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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INDISCIPLINA DO ALUNO NA ESCOLA E A INTERFERÊNCIA DO
PSICOPEDAGOGO
ERONDINA PEDRO DE MELO FERNANDES
Orientador
Prof. DR.VILSON SÉRGIO DE CARVALHO
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INDISCIPLINA DO ALUNO NA ESCOLA E A INTERFERÊNCIA DO
PSICOPEDAGOGO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em .Psicopedagogia.
Por: Erondina Pedro de Melo Fernandes.
AGRADECIMENTOS
A Deus que é a luz da minha vida.
Aos professores pelas aulas significativas
Ao meu esposo ORACY pelo apoio incondicional
Aos meus filhos Leandro e Letícia pelo carinho
As amigas Viviane, Asteca, Andrea e Cristine pelo companheirismo
RESUMO
O Presente trabalho fundamenta-se na interferência do Psicopedagogo
na indisciplina em sala de aula, afim de analisar e identificar as causas de um
fenômeno bastante antigo que foi crescendo e está cada vez mais difícil de
lidar baseando-se na pesquisa bibliográfica, aponta-se a prevenção como
solução para amenizar esse problema que vem atrapalhando o ensino –
aprendizagem. A Indisciplina é apontada como principal fator de desgaste do
professor na sala de aula ela é motivo de debates nas instituições que
procuram encontrar uma solução para esse fenômeno que necessita da
colaboração de todos, família e escola e o Psicopedagogo é o profissional que
vai estar juntamente com o professor interferindo buscando soluções para que
a indisciplina seja controlada.
Palavras chave :INDISCIPLINA , FAMÍLIA, ESCOLA, ALUNO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I A INDISCIPLINA: FAMÍLIA X ESCOLA 9
1.1 O Papel da Escola 11
CAPÍTULO II A Relação professor/ aluno 14
2.1 A Reação dos professores diante a indisciplina diante a indisciplina 20
2.2 A Indisciplina sobre o olhar do aluno papel da escola. 22
CAPÍTULO III AS INTERVENÇÕES DO PSICOPEDAGOGO NA SALA DE AULA 23
3.1 Prevenção uma estratégia para diminuir a Indisciplina 24
CONCLUSÃO 30
REFERÊNCIAS
31
7
INTRODUÇÃO
Os professores em sala de aula estão cada vez mais preocupados e
desolados com o fenômeno da indisciplina que se instalou de uma forma
que se torna muito difícil de lidar, nos tempos passados, já existia a indisciplina,
mas ela surgia pelo fato dos alunos estarem lutando por causas plausíveis e
agora o que tem ocorrido falta de respeito mútuo.
A falta de acompanhamento da família que tem deixado a educação
dos filhos na responsabilidade da escola vem acometendo cada vez mais a
ocorrência da indisciplina na sala de aula , está virando jogo de empurra -
empurra , onde todos os envolvidos, família e escola querem se isentar da
culpa das atitudes dos aluno sendo que todos devem estar juntos para diminuir
esse fenômeno que está atrapalhando o processo de ensino- aprendizagem e
requer muito trabalho conjunto. O Psicopedagogo como um especialista tem o
papel de construir estratégias que facilitam o trabalho do professor em sala de
aula procurar saber se os objetivos usados elo professor estão sendo
alcançados se e necessário uma mudança na maneira de passar
conhecimento para levar a interação e a colaboração do grupo procurando que
as diversidades sejam aceitas, pois muitas vezes são o impasse para o bom
funcionamento da sala de aula.
Diante desses argumentos esta monografia intitulada, A Indisciplina na
sala de aula e a Interferência do Psicopedagogo, vem aprofundar as reflexões
para entendimento das causas da indisciplina na sala de aula, procurando
encontrar medidas que possam amenizar esse fenômeno que vem causando
muitos danos para a aprendizagem, pois se perde muito tempo com a
indisciplina, o que vem gerando debate sobre o tema pelas instituições públicas
e privadas.
Esta pesquisa vem abordar como o Psicopedagogo pode interferir,
para prevenir a indisciplina em sala de aula, buscando junto ao professor fazer
um trabalho de conscientização através do diálogo.
Vasconcellos (2010 p 26 ) nos diz que atualmente o grande foco de
atribuição de responsabilidade pelos problemas de indisciplina na escola é o
aluno e em particular a família pois muitas estão desestruturadas, antes a
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escola podia contar com a colaboração da família mas hoje em dia tudo
mudou, as famílias mudaram não estão fazendo a ação civilizatória
estabelecendo limites aos seus filhos delegando a educação a escola.
O Psicopedagogo vai analisar cada caso para encontrar, alternativas,
muitas vezes ele vai precisar conhecer a família para identificar o problema e
trabalhar em conjunto com a família.
Para aprofundamento do tema foi feita uma pesquisa bibliográfica
de caráter qualitativo, com leituras de livros e revistas artigos enfocando –se
em autores como Vasconcellos (2010) Dayan (2012) Aquino (1996 ) entre
outros buscando sempre a compreensão dos fatos para melhor desenvolver
formas de combate a indisciplina.
Está monografia está dividida em três capítulos
No capítulo 1 , está sendo analisado o comportamento da família e da
escola como elas contribuem para o aparecimento da indisciplina.
No capítulo 2 vem sendo discutido a relação professor /aluno quais
são as condutas do professor que propiciam o surgimento da indisciplina, como
ele reage diante da indisciplina como lida com ela, o aluno e suas atitudes em
sala de aula onde busca ser visto, pelo professor que muitas vezes não o
enxerga só vem para dar a sua aula e não conhece os seus alunos e a
instituição com as regras impostas que acabam gerando os conflitos, que são
cada vez mais constantes.
No capítulo 3 vem abordando o papel do psicopedagogo, as
estratégias utilizadas para que a sala de aula seja realmente um ambiente de
trocas .A indisciplina é complexa ela surge de vários fatores, a família , escola .
, clube , amigos em qualquer meio em que o indivíduo está inserido pode
contribuir para um comportamento inadequado diante do professor dos seus
pares, há necessidade e compreensão para que o aluno se sinta
verdadeiramente inserido no grupo e passe a compartilhar as experiências por
ele vivido e tenha o conhecimento como forma de humanização do seu ser,
9
como essência para um futuro que está sendo construído através das
habilidades aprendidas e as competências desenvolvidas .
CAPÍTULO I
A INDISCIPLINA: FAMÍLIA X ESCOLA
No contexto escolar, tende-se a dizer que a indisciplina vem se
elevando a cada década que nos tempos dos nossos avós e pais o aluno
respeitava os professores. O ambiente em que o aluno está inserido pode ser o
causador da indisciplina em sala de aula. A família é o primeiro grupo que a
criança participa então quando ela chega à escola traz uma bagagem que
contribui para o seu aprendizado, mas ao mesmo tempo, interfere no seu modo
de agir com seus pares, na sala de aula.
Os conflitos tendem a surgir, o que não deixa de ser saudável, pois os
questionamentos são necessários para o desenvolvimento do aluno. Citado por
Aquino ”(1996) Na perspectiva de VYGOSTSKY a educação recebida na
10
família e na escola e na sociedade de uma forma geral cumpre um papel
primordial na construção dos sujeitos”(p95).
Conforme Dayan (2012) “os problemas de indisciplina na escola estão
associados com problemas de moral.” (p30). Entende-se que os indivíduos
necessitam de regras que permitam uma boa convivência em sociedade. Os
pais tem responsabilidade de verificar os programas televisivos que são
assistidos por seus filhos além da internet, pois muitas vezes as crianças ficam
“livres” para assistirem o que quiserem, então ficam sujeitas a qualquer
informação que se não for bem conduzida, pode influenciar.
De maneira inadequada, muitas vezes levando a atos de indisciplina
na escola a televisão está assumindo de forma indireta o papel dos pais
colocando em segundo plano. O que no passado era comum ser feito as
conversas ao redor da mesa na hora da refeição, onde os pais procuravam
saber dos filhos como teria sido o dia deles se tem dever de casa conversas
cotidianas mais que eram muito importante para o fortalecimento dos laços
familiares. Muitas são as causas do afastamento das famílias uma delas é
separação dos pais onde a criança fica dividida, a ausência de valores a
permissividade, são fatores que acabam influenciando nas atitudes dos alunos.
Para DAYAN(2012) ” se a criança está em uma sociedade em que o
adulto é violento e agressivo e isso é tratado com normalidade, então a criança
aprende a agir dessa forma.”(p61) O adulto é o espelho para a criança ela
repete o que observa. O sujeito não se forma sozinho necessita de interação
com o outro para que haja o aprendizado. A família tem o papel de transmitir os
valores morais com a ideologia da vida, e serem firmes em relação a isso Aos
pais cabem dar limites os filhos, para que não chegue à escola, querendo fazer
o que quiser não respeitando as regras, que são necessárias para uma boa
convivência.
11
Segundo AQUINO(1996) ” pais permissivos valorizam o diálogo a as
opiniões das crianças são frequentemente solicitadas e quase sempre são
aceitas, são pais que têm enorme dificuldade em exercer algum tipo de
controle sobre a criança.”(,p97) Há necessidade que haja um diálogo
democrático, para equilibrar a forma de comando sem que se use o
autoritarismo e a permissividade, sendo assim haverá menos confronto, pois
quando a criança ou adolescente percebe que pode ser ouvido ele tende a
cooperar, e a cooperação é de suma importância no convívio em sociedade.
Conforme AQUINO(1996) “O comportamento indisciplinado não surge
de fatores isolados como, por exemplo, da influência da TV e da educação
familiar e a autoridade do professor”.(p96) O sujeito internaliza todo o processo
vivido em suas interações sociais o que leva agir de acordo com o que
vivenciou. Todos os grupos tem sua parcela de participação na construção dos
indivíduos.
VYGOSTSKY apud AQUINO(1996) “a educação tem papel crucial no
comportamento e no desenvolvimento das funções psicológicas complexas
agirem de modo consciente o que leva a crer que o comportamento
indisciplinado de certa forma se aprende como também se aprende a ser
indisciplinado ” ( p. 96) Quando se tem uma educação autoritária a tendência é
ser obediente e organizado, mas muitas vezes a criança se torna tímida e com
baixa auto- estima. Assim como a ausência de autonomia.
1.1 O Papel da Escola
A indisciplina está generalizada se antes ela se iniciava lá pela 6º
ano, hoje em dia os professores da educação infantil já reclamam das
crianças que começam a ter um comportamento mais difícil.
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Conforme AQUINO(1996) “A escola não pode se eximir de sua
tarefa educativa no que se refere à disciplina”.(p99)
Depois da família a escola é o grupo mais importante para a
formação do indivíduo, pois é lá que acontecem as trocas de experiências
entre os sujeitos, a fim de que haja a cooperação entre as partes.
O professor sendo o mediador vai proporcionar um ambiente
propício às trocas de experiências. Os problemas com a indisciplina estão
associados a moral e os indivíduos necessitam de regras. Piaget apud
AQUINO (1996 ) ” existe dois tipos de regras e autoridade. As regras
precisam ser claras, para que se tenham menos problemas com
indisciplina.” (p103)
Mas há situações que podem ser resolvidas entre os alunos sem
que haja a interferência do professor assim eles aprendem a criar soluções,
para os pequenos conflitos. A interação entre o grupo é muito produtivo, vai
leva-los a identificar situações de conflito e evita-las. O professor é um
colaborador da disciplina mostrando que as regras são necessárias e
importantes para uma boa convivência. A escola precisa de argumentos
para mostrar aos alunos que o conhecimento pode ser construído com eles.
Segundo PAULO FREIRE(1996)” ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar possibilidades para sua própria produção ou a sua
construção”.(p47)Pois uma escola democrática vai leva lós a agir de forma
autônoma, permitindo que transforme a escola num espaço de
aprendizagem.
A construção do coletivo é uma tarefa árdua que precisa ser feita
no começo do ano, evitando que pequenos grupos que procuram espalhar a
bagunça sobressaia e que a amizade possa ser estabelecida e as
diferenças sejam aceitas. O respeito mútuo entre eles seja perpetuado o
que é muito importante para a construção do conhecimento.
‘
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Conforme(1996) PAULO FREIRE ”Ensinar exige risco ,aceitação
do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação”(p35)
Segundo Vasconcelos(2010) “‘Um fator fundamental para a crise
da disciplina na escola está na queda do mito da ascensão social através
da escola”(p28).Os alunos não veem mais a escola como um lugar
interessante, vão para lá porque são obrigados pelos pais. Então para fugir
do que eles acham desestimulante, eles começam a agir de forma contrária
indisciplinada fugindo as regras impostas pela escola .
É bem verdade que os alunos não são os mesmos de 20 anos
atrás mais a escola contínua a mesma, com alunos sentados uns atrás dos
outros, tendo que ouvir o professor falar por 4 horas, claro que esse formato
da escola do século passado não funciona mais ficou ultrapassado é
preciso inovar. A postura do professor diante da disciplina é muito relevante
quando se tem que dar limites, em certas ocasiões sem ser autoritário pois
se cria uma barreira entre o professor e o aluno.
A disciplina é necessária para que se possa ter a ordem, dando
exemplo dos esportes todos eles requerem a disciplina ou seja organização
sendo assim na escola a disciplina se faz necessária, pois não há jogo sem
regras não tem como se jogar, a mesma coisa ocorre na sala de aula se as
regras não forem respeitadas, tudo fica muito confuso e a aprendizagem,
fica em segundo plano pois não se consegue ter um consenso.
Nos dias atuais estamos vivenciando um momento de inversão de
valores onde o certo é errado e vice-versa, a relação dos sujeitos está cada
vez mais difícil .A escola está sofrendo as consequências trazidas de fora
para dentro de alunos que não gostariam de estar ali , a falta de respeito
deixando os professores sem saber ,o que fazer, como lidar com a situação
que chega a ser , embaraçosa para os professores, com tantos problemas
para lidar a escola necessita de um regimento interno, para poder melhorar
a forma de agir dos alunos.
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O regimento escolar deve ser construído juntamente com os alunos
e toda comunidade escolar, os pais e responsáveis é preciso estabelecer o
que vai ser colocado no regimento para que ele realmente seja eficaz. As
regras discutidas para o regimento devem ser claras e que favoreçam a
todos, com tudo sendo elaborado com a participação de toda a comunidade
escolar as possibilidades de que as regras não serão, respeitadas devem
cair pela metade, o que leva a crer que ao colocar os alunos como autores
das regras, leva a responsabilidade, a atitudes mais favoráveis, a um
ambiente de interesses mútuos.
Segundo DAYAN(2012) “ A escola não é um meio de
comunicação como os outros. Os meios de comunicação tem como objetivo
a difusão de uma informação e o professor tem o objetivo de que a criança
adquira conhecimentos acumulado em certos campos do saber”.(p66)
Para a escola a competição é muito grande, pois ela precisa ser
atrativa, para que os alunos não procurem, outras opções, o compromisso
de formar cidadãos capazes de atuar em uma sociedade, cada vez mais
elitista que cobra do indivíduo uma postura diante das situações é muito
difícil perante as dificuldades que encontra para educar esse sujeito ela
precisa estar preparada para que possa preparar o aluno para interagir.
Conforme AQUINO(1996). “A instituição escolar não pode ser vista
apenas como reprodutora das experiências de violência e opressão. De
conflitos advindas do plano macro estrutural ”(p77)
CAPITULO II
A RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO
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A Forma como o professor demonstra sua autoridade pode gerar
indisciplina, pois se ele chega à sala de aula e impõe as regras de forma clara
sem impor ele, vai favorecer o entendimento entre as partes. Conseguindo a
colaboração dos alunos, mas se for ao contrário e ele se colocar de forma
autoritária, pode gerar insatisfação dos alunos o que levará a indisciplina.
Há sempre os que não concordam com a atitude do professor e os
que acham certas mais um professor pode entrar em um consenso com os
alunos ele vai precisar ser flexível nas suas atitudes Segundo Aquino(1996)
“relação professor já vem abalada e cheia de desafios”.(p69)
O professor é rotulado como autoritário e muitas vezes não tem
alternativa ao não ser se deixar rotular para manter uma imagem diante dos
alunos, o professor considerado bonzinho não é respeitado pelos alunos. O
professor não pode se responsabilizar pelo comportamento indisciplinado dos
alunos, pois muitas vezes o que gera o mau comportamento do aluno é uma
reação individual de cada um e que não tem nada a ver com o que é vivida na
escola, a rebeldia, permissividade, intransigência incapacidade de cooperação
e agressividade são vistas como resultado de fatores inerentes a cada aluno ou
das pressões recebidas no universo social família, televisão e etc.
O professor não deve ser tratado como educador dos alunos, pois
essa missão deve ser delegada aos pais, ao professor cabe instruir educar e
instruir são coisas completamente diferentes, educar diz respeito a criar hábitos
sentimentos que permitam ao indivíduo a ser feliz no meio em que vive já
instruir é proporcionar conhecimentos e habilidades para que o sujeito adquira
seu sustento.
O Exercício do magistério está cada vez mais difícil de ser
realizado, mais o professor deve ter convicção dos seus propósitos entender
que seu papel é legitimado socialmente na medida em pode formar novas
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gerações. O professor respeitado pela classe desperta o interesse pelo
conhecimento e que muitas vezes se torna difícil de ser transmitidos por causa
da indisciplina ao definir no primeiro momento as regras, certamente os alunos
vão se identificar com as concepções do professor e irão desenvolver atitudes
que compartilhem com o propósito de manter a ambiente escola amigável.
Majakowsk apud Antunes(2013) ensina com sua poesia que a disciplina
deve ser administrada
‘’ Na primeira noite eles se
Aproximam
E colhem uma flor de nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite
Já não ser escondem
Pisam nas flores.
Matam nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
“Entra em nossa casa ” (P.34)
É a grande verdade se não colocar ordem na casa no início às
coisas vão começar a acontecer é se não estabelecer os limites nada poderá ser
feito, pois tudo que causar transgressão das regras será considerado normal
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pelos alunos e o professor não terá mais a autoridade necessária para falar a
respeito Conforme Antunes(2013) nos diz: “Disciplina e isso se definem no
primeiro momento se estabelece Primeiro instante, com clareza e segurança
consenso e firmeza ou então nada depois pode ser feito”.(p, 35).
A Importância de estabelecer um vínculo com os alunos. É primordial
se criar um elo onde todos estão comprometidos com a aprendizagem, muitas
vezes se faz necessário o professor adentrar o universo do aluno pois assim
estará mais próximo da realidade em que cada um está inserido.
Se o professor não conhece o aluno ele não será capaz de entender as
razões que levam o aluno a agir dessa ou de outra forma que não condiz com as
normas estabelecidas. Para o aluno seria interessante o professor se mostrar
sensível à leitura e interpretação dos sentimentos dos alunos interagirem com
ele .Se mostrar interessado nos “” divertimentos “ tudo isso é importante para a
consolidação da imagem do professor diante da turma a imagem de um
professor amigo disposto a compartilhar o seu conhecimento e adquirir outras
habilidades, pois existe uma troca reciproca entre as partes”.
Seduzir seria um termo mais correto a ser usado, pois o professor precisa
motivar os alunos para que queiram estar ali sabendo que a capacidade de
concentração de cada aluna a uma aula verbal nunca excede há um minuto e
meio por cada ano de vida.
Então o professor deve procurar ajustar às aulas a capacidade de
concentração dos alunos não levando a além do esperado, pois se corre o risco
de não alcançar o objetivo planejado. Como cada turma tem um perfil e cada
aluno é único é preciso fazer um trabalho que contemple a todos sem exceção.
O Desinteresse do aluno pelo conteúdo dado muitas vezes se dá pelo fato
de o aluno não está, compreendendo o que o professor está falando, está muito
aquém do que ele estava esperando, o professor deve estar favorecendo ao
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aluno, uma aula dinâmica e estimulante para que o aluno esteja ali porque
deseja estar vivenciando a aula de verdade.
A Disciplina tão esperada pelo professor pode acontecer naturalmente
sem exigir esforço, de maneira que não se tenha alunos robotizados,
obedecendo a um comando sem questionar e o que se espera é que o aluno se
torne capaz de compartilhar o conhecimento com o grupo e o professor deve
estar incluído nesse grupo, onde o que está em jogo é a aprendizagem que não
deve ser esmagada pela indisciplina o ambiente em sala de aula deve ser vivo.
A partir do conhecimento tudo se transforma a criatividade deve ser
aguçada para que os alunos se sintam capazes de criar então a motivação
exerce um papel fundamental nas construções dos alunos .A prática educativa
deve ser um processo que possibilite transformações nos educandos e precisa
estar apto à emancipação do ser humano, o professor deve ter compreensão
que o aluno é um ser social com linguagem, cultura e valores próprios aos quais
deve ser valorizado, o principal desafiam não é apenas ensinar, mas ensinar a
aprender para a vida.
O alicerce básico em que os alunos se apoiam é o respeito que o professor
desperta sobre eles através do conhecimento que tem e pela paixão que
transmite através do seu trabalho em sala de aula, onde procura perpetuar o
conhecimento.
Nas escolas ocorre a confusão de que o professor que cumpre seus
deveres é o autoritário e aquele que deixa tudo passar despercebido é o
considerado simpático “legal”. Mas como ministrar aulas sem indisciplina? pois
ela está presente involuntariamente ou voluntariamente.
Entende-se por essa visão que a indisciplina é uma das causas dos
prejuízos a aprendizagem, pois o aluno não consegue assimilar o conhecimento
tendo como o obstáculo esse fator tão danoso, o professor para realizar o seu
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trabalho precisa mostrar aos alunos em sala de aula o quanto é importante estar
ali naquele momento. E que o seu papel não é moldar os alunos em um perfil
que ele possa manobrar, mas estabelecer entre as partes condições de
convivência.
Conforme Moreira (2012) “A vida é um encontro constante com pessoas
boas e más, com competências e com incompetências com disciplinados e
indisciplinados’’. Assim como o aluno tem qualidades e defeitos o professor
também tem seu lado bom e vice-versa ele é um ser humano, a imagem que o
aluno faz do professor e muito relativa, pois tem os que gostam e outros que
desgostam, não dá pra saber o que cada um está pensando. Nesse sentido o
papel do professor se faz necessário, para que as atitudes que gerem conflitos
possam ser mediadas. (p.29)
Muitas vezes os conflitos que surgem devem ser levados a
esclarecimento, diante de todos para que se mostre a face do problema e os
próprios alunos encontrem a solução a discussão quando é para crescimento e
amadurecimento dos envolvidos é saudável.
Conforme Dayan (2012):Enfrentar um conflito é para os alunos, uma
oportunidade.
De trocar pontos de vista, de argumentar, de propor soluções de dialogar, de
procurar uma solução em comum e construir a autonomia de cada um ( p.93)
Os professores se esforçam mais esse entrave persiste e como remar
contra a maré. Para que haja um ensino que transforma é necessário que haja
competência e coragem sejam elementos primordiais que unidos serão suportes
usados para a realização do trabalho em sala de aula .É importante
compreender a necessidade de investir nas relações e aproximar os sujeitos
para que a interação entre professor e aluno aconteça.
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“Conforme Dayan (2012)” Antes o respeito do aluno era a submissão e
obediência a um superior na hierarquia, hoje o respeito ao professor não
costuma ser resultado de medo ao castigo, mas da autoridade que ele possui
como profissional.”(p.65)
2.1 A Reação dos professores diante a indisciplina
No cotidiano é comum encontrar professores que estão cada vez
mais desolados, diante da questão da indisciplina, não tem perspectiva de dias
melhores é um fenômeno que ocorre em todas as escolas, seja particular ou
pública. Os professores costumam se manifestar para encontrar culpados, por
esse fenômeno, culpam principalmente a família que ultimamente está
delegando a educação dos filhos á escola, culpam o sistema, mas é necessário
o professor perceber que precisa aceitar a realidade e assumir seu compromisso
com o trabalho que escolheu.
Nesse sentido Vasconcellos (2010, ) diz que há necessidade
desalienar a relação pedagógica: entender que os alunos são problemas seu não
dá pra ficar esperando que venham resolver os problemas gerados em sala de
aula. Muitos desistem, não levantam a bandeira pela qual se comprometeram
lutar. Porém a verdade é que professor de verdade não foge à luta. Faz a sua
hora não espera acontecer, luta e trabalha pelos seus ideais para que junto aos
seus alunos vençam os desafios.(p.83)
Conforme Vasconcellos:(2010) “O professor tem de ser sujeito da
história pedagógica de sua Classe e de sua escola não pode ficar sonhando com
alunos ideais ”(p, 84).
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Conhecendo o aluno que tem o professor, terá com transforma-lo é
preciso aceitar as características do aluno como ele é para depois tentar
modificar, é preciso que o professor acredite que pode mudar as coisas, não
pode generalizar, pois sempre que se generaliza há uma possibilidade de estar
mascarando a sua atuação em sala de aula.
De acordo com Dayan (2012 ) “Uma conduta, por parte dos professores,Gestão
da classe depende de uma dimensão De uma dimensão social e de uma
dimensão Relacionada com o conteúdo do que se que ensinar.” (p.124)
Diante disso o professor pode estabelecer estratégias que possam permitir
o aprendizado dos conteúdos de forma efetiva, pois o aprendizado ministrado de
forma interessante aos olhos do aluno pode viabilizar novos rumos à relação
professor – aluno.
“O professor se queixa do comportamento antagônico dos alunos, nesse
sentido Brito, ( 2012) Diz que” o comportamento dos alunos apontado pelo
professor, desestabiliza a relação pedagógica, inviabiliza o processo de ensino e
aprendizagem “.(p.152)
Para manter o equilíbrio da situação o professor precisa usar a sua
criatividade e inovar diante das situações de indisciplina, produzir novas ideias,
novas associações, ser observador, pois observar os que estão no ambiente
possibilita notar o fenômeno desde quando ele se manifesta.
Muitas vezes o aluno procura chamar a atenção dos professores, para
marcar seu espaço se rebela diante de situações que eles consideram,
opressora.
22
O professor não está preparado, para saber como agir diante das
reações de indisciplina gerada por conflitos externos que não estão ao seu
alcance muito se tem falado das mudanças de comportamento, do professor
diante dos alunos ele não tem mais afeto. Pelos alunos e vice – versa, os tempos
são outros.
Como ensinar pela emoção? Cury (2003) nos diz que” Bons
professores educam a inteligência lógica, professores fascinantes educam a
emoção” Então o professor que educa a emoção é considerado pelo aluno um
professor fascinante e o fascínio que o professor transmite podem modificar o
seu comportamento indisciplinado .(p.64)
2.2 Indisciplina sobre o olhar do aluno
Através da observação feita diariamente em uma escola municipal
com um grupo de 20 alunos num período de três semanas foi possível constatar
que 75% dos entrevistados atribuem à causa da indisciplina a influência dos
colegas de classe fazem se levar pelos outros, acham legal fazer parte do grupo
dos indisciplinados, já 15%culpam a falta de acompanhamento da família e 10%
dos discentes atribuem a metodologia usada pelo professor como a geradora de
indisciplina alunos descontente costumam se rebelar contra o método usado.
10% alegam não se interessar para aprender, e vão para a escola porque são
obrigados por seus pais, então estando lá obrigados começam a agir de forma
inconveniente atrapalhando o trabalho do professor em sala de aula.
Segundo Vasconcellos (2010 )’‘ O aluno deve estar atento à
legitimidade do que é proposto, questionando, se rebelando com os limites que
são injustos e arbitrários.(p.120)
Muitas escolas exageram na condução das regras, impondo aos
alunos um sem- internato onde quem não se enquadrar sofrerá as
consequências, de suas atitudes, é bem verdade que o respeito se conquista e
não é através de ameaças e punições, mais com diálogo entre os indivíduos
23
para se tiver o respeito aos outros é fato que antes deve se aprender a respeitar
a si próprio.
CAPITULO III
AS INTERVENÇÕES DO PSICOPEDAGOGO NA SALA DE AULA
Diante do comportamento indisciplinado dos alunos, o professor se
desestabiliza inviabilizando o processo pedagógico é necessário que o
Psicopedagogo intervenha para buscar alternativas que melhorem o
relacionamento professor -aluno e aluno- aluno em sala de aula.
De acordo com Dayan (2012) “Há dois tipos de intervenção possíveis às
intervenções centradas no meio escolar e as centradas no indivíduo.”.(p.84)
“As intervenções centradas no meio escolar e as centradas no indivíduo e na
conduta”. As intervenções que estão ligadas ao meio escolar devem ser mais
transparentes a equipe escolar devem colocar em pauta as discussões
voltadas a pratica pedagógica, levando a comunidade escolar a refletir sobre o
objetivo que seria amenizar a indisciplina na escola.
A intervenção centrada no indivíduo deve encorajá-lo e não reprimi-lo o
Psicopedagogo tem o papel de juntamente com o professor trabalhar o que
pode ser aproveitado no aluno nas suas competências cognitivas e nas suas
24
condutas educativas, com essa abordagem será definido as regras de grupo,
que possam levar o aluno a reconhecer os problemas que são gerados pelas
atitudes em relação ao grupo em que está inserido.”.
As ações do Psicopedagogo visam ajudar o professor com o grupo
Conforme Bossa (2000) “A presença de um especialista como o
Psicopedagogo se faz necessária e sua intervenção inclui:
• Orientar os alunos e pais
• Buscar instituições parceiras envolvendo toda a comunidade
• Acompanhar a implementação de nova proposta metodológica de
ensino;
• Auxiliar os educadores e consequentemente toda comunidade
aprendente
• Colaborar no desenvolvimento de projetos, planejamento e oficinas
Psicopedagógicas.
• Promover encontros socializadores(p,42)
Através de uma convivência diária com o grupo o Psicopedagogo,
vai ter mais possibilidades de trabalhar o coletivo é necessários conhecer os
objetivos, o método usado pelo professor a fim de saber identificar as causas
da indisciplina a partir disso interferir de maneira que não passe por cima da
autoridade do professor.
É primordial que a equipe pedagógica trabalhe junto ao professor
para que ele não se sinta solitário, diante das situações assim ele vai se sentir
apoiado, podendo juntamente planejar as mudanças que serão feitas para
melhorar a aprendizagem dos alunos mudanças que farão a diferença no
comportamento dos alunos, que costumam tumultuar o ambiente escolar
prejudicando todo o processo pedagógico.
Para se construir e concretizar uma linha comum o Psicopedagogo
deve procurar naquele momento saber se os objetivos utilizados pelo professor
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estão sendo atingidos para que não se caia no idealismo sempre contando com
a participação do professor.
Conforme Vasconcellos ( 2010) “Se o professor é tratado pela instituição numa
relação de menoridade, como pode formar a maioridade dos alunos’’.(p.77)
É muito importante a instituição confiar no trabalho do professor,
porque se a instituição não deposita confiança no trabalho do professor ele
pode se sentir inibido, o papel do Psicopedagogo é justamente trazer o
professor para trabalhar junto com ele, pois quem vivência os momentos de
indisciplina na sala de aula é o professor e muitas vezes se sente sozinho
nessa batalha, o Psicopedagogo é o suporte que o professor precisa para
desenvolver o trabalho disciplinar na sala de aula junto aos alunos, é preciso o
envolvimento de todos no enfrentamento do problema.
Primeiramente ele deve tomar conhecimento de toda vivência do aluno
com a família a partir daí ele vai iniciar o seu trabalho sabendo que a
indisciplina pode surgir de vários fatores e o familiar é um deles e será o ponto
de partida para o trabalho com a classe.
3.1 A Prevenção uma estratégia para evitar a indisciplina
O Psicopedagogo deve fazer um trabalho preventivo para evitar os
excessos decorrentes da indisciplina muito instituições para evitar o
desrespeito às normas utilizam o enfoque tradicional os sermões e punições
são frequentes. Para superar esse enfoque o Psicopedagogo vai estabelecer
um trabalho de conscientização dos alunos para evitar que os problemas de
indisciplina se multipliquem e se avolumem ele vai analisar a gênese do aluno
26
ou da classe, quais experiências, foram vivenciadas nos anos anteriores, qual a
visão o aluno tem da escola e da disciplina.
Para Dayan (2012) “Uma das maneiras de prevenir a indisciplina. É
com a participação de especialistas eles organizam oficinas e apresentam para
grupos de alunos e educadores relatos sobre situações do cotidiano da
escola”(p.80)
O Psicopedagogo como um especialista tem a função de ajudar o
professor nas abordagens que ajudarão no acompanhamento da classe diante
das situações que atrapalham o andamento da aprendizagem.
O Diálogo é fundamental para superar os problemas que geram a
indisciplina, manter uma relação de proximidade com o aluno, tentar ver o que
está acontecendo para que o aluno esteja agindo de forma que não condiz com
as normas da instituição.
Conforme Vasconcellos (2010) “Se o vínculo afetivo não está
minimamente garantido em sala de aula é muito difícil que o trabalho flua
”(p.112)
Nem sempre os problemas serão resolvidos no coletivo, há aqueles
alunos mais frágeis que precisam de um acompanhamento individual, são
aqueles mais tímidos, que estão sempre se esquivando nas abordagens o que
pode dificultar o trabalho do psicopedagogo, pois nem sempre o aluno está
nem sempre vai se sentir a vontade para colaborar com o trabalho, é preciso
além de disposição muita paciência. Para que a indisciplina não saia do
controle ao analisar a gênese do aluno o Psicopedagogo vai ter a visão mais
ampla do motivo das atitudes desse determinado aluno.
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A Instituição o sistema educativo atrela a indisciplina a diversos
condicionamentos, a disciplina deve ser construída no coletivo os eventos de
indisciplina muitas vezes estão associados à prática pedagógica, então o
professor juntamente com o Psicopedagogo deve repensar sua prática analisar
o método mais adequado para conduzir com maestria a classe.
As intervenções precoces estão ligadas diretamente a família, a
restauração da ordem em sala de aula e o fortalecimento das relações entre as
partes envolvidas no processo de desenvolvimento de aprendizagem.
O atendimento para aqueles alunos que sempre se mostram disposto a
ser o centro das atenções deve ser individual é preciso mostrar para esse
aluno que pode confiar é contar com a ajuda, pois a confiança é fundamental
nesse processo de avaliação sem a confiança o trabalho não será feito de
forma adequada, é preciso despertar o interesse pelas novas situações as
adaptações são necessárias ao processo de desenvolvimento.
A escola deve contribuir com o professor permitindo um contato maior
entre professor e aluno conforme Vasconcellos (2010 ). “A escola deve
propiciar momentos para um contato mais próximo entre e professor e aluno,
sempre que for necessário estreitando as relações “(p.113)
A instituição escolar é responsável por grande parte da formação do ser
humano e o trabalho do Psicopedagogo será realizado em caráter preventivo a
fim de cumprir. A função de socializar os conhecimentos, desenvolver as
normas de condutas inseridas no âmbito social, a fim de afastar a necessidade
de repressão, buscando resgatar as raízes e ao mesmo tempo adequar à
instituição escolar a realidade da sociedade, que está cada vez mais complexa
E importante para o processo educativo à construção de um aprofundamento
das relações humanas. Conforme Vasconcellos(2010 )”Os próprios alunos
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percebem em uma classe onde há calor humano, respeito, aceitação da gosto
de vir a escola”.(p.100)
Juntamente com toda equipe escolar o Psicopedagogo está mobilizado
para a construção de um espaço de interação e cooperação entre os sujeitos
que efetivamente participam do processo de ensino aprendizagem.
Conforme Aquino (1996 ) “É preciso construir práticas organizacionais
e pedagógicas Que levam em conta as características das crianças e jovens
que hoje frequentam as escolas”(p.81).
Pois uma escola diversificada que atenda a todos os alunos é um
começo para minimizar as atitudes de indisciplina que ocorre frequentemente
no ambiente escolar. O Psicopedagogo vai realizar um trabalho efetivamente
humanizado, interagindo com os alunos. Lidando com alienação que cada um
traz dentro de si, dando espaço para o diálogo o conhecimento das
interiorizações que geram tantos conflitos, na sala de aula a coletividade deve
ser trabalhada sempre, pois estar na mesma turma por muito não quer dizer
que todos se conheçam bem é necessário que a intervenção ocorra em todas
as esferas.
Conforme Içami Tiba(1996) “A prevenção não depende só da
inteligência ou da quantidade de informação recebida, mas do crédito dado a
essa informação”.(p.189)
Os comportamentos de uma criança ou adolescente são muito
diferenciados em cada ambiente em que se encontram, as reações são
diversificadas dependendo de como são recebida em cada espaço. Pois nem
sempre são aceitas gerando o desconforto tanto por parte dos alunos e por
parte dos professores. O que realmente o professor almeja é que o fenômeno
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da indisciplina seja dissipado da sala de aula, então juntamente com a
orientação do Psicopedagogo o professor vai utilizar estratégias que permitam
a autonomia dos alunos. Conforme Dayan (2012 ) “O problema real mais
importante na sala de aula é a defasagem que existe entre a teoria e a
prática”(P.99)
Nem sempre o que se diz na teoria se faz na prática é preciso se fazer
na prática o que realmente diz a teoria, transformando o aprendizado realmente
inovador que leve os alunos a refletir sobre suas atitudes em relação a sua
convivência com seus pares e com seus professores.
O Psicopedagogo ajuda as partes a chegar a um consenso, objetivando
possibilitar as pessoas a resolverem suas diferenças de maneira saudável.
Para o professor conduzir a turma de forma que a disciplina seja construída
junto ao conhecimento, saber escolher e criar situações nas quais o aluno
através da sua experiência vai dinamizar a aprendizagem.
Alguns problemas que podem ser resolvidos através do diálogo, sem
precisar ter que passar para os setores fora da sala de aula o Psicopedagogo
tem o papel de aproximar as relações entre professor/aluno. Para Dayan
(2012)“Pela mediação nas escolas, os alunos aprendem a escutar, se colocar
no lugar do outro e buscar o entendimento”.(P.68).
O diálogo é muito importante nas relações pois aproxima e com as diferenças
sejam discutidas e possam ser encaradas naturalmente
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CONCLUSÃO
Ao término deste trabalho foi possível compreender que problemas
com a indisciplina ainda continuaram a fazer parte do cotidiano escolar e esse
fenômeno faz parte do processo de desenvolvimento, mas que deve ser de
responsabilidade de todos. E a família deve estar, presente junto a escola para
que possam trabalhar em conjunto para escola o maior desafio estar em
conviver e aceitar as diferenças sabendo que não existe um modelo de aluno
ideal mais sim um indivíduo em formação com suas particularidades
necessitando de compreensão. O professor não deve se isentar do problema
mas assumir o compromisso e estar verificando as possíveis causas da
indisciplina para melhorar o seu trabalho em sala de aula, existem fatores
influenciadores da indisciplina que provavelmente não podem ter a interferência
da escola mas há necessidade de conhecê-los. Ela vai precisar da ajuda do
Psicopedagogo que como especialista tem o papel de prevenir situações de
conflito que prejudicam a aprendizagem dos alunos. Estando presente na
instituição juntamente com a equipe escolar ele pode contribuir para que a
indisciplina, não se torne um obstáculo no processo de ensino aprendizagem,
mais uma forma de troca significativas de aprendizagens entre as partes, ele
vai colaborar nas tomadas de decisões que vão melhorar o aprimoramento das
relações entre os alunos e professores, priorizando sempre o diálogo, que vai
construir uma ponte entre as partes envolvidas no processo, criando novas
possibilidades para desenvolver no grupo a interação que vai favorecer o
aprendizado, transformando a escola em um ambiente de motivação com as
trocas de experiências entre os indivíduos todo o trabalho desenvolvido pelo
Psicopedagogo vai priorizar os objetivos que foram norteados pelo professor e
será de suma importância para juntos possam conviver com a indisciplina que
é bastante complexa e exige um trabalho contínuo, para que seja amenizada e
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não , continue sendo um entrave para o ensino e aprendizagem em sala de
aula, conviver com a indisciplina é difícil, mais os alunos mudaram e a escola
tem que começar a se adequar a essa nova realidade, só assim poderemos ter
um ambiente realmente de aprendizado
Significativo.
REFERÊNCIAS
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na sala 10ª edição Petrópolis: RJ Vozes 2013
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MOREIRA Armindo Professor não é educador 3ª edição Cascavel: 2012
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REVISTA , Nova Escola : Como resolver a Indisciplina? Edição 226 outubro
2009
REVISTA, Nova Escola: Estratégias para vencer a Indisciplina edição 004
outubro/ novembro2009