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A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO
DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL,
Por: FABIANA CARLA
Orientador
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO
DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL,
“CASA DE BRINQUEDOS”
Por: FABIANA CARLA BARRETO MENDES
Orientadores: Prof. Adriana da Silva Spinelli
Prof. Dr. Maria da Conceição Maggioni Poppe
Manaus-AM
2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
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A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO
DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, DA ESCOLA
Maria da Conceição Maggioni Poppe
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO
A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO
DO CONHECIMENTO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO
DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, D
“CASA DE BRINQUEDOS”
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como condição prévia para
conclusão do Curso de Pós-graduação
em Educação Infantil e Desenvolvimento.
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A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO
DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, DA ESCOLA
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como condição prévia para
graduação “Lato Sensu”
em Educação Infantil e Desenvolvimento.
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RESUMO
A pesquisa foi realizada com o objetivo de analisar as atividades lúdicas
desenvolvidas no espaço da brinquedoteca, como possíveis de produção de
conhecimentos, na brinquedoteca da Escola “Casa de brinquedos”, com alunos
na faixa etária de 4 e 5 anos, oriundos da educação infantil. Os objetivos
específicos desta pesquisa foram: Identificar as variáveis do estudo científico,
incluindo as idéias, experiências e pensamentos de autores reconhecidos no
campo da ludicidade, correlacionar as atividades lúdicas mediadas, realizadas
na brinquedoteca com a aplicação do currículo utilizado na educação infantil
como recurso na construção da aprendizagem; averiguar a qualidade do
mobiliário e dos recursos materiais/pedagógicos (jogos e brinquedos)
existentes na brinquedoteca identificando o pensamento dos docentes da
Escola “Casa de brinquedos” quanto à contribuição das atividades lúdicas na
promoção de aprendizagens significativas.O tema tem fundamental
importância, por considerar que analisar as atividades lúdicas no ambiente
escolar é perceber propostas, concepções sobre o universo infantil e as
relações de ensino/aprendizagem. Como recurso metodológico, recorreu-se a
observação direta e análise de dados. Resultados: os dados revelam que o
padrão estabelecido para os indicadores desta investigação não foram
alcançado em todos os itens. Conclusões: conforme constatado a
brinquedoteca atende a todos os alunos da educação infantil, contudo, os
conteúdos apreendidos em sala não são correlacionados com as atividades
lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca, a mesma é utilizada somente para
atividades livres, sem mediação do professor ou brinquedista, bem como
atividades de psicomotricidade com professor de educação física. Este
resultado e as observações feitas no ambiente escolar retratam que a
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brinquedoteca é compreendida como um espaço privilegiado para os alunos
brincarem e terem momentos de recreação. Deixando assim, de considerar a
brinquedoteca como um espaço privilegiado para as crianças recriarem a
realidade vivida e compreendê-la, um ambiente propicio para estimular a
capacidade criadora da criança sem deixar de lado momentos alegres , mas
sim tornar o processo de construção mais prazeroso, dinâmico e motivador.
METODOLOGIA
Como recurso metodológico, recorreu-se a observação direta e análise
de dado. Para analisar a função pedagógica da brinquedoteca foi adotado a
técnica de entrevista, tendo como instrumento um questionário, aplicado aos
professores. O estudo realizado com os alunos ocorreu em dois momentos,
relacionados entre si. No primeiro buscou-se observar as brincadeiras entre os
alunos sem mediação. No segundo momento, objetivaram-se examinar, as
atividades lúdicas dos alunos-foco com mediação do professor. Para avaliação
da qualidade das atividades lúdicas usou-se como técnica a observação
participativa e como instrumento um guia de observação. A pesquisa seguiu
uma avaliação formal, com metodologia que permitiu a obtenção de
informações precisas acerca do objeto de análise. De caráter formativo, pois foi
realizada durante o desenrolar da pesquisa e se destinou a proporcionar
informações para a tomada de decisões sobre a qualidade das atividades
desenvolvidas na brinquedoteca
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
08
2. CAPITULO I – A LUDICIDADE NO CAMPO DAS CIENCIAS
10
1.1. O lúdico numa perspectiva sócio-histórica
13
3. CAPITULO II- A BRINQUEDOTECA COM ESPAÇO VIABILIZADOR
DE APRENDIZAGEM
17
2.1- O brincar e sua relação com o desenvolvimento e aprendizagem infantil
22
4. CAPITULO III- DESCRIÇAO DA PESQUISA
25
40
3.1-Dificuldades e entraves
27
3.2-Análise dos resultados
28
8. CONCLUSÃO
31
BIBLIOGRAFIA
33
ANEXOS
35
ÍNDICE
53
FOLHA DE AVALIAÇAO
54
INTRODUÇÃO
O novo é sempre algo que cria expectativas e possibilita novas
experiências e conduz a uma reflexão.A busca de algo a mais para a
construção do processo de conhecimento de seus alunos é o que deveria
impulsionar os educadores, inovando a prática pedagógica. É a partir da
possibilidade de inovar e transformar a realidade que o aluno passa a superar
algumas dificuldades, tanto de ordem pedagógica como as de ordem social e
emocional. Para tanto, um dos recursos metodológicos que vem sendo
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apontado como viabilizador dessas mudanças na prática pedagógica é a
introdução de atividades lúdicas no ambiente escolar.
Independente de classe social ou cultura a criança vive num mundo
onde a realidade se entrelaça com o faz de conta, onde a brincadeira passa a
ser um meio para desenvolver a autonomia, é nelas que as crianças trabalham
a coordenação motora, o relacionamento afetivo, cognitivo, moral, espiritual e
social. O brincar é uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento da criança
em todas as dimensões.
A temática abordada neste estudo é o ambiente da brinquedoteca como
recurso pedagógico na construção da aprendizagem do aluno da educação
infantil, onde o jogo e o brincar acontecem em um momento de prazer, tanto
para o professor quanto para o aluno. O fio condutor são as atividades lúdicas
desenvolvidas na brinquedoteca, se estas contribuem com o processo de
construção da aprendizagem do aluno da educação infantil.
A pesquisa se justifica pela necessidade de evidenciar que as atividades
lúdicas mediadas, realizadas na brinquedoteca a partir da correlação dos jogos
e brincadeiras com os conteúdos aplicados, contribuem e favorecem com o
processo de formação do conhecimento no aluno.Onde o brincar passar a ser
uma proposta pedagógica, incorporando o lúdico como eixo condutor do
desenvolvimento da criança, produzindo um currículo mais dinâmico, com uma
aprendizagem mais prazerosa e motivadora tanto para o educador quanto para
o aluno.
Estas assertivas tornaram-se questões de inquietudes e fundamentaram
a presente investigação resultando em objetivo geral analisar se as atividades
lúdicas mediadas, desenvolvidas na brinquedoteca, contribuem com o
processo de construção da aprendizagem do aluno da educação infantil; e
tendo como objetivos específicos a identificação das variáveis do estudo
científico, incluindo as idéias, experiências e pensamentos de autores
reconhecidos no campo da ludicidade; a correlação das atividades lúdicas
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mediadas, realizadas na brinquedoteca, com a aplicação do currículo utilizado
na educação infantil, como recurso na construção da aprendizagem; averiguar
a qualidade do mobiliário e dos recursos materiais/pedagógicos (jogos e
brinquedos) existentes na brinquedoteca e por fim identificar o pensamento
dos docentes da Escola “Casa de brinquedos”, quanto à contribuição das
atividades lúdicas no desenvolvimento e na promoção de aprendizagens
significativas.
CAPITULO I
A LUDICIDADE NO CAMPO DAS CIÊNCIAS
A construção de um saber científico sobre a ludicidade perpassar por
todo o caminho histórico do ato de brincar seguindo pela diversidade de
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experiências, pesquisas, estudos voltados ao tema que durante séculos foram
desenvolvidos.
Diante da aceleração do mundo em que vivemos faz-se necessário,
antes de tudo, uma retrospectiva histórica com teóricos que deixam registrados
suas pesquisas, inquietações a cerca do lúdico e seu valor cultural, para assim
compreendermos a ludicidade no contexto em que vivemos, bem como
voltarmos os olhares para os avanços sobre o desenvolvimento humano que
trazem mudanças significativas ao relacionar o brincar, ou seja a ludicidade,
com a dinâmica cerebral.
Conforme Kishimoto (1996), durante um longo período o jogo infantil foi
considerado apenas no aspecto recreativo. Na antigüidade greco-romana, o
jogo infantil foi visto como recreação aparecendo vinculado ao relaxamento
necessário as atividades escolares que exigiam esforço físico e intelectual. Já
na Idade Média, o jogo assumiu o significado de algo “não sério”, pois estava
associado ao jogo de azar. A partir do Renascimento, o jogo foi utilizado para a
disseminação dos princípios morais, ética e informações nas áreas de história
e geografia, principalmente. No Renascimento a brincadeira é colocada como
comportamento livre que facilita o desenvolvimento da inteligência e do estudo.
Segundo a autora, foi a partir do século XX que o brinquedo educativo
(pedagógico), foi considerado como um aliado no processo ensino
aprendizagem, desenvolvendo e educando a criança de maneira prazerosa.
.
Froebel foi um dos primeiros educadores a considerar o início da
infância como uma fase decisiva na formação das pessoas. Influenciado pelas
teorias e ideologias do liberalismo e nacionalismo, onde se almejava um ideal
político de liberdade, ele propôs mudança de concepções sobre as crianças e o
modo de ensinar no ambiente escolar. Este foi fundador dos jardins-de-
infância, destinado aos menores de 8 anos, onde predominavam as atividades
práticas auto regadas pelos interesses e desejos da criança.Concebendo o
poder de cria inato na criança, assim, Froebel introduziu o jogo no contexto
educativo como necessário para o trabalho pedagógico.
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... A brincadeira é a atividade espiritual mais pura
do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da
vida humana enquanto um todo - da vida natural interna
no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade,
contentamento, descanso externo e interno, paz com o
mundo... A criança que brinca sempre, com determinação
auto-ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física,
pode certamente tornar-se um homem determinado,
capaz de auto-sacrifício para a promoção do seu bem e
de outros... Como sempre indicamos, o brincar em
qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de
profunda significação. (Froebel, 1912c,p55).
No início do século XX, Henry Wallon, destacou-se ao realizar estudos
sobre a relação entre o brincar e o desenvolvimento infantil. Para Wallon, o
jogo é espontâneo e expressivo. É no brincar que a criança expressa seus
sentimentos, a identificação com determinadas pessoas leva a criança a
assumir papéis, buscando saciar sua curiosidade com relação ao mundo que a
cerca. Não são todas as pessoas ou situações que são imitadas, apenas
aquelas que a criança considera importante, podemos desta forma afirmar que
há uma carga afetiva na brincadeira infantil.
Neste milênio, vários estudos voltados para áreas humanas vêm
contribuindo com quebras de paradigmas existentes sobre o lúdico e a relação
desde com a vida humana do nascimento até a fazer adulta.
Santos (2008) destaca dois estudos que têm merecido uma atenção
especial: O estudo do cérebro humano e A ludicidade.Segundo a autora, ao ser
desvendado alguns segredos da mente humana, já se pode inferir por que o
brincar por tanto tempo sedo considerado como pejorativo, não tendo status na
sociedade, e, portanto, sendo permitido em certos momentos e lugares, não
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merecendo a atenção do pensamento lógico racional.No estudo do
mapeamento cerebral foi determinado que o brincar está localizado no
quadrante superior do hemisfério direito do cérebro. Como se sabe, a mente
humana tem um potencial ilimitado e o homem usa muito pouco deste
potencial, inúmeras pesquisas apontam um percentual de utilização do cérebro
que varia de 1% a 10%.Destes 10%, analisando os paradigmas vigentes,
percebe-se que a racionalidade ocupa grande parte deste percentual, ficando
cada vez mais claro o quanto o ser humano não se utiliza da ludicidade como
uma estratégia de desenvolvimento.
Atualmente, os estudos nos permitem colocar num mesmo nível a razão
e emoção, fazendo com que o lúdico não seja apenas uma característica da
infância, onde o brincar seria apenas uma descontração. A mudança de
paradigma faz com que o lúdico assuma um caráter mais científico,
repercutindo em vários campos da sociedade.
Santos (2008) ressalta, que ser lúdico significa usar mais o hemisfério
direito do cérebro e, com isso, dar uma nova dimensão à existência humana,
baseado em novos valores e novas crenças que se fundamentam em
pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca
da afetividade, o autoconhecimento, a arte do relacionamento, a cooperação, a
imaginação e a nutrição da alma.
Embora o lúdico sempre tenha estado presente em nossas vidas, no
cotidiano infantil, este é um campo novo da ciência, onde se faz necessário
buscar na teorização fundamentos que justifiquem o uso do lúdico como
viabilizador para o desenvolvimento e aprendizagem no meio educacional.
Santos(2008, p15), coloca que “a educação pela via da ludicidade
propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema
de aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da
instrução.”
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1.1- O lúdico numa perspectiva sócio-histórica
O momento histórico vivido por Vygotsky, na Rússia pós-Revolução,
contribuiu para definir a tarefa intelectual a que se dedicou, juntamente com
seus colaboradores: a tentativa de reunir, num mesmo modelo explicativo,
tanto os mecanismos cerebrais subjacentes ao funcionamento psicológico,
como o desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, ao longo de um
processo sócio-histórico (OLIVEIRA, 1993).
Segundo Elkonin (1980), o interesse de Vygostsky a respeito da
psicologia do jogo infantil surgiu a partir de seus trabalhos sobre a psicologia
da arte e de seus estudos do desenvolvimento das funções significantes. Este
colocou o jogo como sendo o ponto central para a compreensão do
desenvolvimento psíquico dos pré-escolares. Ainda conforme o autor, Vygotsky
afirmou que a imaginação nasce no jogo e que antes do jogo não há
imaginação.
Seguindo ainda esta linha de pensamento sobre o jogo, Elkonin no
início de 1936 expôs os critérios teóricos sobre o jogo e os primeiros dados
experimentais que haviam sido elaborados por um grupo de psicólogos que
estavam sob sua coordenação, entre eles destacavam-se Vartchavskaia,
Guerchenon, Konnokova e Frádkina. Para o autor, a fonte da atividade lúdica é
a mesma da ação criadora, que” reside sempre na inadaptação, fonte de
necessidades, anseios e desejos”.
Quando a criança brinca assume uma situação imaginária, assumindo
um papel de imitação da vida adulta e atuando no contexto. Neste contexto,
pode-se compreender por que o jogo, o brincar dentro da perspectiva sócio-
histórica deve ser considerado uma atividade socialmente humana com base
num contexto sociocultural a partir do qual a criança recria a realidade
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utilizando sistemas simbólicos próprios, passando alem de uma atividade
psicológica, atingindo a cultural.
Vygotsky (1991) considera que “a essência da brincadeira é a criação de
uma nova relação entre o campo do significado e o campo de percepção visual
– ou seja, entre situações no pensamento e no campo da percepção” (p.118).
A relação que se estabelece a partir de então, se dá pelo uso que a
criança faz dos signos, tendo a linguagem uma dimensão fundamental como
comportamento de uso de signos mais importante ao longo do
desenvolvimento humano, pois:
A linguagem incorporada à atividade prática da
criança transforma essa atividade e a organiza em linhas
inteiramente novas, produzindo novas relações com o
ambiente, além de nova organização do próprio
comportamento (Vygotsky, 1988).
As funções básicas da linguagem, de intercâmbio social e de
pensamento generalizante, influi nas formas de funcionamento mental,
conduzindo a criança a penetrar tanto no mundo imediato e concreto como nas
representações que faz do mundo.
Segundo Moll (1996), Vygotsky entende que o momento mais importante
do desenvolvimento cognitivo é o momento da aquisição da linguagem pois
quando a linguagem começa a funcionar como signo, regulando o
comportamento, os processos de percepção, memória e pensamento se
transformam significantemente em termos qualitativos.
Para Vygotsky (1991), a criança quando atua sobre o ambiente com o
auxílio da fala, ocorre uma organização do comportamento com novas relações
com o ambiente. Isso propicia o desenvolvimento do intelecto que é à base do
trabalho produtivo, uma forma tipicamente humana do uso de instrumentos.
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Vygotsky quando se refere ao papel do brinquedo no desenvolvimento
da criança, aplica a palavra brinquedo á brincadeira do "faz-de-conta", como
por exemplo, o brincar de bombeiro, de casinha ou de escolinha. Ao se
envolver nesta brincadeira, a criança utiliza a linguagem adequada e participa
de atividades importantes, adquire experiência, conhecimento e assimila os
hábitos ou costumes culturais.
...a criança opera com significados dos objetivos e
ações aos quais estão habitualmente vinculados;
entretanto, uma contradição muito interessante surge,
uma vez que, na brincadeira, ela inclui também ações
reais e objetos reais. Isto caracteriza a natureza de
transição d atividade da brincadeira: é um estágio entre as
restrições puramente situacionais da primeira infância e o
pensamento adulto, que pode ser totalmente desvinculado
de situações reais. (Vygotsky, 1991)
Elkonin (1980), em seus estudos baseados nas teorias de Vygotsky,
reafirma que “o fundamental do jogo protagonizado em forma descolada não é
o objeto, nem seu uso, nem a mudança de objeto que o homem possa fazer,
mas acima de tudo as relações que as pessoas estabelecem mediante suas
ações com os objetivos; as é a relação homem-objeto, mas a relação homem-
homem”.
Segundo Oliveira (1993), o grupo cultural, onde um indivíduo se
desenvolve, possibilita as formas de perceber e organizar o real, formas estas
que se constituirão nos instrumentos psicológicos que farão a mediação entre o
sujeito e o mundo. Os grupos sociais onde as crianças se desenvolvem
possibilitam a geração de adultos que operam psicologicamente de forma
distinta, conforme o modo da cultura construída na ordenação do real.
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Para Oliveira (1993), na relação homem com o mundo, as
representações mentais da realidade (exterior) se constituem nos principais
mediadores dessa interação. Por esse motivo, é salientada a necessidade da
criação e utilização dos instrumentos e signos externos como mediadores da
atividade humana. No decorrer do desenvolvimento, os signos passam a ser
utilizados por todos os indivíduos do grupo social, favorecendo a comunicação
entre as pessoas e propiciando a melhoria das relações sociais.
Segundo Vygotsky (1991), o brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal, assumindo um papel de extrema importância no
desenvolvimento das capacidades infantis, pois possibilita à criança, formas de
comportamento e desempenho diferenciado, muitas vezes não habitual de
acordo com a sua idade.
Vygotsky (1991) , diz que “O que a criança pode fazer com o auxílio dos
adultos, poderá fazê-lo amanhã por si só. A área de desenvolvimento potencial
permite-nos, pois, determinar os futuros passos d criança e a dinâmica do seu
desenvolvimento, e examinar não só o que o desenvolvimento já produziu, mas
também o que produzirá no processo de maturação”.
Para Oliveira (1993), a mediação ocorre numa relação onde há a
intervenção de um elemento intermediário, portanto, esta relação passa a ser
mediada por este elemento deixando de ser direta. No caso de uma pessoa
com a intenção de colocar o dedo na chama de uma vela, retira-o quando ouve
alguém dizer que irá se queimar. Assim, a relação estará sendo mediada pela
intervenção desse outro indivíduo. Caso fosse uma relação direta, seria (vela X
indivíduo) preciso que o calor provocasse dor para que o dedo fosse retirado. A
mediação acrescenta um ponto a mais na interação organismo X meio. No
decorrer do desenvolvimento, as relações mediadas são superiores as relações
diretas. Sendo assim, para Vygotsky, a relação homem X mundo é
fundamentalmente uma relação mediada e não direta.
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Estas são algumas entre tantas contribuições de Vygotsky quanto à
teoria psicológica do jogo, onde explicita a origem social e cultural do jogo e a
unidade fundamental e indivisível da evolução da forma do jogo é o papel e as
ações a ele ligadas. Sendo assim, “uma das motivações principais do jogo é
obrar como um adulto. Não é ser adulto, mas agir como os adultos”. (Elkonin,
1980).
CAPITULO II
A BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO VIABILIZADOR DE
APRENDIZAGEM
Segundo Santos (1995), a brinquedoteca nasceu no século XX e é uma
nova instituição que garante à criança um espaço que facilite o ato de brincar.
Esse espaço se caracteriza pela existência de um conjunto de brinquedos,
jogos e brincadeiras e oferece aos seus usuários um ambiente agradável,
alegre e colorido, onde a importância maior é a ludicidade que os brinquedos
proporcionam. A brinquedoteca coloca ao alcance da criança inúmeras
atividades que possibilitam a ludicidade individual e coletiva, permitindo que ela
construa seu conhecimento próprio. Todas as brinquedotecas possuem como
objetivo o desenvolvimento das atividades lúdicas e a valorização do brincar,
independentemente do tipo e local onde estejam instituídas, sejam numa
escola, num hospital, num bairro, numa clínica ou numa universidade. A
brinquedoteca mostra o perfil da comunidade que lhe deu origem, tendo cada
função estabelecida, onde o acervo de jogos e brinquedos é utilizado para
atingir os objetivos propostos.
51
A brinquedoteca passou a ser conhecida e mais amplamente divulgada
na Europa, a partir dos anos 60 e no Brasil em 80, estimulando instituições a
destinarem a atenção ao brincar.
Em abril de 1985, é fundada, por professores e profissionais da área de
Educação, a ABB - Associação Brasileira de Brinquedotecas, entidade sem fins
lucrativos, para desenvolver trabalhos relativos à criança e o brinquedo.
Embora tenha surgido com objetivos de empréstimo de brinquedos e
espaço para brincar, a brinquedoteca vai além disso, nela a criança tem a
oportunidade de experimentar e conhecer, explorar e manipular objetos que
nem sempre fazem parte de seu convívio diário, vivenciando experiências
diferentes e compartilhadas.
De acordo com Cunha (1997), a brinquedoteca brasileira difere das
chamadas "Toy Libraries" porque é um espaço onde acontece uma interação
educacional. A autora coloca que “ a brinquedoteca provoca reflexões e, por
despertar pais e educadores para uma nova maneira de considerar a atividade
infantil, provoca alterações em escalas de valores. Pelos simples fato de existir,
a brinquedoteca é um testemunho de valorização da atividade lúdica das
crianças.
Ainda segundo Cunha (1997), os objetivos de uma brinquedoteca são
estabelecidos a partir das finalidades do trabalho a serem desenvolvidas neste
espaço, podendo assim ser enumerados:
1. Proporcionar um espaço onde a criança possa brincar sossegada,
sem cobranças e sem sentir que está atrapalhando ou perdendo tempo;
2. Estimular o desenvolvimento de uma vida interior rica e da
capacidade de concentrar a atenção;
3. Estimular a operatividade das crianças;
4. Favorecer o equilíbrio emocional;
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5. Dar oportunidade à expansão de potencialidades;
6. Desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade;
7. Proporcionar acesso a um número maior de brinquedos, de
experiências e de descobertas;
8. Dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar;
9. Incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora de
desenvolvimento intelectual, emocional e social;
10. Enriquecer o relacionamento entre as crianças e suas famílias;
11. Valorizar os sentimentos afetivos e cultivar a sensibilidade.
Para a pesquisadora e professora Tizuko Morchida Kishimoto,
normalmente são creches, escolas maternais e jardins de infância que adotam
brinquedotecas com fins pedagógicos. Existem também colégios que as
implantaram visando possibilitar apoio aos professores. São brinquedotecas
que possuem jogos no acervo e espaço livre para brincar, suprindo as
necessidades docentes. Ksihimoto caracteriza as brinquedotecas da seguinte
forma:
1. Brinquedotecas escolares: são organizadas em um setor da
escola, os alunos brincam e escolhem os jogos e brinquedos. Possui a função
basicamente pedagógica;
2. Brinquedotecas comunitárias: servem determinadas
comunidades, funcionando como bibliotecas circulantes, em um caminhão ou
ônibus que leva brinquedos a diferentes locais. As crianças podem, por um
determinado período de tempo, ter contato com diversos brinquedos. Mantidas
por associações, prefeituras ou organizações sem fins lucrativos, permitem à
criança um espaço para expressar a cultura infantil e propiciam a integração
social;
3. Brinquedotecas hospitalares: instituídas em um departamento do
hospital onde as crianças hospitalizadas têm a disposição brinquedos, que
podem ser levados ou não para os leitos dependendo das condições clínicas
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do paciente. Auxiliam na recuperação e amenizam o trauma psicológico da
hospitalização através de atividades lúdicas;
4. Brinquedotecas universitárias: organizadas no ambiente
universitário para funcionar nos moldes de uma biblioteca de brinquedos e
materiais pedagógicos, para uso dos profissionais da educação e
pesquisadores. Tem como objetivo fornecer subsídios para a prática
pedagógica através dos brinquedos, desenvolvendo pesquisas que ressaltem a
importância dos jogos e brinquedos para a educação;
5. Brinquedotecas em bibliotecas: organizadas e mantidas por
bibliotecas públicas ou particulares. No Brasil, em geral, não realizam
empréstimo de brinquedos. Em bibliotecas públicas, geralmente são instituídas
através de campanhas de doações de brinquedos. Utilizam o espaço com
liberdade para a criança brincar com brinquedos artesanais, confeccionados
em oficinas oferecidas pela própria biblioteca ou com brinquedos mais
sofisticados, tais como os eletrônicos.
Segundo Negrine (1997), a brinquedoteca está sendo considerada como
uma das formas inovadoras atuais de pensar pedagógico, devido o
reconhecimento da importância da inclusão das atividades lúdicas no processo
de desenvolvimento do indivíduo.
Santos (1997), relata que uma brinquedoteca não significa apenas uma
sala com brinquedos, mais em primeiro lugar, uma mudança de postura frente
à educação. É mudar nossos padrões de conduta em relação à criança; é
abandonar métodos e técnicas tradicionais; é buscar o novo, não pelo
modernismo, mas pela convicção do que este novo representa;é acreditar no
lúdico como estratégia do desenvolvimento infantil.
Conforme Cunha (1997, p22) “a brinquedoteca tem uma mensagem a
dar para a escola porque pode ajudar as crianças a formarem um bom conceito
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de mundo, um mundo onde a afetividade é acolhida, a criatividade estimulada e
os direitos da criança respeitados”.
Para Muniz (2000, p 86) “existem brinquedotecas em diferentes
contextos. A Brinquedoteca da escola, diferentemente da Brinquedoteca em
outros espaços, estrutura-se de forma organizada no cotidiano escolar. Por
entrar nesta ritualização, ela ocupa um espaço do fazer escolar”.
A primeira idéia que se tem de uma brinquedoteca é um ambiente
repleto de brinquedos coloridos, desejados por muitos e comprado por poucos
por ser acima do orçamento familiar, brinquedos de plásticos, de madeiras uma
variedade que encantaria crianças e adultos. Como colocar Friedman(1994)
“brinquedos que vão realizar sonhos, desmistificar fantasias ou simplesmente
estimular a criança a brincar livremente”.
De acordo com Rodari (1982), por meio das Brinquedotecas avaliamos
nas crianças o seu desenvolvimento, através do acompanhamento, da
observação diária, no que se refere a socialização, a iniciativa, a linguagem, ao
desenvolvimento motriz e buscamos através das atividades lúdicas o
desenvolvimento das suas potencialidades.
A brinquedoteca pode ser organizada a partir de espaços temáticos
para que a criança disponha de varias alternativas de ação, que permitam o
desenvolvimento de atividades diversificadas, criativas e que possam
oportunizar a interação entre as crianças. A divisão do espaço pode ser
variada, conforme descrita abaixo:
Canto do “faz de conta”- se caracteriza por dispor de mobílias infantis
que representem o ambiente doméstico, supermercados, feiras; camarim com
fantasias em geral, maquiagem, etc.
1. Canto de “leitura ou contar histórias”- este espaço pode ser com
almofadas, poltronas onde se faça uso dos livros infantis.
55
2. Canto das “invenções/sucatas”- ambiente onde é possível
construir o brinquedo por meio de sucatas; confeccionar jogos.
3. Teatro- espaço onde se recorre ao uso de fantoches,
apresentação de peças teatrais mediado por professores ou
atividades livres realizadas pelas crianças.
4. Área de psicomotricidade- ambiente com escorregadores,
balanços, túneis, etc.
Kishimoto (2000), apontando os problemas e perspectivas da educação
infantil, coloca que a inclusão de brinquedos no interior da escola requer a
organização de brinquedos de forma peculiar, sem sofisticação, adaptada aos
interesses e necessidades das crianças e que favoreça a recriação da
brincadeira, a cooperação e a expressão da criança. Sugere, ainda, o uso das
linguagens expressivas de forma integrada: artes visuais, plásticas, música,
dança, teatro, movimento e literatura infantil, que devem ser enfatizadas na
prática pedagógica da Educação Infantil.
2.1- O brincar e sua relação com o desenvolvimento e
aprendizagem infantil
Ao longo dos anos, o brincar passou a ser tema de conferências,
pesquisas, estudos que atribuem ao ato de brincar uma variedade de
significações, onde a brincadeira assume a dimensão cultural e social.
De acordo com Leite (1995), brincar, no mundo infantil, representa
descobrir, ter contato com desafios que permitem assistir, ouvir e sentir,
cabendo aos adultos a seleção consciente de que deve ou não deve ser
apresentado às crianças.
56
Para que o brincar se torne parte do trabalho do educativo, é necessário
que o educador entenda que “o brincar oferece-nos a possibilidade de que nos
tronemos mais humanos abrindo uma porta para ermos nós mesmos poder
expressar-nos, transformar-nos, curar, aprender,
crescer”.(Friedmann,2003,p.14)
Vygotsky(1991) vê a brincadeira como a criação de uma zona de
desenvolvimento proximal na criança pois, no brinquedo ela comporta-se de
forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também aprende a
separara objeto de significado.
Na opinião de Santos (2000) tanto Piaget, como Wallon, Vygostsky e
outros, atribuíram ao brincar da criança um papel decisivo na evolução dos
processos de desenvolvimento humano, como maturação e aprendizagem,
embora com enfoques diferentes.
Uma das propriedades definida ao brincar é descrita por Maluf da
seguinte forma:
“O brincar proporciona a aquisição de novos
conhecimentos, desenvolve habilidades de forma natural
e agradável. Ele é uma necessidade básica da criança é
essencial para um bom
desenvolvimento motor e social, emocional e
cognitivo”.(Maluf, 2003)
É o professor, como mediador, que ajuda a estruturar o campo das
brincadeiras na vida das crianças, na educação infantil, organizando sua base
estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos
ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar.
57
Por meio das brincadeiras o professore pode observar e constituir uma
visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada
uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim
como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que
dispõem.
Kishimoto(1999) afirma que:
“...quando as situações lúdicas são intencionalmente
criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de
aprendizagem surge a dimensão educativa.desde que
sejam mantidas as condições para expressão do jogo, ou
seja, a ação intencional da criança para brincar o
educador está potencializando as situações de
aprendizagem”.
Para Elkonin (1980), Vygotsky colocou o jogo como sendo o ponto
central para a compreensão do desenvolvimento psíquico dos pré-escolares.
Segundo este autor, Vygotsky afirmou que a imaginação nasce no jogo e que
antes do jogo não há imaginação.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(1998) é “pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas
por elas mesmas, às crianças podem acionar seus pensamentos para a
resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a
brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem
experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as
pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos” (p.28)
É através do jogo/brincar que a criança passa a estabelecer o convívio
social com outras crianças, brincando ela quebra barreiras de relacionamento,
58
criar oportunidades de convivência em grupo e facilita na interação dialógica
com o adulto.
Winnicott (1975) comenta que, o “não-brincar em uma criança pode
significar que ela esteja com algum problema, o que pode prejudicar seu
desenvolvimento. O mesmo pode-se dizer de adultos quando não brincam ou
quando proíbem ou inibem a brincadeira nas crianças, privando-as de
momentos que são importantes em suas vidas, e nas dos adultos também”.
Segundo Cunha (1997), o adulto trabalhador de amanhã, é hoje a
criança que brinca muito. A criança que hoje participa de jogos e brincadeiras
saberá trabalhar em grupo amanhã. Se hoje aprende a aceitar as regras do
jogo, amanhã será capaz de respeitar as normas sociais. A criança trabalha
enquanto brinca e o brinquedo é o instrumento que proporciona o exercício das
capacidades necessárias a um adulto bem sucedido. Se a criança brinca,
habitua-se a construir um tempo livre de criatividade. Sendo este hábito bem
cultivado, trará satisfação e assim, na maturidade, haverá uma predisposição
espontânea para o trabalho.
CAPITULO III
DESCRIÇÃO DA PESQUISA
59
A investigação a cerca da qualidade das atividades lúdicas
desenvolvidas no espaço da brinquedoteca da Escola “Casa de brinquedos”,
com alunos do jardim I-C, foi iniciada dia 05 de setembro de 2008, a partir do
contato com a equipe técnica e pedagógica.
Para realização desta pesquisa foi utilizado como instrumentos
questionários (anexo 07) aplicado aos professores e guia de observação
(anexo 10) que serviram para analisar os indicadores 1,2,3,4 e 5.
Como evidências da qualidade do mobiliário, espaço da brinquedoteca,
dos jogos, brinquedos e atividades lúdicas utilizou-se fotos (anexos 11 a 13),
questionários(anexo 07), lista de comprovação(anexos 08 e 09) e guia de
observação(anexos 10 ).
Primeiramente, foi apresentada a coordenação pedagógica e gestora da
escola “Casa de Brinquedos” o plano de avaliação (vide anexo 14), e
explanação das pretensões acerca das atividades a serem desenvolvidas
dentro do ambiente escolar.
Os dias e horas para a investigação foram estabelecidos pela
coordenadora pedagógica da escola, onde ficou acordado que seria avaliado
somente um turno e as idas a escola se daria uma vez por semana, com dias e
horas estabelecidos pela coordenação pedagógica da escola. A avaliação a
cerca da qualidade das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca,
seguiu o cronograma estabelecido pela escola até o dia 12 de dezembro,
encerramento do ano letivo, perfazendo um total de 39 dias.
Com a aquiescência da equipe pedagógica para a realização da
avaliação na brinquedoteca, partiu-se para o reconhecimento do espaço
destinado a brinquedoteca e seu funcionamento, assim como um levantamento
inicial dos brinquedos e jogos existentes na mesma.
60
Após este momento, se fez necessário um novo levantamento
bibliográfico com a finalidade de subsidiar a pesquisa.
Com a pesquisa referente ao tema refeita e conhecendo o
funcionamento da brinquedoteca, partiu-se para a escolha de um sistema que
classificasse os jogos e brinquedos, com o propósito de analisar as atividades
lúdicas como mais um recurso pedagógico, e que mais se aproximava dos
objetivos da pesquisa. Assim optou-se pelo sistema de classificação ESAR
(anexo 01), que qualifica a utilidade dos brinquedos e jogos. Esta classificação
se limitou a descrição física do jogo, atividade lúdica, conduta cognitiva,
habilidades funcionais e atividade social. Para analisar as atividades lúdicas,
foram selecionados dois jogos para aplicação entre os alunos, os quais foram
divididos por grupos e as atividades foram mediadas pelo monitor, onde o jogo
e o brincar, vivenciado neste espaço, foram vistos como um momento de
experimentação de regras, ou seja, observar a capacidade do aluno de
respeitar e seguir regras, de troca de experiências, de interação social e de
comunicação, assim como a correlação das atividades lúdicas com os
conteúdos dados em sala de aula. Coube ao avaliador fazer uma observação
participativa, utilizando o guia de observação como instrumento viabilizador da
pesquisa, para qualificar as atividades lúdicas.
Com os professores, a coleta de informações se deu por meio de
entrevista, usando um questionário com perguntas objetivas, no intuito de obter
a opinião dos mesmos quanto à qualidade das atividades lúdicas
desenvolvidas na brinquedoteca, bem como da qualidade do mobiliário e dos
recursos pedagógicos utilizados na mesma.
3.1- Dificuldades e entraves
61
De início foi cogitada a possibilidade em desistir de pesquisar sobre a
qualidade das atividades lúdicas na brinquedoteca da educação infantil por não
conseguir uma escola para a investigação. A primeira escola a ser escolhida,
na qual passei 08 dias do mês de agosto, não permitiu que a pesquisa
continuasse por julgar que a brinquedoteca não estava apropriada para ser
avaliada e que a mesma seria fechada para reforma. Assim foi necessário
recorrer há mais duas outras escolas, que também se recusaram a ceder o
espaço da brinquedoteca para avaliação, alegando que não constavam no
projeto pedagógico da escola. A quarta escola, na qual a pesquisa finalmente
foi realizada, mostrou-se interessada na investigação.
Após o primeiro contato com a escola “Casa de Brinquedos”, foi
estabelecido pela coordenação pedagógica da escola que a investigação
seguiria um cronograma estipulado pela escola, para que a rotina dos alunos
não fosse modificada por completo, bem como, a avaliadora seria
acompanhada em todas as atividades pela coordenadora pedagógica. Assim, a
pesquisa se deu com dias e horas estabelecido pela coordenação pedagógica,
o qual não favoreceu a investigação, pois quando a coordenação se ausentava
não era permitida a investigação, sendo necessário transferir para outra data.
Outro ponto que interferiu no processo de investigação foi à
mecanicidade como as atividades lúdicas se deram, os alunos eram
convidados pela coordenação a fazerem uma demonstração de como as
atividades eram realizadas na brinquedoteca e na sala de aula.
3.2 – Análise dos resultados
62
Os resultados estão apresentados em duas etapas:
Primeira etapa: refere-se a constataçao dos recursos materiais(jogos e
brinquedo) utilizados na escola apartir da lista de comprovaçao(anexos 8 e
09) e análise dos questionários (vide anexo 07) respondidos pelos professores
da educação infantil. Para apreciação dos dados dos questionários, nesta
primeira análise, foram utilizados gráficos estatísticos em colunas.
Técnica: Entrevista
Instrumentos: Questionário
Tratamentos dos dados: gráficos
Nesta etapa, delimitaram-se as perguntas do questionário a partir dos
enfoques de estandares, de compromisso e de satisfação, para a analise dos
critérios 1 e 2, tendo como padrão de qualidade os estandares(anexo02)
estabelecidos.
Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico
Indicador 1- Correlação das atividades lúdicas com os conteúdos
dados em sala.
Conforme análise dos dados do gráfico 01(anexo 3), 62,5% das
atividades lúdicas, realizadas na brinquedoteca, são correlacionada aos
conteúdos dados em sala de aula. Os estandares de qualidade para este
indicador é de que 80% das atividades lúdicas deveriam estar relacionadas aos
conteúdos dados em sala de aula. Constatando que os valores encontrados
estão aquém do valor estabelecido como ideal.
Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico
Indicador 2- Atividades lúdicas permitem desenvolver a
capacidade de respeitar e seguir regras.
63
Os dados estatísticos do gráfico 02(vide anexo 3) demonstram que
apenas 62,5% das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca,
permitem desenvolver a capacidade de respeitar e seguir regras, o que não
cumpre em opinião ao padrão de qualidade estabelecido na pesquisa que é de
70%..
Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos
Indicador 3- Brinquedos e jogos em bom estado de conservação
Conforme análise dos brinquedos a partir do gráfico 3(anexo 04),
apenas 12,5% dos brinquedos estão em bom estado de conservação,
enquanto que os dados contidos no gráfico 04(anexo 04) , revelam que 62,5%
dos jogos foram considerados em bom estado de conservação. Os dados
constatados nos gráficos 3 e 4 estão abaixo do padrão de qualidade
estabelecido para esta pesquisa, onde tanto os jogos quanto os brinquedos
deveriam cumprir em 70%. Os jogos aqui analisados estão distribuídos por
todas as salas de aula, uma vez que a brinquedoteca não dispõe de um lugar
para os mesmo.
Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos
Indicador 4. Brinquedos e jogos suficientes para atender aos
alunos
Os dados estatísticos do gráfico 05(anexo 05) revelam na analise dos
brinquedos que, 62,5% dos professores consideram que os brinquedos são
suficientes para atender a todos os alunos de uma mesma turma. Enquanto
que a análise dos jogos no gráfico 06(anexo 05) indica que não há jogos na
brinquedoteca para atender aos alunos, pois os mesmos somente são
utilizados em sala de aula. Em comparação com o padrão de qualidade
estabelecido por esta pesquisa, a quantidade de recursos pedagógicos (jogos e
brinquedos) está aquém do esperado, estabelecido em 70%.
Critério 2-Recursos materiais/pedagógicos
64
Indicador 5. Mobiliário funcional
Conforme os dados apurados no grafico 07(anexo 06), apenas 25% dos
entrevistados consideram o mobiliário(mesas e cadeiras) em uso na
brinquedoteca adaptados aos diferentes jogos e no uso para atividades lúdicas
diversas. Portanto, os dados se mostram abaixo do esperado para o padrão de
qualidade estabelecido em 70%.
Na análise dos dados, ficou constatado que o mobiliário(anexo 06) da
brinquedoteca atende aos tamanhos e necessidades físicas dos alunos em
100%. Atingindo um excelente nível de qualidade, pois o estabelecido como
padrão é de 70%.
Segunda etapa: refere-se à análise do guia de observação (vide anexo
10). A segunda etapa desta pesquisa constituiu-se pela codificação das
sessões de observação das atividades lúdicas correlacionadas com o conteúdo
dado em sala.
Técnica: Observação participativa
Instrumentos: Guia de observação
Tratamentos dos dados: análise dos instrumentos.
Conforme a observação realizada, as atividades dirigidas são
relacionadas com os conteúdos dados em sala, respeitando a conduta
cognitiva da atividade, as habilidades funcionais e atividades sociais. Porém, as
atividades lúdicas não são realizadas na brinquedoteca, todas as atividades
com jogos são feitas em sala de aula.
65
CONCLUSÃO
Conforme constatado, através do quadro de horários e da análise dos
questionários, a brinquedoteca atende a todos os alunos da educação infantil
nas atividades lúdicas. Quanto à correlação das atividades lúdicas com os
conteúdos dados em sala, constatou-se que os valores encontrados estão
aquém do valor estabelecido como ideal. Este resultado retrata que a
brinquedoteca é compreendida como um espaço privilegiado para os alunos
brincarem e terem momentos alegres na brinquedoteca, onde o aluno possa
brincar livremente e sem cobranças. As atividades mediadas ocorrem com
mais freqüência na sala de aula, onde são adotados os jogos. Resultado
confirmado com a observação participativa, onde as atividades feitas em sala
de aula são seguidas de mediação e relacionadas com o conteúdo
programático. Durante a observação, o auxiliar da sala trabalhou os conceitos
de cheio/vazio, leve/pesado, grande/pequeno, sempre rememorando os
conceitos durante todas as atividades. A capacidade de respeitar e seguir
regras são possíveis por meio das atividades lúdicas. Quanto a conservação e
quantidade dos jogos e brinquedos estes foram considerados abaixo do padrão
estabelecidos, ressaltando que os jogos não fazem parte do acervo da
brinquedoteca, estando todos distribuídos pela escola, em salas diversas.
Ainda nos aspectos dos recursos materiais, o mobiliário(mesas e cadeiras) em
uso na brinquedoteca é funcional, no entanto não atende a todas as atividades
desenvolvidas, embora estejam em conformidade com o tamanho e
necessidades físicas dos alunos. Quanto ao nível de satisfaçao dos alunos
estes demonstram satisfaçao ao fazerm uso da briqnuedoteca.
A escola demonstra um enorme interesse em tornar o momento de
aprendizagem mais dinâmico, envolvendo as atividades lúdicas no dia-a-dia
66
dos alunos, como mais um recurso pedagógico, porém cabe salientar que se
faz necessário algumas recomendações para que o brincar, o lúdico faça parte
deste processo de construção do conhecimento de forma mais prazerosa e
como um estimulador da criatividade do aluno.
A correlação dos conteúdos com as atividades lúdicas podem ser feitas
através da exploração dos jogos/brincadeiras na brinquedoteca.
O espaço da brinquedoteca deve favorecer o reencontro e a troca de
experiência entre os alunos, para tanto as atividades teatrais podem favorecer
esta troca, partindo daí para as atividades com jogos/brinquedos.
Cabe aos educadores tornarem o espaço da brinquedoteca um
viabilizador no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, produzirem
conhecimento num ambiente prazeroso como o é a brinquedoteca.
67
BIBLIOGRAFIA
1. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de
Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.1, v.3.
2. CUNHA, Nylse Helena da Silva. A brinquedoteca brasileira. In:
Santos, Santa Marli Pires Santos (org.)Brinquedoteca: o lúdico em
diferentes contextos/ - Petrópolis, RJ: 8ª ed. Vozes, 1997.
3. ELKONIN, Daniel B. Psicologia Del juego.Madrid: Visor Libros,1980.
4. FROEBEL,Friedrich. The education of man.Ed.Harris,W.T. Trad.
Hailmann,W.N. Nova York:D.Appleton,1912c.[1887].(The
International Seires,v.5). In: Kishimoto, T. M. Froebel e a concepção
de jogo infantil. In:Kishimoto,T. M.(org.)O brincar e suas teorias - São
Paulo:Pioneira Thomson Learning, 2000.
5. FRIEDMAN,Adriana.”A criança na brinquedoteca”.Revista do
Professor de Educaçao Infantil,v.7,1994.
6. KISHIMOTO, T. M. Diferentes tipos de brinquedoteca. In: Friedmann,
A. O direito de brincar: a Brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo: Abrinq,
1996.
7. __. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3ª edição, SP:
Cortez, 1999.
8. __O Brincar e suas teorias - São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2000.
9. LEITE, Disalda;ESTEVES,Acúrsio.Pedagogia do Brincar. 2ª ed. Ed.
Salvador: Artes Contemporânea, 1995
10. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 2ª
ed. Petrópolis-RJ: Vozes,2003.
11. MOLL, Luis C. Vygotsky e a educação: implicações pedagógicas da
psicologia sócio-histórica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
12. MUNIZ. M.C.S.A brinquedoteca no contexto escolar da educação
infantil.In:Santos,Santa Marli Pires dos.Brinquedoteca:a criança, o
adulto e o lúdico.- Petrópolis, RJ:Vozes, 2000.
68
13. NEGRINE. Airton. Brinquedoteca: teoria e prática. In: SANTOS.
Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes
contextos. Petrópolis: 8ª ed.: Vozes, 1997.
14. OLIVEIRA, M.K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um
processo sócio-histórico.São Paulo: Scipione, 1993.
15. RODARI, Granni., Gramática da Fantasia. São Paulo -SP; Sumus,
1982
16. SANTOS, Santa Marli Pires dos. (org). A Ludicidade como ciência. 2ª
ed. –Petrópolis,RJ: Vozes,2008.
17. __Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1997.
18. __ Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Vozes, 2ª. Ed. RJ,
2000
19. SILVA, Edna Lucia. MENEZES, Estera Muszkat (2001). Metodologia
da pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: Laboratório
de Ensino à Distância da UFSC.
20. VYGOTSKY,L.S.A formação social da mente.4.ed.Sao Paulo:Martins
Fontes,1991.
21. __.Pensamento e linguagem.1ª .ed.Sao Paulo:Martins Fontes,1998.
22. WINNICOTT,D.W.”De La dependência a la independência en el
desarollo Del individuo”.In:El proceso de maduración en El
niño.Barcelona:laia,1975.
69
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 – Dados sobre o sistema de classificação de jogos e brinquedos
Anexo 2 – Quadro de Parâmetro de qualidade
Anexos 3,4,5 e 6 – Gráficos
Anexo 7 – Questionários
Anexos 8 e 9 – Lista de comprovação
Anexos 10 e 11 – Guia de observação
Anexos 12 – Evidências –Fotos
Anexos 13 – Plano de pesquisa
70
ANEXO 1
Este método específico de análise de brinquedos e jogos foi
elaborado pela psicóloga canadense Denise Garon em 1982, auxiliada,
posteriormente, por Rolande Filion e por Manon Doucet.
O sistema de classificação ESAR* segundo sua autora, apresenta-
se como um esquema de análise para avaliar a contribuição psicológica e
pedagógica dos acessórios das brincadeiras que as crianças têm
habitualmente à mão. Este esquema se estrutura de acordo com as
etapas de desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta. O
método, embora conte com várias influências teóricas foi elaborado,
principalmente,com base na abordagem piagetiana e apresenta-se em
várias facetas do brincar.
O Sistema ESAR de classificação de brinquedos
Este método específico de análise de brinquedos e jogos foi
elaborado pela psicóloga canadense Denise Garon em 1982, auxiliada,
posteriormente, por Rolande Filion e por Manon Doucet.
O sistema de classificação ESAR* segundo sua autora, apresenta-
se como um esquema de análise para avaliar a contribuição psicológica e
pedagógica dos acessórios das brincadeiras que as crianças têm
habitualmente à mão. Este esquema se estrutura de acordo com as
etapas de desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta. O
método, embora conte com várias influências teóricas foi elaborado,
principalmente,com base na abordagem piagetiana e apresenta-se em
várias facetas do brincar.
71
A primeira faceta descreve a evolução das formas lúdicas
fundamentais e a palavra ESAR é composta precisamente a partir da
primeira letra da palavra que identifica cada uma das categorias desta
faceta :
E para o jogo/brincadeira de Exercício que surge desde primeira
idade a partirdegestos e movimentos sensoriais e motores.
S para o jogo/brincadeira Simbólica onde ocorre a representação de
um objeto por outro, a simulação e o faz de conta.
A para o jogo/brincadeira de Acoplagem/Montagem onde peças
agrupadas passam a fazer parte da construção de um todo com novo
significado.
R para o jogo/brincadeira com Regras simples que se iniciam a
partir dos 4 anos podendo, a partir dos 7 anos, se tornar mais complexas
e vindo a tomar uma forma cada vez mais elaborada na adolescência e na
idade adulta.
* Fonte: GARON, Denise – “Classificação e Análise de Materiais
Lúdicos” - in Friedmann, Adriana - O Direito de Brincar : A Brinquedoteca
– Ed. Scritta – São Paulo- 1992
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38
ANEXO 3
GRAFICOS 1 E 2
Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico
Indicador 1- Correlação das atividades lúdicas com os conteúdos dados
em sala.
Gráfico 01
Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico
Indicador 2- Atividades lúdicas permitem desenvolver a capacidade de
respeitar e seguir regras.
Gráfico 2
62,5%
37,5%
0123456
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de compromisso
Pergunta da avaliaçao 2.As atividades lúdicas, desenvolvidas na brinquedoteca, são correlacionadas aos conteúdos dados em sala de aula
62,5%
37,5%
0
2
4
6
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 4.As atividades lúdicas, desenvolvidas na brinquedoteca, permitem ao aluno deenvolver a capacidade de respeitar e seguir regras?
39
ANEXO 4
GRÁFICOS 3 E 4
Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos
Indicador 3- Brinquedos e jogos em bom estado de conservação
Gráfico 3- Análise dos brinquedos
Gráfico 4 - Análise dos jogos
12,5%
87,5%
0
5
10
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 7.Os brinquedos estão em bom estado de conservaçao?
40
ANEXO 5
GRÁFICOS 05 E 06
Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos
Indicador 4. Brinquedos e jogos suficientes para atender aos alunos
Gráfico 05- Análise dos brinquedos
62,5%
37,5%
0
2
4
6
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 7. Os jogos estão em bom estado de conservaçao?
41
Gráfico 06– Análise dos jogos
62,5%
37,5%
0123456
SIM NÃO
Enfoque de cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 8. A brinquedoteca possui em seu acervo brinquedos suficientes para atender à todos os alunos de uma mesma turma?
0%
100%
02468
10
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 8. A brinquedoteca possui em seu acervo jogos suficientes para atender à todos os alunos de uma mesma turma?
42
ANEXO 6
GRÁFICOS 07E 08
Critério 2-Recursos materiais/pedagógicos
Indicador 5. Mobiliário funcional
Gráfico 07- Mobiliário adequado as diferentes atividades lúdicas
Gráfico 08- Mobiliário atende aos tamanhos e necessidades físicas dos
alunos
25%
75%
0
2
4
6
8
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 9.O mobiliário da brinquedoteca é funcional, adaptado aos diferentes jogos e atividades diversificadas?
100%
0%0
5
10
SIM NÃO
Enfoque de Cumprimento de Compromisso
Pergunta da avaliaçao 9.O mobiliário da brinquedoteca é adaptado aos diferentes tamanhos e necessidades físicas dos alunos?
43
ANEXO 7
QUESTIONÁRIOS
Este instrumento de investigação tem o propósito avaliar a
qualidade das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca da
Escola “Casa de brinquedos”, bem como analisar a qualidade dos
recursos materiais e pedagógicos utilizados na brinquedoteca. O
instrumento é constituído por perguntas objetivas. De antemão, agradeço
a colaboração dos participantes na contribuição para esta pesquisa.
A brinquedoteca como ambiente de aprendizagem SIM NÃO
A brinquedoteca atende a todos os alunos da
educação infantil?
As atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca
são correlacionadas aos conteúdos dados em sala de
aula?
As atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca
permitem aos alunos desenvolver a capacidades de
respeitar e seguir regras?
As atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca
são adequadas às idades dos alunos?
44
Os alunos demonstram satisfação ao fazerem uso da
brinquedoteca?
As atividades lúdicas realizadas na brinquedoteca são
mediadas pelos professores?
As atividades com jogos são realizadas na
brinquedoteca?
Para uso da brinquedoteca há dias e horas regulares
para cada turma?
As atividades lúdicas na brinquedoteca favorecem o
reencontro e a troca entre os alunos de turmas
diferentes?
Quanto aos recursos materiais e pedagógicos da
brinquedoteca
SIM NÃO
A brinquedoteca possui em seu acervo brinquedos
suficientes para atender aos alunos de uma mesma
turma?
A brinquedoteca possui em seu acervo jogos
suficientes para atender aos alunos de uma mesma
turma?
Os brinquedos estão em bom estado de conservação?
Os jogos estão em bom estado de conservação?
O mobiliário (mesas, cadeiras e estantes) é adaptado
aos diferentes tamanhos e necessidades físicas dos
alunos?
O mobiliário (mesas e cadeiras) da brinquedoteca é
funcional, utilizado para aplicação dos jogos e demais
atividades lúdicas?
Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes
ANEXO 8
LISTA DE COMPROVAÇÃO
45
Este instrumento de avaliação tem o propósito de registrar as
observações a cerca da presença ou ausência de recursos
materiais/pedagógicos na brinquedoteca, bem como o estado de
conservação dos mesmos.
RECURSOS MATERIAIS/
PEDAGÓGIGOS
Presente
Ausente
Estado de conservação
Ótim
o
Bom Razoáve
l
Ruim
Móveis (mesas e cadeiras) de
tamanho apropriado a faixa etária
dos alunos.
Móveis (mesas e cadeiras)
suficientes para atender a todos os
alunos de uma mesma turma.
Móveis (estantes e armários)
suficientes para armazenamento
dos brinquedos.
Móveis (estantes e armários) de
tamanho adaptado aos alunos.
Brinquedos diversos na
brinquedoteca
Jogos diversos na brinquedoteca
Espaço da brinquedoteca amplo.
Espaço na brinquedoteca para
atividades de faz-de-conta
Espaço na brinquedoteca para
atividades psicomotoras
Espaço na brinquedoteca para
teatro
Espaço na brinquedoteca para
atividades no playground
Área externa com tangue de areia.
Área externa para atividades lúdicas
diversas.
Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes
46
ANEXO 9
LISTA DE COMPROVAÇÃO
Este instrumento de avaliação tem o propósito de registrar as
observações a cerca da presença ou ausência de recursos lúdico-
pedagógicos na brinquedoteca, bem como o estado de conservação dos
mesmos.
Recurso lúdico-
pedagógico
Presente
Ausente
Estado de conservação
Ótimo Bom Razoável Ruim
Jogos de exercício:
Sensório motor
Sensório visual
Sensório sonoro
Sensório tátil
Sensório olfativo
Sensório gustativo
Sensório de
manipulação
47
Jogos simbólicos:
Jogos de associações
Jogos de linguagem
Jogos de
representações
Jogos para armar:
Jogos de construções
Jogos de disposições
Jogos de montagens
Jogos de encaixe
Jogos de regras
simples:
Jogos de loteria
Jogos de dominó
Jogos de seqüência
Jogos de circuito
Jogos de habilidades
Jogos de perguntas e
respostas
Jogos matemáticos
Teatro
Jogos de regras
complexas:
Jogos de reflexão
Jogos de estratégia
Jogos de vocabulário
complexo
Jogos de armar
complexo
Representação teatral
em palco
Brinquedos:
Bonecas
48
Carros
Caminhões
Utensílios domésticos
Casa de boneca
Mini geladeira
Mini armário de cozinha
Mini fogão
Pá
Balde
Bola
Brinquedos de sucatas
Brinquedos construídos
pelos alunos
Brinquedos de papelão,
papel, plástico
Piscina de bolinhas
Escorregador
Peças de obstáculos
para atividades
psicomotoras
Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes
49
ANEXO 10
Guia de Observação
Este guia de observação tem a finalidade de classificar as
atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca e análise das mesmas
como mais um recurso para o processo de construção da aprendizagem
do aluno. Como embasamento teórico para utilização deste instrumento
foi usado o sistema ESAR de classificação e análise de jogos e
brinquedos.
______________________________________________
Nome:___________________________________________________________________
50
Descrição Física:_________________________________________________________
Escolha das palavras chaves
Atividade lúdica:_________________________________________________________
Conduta cognitiva:________________________________________________________
Habilidades
funcionais:_____________________________________________________
Atividades sociais:________________________________________________________
Condutas
afetivas:_________________________________________________________
Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes
51
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMETNO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
MÉTODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I – A LUDICIDADE NO CAMPO DAS CIENCIAS 10
1.1. O lúdico numa perspectiva sócio-histórica 13
3. CAPITULO II- A BRINQUEDOTECA COM ESPAÇO VIABILIZADOR
DE APRENDIZAGEM 17
2.1- O brincar e sua relação com o desenvolvimento e aprendizagem
Infantil 22
4. CAPITULO III- DESCRIÇAO DA PESQUISA 25
3.1-Dificuldades e entraves 27
3.2-Análise dos resultados 28