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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE INTEGRADA AVM
A Universidade Como Agente de Transformação Social e Cultural.
Por: Elba de Almeida Silva
Orientadora: Vilson Sérgio de Carvalho
Conceição do Araguaia- PA
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE INTEGRADA AVM
A Universidade Como Agente de Transformação Social e Cultural.
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Docência do Ensino Superior
Por: Elba de Almeida Silva
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por me escolher antes mesmo de me formar no
ventre da minha mãe, por me privilegiar com o dom da vida e me sustentar de
pé durante todos os dias da minha vida.
A minha mãe o meu pai, a quem devo o meu existir, o meu caráter e as
minhas conquista, pois me deste base para construir o que sou e o que tenho.
A meus irmãos, por fazerem parte de minha vida.
A minha amiga Maria Lúcia Arruda, a minha sincera gratidão, pois sem
vocês eu não teria chegado aqui.
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Deusa e Edmundo, aos meus irmãos, Ébina, Elda, Edson e Elanne, por terem me guiado em uma estrada vitoriosa sem eles não teria conseguido. Ao meu marido Paulo Pedroza que muito me apoio nesse trabalho aos meus filhos: Paula, Pâmina e Davi, em especial a minha amiga Mª Lúcia pelos incentivos e amizade.
METODOLOGIA
A metodologia da pesquisa utilizada foi pesquisa de campo, com
abordagem quantitativa, no que tange a análise de percentual. Como reforça
Dias.
A pesquisa quantitativa normalmente se mostra apropriada quando existe a possibilidade de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras de uma população. Esse tipo de pesquisa usa medidas numéricas para testar constructos científicos e hipóteses, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos cotidianos. Em contrapartida, a pesquisa qualitativa se caracteriza, principalmente, pela ausência de medidas numéricas e análises estatísticas, examinando aspectos mais profundos e subjetivos do tema em estudo. (Dias, 1999).
Com intuito de garantir a objetividade e a veracidade da pesquisa,
foram utilizadas algumas técnicas de investigação como entrevista,
questionários, fonte primária: história oral, defendida pela escola francesa
Annavlles, por GOFF que cita o uso de memória, como relato histórico do
cotidiano usado como fonte de pesquisa que permitiu entender e esclarecer
fatos relevantes.
O uso das fontes (memória, questionários e documental) nortearam
a obtenção das informações desejadas e o resultado da própria pesquisa, na
busca de definições que envolveram os processos e conceitos que explicitaram
os fatos. A metodologia foi definida em três etapas:
Primeira etapa – organização bibliográfica, tendo em vista o
aprofundamento teórico, com intuito de ampliar a compreensão do contexto
onde se fundamenta os cursos superiores e as transformações
socioeconômicas ocorridas com alunos egressos;
Segunda etapa – realizou-se estudo de documentos, registros de
relatos e entrevistas - onde foram sistematizados os fatos históricos da IES
estudada;
Terceira etapa - organização de questionários, análise das
transformações sócio culturais e econômicas ocorridas com alunos egressos.
Ao final de todo o processo, ocorreu a sistematização, organização e
análise dos dados coletados.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - Contextualização Histórica do Ensino Superior no Brasil 09
CAPÍTULO II - A Interiorização da Universidade do Estado do Pará 18
CAPÍTULO III – Contextualizando: A Universidade como Agente de
Transformação Social e Cultural 24
CONCLUSÃO 36
ANEXOS 38
BIBLIOGRAFIA 42
INTRODUÇÃO
A educação superior é uma instituição social, cujo papel fundamental
é formar a elite intelectual e científica da sociedade a que serve. Além disso, é
estruturalmente assentada em normas e valores do grupo ou sociedade em
que insere. É acima de tudo, um ideal que se destina à qualificação profissional
e promoção do desenvolvimento político, econômico, social e cultural. É nesse
sentido que o presente trabalho se propõe a apresentar em linhas sucintas,
algumas reflexões relativas a Universidade como Agente de Transformação
Social e Econômicas dos Egressos das turmas de 2010 da UEPA de
Conceição do Araguaia- PA
A centralidade da educação nos processos de transformação social,
que acaba por consubstanciar no comprometimento das Instituições de Ensino
Superior com novas perspectivas de vida a partir da realidade e das demandas
ao seu redor. O interesse pelo tema pesquisado decorre do questionamento
que surgiu como acadêmica e moradora de Conceição do Araguaia no qual
observou-se a falta de qualificação dos profissionais que aqui vivem, a partir
daí surgiu a necessidade de investigar como se deu o processo de implantação
do Núcleo Universitário no município e se este tem contribuído para a
transformação social dos egressos da 1ª turma da UEPA.
Buscou-se como objetivo geral fazer uma reflexão sobre o papel da
UEPA, no município de Conceição do Araguaia, e investigar qual o impacto
social que a Universidade tem influenciado na vida dos Egressos.
O presente estudo tomou como base, pesquisa de estudo de caso
com abordagem quantitativa, uma vez que buscou-se analisar
sistematicamente os egressos do ano de 1990. E, para tanto, contou-se com a
aplicação de questionários com questões objetivas e subjetivas para melhor
compreensão do mesmo.
Este trabalho de Conclusão de Curso está assim estruturado:
O primeiro momento aborda sobre os pressupostos teóricos e
históricos que norteiam a universidade brasileira como agente de
transformação social. No Segundo momento, buscou-se elucidar a tramitação
legal da implantação da UEPA em Conceição do Araguaia. O terceiro momento
apresenta-se a pesquisa de campo na qual trata da Contextualização da
Universidade como Agente de Transformação Social e Cultural,
esclarecimentos sobre o tema e mostram-se os resultados obtidos na pesquisa
de campo com abordagem quantitativa.
Por último as considerações finais sobre o tema proposto, no qual o
Estado do Pará há vinte e um anos de UEPA, representa imensa conquista
para a Educação do município, assim como para todas as regiões
circunvizinhas e prepara profissionais aptos para todas as regiões, no meio
social e político, a fim de construir uma sociedade de pessoas pensantes,
principalmente no que se refere as transformações sociais, culturais e
econômica na vida dos egressos de 1990 em Conceição do Araguaia.
CAPÍTULO I
Contextualização Histórica do Ensino Superior no Brasil.
Considerando que a universidade é de grande relevância para a
sociedade, quando estabelece como metas fundamentais a investigação
científica, ensino e a extensão, consequentemente ela irá cumprir seu papel
nas futuras gerações. Com base nesses fatos, pretende-se conhecer a
Universidade Brasileira a partir de sua origem e do seu modelo que norteou a
sua prática no passado, e assim, buscar um entendimento sobre as prováveis
conseqüências destes nos fundamentos da universidade atual.
A história da instituição de ensino superior no Brasil é recente. Ela
começa com a chegada da corte portuguesa no século XIX. No início, os
cursos tinham como objetivo formar profissionais necessários à sobrevivência
da família real.
Historicamente, os cursos superiores no Brasil ocorreram como
marco da chegada de numerosos estrangeiros ao Brasil, com a transferência
da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em (1808), antes disso, os
brasileiros que se interessavam por cursar universidade faziam-no em Portugal
ou em outros países europeus. Nessa época, chega ao Rio de janeiro uma
missão cultural Francesa, convocada por D. João VI. Para a criação da escola
Real de Ciências, Artes e Ofícios.
Não é por acaso que os estrangeiros escolhidos para integrar tal
missão eram franceses, pois a França exercia forte influência sobre Portugal:
tanto filosófico e socialmente. Por extensão, no século XIX, e mais
precisamente, na passagem do império para República, o modelo francês é
tomado como padrão da organização da vida cultural carioca.
A primeira e principal idéia adotada para o ensino brasileiro, desde a
chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro, foi a recusa da criação de
uma universidade, havendo a fundação de Faculdades isoladas. Essa posição
foi assumida por muitos governantes brasileiros, fazendo com que a
Assembléia Geral Legislativa deixasse de aprovar 42 projetos de criação de
uma universidade no período imperial.
Cabe destacar que somente entre 1808 e 1818 foi criada a Faculdade
de Medicina em 1854, as Faculdades de Direito de São Paulo e Recife. Já em
1874, separaram-se os cursos civis dos militares com a constituição da escola
Militar e a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, logo depois, em Ouro Preto
(Minas Gerais), é inaugurada a Escola de Engenharia e por volta de 1900,
estava implantado no Brasil, o ensino superior em forma de faculdades ou
Escola Superior.
Porém, foi a partir de 1930, que se iniciou um processo de
transformação do ensino superior no Brasil. O ajustamento de três ou mais
faculdades passaram a se chamar legalmente de Universidade e foi nesse
contexto que se fundaram as Universidades de Minas Gerais e São Paulo, que
em 1934 expressou uma preocupação de superar o simples agrupamento de
faculdade.
O ato Adicional de 1834, foi uma emenda à Constituição de 1824,
que vedava os estados brasileiros (denominados de províncias) a\ deliberarem
sobre questões de interesse geral da nação, e educação era um desses
pontos, o que leva a interpretar que a Educação Básica não era prioridade e
interesse do governo imperial apenas s educação superior, uma vez que na
referida Constituição a organização e manutenção da Educação Básica estava
sob a responsabilidade das Províncias e Ensino Superior da Nação.
Durante todo o período imperial 1822 – 1889), o ensino superior ganhou mais densidade. Cátedras se juntaram em cursos que, por sua vez, virarem academias, mas o panorama não se alterou substancialmente. Toda a prosperidade os padrões do ensino superior, a não ser parcial e indiretamente, pela construção de estradas de ferro, que demandavam engenheiros. As modificações mais notáveis daí decorrentes foram a criação da Escolas Politénica, em 1874, no Rio de Janeiro e da Escola de Minas, em Ouro Preto, um ano depois.(CUNHA,2000, 155)
No Brasil, o Ensino Superior já funcionava desde o início do século
XIX, mas pela inexistência de uma universidade oficialmente reconhecida o
país se colocava em situação inferior em relação a outros sul americanos.
Com a República foram várias reivindicações educacionais
pressionando o governo, que diante de tal situação precisava dar imediatas
satisfações às camadas sociais que estavam aliadas ao novo regime.
A reforma de Benjamim Constant, visou atender todas as pressões,
pois equiparava as escolas estaduais e federais, busca-se, com já acontecia na
Europa, modernizar o ensino superior, integrando-o a racionalidade científica e
a investigação experimental, através das Ciências Positivas.
As transformações do ensino superior nas primeiras décadas da Republica foram marcadas pela facilidade do acesso ao ensino superior, resultado, por sua vez, das mudanças nas condições de admissão da multiplicação das faculdades. Essas mudanças e essas multiplicações foram determinadas por dois fatores relativamente independentes. ...aumento da procura de ensino superior produzido pelas transformações econômicas e institucionais. Outro fator, caráter ideológico, pois a luta de liberais e positivistas...(CUNHA,200,157)
O código Epitácio Pessoa (1901) veio complementar as leis sobre o
ensino Superior, que passam por uma rigorosa inspeção dos currículos, desde
as escolas particulares às oficiais, secundárias e superiores. Mas foi na lei
orgânica Rivadávia Corrêa (1911) que procurou-se implementar as
reivindicações positivistas.
A reforma criou contradições à problemática educacional e ocasionou
um retrocesso à situação de impasse do final do império. Dessa forma, o
ensino estava definitivamente desoficializado, através da concessão de
diplomas e títulos, onde não teria controle sobre a aquisição de privilégios
ocupacionais, políticos e sociais, facilitando a criação de universidades
Brasil, resultante da iniciativa privada.
Essa nova lei, a de 1911, retirava do ensino secundário a função
propedêutica e voltada ao sistema de exames de admissão feito nas próprias
faculdades, para cursar o ensino superior.
A influência francesa sobre a concepção organizacional (institucional)
da educação superior brasileira pode ser detectada, sobretudo, no Rio de
Janeiro, mais do que em São Paulo, isto porque o modelo Napoleônico de
universidade foi que influenciou a criação de todas as Universidades da
América, consequentemente, a Universidade Brasileira. O modelo napoleônico
é caracterizado por escolas isoladas de cunho profissionalizante, com
dissociação entre ensino e pesquisa e grande centralização estatal.
Até por volta de 1961, continuaram o reagrupamento de faculdades
e escolas. Desta a tentativa mais audaciosa e inovadora, foi conduzida por
Darcy Ribeiro, com sua equipe de intelectuais em moldes exigidos por uma
realidade nova, ao qual elabora e convence os governantes e logo em seguida,
funda a Universidade de Brasília (UNB) no dia 15 de Dezembro de 1961, o
então presidente da República João Goulart sancionou a lei 3.998, que
autorizou a criação da universidade, entretanto, Alencar (1982, p.277) enfatiza
que. “O projeto da Universidade de Brasília foi, sem dúvida, a iniciativa mais
importante da história da universidade no Brasil. Nasceu identificada com a
cultura nacional e com a realidade brasileira”.
Com a fundação da Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro, tornou-
se o primeiro reitor. Este definiu repetidamente, com relação à Universidade de
Brasília, para Ribeiro( apud ALENCAR, 1982):
Sua “lealdade aos valores e padrões internacionais da ciência e da cultura, mediante a qual se procuraria corrigir a farsa dos graus e títulos universitários nacional e internacionalmente prestigiados e a lealdade ao povo brasileiro e à sua Nação, expressando assim o compromisso de vincular a universidade à busca de soluções para os problemas nacionais, à luta do povo brasileiro para levar seu processo histórico aos efetivos caminhos da independência e emancipação. (p.271)
Infelizmente, com o regime militar implantado em 1964, o projeto
pioneiro dessa universidade realmente brasileira veio a terminar em 1965,
experiência inovadora de Brasília que durou apenas quatro anos de 1961 a
1965. Durante esse período houve demissão de todos os professores
capacitados para implantá-la. Muitos foram exilados para outros países, e com
isso foi destruído o projeto mais ambicioso da intelectualidade brasileira, que
aguardou sua reforma. Segundo Ribeiro:
A experiência inovadora de Brasília durou apenas quatro anos de 1961 a 1965. Com a queda do presidente Goulart, a preocupação do governo que o sucedeu e de seus representantes de controlar uma universidade que não compreendiam provocou a demissão de todos os professores capacitados a implantá-la. Assim foi destruído o projeto mais ambicioso da intelectualidade brasileira, que aguarda sua restauração (1982, p.133).
Com a lei de reforma Universitária, por determinação da lei 5.540 de
1968, as universidades públicas passaram a se organizar com base em
departamentos, foram obrigadas a introduzir nos seus colegiados superiores:
Conselho Universitário, Conselho de Ensino e Pesquisa, conselho curador
(pessoas de fora da Universidade, representantes da comunidade, classes
produtoras e classes possuidoras). Havendo ainda estrutura hierárquica:
Reitores, Vice-Reitores, Diretores e Chefes de Departamento. Ampliou-se o
número de vagas existentes nas Universidades, porém, mesmo com a reforma
as camadas populares continuaram excluídas, diante da impossibilidade de
ingresso por meio do vestibular, classificatório. Relata Graciani (1982, p.90).
“Com a reforma universitária de 1968, as universidades, passam a se organizar
com base em departamentos, reunidos ou não em unidades como centros,
escolas e faculdades”.
Tudo isso visava atender às necessidades de economia e formar
cidadãos patriotas, conscientes dos problemas brasileiros ideologicamente
estabelecidos e ávidos para resolvê-los e ao mesmo tempo desorganizar,
inviabilizar a solidariedade entre os professores, ou seja, um freio nas
articulações e integrações universitárias.
A partir de então, começaram a serem instituídas Universidades
Públicas (timidamente) e privadas (maior escala) por todo Brasil, chegando ao
número de 46 no final de 1969, a expansão do ensino superior ganha um
notável destaque.
No final dos anos 1970 e início dos anos de 1980, marcam o reinício, no
país, da luta pela redemocratização da sociedade. Começam larga escala,
discussões e novas teorias (que diferem da propostas tecnicista), o ensino
continua deficitário, ou seja, apesar de todas as reflexões, seminários,
encontros e estudos em que os profissionais da educação tiveram
oportunidades de participar e acesso a novas propostas teóricas, os vestígios
da escola tradicional na prática de muitos docentes do 1980 perdida, já que
muito se falou e pouco se concretizou.
Há de se reconhecer que houve avanços consideráveis na Educação
Superior do Brasil, certamente os desafios que esse ensino superior tem
enfrentado não são poucos, todavia já existem sinais que demonstram avanços
conquistados, e que um melhor padrão de qualidade é algo a ser alcançado
com políticas educacionais eficazes e contínuas, assim demonstra que a
Educação Superior não está definitivamente isolada, em constantes
transformações.
Na segunda, desta década, mais especificamente, em 05 de outubro
de 1988 com a aprovação da atual Constituição, intensifica-se o processo,
político, Educadores, desde o final da década de 70 se mobilizam e iniciam
encontros nacionais, seguido por um grande número de encontros e formação
de associações. Surge anteprojetos que caminham rumo à sistematização da
Nova Lei de Diretrizes e Bases Brasileira.
Os primeiros anos de 1990 foram difíceis para a criação das
Universidades. Com as oscilações entre MEC e CFE no tangente
Á normatização, complicou a vida destas instituições. A partir da aprovação da
Lei de Diretrizes e Bases nº 9394 em Dezembro de 1996, A Educação Básica
passou por diversas reestruturações.
A definição desse impasse só aconteceu em 20 de dezembro de 1996
com a aprovação da LDB nº 9.394, mais especificamente no;
Titulo IV- Das Organização da Educação Nacional: Art. 9º A União incumbir-se-á de: Inciso VII – baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação. Inciso IX – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. § 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com normativas e supervisão e atividades permanentes, criado por lei. § 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX a União terá acesso a todos os dados e informações necessário de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. § 3º As atribuições constantes o inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. Art. 10 Os Estados incumbir-se-ão de : Inciso V – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, Respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. Titulo VI - Da Educação Superior; Art. 45 A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, pública ou privada, com variados graus de abrangência ou especialização. Art. 46 A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação (LDB nº 9.9394/96)
A expansão do número de IES na última década do século XX
destaca-se principalmente no setor privado.
Na Região Norte, especificamente no Estado do Pará, pode-se
constatar um exemplo da expansão no setor público do Ensino Superior. A
Universidade do Estado do Pará (UEPA), uma das jovens universidade
públicas do país, começou esse processo de ampliação do número de vagas
no final da década de 1980 e início da de 1990, com a interiorização dos cursos
nos municípios mais longínquos de sua sede. Em 1990 foi ofertado seu
primeiro curso, o de Pedagogia no município de Conceição do Araguaia, a
1000Km de Belém e esse processo de interiorização dos cursos da UEPA no
referido município que será tema no próximo capitulo.
1.1 Implantação da Universidade no Estado do Pará.
A necessidade despertada pelas exigências sócio-econômicas do
mundo atual leva a população e representantes políticos do município de
Conceição do Araguaia, a participarem e contribuírem de forma ativa na
construção histórica e da implantação de um pólo universitário no Município de
Conceição do Araguaia.
A implantação do ensino superior no Estado do Pará seguiu diversos
aspectos comuns ao restante do país, com características marcantes como a
criação de escolas e faculdades isoladas, que formam profissionais para
atender a um determinado mercado de trabalho. Assim, na década de 1940, o
Ensino Superior Estadual iniciou com a escola de enfermagem do Pará, na
cidade de Belém, criada pelo Decreto nº. 174, de 10 de novembro de 1944 e
reconhecida pelo Decreto Federal nº 26.926, de 21 de julho de 1949,
subordinada ao Departamento Estadual de Saúde.
Fundação Educacional do Estado do Pará - FEP foi implantada pelo
governo do Estado do Pará através da Lei n 2.395 de 29 de novembro em
1961, sendo dotada de autonomia didática, administrativa e financeira,
vinculada à Secretaria Estadual de Educação do Pará, passando assim a ser
órgão responsável pela política de ensino de 2° e 3° graus no estado. A escola
de enfermagem do Pará só foi incorporada à FEP no ano de 1966, com a
denominação de escola de enfermagem “Magalhães Barata” assim, tornando-
se de fato a FEP, uma entidade mantenedora do Ensino Superior Estadual.
Segundo perfil histórico do PDI (Plano de Desenvolvimento
Institucional), A expansão do Ensino Superior na Rede Estadual ocorreu na
década de 1970, com a criação da Escola Superior de Educação Física, sendo
reconhecida pelo decreto n°78.610, de 21 de novembro de 1976, no mesmo
ano com o decreto de n° 78.525, de 30 de setembro de 1976 é reconhecida a
faculdade de Medicina do Pará, mais tarde em 1983, foi criada a faculdade
estadual de educação – FAED, com o curso de pedagogia, com formação
superior para professores do ensino médio, sendo reconhecida pela portaria
ministerial n° 148, de 04 de julho de 1991.
Ainda em 1991, na Faculdade de Medicina do Pará, foram
implantados dois novos Cursos de Graduação na área da saúde: Fisioterapia e
Terapia Ocupacional. Em 1986, a FAED implantou as Licenciaturas em
Matemática e Educação Artística – Habilitação em Educação Musical. Em
1989, foi implantado o Instituto Superior de Educação Básica - ISEP, vinculado
inicialmente à secretaria Estadual de Educação, com o curso de formação de
professores do pré-escolar de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental, passando
a fazer parte em 1992 da estrutura da FEP. É importante ressaltar que , em
1990, a FEP iniciou o processo de interiorização com a extensão da Faculdade
Estadual de Educação.
De acordo com o Guia Acadêmico 2008, em 1990, no interior do
Estado, mais precisamente em Conceição do Araguaia, passa a funcionar uma
extensão do curso de Pedagogia da Capital, constituindo o pólo que passou à
Campus VII, de Conceição do Araguaia, a primeira experiência de
interiorização do ensino superior sob a responsabilidade do poder Estadual. A
partir de 1993, estende-se nos municípios de Altamira, Paragominas e Marabá,
além de Conceição de Araguaia a Universidade do Estado do Pará – UEPA
que nasceu da fusão e experiências dessas escolas e faculdades estaduais
isoladas acima citadas. A UEPA foi criada através da Lei Estadual n° 5747 de
18 de maio de 1993, com sede na cidade de Belém.
Seu funcionamento foi autorizado por decreto do Presidente da
República em 04 de abril 1994, quando foi elevada a categoria de Faculdade à
Universidade.
A interiorização do ensino superior é um caminho de acesso ao
conhecimento, em que as universidades buscam por meio de parcerias com a
população a ser beneficiada, um maior fluxo de informações em prol de uma
sociedade, nos aspectos das suas reais necessidades.
CAPÍTULO II
A Interiorização da Universidade do Estado do Pará.
A interiorização do ensino superior interessa tanto a sociedade como
ao Estado, garantindo ganhos de qualidade e produtividade na região. No atual
momento, as universidades exercem um papel de fundamental importância
para a formação de quadros de profissionais de nível superior em diversas
áreas. Agora acentua a idéia de que a interiorização do ensino superior é
necessária para a formação de indivíduos capacitados para o mercado de
trabalho, sendo a grande responsabilidade da universidade diante da
sociedade, a de formar profissionais especializados. Segundo Queluz:
E à Universidade fica uma grande responsabilidade diante da sociedade: a de formar profissionais especializados, sendo a detentora dos sonhos e realizadora de objetivos de quem vai ao seu encontro. (1996, p 16).
O censo de 1999 revela tendências que, analisadas no conjunto
mostram que desde 1996, o sistema brasileiro de educação superior trilhou um
novo caminho de expansão acelerada, fenômeno que ganhou maior
intensidade em 1998 e 1999.
O crescimento da matrícula nos cargos de graduação, numa velocidade que só encontra algum paralelo nas altas taxas registradas na década de 70, vem se dando acompanhado da melhoria dos indicadores de eficiência e de qualidade, refletindo os resultados das políticas de ensino superior implementado nos últimos cinco anos, especialmente na área de avaliação da graduação. (Censo, 1999)
Analisando os últimos censos, constata-se que a educação superior
sinaliza uma intensificação da fase de expansão e mudança, um movimento
que caminha em direção a clientela, ou seja, as universidades ou instituições
de nível superiores estão instalando nas cidades interioranas.
Os novos desafios da atual realidade escolar, as exigências do
mercado de trabalho, as mudanças culturais e os problemas sociais são fatores
que exigem um redimensionamento dos cursos de formação de profissionais
da educação. O docente enfrenta na sala de aula, hoje, muitos problemas
grande parte deles de origem social e cultural, extrapolando o pedagógico.
Logo, uma sólida fundamentação é imprescindível, por isso percebe-
se que é de fundamental importância abordar e discutir questões que se
revelem as reais necessidades acadêmicas para uma atuação condizente
destes profissionais, com os obstáculos e desafios que perpassam o cotidiano
escolar cada vez mais imprevisível e complexo.
Portanto, a necessidade de estar atento e consciente da
interdependência global contemporânea, sua profundidade, sua abrangência,
uma visão transformacionista da mudança de valores da sociedade
contemporânea e o desenvolvimento de estratégias que contorne situações
problemas com sabedoria são aspectos dos profissionais atuantes na
educação. Assim a LDB aprovada em 1996 vem solicitar a formação mínima de
nível superior para atuar na educação básica. A Lei 9.394 determina:
Art.68. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos quatros primeiro séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
Os programas de interiorização das universidades Públicas devem
ser desenvolvidos em conjunto com outras instituições com objetivo de superar
as dificuldades e implantar a expansão das Universidades em prol de
comunidades interioranas. Como já foi visto as ações de interiorização da
Universidade do Estado do Pará, proporcionaram o desenvolvimento de uma
política educacional a nível superior comprometida com a sociedade local.
Pode-se verificar com isso uma expansão de curso superior em todo
país, especificamente no Pará, cujo Estado é enfoque desta pesquisa, e no
qual houve uma intensa interiorização das universidades.
No próximo capítulo será abordada a interiorização da universidade
do Estado do Pará. O primeiro a ser sediado foi o município de Conceição do
Araguaia.
2.1 Conceição do Araguaia: um município em busca da universidade
2.3-Um Breve Histórico
N o final do século XIX o naturalista Henry Condreaux indicou o local
para o Padre Dominicano de origem francesa Frei Gil de Vila Nova,
considerado o grande apóstolo do Alto Araguaia, que utilizando de seus
poderes religiosos em 30 de Maio de 1897 erigiu o povoamento de Conceição
do Araguaia. A terra, até então habitado pelos índios Carajás e Tapirapés e
que atualmente nenhuma dessas aldeias é encontrada dentro da área deste
município. Os dominicanos franceses não só deram início ao povoamento
como toda base cultural sistematizada nessa região, por muitos anos, mas
especificamente até o final dos anos 70, estiveram à frente da educação nesta
região.
O nome Conceição, foi dado em homenagem à Nossa Senhora da
Conceição, hoje padroeira da cidade. Araguaia é expressão tupi que significa
Rio dos Vales dos Papagaios, aves encontradas em grandes quantidades,
(hoje em menor número) por isso o nome do Município ficou Conceição do
Araguaia.
O crescimento do povoamento foi lento, mas atraiu família dos Estados
de Goiás e Maranhão que começaram a desenvolver lavouras de criação de
bovinos. Essas atividade atraíram a atenção do Governo Goiano que decretou
ser a região de sua jurisdição, o que provocou a reação imediata do Pará que
em 03 de Novembro de 1908 sob a lei nº. 1091 criou oficialmente um novo
Município: Conceição do Araguaia, com sede no povoado erguido por Frei Gil,
sendo do Pará.
O Dr. Carvalho Nobre, por delegação especial do governo do Pará
instalou o município, que em 22 de julho de 1912, realiza a primeira eleição
para o triênio 1913 a 1915, onde foi eleito o coronel Suplício Pereira da Costa.
No entanto, o fluxo migratório foi lento, nas matas do Xingu, até o início
da exploração da borracha que tornou o local um grande depósito desta
produção. Em decorrência da queda da exploração da borracha, a região
entrou em relativa decadência, isto é, com crescimento apenas vegetativo, haja
visto que após a revolução de 1930 o município foi extinto pelas poucas rendas
produzidas, porém em 1933 foi restabelecido. Mas, o povoamento em grande
escala só se deu a partir das décadas de 70 e 80, devido à implantação de
grandes projetos agropecuários e a extração de madeira e ouro
respectivamente, e a construção de estradas, mesmo precárias, o que facilitou
o acesso e escoamento da produção.
Com o esgotamento de madeira, do ouro (grandes garimpos como Serra
Pelada, Cumaru do Norte e outros) e do não desenvolvimento dos grandes
projetos agropecuários uma nova desaceleração do crescimento demográfico
ocorreu no final da década de 80.
Quase todos os grandes projetos provocaram uma mobilização de mão
de obra durante sua implantação, criaram perspectivas, o governo federal criou
incentivos fiscais e econômicos, em poucos anos, intensificou-se a ocupação
da região e a maioria da população não era mais de origem amazônica, mas
constituída por migrantes (Região Centro-Oeste e Nordeste) que continua
chegando, até hoje, em Conceição do Araguaia.
Tanto os dirigentes políticos do município como as famílias migrantes,
formadas por brasileiros de outras regiões do Brasil, que aqui fixaram
residência viram-se em uma situação delicada, de um lado criar ou valorizar o
crescimento econômico e do outro a necessidade de manter os filhos próximos
mas sem prejudicar seu caminhar na escolarização sistematizada.
Necessidade que ao serem adicionadas ganharam forças e, a partir dos anos
80 começam lentamente a dar os primeiros passos rumo à implantação de
cursos de Ensino Superior no município.
O sonho era clamoroso, almejava faculdade de medicina, nos encontros
informais, pelas praias do Rio Araguaia ou por visitas de vices reitores, reitores
ou autoridades políticas muitos contatos eram feitos. Em seguida, foram
criadas comissões que visitavam universidades, principalmente a federal, na
busca de cursos para a cidade, articulações ensaiadas, porém, nada se
concretizava.
No ano de 1987 nasce a “Comissão Pró Instalação dos Cursos
Superiores de Conceição do Araguaia” tendo como presidente o promotor
Público, advogado, Historiador e Geógrafo Joélio Alberto Dantas, que
oficializou uma solicitação de implantação de curso de extensão universitária e
endereçou ao Deputado Estadual Carlos Cavalcante, na época Vice líder do
PMDB no Estado.
2.4 Lideranças Política Defendendo a Implantação da Educação
Superior
Remontando a origem da história do Ensino Superior em Conceição do
Araguaia, fazia-se necessária uma faculdade para que a população graduasse
no município sem ter que se deslocar para outras localidades circunvizinhas.
Motivos que fizeram no ano de 1987 nascer a “comissão Pró Instalação
dos Cursos Superiores de Conceição do Araguaia” tendo com presidente o
Promotor Público, Advogado, Joélio Alberto Dantas, que oficializou a
solicitação de implantação de curso de extensão universitária e endereçou ao
Deputado Estadual Carlos Cavalcante, médico que reside no município,
consequentemente representante legal e força política dentro da Assembléia
Legislativa do povo Conceicionense que, por sua vez, através do ofício nº 033
de 02 de junho de 1987 fez a solicitação junto ao Governador do Estado do
Pará Hélio da Mota Gueiros. Estes foram os primeiros passos concretos rumo à
consolidação de um sonho.
Diante do Contexto de implantação, várias reuniões foram efetivadas em
Belém, a partir de 1989, com o intuito da implantação de cursos superiores no
município: “O movimento pela implantação de faculdades no município de
Conceição do Araguaia, ganha corpo a cada dia. Centenas de pessoas dos
mais variados segmentos da sociedade do município participaram da reunião
com essa finalidade”. (Jornal: Diário do Pará, 11/08/1989).
É importante, considerar aqui a grande expectativa e desejo da
população quanto à implantação de um pólo educacional de 3º Grau. No dia 03
de agosto de 1989, uma equipe composta pelo então Deputado Carlos
Cavalcante e o promotor Joélio Dantas, os professores Meirevaldo Paiva-
diretor da Faculdade Estadual de Educação (FAED) e o Secretário Estadual de
Indústria e comércio Dr. Nelson Ribeiro e Membro da Comissão de implantação
da Universidade Estadual do Pará deslocaram-se para Conceição para
averiguação e coleta de dados referente ao ensino da região, objetivando
efetivar estudos para verificar a viabilidade do pedido. Por ser uma antiga
aspiração do povo de Conceição do Araguaia, a instalação de cursos de 3º
grau.
Todas estas articulações foram possíveis graças às eleições de
1986, onde o município elegeu um deputado estadual, o qual passou a ser
presidente da comissão da Educação da Assembléia Legislativa do Pará para
elaboração da nova Constituição do Estado, pois, até então, a Lei Estadual
(Constituinte Estadual) não fazia referência à educação superior no interior.
Sendo o deputado estadual eleito, conhecedor das aspirações da população
desta cidade, reivindicou e conseguiu deixar espaço para possível
interiorização do 3º grau, durante a revisão da Lei Estadual, uma vez que a
nova Constituição era clara neste sentido. Como diz o Artigo 282 Inciso III –
expandida, considerando o interior do Estado como prioritário e obrigatório.
Então a equipe de pro-instalação se resguarda da lei acima referida e iniciou-se
a interiorização da Faculdade Estadual de Conceição do Araguaia.
O então prefeito da época, Alberto Branco, colocou a disposição do
Estado as dependências do Colégio Santa Rosa para funcionamento da
faculdade e através da Tribuna, populares deram ênfase a dois cursos a serem
implantados no seguinte: Pedagogia e Enfermagem.
A direção da FAED e sua Equipe Técnica com o intuito de
fundamentar e dar credibilidade ao projeto e verificar as condições de infra-
estrutura do município fizeram um levantamento dos dados, o relatório
apresentado pela equipe foi favorável à implantação.
Ao empenho e à viabilização de convênios, o então prefeito da
época Alberto Branco, leva a equipe para verificar onde seria o pólo da nova
universidade, um Lote localizado no setor Universitário doado pelo mesmo, no
qual chegou a implantar a primeira Pedra Fundamental.
2.5 Efetivação do projeto:
Nos dias 07, 08,09 e 10 de janeiro de 1990 realizou o primeiro vestibular
no município e Conceição do Araguaia; as provas foram aplicadas na Escola
Estadual de Educação “Bráulia Gurjão”.
Em 29 de janeiro de 1990, chega o ofício nº o45/90 – FEP, assinado
pelo Superintendente Geral da FEP, assinado pelo Superintendente Geral da
FEP
CAPÍTULO III
Contextualizando: A Universidade como agente de Transformação Social
e Cultural.
3.1 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SUPERIOR
A universidade sempre terá um importante papel nos processos de
transformação da sociedade, pois é na relação dialética que a universidade é
capaz de instituir o novo e, em associação a outros sistemas societários, tais
como as organizações da sociedade civil, os partidos e as diversas culturas,
exercer um papel no partido de um novo mundo.
É importante ressaltar que o Ensino Superior pode estimular uma
atitude mais positiva em relação à diversidade tanto cultural e ambiental, que
pode difundir e utilizar o conhecimento de forma responsável, contribuindo para
a prosperidade e o bem estar da sociedade.
À priori, a grande preocupação da instituição de ensino superior é
contribuir, ativamente, para o desenvolvimento social, graças ao fortalecimento
e a interação do meio universitário com os agentes externos, em particular com
as comunidades e empresas locais, visando qualificar as pessoas para o
mercado de trabalho, que prepara e forma os professores que atuarão em
todos os graus de ensino e que serão responsáveis pelo alicerce de uma
mudança necessária para um futuro melhor e uma educação de qualidade.
Conforme as palavras de Queluz.
Portanto podemos dizer que uma das funções da universidade é formar profissionais, é ir além de uma formação técnica. O profissional deve conhecer a teoria, ter senso crítico, ser independente de instrutores, saber trabalhar em grupo, e. acima de tudo, ter conhecimento da realidade e consciência de que é um transformador dessa mesma realidade. (QUELUZ, 2003, P 24)
Com a globalização, esse mundo interconectado em que se vive
vem promovendo cada vez mais o intercâmbio tecnológico, econômico, social e
cultural, fazendo com que haja uma necessidade cada vez maior da sociedade
de aumentar a capacidade de adquirir, processar, divulgar e aplicar o
conhecimento. Reforça nesta direção Queluz.
Embora a Universidade possua três papéis que lhe são tradicionalmente atribuídos: ensino em nível superior, pesquisa científica e serviço à comunidade, ela deveria se preocupar, além de uma transmissão de conhecimentos, com a formação para uma reflexão crítica: incluindo nesse momento não só o ensino em si, mas, do mesmo modo, a pesquisa e o serviço à comunidade. (QUELUZ, 2003, P 24)
As universidades atuam basicamente de três maneiras na
comunidade. Através da pesquisa, criando novos modelos, novas práticas,
novos saberes que contribuem para o desenvolvimento social, sendo uma
instituição capaz de impulsionar o crescimento das cidades de forma
sustentável, fazendo do conhecimento um bem público. Sendo as outras duas
maneiras, através da investigação e do ensino que pode estabelecer modelos
de vida que respeitem mais o ser humano e a natureza que o cerca. Conforme
ALBUQUERQUE.
Essa concepção de Universidade implica uma estreita relação entre ensino, pesquisa e extensão nos mais variados campos. Eximi-la de tal papel é contribuir para a deterioração da qualidade do ensino Universitário no país. (ALBUQUERQUE, 1999, p 54)
3.2 ANÁLISES DOS DADOS COLETADOS
Com objetivo de coletar dados que elucidassem o tema proposto,
procedeu-se as entrevistas para investigar as transformações sociais, culturais
e econômicas, ocorridas com alunos egressos da UEPA DE 2010 no município
de Conceição do Araguaia PA. Participaram da pesquisa, 50 egressos da
UEPA Campus VII, e a todos foi garantido o anonimato, a fim de dar precisão
ao processo investigativo.
Nos questionários continham questões diretas e abertas voltadas
para a identificação de um perfil mínimo relativo aos egressos da UEPA da
turma de 2010, nome, sexo, faixa etária, graduação, profissão, entre outras.
Método de procedimentos estatísticos bastante simples que permitiram o
agrupamento de informações consideradas e relevantes, as quais vieram dos
questionários aplicados.
Embora reconhecendo as limitações que o instrumento utilizado
apresenta.
3.3 Diagnóstico do perfil dos Egressos da turma 2010 da UEPA-Campus
VII.
De acordo com os questionários da pesquisa de campo, segue o
resultado e análise dos dados, conforme mostra os gráficos a seguir.
Gráfico 1 sexo Fonte: Pesquisa de Campo
Conforme demonstrativo do gráfico1, quanto ao sexo dos egressos.
Verificou-se que 67% são do sexo feminino e 33% são composto pelo sexo
masculino. Portanto há predominância do sexo feminino entre os entrevistados.
Gráfico 2 Faixa etária dos egressos Fonte: Pesquisa de Campo
De acordo com os dados obtidos através da pesquisa de campo e
exposto no gráfico 2 quanto à faixa etária dos egressos da UEPA campus VII,
constatou-se que a maioria dos entrevistados, ou seja, 60%, atualmente
possuem idade de 40 a 50 anos, 33% tem idade entre 20 a 40 anos e 7% tem
idade de 50 a 70 anos. Nota-se no gráfico que a predominância da idade dos
egressos é entre 40 a 50 anos.
Gráfico 3 Graduação Fonte: Pesquisa de Campo
O gráfico 3, diz respeito a graduação dos alunos egressos. No qual
60% declararam ter feito Licenciatura Plena em Pedagogia, 13% se formaram
em Licenciatura Plena em Letras, 13% graduaram em Licenciatura Plena em
Matemática e 7% Licenciatura Plena em Ciências Naturais, já em Licenciatura
Plena em Educação Física graduaram 7%. Como observou-se, a maioria dos
egressos entrevistados são graduados em Licenciatura Plena em Pedagogia,
fato que explica, a implantação do curso no município pois na época a maioria
exercia a profissão do magistério, tendo carência de profissionais graduados na
área de Educação.
Gráfico 4 Profissão Fonte: Pesquisa de Campo
No gráfico 4 acima, perguntou-se aos entrevistados quanto a
profissão que exercem atualmente, 87% afirmaram exercer a profissão de
professor e apenas 13% atuam hoje como empresários.
Tomando como base os resultados obtidos, a Universidade do
Estado do Pará qualifica profissionais para o mercado de trabalho. Apesar da
grande maioria pertencer à área de educação, mostra assim que a UEPA tem
dado oportunidade à outras áreas, como a empresarial, pois com a graduação
tem sido possível seu aperfeiçoamento, ampliação de sua visão de mundo,
além disso, o impacto sociocultural pode ser sentido na qualificação dos
profissionais, e consequentemente na estrutura socioeconômica do município.
Gráfico 5 Estado de origem Fonte: Pesquisa de Campo
Foi possível identificar no gráfico 5, o estado de origem dos
egressos. Verificou-se que 33% dos egressos entrevistados são naturais do
estado do Pará, sendo que 13% são do Estado de Pernambuco, 20%
nasceram no Estado do Maranhão, e 20% tem o estado do Tocantins como
estado de origem, os estados do Espírito Santo e São Paulo totalizando 14%
como outros estados. Sendo pertinente afirmar que a UEPA influencia social e
economicamente na vida dos egressos. E que devido a implantação da
Universidade no município, firmaram moradia no município contribuindo dessa
forma, com a vida social e econômica, conforme demonstração do gráfico
acima.
TABELA 1 IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS.
PERGUNTA 2: Para você, o que representou a vinda da UEPA para
Conceição do Araguaia? Qual o impacto sócio e cultural?
Respostas Resultado ( % )
A UEPA representou melhoria na
vida dos egressos social e
econômica.
47%
Qualificação dos profissionais que
ainda não possuíam graduação.
20%
Em Conceição do Araguaia, melhorou
a qualidade do ensino nas escolas
estaduais, municipais.
13%
A UEPA prepara para o mercado de
trabalho.
7%
Egressos da UEPA-Campus/VII, que
atuam em outras áreas que não são
as de sua formação.
13%
No que diz respeito aos impactos sócioeconômicos e culturais,
conforme o demonstrativo na tabela 1, observa-se que 47% dos entrevistados
responderam que a UEPA representou melhoria na vida social e econômica, já
20% dos entrevistados falaram que a UEPA serviu como base fundamental
para formação profissional por ainda não terem se graduado, já 13% dos
egressos informaram que a UEPA foi importante no aperfeiçoamente do ensino
nas escolas estaduais e municipais, garantindo ensino de qualidade no
municpio de Conceição do Araguaia 7% afirmaram que a vinda da Uepa para o
municipio teve papel importante na formação acadêmica e profissional dos
docentes para atuar no mercado de trabalho, e 13% dos entrevistados
informaram que além da formação acadêmica, muitos discentes conseguiram
depois da graduação a possibilidade de atuarem em outras áreas profissionais.
Conclui-se então com a pesquisa realizada sobre a implantação da
UEPA em Conceição do Araguaia, que a mesma teve papel importante na vida
da comunidade conceicionense e baseando-se nesse resultado, observou-se
que 47% dos graduados pela UEPA-campus VII afirmaram que obtiveram
melhoria significativa em sua vida social e econômica após ter concluido a
graduação. Como afirma Queluz:
Para ter uma visão crítica da sociedade, o indivíduo, antes de mais
nada, deve, na Universidadde, ter condições de refletir sobre o que
faz, o seu rendimento e as mudanças que ocorreram e ocorrem em
sua vida, juntando esses dados aos oferecidos pelos professores-as
condições sociais, política, econômicas e históricas da sociedade,
bem como a formação técnica específica.(QUELUZ, 2003, p.24).
TABELA 2 EXPECTATIVAS DOS EGRESSOS COM RELAÇÃO AO ENSINO SUPERIOR ANTES DA IMPLANTAÇÃO DA UEPA CAMPUS VII. PERGUNTA 3: Quais eram suas expectativas e de sua família antes da implanção da UEPA Campus VII, com relação ao Ensino Superior? As expectativas eram remotas, devido
as condições financeiras
80%
Pretendiam cursar universidade fora. 20%
De acordo com a tabela 2, 80% dos entrevistados relataram que as
expectativas em realação ao ensino superior eram remotas, devido as
condições financeiras das famílias, e 20% disseram que pretendiam cursar a
universidade em cidades circunvizinhas .
Sendo a maioria dos entrevistados, 80% afirmaram não ter muita
expectativa com relação a graduação por não terem como se deslocarem para
outras cidades, por questões financeira ou pessoais.
TABELA 3 MOTIVOS QUE LEVARAM OS EGRESSOS A FAZER
GRADUAÇÃO.
PERGUNTA 4: Porque você decidiu fazer uma graduação?
Pela realização profissional 40%
Concorrência no mercado de trabalho 13%
Para conseguirem melhores salários 47%
Conforme demonstrado na tabela 3, 40% dos entrevistados,
afirmaram ter feito graduação pela realização profissional e para obterem um
melhor desempenho em suas áreas de trabalho, pois acreditam que só através
da educação e boa formação profissional conseguiriam melhorar sua qualidade
de vida e inserção no mercado de trabalho, sendo que 13% dos egressos
disseram que queriam melhorar a prática pedagógica, adquirir mais
conhecimentos e conseguir um salário mais digno, já 47% relataram que
queriam se preparar melhor para o desenvolvimento de suas atividades
pedagógicas em sala de aula, bem como almejava melhores remunerações.
TABELA 4 MUDANÇAS OCORRIDAS NA VIDA DOS EGRESSOS
PERGUNTA 5: Quais tranformações ocorridas em sua vida após ter feito a
graduação?
Melhores empregos 34%
Passou em concurso público. 13%
Transformações pessoais e
profissionais
7%
Melhoria financeira 46%
Sobre as transformações ocorridas na vida dos egressos após a
graduação. 34% afirmaram terem conseguido melhores empregos e 13%
disseram que a UEPA proporcionou conhecimento com o qual tiveram
oprtunidade de passar em concurso público, e 7% relataram terem adquirido
conhecimentos de modo geral valorização por parte da sociedade, já 46%
disseram ter melhorado sua vida financeira.
Pode-se perceber que no percentual de 46% dos egressos eles
afirmaram que a vinda da UEPA para Conceição do Araguaia proporcionou
transformações significativas em suas vidas, entre ela a melhoria financeira.
Como consta na tabela 4.
TABELA 5 PROFISSÃO EXERCIDA ANTES DA GRADUAÇÃO
PERGUNTA 6: Que profissão exercia antes da graduação?
Professor 46%
Autônomo 13%
Não trabalhavam 13%
Trabalho domestico 7%
Funcionários Públicos 14%
Operador de Caixa 7%
Como consta na tabela 5, 46% dos egressos entrevistados já
exerciam antes da graduação a profissão de professor, 13% nunca haviam
trabalhado e 13% eram autônomos, já 7% exercia trabalho doméstico e 14%
dos entrevistados eram funcionários públicos e o restante de 7% trabalhavam
em empresas privadas.
Observa-se pelo resultado obtido que houve uma mudança
significativa em relação as atividades profissionais exercidas pelos egressos,
após terem feito a graduação. Assim Queluz segue uma linha de pensamento:
Tendo em vista a realidade do sistema educacional brasileiro, cabe à
universidade o papel de formadora. Ela é responsável pela formação
de pesquisadores, de docentes de todos os níveis, de profissionais
das mais diversas áreas(capacitação profissional) e também pela
identidade cultural de seus alunos e da sociedade.(QUELUZ, 2003, p.
87).
TABELA 6 MELHORIA DA REMUNERAÇÃO. PERGUNTA 7: Com a graduação houve melhora em sua remuneração? Sim, pois professor de nível superior ganha gratificação de 80%.
74%
Não, por atuarem no ramo da Construção Civil.
13%
Infelizmente não, pois o estado do Pará, na Lei obriga o educador a fazer concurso Público para mudança de padrão.
13%
Baseado nos dados obtidos na tabela 7, 74% dos entrevistados
confirmaram ganhar hoje o dobro do que ganhavam antes da graduação, em
compensação trabalham menos, já 13% relataram não ter melhorado sua
remuneração, pois atuam na área da construção civil e não dependem do
diploma para melhorar sua remuneração, 13% dependem de concurso público
para mudança de cargo, pois o estado exige de seus funcionários que façam
um novo concurso para que ocorra tal mudança. Conforme os novos planos de
carreira e remuneração do magistério descrito na Lei 9.394/96, (art.6º, inciso
VIII). “A passagem do docente de um cargo de atuação para outro só deverá
ser permitida mediante concurso.”
Mais uma vez, os resultados obtidos acima demonstram que a
universidade tem influenciado de maneira significativa na vida socioeconômica
dos egressos de Conceição do Araguaia.
TABELA 7 TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NA REGIÃO
PERGUNTA 8: Quais as transformações ocorridas em Conceição do Araguaia
e regiões circunvizinhas com a implantação da UEPA?
Aquisição de conhecimentos e
melhoria na qualidade sócio-cultural e
economicamente dos moradores.
47%
Formou profissionais competentes em
diversas áreas
27%
A UEPA contribuiu para a melhoria da
Educação no Município e cidades
circunvizinhas.
26%
Sobre as transformações ocorridas em Conceição do Araguaia e
região circunvizinha com a implantação da UEPA, os 47% dos entrevistados
afirmaram ter ocorrido transformações na qualidade do ensino, 27% disseram
que a UEPA forma profissionais competentes em diversas áreas, sendo este
um dos fatores que fizeram com que Conceição do Araguaia passasse a
receber muitos jovens de cidades vizinhas para se graduarem no município,
26% relataram ter ocorrido transformações positivas com a implantação da
UEPA no município, pois além de formar profissionais competentes em
diversas áreas, facilitou a vida dos egressos e com isso melhorou a qualidade
de vida de seus moradores. Isto foi constatado nas respostas demonstradas na
tabela 8.
A análise dos dados veio reforçar a importância da UEPA em
Conceição do Araguaia, na vida social, cultural e econômica não só do
município de Conceição do Araguaia, mas também nas cidades circunvizinhas.
Reforçando Albuquerque:
A Universidade, além de ser uma instância de produção de
conhecimentos, de cultura e de tecnologia, é também uma instituição
onde se devem formar pessoas, cidadãos e profissionais. No caso de
universidade pública, mais que habilitar estudantes para atuar como
profissionais no mercado de trabalho, ela deve formá-los perspectiva
de mudança, a partir de uma visão crítica da realidade
.(ALBUQUERQUE, 1999, p. 56)
CONCLUSÃO
O presente trabalho buscou mostrar a importância da Universidade
do Estado do Pará e as transformações ocorridas na vida dos egressos e do
município de Conceição do Araguaia.
Verificou-se que realmente a UEPA influencia na vida das pessoas,
quando constatamos que todos os egressos entrevistados afirmam que suas
vidas melhoraram após ter feito uma graduação, fato que reflete também no
município como um todo, afinal a Universidade tem capacitado cada vez mais
profissionais que tem contribuído na qualidade dos serviços oferecidos.
De acordo com os resultados encontrados, constatou-se que a
UEPA trouxe melhoria na vida dos egressos de Conceição do Araguaia, tanto
profissional, financeira, cultural e social. Durante as reflexões fica claro que
sem a implantação do campus, a maioria da população não teria feito uma
graduação, haja vista que o custo é muito alto para estudarem em outras
localidades, fato que foi revelado quando 80% dos egressos afirmaram que as
expectativas em relação ao ensino superior antes da implantação do campus
VII, eram remota devido suas condições financeiras.
Verificou-se também na presente pesquisa que a existência da
Universidade do Estado do Pará, representa um campo de imensa conquista
para a educação, no meio sócio-cultural e profissional, a fim de construir uma
sociedade capaz de saber diferenciar e discernir um propósito intelectual é o
que ratifica os entrevistados, 47% afirmam que a UEPA trouxe transformações
sócio-cultural e 27% disseram ter melhorado sua técnica profissional, os quais
obtiveram conhecimentos intelectuais em suas vidas, e economicamente
afirmaram que o ensino superior, de maneira significativa melhorou a vida
financeira. Na educação, a Universidade tem melhorado a qualidade do ensino
nas escolas do município, fato que comprova na pesquisa quando 26% dos
entrevistados responderam ao falarem das contribuições da UEPA.
Por fim, reafirma-se que a Universidade trouxe uma nova vida, na
formação de profissionais da educação e em outras áreas distintas. Mostrando
assim, que a vinda da UEPA para Conceição do Araguaia mudou o panorama
social, financeiro e intelectual da sociedade, sistematizando e formando
cidadãos autônomos e capazes de interferir na sua realidade, colocando-se
como protagonista de sua história. O que revela a importância de uma IES não
é apenas para o município ao qual está implantada, mas para todas as cidades
circunvizinhas, pois a Universidade preparada seus egressos não só para a
interação com a comunidade mais para o mercado de trabalho a qual será
inserido. Ressalta-se ainda que é preciso que novos cursos sejam implantados,
para que outras áreas de conhecimento possam ser exploradas e assim
expandidas para o mercado de trabalho.
Portanto, espera-se que esta pesquisa possa auxiliar professores,
alunos, comunidade conceicionense e cidades circunvizinhas, no sentido de
conhecer como a UEPA tem influenciado de maneira significativa na vida
socioeconômica e cultural dos egressos e da sociedade em que está inserida,
sua importância e principalmente o quanto ainda tem a contribuir com o
desenvolvimento do município.
Índice de anexos
Anexo 1 >> Pedido da extensão Universitária;
Anexo 2 >> Pedido de Aval do Governador;
Anexo 3 >> Norma de Funcionamento do Núcleo da UEPA.
ANEXO 1 Pedido da extensão Universitária
ANEXO 2 Pedido de Aval do Governador
ANEXO 3 Normas de Funcionamento do Núcleo da UEPA
BIBLIOGRAFIA
Artigos de jornais
O Diário do Pará. Nossa Luta: Ensino Superior para Conceição do Araguaia, Conceição do Araguaia. 11/08/1989. Parte do Jornal.
Referenciais
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