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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ARMAZENAGEM DE MATÉRIA PRIMA FARMACÊUTICA
Por: Rodrigo Pitaro Arenas
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ARMAZENAGEM DE MATÉRIA PRIMA FARMACÊUTICA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como
requisito parcial para obtenção do grau de especialista em
Logística Empresarial.
Por: Rodrigo Pitaro Arenas
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais e irmã, que nunca mediram
esforços em me ajudar para que eu alcançasse
o êxito merecido. À minha esposa e filhos, que
me deram o apoio necessário abrindo mão do
nosso tempo juntos para que eu pudesse
concluir o trabalho.
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RESUMO
Este trabalho, inicialmente, descreve as atividades realizadas atualmente na
estocagem e distribuição de matéria-prima farmacêutica e o objetivo deste estudo é
demonstrar a importância do armazenamento de matéria-prima farmacêutica
adequadamente. A logística tem como princípio o planejamento, organização e
controle das atividades de armazenagem e estocagem e o endereçamento que
facilita essas operações, pois criteriza locais específicos para armazenar e estocar
os materiais. A armazenagem é um processo que tem normas internas referentes a
distribuição física como sistemas, padronização, giro, fluxo de movimentação de
mercadorias dentro do armazém.
O armazenamento farmacêutico é agilizado através de informações que
proporcionam rapidez e segurança que determinam condições que levam a
qualidade do produto através de técnicas destinadas à armazenagem, que
visualizam sempre locais limpos e periodicamente higienizados. O resultado deste
estudo é saber a adequação de matérias-primas na armazenagem com instalações
e equipamentos para as boas práticas de matéria prima do produto farmacêutico.
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METODOLOGIA
A pesquisa descritiva foi utilizada como metodologia, pois se torna uma
ferramenta que facilita um levantamento de métodos de armazenagem bem como,
equipamentos adequados. Dentre os instrumentos que foram usados para este
estudo a internet, livros e revistas que abordaram o tema.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – LOGÍSTICA 09
CAPÍTULO II - CONTROLE E ARMAZENAGEM DE MATÉRIA PRIMA
FARMACEUTICA 20
CONCLUSÃO 35
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
BIBLIOGRAFIA CITADA 38
ÍNDICE 39
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INTRODUÇÃO
O armazenamento de matérias-primas pode ser conceituado como um
conjunto de atividades relacionadas com o medicamento, com o objetivo de apoiar
as ações demandadas por uma empresa. Problematizando que o armazenamento
têm ações relacionadas com o abastecimento das matérias-primas em todas e em
cada uma das etapas constitutivas, como a conservação e controle de qualidade, a
segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a
avaliação da utilização, a obtenção e difusão de informações sobre as matérias-
primas como também a educação permanente dos profissionais para assegurar o
uso racional das matérias-primas.
Para tal afirmação, a estocagem de matérias-primas visa orientar como
princípio básico e norteador do sistema formado entre peças bem como etapas de
seleção, programação, aquisição, distribuição e dispensação com suas interfaces
nas ações da atenção à estocagem.
Marin afirma que:
As atividades de armazenamento e aquisição, mesmo que envolvam algum investimento inicial, representam uma relação de custo/benefício e custo/efetividade muito favorável em função da redução de perdas da garantia de integridade e da qualidade dos medicamentos. (MARIN, 2003, p.334):
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CAPÍTULO I
LOGÍSTICA
A nomenclatura logística foi utilizada pelo exército americano há um longo
tempo. Foi criada pelos militares como forma de organização na guerra afim
agilização de abastecimento.
Logistique é um termo francês e tem como um dos seus conceitos:
A parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de projeto de desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos. (FERREIRA, 2000).
A armazenagem é uma arte que foi construída para se ter um menor custo
possível para se comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e
entregar o produto. Esta logística tem três funções que a compõem: o planejamento,
organização e controle. O espaço físico se torna fundamental devido a sua
manutenção dentro do local onde é armazenado o material.
As atividades logísticas são compreendidas em: transporte, estocagem,
estocagem do material de consumo e manutenção, embalagem, movimentação de
materiais, atendimento ao pedido, previsão de estoques, planejamento da produção,
suprimentos, serviço ao cliente, localização, controle de estoque incluindo
inventários, produção, controle de qualidade, distribuição física e segurança.
O controle dos custos aparece na logística para diminuir ou controlar grandes
custos com a finalidade de não ter estoque desnecessário.
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Segundo Ballou (2006): “[...] comecemos então a desenvolver a metodologia
de controle de estoques como uma forma de definir a disponibilidade de produtos e
uma identificação dos custos relevantes ao gerenciamento dos níveis de estoques”.
1.1 – Armazenagem
A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção,
descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos
acabados ou semi-acabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, este
apenas produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em
trânsito, com o objetivo de lhes acrescentar valor. (Dias, 2005, p. 189)
A armazenagem tem como função receber, arrumar e conservar, sendo assim
armazenagem devera ser sempre racional e deve atender sempre às necessidades
ao longo dos processos que a organização necessita, para que isso aconteça
algumas exigências são essenciais.
• Quantidade: a suficiente para a produção planejada;
• Qualidade: a recomendada ou pré-definida como conveniente no
momento da sua utilização;
• Oportunidade: a disponibilidade no local e momento desejado;
• Preço: o mais econômico possível dentro dos parâmetros mencionados
Uma armazenagem bem organizada ira atuar diretamente na redução de
custos em razão de:
• Redução de acidentes.
• Colaboradores satisfeitos e aumento da produtividade.
• Melhor aproveitamento dos espaços e reduzindo os custos na
movimentação.
• Utilização de tecnologia e controle nos processos diminuindo perdas e
inutilidades dos materiais.
Consequentemente algumas desvantagens poderão acontecer nos seguintes casos:
• Custos com manutenção do espaço físico ou aluguel.
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• Serviços administrativos.
• Matérias-primas tem prazo de validade.
• Armazém de grandes proporções requer maior tempo em sua
movimentação.
Há uma confusão constante entre armazenagem e estocagem e por isso é
que Moura afirma que :
Armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais (depósitos, almoxarifados, centros de distribuição, etc.) e estocagem é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado à locação estática dos materiais. Dentro de um armazém podem existir vários pontos de estocagem. A estocagem é uma parte da armazenagem. (MOURA, 2005)
A logística trata dos materiais desde sua construção como produção até o
produto final que vai aparecer na mão do consumidor. O trajeto até o consumidor
deve ser visualizado desde a sua embalagem até sua armazenagem.
A qualidade de armazenagem é baseada em planejamento que atualmente
visa a eficácia de uma organização que tem como objetivo o cumprimento de
qualidade com menores custos levando em conta a agilidade.
A armazenagem para ser bem sucedida deve ser apresentada de forma
otimizada para que dela derive uma boa administração do espaço.
Com isso essa otimização acabou criando uma armazenagem em função das
prioridades para que o processo torne se mais eficiente são elas:
• Armazenagem por agrupamento: facilita a busca e arrumação de
materiais.
• Armazenagem por tamanho, peso e característica do material: permite
um melhor aproveitamento do espaço.
• Armazenagem por frequência: o controle é feito por fichas técnicas
onde se permite determinar o local onde o material deverá ser
acondicionado.
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• Armazenagem com separação entre lote de reserva e lote diário: é
constituída por um segundo armazém com pequenos lotes, com
objetivo de atender a demanda diária.
• Armazenagem por setores de produção: Neste tipo de armazenagem
as matérias-primas são englobadas num só grupo, de forma a
constituir uma base de uma produção por família de matérias-primas.
È necessário salientar a distinção de armazenagem e de armazém. A
distinção pode ser explanada em relação ao espaço físico caracterizado em
armazém, que é o local aonde se deposita os produtos. Estes locais podem ser
divididos em.
• Almoxarifado: que é o setor responsável pela guarda, armazenamento,
controle de distribuição de matérias-primas utilizadas diariamente no
processo da organização.
• Depósito: que é um almoxarifado que guarda grandes volumes de
matérias-primas com baixa rotatividade.
De acordo com os objetivos do processo, observamos seis etapas para a
armazenagem:
àMáximo aproveitamento do espaço;
à Utilização efetiva de mão de obra e equipamento;
àAcesso fácil a todos os itens;
àMovimentação eficiente dos itens;
àMáxima proteção dos itens;
à Boa qualidade de armazenagem.
Moura ainda diz que o propósito de qualquer armazém é fornecer o material
certo, na quantidade certa, no lugar certo e no momento certo. Segundo o autor, as
quatro funções vitais no armazém para uma boa armazenagem são: receber,
estocar, separar e expedir.
A armazenagem serve para minimizar os custos operativos com soluções
mais lógicas ao fluxo de materiais e ao armazém de estocagem de curto tempo.
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São dez as funções conceituadas por Moura (2005):
1- Recebimento: todas as atividades inclusas na aceitação de materiais para serem
estocados;
2- Identificação e endereçamento para estoque: identifica o que é recebido e decide
onde deve ser estocado;
3- Envio para o estoque: movimentação de itens para estoque ou inspeção;
4- Localização no estoque: onde os itens estão fisicamente localizados e estocados
conforme características do material. Planejando um layout apropriado, os materiais
podem estar estocados no chão, empilhados ou colocados em estruturas porta
paletes;
5- Separação de pedidos: função mais importante que também exige um
planejamento quanto à separação de itens de pequeno e médio porte;
6- Acumulação dos itens dos pedidos: todos os itens de um pedido devem ser
mantidos juntos para a conferência final;
7- Embalagem e expedição: embalar os pedidos para proteção dos materiais;
8- Carregamento: consiste em colocar o pedido em uma área de espera para o
carregamento;
9- Expedição: embarque e entrega dos produtos no ponto onde será utilizado;.
10- Registro das operações: com a finalidade de alimentar o sistema de informações
que deve ser feito no início e no final das funções de armazenagem;
1.2 Armazenamento e procedimentos técnicos/administrativos:
Vecina Neto e Reinhard Filho (1998) nos falam que o ato do armazenamento
constitui-se como um grupo de procedimentos técnicos e administrativos que tem
diversas atividades, a saber:
• Recebimento de matérias-primas:
Ato de examinar e conferir as matérias-primas de forma detalhada, observando de
acordo com as características de cada produto.
• Estocagem ou guarda:
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Ato de arrumar as matérias-primas em certa área definida conforme suas
características físico-químicas de acordo com os requisitos fornecidos pelo laudo técnico do
fornecedor de forma organizada, para o maior aproveitamento possível de espaço e
dentro de parâmetros que permitam segurança e rapidez.
• Segurança:
Capacidade de manter o material de forma que estejam protegidos contra danos
físicos, furtos e roubos.
• Conservação:
Tendo locais com capacidade de manter as características físico-químicas das
matérias-primas durante o período de estocagem.
• Controle de estoque:
Tem como seu principal objetivo controlar a entrada e saída de materiais
minimizando custos com a falta de matérias-primas que consequentemente afetara
áreas produtivas, como também um elevado investimento na compra de matérias
primas elevando os custos de manutenção do estoque.
• Entrega:
As matérias-primas devem ser entregues de acordo com a necessidade do
solicitante, garantindo adequadas condições de transporte, rastreabilidade do
produto, mantendo as características físico-químicas e a preservação da
identificação até o consumidor final.
