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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE CRESCIMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Por: Fábio Luiz Anacleto Reis Orientador Prof. Ana Claudia Morrissy São Gonaçalo 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CRESCIMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Por: Fábio Luiz Anacleto Reis

Orientador

Prof. Ana Claudia Morrissy

São Gonaçalo

2010

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NIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CRESCIMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

“CRESCIMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL”

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de especialista em

Engenharia da Produção.

Por: Fábio Luiz Anacleto Reis.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem

ele nada é possível, agradeço também a

minha família, amigos e a todos que direta ou

indiretamente contribuíram para que eu

pudesse realizar mais uma etapa de minha

vida, na qual deixei passar muito tempo para

realizá-la.

Um especial agradecimento a minha esposa

e filhas que souberam superar a minha

ausência em nosso lar e ausência de

atenção que mereciam, para que eu pudesse

realizar mais essa etapa de minha vida.

Aos Mestres e colegas, o meu MUITO

OBRIGADO. Que Deus abençoe a cada

um de nós para que possamos contribuir

para um mundo mais justo e melhor de se

viver. Obrigado.

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DEDICATÓRIA

A minha esposa, pais, filhas e irmãs (destas

um especial para a irmã Fabiane, que me

abriu os olhos e me fez enxergar o que eu

não via ou não queria ver), pelo apoio,

carinho, dedicação, inspiração que sempre

me deram.

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RESUMO

O crescimento da construção civil e sua sustentabilidade são referência para

debates, análises, inovações e principalmente o futuro das gerações vindouras.

O mundo todo é uma constante mudança. As pessoas mudam, o mundo muda

nossa forma de ser e de agir muda, as idéias mudam, o novo muda, enfim o planeta

muda. Seguindo esta concepção, atentemos para o fato que o que estamos

vivenciando hoje de uma forma geral, o que seria visto, de forma futurística por

nossos antepassados e de uma simples história pelas nossas gerações futuras.

As bases que tornaram a construção civil o que é hoje, não servem em quase

nada para nossa realidade. Hoje a construção civil é voltada para inúmeros fatores e

não apenas, construir e construir.

A construção civil e sua sustentabilidade hoje estão voltadas para um fator que

já deveriam ter visto e revisto a muito mais tempo. O meio ambiente.

O meio ambiente é hoje sem dúvidas uma das questões mais analisadas por

engenheiros, cientistas, jornalistas, ambientalistas, entre outros.

Hoje a construção civil está voltada não em só construir e construir. Mas

também à sua sustentabilidade. Mas esta sustentabilidade por sua vez está

condicionada além dos fatores condicionados por lei, está o pensar das próximas

gerações.

As construções, inovações, tecnologias, adaptações, são inevitáveis. O mundo

se tornou assim, não basta apenas querer nos adequar a ele. Precisamos também

pensar nele.

A construção civil existe e sempre existirá. Sua sustentabilidade hoje depende

não só de órgãos regulamentadores, mas também da conscientização mútua.

O que já foi o planeta terra, o que é o planeta terra e o que será do planeta terra

é responsabilidade de todos.

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METODOLOGIA

Podemos, ao analisar o planeta como um todo, conceituar que quanto mais

estudamos os principais problemas de nossa época, mais somos levados a

perceber que eles não podem ser resolvidos isoladamente. É sistêmico, o que

significa que são interligados e interdependentes.

Uma visão holística do mundo, concebido como um todo integrado, e não

como uma coleção de partes dissociadas pode ser também denominada uma

visão ecológica, considerando o sentido amplo do termo, que reconhece o valor

de todos os seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular

na teia da vida. Esta percepção holística, que coloca a ênfase no todo, tornou-se

conhecida como “sistêmica”. Os pioneiros do pensamento sistêmico foram os

biólogos, que enfatizavam a concepção dos organismos vivos como totalidades

integradas.

Pode-se então estabelecer uma relação entre o conhecimento e a visão

holística que reconhece o planeta como um todo integrado, percebendo que são

formas de pensar semelhantes, analisando problemas correlatos a uma questão

crucial que deve ser encarada neste momento: a sustentabilidade ambiental,

especialmente a ser abordada nesta pesquisa, a sustentabilidade na construção civil.

O meio ambiente não deve ser pensado dissociado de todos os outros

sistemas planetários; o meio ambiente que abrange os meios naturais, rurais e

urbanos, em última análise, é o próprio planeta. A sustentabilidade ambiental, para

ser plenamente alcançada através desta nova postura holística, deve ser abordada

em todas as suas implicações, nas esferas das atividades humanas, sejam elas

familiares, educacionais, habitacionais, produtivas, extrativistas ou exploratórias, de

consumo de produtos, prestação de serviços, de pesquisa, e até mesmo nas

atividades futuras, aquelas que ainda nem foram inventadas.

A metodologia utilizada na elaboração do tema será então a sistêmica; entender as

coisas sistematicamente significa colocá-las dentro de um contexto e estabelecer a

natureza de suas relações. Qualquer ação proposta para diminuir impactos da

construção civil sobre o meio ambiente contribui, em última instância, para a

sustentabilidade de todo o planeta.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I – Construções Sustentáveis 09

Desenvolvimento sustentável e Construções Sustentáveis

CAPITULO II – Construção Civil e o Impacto Ambiental 14

CAPITULO III – Responsabilidade Social na Construção Civil 17

CONCLUSÃO 19

REFERÊNIAS 21

PROBLEMA 24

JUSTIFICATIVA 25

OBJETIVO GERAL 26

ANEXO 1 – REVISTA ESPECIALIZADA 37

ANEXO 2 – ENTREVISTA 39

ANEXO 3 – REPORTAGEM 46

INDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 49

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INTRODUÇÃO

A história do mundo mostra que a construção civil sempre existiu para atender

as necessidades básicas e imediatas do homem sem preocupação com a técnica

aprimorada em um primeiro momento. O homem pode ser qualificado

diferencialmente dos demais seres vivos por inúmeras características, entre elas se

incluem o dinamismo de produzir e transformar continuamente suas técnicas

através de aperfeiçoamento e estudo contínuo dos resultados. A constituição das

cidades exigiu qualificação e técnicas mais apropriadas e vantajosas para se

construir edifícios cada vez mais sustentáveis. Surgem as edificações concebidas

com responsabilidade social.

É urgente a identificação das características técnicas que propiciem a

execução de um edifício ecologicamente correto tais como: condicionamento de ar,

posicionamento de fachada em relação ao nascente/poente do sol, destinação de

resíduos sólidos, reuso de água dentre outros. Também, uma profunda reflexão das

principais causas de um estudo preliminar inadequado ou apressado da fase inicial

do projeto, tais como: falta de observação da orientação magnética, análise

incoerente quanto ao correto uso da edificação, preocupação somente com questões

financeiras construtivas sem projeção de custos de manutenção desta edificação.

O presente trabalho pretende apresentar uma abordagem sobre o tema

CRESCIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL através de casos reais, po is as

características de uma construção sustentável interferem diretamente na relação do

homem/meio-ambiente com questões que podem ser minimizadas quando se

resolve investir em um planejamento adequado.

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CAPÍTULO I

CONSTRUÇÕES SUSTENTAVEIS

Atualmente, cada vez mais, têm-se uma preocupação com as questões

ambientais. No ramo da Engenharia Civil, não é diferente. Sabe-se que de todas as

atividades praticadas pelo homem, a construção civil é uma das que mais tem

impacto no meio ambiente. Por isso, novas idéias e tecnologias estão sempre

surgindo para evitar que as construções sejam o pilar de um caos ambiental.

Divulgações de pesquisas e informações, promovendo padrões consistentes e

educativos, seja sobre desenvolvimento de matérias ecológicos, construções

sustentáveis ou planejamento econômico ao espaço construído e aos materiais

utilizados e descartados (resíduos), são alguns passos importantes para que se tenha

futuramente uma sociedade mais consciente e com uma melhor qualidade de vida.

Desenvolvimento Sustentável é um tema muito importante no que diz respeito a

Construções Sustentáveis. Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento capaz

de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de

atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota

os recursos para o futuro. Construções Sustentáveis são construções que visam

antes de qualquer coisa um planejamento da obra de forma que sejam seguidas

diretrizes que envolvem a utilização consciente do meio ambiente, respeitando todas

as normas éticas ambientais.

Sustentabilidade envolve diversos assuntos interessantes além da construção

sustentável e que serão abordados nesse artigo, que tem como objetivo mostrar a

preocupação da atual sociedade com a sua natureza e expor os novos, modernos e

ecológicos métodos da construção civil.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Como foi mencionado anteriormente, Desenvolvimento Sustentável é o

desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. De

acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas define – se Desenvolvimento

Sustentável como desenvolvimento que garanta que nosso uso dos recursos e do

meio ambiente não restrinja seu aproveitamento por futuras gerações.

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O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento

de que os recursos naturais são finitos. Sugere, de fato, qualidade em vez de

quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da

reutilização e da reciclagem.

A Declaração de Política de 2002 da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento

Sustentável, realizada em Joan esburgo, afirma que o Desenvolvimento Sustentável é

construído sobre "três pilares interdependentes e mutuamente sustentadores" —

desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esse

paradigma reconhece a complexidade e o inter-relacionamento de questões críticas

como pobreza, desperdício, degradação ambiental, decadência urbana, crescimento

populacional, igualdade de gêneros, saúde, conflito e violência aos direitos humanos.

Tendo todos esses conceitos como base, as Construções ecológicas, ou

sustentáveis surgem principalmente em países desenvolvidos, contudo veremos que

existem construções ecologicamente corretas para todos os tipos de ambientes e

países, de forma que estudo seja abordado cada vez mais e seja também colocado

em prática.

Em muitos países é possível encontrar conselhos para o desenvolvimento dos

conceitos da construção sustentável, que orientam e discutem os padrões a serem

seguido em cada lugar, como por exemplo, o USGBC (United States Green Building

Council), CaGBC (Canadá Green Building Council), GBCA (Green Building Council

Australia), Japan Sustainable Building Consortium. No caso do Brasil, foi criado

recentemente, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, formado por

acadêmicos, pessoas ligadas às áreas sociais e financeiras, construtores e

representantes de organizações não-governamentais.

A certificação para as construções sustentáveis pode ser obtida por meio de

algumas entidades que criaram métodos e sistemas de base que estudam e avaliam

o impacto de projeto, construção e operação dos edifícios, além de levar em conta a

preservação ambiental, as construções sustentáveis prezam pela salubridade dos

ambientes, sendo assim o que é sustentável é saudável, protegendo os seus

habitantes das enfermidades que o contexto externo pode trazer para dentro das

edificações.

É possível estabelecer diretrizes para determinar uma construção sustentável,

são elas:

● Pensar em longo prazo o planejamento da obra;

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● Eficiência energética;

● Uso adequado da água e reaproveitamento;

● Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais;

● Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas;

● Gestão dos resíduos sólidos. Reciclar, reutilizar e reduzir;

● Conforto e qualidade interna dos ambientes;

● Permeabilidade do solo;

● Integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.

Uma obra sustentável leva em conta o processo na qual o projeto é concebido,

quem vai usar os ambientes, quanto tempo terá sua vida útil e se, depois desse

tempo todo, ela poderá servir para outros propósitos ou não. Tudo o que diz respeito

aos materiais empregados nela devem levar em conta a necessidade, o desperdício,

a energia gasta no processo até ser implantado na construção e, depois, se esses

materiais podem ser reaproveitados. Uma arquitetura sustentável deve,

fundamentalmente, levar em conta o espaço na qual será implantada. Os aspectos

naturais são de extrema importância para se projetar com estes fins. Se respeitadas,

as condições geográficas, meteorológicas, topográficas, aliadas às questões sociais,

econômicas e culturais do lugar é que definirão o quão sustentável a construção será.

Pode-se ter uma idéia desses tipos de construções em diversos ambientes e

climas, sendo eles algumas das inúmeras possibilidades. Além disso, a forma, as

técnicas e materiais podem e devem ser combinados da melhor maneira que convier.

Por exemplo, nas regiões de clima tropical úmido, onde as chuvas e altas

temperaturas são constantes durante o ano todo, podemos desenvolver ambientes

com tetos altos e bem inclinados. As paredes devem ser finas para não reterem muita

umidade, o piso, elevado para evitar a umidade do solo, e as janelas devem ser

grandes para aproveitar a ventilação.

Já nas regiões de clima temperado, o frio é mais intenso, por isso deve-se

utilizar materiais que isolem o interior dos ambientes do frio externo. As paredes

devem ser grossas para isolar termicamente o interior e a casa deve ser construída

ou só erguida sobre pedras para proteger do frio que vem do solo. Uma boa lareira

para aquecer o ambiente também é uma boa idéia.

Com relação ao clima tropical seco, compreendemos que os dias são quentes e

as noites frias, e o ideal para isso é que as construções fiquem próximas umas das

outras. As paredes devem ser grossas para proteger os ambientes das variações

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bruscas de temperatura. O piso deve ser apoiado sobre o solo para receber a

temperatura mais amena de baixo para cima. As podem ser pequenas, diminuindo

assim a entrada do sol e de poeira. Utilizar cores claras nesses ambientes também é

muito recomendado, pois absorvem menos calor que cores escuras.

Aliando o uso de materiais adequados a uma boa combinação de técnicas e uso

responsável do meio, obtemos uma arquitetura mais sustentável. Uma construção

sustentável prevê que os materiais usados:

● Dêem preferência para os que venham de locais próximos;

● Sejam sintéticos, naturais e ou transformados, devem ser produzidos para ser

usados até o fim da vida útil. Adequados para a reciclagem, reuso e reutilização;

● Prima por aquele material composto de substâncias não tóxicas, não nocivas e

benéficas na decomposição;

● Tenham sido feitos sem agredir o meio e ou deturpar as ordens sócias e culturais.

Economicamente vantajoso ao lugar e região na qual é produzido;

● Sejam materiais de ordem naturais, porém renováveis. Utilizados e mantidos para o

uso das sociedades que ainda estão por vir;

● Criem condições para novos padrões sustentáveis de consumo e sejam eficientes;

● Não sejam transgênicos;

● Não poluam o meio na qual é utilizado;

● Se bem usados, colaborem para o fim das devastações ambientais.

Alguns materiais e produtos que podem ser empregados nas construções

sustentáveis: fibras vegetais, óleos vegetais, solo cimento, concreto reciclado,

madeiras alternativas, tintas naturais, telhas ecológicas, piso intertravado, lâmpadas

fluorescentes compactas, pias e balcões reciclados, equipamentos sanitários de baixo

consumo e automáticos, etc.

Além dos materiais, as técnicas utilizadas são também bastante importantes

nessas construções, técnicas essas que utilizam a energia solar, eólica, o reuso da

água, reciclagem, técnica essa muito utilizada não só no ramo da engenharia, mas

em nosso cotidiano e que representa um dos métodos mais simples e eficazes de

nós, colocarmos em prática ações cotidianas e de grande influência na natureza,

como por exemplo, a reciclagem de materiais (embalagens) de diversos tipos em lixos

adequados, reciclagem de pilhas e baterias, reciclagem de latas de alumínio, etc.

Com relação à construção civil, temos que, o desperdício na obra colabora com

o aumento dos entulhos e lixões, muitas vezes localizados em espaços onde os

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ecossistemas são mais frágeis. Uma construção sustentável deve atender a um

planejamento rigoroso sobre o manejo do que entra e sai em sua obra e,

principalmente, do que entra e sai no cotidiano de seu funcionamento. Os materiais

que entram e os resíduos que saem devem ser acompanhados desde o fornecedor

até a entrega das sobras ao receptor. Deve-se certificar de onde vem o material, é

estar ciente de não colaborar com fornecedores irresponsáveis ambientalmente, além

disso, para destinar os resíduos é necessário estar ciente que aquilo que sobra não

será despejado em alguma beira de córrego.

Os materiais de uma obra em demolição podem e devem ser reaproveitados.

Felizmente, vários setores da construção civil já se organizam e sentem no bolso o

valor da reciclagem. Uma forma racional e coerente de se construir é ter certeza da

quantidade necessária de material. Se for muito, reduza. Se for pouco, reutilize. Se

sobrar, recicle.

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CAPÍTULO II

CONSTRUÇÃO CIVIL E O IMPACTO AMBIENTAL

Até recentemente, seria comum encontrar na grande maioria das companhias,

empreendedores, cuja visão de trabalho se direcionava para a produção em larga

escala, objetivando unicamente os lucros e sua credibilidade no mercado,

desprezando por completo as questões ambientais.

O conceito de desenvolvimento econômico não estava relacionado à

preservação das condições ambientais do planeta, essas essenciais à sobrevivência

humana.

Hoje, porém, há uma nova tendência, pela qual, os empreendimentos que

desejam alcançar resultados positivos devem atrelar a imagem de sua empresa à

proteção do meio ambiente. Essa iniciativa das empresas não é somente resultado do

entendimento da necessidade de conservação do meio ambiente, por parte dos

empresários, mas também, obediência em atender às leis ambientais e colaborar com

o desenvolvimento sustentável.

Entre essas empresas, as companhias do setor civil têm expandido seus

negócios devido ao desenvolvimento econômico do país e atualmente, com os

grandes eventos esportivos, que serão realizados no Brasil, como a Copa do Mundo

de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o trabalho dessas empreiteiras será ainda mais

impulsionado. Serão realizadas grandes construções na área de infraestrutura, hotéis

e estádios, muito há o que se construir adequar ou reformar, o que acaba gerando um

considerável impacto sobre o meio ambiente.

Segundo informações da Master Ambiental, empresa de consultoria em meio

ambiente, a construção civil é atividade humana que mais impacta o meio ambiente.

Sozinha, ela consome cerca de 75% dos insumos naturais do planeta. E mais de 30%

dos gases de efeito estufa são resultados das atividades da construção civil.

Com objetivo de amenizar esse efeito, as construtoras estão buscando, cada

vez mais, se readequar ao conceito de desenvolvimento sustentável. O chamado

LEED, desenvolvido nos Estados Unidos, é um certificado que tem sido adotado, no

planejamento de construção civil, com o intuito de assegurar que as obras atendam

aos padrões ecologicamente corretos.

De acordo com Fernando Barros, engenheiro civil especializado em

planejamento de gestão ambiental, não se pode mais projetar novas construções

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utilizando as mesmas técnicas do século passado. “Por isso o LEED é uma

alternativa para uma construção verde que focaliza a redução do impacto ambiental,

economia de energia elétrica e reaproveitamento de água”, diz.

Em Londrina, está sendo construído o Eco Mercado Palhano, um exemplo de

construção ecologicamente correta, que terá o certificado LEED. O que significa que

será construído e funcionará respeitando o meio-ambiente.

O projeto prevê o aproveitamento da água da chuva e da luz solar; paredes

vivas; câmara fria para depósito do lixo; ambiente arejado; e ainda usará tinta

hidrossolúvel (que não agride o meio-ambiente). Segundo Barros, com a construção

ecologicamente correta haverá uma economia de 44% de água potável e 30% de

economia de energia elétrica, ao longo dos anos.

Além disso, apoiar, ou mesmo financiar, projetos ambientais e planos de

reflorestamento tem sido outra alternativa encontrada pelas construtoras para

compensar seu impacto sobre o meio ambiente. Higino Aquino, diretor de

desenvolvimento institucional do IBFLORESTAS, afirma que com a expansão de

empreiteiras e incorporadoras, do setor civil, aumentou a necessidade de projetos

socioambientais e planos de reflorestamento para recuperar áreas degradadas e

compensar as emissões de CO2. “Investir em projetos socioambientais é uma regra

de mercado” menciona.

Além dos resultados positivos do reflorestamento, como proteção à

biodiversidade, combate ao aquecimento global e o envolvimento de famílias

indígenas e de agricultores em projetos promovidos por essas instituições,

indiscutivelmente as empresas ganham destaque na mídia e o seu produto passa a

ser mais bem aceito no mercado. Essa tem sido uma ferramenta de marketing no

ramo empresarial.

Segundo o diretor de desenvolvimento institucional do IBFLORESTAS, pode-se

observar, no país, um movimento forte de empresas, principalmente as pequenas, se

capacitando a fazer inventários de emissões de CO2, desenvolvendo projetos

socioambientais e potencializando sua produção de mudas. “Para se ter uma idéia,

em 2008, estávamos produzindo 3,6 milhões de mudas de árvores nativas por ano. E

atualmente, nosso viveiro produz 12 milhões de mudas/ano”, destaca.

Higino Aquino explica ainda, que parte dessa demanda trata-se de projetos

obrigatórios que seriam compensações ambientais, entre outros. Porém, o número de

árvores destinado a projetos voluntários, como é o caso da neutralização de CO2,

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representava menos que 5% da demanda e hoje, estima-se que 20% das mudas

produzidas pelo IBFLORESTAS, já são direcionadas a este tipo de projeto.

Um dos novos projetos é uma aventura que irá iniciar no Arroio do Chuí,

plantando árvores de bicicleta. A meta é chegar até a Oiapoque plantando árvores.

Os diretores da instituição pretendem passar por várias cidades do Brasil, convidando

as pessoas a plantarem árvores, a conhecerem a importância consciência ambiental

para que todos se tornem mais ativos na proteção dos recursos naturais.

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CAPITULO III

RESPONSABILIDADE SOCIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL Em 1991, a Paulo Octávio Investimentos Imobiliários, empresa da área de

construção civil em Brasília, lançou um projeto muito pouco provável para o contexto

daquela época: o “Alfabetização nos Canteiros de Obras”. Segundo a direção da

construtora, o intuito era investir no homem, para obter melhor excelência em seus

produtos. Naqueles anos, as outras empresas de construção civil voltaram todos os

investimentos para a aquisição de novas tecnologias. Realidade que até hoje persiste,

conforme é comprovado em recente pesquisa sobre a “Ação Social das Empresas”,

realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Os resultados mostram que as empresas da área de Construção Civil são as

que menos investem em ações sociais: “Comparando-se a atuação nos diversos

setores econômicos, a agricultura sai na frente: 75% das empresas do setor

declararam realizar ações em benefício de comunidades carentes. A contribuição das

empresas dos setores de comércio (52%) e serviços (49%) ficou próxima à média

regional (50%). Já os setores industriais e de construção civil apresentaram

participação mais modesta, em torno de 40%”.

Porém, com o passar dos anos, a estratégia adotada pela empresa mostrou ser

a melhor possível, tanto em termos de retornos financeiros e de qualidade final dos

produtos, quanto em termos de confiança e admiração do seu público. Hoje,

contabiliza um faturamento anual de mais de R$ 200 milhões ao ano e é a marca

mais procurada no mercado brasiliense. “Os acidentes de trabalho diminuíram

drasticamente, uma vez que os operários puderam ler os avisos de segurança e

tornaram-se cidadãos bem mais conscientes”, explica Bartolomeu Estrela,

coordenador do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho (SESMT) da PaulOOctávio.

Nos últimos 12 anos, mais de dois mil operários foram alfabetizados no seguinte

esquema de funcionamento: os funcionários param de trabalhar uma hora antes do

final de sua jornada diária de trabalho, que é paga normalmente pela construtora. O

aluno, por sua vez, cede uma hora a mais do seu dia para que a aula possa ter duas

horas de duração, sempre de segunda a sexta-feira, durante o período que varia de

12 a 18 meses. O material didático é cedido pelo Serviço Social do Distrito Federal

(Seconci/DF), enquanto que a contratação (salário e vale-transporte) dos professores,

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o jantar oferecido depois da aula aos alunos e as instalações físicas são custeados

pela empresa.

Diante desta experiência, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, lançou

ao fundador da construtora, Senador PaulOOctávio (PFL), o desafio de tornar o

“Alfabetização no Canteiro de Obras” um projeto de lei, que visa estabelecer a

obrigatoriedade de implantar salas de aula em todos os canteiros do país. “Se todos

os empresários da construção civil seguirem este exemplo e transformarem cada

canteiro de obra em uma escolinha, tenho certeza que o Brasil irá mudar

substancialmente”, disse Cristovam, em visita à empresa.

Desde então, o projeto vem sendo debatido com diversos empresários e

entidades patronais do setor. A fase atual é de audiência pública, que ocorre por meio

do recolhimento de sugestões para a confecção da redação final do projeto de lei. “É

preciso mostrar à indústria da construção civil o quanto é fácil e barato investir em

educação”, diz o senador Paulo Octávio. De acordo com ele, o custo de um operário

inscrito no curso de alfabetização (considerando salário de professor, material escolar

e uma hora de dispensa por dia da jornada de trabalho) é de R$ 140 mensais

aproximadamente.

“É um valor muito pequeno, tendo em vista as vantagens que o programa

ocasiona para a própria empresa”, declara o senador. O ministro Cristovam garante,

por sua vez, que o MEC fornecerá os professores para o projeto, contratando 10 mil

alfabetizadores pelo programa Primeiro Emprego do Ministério do Trabalho e buscará

outros 30 mil oferecendo bolsas de estudos do MEC para universitários.

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CONCLUSÃO O conceito de crescimento na construção civil e sua sustentabilidade têm sido

amplamente discutidos ao longo das últimas quatro décadas; isto pode ser

percebido pela grande quantidade de documentos de compromissos produzidos por

diversas instituições governamentais, ONG’s e congressos espalhados pelo Brasil

e no mundo. No entanto não é possível ainda perceber com clareza a aplicabilidade

de tais ações pactuadas, na busca pelo desenvolvimento de uma construção civil

sustentável. Ainda hoje é possível encontrar no meio urbano, situações

notadamente não sustentáveis como: edificações sem conforto térmico/acústico

necessitando de elevado consumo de energia elétrica, a degradação de grandes

áreas ambientais, como os lixões, o lançamento de esgotos domésticos e

industriais em cursos d’água que atravessam a cidade, para citar apenas alguns

destes problemas.

Existem obviamente esforços por meio de certos setores produtivos

propondo ações que buscam criar alternativas sustentáveis para solucionar os

problemas urbanos, como por exemplo, os programas de reciclagem de resíduos de

demolição. Estes programas seriam mais eficientes se o material a ser reciclado

primasse pela qualidade; e isto implica em uma prévia separação dos resíduos no

canteiro de obras, o que normalmente não acontece. A eficiência de todo o

processo foi comprometida por uma falha na base do sistema. A falha é

essencialmente um problema cultural, o agente (no canteiro de obras) que não

visualiza todo o processo de reciclagem, nem imagina que pode contaminar uma

caçamba inteira ao despejar nela lixo orgânico.

Percebe-se, portanto que os processos de engenharia de obras para se

alcançar a sustentabilidade não devem ser isolados. Os processos devem envolver

vários setores da sociedade, promovendo ações de educação ambiental, permitindo

que todos os envolvidos tenham conhecimento da importância e abrangência de

suas ações na busca pela sustentabilidade como um todo.

Por outro lado devemos sempre nos atentar para o fato de que a tecnologia,

tanto de materiais como de conhecimento, estão se alterando em uma velocidade

vertiginosa e para tanto devemos nos convencer de que a tecnologia hoje bastante

sustentável pode ser amanhã mesmo obsoleta ou não atender os quesitos de uma

construção civil sustentável.

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Desta maneira, uma forma para buscar a sustentabilidade seria se identificar

com o Relatório Brundtland em sua definição geral: "suprir as necessidades da

geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas".

Com esse olhar, o objetivo é o de se obter edificações cada vez mais

sustentáveis de acordo com as questões ambientais locais e temporais, analisando

questões simples como a trilogia dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar). E, por

outro lado, buscar sempre o desenvolvimento tecnológico no intuito de se

alcançar uma edificação sustentável que venha a atender as necessidades

primordiais dos seres humanos visando a preservação dos recursos naturais

renováveis e de baixo custo: construtivo e de manutenção pós ocupação.

E assim todas as questões que afetam a cidade, sejam de meio ambiente

e/ou edificações pouco ou não sustentáveis, teriam gradativamente corrigido suas

distorções, para se alcançar o equilíbrio ecológico e sustentável.

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http://www.rumosustentavel.com.br/instituicoes-ambientais-a-favor-da-

sustentabilidade-empresarial/

CAPITULO III: Responsabilidade Social na Construção Civil em:

http://www.responsabilidadesocial.com/article/article_view.php?id=192

ANEXO 1: Revista especializada (Construção Sustentável cresce no Brasil) em:

http://www.meiofiltrante.com.br/noticia_Constru%C3%A7%C3%A3o%20Sustent%C3

%A1vel%20cresce%20no%20Brasil-8657.htm

ANEXO 2: Entrevista (Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP) em:

http://revista.construcaomercado.com.br/negocios-incorporacao-

construcao/89/artigo120551-1.asp

ANEXO 3: Reportagem (Emprego na construção civil bate recorde em junho)

em:

http://oglobo.globo.com/economia/morarbem/mat/2010/08/05/emprego-na-construcao-

civil-bate-recorde-em-junho-917322150.asp

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PROBLEMA

A Construção Civil é hoje uma das maiores geradoras de emprego no mundo.

Com tanta tecnologia e inovações vem se destacando e ganhando força a cada ano

que se passa. Mas com tanta tecnologia e inovações a sustentabilidade na

construção civil que hoje emprega milhares de pessoas, está voltada ao problema do

meio ambiente?

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JUSTIFICATIVA O fato de ver um grande acúmulo de prédios pelas ruas, onde antes vínhamos

casas, nos faz analisar e refletir como será daqui a algum tempo. O grande acúmulo

de pessoas nas cidades, lixos, esgoto e em que tudo isso afetará ao meio ambiente e

as novas gerações conseqüentemente.

Era muito comum andar pelas ruas e ver residências comuns. Casas uma ao

lado da outra, em alguns casos um sobrado, mas era comum. Hoje nestes mesmo

locais onde havia quatro ou cinco residências, é comum ver um prédio com mais de

80 apartamentos. E isso numa proporção assustadoramente crescente.

É preciso conscientização de todos. A sustentabilidade na construção civil, como

também em muitos outros geradores de emprego tem que está voltado para a

conservação e preservação do meio ambiente em que vivemos. O meio ambiente em

que vivemos hoje, não é o mesmo em que nossos antepassados viveram e nem será

o que viverá nossos descendentes. A conscientização hoje colherá um futuro melhor

no futuro.

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OBJETIVO GERAL

A preservação e manutenção das condições naturais do meio ambiente se

estabelecem como categoria imprescindível para a qualidade de vida das gerações

vindouras, bem como para a própria estabilidade neste planeta. A destruição do meio

ambiente, através dos impactos constantes, pode tornar inexeqüível a preservação da

vida dos seres humanos. Sendo assim, é constitucional que todas as atividades

desempenhadas através da ação humana sejam realizadas de forma que possam ser

ambientalmente sustentáveis.

Contemporaneamente a questão ambiental, além de ser do interesse dos

cientistas e dos ecologistas, também é de interesse da sociedade como um todo. Está

se tornando assunto obrigatório nas salas de aula, nas discussões políticas regionais,

nacionais e internacionais, nas agendas dos executivos e isto acontece devido a um

relacionamento entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico, que

modificou o ponto crítico para os negócios.

Sendo assim, o Ministério Público em conjunto com a profissionalização das

ONG's (Organizações Não-Governamentais) contando com uma sociedade mais

esclarecida, têm tratado a questão da preservação do meio ambiente com uma

singularidade cada vez mais relevante, tanto em administrações e organizações

privadas como nas gestões públicas. No entanto, a educação e a conscientização dos

indivíduos para a necessidade de práticas que não acarretem danos ao meio

ambiente, ainda deixa muito a desejar, precisando de mais ações para se concretizar.

Isso de dá, porque a maioria das pessoas não se vê como participante do

processo de interferência na natureza. Importam-se com o meio ambiente apenas de

modo teórico ao ouvir falar de uma ou outra espécie ameaçada, ou de um

ecossistema alterado. A falta de relação direta com os processos naturais torna o ser

humano ignorante sobre sua dependência, próxima e direta, com o meio ambiente.

Deixam de se sentir ligados à terra, aos cursos da água e aos seres vivos, e não

sente a necessidade de compreender seus ciclos e inter-relações, como o fazem as

comunidades tradicionais que reconhecem sua própria dependência da natureza. E

essa falta de participação cotidiana na natureza leva a negociar um trecho de floresta

ou de praia como se fossem apenas objetos de comércio.

Este alerta permite refletir sobre a "Carta do Chefe Indígena Seattle" datada de

1854, como sendo a resposta do cacique ao Presidente Americano F. Pierce, que

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tentava comprar as suas terras. Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o

direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. Um apelo ao

humanismo:

"O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o

mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro.

Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem

agonizante há vários dias, é insensível ao seu próprio mau cheiro. Portanto, vamos

meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós a decidirmos aceitar

imporemos uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como

seus irmãos. O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem

morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve

acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.

Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de

nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida

com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas:

que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer a Terra, acontecerá também aos

filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à

terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma

família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o

teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará

o homem a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para

amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos,

apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos (e o homem branco poderá

vir a descobrir um dia): Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem.

Vocês podem pensar que O possuem como desejam possuir nossa terra; mas não é

possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e

para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os

homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos.

Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

"Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela

força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o

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domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para

nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos

bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados

do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam.

Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da

vida e o inicio da sobrevivência.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa Idéia nos

parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água,

como é possível comprá-los.

Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um

pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada

clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A

seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem

vermelho...

Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o

sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-

se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que

cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da

vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas

e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e

ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto,

vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção

de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro

que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua

irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja,

prossegue seu caminho. Deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se

incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa... Seu

apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades

fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um

selvagem e não compreenda.

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Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se

possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto.

Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece

somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro

solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou

um homem vermelho e não compreendo. “O índio prefere o suave murmuro do vento

encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou

perfumado pelos pinheiros” (DIAS, 1998).

Nota-se, portanto, que entre homem e natureza há uma relação de íntima

dependência, isto é, o homem é fruto do meio do mesmo modo que o meio é fruto do

homem. A natureza é, assim, testemunha e alvo de transformações profundas,

decorridas nos últimos séculos e, principalmente, no século XX, a partir da Segunda

Guerra Mundial.

Se, por um lado, a civilização industrial trouxe avanços tecnológicos

inimagináveis a uma pessoa do século anterior, por outro lado trouxe numerosas

conseqüências indesejáveis e, além de tudo, perigosas, uma vez que deterioram o

meio onde se insere o homem.

Vêm chamando a atenção de diversas parcelas da sociedade, todos os efeitos

negativos do desenvolvimento industrial-tecnológico, essas pessoas e instituições

estão preocupadas com a destruição dos sistemas naturais e com a deterioração da

qualidade de vida das pessoas.

Pesquisadores britânicos, na década de 1970, descobriram um buraco na

camada de ozônio sobre a Antártica. Esse buraco é somente um dos efeitos

deletérios da atividade humana sobre o ambiente. A água impregnada de fertilizante

polui riachos e rios, nuvens sulfurosas liberadas por usinas elétricas a carvão

contribuem para a chuva ácida, diariamente, milhões de automóveis emitem centenas

de toneladas de gases prejudiciais, em decorrência desses e outros fatores, os

cientistas reagiram a essas e outras ameaças.

A partir do final da década de 1980, iniciou-se um movimento fundado no

princípio de "desenvolvimento sustentável". Esse princípio refere-se à garantia da

manutenção da qualidade dos recursos naturais para usufruto das gerações

vindouras. Tal movimento desenvolveu-se por intermédio da realização de discussões

e fóruns por todo o planeta e, chegou a ser reconhecido internacionalmente depois da

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Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO

92), que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro.

A importância da sustentabilidade foi conceitualizada inicialmente pela Comissão

Brundtland (1987) como "a satisfação das necessidades da presente geração sem

comprometer a satisfação das necessidades das futuras gerações". Tal conceito foi

ampliado e aperfeiçoado numa nova visão do próprio processo de desenvolvimento: o

Desenvolvimento Sustentável.

Desenvolvimento sustentável, conforme denominação de Bezerra (2000),

precisa expressar tanto desenvolvimento social quanto econômico constantes,

equilibrados, que contenham estruturas de distribuição das riquezas geradas e com

disposição de ajustar a fragilidade, a interdependência e as escalas de tempo

competentes e características dos recursos naturais.

A conceituação de desenvolvimento sustentável passou a existir envolta em um

conjunto de idéias relacionadas ao tema e que apresentam uma constante

preocupação com o destino do planeta no que se refere ao modelo de

desenvolvimento econômico irresponsável, que provoca graves e freqüentes

problemas ambientais. No entendimento de Ribeiro et al. (1996, p. 99) pode-se

distinguir: o conceito de Desenvolvimento Sustentável de sua função alienante e

justificadora de desigualdades de outra que se ampara em premissas para a

reprodução da vida bastante distintas. Desenvolvimento Sustentável poderia ser,

então, o resultado de uma mudança no modo da espécie humana se relacionar com o

ambiente, no qual a ética não seria apenas entendida numa lógica instrumental, como

desponta no pensamento eco-capitalista, mas sim, embasada em preceitos que

ponderassem as temporalidades alteras à própria espécie humana, e, porque não,

também as internas à nossa própria espécie.

De uma forma mais crítica as propostas do Desenvolvimento sustentável,

Macedo (apud REBELO, 1998, p. 17 e 18) descreve: A crise paradigmática que

envolve a sustentabilidade percorre três décadas sem que se passe da retórica para a

prática. O momento atual configura-se como um momento de transição, por isso

assistimos um frenesi cultural, com o espocar sistemático de novas filosofias, teorias

e ideologias, que conformam sem dúvida o mais amplo mosaico cultural identificado

na história humana (que) possuem algumas particularidades interessantes (e) a

capacidade de convergência em alguns aspectos que lhes são básicos: a melhoria da

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qualidade de vida do homem, a conservação do ambiente, a operacionalização do

arbítrio e o direito de informação.

Neste desenvolvimento está envolvida tanto a vida do planeta como o conjunto

das interações e interdependências compreendidas nos ciclos bio-geo-químicos além

dos processos ecológicos aos quais a vida humana representa apenas uma parte.

Quando se trata de assegurar a cidadania ambiental, no entendimento de

Maimon (1993), um dos objetivos centrais do desenvolvimento sustentável, não

pretende defender que a sociedade humana precise necessariamente parar com o

desenvolvimento econômico, isso não se faz necessário para evitar os danos

ambientais. É preciso pensar no desenvolvimento econômico, mas de forma que seja

ambientalmente sustentável, isto é, não se contraponha à cidadania ambiental.

O desenvolvimento compreende processos de crescimento e de troca

relacionados entre si que expressam uma aspiração por uma sociedade melhor. O

modelo de crescimento econômico do sistema capitalista gerou grandes

desequilíbrios, já que existe muita riqueza e fartura, mas, por outro lado, a miséria, a

degradação ambiental e a poluição aumentam diariamente de forma desenfreada.

Dessa maneira, surge a idéia do desenvolvimento sustentável, que procura

harmonizar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental para

conseguir melhor qualidade de vida e condições de sobrevivência por meio do

equilíbrio entre tecnologia e ambiente (CALCAGNO apud SONAGLIO, 2002).

Maimon (1993) salienta que a garantia do equilíbrio depende de um

desenvolvimento tecnológico orientado para metas de estabilidade em relação ao

meio ambiente. Necessita também da incrementação da capacidade de inovação

tecnológica de países em desenvolvimento. Sob a ótica do desenvolvimento

sustentável o progresso compreende a geração de maior riqueza, benefício social

eqüitativo e equilíbrio ecológico.

Branco (1988, p. 86) ainda acrescenta que: "os países realmente desenvolvidos

do mundo não sacrificam suas culturas em favor de um desenvolvimentismo que

beneficia muito mais os industriais e comerciantes do que a nação".

De acordo com Sipilâ (apud AGENDA 21, 2008), desenvolvimento sustentável

compreende o emprego da capacidade humana de pensar em vez de empregar os

limitados recursos naturais sem uma reflexão prévia. Conforme a IUCN, UNEP e

WWF (1991apud AGENDA 21, 2008): O verdadeiro objetivo do desenvolvimento é

melhorar a qualidade de vida humana. Ser um processo que permita aos seres

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humanos realizarem seu potencial plenamente e levar vidas dignas e satisfatórias. O

crescimento econômico é uma parte importante do desenvolvimento, mas não pode

ser um objetivo em si mesmo, nem pode continuar indefinidamente. O

desenvolvimento só é real se torna nossas vidas melhores.

As pessoas precisam reexaminar seus valores e mudar comportamentos para

adotar a ética de viver sustentavelmente. Para isso, a sociedade deve promover

valores que apóiem uma nova ética e desencorajar aqueles incompatíveis com um

modo de vida sustentável. O desenvolvimento não pode se dar baseado no sacrifício

de grupos sociais ou das futuras gerações, visto que a distribuição das riquezas é um

valor da sustentabilidade. As classes mais pobres são mais afetadas pelos problemas

ambientais e possuem menos condições de solucioná-los. A pobreza direciona as

pessoas a comportamentos insustentáveis, enquanto os ricos têm condições de

ignorar as conseqüências ambientais de suas ações (AGENDA 21, 2008).

A Agenda 21 (2008) salienta que a sociedade precisa desenvolver valores que

apóiem uma nova ética deixando de lado os conflitos com uma forma de vida

sustentável. Conseqüentemente, o desenvolvimento sustentável tem por objetivo

chegar a um equilíbrio entre tecnologia e ambiente, considerando-se os diversos

grupos sociais, bem como os diferentes países na busca da equidade e justiça social.

De acordo com argumentação de Mendes (2008), para alcançar tal objetivo, o

desenvolvimento sustentável deve ser compreendido como parte integrante do

processo de desenvolvimento e não ser considerado de forma isolada.

O aumento crescente da conscientização da sociedade em benefício da

preservação ambiental provoca pressões por parte de entidades não governamentais

e de comunidades sobre os governos e empresas para que admitam a

responsabilidade sobre os estragos trazidos ao meio ambiente. A partir disso,

pretende-se efetuar uma administração voltada à consciência ecológica.

Os grandes investimentos em pesquisas e tecnologias limpas pelas empresas,

além do crescente número de leis de proteção ambiental, e da criação de ONG's

conjuntamente com a participação mais ativa da sociedade são um fato mundial.

Todavia, todos esses progressos ainda não são suficientes para proteger o planeta e

as previsões não são boas.

Nesse contexto, "Poluição, extinção e mau uso dos recursos naturais são,

sobretudo sintomas – assim como a febre é um sintoma, e não uma doença – de uma

crise maior: a crise de paradigma e de civilização" (BRÜGGER, 1998, p. 63).

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O tema é complexo e envolve fatores políticos, econômicos, sociais e até

culturais entre todas as nações e por isto a decisão do problema é tão complexa. O

Relatório Planeta Vivo 2000, "enfatiza que os recursos da Terra sofreram uma

redução de cerca de 33% devido ao chamado Impacto Ecológico. O Impacto revela a

área biológica produtiva necessária para suprir a quantidade de alimentos, materiais e

energia consumidos por cada país" (DUCHE (2002, p. 41).

Bissio (2000) salienta que falta vontade política, quando se afirma que faltam

recursos para investimentos em projetos ambientais. As decisões na área ambiental

são inseparáveis às decisões políticas. O meio ambiente é a nascente de todos os

recursos naturais que provocam o progresso e amparam a vida na Terra, sendo

dessa maneira universal, sem fronteiras, responsáveis por uma sociedade civil global,

participativa e informada, que defende bandeiras que não dizem respeito a um país

em particular, mas à população mundial, representando em definitivo, todas as

pessoas.

Mendes (2008) sustenta que: O processo da forma como vem sendo feito, têm

acabado com o ambiente ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a

Natureza. Um estudioso do assunto disse uma vez que é mais difícil o mundo acabar

devido uma guerra nuclear ou uma invasão extraterrestre (ou uma outra catástrofe

qualquer) do que pela destruição que nós, humanos, estamos provocando em nosso

planeta.

