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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING DE RELACIONAMENTO E CRM NAS EMPRESAS Por: Silvia Morsch Orientadora Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING DE RELACIONAMENTO E CRM NAS EMPRESAS

Por: Silvia Morsch

Orientadora

Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING DE RELACIONAMENTO E CRM NAS EMPRESAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Estratégica

Por: . Silvia Morsch

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, que sem seu

apoio incondicional, não conseguiria ter

chegado até aqui.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao Leandro que

está presente em todos os momentos da

minha vida.

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RESUMO

Esta monografia apresenta a origem do Marketing de Relacionamento e

o Customer Relashionship Management (CRM), informando conceitos de

diferentes autores, enumerando as principais funções do CRM em uma

empresa, além de explicar a diferença entre marketing de relacionamento e

CRM e suas principais características.

Ao longo deste trabalho de pesquisa, a implementação do CRM é

demonstrada detalhadamente, as principais e indispensáveis etapas do

processo de implementação e os pontos críticos desta tecnologia, com objetivo

de orientar e reduzir tempo e custo neta fase fundamental do projeto.

Apresento a visão de CRM com estratégia de negócio através do

relacionamento com o cliente. Os benefícios da adoção desta prática são

relacionados, bem como, ilustrados através de casos de sucessos de

empresas que obtiveram aumento de retenção na sua base de clientes,

incremento nos lucros com a redução de custos e incremento de vendas,

lucros e ganharam principalmente, o reconhecimento e a fidelidade de seus

clientes.

O CRM e o marketing de relacionamento andam lado a lado e

junto formam uma força empresarial sem precedentes na conquista, gestão e

satisfação dos clientes. Os profissionais que entenderem esta sinergia poderão

se beneficiar com resultados sustentados e duradouros.

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METODOLOGIA

Este trabalho tem como principal metodologia a pesquisa bibliográfica.

De acordo com Ayres e Larosa, 2007 a pesquisa bibliográfica permite ao

pesquisador obter conhecimento para a solução do problema através da busca

de referências ao assunto estudado em documentos, livros, etc. publicados

anteriormente. Pode atuar como parte de outras formas de pesquisas ou de

forma independente.

Os principais autores que fundamentaram o trabalho foram Roberto

Madruga, Merlin Stone, Neil Woodcock, Liz Machtynger e Eliane Karsaklian.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Marketing de Relacionamento e CRM 10

CAPÍTULO II - Entendendo o CRM 16

CAPÍTULO III - Implementando o CRM 21

CAPÍTULO IV – O valor do Cliente 33

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

ANEXOS 41

ÍNDICE 49

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é conceituar, explicar e analisar o Customer

Relashionship Management (CRM), apresentando os princípios para sua

implantação e os seus principais benefícios permitindo que as empresas atuem

com sucesso em mercados cada vez mais competitivos.

Durante os anos 50 e 60, o marketing alcançou significativo

crescimento por direcionar ofertas para um mercado consumidor sem muitas

opções e ávido por novidades. Nos setores de bebida e limpeza, era usual a

dona de casa encontrar uma única marca nas prateleiras de supermercados.

Todavia, nos anos 70 e 80, surgiram novos concorrentes, levando as empresas

a repensarem sua atuação mercadológica. Novos produtos foram criados para

segmentos de consumidores que pareciam emergentes. Essa segmentação na

forma de atuação foi denominada, marketing de nichos. Acreditava-se que ao

final da década 80, a transição total do marketing de massa para um marketing

mais individualizado estaria completa.

No entanto, nos dias atuais, verifica-se que esta transição não foi

concluída. Quase que diariamente são lançados artigos e livros sobre como

transformar uma empresa orientada para o marketing de massa em empresa

orientada para o marketing de relacionamento. O advento do CRM na década

de 90 foi o reforço necessário para essa mudança.

Os profissionais de marketing perceberam a urgência de estratégias de

proximidade com seus consumidores e da utilização de ferramentas

tecnológicas que podem trazer benefícios para o relacionamento, significando

empresas com maior estabilidade e clientes mais próximos de suas

aspirações. Implantar o CRM resulta em maior satisfação dos clientes, maior

lucro e redução de custos desnecessários.

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Em um mundo onde mercados se modificam a cada instante, as

empresas precisam empreender formas inovadoras de se relacionar com seus

clientes, que sofrem freqüentes mudanças de hábito de consumo, sendo

influenciados por fatores psicológicos e ambientais, se quiserem ser manter

atuantes e lucrativas ao longo do tempo.

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CAPÍTULO I

MARKETING RELACIONAMENTO E CRM

A expressão marketing de relacionamento surgiu timidamente na

década de 80 na área acadêmica, que contestava a baixa a eficácia do

marketing convencional para muitas situações, e atualmente começa a tomar

o seu lugar de importância nas organizações. Ele foi influenciado por várias

correntes, entre as quais o marketing de serviços, o marketing industrial

americano e a qualidade total. Embora esteja na sua infância, talvez seja um

dos temas mais importantes do nosso mundo contemporâneo de negócios,

que efetivamente está auxiliando as empresas a tornarem - se diferentes

próximas de seus clientes, líderes de mercado e altamente rentáveis.

O marketing de relacionamento de relacionamento pode ser aplicado a

toda gama de relações que sua empresa está fazendo nesse momento.

Morgan e Hunt, autores do The commitment-trust theory of relationship

marketing, propuseram ampliar a natureza do marketing de relacionamento,

não o limitando a clientes diretos: “O marketing de relacionamento se refere a

toda atividade de marketing direcionada a estabelecer, desenvolver e manter

trocas relacionais de sucesso”.

Apesar de o marketing de relacionamento já ser difundido e praticado

por diversas empresas, muitas vezes ele é mal interpretado. Em pesquisa

realizada pela consultoria Conquist (www.conquist.com.br), identificou-se que

as diferenças entre marketing de relacionamento e CRM não estão bem claras

para 61% dos profissionais que atuam nas áreas comerciais e de marketing.

Segundo Roberto Madruga, marketing de relacionamento definitivamente é

atrair, realçar e intensificar o relacionamento com clientes finais, clientes

intermediários, fornecedores, parceiros e entidades governamentais e não

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governamentais, através de uma visão de longo prazo na qual há benefícios

mútuos.

1.1 As Seis Funções do Marketing de Relacionamento

Uma empresa que decide praticar conscientemente o marketing de

relacionamento na sua plenitude precisará desenvolver pelo menos seis

funções, segundo Roberto Madruga:

• Elaboração conjunta de uma visão e cultura empresarial voltada para os

clientes e parceiros. A empresa deseja e age de forma integrada na

busca da excelência no relacionamento interno e externo.

• Construção de objetivos de marketing de relacionamento conectados à

visão e sempre de natureza límpida. Os objetivos são entendidos,

negociados e acompanhados por toda organização.

• Estabelecimento das estratégias de marketing de relacionamento

voltadas para a criação de valores em conjunto com os clientes. As

trocas relacionais de sucesso e as estratégias são inúmeras, claras e

focadas.

• Implementação de ações táticas com foco no relacionamento

colaborativo com clientes. Elas são apoiadas por uma infra-estrutura

que traz segurança e precisão para os funcionários que estão na linha

de frente com o cliente.

• Obtenção de benefícios mútuos, isto é, empresas e clientes tiram

proveito da cooperação ocorrida em vários momentos de contato. A

empresa entende melhor as necessidades do cliente, que se prontificam

a fornecer informações valiosas a seu respeito, produtos e serviços.

• Direção da ação, capacitação e envolvimento dos colaboradores da

empresa para relacionamentos superiores. A maior contribuição para

gerar diferenciais competitivos no contato com o cliente sempre é dada

pelos colaboradores, desde que treinados, encorajados e motivados.

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Em termos de tempo, o marketing de relacionamento deve ser praticado

prevendo-se a sustentação de suas estratégias. Para que seja viável, é

necessário um processo contínuo de identificação e criação de novos valores

com os clientes, através do compartilhamento de seus benefícios durante toda

a parceria. Isso envolve compreensão, concentração e administração de uma

rede de criação de valores entre fornecedores, clientes e colaboradores. Para

tornar possível esse processo, é necessária a interdependência, isto é, cada

indivíduo trabalha dentro de sua competência, porém conectado a outras

pessoas, para construir de forma colaborativa processos de agregação de

valor.

1.2 Marketing de Relacionamento e CRM são Convergentes

Embora O CRM seja um marco, não era exatamente uma novidade para

a indústria de software, que fabricava sistemas para o gerenciamento das

relações com o cliente desde a década de 70. Alguns eram primitivos, outros

sofisticados, mas todos tinham finalidade de incrementar qualidade,

velocidade, reduzir tempos e custos nas interações com consumidores.

Motivada pela crescente demanda empresarial por tecnologias

mercadológicas integradas e automação dos esforços de vendas e marketing,

a indústria de softwares e automação dos esforços de vendas e marketing, a

indústria de softwares lançou, em meados dos anos 90, O CRM a fim de

auxiliar as empresas no gerenciamento, de forma integrada, das interações

com os clientes. Gradativamente, novas funcionalidades foram incorporadas o

sistema, que alcançou ampla difusão no meio empresarial, responsável por

investimentos na ordem de bilhões de dólares ao ano em todo mundo.

(Terry Vavra)

Segundo Merlin Stone, as empresas fabricantes de CRM descobriram

um lucrativo nicho de mercado e entenderam bem a potencialidades do novo

sistema. Com isso, desenvolveram toda sua estratégia de venda de produtos,

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baseando-se nos benefícios que esses poderiam gerar, ou seja, a

concretização do marketing de relacionamento. O CRM ajuda a viabilizar o

marketing de relacionamento e vice-versa. Ambos são complementares e

sinergéticos. Embora o marketing de relacionamento e o CRM sejam de

origens distintas, tanto os executivos quanto o pessoal operacional da gestão

do relacionamento com clientes preferem apelidar as duas formas de CRM.

1.3 CRM – Definições

Customer Relashionship Management, ou simplesmente C.R.M. é um

novo conceito de administração e marketing. Embora o termo CRM nunca

tenha sido formalmente definido, pode-se dizer que é uma estratégia de

negócio voltada ao atendimento e antecipação das necessidades dos clientes

atuais e potenciais de uma empresa. (Neil Woodstock, 2001)

CRM é a integração de tecnologia e processos de negócios, usada para

satisfazer as necessidades dos clientes durante qualquer interação.

Especificamente, CRM envolve aquisição, análise e uso do conhecimento de

clientes para venda mais eficiente de produtos e serviços.

(Eliane Karsaklian, 2000)

CRM é a estratégia ou filosofia e não um pedaço específico de

tecnologia, desenhada para otimizar o lucro proveniente do cliente, receita e

satisfação. (Neil Woodcock, 2000)

Praticar CRM é gerenciar uma empresa baseando-se no conhecimento

das necessidades, anseios e desejos dos clientes. Os sistemas concebidos a

partir dessa norma têm como ponto central e fundamental, o cliente como

modelo, na capturação, análise e consolidação de dados, distribuição de

resultados e interação. (Roberto Madruga, 2006)

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Além disso, o CRM também integra os módulos de automação,

gerência, telemarketing e televendas, serviço de atendimento ao cliente,

marketing, web e comércio eletrônico. Gerenciamento do Relacionamento com

o consumidor é essencialmente um foco em obter o valor máximo dos clientes

– seja através da maneira que as companhias se comunicam com eles, como

vendem, e como lhes prestam serviços de atendimento ou manutenção – como

também pelos meios tradicionais do produto, do preço, da promoção e do

ponto de venda.

De acordo com Neil Woodcock, com CRM, as empresas devem

reconhecer que os clientes fazem as decisões da compra baseadas mais do

que apenas no produto, mais do que no preço apenas. Os clientes compram

baseados em sua experiência geral, que inclui o produto e o preço, mas

incluem também vendas, serviços, imagem percebida, suporte e atendimento.

Se as empresas puderem obter todos aqueles fatores corretamente e

consistentemente, estarão recompensadas com um cliente fiel e rentável.

O CRM é essencialmente um termo para estratégias, metodologias e

software voltado para a organização foco-no-cliente, segundo Liz Machtynger.

Por exemplo, uma empresa pode construir uma data base sobre seus clientes

que mostra seus relacionamentos de forma detalhada. Consequentemente, a

gerência, o pessoal de vendas, sua camada de serviços, e talvez em alguns

casos, o próprio cliente, pode diretamente ter a informação que precisa.

Através da combinação das necessidades do cliente com as especificações de

produtos e ofertas, lembrar clientes da existência de determinados serviços, e

saber que outros produtos o cliente compra.

De acordo com Regis Mackenna, CRM é uma estratégia de negócio

voltada ao atendimento e antecipação das necessidades dos clientes atuais e

potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico, CRM envolve

capturar os dados do cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os

dados capturados interna e externamente em um banco de dados central,

analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos

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vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com

o cliente através de qualquer ponto de contato com a empresa.

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CAPÍTULO II

Entendendo O CRM

O CRM é uma estratégia de gestão de negócios através do

relacionamento com o cliente, para a realização de maior lucratividade e

ganhos de vantagem competitiva, destacando para isto a participação da

tecnologia como forma de automatizar os diversos processos de negócio,

como vendas, marketing, serviços ao consumidor e suporte a campo. O CRM

integra pessoas, processos e tecnologia para otimizar o gerenciamento de

todos os relacionamentos, incluindo consumidores, parceiros de negócios e

canais de distribuição, segundo Roberto Madruga.

No marketing "1 to 1" (um cliente por vez) podemos utilizar a técnica

IDIP = Identificar, Diferenciar, Interagir e Personalizar (adaptando um produto).

ou serviço ao cliente). Os clientes são identificados por seu valor, e através de

recursos de TI, isto pode estender-se para milhões de clientes. Uma vez

identificado o grupo valoroso, efetua-se um contrato no sentido de buscar mais

informações e, com os resultados, diferenciá-los pelas necessidades:

• WIN BACK OR SAVE (recuperar clientes que tenham deixado ou

estejam deixando o relacionamento);

• PROSPECTING (realizar a prospecção de novos clientes);

• LOYALTY (criar lealdade entre os clientes existentes);

• CROSS-SELL/UP-SELL (realizar maiores vendas ou vendas casadas).

Em termos de TI, o CRM é um software que captura, processa, analisa

e distribui dados, como nos outros sistemas, porém o cliente é o centro do

modelo de dados e todos os relatórios e consultas têm o cliente como porta de

entrada, integrando os módulos de automação de vendas, gerência de vendas,

telemarketing e televendas, serviço de atendimento e suporte ao cliente,

automação de marketing, ferramentas para informações gerenciais, Web e

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comércio eletrônico, possibilitando traçar estratégias de negócios voltadas para

o entendimento e antecipação das necessidades dos clientes atuais e

potenciais de uma empresa.

A globalização e a evolução da TI têm mudado radicalmente a forma

como as empresas e seus consumidores se relacionam. Os consumidores têm

um leque de opções de produtos e serviços nunca vistos. Além de oferecer

qualidade e preço competitivo, as organizações precisam estabelecer

relacionamentos de longo tempo com os clientes, visando um maior

aproveitamento do LTV (Life time Value) de cada cliente, de acordo com Terru

Vavra:

• CMV (CLIENTES MAIS VALIOSOS) para os quais se devem empregar

a estratégia de retenção, utilizando programas de reconhecimento e a

possibilidade de uso de canais de comunicação exclusivos

recompensando o alto valor gerado;

• CMP (CLIENTES DE MAIOR POTENCIAL) para os quais é necessário

desenvolver esses clientes através de incentivos;

• BZs (BELOW ZEROS) que representam valor negativo para a

organização;

• GRUPO DE CLIENTES INTERMEDÁRIOS, mas que são lucrativos,

porém sem grande expressão.

Utilizando uma ferramenta gerencial, as organizações terão informação

com maior qualidade, auxiliando a ação de tomada de foco a ser atingido,

oferecendo algo a mais a seus clientes, especialmente os de maior valor, e

evitando a migração de sua base de clientes para a concorrência.

Portanto para uma organização, os benefícios se darão com a

implementação do programa que facilitará a identificação dos clientes,

diferenciando-os pelo valor e comportamento (segmentação), pela interação,

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quando se pode saber que suas necessidades e preferências, conduzindo à

personalização ou adequação às necessidades expressas pelo cliente. A

grande vantagem da TI é permitir que isto possa ser feito em larga escala.

2.1 Por que o CRM é importante?

O CRM é importante porque adquirir clientes, em geral, é muito mais

oneroso para as organizações do que manter uma clientela já existente.

Isso se torna mais óbvio no Marketing direto, área na qual é possível

quantificar com precisão os custos para adquirir e manter clientes. Estimativas

revelam que isso também ocorre em outros ambientes de marketing. Os

benefícios do CRM podem ser demonstrados por intermédio de técnicas

contábeis que revelam: os custos da aquisição de clientes, as mudanças no

número de clientes e as mudanças nas compras feitas por cada cliente.

Os benefícios do CRM, segundo Merlin Stone, estão em geral em uma ou

mais das seguintes áreas:

• Melhor retenção e fidelidade do cliente – os clientes permanecem

mais tempo, compram mais e com mais freqüência, ou seja, maior

valor a longo prazo.

• Maior lucratividade dos clientes – não apenas porque cada um deles

compra mais, mas também por causa dos menores custos para

recrutá-los.

• Custo reduzido de vendas, pois os clientes existentes, em geral, são

mais receptivos.

Entretanto, adquirir os clientes errados e mantê-los, é em geral,

prejudicial. Focar a retenção do cliente como sendo a grande prioridade dos

negócios pode ser uma atitude bastante ingênua se a minoria dos clientes

captados não for lucrativa. Em muitos setores, como sistema bancário,

seguradoras e as prestações de serviços públicos, uma porção razoável de

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clientes não é lucrativa, porque o custo de lhes prestar serviço é muito maior

que os benefícios gerados por eles. Em tais situações, as técnicas de gestão

de clientes destinam-se a reduzir custos dos serviços prestados ou até mesmo

eliminar os clientes não lucrativos.

Do ponto de vista da clientela, pesquisas realizadas em muitos setores,

tanto em empresas como em mercados consumidores, revelam repetidamente

que as exigências mais importantes dos clientes são claras e compreensíveis,

podendo ser resumidas nas declarações a seguir:

• “Quando faço alguma pergunta sobre o produto, forneça-me

informações imediatas, seja atencioso e mantenha sua palavra.”

• “Seja conveniente em nossos contatos.”

• “Facilite nossos contatos”

• “Facilite a compra do produto desejado com um preço competitivo.

Quero que o produto esteja completo e funcionando e, se for entregue

que seja conforme foi especificado, dentro de prazo.”

• “Utilize os dados que estou lhe fornecendo de maneira adequada e

ética, de modo a beneficiar-me. Em nossos contatos, tenha-os

prontamente acessíveis.”

• “Após a venda, não me incomode, mas mantenha contato se houver

algo a dizer. E mais importante: caso eu tenha problema ou procure

apoio, responda logo e atenciosamente.”

• “Confie em mim e cumpra suas promessas.”

(Fonte: Pesquisa realizada pela empresa Conquist, especializada

em consultoria e treinamento, com mais de 1.000 clientes em 2006).