1.3 - Estocagem
Armazéns são sempre usados para aglomerar produtos caracterizados como
estoque, que consistem em um espaço para que matérias-primas futuras possam
ser acondicionadas nesses ambientes ou as que não serão mais usadas em
determinados momentos.
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Ballou (2006) afirma que: “estoques são acumulações de matérias primas,
suprimentos, componentes, materiais em processo e produtos acabados que
surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas”.
Sobre o mesmo tema, o estoque, Dias observa que:
O estoque é necessário para que o processo de produção e vendas da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido. (DIAS, 2006)
Segundo Dias (2006): “sem estoque é impossível uma empresa trabalhar,
pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a
venda final do produto”. Segundo o autor, os principais objetivos do setor de controle
de estoques são determinadas em: permanecer, reabastecer, receber, armazenar,
controlar, identificar e retirar materiais estocados.
Os custos da organização nas quais as matérias-primas estão estocadas são
momentos importantes do processo para que se mantenha lucro. A política e
critérios de estocagem de acordo com Ballou são: planejamento, organização e
controle de estoques que servem como estratégia para uma agilidade de
atendimento ao cliente.
A logística empresarial consiste em ter sempre o produto a disposição para a
empresa sendo assim, Ballou (2006) cita que: “o capital da empresa deve
disponibilizar de 20% a 40% para a manutenção da estocagem”.
As funções como melhorar de nível de serviço, incentivar economias de
produção, permitir economias de escala nas compras e no transporte, agir como
proteção contra aumentos de preços, proteger a empresa de incertezas na demanda
e no tempo para reabastecimento, servir como segurança contra contingências
fazem parte do planejamento de estoques, pois oferecem diversos benefícios cujo
seus custos são altos e a função da organização, gestão da logística é diminuir os
gastos da empresa.
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1.4 Controle de Estoque
O aparecimento do controle de estoque serviu para organizar e agilizar
melhor o material. Porém, no passado o estoque era algo feito manualmente sem
otimização e sem tecnologias que hoje em dia se baseiam em informações através
da tecnologia avançada, substituindo antigos métodos.
Somente a tecnologia utilizada não é suficiente para que se tenha um bom
controle de estoque, sendo assim algumas perguntas são essenciais:
• Qual o saldo disponível (em quantidade e valor) dos diversos itens de
estoque?
• Qual o montante de entrada, saída e devolução de cada item?
• Qual o consumo dos diversos itens de estoques?
Viana (2002) diz que: “o método utilizado pode ser qualquer um, mas todos
devem ser observados a fim de evitar problemas no inventário para que não ocorram
prejuízos para a empresa”. Controle de estoque é o procedimento adotado para
registrar, fiscalizar, gerir a entrada/saída de mercadorias e produtos seja numa
indústria ou no comércio. O controle de estoque deve ser utilizado tanto para matéria
prima, mercadorias produzidas e/ou mercadorias vendidas. A organização do
estoque é uma ferramenta primordial para auxiliar o controle.
1.5 Função do controle de estoque
O controle do estoque fica ao encargo do gestor que classifica por tipo de
matéria-prima seguindo os seguintes critérios: registrar no controle de estoque as
quantidades; custo unitário e custo total das matérias-primas adquiridas, calcular no
controle de estoque o saldo em quantidades; custo unitário e custo total das
matérias-primas que ficaram em estoque periodicamente confirmando se o saldo
apurado no controle de estoque confere com o estoque físico existente na empresa.
Dias (2006) nos fala que as funções iniciais são: a determinação do material
que deve permanecer no estoque; o reabastecimento do estoque em períodos;
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quantidade de estoque por um período pré-determinado; Contactar o departamento
de compras para adquirir o estoque; controlar e fornecer quantidade e informações
sobre o estoque; manter inventários identificar e retirar do estoque materiais
danificados e fora da validade.
Para Messias (1978): “o controle do estoque visa uma melhor administração
de capital para se investir em outras aquisições através da redução de custos”.
O objetivo do controle do estoque é lidar com as interrupções esperadas ou
não e financeiro, pois, influencia diretamente no capital gerido. Porém, uma
organização não pode trabalhar sem estoque. Para saber responder o
questionamento como: quais as vantagens de estocar materiais? É preciso sempre
ter a preocupação do prazo de entrega do fornecedor, perecibilidade, procura entre
outros fatores.
Esse levantamento irá determinar o que, e quanto deverá permanecer em
estoque, a periodicidade da reposição e o grau de prioridade de cada item. Também
irá determinar as necessidades físicas para a estocagem dos produtos, sendo assim
torna-se função do controle de estoque:
• Determinar o que deve permanecer em estoque;
• Determinar quando se deve reabastecer o estoque;
• Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período
pré-determinado;
• Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de itens de
materiais (reposição);
• Receber, armazenar e suprir com os materiais estocados de acordo com as
necessidades;
• Efetuar o controle da quantidade e respectivos valores, gerando informações
sobre o estoque existente;
• Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados das
matérias-primas estocados;
• Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
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1.6 Política de estoque
O controle do departamento de estoque será definido pela administração. São
dois os principais controles do estoque:
• Giro do material: materiais com elevado giro absorvem uma parcela menor
dos custos fixos de armazenagem, comparativamente aos materiais de giro
mais baixo.
• Lead-time de resposta: tempo de resposta desde a colocação do pedido até o
atendimento.
Estas políticas norteiam as metas da organização, quantidade de depósitos
que serão estocados materiais, níveis de estoque para atender as demandas em
alta ou baixa de consumo são as formas políticas de suma importância para um bom
funcionamento do estoque, para que a demanda das matérias-primas atenda as
necessidades da produção é necessário que a política de estoque esteja bem
definida em relação a:
• Ressuprimento: é o momento de fazer o pedido ao fornecedor, esse
momento depende diretamente do consumo médio das matérias-primas e o
lead-time de resposta.
• Estoques de segurança: geralmente o estoque de segurança é feito sobre a
variabilidade da demanda, a disponibilidade da matéria-prima no mercado e
os custos associados em sua falta ou a um elevado estoque.
1.7 Espaço físico para estocagem
O espaço físico de matérias-primas se faz através de planejamento devido a
necessidade de um depósito ou almoxarifado. Local, projeto de construção,
localização de equipamentos, movimentação, estocagem são fatores essenciais que
determinam à topografia e locai de estocagem.
A estrutura física ou arranjo físico consiste no quantitativo de pessoas,
materiais, localização de equipamentos de forma adequada para que se haja uma
coerência no processo produtivo com o acesso material. Quando se cita arranjo
físico, fala-se da eficiência de segurança e mão de obra devido ao fato da
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identificação das matérias-primas que nas empresas de médio e grande porte está
sendo feito a fim de saber sempre sobre o espaço a ser utilizado.
Para Ching:
O esboço ao qual é mostrado a distribuição física juntamente com o tamanhos de elementos são formas de garantir a agilidade para a entrada e saída de produtos, respeitando a produção de forma mais econômica desde as despesas de equipamentos até mão de obra com a finalidade do almoxarifado ser sempre organizado. (Ching, 2008):
1.8 Critérios de armazenagem
Tamanho, origem do estoque, tamanho e valor são questões para que a
empresa faça o esquema de armazenagem.
Equipamentos de combate a incêndios, ambiente climatizado, equipamentos
específicos, temperatura controlada e nível de umidade do ar são subsídios para ter
uma excelente infraestrutura de armazenamento com equipamentos individuais.
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CAPÍTULO II
CONTROLE E ARMAZENAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA FARMACÊUTICA
As matérias-primas representam o inicio da cadeia produtiva da Indústria
Farmacêutica, para que seja assegurada a qualidade dos medicamentos, a Agencia
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável pelo funcionamento das
Indústrias Farmacêuticas, através de inspeções sanitárias e elaboração de normas
de Boas Práticas de Fabricação (BPF), essas normas são aplicadas pela RDC Nº17.
A RDC 17 é uma instrução normativa da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) que tem como objetivo regulamentar os processos de controle
de matéria-prima farmacêutica, desde o recebimento destas matérias, passando
pelo controle de manuseio, controle químico, pesagem, layout do espaço, locais de
armazenagem e equipamentos utilizados no almoxarifado.
Qualquer construção destinada à estocagem de matérias primas farmacêutica deve possuir área e localização adequadas para facilitar sua manutenção, limpeza e operação, com espaço suficiente para estocagem racional. Toda área alocada para estocagem deve destinar-se somente a esse propósito, além de oferecer condições de flexibilidade que permitam eventuais modificações futuras (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1989).
2.1 Layout do almoxarifado
O almoxarifado é estruturado em instalações menores, organizadas levando-
se em consideração as normas exigidas pela ANVISA, pela Policia Federal e pela
especificação técnica dos fornecedores.
A iluminação, a ventilação e a umidade devem ser sempre verificadas a fim
de serem controladas, para que não ocorram perdas devido às alterações físico-
químicas das matérias-primas estocadas.
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Segundo Marin, (2003) “Deve-se se levar em conta o volume, a dimensão de
estocagem e de produtos porque o espaço disponível deverá ser apropriado para as
condições de conservação adequada”.
O empilhamento do medicamento deve obedecer às recomendações do fabricante quanto ao limite de peso e número de volumes, para evitar desabamentos e alterações nas embalagens, por compressões. As pilhas devem ser feitas em sistema de amarração, deve-se manter distância entre elas e entre as paredes, garantindo uma boa circulação de ar (MARIN, 2003).
Esses locais são monitorados com equipamentos que tem a função de
controlar a temperatura e umidade ambiente, com alarmes e registrador gráfico,
câmera de segurança e cercas. Todo esse controle e registrado para facilitar um
rastreamento do histórico da matéria-prima para uma possível análise química ou
inventário do estoque. Esses controles caso necessitem tem como segurança,
geradores de energia, para que as utilidades não sejam desligadas e a integridade
física das matérias-primas não seja comprometida.
Segue abaixo algumas características especificas do almoxarifado.
• Piso, paredes e teto: rachaduras nos pisos que possam ter acumulo de sujeiras,
paredes descascadas ou com unidade e vazamentos com goteiras no teto,
prejudicam a limpeza e higiene do local, por isso o bom estado de conservação é
importante.
• Sistemas e equipamentos de segurança: monitoramento de circuito interno de TV,
controle do fluxo de entrada e saída de pessoas e instalação de equipamentos
contra incêndio, para que não haja furto e que seja garantido o estado físico das
matérias-primas.
• As refeições: devem ser preparadas e consumidas em um local específico fora da
área de armazenagem e escritório.
• Higiene pessoal: vestiário e sanitário devem estar devidamente limpos e devem ser
localizados próximo ao almoxarifado.
• Locais de armazenamento: áreas especificas respeitando as especificações de
acondicionamento físico-química exigidas pelas matérias-primas, áreas
determinadas pela ANVISA, e condições em que é encontrada na Empresa(
quarenta ou rejeitada).
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2.2 Locais de Armazenamento.
O almoxarifado geral é dividido em:
• Quarentena:
• Armazém com temperatura e umidade controlada;
• Armazém de inflamáveis;
• Armazém de corrosivos;
• Armazém de correlatos;
• Armazém de matéria-prima rejeitada;
• Armazém de matéria-prima controlada pela Policia Federal, Civil e Exército.
