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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
RECURSOS TECNOLÓGICOS E APRENDIZAGEM
BELKISS GOMES MOL
ORIENTADORA: PROF ª. MARIA DA CONCEIÇÃO MAGGIONI POPPE
RIO DE JANEIRO JULHO / 2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista Psicopedagogia.
RIO DE JANEIRO JULHO / 2004
RECURSOS TECNOLÓGICOS E APRENDIZAGEM
BELKISS GOMES MOL
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DEDICATÓRIA
Aos meus alunos da Rede Estadual, aos que foram aos que são e aos que ainda serão. Causa e conseqüência deste trabalho. Estrelas que guiaram meu caminho profissional.
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RESUMO
O presente trabalho pretende mostrar que a televisão, considerada um
meio de entretenimento, pode, atualmente, assumir o importante papel de
instrumento didático no processo de construção do conhecimento.
O trabalho desenvolveu-se através de estudos e pesquisas
bibliográficas, observação e experiência pessoais.
Os estudos teóricos realizados enfatizam aspectos antropológicos da
cultura, objetivando esclarecer o tema pluralidade cultural, cujo debate tem sido
intenso associado às propostas curriculares nas escolas.
A história da TV no Brasil é descrita, não só como curiosidade sobre o
seu surgimento, mas também para mostrar quando os empresários percebem que
este meio de comunicação seria um auxiliar do processo ensino-aprendizagem.
Não deixou de ser enfocado também a sedução que este meio de comunicação
exerce em crianças, jovens e adultos.
Um pouco da realidade escolar é trazida através de reflexões sobre
dados referentes à prática escolar, obtidos no contato com alunos.
Afinal são encaminhadas sugestões de ações educativas que
incorporem possíveis avanços nas relações pedagógicas que se estabelecem a
partir do tema tratado neste trabalho.
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METODOLOGIA
A questão do fracasso escolar é um ponto muito importante da
educação brasileira. A dificuldade apresentada, pelos alunos, na aprendizagem
dos conteúdos programáticos, necessários à promoção, conclusão de curso e
principalmente à aquisição de conhecimentos úteis ao seu crescimento pessoal, é
um fato incontestável.
O árduo trabalho dos educandos de trazer para sua realidade e
compreensão, as novas situações, fenômenos, conceitos, o tempo passado, etc.
é uma realidade, vivida e comprovada pela autora deste trabalho.
Devido a essas características do quadro educacional brasileiro era
preciso que os educadores adquirissem conhecimento que ajudasse na sua
prática escolar e no sucesso do aluno. A tecnologia moderna com aparelhagem
eletrônica oferece ao professor meios para facilitar esse trabalho .
Baseada nesta preocupação, elaborou-se esta monografia, que tem
por recurso básico inicial a descrição, que pretende apresentar situações,
identificar problemas, avaliá-los, entre outras atitudes. Para realização deste
estudo houve extensa leitura bibliográfica atualizada sobre o assunto e sua
respectiva documentação, através de fichamentos e resumos. Uma vez
organizadas as informações, os dados foram trabalhados de forma a exercer a
escrita deste estudo monográfico.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CULTURA: O AGIR, SENTIR E PENSAR DE UM POVO 11
CAPÍTULO II
A TV E A EDUCAÇÃO NO BRASIL 21
CAPÍTULO III
A TV E A PRÁTICA ESCOLAR 32
CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43
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INTRODUÇÃO
Os meios de comunicação exercem poderosa influência em nossa
cultura. Refletem, recriam e difundem o que se torna importante socialmente tanto
ao nível dos acontecimentos (informação) como do imaginário (ficção).
O cinema, a televisão, o rádio estabelecem relações sedutoras,
agradáveis, envolventes que, de maneira positiva ou negativa, influenciam o
comportamento das pessoas.
Há mais de meio século, ocorreram às primeiras transmissões da
televisão no Brasil. Com o aparecimento do veículo, começaram a surgir em todo
mundo, crítica condenando a TV, atribuindo a ela, responsabilidades e culpas.
Inegavelmente, por experiência do cotidiano, constatamos que a TV é o
meio de comunicação que provoca mais fascínio sobre crianças, jovens e adultos,
pois basta ligá-la para que sons e imagens conquistem o telespectador. Hoje, os
aparelhos de TV estão no centro da vida doméstica, como meio de
entretenimento e fonte de informação para toda família.
Dependendo do maior ou menor uso diário que é feito dela, passa a
trazer novas ou diferentes formas de viver, agir, sentir e falar. Com isso,
desempenha um papel educativo, transformando-se em uma agência social que,
com a escola, tem no conhecimento a sua matéria-prima.
Quando o tema é conhecimento, Escola e TV, escola e outros meios de
comunicação não podem ser vistos como assuntos paralelos, eles se cruzam e se
sobrepõem. A primeira é nitidamente organizada, segundo um modelo industrial
de produção, a partir do qual difunde e produz conhecimento; já os segundos são
organizados de acordo com um modelo burocrático de prestação de serviço, e é
concebida como um canal de transmissão e difusão de conhecimentos.
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A TV é o meio de comunicação que intervém no sistema educacional.
É um veículo indiscutível de expansão dos espaços de aprendizagem que a
sociedade contemporânea nos oferece. Os educandos estão mais expostos aos
conhecimentos que a televisão proporciona, que aqueles advindos da
escolaridade ou das relações familiares.
Pelo fato da TV ter influência, em tempo de democracia, a Escola pode
e deve desempenhar um papel insubstituível no estímulo ao desenvolvimento de
telespectadores críticos, conscientes e capazes de "ler" a televisão sob o prisma
da ética e da cidadania.
O sistema escolar não pode ignorar a influência e o poder da televisão,
deve antes reconhecê-lo e integrá-lo. Foram estes argumentos que orientaram e
deram suporte a escolha do tema, fixando o objetivo deste estudo: refletir sobre
os possíveis usos da televisão na escola, tirando proveito do instrumento que ela
representa na educação.
Outro objetivo será possibilitar uma reflexão maior, por parte dos
educadores, em relação à formação e ao desenvolvimento do senso crítico dos
alunos, que passarão a ser mais exigentes diante de uma escolha. Saberão usar
a televisão para a vida, sem ser usado por ela.
Para atingir os citados objetivos, buscou-se a contribuição de diferentes
estudiosos no assunto. Configura-se assim um trabalho de natureza eminentemente
bibliográfico. Contudo, é propósito deixar claro que a fundamentação teórica
adicionada à observação feita em alguns anos de trabalho em sala de aula, dá
respaldo necessário para o pensamento de quem executa esta monografia.
Sendo assim, dando prosseguimento a este raciocínio, no primeiro
capítulo do trabalho, discorreu-se sobre cultura, seu conceito e seus vários
sentidos, analisando-se também a pluralidade cultural brasileira.
No segundo capítulo passa-se, então, especificamente a analisar um
dos mais poderosos meios de comunicação atuais, a televisão. Veremos seu
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histórico, através de dados coletados; sua implantação, expansão,
desenvolvimento e aproveitamento para o sistema educacional. Mediante a forte
sedução que a mesma exerce sobre os educandos. É necessário que os
educadores aproveitem e usem como instrumento didático.
É no terceiro capítulo, o aproveitamento do objeto de nosso estudo na
prática escolar, seu auxílio em sala de aula.
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Cultura, crenças, conduta, linguagem e formas de vida de um grupo de
pessoas em um determinado período. Engloba costumes, cerimônias, arte,
tecnologia e, em sua interpretação estética, os êxitos artísticos e intelectuais de
uma sociedade. Encontra-se estreitamente associada às formas culturais
promovidas pelas instituições escolares e estatais.
1.1. CONCEITO E SENTIDO
Todos os povos, mesmo os mais primitivos, têm uma cultura própria,
que passa de geração em geração. No sentido antropológico, a palavra tem
várias definições. Edward Burnett Tylor, antropólogo inglês ofereceu pela primeira
vez uma definição formal e explícita do conceito:
"Cultura é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, moral, artes, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade."
(Tylor, apud Laraia, 1993, pág. 25)
Nenhuma outra definição se compara a do autor acima, pelo fato de
englobar o modo de vida de um grupo de indivíduos com suas características
próprias. Tylor procurou definir cultura baseando-se nas características
diferenciadoras entre o homem e o animal, a partir dos costumes, crenças e
instituições encaradas como técnicas que possibilitam a vida social.
A partir da segunda metade do século XX, a pluralidade de culturas
passou a ser o fator de preocupação dos antropólogos, devido a perda de
interesse na evolução dos costumes e instituições.
Só o homem possui cultura, ou seja, é o portador da cultura, por isso
só ele a cria, a possui e a transmite. As sociedades animais e vegetais a
desconhecem. É um complexo, porque forma um conjunto de elementos inter-
relacionados e independentes, que funcionam em harmonia na sociedade. Os
hábitos, idéias, técnicas compõem um conjunto, dentro do qual os diferentes
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membros de uma sociedade convivem e se relacionam. A organização da
sociedade está relacionada com a organização sócio-econômica, entre os dois
encontram-se as idéias religiosas. O conjunto dessa inter-relação faz com que os
membros de uma sociedade relacionem-se em uma quase perfeita harmonia.
A cultura é uma herança que o homem recebe ao nascer, desde o
momento em que a criança é posta no mundo, ela começa a receber uma série
de influências do grupo em que nasceu. Tal influência pode ser na maneira como
se alimenta, se veste, se comunica e assim por diante. A medida em que ela se
desenvolve, recebe novas influências do grupo a que pertence, passando então a
participar, cada vez mais, da sociedade em que vive, e a exercer seu papel social
com sua própria personalidade.
O homem ao ser concebido recebe a herança biológica (características
genéticas de seus pais), mas a herança cultural só é adquirida no momento de
seu nascimento, pois como já vimos é transmitida pelo modo de vida de seu
grupo.
Em todo contato de culturas os grupos de indivíduos são ao mesmo
tempo doadores e receptores, sendo comum o processo de transculturação (troca
recíproca de valores culturais) numa sociedade com mais de um grupo de
indivíduos. Dessa forma, o homem adquire novos elementos culturais e enriquece
seu tipo cultural.
Pela dinâmica, percebe-se que a cultura se aperfeiçoa, se desenvolve
e se modifica continuamente, quase nem sempre perceptível pelos membros do
próprio grupo. Isso contribui para o seu desenvolvimento constante, por meio de
novas criações da sociedade, e ainda, do que e adquirido de outros grupos.
O meio impõe influências que vão diversificar a cultura,
correlacionando-a à vida do homem cujas relações com o mesmo será
responsável pelo aparecimento de novos valores culturais e o desaparecimento
de outros, acompanhando o ritmo da humanidade.
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"Todas as culturas estão em constante processo de re-elaboração, introduzindo novos símbolos, atualizando valores. O grupo social transforma e reformula constantemente esses códigos, adaptando seu acervo tradicional às novas condições historicamente, construí das pela sociedade. A cultura não e algo fixo e cristalizado que o homem carrega por toda vida (...), mas é o elemento que o auxilia a compor a sua identidade."
(PCN´s, 1997, pág. 43-44)
Pela citação anterior, temos a verdadeira expressão de como a
sociedade caminha, e se transforma numa exata harmonia, sem haver mudanças
radicais na vida da sociedade.
Contatos e conflitos entre os modos diferentes de organizar a vida
social, de apropriar-se dos recursos naturais e transformá-los, de conceber a
realidade e expressá-la, marcam o desenvolvimento da humanidade.
Dentro do que se conceitua cultura é possível falar de culturas e, por
isso, se identificam sentidos específicos, segundo os quais a cultura e
antropológica mente considerada. São elas:
1) A cultura entendida como modos comuns a toda humanidade;
2) A cultura entendida como modo peculiar de viver de um grupo de
sociedade com maior ou menor grau de interação;
3) A cultura entendida como padrões de comportamento peculiares a
uma sociedade;
4) A cultura entendida como modos especiais de comportamento de
segmentos de uma sociedade complexa.
Tais elementos estão completamente inseridos em fatores da
existência humana como por exemplo: os fatores ambientais, psicológicos,
sociológicos e históricos, podendo ser transmitido pelos meios de aprendizado, do
mais primitivo ao mais moderno, incorporando-se aos membros da sociedade
A cultura é estruturada, pois tem uma forma que lhe dá estabilidade no
respectivo grupo humano, sem prejuízo das possibilidades de mudança, que são
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muitas. Diz-se isso no sentido de que compondo-se de diversos valores, mantém
entre eles uma estrutura orgânica, pois a cultura forma os complexos, formados
de diversos valores, que unidos e inter-relacionados dão origem aos padrões
culturais. Os mesmos dão características à sociedade, daí a razão da cultura não
ser um conjunto uniforme, e sim variável. Exatamente por reunir elementos vindos
de gerações anteriores, sem prejuízo das mudanças que se pode verificar no
decorrer do tempo, diz-se que a cultura é cumulativa.
Por fim, a cultura é um instrumento de adaptação do homem ao meio
ambiente e incorporação ao grupo, adquirindo hábitos, costumes, fala, idéias
relacionamento com companheiros, etc.
1.2. PLURALIDADE CULTURAL
Todas as culturas, por mais diferentes que sejam, representam formas
de existência de uma coletividade humana num certo espaço, e as mesmas
mudam, ou se aperfeiçoam com o tempo. A diversidade cultural é uma riqueza, e
um bem a ser preservado e estimulado, pois ela permite caminhos e experiências
distintas, que costumam cruzar-se ou estimular uns aos outros, gerando
inovações e aperfeiçoamentos.
Muito tem sido falado sobre a questão da pluralidade brasileira, pois é
inegável o entrelaçamento das diversas culturas dos diferentes grupos que
contribuem na permanente elaboração e redefinição nacional.
"Pluralidade cultural quer dizer a afirmação da diversidade de uma identidade nacional que se põe e repõe, permanentemente, e o fato de que a humanidade de todos se manifesta em formas concretas e diversas do ser humano".
(PCN's, 1997, pág. 19)
No Brasil, classes e grupos sociais existem em regiões com
características sócio-econômicas bem diferentes. Além disso, a população
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nacional, foi constituída por contingentes originários de diferentes partes do
mundo, por isso encontramos os três grupos étnicos da população: o indígena; o
branco; o negro. A miscigenação, ou mistura entre os grupos étnicos, foi bastante
intensa , dando origem aos "mestiços" ou "pardos"; o mulato; o caboclo; o cafuzo.
Atém destes, houve outros grupos que contribuíram de uma forma menos intensa,
mas que marcaram pela sua própria forma de vida e de cultura ,como por
exemplo a passagem de nossa historia onde recordamos o período da imigração
japonesa, alemã, italiana, entre outras que, de certa forma, contribuíram nessa
diversidade cultural, marcando nossa pluralidade.
Cada cultura tem seus elementos característicos e importantes. Só
podemos compreender por inteiro uma cultura, penetrando em cada uma delas,
estudando-as por inteiro, sem modelos ou esquemas. E uma atitude, na maior
parte das vezes, utilizar valores ou esquemas previamente definidos.
Avaliar as demais culturas pelos valores da nossa cultura é
denominado etnocentrismo.
"O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão de considerar o seu modo de vida como o mais correto e natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais (...). É um fenômeno universal como a crença de que sua própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão."
(Laraia, 1993, pág. 75)
Conclui-se que o etnocentrismo é uma atitude que não reconhece o
outro, aquele que e diferente de nós, procurando somente desvalorizá-lo. A
humanidade apresenta uma enorme diversidade cultural e não existem
civilizações superiores ou inferiores, melhores ou piores Ao estudarmos
comparativamente as diversas culturas, a conclusão não é a de que as outras são
melhores ou piores do que a nossa, mas a de que temos sempre algo a aprender
com elas.
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O bem maior da historia das civilizações parece que foi a troca de
experiências. A história nos mostra que acabou decaindo toda civilização que se
fechou às influências externas e vieram a ascender as que não deixaram de
utilizar elementos ou invenções de outras.
Mesmo dentro de uma sociedade, pode ser encontrado o costume de
discriminar os que são diferentes porque pertencem a outro grupo. Tais
comportamentos resultam também em apreciações negativas dos padrões
culturais de povos diferentes. E repreensível a prática de catalogar outros
sistemas culturais como absurdas, deprimentes e imorais.
A sociedade em que vivemos é heterogênea, e nela toda produção
cultural está sujeita à avaliações do grupo dominante.
Emitimos juízo de valor ao tentar classificar os tipos de produção
cultural ou quando contrapomos, por exemplo, "cultura de elite" e "cultura
popular", seria o mesmo que dizer que a cultura de elite seria considerada
superior e refinada, elaborada e intelectualizada; ao passo que a cultura popular
seria inferior, já que é ingênua e não intelectualizada. Partiríamos assim do
pressuposto de que a verdadeira cultura é aquela produzida pela elite social.
Sabemos que essa concepção é discriminatória e resultou no uso inadequado das
expressões homem culto e homem inculto. O que na verdade sabemos é que não
existe homem sem cultura, pois é o próprio quem a produz. O que ocorre é que
nas sociedades onde existem relações de dominação, o povo não consegue
elaborar a sua própria produção cultural, sob uma visão crítica. Baseados em
algumas definições, distinções e comparações, vamos considerar a seguinte
divisão: "cultura erudita", "cultura popular" e "cultura de massa".
A produção acadêmica, centrada no sistema educacional, sobre tudo
nas universidades é a base da cultura erudita Trata-se de uma cultura produzida
por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e geralmente
saem de segmentos da classe média e alta.
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Já a cultura popular, devido ao abrangente legado da população que a
produz, tem um conceito muito mais complexo que abrange desde o homem do
interior ate o homem suburbano. A cultura popular tem como característica sua
identificação com o folclore, como sendo o conjunto das práxis e concepções
transmitidas oralmente pela tradição. A cultura popular possui a vitalidade que
permite absorver e reelaborar inúmeras influências resultantes do contato com
outros costumes. Por isso é dinâmica e está em constante transformação.
A cultura de massa é resultante dos meios de comunicação, os quais
impõem padrões e homogeneízam os gostos. Apresentam-se com requintes da
cultura popular e da cultura erudita. Foi aprimorando-se a medida que os meios
de comunicação evoluíram.
"O moderno fenômeno da cultura de massa só se tornou possível com a evolução do sistema de comunicação por "media" ou seja com o progresso e multiplicação vertiginosa dos veículos de massa."
(Sodré, 1992, pág. 13)
Após a segunda Guerra Mundial os sociólogos americanos criaram a
expressão mass (do inglês: massa) e media (do latim: meios). Mas o que vem a
ser Mass Media? São os veículos de comunicação destinados a um amplo
publico, um aglomerado de indivíduos. Os media revolucionaram a cultura, na
medida que possibilitaram que ela chegasse ao mesmo tempo a um número
maior de pessoas. Isso possibilitou a comunicação imediata de qualquer evento a
qualquer parte do mundo, tornando o mundo numa "aldeia global", conforme
interpretou Marshall Mcluhan, em "Os meios de comunicação como extensão do
homem" (1964). Da imediata comunicação resultou a uniformização da cultura,
levando-se em consideração que todos lêem as mesmas coisas ou assistem-nas.
Por seu alcance, proporcionou um nivelamento por baixo. Há a apropriação de
idéias originais ou de criações, e por critérios de simplificação e de maneira que
todos possam compreender as idéias principais, são levadas ao grande público.
Mas o que é comunicar?
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Comunicar é tornar comum. A comunicação determina a passagem do
individual ao coletivo, tornando-se a condição de toda a vida social. (Aranha,
1988, pág. 79)
Essa concepção traz a essência da palavra comunicação, isto e, tornar
comum a todos, e se o fizermos de uma forma simplificada e niveladora, torna-se
possível massificar e globalizar um povo ou um grupo de indivíduos.
Mas tal massificação só foi possível com o desenvolvimento de meios
de comunicação, pois como sabemos uma mesma mensagem, passada por
meios de comunicação variados tem efeitos e interpretações diferentes. Para
Mcluhan, mais importante que a análise do conteúdo de uma mensagem é a
analise de seu veículo.
E preciso observar que os conteúdos de uma mensagem pelo rádio,
pelo livro ou pela televisão, são variados e absorvidos de formas variadas.
Analisando a maneira como a cultura era transmitida de geração em
geração, temos:
· Numa primeira fase, a transmissão da cultura era feita oralmente,
pois a comunicação era feita pela palavra falada e pelos gestos,
havendo necessidade de relação social;
· Numa segunda fase, a transmissão da cultura já está marcada
pela escrita com o advento da imprensa e sua difusão. AÍ temos um ato
de reflexão, pois como sabemos, a leitura é um ato pessoal de
compreensão;
· Numa terceira fase, o advento do radio, cinema, TV etc, iniciando-
se uma verdadeira disseminação de mensagens, surge mais uma
característica do homem contemporâneo, que é a ausência de
fronteiras, reforçando o pensamento de Mcluhan "A Terra transformada
numa aldeia global”.
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"Todo meio de comunicação também e uma grande arma poderosa para abster outros meios e veículos e outros grupos. Resulta daí que os tempos que correm se têm caracterizado por numerosas guerras civis, que não se limitam ao mundo da arte e do entretenimento”.
(Mcluhan,1964, pág.36)
Tal citação faz concluir: a comunicação é um mecanismo eficaz para
controlar as massas humanas, isto é, fazê-las produzir, consumir e se conformar
com seus destinos e sonhos, organizando assim toda a vida social associado ao
exercício do poder e a ordenação da vida coletiva.
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Televisão: transmissão instantânea de imagem, tais como: fotos ou
cenas, fixas ou em movimento por meios eletrônicos através de linhas de
transmissão elétricas ou eletromagnéticas. Esse processo é acompanhado de
palavras e sons que propicionam uma percepção da realidade ou ficção
apresentadas. É extramente útil no processo ensino-aprendizagem. No Brasil,
ainda pouco explorada na prática escolar, mas certamente essa visão mudará
com o tempo.
2.1. BREVE HISTÓRICO DA TV NO BRASIL
Em junho de 1950 foi ao ar, ainda em caráter experimental, a primeira
estação de televisão do Brasil, a TV Tupi de São Paulo, pertencente a rede
Diários Associados. A emissora foi inaugurada oficialmente em 18 de setembro do
mesmo ano, com um programa humorístico de Mazzaropi; um número musical
teatralizado, Pé de Manacá; uma cena romântica encenada por Walter Foster e
Lia de Aguiar; um número de bolero interpretado por Wilma Bentivegna; um
quadro sobre futebol, focalizando o jogador Baltazar e um sorteio de prêmios.
No dia 19 de setembro de 1950 foi ao ar o programa "Imagens do Dia,"
o primeiro telejornal brasileiro, recebido por cerca de 100 aparelhos de TV
existentes no país. Ainda nesse ano é exibida a primeira telenovela "Sua Vida Me
Pertence" em dois capítulos semanais. No ano seguinte e instalada a TV carioca.
Quando a televisão estreou no Brasil, uma das dificuldades era a de
explicar à população do que se tratava. Os jornais do paraibano Assis
Chateaubriand (1892-1968), dono da TV Tupi, anunciavam a chegada do cinema
a domicilio. Por inexperiência, as primeiras transmissões eram mera cópia de
programas bem sucedidos no rádio e no teatro, como as novelas radiofônicas.
Em 1953 começa a ser transmitido pela TV Tupi o "Repórter Esso",
telejornal de enorme sucesso ficando no ar ate o final dos anos sessenta. Nesse
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mesmo ano a TV Record inicia suas transmissões em São Paulo, tendo como
carro-chefe programas musicais.
Em 1954 o Brasil já possuía 120.000 aparelhos de TV, número que
atinge 6 milhões no inicio da década de 70. O ano de 1956 foi o marco do início
da penetração da televisão em todo o território nacional. As Associadas, que já
tinham os dois canais pioneiros do Rio e São Paulo e mais a TV Itacolomi,
decidiram implantar uma emissora grande em cada cidade brasileira, e para isso
adquiriram de uma só vez, nos Estados Unidos, nove estações, destinadas a
Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Campina Grande, Fortaleza, São Luís,
Belém e Goiânia.
Em 1970 existiam 20 emissoras de TV espalhadas pelas capitais
brasileiras e as transmissões eram captadas por cerca de 1,8 milhão de
aparelhos. Entre os programas infantis da época surge o Sítio do Pica-Pau
Amarelo, notando-se já uma preocupação com programa infantil de qualidade.
Em 1961, o Brasil já tinha uma audiência formada por 980.000
aparelhos, contra 7.000 em 1952. Cresce o número de estações no Brasil. São
Paulo ganha duas estações: a Cultura e a Excelsior. O Rio de Janeiro, a
Continental e a Excelsior. Esse crescimento ocorreu num clima de euforia que
não levou em conta o limite de capacidade econômica das áreas a serem
cobertas, nem a exigência de qualidade para o sinal transmitido, o que levou as
emissoras a uma concorrência desastrosa e a uma queda de qualidade das
transmissões.
Surge, então, a interferência do governo que, por meio do
Departamento Nacional de Telecomunicação (Dentei) e do Ministério das
Comunicações, organizou o Plano Nacional de Televisão para disciplinar as
concessões de licenças.
No ano de 1962 o videoteipe é introduzido no Brasil. Ele dinamiza e
melhora a qualidade das produções, até então realizadas ao vivo, ao permitir
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gravar e editar as imagens antes da exibição. O telejornalismo, que era feito em
película cinematográfica, ganha mais agilidade.
Em 1963 a TV Excelsior leva ao ar à primeira telenovela diária
brasileira, "2-5499 Ocupado", transmitida no horário das 19h e com duração de 3
meses.
É inaugurada, em 1965, a TV Globo, fruto de um contrato firmado pelo
empresário Roberto Marinho com o grupo americano Time-life que forneceria o
suporte técnico necessário à nova emissora. Na mesma época, com a
implantação do Sistema Nacional de Telecomunicação (Embratel), as emissoras
passaram a contar com a transmissão direta. As Associadas, que já possuíam
várias emissoras, logo adotaram o novo sistema. A Globo, que tinha
possibilidades financeiras de empreender sua expansão, embora com poucas
emissoras próprias, partiu para a filiação de outras estações regionais.Nesse
mesmo ano a TV Record leva ao ar "O Fino da Bossa", abrindo caminho para os
Festivais de Musica.
No ano de 1966, o Serviço de Diversões Públicas, sob o regime militar,
restringe a transmissão de programas estrangeiros e divulga os critérios para a
censura prévia de filmes, programas e videoteipes baseados na Lei de Segurança
Nacional.
Em 1967, o governo federal cria a Fundação Centro Brasileiro de
Televisão Educativa, visando a produção e distribuição de material audiovisual
educativo. Com essa medida , o governo mostrava a sua preocupação com a
força crescente da televisão, como formadora de opinião, o que naquela época e
naquele momento, era perigoso para o sistema. No mesmo ano Carlos Alberto de
Nóbrega e Jô Soares criam o humorístico "Família Trapo," um dos maiores
sucessos da TV Record.
O governo do São Paulo, em 1969, institui a Fundação Padre Anchieta,
concedendo-lhe a TV Cultura, canal 02 para fins educativos. Escolhida para
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adaptar o programa norte-americano "Sesame Street" (Vila Sésamo), juntamente
com a TV Globo, a TV Cultura inaugura uma tradição de programas infantis. A
Rede Globo leva ao ar a primeira operação em rede do país, com o "Jornal
Nacional", que em 03 anos se torna o principal telejornal brasileiro. Esse é um
momento importante , pois o território nacional seria integrado, pelo menos nos
locais em que houvesse um aparelho de televisão. Neste ano ainda ocorre a
inauguração da Rede Bandeirante de Televisão, canal 13 de São Paulo.
A televisão em cores foi inaugurada no Brasil em março de 1972, com
a retransmissão da Festa da Uva, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul,
momento significativo para as crianças, pelo apelo que as cores representam para
elas, como também pela possibilidade de todo país poder assistir a uma festa
típica do sul.
O crescimento desordenado da época pioneira, quando as emissoras
não tinham estrutura para sustentar uma programação de qualidade, se refletiu
nas primeiras redes. A Rede Tupi, que chegou a ter uma emissora em cada
grande cidade brasileira, não resistiu às transformações economias do país,
passou por sérios problemas acabando por ter que fechar suas portas.
Em 1974, a EMBRATEL implanta o Sistema Brasileiro de
Telecomunicações por satélite (SBTC).
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e a
Cultura (UNESCO) concede em 1979, o prêmio de melhor programa do ano à
série “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, baseada na obra de Monteiro Lobato e
produzida pela Rede Globo.
Em 1988 é autorizada, no Brasil, a criação da TV a cabo, serviço
especial de televisão por assinatura (TVA), e em 1991 é implantada a televisão
por assinatura no país, sendo distribuídos os canais pela NET – Multicanal (ligado
às organizações Globo) e pela TVA (Grupo Abril).
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Os sistemas Sky, Net-Multinacional e DirecTV, da TVA entram em
funcionamento em 1996 e levam o sinal de televisão diretamente do satélite ao
domicilio do assinante pela banda KU. O usuário tem acesso ao sistema "pay-per-
view", no qual paga uma taxa extra para assistira programas selecionados.
Existem no Brasil 04 sistemas de transmissão de TV por assinatura: o Community
Antenna Television (CATV); o Multi Channel Multi Point Distribuicion Service
(MMDS); o Direct Broadcast Satellite (DBS) e o Direct To Home (DTH). O primeiro
citado é o mais usado. Paralelamente a todo esse aparato tecnológico, a Rede
Globo inaugura em Jacarepaguá Rio de Janeiro, o PROJAC, o maior centro de
produção de TV da América Latina, com 1,3 milhões de metros quadrados.
Em 1998, a Rede Globo e a Rede Record fazem as primeiras
demonstrações de transmissões de TV em alta resolução e no ano seguinte o
canal Globo Internacional entra no ar transmitindo inicialmente para EUA e Japão.
O canal apresenta parte da programação da emissora no exterior, funcionando
por sistema de assinatura. A empresa norte-americana Microsoft torna-se
acionista da Globo Cabo. A parceria e formada por U$ 126 milhões. Acontece
nesse mesmo ano a concessão da Rede TV!.E adquirida pela TV Omega (Tecnet,
TeleTVe Rede TV).
2.2. TV ESCOLA-HISTÓRIA E CONSTRUÇÃO
A TV Escola é um canal de televisão dedicado exclusivamente à
educação, criado pelo Ministério da Educação e Desporto (MEC). Entrou no ar no
dia 04 de setembro de 1995, em caráter experimental. Em 07 de março de 1996,
entra em operação oficial definitiva. Sua programação só é recebida por quem
tiver antena parabólica e estiver sintonizado na freqüência exata. Os sinais são
gerados pela Fundação Roquete Pinto, no Rio de Janeiro, para satélite de
comunicação Brasilsat é distribuído para todo país. O satélite que transmite a
programação da TV Escola-Brasilsat é o mesmo que transmite a programação de
outras redes de televisão do país. Todas as áreas do território brasileiro podem
27
receber a imagem da TV Escola, assim como recebem as transmissões de outras
emissoras.
O objetivo da TV Escola consiste em contribuir para a qualificação, o
aperfeiçoamento e a valorização dos professores, apoiando seu trabalho em sala
de aula, melhorando assim a qualidade do ensino na escola publica. Transmite
assim uma programação às escolas públicas de ensino fundamental (com
duração de 02 horas, reprisada quatro vezes ao dia) e de ensino médio (com
duração de 01 hora, reprisada quatro vezes ao dia). A programação é orientada
pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – do Ensino Fundamental e as
Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, de forma a contribuir para o seu
aperfeiçoamento, no uso em sala de aula, quando necessário. Essa programação
é oferecida para ser gravada, analisada criticamente e incorporada ao projeto
pedagógico da escola, conforme decisão autônoma.
Complementam a TV Escola materiais impressos: revistas, cadernos,
guias para orientar os usuários quanto aos programas, cartazes e grade de
programação.
A proposta do programa é que a escola forme uma videoteca,
gravando o que lhe interessa, de acordo com seu projeto pedagógico. Assim, a
escola pode formar um patrimônio permanente de imagens que poderá ser usado
para a capacitação de professores e/ou como instrumento didático da práxis
pedagógica.
Para isso, o MEC oferece através de repasses às secretarias estaduais
e municipais de educação, uma verba a cada escola de primeiro grau com mais
de cem alunos. Essa verba da cota federal do salário educação, através do
FNDE, destina-se à compra de um kit de equipamentos que permitam a recepção
e a gravação das transmissões. Os equipamentos para recepção e gravação dos
programas compõem o "Kit tecnológico" que incluí um televisor, um aparelho de
vídeo cassete, uma antena parabólica, um receptor de satélite e uma caixa com
10 fitas de vídeo cassete.
28
Um dos primeiros trabalhos para se chegar a programação que vai ao
ar é a montagem da grade de programação.
Os técnicos da SEED, especialistas em comunicação e em educação,
buscam e analisam os vídeos disponíveis no mercado (vídeos com caráter
educativo), sejam nacionais ou internacionais. As diretrizes que norteiam essa
pesquisa são os PCN`s. Escolhidos os vídeos parte-se para o trabalho de
negociação, ou seja, compra dos direitos de transmissão desse material.
É importante destacar que os vídeos integrantes da programação da
TV Escola não são apenas comprados. Há alguns que são doados e outros
produzidos pelo MEC.
Fazem parte do acervo da TV Escola vídeos que participaram do Prix
Jeneusse, festival que reúne em Munique, na Alemanha, o melhor da produção
mundial feita para a TV, dirigida ao público jovem e infantil. Também traz curtas-
metragens e documentários premiados de produtores independentes como a
Casa de Cinema de Porto Alegre, o CECIP (Centro de Criação de Imagem
Popular do Rio de Janeiro), a TV Maxabomba de Nova Iguaçu (RJ), a TV Viva de
Pernambuco entre outras. Material educativo foi adquirido ainda na TV Cultura de
São Paulo, FUNARTE, Fundação Roberto Marinho, Instituto Cultural ITAU, BBC
de Londres, National Film Board do Canada, Television for the Environment, entre
outras.
A grade de programação tem função específica de orientar o trabalho
de analise e escolha dos programas a serem apresentados.
Para se avaliar a importância da televisão escolar no processo
educativo de grande parte dos países do mundo, e bom lembrar, que na Inglaterra
telescola existe desde 1957 , sob controle de Conselhos Técnicos
As telescolas no Japão, situam-se principalmente nas zonas rurais. As
experiências realizadas em 1956 e 1957, similares às que se fizeram em 1953 e
29
1954 na França, comprovaram a eficiência dos teleclubes, onde grupos da
comunidade se reuniam habitualmente para assistirem à recepção coletiva de
programas de televisão: educativos, culturais e recreativos.
Entretanto, é realmente nos Estados Unidos, que a televisão educativa
é mais vulgarizada, no sentido de popular, e mais extensamente utilizada. Em
1960, o National Education - TV Network já contava com mais de 50 estações de
televisão dedicadas exclusivamente à educação. Tais estações, não sendo
comerciais, são mantidas por Fundações, por industrias, por filantropos e até por
estações comerciais de televisão. No mesmo ano já tramitava no Senado um
projeto de lei, segundo o qual cada Estado da União Americana receberia um
milhão de dólares para aplicação em televisão escolar. Note-se, porém, que
apesar do imenso potencial técnico e econômico da nação americana, nunca se
pensou em substituir a escola tradicionalmente organizada por telescola, as quais
devem atuar como apoio ao professor, não em sua substituição.
2.3. A SEDUÇÃO TELEVISIVA
A televisão (e outros aparelhos a ela acoplados) é considerado o mais
poderoso meio de comunicação do Século XX, quanto aos elementos que veicula
e tendo-se em vista o alvo coletivo virtual. Ela seria capaz de diluir teatro, cinema,
música,literatura, etc em um só espetáculo, como um "misturador cultural,"
oferecendo ao público um produto eletrônico.
Podemos afirmar que seu surgimento é uma conquista, e até mesmo,
uma revolução do meio eletrônico, porque associam recursos cinéticos
(eletrônica, eletro-estática, meios que abrangem a física), recursos técnicos de
comunicação e contato (transmissão e recepção via antenas e satélites) e
recursos audiovisuais (elementos de comunicação de massa). Tal associação
propicia o contato entre regiões distantes, culturas diversas, colocando assim a
mensagem comum a todos.
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"A TV funciona como pano de fundo. Ela envolve. É preciso estar com ela... Incentiva a criação de estruturas em profundidade no mundo da arte e entretenimento, criando ao mesmo tempo um profundo envolvimento da audiência."
(Mc Luhan,1964, pág. 350)
Isso ocorre porque a TV fala aos sentimentos, às emoções. Mostra que
as idéias estão embutidas na roupagem sensorial, intuitiva e afetiva.Ela mexe
com o emocional, com as nossas fantasias, desejos, instintos. Observa-se que a
imagem, palavra e música integram-se, facilitando, e predispondo à aceitação
mais fácil das mensagens. No entanto é necessário alertar, principalmente no
nosso caso que e o uso para educação, que a percepção de qualquer imagem
não supõe o contato com a realidade em si, mas com a sua representação.
A televisão não apareceu no Brasil numa conjuntura política,
econômica e social idêntica à do rádio, em que os educadores participaram desde
o inicio. Na criação da televisão no Brasil os educadores foram sumariamente
excluídos de uma efetiva participação nos rumos que eram traçados. A educação
e cultura só constavam nas letras mortas da legislação referente às concessões
de canais de televisão. O "espírito empreendedor” dos comerciantes de novidades
em informações foi mais forte do que o desejo pelo envolvimento dos homens de
cultura. Mas os meios de comunicação, principalmente a televisão são processos
eficientes de educação informal também, porque ensinam de forma atraente e
voluntária a observar, julgar e agir individual e coletivamente.
Os meios de comunicação são espaços de educação, enquanto
divertem. São simples, fáceis, mas não ingênuos; fascinantes e preocupantes ao
mesmo tempo, pois tem poder de penetração nos lares e capacidade intrínseca
para ampliação de conhecimentos de grande parcela da população, criando
novas formas de viver, agir, sentir e falar.
O caráter lúdico da televisão é que a faz tão atraente, pois, nos coloca
em contato com o mundo que muitas vezes não nos pertence, nos levando a
sonhar e viver outras vidas.
31
Não podemos negar que a televisão está presa a uma ideologia, a um
sistema dominante. É um meio modelador destinado a construir e manter a ética e
estética própria do sistema dominante. Funciona sempre em um determinado
sistema sócio-político-econômico, e num dado momento histórico desse sistema.
É um o "aparelho ideológico" muito eficaz, pois influência novos hábitos e o
comportamento humanos, podendo provocar mudanças positivas ou negativas.
Esse meio de comunicação tem muito poder de influência mudança,
pois segundo Artur da Távora (1984, pág. 19) é algo: "enriquecido por
experiências indiretas, lúcidas, prazerosas, exercitadoras de mecanismos pouco
trabalhados pela escola e pela família".
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Nas sociedades contemporâneas, a informação é o conhecimento
estão se tornando disponíveis a um número cada vez maior, e mais diversificado
de pessoas. Vive-se num período de multimídia informativa, esclarecedora,
facilitadora de transmissão e difusão de conhecimento e cultura.
O rádio nos dá o primeiro "toque" noticioso; a televisão mostra, ilustra o
acontecimento; o jornal, com mais detalhes, e as revistas interpretam e fazem
uma síntese geral. Mas é na televisão que se concentra o maior poder informativo
e formativo, pelo número de pessoas atingidas a partir de um único centro
emissor.
3.1. A RELAÇÃO DA TV E A ESCOLA
A televisão está à disposição de quase todos, e de certa maneira,
independente de classe social ou nível cultural. Penetra na intimidade cotidiana
de cada indivíduo de uma forma tão absoluta, que e capaz de influenciar seus
hábitos, seu comportamento, sua linguagem de maneira muito forte.
Algumas pesquisas, como as lideradas por Belloni (1992) já revelaram
que, para muitas pessoas, de todas as faixas de idade, a televisão é a única
"escola" que conhecem. Ela tem a capacidade de ser a mais larga janela para a
ampliação do conhecimento de grande parcela da população, possibilitando
novos horizontes nas áreas cultural, profissional, pessoal, de integração social e
cidadania.
Sinônimo de lazer e entretenimento até alguns anos atrás, hoje, já está
assumindo, em parceria com o vídeo cassete e o DVD, o papel de instrumento
didático, apoiando o trabalho em sala de aula. Está aí, e uma realidade que a
escola não pode ignorar. É uma tecnologia presente na sociedade e no universo
de cada aluno (telespectador). Pode ser considerado um poderoso instrumento
que surge como um "educador moderno", cheio de truques e artimanhas para
seduzir o educando.
34
Os meios tecnológicos podem tornar a aprendizagem mais fácil
prazerosa e fazer com que o aluno "viaje" em seus pensamentos, e possa
produzir um novo conhecimento, que não esteja no "programa oficial", mas que
não deixa de ser um conhecimento adquirido e construído fora do espaço escolar.
Portanto a escola e a televisão podem e devem trabalhar juntas a favor da
educação, ajudando a desenvolver em cada um a percepção mais ativa, atenta de
acompanhamento consciente do que significa viver em comunhão com o mundo.
"Temos que ter consciência da consciência que o mundo nos condiciona. Pois assim poderemos olhar as coisas ao nosso redor com olhar critico, e, então formar a nossa própria consciência."
(Freire, 1981, pág. 29)
Onde quer que haja transmissão de idéias, seja através de processos
convencionais, seja através da linguagem falada ou escrita, seja através de
símbolos, seja através de aparelhos técnicos e/ ou sonoro, o homem está vivendo
um momento pedagógico, a serviço ou contra a construção de uma nova
sociedade.
"Seja dialogando, escutando rádio, vendo televisão, lendo jornal ou revista, recebemos não somente informações, mas bagagem formativa que nos faz homens livres e escravos".
(Neumann, 1990, pág. 13)
É papel da escola desenvolver no aluno a sua criatividade e
imaginação, fazendo com que pesquise, indague sobre si e o mundo a sua volta.
Na escola deve ocorrer o processo de educação pelo qual crianças e
jovens, diariamente, vão construindo os saberes indispensáveis à sua inserção
social. Por isso a escola precisa estar atenta às mudanças sócio-econômicas e
culturais, e a velocidade com que elas ocorrem no mundo conectado pelos
avanços tecnológicos.
A escola deve estar ciente que existem outros lugares onde o saber
pode ser produzido e que o seu saber não é o único e verdadeiro, sendo sua
tarefa ir muito alem dos muros que a cercam.
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Conseqüentemente, o papel do professor sofrerá mudanças profundas.
A maioria dos professores ainda opera como guardiãos de conhecimento. Ele terá
que assumir que conhecimentos vêm de diferentes fontes externas a escola,
quase sempre numa seqüência e lógica que escaparão ao seu controle. Se quiser
que seus alunos gostem de aprender, o professor não pode continuar isolado em
sua disciplina. Além de ser especialista em determinada área do conhecimento,
terá de desenvolver habilidades para identificar as relações de sua especialidade
com outras áreas.
Construir sentido com base na informação e no conhecimento poderá
ser a tarefa mais nobre da escola na sociedade da informação. A educação se
define como uma maneira de compreender, interpretar e transformar o mundo,
criando condições que permitam ao homem identificar os problemas e buscar
soluções mais adequadas.
Os conteúdos de ensino terão que ser (re) significados como meio e
não mais como fins em si mesmos. Deverão visar menos à memorização e mais
às capacidades necessárias ao exercício de dar sentido ao mundo: analisar,
interferir, prever, resolver problemas, continuar a aprender, adaptar-se às
mudanças, trabalhar em equipe intervir solidariamente na realidade.
A tecnologia (televisão e seus periféricos), dentro de um projeto
pedagógico inovador, facilita o processo ensino-aprendizagem: sensibiliza para
novos assuntos, traz informações novas, diminui a rotina, nós liga com o mundo e
se comunica facilmente com o aluno, porque traz para a sala de aula as
linguagens e meios de comunicação do dia-a-dia. A televisão, sendo utilizada no
ensino, pode mostrar que todo aluno é capaz de experimentar prazer na
aprendizagem e poderá ainda complementar a atividade do professor no que diz
respeito à sua atividade didática.
É preciso desenvolver um processo de comunicação rico, interativo e
cada vez mais profundo. Abrir as portas ao mundo, à vida.
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''Diante dos desafios da técnica em geral e da mídia em particular, a escola deve se adaptar, se reciclar e se abrir para o mundo, integrando em seu ensino novas linguagens e novos modos de expressão".
(Belloni,1992, pág. 208)
O trabalho principal da escola em relação à televisão consiste em
reeducar o ver e o ouvir do aluno, para que este desenvolva habilidades
perceptivas e mentais distintas. Aproveitar temas apresentados pela TV e
aprofundá-los. Deve utilizá-la mostrando programas como: jornalismo, debates,
entrevistas, propagandas, reportagens ,etc, fazendo com que seus alunos reflitam
sobre essas programações. Dessa forma a educação se tornara mais motivadora
e prolongará a aprendizagem fora da sala de aula.
Há, pois, uma gama de possibilidades de fazer-se a aproximação entre
a televisão e a escola, combinando educação informal com educação formal, ao
mesmo tempo em que desnuda o mito que a mídia representa e reduzi-la a um
mero instrumento auxiliar de ensino.
3.2. SUGESTÕES
Aproveitando a finalização desse trabalho, apontamos sugestões que
encaminham relações desejáveis sócio-culturais e pedagógicas entre TV e
Escola.
1) Selecionar vídeos relacionados a diferentes grupos que
contribuem na formação da identidade nacional para poder
compreendê-los, evitando assim, posturas preconceituosas;
2) Para selecionar o vídeo, o professor precisa fazer uma pesquisa
cuidadosa, tendo em mente os objetivos que pretende alcançar com
sua utilização, atentando para as imagens e os conteúdos que possam
ser mais interessantes e esclarecedores;
3) A imagem do vídeo deve sempre traduzir a realidade e o contexto
do que se pretende enfocar;
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4) A exibição de um vídeo não substitui as fontes diretas da
realidade e nem as esgota, por mais informações que transmita, e por
mais variados que sejam os pontos de vista abordados pela imagem;
5) O professor deve estar preparado para utilizar a linguagem
audiovisual e para fazer uma leitura crítica dos meios de comunicação;
6) O professor é o elemento mediador que ajuda a estabelecer
relações de análise entre tecnologia e cultura e. formas de leitura ou
recepção na interação com diferentes linguagens e veículos;
7) É importante que o professor discutir com os alunos a
padronização dos gostos e hábitos que são propostos pelo modelo
cultural veiculado pela televisão;
8) Desvendando os recursos utilizados pelo universo audiovisual e
pela publicidade, o professor ajuda a criança a superar a visão mágica
que a identificação da imagem reforça.
9) É preciso fazer o aluno olhar para si mesmo, refletir sobre sua
realidade e seu país;
10) É importante a utilização de um material didático atualizado, mas
o uso desse recurso tecnológico deve ser acompanhado de uma nova
postura: professor e aluno vão atuar juntos nesse jogo de desvendar
mistérios, unindo prazer e conhecimento.
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CONCLUSÃO
Através desse trabalho monográfico foi possível fazer uma reflexão e é
crítica sobre esse aparelho sedutor, a televisão, que consegue nos envolver
durante horas e horas, lembrando sempre que somos nos, telespectadores, que a
colocamos em nossos lares e mantemos no ar bons ou maus programas.
Há necessidade de definir o verdadeiro potencial da TV, procurando
vê-la de forma objetiva, isto é não como um monstro doméstico, que perverte
crianças e jovens, e se infiltram em nosso lar para vigiar o que falamos ou calar
nossos diálogos familiares.
Não podemos só acusar a televisão, mas sim fazer uma reflexão sobre
sua importância, como auxiliar na transmissão de cultura e conhecimento, e
analisar sua influencia na educação. Se encararmos a televisão como desafio à
educação, cabe a escola mudar esse quadro, tornando inteligente o uso da
tecnologia para que o aluno saiba usar a televisão também para propósitos
educativos.
E necessário dividirmos com os professores a responsabilidade do uso
da televisão, não dando a ela a tarefa de educar à sua maneira. Apontamos para
o fato de que a mídia é responsabilizada por toda influência no comportamento do
indivíduo , ao mesmo tempo em que se deixa de evidenciar a reflexão do nosso
comportamento diante dela.
A realidade dos alunos, hoje, é profundamente marcada pela
experiência televisiva, que pode ser trabalhada pela escola, de modo a levar o
aluno a desenvolver sua consciência crítica, para que questione a realidade e os
comportamentos diante dos conteúdos e ideologia veiculados por este meio de
comunicação.
A integração dos códigos televisivos ao ensino parece ser o melhor
caminho para que a escola brasileira possa realizar mais esta tarefa que, sem
39
dúvida, lhe cabe enquanto instituição de socialização: capacitar seus alunos a
fazerem o uso critico, ativo e inteligente do que eles vêem todos os dias. Isto
significa preparar crianças e jovens para a percepção consciente e para a
discussão crítica das mensagens televisuais; a capacidade de distinguir
elementos reais e fictícios da mensagem e de perceber os aspectos técnicos,
analisar o apelo ao consumo além de estar atento para a capacidade de
persuasão das mensagens sobre os sentimentos, valores, opinião pública e
comportamentos individuais.
Obviamente, a educação para a mídia é um trabalho de longo prazo.
Trata-se de um esforço no sentido de assegurar a escola o seu papel de
instituição responsável pela socialização. Cabe aos educadores de todos os
níveis encontrar os devidos meios de colocá-la em prática.
Educar, com o uso dos meios eletrônicos, parece ser tarefa que não
possa mais ser dissociada do planejamento global das escolas. Tanto a criança
como o jovem terá, pois, que aprender, que a televisão utiliza uma linguagem
simbólica para enviar suas mensagens, e que elas precisam ser avaliadas e
criticadas, para que possam ser compreendidas em seu verdadeiro significado.
Esta linguagem deve estar presente na escola não somente como um instrumento
pedagógico, mas sobretudo como um novo objeto de estudo.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Moderna, 1988.
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Vozes, 1992.
TÁVOLA, Artur da. A Liberdade de Ver. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
42
ÍNDICE
DEDICATÓRIA 03
EPÍGRAFE 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CULTURA: O AGIR, SENTIR E PENSAR DE UM POVO 11
1.1. CONCEITO E SENTIDO 12
1.2. PLURALIDADE CULTURAL 15
CAPÍTULO II
A TV E A EDUCAÇÃO NO BRASIL 21
2.1. BREVE HISTÓRICO DA TV NO BRASIL 22
2.2. TV ESCOLA-HISTÓRIA E CONSTRUÇÃO 26
2.3. A SEDUÇÃO DA TV 29
CAPÍTULO III
A TV E A PRÁTICA ESCOLAR 32
3.1. A RELAÇÃO DA TELEVISÃO COM A ESCOLA 33
3.2. SUGESTÕES 36
CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43
43
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISA SÓCIO-PEDAGÓGICAS
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
Título da Monografia
RECURSOS TECNOLÓGICOS A APRENDIZAGEM
Data da Entrega: ________________ Avaliado por: Maria da Conceição Maggioni Poppe Grau: _____
Rio de Janeiro, ____ de _____________ de ____
__________________________________________________________
Coordenação do Curso