A maior parte dos indivíduos, no entendimento de Leroy et al (1997 apud

REBELO, 1998), concorda que o atual estilo de exploração do meio natural se

encontra esgotado e é definidamente insustentável, não somente sob o ponto de vista

econômico e ambiental, mas, por outro lado, no que tange à justiça social, poucas

medidas indispensáveis para transformar as instituições econômicas, sociais e

políticas, as quais deram sustento ao estilo na atualidade, são adotadas. O máximo

que se tem feito é utilizar a noção de sustentabilidade para introduzir o que equivale a

uma restrição ambiental no processo de acumulação capitalista, sem enfrentar, os

processos institucionais e políticos que regulam a propriedade, o controle, o acesso e

o uso dos recursos naturais.

O desenvolvimento sustentável implica no surgimento de uma consciência

ecológica criada a partir de um modelo de educação, sendo a chave para a inversão

dos valores da sociedade, em direção a uma nova ordem econômica que

compreende, com o mesmo grau de importância, o ambiente e o futuro.

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Novaes (2002, p. 12-13), afirma que a consciência: não se traduz em ação,

principalmente, em ação política. A sociedade ainda não achou canais para expressar

sua consciência e desejos. Nas últimas eleições presidenciais, o meio ambiente nem

foi tema. Ora, não há nada mais importante do que a crise ambiental e nem mais

grave do que a crise urbana, e sem discuti-las adequadamente não se chegará a

lugar algum.

O aumento da conscientização da sociedade em benefício da preservação

ambiental causa pressões por parte de entidades não governamentais e de

comunidades sobre os governos e as empresas para que estas admitam a

responsabilidade sobre os estragos que trazem ao meio ambiente. Com isso, efetua-

se uma administração voltada à consciência ecológica.

O maior número de leis de proteção ambiental, os grandes investimentos em

pesquisas e tecnologias pelas empresas, a criação de ONG's e a participação cada

vez mais ativa da sociedade são um fato mundial, entretanto todos esses progressos

não são suficientes para proteger o planeta.

Brügger (1998, p. 63) acrescenta que: "Poluição, extinção e mau uso dos

recursos naturais são, sobretudo sintomas – assim como a febre é um sintoma, e não

uma doença – de uma crise maior: a crise de paradigma e de civilização".

Realizada no ano 1977 na Geórgia (URSS), a Conferência de Tbilisi, já era

demonstrado os objetivos, princípios, estratégias e recomendações para o

desenvolvimento da educação ambiental a nível mundial. As orientações dessa

conferência referentes à educação constituem-se como um marco de referência,

estabelecendo um processo irreversível de conscientização mundial, da importância

da educação ambiental como elo entre as várias áreas do conhecimento (IBAMA

1998).

Na conferência da ONU sobre o Meio Ambiente, ocorrida em Estocolmo, na

Suécia, em 1972, destacou a necessidade de implantar a Educação

Ambientallevando a informação relacionada às questões ambientais aos cidadãos e

estimulando-os na busca de soluções. Essa conferência estabeleceu um Plano de

Ação Mundial que objetivava orientar a humanidade no sentido de preservar e

melhorar o ambiente humano.

Também nessa conferência foram estabelecidos os princípios orientadores da

Educação Ambiental que, de acordo com Santos Neto (1997), podem ser assim

resumidos: a educação ambiental deve levar em consideração o meio natural e

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artificial em sua totalidade; deve se constituir como um processo contínuo tanto na

escola como fora dela; necessita ter um enfoque interdisciplinar; incentivando a

participação ativa na prevenção e solução dos problemas ambientais; analisar as

questões ambientais desde um ponto de vista mundial, considerando as diferenças

regionais; deve centrar-se em questões ambientais atuais e futuras; necessita atender

o desenvolvimento e crescimento numa perspectiva ambiental; promovendo o valor e

a necessidade da cooperação local regional e internacional na resolução dos

problemas ambientais.

Estes primeiros passos conduziram à promoção pela ONU, por intermédio da

UNESCO, do Encontro de Belgrado, efetuado na Iugoslávia em 1975, no qual

formularam-se os fundamentos básicos da Educação Ambiental (SANTOS NETO,

1997). Tais fundamentos foram reafirmados na Conferência de Tbilisi.

A política educacional direcionada para a Educação Ambiental, no Brasil,

absorveu princípios da Conferência de Tbilisi. A Política Nacional de Educação

Ambiental (PNEA) tem como principais documentos de referência para o

desenvolvimento de suas ações voltadas para a educação ambiental a Carta de

Belgrado (1975), o Capítulo VI da Constituição Federal de 1988, o Capítulo 36 da

Agenda 21 (1992), o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis

e Responsabilidade Global (1992) e a I Conferência Nacional de Educação Ambiental

- Brasília (1997) (BRASIL, 2004).

O instrumento legal que dispõe sobre a Educação Ambiental no Brasil é a Lei

9.795, de 27 de abril de 1999. Tal lei reconheceu a educação ambiental como

componente essencial, urgente e permanente no processo educativo, seja ele formal

ou não, conforme orientação dos artigos 205[1] e 225[2] da Constituição Federal. A

PNEA, com base na Lei 9.795/99, contribui para a formação de um Estado

economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo baseado na

abordagem do desenvolvimento sustentável, no intuito de ampliar a abrangência da

Educação Ambiental para todos os níveis e modalidades de ensino.

A educação ambiental pode ser conceituada como: um processo de

aprendizagem longo e contínuo que deve procurar clarear conceitos e estimular

valores éticos, desenvolvendo assim, atitudes racionais, responsáveis e solidárias

entre os homens, criando condições para que possam agir de modo consciente e

responsável sobre o meio ambiente, compreendendo a complexidade da temática

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ambiental, e sua interrelação com os fatos políticos, econômicos e sociais

(GONÇALVES 1990, apud SANTOS NETO, 1997, p. 30).

Para Guimarães (1995), a educação ambiental conceitua-se como de modo

eminente interdisciplinar, direcionada para a solução de problemas locais. De tal

modo, ela exerce uma função essencial, estimula a integração homem-natureza e

possibilita, por meio de sua prática, a inserção do educando e do educador enquanto

cidadãos participantes do processo de transformação do atual quadro ambiental

mundial.

O debate precisa tratar da educação ambiental e conservacionista. A segunda

trata da utilização racional dos recursos naturais, o manejo produtivo de ecossistemas

e outros fins. Já a educação ambiental precisa ser uma educação política, voltada

para uma modificação de valores.

Não obstante, na educação ambiental é necessário atender aos valores éticos,

ou seja, respeitar os valores que amparam a cultura humana local. As orientações da

Conferência de Tbilisi determinam que, ao se tratar das questões ambientais, é

preciso considerar os aspectos culturais, sociais, políticos e éticos. Dessa maneira, de

acordo com argumentos de Grün (1996), é fundamental realizar uma abordagem

hermenêutica para a dimensão ética e política da educação ambiental.

Conforme essa perspectiva, finaliza-se este texto com uma afirmação de Grün

(1996), que no seu entendimento a concepção de educação ambiental precisa

ultrapassar o limiar epistemológico, causando uma abordagem ambiental por meio de

uma tematização das áreas do conhecimento em uma perspectiva ético-histórica que

se estenda para além do currículo. Isso se deve ao fato de que tudo o que é

transmitido nas escolas influencia a maneira como os educandos compreendem as

relações entre cultura e o meio ambiente.

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ANEXO 1

(Revista Especializada)

Construção Sustentável cresce no Brasil

Data da notícia: 2/8/2010

Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a construção sustentável

traz retorno econômico

Cotidiano Digital - Da Redação

A preocupação com o meio ambiente e o impacto que o homem causa ao

ecossistema chega, por fim, à construção civil brasileira, com crescimento das

construções sustentáveis. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a

construção sustentável traz retorno econômico.

Analistas dizem que o custo da obra acaba sendo maior porque utiliza tecnologias

mais modernas, como os sistemas de aproveitamento de águas pluviais e de

tratamento de água. Porém, esse valor gasto a mais é recuperado em pouco tempo.

“A venda do empreendimento é mais rápida, além da redução dos custos

operacionais da edificação”, explica a consultora em sustentabilidade Rejane Pieratti.

Segundo ela, os gastos são reduzidos a partir da diminuição do consumo de

água (que gira em torno de 40%), do consumo de energia elétrica (30%) e a redução

da produção de resíduos (que atinge 70%).

A ONG Green Building Council Brasil afirma que o setor das construções

sustentáveis cresceu 27% no período de 2005 a 2008, e a previsão de crescimento

até 2013 é de 53%. Ainda segundo a entidade, a cada R$ 1,00 investido na

construção de edifícios sustentáveis, em 20 anos, R$ 15,00 são retornados, sendo

deste total, 74% economizados em saúde e produtividade dos ocupantes, 14% na

operação e manutenção e 11% no consumo energético e hidráulico.

A diretora da Associação Nacional de Arquitetura Bioeclógica (ANAB), Silvia

Manfredi, é otimista em relação à expansão do segmento no Brasil. "A construção

sustentável está em franco crescimento. Existem pessoas muito conscientes da sua

responsabilidade com relação ao meio ambiente, principalmente as gerações mais

jovens. O fato é que em pouco tempo a construção sustentável será a única solução

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possível, face a todos os desafios ambientais que já começamos a enfrentar: o alto

custo dos recursos naturais e a escassez deles".

Segundo ela, a construção sustentável baseia-se no tripé da sustentabilidade:

"deve ser ecologicamente correta, consumindo menos recursos e causando menor

impacto ambiental. Além disso, deve ser socialmente justa, culturalmente aceita e

economicamente viável".

Para se ter uma idéia de que forma a construção sustentável beneficia o meio

ambiente, basta citar os seguintes dados do Sinduscon, Secovi e Eletrobrás:

• O setor da construção civil é responsável por 42% do consumo de energia

elétrica;

• 21% do consumo de água;

• 50% do consumo dos recursos naturais do planeta;

• 75% do consumo de madeira da região amazônica;

• produz 60% da massa de resíduos sólidos no Brasil.

Publicado por: http://www.cotidianodigital.com.br

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ANEXO 2

(Entrevista)

Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, debate reivindicações da entidade

junto ao governo e antecipa os desafios do setor em 2009

"Queremos linha de crédito"

Por Mirian Blanco Construção mercado 89 - dezembro 2008

"Queremos linha de crédito" Esta entrevista foi produzida em meio a um cenário ainda

de incertezas sobre as reais proporções dos efeitos da crise financeira internacional

na construção civil. Também não havia definições claras das medidas de incentivo ao

setor da construção civil, tomadas por entidades governamentais. Por fim, ainda não

era possível mensurar as reações do mercado, uma vez que careciam dados

compilados do consumo e das vendas depois do início do ciclo de queda continuada

das bolsas brasileiras, em outubro.

No exercício de se deslocar desse cenário de incertezas e se projetar nos próximos

meses, antevendo desafios, entrevistamos o recém-empossado presidente do

SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), o

engenheiro Sergio Watanabe.

Na época em que assumiu o cargo do então presidente da entidade João Cláudio

Robusti, em cinco de agosto deste ano, o empresário tinha pela frente dois problemas

por enfrentar: o aumento dos custos da construção e a alta dos juros. Pouco mais de

um mês depois, as proporções dos enfrentamentos de sua gestão se mostraram

ainda maiores, com o agravamento da crise financeira mundial.

Nesta entrevista, Watanabe debate os conflitos da medida provisória 443, o risco da

captação de recursos, os custos dos insumos e os preços dos terrenos, além de

esclarecer as medidas do sindicato frente ao novo cenário.

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Quais as medidas que o SindusCon-SP vem reivindicando, junto ao governo,

para subsidiar as incorporadoras e construtoras nesse cenário de escassez de

crédito?

O governo autorizou que os bancos utilizem até 5% do estoque da caderneta de

poupança para financiar a construção civil. Isso pode representar de R$ 10 a R$ 11

bilhões, e era uma reivindicação nossa. A Caixa Econômica disponibilizou R$ 3

bilhões para o setor exatamente para financiar a execução das obras em andamento.

A primeira linha antecipa até 20% dos custos do empreendimento, o que é muito

importante porque permite que o incorporador tenha recursos para tocar seus

empreendimentos. Como o financiamento normalmente contempla 80% da obra, 20%

fica por conta do incorporador. A Caixa fez isso porque, claro, é uma entidade do

governo. Mas as instituições de crédito imobiliários privadas vão ter mais resistência

para emprestar.

Resistência por quê?

O exemplo foi o depósito compulsório. O governo liberou o compulsório, mas os

bancos maiores não repassaram para as instituições menores porque, no mês

passado, a prioridade era a liquidez. Os bancos, então, preferiram comprar títulos do

próprio governo, que rende Selic [média de juros que o governo brasileiro paga por

empréstimos tomados dos bancos] sem nenhum risco, do que emprestar esse

recurso como capital de giro e cujo custo era da ordem de 10%, 11% ao ano mais TR.

Mas, enfim, é uma boa linha de crédito.

E qual o problema da Medida Provisória 443, que supostamente autoriza o

Banco do Brasil e a Caixa Econômica a comprarem ativos de instituições

financeiras. No último mês, o SindusCon-SP fez duras críticas à medida.

Essa questão da Caixa PAR é uma conversa que acho que saiu atravessada pelo

ministro Guido Mantega. Numa noite, ele foi à TV dizendo que o Caixa PAR era para

estatizar o setor! O setor foi contra por causa disso. Ninguém estava querendo isso.

Queremos linha de crédito. A gente até falava no BNDES, porque o BNDES tem o

BNDES PAR [holding de investimentos, de propriedade do BNDES, que investe

quase a totalidade de seus recursos em sociedades constituídas no Brasil], cuja

função é participar do capital de empresas privadas e públicas.

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Mas se o BNDES PAR é razoável, porque a mesma iniciativa, se viabilizada pela

Caixa ou pelo Banco do Brasil, não seria?

Essa MP não tem nada a ver com a Construção. A MP é para o banco, para o

mercado financeiro. O Mantega colocou a construção no Caixa PAR e disse que ela

iria comprar participação de empresas do setor. Naquela ocasião estávamos no Enic

(Encontro Nacional da Indústria da Construção), unidos, e todo mundo criticou essa

questão. Primeiro ninguém quer a estatização. Segundo, a medida do governo só

atende as empresas S.A.s, e não o resto das empresas da construção civil.

Mas a MP diz que os negócios poderão ocorrer por meio de incorporação

societária, e isso não exclui empresas de capital fechado.

Mas sabe por que isso acontece? Vou te dar um exemplo: o BNDES PAR empresta

R$ 1 bilhão para uma incorporadora. Daí o incorporador emite o mesmo equivalente

de debêntures conversíveis em ação e as sujeitam como garantia. Se o incorporador

não honrar o pagamento, a debênture vira ação e o BNDES PAR passa a ter

ação/participação da empresa. É assim que funciona. Esse é o mecanismo do

empréstimo.

Ok, existiria então, em sua opinião, uma propensão maior do mercado por

essas empresas abertas.

Claro.

Mas quando se compra parte de ações - não necessariamente em volume

superior a 50% - não se conjectura uma situação de estatização, e sim de uma

participação societária minoritária que pode aumentar a liquidez da empresa.

Isso não seria um fomento?

Sim, esse seria um recurso, mas daí as empresas podem fazer pelo BNDES PAR, a

linha de crédito já está lá. Não precisaria da Caixa. Com a Caixa, há conflitos de

interesses sérios. Ela é o maior agente financeiro das construtoras. Então, se essa

medida se concretizar, ela seria acionista da construtora, ofereceria financiamento

para essa mesma construtora, fiscalizaria essa mesma construtora... não faz sentido.

No caso do Banco do Brasil também, já que ele vai financiar com recursos seja do

fundo de garantia ou da poupança, da mesma forma.

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Como as empresas estão lidando com uma diminuição na oferta de crédito?

A falta de crédito para lançamentos de ações no mercado de capitais vem desde o

início do ano. Não houve quem abrisse capital em 2008. A crise derrubou todas as

bolsas de valores, inclusive a brasileira. E as empresas de capital aberto do setor da

construção civil sofreram significativamente. O seu valor nominal desde a época das

IPOs [oferta inicial de ações] caiu da ordem de 70% - isso são dados de outubro.

Então, a crise de liquidez levou a uma movimentação de mercado de fusões e

aquisições de forma que essas empresas se tornassem mais líquidas e com melhor

capacidade de operacionalização. Com o estouro da crise mundial, o ápice observado

em setembro, a liquidez estourou de uma vez no mundo inteiro e essa incapacidade

ou inexistência de recursos para tocar a produção promoveu algum tipo de aquisição.

A última que vimos foi a Tenda pela Gafisa.

Poderá haver outras fusões e aquisições, agora que há uma distorção grande

entre o valor das empresas e suas cotações? Fala-se até que a Inpar valeria

hoje cerca de 20% do seu patrimônio líquido.

Pois é, a Inpar estava próxima de fazer uma negociação [até o fechamento desta

edição]... esse movimento de aquisição e fusão é, na verdade, uma forma da

empresa se estruturar melhor inclusive financeiramente para continuar em sua

operação. Você não tem como financiar sua operação a não ser com essas fontes ou

linhas de créditos que o governo ainda está formatando, mas que não seriam

suficientes para resolver o problema de todas as empresas imobiliárias da

construção.

Além de menos crédito, as empresas do setor estavam sendo pressionadas por

aumentos contínuos de preço. O SindusCon-SP vem agindo para controlar

essas altas?

A gente acredita que essa crise vá desacelerar a construção. A demanda estava

andando na frente da oferta, tanto que faltou cimento, equipamento, serviços

especializados, mão-de-obra, materiais. É claro que o setor não agüentaria esse

processo de crescimento uma vez que os produtores de insumo não iam conseguir

acompanhar o crescimento vertiginoso da construção. Então, como é que a demanda

e a oferta vão se equilibrar? A gente vai ter que aguardar um pouco.

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Os preços, então, não necessariamente estão vinculados aos custos de

produção nem aos oligopólios?

A gente tem vários oligopólios no setor da construção, seja de aço, de cimento. Mas

mesmo os produtos concorrenciais subiram de preço. Basta ver areia e pedra. São

dois itens que não têm nada com oligopólio. É claro que ninguém vai vir aqui dizer

que aumentou o preço porque não teve aumento de custo. Aumento de custo teve

sim. Mas a movimentação de preço que a gente tava vendo de agosto para frente era

basicamente de demanda.

Então, se a construção tende a desaquecer, o preço tende a cair?

De alguma forma ou de outra, acredito que vamos ter uma acomodação ou uma

redução de preço sim, até porque essa crise não é pequena. Os preços vão cair na

hora em que a gente estiver equilibrado entre a oferta e a procura. Esse movimento

também não acontece do dia para a noite. A partir do momento que começar a sobrar

estoque no depósito dos produtores, automaticamente os preços vão cair.

O SindusCon-SP chegou a ameaçar a indústria cimenteira de começar a

importar cimento. Em que resultou essa negociação?

Esse não foi o nosso discurso. O que dissemos é que a responsabilidade de

abastecer o mercado é da indústria cimenteira e se ela não estava conseguindo

produzir para atender a demanda do mercado, que ela própria importasse o cimento.

Não poderia dizer que o setor da construção importaria porque não é uma operação

simples. Inclusive o Sinduscon tentou importar e não conseguiu. Em resposta a essa

nossa reivindicação, a Votorantim até chegou a importar 400 mil toneladas de

cimento.

E esses comuns problemas de abastecimento que o mercado estava

observando, devem se regularizar a partir do início do ano?

A indústria de uma maneira geral está investindo muito forte. Mas alguns já tiveram a

coragem de dizer "estou suspendendo meus investimentos para 2009", o que eu

considero até uma posição sensata porque, numa turbulência dessa, manter os

investimentos acreditando que o mercado interno vai consumir isso tudo... não sei

não. A exportação também está difícil por causa do câmbio. A situação é complexa.

Mas acredito que a relação oferta x demanda se estabilize.

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A demanda por mão-de-obra também desacelera?

O desafio da mão-de-obra é maior ainda. O consumo de materiais está crescendo na

ordem de 15% ao ano, enquanto o de mão-de-obra, a 20%. E a mão-de-obra está

diretamente ligada à produção. Mas teremos que esperar para mensurar, e aí

identificar quanto vai desacelerar.

E o preço dos terrenos, que antes estavam altíssimos? Agora o valor se

mantém?

Em 2007 de fato houve uma febre dos bancos de terrenos. Todo mundo saiu para

imobilizar terrenos, tendo em vista que o terreno é o produto mais importante para

você continuar na sua atividade, que é construir residências ou coisa parecida. Essa

estratégia de comprar terrenos basicamente foi generalizada, nenhuma empresa

queria ficar sem terrenos para os futuros lançamentos, já que visavam ir novamente

ao mercado de capitais, captar mais recurso e financiar a produção. E o que

aconteceu? Como o mercado de capitais secou, as empresas foram vender seus

empreendimentos e provavelmente algumas estão com problemas de caixa para

executar agora a produção.

Isso força a redução de preços?

Os preços dos terrenos tiveram uma alta significativa em vista dessa demanda. E hoje

os terrenos provavelmente vão recuar no preço. Além disso, acho raro que os

terrenos voltem a ser comprados praticamente à vista.

Voltam as permutas para aquisição de terrenos?

Sim, mesmo porque as empresas de um modo geral estão estocadas de terrenos.

Hoje terreno já não é mais prioridade e, sim, a liquidez e um fluxo de caixa que

consiga atender as operações.

As empresas já cogitam vender terrenos para levantar capital, ou então,

diminuir o valor dos imóveis para aumentar a venda?

As empresas que estiverem com problema de liquidez vão vender alguns ativos sim,

embora essa ainda não seja a melhor época para isso, tendo em vista que os

terrenos estão perdendo preço. Quanto à redução de preço de imóvel... bom,

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poderemos ver algum movimento sim, mas a inflação na construção civil não vai dar

muito espaço para isso.

E quanto ao PAC. O governo já sinalizou a continuidade dos investimentos?

O PAC está com muita dificuldade em termo de gestão. A burocracia que se criou

para gerir esses empreendimentos é enorme. Mas, de qualquer forma, o PAC vai ser

muito importante no ano que vem. Se o governo assegurar os volumes de recursos a

serem investidos e se a gestão for mais ágil e eficiente, o PAC poderá ser um

segmento importante na composição do crescimento da construção.

Esses desafios todos poderão impactar o desempenho da construção civil em

2009?

Todos nós queremos que o Brasil cresça no ano que vem e que, com o PIB geral

crescendo, a construção também cresça. O setor imobiliário, que vinha num processo

muito forte, evidentemente vai sofrer uma desaceleração. Mas se a gente considerar

que os empreendimentos vendidos em 2008 são maiores do que os de 2007,

considerando aí que as vendas em 2007 executam em 2008 e o que vendeu em 2008

executa entre 2008 e 2010, essas chances são razoáveis. O segmento imobiliário

deve levar um carregamento para 2009, que o pessoal da FGV acredita que será da

ordem de 3,5% de crescimento no PIB da construção. Portanto, em princípio, a gente

teria um crescimento da construção acima dos 3,5%, 4%, em função desse

carregamento, seja da área imobiliária, seja do setor público.

O que significaria um aumento de quanto na construção, no total?

A gente estima que se o PIB brasileiro crescer na ordem de 3%, o PIB da construção

poderia crescer na ordem de 5%. No início do ano, nossa previsão era de que o PIB

da construção cresceria cerca de 10% em 2008. Esses números basicamente foram

confirmados. O IBGE mostrou o crescimento do PIB da construção em 9,4% para o

primeiro semestre de 2008. É claro que essa crise vai afetar, mas a gente não

considera que terá uma influência significativa, uma vez que as obras estão vendidas,

contratadas e precisam terminar.

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ANEXO 3

(Reportagem)

Emprego na construção civil bate recorde em junho.

SÃO PAULO - O número de trabalhadores na construção civil no Brasil

aumentou 1,12% em junho na comparação com o mês anterior, segundo dados do

Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduson-SP). O resultado marca um

novo recorde de 2,725 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor - o

mais alto da série histórica.

No entanto, a pesquisa, feita em parceira com a FGV Projetos, mostrou que o

ritmo de novas contratações diminuiu. O saldo líquido de contratações em junho foi

de 30,067 mil trabalhadores, abaixo da média de 45 mil registradas nos últimos três

meses.

Em comunicado, o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, explica que

"a desaceleração do emprego está ligada a dois fatores: com a proximidade das

eleições, diversas obras públicas estaduais foram concluídas e inauguradas nos

últimos meses, sem o início de novas; e houve uma ligeira desaceleração no ritmo de

crescimento da construção imobiliária, como reflexo dos meses em que os

lançamentos diminuíram com a crise financeira internacional no fim de 2008 e início

de 2009".

O desempenho do emprego em 12 meses também se manteve em alta. Nesta

comparação, o nível aumentou 16,54%, o que corresponde a 386,7 mil trabalhadores.

Brasil

O levantamento também revela que, em junho, o nível de emprego no setor da

construção cresceu em todas as regiões do país. O Nordeste foi o destaque, com a

criação de 9.176 vagas, seguido do Sudeste, com mais 7.711 postos de trabalho.

CNI: construção civil reduz ritmo em junho

De acordo com outro relatório, divulgado semana passada pela Comissão

Nacional da Indústria (CNI), o ritmo de crescimento da construção civil diminuiu em

junho. Numa escala na qual valores acima de 50 pontos indicam crescimento, o

indicador do mês ficou em 53,8 pontos - porém, no mês anterior, o índice havia

chegado a 55,8 pontos.

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Ainda assim, a sondagem mostra que o setor continua aquecido, acima do usual

para o período. Na avaliação que compara o nível de atividade com a média

esperada para junho, o indicador continuou acima dos 50 pontos de referência,

chegando a 54,6 pontos.

Por isso, os empresários do setor entrevistados pela CNI mantiveram o

otimismo para o mês seguinte (julho). Pela mesma metodologia, o indicador que

mede as expectativas em relação à atividade no mês registrou 65,2 pontos.

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INDICE

CAPA 1

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METADOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPITULO I – Construções Sustentáveis 9

Desenvolvimento sustentável e Construções Sustentáveis

CAPITULO II – Construção Civil e o Impacto Ambiental 14

CAPITULO III – Responsabilidade Social na Construção Civil 17

CONCLUSÃO 19

REFERÊNIAS 21

PROBLEMA 24

JUSTIFICATIVA 25

OBJETIVO GERAL 26

ANEXO 1 – REVISTA ESPECIALIZADA 37

ANEXO 2 – ENTREVISTA 39

ANEXO 3 – REPORTAGEM 46

INDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 49

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: Crescimento da Construção Civil

Autor: Fábio Luiz Anacleto Reis

Data da entrega: 22/08/2010

Avaliado por: Ana Claudia Morrissy Conceito: