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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM RELACIONAMENTO COM CLIENTE DE CURSO LIVRE MUSICAL Por: Daniel José Berno Bastos Orientador Prof. William Rocha Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

RELACIONAMENTO COM CLIENTE DE CURSO LIVRE MUSICAL

Por: Daniel José Berno Bastos

Orientador

Prof. William Rocha

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CÂNIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

RELACIONAMENTO COM CLIENTE DE CURSO LIVRE MUSICAL

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Relacionamento com o Cliente e Ouvidoria.

Por: Daniel José Berno Bastos

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a meu orientador, aos professores e a todos

que, direta ou indiretamente, participaram do

desenvolvimento deste trabalho. Agradeço também aos

meus familiares, principalmente a meus pais, a Bernardo

José Berno Bastos, meu irmão, e a Quele Rose Aragão

de Jesus, minha noiva, pela paciência e apoio nos

momentos difíceis.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais – Delmo José Pires

Bastos e Maria Bernadete Berno Bastos – por tudo que

me proporcionaram.

5

RESUMO

Esta monografia tem a finalidade de fazer reflexões sobre os padrões

de relacionamento mais adequados para o atendimento a cliente de curso livre

musical.

Usando os pensamentos de diferentes autores – Campos, Neves,

Miglani, Blackshaw, Martins, Bastien, Gianesi e Corrêa – e de outras fontes,

são feitos comentários pertinentes ao tipo de prestação de serviço abordado e

o perfil do cliente específico de curso livre destinado à aprendizagem musical.

Com o estudo dos padrões de referência estabelecidos para clientes

em geral, é feita a verificação da aplicabilidade deles ao atendimento a cliente

de curso livre musical e são listados pontos considerados de suma importância

para relacionamento de qualidade com essa clientela específica.

6

METODOLOGIA

A realização deste trabalho é fruto de pesquisa em livros, sites,

publicações oficiais (leis) e apostilas elaboradas por professores do próprio

curso de pós-graduação do qual a monografia é requisito.

O estudo inclui também conhecimentos adquiridos nas aulas do

mesmo curso de pós-graduação e em outros cursos já frequentados pelo autor.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................8

CAPÍTULO I – O SERVIÇO ..............................................................................11

1.1 – Cursos livres ............................................................................................12

1.2 – Curso livre musical ...................................................................................14

CAPÍTULO II – O CLIENTE ..............................................................................18

2.1 – Quem é cliente? .......................................................................................19

2.2 – O cliente de curso livre musical ................................................................20

CAPÍTULO III – PADRÕES DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO ..................23

3.1 – Padrões de referência ..............................................................................23

3.2 – Atendimento para cliente de curso livre musical ......................................27

CONCLUSÃO ...................................................................................................30

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................32

8

INTRODUÇÃO

A ideia motivadora deste trabalho surgiu da necessidade de um

aprofundamento do estudo sobre relacionamento com o cliente. E a intenção

da procura de um conhecimento mais detalhado no assunto é verificar se nos

padrões de qualidade recomendados para relacionamento com clientes em

geral existem pontos para serem destacados na aplicação à clientela específica

de um curso livre musical.

Em qualquer empreendimento, para atingir o objetivo de proporcionar

satisfação aos clientes é muito importante considerar os aspectos específicos

do tipo de trabalho a ser realizado e, sobretudo, considerar as características

do cliente ao qual ele se destina. E o relacionamento com clientes de um curso

livre para ensino musical tem uma ampla abrangência, pois quem procura este

tipo de curso tem expectativas variadas. Pode ser o desejo de vir a ser um

músico profissional ou, se já é músico pode precisar de algum aperfeiçoamento,

ou a pessoa deseja satisfazer um prazer pessoal de tocar um instrumento ou

quer entender a linguagem musical ou simplesmente busca usufruir do bem

que a música faz.

Percebe-se que as instituições especializadas para dar orientação e

apoio aos empreendedores destacam a importância de atender o cliente de

maneira satisfatória, porém os empreendimentos que geralmente são

abordados abrangem clientela típica de negócios na área industrial e/ou

comercial.

A prestação de serviço na área educacional acaba ficando à parte no

cenário dos empreendimentos, sobretudo no campo do ensino artístico, ao qual

pertence a educação musical.

9

Conforme considera Neves:

“Não importa mais o tamanho da empresa ou o ramo de

atividade: ter um empreendimento hoje, ou buscar um

lugar no mercado de trabalho, exige conhecimento,

domínio, sintonia com o moderno e capacidade de

perceber erros. O período do amadorismo chegou ao fim,

pois quem não tem Qualidade é aniquilado.” (NEVES,

2006, p. 1).

Realmente, no mundo atual o conhecimento é um requisito

fundamental para qualquer empreendimento e também, no contexto atual, as

artes – especialmente a música – são democraticamente compartilhadas.

Assim, é de grande importância o aprofundamento do estudo dos itens

referentes a relacionamento com clientes em geral para o levantamento de

pontos de reflexão que possam contribuir para o atendimento à clientela

específica de curso livre na área do ensino musical.

No primeiro capítulo – “O serviço” – é feita uma descrição dos

principais elementos que caracterizam a prestação de serviço em um curso

livre e, mais especificamente, dos elementos que constituem o serviço de um

curso livre musical.

No segundo capítulo – “O cliente” – são apresentados pontos que

caracterizam clientes em geral e o cliente específico de um curso livre

destinado ao ensino de música.

No terceiro capítulo – “Padrões de qualidade no atendimento” – são

feitas considerações sobre os padrões recomendados para o atendimento ao

cliente e as necessidades típicas do atendimento a cliente de curso livre

musical.

10

São objetivos deste trabalho caracterizar os aspectos a serem

destacados no relacionamento com o cliente de um curso na área musical e

estabelecer pontos para reflexão sobre a maneira mais adequada de

atendimento para quem frequenta esse tipo de curso.

11

CAPÍTULO I – O SERVIÇO

No mundo dos empreendimentos ou dos negócios é usual fazer

classificação de três tipos básicos: indústria, comércio e serviços. E uma

explicação bem simplista sobre esses três tipos pode ser dada com as

seguintes conceituações:

Indústria – atividade que se baseia na transformação de matéria-

prima em produtos ou bens tangíveis;

Comércio – atividade que se baseia na compra e venda dos

produtos industrializados;

Serviços – formam um grupo de atividades que se baseiam no

trabalho de natureza intangível.

Na apostila do professor William Rocha “Novas regras para serviço de

atendimento ao consumidor – SAC”, está na definição de serviço: “qualquer

atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração”.

Esta monografia aborda um tipo de atividade de prestação de serviço –

o ensino – que é uma atividade cuja produção é de natureza intangível ou

imaterial. Martins, fazendo considerações sobre administração na área

educacional, expõe:

“Na escola, direção, professores e especialistas da

educação não podem ser comparados a operários, chefes

de seção, gerentes, etc. Nem alunos podem ser

comparados à matéria-prima moldada por máquinas e

equipamentos manipulados por mão-de-obra qualificada.

O educando é uma pessoa com suas características

12

psicossociais e o professor, a mão-de-obra, também o é,

diferenciado por sua formação pedagógica específica

para desenvolver o processo educacional.” (MARTINS,

2007, p. 25).

De fato, o autor tem razão e, quando se trata de uma atividade

educacional mais específica, como é o ensino musical e, além disso, realizado

em um curso livre, possui características muito próprias que fazem dela uma

atividade bem diferenciada no campo do empreendimento de serviços.

1.1 – Cursos livres

O entendimento mais comum sobre o que são cursos livres conduz à

conclusão de que são aqueles cursos que acontecem sem ligação com os

sistemas regulares de ensino.

No Brasil, em dezembro de 1996, foi publicada a lei 9.394 com novas

diretrizes e bases da educação nacional. O artigo 21 da lei estabelece os níveis

escolares. A redação é a seguinte:

“Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

I – educação básica, formada pela educação infantil,

ensino fundamental e ensino médio;

II – educação superior.”

Os cursos que são vinculados ao sistema de ensino regular ou formal

não acontecem livremente, isto é, são obrigados a cumprir certas regras de

carga horária, currículo, etc.

13

Já os cursos livres, como o próprio nome diz, ficam dispensados das

obrigações que regulam os cursos formais.

A Secretaria de Educação do estado de São Paulo tem no seu site uma

Central de Atendimento com perguntas mais frequentes e a resposta à questão

“o que é curso livre?” é a seguinte:

“Curso Livre, que após a Lei nº 9.394 – Diretrizes e Bases

da Educação Nacional passou a Integrar a Educação

Profissional, como Educação Profissional de Nível Básico,

é a modalidade de educação não-formal de duração

variável, destinada a proporcionar ao trabalhador

conhecimentos que lhe permitam profissionalizar-se,

qualificar-se e atualizar-se para o trabalho. Não há

exigência de escolaridade anterior.”

Já no site Guia Curso, no link Novidades de Cursos Livres, a

explicação sobre “curso livre” é assim:

“Primeiramente entendemos por curso livre todo aquele

curso oferecido, seja por pessoas físicas ou jurídicas, que

não enquadrem-se em qualquer das classes, ou seja,

graduação, pós-graduação, preparatório e de extensão. É,

sem sombra de dúvidas, a classe mais ampla de cursos,

com quase infinita diversidade de opções. Opções estas

que, dentre outras, vão de curso de esportes e lazer à

aprimoramento profissional e pessoal.

Aquele que procura um curso livre, certamente, busca

algo de seu interesse, algo que já faça ou pretenda fazer,

seja em busca de aprimoramento profissional, lazer,

saúde ou qualidade de vida.”

14

Nesta monografia o sentido de Curso Livre enquadra-se mais na

segunda citação, isto é, significa curso independente, estruturado de forma livre

e flexível para adaptar-se aos diversos interesses e expectativas da clientela

que o procura.

1.2 – Curso livre musical

Um curso é considerado musical quando o objeto de estudo é música.

É muito comum ouvir alguém dizer que está estudando piano ou violão ou

canto, etc., mas na verdade o correto é alguém dizer que está estudando

música.

A música é uma linguagem e tem como elemento básico o som. No

estudo musical o som pode ser produzido por instrumentos musicais e pelo

próprio corpo humano. Segundo Bastien (2010), “a música faz vibrar

completamente a pessoa” (p. 34).

Um curso livre musical é aquele no qual é estudada a linguagem

musical sem a obrigatoriedade de cumprir as formalidades de um curso de uma

escola de música regular, registrada em órgão oficial.

A linguagem musical abrange diferentes gêneros e estilos, sendo

comumente classificada como clássica ou erudita e popular. E há também a

chamada música tradicional ou folclórica.

Não importa para esta monografia qual seja o tipo de linguagem

musical a ser aprendida nem através de que meio de expressão. O campo

focalizado neste estudo é um curso livre musical e que aconteça na forma

presencial.

15

Um curso livre musical tem como objetivo a aprendizagem de uma

linguagem musical. Para haver aprendizagem tem que haver ensino. Para

acontecer ensino e aprendizagem é necessário existir quem ensina e quem

aprende. É um processo de comunicação, com emissor e receptor.

Porém, ensinar e aprender é um processo de comunicação em que o

receptor participa ativamente, muitas vezes ocupando o lugar do emissor e,

desta forma, invertendo os papéis.

Segundo Campos, a prática docente é uma ação comunicativa. Ele diz:

“O professor na sua interlocução com os alunos é

determinado a conduzir um diálogo em que se pretende a

troca argumentativa e as dimensões sutis e subliminares,

é o que está por assim dizer nas entrelinhas das falas ou

dos diálogos. No conteúdo da fala em que se estabelece

o diálogo, existe a troca de subjetividades: o sujeito

docente dialoga com sujeitos discentes. Trata-se,

sobretudo, de uma relação de sujeitos e entre sujeitos,

que perseguem a troca do entendimento entre si.”

(CAMPOS, 2010, p. 108 e 109).

A explicação de Campos refere-se a qualquer prática docente. E

também Martins, fazendo considerações sobre gestão educacional, realça o

caráter comunicativo, não do ensino em si, mas da organização escolar. O

autor expressa:

“A comunicação na Administração Escolar é um aspecto

dos mais relevantes e complexos, visto que as ordens e

as diretrizes atingem pessoas de personalidades distintas

e, portanto, com capacidades perceptivas distintas, o que

16

pode oferecer barreiras à comunicação.” (MARTINS, 2007,

p. 186).

E, na mesma página, o autor afirma:

“A escola não é uma linha de montagem em que os

objetivos são traduzidos no resultado final, mas uma

instituição em que os objetivos dependem da atuação

específica de cada um dos componentes que atuam no

processo educacional.” (MARTINS, 2007, p. 186).

As afirmações dos autores, que são referentes ao contexto do sistema

educacional regular e formal, aplicam-se de forma muito mais marcante à ação

comunicativa que acontece num curso musical, pois o resultado de cada

atividade já é, em si, a expressão de um diálogo, pois música é comunicação.

Pode-se logo verificar que um curso livre musical tem uma

complexidade relevante. Por ser livre possui uma dinâmica que provoca

constantes adaptações e inovações. Por ser musical possui identidade

extremamente plural, pelas possibilidades de práticas e, ao mesmo tempo,

singular pela expressão que é única e própria de cada pessoa.

A questão do relacionamento em um curso livre musical abrange os

vários aspectos do tipo de serviço prestado. O atendimento situa-se entre o

prestador do serviço – quem ensina – e o cliente – quem aprende. E ainda

pode haver, no caso de cliente de menor idade, o(s) responsável(eis).

O tipo de serviço – ensino musical – tem características muito próprias.

Por um lado, tem as particularidades comuns a todo ensino. Por outro lado, tem

as especificidades da música. A soma dessas características dá um resultado

que se reflete no próprio modo de trabalho ou serviço.

17

Entre os textos disponibilizados aos alunos pelo professor William

Rocha para o primeiro trabalho produzido nesta pós-graduação, há o artigo “O

Significado do Trabalho em Tempos de Reestruturação Produtiva”, de Ribeiro e

Léda, onde as autoras fazem uma retrospectiva dos sentidos do trabalho desde

a condenação bíblica imposta a Adão até os dias atuais.

Ribeiro e Léda, no artigo mencionado acima, lamentam que na

sociedade contemporânea o trabalho é, para a maioria, apenas um meio de

sobrevivência e não de feliz realização:

“É muito preocupante, uma atividade que deveria ser

reconhecida como fonte de realização e de construção de

identidade, está se revelando com frequência como

geradora de sofrimento e em casos mais graves até de

adoecimento.” (RIBEIRO e LÉDA, 2004, p. 81).

Também neste aspecto, o do sentido do trabalho, há um diferencial no

serviço prestado em um curso livre musical. O professor, por estar dispensado

de cumprir os rigorosos programas de uma escola de música formal, pode

satisfazer o gosto de seu cliente aluno, e ao seu próprio, usando repertório da

preferência de ambos para a prática da linguagem musical. E o aluno, por sua

vez, aprende com alegria sendo ensinado por alguém que trabalha com

conteúdo agradável. Além disso, a prática musical, é reconhecidamente

benéfica à qualidade de vida das pessoas e também é considerada uma

atividade prazerosa em si.

O relacionamento num espaço de ensino musical, obviamente, deverá

refletir os aspectos próprios do tipo de serviço prestado.

18

CAPÍTULO II – O CLIENTE

O cliente é a razão de ser do empreendimento caracterizado como

prestação de serviço. É para ele que o empreendedor tem o serviço e é com

ele que há o relacionamento necessário para que o serviço seja prestado.

No curso em que esta monografia é produzida, a primeira apostila do

módulo Gestão de Qualidade do Atendimento, ministrado por Glória Pacheco,

apresenta a evolução cronológica do Call Center, que é considerado um dos

principais meios de relacionamento com o cliente.

O histórico mostra que no ano de 1880 do século XIX – quatro anos

após o surgimento do telefone – um pasteleiro criou um cadastro de 180

clientes que faziam pedidos por telefone antecipando assim o conceito de

telemarketing.

No século XXI, no ano de 2008, a Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT, publicou a primeira edição da Norma intitulada

Acessibilidade – Comunicação na prestação de serviços (ABNT NBR 15599). O

documento tem na sua Introdução a seguinte afirmação:

“A comunicação permeia a prestação de serviços: sem

comunicação não há prestação de serviços. Assim como

ocorre na comunicação, também a prestação de serviços

envolve pelo menos um prestador ou emissor e outro,

usuário ou receptor” (ABNT NBR 15599, 2008, p. v).

Diante desses dois fatos, fica evidente que a questão do

relacionamento com o cliente na prestação de serviços é uma preocupação

antiga e importante. Também fica incontestável que o atendimento ao cliente é

um processo de comunicação.

19

E para estabelecer a comunicação plena é necessário haver

conhecimento.

2.1 – Quem é cliente?

Na apostila “Novas regras para serviço de atendimento ao

consumidor – SAC”, do professor William Rocha, tem na definição de

consumidor, tal como está na legislação, o seguinte trecho: “consumidor é toda

pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como

destinatário final”.

Então, o consumidor, também chamado de cliente, é aquele que

procura adquirir um produto ou um serviço e, na sociedade contemporânea,

existe sobre ele o foco de diferentes olhares. Por um extremo, é alvo da

publicidade que tem o objetivo de atrair e cativar. Por outro, é alvo da

legislação que pretende descrever e proteger. E, no meio, estão a empresa e o

empreendedor que precisam dele para realização e sobrevivência.

E tanto a empresa como o empreendedor sabe muito bem que tipo de

cliente quer. Isto significa que o fornecedor de produto ou serviço conhece o

perfil de cliente que quer atingir.

Assim, o cliente é a peça fundamental de um plano de negócio, pois é

a ele que o empreendimento se destina. Porém, quando o cliente aparece, a

tarefa mais difícil e, ao mesmo tempo, mais importante é administrar o

relacionamento com ele.

A dificuldade surge porque não é fácil relacionar-se com alguém que foi

imaginado para receber um serviço ou um produto. O difícil é compreender

20

quem é este alguém, o que este alguém quer receber e o que é mais adequado

para este alguém.

O fornecedor de serviço ou de produto precisa conhecer muito bem o

serviço ou o produto que fornece. Mas, o mais importante mesmo é conhecer o

cliente e suas expectativas.

Antes de mais nada, cada cliente é uma pessoa. Miglani (2009) realça

que é muito importante ter consciência disso. O autor expressa que “com

frequência, esquecemos que os clientes e consumidores são pessoas, assim

como nós, com sentimentos, esperanças e problemas” (p. 16).

E chama bastante atenção para o fato de ser necessário conhecer

verdadeiramente a pessoa do cliente. Segundo Miglani, não se deve esquecer

que o serviço é pessoal, mas ao atender uma pessoa que procura o serviço

deve-se esquecer das denominações usuais que existem para ela. Ele diz:

“Quando eliminamos as palavras “cliente” e “consumidor”,

removemos as barreiras entre “eles” e “nós”. Sem nada

para nos separar, podemos trata-los simplesmente como

pessoas. O resultado é que “eles” passam a gostar ainda

mais do que oferecemos e se tornam clientes fiéis.”

(MIGLANI, 2009, p. 17).

2.2 – O cliente de curso livre musical

Conforme já foi mencionado, o produto fornecido ao cliente de um

curso livre musical é aprendizagem de música. E música é algo imaterial por

excelência. Não se pode ver nem pegar música. Só se pode ouvir e sentir.

21

A constatação óbvia da natureza “virtual” da música, faz com que ela

seja uma arte “temporal”, pois não ocupa no lugar no espaço e sim no tempo,

diferentemente das artes espaciais como pintura e escultura, por exemplos.

Esta característica da música ser temporal e não espacial faz dela uma

arte que se destaca pelo poder de sensibilizar as pessoas.

Bastien, numa argumentação a favor da importância da música para a

educação, afirma:

“A música tem um significado incomparavelmente alto no

cotidiano e no mundo vital de crianças e de adolescentes;

nenhuma outra disciplina pode equiparar-se a ela. Todos

os estudos empíricos atestam que, para 90% até 95% de

todos os jovens, ouvir música é o mais importante dos

passatempos.” (BASTIEN, 2010, p. 37 e p. 38).

Expandindo-se para adultos e idosos, pode-se dizer que raramente

acontece existir alguém que não ocupe alguma parte do tempo de seu dia com

música.

No entanto, o cliente de um curso livre de música não é simplesmente

alguém que ouve a música. É alguém que quer aprender música. E os motivos

que levam o cliente de um curso livre musical a inscrever-se nele são os que já

foram citados nesta monografia e podem ainda ser outros. Pois, conforme

escreveu Bastien:

“A música é empregada receptiva e ativamente a fim de

se obterem efeitos terapêuticos para doenças psíquicas

na psicoterapia (por exemplo, obsessões, depressão, etc.),

na psicanálise (neuroses, psicoses, etc.), na

psicossomática, na neurologia, na terapia da dor e em

22

diversos outros campos da medicina (por exemplo, na

prática odontológica). Em cirurgias, por exemplo,

sedativos e anestesias podem ser fortemente reduzidos

ou até mesmo substituídos pela música. Por quê? Porque

a música estimula emocionalmente, equilibra as tensões,

favorece os contatos e a capacidade de experiência.”

(BASTIEN, 2010, p. 40).

Destacando-se então a grande força subjetiva que a música tem, pode-

se considerar que também a pessoa que se interessa por uma aprendizagem

musical em curso livre é um cliente com uma subjetividade característica.

Também, conforme já foi escrito, o trabalho realizado em um curso livre

musical geralmente é carregado de prazer. Em contrapartida, geralmente as

pessoas que buscam aprender a linguagem da música são extremamente

sensíveis a qualquer tipo de constrangimento.

O cliente de um curso livre musical, portanto, é um cliente que pertence

a um grupo de pessoas que tem um perfil muito próprio e que requer um

atendimento bastante personalizado.

23

CAPÍTULO III – PADRÕES DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO

O decreto nº 6.523 de 31/07/2008, que regulamenta lei sobre serviço

de atendimento ao consumidor, tem no seu 3º capítulo – “da qualidade do

atendimento” – os artigos 8º a 14º com as regras para atendimento de

qualidade. O primeiro deles (artigo 8º) é: “O SAC obedecerá aos princípios da

dignidade, boa-fé, transparência, eficiência, eficácia, celeridade e cordialidade”.

A legislação, como pode-se ver no artigo citado, determina que o

atendimento ao cliente seja pautado por princípios de qualidade extremamente

benéficos a um relacionamento humano. Além das determinações impostas

pela legislação, existem várias publicações que recomendam padrões de

qualidade de relacionamento e atendimento com o objetivo de colaborar na

solução daquela que é uma das principais questões de uma empresa ou de um

empreendedor: a satisfação do cliente.

3.1 – Padrões de referência

De acordo com Blackshaw (2010) a credibilidade é o maior e mais

valioso bem que uma empresa pode ter. E, segundo ele, a credibilidade é o

resultado do bom atendimento ao cliente e a confiança é o fator essencial da

credibilidade.

Para esse autor, no momento atual, a Internet participativa reúne os

clientes de bens e serviços em amplas comunidades, de forma que

compartilham opiniões e experiências, gerando uma mídia própria de

consumidores e assim o que é dito por meio dos canais de propaganda perde

24

terreno para tudo que os internautas dizem uns aos outros sobre produtos e

serviços.

Blackshaw lista “três verdades” a serem observadas para construção e

expansão da credibilidade, que são as seguintes:

“1. As empresas não detêm mais o poder sobre as

decisões e o comportamento dos consumidores;

2. Quanto mais as companhias se recusam a aceitar a

influência da comunicação entre os consumidores e a

perpetuar os velhos modos de fazer negócio, mais elas

irão afastar e perder clientes;

3. Para ter sucesso num mundo em que os clientes agora

controlam o diálogo, onde os consumidores satisfeitos

relatam sua experiência positiva a três pessoas e os que

ficam frustrados e aborrecidos as divulgam para 3 mil

indivíduos, as empresas devem, sem sombra de dúvida,

ter credibilidade em todas as áreas.” (BLACKSHAW, 2010,

p. 18).

E os autores que ainda não enfatizam o poder da comunicação entre

os consumidores que dialogam pela Internet, destacam de diversas maneiras a

importância que tem um satisfatório atendimento ao cliente, pois o maior

propagandista de uma empresa e principalmente no empreendimento de

prestação de serviços, é o cliente satisfeito. E isto faz parte do relacionamento

que começa no atendimento.

Miglani, em publicação focada no ensino de como agradar ao cliente,

enumera trinta capítulos que são lições de atendimento propostas para

“revolucionar” uma empresa. No capítulo intitulado O cliente é rei, o autor

mostra que atender clientes não é tarefa fácil. Ao contrário, é um trabalho

25

desafiador que exige capacidades para enfrentar situações difíceis e para lidar

com pessoas difíceis. Mas, acima de tudo, o autor alerta e aconselha:

“Por mais difícil que seja lidar com pessoas grosseiras,

nunca se esqueça de que os clientes são a base do seu

negócio. Eles podem ser inconstantes, complicados, uma

verdadeira dor de cabeça – mas, se não existissem, você

não ganharia dinheiro. Na verdade, é tudo muito simples:

você é pago para criar valor para alguém que precisa de

seu produto ou serviço, independentemente do

temperamento dele.

Clientes podem ser difíceis de agradar, mas não acredite

se lhe disserem que eles não são importantes. São, sim –

e sempre serão. E você precisa tratá-los como reis se

quiser ser bem-sucedido.” (MIGLANI, 2009, p. 26).

Embora possa parecer um exagero entender que o cliente é rei, tudo

indica que o autor tem razão, principalmente se considerarmos o contexto atual,

em que qualquer tipo de negócio tem um grande número de concorrentes.

Outro fator que costuma ser proposto como algo que pode enriquecer o

processo de relacionamento com o cliente é inovação. No entanto, o autor

Miglani (2009) pondera que a inovação é um bom fator, porém recomenda

cautela ao propor novidades. Segundo ele, o cliente espera receber o que

procura e se acontecer um excesso de surpresas, ao invés de ficar encantado

pode ficar decepcionado ou frustrado. Segundo o autor, o importante é sempre

fornecer produto ou serviço de alta qualidade e é perigoso “fazer algo

extraordinário” que não possa ser repetido permanentemente. Segundo o autor,

“são inúmeros os negócios falidos que se baseavam em alguma novidade no

atendimento” (p. 37).

26

No curso em que é produzida esta monografia, na apostila referente à

primeira aula do módulo Gestão de Qualidade do Atendimento, ministrado por

Glória Pacheco, são apresentadas “10 dicas de como devemos atender os

clientes para chegar a um atendimento de excelência”, de autoria do Professor

Marins, que é um antropólogo prestador de consultoria a empresas e autor de

diversos livros sobre assuntos de interesse para empresários. As 10 dicas são

as seguintes:

1) Prometa o que puder cumprir e cumpra o que prometer;

2) Fale a verdade em qualquer circunstância: não minta para o cliente;

3) Respeite e cumpra prazos e horários;

4) Seja ágil, faça o cliente ganhar tempo com você;

5) Ouça o cliente com sentimento de escutar;

6) Fale olhando nos olhos do cliente;

7) Tenha calma e paciência;

8) Dê retorno sempre;

9) Cuidado com arrogância;

10) Sorria, o sorriso alivia a tensão.

Os padrões de referência, então, apontam detalhes a serem

observados para haver um bom relacionamento que possa contribuir para a

satisfação do cliente. Porque esta satisfação certamente é, em grande parte,

consequência da qualidade do atendimento dado a ele.

27

3.2 – Atendimento para cliente de curso livre musical

No mesmo módulo Gestão de Qualidade do Atendimento citado no

item 3.1, na apostila referente à segunda aula, há uma afirmação redigida

exatamente assim: “As pessoas esquecerão o que você disse... Esquecerão o

que você fez... Mas nunca como você as tratou.”.

A afirmação aplica-se perfeitamente a cliente de curso livre musical que,

conforme já foi mencionado, geralmente é um tipo de pessoa com

características peculiares e, entre suas propriedades, além do alto grau de

sensibilidade tem a excelente memória.

Assim, no atendimento, é necessário ter bastante atenção quando se

fala com um cliente de curso musical – que é o aluno em processo de

aprendizagem musical. A fala é som como a música. E, tanto o seu ouvido de

cliente, como o seu poder de memorização, costumam ser aguçadíssimos.

E, principalmente, quando esse tipo de cliente procura o curso livre

para o início de sua aprendizagem. Provavelmente suas expectativas são

bastante especiais.

Gianesi e Corrêa, abordando especificamente a prestação de serviços,

explicam:

“Um cliente novo é um cliente que ainda não se utilizou do

serviço de determinado fornecedor e, por consequência,

não conhece o serviço nem o processo. Este cliente

geralmente tem percepção alta de risco, pois não

consegue avaliar o serviço antes da compra e tem que se

basear em informações da própria empresa ou de

28

terceiros (recomendações).” (GIANESI e CORRÊA, 2010,

p. 75).

Embora os autores não se refiram a clientes de um curso livre musical,

o pensamento deles é perfeitamente adequado a esse tipo de cliente. E mais

ainda aplica-se ao cliente de um curso livre musical o que os mesmo autores

expressam no prosseguimento da escrita, na mesma obra, que é o seguinte:

“O cliente novo geralmente traz certa ansiedade em

buscar a cada momento, durante o processo de prestação

do serviço, pistas para avaliar sua qualidade e, portanto,

estará mais atento a cada evento deste processo,

comparando sua percepção do que recebeu com suas

expectativas prévias. Por outro lado, o fornecedor do

serviço conhece pouco das necessidades e expectativas

específicas deste cliente, pela falta de contato anterior,

tornando a busca por sua satisfação mais difícil e fazendo

com que a postura prospectiva dos funcionários de

contato, em identificar as necessidades e expectativas

deste cliente, seja fundamental para o sucesso.”

(GIANESI e CORRÊA, 2010, p. 76).

Realmente, um atendimento especial deve ser dado ao novo cliente,

principalmente na prestação do serviço referente a ensino em curso livre

musical. E isto porque em um curso regular, numa escola de música formal,

seja ela particular ou pública, o cliente já entra sabendo exatamente o que

pretende e, geralmente, passa por um processo de seleção antes de iniciar o

curso. Significa que ele tem objetivos mais definidos e pode já ter um boa ideia

sobre o programa de estudo a ser cumprido.

Em um curso livre musical, além do aspecto flexível do curso, o cliente,

na maioria das vezes, entra mais para experimentar e porque gosta do que é

29

ensinado. E há ainda, conforme já abordado, os que buscam o curso com

objetivos diversos tais como reduzir o nível de “stress” por meio de uma

ocupação prazerosa ou desenvolver-se em alguma prática ou beneficiar-se das

vantagens educativas proporcionadas por algum tipo de aprendizagem musical.

O cliente de curso livre musical, se é cliente novo, precisa ser bem

atendido para participar da atividade, iniciando e prosseguindo satisfeito. Se é

cliente antigo, igualmente precisa de bom atendimento para concluir satisfeito e

divulgar o curso.

Neves questiona a eficiência do atendimento telefônico automático,

derivado do “avanço da informática e das telecomunicações”. Segundo ele, a

voz gravada que direciona o cliente para diversos números representa um

relacionamento distante e frio. O autor argumenta da seguinte forma:

“O cliente quer um contato pessoal, ainda que seja por

telefone. Quer ser atendido por gente de verdade, que

possa reagir, que possa ouvir. A tecnologia não pode

tornar a empresa inacessível ao cliente, pois essa relação

tende a ser efetivamente robótica, sem sentimentos.”

(NEVES, 2006, p. 18).

Para o cliente de curso livre musical o atendimento precisa ser um

“contato pessoal” mesmo, pois a atividade costuma ser realizada

individualmente ou em pequenos grupos. Isto, somado às características já

comentadas, exige um atendimento muito especializado.

Atendimento é tarefa para ser realizada de forma bastante cuidadosa.

Atendimento a cliente de curso livre musical, sobremaneira, é tarefa que exige

cuidados especiais aos detalhes próprios do tipo de serviço e do tipo de cliente.

30

CONCLUSÃO

Com o cruzamento das informações obtidas no estudo sobre prestação

de serviço, perfil de cliente e padrões de referência para atendimento, pode-se

destacar alguns pontos para reflexão.

A maior parte do padrão recomendado para relacionamento com o

cliente precisa de alguma adaptação para ter aplicabilidade ao

cliente de curso livre musical.

O fato da aula de música geralmente ser individual ou em grupo

com pequeno número de alunos faz o relacionamento ser

personalizado e exige que o atendimento seja especial desde o

início.

A natureza do trabalho na educação musical tem uma identidade

prazerosa e afetiva que interfere no tipo de atendimento exigido.

As 10 dicas do professor Marins (na página 26) relacionadas em

apostila da professora Glória Pacheco são perfeitamente

adequadas para o atendimento ao cliente de curso livre musical

porque são realmente aplicáveis a qualquer tipo de cliente.

Enfim, o estudo do tema desta monografia, além dos pontos listados

acima, proporcionou um conhecimento segundo o qual pode-se acrescentar

mais dois itens:

O empreendedor jamais pode esquecer que o simples fato de ser

procurado pelo cliente já é um sinal de preferência e, portanto,

deve ser valorizado.

31

O comprometimento com a clientela é um detalhe importantíssimo

para o sucesso desde o contato inicial.

Finalmente, pode-se concluir que para o relacionamento com cliente de

curso livre musical ser de boa qualidade é necessário que as atitudes tomadas

no atendimento levem em consideração esses pontos relevantes.

32

BIBLIOGRAFIA

BASTIEN, Hans Günther. A contribuição do ensino da música no aprendizado e

no convívio social da criança. Tradução de Paulo F. Valério, São Paulo,

Paulinas, 2010.

BLACKSHAW, Pete. O cliente é quem manda. Tradução de Juliana Lemos, Rio

de Janeiro, Sextante, 2010.

CAMPOS, Casemiro de Medeiros. Gestão Escolar e Docência. São Paulo,

Paulinas, 2010.

GIANESI, Irineu G. N.; CORRÊA, Henrique Luiz. Administração Estratégica de

Serviços: Operações para a satisfação do cliente. São Paulo, Editora Atlas S.A.,

2010.

MARTINS, José do Prado. Gestão Educacional: Uma abordagem crítica do

proceso administrativo em educação. Rio de Janeiro, WAK Editora, 2007.

MIGLANI, Bob. Como encontrar seus clientes: 30 lições de atendimento e

vendas que vão revolucionar sua empresa. Tradução de Marcelo Schild, Rio de

Janeiro, Sextante, 2009.

NEVES, Pastor Adilson Romualdo. Qualidade no Atendimento: A chave para o

sucesso pessoal e empresarial. Rio de Janeiro, Qualitymark, 2006.

RIBEIRO e LÉDA. O Significado do Trabalho em Tempos de Reestruturação

Produtiva. Artigo, 2004.

ROCHA, William. Novas regras para serviço de atendimento ao consumidor -

SAC. Apostila, 2011.

33

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 15599. 2008.

Congresso Nacional. Decreto nº 6.523 de 2008. Brasília-DF: 2008.

Congresso Nacional. Lei nº 9.394 de 1996. Brasília-DF: 1996.

http://www.educacao.sp.gov.br. Secretaria de Educação do Estado de São

Paulo, 2011.

http://www.guiacurso.com.br/livres.php. Guia Curso, 2011.

34

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO .......................................................................................... 2

AGRADECIMENTOS ........................................................................................ 3

DEDICATÓRIA .................................................................................................. 4

RESUMO ........................................................................................................... 5

METODOLOGIA ................................................................................................ 6

SUMÁRIO .......................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO ....................................................................................................8

CAPÍTULO I – O SERVIÇO ..............................................................................11

1.1 – Cursos livres ............................................................................................12

1.2 – Curso livre musical ...................................................................................14

CAPÍTULO II – O CLIENTE ..............................................................................18

2.1 – Quem é cliente? .......................................................................................19

2.2 – O cliente de curso livre musical ................................................................20

CAPÍTULO III – PADRÕES DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO ..................23

3.1 – Padrões de referência ..............................................................................23

3.2 – Atendimento para cliente de curso livre musical ......................................27

CONCLUSÃO ...................................................................................................30

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................32