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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO PROJETO A VEZ DO MESTRE LUIS CLÁUDIO LEITE DOS SANTOS PETROQUÍMICA: Óleos e lubrificantes Rio de Janeiro, RJ Setembro,2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO

PROJETO A VEZ DO MESTRE

LUIS CLÁUDIO LEITE DOS SANTOS

PETROQUÍMICA:

Óleos e lubrificantes

Rio de Janeiro, RJ

Setembro,2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO

PROJETO A VEZ DO MESTRE

LUÍS CLAUDIO LEITE DOS SANTOS

PETROQUÍMICA:

Óleos e lubrificantes

Orientador: Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro, RJ

Setembro,2010

3

LUÍS CLAUDIO LEITE DOS SANTOS

PETROQUÍMICA:

Óleos e lubrificantes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Candido Mendes como parte dos requisitos parciais para obtenção de Pós-graduação em Engenharia de Produção.

Rio de Janeiro, RJ

Setembro,2010

4

Dedico todo o meu empenho e

esforço a todos que de alguma maneira contribuíram para meu êxito, mas em especial à minha mãe, pelo seu apoio e incentivo e aos meus amigos que nunca deixaram de acreditar nesse meu sonho.

5

Agradeço aos professores que me acolheram, a Universidade Candido Mendes, aos meus colegas de turma e de trabalho, que muito contribuiram, com suas experiências de vida, para meu crescimento pessoal e profissional.

6

SUMÁRIO

PÁGINAS

1. INTRODUÇÃO 10

1.1 O PETRÓLEO 10

1.1.1 PETRÓLEO NO BRASIL 10

1.2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA 12

1.2.2 TRATAMENTO A SOLVENTES 12

1.2.2.1 TRATAMENTO COM A FURFURAL 12

1.2.2.2 DESPARAFINAÇÃO A SOLVENTE 13

1.2.2.3 DESASFALTAÇÃO A PROPANO 13

1.2.3 TRATAMENTO A ÁCIDO E ARGILA 13

1.2.4 HIDROGENAÇÃO 13

1.3 REFINAÇÃO 13

2. ÓLEO LUBRIFICANTE 14

2.1 ÓLEOS MINERAIS 15

2.1.1 ÓLEOS MINERAIS PARAFÍNICO 16

2.1.2 ÓLEOS MINERAIS NAFTÊNICOS 17

2.1.3 ÓLEOS MINERAIS MISTOS 17

2.2 ÓLEO SINTÉTICO 17

2.2.1 HIDROCARBONETO SINTÉTICO 17

2.2.2 POLIÉSTERES 17

7

2.2.3 DIÉSTERES 17

2.2.4 SILICONE 18

2.2.5 POLIÉSTERES PERFLUORADOS 18

3. PRODUÇÃO DE ÓLEO LUBRIFICANTE 18

4. ADITIVOS 19

4.1 TIPOS DE ADITIVOS 19

5. PROPRIEDADES DOS LUBRIFICANTES 20

6. CLASSIFICAÇÃO 21

7. EFEITOS TOXICOLÓGICOS DOS LUBRIFICANTES 23

8. CONCLUSÃO 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24

8

RESUMO

Muitos desconhecem quando devem trocar o óleo de seu carro. Este tipo de

situação é comum, quando em um posto de serviços o frentista faz a checagem do óleo em seu

carro. Logo surge a dúvida, normalmente se pensa que óleos são todos iguais e a única

diferença está no preço. Embora muitas pessoas acreditem realmente nisto, a realidade é bem

diferente. Este trabalho tem o objetivo de ajudar no entendimento ao “mundo” dos Óleos e

Lubrificantes, mostrar a importância dos lubrificantes para o bom desempenho dos veículos e

máquinas, assim familiarizando com suas características, aplicações, classificações e como

funciona seus aditivos.

9

METODOLOGIA

Os métodos utilizados para este trabalho incluem pesquisa bibliográfica, consultas

à WEB e experiências adquiridas no ambiente de trabalho.

10

1 – INTRODUÇÃO 5, 7, 8

Já na antiguidade os Egípcios usavam produtos para facilitar o transporte de suas

imagens em 2400 a.C. Como naquela época não eram conhecidos óleos minerais e nem

sintéticos, eles usavam azeite de olivas.

Com o descobrimento de petróleo e o inicio da revolução industrial começou o

uso do óleo mineral como lubrificante.

Entre os lubrificantes sólidos encontram-se a grafita, adequada pela grande

capacidade de adesão aos metais; a molibdenita ou bissulfeto de molibdênio; talco, mica e

gesso. Quanto aos lubrificantes sintéticos, entre os mais empregados a indústria destacam-se

os silicones, os hidrocarbonetos halogenados e os glicóis polialquílicos.

Os lubrificantes industriais são basicamente definidos como compostos, fluidos,

graxas e óleos. Eles são usados para diminuir o desgaste de materiais, reduzindo os atritos e

grande fricção entre componenetes. Em alguns casos extremos, podem também prevenir ou

diminuir a resistividade elétrica ao mesmo tempo em que aumentam a condução térmica.

Além disso, os diversos tipos de lubrificantes industriais servem como sistemas de

arrefecimento e refrigeração em muitas máquinas e equipamentos.

1.1 O PETRÓLEO 2

A palavra petróleo é originada do latim “petrus” (pedra) e “oleum” (óleo), o que

parece indicar que antigamente se suponha ser o petróleo originado da terra. Inúmeros relatos

históricos nos levam a crer que o petróleo já fosse conhecido há milhares de anos sendo usado

em impermeabilização, construção e em diversos outras tarefas2.

Entretanto a hipótese mais conhecida sobre sua origem, é que o petróleo se

originou da decomposição de plantas e animais submetidos a altas condições de temperatura,

pressão e a ação do tempo.

1.1.1 PETRÓLEO NO BRASIL3

A primeira referência á pesquisa do petróleo no Brasil remonta ao final do século

XIX. Entre 1892 e 1896, Eugênio Ferreira de Camargo instalou por conta própria, em Bofete

SP, uma sonda junto ao afloramento de uma rocha betuminosa. O furo atingiu mais de 400m,

11

mas o poço encontrou apenas água sulfurosa. Foi somente em janeiro de 1939 que se revelou

a existência de petróleo no solo brasileiro, no poço de Lobato BA, perfurado pelo

Departamento nacional de Produção Mineral, órgão do governo federal. O poço de Lobato

produziu 2.089 barris de óleo em 1940.

Em outubro de 1953 instituiu-se o monopólio estatal de pesquisa, lavra, refinação,

transporte e importação do óleo no Brasil, pela Petrobrás (Petróleo brasileiro S.A), sob a

orientação e a fiscalização do Conselho nacional de Petróleo (CNP)

Na década de 1950 e começo da de 1960 descobriram-se novos campos,

especialmente no Recôncavo Baiano e na bacia de Sergipe/Alagoas. Também se

desenvolveram pesquisas nas bacias sedimentares do Amazonas e do Paraná.

Em março de 1955, foi encontrado petróleo em Nova Olinda, no médio

Amazonas. Em seguida, as atividades de petróleo obtidas não eram comerciasi, após seis anos

a avaliação dos resultados aconselhoi a reduçaõ da exploração. Em 1967, as perfurações na

bacia amazônica foram suspensas. Com os avanços tecnológicos, a Petrobrás procedeu os

levantamentos geofísicos nas bacias do Paraná e do Amazonas. Alcançaram-se bons

resultados, em particular descobertas de gás natural na região do rio Juruá, no alto Amazonas,

a partir de 1978.

Dez anos antes, a empresa iniciara a exploração de petróleo na plataforma

continental, com a descoberta de óleo no litoral de Sergipe (campo de Guaricema). Foi,

porém, a crise do petróleo, iniciada em 1973, que viabilizou a prospecção em áreas antes

consideradas antieconômicas. Na década de 1970, intensificou-se a exploração de bacias

submersas. A identificação de petróleo na bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro,

duplicou as reservar brasileiras. Mais de vinte campos de pequeno e médio porte foram

encontrados mais tarde nolitoral do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Alagoas e Sergipe.

Em 1981, pela primeira vez, a produção dos campos submarinos ultrapassou as dos campos

em terra. No ínicoi da década de 1980, o Brasil era, depois dos Estados Unidos, o país que

mais perfurava no mar, mas, no final do século, ainda precisava importar quase a metade do

petróleo que consumia, apesar de suas reservas provadas de aproximandamente 3,8 bilhões de

barris (0,2% das reservas internacionais).

12

O refino de petróleo no Brasil começou em 1932, ao ser instalada a Destilaria Sul-

Riograndense em Urugaiana – RS, com capacidade de 25m3. Em 1936 inauguraram-se duas

outras refinarias: a de São Paulo, com capacidade de 80m3, e a do Rio Grande – RS, capaz de

produzir o dobro. Em 1959, o CNP instalou em Matarip – BA a Refinaria nacional de

Petróleo, mais tarde denominada Refinaria Landulfo Alves.

Na década de 1990 a Petrobrás contava com uma fábrica de asfalto, em Fortaleza-

CE, e dez refinarias: Refinaria de Manaus (Reman); de paulínia (Replan); Presidente

Bernades (RPBC); Henrique Lage (Revap); Presidente Getúlio Vargas (Repar); Alberto

Pasqualini (Refap); Duque de Caxias (Reduc); Gabriel Passos (Regap); Landulfo Laves

(RLAM); e Capuava (Recap). Em meados da década de 1990, o brasil produzia cerca de

750.000 barris de petróleo por dia, com a possibilidade de aumento gradativo desse número,

com a exploração de campos gigantes da baica de Campos.

1.2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA1,2

O petrólo é uma mistura de compostos de carbono e hidrogênio chamados de

hidrocarbonetos. Dependendo do tipo de hidrocarbonetos predominantes sua composição

pode ser classificado em:

• Base Parafínica

• Base Naftênica

• Base Mista

Esta subdivisão é muito importante pois, devido às suas características peculiares

é que escolheremos o produto certo para o emprego certo, assim como o tratamento no qual

serão submetidos. O tipo de tratamento mais usados são:

1.2.2 TRATAMENTO A SOLVENTE2,3

Por meio de solventes seletivos conseguimos remover certos componenentes

indesejáveis de um óleo lubrificante, sem contuto afetar os componentes desejáveis

1.2.2.1 Tratamento com Furfural: Trata-se de um líquido pesado, não viscoso e de

baixo ponto de ebulição. Tem a função de dissolver os componentes asfálticos que são

retirados junto com o solvente.

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1.2.2.2 Desparafinação a Solvente: O lubrificante é dissolvido em metil-etil-

cetona e tolueno e resfriado, o qeu promove a cristalização da parafina qeu é retirada por

filtração na temperatura de 5 a 10 F abaixo do ponto de fluidez desejado. O óleo é separado

por destilação.

1.2.2.3 Desasfaltação a Propano: Os lubrificantes de viscosidade muito elevada

são produzidos a partir da porção não destilável, que permanece na torre de lubrificação após

a retirada das frações mais leves e voléteis dos óleos lubrificantes. Estes resíduos contém

gerealmente produtros asfálticos de baixo índice de viscosidade. Recupera-se tanto o solvente

quanto o lubrificante, através da destilação.

1.2.3 TRATAMENTO A ÁCIDO E ARGILA2,3

Sua principal finalidade é remover pequenas quantidades de substâncias reativas

indesejáveis, melhorando a cor, a estabilidade da cor, estabilidade térmica, estabilidade à

oxidação e as propriedades de searação da água. O óleo, após o tratamento, é neutralizado por

agentes químicos, lavados com água e tratados com argila.

1.2.4 HIDROGENAÇÃO2

Trata-se de um processo de tratamento catalítico em presença de uma atmosfera

de hidrogênio. Conseguimos com isto, um remanejamento de certas moléculas, resultando em

uma maior estabilidade e melhoramento da cor e redução do teor de enxofre.

Nas refinarias não é possível destilar-se produto por produto, grau por grau,

devido ao grande número de produtos, como os de grau intermediários; por isso é obtido um

número limitado de básicos que, misturados entre si, formarão os produtos finais e os graus

intemediários.

1.3 REFINAÇÃO2

No recebimento do petróleo é analisado para avaliar suas características e sua

transformação de acordo com sua base. Como o petróleo contém grande quantidade de

hidrocarbonetos, o passo inicial é a separação destes ou frações contendo as propriedades

desejadas, no qual utiliza-se o processo de destilação. Este processo consiste no aquecimento

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do petróleo, onde é enviado a torre de fracionamento, ocorre a condensação a diferentes

temperaturas. Obtem-se neste processo:

• GLP (gás liquefeito do petróleo)

• Gasolina

• Querosene

• Óleo diesel

• Outros produtos mais pesados que darão origem a óleos

lubrificantes, óleos combústiveis e asfalto

Esquema básico de refino

Figura 1.1

2 - ÓLEOS LUBRIFICANTES3

São três os tipos de óleos lurificantes normalmente usados

Óleo Minerais – são óleos obtidos da destilação do petróleo. Suas propriedades

dependem substancialmente da natureza do óleo crú e do processo de refinação empregado.

Os óleos minerais são os mais utilizados e os mais importantes em lubrificação.

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Óleos Graxos – são óleos vegetais ou animais. Foram os primeiros a serem

utilizados, mas atualmente são pouco recomendado, pois não suportam temperaturas elevadas,

oxidando-se facilmente tornando-se rançosos e formando ácidos.

Óleos Compostos – são misturas de óleos minerais e óleos graxos. São

utilizados como perfuratrizes e cilindros a vapor. A proporção em que o óleo graxo entra na

composição não pode passar de 25%.

Com a evolução tecnológica, além desses três tipos, sugriram os óleos

sintéticos.

2.1 ÓLEOS MINERAIS1,5

São usados como lubrificantes com uma adequada viscosidade, originados de

petróleos crus e beneficiados através de refinação.

Segue tabela 2.1, onde podemos ver os básicos minerais mas comumente usados e

suas viscosidades.

Tabela 2.1

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As propriedades e qualidades destes lubrificantes dependem da proveniencia e da

viscosidade do petróleo cru.

Tabela 2.2

Quando falamos em óleos minerais temos de distinguir três tipos:

2.1.1 ÓLEO MINERAL DE BASE PARAFÍNICA1,5

Os óleos parafínicos tem como características ligas quimicas que são

relativamente estáveis e resistentes e não podem ser modificadas facilmente com influências

quimicas. Sendo assim as parafinas tendem a ser resistentes a oxidação em temperaturas

ambientes ou levemente elevadas. Nos lubrificantes eles são partes resistentes e preciosas, que

não ¨envelhecem¨ ou somente oxidam de forma lenta. Contém em sua composição quimica

hidrocarbonetos de parafina em maior proporção, demonstra uma densidade menor e é menos

sensível a alteração de viscosidade/temperatura.

A grande desvantagem é seu comportamento em temperaturas baixas: as parafinas

tendem a sedimentar-se.

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2.1.2 ÓLEO MINERAL DE BASE NAFTÊNICA1,5

Enquanto os hidrocarbonetos parafinicos formam em sua estrutura molecular

correntes, os naftêncios formam em sua maioria ciclos. Os naftênicos em geral são usados,

quando necessitamos produzir lubrificantes para baixas temperaturas.

Desvantagem dos naftênicos é sua incompatibilidade com materiais sintéticos e

elastômeros.

2.1.3 ÓLEO MINERAL DE BASE MISTA1,5

Para atender as caracteristicas de lubrificantes conforme necessidade e campo de

aplicação a maioria dos óleos minerais é misturada com base naftêncio ou parafínico em

quantidades variadas.

2.2 ÓLEOS SINTÉTICOS5

São, ao contrário dos óleos minerais, produzidos artificialmente. Eles possuem, na

maioria das vezes, um bom comportamento de viscosidade-temperatura com pouca tendência

de coqueificação em temperaturas elevadas, baixo ponto de solidificação em baixas

temperaturas, alta resistência contra temperatura e influências quimicas. Quando falamos em

óleos sintéticos temos de distinguir cinco tipos diferentes:

2.2.1 ÓLEOS HIDROCARBONETOS SINTÉTICOS5

Entre os hidrocarbonetos sintéticos destacam-se hoje com maior importancia de

um lado os polialfaoleofinas (PAO) e os óleos hidrocraqueados. Estes óleos são fabricados a

partir de óleos minerais, porém levam um processo de sinteticação, o qual elimina os radicais

livres e impurezas, deixando-os assim mais estavel a oxidação. Também consegue-se através

desde processo um comportamento excelente em ralação a viscosidade-temperatura. Estes

hidrocarbonetos ¨semi-sintéticos¨ atingem IV (Inices de Viscosidade) até 150.

2.2.2 POLIÉSTERES5

Para a fabricação de lubrificantes especiais, fluidos de freios, óleos hidraúlicos e

fluidos de corte os poli-alquileno-glicois, miscível ou não miscível em água tem hoje cada vez

mais importançia.

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2.2.3 DIÉSTERES5

São ligações entre ácidos e álcoois através da perda de água. Certos grupos

formam óleos de éster que são usados para a lubrificação e, também, fabricação de graxas

lubrificantes. Os diésteres estão hoje aplicados em grande escala em todas as turbinas da

aviação civil por resistir melhor a altas e baixas temperaturas e rotações elevadíssimas. Dos

óleos sintéticos eles tem o maior consumo mundial.

2.2.4 ÓLEOS DE SILICONE5

Os silicones destacam-se pela altíssima resistência contra temperaturas baixas,

altas e envelhecimento, como também pelo seu comportamento favorável quanto ao índice de

viscosidade. Para a produção de lubrificantes destacam-se os Fenil-polisiloxanes e Methil-

polisiloxanes. Grande importância tem os Fluorsilicones na elaboração de lubrificantes

resistentes a influência de produtos quimicos, tais como solventes, açidos etc.

2.2.5 POLIÉSTERES PERFLUORADOS5

Óleos de fluor e fluorclorocarbonos tem uma estabilidade extraordinária contra

influência quimica. Eles são quimicamente inertes, pórem em temperaturas acima de 260°C

eles tendem a craquear e liberar vapores toxicos.

3 - PRODUÇÃO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES 2,3

O óleo mineral obtido da destilação de petróleo é submetido a tratamento

específico na refinaria, no qual o produto final denomina-se óleo básico. Este óleo é a matéria

fundamental para a produção de óleo lubrificante. O óleo básico sempre entra em maior

proporção na fabricação de um óleo lubrificante, onde faz-se necessário a adição de aditivos

específicos para efetuar a lubrificação adequada. A mistura de vários óleos básicos servem

para se chegar ao grau de viscosidade adequado. As especificações de viscosidades de óleos

lubrificantes para motores a diesel e a gasolina são classificados de acordo com especificações

SAE (Society of Automotive Enginers) e API (American Petroleum Institute).

ÓLEO BÁSICO + ADITIVOS = ÓLEO LUBRIFICANTE

19

4 - ADITIVOS 1,3

Os aditivos são produtos que, adicionados a um lubrificante, melhoram ou

criam determinadas propriedades. Os aditivos são utilizados para melhorar o desempenho do

lubrificante melhorando neste caso as condições de lubrificação e também prolongando a vida

do lubrificante e protegendo o equipamento.

4.1 TIPOS DE ADITIVOS1

A classificação dos aditivos estão relacionados de acordo com a sua ação.

A) Detergentes/Dispersantes

Tem a propriedade de impedir a formação de depósitos de produtos de

combustão e oxidação nas superfícies metálicas de um motor, mantendo estes produtos em

suspensão de modo qeu sejam facilmente retirados pelos filtros ou quando da troca de óleo.

B) Antioxidante

Os óleos lubrificantes quando em contato com o ar ou temperaturas elevadas

tendem a oxidar-se, formando ácidos e borras e aumentando a viscosidade do óleo. Este

aditivo retardam a oxidação dos óleos prolongando a vida útil.

C) Anticorrosvos

Os ácidos formandos na oxidação do óleo atacam as supefícies metálicas

provocando corrosão. Estes aditivos impedem este ataque, neutralizando os ácidos ou

aderindo às superfícies metálicas, formando uma película resistente aos ácidos.

D) Antiespumante

Os óleos quando agitados e, principalmente, quando contaminados tendem a

formar espuma. Estes aditivos tem a propriedade de fazer com que esta espuma se desfaça o

mais rapidamente possível, evitando assim que esta se mantenha estável e penetre no circuito

do lubrificante.

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E) Agentes de Extrema Pressão

Cargas elevadas podem provocar o rompimento da película de lubrificante

expondo as peças metálicas a um contato direto. Estes aditivos reagem com o metal da

superfície formando um composto químico qeu reduz o atrito entre as peças. Esta reação se dá

a temperaturas relativamente altas. Estes aditivos são comumente utilizados em lubrificantes

de engrenagens industriais e automotivos.

F) Agentes Antidesgaste

Agem em condições semelhantes às dos agentes EP formando, pórem, uma

película protetora motiva por ação química polidora e podem ocorrer a temperaturas mais

baixas.

G) Rebaixadores de Ponto de Fluidez

Reduzem a tendência ao congelamento dos óleos lubrificantes, mantendo sua

fluidez a temperaturas mais baixas.

H) Melhorador de Índice de Viscosidade

Tem função de reduzir a tendência dos óleos lubrificantes variarem a sua

viscosidade com a variação da temperatura.

Além destes tipos mais importantes de aditivos, existem vários outros de uso

como corantes, emulsificantes etc.

5 - PROPIEDADES DOS LUBRIFICANTES1,6

São aquelas que determinam o desempenho final do Lubrificante e são elas:

Viscosidade – É a principal característica do lubrificante, e é essa característica

que normalmente classifica o óleo lubrificante. É basicamente definida pela resistência ao

escoamento, para temperaturas moderadas usamos viscosiades à 40°C e 100°C e quando o

objetivo é medir o desempenho em baixas temperaturas usamos viscosidades entre -5°C e -

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30°C, as unidades de medidas mais usadas são Centistoke (cSt), viscosidade cinemática e para

viscosidade absoluta usamos Centipoise (cP).

Índice de viscosidade – ralaciona o desempenho em temperaturas moderadas e

temperaturas altas, isso torna essa propriedades umas das mais importantes, como por

exemplo a partida de um carro em um dia frio e em poucos minutos o motor já está aquecido,

o óleo precisa manter o bom dsempenho em ambas as cituações.

Ponto de fluidez – é a temperatura mais baixa que o óleo ainda flui, essa

propriedade determina até que temperatura o óleo pode manter o seu desempenho.

Ponto de fulgor – determina a temperatura máxima e segura de trabalho de um

óleo lubrificante.

TBN – que em português significa índice de base totais , isso determina a

capacidade que o óleo tem de proteger as peças ou sitema lubrificado de corrosão e desgaste.

Teor de elementos – mede o teor de elementos como Zinco, Magnésio, Cálcio,

Fósforo dentre outros, que são dadas pelo emprego dos aditivos.

6 – CLASSIFICAÇÃO1,6

Óleos e lubrificantes possuem diversas áreas de atuação, entre elas:

Indústrias Têxteis;

Fábrica de Cimento;

Empresas de Transportes;

Indústrias Automobilistas;

Usinas Siderúrgicas;

Formuladores de Lubrificantes

Fábricas de Pneus e Artefatos de Borracha;

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Construção Civil;

Empresas de Mineração;

Pedreiras – Britagem;

Fábricas de Papel.

Neste estudo iremos abordar as classificações aplicadas as Indútrias Automobilística, que são:

Classificação SAE (Society Of Automotive Engineers - Sociedade de

Engenheiros Automotivos). Baseia-se única e exclusivamente na viscosidade, não

considerando,

fatores de qualidade ou desempenho. Os graus SAE são seguidos ou não da letra

W, inicial de Winter ( inverno). Para os graus SAE 0W até 25W são especificadas as

temperaturas limites de bombeamento (Borderline Pumpig Temperature), visando garantir

uma lubrificação adequada durante a partida e aquecimento do motor operando em regiões

frias. O método de medição das temperaturas limites de bombeamento está baseado na ASTM

D-4684 , utilizando o Viscosímetro Mini-rotativo (Mini-Rotary Viscometer) Para óleo de

motor, as viscosidades em centipoises (cP), em temperaturas compreendidas entre –5°C e –

30°C, são medidas utilizando um Simulador de Partidas a Frio ( Cold Cranking Simulator) ,

ASTM D-5293. As viscodidades cinemáticas em centistokes ( cSt) a 100°C são determinadas

de acordo com o método ASTM D-445, utilizando o Viscosímetro Cinemático.

Classificação API Em 1969/70, foi elaborada uma classificação, conjuntamente

pela API ( AmericanPetroleum Institut - Instituto de Petróleo Americano), SAE e ASTM

(American Society for testing and Materias – Sociedade Americana para Testes em

Materiais). Tal classificação é a que se encontra em vigor atualmente. Alguns, por uma

questão de lógica, dizem que S provém de Spark Ignition ( faísca de ignição) e a letra C de

Compression Ignition ( ignição por compressão). De fato, nos motores à gasolina, a

inflamação do combustível é originada pela faísca da vela, enquanto nos motores a diesel pela

injeção de combustível em um ambiente de ar comprimido.

Segue na figura 6.1 os selos encontrados nas embalagens.

23

Figura 6.1

7 - EFEITOS TOXICOLOGICOS DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES 4

A toxicologia estuda os efeitos nocivos das substâncias químicas nos

organismo vivos. Sua importância em crescendo cada vez mais.

O grau de insalubridade é mínimo para exposição agudas e crônicas, não

possuindo limites de tolerância. A exposição aguda ocorre quando há uma exposição maciça

de névoas, sob altas temperaturas, podem caussa irritação da mucosa respiratória e

pneumonite química pelo contato direto com o tecido pulmonar das partículas aerodispersas.

O óleo lubrificante em contato com a pele remove a gordura da estrutura da membrana celular

provocando vermelhidão, irritação, coceira e eczema crônico. Já na exposição, o óleo

bloqueia os poros de pele, principalmente na face, tórax, antebraços e coxas, levando a

formação de acne e foliculites. A exposição prolongada pode produzir lesões cancerígenas de

pele.

8 – Conclusão

Com esse estudo concluimos que conhecendo melhor o Óleo Lubrificantes, suas

propriedades, características e principalmente sua classificação, podemos escolher melhor o

produto para cada tarefa e trabalho específico, mas deixo uma informação importante,

NUNCA DEIXA DE SEGUIR AS ORINETAÇÕES DOS FABRICANTES.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Chevron Brasil Ltda.; Fundamentos de lubrificação; 2005.

2. Instituto Brasileiro de Petróleo; Petróleo e derivados; Rio de Janeiro, 1989.

3 . Carreteiro, Ronald; Belmiro, Pedro Nelson. Lubrificantes e lubrificação Industrial;

EDITORA INTERCIÊNCIA; 1ª Ed. 2006.

4 . Toxicologia do Petróleo; Petrobrás; Junho,1990.

5. http://www.lubrificantes.net/ole-001.htm , acessado em 17/04/2010. 6. http://www.r19club.com/How-to/oleoslubrificantes.php , acessado em 17/04/2010. 7. http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/2890-lubrificantes-industriais-e-suas-varias-aplicacoes/ , acessado em 30/05/2010. 8. http://www.interlubri.com.br/ups_manuallub8.htm , acessado em 30/05/2010.