Todo o local de armazenamento citado acima tem em seus armazéns, as seguintes
condições:
• Refrigerador, com temperatura variando entre 4ºC e 8ºC.
• Câmera Fria, com temperatura variando entre 8ºC e 15ºC.
• Freezer, com temperatura não superior -10ºC.
Segundo Rojas, (1994) para que o armazenamento tenha eficácia, os
medicamentos devem estar dispostos de forma adequada para facilitar o acesso, a
identificação, o manuseio, o controle, a distribuição e as operações de inventário e
balanços.
2.3 Sistema de gerenciamento de armazém
O sistema do tipo chamado Warehouse Management System (WMS),
ou Sistema de Gerenciamento de Armazém, otimiza toda a movimentação dentro do
armazém desenvolvendo funções de recebimento, endereçamento, estocagem,
status, emissão de documentos e inventário.
Com o sistema WMS em utilização a Empresa terá agilidade em suas
movimentações e redução de custos. O endereçamento dos locais de armazenagem
e a identificação das matérias-primas com etiquetas de código de barras, armazéns
com ruas prateleiras identificadas e a utilização de coletores com leitores de código
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de barras, facilita a localização e pagamento e evitando os erros de separação nos
pedidos feitos pelas áreas produtivas.
2.4 Endereçamento
As estantes e os porta-paletes poderão ser identificados por letras ou números,
conforme o layout se houver mais de uma área de estocagem, deverão ser
identificados com a indicação do respectivo subalmoxarifado.
Com isso o endereçamento fica baseado nessas informações agilizando a
movimentação das matérias-primas com segurança e mantendo sua rastreabilidade.
Para que o processo de endereçamento corretamente algumas informações são
essências como, por exemplo:
- tipo de produtos estocados;
- instalações necessárias;
- tipos de processamento;
- tamanho dos pedidos;
- facilitar localização;
- otimizar tempo do separador;
- facilitar o controle de validade;
- indicar endereçamento no recebimento do produto;
- manter correto o endereçamento do produto;
- modificações de endereço repassar para o responsável do setor;
- tirar periodicamente relatórios de auditoria para verificação.
Segundo Moura:
Para se receber e expedir é preciso almejar e atingir objetivos através da determinação de docas de recebimento e necessidade de espaço para movimentação de materiais, como também planejar o espaço para estocagem que inclui definir materiais e quantidades que serão estocados e determinar o tipo de localização que poderá ser fixa ou aleatória. (MOURA, 2005)
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2.5 Localização de materiais
A localização de materiais tem como objetivo formar meios de identificação.
Para Dias (2006): “é utilizada uma simbologia alfanumérica que tem a função de
mostrar o item armazenado precisamente e, desta forma organizar melhor facilitando
assim a operação de estocagem”. De acordo com o autor, há dois fatores de
endereçamento de materiais são: o sistema de endereçamento fixo e o sistema de
endereçamento variável.
O sistema de endereçamento fixo tem como objetivo a localização específica
da matéria-prima caso não haja vários materiais armazenados a renovação do seu
estoque será sempre no mesmo local.
Já o sistema de endereçamento variável consiste na não existência de locais
fixos as matérias primas são acondicionadas em espaços livres ou criadas
temporariamente, sempre obedecendo as características da matéria-prima e
exigências da ANVISA.
2.6 Separação de matéria-prima
Para Arnold (1999), “a separação de matérias primas tem a função de
organização do almoxarifado”. Para que aconteça tal fato é necessário classificar em
setores que são divididos em: aprovados, reprovados, quarentena, devolução e
destruição.
As separações de aprovados, reprovados, devolução e destruição das
matérias-primas poderão ocorre tanto no ato do recebimento, quarentena ou no
próprio armazém através da re-análise química, embalagem (danificada, violada ou
esteja em local não apropriado para acondicionamento) ou validade vencida.
Essas separações podem ocorrer da seguinte maneira:
• Piso, faixas adesivas e parede: identifica os locais por cores.
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• Áreas restritas: áreas separadas por grades ou depósitos com entrada restrita por
funcionários.
• Rótulos e cartazes: informações que são colocadas diretamente nas embalagens
das matérias-primas.
Com um sistema informatizado utilizando o WMS a movimentação torna se
mais segura devido as informações dos status da matéria-prima estarem
armazenadas em um banco dedados que é acionado imediatamente após a leitura
do código de barra identificando a matéria-prima.
2.7 Processos de movimentação de matérias-primas
Todos os processos de movimentação das matérias-primas são automatizados
utilizando coletores de radio freqüência, sistema WMS, códigos de barra. Com isso, se
facilita o rastreamento das matérias-primas, o controle de armazenamento e a redução do
estoque, Conforme SOUZA (2009).
um sistema de classificação e codificação de materiais é fundamental para que existam procedimentos de armazenagem adequados, um controle eficiente dos estoques e uma operacionalização correta do almoxarifado.
As informações que cada matéria-prima recebe em seu código de barra é
único não havendo duplicidade de informações, mesmo que tenham vários volumes
de recipientes do mesmo lote do fornecedor, cada volume recebera informação
única: código, referência, volume, quantidade, data de validade, tipo de
acondicionamento, fornecedor e status (aprovada ou reprovada).
As informações da data de validade tornam se indispensável devido ao
controle do FEFO que serve para gerenciar o arranjo e expedição das matérias-
primas, levando em consideração o seu prazo de validade.
O FEFO siguinifica que o primeiro material que entra é o primeiro material que
saí com isso evita a rejeição das matérias-primas por data de validade vencida.
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2.8 Coletores de dados;
A utilização coletores de dados que contêm dispositivos para leitura de
códigos de barras, teclados e transmissor de rádio. Tem uma grande vantagem que
é a mobilidade, visto que os dados podem ser coletados no local onde o material se
encontra, sem ligação por fios e cabos, além de todas as informações serem
realizadas em tempo real (on line), com o computador.
Vantagens da coleta de dados por radiofreqüência
- Elimina fios e cabos;
- Permite acesso instantâneo aos dados coletados;
- Minimiza riscos de perda de informações;
- Aumenta a produtividade;
- Possibilita a elaboração imediata de relatórios referentes aos
resultados obtidos;
- Reduz custos operacionais.
Algumas aplicações dos coletores de dados na gestão dos estoques
- Inventários de materiais;
- Controle do fluxo da produção;
- Retirada de pedidos;
- Recepção de mercadorias.
2.9- Recebimento de matéria prima
O processo de recebimento tem várias etapas, mas a primeira etapa consiste
no recebimento. No ato do recebimento da matéria-prima devem ser descarregadas
em docas cobertas com locais apropriados para que haja a conferência, estas
conferências são feitas de duas formas:
27
- Conferência qualitativa: verifica as condições em que a matéria-prima foi
transportada levando em considerarão as informações fornecidas pelo fornecedor
para que a integridade físico-quimica da matéria-prima não seja alterada, a
verificação da integridade física da embalagem que também se torna importante não
somente pela perda da matéria-prima, mas com o estado físico-quimico que poderá
ser alterado caso entre em contato com a luz, calor, ou umidade, o maior risco de
uma embalagem danificada e a contaminação podendo afetar o meio-ambiente,
colaboradores e contaminação a outros materiais.
- Conferência quantitativa: verifica se a quantidade que está na nota fiscal de recebimento
e a mesma que a quantidade física recebida. Essa conferência é realizada seguindo a curva
ABC. Todos os itens considerados categoria A e B serão repesados para que o peso correto
seja verificado levando em consideração a tara fornecida pelo fornecedor, os itens
considerados categoria C apenas 10% do seu total recebido é repesado. Somente após a
liberação da matéria-prima pelo o controle de qualidade é feita a transferência do material
para os endereços que serão alocados no armazém especifico.
A Curva ABC classifica os itens por grau de importância e o custo unitário
elevado, sendo matérias-primas essenciais e necessárias para o funcionamento da
Empresa são classificadas como A, os estoque e itens que são necessários, mas
não atrapalham o funcionamento caso faltem por um determinado período é
considerado como B e as matérias-primas com baixa importância e baixo custo
unitário são considerados como C.
2.10 Amostragem
Esse procedimento é realizado na área do controle da qualidade com cabines
apropriadas para a abertura das matérias-primas, essas cabines são compostas por
balanças, fluxo laminar e exaustão. Os funcionários que realizam esse tipo de
procedimento são funcionários treinados e qualificados para atuarem no controle da
qualidade.
2.11 – Distribuição
Somente após a liberação da matéria-prima pelo controle da qualidade
(conferencia qualitativa) e fiscal (conferencia quantitativa), as matérias-primas serão
28
distribuídas pelo o recebimento, transferindo do local de quarentena para os locais
de armazenagem, essas transferências são realizadas através do sistema WMS.
2.12 Utilização do espaço vertical
Saber utilizar o espaço físico é cada vez mais difícil diante a meta da
organização. Na maioria das vezes, o espaço é contextualizado como o problema
nos almoxarifados não como causa, mas devido ao fato que há na maioria das
vezes um quantitativo baixo ou alto de materiais dentro do estoque poderá gerar
custos sejam eles por ociosidade de espaço ou por perdas de matérias-primas
devido ao acondicionamento inadequado.
A utilização de estantes é muito utilizada para o aproveitamento do espaço
vertical dentro dos armazéns. Porem as características do produto isto é o
seu peso, dimensões e a possibilidade ou impossibilidade de junção em paletes,
devese também observar as condições do espaço, tais como, o pé direito e as
condições do piso. Por fim deve ter-se em atenção as condições operacionais, como
por exemplo, a demanda da matéria-prima e a quantidade de itens a armazenar.
2.13 Armazenagem de produtos pesados
Estante convencional para paletes: Sistema utilizado principalmente para a
armazenagem de cargas paletizadas. Sendo uma estrutura pesada, que permite
uma elevada rotatividade. Este sistema tem uma série de vantagens, como por
exemplo:
1. Possibilita a localização e a movimentação de qualquer palete sem que
seja necessário mover as outras;
2. Permite a arrumação de uma grande variedade de produtos;
3. Faculta planos de apoio de diversas alturas;
4. Ajusta-se a cargas de rotação relativamente elevada;
5. Pode ser facilmente montado e desmontado;
6. É compatível com a maior parte dos equipamentos de movimentação e
com a maioria dos tipos de pisos industriais.
7. Protege a mercadoria contra estragos;
8. Permite um melhor aproveitamento do pé-direito;
29
O sistema, no entanto também algumas desvantagens, tais como:
1. Para um pé-direito superior a 8 metros há necessidade de se utilizar
equipamentos especiais;
2. Baixa densidade de stock devido à necessidade de corredores para a
circulação das empilhadoras;
3. Obriga a um layout bem definido;
2.14 Armazenagem de produtos leves
A armazenagem de produtos leves ocorre de duas maneiras:
- Estantes de grande comprimento: são utilizadas basicamente para o
armazenamento de matérias-primas leves, porém suas embalagens são
relativamente grande.
- Estantes em dois andares: estantes convencionais que tem uma grande altura,
quando posicionadas em conjuntos formão corredores, sendo o acesso à parte
superior feito através de uma escada.
2.15 Paletes
De acordo com os objetivos para manter os custos dentro dos limites da
empresa, os paletes são utilizados em larga escala devido ao seu baixo custo na
movimentação de materiais. O objetivo dos paletes é sempre dar uma boa
mobilidade para uma quantidade maior de produtos transportados por empilhadeiras
e paleteiras obtendo com isso vantagens como:
• Redução do custo homem/hora;
• Menores custos de manutenção do inventário bem como melhor controle do mesmo;
• Rapidez na estocagem e movimentação das cargas.
• Racionalização do espaço de armazenagem, com melhor aproveitamento vertical da
área de estocagem;
• Diminuição das operações de movimentação;
• Redução de acidentes pessoais;
• Diminuição de danos aos produtos;
30
• Melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentação;
• Uniformização do local de estocagem.
Entre as desvantagens dos paletes, estão:
• Espaços perdidos dentro da unidade de carga;
• Investimentos na aquisição de páletes, acessórios para a fixação da mercadoria à
plataforma e equipamentos para a movimentação das unidades de carga;
• O peso do palete e o seu volume podem aumentar o valor do frete;
Os paletes se apresentam em duas classificações, a saber - face simples e
face dupla. A face simples se apresenta com duas entradas ou com quatro entradas
e o de face dupla com duas entradas ou com quatro entradas.
Para escolher a classificação certa dos paletes é necessário levar em conta o
custo, capacidade de empilhamento, material empregado na construção, seu
tamanho e resistência. Existem três tipos usados na Indústria Farmacêutica são
eles: plástico, madeira ou aluminio.
Vantagens dos diferentes tipos de paletes:
• Paletes de plásticos - resistência a umidade, agentes químicos, odores, baixo
custo e superfícies lisas, sem pregos ou parafusos, fácil de serem higienizados e
com uma vida útil maior. É muito utilizado em câmera fria,refrigerador e freezer.
• Paletes de alumínio - Melhor higienização, evita absorção de umidade e elimina a
presença de fontes de proliferação de fungos e bactérias.Ideal para atender às
necessidades de armazenagem de indústrias químicas e farmacêuticas. Geralmente
são utilizados na Indústria Farmacêutica em locais classificados como áreas limpas.
• Paletes de madeira: o mais comum na utilização dos armazéns, porem torna se um
problema por falta de padronização com isso alguns armazéns tem dificuldade em
sua arrumação nas prateleiras.
31
2.16 Equipamentos.
Instrumentação
O monitoramento da temperatura e umidade é considerado o fator mais
importante para que as condições físico-quimica das matérias-primas sejam
asseguradas.
Mecanismos utilizados para o controle de temperatura como: termômetros de
álcool ou mercúrio, sensores químicos, sensores de infravermelho, sistemas de
termopares acoplados e integrados tempo e temperatura e mecanismos de controle
de umidade como: higrômetros e psicômetros, são integrados a gráficos e alarmes
sonoros.
Todos esses equipamentos que registram temperatura e umidade devem ser
calibrados regularmente.
2.17 Empilhadeiras
Equipamento utilizado na movimentação das matérias-primas no
almoxarifado. Existem diversos tipos e modelos, tais como: elétricas, manuais,
combustão. Abaixo segue uma descrição detalhada dos modelos:
• Elétricas: versáteis, são próprios para serem operados em lugares fechados, tais
como: depósitos, armazéns ou câmaras frigoríficas, compactas, para que possam
realizar tarefas em corredores estreitos, normalmente possuem uma elevação com
grande altura aumentando a capacidade de armazenagem e estocagem em
prateleiras. Possuem alto grau de giro possibilitando manobras em seu próprio eixo.
• Manuais: o grande diferencial deste equipamento é em relação ao operador que
pode operá-lo em pé sobre o equipamento ou caminhando segurando o timão.
• Combustão: as empilhadeiras a combustão a gás, disel ou gasolina são utilizadas
mais comumente em pátios.
2.18 Distribuição dos equipamentos no layout
A melhor utilização dos espaços, da automação e dos equipamentos em geral
utilizados na movimentação de materiais-primas, como, por exemplo, empilhadeiras,
32
transpaleteiras, em uma Indústria Farmacêutica não podem visar somente à
otimização dos processos, mas antes deve priorizar a segurança e as instruções
constantes na RDC 17. Segue abaixo um quadro ilustrativo1 com a descrição das
unidades de armazenagem, dos equipamentos utilizados nestes locais e suas
respectivas justificativas.
Local Equipamento Justificativa
• Armazém com temperatura e
umidade controlada
• Armazém de correlatos.
• Armazém de matéria-prima
rejeitada.
• Armazém de matéria-prima
controlada
• Empilhadeira elétrica retrátil Utilizada para estocar em
posições elevadas das
estruturas metálicas
• Transpaleteira elétrica com
plataforma
Otimização de transferências
de palletes
• Drive-in dinâmico (estrutura
metálica )
Otimizar o espaço disponível
• Palet de Madeira Menor custo para elevação
do piso e arrumação do
armazém
• Coletor de radio freqüência
(sistema de automação)
Registrar no sistema às
movimentações das
matérias-primas
• Refrigerador
• Câmera Fria
• Freezer
• Prateleira de aço Otimizar o espaço disponível
• Estrado de plástico Elevação do piso ( nesse
caso palletes de madeira
não são aconselháveis
devido a umidade
• Coletor de radio freqüência
• (sistema de automação)
Registrar no sistema às
movimentações das
matérias-primas
• Escada plataforma em
alumínio
Utilizada para ter acesso as
matérias-primas na parte
1 Fonte – Método adotado na Indústria Química Farmacêutica Mantecorp – Unidade Rio de Janeiro.
33
superior das prateleiras
• Armazém de inflamáveis.
• Armazém de corrosivos.
• Paleteira manual Evitar explosões
• Drive-in dinâmico (estrutura
metálica )
Otimizar o espaço disponível
• Palet de Madeira Menor custo para elevação
do piso e arrumação do
armazém
• Coletor de radio freqüência
(com componentes à prova
de explosão )
Registrar no sistema às
movimentações das
matérias-primas sem risco
de explosão
1 Fonte – Método adotado na Indústria Química Farmacêutica Mantecorp – Unidade Rio de Janeiro.
2.19 Garantia de qualidade
A Garantia da Qualidade tem em sua políticas definidas e registradas em
manuais e em padrões pré- estabelecidos que podem ser relacionados com o
controle de matérias primas, controle de processos, controle de desvios de
resultados, revisão de documentação analítica, liberação, controle de reclamações e
recolimentos.
2.20 Qualificação dos fornecedores
Os fornecedores são classificados em duas categorias:
• Aprovados: avaliados à partir da análise de amostra enviada
• Certificados: avaliados mediante o histórico de 24 meses de fornecimento.
2.21 Desvios de qualidade
Quando ocorrer algum desvio no processo de armazenagem e aberto um
Registro de Não Conformidade (RNC). Uma investigação aberta pela Garantia da
Qualidade para verificar se houve algum desvio de procedimento após a
34
investigação ser concluída toda a documentação será arquivada juntamente com o
histórico referente ao lote.
2.22 Manutenção
O departamento de Engenharia Industrial é responsável pela manutenção
preventiva de todos os equipamentos utilizados no almoxarifado, a manutenção
preventiva pode também ser executada por contratados externos.
Toda manutenção preventiva ou corretiva efetuada deverá ser registrada
sendo assim, todo o controle de temperatura do almoxarifado é feito por sistema
informatizado.
Ao final de cada expediente, verifica os valores das temperaturas registrados
com data e hora. A utilização sistema de alarme para o caso de variações
significativas serve para avisar o serviço de manutenção para que as ações
necessárias sejam tomadas.
2.23.Treinamento
A RDC nº 17 descrita pela ANVISA e as Boas Praticas de Fabricação ( BPF ) é
repassada para os funcionários da Industria Farmacêutica através de treinamentos descritos
por Procedimento Operacional Padrão ( POP ).
Esses treinamentos são passados para que haja padronização dos processos. A
avaliação escritas ou pratica, são exigidas para que os funcionários estejam preparados
para auditorias internas, externas e tenham um bom desenvolvimento em seus processos.
35
CONCLUSÃO
O tema proposto armazenamento de matéria-prima farmacêutica tem como
objetivo saber da importância, da necessidade dos cuidados da matéria-prima
utilizada na produção de medicamento bem como as formas empregadas para que a
qualidade deste processo influa na resultante no produto final.
O cuidado deste processo tem como pilar obter sempre a qualidade, mas, é
também importante salientar como o produto é tratado desde o lugar que é estocado
até o seu destino final.
Este estudo demonstra como o processo de armazenagem de produtos da
indústria farmacêutica, a movimentação do fluxo e sua armazenagem da matéria
prima no setor operacional.
Os dados estudados nos faz ter a ideia como uma empresa busca sempre
melhorias no armazenamento para que seus produtos estejam sempre em boa
qualidade para o seu uso.
É lógico que o presente trabalho falou da forma que deve ser o
armazenamento, porém, sabe-se que a logística é muito mais que isso.
Fica claro que o processo precisa de cuidado devido ao fato de se tratar de
material químico que envolve a produção do medicamento, e os cuidados no
processo de armazenamento garantem sua integridade para a produção.
A armazenagem também envolve profissionais técnicos e a empresa que são
os principais responsáveis pela qualidade do produto que estão ali armazenados. A
importância deste processo é garantir que os medicamentos que estão sendo
produzidos com esta matéria prima possam surtir o efeito previsto no seu processo
final e garantam a saúde e a manutenção da vida e do bem estar de seus
consumidores.
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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38
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2 - DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais – Uma abordagem Logística. São Paulo, Ed. Atlas S/A, 2006.
3 - DORNIER, P. P. et al. Logística e Operações Globais: textos e casos. São Paulo: Atlas, 2000.
4 - MOURA, R. A. Armazenagem e Distribuição Física. Volume 2, São Paulo IMAM, 2005
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - LOGÍSTICA 09
1.1 – Armazenagem 10
1.2 -Armazenamento e procedimentos técnico/administrativos 13
1.3 - Estocagem 14
1.4- Controle de Estoque 16
1.5 - Função do controle de estoque 16
1.6 - Política de estoque 18
1.7 - Espaço físico para estocagem 18
1.8 - Critérios de armazenagem 19
CAPÍTULO II 20
CONTROLE E ARMAZENAMENTO DA MATÉRIA PRIMA FARMACÊUTICA
2.1- Layout do almoxarifado 20
2.2 – Locais de armazenamento 22
2.3 – Sistema de gerenciamento de armazenagem 22
2.4 – Endereçamento 23
2.5 – Localização de materiais 24
2.6 - Separação de matérias-primas 24
2.7 – Processos de movimentação de matérias primas 25
2.8 – Coletores de dados 26
2.9 – Recebimento de matérias primas 26
2.10 – Amostragem 27
2.11 – Distribuição 27
40
2.12 – Utilização do espaço vertical 28
2.13 – Armazenagem de produtos pesados 28
2.14 – Armazenagem de produtos leves 29
2.15 – Paletes 29
2.16 – Equipamentos 31
2.17 – Empilhadeiras 31
2.18 – Distribuição dos equipamentos no layout 31
2.19 – Garantia de qualidade 33
2.20 – Qualificação dos fornecedores 33
2.21 – Desvio de qualidade 33
2.22 – Manutenção 34
2.23 – Treinamento 35
CONCLUSÃO 35
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
BIBLIOGRAFIA CITADA 38
ÍNDICE 39