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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA QUALITATIVA E QUANTITATIVA NUM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO Por: Tania Maria Schueng do Amaral Orientador Professor Carlos Cereja Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA QUALITATIVA E QUANTITATIVA NUM

PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

Por: Tania Maria Schueng do Amaral

Orientador

Professor Carlos Cereja

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA QUALITATIVA E QUANTITATIVA NUM

PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Empresarial.

Por: . Tania Maria Schueng do Amaral

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, que tem me dado

infinitamente mais do que preciso, me

amando incondicionalmente, a despeito

das minhas dificuldades, me permitindo

a realização de mais um sonho que

ampliará meus horizontes como

Gestora. A Ele seja toda honra, glória e

poder, ao meu filho Frederico, que

sempre me apoio nas minhas escolhas,

a toda minha família em geral, que

direta ou indiretamente me deu apoio e

incentivo no decorrer do curso, à Igreja

Batista Itacuruçá que também me

apoiou na realização deste curso não

me exigindo e permitindo o tempo

dedicado aos estudos, aos meus

irmãos da Segunda Igreja Batista de

Piedade que sempre oraram e

torceram por mais esta vitória, aos

queridos Professores da AVM, que

carinhosamente partilharam seus

saberes comigo e ouviram os meus no

decorrer do curso, á todos aqueles que

de alguma forma contribuíram para a

realização deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu “porto

seguro”, meu lindo e amado marido

Adalto (pastor da Segunda Igreja de

Piedade), que foi o grande incentivador,

apoiador e ajudador para conclusão deste

curso de Pós-Graduação. O

conhecimento é sempre um passo a mais

na realização de um sonho, e à minha

mãe Leni Schueng, primeira professora

na escola da vida.

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RESUMO

Este estudo tem por objetivo refletir sobre relevância da Gestão

Administrativa Eclesiástica num projeto de transformação. O administrador tem

que está atento na direção e ter controle dos seus liderados, para vencerem

novas circunstâncias/projetos. Em todas as formas de administração, todos

devem estar envolvidos. O objetivo da gestão saudável, com relacionamentos

interpessoais e comprometimento com a organização e com os clientes. É ter

uma equipe de trabalho coesa, bem ajustada, fazendo parte do todo. Os

resultados serão favoráveis, destacando em toda diretoria e em todos os

clientes. Mostrar que a Administração desempenha um importante papel na

organização eclesiástica e requer mudanças. Precisa ser administrada com

eficiência e eficácia, a fim de atender todos os seus projetos e expectativas.

Seu desempenho torna-se relevante para todos os membros, e àqueles que

usufruem da igreja em geral. Delinear caminhos que possam construir uma

gestão de qualidade, com o objetivo único de mostrar que a igreja não existe

somente com a nomenclatura “sem fins lucrativos”, mas também mostrar que a

qualificação e excelência em todos os projetos, devem mover a comunidade

eclesiástica como um todo. Estudaremos formas de gerir uma Igreja, não

somente com tratamentos espirituais, também como método de transformação

do ser humano, como: modificação de atitudes, caráter, modificação de postura

social e exercício da fé cristã.

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METODOLOGIA

A questão principal que apresentaremos neste trabalho, é até que ponto a

administração de uma igreja tem relevância, de modo a garantir uma gestão

administrativa de qualidade, num processo de transformação? As Igrejas

protestantes dos nossos dias para se tornar relevante, faz-se necessário que

todas as ações gestoras da igreja, tenham uma qualificação urgente para o

acompanhamento das modificações necessárias num processo de

transformação. Transformações estas que deverão estar além dos nossos dias.

Com a globalização, a qualificação eclesiástica e a busca por novos projetos

são pontos que destacaremos neste trabalho.

Justifica-se que a administração eclesiástica desempenha um importante papel

na organização eclesiástica Batista e requer mudança. Precisa ser administrada com

eficiência e eficácia, a fim de atender todos os seus projetos e expectativas. Seu

desempenho torna-se relevante pata todos os seus membros e àqueles que dela

usufruem em geral.

Mostraremos através de pesquisas de vários autores, como: KOONTZ &

O’DONNELL, 1978., mostra que administração eficiente só é possível, através de

empenho e competência dos gestores envolvidos no processo de transformação.

Estamos sempre em fase de mudanças, e a capacitação, a estruturação das igrejas,

tende acompanhar as tendências do seu tempo.

O levantamento de dados dar-se-á através de uma abordagem

descritiva, métodos indutivos, com uma pesquisa qualitativa e quantitativa.

Ainda, através de pesquisas de práticas de gestão administrativa eclesiástica.

Estudaremos vários autores, com levantamentos importantes na área da

gestão eclesiástica. Estudaremos também, estrutura diretiva da igreja, como o

Estatuto e Regimento Interno.

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Entende-se que a reorganização do sistema eclesiástico de uma igreja,

com composição de uma diretoria, ainda é bastante difícil a aceitação por

várias outras igrejas, não conseguem acompanhar a velocidade da

transformação e a urgência em que todos devem estar imbuídos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 09

CAPÍTULO I – A História dos Batistas ............................................................. 13

CAPÍTULO II - Administração Eclesiástica – Estrutura Organizacional num

Processo de Transformação .......................................................................... 23

CAPÍTULO III - Administração Eclesiástica Qualitativa e Quantitativa na

Igreja Batista Itacuruçá .................................................................................... 29

CONCLUSÃO .................................................................................................. 37

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 40

WEBGRAFIA ................................................................................................... 42

ANEXOS .......................................................................................................... 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 68

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INTRODUÇÃO

Administração Eclesiástica – Estrutura Organizacional num processo de

transformação deve-se ao fato de que, a maioria das igrejas é constituída a

partir de suas doutrinas, com formação hierárquica muito rígida. Destacamos

que as igrejas protestantes embora sejam notadas por suas subdivisões,

geralmente respeitam uma hierarquia que é determinada por suas convenções,

essas igrejas normalmente e predominantemente são constituídas a partir da

figura do pastor da igreja, que acumula as funções eclesiásticas e

administrativas.

Até que ponto a administração de uma igreja tem relevância, de modo a

garantir uma gestão administrativa de qualidade, num processo de

transformação? Todas as ações que envolvem a igreja, sejam elas

eclesiásticas ou não, tem que ter a validação do pastor. Existe neste setor uma

angústia, que às vezes o pastor trabalha acima do esperado, ou não tem

qualificação administrativa, o que dificulta e atrapalha tanto a qualidade de vida

do pastor, e a administração da igreja1. Ainda, desempenha um importante

papel na organização eclesiástica Batista e requer mudança. Precisa ser

administrada com eficiência e eficácia, a fim de atender todos os seus projetos

e expectativas. Seu desempenho torna-se relevante para todos os seus

membros e àqueles que dela usufruem em geral. A história e desenvolvimento

da igreja através dos tempos e a evolução do processo administrativo

compreende um processo dinâmico de tomar decisões e realizar ações

relevantes para um determinado tempo.

A administração eclesiástica na linha do tempo em ITA compreende

cinco processos principais interligados: planejamento, organização, liderança,

execução e controle, imprescindíveis para este tempo.

1 Administração Eclesiástica, p.4

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A relevância da competência do administrador eclesiástico num

processo de transformação nos remete para a importância da sua competência

gerencial eclesial, sua habilidades e competências intelectuais específicas, as

competências interpessoais, que o gestor usa para liderar equipes, sua

competência técnica específicas e sua competência intrapessoal, que significa

a sua capacidade de autocontrole, auto-análise, automotivação, autoconhe-

cimento, capacidade de organização pessoal e administração do próprio

tempo. A eficiência, a medida de utilização dos recursos, e a eficácia, a medida

de realização dos objetivos, são os dois critérios básicos para avaliar o

desempenho da organização eclesial em foco, ITA. A evolução do processo

administrativo e a nova tendência de gestão refletem o alto desempenho do

seu administrador.

Este estudo tem como objetivo, mostrar a importância da administração

eclesiástica amparada por uma estrutura organizacional que acompanha as

tendências do seu tempo. Ainda, identificar lacunas e fazer ajustes e mudanças

necessárias; Mostra a importância da administração eclesiástica.

Quando lançamos mão, em toda prática, de uma administração

eclesiástica amparada por uma política e procedimento, que define

responsabilidades, autoridade e o sistema de comunicação, sabemos que

estamos a caminho para atingir melhores resultados.

Estudaremos a prática de gestão do administrador eclesiástico da Igreja

Batista Itacuruçá.

Mostraremos que a partir da Reforma Protestante que se deu em 1517,

dando início assim a caminhada protestante no mundo através de Martinho

Lutero. Mas somente 1609 surge uma igreja de doutrina batista, que tem a

ousadia de manifestação e pregação da palavra.

Os primeiros missionários chegaram a Brasil, em 1881 iniciaram seus

trabalhos em Campinas-SP. Em 1882 chegaram a Salvador-BA, neste período

também, deu início a Convenção Batista Brasileira, constituída então pelos

batistas da época. Já em 1884, chegaram ao Rio de Janeiro-RJ, e a partir de

então, iniciou-se a Convenção Batista Carioca, que hoje é responsável por 450

igrejas existente no Rio de Janeiro. Somente em 1936, foi organizada a Igreja

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11 Batista Itacuruçá no Salão Nobre do Edifício Judson, no Colégio Batista

Shepard, recebendo o primeiro nome de: “Igreja Batista Itacurussá (mais tarde

foi elidida do seu nome a partícula “de” e adotada a grafia “Itacuruçá”).

Mas, os batistas ou qualquer outra denominação protestante não tinha a

liberdade de culto, somente em 1988 com a Constituição Federal, é que foi

possível cultuar livremente.

Salomão Ginsburg foi a primeira pessoa a pensar em organizar uma

Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros, em 22 de junho de 1907, foi

realizada a primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira na Cidade de

Salvador. A assembléia foi composta com 43 mensageiros, que foram enviados

por igrejas batistas.

Com o início dos trabalhos batistas no Rio de Janeiro, deu início a

Convenção Batista Carioca que é responsável por mais de 450 igrejas

batistas hoje existentes na cidade do Rio de Janeiro. São mais de 125 mil

homens, mulheres, crianças e idosos, jovens e adolescentes que crêem em

Cristo como seu Salvador e vivem conscientes do Seu senhorio sobre suas

vidas. Responsável pela comunhão das igrejas batistas da cidade do Rio de

Janeiro.

Vivemos em tempos de globalização, onde todas as atividades tendem a

acompanhar as modificações em grandes negociações, serviços e qualificação

em todas as áreas, sejam elas eclesiásticas ou não. Vemos as modificações

em todos os departamentos, em todas as áreas, em todos os países, ou seja,

precisamos acompanhar as modificações necessárias para grandes projetos.

As igrejas normalmente e predominantemente são constituídas a partir

da figura do pastor da igreja, que acumula as funções eclesiásticas e

administrativas. Mostraremos neste estudo, que é possível administrar uma

igreja, compondo nela uma diretoria qualitativa, para um público/cliente

exigente, deixando a função pastoral apenas para suas atribuições

eclesiásticas. Mostrando qualidade de trabalho em meio às modificações.

A igreja tem como base administrativa, os ensinamentos da Bíblia, nos

textos bíblicos contem modelos de excelência para administração em todos os

tempos. Jesus foi o maior administrador da história.

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A Igreja Batista Itacuruçá tem seu papel na sociedade, cumpre todas as

determinações governamentais, paga todos os impostos que lhe são devidos, a

gestão administrativa da igreja tem que estar inteirada de todas as questões

administrativas, pessoal, financeira e de negociações, para nada saia do seu

foco. E todos os projetos da igreja aconteçam em tempo hábil e com eficiência.

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CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DOS BATISTAS

“A palavra batista nos sai do período apostólico como

significação rica, autorizada, permanente no cristianismo

puro. Os batistas modernos são os únicos que

atualmente conservam na sua inteireza esta

permanente, gloriosa e vital contribuição do Espírito

Santo ao nosso conhecimento da verdade e vontade de

Deus. (...) Não admiramos a mera tolerância. Insistimos

na liberdade de crença, a separação da igreja e o

estado, a voluntariedade em religião, na família, no

estado, na escola e em toda a vida cristã. Morreremos

para que outros tenham a liberdade de anunciar seus

princípios religiosos, embora discordemos dos mesmos

princípios”. (W.C.Taylor, in Azevedo, 2004 p. 11)

Batistas, sãos pessoas convertidas e regeneradas pela ação do Espírito

Santo, foram salvas mediante a graça de Deus e a fé em Cristo Jesus,

submetendo a soberania de Cristo “que é a cabeça da igreja”, inundo-se a uma

igreja (corpo de Cristo), da mesma fé e ordem, submetendo-se ao batismo,

presta culto e crê na autoridade de Deus, como sua única regra de fé e prática.

1.1. Surgimento dos Batistas no Mundo

Em 31 de outubro de 1517, liderada por Matinho Lutero, surge a

Reforma Protestante, com a publicação das famosas 95 teses na porta do

castelo de Wittenberg, criando a oportunidade para que muitos grupos

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14 dissidentes aumentassem suas pregações. Dentre os grupos dissidentes,

estavam os Anabatistas. O grupo mais ativo e poderoso daquele momento, ele

sustentava muitas doutrinas que os batistas esposariam. Este nome

Anabatistas, significa os “rebatizadores”2.

Em 1534, sob a influência dos Anabatistas, surge o movimento

denominado puritano, dentre eles haviam alguns grupos que defendiam um

sistema eclesiástico congregacional, o batista voluntário e a separação da

igreja e estado.

Finalmente em 1609, surge uma igreja de doutrina batista, com

liberdade religiosa, liderada John Smyth (1570-1612) que era pregador e

Thomas Helwys (1550-1616) que era advogado, junto com outras pessoas da

congregação puritana de Lincolnshire, para Amsterdam (Holanda). “John

Smyth batizou-se e, também a todos os seguidores da igreja, constituindo

assim, a primeira igreja organizada dentro das doutrinas do Novo Testamento,

incluindo o batismo do que crê e a profissão de fé em Jesus Cristo.

Em 1612, Thomaz Helwys e seus seguidores, dão início à linhagem de

igrejas batistas, que começam a crescer na Inglaterra, sendo severamente

perseguida pela igreja Anglicana. Inicia-se assim a história com a organização

da igreja de Spitalfiends, nos arredores de Londres. A perseguição a vários

grupos separatistas, dentre eles, os batistas, levaram a várias partes do

mundo, especialmente às colônias da América do Norte, buscando liberdade

religiosa.

Em 1639, Roger Williams e John Clarck, dois ilustres homens são

considerados os fundadores das igrejas batistas em solo americano.

Organizaram a Primeira Igreja Batista de Rodhe Island e Newport. Os Batistas

se espalharam por diversas colônias americanas, influenciando na formação da

Constituição Americana de 1781.

2 Pacto e Comunhão: Documentos Batistas, p.56-57

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Em 1791, um jovem pastor chamado William Carey, sentiu-se comovido

e com uma forte compaixão pelas multidões pagãs da Índia. Com o apoio de

vários pastores, deu início a um movimento para envio de missionários à

aquelas terras. Assim, em 1792, foi criada a Sociedade de Missões no

Estrangeiro, expandindo assim a obra batista na Ásia e na África, vários

continentes, atingindo o Brasil.

Então, 1814 foi fundada na Filadélfia a Convenção Geral da

Denominação nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro.

Então em 1845, surge o “Southern Baptist Convention (Convenção

Batista do Sul dos Estados Unidos)”3. A partir daí, a obra missionária dos

batistas tem um gigantesco crescimento, chegando através do Batista do Sul

dos Estados Unidos, ao Brasil.

Os Batistas estão hoje, “presentes em mais de 200 países e

representam uma população de mais de 46 milhões de membros, com cerca de

180 mil igrejas, e atingiram 150 milhões de pessoas no mundo inteiro”4.

1.2. Surgimento dos Batistas no Brasil

Em 1860, Thomas Jefferson Bowen, um missionário Americano, que foi

enviado à Nigéria, para evangelizar os nativos da tribo ioruba. Após retornar

para os Estados Unidos, foi enviado para o Brasil, com a finalidade de

continuar seu trabalho de evangelização dos escravos que falavam a língua

corrente entre os negros traficados. Nesta época, a religião oficial do Brasil era

o catolicismo, as autoridades o impediram de pregar o evangelho, visto que a

mensagem distanciava os escravos dos ensinamentos católicos. Após oito

meses de trabalho e também bastante doente, retornou ao seu país.

3 www.prazerdapalavra.com.br/index.php?...batistas... 4 Pacto e Comunhão: Documentos Batistas, p.59

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No período entre 1861 a 1865, um grupo de colonos sulistas foi

derrotado na guerra entre o norte e o sul dos EUA, desembarcaram na cidade

de Santa Bárbara D’Oeste (SP). A maioria destes colonos era protestante, e

em 10 de setembro de 1871, com os cultos ainda em inglês, foi organizada a

Primeira Igreja Batista no Brasil, coordenada pelo pastor Richard Ratcliff. Com

a continuação deste trabalho, já em 1880, o ex-padre Antônio Teixeira de

Albuquerque. Sacerdote católico da província de Alagoas converteu-se ao

protestantismo, estudando a bíblia sozinho abandonou assim a igreja de Roma,

o ex-padre peregrinou pelo Brasil até chegar à Campinas, foi batizado e

ordenado ao mistério pastoral, tornado assim, o primeiro pastor batista

brasileiro.

Em 1881, chegaram ao Brasil, os missionários William Buck Bagby e sua

esposa Anne, seguindo direto para Campinas para aprenderem a língua

portuguesa, o professor deste casal foi o ex-padre, agora pastor Antônio

Teixeira de Albuquerque. Neste período, iniciou também o trabalho de

evangelização em Campinas (SP), abrindo assim mais uma igreja. Após várias

discussões sobre a data correta de início do trabalho batista no Brasil, A CBB5,

em sua 89ª Assembleia, aprovou a resolução de uma comissão especial nos

seguintes termos: “Reconhecemos que a inserção do trabalho batista no Brasil se deu

por duas vias: A via de imigração (1871) e a via de missão (1882)”. Os casais de

missionários William e Ana Bagby, Zacharias e Kate Taylor, contaram com o auxílio do

ex-padre Antônio Teixeira de Albuquerque, decidiram continuar sua missão na cidade

de Salvador (BA), chegaram à cidade no dia 31 de agosto de 1882, nesta época a

cidade contava com 250 mil habitantes, então, em 15 de outubro de 1882, foi

organizada a Primeira Igreja Batista em Salvador (BA), com a ministração dos

cultos e a evangelização já em português.

Em vinte e cinco anos de trabalho, Bagby e Taylor e mais um grupo de

pastores, evangelistas e um número crescente de brasileiros, organizaram 83

igrejas, com aproximadamente 4.200 membros. Com o sucesso do trabalho na

região do Nordeste, William Bagby resolveu partir para o Rio de Janeiro, onde

5 CBB – Convenção Batista Brasileira

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17 fundou uma congregação no bairro Estácio de Sá, contando com a adesão de

quatro pessoas.

Com os resultados positivos dos trabalhos de evangelização no Brasil,

os missionários americanos resolveram investir, trazendo consigo um modelo

de igreja que conheciam em sua terra natal, implantando a estrutura

eclesiástica americana. Além da estrutura cuidadosamente organizada, as

igrejas brasileiras fizeram questão de manter o modelo congregacional de

governo, caracterizado pela autonomia de cada igreja local. Onde, em 24 de

agosto de 1884, foi organizada a Terceira Igreja Batista no Brasil, sendo a

Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro (RJ). Tem em seu quadro de

membros, cerca de 1.600 pessoas ativas. A PIBRJ tem como única norma de

fé e ordem, a doutrina, o culto, disciplina e governo a Bíblia Sagrada, adota os

princípios batistas da declaração doutrinária votada pela Convenção Batista

Brasileira6.

Com o passar do tempo, os modelos forma se adequando à realidade

brasileira. Com o crescimento das igrejas, surgiu a necessidade de reafirmar o

ideário do segmento. A tradição ideológica batista, jamais se perdeu no tempo,

graças às estratégias de propagação através de publicações como livros,

bíblias, revistas e jornais. Este segmento de literatura faz-se presente até hoje,

como carro forte de evangelização através dos anos, proporcionando aos

missionários brasileiros e mundiais, levarem a palavra de Deus escrita, com

traduções em todas as línguas, traduções estas que podem chegar até aos

mais longínquos povos.

1.3. Convenção Batista Brasileira

Para organizar uma Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros,

Salomão Ginsburg foi a primeira pessoa a pensar nesta organização. A idéia foi

6 www.pibrj.org.br

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18 concretizada. A. B. Deter, Zacharias Taylor e Salomão Ginsburg deram

concretizaram ao plano. Com a adesão de outros missionários, e de outros

líderes brasileiros, entre eles, Francisco Fulgêncio Soren, que tinha,

inicialmente, algumas reservas. A data de 22 de junho de 1907, em sessão

solene, foi realizada a primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira, na

Cidade de Salvador. A assembléia foi composta com 43 mensageiros, que

foram enviados por igrejas.

A Convenção Batista Brasileira é constituída por igrejas batistas, que

associam livremente para sua formação, é uma associação religiosa, que tem

por finalidade única promover o reino de Deus para todas as pessoas, por

meios lícitos.

“A Bíblia não registra a existência de convenção,

associação de qualquer outra organização eclesiástica,

além da igreja. Entretanto, contém ensinamentos e

exemplos que sinalizam na direção de procedimentos

cooperativos, de reunião de esforços e providências que

autorizam o surgimento de entidades e órgãos que, pela

iniciativa e com o apoio e controle das igrejas, se tornem

instrumentos para a realização dos propósitos que têm

em comum. A Convenção aparece, na experiência

batista, como instrumento para canalizar e dar expressão

concreta ao desejo das igrejas batistas e do povo batista,

juntos, pelejarem “pela Fé que uma vez foi dada aos

santos”. A existência e objetivos da Convenção se

assentam sobre quatro pilares básicos, a saber: a) A

compreensão da natureza da igreja neotestamentária

local; b) A posição do indivíduo no propósito de Deus;

c) O governo democrático da igreja; d) O princípio da

cooperação. Estes pilares básicos formam o arcabouço

da Convenção Batista Brasileira e lhe fornecem a

sustentação bíblica”. (www.CBB.com. p.2)

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1.4. Convenção Batista Carioca

A Convenção Batista Carioca é responsável por mais de 450 igrejas

batistas hoje existentes na cidade do Rio de Janeiro. São mais de 125 mil

homens, mulheres, crianças e idosos, jovens e adolescentes que crêem em

Cristo como seu Salvador e vivem conscientes do Seu senhorio sobre suas

vidas. Responsável pela comunhão das igrejas batistas da cidade do Rio de

Janeiro.

Valendo dos direitos que nos foram conferidos pela Constituição Federal,

considerando como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade

de religião; liberdade para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua

crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando

direitos e convicções alheias; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente;

convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua

religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à

propagação de sua fé. “Tal liberdade não é privilégio para ser concedido,

rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro

grupo religioso – é um direito outorgado por Deus”7.

1.5. Lei que Garante a Liberdade de Culto

Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Artigo I confere a

liberdade de culto, onde está escrito: "Todos os homens nascem livres e iguais

em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em

relação uns aos outros com espírito de fraternidade".

No Artigo II, também podemos ler: "Todo homem tem capacidade para

gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem

distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião

7 Convenção Batista Carioca. www.batistas.com.

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20 política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou

qualquer outra condição"8.

Neste texto, percebemos que são apontados nele quatro tipos de

liberdade:

• liberdade religiosa

• liberdade de pensamento

• liberdade civil

• liberdade política

Diante da exposição das Leis de liberdade religiosa, podemos afirmar

que a liberdade religiosa/culto, pensamento, civil e política, estão englobadas

no mesmo sentido de possibilitar a expressar sentimentos livremente.

No Brasil, Jorge Amado, foi a primeira pessoa na política a se preocupar

com a liberdade religiosa. Eleito deputado federal, em 1945, participou da

Assembléia Constituinte em 1946, permitindo ao povo brasileiro liberdade de

culto, tendo sido autor da Lei da Liberdade de Culto Religioso pelo Partido

Comunista Brasileiro (PCB) de São Paulo9.

1.6. Organização da Igreja Batista Itacuruçá

“Nos séculos 18 e 19, era pantanosa e insalubre a área

adjacente à Baía de Guanabara, parte do centro e

arredores do Rio de Janeiro. Por isso, as montanhas e

as terras altas próximas às florestas conquistaram

naturalmente a preferência dos barões, viscondes e

demais elementos da classe ria. Para a Tijuca, eles

vieram e aqui construíram suas mansões em meio a

8 CONSTITUIÇÃO: República Federativa do Brasil 1988. p.3 9 www.ibge.gov.br/.../liberdadeculto/home.html

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belas chácaras. Uma delas pertenceu ao Barão de

Itacuruçá (que assinava Itacurussá). (...) Já neste século,

a viúva do Barão, proprietária da Chácara Itacuruçá (com

área de mais de 100.000 m²), decidiu loteá-la e vendê-la.

A notícia dessa venda alcançou o Dr. John W. Shepard e

Dr. Francisco F. Soren, que se interessaram por sua

compra para o Colégio Batista. Da efetivação do negócio

dão-nos notícia os anais da XII Convenção Batista

Brasileira, reunida em junho de 1920, em Recife,

conforme registro de José dos Reis Pereira, na História

dos Batistas no Brasil”. (Curvacho. 1997, p.21)

Em 29 de dezembro de 1935, na residência do Diretor do Colégio Batista

e Seminário do Sul, pastor S.L.Watson, reuniu-se onze pessoas, para discutir

sobre a organização de uma igreja batista na vizinhança da chácara Itacurussá.

Foi aprovado o nome de Congregação Batista Itacurussá.

Em 21 de fevereiro de 1936, foi organizada a Igreja Batista Itacuruçá (na

língua tupi, simboliza cruz de pedra), no Salão Nobre do Edifício Judson, no

Colégio Batista Shepard, recebendo o primeiro nome de: “Igreja Batista

Itacurussá (mais tarde foi elidida do seu nome a partícula “de” e adotada a

grafia “Itacuruçá”)10.Além dos membros da congregação, estavam onze

representantes das igrejas batista, dez do Rio de Janeiro e uma de São Paulo.

Tem em seu quadro de membros, cerca de 1.500 pessoas ativas.

Em 1939, surgiu a idéia da construção de um templo. Em 22 de maio de

1950, o pastor Hallok lançou a pedra fundamental, então, dois anos depois, o

templo foi inaugurado, nesta época, a Igreja tinha 300 membros.

A Igreja Batista Itacuruçá, tem como única norma de fé e ordem, a

doutrina, o culto, disciplina e governo a Bíblia Sagrada, adota os princípios

batistas da declaração doutrinária votada pela Convenção Batista Brasileira.

10 CURVACHO, Luiz Antônio (org). A Serviço de Cristo: Igreja Batista Itacuruçá - Edição Comemorativa de 60 anos (21.02.1936 a 21.02.1996). São Paulo: Imprensa da Fé, 1997.

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22

“A Missão da Igreja Batista Itacuruçá, que pretende ser relevante para

quem Cristo é relevante, é levar a cabo a tarefa legada por Jesus (conforme

Mateus 28.19-20)”. Para fazer discípulos de Jesus em todo o mundo, consiste

em pregar o Evangelho a toda criatura.

1.6.1. Ministério Administrativo

Desde sua fundação, a Igreja Batista Itacuruçá, tem se mostrado além

do seu tempo, neste período, sua administração já diferenciava com seu

Planejamento Estratégico, direcionando as atividades da igreja, a saber:

Administração Geral “(Ministério Administrativo deverá ser exercido através do

Departamento de Administração e Patrimônio - DAP)”; Zeladoria, Tesouraria,

administradores, secretaria, corpo diaconal e programação financeira

(Orçamentos Programas), “(a igreja sempre programou suas atividades através

de orçamentos semestrais ou anuais. São Peças elaboradas com rigor técnico,

contemplando todos os campos de atuação)”.

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23

CAPÍTULO II

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL NUM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

“Acreditar que a igreja local é a esperança no mundo

explica por que meu coração está voltado para os que

lideram igrejas locais. Creio, lá no fundo do meu ser, que

os líderes das igrejas locais têm o potencial de ser a

mais influente força do planeta. Se “captarem” e derem

continuidade ao desejo de Jesus, as igrejas podem

tornar-se os centros de redenção que ele tencionava que

fossem. Ensinamento dinâmico, adoração criativa,

comunhão intensa, evangelização eficiente, e cultos

alegres combinarão para a renovação do coração e da

mente, tanto de novos convertidos, quanto de membros

mais experiente, fortalecendo famílias, mudando

comunidades e transformando o mundo”. (Hybels, 2002,

p. 12).

Vivemos em tempos de globalização, onde todas as atividades

tendem a acompanhar as modificações em grandes negociações, serviços e

qualificação em todas as áreas, sejam elas eclesiásticas ou não. Vemos as

modificações em todos os departamentos, em todas as áreas, em todos os

países, ou seja, precisamos acompanhar as modificações necessárias para

grandes projetos.

Neste contexto, vemos a preocupação na motivação religiosa das

pessoas que estão todos os dias mais consumistas. Está cada dia mais

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24 distante do convívio religioso. Algumas pessoas buscam resultados imediatos e

concretos.

Em razão de todas as modificações, (Paes, p.17-18), mostra

algumas razões pelas quais, precisamos modificar nossa qualificação e

especialização nas questões administrativas eclesiásticas:

“Em razão dessas mudanças na motivação, alteram-se

as relações entre as instituições eclesiásticas. Igrejas

fruto de divisão tendem a competir entre si; As

mudanças geraram também uma transformação na

compreensão do papel da igreja e da fé cristã na

sociedade. Está se perdendo a visão da ética, da justiça

social, do testemunho. Substituiu-se a função profética

da igreja pela função política e econômica; Diante

dessas transformações, a atividade mais visível do

pastorado – a pregação – também sofreu mudanças.

Como a visão predominante é pessoal e extrativista,

cada vez menos a pregação será voltada para a verdade

da cruz e do preço do evangelho”.

A maioria das igrejas é constituída a partir de suas doutrinas, com

formação hierárquica muito rígida. As igrejas protestantes embora sejam

notadas por suas subdivisões, geralmente respeitam uma hierarquia que é

determinada por suas convenções.

As igrejas normalmente e predominantemente são constituídas a partir

da figura do pastor da igreja, que acumula as funções eclesiásticas e

administrativas. Todas as ações que envolvem a igreja, sejam elas

eclesiásticas ou não, tem que ter a validação do pastor. Existe neste setor uma

angústia, que às vezes o pastor trabalha acima do esperado, ou não tem

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25 qualificação administrativa, o que dificulta o atrapalha tanto a qualidade de vida

do pastor, quanto da administração da igreja11.

2.1. Até que ponto a administração de uma igreja tem relevância, de

modo a garantir uma gestão administrativa de qualidade, num processo

de transformação?

Existem ainda muitas dificuldades de entendimento neste processo

administrativo, existem igrejas X empresas, existem igrejas X igrejas, neste

estudo mostraremos que há possibilidade de uma igreja estar em prefeita

comunhão com dos deveres com o Governo e também, com as questões

doutrinárias ou eclesiásticas.

No setor de igrejas, existe ainda uma confusão generalizada sobre a

Gestão Eclesiástica, neste caso, difícil é determinar quem seriam os receptores

deste serviço, pois todos os membros da igreja podem ser colaboradores e ao

mesmo tempo receptores.

Podemos entender a liderança como um processo de influência mútua

exercida entre líder e liderado. As atitudes e ações empreendem a finalidade

de construir um relacionamento sadio, baseado na influência mútua,

beneficiando ambos.

Vários autores destacam a importância do administrador, obscurecendo

grosseiramente a capacidade de liderança, tornando-a difícil de compreender.

“Ao contrário, a liderança é entendida como aquela habilidade de um

administrador que o torna capaz de persuadir os subordinados e se dedicarem

com zelo e confiança. Apenas neste nível de atividades eles poderão realizar

sua plena capacidade”12.

11 Administração Eclesiástica, p.4 12 Koontz e O’donnell - Princípios de Administração. 1978, p.196

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26 Avaliando a Gestão em vários níveis e análise: O indivíduo: É possível

examinar aspectos humanos que demarcam as diferenças humanas

individuais, como as necessidades, interesses, aspectos motivacionais, perfil e

traços de personalidade, demonstrando seus aspectos emocionais e cognitivos

no seu estilo de liderança; O interpessoal: Analisa as relações entre duas

pessoas, no caso, o líder e o liderado, componentes afetivos comportamentais

que terminam a qualidade do relacionamento, servindo como diferencial para

atingir metas individuais e organizacionais; O Grupal: Envolve as relações entre

um líder e vários liderados, neste contexto analisam-se o papel do líder na

tarefa que o grupo executa e a influência que esse líder exerce no desempenho

e produtividade do grupo.

Algumas atitudes são de extrema importância que podem fazer toda

diferença na gestão: Empatia – O líder que não dotado de empatia, tem

objetivos, valores e preconceitos como qualquer outro homem. O problema

está no líder crer que todos os colaboradores pensam como ele, mas vale

lembrar que o líder tem liberdade de escolher, já os liderados não tem;

Objetividade – Para cultivar a objetividade, o líder obriga-se a analisar antes de

empreender a ação, precisando de uma grande força de vontade. Determinado,

ele poderá vencerá uma tendência natural a julgamento precipitado, raiva,

crítica ou exageros nos elogios. Tendo que manter a autodisciplina para uma

gestão de qualidade; Conhecimento de Si Mesmo: A frase de Sócrates

“Conhece-te a ti mesmo!”, é usada por vários psicólogos para determinar ações

de Gestores, avaliando os motivos pelas quais as levam a se comportar de

uma determinada maneira ou ter reações, falta de reações ou mesmo praticar

hostilidade com os liderados.

Podemos avaliar que a simpatia, a cooperação e a aprovação provocam a

reação desejada, já a irritação somente prejudica. Portanto, faz-se necessário o

que se está fazendo.

Um ponto principal para ser observado, é que nem todas as pessoas

reagem da mesma maneira, todos reagem diferentes em momentos diferentes

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27 pela mesma coisa, dependendo do seu clima interior no momento da ação.

Alguns discordam de alguns, mas agrada a maioria, outras pessoas não

agradam, estão sempre de mau humor, dificultando relacionamento e

negociações. Neste contexto faz-se necessária intervenção do gestor para

mudanças como: objetivos e diretrizes, filosofias da administração,

relacionamentos interpessoal, Às vezes, tais mudanças são voluntárias, às são

forçadas.

O administrador tem que está atento na direção e ter controle dos seus

liderados, para vencerem novas circunstâncias/projetos. Em todas as formas

de administração, todos devem estar envolvidos. É o que revela Koontz e

O’donnell, p. 208.

“De certo modo, o administrador precisa improvisar uma

ordem de liderança suficientemente elevada para

convencer os indecisos, os pessimistas e os

conservadores a enfrentar os desafios novos com zelo e

confiança; de vez que o ambiente continua mudando, de

forma acentuada ou imperceptível, esta é uma tarefa que

nunca é realizada: está sempre em processo. (...) Um

administrador precisa compreender que as atitudes que

as atitudes mudam, às vezes, com muita rapidez.

Precisa tomar o pulso do moral, apurar as causas reais

das atitudes modificadas, e aplicar a técnica de liderança

que julgar mais apropriada. Como não há ciência nesta

área, os administradores selecionarão técnicas

diferentes para as mesmas situações, algumas boas,

outras medíocres”.

O objetivo da gestão saudável, com relacionamentos interpessoais e

comprometimento com a organização e com os clientes. É ter uma equipe de

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28 trabalho coesa, bem ajustada, fazendo parte do todo. Os resultados serão

favoráveis, destacando em toda diretoria e em todos os clientes.

.

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29

CAPÍTULO III

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA QUALITATIVA E QUANTITATIVA NA

IGREJA BATISTA ITACURUÇÁ

“No Testamente há uma passagem sobre Deus e o

amor: “Aquele que não ama não Deus, pois Deus é

amor” (I João 4.8). Observe que as últimas palavras

nesta passagem não são “Deus age com amor” ou “Deus

é como o amor”. Em vez disso, Deus é amor.

Literalmente. (...) Em outras palavras: quando

esforçamos para ter um comportamento amoroso, Deus

tem a oportunidade de atuar na vida de quem dá e de

quem recebe”. (Hunter, 2006, p. 126-127)

3.1. Modelo de Gestão

A administração eclesiástica desempenha um importante papel na

administração na organização eclesiástica batista e requer mudança. Precisa

ser administrada com eficiência e eficácia, a fim de atender todos os seus

projetos e expectativas. Seu desempenho torna-se relevante para todos os

seus membros e àqueles que dela usufruem.

Contudo, a maioria das igrejas ainda utiliza o método antigo de gestão,

com a administração da igreja totalmente em poder do pastor. Ainda é em sua

maioria por devoção não por competência. Entretanto, a prestação dos

serviços e os resultados tem a mesma competência de qualquer organização

em qualquer setor de uma sociedade desenvolvida e organizada.

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30

Há que se pensar que a gestão de uma igreja é um processo totalmente

diferenciado dos modelos de gestão de micros ou grandes empresas. O

trabalho essencial neste processo é fazer com que pessoas de diferentes

crenças, cor e etnia, conheçam a Jesus. O objetivo principal da igreja é estar

pronta a anunciar o evangelho a toda criatura. Neste caso, a administração e

todos os departamentos da igreja tem que estar perfeitamente engrenados

para alcançar os objetivos.

A administração da igreja tem que está pronta para ser a facilitadora do

processo de evangelização. Então como poderemos executar o trabalho

administrativo sem afetar o trabalho eclesiástico.

A Igreja Batista Itacuruçá tem seu papel na sociedade, cumpre todas as

determinações governamentais, paga todos os impostos que lhe são devidos, a

gestão administrativa da igreja tem que estar inteirada de todas as questões

administrativas, pessoal, financeira e de negociações, para nada saia do seu

foco. E todos os projetos da igreja aconteçam em tempo hábil e com eficiência.

A igreja tem como base administrativa, os ensinamentos da Bíblia, nos

textos bíblicos contem modelos de excelência para administração em todos os

tempos. Jesus foi o maior administrador da história. Com doze liderados

(apóstolos), conseguiu cumprir todos os projetos que Deus havia atribuído a

Ele. Se este livro (bíblia) for usado com sabedoria e dependência do Espírito

Santo, poderemos ter o mapa administrativo de excelência para gestores

comprometidos com a relevância da função.

“Nesta reta final da Igreja de Cristo no mundo, a

liderança está definitivamente abrindo os olhos e a

mente para entender que vidas são mais importantes

que formas, tradições e preferências pessoais. Por isso,

quando vemos algo que Deus está fazendo e não

entendemos bem, não devemos criticar. (...) Acredito

realmente nisso, porque o Brasil e o mundo precisam

urgentemente de igrejas que prevaleçam diante dos

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31

grandes desafios que ainda estão por vir em nosso

mundo!” (Paes, 2009, p. 21).

Quando o assunto é mudança, não é tarefa fácil, especialmente quando

se trata de estruturas eclesiásticas históricas e tradicionais. Este processo de

mudanças pode levar muito tempo para se obter a excelência desejada. Hoje,

as igrejas são influenciadas pelo grande crescimento populacional e pelo

processo da globalização. Não existem métodos prontos para exercer a função

administrativa da igreja, há que se permitir a busca constante por

conhecimentos éticos, estratégicos, didáticos e a motivação pessoal para

exercer a administração desejada pelos pastores, diretoria, membros,

congregados e voluntários da igreja.

3.2. Qualidade de Gestão

Nas demais igrejas, a administração é conduzida diretamente pelo

pastor, que total autonomia para administrar todas as demandas da igreja, seja

elas eclesiásticas ou não. Percebe-se que em outras igrejas, o pastor tem

dificuldades “medo” de perder o controle das questões administrativas, não

permitindo modificações. Nota-se ainda, a dificuldade que alguns pastores tem

de exercerem funções administrativas. Eles estudaram teologia e não tem

nenhum conhecimento administrativo, o que atrapalha sua função principal,

que é a parte eclesiástica da igreja. Mesmo assim, com todas as dificuldades e

atrapalhando o andamento de toda a engrenagem da igreja, não aceitam

modificações que são necessárias nos nossos dias.

A Igreja Batista Itacuruçá se diferencia das demais igrejas batistas, pela

forma como conduz sua administração. A igreja pensa além do seu tempo,

além dos seus muros. Tem uma forma globalizada de atuar. A administração

existe para que todos os projetos da igreja aconteçam em tempo hábil e com

excelência.

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32

A igreja construiu dois documentos – Estatuto e Regimento Interno

(anexo, p.42) como norte para todos os ministérios da igreja: Estatuto: Este

Estatuto guia todas as questões, mostra que a igreja é soberana e autônoma

em suas decisões, não está subordina a qualquer outra igreja ou entidade

religiosa, reconhecendo apenas autoridade de Jesus Cristo, regida pela Bíblia

e adota a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, sem fins

lucrativos, sem limites de membros. A igreja pode criar outras entidades

jurídicas próprias. Todas as decisões da igreja são resolvidas em Assembleia

Geral Ordinária ou extraordinária, com participação de todos os membros com

direito de votos.

O Estatuto13, no artigo 2º, determina quais são as finalidades da igreja, e

gestão deverá acompanhar e projetar estratégias para o bom andamento de

todas as atividades da igreja:

Art. 2º - A igreja tem as seguintes finalidades:

I. reunir-se, regularmente, para prestar culto a Deus e

proclamar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo;

II. estudar a Bíblia Sagrada, visando ao doutrinamento e

à edificação espiritual de seus membros; III. cultivar a

comunhão, o bom relacionamento e a fraternidade cristã;

IV. promover, pelos meios adequados, a causa da ação

social cristã e da educação; V. cooperar com as igrejas

filiadas à CBB; VI. cooperar com a Convenção Batista

Carioca (doravante denominada CBC) e com a CBB, na

realização dos seus fins, participando eventualmente de

reuniões com outras instituições, desde que isto não

comprometa os princípios bíblicos que lhe dão

sustentação; VII. promover, por todos os meios ao seu

alcance, o estabelecimento do Reino de Deus no mundo.

Conforme Estatuto, Cap. V, Art. 13, a Igreja será exercida por uma

Diretoria, composta por um Presidente; Primeiro, Segundo e Terceiro Vice- 13 Estatuto da Igreja Batista Itacuruçá, p. 1

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33 presidentes, Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários, Primeiro, Segundo e

Terceiro Tesoureiro, que exercem suas funções com competência e buscando

a promoção do Reino de Deus.

A eleição da referida Diretoria, é definida no Regimento Interno, através

de um processo eleitoral, com duração de dois anos, começando no dia

primeiro de abril a terminar em trinta e um março, dois anos depois. Permitindo

apenas uma reeleição para cada cargo de sua composição, com impedimento

por este princípio a indicação para qualquer um dos componentes da diretoria.

A Diretoria tem o compromisso de fazer cumprir em conjunto o Estatuto,

Regimento Interno e quaisquer outras decisões administrativas não previstas

nestes instrumentos normativos. Reunindo-se periodicamente para tratar dos

planejamentos estratégicos da igreja. Compondo o quadro responsável pela

administração da Igreja, existe ainda o Conselho Fiscal, constituído por três

pessoas e referido suplentes, com mandato de dois anos.

No Art. 15, Cap. V, do Estatuto da Igreja, declara a Competência de

cada componente da Diretoria e Conselho Fiscal, a Saber:

§ 1º - Compete ao Presidente: representar a igreja ativa e passiva, judicial ou

extra-judicialmente; superintender e supervisionar as atividades da igreja;

convocar e presidir as assembléias gerais; assinar, juntamente com o

Secretário, as atas das Assembléias e as do Conselho Consultivo e escrituras

públicas, contratos e documentos jurídicos de qualquer natureza, em conjunto

com dois membros da Diretoria; abrir, encerrar, movimentar e solicitar saldos

de contas bancárias em conjunto com o Tesoureiro em exercício; participar de

reuniões de qualquer ministério ou órgão da igreja, com direito à palavra e ao

voto; apresentar, no final de cada ano, relatório das atividades desenvolvidas

pela igreja; tomar decisões, em assuntos de extrema urgência ou

comprovadamente excepcionais, isolada ou em conjunto com a Diretoria, ad

referendum da Assembléia; cumprir e fazer cumprir o presente estatuto. a) O

pastor, quando eleito para presidir a igreja, não fará jus a qualquer

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34 remuneração pelo cargo que ocupa na Diretoria, recebendo apenas pelo

exercício de suas funções ministeriais.

§ 2º - Compete aos 1º, 2º e 3º Vice-Presidentes: substituir o Presidente em

suas ausências ou impedimentos eventuais, obedecida a ordem de eleição;

auxiliar o Presidente no exercício de suas atividades e aos demais membros da

Diretoria sempre que necessário for, e, num regime de escala ou de rodízio

definido pela própria Diretoria, indicar entre eles aquele que dará suporte

operacional a todas as decisões que demandem providências administrativas,

sejam da Assembléia da Igreja, sejam da própria Diretoria de que faz parte;

§ 3º - Compete ao 1º Secretário: lavrar, apresentar e assinar em livro próprio

as atas das Assembléias Gerais e do Conselho Consultivo; assinar escrituras

públicas e contratos, sempre em conjunto com o Presidente e um dos demais

membros da Diretoria; manter em ordem a documentação, livros, arquivos e

fichários do rol de membros da igreja.

§ 4º - Compete ao 2° e 3º Secretários: substituir o 1° Secretário em seus

impedimentos e ausências eventuais e prestar-lhe auxílio sempre que

necessário for, obedecida à ordem de eleição.

§ 5º - Compete ao 1° Tesoureiro: abrir, encerrar, movimentar e solicitar saldos

de contas bancárias assinar cheques, contratos de abertura de contas ou de

créditos, em conjunto com o Presidente; assinar escrituras públicas e contratos

em conjunto com o Presidente e um dos demais membros da Diretoria; efetuar

pagamentos orçamentários ou extra-orçamentários, desde que aprovados e

ratificados pela Diretoria e pelo Conselho da Igreja, ad referendum da

Assembléia Geral; receber e escriturar os valores recebidos pela igreja como

ofertas, dízimos, doações etc. elaborar ou cobrar a elaboração dos balancetes

mensais e balanços anuais e apresentá-los às Assembléias, quando

necessário for.

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35 § 6º - Compete ao 2° e 3º Tesoureiros: substituir o 1° Tesoureiro em seus

impedimentos ou ausências eventuais, e prestar-lhe auxílio sempre que

necessário for, obedecida a ordem de eleição.

Art. 18 - Compete ao Conselho Fiscal: examinar e dar parecer sobre os

balancetes mensais e anuais, elaborados pela Tesouraria; acompanhar a

evolução financeira e o registro contábil; examinar, periodicamente, os

relatórios financeiros, os lançamentos de todas as contas da igreja,

recolhimentos legais, oferecendo o competente parecer para apreciação da

Assembléia Geral; recomendar as medidas administrativas necessárias à

manutenção do equilíbrio financeiro.

Todos os membros da Diretoria, Conselho Fiscal ou de qualquer

Comissão da Igreja, presta serviços à igreja como voluntários, sendo proibido

bob nenhuma hipótese, qualquer tipo de remuneração por qualquer serviço.

Nenhum membro da Diretoria da igreja, do Conselho Fiscal ou das diversas

Comissões que poderão ser criadas receberá qualquer tipo de remuneração

pelos serviços prestados, sob nenhuma hipótese, exceto o reembolso de

despesas porventura realizadas em prol dos trabalhos da igreja.

3.3. Resultados

Esta prática de liderança estabelece maior confiabilidade de todos os

envolvidos no processo administrativo/eclesiástico da igreja, estabelecendo

uma maior interação entre diretoria, pastor, funcionários, membros,

congregados e voluntários. Provocando uma percepção de autovalor e

credibilidade.

Este modelo de administração requer partilhamento dos saberes, os

liderados terem mais autonomia para o exercício da função de cada atividade,

promovendo o aumento da afetividade organizacional. Diferenciando o

desenvolvimento das relações de trocas, identificando as características e

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36 comportamentos do gestor, trazendo para todas as partes administrativas ou

eclesiásticas em processos diários de transformação.

A relevância deste processo de gestão e do relacionamento interpessoal

vai muito além do clima organizacional. A gestão não pode limitar-se a

controlar processos necessários, conforme a demanda dos colaboradores. Faz-

se necessário atuar mais estrategicamente e a liderança estar preparada para

as mudanças próprias e desafios em que as igrejas estão inseridas.

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37

CONCLUSÃO

Ao final deste estudo pode-se dizer o quanto as igrejas necessitam

aprender sobre um novo modelo de gestão eclesiástica qualitativa e

quantitativa para fazer face às necessidades e transparência nos serviços que

são prestados à população evangélica como um todo.

Fortalecendo o conhecimento do que pensamos em memória as marcas

da história dos Batistas no mundo, no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro,

especialmente na Igreja Batista Itacuruçá. Nossas concepções acerca de

credibilidade de gestão eclesiástica. Fazendo parte integral da história,

podemos participar deste processo.

Muitos séculos se passaram, desde o aparecimento do Cristianismo.

Muitos modelos de governos de países e organizações. Existe uma maior

complexidade em todas as formas de gestão, que é como líder com pessoas,

incentivando-as a produzirem serviços com qualidade.

Não é fácil ou simples mudar valores, entretanto, é necessário delegar

tarefas e formar novas lideranças, para o cumprimento do líder maior Jesus

Cristo. Há necessidade de investir no relacionamento interpessoal, que vai

muito além do bom clima organizacional. A Gestão não pode limitar-se ao

controle dos trabalhos ou as demandas dos colaboradores. A liderança tem

que estar preparada para novos projetos e mudanças próprias do ambiente que

estão inseridas as igrejas.

O investimento em formação, quantificação e qualificação de pessoas,

ainda na formação de líderes formadores de líderes, esse trabalho deverá ser

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38 árduo, antes mesmo de pensar em planejamento estratégico, missão, visão,

quantificação e qualificação dos problemas de ima igreja.

Outro ponto significativo a ser observado ao longo deste trabalho é que

As igrejas precisam se adequar às modernas formas de administração para

não terem dificuldades com os compromissos das esferas municipal, estadual e

federal e muitos outros compromissos que comprometem sua existência.

Pudemos ver que o corpo eclesiástico de algumas igrejas, principalmente os

pastores, tem dificultado este trabalho tão importante no processo de

globalização e o crescimento da comunidade evangélica. A urgência em

desempenhar este modelo de gestão eclesiástica com qualidade, serve para

alertar e mostrar que alguns pastores tendem ao enriquecimento ilícito, a

corrupção e até mesmo a lavagem de dinheiro, por não ter uma diretoria

comprometida com a verdade, com os fiéis que dela participam, pois crêem

fielmente em seu líder.

Entendemos que a única forma de qualificar a anunciação do evangelho

pura e simplesmente, com um único propósito de evangelização e salvação de

almas, é ter uma gestão empenhada na verdade, no comprometimento dos

membros e congregados. Com um único propósito de existir tanto para o

sistema governamental, também para as pessoas que dela necessitam ou

participam.

O ponto principal deste estudo é mostrar que a administração

eclesiástica tem um grande papel para transformação de atitudes, de caráter,

personalidade. Um departamento que está incluído na gestão de qualidade é o

Conselho Consultivo é o órgão de apoio, assessoria e sustentação imediata da

Diretoria da igreja, especialmente da Presidência, servindo como o fórum

básico para a discussão e encaminhamento dos assuntos de maior relevância

que interessem à boa ordem administrativa e ao melhor desenvolvimento das

atividades eclesiásticas, sendo composto conforme determinado pelo artigo 19

do Estatuto, a saber, pelos membros da Diretoria da igreja, os responsáveis e

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39 seus segundos pelas visões ministeriais, pelas comissões e pelo Corpo

Diaconal.

O desejo de poder, em que todas as grandes potências religiosas estão

envolvidos, tem destruído a forma simples e maravilhosa de mostrar que só

Jesus Cristo Salva.

Sabemos que temos bastantes caminhos para serem seguidos, com

este empenho em modificação e transformação de vidas e mentalidades. O

estudo nos mostrou que se os líderes denominacionais se despirem de nossas

vaidades e preconceitos, poderão usar todos os caminhos legais para ter um

crescimento de fiéis que terão orgulho de pertencerem a uma igreja que tem

clareza em suas ações, agindo assim, não terão problemas governamentais,

não usarão o dinheiro doado pelos fiéis para compra de produtos que não

ajudam em nada a anunciação do evangelho.

Conclui-se, portanto este trabalho mostrando que assim como qualquer

organização, a igreja não pode ser administrada apenas por um pastor, ou

qualquer líder religioso trabalhando individualmente sem a participação de uma

diretoria com competência para fazer uma gestão de excelência e

transparência em suas ações.

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BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

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______________________ No Compasso da Graça: comentários às epístolas

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e o Executivo: Uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro:

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Acesso em 27 de janeiro de 2011.

Disponível em: IBGE. www.ibge.gov.br/ibgeteen/.../liberdadeculto/home.html.

Acesso em 28 de janeiro de 2011.

Disponível em: Igreja Batista Itacuruçá.

http://www.itacuruca.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=85

&Itemid=60. Acesso em 28 de janeiro de 2011.

Disponível em: Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. www.pibrj.org.br.

Acesso em 28 de janeiro de 2010.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> 30 razões porque ainda é melhor ser batista;

Anexo 2 >> Pacto dos Batistas;

Anexo 3 >> Estatuto da Igreja batista Itacuruçá;

Anexo 4 >> Regimento Interno da Igreja Batista Itacuruçá.

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ANEXO 1

30 razões porque ainda é melhor ser batista

WALMIR VIEIRA Pastor, diretor executivo da ANEB e secretário executivo interino da ABIBET

Autorizamos a reprodução deste conteúdo única e exclusivamente se a fonte for citada como Convenção Batista Brasileira e com a inclusão do link para

www.batistas.com (na internet)

O que nos distingui como batistas? Por que somos batistas e não metodistas, presbiterianos, luteranos, adventistas, pentecostais ou neopentecostais? Não obstante nosso respeito a eles e reconhecimento de que são nossos irmãos em Jesus, membros da igreja universal de Cristo, há algumas razões que justificam nossa opção denominacional. Elas são apresentadas aqui propositalmente sem maior aprofundamento teológico, sem citações bíblicas que as fundamentem e de maneira livre e aleatória, para tornar o texto mais curto possível e de fácil compreensão. O respaldo bíblico-teológico está nos documentos “Declaração de Fé” e “Princípios Batistas”. O “ainda” no título fica como um alerta para o risco de virmos a perder estes diferenciais, sob pena de não mais ser “melhor ser batista”.

Os principais princípios e doutrinas distintivos dos batistas são:

1. Nas igrejas batistas as Escrituras Sagradas são o único fundamento de fé e conduta. Em nossa maneira de interpretá-la não prosperam os extremos do fundamentalismo ou do liberalismo. Para nós, nenhum outro documento ou livro se aproxima nem de perto da autoridade da Bíblia.

2. Cada crente batista exerce o privilégio do livre e responsável exame da Palavra de Deus. Apreciamos uma leitura piedosa e respeitosa da Bíblia. Respaldamos nosso estudo do texto bíblico numa exegese fundamentada cientificamente e no uso de consistentes regras da hermenêutica.

3. Cremos que a Bíblia é sua melhor intérprete, não se contradiz, mas se complementa. É palavra divina, revelação progressiva de Deus e de Sua vontade, escrita por seres humanos inspirados pelo Espírito Santo, que respeitou as peculiaridades de suas personalidades e da estrutura cultural de cada tempo, sem que ela perdesse sua extraordinária unidade. O Espírito Santo hoje não mais inspira novas verdades, mas ilumina as mentes dos que a leem com fé para compreenderem as verdades já reveladas.

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45 4. Entre nós predomina o conceito de igreja local. Somos as igrejas batistas no Brasil e não a igreja batista. Nossa união denominacional se dá por um processo que reconhecemos ser mais difícil, mas muito mais maduro e coerente com a liberdade com que Deus nos criou, e que exige extrema grandeza, desprendimento e sabedoria de todos nós: A cooperação voluntária.

5. Nossas igrejas são autônomas, mas não independentes ou autosuficientes. Valorizamos a interdependência e a comunhão fraterna com as igrejas co-irmãs. Não obstante nossas igrejas se autogovernarem, primam por serem submissas à soberana vontade de Deus, às orientações de Sua Palavra e fiéis às doutrinas e princípios que concordemente julgamos coerentes com as Escrituras.

6. Formamos uma Convenção de igrejas e espontaneamente decidimos nos unir a ela, contribuindo com recursos financeiros e humanos para seu crescimento, seguindo suas orientações, diretrizes e filosofia, definidas, aliás, pela demonstração da vontade da maioria e entendidas como expressão de nossa compreensão da vontade de Deus contidas na Sua Palavra. Quando pensamos ou queremos agir de maneira diferente, consideramos digno nos desfiliarmos da denominação e respeitarmos todos os direitos legais e morais, inclusive patrimoniais do grupo que deseja manter-se fiel aos princípios de fé batistas.

7. Nossa Convenção se estrutura por áreas afins à missão da igreja, que é a implantação do Reino de Deus. Com a união dos esforços de todas as nossas igrejas, pois uma isoladamente não conseguiria tanto, podemos realizar com mais eficácia e volume a obra de evangelização do Brasil e do mundo, a obra de ação social, de educação cristã e de formação teológico-ministerial.

8. Nossas igrejas são democráticas. Adotamos um governo congregacional. Cada membro tem direito a voz e voto. Prevalece a vontade da maior parte. Quem perde, humildemente, segue a maioria. Temos ciência, entretanto, de que mesmo a vontade da maioria e até a unanimidade pode, em algum momento, não representar a vontade de Deus e, muitas vezes, algumas decisões podem ser revistas.

9. Somos avessos ao autoritarismo, mas entendemos a importância da autoridade, principalmente a espiritual. Temos mecanismos regimentais para mudar nossa liderança quando ela não está servindo bem. Não somos presbiteriais (governo de alguns) ou episcopais (governo de um). Não temos líderes infalíveis nem prosperam entre nós, por muito tempo, donos da verdade e da última palavra.

10. Sabemos para onde vão os recursos arrecadados em nosso meio. Podemos definir onde vão ser gastos e, ainda melhor, receber periodicamente relatórios auditados das entradas e saídas. Nosso mundo batista é mais transparente.

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46 11. Nossas igrejas mantêm-se separadas do Estado. Queremos ser a consciência do Estado, voz profética fiel, incontaminável, irrepreensível, orientadora e questionadora do poder público. Politicamente somos apartidários, o que não impede que os membros individualmente façam suas opções. Como parte do Reino de Deus, usamos nossa influência na busca da construção de um mundo melhor e de uma sociedade mais justa.

12. Entendemos que não devemos receber favorecimentos ou doação de recursos públicos para a manutenção de nossos cultos, templos e ações evangelísticas. Entretanto, consideramos como legítimas, extensivo a todas as confissões religiosas, as imunidades tributárias constitucionais em função de nossa natureza não-econômica e dos enfoques socioespirituais de nossa missão. Não nos opomos à formalização de parcerias públicas ou privadas para projetos sociais, em prol dos mais pobres, desde que elas não comprometam nossa autonomia, princípios éticos e autoridade espiritual.

13. Como batistas, preconizamos a absoluta liberdade de consciência. Defendemos que todos têm liberdade para escolher sua religião, pregar suas convicções, respeitando direitos e crenças alheias. Acreditamos que cada pessoa é livre e responsável diante de Deus. Entretanto, somos impelidos a anunciar a todos, com obstinação e sabedoria, aquilo que firmemente cremos, para que tenham a liberdade de poder aceitar ou rejeitar.

14. Abraçamos o sacerdócio universal de todos os crentes. Todos têm acesso direto ao Pai. Nossos pastores não são gurus ou mediadores. São profetas, intérpretes da Palavra revelada de Deus. São seres humanos, um pouco mais preparados e convictos da convocação divina para o ministério pastoral. Não são proprietários ou concessionários de bênçãos celestiais. São pessoas comuns, mas chamadas e capacitadas por Deus, para instruírem e cuidarem do rebanho do Senhor. Nossos pastores não são donos do rebanho, nem vão prestar contas diante de Deus por ovelhas que se dispersam, mas, sim, pelo ministério para o qual foram convocados, se o cumpriram bem. Para nós, todos os salvos somos ministros e intercessores diante de Deus e a verdade revelada está disponível a todos.

15. Não temos pressa para batizar ninguém. Queremos ver, antes, naquele que quer ser batizado, evidências de crente regenerado e ter alguma certeza de que cada batizando está ciente do preço a ser pago por um discípulo de Cristo. Por isso, também, não batizamos bebês ou crianças, que não podem ter plena consciência disso, até porque não achamos que o batismo em si produza salvação. Só o tempo e os frutos dirão se o batismo representou realmente uma conversão verdadeira.

16. Entendemos como biblicamente adequado o batismo por imersão, por simbolizar melhor o novo nascimento (morte para o mundo e ressurreição para uma nova vida em Cristo) e a identificação com a morte e ressurreição de

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47 Cristo, sem deixar de ter como irmãos em Cristo aqueles que foram batizados de outra forma, mas sob a égide de uma genuína fé em Jesus Cristo.

17. A Ceia que celebramos não é santa. Santo é o Senhor da Ceia. Não entendemos que os elementos mudem de substância, ou passem a possuir qualquer presença mística divina. Na ceia do Senhor, nenhuma graça e unção de mistério são transmitidas ou conferidas, a não ser a bênção da comunhão, da gratidão, da recordação, do memorial do bendito sacrifício de Cristo na cruz.

18. Aguardamos com serenidade e expectativa a volta de Jesus, o juízo final e a entrada no novo Céu e na nova Terra para qualquer tempo. Enquanto isso, queremos ser sal e luz e instrumentos usados por Deus para implantação dos valores do Reino neste mundo. Não somos prisioneiros de sistemas escatológicos detalhistas, de dispensacionalismos esquemáticos rígidos ou de milenismos literais.

19. Não compactuamos com promessas vãs de prosperidade para os que contribuem. Dizimamos por obediência à Bíblia, por consciência da necessidade da obra e pela alegria de dar. Continuamos crendo num Deus que nos ama, que nos tem como filhos, possuindo ou não fartura de bens materiais ou de saúde.

20. Predomina entre nós a doutrina da abstenção (não participar) em relação ao uso de bebidas alcoólicas (bem como cigarros e outras drogas), ainda que alguns poucos prefiram o princípio da temperança (participar com moderação). Por amor aos potencialmente ou ex-viciados e evitando o risco de atribuir à frágil carne o poder de autocontrolar-se, a grande maioria de nós prefere abster-se.

21. Defendemos o casamento santo, indissolúvel e monogâmico. Absorvemos com tristeza o divórcio pela “dureza dos corações” dos seres humanos que não conseguiram se manter juntos, mas não o recomendamos. Temos como abençoado o sexo somente dentro do casamento.

22. Não ignoramos o poder de Satanás, mas não o superestimamos, vendo-o em todo lugar e em qualquer coisa, colocando-o em igualdade com Jesus. Contamos com o discernimento do Espírito para julgar corretamente manifestações parecidas com possessões ou influências demoníacas, pois temos consciência de que a maioria tem outras razões que as explicam. Em discernindo-as como realmente malignas, enfrentamos no poder de Jesus, com oração, com amor e respeito à pessoa humana, sem as usarmos para promover espetáculo público com elas. Nas igrejas batistas só Jesus Cristo tem lugar de destaque.

23. Pregamos e promovemos um Evangelho de ação integral. Como Jesus ensinou, não é só a alma do homem que precisa de salvação, mas também suas emoções e seu corpo, bem como sua família, a sociedade e as estruturas

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48 sociais, econômicas e políticas. Mesmo tendo consciência de que a redenção completa só se dará com a volta de Cristo, lutamos para que os valores e os ideais do Evangelho façam diferença já.

24. Compreendemos a importância da obra do Espírito Santo, que age como e onde quer, mas nunca contrário à sua própria Palavra, trazendo confusão. Queremos estar abertos ao Seu mover, mas somos cuidadosos ao afirmar que certos comportamentos, sem precedentes nas Escrituras ou tiradas fora de seu contexto, sejam realmente ações dEle. Nossa cautela nos tem livrado de embarcar em movimentos fugazes ditos do Espírito.

25. Temos clareza de que a missão dos anjos é específica, ocasional e dirigida por Deus. A presença permanente, protetora, conscientizadora e orientadora é prioritariamente do Espírito Santo de Deus, que habita no coração daqueles que, pela fé, recebem a Cristo Jesus como Salvador e Senhor.

26. Cremos que Deus, por Sua soberania, tem poder para curar e realizar milagres ainda hoje, com quem, onde e quando quer. Segundo Sua perfeita vontade, pode também não curar. A exemplo de Jesus, preferimos que as pessoas se acheguem a Ele em busca da cura espiritual e do milagre da salvação, pois estes são eternos. Não somos afeitos a dar ordem a Deus para que milagres e curas aconteçam. Não manipulamos situações e emoções, nem estimulamos sua busca frenética. Mesmo testemunhando muitas curas em nossas igrejas, somos, como Cristo, prudentes em alardeá-las. Sempre que precisamos de um milagre, pedimos por ele a Deus, confiantes e submissos à Sua vontade.

27. Somos, por origem, avessos à espiritualização ou divinização de objetos, imagens e pessoas. Não atribuímos poder sobrenatural às coisas. Não nos identificamos com místicos, feiticeiros, esotéricos ou fanáticos religiosos. Cremos na suficiência de Jesus Cristo. Exercitamos nossa fé com sobriedade e apoiados na boa doutrina cristã. Cultuamos exclusivamente ao Deus triúno, Senhor absoluto de nossas vidas e do amanhã. Nossos templos e qualquer dia da semana ou ano não são santos. Ainda que tenhamos por nossos salões de culto e suas dependências zelo, eles só representam santuários quando o povo remido nele se reúne em nome de Jesus e para adorar a Deus. Eles são espaços para adoração, comunhão, crescimento cristão e serviço à comunidade ao redor dele, em nome de Jesus. Templos do Espírito Santo são, primordialmente, os salvos em Jesus, onde o Espírito habita, onde quer que estejam.

28. É muito bom ser batista porque, ainda que precisemos construir alguns grandes e bonitos templos e prédios para nossas instituições servirem mais e melhor, temos consciência de nossa condição de peregrinos e de que nossa prioridade é a evangelização e o cuidado espiritual de nosso país e mundo. Nossas agências missionárias e igrejas, com ofertas levantadas entre nós, sustentam centenas de missionários que, espalhados pelo Brasil e por toda a

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49 Terra, semeiam o Evangelho da graça (não da Lei), da paz (não do confronto), do livre arbítrio (não da imposição), da liberdade (não da dominação), da misericórdia (não da arrogância), do amor (não do ódio), do perdão (não da vingança), da justiça (não da corrupção), da retidão (não da imoralidade), da santidade (não do pecado). As Boas Novas do bom e do maravilhoso Deus, que salva vidas e transforma o mundo em um lugar melhor.

29. Somos um exército de milhares de homens e mulheres, jovens e crianças, que voluntariamente servem a Deus em suas igrejas e comunidades. Ainda que tenhamos alguns que precisem dedicar-se exclusivamente à obra, e que para isso necessitam do justo sustento, prevalece entre nós o trabalho dedicado e espontâneo da imensa maioria dos filhos de Deus que desejam adorar e servir ao Senhor no mundo, como resposta de gratidão e amor pela salvação que recebemos.

30. É melhor ser batista porque, ainda que tenhamos coisas para melhorar, fragilidades para superar e defeitos para corrigir, nosso sistema tem muitos mecanismos e recursos para que qualquer um, sendo usado por Deus, encaminhe propostas que visem a aperfeiçoar ou mudar o que for necessário para servirmos mais e melhor ao Senhor e sermos um povo abençoado e abençoador neste tempo e neste mundo.

Como batistas temos também alguns problemas, mas isto é para outro texto. Caso o leitor tenha mais alguma razão que nos diferencie positivamente de outros grupos denominacionais, gostaria de receber sua participação. Vamos ver até quantas razões podemos chegar. O objetivo não é despertar vaidade e, com isso, nos separar ainda mais dos irmãos de outras denominações, mas ajudar aos membros de nossas igrejas a estarem conscientes de sua identidade batista.

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ANEXO 2

Pacto dos Batistas

Convenção Batista Brasileira.

http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=223:3

0-razoes-porque-ainda-e-melhor-ser-batista&catid=24:artigo3&Itemid=42.

Tendo sido levados pelo Espírito Santo a aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, e batizados, sob profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimo-nos, unânimes, como um corpo em Cristo, firmar, solene e alegremente, na presença de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto:

Comprometemo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos no amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da Palavra, na santidade, no conforto mútuo e na espiritualidade; manter os seus cultos, suas doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o auxílio dos pobres e para a propaganda do evangelho em todas as nações.

Comprometemo-nos, também, a manter uma devoção particular; a evitar e condenar todos os vícios; a educar religiosamente nossos filhos; a procurar a salvação de todo o mundo, a começar dos nossos parentes, amigos e conhecidos; a ser corretos em nossas transações, fiéis em nossos compromissos, exemplares em nossa conduta e ser diligentes nos trabalhos seculares; evitar a detração, a difamação e a ira, sempre e em tudo visando à expansão do reino do nosso Salvador.

Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a lembrarmo-nos uns dos outros nas orações; ajudar mutuamente nas enfermidades e necessidades; cultivar relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos a perdoar as ofensas, buscando, quando possível, a paz com todos os homens.

Finalmente, nos comprometemos a, quando sairmos desta localidade para outra, nos unirmos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto.

O Senhor nos abençoe e nos proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.

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ANEXO 3

Estatuto da Igreja Batista Itacuruçá

http://www.itacuruca.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=85

&Itemid=60.

ESTATUTO DA IGREJA BATISTA ITACURUÇÁ

Capítulo I - Da denominação, natureza, sede e fins 1. Preâmbulo A Igreja Batista Itacuruçá, com sede na Praça Barão de Corumbá, 49, Tijuca, com acesso também pela Rua José Higino, 416, e foro na cidade do Rio de Janeiro, RJ, doravante denominada “igreja”, é uma organização civil de natureza religiosa, sem fins lucrativos fundada em 21 de fevereiro de 1936, por tempo indeterminado e número ilimitado de membros, sendo regida institucionalmente da forma que se segue: Art. 1º - A igreja é autônoma e soberana em suas decisões e não está subordinada a qualquer outra igreja ou entidade religiosa, reconhecendo apenas a autoridade de Jesus Cristo e sua vontade expressa nas Sagradas Escrituras. Parágrafo Único - A igreja rege-se pela Bíblia Sagrada e adota a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira (doravante denominada CBB) como fiel interpretação das Sagradas Escrituras. Art. 2º - A igreja tem as seguintes finalidades: I. reunir-se, regularmente, para prestar culto a Deus e proclamar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo; II. estudar a Bíblia Sagrada, visando ao doutrinamento e à edificação espiritual de seus membros; III. cultivar a comunhão, o bom relacionamento e a fraternidade cristã; IV. promover, pelos meios adequados, a causa da ação social cristã e da educação; V. cooperar com as igrejas filiadas à CBB; VI. cooperar com a Convenção Batista Carioca (doravante denominada CBC) e com a CBB, na realização dos seus fins, participando eventualmente de reuniões com outras instituições, desde que isto não comprometa os princípios bíblicos que lhe dão sustentação; VII. promover, por todos os meios ao seu alcance, o estabelecimento do Reino de Deus no mundo.

Art. 3o

- A igreja poderá criar outras entidades, com personalidades jurídicas próprias, para melhor consecução de seus objetivos, as quais obedecerão a regimentos próprios, aprovados em Assembléia Geral Extraordinária da igreja

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52 (AGE), termos esses que não poderão contrariar os dispositivos nem o espírito deste Estatuto, sob pena de nulidade. Capítulo II - Dos membros da igreja, admissão, transferência e desligamento Art. 4º - A igreja é constituída de pessoas que professam a sua fé em Jesus Cristo, como único Salvador e Senhor, aceitam as doutrinas bíblicas por ela defendidas e ensinadas, praticam em suas palavras e atos os princípios morais extraídos da Bíblia Sagrada, procuram viver de forma santa e irrepreensível diante do mundo e prometem cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto, seu Regimento Interno e demais normas da igreja. Art. 5º - São considerados membros da igreja, sem distinção de raça, sexo, profissão, nível social ou nacionalidade, as pessoas recebidas por decisão da Assembléia Geral Ordinária (AGO), da forma que segue: I. pública profissão de fé seguida de batismo; II. carta de transferência de outras igrejas batistas; III. reconciliação, devidamente solicitada; IV. aclamação, precedida de testemunho e compromisso; V. membro inativo (em razão de motivo justo que impeça sua participação normal na vida da igreja, não sendo, no entanto, computado o seu número para qualquer efeito de contagem de quorum). Parágrafo único – Casos especiais não constantes neste artigo serão decididos pela igreja em Assembléia Geral Extraordinária (AGE). Art. 6º - Perderá a condição de membro da igreja aquele que for desligado, por decisão da Assembléia Geral Ordinária (AGO), nas seguintes hipóteses: I. infringir os princípios éticos, morais e de boa conduta, defendidos pela igreja,

com fundamento na Bíblia Sagrada e consubstanciados no Art. 4o

deste Estatuto; II. defender e professar doutrinas ou práticas que contrariem a Declaração Doutrinária da CBB; III. ausentar-se dos cultos e deixar de participar das atividades eclesiásticas, por tempo julgado suficiente para caracterizar abandono e/ou desinteresse pela igreja e a obra que realiza ou que estiverem colaborando ativamente com igrejas de outras denominações, ainda que reconhecidas como evangélicas; IV. solicitar desligamento; V. transferir-se para outra igreja. § 1º - A Assembléia Geral Ordinária (AGO) deliberará sobre o desligamento de qualquer membro, mediante parecer, devidamente fundamentado, de uma Comissão Especial por ela eleita, à exceção do inciso IV deste artigo. § 2º - Quando, de qualquer modo, o membro da igreja se julgar injustiçado, terá amplo direito de defesa. § 3º - Sob qualquer alegação, nenhum direito poderá ser reivindicado por aquele que deixar de ser membro da igreja. Capítulo III - Dos direitos e deveres dos membros Art. 7º – São direitos dos membros da igreja: I. participar das atividades em geral da igreja, tais como cultos, celebrações ou demais eventos promovidos por ela;

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53 II. participar da Assembléia Geral, em qualquer de suas formas, com direito ao

uso da palavra e ao exercício do voto, obedecido ao disposto no parágrafo 1o

deste artigo; III. votar e ser votado para quaisquer cargos ou funções; IV. receber assistência espiritual. § 1º - Quando a decisão envolver aspectos legais, os votos dos membros civilmente incapazes não serão computados, exigida orientação prévia do Presidente. § 2º - A qualidade de membro da igreja é intransmissível, sob qualquer alegação. Art. 8º - São deveres dos membros da igreja: I. manter conduta compatível com os princípios éticos, morais, cristãos e espirituais, defendidos e ensinados pela igreja, consoante os ensinos da Bíblia Sagrada; II. exercitar com verdadeiro espírito de consagração os dons e talentos de que foram dotados; III. exercer com zelo e dedicação os cargos para os quais forem eleitos; IV. contribuir financeiramente, com dízimos e ofertas para o sustento dos trabalhos da igreja, para a manutenção de suas atividades e o sustento de seus obreiros e para que a igreja atinja seus objetivos e cumpra a sua missão sem que tal ato se constitua para ele uma obrigação formal, mas sim, um dever moral e espiritual diante de Deus; V. zelar pelo patrimônio da igreja, representado pelos equipamentos, móveis, utensílios, veículos, prédios e benfeitorias. VI. observar o presente Estatuto e o Regimento Interno, decisões dos órgãos administrativos e eclesiásticos nele previstos, zelando por seu cumprimento. Capítulo IV - Da Assembléia Geral Art. 9º - A Assembléia Geral da igreja é o órgão máximo e soberano de deliberação de todos os membros da igreja nos aspectos espirituais, religiosos e administrativos e se realizará consoante o estabelecido neste Estatuto e no Regimento Interno, obedecidos os ditames da legislação pertinente, cabendo-lhe as seguintes atribuições: I. eleger e exonerar o pastor titular; II. eleger e exonerar os membros da Diretoria da Igreja, do Corpo Diaconal, do Conselho Fiscal e das Comissões: de Indicações, Jurídica e de Orçamento e Finanças; III. aprovar o orçamento anual; IV. apreciar os relatórios periódicos e anuais do pastor, diretoria e demais órgãos administrativos; V. adquirir, alienar por venda ou de outra forma bem como onerar total ou parcialmente o patrimônio da igreja; VI. aceitar doações e legados; VII. transferir a sede da igreja; VIII. decidir sobre a mudança do nome da igreja; IX. reformar o estatuto; X. deliberar sobre a dissolução da igreja;

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54 XI. tomar outras decisões, que envolvam aspectos administrativos, eclesiásticos e doutrinários; XII. eleger e exonerar os diretores de outros órgãos da igreja; XIII. resolver sobre os casos omissos ou não previstos neste Estatuto; Art. 10 – De acordo com as atribuições acima descritas, a Assembléia Geral da igreja reunir-se-á como: I. Assembléia Geral Ordinária (AGO) para o fim de acompanhar e decidir sobre os trabalhos em geral da igreja em seus diversos campos de atuação; II. Assembléia Geral Extraordinária (AGE) para o fim de ouvir e decidir sobre assuntos específicos de maior importância conforme definidos neste Estatuto; III. Assembléia Geral Especial (AGESP) para o fim de rápida resolução sobre assuntos específicos de ordem interna da administração da igreja; IV. Assembléia Geral Solene (AGS) para o fim de ocasiões especiais que digam respeito à igreja como corpo de Cristo. Art. 11 – A periodicidade, forma de convocação, competência e "quoruns" exigidos para cada um dos tipos de Assembléia Geral da igreja estão fixados como abaixo se segue: I. a Assembléia Geral Ordinária (AGO) será realizada trimestralmente, no transcorrer do primeiro mês que lhe sucede, sendo convocada pelo Presidente ou por membro da Diretoria que o represente, por meio do boletim interno ou de aviso do púlpito com a antecedência mínima de 07 (sete) dias para deliberar sobre os incisos II, III, IV, VI, XI, XII e XIII do artigo

9o

deste Estatuto. O quorum exigido para tais deliberações é de 20% dos membros da igreja, em primeira convocação e de qualquer número, em segunda convocação, 15 (quinze) minutos após, sendo as decisões tomadas pelo voto favorável da maioria absoluta dos membros presentes; II. a Assembléia Geral Extraordinária (AGE) será realizada sempre que se fizer necessária, sendo convocada pelo Presidente ou por membro da Diretoria que o represente, por meio do boletim interno ou de aviso do púlpito com a antecedência mínima de 14 (catorze) dias para deliberar sobre os incisos I, V,

VII, VIII, IX e X do artigo 9o

deste Estatuto. O quorum exigido para tais deliberações é de 51% dos membros em primeira convocação; não sendo atingido o quorum, o aviso para segunda convocação se fará automaticamente, para sua realização 07 (sete) dias depois, com o quorum agora de 20% dos membros; ou ainda, em terceira e última convocação, após o mesmo período de tempo com o quorum de 15% dos membros. As decisões serão tomadas pelo voto favorável de 2/3 dos membros presentes à AGE, exceto para o inciso X quando será necessário o voto favorável de 80% dos seus membros, em duas assembléias, realizadas com o intervalo de 03 (três) meses entre elas, devendo a convocação ser feita expressamente para este fim, com ampla publicidade, inclusive pela imprensa denominacional, observada a antecedência de 30 (trinta) dias para a convocação; III. a Assembléia Geral Especial (AGESP) será realizada sempre que se fizer necessária, a critério da Diretoria da igreja ou do ministério pastoral, sem a necessidade de qualquer tipo de convocação, para deliberar sobre assuntos específicos de ordem interna da administração da igreja. A AGESP não possui exigência de qualquer quorum, podendo ser realizada em meio aos cultos

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55 dominicais da igreja, sendo suas decisões tomadas pelo voto favorável da maioria absoluta dos membros presentes; IV. a Assembléia Geral Solene (AGS) será realizada sempre em caráter de culto a Deus, sendo convocada pelo Presidente ou por membro da Diretoria que o represente, por meio do boletim interno ou de aviso do púlpito com a antecedência mínima de 14 (catorze) dias para celebração ou memória de ocasiões marcantes para a igreja, tais como posse de pastor, posse de diretoria, datas significativas de caráter cívico ou religioso, aniversários da igreja etc. A AGS também não possui a exigência de qualquer quorum pois sua finalidade é simplesmente de comemoração ou celebração. Parágrafo único - Para fixação do quorum previsto para cada uma das Assembléias Gerais acima capituladas, prevalecerá o número de membros arrolados na sede e domiciliados no Município do Rio de Janeiro, conforme relatório da Secretaria da igreja no mês imediatamente anterior ao da realização das respectivas assembléias. Art. 12 – A Diretoria deverá acolher representação que lhe seja dirigida por um mínimo de 1/5 (um quinto) dos membros da igreja solicitando a convocação da Assembléia Geral, para apreciar assuntos expressos na representação. § 1º - Em qualquer deliberação em Assembléia Geral, o resultado final da votação deverá ser fiel e integralmente registrado em ata. § 2º - Na apreciação dos assuntos levados ao plenário da Assembléia Geral, a igreja adotará as Regras Parlamentares da CBB, podendo adaptá-las à sua realidade, conforme registro em seu Regimento Interno. Capítulo V - Da Diretoria Art. 13 - Ressalvadas a competência e as prerrogativas da Assembléia Geral, como órgão máximo e soberano da igreja, a administração da igreja será exercida por uma Diretoria composta de: um Presidente; Primeiro, Segundo e Terceiro Vice-Presidentes; Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários; Primeiro, Segundo e Terceiro Tesoureiros. Art. 14 - O mandato da Diretoria acima referida, eleita segundo processo eleitoral definido no Regimento Interno, é de dois anos, a começar no dia primeiro de abril do ano seguinte ao da eleição e a terminar no dia 31 de março, dois anos depois, permitida uma reeleição apenas para cada cargo de sua composição, sendo impedida por este princípio a simples indicação para qualquer um dos outros cargos, o que só poderá ocorrer após o interstício mínimo de 2 (dois) anos. Art. 15 - Compete à Diretoria cumprir e fazer cumprir este Estatuto, o Regimento Interno, as decisões assembleares e resolver as questões administrativas não previstas nestes instrumentos normativos, agindo em conjunto ou em conformidade com a lista de atribuições específicas a cada um de seus cargos. § 1º - Compete ao Presidente: I. representar a igreja ativa e passiva, judicial ou extra-judicialmente; II. superintender e supervisionar as atividades da igreja; III. convocar e presidir as assembléias gerais; IV. assinar, juntamente com o Secretário, as atas das Assembléias e as do Conselho Consultivo;

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56 V. assinar escrituras públicas, contratos e documentos jurídicos de qualquer natureza, em conjunto com dois membros da Diretoria; VI. abrir, encerrar, movimentar e solicitar saldos de contas bancárias em conjunto com o Tesoureiro em exercício; VII. participar de reuniões de qualquer ministério ou órgão da igreja, com direito à palavra e ao voto; VIII. apresentar, no final de cada ano, relatório das atividades desenvolvidas pela igreja; IX. tomar decisões, em assuntos de extrema urgência ou comprovadamente excepcionais, isolada ou em conjunto com a Diretoria, ad referendum da Assembléia; X. cumprir e fazer cumprir o presente estatuto. a) O pastor, quando eleito para presidir a igreja, não fará jus a qualquer remuneração pelo cargo que ocupa na Diretoria, recebendo apenas pelo exercício de suas funções ministeriais. § 2º - Compete aos 1º, 2º e 3º Vice-Presidentes: I. substituir o Presidente em suas ausências ou impedimentos eventuais, obedecida a ordem de eleição; II. auxiliar o Presidente no exercício de suas atividades e aos demais membros da Diretoria sempre que necessário for. III. e, num regime de escala ou de rodízio definido pela própria Diretoria, indicar entre eles aquele que dará suporte operacional a todas as decisões que demandem providências administrativas, sejam da Assembléia da Igreja, sejam da própria Diretoria de que faz parte; § 4º - Compete ao 1º Secretário: I. lavrar, apresentar e assinar em livro próprio as atas das Assembléias Gerais e do Conselho Consultivo; II. assinar escrituras públicas e contratos, sempre em conjunto com o Presidente e um dos demais membros da Diretoria; III. manter em ordem a documentação, livros, arquivos e fichários do rol de membros da igreja. a) Ressalvadas as hipóteses dos incisos I e II acima, os encargos previstos no inciso III poderão ser exercidos por empregados remunerados pela Igreja. § 5º - Compete ao 2° e 3º Secretários: I. substituir o 1° Secretário em seus impedimentos e ausências eventuais e prestar-lhe auxílio sempre que necessário for, obedecida a ordem de eleição. § 6º - Compete ao 1° Tesoureiro: I. abrir, encerrar, movimentar e solicitar saldos de contas bancárias, assinar cheques, contratos de abertura de contas ou de créditos, em conjunto com o Presidente; II. assinar escrituras públicas e contratos em conjunto com o Presidente e um dos demais membros da Diretoria; III. efetuar pagamentos orçamentários ou extra-orçamentários, desde que aprovados e ratificados pela Diretoria e pelo Conselho da Igreja, ad referendum da Assembléia Geral; IV. receber e escriturar os valores recebidos pela igreja como ofertas, dízimos, doações etc.

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57 V. elaborar ou cobrar a elaboração dos balancetes mensais e balanços anuais e apresentá-los às Assembléias, quando necessário for. a) Ressalvadas as hipóteses dos incisos I, II e III acima, os encargos dos incisos IV e V poderão ser exercidos por empregados remunerados pela igreja. § 7º - Compete ao 2° e 3º Tesoureiros: I. substituir o 1° Tesoureiro em seus impedimentos ou ausências eventuais, e prestar-lhe auxílio sempre que necessário for, obedecida a ordem de eleição. Art. 16 - Nenhum membro da Diretoria da igreja, do Conselho Fiscal ou das diversas Comissões que poderão ser criadas receberá qualquer tipo de remuneração pelos serviços prestados, sob nenhuma hipótese, exceto o reembolso de despesas porventura realizadas em prol dos trabalhos da igreja. Art. 17 - A Diretoria da igreja reunir-se-á, periodicamente, para tratar de assuntos relacionados com o planejamento geral e a melhor coordenação dos trabalhos eclesiásticos como um todo. Parágrafo único – A igreja, conforme já citado neste Estatuto, será dotada de um Regimento Interno que, na forma de um manual eclesiástico, definirá estrutura, objetivos e funcionamento dos diferentes ministérios e demais órgãos existentes com o fim de tornar mais operacional a ação da Diretoria. Capítulo VI - Do Conselho Fiscal Art. 18 - A cada biênio, a igreja elegerá, em Assembléia Geral, um Conselho Fiscal, constituído em conformidade com o Regimento Interno, de pelo menos 03 (três) membros com seus respectivos suplentes, com as seguintes atribuições: I. examinar e dar parecer sobre os balancetes mensais e anuais, elaborados pela Tesouraria; II. acompanhar a evolução financeira e o registro contábil; III. examinar, periodicamente, os relatórios financeiros, os lançamentos de todas as contas da igreja, recolhimentos legais, oferecendo o competente parecer para apreciação da Assembléia Geral; IV. recomendar as medidas administrativas necessárias à manutenção do equilíbrio financeiro. Parágrafo único - O Conselho Fiscal poderá propor à igreja a contratação de empresa especializada que fará os devidos levantamentos para respaldo de seu parecer por sobre o laudo técnico recebido. Capítulo VII - Do Conselho Consultivo Art. 19 - A igreja contará com um Conselho Consultivo, constituído pela Diretoria da igreja e demais responsáveis pelos órgãos internos de atuação da igreja, conforme definido no Regimento Interno. § 1º - A direção do Conselho Consultivo será exercida pela Diretoria da Igreja. § 2º - O Conselho Consultivo reunir-se-á, periodicamente, para tratar de assuntos relacionados com o planejamento geral, a coordenação dos diversos órgãos da igreja e o funcionamento em geral das atividades eclesiásticas. Capítulo VIII - Dos ministérios Art. 20 - A orientação espiritual da igreja será exercida por um Ministro, doravante denominado pastor, o qual terá como missão: I. zelar pelo ensino dos princípios bíblicos;

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58 II. exercer, segundo o Novo Testamento, as funções espirituais ali estabelecidas; III. instruir os membros da igreja no conhecimento da Bíblia e no desempenho das atividades eclesiásticas; IV. coordenar e orientar as atividades eclesiásticas; V. coordenar o planejamento eclesiástico da igreja; VI. exortar doutrinariamente a igreja, dentro dos princípios bíblicos e batistas; VII. supervisionar, coordenar e orientar as atividades dos demais ministros; VIII. exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Regimento Interno. Parágrafo único - O pastor, mesmo não fazendo parte da Diretoria da igreja, por força de suas funções ministeriais acima descritas, poderá participar de qualquer reunião da Diretoria, bem como de reuniões de qualquer outra organização da igreja, como membro ex-officio. Art. 21 - A igreja poderá criar tantos ministérios auxiliares quantos necessários, que serão coordenados por ministros, e cujas áreas de atuação serão determinadas quando de sua criação, obedecidos os critérios que os instituírem no Regimento Interno. Art. 22 - O pastor será contratado pelo período de quatro anos, renovável tantas vezes quantas forem do interesse da Igreja, nos termos determinados pela AGE que o contratar. Já os ministros auxiliares serão contratados pelo período de dois anos, renovável tantas vezes quantas forem do interesse da igreja nos termos determinados pela AGO que os contratar. Parágrafo único - A avaliação da atuação do pastor será feita de dois em dois anos pela igreja, sendo a dos ministros auxiliares feita no mesmo espaço de tempo pelo pastor, pela Diretoria e pelo Conselho da igreja, valendo isto desde o início do primeiro contrato, mediante apresentação dos respectivos relatórios, dentro dos parâmetros e normas específicas fixados pelo Regimento Interno. Art. 23 - A indicação de nomes para o ministério auxiliar será objeto de estudos por parte do Pastor em conjunto com a Diretoria e o Conselho Consultivo. Após a aprovação dos nomes nestes colegiados, eles serão levados à AGO, que os aprovará ou não. Para ocorrer a dispensa de um deles, o mesmo processo decisório se fará, sendo a comunicação desta decisão feita à igreja na primeira AGO a realizar-se. Capítulo IX - Do patrimônio e da receita Art. 24 - O patrimônio da igreja será constituído de bens móveis e imóveis adquiridos, recebidos por doação ou legados, que serão registrados em nome da igreja e que só poderão ser usados para suas atividades fins, nos termos do presente Estatuto e do que venha a regulamentar o Regimento Interno. Art. 25 - Os recursos para manutenção da igreja são oriundos dos dízimos, ofertas e contribuições voluntariamente entregues por seus membros, por ato de fé, devendo esta receita ser aplicada na consecução de seus fins conforme Estatuto e Regimento Interno. § 1º - Essas contribuições, recebidas a qualquer título, integram o patrimônio da igreja, sobre o qual os seus doadores não poderão reivindicar quaisquer

direitos, conforme já previsto no § 3o do artigo 6° deste Estatuto.

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59 § 2º - A igreja só responde com seus bens pelos compromissos assumidos com expressa autorização da Assembléia Geral ou decorrentes de lei. Capítulo X - Das divergências doutrinárias Art. 26 - Ocorrendo divergências que causem divisão entre os membros da igreja, no tocante às práticas eclesiásticas e às doutrinas batistas, como expostas na Declaração Doutrinária da CBB, os bens patrimoniais ficarão na posse, domínio e administração do grupo que permanecer fiel às mencionadas práticas e doutrinas, mesmo que seja constituído pela minoria. Parágrafo único - De igual modo, o nome “Igreja Batista Itacuruçá” será de uso exclusivo do grupo que permanecer fiel às doutrinas batistas acima referidas, cabendo a ele, também, as seguintes prerrogativas: I. manter a posse e domínio do templo e demais imóveis, neles continuando a exercer as suas atividades espirituais, eclesiásticas e administrativas; II. eleger outra Diretoria, inclusive um novo pastor, se as circunstâncias o exigirem; III. exercer todos os direitos e prerrogativas previstos neste Estatuto e na Lei. Art. 27 - Configurada qualquer das hipóteses previstas no artigo 26, o julgamento do litígio será feito por um Concílio Decisório, constituído de 15 (quinze) pastores indicados pela CBC, por meio do seu órgão representativo. Parágrafo único - O Concílio Decisório será criado mediante exposição, devidamente fundamentada e encaminhada ao órgão de representação acima referido. Art. 28 - O processo de instrução e julgamento terá início, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data em que a representação chegar à CBC. § 1º - Na sua primeira reunião, o Concílio Decisório elegerá o Presidente e dois secretários para os devidos fins. § 2º - O Concílio Decisório poderá realizar suas reuniões na sede da igreja ou em outra igreja batista da mesma região ou associação. § 3º - As decisões do Concílio Decisório são irrecorríveis, entrando em vigor imediatamente. § 4º - O grupo que, de qualquer maneira, se opuser ao processo aqui estabelecido, será considerado vencido, ficando sujeito às sanções previstas neste Estatuto e na Lei. Art. 29 - O Concílio Decisório terá o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data em que tenha sido constituído, a fim de apurar os fatos e proferir a decisão final. Parágrafo único - No processo de apuração dos fatos e tomada de decisões, o Concílio Decisório fará o uso de todas as provas em direito admitidas. Art. 30 - Enquanto o Concílio Decisório julga o mérito da divergência doutrinária para apontar o grupo infiel que deverá deixar a igreja, esta não deve decidir sobre assuntos de natureza patrimonial, desligar ou causar impedimentos aos membros pelo motivo da divergência em debate, reformar o Estatuto ou qualquer outro instrumento normativo, nem de mudança de sede, de razão social ou de nome da igreja. Capítulo XI - Das disposições gerais Art. 31 – A Diretoria e os membros da igreja não respondem individual, solidária nem mesmo subsidiariamente pelas obrigações por ela contraídas,

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60 bem como, reciprocamente, a igreja não responde pelas obrigações assumidas por seus membros. Parágrafo único - Não haverá solidariedade da igreja quanto às obrigações contraídas por outras igrejas ou instituições denominacionais. Art. 32 - A igreja não concederá avais, fianças e nem assumirá quaisquer obrigações estranhas às suas finalidades. Art. 33 - A igreja só poderá ser dissolvida pela Assembléia Geral quando não estiver cumprindo, reconhecidamente, as suas finalidades, observado o disposto nos artigos 2º e 3º deste Estatuto. Parágrafo único - Na hipótese de dissolução da igreja, o patrimônio líquido será destinado à CBC e, na sua falta, à CBB ou outra associação denominacional que venha sucedê-las. Art 34 - O presente artigo, bem como os artigos 1º e 2º; artigo 11, no seu inciso II no que diz respeito à dissolução da igreja; artigos 26 a 30, nos seus incisos e parágrafos; artigo 33 e seu parágrafo único; só poderão ser alterados, derrogados ou revogados, mediante homologação da CBC, por meio do seu órgão representativo e, na falta deste, pelo Conselho de Planejamento e Coordenação da CBB. Art. 35 - O presente Estatuto foi reformado por deliberação da Assembléia Geral Extraordinária (AGE) da igreja para atendimento a diversas imposições administrativas decorrentes de sua melhor prática desde sua anterior aprovação em 19.11.2004, que o constituiu e vigerá a partir do seu competente registro no Cartório das Pessoas Jurídicas.

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61

ANEXO 4

Regimento Interno da Igreja Batista Itacuruçá

http://www.itacuruca.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=85

&Itemid=60.

REGIMENTO INTERNO DA IGREJA BATISTA ITACURUÇÁ

Introdução 1. A Igreja Batista Itacuruçá reger-se-á, em todas as suas atividades, funções e operações internas, por intermédio das diretrizes contidas neste Regimento Interno que, aprovado pela Assembléia Geral da Igreja nos termos do § único do artigo 17 dos seus Estatutos, passa a compor o seu Manual de Administração Eclesiástica visando à melhor operação da igreja como agência de Cristo na terra. Capítulo I - Da organização interna 2. Com base nos capítulos IV, V, VI, VII e VIII do Estatuto, a estrutura organizacional interna da igreja compõe-se dos seguintes órgãos: Assembléia Geral; Diretoria; Conselho Fiscal; Conselho Consultivo; Ministério da Igreja. 3. A qualquer tempo, em razão do surgimento de novas circunstâncias ou oportunidades condicionantes, a Assembléia da igreja, após proposta encaminhada pelo Conselho Consultivo, poderá autorizar a ampliação ou diminuição dessa estrutura organizacional, bem como das atividades setoriais internas quando, então, este Regimento deverá sofrer as devidas alterações. Título 1 – Da Diretoria 4. A Diretoria da igreja, cujos mandatos e funções têm descrição específica no artigo 15 e seus parágrafos do Estatuto, e que terá como responsabilidade a realização das Assembléias com a observância das pautas aprovadas pelo Conselho Consultivo, atuará, também, como órgão colegiado junto à Presidência para reuniões de coordenação e acompanhamento das diversas atividades da igreja, sendo para tal convocada pelo Presidente, que poderá, eventual ou sistematicamente, convidar, também, os titulares dos ministérios da igreja para tais encontros. 4.1 – Para melhor consecução dessas atribuições, especialmente na área administrativa, a Diretoria da igreja constituirá seus órgãos de apoio e de sustentação, conforme definido neste Título, que darão condição de operação e funcionamento à igreja como um todo. Além disso, a qualquer tempo, a Diretoria, em função de necessidades especiais que surjam, poderá convocar membros da igreja como vogais para auxílio ou assessoria aos órgãos internos. 4.2 - Para tal, a Diretoria, representada por sua 3a. Vice-Presidência, conforme determina o inciso II, do § 3º. do artigo 15 do Estatuto, tem a finalidade de planejar, coordenar e controlar a devida disponibilidade dos recursos de

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62 logística e de infra-estrutura necessários à melhor operação da igreja, permitindo, assim, as atividades ministeriais fins, os meios e serviços indispensáveis à sua melhor consecução. 4.3 – Além de zelar pelo patrimônio físico da igreja em sua manutenção e expansão, a Diretoria atuará na coordenação das Comissões que se reportam à Assembléia. 4.4 - Para que esta coordenação se exerça de forma efetiva, a Vice-Presidência Administrativa (assim passa a ser identificada a 3a. Vice-Presidência neste Regimento) tem como objetivo planejar, coordenar e controlar a atuação de um escritório central onde os serviços de secretaria, tesouraria, zeladoria e afins sejam desempenhados de forma a conferir eficiência a toda a atividade da igreja. 5. Sempre que a Presidência da igreja for exercida por seu pastor, escolhido conforme determina o Estatuto nos artigos 20 e 22, às funções previstas para ela no § 1º do artigo 15 serão acrescentadas as contidas no artigo 20. Título 2 – Da Assembléia Geral 6. A Assembléia Geral da Igreja, conforme determina o Capítulo IV do Estatuto, em suas quatro formas, obedecerá ainda à seguinte ordenação estabelecida neste Regimento: 6.1 - No caso de qualquer impedimento para que a AGO se efetive no período ali especificado, fica, automaticamente, marcada para a primeira quarta-feira seguinte à primeira quinzena; 6.2 - A pauta para a Assembléia Geral da igreja em suas quatro formas, bem como seus horários de início e de encerramento, serão definidos pelo Conselho Consultivo em sua última reunião que anteceda às datas para elas demarcadas; 6.3 - Para a melhor ordenação das assembléias no tocante à fiel interpretação das normas parlamentares e melhor observância do disposto no Estatuto e no Regimento Interno, a Mesa Diretora poderá convocar, dentre os membros da igreja, até três advogados presentes às mesmas para que atuem como assessores jurídicos; 6.4 - As atas contendo as resoluções de cada assembléia, e que poderão ser aprovadas na forma de extrato, distribuído ou exposto em local apropriado, desde que com razoável antecipação à sua realização, serão, depois de aprovadas, lançadas em livro próprio e assinadas pelo Secretário e Presidente que tenham presidido a Mesa Diretora; no caso de emendas, essas serão lançadas na ata da próxima assembléia. Para efeito de exigência legal, no caso de ata relativa à eleição da Diretoria, esta deverá após sua aprovação em Assembléia ser encaminhada para o competente registro oficial em Cartório. Título 3 – Do Conselho Fiscal 7. No cumprimento do artigo 18 do Estatuto, seus incisos e parágrafo, a Assembléia Geral tomará o cuidado de não eleger para o Conselho Fiscal qualquer de seus membros que tenha algum vínculo de afinidade ou

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63 parentesco legal com aqueles eleitos para a Diretoria da igreja ou que tenham qualquer relação de emprego na sua administração. Título 4 – Do Conselho Consultivo 8. O Conselho Consultivo é o órgão de apoio, assessoria e sustentação imediata da Diretoria da igreja, especialmente da Presidência, servindo como o fórum básico para a discussão e encaminhamento dos assuntos de maior relevância que interessem à boa ordem administrativa e ao melhor desenvolvimento das atividades eclesiásticas, sendo composto conforme determinado pelo artigo 19 do Estatuto, a saber, pelos membros da Diretoria da igreja, os responsáveis e seus segundos pelas visões ministeriais, pelas comissões e pelo Corpo Diaconal. 8.1 – Para melhor efeito da operação da igreja como um todo, a Presidência da igreja, conforme artigos 15, § 3º, 17, § único e 19, § 2º do Estatuto e itens 4 com seus subitens 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4, e o item 8 deste Regimento, convocará o Conselho Consultivo tantas vezes quantas necessárias, para decidir sobre as ações operacionais da igreja, reportando à AGO as suas providências e encaminhamentos de acordo com o previsto no Art. 9º, Incisos IV e XI do Estatuto. Título 5 – Do Ministério da Igreja 9. O ministério da igreja se comporá básica e primeiramente do Ministério Pastoral, ministério este exercido por e sob a liderança do pastor da igreja, conforme definido no artigo 20, seus incisos e § único e no artigo 22 do Estatuto. 10. De acordo com os artigos 21 e 23 do Estatuto, o ministério da igreja é composto do ministério pastoral e dos seguintes outros ministérios, que se dividirão em uma ou mais visões ministeriais de acordo com a ênfase dos trabalhos a ser desenvolvida pela igreja: 10.1 – A atuação ministerial da igreja, em especial nas áreas de Comunhão, Assistência Social, Educação Cristã, Evangelismo, Missões e Louvor, serão exercidas pela ação das seguintes visões ministeriais: - Visão Ministerial da Adoração; - Visão Ministerial da Amizade; - Visão Ministerial do Crescimento; - Visão Ministerial da Justiça; - Visão Ministerial de Missões; - Visão Ministerial da Oração; - Visão Ministerial da Proclamação. 11. Conforme preceitua o Capítulo VII, artigo 22 do Estatuto, esses ministérios auxiliares comporão, com o ministério pastoral, o ministério da igreja, sendo seus titulares eleitos conforme determina o artigo 23 do mesmo Estatuto. Já os responsáveis pelas visões ministeriais, denominados de Coordenadores, podendo ou não ser contratados pela igreja, sendo seus nomes escolhidos pelo ministério pastoral, ouvido o Conselho Consultivo e apresentados à Assembléia Geral para conhecimento e aprovação.

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64 11.1 – Cabe ao Ministério Pastoral a constituição de uma Comissão para desenvolver as funções de recrutamento, seleção, convite e acompanhamento do desempenho dos vocacionados ao ministério. Capítulo II – Da forma de atuação 12. Dos cinco órgãos componentes da estrutura organizacional da igreja, dois deles são executivos, um é deliberativo e dois consultivos ou assessores. 13. Os órgãos executivos são a Diretoria e o Ministério da Igreja, que interagem em suas áreas respectivas na execução das decisões e resoluções aprovadas pela Assembléia Geral, que é o órgão deliberativo, e no cumprimento das orientações e propostas resultantes dos estudos e pareceres aprovados no Conselho Fiscal e no Conselho Consultivo, que são os órgãos, respectivamente, de assessoria e de fiscalização. 14. Para isso, esses órgãos terão a seguinte forma de operação: 14.1 - A Diretoria da igreja dará andamento normal às atividades previstas para ela no Estatuto e neste Regimento, exercendo cada um dos seus titulares as atribuições que lhe são conferidas, especialmente, a Vice-Presidência Administrativa que, mediante o § 3º. do artigo 15 do Estatuto, é o responsável pela coordenação da área administrativa e patrimonial da igreja, estudando e consultando as demais comissões da estrutura em busca sempre da melhor solução. 14.2 – A Assembléia Geral, em qualquer de suas formas, composta da representação dos membros da igreja conforme determina o Capítulo IV do Estatuto, acompanhará o andamento normal das atividades da igreja ouvindo, opinando e sugerindo a respeito dos relatórios e registros apresentados, decidindo sobre os assuntos especiais que lhe sejam trazidos, conferindo participação, dinâmica e operacionalidade à atuação da igreja. 14.3 – O Conselho Fiscal acompanhará a emissão dos relatórios financeiros, movimento de tesouraria, pagamentos de encargos e tributos, realizando, regularmente, exame de contas e mesmo auditorias nos documentos, balancetes e balanços da Contabilidade, emitindo parecer sobre a fidedignidade dos números e resultados, recomendando procedimentos, bem como prestando orientação sobre a melhor forma de serem operados os serviços internos administrativos, financeiros e contábeis da igreja. 14.4 - O Conselho Consultivo reunir-se-á regularmente ou sempre que necessário para o estudo dos assuntos necessários à melhor operação da igreja, para montar as pautas das assembléias ou atendendo a convocação da Presidência, da Diretoria ou do Conselho Fiscal, diante de assuntos emergentes que careçam de definição imediata e possam ser decididos ad referendum da Assembléia Geral. 14.5 - O ministério da igreja, a partir do ministério pastoral, será o responsável maior pela atuação da igreja como um todo, planejando, coordenando e controlando planos, avaliando resultados e reiniciando os ciclos, já que cada um deles se responsabiliza por uma área de atividade fim essencial ao trabalho a ser desenvolvido por uma igreja de Cristo. 15. Nem a Assembléia Geral, nem os Conselhos Consultivo ou Fiscal exercerão por si mesmos qualquer função executiva, já que as decisões ou

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65 consensos assumidos em seus plenários serão levados a efeito após aprovação de direito, nas áreas de competência da Diretoria ou dos ministérios da igreja por intermédio de suas comissões e visões ministeriais, respectivamente. Capítulo III – Da forma de eleição dos cargos regimentais 16. Uma vez que o ministro da igreja e os ministros auxiliares indicados, eleitos e empossados para os seus cargos, conforme determina o Estatuto da igreja em seus artigos 21, 22 e 23, este RI define a forma de eleição e mandato apenas para os cargos regimentais aqui citados da Diretoria e do Ministério da Igreja. 17. O mandato dos cargos regimentais é de dois anos, a começar no dia 01 de abril do ano seguinte ao da eleição e a terminar no dia 31 de março, dois anos depois, permitida uma reeleição apenas para cada cargo, conforme define o Estatuto em seu artigo 14, exceto para a Comissão de Indicações que, por força de sua função, tem o seu período de mandato, de outubro do ano que antecede à posse da nova diretoria até o mês de setembro, dois anos depois. 17.1 – Para tal, na AGO do terceiro trimestre correspondente a um ano de eleição para um novo biênio, na primeira quinzena de outubro, conforme determina o Estatuto em seu artigo 11, inciso I, a igreja convocará a Comissão de Indicações e complementará o seu quadro, se for o caso, dando ela início, então, aos seus trabalhos de recrutamento, seleção e indicação de nomes para sucessão dos cargos estatutários e regimentais. 17.2 - Esta AGO será suspensa então, aguardando-se o relatório da Comissão de Indicações com as propostas para eleição da nova Diretoria, Corpo Diaconal e Comissões, o que deverá ocorrer na primeira quinzena do mês de dezembro seguinte, quando se dará, então, por encerrada. 18. Os cargos a serem preenchidos por este processo eletivo são os seguintes, conforme define o artigo 9º, inciso II do Estatuto: 18.1 - Da Diretoria da igreja, conforme artigos 13 e 18 do Estatuto: Presidente; Primeiro, Segundo e Terceiro Vice-Presidentes; Primeiro e Segundo Secretários; Primeiro e Segundo Tesoureiros e três membros efetivos e três suplentes para o Conselho Fiscal. 18.2 - Do Corpo Diaconal, cujo número de titulares é de até 30 componentes, indicados e eleitos pelo sistema de rodízio de 1/3 deles para 6 anos, e tantos mais quantos sejam necessários para 4 e/ou 2anos, conforme vacâncias no quadro. 18.3 – Das comissões estatutárias, aquelas que decorrem da ação deliberativa da Assembléia da igreja conforme previsto no Inciso II, artigo 9º do Estatuto: a) Comissão de Indicações; b) Comissão Jurídica; c) Comissão de Orçamento e Finanças e as demais que venham a ser criadas, em número de 3 a 5 titulares, sendo o Coordenador da Comissão escolhido em sua primeira reunião, devendo ser esta decisão comunicada à Diretoria. Capítulo IV – Das disposições gerais 19. A definição das atividades e atribuições correspondentes a cada órgão componente da estrutura regimental da Diretoria da Igreja e do Ministério da

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66 Igreja, bem como a descrição das tarefas relativas a cada um deles comporão o Manual de Normas e Procedimentos da Igreja, documento este parte inseparável deste Regimento Interno. 19.1 – Essas normas e procedimentos serão preparados pela Diretoria da Igreja, que poderá, para tal, valer-se da assessoria de membros da igreja profissionais em manualização, apresentando, gradativamente, a normatização resultante de todos os processos da igreja para exame e aprovação do Conselho Consultivo e posterior execução e implementação por quem de direito componente da Diretoria da Igreja ou do Ministério da Igreja. 20. Os casos omissos neste Regimento Interno serão encaminhados pela Diretoria para estudo no Conselho Consultivo e posterior exame e aprovação pela Assembléia da Igreja. O mesmo ocorrendo com respeito ao Manual de Normas e Procedimentos, competirá à Diretoria levantar o assunto e encaminhá-lo ao exame e decisão do Conselho Consultivo.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09

CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DOS BATISTAS

1.1. Surgimento Batistas no Mundo ........................................................ 13

1.2. Surgimento dos Batistas no Brasil .................................................. 15

1.3. Convenção Batista Brasileiro .......................................................... 17

1.4. Convenção Batista Carioca ............................................................. 19

1.5. Lei que Garante a Liberdade de Culto .............................................. 19

1.6. Surgimento da Igreja Batista Itacuruçá .............................................. 20

1.6.1. Ministério Administrativo ........................................................ 22

CAPÍTULO II

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

NUM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

2.2. Até que ponto a administração de uma igreja tem relevância, de

modo a garantir uma gestão administrativa de qualidade, num processo

de transformação? ................................................................................. 23

CAPÍTULO III

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA QUALITATIVA E QUANTITATIVA NA

IGREJA BATISTA ITACURUÇÁ

3.1. Modelo de Gestão ............................................................................ 29

3.2. Qualidade de Gestão ........................................................................ 31

3.3. Resultados ....................................................................................... 35

CONCLUSÃO .................................................................................................. 37

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ................................................................ 40

WEBGRAFIA .................................................................................................. 42

ANEXOS ......................................................................................................... 43

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes – Instituto A vez do

Mestre

Título da Monografia: Administração Eclesiástica Qualitativa e Quantitativa

num Processo de Transformação

Autor: Tania Maria Schueng do Amaral

Data da entrega: 30 de janeiro de 2011

Avaliado por: Professor Carlos Cereja Conceito: