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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUAL O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÏSICA NO PROGRAMA DE
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Por: Alessandra Elisangela da Rocha
Orientador:
Professor Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSO”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUAL O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÏSICA NO PROGRAMA DE
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como condição prévia para conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Latu-Sensu” em Gestão de
Recursos Humanos. São os objetivos da monografia
perante o curso: Nortear a todos os profissionais
interessados no programa de bem-estar e qualidade
de vida no ambiente de trabalho que acabaram de se
lançar no mercado e que tenham interesse em
conhecer as possibilidades. Faz-se um percurso que
relaciona a história do trabalho, a Qualidade de Vida
do Trabalho e a Educação Física.
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.AGRADECIMENTOS
A todos os que proporcionaram, direta e
indiretamente, para a confecção desta produção de
conhecimento. Faço questão de dividir: autores, corpo
docente, alunos e pessoas do meio de Recursos
Humanos, Qualidade de Vida no Trabalho e
Educação Física.
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DEDICATÓRIA
Dedico este livro aos que me incentivaram a não
desistir no meio do caminho. Aos que me ensinaram
que a obstinação e a persistência ajudarão a concluir
os meus objetivos.
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RESUMO
Por meio de uma pesquisa histórica desenha um cenário da evolução do
trabalho, inserção do conceito de Qualidade de vida, integrado com a Educação
Física, bem como, descreve algumas ações possíveis no Programa de
Qualidade de Vida do Trabalho. Foca a importância das atividades físicas para
prevenção de doenças psicossomáticas advindas do trabalho e má qualidade de
vida do trabalhador. Para reverter o quadro serão necessárias mudanças, que
propiciará ao trabalhador uma reorganização no estilo de vida, com adoção de
novos hábitos. Fornecer uma metodologia para gestão de programas, com
modelos práticos e adaptados à realidade, mostrando como planejar, implantar,
gerenciar e avaliar de forma eficaz programas em organizações empresariais,
com uma série de modelos, exemplos e atividades que objetivam a orientação
de gestores para que estes dêem início rapidamente às ações junto aos
empregados das organizações em que atuam. Traz conceitos, princípios e
aplicações práticas desenvolvidos para melhorar a abordagem da qualidade de
vida no ambiente de trabalho. Mostra que a qualidade de vida no ambiente
profissional poderá envolver diversos profissionais, em áreas multidisciplinares.
Destina a todos os profissionais interessados em planejar, implementar e manter
um bom programa de bem-estar e qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Mostrar como conduzem um bom programa desta natureza, como conseguir o
apoio dos líderes da empresa para o projeto e ainda como demonstrar os
benefícios alcançados pelos funcionários e para empresa, que tem na satisfação
de seus colaboradores um estímulo extra para buscar a excelência em relação
as suas performances de produtividades.
Palavras-Chave: Trabalho, Qualidade de Vida, Educação Física.
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METODOLOGIA
O presente artigo monográfico foi desenvolvido por meio de pesquisa
bibliográfica e de documentos. Os principais autores utilizados na realização
deste trabalho foram especialistas da área de qualidade de vida, administração e
recursos humanos.
Destina a apoiar aos profissionais da área do bem estar. Acompanha uma
cronologia com a história da evolução no trabalho para melhor entendimento de
quando a qualidade de vida passou a ser importante neste novo cenário.
Demonstra como a Educação Física influencia na promoção da saúde e
prevenção de doenças ocupacionais.
Utilizou-se um questionário de pesquisa com os empregados de Furnas
Centrais Elétricas S.A.
Esta pesquisa procurou informar quais as ações desenvolvidas no PQVT;
Motivar aos profissionais do bem estar a uma análise e um busca contínua para
traçar seus planos de ações; Conhecer campo de atuação e a regulamentação
do profissional da Educação Física.
As questões para refletir e analisar: Como era o trabalho e sua evolução;
Quais as definições de Qualidade de Vida e Qualidade de Vida no Trabalho;
Como o gestor de RH pensa e atua no PQVT; Como o profissional de Educação
Física surgiu e sua atuação no PQVT; Quais os benefícios para o empregador e
para empresa com PQVT;
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------09
CAPÍTULO I – O Trabalho--------------------------------------------------10
CAPITULO II - A Qualidade de Vida no Trabalho--------------------29
CAPITULO III - A Educação Física----------------------------------------50
CAPÍTULO IV- Estudo de Caso: FURNAS-------------------------------67
CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------84
BIBLIOGRAFIA----------------------------------------------------------------96
INDICE--------------------------------------------------------------------------99
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ABSTRACT
The research suggest about the role of Physical Education Program
Quality of Working Life talks about the skills needed for physical education
professional acting. Was delimited as a source of bibliographic information:
books, journals, theses, dissertations, proceedings, and electronic documents.
The theme suggested is of fundamental importance, because many
professionals when they first form, both the physical education teacher ignores
this field. We present some benefits to the HR Manager to include the training of
Physical Education in multidisciplinary PQVT your company.
This study intends to expand the horizons of professional well-being
(Physical Education and Human Resources Manager), intends to promote
reflection, creating new opportunities in order to situate the Physical Education
for the RH factor in the health promotion and prevention occupational diseases
and physical education to know the feelings and the real needs of HR of a
company.
They are therefore objectives of this research demonstrate how they work
PQVT's actions and their benefits; analyze the role of physical education teacher
in PQVT; Indicate where professionals will act in the program, submit the
qualifications of physical education teacher to serve as a tool PQVT in the
planning of HR, reflect on the basic skills of Professor of Physics at PQVT Ed.
We will journey to the scene of the labor market and Physical Education
within the Education Quality of Working Life in order to realize the results of this
union. Will present definitions of Quality of Life and Quality of Life at work.
We'll talk about regulation of the profession and working areas and the
professional physical education can play in the PQVT. It will explain some
methods, standards, laws and results as current references in the market place
by the HR manager.
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INTRODUÇÃO
A investigação que propomos sobre o papel da Educação Física no
Programa de Qualidade de Vida no Trabalho fala das competências necessárias
para o profissional de Educação Física atuar. Delimitou-se como fonte de
informação bibliográfica: livros, periódicos, teses, dissertações, anais e
documentos eletrônicos.
O tema sugerido é de fundamental relevância, porque muitos profissionais
quando acabam de se formar, tanto o professor de Educação Física desconhece
esse campo de atuação. Apresentamos alguns benefícios ao Gestor de RH em
incluir o profissional da Educação Física no PQVT multidisciplinar de sua
empresa.
Este estudo tem a intenção de ampliar os horizontes do profissional do
bem estar (Educação Física e Gestor de RH), pretende promover uma reflexão,
criando novas oportunidades, afim de situar a Educação Física para o RH com
fator importante na promoção da saúde e prevenção de doenças ocupacionais e
de a Educação Física conhecer os sentimentos e as reais necessidades do RH
de uma empresa.
São portanto, objetivos desta pesquisa demonstrar como funcionam as
ações do PQVT e os seus benefícios; Analisar o papel do professor de
Educação Física no PQVT; Indicar onde o profissional poderá atuar no
programa; Apresentar as qualificações do professor de Educação Física para
atuar como ferramenta no PQVT no planejamento do RH; Refletir sobre as
competências fundamentais do Professor de Ed. Física no PQVT.
Faremos um percurso pelo cenário do mercado de trabalho e a Educação Física
dentro do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, no sentido de
percebermos os resultados obtidos com esta união. Apresentaremos definições
de Qualidade de Vida e Qualidade de Vida no trabalho.
Falaremos sobre regulamentação da profissão e campos de atuação que o
profissional de Educação Física pode desempenhar dentro do PQVT.
Explicitaremos alguns métodos, normas, leis e resultados como referências
atuais desenvolvidas no mercado pelo gestor de RH.
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CAPÍTULO I
O TRABALHO
As sociedades contemporâneas despertaram da hibernagem da visão do
homem econômico, tão promulgada na abordagem taylorista-fordista.
Sucessivas mudanças que corroboraram para novos modos de produção cada
vez mais interdependentes com as condições de execução do trabalho e a
condição do trabalhador.
A concepção de trabalho sofre muitas transformações (social, política, religiosa,
econômica, tecnológicas, etc) através dos séculos, bem como o mundo sofre
transformações de todas as ordens.
Exige-se do trabalhador moderno: flexibilidade, trabalho em equipe, polivalência,
só para citar alguns. A ciência hoje faz parte do mundo do trabalho, bem como
um aluno que sai hoje da universidade, tem que ter a consciência que seu
conhecimento - o adquirido nos bancos escolares - tem um alto grau de
depreciação em função dos avanços freqüentes impostos pela tecnologia. Os
ciclos tecnológicos estão diminuindo significativamente, ano a ano, à medida que
o homem avança na sua sede de transformar seus sonhos em realidade.
O paradigma moderno é: eficiência, eficácia e produtividade e sua relação
custo/benefício.
Esta é a exigência do mundo moderno para as organizações e para os homens.
Quem não possuir determinadas habilidades e fortes características atitudinais,
tende a sofrer o revés do desemprego ou, no caso das empresas, a falência.
A definição da palavra: “Trabalho” vem do latim vulgar tripalium, que era um
instrumento formado por três paus aguçados, com o qual os agricultores batiam
o trigo, as espigas de milho, o linho, para rasgá-los, enfiá-los, etc. Na maioria
dos dicionários modernos, no entanto, a palavra tripalium (três paus) é atribuída
a um instrumento de tortura utilizado pelos romanos a fim de subjulgar os
cristãos. Prefiro pensar que trabalho é a aplicação da energia do homem para o
bem da humanidade. O homem, no trabalho, é capaz de modificar a própria
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natureza, colocando-a a serviço de todos nós. Tarefa que cabe a área de RH
dignificar o homem e o trabalho
O trabalho é uma necessidade natural e eterna da raça humana, sem a qual o
homem não pode existir. Diferente dos animais irracionais, que se adaptam
passivamente ao meio ambiente, o homem atua sobre ele ativamente, obtendo
os bens materiais necessários para sua existência com seu trabalho, que inclui o
isso e a fabricação de instrumentos especiais. A sociedade não escolhe estes
instrumentos ao seu arbítrio; cada nova geração recebe os instrumentos de
produção que foram criados por gerações anteriores e que ela usa, modifica e
melhora.
O progresso destes instrumentos obedece a uma certa ordem de seqüência. A
humanidade não pode passar diretamente do machado de pedra para a central
atômica; cada melhoramento ou invento é conseqüência dos anteriores, tem que
se apoiar na gradativa acumulação de experiência produtiva, de hábitos de
trabalho e de conhecimento dentro da própria comunidade ou de outra
comunidade mais avançada. Repetimos que os instrumentos de trabalho não
funcionam sozinhos, e que o papel central no processo da produção
corresponde aos trabalhadores que criam e colocam em ação esses
instrumentos com o seu esforço e experiência laboriosa.
A produção não é obra do homem isoladamente; tem sempre caráter social. No
processo de produção de bens materiais, os homens, com ou sem vontade,
acabam se relacionando de uma forma ou de outra, e o trabalho de cada
produtor converte-se numa partícula do trabalho social, até nas sociedades mais
primitivas e com, maior fundamento, nos processos industriais mais avançados.
Assim, a humanidade tem conhecido regimes diferenciados de relações de
produção: comunidade primitiva, escravidão, feudalismo e capitalismo, existindo
ainda um regime comunista cuja primeira etapa é o socialismo.
O regime da comunidade primitiva é, historicamente, a primeira forma que a
sociedade adota logo que o homem separa-se do mundo propriamente animal,
quando num longo processo evolutivo adquiriu as qualidades que o diferenciam
dos outros seres vivos.
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A humanidade contava com elementos de trabalho muito rudimentares: pau,
machado de pedra, faca de pederneira e lança com ponta de pederneira; mais
tarde foi inventado o arco e a flecha. A alimentação era produto da caça e a
colheita de frutos silvestres; posteriormente começa a agricultura na base do
trabalho com picareta. A única forma conhecida era o músculo do homem. Com
somente este instrumento e armas, o homem tinha sérias dificuldades para
enfrentar as forças da natureza e fornecer seu alimento; unicamente o trabalho
em comum podia garantir a obtenção dos recursos necessários para a sua vida.
O trabalho em comum trazia também a propriedade comunitária dos meios de
produção, que era a base das relações de produção na época. Todos os
integrantes da comunidade estavam em condições iguais com relação aos meios
de produção; ninguém podia assumir a propriedade privada deles; cada
elemento da comunidade recebia a sua quota de produção conforme suas
necessidades e normalmente não ficava excedente em benefício de alguém em
particular.
No decorrer do tempo, o regime da comunidade primitiva entra na fase da sua
desintegração, devido ao desenvolvimento das forças produtivas. Os homens
aprendem a arte de fundir os metais, melhorando a qualidade das ramas e
ferramentas agrícolas; domesticam o cavalo e constroem um arado rústico
aumentando enormemente o rendimento das plantações. Este desenvolvimento
das forças produtivas provoca importantes mudanças sociais; a atividade pastoril
separa-se da agricultura e inicia-se uma modesta indústria artesanal. Começa o
intercambio de produtos derivados do trabalho, primeiro entre as tribos e depois
no centro da própria comunidade. A tribo descompõe-se em famílias que se
convertem em unidades econômicas separadas, concentrando-se nelas o
trabalho, diferente do trabalho comunitário e dando início a propriedade
particular.
Para Gorz (1988), parte da constatação de que historicamente o trabalho nem
sempre foi aquilo que ele é hoje. O que nós nos acostumamos a chamar
“‘trabalho’ é uma invenção da modernidade. A forma sob a qual o conhecemos,
praticamos e o situamos no centro da vida individual e social, foi inventada, e em
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seguida generalizada com o industrialismo. A compreensão que dele temos e o
lugar que lhe damos, são novos. Ele ocupou outro lugar em outras sociedades.
No entanto, para uma visão mais ampla e menos asfixiante da noção de trabalho
um olhar de longo prazo pode ser útil. Gorz olha, particularmente, para a
realidade e o significado desta realidade que denominamos trabalho entre os
gregos.
Os gregos diferenciavam as atividades que constituíam o labor, o trabalho e a
ação.
O labor diz respeito A luta pela sobrevivência física do corpo. É realizado em
vista da manutenção da vida e da sobrevivência da espécie humana. O labor
está associado ao processo biológico do corpo. Há uma estreita relação entre
produção e consumo. Tudo o que é produzido pelo labor é destinado ao
consumo imediato, motivo pelo qual não deixa nada atrás de si.
O trabalho é a atividade correspondente ao artificialismo da existência humana,
existência esta não necessariamente contida no eterno ciclo vital da espécie, e
cuja mortalidade não é compensada por este último. O trabalho produz um
mundo ‘artificial’ de coisas, nitidamente diferente de qualquer ambiente natural.
Dentro de suas fronteiras habita a vida de cada indivíduo, embora esse mundo
se destine a sobreviver e a transcender todas as vidas individuais. A condição
humana do trabalho é a mundanidade.
“A ação, única atividade que se exerce diretamente entre os homens sem a
mediação das coisas ou da matéria, corresponde à condição humana da
pluralidade, ao fato de que homens, e não o Homem, vivem na Terra e habitam
o mundo. No passado, o homem trabalhava para produzir o que consumia, seja
em roupas,alimentos ou moradia.
Ao constituir as primeiras sociedades, ou povos, o trabalho era recompensado
por mercadorias (escambo), como uma espécie de troca.
Até então, era possível obter um trabalho através de uma simples conversa, sem
exigir qualquer tipo de documentação ou comprovação de experiência anterior.
O trabalho escravo - com a introdução da pirâmide social, aos menos
favorecidos, foram atribuídos trabalhos sem remuneração, e em geral sequer
recebiam em contrapartida, moradia e alimentação para a sua subsistência.
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Aparece o sistema do feudalismo, os camponeses dependiam dos senhores
feudais, mas havia a diferença dos escravos, ele não constituía propriedade total
deles; o servo recebia um terreno. Os servos eram semilivres e estavam
obrigados a viver na propriedade. Os camponeses foram lutando com força cada
vez maior contra a opressão feudal para obter o direito de dispor livremente do
produto de seu trabalho.
Predominavam os deveres do trabalhador, sem direito algum.
Após a Revolução Francesa, 1789, iniciou o desenvolvimento do Capitalismo
com toda a sua força, cria a sua própria revolução: a revolução industrial que
significou um fabuloso aumento da produção material e do rendimento do
trabalho. Mas, este auge da riqueza social não significa a mesma porcentagem
de melhoramento material para os trabalhadores. A nova realidade mostra uma
acumulação de riquezas em um extremo e muita miséria no outro, com jornadas
de trabalho que chegavam a 18 horas diárias na França de 1840.
Segundo o Professor Domenico De Masi, estudioso do trabalho, o que define a
mudança de um paradigma histórico é a junção de três inovações diferentes.
São elas:
1. Novas fontes de energia - Em 1880, Thomas Edison descobre a luz elétrica. A
locomotiva foi inventada um pouco antes em 1804, potencializando a distribuição
de tudo o que era produzido.
2. Novas divisões de trabalho - A produção foi toda estudada e deliberada para
que houvesse otimização de resultados. Trabalhos diferentes surgiram e os
antigos foram remodelados em sua maioria.
3. Novas divisões de poder - O setor produtivo, isto é os burgueses, ganharam
espaço por todo o mundo, gerando cada vez mais riqueza para não perder seus
postos.
No começo da revolução, surge o mais famoso estudo sobre o trabalho, A
riqueza das nações de Adam Smith publicado em 1776. Neste tratado o autor
expõe que cada indivíduo em busca do seu próprio interesse irá promover o bem
comum. Essa é a mão invisível do mercado, a competição, que segundo ele
gera prosperidade para a sociedade.
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As pessoas começaram a se dar conta que toda a sociedade havia mudado, não
existiam apenas indústrias nascia a Era Industrial. Aplicavam-se à produção
esses conhecimentos através de máquinas a vapor, engenharia e pessoas
controlando o trabalho de outras.
O principal expoente desse movimento de modernização da produção foi o
americano Frederick W. Taylor (1856-1915), considerado o pai da
"Administração Científica". O que ele desejava era reduzir ao máximo o
desperdício, ampliando os lucros e possibilitando à empresa com mais
resultados o pagamento de maiores salários
Com a chegada da industrialização, a partir do século XVIII e XIX, foi criado o
trabalho formal, onde eram definidos as tarefas e a remuneração devida.
O contrato de trabalho - no século XX, foi instituído o contrato de trabalho,
contendo regras que regem os direitos e deveres entre patrões e empregados.
Criou-se então, as primeiras classes trabalhadoras, com a classificação em
cargos, funções, atribuições e salários.
Terceirização - a partir de 1980, diante de um mercado competitivo, as empresas
passaram a atuar com foco dirigido tão somente ao negócio.
Todas as outras atividades, consideradas de apoio, foram transferidas
paulatinamente para empresas externas, processo esse denominado de
terceirização.
Isso resultou em um deslocamento da mão-de-obra das empresas para as
chamadas consultorias externas ou empresas de prestadora de serviços.
O trabalho informal - diante de um mercado recessivo, com muito mais
demissões que contratações, surgiu o trabalho informal, através de serviços sem
documentação ou qualquer tipo de registro.
Embora sem direitos ou garantias do amanhã, para muitos foi a única saída.
Cooperativismo - devido ao aumento da classe trabalhadora sem registro em
carteira, muitos com os chamados de "contratos de gaveta", e até com vínculo
informal, foi constituído um novo setor na absorção da mão-de-obra, o das
cooperativas de trabalho.
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É uma forma de contratação oficial, através da própria carteira de trabalho, onde
o trabalhador contratado por uma determinada cooperativa fica lotado na
empresa contratante dos serviços desta.
Todo tipo de vínculo, sejam documental, direitos, deveres ou benefícios é entre o
trabalhador e a cooperativa.
Qualificação no trabalho - Com o surgimento do computador, e o crescente uso
da tecnologia no trabalho, ela (a tecnologia) tem auxiliado e até substituído o
homem em muitas de suas tarefas.
Assim, o trabalho no mundo moderno exige cada dia mais uma qualificação do
trabalhador.
Aqueles que não conseguem a qualificação exigida, estão “a mercê” do
desemprego.Trata-se de uma realidade cruel.
Até hoje, continuam existindo os vínculos trabalhistas do passado. Nos dias
atuais, principalmente, devido à globalização (pelo menos muitos atribuem a
isso), não basta ter uma carteira de trabalho, um estudo, boa formação
acadêmica, ou mesmo uma grande bagagem profissional.
Para disputar as oportunidades do mercado de trabalho - seletivas e
extremamente competitivas - que são poucas diante do crescente número de
candidatos, é necessário muita sorte, e um marketing pessoal e profissional
bastante agressivo. Isto se aplica a todas as etapas de um processo seletivo,
desde a elaboração do currículo, nas entrevistas, avaliações técnicas e
psicológicas e nas dinâmicas de grupo. Depois vem a manutenção deste
empregado com a empresa prestando um serviço com qualidade.
O trabalhador industrial tradicional tem sido substituído por um tipo de
trabalhador que Peter Drucker chamou em seu livro Landmarks of Tomorrow, de
1959, de trabalhador do conhecimento. Este funcionário é uma pessoa que alia o
trabalho manual com o teórico. São exemplos dessa classe: técnicos de
computador, engenheiros, gestores, etc. Esse é o grupo de trabalho que mais
rapidamente cresce no mundo. Este é O início da Era da Informação, o poder se
direcionava àqueles que possuíam algum tipo de conhecimento que interessava
a outros. O aprendizado contínuo se torna imprescindível. É preciso especializar-
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se, unindo conhecimento teórico ao pragmatismo. A vantagem hoje está na boa
aplicação do conhecimento.
Hoje as ferramentas são os conhecimentos que cada trabalhador especializado
possui, o maior valor agregado das companhias está na cabeça de seus
colaboradores.
Estamos em um momento de muitas transformações, não há como negar que
estamos em outra Era. O trabalho atual se parece muito pouco com a forma
mecânica adotada na Era Industrial.
A Pós-Modernidade é um movimento de ruptura que surgiu nos fins do século
XX, onde o conceito de progresso (da Era Industrial) vai sendo substituído pelo
de crise e de incredulidade. Na verdade a era pós-moderna aponta-nos para o
cibernético, o informático e o informacional, onde o saber científico está na
informação transformada em conhecimento na forma organizada, estocada e
preparada para a sua distribuição e, no limite, em termos de bits. (Barbosa,
1985; no prefácio do livro “A Condição Pós-Moderna”),
Hoje, temos alguns exemplos como: internet, orkut, MSN, telefone celular,
câmeras digitais e TV de plasma.
A era pós-moderna é fruto (filha) da modernidade, a qual não realizou as
promessas de progresso infinito (O Estado de Bem-Estar Social). Segundo Elias
(1993 apud Brito e Ribeiro, 2003; p. 9) a modernidade não possuiu um princípio
organizador, ela nasceu espontaneamente. Através da racionalização foram
gerados controles diversos com o objetivo de transformar a convivência entre as
pessoas, mediante a domesticação dos afetos, do emocional etc.
O que vai caracterizar a sociedade pós-moderna, em aspectos gerais, são: a
passagem da produção de bens para uma economia de serviços; a
preeminência da classe dos profissionais e dos técnicos; o caráter central do
saber teórico, gerador de inovação; a gestão do desenvolvimento técnico e do
controle normativo da tecnologia; a criação de uma nova tecnologia intelectual.
(De Masi, 2000).
A Era da informação esta sendo mais do que uma mudança social ela é uma
mudança na condição humana.
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Os efeitos da rotina extremamente estressante com pressão contínua na busca
de resultados e melhora de desempenho são fatores que podem afetar
diretamente a qualidade de vida e saúde do empregado.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2020 a
depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de
incapacidade para o trabalho no mundo. No mundo, estima-se que 121 milhões
de pessoas sofram com a depressão, 17 milhões delas somente no Brasil.
Encomendada pela Federação Mundial para Saúde Mental, a pesquisa
Depressão, A Verdade Dolorosa avaliou 377 adultos diagnosticados com
depressão e 756 médicos (clínicos gerais e psiquiatras) do Brasil, Canadá,
México, Alemanha e França.
De acordo com o estudo, 64% das pessoas deprimidas relataram ausência no
trabalho (uma média de 19 dias perdidos por ano) e 80% disseram ter a
produtividade reduzida em cerca de 26%.
Os quadros de depressão não tratados podem resultar no afastamento das
atividades, chegando até a demissão, já que a baixa produtividade e o
desinteresse pela rotina podem afetar a avaliação da empresa sobre o
funcionário.
O Ministério da Previdência Social avaliou números de afastamento do trabalho
e constatou que os transtornos mentais e comportamentais representaram mais
de um terço dos casos entre 2000 e 2005. De acordo com o Ministério, as áreas
profissionais mais afetadas pelos transtornos do humor são mercado financeiro,
refino de petróleo, transporte ferroviário urbano e bancos comerciais. Surgem
algumas doenças que é conseqüência de uma disfunção no sistema nervoso
central, que diminui e desequilibra as concentrações de dois neurotransmissores
(a serotonina e a noradrenalina). Estes neurotransmissores são responsáveis
pelo aparecimento dos sintomas físicos e emocionais da depressão.
Apesar do difícil diagnóstico e da gravidade da doença, existem tratamentos
eficazes atualmente. Os mais comuns envolvem psicoterapia e medicamentos.
Os pacientes com depressão devem também ser encorajados a modificar seus
hábitos diários: realizar atividades físicas regulares, manter um período
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satisfatório de sono diário, ter uma boa alimentação e evitar o uso de
substâncias como anorexígenos, álcool e tabaco.
As pessoas normalmente passam o dia todo sentadas em suas mesas, com os
dedos sobre o teclado numa posição onde seu corpo fica contraído e isto não é
uma posição natural.
Os problemas começam com o pescoço e costas seguindo para os braços e
mãos, músculos e fadiga no ligamentos por permanecerem na mesma posição
por um prolongado tempo. ficam sentadas em suas cadeira, coladas no
computador o dia inteiro correm um grande risco de atrofiarem os músculos,
além de torná-los mais fracos.
NÓS, seres humanos, somos seres sociáveis. Nos dias de hoje, muitos
ambientes de trabalho são mais voltados ao contato direto com o computador do
que ao contato com as pessoas, isto faz com que nosso cérebro fique cansado.
As pessoas preferem mandar um e-mail ao colega que está sentado ao seu lado
do que simplesmente se virar e ter um contato verbal, isto parece incrível, mas
acontece com mais freqüência do que possamos imaginar.
As pessoas ficam mais felizes pelo simples fato de trabalharem num escritório
que tem janelas, a luz natural, todos ficam mais animados, além do que pode-se
descansar a mente por alguns minutos ao tirar os olhos do monitor e ver o
mundo lá fora. Isto ajuda a relaxar e voltar mais concentrado às atividades
rotineiras.
Um ótimo hábito é sempre se levantar da cadeira, não ficar sentado o tempo
todo na mesma posição. Muitas pessoas têm o péssimo hábito de ficar sentadas
por horas e horas exatamente na mesma posição, sequer levantam para tomar
um copo d'água ou ir ao banheiro, parece um absurdo, mas é a pura verdade.
As emoções têm papel importante em nossas vidas. Dão cores a nossos
sonhos, lembranças e percepções. As emoções têm três componentes básicos:
O Cognitivo (pensamentos, crenças e expectativas);
O Fisiológico (aumento da freqüência cardíaca e da freqüência respiratória, etc);
O Comportamental (expressões faciais e posturas corporais).
Todos estes três componentes ocorrem de forma simultânea durante toda uma
experiência emocional. (Huffman, Mark Veroy e Judith Veroy: 2003)
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A emoção tanto pode ser construtiva como destrutiva; tanto fortalecedora como
debilitadora. (Hebb, 1971: 200)
A insatisfação e o stress do empregado, porém, produzem nas empresas
importantes efeitos que não podem ser negligenciados:
Elevação dos custos de assistência médica, Rotatividade, Absenteísmo;
Violência no local de trabalho; e Outros. (Wagner III e Hollenbeck, 2003: 120)
A importância da satisfação do empregado para o alcance dos objetivos
organizacionais, do contrário as emoções geradas pela insatisfação tomarão
conta do ambiente das empresas e gerará significativa: Baixa qualidade no
trabalho (produzido pelo trabalhador, propriamente dito); Baixa produtividade;
Turn-over indesejável; Retrabalho; Boicotes e falta de comprometimento; e
Outros. E isto sem mencionar o impacto na paciência dos fornecedores e
clientes que, via de regra, são impactados diretamente.
Segundo POWELL et al. (1996), a promoção em saúde pretende não só
informar, mas também persuadir, motivar e facilitar a ação.
Dados recentes de pesquisas em populações brasileiras (OLIVEIRA et al., 1998;
ANDRADE et al., 1998) demonstram que a falta de tempo é principal barreira
que as pessoas encontram para a aderência à prática regular de exercícios
físicos. Refletindo-se sobre os fatores causadores da falta de tempo numa
população pobre como a do Brasil, acredita-se que estes estejam relacionados
com os graves problemas estruturais do país, pois existem pessoas que não
possuem tempo hábil para praticar em virtude do excesso de trabalho, ou ainda,
existem pessoas que possuem tempo hábil, porém não têm condições de arcar
com os custos de uma academia, um clube ou principalmente um personal
training.
A implantação de programas de prática regular de exercícios físicos no ambiente
de trabalho, poderia ser uma alternativa para as pessoas que não possuem
tempo hábil para praticar.
As ações de promoção em saúde na área de Educação Física devem ser
dirigidas com base nos fatores determinantes da saúde, estabelecendo-se como
parte integrante do cotidiano da população.
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1.1 – A busca que o RH faz dentro de uma empresa
O RH quer identificar e sedimentar as novas posturas e transformá-las em
políticas e práticas das organizações. Alternativas que existem para
mudar/transformar RH em uma Função que tenha real validade para os
resultados finais das Empresas. Transformar RH em Centros de Lucros, o
primeiro passo deve ser o de mudar forma de pensar e, principalmente de AGIR,
admitindo que é possível, e muito importante, se comprovar o resultado de
qualquer trabalho humano. Em tudo que a empresa investe, precisa ter um
retorno.
Todos os objetivos devem estar orientados para as áreas de resutlados-chaves
da organização (lucratividade, crescimento, concorrência, segurança,
produtividade, qualidade, recursos materiais, financeiros, desenvolvimento de
recursos humanos, etc.) e atender aos seguintes critérios básicos: Por escrito;
Mensuráveis/Verificáveis; Desafiantes, porém viáveis; Orientados para
RESULTADOS, não para tarefas/atividades; Relevantes para os objetivos da
organização e Com prazo para conclusão e avaliação dos resultados.
Para Biscaia (2007), Recursos Humanos pode desenvolver seu trabalho, de
forma lucrativa, entre outras, nas seguintes áreas de atuação de uma Empresa:
Produtividade e Qualidade; Salários e Benefícios, Treinamento; Recrutamento,
Turn-Over, Encargos Legais; Vendas; Perdas, Atrasos, Contratos, Acidentes.
Todos os trabalhos realizados nestas áreas podem ser mensurados. Queremos
apenas lembrar que treinar "x" gerentes, não é um objetivo, mas sim uma
atividade. Objetivo é capacitar "x" gerentes a aumentarem a produtividade da
empresa em percentual, dentro de um determinado período (Ex.: 5% no ano de
2010).
Ações para transformação da atividade RH EM CENTRO DE LUCROS.
O desafio está em identificar "as efetivas causas dos problemas" e não apenas
os sintomas. neste particular, acho que RH procura, em seu trabalho tradicional,
atuar nos efeitos, e não nas causas dos problemas.
É preciso determinar o custo do problema (financeiro, etc ).
22
Quais são as soluções específicas que RH pode oferecer para os problemas?
Neste caso, é a capacidade e competência de cada profissional de Recursos
Humanos que irá pesar na busca da melhor solução. É evidente que a solução
deve custar menos que o problema.
Os profissionais de RH precisam demonstrar que houve ganho financeiro no
resultado de suas ações. Se não for assim, a solução não é interessante do
ponto de vista "custo-benefício".
É a comprovação do retorno do investimento feito pelo RH. Por exemplo.
Investimento custou “X”. Quanto foi o aumento de produtividade da Empresa, ou
a redução das despesas?
Demonstram por meio das estatísticas que empresas que instalaram tal ação e
obtiveram um aumento na produtividade e consequentemente nos lucros e uma
grande diminuição no número de acidentes e demissões.
A Função RH não deverá se limitar a "suprir" serviços. Essa posição acaba
apontando RH como um desperdício, quando a empresa não alcança resultados
satisfatórios. Quando é necessário um reforço, ou um respiro financeiro, os
primeiros cortes costumam acontecer em RH.
23
O que o RH precisa perceber:
:
O mundo está mudando com rapidez jamais vista, e a velocidade da mudança
impacta as organizações de maneira muito forte. Como administrar as pessoas
para gerar as mudanças necessárias? Estaremos percorrendo, de maneira cada
vez mais veloz, uma estrada que conhecemos cada vez menos.
Por isto mesmo, antecipar os cenários de 2010 será um atributo não teórico,
mas ligado ao verdadeiro diferencial competitivo das organizações – uma
verdadeira odisséia em Recursos Humanos.
Uma das mudanças mais importantes que ocorreram no ambiente de negócios
nestes últimos dez anos foi, sem dúvida, a absoluta ruptura nos padrões
tradicionais da estruturação de uma carreira profissional nas empresas e
organizações: o emprego vitalício passou a ser uma mera ficção.
Será, assim, indispensável que as empresas dediquem uma parcela importante
do seu tempo à reflexão sobre o futuro do seu ambiente de negócio. Os serviços
serão cada vez mais importantes na formação do PIB. A inovação será um fator
crítico de sucesso de sobrevivência e as organizações vão destinar verbas cada
vez mais volumosas à criação de novos produtos, serviços, sistemas e
processos em um movimento obcecado rumo ao novo.
Diante das enormes dificuldades do ambiente externo, os talentos humanos
serão ainda mais escassos. Na eterna lei da oferta e da demanda, os
profissionais talentosos escolherão as empresas que oferecerem o ambiente
humano mais propício ao seu desenvolvimento e recompensar de forma mais
justa o seu real valor. Em resumo, o verdadeiro fator crítico em 2010 será, sem
24
dúvida, a competência, num nível de exigência muito maior, onde as pessoas
serão “profissionais fora de série” em tudo que estiver fazendo, seja a cada mês,
a cada semana, a cada dia. É nos períodos de grandes mutações e incertezas
que a arte de planejar ganha nobreza e prioridades maiores. Assim percebe-se a
importância do planejamento estratégico em cada ação.
O Planejamento Estratégico determina onde uma organização está indo no
próximo ano ou mais e como ele vai chegar lá. Normalmente, o processo está
em toda a organização, ou focalizada em uma função importante como uma
divisão, departamento ou outra função importante. A Análise Estratégica é
atividade pode incluir a realização de algum tipo de varredura, ou revisão, de
meio ambiente da organização (por exemplo, da organização política, social,
econômico e técnico). A Direção Estratégica é o planejar cuidadosamente para
as conclusões sobre o que a organização deve fazer, como resultado das
grandes questões e oportunidades que enfrentam a organização. Estas
conclusões que incluem realizações globais (ou objetivos estratégicos), a
organização deve alcançar, e os métodos globais (ou estratégias) para atingir as
realizações. Os objetivos devem ser concebida e formulada, tanto quanto
possível ser específicos, mensuráveis, aceitáveis para aqueles que trabalham
para atingir as metas, realista, oportuna, ampliando as capacidades das pessoas
que trabalham para atingir as metas, e gratificante para eles, também.
O planejamento de ações, que é cuidadosamente a forma como os objetivos
estratégicos serão realizados. O planejamento de ações, muitas vezes, inclui
objetivos especificando, ou resultados específicos, com cada objetivo
estratégico. Portanto, atingir um objetivo estratégico normalmente envolve
realizar um conjunto de objetivos ao longo do caminho - nesse sentido, um
objetivo ainda é uma meta, mas em menor escala.
Muitas vezes, cada objetivo é associado com uma tática, que é um dos
métodos necessários para atingir um objetivo. Portanto, a implementação de
uma estratégia tipicamente envolve a implementação de um conjunto de
táticas ao longo do caminho nesse sentido, uma tática é ainda uma
estratégia, mas em menor escala.
O planejamento de ações também inclui a especificação das
25
responsabilidades e prazos com cada objetivo, ou que precisa fazer o que e
quando. Ele também deve incluir métodos para monitorar e avaliar o plano,
que inclui saber como a organização trabalha e vai saber quem fez o quê e
quando. Uma organização poderá ter ações distintas de acordo com o seu
segmento econômico. Para melhor percepção segue uma lista com alguns
Segmentos Econômicos de acordo com o perfil industrial – Empresas
Brasileiras(2010): Agronegócio 368
Alimentos, Sucos e Bebidas 212
Artefatos de Borracha, Plástico e Embalagens 1.095
Comércio Exterior 291
Construção Civil 776
Serviços Especializados na Área Industrial 114
Couro, Calçados, Bolsas e Complementos 190
Cultura e Educação 12
Distribuidores, Revendedores e Representantes Comerciais 338
Eletro-Eletrônica 1.153
Gemas, Jóias e Semi-Jóias 42
Gráficas e Editoras 126
Indústria em Geral 1.503
Indústria Siderúrgica, Metalúrgica e Mecânica 1.731
Informática, Telecomunicações e TI 335
Logística e Transportes 69
Máquinas, Equipamentos, Acessórios, Instrumentos e Ferramentas Industriais 1.893
Papel e Celulose 83
Produtos de Uso Pessoal e Cosméticos 73
Produtos e Serviços para Feiras e Eventos 188
Química e Farmacêutica 426
Saúde: Tecnologia, Equipamentos e Serviços 105
Segurança: Militar, Nacional, Civil e Patrimonial 56
Setor Automotivo 324
Setor Têxtil 153
Setor Têxtil Confeccionista 132
Setores Moveleiro e Madeireiro 326
Total de empresas: 12.114
26
1.2- Fatores que influenciam nas decisões da empresa
Os Ministérios do Trabalho, da Previdência da Saúde trabalham na defesa da
saúde, no controle de doenças ocupacionais e prevenção de acidentes com o
trabalhador, destacam-se:
FAP - Fator Acidentário de Prevenção, que é um multiplicador sobre as alíquotas
destinadas ao financiamento dos Riscos Ambiente do Trabalho que tem como
objetivo incentivar à melhoria das condições de trabalho e da saúde do
trabalhador estimulando as empresas à implementarem políticas mais efetivas
de saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade. Assim,
conforme o desempenho da empresa no âmbito da segurança e saúde do
trabalho; teremos a redução de até 50% ou a majoração de até 100% das
alíquotas de contribuição. O FAP está regulamentado pelo Dec.º nº 6.042/2007,
com alterações do Dec. nº 6.577/2008 e visa produzir efeitos tributários a partir
de JANEIRO DE 2010.
Como evitar as sanções legais decorrentes dos eventos acidentários.
A proteção acidentária é determinada pela Constituição Federal - CF como a
ação integrada de Seguridade Social dos Ministérios da Previdência Social -
MPS, Trabalho e Emprego - MTE e Saúde - MS. Essa proteção deriva do art. 1º
da Constituição Federal que estabelece como um dos princípios do Estado de
Direito o valor social do trabalho. O valor social do trabalho é estabelecido sobre
pilares estruturados em garantias sociais tais como o direito à saúde, à
segurança, à previdência social e ao trabalho. O direito social ao trabalho seguro
e a obrigação do empregador pelo custeio do seguro de acidente do trabalho
também estão inscritas no art. 7º da CF/1988.
A fonte de custeio para a cobertura de eventos advindos dos riscos ambientais
do trabalho - acidentes e doenças do trabalho, assim como as aposentadorias
especiais - baseia-se na tarifação coletiva das empresas, segundo o
enquadramento das atividades preponderantes estabelecido conforme a
Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE. A
tarifação coletiva está prevista no art. 22 da Lei 8.212/1991 que estabelece as
taxas de 1, 2 e 3% calculados sobre o total das remunerações pagas aos
27
segurados empregados e trabalhadores avulsos. Esses percentuais poderão ser
reduzidos ou majorados, de acordo com o art. 10 da Lei 10.666/2003. Isto
representa a possibilidade de estabelecer a tarifação individual das empresas,
flexibilizando o valor das alíquotas: reduzindo-as pela metade ou elevando-as ao
dobro.
A flexibilização das alíquotas aplicadas para o financiamento dos benefícios
pagos pela Previdência Social decorrentes dos riscos ambientais do trabalho foi
materializada mediante a aplicação da metodologia do Fator Acidentário de
Prevenção. A metodologia foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência
Social - CNPS, (instância quadripartite que conta com a representação de
trabalhadores, empregadores, associações de aposentados e pensionistas e do
Governo), mediante análise e avaliação da proposta metodológica e publicação
das Resoluções CNPS Nº 1308 e 1309, ambas de 2009. A metodologia
aprovada busca bonificar aqueles empregadores que tenham feito um trabalho
intenso nas melhorias ambientais em seus postos de trabalho e apresentado no
último período os menores índices de acidentalidade e, ao mesmo tempo,
aumentar a cobrança daquelas empresas que tenham apresentado índices de
acidentalidade superiores à média de seu setor econômico.
A implementação da metodologia do FAP servirá para ampliar a cultura da
prevenção dos acidentes e doenças do trabalho, auxiliar a estruturação do Plano
Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador - PNSST que vem sendo
estruturado mediante a condução do MPS, MTE e MS, fortalecendo as políticas
públicas neste campo, reforçar o diálogo social entre empregadores e
trabalhadores, tudo afim de avançarmos cada vez mais rumo às melhorias
ambientais no trabalho e à maior qualidade de vida para todos os trabalhadores
no Brasil.
NR 17- Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.
As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às
28
condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho;
Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise
ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de
trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
CID 10 - A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde, frequentemente designada pela sigla CID Ou código
ntergnacional de Doenças. Falar de Qualidade de vida também permeia as
estatísticas onde se tem um quadro geral de doenças ocupacionais diretas e
doenças que podem derivar do ambientes de trabalho. Segue exemplos de
Código com a Descrição da doença. Todos os código “CID 10 – Z”:
Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego- Desemprego não
especificado, Mudança de emprego, Ameaça de perda de emprego, Ritmo de
trabalho penoso, Desacordo com patrão e colegas de trabalho, Má adaptação ao
trabalho, Outros problemas e os não especificados relacionados com o emprego,
Problemas relacionados com o meio social. Problemas de adaptação às
transições do ciclo de vida, Situação parental atípica, Viver só, Dificuldades de
aculturação, Exclusão e rejeição sociais, Objeto de discriminação e perseguição
percebidas, Outros problemas relacionados com o meio social, Problema não
especificado relacionados com o estilo de vida, Uso do tabaco, Uso do álcool,
Uso de droga, Falta de exercício físico, Regime e hábitos alimentares
inadequados, Comportamento sexual de alto risco. Mania de jogo e apostas,
Outros problema não especificado relacionado com o estilo de vida, Problemas
Relacionados com a Organização de seu modo de vida, Esgotamento,
Acentuação de Traços de Personalidades, Falta de Repouso e de Lazer, Stress
Não Classificado em outra parte, Habilidade Sociais Inadequadas não
classificadas em outra parte, conflito sobre o papel social. Não classificado em
outra parte. Limites impostos às atividades por invalidez. Outros Problemas
Relacionados com a organização do seu modo de vida.
29
CAPÍTULO II
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Qualidade de Vida no Trabalho: A busca de equilíbrio para o empregado
Parece ser universal o entendimento de que saúde não se resume apenas à
ausência de doença. Há uma tendência em se mudar de um paradigma biológico
para ecológico, definindo saúde como uma condição multidimensional, avaliada
numa escala contínua, resultante de complexa interação de fatores hereditários,
ambientais e do estilo de vida (Bouchard et al. apud NAHAS, 1997).
As chamadas doenças crônico-degenerativas (doença arterial coronariana,
acidente vascular cerebral, câncer, diabetes e as doenças pulmonares
obstrutivas crônicas), lideres em mortalidade precoce nos países
industrializados, estão associadas ao hábito de fumar, dieta inadequada e
inatividade física. Conforme PEGADO (1990), também se relacionam ao estilo
de vida moderno alguns distúrbios psíquicos (ansiedade, depressão e neurose),
as doenças psicossomáticas (gastrite, úlcera e dermatites), alterações dos
lipídeos sangüíneos, doenças nutricionais (obesidade, bulimia e anorexia) e os
distúrbios osteoarticulares (artrites, artroses, algias da coluna e hérnia de disco).
Segundo Foucault apud GAIGHER FILHO (2000), a doença tem como conteúdo
o conjunto de reações de fuga e de defesa através das quais o doente responde
à situação na qual se encontra. E é a partir destas reações que é preciso
compreender e dar sentido às regressões evolutivas que surgem nas condutas
patológicas.
No contexto das sociedades urbanas dos países industrializados, as
necessidades sociais e egocêntricas são raramente satisfeitas. As condições de
vida moderna dão uma limitada possibilidade de satisfação destas
necessidades, deixando-as adormecidas (McGREGOR, 1973).
Antes de falar da Qualidade vida no trabalho é interessante falar sobre a
qualidade de vida do indivíduo.
SHEPHARD (1996) define QV como resultante da percepção das condições de
saúde, capacidade funcional e outros aspectos da vida pessoal e familiar.
NAHAS (1995), também salienta a dificuldade de estabelecer um conceito
preciso de QV, mas tenta defini-la como resultante de um conjunto de
30
parâmetros individuais, socioculturais e ambientais, que caracterizam as
condições em que vive o ser humano, uma Comunidade, ou uma nação. Tudo
se relaciona direta ou indiretamente com o indivíduo.
Deve-se compreender que a Qualidade de Vida (QV), não está apenas
delimitada pelo posto de trabalho, mas também por outros fatores como os
estudados pelo instrumento WHOQOL-100 em seus domínios: físico,
psicológico, nível de independência, as relações pessoais, o meio ambiente,
aspectos espirituais / religião / crenças pessoais. Fatores estes que procuram
avaliar a percepção do indivíduo e de sua posição na vida, no contexto da
cultura e sistema de valores, nos quais ele vive, em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrão e preocupação (WHOQOL-100 Group 1998).
31
Uma noção de qualidade de vida transita em um campo semântico polissêmico:
de um lado, está relacionada a modo, condições e estilos de vida (Castellanos,
1997). De outro, inclui as idéias de desenvolvimento sustentável e ecologia
humana. E, por fim, relaciona-se ao campo da democracia, do desenvolvimento
e dos direitos humanos e sociais. No que concerne à saúde, as noções se unem
em uma resultante social da construção coletiva dos padrões de conforto e
tolerância que determinada sociedade estabelece, como parâmetros, para si.
Falar de QVT é falar de bem estar e para isto é importante falar da Ergonomia
que é definida como estudo da adaptação confortável e produtiva entre o ser
humano e as condições do seu trabalho (MARINÉ, 1998). Os estudos
ergonômicos tendem a focalizar sobre os distúrbios de saúde associados ao
trabalho, visando não só o aumento da produção, mas, sobretudo, a qualidade
de vida do trabalhador.
A Ergonomia é a ciência que estuda as relações entre o homem, seu trabalho,
equipamentos e meio ambiente, a Ergonomia previne o surgimento de doenças
ocupacionais durante o processo de produção de atividades. O objetivo é a
adaptação do posto de trabalho, instrumentos, máquinas, horários e meio
ambiente às exigências da função.
32
Ela facilita o desenvolvimento e o rendimento das atividades de trabalho.
Adaptar a ergonomia ao ambiente de trabalho.
Procura identificar os sinais do próprio corpo para perceber o início de qualquer
desconforto, procurando, assim, adaptar as técnicas da ergonomia ao seu local
de trabalho.Os Sintomas mais comuns, e que requerem a procura por um
médico: cansaço excessivo, desconforto após a jornada de trabalho, inchaço,
formigamento dos pés e das mãos, sensação de choque nas mãos, dor nas
mãos e perda dos movimentos da mão.
Para Almeida, (2010) a Prevenção das doenças ocupacionais pela Ergonomia:
O Conforto é essencial para a prevenção; As operações de trabalho devem
estar ao alcance das mãos; As máquinas devem se posicionar de forma que a
pessoa não tenha que se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar
ferramentas com freqüência; A mesa deve estar posicionada de acordo com a
altura de cada pessoa e ter espaço para a movimentação das pernas; As
cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico para
o quadril e encosto ajustável; Pausas durante a realização das tarefas permite
um alívio para os músculos mais ativos; Durante estas pausas, se levante e
caminhe um pouco. Se possível, faça exercícios de alongamento.
No que concerne a saúde do trabalhador, o comportamento demonstrado tanto
dentro como fora do ambiente de trabalho é o que reflete as condições físicas e
psíquicas do sujeito, pois segundo FIALHO & CRUZ (1999) da mesma forma
que as condições da vida familiar, transporte e moradia têm conseqüências no
trabalho, a vida profissional também se reflete na vida fora do trabalho. O
comportamento dos trabalhadores é pesquisado e transformados em leituras
importantes pelas instituições de Qualidade de Vida no Trabalho.
O Brasil é o 38º país do mundo em qualidade de vida, segundo um ranking com
quase 200 países publicado pela revista americana International Living. A
liderança do ranking, que leva em consideração nove itens - custo de vida,
cultura e lazer, economia, ambiente, liberdade, saúde, infraestrutura, segurança
e risco e clima - ficou com a França, pelo quinto ano consecutivo.
O Brasil subiu da 43ª posição no ranking de 2009 para a 38ª neste ano. Em
2008, o país havia ficado na 39ª posição.
33
As melhores avaliações do Brasil ficaram nos quesitos liberdade (83 pontos de
100 possíveis), risco e segurança (83) e clima (82). Os itens mais mal avaliados
foram lazer e cultura (58 pontos de 100 possíveis) e infraestrutura (59).
Apesar disso, entre o ranking do ano passado e o deste ano, as notas para
infraestrutura passaram de 47 para 59, enquanto a avaliação para a economia
foi de 45 para 65.
A Associação Brasileira de Qualidade de Vida, ABQV, busca estimular as
melhores práticas na promoção do bem-estar no ambiente corporativo, possui
parceria e convênios com importantes entidades da sociedade brasileira e
possui empresas associadas em todo o país
Dentre os vários conceitos atribuídos a Qualidade de Vida, esta apresenta uma
acepção mais ampla, segundo Seidl & Zannon (2004), quando influenciada por
estudos sociológicos, sem fazer referência a disfunções ou agravos à saúde.
Ilustra essa conceituação aquela adotada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), em seu estudo multicêntrico que teve por objetivo principal elaborar um
instrumento que avaliasse a Qualidade de Vida em uma perspectiva
internacional e transcultural. A Qualidade de Vida foi definida como a percepção
do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas
de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações.
Para os autores da área da saúde, o interesse pelo conceito de Qualidade de
Vida é relativamente recente e decorre, em parte, dos novos paradigmas que
têm influenciado as políticas e as práticas do setor nas últimas décadas. Os
determinantes e condicionantes do processo saúde-doença são multifatoriais e
complexos. Assim, saúde e doença configuram processos compreendidos como
um continuum , relacionados aos aspectos econômicos, sócio-culturais, à
experiência pessoal e estilos de vida. Consoante essa mudança de paradigma, a
melhoria da Qualidade de Vida passou a ser um dos resultados esperados, tanto
das práticas assistenciais quanto das políticas públicas para o setor nos campos
da promoção da saúde e da prevenção de doenças.
A partir do início da década de 1990, parece consolidar-se um consenso entre os
estudiosos da área quanto a dois aspectos relevantes acerca do conceito de
34
qualidade de vida: subjetividade e multidimensionalidade. No que concerne à
subjetividade, trata-se de considerar a percepção do indivíduo sobre o seu
estado de saúde e sobre os aspectos não-médicos do seu contexto de vida. Ou
seja, como o indivíduo avalia a sua situação pessoal em cada uma das
dimensões relacionadas à qualidade de vida.
A natureza multidimensional do construto foi validada, de modo empírico, a partir
da emergência de quatro grandes dimensões ou fatores: (1) física – percepção
do indivíduo sobre sua condição física; (2) psicológica – percepção do indivíduo
sobre sua condição afetiva e cognitiva; (3) do relacionamento social – percepção
do indivíduo sobre os relacionamentos sociais e os papéis sociais adotados na
vida e (4) do ambiente – percepção do indivíduo sobre aspectos diversos
relacionados ao ambiente onde vive.
A conquista da qualidade de vida, em grande parte, depende do próprio
indivíduo tanto na organização como fora dela. Depende de sua auto-estima e
auto-imagem, do engajamento profissional, político e social e, acima de tudo, de
sua postura na transformação da realidade e da consciência de seus direitos e
deveres (Bom Sucesso, 1999).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o estilo de vida do indivíduo é
responsável, em 50%, pelo resultado de sua saúde aos 70 nos de idade, o meio
ambiente seria responsável por 20%, a hereditariedade por outros 20% e a
assistência médica por apenas 10%. Esta preocupação então deve ser
responsabilidade também da organização, buscando incutir um estilo de vida
mais saudável aos seus membros.
Para Golik (2002) atividades físicas aliadas a uma alimentação saudável são
variáveis que devem envolver o estilo de vida pessoal e profissional, implicando
num esforço em prol de uma mudança de paradigmas que conduzam a uma
contínua melhora e auto-renovação em todas as áreas da vida.
A qualidade de vida para o trabalho dos empregados oferece um conjunto de
benefícios e projetos que visam promover o bem-estar e a integração,
possibilitando um equilíbrio entre as expectativas profissionais e pessoais de
seus colaboradores.
35
As ações dos programas constam: a conscientização e sensibilização para
melhoria do estilo de vida e realização de atividades que proporcionem e
estimulem o envolvimento do colaborador e familiares em atividades saudáveis,
tanto do ponto de vista físico como emocional.
2.1-O início do PQVT
É preciso levantar informações sobre a situação do seu quadro funcional quanto
aos aspectos biopsicossociais fornecendo subsídios para proposição de ações
que, postas em prática, estimulam a auto-estima, provocam motivação e
melhoram as condições gerais de saúde no trabalho, entre outros benefícios.
As informações deste estudo passam por diversas etapas, iniciando-se pela
formação de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais das áreas de
medicina do trabalho, psicologia, assistência social, engenharia, nutrição,
economia, recursos humanos, estatística, e inclusive o professor de educação
física entre outros profissionais.
Desenvolve-se um ensaio, com questões abertas, versando sobre o
entendimento dos colaboradores acerca da qualidade de vida no trabalho,
aplica-se a um grupo. Com a coletâneas dos dados, pode-se sistematizar e
consolidar afim de formar um questionário diagnóstico para aplicação em toda a
empresa, se possível junto a PCO (Pesquisa de Clima Organizacional).
A partir das discussões técnicas poderá ser elaborado um instrumento de
pesquisa que contemplará blocos de informações: 1) dados pessoais; 2) vida e
trabalho e 3) hábitos de vida e saúde. Cada um destes blocos temáticos
apresentava uma quantidade de questões. De acordo com objetivo pré-
estabelecido as respostas serão processadas, as informações coletadas no
diagnóstico e se constituirá como base informacional de conhecimentos para
identificação das linhas gerais de ações a serem trabalhadas, no âmbito do
Programa de Qualidade de Vida e Promoção à Saúde no Trabalho.
