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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE BANCO DO BRASIL: GRANDES NÚMEROS NOS NEGÓCIOS, MAS, E JUNTO À SOCIEDADE? Por: Eduardo Gomes Barbosa Orientador Prof. Mary Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2009

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    BANCO DO BRASIL: GRANDES NÚMEROS NOS

    NEGÓCIOS, MAS, E JUNTO À SOCIEDADE?

    Por: Eduardo Gomes Barbosa

    Orientador

    Prof. Mary Sue Carvalho Pereira

    Rio de Janeiro

    2009

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    BANCO DO BRASIL: GRANDES NÚMEROS NOS

    NEGÓCIOS, MAS, E JUNTO À SOCIEDADE?

    Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

    Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito

    para a conclusão do curso de Pós Graduação - “Lato

    Sensu” em Gestão Empresarial.

    Por: Eduardo Gomes Barbosa

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço aos professores e idealizadores

    do Instituto A Vez do Mestre, por

    possibilitarem a continuidade dos meus

    estudos e aos amigos conquistados no

    decorrer do curso, por estarem lado a lado

    nesta realização, importante passo na vida

    de todos nós.

  • 4

    DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho à minha família, que me

    forneceu e fornece a base para mais esta

    importante conquista em minha vida: minha

    esposa Rachel, minha pequena Lívia, minha

    querida mãe, mas principalmente a meu pai,

    que já não está mais conosco. Um homem

    muito simples, mas que me ensinou que as

    conquistas devem vir precedidas de esforço

    e merecimento.

  • 5

    RESUMO

    Ao longo da história da humanidade, as preocupações com o processo de

    desenvolvimento e a degradação do meio ambiente sempre estiveram presentes.

    O século XX intensificou o modelo de desenvolvimento criado a partir da

    Revolução Industrial. Desde 1970 a questão ambiental foi abordada com mais

    preocupação e mais freqüentemente, com a criação de diversas organizações,

    conferências e programas internacionais ligados ao tema. A partir da década de

    80 a preocupação aumentou ainda mais, com ênfase nos aspectos sociais. Hoje,

    no final da primeira década do século XXI, é impensável para uma empresa que

    busca a liderança em qualquer ramo de negócios estar distante da discussão

    socioambiental, devido às pressões da sociedade para que as responsabilidades

    ligadas ao assunto não fiquem apenas no âmbito governamental.

    As instituições financeiras, em especial os bancos, são as empresas que mais

    obtiveram lucro na última década no Brasil. Esse cenário é muito bom para os

    acionistas destas instituições e para seus executivos, que auferem participações

    nos lucros tão gordas quanto seus resultados. O Banco do Brasil, sociedade de

    economia mista constituída sob a forma de sociedade anônima (possui ações

    negociadas em bolsa de valores, cuja valorização depende do desempenho nos

    negócios), vem brigando pela liderança no competitivo mercado financeiro

    brasileiro e até mundial, pois também enfrenta experientes concorrentes

    estrangeiros no território nacional. Nessa briga, o Banco vem se saindo muito

    bem, e isso só é possível utilizando táticas negociais de banco privados. Assim

    como seus adversários, obtém lucros recordes, se reestrutura e realiza aquisições

    visando melhorar cada vez mais seus resultados.

    Não se pode, entretanto, esquecer que o Banco do Brasil, cujo maior acionista é o

    Tesouro Nacional, que possui 65,3% de suas ações, e justamente por isso

    pertence, em última análise, ao povo brasileiro, é também agente de políticas

    governamentais e tem compromisso, descrito em sua missão, de contribuir para o

  • 6

    crescimento do país. Muitas vozes da sociedade, como a imprensa, sindicatos, e

    analistas econômicos afirmam que o Banco estaria se desvirtuando destes

    objetivos enquanto banco público e privilegiando a busca por resultados

    financeiros e econômicos.

    Mas, ao conhecer o histórico e as diretrizes do Banco do Brasil em matéria de

    Responsabilidade Socioambiental, verificamos que em função de todos os

    compromissos formalmente assumidos, tais como a adesão aos Princípios do

    Equador, a assinatura do Protocolo Verde, a elaboração da Carta de Princípios de

    Responsabilidade Socioambiental e a agenda 21 do BB, que serão explicados ao

    longo deste trabalho, existe hoje todo um mecanismo sério e efetivo de Gestão,

    divulgação e cobrança dos resultados práticos para a sociedade das políticas de

    Responsabilidade Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável desenvolvidas

    pela instituição.

    Ao analisarmos as metas formais estabelecidas no âmbito de Responsabilidade

    Socioambiental, os avanços obtidos e resultados alcançados junto aos diversos

    públicos de relacionamento, que vêm a ser os clientes, fornecedores,

    concorrentes, as comunidades, acionistas, o governo, o meio ambiente e os

    próprios funcionários, podemos avaliar se a preocupação com o resultado nos

    negócios e as ações que beneficiem a sociedade via políticas de

    Responsabilidade Socioambiental podem coexistir com sucesso.

  • 7

    METODOLOGIA

    O modelo utilizado neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, e as informações

    contidas no mesmo foram retiradas de livros, revistas, jornais, artigos, internet e

    material obtido junto ao Banco do Brasil.

  • 8

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 9

    CAPÍTULO I - CONTEXTUALIZAÇÃO 13

    CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO BANCO DO

    BRASIL 24

    CAPÍTULO III – RESULTADOS PARA A SOCIEDADE 34

    CONCLUSÃO 42

    BIBLIOGRAFIA 46 ÍNDICE 49

  • 9

    INTRODUÇÃO

    As instituições financeiras são as empresas que mais obtiveram lucro nos últimos

    anos, no país. Na verdade, as últimas décadas têm sido muito generosas para o

    sistema bancário. Nos anos da década de 1980 os bancos brasileiros tinham

    lucros exorbitantes com as taxas de juros muito altas que eram praticadas naquela

    época. Na década de 1990, principalmente a partir de 1994 quando o Plano Real

    cortou a jugular da inflação, os analistas disseram que os bancos sofreriam para

    sobreviver com a estabilidade financeira, que seu lucro despencaria e que seriam

    engolidos pelos bancos estrangeiros que aqui chegariam em função da abertura

    econômica, tidos como mais eficientes, modernos e adaptados à vida sem

    inflação.

    A transição de um contexto de alta para baixa inflação no Brasil realmente

    implicou importantes transformações no setor bancário, mas nenhuma que

    ameaçasse o fôlego do sistema financeiro. Nem mesmo a transição para um

    governo de esquerda. Os bancos se tornaram mais eficientes na intermediação

    financeira e na geração de resultados, respondendo dinamicamente ao cenário de

    estabilidade monetária e conseguindo, assim, a preservação de seus elevados

    níveis de rentabilidade. Hoje, os bancos estão batendo recordes sobre recordes

    de rentabilidades. Mesmo em meio a uma grave crise econômico-financeira

    mundial, Enquanto os bancos dos Estados Unidos e da Europa estão

    contabilizando bilhões de reais em prejuízo, os brasileiros estão contabilizando

    bilhões de reais em lucros.

    Contudo, a despeito da maior eficiência microeconômica, ao nível

    macroeconômico estas instituições têm sido alvo de constantes críticas por parte

    de inúmeros segmentos da sociedade: imprensa, sindicatos, empresas e a

    população, que apontam o mercado financeiro, e em especial, os bancos, como

    principais empecilhos à construção de um sistema financeiro plenamente eficiente

    e uma sociedade mais justa.

  • 10

    Os bancos no Brasil, segundo essas críticas, não estariam cumprindo o papel de

    dinamizar o desenvolvimento do país e estariam atrapalhando a transformação de

    negócios em investimento produtivo, por privilegiar a ciranda financeira ao invés

    de apoiar os setores produtivos e a geração de oportunidades na sociedade.

    Afirma-se também que os bancos têm sido responsáveis pela exclusão financeira

    e por uma intensa desigualdade financeira regional, devido à não integração de

    parcela significativa da sociedade ao mercado de crédito e de serviços bancários,

    não se interessando por disponibilizar tais serviços a famílias de baixa renda, que

    por isso ficam sujeitas a relações de crédito exploradoras que perpetuam a

    perversa estratificação social e regional de nosso país. Também sobram críticas

    ao elevado spread bancário e ao aumento do preço e quantidade de tarifas

    bancárias.

    Entre os que travam duelo constante com os bancos brasileiros, em função de sua

    missão de defender os interesses de seus representados, estão os sindicatos de

    funcionários e empregados no setor. Estes sindicatos constantemente apontam à

    sociedade os resultados recordes dessas instituições, em contraponto às

    negativas de conceder condições mais favoráveis aos que nela trabalham.

    Segundo estes sindicatos, os bancos não estariam tendo a devida

    responsabilidade social para com o seu próprio quadro funcional. Um tipo de

    responsabilidade social interna.

    As críticas também são direcionadas ao Banco do Brasil, sociedade de economia

    mista constituída sob a forma de S/A, que vem brigando pela liderança desse

    mercado e enfrentando e se saindo muito bem contra agressivos adversários

    privados. Assim como seus adversários, obtém lucros recordes, se reestrutura e

    realiza aquisições visando melhorar cada vez mais seus resultados. Como

    exemplo, a divulgação recente do lucro líquido da instituição referente ao ano de

    2008, onde observou-se um crescimento de 74% em relação ao ano anterior.

    Números assombrosos se comparados a outros setores da economia. E, se

  • 11

    levamos em consideração que o ano do resultado apurado em parte foi afetado

    pela crise financeira que eclodiu mais intensamente a partir de Setembro de 2008,

    tornam-se mais impressionante ainda os números do Trimestre final do mesmo

    ano, onde o lucro observado foi 142% maior que o observado no mesmo período

    do ano anterior.

    Ótimo para os acionistas, investidores institucionais e até para funcionários que

    recebem participação nos lucros. Não se pode, entretanto, esquecer que o Banco

    do Brasil, cujo maior acionista é o Tesouro Nacional, que possui 65,3% de suas

    ações, e justamente por isso pertence, em última análise ao povo brasileiro, é

    também agente de políticas governamentais e tem compromisso, conforme sua

    missão, descrita abaixo, de contribuir para o crescimento do país.

    Missão:

    “Ser a solução em serviços e intermediação financeira, atender às expectativas de

    clientes e acionistas, fortalecer o compromisso entre os funcionários e a Empresa

    e contribuir para o desenvolvimento do País”.

    O motivo da realização deste trabalho é observar quais os resultados práticos e

    positivos para a sociedade, das políticas de responsabilidade socioambiental e

    desenvolvimento sustentável desenvolvidas pela instituição, esclarecendo se a

    preocupação com o resultado nos negócios e as ações que beneficiem a

    sociedade via políticas de Responsabilidade Socioambiental podem coexistir com

    sucesso.

    Para podermos chegar a uma conclusão e conseqüentemente a uma resposta

    para a hipótese apresentada acima, ou seja, ter grandes números nos negócios e

    também junto à sociedade, serão apresentados primeiramente os conceitos de

    Responsabilidade Socioambiental, Sustentabilidade, Desenvolvimento

    sustentável, e Agenda 21, o histórico destes conceitos e sua evolução no mundo

    empresarial e no setor financeiro e em especial no Banco do Brasil.

  • 12

    Conheceremos o papel da Responsabilidade socioambiental na estratégia

    corporativa do banco, seus principais compromissos para com a sociedade e

    conheceremos a gestão utilizada para se alcançar tais objetivos.

    Após conhecermos seus resultados e retorno para os diversos públicos de

    relacionamento, benefícios para o país, regiões e estados, poderemos chegar a

    uma conclusão a respeito do questionamento principal deste trabalho.

  • 13

    CAPÍTULO I - CONTEXTUALIZAÇÃO

    Para conceituarmos responsabilidade socioambiental – a resposta empresarial

    para a sustentabilidade dos negócios, do planeta, dos países e das comunidades

    locais –, percorreremos alguns fatos históricos que nos ajudarão a compreender o

    mundo em que vivemos hoje.

    1.1 - Histórico Evolutivo de Responsabilidade Socioambiental

    Ao longo da história da humanidade, as preocupações com o processo de

    desenvolvimento e a degradação do meio ambiente sempre estiveram presentes.

    Embora a idéia dos recursos naturais serem considerados inesgotáveis por grande

    parte dos “propulsores do desenvolvimento”, vários pensadores perceberam o

    conflito entre progresso e meio ambiente.

    O século XX intensificou o modelo de desenvolvimento criado a partir da

    Revolução Industrial. Surgiu uma nova lógica, via diferenciação de produtos para

    atender a um mercado de consumo cada vez maior e mais exigente. Uma

    característica marcante do novo modo de produção é a diminuição da vida útil dos

    bens que, com a rapidez do surgimento de novas tecnologias, tornam-se

    rapidamente obsoletos. Conseqüentemente, verifica-se um aumento expressivo da

    produção de resíduos, sem o tratamento adequado para reabsorção pela

    natureza.

    A década de 70 foi marcada pela criação de diversas organizações internacionais

    – com o objetivo de discutir os problemas ambientais em âmbito mundial – e dos

    primeiros movimentos ambientalistas organizados. Também se registrou o começo

    da preocupação ambiental por parte do sistema político – governos e partidos. Em

    1972, o Clube de Roma, grupo de trinta especialistas de diversas áreas que se

    reuniram para debater o futuro da humanidade, publicou o estudo Os Limites do

    Crescimento, com a seguinte conclusão: mantidos os mesmos níveis de

  • 14

    industrialização, poluição, produção de alimentos e exploração dos recursos

    naturais vigentes na época, o limite de desenvolvimento do planeta seria atingido,

    no máximo,em 100 anos, provocando uma repentina diminuição da população

    mundial e da capacidade industrial.

    No mesmo ano, representantes de 113 países se reuniram na Conferência das

    Nações Unidas sobre o Ambiente Humano ou Conferência de Estocolmo, na

    Suécia. Esse encontro teve como objetivo definir princípios comuns de

    preservação e de melhoria do meio ambiente humano entre os 113 países

    participantes. Desse evento resultou a Declaração de Estocolmo sobre o Meio

    Ambiente Humano. Seus princípios constituíram o primeiro conjunto de “soft laws”

    (leis internacionais apenas intencionais, sem aplicação obrigatória) para questões

    ambientais internacionais, que inspiraram várias iniciativas, desde políticas e

    estratégias governamentais até projetos e intervenções de organizações não

    governamentais (ONG’s).

    Ainda em 1972, por recomendação da Conferência de Estocolmo, foi criado o

    Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para ação e

    coordenação de questões ambientais no âmbito das Organizações das Nações

    Unidas - ONU. A missão do PNUMA é “prover liderança e encorajar parcerias no

    cuidado com o ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a

    aumentar sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações” (ONU,

    2007).

    Na década de 80, intensificaram-se, ainda mais, os debates sobre as questões

    sociais e ambientais, com ênfase nos aspectos sociais. Lidar com a pobreza

    tornou-se um desafio fundamental, uma vez que o crescimento populacional nos

    países em desenvolvimento não só continuou como, também, um número cada

    vez maior de pessoas carentes passou a residir em centros urbanos,

    comprometendo a infra-estrutura física das cidades. Essa década também

    presenciou uma série de desastres ambientais como, por exemplo, o vazamento

  • 15

    de gases letais na Índia, o desastre nuclear em Chernobyl, o derramamento de

    milhões de litros de petróleo no Alasca. Esses acontecimentos alertaram os

    estudiosos sobre a necessidade de repensar o modo de tratar o planeta e seus

    ecossistemas, ressaltando a irresponsabilidade e a fragilidade humana.

    Em 1982, como a interdependência entre o meio ambiente e o desenvolvimento se

    tornava cada vez mais óbvia, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a

    Carta Mundial da Natureza, divulgando o princípio segundo o qual cada forma de

    vida é única e deve ser respeitada, independentemente de seu valor para a

    humanidade.

    Em 1983, o PNUMA criou a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

    Desenvolvimento (CMMAD), também conhecida como Comissão Brundtland,

    com o objetivo de reexaminar os problemas críticos do meio ambiente e do

    desenvolvimento do planeta e formular propostas realistas para solucioná-los.

    Em 1985, foram publicadas, pela primeira vez, as medições relativas ao tamanho

    do buraco na camada de ozônio, realizadas por pesquisadores britânicos,

    causando surpresa tanto para os representantes do campo científico quanto para

    os do campo político.

    Em 1987, como resultado da Assembléia Geral das Nações Unidas, o relatório

    Nosso Futuro Comum, que ficou conhecido como Relatório Brundtland,

    traduziu as preocupações com o meio ambiente que já se instalavam na

    sociedade. Nele foi expresso, pela primeira vez, o primeiro conceito de

    desenvolvimento sustentável utilizado até os dias atuais:

    O movimento de resistência às catástrofes ambientais dos anos 80, agregado à

    consciência emergente do agravamento da pobreza e da fome no mundo, exerceu

    forte pressão para que se realizasse a Conferência das Nações Unidas para o

    Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). Essa conferência, também

  • 16

    conhecida como Cúpula da Terra, Eco-92 ou Rio-92, ocorreu no Rio de Janeiro,

    em junho de 1992, com representantes de 179 países e é considerada a maior

    reunião do gênero já realizada. Embora o conceito de desenvolvimento

    sustentável tenha sido divulgado em 1987, no Relatório Brundtland, que o

    reconheceu oficialmente e declarou o meio ambiente como um autêntico limite de

    crescimento, somente na Eco-92 esse termo foi consolidado. Nesse evento foram

    estabelecidas, pela primeira vez, as bases para alcançar o desenvolvimento

    sustentável em escala global, fixando-se direitos e obrigações, individuais e

    coletivos, no âmbito do meio ambiente e desenvolvimento.

    Os documentos oficiais aprovados foram: Agenda 21, Declaração do Rio de

    Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Convenção sobre Mudanças

    Climáticas e Declaração de Princípios sobre Florestas.

    Chegamos ao início do século XXI com o seguinte cenário:

    • avanço econômico expressivo;

    • concentração de riquezas nas mãos de poucos;

    • crescimento demográfico desmedido;

    • destruição do patrimônio ecológico mundial;

    • mudanças significativas nas relações de trabalho;

    • estímulo ao consumo inconseqüente;

    • mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem com menos de um dólar

    por dia;

    • cerca de 2,7 bilhões lutam para sobreviver com menos de dois dólares

    por dia;

    • a cada ano, morrem onze milhões de crianças, a maioria das quais com

    menos de cinco anos;

    • mais de seis milhões morrem devido a causas totalmente evitáveis como

    a malária, a diarréia e a pneumonia.

  • 17

    Em setembro de 2000, a partir da urgência de se fazer algo a respeito desse grave

    quadro social, a ONU promoveu a Cúpula do Milênio, em que líderes de 189

    países firmaram um pacto, cujo foco principal foi o compromisso de combater a

    pobreza e a fome no mundo. Desse pacto, nasceu a Declaração do Milênio,

    documento que estabelece como prioridade eliminar a extrema pobreza e a fome

    do mundo até 2015. Foram acordados oito objetivos, chamados Objetivos de

    Desenvolvimento do Milênio, cada qual com suas metas e indicadores:

    1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;

    2. Atingir o ensino básico universal;

    3. Promover a igualdade de gêneros e a autonomia da mulher;

    4. Reduzir a mortalidade infantil;

    5. Melhorar a saúde materna;

    6. Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças;

    7. Garantir a sustentabilidade ambiental;

    8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

    Em 2002, em Johannesburgo, na África do Sul, ocorre a Cúpula Mundial sobre

    Desenvolvimento Sustentável (CMDS), também denominada Rio+10, uma vez que

    pretendeu verificar os avanços nas metas e nos acordos fixados na Rio-92, tendo

    como referência a Agenda 21. A Declaração de Johannesburgo elegeu cinco

    prioridades: água e saneamento, biodiversidade, energia, saúde e agricultura.

    Em 2004, no IV Fórum de Autoridades Locais para a Inclusão Social de Porto

    Alegre, foi instituída a Agenda 21 da Cultura. O documento proclama a diversidade

    cultural como necessidade social básica. Logo, a diversidade cultural também é

    relevante no debate do desenvolvimento sustentável. Pelo documento, o

    patrimônio cultural deve ser considerado um fator integrante do modelo de

    desenvolvimento sustentável, ou seja, seu uso não deve comprometer a

    habilidade das futuras gerações de satisfazerem as suas necessidades.

  • 18

    1.2 - Conceitos (Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável,

    Responsabilidade Socioambiental e Agenda 21).

    Sustentabilidade é a propriedade de um processo continuar existindo no tempo,

    conservando qualidade e autonomia na sua manutenção, interagindo com todas

    as suas dimensões sem privilegiar uma em detrimento da outra. Na perspectiva do

    desenvolvimento, esse processo deve ocorrer sustentando a vida da espécie

    humana e das demais que habitam o planeta, desde que isso assegure à Terra

    continuar a sua trajetória com garantia da integridade planetária.

    Conforme mencionado no histórico evolutivo de RSA, o Relatório Brundtland,

    documento produzido na Assembléia Geral das Nações Unidas em 1987,

    expressou, pela primeira vez, o primeiro conceito de desenvolvimento sustentável

    utilizado até hoje:

    “Desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes,

    sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias

    necessidades”.

    Mais que um conceito, o termo desenvolvimento sustentável é um desafio lançado

    à humanidade, pois sua busca requer um sistema:

    • político – que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo

    decisório;

    • econômico – capaz de gerar excedentes e know how técnico em bases

    confiáveis e constantes;

    • social – que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento

    não equilibrado;

    • produtivo – que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do

    desenvolvimento;

    • tecnológico – que busque constantemente novas soluções;

    • internacional – que estimule padrões sustentáveis de comércio e

    financiamento;

  • 19

    • administrativo – flexível e capaz de se autocorrigir.

    A sustentabilidade do desenvolvimento implica uma mudança nas relações

    econômicas, político-sociais, culturais e ecológicas, nos níveis local e global.

    Desse modo, o processo de desenvolvimento sustentável compatibiliza três

    dimensões intrínsecas - a conservação ambiental, a inclusão social e o

    crescimento econômico - articuladas a partir da diversidade cultural.

    O conceito de responsabilidade socioambiental (RSA), também denominado de

    responsabilidade social empresarial(RSE) pelo Instituto Ethos de Empresas e

    Responsabilidade Social, organização não-governamental criada com a missão de

    mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma

    socialmente responsável, é descrito abaixo:

    É a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa

    com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de

    metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da

    sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras,

    respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

    (INSTITUTO ETHOS, 2007).

    A Agenda 21 Global se destaca como um guia, uma agenda de trabalho para o

    século XXI, visando a promoção de ações que integrem o crescimento econômico,

    a justiça social e a proteção ao meio ambiente. A Agenda 21 não é apenas um

    documento. Nem é um receituário mágico, com fórmulas para resolver todos os

    problemas ambientais e sociais. É um processo de participação em que a

    sociedade, os governos, os setores econômicos e sociais sentam-se à mesa para

    diagnosticar os problemas, entender os conflitos envolvidos e pactuar formas de

    resolvê-los, de modo a construir o que tem sido chamado de sustentabilidade

    ampliada e progressiva (Novaes, 2003).

  • 20

    Como desdobramento da Agenda 21 Global, o Brasil, assim como outras nações,

    também elaborou a sua Agenda 21. Esse processo, que aconteceu de 1996 a

    2002, teve o envolvimento de cerca de quarenta mil pessoas de todo o país. A

    Agenda 21 Brasileira é um compromisso da sociedade em termos de escolha de

    cenários futuros sobre o papel ambiental, econômico, social e político, com foco

    em diversas áreas temáticas:

    Como desdobramento dos compromissos estabelecidos na Agenda 21, pode ser

    criada a Agenda 21 Local, em diversos níveis: num estado, num município, num

    bairro, numa escola ou mesmo numa empresa, como veremos mais adiante,

    abordando a Agenda 21 do BB.

    1.3 - Responsabilidade socioambiental no mundo empresarial e

    no setor financeiro

    Até o final da década de 80, o êxito da administração de um negócio era avaliado

    exclusivamente pelo seu balanço patrimonial, um retrato estático da geração de

    valor para os acionistas. Sob essa visão os únicos públicos relevantes para a

    gestão de uma empresa eram os acionistas e os clientes. Entretanto, a redução da

    participação do Estado na economia e a conseqüente restrição de sua capacidade

    de gestão das questões sociais passam a conferir ao setor privado parte dessa

    responsabilidade. Além disso, as empresas constatam que, para garantirem o

    crescimento de seus negócios, necessitam se envolver diretamente com a

    educação e o bem estar social de sua força de trabalho, atividades estas antes de

    responsabilidade única do Estado.

    Esse diagnóstico introduz nos sistemas de gestão empresarial o mapeamento dos

    públicos de relacionamento ou stakeholders, segmentos que influenciam ou são

    influenciados pelas ações da empresa (acionistas, clientes, fornecedores,

    governo, funcionários, prestadores de serviço, comunidade e meio ambiente) e

  • 21

    fomenta o desenvolvimento de planos de ação para administrar de forma eficiente

    as necessidades desses atores. Essa visão exige repensar o planejamento

    estratégico das empresas, direcionando parte do valor agregado para esses

    públicos.

    A crescente discussão sobre o tema responsabilidade empresarial indica que não

    só o setor privado deveria incorporar esse novo formato de planejamento e de

    gestão. Empresas estatais ou de capital misto com foco e desempenho similar ao

    do setor privado também deveriam atualizar sua forma de administrar.

    Paralelamente a essa discussão, a ampliação da consciência ambiental, fruto da

    constatação da crescente redução de disponibilidade de recursos naturais,

    precipita uma demanda cada vez maior por transparência em relação ao impacto

    ambiental do mundo empresarial e, por conseqüência, por medidas minimizadoras

    desse impacto.

    Um marco na discussão sobre responsabilidade socioambiental foi o desafio

    lançado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi A. Annan. Por ocasião do

    Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, em 31 de janeiro de 1999, Kofi

    Annan exortou os líderes empresariais mundiais a adotarem o Pacto Global

    (Global Compact), tanto em suas práticas corporativas individuais, quanto no

    apoio a políticas públicas apropriadas. O referido pacto tem por objetivo mobilizar

    a comunidade empresarial internacional para a promoção de valores fundamentais

    nas áreas de direitos humanos, trabalho e meio ambiente e defende dez princípios

    universais que são derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da

    Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Princípios e

    Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e

    Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção.

    Nesse contexto, a responsabilidade socioambiental empresarial torna-se tema de

    grande relevância nos principais centros da economia mundial e passa a exigir

    uma nova postura das empresas. Nos Estados Unidos e na Europa proliferam os

  • 22

    fundos de investimento formados por ações de empresas socioambientalmente

    responsáveis. Por exemplo, o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (Dow Jones

    Sustainability Index – DJSI), da Bolsa de Valores de Nova Iorque, enfatiza a

    necessidade de integração dos fatores econômicos, ambientais e sociais nas

    estratégias de negócios das empresas.

    Referências, normas e certificações socioambientais como AA1000 (diálogo com

    as partes interessadas), ISO 14000 (sistema de gestão ambiental), Selo FSC (selo

    verde para conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas

    mundiais, que verifica o manejo florestal sustentável), SA8000 (observância de

    direitos humanos e direitos do trabalho), entre outros, passam a fazer parte da

    realidade empresarial. As certificações socioambientais como a SA8000 e o Selo

    FSC são pré-requisitos para a entrada de produtos e serviços no mercado

    europeu.

    Em relação às instituições financeiras, Inicialmente, a preocupação das mesmas

    com as questões ambientais ocorreu como forma de evitar a responsabilização

    legal por danos ambientais produzidos por bens que eram recebidos como

    garantia de empréstimos. Como a administração de riscos é a essência do

    negócio financeiro, a incorporação da análise socioambiental como ferramenta de

    redução de incertezas começa a tomar contornos de um segmento dentro das

    instituições financeiras. As mais avançadas nesse processo são as seguradoras.

    A razão é simples: os desafios representados pelo aumento da incidência de

    desastres naturais, em sua maioria devido às mudanças climáticas globais, têm

    impacto financeiro direto para elas.

    No restante do setor financeiro, sobretudo nos bancos comerciais, o processo de

    incorporação da sustentabilidade é, em grande parte, estimulado por pressões da

    sociedade civil ou por perdas associadas a questões socioambientais. Assim, os

    riscos ambientais tornaram-se cada vez mais determinantes para o negócio, tendo

    em vista que a gestão inadequada das questões ambientais pode causar perdas

  • 23

    financeiras irreparáveis à empresa e riscos na sua imagem. Gradativamente, os

    bancos começaram a acreditar que o que é bom para o meio ambiente também é

    bom para os negócios.

    Em 2003, são estabelecidos os Princípios do Equador, um conjunto de

    compromissos voluntários que preconizam uma minuciosa análise socioambiental,

    seguindo parâmetros da International Finance Corporation (IFC), para operações

    de project finance - grandes projetos financiados. Apesar de seu caráter

    voluntário, esse conjunto de compromissos tem-se mostrado um guia importante

    para a implantação de melhores práticas. Esses parâmetros deixam transparecer

    o interesse dos bancos mundiais em termos de incorporação de novas tecnologias

    e de engajamento socioambiental, além de procurarem garantir que grandes

    projetos financiados sejam desenvolvidos de forma socialmente responsável e

    reflitam boas práticas de gestão ambiental.

    Atualmente, a discussão sobre finanças sustentáveis não se restringe aos

    Princípios do Equador ou ao mercado de investimentos socialmente responsáveis

    (SRI – Socially Responsible Investments). Inicia-se um movimento que busca

    promover a atuação do sistema financeiro de forma economicamente viável,

    socialmente justa e ambientalmente correta. Os custos dos desastres naturais

    para seguradoras elevaram-se de forma surpreendente, saindo de um patamar de

    US$ 10 bilhões nos anos 60 para US$ 60 bilhões no início de 2000, segundo Evan

    Mills, do Lawrence Berkeley National Laboratory.

  • 24

    CAPÍTULO II – RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

    NO BANCO DO BRASIL

    O compromisso do Banco do Brasil com o país faz parte de sua tradição

    bicentenária ao impulsionar a economia e o desenvolvimento dos municípios onde

    atua, financiando o agronegócio, o comércio exterior, as micro e pequenas

    empresas, entre outros.

    2.1 - Histórico

    Como as mudanças no cenário mundial e as necessidades de as empresas

    estarem alinhadas aos preceitos da sustentabilidade, o tema responsabilidade

    socioambiental (RSA) passou a permear as discussões institucionais de forma

    mais sistemática e constante. Em fevereiro de 2003, o assunto passou a ser

    definitivamente pauta das decisões estratégicas e operacionais, com a criação de

    uma Unidade Relações com Funcionários e Responsabilidade

    Socioambiental, a qual foi transformada em Diretoria de Relações com

    Funcionários e Responsabilidade Socioambiental (DIRES), em maio de 2004.

    Paralelamente à criação da Diretoria, foi instituída uma equipe interdisciplinar,

    denominada Grupo RSA, formada por representantes de todas as áreas da

    empresa.

    Duas das primeiras iniciativas fundamentais para embasar e direcionar as ações e

    os movimentos voltados à incorporação da cultura de responsabilidade

    socioambiental no Conglomerado foram a definição do conceito de RSA e da

    elaboração da carta de princípios, em 2003. O conceito ficou assim definido,

    conforme consta na página da instituição na Internet:

    “Para o Banco do Brasil, responsabilidade socioambiental é ter a ética como

    compromisso e o respeito como atitude nas relações com funcionários,

    colaboradores, fornecedores, parceiros, clientes, credores, acionistas,

    concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente”.

  • 25

    A Carta de Princípios de RSA manifesta os compromissos do Banco em contribuir

    para o desenvolvimento de um novo sistema de valores para a sociedade, que

    tem como referencial maior o respeito à vida humana e ao meio ambiente,

    condição indispensável à sustentabilidade da empresa e da humanidade.

    Atualmente tais princípios fazem parte do cotidiano organizacional, das políticas e

    dos documentos estratégicos do Banco do Brasil.

    Com a definição do conceito de responsabilidade socioambiental e da Carta de

    Princípios de RSA, evidenciou-se a intenção estratégica do Banco em conciliar o

    desenvolvimento de negócios social e ambientalmente sustentáveis com o

    atendimento aos interesses dos seus acionistas, mediante a incorporação

    daqueles princípios a seus produtos, serviços, negócios e rotinas administrativas.

    2.2 - RSA na estratégia corporativa

    No aspecto Negocial o Banco do Brasil busca negócios pelo seu potencial de

    geração de resultados, sob a forma de lucros e participação no mercado e, para a

    sociedade, sob a forma de inclusão social, geração de trabalho e renda e respeito

    ao meio ambiente.

    No escopo de Participação Societária não são adquiridas participações em

    empresas que infrinjam os preceitos relativos a direitos humanos, de trabalho e de

    preservação ambiental.

    Na criação, desenvolvimento e ajuste de produtos e serviços, são levados em

    conta tendências de mercado, necessidades e expectativas dos clientes,

    posicionamento institucional, é feita avaliação econômico-financeira e avaliação

    dos impactos sociais e ambientais. Produtos e serviços são descartados nos

    casos de não atendimento de expectativas dos clientes, de retorno abaixo do

    esperado, e também de agressão aos princípios de responsabilidade

    socioambiental.

  • 26

    O Conselho Diretor, em julho de 2003, aprovou e passou a divulgar e a cobrar

    amplamente a observação dos princípios socioambientais como direcionadores

    para o dia-a dia da organização. Ainda em 2003, foi elaborado um plano de ação

    em responsabilidade socioambiental do Banco do Brasil, objetivando garantir o

    comprometimento e empenho de todo o Conglomerado na sua implementação. A

    composição dos comitês e comissões estratégicas também foi revista de forma a

    prever a participação de representante da Diretoria de Relações com Funcionários

    e Responsabilidade Socioambiental - DIRES, o que permite que a cultura de

    responsabilidade socioambiental seja constantemente disseminada junto aos

    executivos da organização.

    2.3 – Principais compromissos públicos do BB com a sustentabilidade

    Um compromisso público pioneiro do Banco do Brasil para com a sociedade foi o

    Protocolo Verde, em 1995. Em decorrência da assinatura desse documento, o

    Banco do Brasil estabeleceu algumas medidas, como, por exemplo, vetou a

    realização de operações destinadas a financiar atividades que possam causar

    impacto ambiental e tornou obrigatória a apresentação de documentação do órgão

    ambiental competente para financiamento de atividades que possam gerar

    desmatamento no processo produtivo, para atividades de comercialização de

    produtos extrativos de origem vegetal e pescado in natura, para operações de

    investimento em atividades que utilizam recursos ambientais ou empreendimentos

    capazes de causar degradação ambiental e ainda para operações de investimento

    em atividades que utilizam recursos hídricos, como a agricultura irrigada.

    Outro compromisso importante com a sociedade foi assumido desde agosto de

    2004. Desde então, utilizando relação divulgada pelo Ministério do Trabalho e

    Emprego, o Banco do Brasil não concede novos créditos a clientes que submetem

    seus trabalhadores a formas degradantes de trabalho ou os mantêm em

    condições análogas ao trabalho escravo. A decisão abrangeu também vedações a

  • 27

    financiamentos a clientes envolvidos com exploração sexual de crianças e com o

    uso do trabalho infantil.

    Em fevereiro de 2005, diante da preocupação com o impacto socioambiental de

    grandes projetos financiados com recursos creditícios, o Banco do Brasil foi o

    primeiro banco oficial a integrar o grupo de instituições financeiras brasileiras que

    aderiu aos Princípios do Equador, conjunto de políticas, diretrizes e salvaguardas

    a serem observadas na análise de projetos de investimento de valor igual ou

    superior a US$ 10 milhões.

    Juntamente com outras cinqüenta e quatro empresas, o Banco do Brasil também

    aderiu ao Pacto pelo Combate ao Trabalho Escravo, em maio de 2005. Em junho

    de 2005, para fortalecer as iniciativas e apoiar a disseminação da sustentabilidade

    nos negócios, foi realizada a primeira Oficina de Responsabilidade Socioambiental

    do Banco do Brasil, reunindo 62 altos executivos, gerando a atualização do Plano

    de Ação em Responsabilidade Socioambiental, que a partir desse evento passou

    a ser denominado de Agenda 21 do BB.

    2.4 - Gestão da RSA no BB

    No processo de gestão, o Banco do Brasil utiliza instrumentos que o auxiliam no

    acompanhamento do cumprimento do estabelecido em sua estratégia corporativa.

    Dessa forma, temas relevantes como a sustentabilidade são geridos, avaliados e

    monitorados em sua performance, para a elaboração de relatórios e apoio ao

    processo de respostas a consultas e pesquisas sobre o assunto.

    O Plano Diretor é o instrumento pelo qual a estratégia corporativa se materializa

    por meio de objetivos, indicadores e metas, ou seja, é o documento em que o

    direcionamento estratégico da empresa se desdobra em indicadores passíveis de

    acompanhamento para o curto prazo. No Plano Diretor do Banco do Brasil estão

  • 28

    presentes as diretrizes da instituição em matéria de Responsabilidade

    Socioambiental.

    Tradicionalmente, além dos relatórios financeiros, o Banco do Brasil publica o

    Relatório Anual, que consolida todas as informações do desempenho da empresa

    durante o ano. Desde 1997, o Banco do Brasil divulga também o Balanço Social

    de forma espontânea. O Balanço Social é um demonstrativo publicado anualmente

    pelas empresas, e que reúne informações sobre projetos, benefícios e ações

    sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e

    à comunidade. É, também, um instrumento estratégico para avaliar e expandir o

    exercício da responsabilidade social corporativa, e, a partir de 1998, foi elaborado

    pelo Banco do Brasil segundo o modelo e critérios propostos pelo Instituto

    Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e passa a compor o Relatório

    de Sustentabilidade BB, publicado em jornais de grande circulação.

    2.5 - RSA na prática: Agenda 21 do Banco do Brasil

    A Agenda 21 Empresarial é um compromisso do Banco do Brasil com o

    desenvolvimento sustentável do País, materializado em um conjunto de ações que

    visam à responsabilidade socioambiental. Consolidada em junho de 2005, a

    Agenda 21 do BB foi estruturada em três dimensões:

    • negócios com foco no Desenvolvimento Sustentável;

    • práticas administrativas e negociais com RSA;

    • investimento social privado.

    2.5.1 - Negócios com foco no Desenvolvimento Sustentável

    São produtos e serviços que estimulam a realização de negócios que apóiem

    diretamente o desenvolvimento sustentável do país. Um destes negócios é o BB

    Biodiesel, Programa de Apoio à Produção e Uso de Biodiesel, que visa apoiar a

    produção, a comercialização e seu uso como fonte de energia renovável e

    atividade geradora de emprego e renda. A assistência ao setor produtivo é feita

  • 29

    por meio da oferta de linhas de financiamento, custeio, investimento e

    comercialização.

    Desde 1999, a empresa apóia o segmento de alimentos orgânicos no Brasil com o

    BB Produção Orgânica, Programa para o Financiamento da Produção Orgânica,

    que oferece aos produtores rurais acesso diferenciado ao financiamento de

    custeio, de produção e de comercialização da produção orgânica.

    O BB Florestal, Programa de Investimento, Custeio e Comercialização Florestal é

    uma parceria do Banco com o Governo Federal, governos estaduais, prefeituras

    municipais e empresas do segmento florestal e prevê apoio aos produtores que

    investirão na implantação, manejo e comercialização florestal.

    Em novembro de 2005, o Conselho Diretor do Banco do Brasil aprovou a criação

    do primeiro fundo de investimento no Brasil a ser referenciado no Índice de

    Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo, e que destina

    50% da taxa de administração para projetos sociais desenvolvidos pela Fundação

    Banco do Brasil, alinhados às políticas sociais do Governo. Fundos deste tipo são

    chamados de Fundos Éticos.

    O Programa de Incentivo à Eficiência Energética do BB é orientado para

    estimular a realização de negócios com empresas que forneçam, desenvolvam ou

    necessitem de produtos e serviços voltados para a racionalização e a otimização

    do uso de energia.

    Para incentivar a inclusão bancária da população brasileira informal e de menor

    renda, e democratizar o acesso ao crédito, o Banco do Brasil investiu na criação

    de uma diretoria e uma subsidiária integral para atuarem no segmento situado na

    base da pirâmide econômica.

  • 30

    2.5.2 - Práticas administrativas e negociais com RSA

    São as práticas adotadas pelo Banco do Brasil para relacionar-se de forma

    socialmente responsável junto a seus diversos públicos de relacionamento:

    Relações com público interno

    A partir de 1999, o Banco do Brasil passou a destinar 5% das vagas de cada

    seleção externa às pessoas com deficiência.

    Em 2001 foi criado o programa de aprendizagem do Banco do Brasil – Programa

    Adolescente Trabalhador, baseado na Lei da Aprendizagem (Lei 10.097), e que já

    beneficiou mais de 16 mil jovens, desde que foi criado. O principal objetivo do

    Programa é inserir o adolescente no mundo do trabalho em condições adequadas.

    Para participar, os jovens devem estar inscritos em entidades assistenciais e

    devem pertencer a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo.

    A partir de 2005 foi aprovada pela empresa a aceitação de companheiro ou

    companheira do mesmo sexo como dependentes para efeito dos planos de saúde

    e previdência oferecidos aos funcionários. A medida representou um compromisso

    com a diversidade na instituição.

    Em 2005, atento aos aspectos de saúde e de qualidade de vida de seus

    funcionários no trabalho, o BB aprimorou seu Programa de Assistência a Vítimas

    de Assalto e Seqüestro (PAVAS).

    Em março de 2006, o Banco do Brasil aderiu ao Programa Pró-Equidade de

    Gênero, com o objetivo de alcançar a igualdade de tratamento e oportunidades

    entre homens e mulheres no ambiente de trabalho.

    No início de 2007, a organização lançou o Programa de Reinserção de

    Funcionários Afastados por Licença-Saúde – Acidentes de Trabalho. A iniciativa

  • 31

    oferta melhores condições de acolhimento ao funcionário que retorna às

    atividades após longo período de afastamento.

    O Programa QVT - Qualidade de Vida no Trabalho, lançado em julho de 2007,

    visa promover qualidade de vida no trabalho dos funcionários e colaboradores

    (estagiários, adolescentes trabalhadores), com foco no estímulo aos cuidados com

    a saúde e na adoção de hábitos saudáveis, englobando a realização de práticas

    como ginástica laboral, relaxamento, alongamento, ioga no trabalho, tai chi chuan,

    massagem, bem como contratar serviços especializados de terceiros.

    Houve também Investimento na humanização do relacionamento do Banco com o

    seu público interno, com a criação da Ouvidoria Interna do BB, canal de

    comunicação criado para acolher denúncias, reclamações e elogios dos

    funcionários.

    A instituição Investe também na formação dos funcionários, buscando capacitá-los

    além das necessidades do negócio. A oferta de formação é voltada para todos os

    segmentos do corpo funcional.

    Relações com público externo

    Lançada em abril de 2005, a Ouvidoria Externa possui os mesmos princípios que

    a Interna e é destinada aos clientes e cidadãos.

    O Banco do Brasil reformula permanentemente sua postura frente ao Crédito

    Responsável, alinhado às políticas do Ministério do Trabalho, aos Princípios do

    Equador e às leis da Responsabilidade Socioambiental.

    Nas práticas de Responsabilidade Socioambiental da organização, há o

    aprimoramento da sua relação com fornecedores, ao estabelecer uma política de

    relacionamento clara e transparente.

  • 32

    O Banco do Brasil pratica o intercâmbio, com seus concorrentes, de informações

    que tragam melhorias para todo o sistema financeiro e para a sociedade. Como

    exemplos, participa ativamente de comissões na Federação Brasileira de Bancos

    – FEBRABAN, e ao lado dos principais bancos e empresas brasileiras participa de

    Câmaras Técnicas e de conselhos, como o Conselho Empresarial Brasileiro para

    o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que têm como objetivo integrar os

    princípios e práticas do desenvolvimento sustentável no contexto de negócio,

    conciliando as dimensões econômica, social e ambiental.

    Para garantir excelência na relação com seus acionistas, o estatuto do Banco do

    Brasil prevê práticas que garantam o equilíbrio de direitos entre os mesmos,

    independentemente de sua participação acionária, a transparência e a prestação

    de contas do negócio, através de informações corporativas confiáveis e

    tempestivas.

    O processo de prevenção e combate à lavagem de dinheiro é considerado

    importante pelo BB, não só pela exigência legal, mas também por seu aspecto

    social, dado que, por meio do combate a esse tipo de crime, atua-se direta ou

    indiretamente na prevenção de outros ilícitos.

    2.5.3 - Investimento Social Privado

    O Banco do Brasil procura reforçar seu caráter de empresa cidadã através de

    ações de cunho social, também conhecidas como Investimento Social Privado,

    onde busca desenvolver a Cidadania empresarial. Em 1985, o Banco criou a

    Fundação Banco do Brasil (FBB) com esta finalidade, objetivando intensificar e

    reforçar seu apoio às iniciativas voltadas para a inclusão social e a promoção da

    cidadania, com destaque para a inclusão digital, o fortalecimento da agricultura

    familiar, a melhoria das condições de vida em comunidades quilombolas e

    indígenas e a ampliação do acesso à leitura e à cultura.

  • 33

    O Banco do Brasil possui o Programa Voluntariado, onde conta com voluntários

    que estão se capacitando em diversas áreas de conhecimento para atuação nas

    comunidades e em organizações não-governamentais (ONG).

    Desde 2003, o Banco do Brasil destina, anualmente, ao Fundo da Infância e

    Adolescência (FIA), um por cento do seu Imposto de Renda devido. O FIA é um

    fundo especial criado para o financiamento de políticas sociais, programas e

    ações voltadas para a promoção e a defesa dos direitos da criança e do

    adolescente.

    O Banco do Brasil atua Incentivando o esporte mantendo apoio às seleções brasileiras de vôlei feminino e masculino, organiza o Circuito Banco do Brasil de

    Vôlei de Praia e desenvolve o Projeto Tênis Brasil, além de outros patrocínios.

  • 34

    CAPÍTULO III – RESULTADOS PARA A SOCIEDADE

    A partir de julho de 2003, com a criação da Unidade para Relações com

    Funcionários e Responsabilidade Socioambiental, posteriormente transformada

    em Diretoria de Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental

    (DIRES), o Conselho Diretor, órgão máximo de gestão estratégica do Banco do

    Brasil passou a divulgar e a cobrar efetivamente a observação dos princípios

    socioambientais nas atividades da organização e a monitorar os resultados

    obtidos junto à sociedade. Esta cobrança deu-se por meio de metas formalmente

    estabelecidas e que passaram a fazer parte do acordo de trabalho da instituição.

    3.1 – Metas para a sociedade

    O Acordo de Trabalho (ATB) é um instrumento utilizado para avaliar o

    desempenho da gestão das metas do conglomerado Banco do Brasil, com o

    objetivo de promover e mensurar a eficiência e eficácia das atividades do Banco,

    em relação às metas e objetivos estabelecidos nos documentos estratégicos, com

    efeitos práticos no acompanhamento do cumprimento das metas estabelecidas. O

    Acordo de Trabalho é composto de indicadores passíveis de aferição (compara-se

    a meta com o que foi efetivamente alcançado e se estabelecem pontos conforme

    o percentual de atingimento da meta) e tem abrangência temporal de 1 ano, de

    janeiro a dezembro, com apurações semestrais.

    O Acordo de Trabalho avalia os resultados sob várias perspectivas ligadas às

    atividades da instituição. Avalia o atingimento dos objetivos relativos à

    performance de resultados econômico-financeiros (rentabilidade, captação de

    recursos, crédito, receita de serviços, quantidade de transações, eficiência e

    risco), que são a atividade principal de um banco, mas também avalia o

    cumprimento das metas existentes para com a sociedade. Enquanto a primeira

    avaliação diz respeito à eficiência nos negócios, esta última está mais próxima de

    medir o papel de banco público, cujo principal acionista é o Governo Federal, e

  • 35

    que por isso é cobrado, além dos resultados financeiros, no sentido de trazer

    retorno para a sociedade como um todo.

    No Acordo de Trabalho chama-se Perspectiva Sociedade o conjunto de objetivos

    e indicadores que dizem respeito à condução ética dos negócios, ao compromisso

    com o desenvolvimento social das comunidades em que o BB se insere e ao

    esforço em conscientizar e envolver os públicos de relacionamento em questões

    voltadas à responsabilidade socioambiental. Ética empresarial, investimentos

    comunitários, repasse de recursos para ações sociais, imagem institucional e

    funcionamento de órgãos e comitês para debater Responsabilidade

    Socioambiental são temas que podem pertencer a esta perspectiva.

    Duas outras perspectivas do Acordo de Trabalho também se refletem no

    cumprimento de metas que dizem respeito a responsabilidade socioambiental: Na

    perspectiva de Comportamento Organizacional, inserem-se o conjunto de

    objetivos e indicadores relacionados a qualificação profissional, qualidade de vida,

    respeito a individualidade e satisfação dos funcionários, avaliando metas e

    resultados em temas como investimento em capacitação, remuneração,

    reconhecimento, motivação, desempenho e ascensão profissional. Na Perspectiva

    Clientes é avaliado o desempenho, relacionados à satisfação de seus clientes,

    outro público de relacionamento que tem merecido mais atenção pelas entidades

    que têm a responsabilidade socioambiental como diretriz.

    Também em 2003, com o início das ações mais efetivas em Responsabilidade

    Socioambiental por parte do Banco do Brasil, foi criada uma equipe formada por

    representantes de todas as áreas da empresa, denominada Grupo RSA, com

    metas formalmente definidas no tema, tais como

    analisar e propor medidas à Diretoria de Responsabilidade Socioambiental

    (DIRES) sobre iniciativas relacionadas à responsabilidade socioambiental do

    Banco do Brasil, apoiar a DIRES no desenvolvimento de ações relativas à

    responsabilidade socioambiental do BB, de forma interdisciplinar, servir como

  • 36

    canal de relacionamento da DIRES com cada uma das unidades estratégicas do

    Banco e demais empresas do conglomerado, contribuir para a disseminação da

    cultura de responsabilidade socioambiental por todo conglomerado e acompanhar

    a execução das ações da Agenda 21 do BB, no âmbito de sua diretoria, unidade

    ou gerência autônoma.

    Todas as metas estabelecidas em Responsabilidade Socioambiental são

    avaliadas quanto ao seu cumprimento, e o percentual de atingimento das mesmas

    confere pontos a cada agência, superintendência regional ou estadual, que

    comparam seus números e inevitavelmente competem por melhores resultados,

    da mesma forma que com as metas de negócios. O empenho em alcançar os

    resultados esperados, é garantido pelo fato de que do cumprimento do que foi

    estabelecido nos desafios das metas, sejam elas financeiras ou socioambientais,

    depende o recebimento de participação nos lucros semestrais pelos funcionários

    de cada dependência (agência) do Banco do Brasil.

    Alguns resultados alcançados são, por exemplo: a quantidade de contas

    simplificadas, destinadas a pessoas de baixa renda e até então sem acesso ao

    mercado bancário, ação chamada de Inclusão bancária, onde no início de 2008

    estabeleceu-se a meta de estar entre os três primeiros bancos brasileiros que

    oferecem este produto, ficando o Banco do Brasil na segunda posição ao final de

    2008. No ranking de bancos repassadores de recursos do BNDES para obras de

    cunho social, o Banco tinha como meta também estar entre os três primeiros ao

    final de 2008, terminando aquele ano na segunda posição.

    3.2 - Retorno para os diversos públicos de relacionamento

    Para os funcionários, os compromissos socioambientais se concretizam em ações

    que extrapolam significativamente ao que é exigido por lei. Com relação à saúde e

    qualidade de vida, cabe citar o Programa Qualidade de Vida, já mencionado

    anteriormente, a existência da Cassi - Caixa de Assistência dos Funcionários do

  • 37

    Banco do Brasil -, criada em 1944, e o seguro-saúde oferecido aos adolescentes

    trabalhadores. Para oferecer benefícios previdenciários complementares existe a

    Previ - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, criada em

    1904. O compromisso de promover o aprimoramento profissional de seus

    funcionários se revela na Universidade Corporativa do Banco do Brasil (programa

    de cursos auto instrucionais, através da intranet da instituição). A Ouvidoria

    Interna e os Fóruns Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socioambiental são

    comitês permanentes com a disposição de manter um canal de diálogo franco e

    aberto com o público interno.

    No relacionamento com fornecedores, o Banco do Brasil apresenta iniciativas

    voltadas para relações duráveis e equilibradas, compatíveis com os princípios de

    responsabilidade socioambiental. Exemplo disso é a exigência de que empresas

    fornecedoras atendam a todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias no

    relacionamento com seus empregados, assim como a apresentação de

    declaração dos fornecedores sobre o não emprego de mão-de-obra infantil e

    escrava.

    Para os clientes, o Banco vem estimulando a comunicação dos mesmo com a

    Empresa, criando e aprimorando os canais de cominicação existentes, sendo

    receptivo às opiniões da clientela e considerando-as na melhoria do atendimento,

    dos produtos e dos serviços, prestando orientações e informações cada vez mais

    claras, e confiáveis.

    Em relação aos acionistas, o Estatuto do Banco contempla práticas que garantem

    o equilíbrio de direitos entre os mesmos, a transparência e agilidade no

    fornecimento de informações, considerando toda informação passível de

    divulgação, privilegiando a transparência e a prestação de contas. As ações do

    Banco do Brasil compõem a carteira teórica do Índice de Sustentabilidade

    Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo, desde o seu lançamento, em

    2005. O Banco também integra o Novo Mercado da Bovespa, segmento que reúne

    as empresas com as mais rigorosas práticas de governança corporativa, conjunto

    http://www.cassi.com.br/http://www.previ.com.br/http://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/unv/index.jsphttp://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/unv/index.jsp

  • 38

    de medidas de gestão responsável que visam excelência na administração do

    negócio, na prestação de informações e no trato com seus acionistas.

    Como benefício às comunidades onde está inserido, o Banco do Brasil tem dado

    apoio a ações desenvolvimentistas e participado de empreendimentos

    direcionados à melhoria da sustentabilidade ambiental e das condições sociais da

    população.

    Em relação aos concorrentes verifica-se trabalhos em parceria, como os esforços

    de compartilhamento da logística e de recursos tecnológicos com outras

    instituições financeiras. Como exemplo, o Projeto Cisternas - que viabiliza a

    construção de cisternas na região do Semi-Árido brasileiro com o apoio de outros

    bancos, bem como o engajamento junto a outras instituições financeiras no

    combate ao trabalho escravo e degradante, adotando medidas para eliminá-lo

    de sua cadeia de relacionamentos e negócios.

    No relacionamento com os Governos Federal, Estaduais e Municipais, o Banco do

    Brasil, por conhecer as características econômicas e sociais de cada região do

    país e ser detentor de alta capilaridade e ter capacidade de mobilização,

    apresenta-se como um dos principais parceiros na implementação de políticas,

    programas e projetos voltados para o desenvolvimento nacional. São exemplos o

    apoio ao Fome Zero do Governo Federal, o apoio a atividades produtivas nas

    diferentes regiões onde o Banco do Brasil está presente e as ações para inclusão

    bancária.

    A preservação ambiental é um dos balizadores das práticas administrativas e

    negociais do Banco e está contida nos normativos internos. Como já mencionado

    anteriormente, é vedada a realização de operações destinadas a financiar

    atividades que possam causar impacto ambiental. O comprometimento do Banco

    do Brasil com a preservação do meio ambiente também pode ser traduzido pela

    implantação do programa de ecoeficiência, que veio a intensificar e sistematizar

    ações como a coleta seletiva de lixo, o gerenciamento de consumo de água e

    http://www.bb.com.br/portalbb/page3%2C8305%2C8414%2C0%2C0%2C1%2C6.bb?codigoMenu=3826&codigoNoticia=4596&codigoRet=3910

  • 39

    energia, a adoção de critérios ambientais na seleção e gerenciamento de

    fornecedores, além de iniciativas para reciclagem de papel entre outros pontos.

    3.3 - Benefícios para o país, regiões e estados

    Para o Banco do Brasil poder atingir as metas contidas em seu acordo de trabalho

    em relação a Responsabilidade Socioambiental (a Perspectiva Sociedade do

    mencionado acordo), suas unidades, superintendências, agências e empresas do

    conglomerado se esforçam no cumprimento dos objetivos propostos, abraçando

    as inúmeras ações e projetos vinculados ao tema. Em junho de 2009, conforme

    informações do site da empresa, o total de Planos de Negócios voltados para

    Responsabilidade Socioambiental sendo tocados em todo o território nacional é de

    4.290, havendo outros 789 em implantação. Podem ser projetos de apoio a

    alguma atividade econômica não atendida plenamente por bancos privados, apoio

    à subsistência, à eficiência energética, à reciclagem, à inclusão social ou bancária

    e outras ações socioambientalmente responsáveis.

    Os municípios abrangidos por estes projetos somam 2.694, atendidos por 3.979

    dependências (agências e outras unidades do Conglomerado) que lidam

    diretamente com o público alvo destas ações. Há 13.751 funcionários treinados

    para serem líderes nestas ações, onde o total de famílias beneficiadas é de

    1.295.339. O volume total de recursos programados para estas ações soma cerca

    de 9 bilhões de reais, sendo cerca de 6,3 bilhões programados para serem

    investidos pelo Banco do Brasil e 2,7 bilhões por parceiros também envolvidos

    nestas ações. A maior parte dos recursos totais programados para investimento

    em ações socioambientais são destinados às regiões que mais necessitam de

    recursos: Norte, Nordeste e Centro-Oeste, como forma de combater os

    desequilíbrios sociais e econômicos regionais.

  • 40

    3.4 – Reconhecimentos e Prêmios

    O Banco do Brasil recebeu inúmeros prêmios, certificações ou destaques

    diretamente relacionados à sua postura de responsabilidade socioambiental. O

    relatório “Sustainable finance - moving from paper promises to performance”

    do World Wildlife Fund (WWF), apresentado no Fórum Econômico Mundial de

    Davos, na Suíça, em janeiro de 2006, classificou o Banco do Brasil como a

    instituição financeira que mais investe em políticas socioambientais no País e

    categorizou-o como o 8º colocado no ranking mundial de bancos que atuam

    nestas políticas. A adesão do Banco, em 2003, ao "Pacto Global" foi importante

    para garantir a citação no documento.

    Em 2007 o Banco recebeu o Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio,

    onde quatro iniciativas sociais apoiadas pelo BB e pela Fundação Banco do Brasil

    receberam o Prêmio ODM, promovido pelas Nações Unidas.

    O Fundo de Previdência do Banco do Brasil - Previ - foi a única instituição da

    América Latina convidada pela ONU a participar da elaboração do documento

    “Princípios para o Investimento Responsável”, juntamente com outros 20

    maiores investidores do mundo. Os princípios foram lançados em abril de 2006 na

    Bolsa de Nova York.

    O Instituto de Reputação dos Estados Unidos divulgou em dezembro de 2006 um

    levantamento mundial envolvendo 700 empresas em 25 países. Entre as

    instituições financeiras brasileiras, o BB foi o melhor avaliado, sendo

    considerados na avaliação da reputação empresarial além de outros crtérios, a

    cidadania empresarial,sendo bem julgada a capacidade de a empresa gerar valor

    para os seus diversos públicos, como fornecedores, clientes, investidores e

    funcionários

  • 41

    A página de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil mereceu nota

    máxima em pesquisa realizada por consultoria espanhola. O estudo, de autoria da

    Management & Excellence, abrangeu um total de 47 empresas, todas elas listadas

    no índice da bolsa de São Paulo, o Ibovespa. As duas primeiras categorias irão

    premiar instituições que, por seu desempenho, evidenciaram excelência na

    criação de valor social, ambiental e financeiro.

    O Banco do Brasil foi um dos finalistas do Prêmio Financial Times de Finanças

    Sustentáveis, edição 2007. O BB se classificou nas categorias "Banco

    Sustentável", "Banco Sustentável em Mercados Emergentes" e "Banqueiros

    Sustentáveis - Inovação". A inscrição do Banco do Brasil nessas categorias

    relacionou os avanços no aperfeiçoamento de suas práticas administrativas e

    negociais de acordo com os princípios de responsabilidade socioambiental

    Desde 1998, Banco do Brasil recebe o selo Ibase - Instituto Brasileiro de Análises

    Sociais e Econômicas, que confere o selo a todas as empresas que publicam o

    balanço social no modelo sugerido pelo Instituto, dentro da metodologia e dos

    critérios propostos. O Selo Balanço Social Ibase demonstra o compromisso da

    empresa com a qualidade de vida dos funcionários, da comunidade e do meio

    ambiente; apresenta publicamente seus investimentos internos e externos através

    da divulgação anual do seu balanço social.

    O Banco do Brasil mantém, desde 2004, o selo "Empresa Amiga da Criança", da

    Fundação Abrinq, consagrada internacionalmente pelo combate ao trabalho

    infantil e ações de apoio às crianças brasileiras.

  • 42

    CONCLUSÃO

    Ao analisar os resultados trazidos para a sociedade pelo Banco do Brasil,

    podemos chegar a uma conclusão sobre o questionamento principal deste

    trabalho, que é observar se a instituição, que vem alcançando sucessivos

    resultados positivos nos negócios, vem cumprindo seu papel de agente de

    políticas governamentais e trazendo benefícios para o país, papel este que muitas

    vezes parece ficar em segundo plano no atual contexto do mercado financeiro

    brasileiro, onde as instituições financeiras, em especial os bancos, são muito

    criticados por bater recordes sucessivos nos seus lucros (o Banco do Brasil não

    está isento dessas críticas), enquanto a maioria dos setores econômicos luta para

    sobreviver em meio às mais altas taxas de juros mundiais.

    Pudemos conhecer o posicionamento do Banco do Brasil diante do desafio da

    Responsabilidade Socioambiental e verificamos que o Banco adotou políticas

    socioambientais como diretrizes que ordenam o dia a dia da organização. No

    aspecto negocial, o Banco busca atuar conforme as oportunidades de geração de

    resultados e aumento da sua participação no mercado, pois está inserido num

    mercado extremamente competitivo e agressivo, onde é um dos mais fortes

    competidores. No aspecto socioambiental o Banco também se posicionou diante

    de sua missão de trazer retorno e resultados para a sociedade, sob a forma de

    inclusão social, geração de trabalho e renda e respeito ao meio ambiente.

    O divisor de águas em matéria de Responsabilidade Socioambiental foi a criação

    em 2003, de uma unidade especializada no assunto, e que depois tornou-se uma

    Diretoria. Desde então, uma série de ações transformou Responsabilidade

    Socioambiental em dever diário nas rotinas e no contato entre a instituição e todos

    os públicos com quem ela se relaciona na sociedade.

    Iniciativas como a Carta de Princípios de RSA, a Agenda 21 do BB, a adesão aos

    Princípios do Equador, a publicação espontânea do Balanço Social no formato

  • 43

    referendado pelo Instituto Ethos, a criação de uma diretoria e uma subsidiária para

    atendimento exclusivo às necessidades das populações de baixa renda e a

    assinatura do Protocolo Verde, entre outras, confirmam a intenção estratégica do

    Banco em conciliar os negócios tradicionais de um banco comercial a práticas

    social e ambientalmente sustentáveis, com o atendimento aos interesses dos

    seus acionistas, observando a incorporação daquelas práticas a seus produtos,

    serviços, negócios e rotinas administrativas.

    Muito além de ser apenas um compromisso com a imagem da organização, a

    Responsabilidade Socioambiental para o Banco do Brasil representa também a

    busca do atingimento dos desafios propostos pelo seu Conselho Diretor, órgão

    máximo de gestão estratégica. No Acordo de Trabalho, conjunto de metas

    estabelecidas por aquele Conselho para que o Banco navegue na direção dos

    resultados planejados, estão estabelecidas, além das metas dos negócios

    tradicionais para os bancos, como captação de recursos, concessão de crédito,

    vendas de produtos e conquista de clientes, metas relacionadas a objetivos

    socioambientais.

    São estas metas, contidas no Acordo de Trabalho, que trazem objetivos

    vinculados ao papel social do Banco do Brasil, enquanto agente do Governo

    Federal, no compromisso de trazer desenvolvimento à sociedade como um todo.

    Seu cumprimento, justamente por constar no mencionado Acordo, é perseguido

    tanto quanto se perseguem os objetivos financeiros, e vale lembrar que mesmo

    cumprindo todos os objetivos vinculados a negócios tradicionais, o não

    cumprimento dos objetivos socioambientais descritos no Acordo de Trabalho

    compromete o resultado previsto como um todo, podendo ocasionar o não

    recebimento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da dependência

    (agência ou outra unidade) que não cumpriu sua meta.

    Assim, cada funcionário conhece suas metas socioambientais, pois as mesmas

    são amplamente divulgadas e disseminadas por toda a instituição, além de

  • 44

    formalmente quantificadas, ou seja, cada unidade de negócios sabe exatamente

    quanto deve emprestar a famílias de baixa renda (microcrédito), quantas contas

    correntes simplificadas precisa abrir (inclusão bancária) e quanto deve repassar

    de recursos provenientes do BNDES (para financiamento de atividades

    estratégicas para a região), por exemplo.

    Nas regiões que mais precisam de desenvolvimento é onde mais se concentram

    os recursos programados para ações socioambientais, com recursos do Banco e

    de parceiros envolvidos nestas ações, demonstrando haver sinergia entre os

    objetivos traçados para o Banco e o que a sociedade necessita. A quantidade de

    Planos de Negócios existentes e em implantação para o tema também demonstra

    que na prática, o Acordo de Trabalho do Banco vem fazendo acontecer ações que

    podem ser projetos de apoio a atividades econômicas não atendidas plenamente

    por bancos privados, apoio à subsistência, à eficiência energética, à reciclagem, à

    inclusão social ou bancária e outras ações socioambientalmente responsáveis. O

    Acordo de Trabalho é a garantia de que os objetivos vinculados a tais projetos

    serão perseguidos.

    A busca da excelência no trato com os diversos públicos de relacionamento, como

    funcionários, clientes, fornecedores, concorrentes, acionistas, governo,

    comunidade e meio ambiente pode ser conferida pela série de ações substanciais

    e relevantes nesse sentido, que foram adotadas especialmente a partir de 2003, e

    cujo reconhecimento pelos diversos setores da sociedade se reflete nos inúmeros

    prêmios recebidos.

    O Banco do Brasil tem trazido para a sociedade resultados que se traduzem em

    benefícios para ela, em consonância com suas diretrizes de Responsabilidade

    Socioambiental e que vão de encontro ao que se espera de um banco público e

    que possui como missão, dentre outros objetivos, contribuir para o

    desenvolvimento do país. As mesmas metas formalmente estabelecidas para os

    negócios, e que tornaram o Banco do Brasil um competidor em igualdade de

  • 45

    condições com os seus concorrentes privados, inclusive sendo alvo de duras

    críticas pela sucessão de lucros recordes, também existem para a perspectiva

    Socioambiental e vêm garantindo que o papel esperado pela sociedade venha

    sendo cumprido.

  • 46

    BIBLIOGRAFIA

    Acordo de Trabalho Banco do Brasil 2009, disponível na intranet do Banco do

    Brasil. Acesso em 20/04/2009.

    AGENDA 21 DO BANCO DO BRASIL. Brasília, 2007.

    BALANÇO SOCIAL 2008. Diretoria de Relações com Funcionários e

    Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil – DIRES, 2009.

    BLOG DO FRANCISCO CASTRO, matéria “Os bancos estão lucrando muito”.

    Disponível em: http://blogdefranciscocastro.blogspot.com.Acesso em: 19/02/2009

    (Francisco Castro é economista, especializado em finanças públicas e mestre em

    economia).

    CARTA DE PRINCÍPIOS DE RSA DO BANCO DO BRASIL. Brasília, 2008.

    IADH – INSTITUTO DE ASSESSORIA PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO.

    Disponível em http://www.iadh.org.br. Acesso em: 13/05/2009.

    IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

    Renováveis.Integração entre o meio ambiente e o desenvolvimento: 1972-2002.

    Disponível em: http://www.ibama.gov.br. Acesso em: 20 abr. 2007.

    IICA – INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A

    AGRICULTURA. Disponível em http://www.iica.org.br. Acesso em: 22/04/2009.

    INSTITUTO ETHOS de Responsabilidade Social Empresarial. Disponível em:

    http://www.ethos.org.br. Acesso em: 5 mar. 2007.

    http://blogdefranciscocastro.blogspot.com/http://www.iadh.org.br/http://www.iica.org.br/

  • 47

    Jornal A FOLHA DE SÃO PAULO, matéria “Lucro do Banco do Brasil cresce 74%

    em 2008 e bate recorde”, edição de 29/02/2009.

    Jornal VALOR ECONÔMICO, matéria “Bancos brasileiros estão entre os cinco

    maiores lucros do setor das Américas”, edição de 21/03/2009.

    LIVRO DE INSTRUÇÕES CODIFICADAS DO BANCO DO BRASIL/ Planejamento,

    Orçamento e Resultados/ Disposições Normativas/ Perspectiva Sociedade.

    ONU – Organização das Nações Unidas no Brasil. PNUMA - Programa das

    NaçõesUnidas para o Meio Ambiente. Disponível em: http://www.onu-brasil.org.br.

    Acesso em: 20/04/2009.

    Paula , Luiz Fernando; Oreiro , José Luís. Sistema Financeiro: uma análise do

    setor bancário brasileiro. Rio de Janeiro, Editora Campus/Elsevier, 2007.

    PGA-PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL. Disponível em

    http://www.pga.pgr.msf.gov.br/educacao. Acesso em: 18/03/2009.

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    PROTOCOLO VERDE. Brasília, 2005.

    RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (RSA) E DESENVOLVIMENTO

    REGIONAL SUSTENTÁVEL (DRS). Universidade Corporativa Banco do Brasil,

    Brasília, 2008.

    Revista VEJA, matéria “Lucros dos Bancos”, edição de Maio de 2009.

    THE GLOBAL COMPACT. O Pacto Global. Disponível em: http://www.pactoglobal.

    org.br. Acesso em: 04/03/2009.

    http://www.pga.pgr.msf.gov.br/educacao

  • 48

    ZAPATA, T. (2006). In: “DRS, Sustentabilidade no mundo dos negócios”.

    Teletreinamento Rede Aberta, TVBB, 2009.

  • 49

    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATÓRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 7

    SUMÁRIO 8

    INTRODUÇÃO 9

    CAPÍTULO I - CONTEXTUALIZAÇÃO 13 1.1 - Histórico evolutivo de RSA 13 1.2 - Conceitos (Sustentabilidade, Desenvolvimento sustentável, Responsabilidade socioambiental e Agenda 21) 18 1.3 - RSA no mundo empresarial e no setor financeiro 20

    CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO BANCO DO

    BRASIL 24

    2.1 – Histórico 24 2.2 - RSA na estratégia corporativa 25 2.3 - Principais compromissos públicos do BB com a sustentabilidade 26 2.4 - Gestão da RSA no BB 27 2.5 - RSA na prática: Agenda 21 do BB 28

    CAPÍTULO III – RESULTADOS PARA A SOCIEDADE 34

    3.1 - Metas e Resultados 34 3.2 - Retorno para os diversos públicos de relacionamento 36 3.3 - Benefícios para o país, regiões e estados 39 3.4 - Reconhecimentos e prêmios 40

    CONCLUSÃO 42

    BIBLIOGRAFIA 46 ÍNDICE 49

  • 50

    FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito:

    AGRADECIMENTOSSUMÁRIOCAPÍTULO I- CONTEXTUALIZAÇÃO13CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO BANCO DO BRASIL24CAPÍTULO III – RESULTADOS PARA A SOCIEDADE34

    CONCLUSÃO42BIBLIOGRAFIA46CAPÍTULO I- CONTEXTUALIZAÇÃO13CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO BANCO DO BRASIL24CAPÍTULO III – RESULTADOS PARA A SOCIEDADE34

    CONCLUSÃO 42BIBLIOGRAFIA 46