De acordo com Merlin Stone, para cumprir tais exigências é necessário:

• Fabricação, operações e distribuição de bom nível.

• Pessoal recrutado, treinado e motivado.

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• Processos de administração de reclamações, consultas, boas-vindas e

vendas, além de sistemas de mediação adequados.

• Boa tecnologia da informação, de forma que a empresa possa

reconhecer seus clientes e lhes proporcionar ofertas, informações e

orientações relevantes.

Essas exigências do cliente devem ser transformadas em práticas

básicas de negócios. Se a proposição combinar com as exigências dos

clientes e se agir de maneira amigável e profissional em todas as etapas,

os benefícios serão grandes, como: a redução de 25 por cento no índice de

perda de cliente, a manutenção por mais tempo do cliente na base da

empresa, o incremento das margens de lucros gerados pelos clientes, pois

a força de seu relacionamento com esses clientes, os torna mais

resistentes aos concorrentes. Além de um aumento das indicações de seus

produtos/serviços que gera consequentemente novos negócios.

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CAPÍTULO III

Implantando o CRM

A implementação do CRM precisa de cuidados para que a empresa

consiga tirar proveito dele, sendo assim, existem etapas que devem ser

cumpridas, para ser minimizado o risco e se elevar o potencial de sucesso. Os

maiores benefícios de se trabalhar assim são: redução de tempo de

implementação, redução de custos com o projeto e maior satisfação do

usuário. Segundo Roberto Madruga as etapas decisórias para a

implementação do CRM são:

1 - Planejamento para

Implementação

2 - Treinamento dos Recursos

Internos

8 - Acompanhamento

e Relatório3 - Design e Análise

da Solução

7 - Produção 4 - Construção da Solução

6 - Teste e Homologação

5 – Treinamento do Usuário

Fonte: Roberto Madruga, 2006.

1. Planejamento para implementação. Quando a contratação da solução for concretizada, a organização para a

implementação precisa ocorrer imediatamente, fazendo com que o

responsável pelo o projeto cuide do planejamento de aspectos estratégicos,

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como é o caso dos recursos de infra-estrutura. Essa etapa é denominada

de planejamento para implementação, envolvendo prospectar pessoas para

o projeto, formar uma equipe com integrantes das duas partes,

confeccionarem cronograma inicial e definir local físico, onde serão

alocados os computadores, servidores, rede de comunicação e ambiente

de desenvolvimento do software. Nessa etapa, é revalidado o papel do

sponsor (patrocinador) do projeto.

2. Treinamento dos recursos internos. Treinam-se previamente os recursos de TI e apenas alguns usuários-

chaves como forma de garantir que serão participativos e colaborativos

durantes a fase de implementação. Acontecem dois tipos de treinamento.

Os worshops estratégicos são realizados por consultoria especializada em

gestão de relacionamento com os clientes sobre as potencialidades e

estratégias que podem ser realizadas pelo CRM. O outro tipo de

treinamento é ministrado pela empresa implementadora para área de TI da

empresa adquirente para a compreensão da complexidade, exigências e

funcionalidades oferecidas por um pacote de CRM.

3. Design e análise de solução. Nesta etapa a realização de reuniões com o usuário final, definição de

detalhes, definição de telas de trabalho, criação de processo e fluxos de

informação (worflow), carga de dados no sistema, definição dos relatórios e

dimensionamento de hardware (servidores, micros e redes). É a fase de

descoberta, em que os objetivos, benefícios e estratégias, que não estavam

evidentes no início do projeto, aparecem agora com mais vigor. Nesta

etapa, a equipe de projeto descobre novas necessidades e também novas

dificuldades, causando, em alguns casos, um esforço adicional dos

participantes ou mesmo a contratação de novos recursos. O objetivo é

descobrir fatos e ações existentes nas áreas da empresa que adquiriu o

CRM. Mapear quem é indispensável ao projeto, definir o escopo e levantar

os macroprocessos de negócios são ações típicas desta fase. Por exemplo,

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na área comercial pode-se descobrir se um vendedor atua em certo

território, que critérios formam um território de vendas e que tipo de alertas

podem ser disparados, caso uma visita a um cliente importante não seja

cumprida. Neste estágio do processo, a maior parte dos processos é

detalhada e as informações necessárias para o CRM são levantadas. Por

exemplo, durante a implementação em uma empresa de telecomunicações,

se faz necessário investigar os serviços que serão oferecidos aos clientes

no curto, médio e longo prazo, as chaves primárias para o acesso ao banco

de dados e a estrutura de tabelas de dados (modelagem) que serão

necessárias para possibilitar tais serviços.

4. Construção da solução. Em função do que foi aprovado com o usuário na etapa anterior, a solução

começa a ser customizada quanto às telas usadas por vendedores e

atendentes, relatórios gerencias, novos campos de qualificação do contato,

rotinas de retaguarda operacional (back-office), fraseologias para

conversão (scripts) e programação de atividades. A fase requer que

diversas tarefas sejam realizadas pela equipe do projeto, como:

customização dos processos internos do CRM e designação automática,

isto é roteamento da informação certa para o colaborador certo. Por

exemplo, quando uma chamada de assistência técnica ou de oportunidade

de vendas entra no call center, o atendente mais qualificado será

“procurado” pelo CRM de modo a atender ao cliente com o maior grau

possível de habilidade. Nesta etapa é realizada a carga de dados no CRM,

bem como a definição dos campos de dados necessários para o

relacionamento com o cliente.

5. Treinamento do usuário final. Trata-se de uma das fases mais importantes, pois até então, o usuário

apenas participou do teste do CRM e não tem uma idéia clara de como

será o seu trabalho com o novo sistema. O treinamento reflete tudo que

está aprovado e ocorre normalmente com dedicação total.

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6. Teste e homologação do que foi construído. A área de TI trabalha em três servidores de dados diferentes, também

denominados ambientes: desenvolvimento, homologação e produção. O

ambiente de desenvolvimento é o local onde os programadores constroem

os códigos dos programas e compartilham as informações. Tudo que foi

desenvolvido e pré-aprovado neste ambiente migra para o ambiente de

homologação, onde a solução é testada. O ambiente de produção permite

que a solução definitiva seja utilizada pelos usuários finais durante “o

grande dia” ou “a hora da verdade”, como é chamado pela área de TI. O

principal objetivo da fase de teste e homologação é validar junto ao usuário

se as entregas estão de acordo com o projeto, isto é, se as “promessas”

realizadas na fase inicial da proposta foram cumpridas. Os fabricantes de

CRM recomendam que a validação ocorra muito antes do final do projeto,

pois pequenas aprovações ao longo do mesmo podem economizar tempo e

recursos.

7. Fase de produção. A empresa já opera a solução nesta etapa. Rotinas de backup são

realizadas para garantir a segurança dos dados e rotinas de sobreaviso

para contingências são criadas. Nesta fase há o desenvolvimento de

usuários-chaves para verificar se algo foi esquecido, se algum dado foi

perdido e se os acessos aos usuários comuns estão liberados.

8. Acompanhamento da produção e relatório final. Durante esta fase ocorre o ajuste da performance do sistema quanto ao

tempo de resposta, verificação das tabelas de dados quanto à consistência

e verificação da capacidade da tecnologia em suportar a pressão das

transações diárias. As fases do projeto são documentadas de forma a

registrar o ocorrido. Os pontos de melhoria e os cuidados necessários para

o funcionamento correto do CRM são consensados com o usuário. Nessa

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fase, a equipe de suporte pós-implementação já está operando e seu

trabalho é intenso, pois os usuários que apresentam muitas dúvidas. O

relatório final tem como objetivo a melhoria contínua da aplicação de CRM.

3.1 Tipos de Aplicação de CRM

O pacote tecnológico de CRM não pode ser visto como uma solução

única e sem flexibilidade. É verdade que desde seu aparecimento, a indústria

de tecnologia, apoiada por consultores de marketing, desenvolveu novas

aplicações para tentar se adaptar à necessidade de cada empresa. As quatro

formas mais comuns de aplicação de CRM são:

• Aplicação por finalidade estratégica

Pode ser dividida em três momentos de implementação: CRM analítico,

CRM operacional e CRM colaborativo.

• Aplicação por áreas de organização

Também chamado de horizontais de CRM, destina-se a qualquer empresa,

possibilitando a implementação em uma ou mais áreas prioritárias, como é

o caso do call center, força de vendas e marketing.

• Aplicação de CRM por processos

Quando olhamos a organização através de processos, desenvolvemos uma

vantagem competitiva de integrar mais pessoas com tarefas

complementares, contribuindo para que os “muros” existentes entre as

áreas sejam demolidos. Aplicar o CRM de acordo com o processo

empresarial permite que o foco seja dado nas tarefas que mais agregam

valor, dependendo do momento em que a empresa estiver.

• Aplicação por tipo de indústria que atende

Também denominada de verticais de CRM, leva em consideração as

necessidades do banco de dados de certos segmentos da economia, como

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telecomunicações, varejo, energia, entretenimento, aviação, indústria

financeira, entre outros. A solução de CRM possibilita a implementação de

funcionalidades especializadas no tipo de mercado, auxiliando a tomada de

decisão com mais informação e experiências de decisões passadas.

3.2 Aplicações do CRM por Finalidade

Aplicação por finalidade pode dar-se em três momentos de

implementação que geralmente ocorrem em fases distintas: CRM analítico,

CRM operacional e CRM colaborativo.

O CRM operacional automatiza o relacionamento com clientes nos call

centers e força de vendas, por exemplo, que fazem interface direta com o

mercado. Possui diversas funcionalidades como: acesso a qualquer hora e de

qualquer lugar, acompanhamento de serviços, suporte a canais de

relacionamento (multicanais), histórico de contatos, busca avançada, scripts

inteligentes, suporte na apresentação para o cliente e gerenciamento de

contratos, calendário, agendamentos, entre outras.

O CRM analítico administra campanhas de marketing e vendas,

segmentação de mercado, estudo do comportamento do consumidor e

predições sobre compras futuras, entre outras atividades. Ele auxilia em tempo

real, os usuários na captura de informações a respeito dos relacionamentos,

reclamações e requerimentos provenientes de todos os canais de contato com

o cliente. Essa informação é processada pela ferramenta analítica, permitindo

que os profissionais de marketing sejam informados a respeito das

necessidades do cliente, seu comportamento de compras e seus valores. As

principais funcionalidades servidas pelo CRM analítico são: análise de vendas,

análise dos serviços prestados, configurador de produto, campanha e

informação para força de vendas, campanhas por e-mail, data warehouse,

ferramenta analítica, ferramenta de relatórios, gerenciamento de campanhas,

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gerenciamento de territórios, qualidade do serviço, segmentação de mercado,

entre outras.

O CRM colaborativo integra, via Internet, todas as funcionalidades da

empresa voltadas ao relacionamento, inclusive com parceiros. Nessa aplicação

de CRM o fornecedor pode ter acesso á base de dados da companhia cliente,

visualizando suas atividades atribuídas e realizando contatos através do

sistema. Além disso, ele possibilita que os funcionários da empresa cliente e

da empresa parceira trabalhem em forma de redes de relacionamentos para

resolver problemas complexos provenientes do atendimento a clientes.

3.3 Os Pontos Críticos Para implementar CRM

A complexidade apresentada pelo CRM indica um tempo maior de

projeto do que sistemas comerciais específicos. O tempo de execução pode

ser afetado por várias causa como: existência de sistemas próprios (legados)

da empresa adquirente da solução, número de módulos comprados, nível de

aprovação necessário para os testes e porte da empresa contratada.

Um projeto que necessite de integração com os sistemas legados do

cliente é mais complexo, pois os especialistas em TI da empresa contratada

precisam estudar as sua funcionalidades, programação e seus riscos, de modo

que sejam evitadas perdas de dados ou mesmo de funcionalidades. Esta

última é mais vulnerável de ser reclamada pelos funcionários da empresa

adquirente considerados “saudosistas” dos antigos sistemas que controlavam

com facilidade.

A implementação de vários módulos de CRM também influencia

diretamente o cronograma. É muito mais complexo implantar CRM no call

center e na força de vendas, por exemplo, do que implantar sequencialmente

nas mesmas áreas. O cronograma de implantação da mesma forma pode ser

afetado pelo nível de aprovação dos testes realizados, pois algumas empresas

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formam uma hierarquia rígida desnecessária para aprovação, na qual,

separadamente, muitos membros precisam aprovar as entregas, multiplicando

assim, o tempo despendido.

O porte da empresa também influencia na implementação, de acordo

com Roberto Madruga. Num extremo, empresas grandes e, em outro extremo,

que geralmente são as mais complexas. A primeira apresenta processos mais

interdependentes e decisões delicadas de negócios. A segunda

constantemente não dispõe de recursos suficientes. Empresas que reúnem

condições pobres para a implementação podem levar mais de um ano para se

beneficiar das principais funcionalidades do CRM. Já um projeto com módulo

único e sem sistemas legados é mais veloz, podendo ocorrer em cerca de

cinco meses.

Para implementar CRM numa empresa de porte médio são necessários

um gerente de projeto, quatro consultores técnicos e um responsável por

bancos de dados alocados durante alguns meses. O total de recursos

humanos pode chegar a dezenas, caso o projeto tenha um escopo maior.

A negociação de venda de um sistema de CRM pode girar em torno de

seis meses a um ano. Já a implementação pode levar de três meses a mais de

um ano, dependendo da complexidade e do nível de integração com os

sistemas proprietários da empresa que adquiriu a solução.

O processo de aprendizado com as falhas do CRM ocorre ao longo dos

meses, após a conclusão da implementação. As experiências demonstram que

pode levar no mínimo 8 meses para a empresa adquirente desenvolver

maturidade suficiente para compreender os erros estratégicos cometidos no

relacionamento com clientes e corrigi-los.

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3.4 Ameaças internas para a Implementação

Nem sempre os projetos de CRM são bem-sucedidos inicialmente.

Apesar de a maioria das pessoas acharem que o maior potencial de risco está

na qualificação e a atitude das pessoas. Sendo assim, a maior parte das

ameaças está dentro da própria que adquire o CRM, e não as empresa

fornecedoras. Segundo Roberto Madruga, existem 12 ameaças que, se não

resolvidas, trazem prejuízos à implementação de CRM e a prática de marketing

de relacionamento. Uma empresa que deseja implementar CRM ou mesmo

remodelar um existente deve-se precaver das seguintes ameaças:

• Baixo envolvimento da alta cúpula da organização com o projeto.

O próprio presidente poderá comunicar-se com os funcionários, mesmo que

seja no instante inicial do projeto, sobre a importância, a urgência e os

ganhos que o CRM pode trazer. O presidente seria uma espécie de

patrocinador interno, cujo envolvimento não se dá apenas através de

reuniões, mas também de convencimento das partes a respeito de

processos de trabalho definidos e valorização da utilização do CRM. Em

seguida, o presidente dedicaria tempo dos seus diretores para liderança e

acompanhamento do projeto, criando bônus de incentivo para o sucesso do

CRM.

• Baixa participação dos funcionários operacionais.

Não é suficiente que o presidente lidere o processo de implementação, pois

a tecnologia é apenas um dos componentes para o relacionamento com

clientes. È necessário que as pessoas estejam envolvidas e participativas,

pois serão os futuros usuários.

• Sobrevalorização da tecnologia. Para realizar-se o marketing de relacionamento, pelo menos em parte, não

é obrigatório um sistema oficial de CRM.

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• Falta de autonomia da equipe operacional perante o cliente. Embora o CRM possibilite que as organizações sejam pro ativas na

abordagem com clientes usuários desqualificados e desagregados podem

reduzir a utilização do CRM a um simples instrumento de informação

passiva. Para a empresa adquirente atingir o grau de pró atividade, é

preciso que haja uma reorganização de cargos, salários, redesenho de

processos voltados ao cliente, estabelecimento de parcerias, capacitação e

empowerment para o pessoal da operação. Trabalhar em forma de time é

vital.

• Centralização excessiva das informações pelas áreas de marketing e TI.

Em alguns casos, a cultura arraigada de que a área de marketing ou TI são

as áreas que detêm o conhecimento e as decisões sobre o que o cliente

pode fazer com que a área operacional (que faz interface com os clientes)

não tenha visibilidade sobre as estratégias empresarias ou fique desprovia

de autonomia para resolver situações mais complexas de atendimento. As

áreas de marketing e TI poderiam se envolver mais com a área operacional

e convidar seus membros para reformulação de produtos e sistemas,

contribuindo com sua experiência em ouvir o cliente.

• Organização orientada ao produto.

A orientação excessiva ao produto pode consolidar a visão unilateral do

relacionamento, em que o cliente, durante o processo de comunicação,

atua mais como receptor de produtos. Com essa visão, a estrutura da

empresa volta-se prioritariamente para as ações comerciais e não para

relacionamentos, reduzindo a participação dos clientes. Adicionalmente os

funcionários são incentivados a reduzir o tempo de atendimento

despendido em troca de maior produtividade.

• Não saber o que realmente se precisa.

Não reconhecer as próprias necessidades internas pode fazer com que a

escolha da solução seja imprecisa e onerosa. Em alguns casos, há o risco

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de adquirir mais módulos do que o necessário ou mesmo módulos pouco

utilizados. A escolha do módulo correto é importante para que a empresa

tenha condições de operara e aproveitar as sua funcionalidades.

• Não planejar o futuro, pelo menos uma parte dele.

Uma visão essencialmente de curto prazo, fato não muito raro nas

empresas adquirentes, afeta o projeto CRM, pois alguns módulos podem

ser adquiridos desnecessariamente ou, ao contrário, alguns módulos

podem ser negligenciados na implantação. Uma previsão de pelo menos

três anos, das estratégias de relacionamento colabora para o cálculo do

retorno sobre o investimento. Esse prazo é o mínimo recomendado por

alguns fabricantes, embora afirmem que é possível recuperar o

investimento em menos tempo. Essa é uma pergunta que precisa ser

respondida antes mesmo da implantação.

• Escolha incorreta da empresa que irá desenhar os processos de CRM.

A empresa escolhida deve ser experiente, sabe direcionar seu cliente

durante o projeto, opinar nos seus negócios, pois, muitas vezes, não há

uma visão clara sobre as estratégias de relacionamento a serem adotadas.

A escolha incorreta pode elevar os custos do projeto. Toda atenção deve

ser dada ao treinamento em técnicas e atitudes em atendimento a clientes.

• Falta de visão da equipe de implementação.

A equipe deve ser coesa e trabalhar em parceria com o cliente e fabricante.

Deve possuir um profissional denominado de “configurador” de sistema,

que saiba testar o que produziu para não comprometer o cronograma. O

clima agradável é almejado através de relacionamentos pessoais, porém,

os principais recursos para conquistar um bom clima são um projeto bem

definido com o seu escopo previamente acordado e workshops de

integração. Do contrário, a equipe pode perder finais de semana

trabalhando ou mesmo se desgastar com estresse.

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• Falta de incentivo ao usuário.

Funcionários pouco informados e reativos podem não se importar com o

projeto e não dispor das horas necessárias para o treinamento. Usuários

incentivados e participativos fazem a diferença na hora da implementação.

• Engessamento.

A hierarquia de aprovação dos testes durante o projeto, se exagerada, pode

atuar contra o cronograma. Na fase inicial, um grupo de trabalho é formado

e suas atribuições consensadas. Ao invés do modelo hierárquico tradicional

de aprovação de projetos, deve ser adotado um modelo de delegação, no

qual funcionários, previamente preparados e autorizados pela diretoria, são

responsáveis por certas decisões.

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CAPÍTULO IV

O Valor do Cliente

Companhias brasileiras, americanas e européias estão caminhando

para programas de fidelização mais interessantes, pois o modelo tradicional de

recompensa por utilização, necessariamente, não garante consumidores fiéis.

Embora os programas tradicionais de descontos aumentem, às vezes,

as compras por parte dos consumidores, precisa-se se ter cuidado, pois estes

programas não garantem a compra sucessiva e tampouco a preferência

eterna. A empresa deve criar programas de longevidade, que são aqueles

voltados para aumentar o tempo de permanência dos melhores clientes, sem

acreditar que eles serão permanentemente fiéis.

Muitas companhias devem buscar, na verdade, a retenção pelo maior

tempo possível, de seus consumidores mais valiosos, contudo, é necessário

considerar que os clientes são seres inquietos e que gostam das novidades da

concorrência também. A concorrência também sabe disso e também sofre do

mesmo efeito.

A fidelização não é eterna, mas, quanto maior o tempo de duração da

relação, maiores as chances de benefícios mútuos. Uma empresa saudável,

com consumidores valiosos por um longo tempo, obtém margem de lucro

suficiente para investir na criação de valores e benefícios, principalmente para

os clientes que se dedicam mais. (Roberto Madruga, 2006).

A fidelização é um estágio de relacionamento a ser atingido e não

apenas condições promocionais de curta duração. Segundo Roberto Madruga,

para fugir de programas de fidelização mal sucedidos, deve-se evitar:

• Falta de experiência por parte dos responsáveis.

• Tecnologia inadequada para gestão do programa.

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• Visão de lucros a curto prazo. • Canais de contato mal dimensionados. • Falta de informação do programa para as áreas operacionais. • Regras confusas ou pouco claras para consumidores.

Um dos aspectos mais importantes para lançar um programa de

aumento da retenção dos clientes é o levantamento de dados a respeito de

suas preferências, inclusive para adotar táticas de reconhecer e recompensar

os clientes mais especiais.

4.1 A Verdadeira Lealdade é Rara

A lealdade é um estágio raro, no qual alguns consumidores atingem e

não trocam de forma alguma suas marcas fornecedoras. Caso algum de seus

produtos favoritos não esteja na prateleira não compram o da concorrência.

Eles defendem com tanta convicção o fabricante ou fornecedor de serviço que

são capazes de ajudar a empresa em momento de crise. Entretanto a lealdade

vem desaparecendo, de acordo com Merlin Stone, ela existe, mas é cada vez

mais rara de se encontrar.

A lealdade não pode ser confundida com a falta de opção que alguns

consumidores têm de não poder trocar de fornecedor porque não há

concorrência estabelecida. A dependência de compra de serviços em

mercados onde não há liberdade de escolha não pode ser confundida com

lealdade. (Liz Matchynger, 2006)

Um dos aspectos mais importantes para lançar um programa de aumento da

retenção dos clientes é o levantamento de dados a respeito de suas

preferências, inclusive para adotar táticas de reconhecer e recompensar os

clientes mais especiais.

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4.2 Implementando o Programa de Longevidade

O melhor cliente não é o que gera mais lucros, mais aquele que, além

de ser rentável, indica amigos, realiza propaganda boca a boca, estabelece

relacionamento comercial de longo prazo e se sente satisfeito com as soluções

empresariais.

Longevidade essa é a palavra de ordem para todas as pessoas que

lidam com clientes ou que trabalham em atividades de suporte junto a eles. O

ponto de partida para um programa de longevidade é projetar se a empresa

terá condições para sustentação do mesmo. A alocação de recursos

financeiros, materiais e humanos para o programa, jamais deve concorrer com

outros projetos da empresa. (Roberto Madruga, 2006)

Identificar que tipo de recompensa o consumidor prioriza é

imprescindível para que o programa seja aceito. As preferências por prêmios,

por exemplo, podem variar de região para região, pois o perfil sócio econômico

do consumidor alvo é dominante para a escolha. É necessário descobrir as

preferências dos clientes através de uma pesquisa simples, porém é

importante para o executivo de marketing surpreender seu consumidor com

recompensas criativas, que não precisam ser milionárias, como por exemplo:

• Convites inesperados para jantares românticos para

consumidores que completaram seu aniversário de casamento.

• Convite para o cliente assistir a shows de sua preferência na

primeira fila.

• Envio de um livro do estilo predileto do cliente autografado pelo

próprio autor.

• Um simples telefonema do presidente saudando um feito do

cliente.

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Os programas de freqüência, também denominados no passado de

programa de lealdade, não são novidade no Brasil, tampouco no resto do

mundo. Eles se intensificaram na década de 90, através das companhias

aéreas, que enfrentavam uma brutal concorrência. Na medida em que essas

empresas conquistaram um grande número de clientes, os próprios cartões de

crédito perceberam a oportunidade e entraram em cena. E assim esses

programas se expandiram por todo o EUA e pelo mundo, em diversos setores

da economia. Muitas redes de varejo, empresas de acesso a internet, de

produtos de consumo e até do ramo petrolífero implementaram programas de

freqüência com bastante sucesso.

OS DEZ MANDAMENTOS PARA O PROGRAMA DE LONGEVIDADE DE CLIENTES

1 Estabeleça um objetivo claro, quantitativo e qualitativo.

2 Seja criativo, mas torne o programa de longevidade viável de ser implementado.

3 Cuidado com penduricalhos. Não ostente demais o programa. Seja simples, porém diferenciado.

4 Registre e divulgue para clientes e colaboradores as regras e prazo do programa.

5 Estude o melhor formato que se adapte a seu mercado ou empresa.

6 Acima de tudo: valorize genuinamente os clientes mais longevos.

7 Diferencie a participação, ressaltando os clientes mais estratégicos para você.

8 Ofereça benefícios reais para os clientes. Torne os benefícios possíveis de serem alcançados.

9 Respeite as diferenças regionais. Não empacote seu plano achando que o comportamento do cliente é igual em todo o Brasil.

10 Crie valor para seu cliente e insira o programa na cadeia de valor de sua empresa.

Fonte: Roberto Madruga, 2006.

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4.3 Gerar Valor para o Cliente

De maneira geral, as empresas sabem o que é importante para atender

às necessidades dos seus consumidores. É quase senso comum que eles não

gostam de fila de espera, que precisam chegar rapidamente aos lugares, que

ao tirarem o telefone do gancho desejam que a linha esteja disponível e que,

ao acionarem o plano de saúde, este esteja pronto para atendê-los.

Essas expectativas parecem básicas, mas nem sempre são respeitadas.

As empresas geralmente conhecem pouco sobre as necessidades do cliente,

algumas ainda vivem na era do foco no produto, na qual se valoriza mais o seu

processo de fabricação, envio e expedição do que o bem estar do consumidor.

O foco no valor do cliente pode trazer diversos benefícios mútuos para

as partes, isto é, vale a estratégia ganha-ganha, em que há diminuição e

coisas indesejáveis e aumento e itens bem vindos, como propaganda boca a

boca.

Segundo Eliane Karsaklian, o valor do cliente é o que ele espera não só

da aquisição de um produto ou serviço, mas também da experiência que terá

com a empresa. Assim, um cliente, quando adquire um carro, busca muito

mais do que simplesmente um bando de chapas de aço retorcidas em cima de

alguns eixos e com um motor. Ele espera que o carro traga valores para a sua

vida, como maior possibilidade de fazer viagens, crescer no seu emprego ou

levar a família para um passeio. O cliente espera ser mais feliz com a

aquisição.

Ao mesmo tempo em que os clientes apresentam algumas similaridades

em sua forma de consumir, é importante que as empresas desenvolvam

estratégias para que sejam captadas as necessidades reais dos consumidores

e, em seguida sejam produzidos valores para atendê-los. Mais do que isso,

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aplicando estratégias de relacionamento em tempo real, será possível

surpreendê-los ou mesmo se antecipar as futuras zonas de atrito.

Marketing de relacionamento, customer relashionship management e o

valor do cliente estão sempre juntos e formam um novo desafio para as

organizações que querem encantar os seus clientes.

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CONCLUSÃO

Adotar Marketing de Relacionamento e CRM é fazer com que as

relações entre a empresa e cliente sejam duradouras e compensadoras

economicamente. Todas as partes envolvidas no processo devem ser

incentivadas a buscar constantemente alternativas para que a longevidade do

relacionamento seja uma conquista de todos e não uma conseqüência

inexorável, uma dependência prejudicial.

Para assegurar uma implementação de CRM e Marketing de

relacionamento mais consistente deve-se realizar um diagnóstico apurado das

condições, quanto a habilidades e estágios dos colaboradores, estruturas

existentes, estratégias mercadológicas correntes, nível de capacitação dos

usuários, processos de atendimento e vocação organizacional para o

relacionamento com os clientes. Estas medidas irão reduzir o tempo de

implantação e os custos do projeto.

O Processo de implementação pode levar de seis meses a dois anos. E

para melhorar este cenário, as empresas de tecnologia devem buscar com

mais freqüência, parceiros externos para demonstrar, antes de seu processo

de venda, como funciona e quais os benefícios e mudanças são necessários

para o marketing de relacionamento e o CRM. Inclusive deve rever seus

processos, realizar treinamentos comportamentais e definir claramente as

especificações de negócios. Dessa forma, a organização adquirente poderá

optar em “desejar” o CRM, aumentando suas chance de “comprá-lo”.

Não podemos esquecer que o marketing de relacionamento e o CRM

são de origens distintas, porém estão cada vez mais próximos e juntos formam

um irresistível escudo para proteger os clientes mais valiosos da empresa e

gerar valores superiores para eles.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Caso de Sucesso da empresa Vivo;

Anexo 2 >> Caso de sucesso da empresa Renault; Anexo 3 >> Caso de Sucesso da empresa Unimed; Anexo 4 >> Caso de Sucesso da empresa Magazine Luíza; Anexo 5 >> Caso de Sucesso da empresa Telemig Celular.

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ANEXO 1

Caso de sucesso da empresa Vivo

Fonte: Roberto Madruga – Guia de implementação de Marketing de

Relacionamento e CRM, pág. 196.

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ANEXO 2

Caso de sucesso da empresa Renault

Fonte: Roberto Madruga – Guia de implementação de Marketing de

Relacionamento e CRM, pág. 172.

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ANEXO 3

Caso de sucesso da empresa Unimed

Fonte: Roberto Madruga – Guia de implementação de Marketing de

Relacionamento e CRM, pág. 167.

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ANEXO 4

Caso de sucesso da empresa magazine Luíza

Fonte: Roberto Madruga – Guia de implementação de Marketing de

Relacionamento e CRM, pág. 122.

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ANEXO 5

Caso de sucesso da empresa Telemig Celular

Fonte: Roberto Madruga – Guia de implementação de Marketing de

Relacionamento e CRM, pág. 178.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

GONÇALVES, Carlos Alberto. Marketing de Relacionamento – Database

Marketing. Uma estratégia para adaptação em mercados competitivos. Rio de

Janeiro: Axcel Books, 2002.

GORDON, Ian. Marketing de Relacionamento. São Paulo: Futura, 2001.

KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do consumidor. São Paulo:

Atlas,2000.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing: edição do milênio. Rio de

Janeiro: Campus, 2000.

MACCKENNA, Regis. Competindo em tempo real. Rio de Janeiro: Campus,

1998.

MADRUGA, Roberto. Administração de marketing no mundo contemporâneo.

São Paulo: Atlas, 2006

MADRUGA, Roberto. Guia de implementação de marketing de relacionamento

e CRM. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2004.

MATCHTYNGER, Liz. CRM – Marketing de relacionamento com clientes. São

Paulo: Futura, 2001.

www.weekpedia.com.br

www.conquist.com.br

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Marketing de Relacionamento e CRM 10

1.1 – As seis funções do Marketing de Relacionamento 11

1.2 – Marketing de Relacionamento e CRM são convergentes 12

1.3 – CRM - Definições 13

CAPÍTULO II

Entendendo o CRM 16

2.1 – Por que o CRM é Importante? 18

CAPÍTULO III

Implantando o CRM 21

3.1 – Tipos de Aplicação de CRM 25

3.2 – Aplicações de CRM por Finalidade 26

3.3 – Os Pontos Críticos para Implementar o CRM 27

3.4 – Ameaças Internas para a Implementação 29

CAPÍTULO IV

O Valor do Cliente 33

4.1 – A Verdadeira Lealdade é Rara 34

4.2 – Implementando o Programa de Longevidade 35

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4.3 – Gerar Valor para o Cliente 37

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 46

ÍNDICE 47

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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