Grupo de Alto Nível da APDSI em relação
alinhamento dos projectos educativos e dos programas oficiais com a iniciativa
e à necessidade de se investir na reformulação completa dos programas
educativos ao Magalhães, ao seu software
e conteúdos e desse modo se possa rentabilizar esta ferramenta informática nas escolas
do 1º Ciclo do Ensino Básico. O facto de se ter utilizado um Quadro interactivo de uma
escola do 2º Ciclo do Agrupamento durante este estudo mostra que poderá ser uma
estratégia a seguir em algumas escolas para proporcionar aos alunos do 1º Ciclo e, em
nosso entender também do Pré-escolar, um primeiro contacto com esta ferramenta.
Deve-se referir que o professor/investigador teve que recorrer aos computadores
dos alunos para se familiarizar com o computa , situação que não se teria
verificado se no projecto - , se tivesse considerado dotar cada sala de aulas
do 1º Ciclo com . Durante a realização do
estudo, verificou-se que, apesar de não ter acontecido com os sujeitos-caso, alguns
alunos da turma não se fizeram
estavam pré-estabelecidos com os Encarregados de Educação. Os Encarregados de
drões na Matemática do 1º Ciclo
276
Educação nem sempre cumpriram esse compromisso, situação, que criou alguns
problemas de organização das tarefas e obrigou o professor a adoptar algumas
estratégias de recurso como a utilização de alguns computadores de secretária que
existiam na sala de aula e a distribuição dos alunos pelos computadores dos seus
colegas. Para que pudesse ter havido recurso ao Quadro interactivo, o
professor/investigador teve que dedicar algum do seu tempo à pesquisa e auto-formação
pois, nestes últimos anos, o Ministério da Educação apenas lhe possibilitou a frequência
de acções de formação em Ensino Experimental das Ciências no 1.º Ciclo, Programa de
Formação Contínua em Matemática e no Programa Nacional do Ensino do Português
(PNEP). A reorganização dos Centros de Formação de Professores que recentemente se
verificou limitou, também, a oferta de formação aos docentes em áreas que envolvem
ferramentas informáticas o que, em nosso entender, pode contribuir para um
desinvestimento por parte dos professores do 1º Ciclo na utilização das diferentes
ferramentas que a constante evolução tecnológica coloca ao dispor do ensino.
Considera-se portanto, que só com uma avaliação isenta e criteriosa de todo o
trabalho que tem sido levado a cabo no contexto da formação de docentes e da utilização
didáctica que as escolas estão a dar aos instrumentos tecnológicos com que têm sido
equipadas é possível melhorar e ultrapassar algumas resistências que ainda se colocam
à modernização tecnológica da educação.
Só desta forma se consegue aproveitar o momento em que várias iniciativas
decorrem neste sentido, entre as quais se apontam:
o Plano Tecnológico cujo objectivo se prende com a modernização de um país e de
uma escola que se pretende que seja tecnologicamente desenvolvida;
o Eurocid - Ano Europeu da Criatividade e Inovação, defensor duma Europa que quer
-se a economia baseada em conhecimento líder do mundo até 2010, o que
requer pessoas para desenvolver competências em áreas-chave, como a educação,
ciência e a tecnologia, para a construção efectiva de uma sociedade orientada pelo
conhecimento;
o prémio Ilídio Pinho, criado em 2002 com o objectivo de estimular o interesse dos
alunos pelas ciências e tecnologia. É de destacar que a turma envolvida nesta
investigação foi vencedora, no ano lectivo 2008-2009, da 7ª edição deste prémio com
a apresentação de um trabalho desenvolvido no contexto deste estudo.
Capítulo 5 Principais Conclusões
277
Salienta-se, ainda, que se trata de iniciativas que progressivamente se estendem
ao 1º Ciclo do Ensino Básico mas que a divulgação deste e outros estudos deve
acentuar, para que as directrizes se materializem, estendendo a tecnologia efectivamente
a todas estas escolas e que a formação inicial e contínua deve dissipar as dúvidas de
todos os docentes até se conseguir dar resposta ao compromisso tecnológico com a
educação.
4 -Sugestões para futuras investigações
Ficou comprovado que os sujeitos-casos envolvidas no estudo facilmente se
familiarizaram com o computador, adquirindo rapidamente uma técnica de base intuitiva
que lhes permitiu interagir com aprendizagens matemáticas. Todavia, outras questões se
podem aqui levantar. Poderá esta interacção dar os seus frutos noutros conteúdos para
além daqueles que estiveram em foco neste estudo? E no que diz respeito às restantes
áreas do currículo, poderão as mesmas beneficiar das ferramentas tecnológicas
utilizadas ou serão outras as mais adequadas? E no que se refere às ferramentas,
poderia haver alterações significativas, caso se optasse por outro tipo de ferramentas?
Ou será que outras condicionantes determinariam a evolução apresentada, como o meio
familiar ou a relação professor/aluno com o investigador? Se este estudo fosse aplicado a
outros alunos do 1º Ciclo de outras escolas, iria observar-se os mesmos resultados? Que
resultados se iriam obter se este estudo fosse realizado com crianças de outros anos de
escolaridade? Será que os mesmos resultados seriam obtidos num grupo de alunos que
já dominasse as tecnologias logo no início?
Foram também discriminadas, nesta dissertação, várias iniciativas de incentivo à
utilização de ferramentas informáticas na ed
destas iniciativas. Todavia, as avarias constantes destes equipamentos presenciadas
pelo investigador, facto que se associa à actual crise económica do país, permitem
r-se-á a capacitar os alunos para a
inovação tecnológica, correndo-se o risco de daqui a 1 ano ou 2 não haver computadores
nas salas do 1º Ciclo do Ensino Básico? Não seria melhor dotar as escolas com os
meios, potenciando, assim, a sua reutilização ano após ano? Não seria benéfico haver
uma sala de TIC nas escolas do 1º Ciclo?
E no que se refere aos padrões, assentou-se que as experiências contribuíram
para o desenvolvimento de várias competências, em especial no âmbito do sentido de
drões na Matemática do 1º Ciclo
278
padrão. Sendo este um terreno propício ao desenvolvimento de procedimentos
essenciais ao raciocínio, à compreensão de conceitos algébricos, a uma progressiva
capacidade de abstracção, a questão que se coloca é se os alunos serão capazes de
mobilizar estes saberes em construção nesta e noutras áreas do conhecimento. As
experiências vividas influenciarão a forma como vão interagir e estruturar as novas
aprendizagens, hierarquizando a complexidade do conhecimento? Ou seriam divergentes
os resultados caso se optasse por outro tipo de padrões, ou com uma progressão de
complexidade diferente? Se tivessem sido utilizadas grades de tamanhos diferentes (5x9;
7x12) iriam ser criados os mesmos tipos de padrões? E quais seriam os resultados se
fossem utilizados padrões numéricos nos seguintes anos de escolaridade? E como
reagiriam os alunos se fossem introduzidas algumas expressões algébricas na leitura de
alguns padrões? Será que o estudo dos padrões contribui para o desenvolvimento da
comunicação matemática nos primeiros anos de escolaridade? E se este estudo tivesse
sido realizado com alunos que já tivessem explorado de forma sistemática padrões no
Pré-escolar, que resultados se obteriam?
São fidedignos e compensadores os resultados deste estudo, no entanto, nem
sempre os factos falam por si mesmo, como profere Einstein: "Minhas ideias levaram as
pessoas a reexaminar a física de Newton. Naturalmente alguém um dia irá reexaminar
minhas próprias ideias. Se isto não acontecer haverá uma falha grosseira em algum
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Ferrament drões na Matemática do 1º Ciclo
290
Anexo I Ficha de trabalho Tarefa 6
Anexos
291
Anexo II Tira de papel Tarefa 7 Tira para reproduzir o padrão com letras ou números.
Ferrament drões na Matemática do 1º Ciclo
292
Anexo III Ficha de trabalho Tarefa 9
Anexos
293
Anexo IV Ficha de trabalho Tarefa 12
Ferrament drões na Matemática do 1º Ciclo
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Anexo V Ficha de trabalho Grade da Tarefa 12
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