Desenvolvendo a missão, como conjunto de ações que visam à melhoria das
condições de vida integrado à gestão de pessoas, através da escuta e do
diagnóstico de necessidades pessoais, grupais, organizacionais e comunitárias,
36
incrementando hábitos saudáveis e a prestação de serviços ao seu público com
excelência.
Quanto à definição e execução da política, da missão, do orçamento e recursos
e do modelo institucional, além da realização de parcerias estratégicas.
Do responsável pelo planejamento, apoio, execução, atendimento de demandas
críticas, organização, implantação, avaliação, realização de parcerias
comunitárias, ou com especialistas externos.
E, por último, o servidor responderia pela adesão, difusão e avaliação.
Fatores influenciam no sucesso dos programas de QVT:
Percepção da necessidade, Enfocar um problema saliente na organização,
Estruturação para a identificação e resolução de problemas, Recompensar
resultados positivos, Motivar pessoas ligadas a atividades de longo prazo,
Envolver a organização como um todo. Fatores que fomentam a efetividade dos
programas de QVT, Nadler e Lawler (1983) apud Pedroso, Bruno e Pilatti, Luiz
Alberto.
Alguns indicadores serão utilizados para avaliar a evolução do PQVT, tais como
a taxa de absenteísmo, indicadores de acidentes de trabalho, as taxas de
colesterol, triglicérides e pressão arterial dos servidores, além de um espaço
para críticas e sugestões ao Programa a ser disponibilizado em, por exemplo,
site de conteúdo informativo que também será oferecido pelo PQVT e satisfação
com as atividades em Qualidade de Vida desempenhadas, a serem coletadas
mediante aplicação de questionário, de forma que para se chegar ao bem-estar
do indivíduo e à excelência organizacional é necessário saber o que os
colaboradores esperam da organização.
Acredita que a saúde e o bem-estar de seus colaboradores devem fazer parte de
suas principais preocupações da Empresa, transcendendo os aspectos
tradicionais da medicina do trabalho e compreendendo também a promoção
geral da saúde ampla.
Assim sendo, a valorização do ser humano, a criação de oportunidades de
desenvolvimento, ambiente de trabalho adequado, um trabalho com sinergia e
avaliação de valores pessoais estão entre as práticas da organização do futuro.
E para se adaptar a essa nova realidade, o colaborador precisará de uma visão
37
mais abrangente do futuro, maior flexibilidade e adaptabilidade.
A falta de qualidade de vida gera uma perda de potencial de seus recursos
humanos, um desperdício de desempenho para a empresa.
A gestão de pessoas e recursos humanos está diretamente ligada a
produtividade de uma empresa e sua organização, pessoas bem lideradas
produzem mais, pois a eficácia se casa com a eficência e os beneficiados são
todos os envolvidos.
O estilo de gerência, comprometido com a produtividade, mas também com a
qualidade, sabe que o recurso mais valioso e complexo é a mão de obra. É difícil
obter bons resultados sem o comprometimento permanente dos recursos
humanos. São eles os agentes transformadores da empresa, aqueles que fazem
a qualidade em todos os momentos da verdade.
A motivação e a preparação dos empregados, seja nos serviços gerais, com os
operadores de equipamentos, os encarregados, os administrativos e os
gerentes, com treinamento adequado, é fator decisivo para o sucesso, a
sobrevivência e o crescimento da empresa.
Grandes empresas treinam seus empregados, no mínimo, 100 horas por ano. E
o resultados nem sempre são os esperados. Porque ignoram a motivação do
empregado. Cabe ao RH perceber como despertar esta motivação do
empregado. Para um melhor aproveitamento do investimento é muito importante
o estado de equilíbrio do empregado. O treinamento em si visa capacitar o
funcionário a realizar a atividade com desembaraço, rendimento, organização e
melhoria.
Contar com os recursos humanos qualificados e motivados é um diferencial cada
vez mais importante. Lembrando que a “auto-estima” perpassa pelo sentimento
do empregado quando tem de tomar decisões. Falaremos um pouco sobre
“motivação” e “auto-estima”.
A Motivação para Zaneti (20/10/2009) “Ela vem de motor, aquilo que move, que
faz andar, correr, realizar, conseguir, conquistar. Aquilo que motiva a ação. Está
muito mais ligada ao sentir do que ao falar. Se você está motivado, você anda.”
Assim é no futebol, assim também funciona nas empresas. Cada jogador tem a
sua motivação, que pode ter as mais diferentes origens. Mas, os mais motivados
38
são os que vão fazer o time ir para frente. O Gestores do RH tem de perceber
como motivar a equipe para isso é necessário estratégia. Senão tiver não se
saber qual a direção a seguir. Como diz o jornalista Armando Nogueira... Perder
não é nada, duro é não se achar.
RIBEIRO (20/10/2009) disse “Não basta saber tocar um instrumento, há que ser
ter excelência. Como disse aquele famoso pianista... Eu sei quando fico um dia
sem treinar. Quando são dois dias os críticos notam. E, se eu deixar de ensaiar
por três dias é a platéia quem sente a diferença.
Logo, não dá para depender da vontade para colher bons frutos. Motivação é
uma atitude”.
“Nós sabemos o que somos, mas não o que podemos ser” – Shakespeare.
Vamos colocar de lado o conceito equivocado de que motivação, no mundo
corporativo, significa bônus salariais, promoções, eventos festivos, palestras-
show e tapinhas nas costas. Embora importantes e desejáveis, os profissionais
responsáveis sabem que estes são aspectos apenas estimuladores de um
comportamento pró-ativo.
Para COELHO (2004), Motivação é um processo endógeno, responsável pela
intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma
determinada meta. A intensidade está relacionada à quantidade de esforço
empregado - muito ou pouco. A direção refere-se a uma escolha qualitativa e
quantitativa em face de alternativas diversas. E a persistência reflete o tempo
direcionado à prática da ação, indicando se a pessoa desiste ou persiste no
cumprimento da tarefa.
Muitos são os estudos acadêmicos envolvendo teorias comportamentais.
Abraham Maslow e a Teoria da Hierarquia das Necessidades – necessidades
fisiológicas, de segurança, de pertencimento, de estima e de auto-realização –,
Frederick Herzberg e Teoria dos Dois Fatores – fatores higiênicos e
motivacionais –, Douglas McGregor e a Teoria X e Y – subserviência e controle x
potencialidades e desenvolvimento pessoal –, Skinner e o Behaviorismo – o
comportamento humano pode ser orientado –, e mais recentemente, Mihaly
Csikszentmihalyi e a Experiência Máxima ou Flow – a motivação como um
estado de espírito.
39
V McClelland identificou três necessidades secundárias adquiridas socialmente:
realização, afiliação e poder. Cada indivíduo apresenta níveis diferentes destas
necessidades, mas uma delas sempre predomina denotando um padrão de
comportamento.
Pessoas motivadas por realização são orientadas para tarefas, procuram
continuadamente a excelência, apreciam desafios significativos e satisfazem-se
ao completá-los, determinam metas realistas e monitoram seu progresso em
direção a elas.
Indivíduos motivados por afiliação desejam estabelecer e desenvolver
relacionamentos pessoais próximos e pertencer a grupos, cultivam a
cordialidade e afeto em suas relações, estimam o trabalho em equipe mais do
que o individual.
Finalmente, aqueles motivados pelo poder apreciam exercer influência sobre as
decisões e comportamentos dos outros, fazendo com que as pessoas atuem de
uma maneira diferente do convencional, utilizando-se da dominação – poder
institucional – ou do carisma – poder pessoal. Gostam de competir e vencer e de
estar no controle das situações.
Não se sabe exatamente qual o perfil do quadro funcional da sua empresa, mas
com certeza terão todas as três necessidades.
A Síndrome de Burnout emocional como exaustão emocional,quando a pessoa
percebe nela mesmo a impressão de que não dispõe de recursos suficientes
para dar aos outros; Despersonalização corresponde ao desenvolvimento por
parte do profissional de atitudes negativas e insensíveis em relação às pessoas
com as quais trabalha tratando-as como objetos; Diminuição da realização e
produtividade profissional, geralmente conduz a uma avaliação negativa e baixa
de si mesmo; Depressão, sensação de ausência de prazer de viver, de tristeza
que afeta os pensamentos, sentimentos e o comportamento social. Estas podem
ser breves, moderadas ou até graves.
A auto-estima pode ser conceituada de várias maneiras, uma delas é a
avaliação favorável de si mesmo. A auto-estima não é algo que se tem ou não,
ela pode ser desenvolvida. Ela é um ingrediente fundamental para ter força e
segurança para enfrentar os novos desafios da vida. Se levarmos em conta que
40
enfrentamos quotidianamente novas situações e que nem sempre nos sentimos
confiantes, é útil ter auto-estima suficiente para encarar estas mudanças.
Ter uma auto-estima fortalecida não significa que nunca nos sentiremos
deprimidos, confusos ou ansiosos, mas ter um bom autoconceito é garantia de
sentir-se autoconfiante e poder contar com seus próprios recursos para superar
um momento difícil. As pessoas com baixa auto-estima têm, em geral,
problemas de adaptação a mudanças, pois não tem certeza se podem contar
consigo mesmas em determinadas situações.
Levando-se em conta que o nosso autoconceito pode se modificar em função
das nossas experiências, nós temos a responsabilidade e a possibilidade de
fazê-los evoluir positivamente. Se você deseja fortalecer a sua auto-estima,
melhorá-la, ou motivar as pessoas que estão ao seu redor, você encontrará
vários conceitos e estratégias úteis para este fim desde a maneira que você
cuida de seu corpo até mudanças de determinados padrões de pensamentos.
No que diz respeito ao seu corpo, prestar atenção em si mesmo é a base da
auto-estima. Ela amplia a autoconsciência e é também fundamental para a
saúde. A cada momento, o corpo nos dá um feedback sobre nosso estado.
Neste sentido, passamos a entender o quão importante é prestar atenção em
nós mesmos, em nosso corpo, em nossas experiências e, sobretudo, em nosso
momento atual. A conexão estabelecida entre o corpo e a mente leva-nos a
seguinte conclusão: você não pode criar a expectativa de se sentir bem se
ignorar as necessidades do seu corpo.
Uma atitude de respeito e cuidado com o corpo – refletida em práticas de saúde
sensatas – tende a influenciar positivamente os sentimentos de alguém em
relação à sua própria essência. Todo o tempo investido na sua saúde física
tende a melhorar a sua saúde mental. Na prática, isto significa ter um estilo de
vida saudável: durma o suficiente, mexa-se, alimente-se de forma saudável,
relaxe, respire.
No entanto, surge um questionamento: se temos todo este ímpeto para defender
nossos interesses, qual o motivo de passarmos, às vezes, 8, 10, 12 horas
trabalhando, longe das nossas famílias, ou ainda, realizando tarefas, convivendo
com pessoas ou enfrentando situações que, muitas vezes, não gostamos ou nos
41
deixam desmotivados, insatisfeitos, nos forçando a realizar nosso trabalho
apenas por pura e simples obrigação.
Será que compensa passar a vida reclamando, criticando outras pessoas –
colegas, clientes, chefes, o bispo? Até que ponto cuidamos da nossa própria
satisfação? Quanto tempo dedicamos a nossa realização pessoal e profissional?
Quantos de nós param cinco minutos por semana para pensar no rumo a ser
seguido na vida?
É possível sim fazer o próprio caminho. Uma frase de Constantin Bracusi que diz
que As coisas não são difíceis de fazer, o difícil é nos dispormos a fazê-las. Ás
vezes, o empurrãozinho do profissional do bem estar, nesse caso o professor de
Educação Física poderá ser o agente modificador de hábitos
Para ROMÃO (20/10/2009) Um dos maiores problemas do mundo atual, a
dificuldade que as pessoas têm de sonhar, começam a encarar a vida de forma
pessimista, concluindo que sonhar não leva a nada. Melhor não sonhar, para
mais tarde não sofrer decepções.
Uma das soluções para esse pessimismo generalizado está em recuperar a
capacidade de sonhar do ser humano e também realizar tudo o que sua mente
pede é essencial que cada pessoa sinta que sua vida vale a pena. Vivemos um
momento especialmente conturbado, a velocidade das transformações políticas,
econômicas, sociais e culturais nos conduzem a um túnel desconhecido e
escuro, onde valores, metas e diretrizes tornam-se cada vez mais
comprometidos. As pessoas começam a perder a esperança em si mesmas, no
trabalho, no futuro de suas vidas e no próprio planeta.
Muito além de uma gestão que cuide dos recursos humanos, precisamos de
uma administração que se preocupe com o crescimento e a evolução de seres
humanos.
A alma humana, essa chama intensa que nos move diariamente, nos menores
gestos e ações, uma força que acorda e se deita conosco e, mesmo quando o
corpo humano dorme definitivamente, ela não se dissipa, mantém-se acesa de
uma forma diferente, em outro lugar.
42
Você deve estar se perguntando: mas como manter nossa capacidade de
sonhar e realizar alimentos essenciais ao espírito em um mundo que a todo
instante dilacera a nossa integridade?
Daremos os exemplos dos Programas de Qualidade de Vida no Trabalho que
surgem nas Instituições públicas como estratégia para alcançar a motivação e
qualidade de vida no trabalho dos seus funcionários, a partir do conceito de que
o Governo só cumpre sua missão de oferecer serviços de qualidade, através do
trabalho de servidores públicos. Os modelos de gestão voltados para as pessoas
tentam tornar as organizações mais humanizadas, onde o capital intelectual é
valorizado como um dos ativos mais importantes. A partir do momento que a
preocupação com o bem estar das pessoas ganha espaço nas organizações é
possível conseguir melhores resultados na busca de um ambiente de trabalho
adequado para o desenvolvimento das atividades profissionais
(LIMONGIFRANÇA, 2002). Pessoas desmotivadas e sem qualidade de vida no
trabalho podem se tornar um problema para a organização, pois o rendimento
tende a cair e suas tarefas não serão executadas corretamente
(BERGAMINI,2006).
As pessoas constituem a força responsável pelo desenvolvimento das
organizações. Não
existem organizações sem pessoas, é fundamental compreender essa idéia
simples para entender a importância das pessoas na Administração. São as
pessoas que pensam bens e serviços para depois produzí-los e comercializá-los,
as pessoas compram e vendem produtos girando o capital na economia, as
pessoas imaginam empresas, empreendem negócios, administram suas idéias e
fazem o mundo se movimentar.
A Gestão Pessoal é apenas o primeiro passo para repensar a maneira de pensar
a política
organizacional. Para ser implantado, não deve ser imposto e sim como mais
uma ferramenta de gestão de pessoas, que poderá ser utilizados por todos os
colaboradores. As complexas estruturas organizacionais, centradas na lógica
mecanicista criam ilhas isoladas, fragmentadas para a geração do
autoconhecimento. A gestão pessoal é considerada um novo paradigma que
43
facilita a quebra das barreiras para o compartilhamento do conhecimento nas
organizações devem considerar seus colaboradores como parceiros de uma
mesma missão, ao propiciarem um ambiente de autogerenciamento aos
trabalhadores do conhecimento. Neste macro contexto a área de Recursos
Humanos emergiu e se firmou. A busca constante por processo de gestão
estratégica de pessoas faz parte das organizações que visam cada vez mais à
satisfação de seus colaboradores para que, motivados, efetuem suas funções
com eficiência e eficácia.
A gestão de pessoas nas empresas passou por mudanças durante os últimos
anos devido a própria dinâmica do mercado, das novas necessidades advindas
das inovações tecnológicas e da relação de trabalho. Qualquer processo de
mudança organizacional tem como objetivo a geração de um resultado para a
empresa. Resultados esses que dependem diretamente das pessoas. E, para
que esses profissionais aceitem e entendam o processo de mudança é
necessário que sejam trabalhados de forma efetiva.
Qualquer mudança causa impactos psicológicos nos ambientes profissionais e
na vida
pessoal dos indivíduos. A compreensão desses impactos auxilia no
gerenciamento dos efeitos que a mudança pode trazer, pois ao serem
conduzidas de maneira errada, acabam demandando muito mais tempo do que
o planejado e envolvendo mais recursos do que o previsto, além de desgastes
desnecessários nas pessoas envolvidas com o processo (TOLEDO JR., 2007)
O desafio do setor de Recursos Humanos está na promoção do encontro de
interesses dos
colaboradores, patrões e clientes e faz parte do processo de transformação e
mudança da
empresa. Os modelos de gestão voltados para as pessoas tentam tornar as
organizações mais humanizadas, onde o capital intelectual é valorizado como
um dos ativos mais importantes.
A partir do momento que a preocupação com o bem estar das pessoas ganha
espaço nas organizações é possível conseguir melhores resultados na busca de
44
um ambiente de trabalho adequado para o desenvolvimento das atividades
profissionais (LIMONGI-FRANÇA,2002).
Pessoas desmotivadas e sem qualidade de vida no trabalho podem se tornar um
problema para a organização, pois o rendimento tende a cair e suas tarefas não
serão executadas corretamente (BERGAMINI,2006).
2.2- Atividades Físicas no Trabalho
A atividade física ocupacional (AFO) é definida como aquela realizada como
parte do trabalho, usualmente durante as oito horas de um dia de trabalho.
“Os programas devem estar associados a uma estratégia de promoção da
saúde, expondo seus benefícios para levar a mudanças de comportamento que
não se limitem ao ambiente de trabalho”,
O nível de atividade física do grupo poderá ser medido com um questionário
conhecido como IPAQ, além de aplicar um pedômetro, aparelho que contabiliza
o número de passos dados pela pessoa durante um dia. Assim pode-se
classificar a pessoa com mais de 10 mil passos diárias como não sedentárias.
Segue tabela: O passo a passo da saúde
5 mil passos: é o máximo que dá uma pessoa que vai de casa para o trabalho de
carro e passa a maior parte do dia sentada.
Entre 5 mil e 7,5 mil: média de quem caminha até a padaria ou ao restaurante no
almoço. Melhor que os sedentários, mas é preciso incluir mais atividades.
Entre 7,5 mil e 10 mil: é o quanto anda uma pessoa ativa, que anda pelo menos
15 minutos diários, mesmo que no trabalho.
Entre 10 mil e 12 mil: passos diários dos realmente ativos, que andam pelo
menos meia hora por dia e têm rotina agitada. Melhoram a capacidade
cardiorrespiratória e diminuem os riscos de problemas ósseos e de diabetes.
Publicado originalmente no site do jornal Tudo Bem em 13/02/2006.
Após o primeiro plano de ação passa para prescrição de nova etapa. Cada
sessão tem aquecimento, exercícios específicos, baseados no trabalho exercido,
e relaxamento. “Como os participantes fazem tarefas no escritório, a prioridade é
tonificar ou relaxar os membros superiores e as regiões lombar e cervical”.
45
É o momento que o empregado na presença do profissional de Educação física
Para e faz uma pausa no trabalho. O empregado sabe que precisa fazer, mas
ele se esquece, se distrai, ou negligencia o seu momento de cuidado. Para isso
o professor surge, interrompendo a rotina de trabalho e avoca o grupo para as
atividades na hora e local marcado. E dá início a exercício que vão fazer o
empregado se perceber. Comando simples e de suma importância como
Respirar fundo, e solta o ar devagar. Fique em pé e se movimente um pouco.
“Se espreguiça”. Faz movimentos com a perna e braços, levando a articular o
sangue. Pode usar uma bolinha anti-estresse, fazendo movimentos com as
mãos e com os pés. Se for possível, ao final da sessão de 15 minutos, o
empregado acaba lembrando de ir até ao banheiro, lava o rosto e molha a nuca.
Ingeir líquidos e se hidratar, Atos essenciais para a vida!
Podemos destacar é que os estados de ânimo apresentam uma diferença
qualitativa comparados à emoção e esta diferença apresenta-se quando da sua
reação. A emoção se expressa, os estados de ânimo são sentidos e percebidos,
estão mais próximos ao que Damásio (2000) denomina de sentimentos, são
mais abrangentes e sempre buscam uma ação auto-reguladora. É dentro deste
contexto que acreditamos no poderoso instrumento que temos em mãos, que é a
atividade física, com suas diferentes expressões, com as quais podemos
propiciar aos nossos alunos, através de diferentes vivências, o contato com
diferentes emoções, sentimentos, estados de ânimo, enfim, estados emocionais,
sentindo-os, identificando-os, experimentando- os, percebendo-os, vivendo-os e
assim conseguindo lidar com o mundo de uma forma mais consciente.
Quando falamos de estados emocionais fazemos uma ligação direta com estado
corporal que se manifesta verbal ou não verbalmente. A manifestação não verbal
pode ocorrer através de uma atitude corporal, representada pela postura da
pessoa que em alguns casos se instala podendo ou não se modificar. A
movimentação corporal através da prática da atividade física colabora para a
“movimentação das emoções”. A movimentação corporal interfere na emoção e
esta pode interferir na qualidade do movimento. Assim, podemos identificar uma
modificação do comportamento como reflexo de uma alteração do estado
emocional e vice-versa. Isso nos dá a verdadeira dimensão do “fazer” atividade
46
física e a responsabilidade do profissional-orientador da atividade que não
propõe um “exercício” para um “corpo” mas uma atividade-processo para um ser
uno.
Podemos avançar o programa de atividades físicas dentro do PQVT. Com a
ampliação das atividades físicas no local de trabalho, por meio de caminhadas,
uma forma de exercício mais conhecida e simples de ser praticada”. A ginástica
laboral deve estar integrada a uma estratégia de promoção da saúde como um
todo. “Ela não deve ser uma iniciativa isolada, mas parte de um projeto de
qualidade de vida no trabalho”. A Organização Mundial de Saúde recomenda 30
minutos de atividade física moderada diariamente.
Na dissertação de mestrado de Ana Lúcia, orientada pelo professor Mário
Ferreira, da FMUSP, a autora reforça da importância de uma atividade física no
combate ao sedentarismo, para a conservação da postura e automaticamente a
saúde física e mental para uma boa performance profissional.
A Ginástica Laboral deve ser integrada ao ambiente de trabalho como uma
atividade física relacionada ao bem estar do trabalhador, além da associação de
inúmeros profissionais de várias áreas nessas atividades atuando em conjunto,
para o crescimento do desempenho do profissional no trabalho.
A Ginástica Laboral pode identificar outras demandas, emergentes nas suas
sessões, referentes à Qualidade de Vida no Trabalho, ampliando as atividades
do empregado.
O homem expressa a vontade de se agrupar e podemos, por exemplo, atuar na
dança. Eles podem demonstrar essa necessidade, é quando se entregam aos
prazeres do ritmo, da cadência da música, como forma para suportarem o
cotidiano de trabalho. Patrício & Gonçalves Filho (1998) reconhecem que
dançamos nossas vitórias, como também, extrapolamos, desembotamos nossas
frustrações e enganos. Na dança, o processo de nossa vida se refaz dela e por
ela e o corpo pode ser curado, buscar a beleza e a grandeza, recriar a vida.
Como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional, a partir
da diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da
qualidade de vida, atividade de auxílio à prevenção de lesões no ambiente de
trabalho. Anatomicamente melhorar a flexibilidade e a mobilidade articular,
47
diminuindo a fadiga decorrente de tensão e repetitividade que acometem
tendões, músculos, fáscias e nervos, beneficiando a postura do indivíduo em sua
rotina de trabalho. Além de participar de técnicas que buscam a subjetividade e
a integralidade do ser, pensar, refletir (pensar-se a si mesmo) e exercitar o poder
de decidir com liberdade. Começar com uma respiração mais consciente, com
uma visualização criativa, respirar, você pode estar atento a você e à vida;
buscar à relevância das relações interpessoais no trabalho, uma satisfação dos
participantes em estar com o outro, trabalho em dupla é freqüente e visa
estimular a interação e confiança mútua; A coexistência e enquanto ser social
para o crescimento individual dependemos da interação
com os demais; A intersubjetividades de comunicação entre as pessoas, de
modos de relacionamento interpessoal, constituir em espaços de acolhimento,
de confluências, de partilhas, de sentimentos. Encontro, fala de troca, de
intercâmbio, de convivência, de comunhão, de cuidado. Desenvolver atividades
na dinâmica de grupo recorre a técnicas que estimulam as pessoas a estarem
em movimento através de jogos, brincadeiras, exercícios, que proporcionam
sentimentos e emoções da vida real onde os membros do grupo poderão agir
com autenticidade se auto-avaliando. Os entrevistados associam as atividades
em grupo (dinâmicas, palestras, brincadeiras, vivências) à diminuição do nível de
estresse no trabalho: “todo mundo gosta, a gente sai mais disposto para
trabalhar”, “a dinâmica ...descontrai”.
Em um mundo tão individualista e competitivo, especialmente no trabalho, as
pessoas revelam a necessidade do coletivo, da interdisciplinaridade.
Ao criarem espaços de compartilhamento de idéias, de acolhimento, a troca de
amor e reconhecimento; compreensão; carinho e cuidado, mostrando a
predominância de exercícios que tem por objetivo a reflexão sobre o trabalho em
equipe, contudo os trabalhadores ainda sentem a necessidade de abordar tal
tema. Sempre tendo como pano de fundo o relacionamento interpessoal e o
fortalecimento dos laços afetivos, a elaboração de grupos de reflexão sobre a
tarefa profissional.
A atividade física é importante à todas as pessoas, independente da idade,
porque proporciona bem-estar, saúde, sociabilização, gerando uma melhor e
48
maior qualidade de vida. Obviamente, as pessoas portadoras de alguma doença
como os cardiopatas, hipertensos, diabéticos, osteoporóticos etc; acabam
minimizando e muitas vezes solucionando, dentro de suas condições físicas
especiais, seus problemas vitais através de exercícios físicos bem orientados e
elaborados.
A qualidade de vida está diretamente ligada a prática regular de atividade física.
Que desenvolvida com um profissional adequado supervisonará e monitoará
todo o desempenho do grupo. Entretanto poderá vir de outra forma pelo lúdico,
conscientização e atividades propriamente.
O que acontece depois do exercício?
Emocionalmente ocorre uma melhora, pois ao se exercitar a auto-estima
progride, diminuindo lentamente as emoções negativas, melhorando a sua
qualidade de vida;
A oxigenação tecidual é elevada, ou seja, o exercício físico melhora o fluxo
sanguíneo levando mais oxigênio e nutrientes para todas as regiões do corpo;
O Sono melhora porque a prática de exercício físico auxilia na manutenção do
peso corporal, contribuindo para que a pessoa durma melhor e tenha maior
disposição vital. As pessoas muito acima do peso sofrem com a falta de
disposição por não conseguir uma posição ideal e relaxante na hora de dormir;
Hipertensos (pessoas com pressão alta) com o auxílio da atividade física
conseguem aumentar a rede de capilares em seus músculos. Assim, o sangue
consegue difundir-se com maior facilidade reduzindo a pressão como um todo;
Durante o exercício é possível sintonizar harmonicamente sua mente e seu
corpo, respeitando e conhecendo ainda mais seus limites;
O exercício físico fortalece o músculo e aumenta o metabolismo de cálcio
fortalecendo assim os ossos;
Quando nos exercitamos regularmente, nossos músculos usam
proporcionalmente mais gordura que glicose, e isto mantêm os níveis de glicose
sanguínea (glicemia) mais estáveis, diminuindo a fome;
A vida sexual melhora, pois o exercício físico faz com que você se sinta melhor
com seu corpo, beneficiando sua performance sexual;
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Os exercícios físicos proporcionam inúmeros benefícios vitais às pessoas, por
exemplo, melhora do condicionamento físico, ou seja, aumenta-se a capacidade
de “trabalhar” do sistema cardio-respiratório, a resistência muscular geral e
localizada se desenvolve juntamente com a força, flexibilidade, agilidade,
conseguindo com tudo isto um melhor equilíbrio corporal e coordenação motora.
Existem estudos que demonstram que ao incorporar um comportamento
favorável à saúde, as pessoas acabam operando outras mudanças em seu estilo
de vida que são concorrentes com melhores níveis de saúde e QV. Exemplo
disso, são os trabalhos demonstrando que entre os sujeitos fisicamente ativos,
está também a maior proporção de pessoas que se alimenta adequadamente,
que não fumam e adotam outros comportamentos preventivos. Quanto a esse
assunto, sugere-se consultar os trabalhos de PATTERSON, HAINES & POPKIN
(1994), NIEMAN (1999) e BARROS (1999) apud BARROS, Mauro V. G. de e
SANTOS, Saray G. dos (2009).
50
CAPÍTULO III
EDUCAÇÃO FÍSICA
3.1 Definições
Atividade Física (AF) representa qualquer movimento corporal que é produzido
pela contração da musculatura esquelética e que aumenta substancialmente o
gasto energético (US DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES,
1996). Incluindo atividades da vida diária (banhar-se, vestir-se), atividades
realizadas no trabalho (andar, levantar, carregar objetos) e atividades de lazer
(exercitar-se, praticar esportes, dançar).
O termo exercício físico, inadequadamente usado como sinônimo de atividade
física, representa uma das formas de AF. Caracterizada por se tratar de uma
modalidade de AF que é, em geral, planejada, estruturada e repetitiva, tendo por
objetivo a melhoria da aptidão física ou a reabilitação orgânico-funcional
(CASPERSEN, POWELL & CHRISTENSON, 1985 apud BARROS, Mauro V. G.
de e SANTOS, Saray G. dos (2009).
3.2- Sobre a Educação Física:
A História da Educação Física, está relacionada a toda a ciência que estuda o
passado e o presente das atividades Humanas, e suas evoluções. O homem tem
como objetivo investigar e acompanhar o desenvolvimento das atividades
físicas. Estejam elas progredindo ou decaindo, que se modificam de acordo com
os sistemas políticos, sociais, econômicos ou científicos da população.
No tempo da Pré-História, a educação física considerava de uma forma
significativa o aspecto da musculatura ( que não tem esse exagero dos dias de
hoje), considerava a harmonia das formas, e assim que eles visavam os atletas
de porte esbelto naquele tempo.
No passado tudo começou quando o homem precisava: correr, lutar, saltar, fugir,
arremessar, empurrar, puxar, caçar e muitas outras coisas para sua
sobrevivência. E conforme o tempo passou essas habilidades foram
aperfeiçoadas e assim começaram a serem disputadas entre nós, cada vez
mais.
51
A história fala de 3000 A. C. lá na China, os exercícios físicos tinham as
finalidades higiênicas e terapêuticas além do caráter guerreiro
Na Índia os exercícios físicos eram tidos como uma doutrina por causa das "leis
de Manu", uma espécie de código civil, político, social e religioso. Eram
indispensáveis às necessidades militares além do caráter fisiológico. Buda
atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos,
bondade e conhecimento das ciências para a suprema felicidade do Nirvana, (no
budismo, estado de ausência total de sofrimento).
No Japão, a história do desenvolvimento das civilizações sempre esbarra na
importância dada à Educação Física, quase sempre ligados aos fundamentos
médicos-higiênicos, fisiológicos, morais, religiosos e guerreiros. A civilização
japonesa também tem sua história ligada ao mar devido à posição geográfica
além das práticas guerreiras feudais: os samurais.
Nos costumes egípcios estavam os exercícios Gímmicos revelados nas pinturas
das paredes das tumbas. A ginástica egípcia já valorizava o que se conhece
hoje como qualidades físicas tais como: equilíbrio, força, flexibilidade e
resistência. Já usavam, embora rudimentares, materiais de apoio tais como
tronco de árvores, pesos e lanças.
A civilização que marcou e desenvolveu a Educação Física : a grega, através da
sua cultura. Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates
contribuíram e muito para a Educação Física e a Pedagogia atribuindo conceitos
até hoje aceitos na ligação corpo e alma através das atividades corporais e da
música. "Na música a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica dá saúde ao
corpo" Sócrates. É de Platão o conceito de equilíbrio entre corpo e espírito ou
mente.
Os sistemas metodizados e em grupo, assim como os termos halteres, atleta,
ginástica, pentatlo entre outros, são uma herança grega. As atividades sociais e
físicas eram uma prática até a velhice lotando os estádios destinados a isso.
Em Roma, a atividade física era destinada às práticas militares. A célebre frase
"Mens Sana in Corpore Sano" de Juvenal vem desse período romano.
52
Com a ascensão do cristianismo que perdurou por toda a Idade Média. O culto
ao corpo era um verdadeiro pecado sendo também chamado por alguns autores,
de "Idade das Trevas".
Como o homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, o período da
Renascença fez explodir novamente a cultura física. A volta de Educação Física
escolar se deve também nesse período a Vitorio de Feltre (1378-1466) que em
1423 fundou a escola "La Casa Giocosa" onde o conteúdo programático incluía
os exercícios físicos.
O movimento contra o abuso do poder no campo social chamado de iluminismo
surgido na Inglaterra no século XVII deu origem a novas idéias. Rousseau
propôs a Educação Física como necessária à educação infantil. Segundo ele,
pensar dependia extrair energia do corpo em movimento. Pestalozzi foi
precursor da escola primária popular e sua atenção estava focada na execução
correta dos exercícios.
A influência na nossa ginástica localizada começa a se desenvolver na Idade
Contemporânea e quatro grandes escolas foram responsáveis por isso: a alemã,
a nórdica, a francesa, e a inglesa.
Inspirado em Rabelais, Guts, Jahn e pestalozzi, dividiu sua ginástica em: Civil e
Industrial, Militar, Médica e Cênica. Outro nome francês importante foi G. Dêmey
(1850-1917). Ele organizou congressos, cursos (inclusive o Superior de
Educação Física), regiu o Manual do Exército e também era adepto à ginástica
lenta, gradual, progressiva, pedagógica, interessante e motivadora.
O método natural foi defendido por Georges Herbert (1875-1957): correr, nadar,
trepar, saltar, empurrar, puxar e etc.
A Educação Física brasileira teve grande influência na Ginástica Calistenia
criada em 1829 na França por Phoktion Heinrich Clias (1782-1854).
A CALISTENIA - É por assim dizer, o verdadeiro marco do desenvolvimento da
ginástica moderna com fundamentos específicos e abrangentes destinada à
população mais necessitada: os obesos, as crianças, os sedentários, os idosos e
também às mulheres.
Calistenia, segundo Marinho (1980) citado por Marcelo Costa, vem do grego
Kallos (belo), Sthenos (força) e mais o sufixo "ia".
53
No Brasil dos anos 60 começou a ser implantada nas poucas academias pelos
professores da A. C. M. ganhando cada vez mais adeptos nos anos 70 sempre
com inovações fundamentadas na ciência.
Nos anos 80 a ginástica aeróbica invadiu as academias do Rio de Janeiro e São
Paulo. No final dos anos 80 a ginástica localizada desenvolvida com
fundamentos teóricos dos métodos da musculação.
A musculação surgiu com uma roupagem nova ainda nos anos 70 para apagar o
preconceito que algumas pessoas tinham com relação ao Halterofilismo.
No Brasil colônia - Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição
a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça,
lançar, e o arco e flecha, incluem-se as danças, nos jogos incluem-se as lutas, a
peteca, a corrida de troncos.
Os negros e a capoeira: Por causa das fugas aos Quilombos os obrigavam a
lutar sem armas contra os capitães-do-mato. Com o instinto natural, os negros
descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A
inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais
africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam-se para treinar.
Brasil Império - Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos
escolares. Embora Rui Barbosa preconizasse à obrigatoriedade da Educação
Física nas escolas primárias e secundárias praticada, 4 vezes por semana,
durante 30 minutos.
Brasil República - Essa foi uma época onde começou a profissionalização da
Educação Física.
As políticas públicas - Até os anos 60 o processo ficou limitado ao
desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas
tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos.
Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não
para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e
níveis de ensino voltados para os esportes de alto rendimento.
Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de
propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança
nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e
54
empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa
geração de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre
outras.
Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde
acessível a todos manifestada de três formas: esporte educação, esporte
participação e esporte performance.
A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma
profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.
Os passos da profissão:
1946 - Fundada a Federação Brasileira de Professores de Educação Física.
1984 - Apresentado 1º projeto de lei visando a regulamentação da profissão.
1998 - Finalmente a 1º de setembro assinada a lei 9696 regulamentando a
profissão com todos os avanços sociais fruto de muitas discussões de base e
segmentos interessados. (Ver ANEXOS)
3.3- Benefícios da atividade física à Saúde e Qualidade de Vida.
Os exercícios físicos proporcionam inúmeros benefícios vitais às pessoas, por
exemplo, melhora do condicionamento físico, ou seja, aumenta-se a capacidade
de “trabalhar” do sistema cardio-respiratório, a resistência muscular geral e
localizada se desenvolve juntamente com a força, flexibilidade, agilidade,
conseguindo com tudo isto um melhor equilíbrio corporal e coordenação motora.
Emocionalmente ocorre uma melhora, pois ao se exercitar a auto-estima
progride, diminuindo lentamente as emoções negativas, melhorando a sua
qualidade de vida;
A oxigenação tecidual é elevada, ou seja, o exercício físico melhora o fluxo
sanguíneo levando mais oxigênio e nutrientes para todas as regiões do corpo;
O Sono melhora porque a prática de exercício físico auxilia na manutenção do
peso corporal, contribuindo para que a pessoa durma melhor e tenha maior
disposição vital. As pessoas muito acima do peso sofrem com a falta de
disposição por não conseguir uma posição ideal e relaxante na hora de dormir;
Conforme se diminui o peso atinge uma qualidade também no sono.
55
Hipertensos (pessoas com pressão alta) com o auxílio da atividade física
conseguem aumentar a rede de capilares em seus músculos. Assim, o sangue
consegue difundir-se com maior facilidade reduzindo a pressão como um todo;
Durante o exercício é possível sintonizar harmonicamente sua mente e seu
corpo, respeitando e conhecendo ainda mais seus limites;
O exercício físico fortalece o músculo e aumenta o metabolismo de cálcio
fortalecendo assim os ossos;
Quando nos exercitamos regularmente, nossos músculos usam
proporcionalmente mais gordura que glicose, e isto mantém os níveis de glicose
sanguínea (glicemia) mais estáveis, diminuindo a fome;
A vida sexual melhora, pois o exercício físico faz com que você se sinta melhor
com seu corpo, beneficiando sua performance sexual;
A atividade física é importante à todas as pessoas, independente da idade,
porque proporciona bem-estar, saúde, sociabilização, gerando uma melhor e
maior qualidade de vida. Obviamente, as pessoas portadoras de alguma doença
como os cardiopatas, hipertensos, diabéticos, osteoporóticos etc, acabam
minimizando e muitas vezes solucionando, dentro de suas condições físicas
especiais, seus problemas vitais através de exercícios físicos bem orientados e
elaborados por um professor de Educação Física.
Os exercícios do programa de Ginástica Laboral ativam a circulação periarticular
com aquecimento tecidual e neuromuscular, que são imprescindíveis às
atividades que exigem atenção e tomadas de decisão que resultam em atos
motores, promovem ganho de força pelo alongamento muscular restaurados do
potencial contrátil, melhoram o retorno venoso, a capacidade ventilatória,
reduzem o estresse e melhoram a postura. (LONGEN, 2003)
A ginástica laboral consiste na realização de exercícios para a promoção de
aquecimento músculoesquelético (preparando o organismo para o trabalho físico
e melhorando o nível de concentração, elevando a temperatura corporal e o
aporte de sanguíneo para os tecidos), alongamentos (prepara os músculos,
tendões, ligamentos e cápsulas articulares, para maiores amplitudes dos
movimentos), resistência muscular localizada (favorecendo a normalização do
tônus muscular decorrente do esforço repetitivo nas tarefas laborais e atividades
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diárias, fornecendo a manutenção do equilíbrio muscular e a prevenção das
doenças osteomusculares) e relaxamento (a finalidade é compensar e relaxar
todo e qualquer esforço repetitivo nos músculos, articulações, tendões e
ligamentos, transcorridos no período de trabalho). (SHARKEY), 1998
Tem como objetivo minimizar os efeitos negativos oriundos do sedentarismo na
vida e na saúde do trabalhador, prevenindo doenças ocupacionais, promovendo
o máximo de bem-estar e o convívio social dos trabalhadores, servindo como
ferramenta para a promoção do melhor convívio diário (LIMA, 2004).
Objetivos específicos: Promover a saúde e qualidade de vida; Corrigir vícios
posturais; Diminuir absenteísmo e demanda ambulatória; Melhorar condição
física geral, ânimo e disposição para o trabalho, assim como o relacionamento
interpessoal, entre o trabalhador e o meio que o cerca; Promover auto-
condicionamento orgânico e a consciência corporal; Prevenção de lesões
osteoligamentares e musculares relacionadas ao desgaste e estresse do
trabalho; Favorecer a desconcentração, estimular o auto-conhecimento, a auto-
estima e controle de estresse; Reduzir o cansaço, a sonolência e a desatenção
ocasionados pelo trabalho em ambientes com temperaturas elevadas;
Interromper monotonia operacional;Proporcionar relaxamento das musculaturas
mais utilizadas e sobrecarregadas. (BAKKE, 2007)
A GL( Ginástica Laboral) é responsável pela redução de despesas de
afastamento médico, acidentes de trabalhos e lesões por traumas cumulativos e,
previne o surgimento de doenças profissionais. Atua investindo no
melhoramento da imagem da empresa perante a sociedade e aos funcionários,
uma vez que satisfeitos os trabalhadores produzirão mais, além de
desempenhar aumento na produtividade, na receptividade, aumento de lucros e
na qualidade, integração entre os trabalhadores, reduzindo ao máximo, o índice
de absenteísmo. (MACIEL & ALBUQUERQUE, 2005)
Reforça a auto-estima, aumenta a capacidade de concentração no ambiente de
trabalho, favorece o relacionamento social e intersocial, o trabalho em equipe,
desenvolve consciência corporal e melhora a comunicação interna. (MACIEL,
ALBUQUERQUE, MELZER & LEONIDAS, 2005)
57
Os programas empresariais, governamentais e comunitários têm sido
implantados com o objetivo de incentivar a prática de atividades físicas, com o
intuito de prevenir algumas doenças, proporcionando maior qualidade de vida ao
trabalhador. Quando são realizadas ações no ambiente de trabalho, elas
procuram verificar a quantidade e a qualidade da prática de atividades físicas
dos empregados, em geral, em funções sedentárias, e incentivá-los a praticar
esportes, andar a pé ou de bicicleta, dançar e outras atividades que possam
contrabalançar o sedentarismo e assim evitar as doenças degenerativas
associadas a ele. (COSTA, 2002)
Por sua vez, SHARKEY, 1998, revela: A prática de atividade física durante o
expediente de trabalho tem a importante tarefa de prevenção das doenças
ocupacionais, bem como do sedentarismo. O bom estado físico do trabalhador
garante eficiência e eficácia, além de diminuir os riscos de invalidez decorrente
do oficio ou de se aposentarem precocemente devido às doenças degenerativas.
3.4 - Regulamentação da Educação Física:
A RESOLUÇÃO CONFEF nº 046/2002, Dispõe sobre a Intervenção do
Profissional de Educação Física e respectivas competências e define os seus
campos de atuação profissional. O exercício das atividades de Educação Física
é prerrogativa dos Profissionais de Educação Física; CONSIDERANDO a
importância do Documento de Intervenção Profissional como mais um
instrumento norteador das ações de fiscalização e organização do exercício da
profissão;
O Art. 1º - O Profissional de Educação Física é especialista em atividades
físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos,
desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas,
expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação,
ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade
laboral e do cotidiano e outras práticas corporais -, tendo como propósito prestar
serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde,
contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de
58
desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à
consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão
e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas
posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para
consecução da autonomia, da auto-estima, da cooperação, da solidariedade, da
integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio
ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade
técnica e ética no atendimento individual e coletivo.
O Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, em cumprimento ao que
determina a Lei Federal nº 9696, de 1º de Setembro de 1998, tem desenvolvido
significativas ações na perspectiva do reconhecimento legal, da organização e
da valorização social da Profissão Educação Física.
Também, por determinação da Lei nº 9696/98, que regulamentou essa
profissão, é prerrogativa do profissional graduado em Curso Superior de
Educação Física (Licenciatura ou Bacharelado), com registro no Sistema
CONFEF/CREFs, a prestação de serviços à população em todas as atividades
relacionadas à Educação Física e nas suas diversas manifestações e objetivos.
É, portanto, um campo profissional legalmente organizado, integrado a área da
saúde e da educação, sendo necessário que, em todas as ocupações
profissionais do campo de Educação Física se considere esta nova realidade.
O conceito de profissão regulamentada, como especifica a Lei nº 9696/98, o
atleta não é considerado Profissional de Educação Física ou do desporto. Este
entendimento é extensivo aos atletas de lutas e de artes marciais, bem como,
aos dançarinos e bailarinos.
59
3.5 - A Educação Física e outros significados:
· O conjunto das atividades físicas e desportivas;
· A profissão constituída pelo conjunto dos graduados habilitados, e demais
habilitados, no Sistema CONFEF/CREFs, para atender as demandas sociais
referentes às atividades físicas nas suas diferentes manifestações, constituindo-
se em um meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seres
humanos;
· O componente curricular obrigatório, em todos os níveis e modalidades do
ensino básico, cujos objetivos estão expressos em Legislação específica e nos
projetos pedagógicos;
· Área de estudo e/ou disciplina no Ensino Superior;
O corpo dos conhecimentos entendido como o conjunto de conceitos, teorias e
procedimentos empregados para elucidar problemas teóricos e práticos,
relacionados à esfera profissional e ao empreendimento científico, na área
específica das atividades físicas, desportivas e similares.
A Intervenção Profissional é a aplicação dos conhecimentos científicos,
pedagógicos e técnicos, sobre a atividade física, com responsabilidade ética.
A intervenção dos Profissionais de Educação Física é dirigida a indivíduos e/ou
grupos-alvo, de diferentes faixas etárias, portadores de diferentes condições
corporais e/ou com necessidades de atendimentos especiais e desenvolve-se de
forma individualizada e/ou em equipe multiprofissional, podendo, para isso,
considerar e/ou solicitar avaliação de outros profissionais, prestando assessoria
e consultoria.
O Profissional de Educação Física utiliza diagnóstico, define procedimentos,
ministra, orienta, desenvolve, identifica, planeja, coordena, supervisiona, leciona,
assessora, organiza, dirige e avalia as atividades físicas, desportivas e similares,
sendo especialista no conhecimento da atividade física/motricidade humana nas
suas diversas manifestações e objetivos, de modo a atender às diferentes
expressões do movimento humano presentes na sociedade, considerando o
contexto social e histórico-cultural, as características regionais e os distintos
interesses e necessidades, com competências e capacidades de identificar,
60
planejar, programar, coordenar, supervisionar, assessorar, organizar, lecionar,
desenvolver, dirigir, dinamizar, executar e avaliar serviços, programas, planos e
projetos, bem como, realizar auditorias, consultorias, treinamentos
especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares,
informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas das atividades
físicas, do desporto e afins.
O Profissional de Educação Física, pela natureza e características da profissão
que exerce, deve ser devidamente registrado no Sistema CONFEF/CREFs -
Conselho Federal/Conselhos Regionais de Educação Física, possuidor da
Cédula de Identidade Profissional, sendo interventor nas diferentes dimensões
de seu campo de atuação profissional, o que supõe pleno domínio do
conhecimento da Educação Física (conhecimento científico, técnico e
pedagógico), comprometido com a produção, difusão e socialização desse
conhecimento a partir de uma atitude crítico-reflexiva.
O Profissional de Educação Física exerce suas atividades por meio de
intervenções, legitimadas por diagnósticos, utilizando-se de métodos e técnicas
específicas, de consulta, de avaliação, de prescrição e de orientação de sessões
de atividades físicas e intelectivas, com fins educacionais, recreacionais, de
treinamento e de promoção da saúde, observando a Legislação pertinente e o
Código de Ética Profissional e, sujeito à fiscalização em suas intervenções no
exercício profissional pelo Sistema CONFEF/CREFs.
Na sua intervenção, o Profissional de Educação Física utiliza-se de
procedimentos diagnósticos, técnicas e instrumentos de medidas e avaliação
funcional, motora, biomecânica, composição corporal, programação e aplicação
de dinâmica de cargas, técnicas de demonstração, auxílio e segurança à
execução dos movimentos, servindo-se de instalações, equipamentos e
materiais, música e instrumentos musicais, tecnicamente apropriados.
O exercício do Profissional de Educação Física é pleno nos serviços à
sociedade, no âmbito das Atividades Físicas e Desportivas, nas suas diversas
manifestações e objetivos. O Profissional de Educação Física atua como
autônomo e/ou em Instituições e Órgãos Públicos e Privados de prestação de
serviços em Atividade Física, Desportiva e/ou Recreativa e em quaisquer locais
61
onde possam ser ministradas atividades físicas, tais como: Instituições de
Administração e Prática Desportiva, Instituições de Educação, Escolas,
Empresas, Centros e Laboratórios de Pesquisa, Academias, Clubes,
Associações Esportivas e/ou Recreativas, Hotéis, Centros de Recreação,
Centros de Lazer, Condomínios, Centros de Estética, Clínicas, Instituições e
Órgãos de Saúde, "SPAs", Centros de Saúde, Hospitais, Creches, Asilos,
Circos, Centros de Treinamento Desportivo, Centros de Treinamento de Lutas,
Centros de Treinamento de Artes Marciais, Grêmios Desportivos, Logradouros
Públicos, Praças, Parques, na natureza e outros onde estiverem sendo
aplicadas atividades físicas e/ou desportivas.
3.6- Outros significados da Educação Física:
Considerando as exigências de qualidade e de ética profissional nas
intervenções, o Profissional de Educação Física deverá estar capacitado para:
1 - Compreender, analisar, estudar, pesquisar (profissional e academicamente),
esclarecer, transmitir e aplicar os conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos
da atividade física e desportiva nas suas diversas manifestações, levando em
conta o contexto histórico cultural;
2 - Atuar em todas as dimensões de seu campo profissional, o que supõe pleno
domínio da natureza do conhecimento da Educação Física e das práticas
essenciais de sua produção, difusão, socialização e de competências técnico-
instrumentais a partir de uma atitude crítico-reflexiva e ética;
3 - Disseminar e aplicar conhecimentos práticos e teóricos sobre a Educação
Física (Atividade Física/Motricidade Humana/Movimento Humano), analisando-
os na relação dinâmica entre o ser humano e o meio ambiente;
4 - Promover uma educação efetiva e permanente para a saúde e a ocupação
do tempo livre e de lazer, como meio eficaz para a conquista de um estilo de
vida ativo e compatível com as necessidades de cada etapa e condições da vida
do ser humano; 5 - Contribuir para a formação integral de crianças, jovens,
adultos e idosos, no sentido de que sejam cidadãos autônomos e conscientes;
6 - Estimular e fomentar o direito de todas as pessoas à atividade física, por vias
62
formais e/ou não formais; 7- Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as
necessidades de indivíduos e grupos, atuando como agente de transformação
social; 8- Conhecer e utilizar os recursos tecnológicos, inerentes à aplicação
profissional.
3.7 - Campo de atuação do Professor de Educação Física:
TREINAMENTO DESPORTIVO
Intervenção: Identificar, diagnosticar, planejar, organizar, dirigir,
supervisionar, executar, programar, ministrar, prescrever, desenvolver,
coordenar, orientar, avaliar e aplicar métodos e técnicas de aprendizagem,
aperfeiçoamento, orientação e treinamento técnico e tático, de modalidades
desportivas, na área formal e não formal.
PREPARAÇÃO FÍSICA
Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar,
executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar e aplicar
métodos e técnicas de avaliação, prescrição e orientação de atividades físicas,
objetivando promover, otimizar, reabilitar, maximizar e aprimorar o
funcionamento fisiológico orgânico, o condicionamento e o desempenho físico
dos praticantes das diversas modalidades esportivas, acrobáticas e artísticas.
AVALIAÇÃO FÍSICA
Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar,
executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar,
identificar necessidades, desenvolver coleta de dados, entrevistas, aplicar
métodos e técnicas de medidas e avaliação cineantropométrica, biomecânica,
motora, funcional, psicofisiológica e de composição corporal, em laboratórios ou
no campo prático de intervenção, com o objetivo de avaliar o condicionamento
físico, os componentes funcionais e morfológicos e a execução técnica de
movimentos, objetivando orientar, prevenir e reabilitar o condicionamento, o
rendimento físico, técnico e artístico dos beneficiários.
63
RECREAÇÃO EM ATIVIDADE FÍSICA
Intervenção: Diagnosticar, identificar, planejar, organizar, supervisionar,
coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar,
desenvolver, prescrever, orientar, avaliar e aplicar atividades físicas de caráter
lúdico e recreativo, objetivando promover, otimizar e restabelecer as
perspectivas de lazer ativo e bem estar psicossocial e as relações sócio-culturais
da população.
ORIENTAÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS
Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar,
executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, desenvolver, prescrever,
orientar, avaliar, aplicar métodos e técnicas motoras diversas, aperfeiçoar,
orientar e ministrar os exercícios físicos, objetivando promover, otimizar,
reabilitar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, condicionamento e o
desempenho fisiocorporal, orientar para: o bem-estar e o estilo de vida ativo, o
lazer, a sociabilização, a educação, a expressão e estética do movimento, a
prevenção de doenças, a compensação de distúrbios funcionais, o
restabelecimento de capacidades fisiocorporais, a auto-estima, a cidadania, a
manutenção das boas condições de vida e da saúde da sociedade.
GESTÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO
Intervenção: Diagnosticar, identificar, planejar, organizar, supervisionar,
coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar,
desenvolver, prescrever, prestar consultoria, orientar, avaliar e aplicar métodos e
técnicas de avaliação na organização, administração e/ou gerenciamento de
instituições, entidades, órgãos e pessoas jurídicas cujas atividades fins sejam
atividades físicas e/ou desportivas.
CONCEITUAÇÃO DE TERMOS
1- ATIVIDADE FÍSICA
Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta
num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade
do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento inerente ao
ser humano com características biológicas e sócio-culturais.
No âmbito da Intervenção do Profissional de Educação Física, a atividade
64
física compreende a totalidade de movimentos corporais, executados no
contexto de diversas práticas: ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos,
lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e
acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento
corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e
outras práticas corporais.
2 - EXERCÍCIO FÍSICO
Seqüência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos
corporais, executados de forma planejada, segundo um determinado objetivo a
atingir.
Uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que
objetiva o desenvolvimento da aptidão física, do condicionamento físico, de
habilidades motoras ou reabilitação orgânico-funcional, definido de acordo com
diagnóstico de necessidade ou carências específicas de seus praticantes, em
contextos sociais diferenciados.
3 - DESPORTO/ ESPORTE
Atividade competitiva, institucionalizado, realizado conforme técnicas,
habilidades e objetivos definidos pelas modalidades desportivas, determinado
por regras preestabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade, podendo
também, ser praticado com liberdade e finalidade lúdica estabelecida por seus
praticantes, realizado em ambiente diferenciado, inclusive na natureza (jogos: da
natureza, radicais, orientação, aventura e outros). A atividade esportiva aplica-
se, ainda, na promoção da saúde e em âmbito educacional de acordo com
diagnóstico e/ou conhecimento especializado, em complementação a interesses
voluntários e/ou organização comunitária de indivíduos e grupos não
especializados.
Educação Física:
A Educação Física é uma atividade dinâmica que contribui na formação ampla
dos sujeitos no aspecto social; bem como no desenvolvimento de seu lado
individual, através de oportunidades lúdicas que proporcionam equilíbrio entre
corpo, mente e espaço.
65
Desenvolvem as habilidades motoras de qualquer sujeito, além de manter
elementos terapêuticos, sejam eles emocionais ou físicos.
Desde os tempos primitivos, quando o homem necessitava correr dos animais
predadores, pular para pegar alimentos, carregar pesos, arremessar objetos
para caçar, etc.
Aos poucos, percebeu- que seu preparo físico garantiria de melhores condições
de vida, tanto para trabalhar, interagir e se divertir.
Nas práticas esportivas, nos jogos recreativos ou nos jogos com disputas, os
participantes aprendem a lidar com sentimentos de perda, frustração, ansiedade,
paciência, respeito ao próximo, dentre outros, além de ter que aprender a
esperar sua vez. Atividades que contribuem para a formação ampla do sujeito
O trabalho pedagógico desenvolvido na Educação Física deve estar voltado para
a construção da cidadania dos sujeitos, formando elementos críticos e
participativos no meio social em que estão inseridos. Seu objetivo principal deve
ser de que o aluno “adquira a qualificação sócio-histórico-cultural necessária
para promover o desenvolvimento de uma racionalidade crítica, autônoma e
participativa”.
O caráter competitivo das atividades esportivas nem sempre está presente.
Existem as práticas voltadas para o aspecto lúdico e de recreação, deixando as
disputas de lado.
A educação física pode se dividir em várias classes: a escolar, a social, a
terapêutica, a esportiva, a recreativa, dentre outras. O profissional também atua
orientando sobre cuidados com a saúde, alimentação, problemas do
sedentarismo, obesidade, etc.
Sabe-se da importância do profissional de educação física para a manutenção
da qualidade de vida do ser humano, da sociedade em que se encontra inserido.
Esse profissional exerce suas atividades atuando de forma individual (personal
trainner) ou coletiva, em clubes, escolas, hotéis e spas, academias,
condomínios, empresas, clínicas de recuperação, prefeituras e escolas, etc.
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3.8 - Alguns Tipos de Atividades físicas:
Aikidô, Arco-e-flecha, Atletismo, badminton, basquetebol, beach soccer,
beisebol e softbol, biatlon, bicicross, bilhar, biribol, bocha, boliche, caça
submarina e mergulho, caiaque-pólo, trampolim, canoagem, capoterapia,
ciclismo, críquete, musculação, futebol, futebol de salão, ginástica, golfe,
handebol, iatismo, judô, jiu-jistsu,kart, montanhismo,muay thai,natação, pesca,
peteca, pólo aquático, remo, dardos, sinuca, surfe, tae kwon do, tai chi chuan,
tamboréu, tênis, tênis de mesa, triatlo, voleibol, vôlei de praia, xadrez.
Todas as modalidades poderão atuar para a Promoção da Saúde e Prevenção
de Doenças Ocupacionais
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CAPÍTULO IV:
ESTUDO DE CASO: FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A e seu PQVT.
FURNAS-CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., âmbito regional, tendo como área de
atuação, hoje, o Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio
de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Paraná e Rondônia,
onde funciona o Escritório de Construção de Porto Velho. A sede na cidade do
Rio de Janeiro,
Desempenha atividades como: Realizar estudos, projetos, construção e
operação de usinas produtoras e linhas de transmissão e distribuição de energia
elétrica, bem como a celebração de atos de comércio decorrentes dessas
atividades;Participar de pesquisas de interesse do setor energético, ligadas à
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como de estudos de
aproveitamento de reservatórios para fins múltiplos;Contribuir para a formação
do pessoal técnico necessário ao setor de energia elétrica, bem como para a
preparação de operários qualificados, através de cursos especializados;Prestar
serviços de apoio técnico, operacional e administrativo às empresas
concessionárias de serviço público de energia elétrica;
Participar de associações ou organizações de caráter técnico, científico e
empresarial de âmbito regional, nacional ou internacional, de interesse para o
setor de energia elétrica;Colaborar para a preservação do meio ambiente, no
âmbito de suas atividades;Colaborar com a ELETROBRÁS nos programas
relacionados com a promoção e incentivo da indústria nacional de materiais e
equipamentos destinados ao setor de energia elétrica, bem como para sua
normalização técnica, padronização e controle de qualidade;
FURNAS nasceu em meados da década de 50. Em 1º de junho de 1971, a sede
foi transferida para o Rio de Janeiro.
A Empresa conta com um complexo de doze usinas hidrelétricas e duas
termelétricas. Representa aproximadamente 10% da geração do país,
garantindo o fornecimento de energia elétrica em uma região onde estão
situados 51% dos domicílios brasileiros e que responde por 65% do PIB
brasileiro.
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O Sistema FURNAS é supervisionado de forma geral pelo Centro de Operação
do Sistema, em articulação com os centros de operação regionais. Informações
das mais remotas áreas regionais são transmitidas por meio de tecnologias de
comunicação que levam a estes centros de operação um panorama on-line
completo de todo o sistema, utilizando sistemas computacionais de tempo real
(SOL) e tecnologias de última geração videowall.
Os centros de operação regionais têm como principais encargos a coordenação
de manobras e a normalização do sistema elétrico após eventuais perturbações.
São quatro centros: O Centro de Operação do Sistema e o Centro de Supervisão
de Telecomunicações localizam-se no Rio de Janeiro – no Escritório Central de
FURNAS - Centrais Elétricas S.A.
O Escritório Central, uma "pequena cidade" de cerca de 2.483 empregados em
uma área de 88 mil m². O Departamento de Serviços Gerais é o responsável
pelo bom funcionamento desta "pequena cidade" composta de quatro blocos
num total de 50 andares e 380 salas, mais áreas externas chamada Escritório
Central de Furnas. O Departamento de Serviços Gerais é formado por uma
equipe de 620 pessoas que está sempre a postos para solucionar qualquer tipo
de problema, mesmo que, algumas vezes, seja necessário apelar para a
criatividade.
As várias "secretarias" - manutenção, transporte aéreo e terrestre, administração
predial, nutrição, malote, expediente, circulação de correspondência,
almoxarifado, operação da subestação, posto do Instituto Félix Pacheco, gráfica,
segurança e estacionamento - absorvem um contingente de 320 pessoas.
Outras 300 formam o grupo de apoio: limpeza, vigilância, portaria, recepção,
ascensorista, refeitório da diretoria, mensageiro, e brigada de emergência.
Algumas dessas "secretarias" são franqueadas ao público externo - o posto do
Instituto Félix Pacheco, o Espaço FURNAS Cultural e o auditório do bloco B
quando acontece algum evento. O Espaço FURNAS Cultural, por exemplo,
chega a receber até 250 visitantes nos fins de semana.
O Escritório Central, como toda cidade, possui os serviços essenciais que
funcionam 24 horas, com pessoas de plantão nos fins de semana. Cada turno de
oito horas absorve 12 guardas, quatro bombeiros, um inspetor de segurança,
69
três operadores na sala de controle e dois na operação do ar condicionado. Os
pedidos de socorro, todos sempre em "caráter de urgência", não têm hora para
acontecer e são os mais diversos. Oitenta por cento se referem à manutenção. A
equipe de manutenção responde, diariamente, a pedidos como, chaveiro,
conserto de elevadores, produção e reparo de móveis e até o recalçamento do
pátio. Entretanto, ao contrário do que se imagina, administrar toda "essa
máquina", não é muito complicado. O difícil é solucionar os problemas quando
aparecem, tendo que se priorizar o pedido de algum cliente em relação a outro.
Todas as necessidades são para ontem. Isto gera todos os tipos de sentimento
no empregado.
4.1- A estrutura Organizacional de FURNAS:
Umas das ações do RH de FURNAS é a execução do PQVT (Programa de
Qualidade de Vida no Trabalho).
O Programa tem como objetivo a melhoria da Qualidade de Vida dos
empregados da empresa e de seus dependentes e está alicerçado em três
vertentes:
- Atividade Física - são atividades de educação física que possibilitam a melhoria
do condicionamento físico e do relacionamento entre os empregados tais como:
70
caminhadas ecológicas, ginástica laboral, grupo de corredores, esportes
coletivos e individuais; ANEXO:fotos de Geraldo Kosinski/Arquivo FURNAS
- Atividade Cultural - são atividades que possibilitam o aprimoramento cultural e
uma maior integração dos nossos colaboradores, a saber: grupos artísticos
(coral e teatro), oficinas de pintura e música, exposição de artes plásticas e o
shows; ANEXO: Curso de Libras (Surdo e Mudo): GeraldoKosinski/Arquivo
FURNAS Peça Inspetor Geral: Antonio Batalha
- Atividade de Serviço Social - são atividades que além de contribuírem para a
melhoria do bem-estar dos empregados, visam o atendimento à comunidade
externa, através de convênios com entidades que atendem a segmentos menos
favorecidos da sociedade tais como: Suplência de 1º e 2º graus, Programa
Educacional para Adolescentes Treinandos e Programa de Iniciação
Ocupacional para Deficientes. ANEXO:fotos de Geraldo Kosinski/Arquivo
FURNAS.
O RH oferece por meio do Programa de Qualidade de Vida atividades que visam
o reconhecimento e a valorização de seus empregados a satisfação e o bem
estar do empregado.. As ações desenvolvidas são divididas em cinco áreas:
física, sócio-emocional, espiritual, intelectual e organizacional.
FURNAS acredita que pessoas mais felizes, trabalham melhor e produzem
mais, contribuindo favoravelmente para o ambiente organizacional.
As atividades físicas têm um impacto direto na sua saúde, além disso,
possibilitam a integração dos empregados. São oferecidas: caminhadas,
corridas, sala de condicionamento físico, jogos de salão e oficinas esportivas.
Cabe ressaltar que todas as atividades físicas são acompanhadas por um
profissional capacitado, um Professor de Educação Física.
Com enfoque na saúde física, disponibiliza-se em parceria com o Departamento
de Saúde, a orientação nutricional, que tem como objetivo principal, estimular a
adoção de hábitos alimentares saudáveis.
O Programa de Saúde de FURNAS desenvolve ações de prevenção e educação
para a saúde, em paralelo às de Medicina Ocupacional e Assistência Direta.
Destacamos ações:
71
- O Projeto Reviver: cuida da Prevenção e Tratamento de Dependência Química
para os empregados e dependentes químicos, incluindo a atenção familiar e
orientação gerencial.
- Projeto Prevenir é o caminho: promove campanhas regulares de prevenção e
formação de agentes multiplicadores em saúde. Temas como estresse, diabetes,
hipertensão arterial, obesidade, câncer etc são conduzidos por uma equipe
multidisciplinar.
- Cine estação saúde: debate temas da atualidade, visando uma atitude proativa
para a melhora e manutenção da saúde. Com uma visão mais ampla
pretendemos preservar o patrimônio humano da Empresa, por meio da melhoria
da qualidade de vida, da produtividade, mantendo a confiabilidade operacional
do sistema FURNAS.
Para o fortalecimento dos laços familiares e de amizade cria relacionamentos
saudáveis que ajudam na compreensão do outro. Além disso, a auto-estima
também é importante para constituir um ambiente sócio-emocional favorável.
Palestras motivacionais e caminhadas culturais são as opções disponibilizadas.
Parte Espiritual entende-se pelas crenças e valores pessoais que guiam as
nossas escolhas de vida, sempre com o objetivo de se alcançar a paz de
espírito. A fim de auxiliar o empregado a empresa oferece atividades de
relaxamento, meditação e o autoconhecimento.
O objetivo dessas atividades é proporcionar acesso à cultura, esporte, lazer e
entretenimento, além de incentivar o contato com a arte e a melhoria das
relações humanas.
As ações de : Atividades Físicas:Corridas (Atletismo), Multiesporte, Esportes
Combinados (Corrida, Natação e Ciclismo)Sala de condicionamento físico,
Atividades Esportivas (Futebol, Voleibol e Tênis); Sócio-emocional:Palestras –
Reuniões motivacionais, Atendimento social, Trabalho com grupos
setoriais;Iniciação Ocupacional para deficientes auditivos; Espiritual: Shiatsu,
Yoga, Pilates, Meditação; Intelectual: Oficinas de Fotografia, Cavaquinho e
Dança, Coral FURNAS Gerando Vozes, Sobremesa Cultural, Shows e
Apresentações de teatro, Galeria C, Organizacional, PPA – Projeto Pós
Aposentadoria.
72
4.2 - A Educação Física atuando no PQVT de FURNAS:
As atividades físicas têm um impacto direto na sua saúde, além disso,
possibilitam a integração dos empregados. São oferecidas: caminhadas,
corridas, sala de condicionamento físico, jogos de salão e oficinas esportivas.
Cabe ressaltar que todas as atividades físicas são acompanhadas por um
profissional capacitado, um professor de Educação Fïsica.
Modalidades disponíveis:
Atletismo:Grupo Corrida de Rua. São atividades desportivas, em geral, de
caráter competitivo, realizadas individualmente ou entre equipes que visam além
da melhoria do condicionamento físico dos empregados a divulgação do nome
da Empresa.
Para o empregado participar , ele entra em contato com o RH, o empregado fará
uma avaliação de componentes corporais,além deste, apresenta um atestado
médico. Após o exame clínico fará uma avaliação do condicionamento físico,
onde será proposto um trabalho aeróbico, adequado ao estágio do empregado,
daí para frente, estará participando da equipe de corredores. Poderá evoluir,
onde o empregado podendo desenvolver aptidões para atividades com duátlon e
triátlon.
Há, ainda, a modalidade esportiva do tênis desenvolvida pelo RH em parceria
com os empregados de Furnas. A atividade chegou a um estágio de evolução,
sendo hoje administrada pelos membros “ranquiados”, através de uma
comissão.
ANEXO:
Profissões de FURNAS que precisa de capacitação Física:
Participação em Duatlon e triatlon:
Avaliação Física, Palestras.Capacitação Física
Atividades Esportivas com objetivo de integração
73
4.3 – Relatório de Avaliação de um departamento sobre aspectos de
qualidade de vida dos empregados.
O professor de Educação Física, Mario Jorge, elaborou um relatório sobre a
avaliação de 65 colaboradores. Visando dar informações objetivas à Gerência
em relação à condição atual dos seus funcionários, para uma tomada de posição
no sentido de melhorar a qualidade de vida através de adoção de hábitos
saudáveis.
O relatório foi elaborado com dados obtidos através de uma avaliação
composição corporal feita em agosto de 2007. A avaliação constou da análise da
composição corporal através de três métodos (IMC, circunferência da cintura e
Bioimpedância) para diagnosticar sobrepeso e obesidade.
O relatório apresentou gráficos, com as medidas obtidas e uma avaliação das
mesmas, a fim de ilustrar o perfil geral do grupo que cuida dos projetos de
promoção de saúde em Furnas.
Os Fatores de Risco do Empregado, na medida que os indivíduos desenvolviam
doenças crônico-degenerativas, foi possível agrupá-los por problemas e
determinar quais eram os fatores de risco que apresentavam em comum.
Atualmente, para as doenças cardiovasculares, os fatores de risco são
classificados em 2 categorias: Fator de Risco Primário e Fator de Risco
Secundário. Os fatores primários são aqueles demonstrados como implicados na
formação de aterosclerose. Os fatores secundários não são menos importantes,
mais podem necessitar de investigações adicionais para elevá-los a condição de
Fator Primário.
- Riscos Primários para eventos cardíacos:
- Hipertensão; tabagismo; hipercolesterolêmia e sedentarismo.
- Riscos Secundários para eventos cardíacos:
- Hereditariedade; obesidade; idade acima de 35 anos; sexo masculino e
estresse.
74
Gráfico – Peso total geral
Gráfico – Média de peso geral
FAIXA ETÁRIA DO DEPARTAMENTO
A equipe apresenta uma média de 37 anos, sendo que 54 % da equipe estão
com idade acima de 35 anos, aparecendo assim como um fator de risco
secundário para eventos cardíacos. Notamos também no grupo masculino e
feminino que a média de idade e o percentual de 54 % encontrado para os que
têm idade acima de 35 anos é a mesma.
2994
1345
1649
PESO TOTAL MASC. FEM.
82,47
68,89
75,68
MASC.
FEM.
MEDIA GERAL
75
Devemos levar em consideração que com o avançar da idade, a produção
hormonal entra em declínio ocasionando a queda da performance física e o
acúmulo de gordura corporal, aumentando assim o risco para desenvolvimento
das Doenças Crônica Degenerativas não Transmissíveis. Na mulher o alto risco
aparece quando a mesma atinge 50 anos devido ao declínio acentuado dos
hormônios Estrógeno e Progesterona.
Gráfico – idade Feminino
Gráfico – idade Masculino
AVALIAÇÃO CINTURA APA.G
Acima de 35 anos 54%
Acima de 35 anos 54%
76
A circunferência da cintura aprece como uma importante sinalização de
obesidade com alto risco para desenvolvimento de diabetes, hipertensão e
outros problemas crônicos.
A referência de circunferência alta é de acima de 94 cm para o sexo masculino
que tem até 40 anos e acima de 102 cm para os que têm mais de 40 anos.
Apesar do percentual encontrado devemos ter uma atenção com os que estão
com índices alterados. Na mulher a referência é de 80 cm para ás que tem até
35 anos e 88 cm para as demais. Para a nossa classificação (verde, vermelho e
amarelo) utilizamos a tabela abaixo:
GRÁFICO – CINTURA FEMININO
cintura feminino
36%
33%
31%
amarelo
vermelho
verde
Excessivo д ヱ02 Excessivo д ΒΒ
Acima do Peso 95 – 101 Acima do Normal 81 – 87
Normal г Γヴ Normal г Βヰ
Condição Cintura Condição Cintura
Homens Mulheres
77
GRÁFICO – CINTURA MASCULINO
PERCENTUAL DE GORDURA
Utilizamos como referência Pollock que considera ideal um percentual de
gordura para mulheres de 24 % e para homem de 15%. Utilizamos a balança de
bioimpedância como método de avaliação do grupo.
OBS: Não observamos o procedimento pré-teste da metodologia aplicada.
GRÁFICO - % GORDURA FEMININO
GRÁFICO - % GORDURA MASCULINO
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA – APA.G
cintura masculino
14%
18%
68%
amarelo
vermelho
verde
Vermelho 93% Verde 7%
Vermelho 96%
Verde 4%
79
Em um total de 43 estudos selecionados para análise sobre a relação da
inatividade física e a doença coronariana. Alguns autores concluíram que a
inatividade representa um fator de risco bem mais importante que os níveis
elevados de colesterol sanguíneo, do que o tabagismo e da hipertensão, esses
antes considerados os mais importantes fatores de risco e denominados
primários.
Esta informação baseou-se no fato que o peso do sedentarismo associado às
doenças coronarianas equivalia ao representado pelos três principais fatores de
risco, e que existem muito mais indivíduos fisicamente inativos do que:
fumantes; hipertensos e hipercolesterolêmicos. As evidências indicam que o
sedentarismo pode representar a principal causa da obesidade, sendo até mais
significativo que a superalimentação.
Encontramos empregados considerados sedentários, ou seja, que não praticam
regularmente 3 vezes por semana exercícios físicos com duração mínima de 30
min. Assim sendo, o sedentarismo além de colaborar para baixa do
condicionamento físico, da produtividade laboral, aparece como um importante
fator de risco para o aparecimento de diversas doenças crônico degenerativa
não transmissíveis.
GRÁFICO - SEDENTÁRIOS
Total: 65
Respondidas:42
PROPOSTA DE AÇÃO
- Autorização para que a equipe possa utilizar a sala de capacitação física
durante 60 min, durante sua jornada de trabalho regular;
- Disponibilizar orientação nutricional, através da metodologia calorias
inteligentes;
- Criar metas individualizadas para a próxima avaliação da equipe;
Sedentário 62%
80
- A prescrição, a orientação e o monitoramento das atividades físicas para a
equipe, deverão ser feitas pelos professores de Educação física. GRUPO
AVALIADO:
DOS SANTOS ( 2009 )A vida sedentária e a superalimentação contribuem para
um conjunto de problemas, principalmente com a quebra de harmonia existente
entre as funções corporais e os sistemas orgânicos. Entendemos que a quebra
desta harmonia fará com que todo o organismo sofra, como por exemplo: numa
queda simples de resistência podemos apresentar um simples resfriado ou uma
cefaléia de tensão, aumentando os índices de absenteísmo e queda de
produtividade laboral. Assim, um descontrole alimentar e a inatividade física
podem causar uma série de deteriorização das funções corporais normais.
Problemas clínicos graves e comuns como: a coronariopatia; a hipertensão; a
obesidade; a alta ansiedade; a depressão; e as relacionadas à coluna, estão
diretamente ou indiretamente relacionadas com a falta de exercícios regulares e
de uma maior orientação nutricional.
Este trabalho procurou apresentar um perfil da equipe da APA.G, responsável
por desenvolver campanhas e projetos para melhoria da qualidade de vida para
toda força de trabalho da empresa, mostrando a necessidade da inclusão de
toda equipe nas ações de Bem Estar, seja para melhorar a condição atual ou
para manter a boa forma.
4.4 – Grupo dos Corredores de Rua
O professor de Educação Física, Wilson Neiva,atua com o grupo de corredores
de Rua de FURNAS,cedeu material de sua pesquisa para enriquecemento
desta pesquisa. Segue:
A Importância da Atividade Física. American College of Sports Medicine (ACMS),
Organização Mundial de Saúde (OMS) (BLAIR et al, 1995), Federação
Internacional de Medicina Esportiva (FIMS) e o Conselho Internacional de
Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), entre outras, aprovam a
recomendação geral que advoga:
81
[...] “todo indivíduo deveria realizar pelo menos 30 minutos de
atividade física, na maior parte dos dias da semana, se possível
todos, de intensidade moderada, de forma contínua ou acumulada”
(PATE et al., op.cit).
1- A ação corrida de Rua é desenvolvida em Furnas desde 1994.
2- Por ser uma atividade simples agrega um grande número de participantes.
3- É uma ação voltada para a promoção da saúde dos empregados.
4- Ação de Inclusão.
5- Tem disponibilizado um universo de alternativas para os participantes.
6- Tem que ser controlada e monitorada a todo instante.
O Processo
1- Inscrição livre (iniciativa individual) ou do setor, entrevista e cadastramento
com Atestado Médico específico;
2- Avaliação Física, Regulamento, Calendário de provas
4- Orientações e Prescrição / Treinos acompanhados;
5- Qualificação para as provas;
6- Inscrição nas provas;
7- Participação;
8- Aplicação da pesquisa de satisfação;
9- Reuniões com o grupo.
O FOCO NO PROJETO
Área de Atuação Área do Domínio
Emocional AFETIVO
Espiritual COGNITIVO
Física PSIMOTOR
Intelectual
Ocupacional
Social
82
São Cadastrados – 450 empregados
Média de participantes por prova – 180 empregados
Componentes Corporais – 2008 Masculino Feminino
Média % de Gordura dos empregados não participantes 23,4% 26,4%
Média % de Gordura dos empregados participantes do PQVT 14,5% 20,2%
Tabela - Média dos índices de % de gordura dos empregados de Furnas lotados no Escritório
Central (EC), participantes e não participantes do PQVT – ação Corrida de Rua
2008
ATITUDES
Participante do
PQVT Masculino
Não participante
Masculino
Não participante
Feminino
Participante do
PQVT Feminino
Nenhuma atividade 0 % 46 % 68 % 0 %
Nutrição 0 % 12 % 19 % 0 %
Atividade Física 46 % 28 % 3 % 28 %
Atividade Física e
Nutrição 54 % 14 % 10 % 72 %
2008
COLESTEROL
Participante do
PQVT Masculino
Não participante
Masculino
Não participante
Feminino
Participante do
PQVT Feminino
< 200 mg/dl 52 % 8 % 12 % 54 %
200 a 220mg/dl 42 % 45 % 48 % 43 %
221 a 250mg/dl 4 % 33 % 22 % 2 %
> 251 mg/dl 2 % 14 % 18 % 1 %
2008
TRIGLICÉRIDES
Participante do
PQVT Masculino
Não participante
Masculino
Não participante
Feminino
Participante do
PQVT Feminino
< 165 mg/dl 84 % 44 % 64 % 92 %
> 165 mg/dl 16 % 56 % 36 % 8 %
84
Recomendações:
A empresa moderna começa a se preocupar e dar importância ao bem-estar e a
auto-realização de seus empregados, tornar o ambiente de trabalho agradável,
abrangendo características que diferenciam o ser humano dos objetos e das
máquinas.
A ótica da empresa deve privilegiar a promoção da saúde do trabalhador, como
instrumento que se antecipa ao elemento doença, eliminando práticas
discriminativas e que reforcem a exclusão. Promoção ao invés de Prevenção
Desvelar as diferentes leituras e abordagens do cenário organizacional, em
relação aos contextos onde estamos inseridos, apontando para a necessidade
da internalização e disseminação do conceito de responsabilidade pessoal.
Considerações Finais:
As ações do PQVT devem privilegiar a promoção da saúde do trabalhador, como
instrumento que se antecipa ao elemento doença. Eliminando práticas
discriminativas que reforcem a exclusão, onde a atividade física deve ser
projetada e disponibilizada aos interesses do empregado, relacionadas aos
limites individuais e do grupo. Devem ser tratadas como ferramenta de RH num
processo de inclusão organizacional, estabelecendo sua abrangência em
contrapartida ao engajamento pessoal com responsabilidade expressa doe todos
(trabalhador, empresa e facilitadores).
Desvelar as diferentes leituras e abordagens em relação ao PQVT e o contexto
onde se insere, apontando para a necessidade da reeducação motora, através
do conceito de responsabilidade pessoal. Desenvolvimento de ações de forma
sistemática, dirimindo a sazonalidade. Adoção do PQVT sob a visão prospectiva
e holística voltada para a promoção da saúde, com a efetivação do trabalho do
professor de educação física na empresa, comprometido com o atendimento às
demandas dos empregados e da empresa. Elencando indicadores de avaliação
do PQVT, apontando a adesão e a fidelização ao programa como primários.
85
CONCLUSÃO
Desde o tempo da Revolução Industrial até hoje a jornada de trabalho excessiva
torna o homem uma cobaia do sistema. Por volta da década de 90, onde a
demanda da carga de trabalho era maior e mais intensa, resultou em efeitos
desfavoráveis a saúde do trabalhador. O advento de novos processos trouxe em
seu bojo mudanças consideráveis no ambiente de trabalho, a era da informática
e da tecnologia veio acentuar essas mudanças e catalisar suas conseqüências
ao homem. Tornando o empregado predisposto a vários tipos de Doenças
Ocupacionais (LER (Lesão por esforço repetitivo) e DORT (Distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho), sedentarismo, etc.
O RH começou a se preocupar com a saúde do trabalhador. Surgiram ações
diretas e especificas para promoção da saúde do funcionário: prevenido,
tratando e reabilitando o índice do surgimento de doenças ocupacionais. Várias
empresas foram evoluindo aos poucos, com a preocupação de melhorar o
rendimento laboral e a qualidade de vida dos trabalhadores.
Os tempos modernos impuseram uma nova rotina aos trabalhadores, que
geralmente apresentam vida sedentária, e que durante a jornada de trabalho
realizam movimentos repetitivos com uso e desuso incorreto da musculatura,
posicionamento errôneo por passar horas na mesma posição, em fim, a grande
jornada de trabalho deixara marcas no organismo. O organismo necessita de
um período de recuperação para promover a homeostase, caso isso não
aconteça irá gerar um acúmulo de cansaço residual podendo ser levado a um
estado patológico com modificações funcionais e de rendimento, associados ao
estress, ansiedade ou depressão, patologias essas, que resultam na limitação
do desempenho tanto do trabalhador quanto da empresa. Essas doenças
levaram as organizações empresariais a começar a se preocupar com o bem-
estar e com a saúde do trabalhador. O trabalhador não é uma extensão das
máquinas, nem o trabalho pode ser fonte de sofrimento, alienação e
insatisfação. O trabalho vem ganhando um novo significado, como num passado
recente, o status de valor e de dignidade humana.
86
A promoção da saúde e prevenção de doenças ocupacionais no QVT é um
assunto estratégico para as empresas: os impactos da baixa qualidade de vida
do trabalhador nas atividades da empresa são conhecidos como baixa
produtividade, elevado índice de rotatividade, elevados custos com a assistência
médica, etc. De outro lado, as pessoas estão cada vez mais exigente com as
condições de trabalho, resgatando valores sobre a importância do trabalho em
suas vidas. Os objetivos da empresa na busca por melhores resultados de
produtividade ao baixo custo, mecanismo para atender a satisfação do
funcionário e dos diretores e investidores para obterem mais lucros e menos
prejuízos.
Conforme FRANÇA (1997: 80),“Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o
conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias
e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da
qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a
empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque
biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial
para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação
de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas,
durante o trabalho na empresa.”
Tendo a base da QVT o enfoque biopsicossocial, ocorrendo a partir do momento
em que se olham as pessoas como um todo.
Estimular a caminhada matinal ao redor do local de trabalho evitando o
sedentarismo, melhorando a circulação e aliviando a irritabilidade, aumentando a
confraternização entre os colegas. Em se tratando de formas de prevenção de
Burnout, França e Rodrigues (1996) sugerem aumentar a variedade de rotinas,
para evitar a monotonia; prevenir o excesso de horas-extras;dar melhor suporte
social às pessoas; melhorar as condições sociais e físicas de trabalho; e investir
no aperfeiçoamento profissional e pessoal dos trabalhadores.
Pensar em qualidade das relações de trabalho e suas conseqüências na saúde
das pessoas e da organização. O esforço que tem que se desenvolver é de
conscientização e preparação para uma postura de qualidade com visão
holística, valorizando os fatores biopsicossocial e organizacional.
87
Uma empresa humanizada, voltada para seus funcionários, agrega outros
valores, promove a melhoria na qualidade de vida e de trabalho, visando à
construção de relações mais democráticas e justas, abrandam as desigualdades
e diferenças de raça, sexo ou credo, além de contribuírem para o
desenvolvimento e crescimento das pessoas, sendo à base disso tudo o
respeito. Respeito por si mesmo e pelo próximo! Para isso é importante perceber
que o professor de Educação Física reúne conhecimentos biológico técnico e
pedagógico para propiciar um ambiente favorável para atuação dos objetivos de
melhoria na qualidade de vida do empregado dentro da empresa. Este poderá
desempenhar atividades numa equipe multidisciplinar seguindo os objetivos e
estratégias da empresa. Afinal, relaxar é também produzir. Saber desfrutar de
momentos de lazer, são atitudes que ajudam a empresa a alcançar resultados e
desenvolver a criatividade. Aprender a equilibrar os fatores saúde e trabalho
considerados essenciais para o autodesenvolvimento e autopreservação para a
qualidade de vida no trabalho é tarefa fundamental. É uma conquista diária. É
fazer cada dia ser único.
88
ANEXOS
Índice de anexos
Neste espaço trouxe conteúdos de apoio, objetivando aprofundar o programa
de Quallidade de Vida no Trabalho. São alguns materiais de referência. Apresento o
modelo utilizado em FURNAS.
questionários, entrevistas, mensuração dos resultados entre outros.
Anexo 1 >> Modelo do Questionário de Pesquisa de Satisfação do Empregado.
Anexo 2 >> Modelo de Ficha de inscrição do Grupo Corredores de Rua de
FURNAS.
Anexo 3 >> Publicação Diário Oficial da Regulamentação da Profissão de Educação Fïsica.
Anexo 4 >> Fotos do PQVT.
Anexo 5 >>
89
ANEXO 1
Atividade : CORRIDA DE RUA
Localidade: Data:
Queremos conhecer os resultados!
Sua participação é muito importante para nossa avaliação, pois estamos buscando os
resultados do trabalho produzido pela Ação Corrida de Rua, desenvolvido pela Assessoria de
Projetos e Ações para Melhoria no Trabalho - APA.G.
Utilize a régua de avaliação e pontue na escala de 1 a 5 o seu resultado.
Você deve fazer comentários e sugestões usando o espaço abaixo ou o verso da folha.
Questões 1
Péssimo
2
Ruim
3
Regular
4
Bom
5
Ótimo
1. Como você avalia o seu grau de atividade física
antes de participar da ação Corrida de Rua?
2. Como você avalia os efeitos da ação Corrida de
Rua sobre a sua qualidade de vida?
3. Como você avalia a sua satisfação ao participar da
ação e se elas auxiliam nas relações no trabalho?
SIM NÃO
4- Você era sedentário antes de iniciar na ação
Corrida de Rua 1
Péssimo
2
Ruim
SIM NÃO
5- Seus exames clínicos melhoram (Peso, IMC,
Índice de cintura, Colesterol, Triglicerídeos, outros) 1
Péssimo
2
Ruim
Comentários e Sugestões:
90
ANEXO 2
96
ANEXO 8
97
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALMEIDA, Elisabete Fernandes. Texto: O QUE SÃO E COMO TRATAR AS DOENÇAS OCUPACIONAIS. <URL: http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=5799> , data de acesso:18/01/2010. BAKKE, Hanne Alves. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho com abordagem fisioterapêutica preventiva. 2007. Acesso em: novembro de 2009. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 4ed. São Paulo: Atlas, 2006. Brasil é 38º em ranking internacional de qualidade de vida. <URL: http://www.abqv.org.br/noticias_leitura.php?id=132>.Agência Estado/BBC Brasil, BRAVERMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista: A Degradação do Trabalho no Século XX. 3ª Edição. Jorge Zahar Editores. Rio de Janeiro, 1981. CASTELLANOS PL 1997. Epidemiologia, saúde pública, situação de saúde e condições de vida: considerações conceituais, pp. 31-76. In RB Barata (org.). Condições de Vida e Situação de Saúde. Saúde Movimento, 4. Abrasco, Rio de Janeiro. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução á Teoria Geral da Administração. 6ª. Edição. Editora Campus. São Paulo, 2000. CHIAVENATO. Recursos Humanos – Edição Compacta. Editora Atlas. São Paulo, 2002. CHIAVENATO. Gestão de Pessoas. Editora Campus. São Paulo, 2004. COELHO,Tom. Conheça sua base motivacional <URL: http://www.guiarh.com.br/z43.htm>. Data de acesso: 20/10/2009. CONFEF- Resolução CONFEF, No 046/2002 e texto: Regulamentação da Educação Física no Brasil. Elaboração de medidas legais e a criação de um conselho. <URL: http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/conteudo.asp?cd_resol=82> data de acesso: 18/10/2009>. COSTA, Alberto Martins da. Atividade Física e a relação com a qualidade de vida; Ansiedade e depressão em pessoas com seqüelas de acidente vascular isquêmico (AVCI). Universidade Estadual de Campinas. Campinas-SP. 2002. Acesso em: novembro de 2009 COSTA, Marcelo Gomes - Ginástica localizada. Ed. Sprint, 2ª edição, R.J.1998. DAMASIO, A. (2000). O mistério da consciência: do corpo e das emoções ao conhecimento de si. São Paulo: Companhia das Letras.Publicado originalmente no site do jornal Tudo Bem em 13/02/2006. DE MASI, Domenico. A Sociedade Pós-Industrial. 3ª. Edição. Editora Senac, São Paulo, 2000.
98
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99
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ÍNDICE FOLHA DE ROSTO ------------------------------------------------------------------- 01
AGRADECIMENTO ------------------------------------------------------------------- 03
DEDICATÓRIA--------------------------------------------------------------------------- 04
RESUMO---------------------------------------------------------------------------- 05
METODOLOGIA------------------------------------------------------------------------- 06
SUMÁRIO--------------------------------------------------------------------------------- 07
INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------- 09
CAPÍTULO I - O TRABALHO ------------------------------------------------------ 10
1.1 – A busca que o RH faz----------------------------------------------------- 21
1.2 – Fatores que influenciam nas decisões------------------------------ 26
CAPÍTULO II - QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO---------------------- 29
2.1-O início do PQVT------------------------------------------------------------------ 35
2.2- Atividades Físicas no Trabalho--------------------------------------------- 44
CAPÍTULO III- EDUCAÇÃO FÍSICA------------------------------------------------ 50
3.1 Definições--------------------------------------------------------------------------- 50
3.2- Sobre a Educação Física------------------------------------------------------ 50
3.3- Benefícios da atividade física
à Saúde e Qualidade de Vida------------------------------------------------------ 54
3.4 - Regulamentação da Educação Física------------------------------------ 57
3.5 - A Educação Física e outros significados------------------------------ 59
3.6- Outros significados da Educação Física--------------------------------- 61
3.7 - Campo de atuação
do Professor de Educação Física---------------------------------------------- 62
3.8 - Alguns Tipos de Atividades físicas------------------------------------- 66
CAPÍTULO IV - Estudo de Caso: FURNAS CENTRAIS S.A.------------ 67
4.1- A estrutura Organizacional de FURNAS-------------------------------- 69
4.2 -A Educação Física atuando no PQVT de FURNAS------------------ 72
4.3 – Relatório de Avaliação de um departamento
sobre aspectos de qualidade de vida dos empregados----------------- 73
4.4 – Grupo dos Corredores de Rua------------------------------------------- 80
CONCLUSÃO-------------------------------------------------------------------------- 85
ANEXOS-------------------------------------------------------------------------------- 88
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA-------------------------------------------------- 97
ÍNDICE--------------------------------------------------------------------------------- 100
102
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
Título da Monografia:QUAL O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA
DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Autor: ALESSANDRA ELISANGELA DA ROCHA
Data da entrega:13/02/2010.
Avaliado por: Conceito: