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A BRINQUEDOTECA C DO CONHECIMENTO Por: FA Orienta UNIV PÓS PR COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, “CASA DE BRINQUEDOS” ABIANA CARLA BARRETO MENDES adores: Prof. Adriana da Silva Spinelli Prof. Dr. Maria da Conceição Mag Manaus-AM 2009 VERSIDADE CANDIDO MENDES S GRADUAÇAO “LATO SENSU” ROJETO A VEZ DO MESTRE 33 ONSTRUÇAO , DA ESCOLA ggioni Poppe

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A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO

DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL,

Por: FABIANA CARLA

Orientador

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO

DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL,

“CASA DE BRINQUEDOS”

Por: FABIANA CARLA BARRETO MENDES

Orientadores: Prof. Adriana da Silva Spinelli

Prof. Dr. Maria da Conceição Maggioni Poppe

Manaus-AM

2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

33

A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO

DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, DA ESCOLA

Maria da Conceição Maggioni Poppe

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO

A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO

DO CONHECIMENTO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇAO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO

DO CONHECIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, D

“CASA DE BRINQUEDOS”

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para

conclusão do Curso de Pós-graduação

em Educação Infantil e Desenvolvimento.

34

A BRINQUEDOTECA COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA CONSTRUÇAO

DO ALUNO DA EDUCAÇAO INFANTIL, DA ESCOLA

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para

graduação “Lato Sensu”

em Educação Infantil e Desenvolvimento.

35

AGRADECIMENTO

...Ao Universo pelas fontes inesgotáveis de saber.

36

DEDICATÓRIA

...dedico aos que buscam na educação

uma abertura para tornar o mundo ainda

melhor.

37

RESUMO

A pesquisa foi realizada com o objetivo de analisar as atividades lúdicas

desenvolvidas no espaço da brinquedoteca, como possíveis de produção de

conhecimentos, na brinquedoteca da Escola “Casa de brinquedos”, com alunos

na faixa etária de 4 e 5 anos, oriundos da educação infantil. Os objetivos

específicos desta pesquisa foram: Identificar as variáveis do estudo científico,

incluindo as idéias, experiências e pensamentos de autores reconhecidos no

campo da ludicidade, correlacionar as atividades lúdicas mediadas, realizadas

na brinquedoteca com a aplicação do currículo utilizado na educação infantil

como recurso na construção da aprendizagem; averiguar a qualidade do

mobiliário e dos recursos materiais/pedagógicos (jogos e brinquedos)

existentes na brinquedoteca identificando o pensamento dos docentes da

Escola “Casa de brinquedos” quanto à contribuição das atividades lúdicas na

promoção de aprendizagens significativas.O tema tem fundamental

importância, por considerar que analisar as atividades lúdicas no ambiente

escolar é perceber propostas, concepções sobre o universo infantil e as

relações de ensino/aprendizagem. Como recurso metodológico, recorreu-se a

observação direta e análise de dados. Resultados: os dados revelam que o

padrão estabelecido para os indicadores desta investigação não foram

alcançado em todos os itens. Conclusões: conforme constatado a

brinquedoteca atende a todos os alunos da educação infantil, contudo, os

conteúdos apreendidos em sala não são correlacionados com as atividades

lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca, a mesma é utilizada somente para

atividades livres, sem mediação do professor ou brinquedista, bem como

atividades de psicomotricidade com professor de educação física. Este

resultado e as observações feitas no ambiente escolar retratam que a

38

brinquedoteca é compreendida como um espaço privilegiado para os alunos

brincarem e terem momentos de recreação. Deixando assim, de considerar a

brinquedoteca como um espaço privilegiado para as crianças recriarem a

realidade vivida e compreendê-la, um ambiente propicio para estimular a

capacidade criadora da criança sem deixar de lado momentos alegres , mas

sim tornar o processo de construção mais prazeroso, dinâmico e motivador.

METODOLOGIA

Como recurso metodológico, recorreu-se a observação direta e análise

de dado. Para analisar a função pedagógica da brinquedoteca foi adotado a

técnica de entrevista, tendo como instrumento um questionário, aplicado aos

professores. O estudo realizado com os alunos ocorreu em dois momentos,

relacionados entre si. No primeiro buscou-se observar as brincadeiras entre os

alunos sem mediação. No segundo momento, objetivaram-se examinar, as

atividades lúdicas dos alunos-foco com mediação do professor. Para avaliação

da qualidade das atividades lúdicas usou-se como técnica a observação

participativa e como instrumento um guia de observação. A pesquisa seguiu

uma avaliação formal, com metodologia que permitiu a obtenção de

informações precisas acerca do objeto de análise. De caráter formativo, pois foi

realizada durante o desenrolar da pesquisa e se destinou a proporcionar

informações para a tomada de decisões sobre a qualidade das atividades

desenvolvidas na brinquedoteca

39

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

08

2. CAPITULO I – A LUDICIDADE NO CAMPO DAS CIENCIAS

10

1.1. O lúdico numa perspectiva sócio-histórica

13

3. CAPITULO II- A BRINQUEDOTECA COM ESPAÇO VIABILIZADOR

DE APRENDIZAGEM

17

2.1- O brincar e sua relação com o desenvolvimento e aprendizagem infantil

22

4. CAPITULO III- DESCRIÇAO DA PESQUISA

25

40

3.1-Dificuldades e entraves

27

3.2-Análise dos resultados

28

8. CONCLUSÃO

31

BIBLIOGRAFIA

33

ANEXOS

35

ÍNDICE

53

FOLHA DE AVALIAÇAO

54

INTRODUÇÃO

O novo é sempre algo que cria expectativas e possibilita novas

experiências e conduz a uma reflexão.A busca de algo a mais para a

construção do processo de conhecimento de seus alunos é o que deveria

impulsionar os educadores, inovando a prática pedagógica. É a partir da

possibilidade de inovar e transformar a realidade que o aluno passa a superar

algumas dificuldades, tanto de ordem pedagógica como as de ordem social e

emocional. Para tanto, um dos recursos metodológicos que vem sendo

41

apontado como viabilizador dessas mudanças na prática pedagógica é a

introdução de atividades lúdicas no ambiente escolar.

Independente de classe social ou cultura a criança vive num mundo

onde a realidade se entrelaça com o faz de conta, onde a brincadeira passa a

ser um meio para desenvolver a autonomia, é nelas que as crianças trabalham

a coordenação motora, o relacionamento afetivo, cognitivo, moral, espiritual e

social. O brincar é uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento da criança

em todas as dimensões.

A temática abordada neste estudo é o ambiente da brinquedoteca como

recurso pedagógico na construção da aprendizagem do aluno da educação

infantil, onde o jogo e o brincar acontecem em um momento de prazer, tanto

para o professor quanto para o aluno. O fio condutor são as atividades lúdicas

desenvolvidas na brinquedoteca, se estas contribuem com o processo de

construção da aprendizagem do aluno da educação infantil.

A pesquisa se justifica pela necessidade de evidenciar que as atividades

lúdicas mediadas, realizadas na brinquedoteca a partir da correlação dos jogos

e brincadeiras com os conteúdos aplicados, contribuem e favorecem com o

processo de formação do conhecimento no aluno.Onde o brincar passar a ser

uma proposta pedagógica, incorporando o lúdico como eixo condutor do

desenvolvimento da criança, produzindo um currículo mais dinâmico, com uma

aprendizagem mais prazerosa e motivadora tanto para o educador quanto para

o aluno.

Estas assertivas tornaram-se questões de inquietudes e fundamentaram

a presente investigação resultando em objetivo geral analisar se as atividades

lúdicas mediadas, desenvolvidas na brinquedoteca, contribuem com o

processo de construção da aprendizagem do aluno da educação infantil; e

tendo como objetivos específicos a identificação das variáveis do estudo

científico, incluindo as idéias, experiências e pensamentos de autores

reconhecidos no campo da ludicidade; a correlação das atividades lúdicas

42

mediadas, realizadas na brinquedoteca, com a aplicação do currículo utilizado

na educação infantil, como recurso na construção da aprendizagem; averiguar

a qualidade do mobiliário e dos recursos materiais/pedagógicos (jogos e

brinquedos) existentes na brinquedoteca e por fim identificar o pensamento

dos docentes da Escola “Casa de brinquedos”, quanto à contribuição das

atividades lúdicas no desenvolvimento e na promoção de aprendizagens

significativas.

CAPITULO I

A LUDICIDADE NO CAMPO DAS CIÊNCIAS

A construção de um saber científico sobre a ludicidade perpassar por

todo o caminho histórico do ato de brincar seguindo pela diversidade de

43

experiências, pesquisas, estudos voltados ao tema que durante séculos foram

desenvolvidos.

Diante da aceleração do mundo em que vivemos faz-se necessário,

antes de tudo, uma retrospectiva histórica com teóricos que deixam registrados

suas pesquisas, inquietações a cerca do lúdico e seu valor cultural, para assim

compreendermos a ludicidade no contexto em que vivemos, bem como

voltarmos os olhares para os avanços sobre o desenvolvimento humano que

trazem mudanças significativas ao relacionar o brincar, ou seja a ludicidade,

com a dinâmica cerebral.

Conforme Kishimoto (1996), durante um longo período o jogo infantil foi

considerado apenas no aspecto recreativo. Na antigüidade greco-romana, o

jogo infantil foi visto como recreação aparecendo vinculado ao relaxamento

necessário as atividades escolares que exigiam esforço físico e intelectual. Já

na Idade Média, o jogo assumiu o significado de algo “não sério”, pois estava

associado ao jogo de azar. A partir do Renascimento, o jogo foi utilizado para a

disseminação dos princípios morais, ética e informações nas áreas de história

e geografia, principalmente. No Renascimento a brincadeira é colocada como

comportamento livre que facilita o desenvolvimento da inteligência e do estudo.

Segundo a autora, foi a partir do século XX que o brinquedo educativo

(pedagógico), foi considerado como um aliado no processo ensino

aprendizagem, desenvolvendo e educando a criança de maneira prazerosa.

.

Froebel foi um dos primeiros educadores a considerar o início da

infância como uma fase decisiva na formação das pessoas. Influenciado pelas

teorias e ideologias do liberalismo e nacionalismo, onde se almejava um ideal

político de liberdade, ele propôs mudança de concepções sobre as crianças e o

modo de ensinar no ambiente escolar. Este foi fundador dos jardins-de-

infância, destinado aos menores de 8 anos, onde predominavam as atividades

práticas auto regadas pelos interesses e desejos da criança.Concebendo o

poder de cria inato na criança, assim, Froebel introduziu o jogo no contexto

educativo como necessário para o trabalho pedagógico.

44

... A brincadeira é a atividade espiritual mais pura

do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da

vida humana enquanto um todo - da vida natural interna

no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade,

contentamento, descanso externo e interno, paz com o

mundo... A criança que brinca sempre, com determinação

auto-ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física,

pode certamente tornar-se um homem determinado,

capaz de auto-sacrifício para a promoção do seu bem e

de outros... Como sempre indicamos, o brincar em

qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de

profunda significação. (Froebel, 1912c,p55).

No início do século XX, Henry Wallon, destacou-se ao realizar estudos

sobre a relação entre o brincar e o desenvolvimento infantil. Para Wallon, o

jogo é espontâneo e expressivo. É no brincar que a criança expressa seus

sentimentos, a identificação com determinadas pessoas leva a criança a

assumir papéis, buscando saciar sua curiosidade com relação ao mundo que a

cerca. Não são todas as pessoas ou situações que são imitadas, apenas

aquelas que a criança considera importante, podemos desta forma afirmar que

há uma carga afetiva na brincadeira infantil.

Neste milênio, vários estudos voltados para áreas humanas vêm

contribuindo com quebras de paradigmas existentes sobre o lúdico e a relação

desde com a vida humana do nascimento até a fazer adulta.

Santos (2008) destaca dois estudos que têm merecido uma atenção

especial: O estudo do cérebro humano e A ludicidade.Segundo a autora, ao ser

desvendado alguns segredos da mente humana, já se pode inferir por que o

brincar por tanto tempo sedo considerado como pejorativo, não tendo status na

sociedade, e, portanto, sendo permitido em certos momentos e lugares, não

45

merecendo a atenção do pensamento lógico racional.No estudo do

mapeamento cerebral foi determinado que o brincar está localizado no

quadrante superior do hemisfério direito do cérebro. Como se sabe, a mente

humana tem um potencial ilimitado e o homem usa muito pouco deste

potencial, inúmeras pesquisas apontam um percentual de utilização do cérebro

que varia de 1% a 10%.Destes 10%, analisando os paradigmas vigentes,

percebe-se que a racionalidade ocupa grande parte deste percentual, ficando

cada vez mais claro o quanto o ser humano não se utiliza da ludicidade como

uma estratégia de desenvolvimento.

Atualmente, os estudos nos permitem colocar num mesmo nível a razão

e emoção, fazendo com que o lúdico não seja apenas uma característica da

infância, onde o brincar seria apenas uma descontração. A mudança de

paradigma faz com que o lúdico assuma um caráter mais científico,

repercutindo em vários campos da sociedade.

Santos (2008) ressalta, que ser lúdico significa usar mais o hemisfério

direito do cérebro e, com isso, dar uma nova dimensão à existência humana,

baseado em novos valores e novas crenças que se fundamentam em

pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca

da afetividade, o autoconhecimento, a arte do relacionamento, a cooperação, a

imaginação e a nutrição da alma.

Embora o lúdico sempre tenha estado presente em nossas vidas, no

cotidiano infantil, este é um campo novo da ciência, onde se faz necessário

buscar na teorização fundamentos que justifiquem o uso do lúdico como

viabilizador para o desenvolvimento e aprendizagem no meio educacional.

Santos(2008, p15), coloca que “a educação pela via da ludicidade

propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema

de aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da

instrução.”

46

1.1- O lúdico numa perspectiva sócio-histórica

O momento histórico vivido por Vygotsky, na Rússia pós-Revolução,

contribuiu para definir a tarefa intelectual a que se dedicou, juntamente com

seus colaboradores: a tentativa de reunir, num mesmo modelo explicativo,

tanto os mecanismos cerebrais subjacentes ao funcionamento psicológico,

como o desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, ao longo de um

processo sócio-histórico (OLIVEIRA, 1993).

Segundo Elkonin (1980), o interesse de Vygostsky a respeito da

psicologia do jogo infantil surgiu a partir de seus trabalhos sobre a psicologia

da arte e de seus estudos do desenvolvimento das funções significantes. Este

colocou o jogo como sendo o ponto central para a compreensão do

desenvolvimento psíquico dos pré-escolares. Ainda conforme o autor, Vygotsky

afirmou que a imaginação nasce no jogo e que antes do jogo não há

imaginação.

Seguindo ainda esta linha de pensamento sobre o jogo, Elkonin no

início de 1936 expôs os critérios teóricos sobre o jogo e os primeiros dados

experimentais que haviam sido elaborados por um grupo de psicólogos que

estavam sob sua coordenação, entre eles destacavam-se Vartchavskaia,

Guerchenon, Konnokova e Frádkina. Para o autor, a fonte da atividade lúdica é

a mesma da ação criadora, que” reside sempre na inadaptação, fonte de

necessidades, anseios e desejos”.

Quando a criança brinca assume uma situação imaginária, assumindo

um papel de imitação da vida adulta e atuando no contexto. Neste contexto,

pode-se compreender por que o jogo, o brincar dentro da perspectiva sócio-

histórica deve ser considerado uma atividade socialmente humana com base

num contexto sociocultural a partir do qual a criança recria a realidade

47

utilizando sistemas simbólicos próprios, passando alem de uma atividade

psicológica, atingindo a cultural.

Vygotsky (1991) considera que “a essência da brincadeira é a criação de

uma nova relação entre o campo do significado e o campo de percepção visual

– ou seja, entre situações no pensamento e no campo da percepção” (p.118).

A relação que se estabelece a partir de então, se dá pelo uso que a

criança faz dos signos, tendo a linguagem uma dimensão fundamental como

comportamento de uso de signos mais importante ao longo do

desenvolvimento humano, pois:

A linguagem incorporada à atividade prática da

criança transforma essa atividade e a organiza em linhas

inteiramente novas, produzindo novas relações com o

ambiente, além de nova organização do próprio

comportamento (Vygotsky, 1988).

As funções básicas da linguagem, de intercâmbio social e de

pensamento generalizante, influi nas formas de funcionamento mental,

conduzindo a criança a penetrar tanto no mundo imediato e concreto como nas

representações que faz do mundo.

Segundo Moll (1996), Vygotsky entende que o momento mais importante

do desenvolvimento cognitivo é o momento da aquisição da linguagem pois

quando a linguagem começa a funcionar como signo, regulando o

comportamento, os processos de percepção, memória e pensamento se

transformam significantemente em termos qualitativos.

Para Vygotsky (1991), a criança quando atua sobre o ambiente com o

auxílio da fala, ocorre uma organização do comportamento com novas relações

com o ambiente. Isso propicia o desenvolvimento do intelecto que é à base do

trabalho produtivo, uma forma tipicamente humana do uso de instrumentos.

48

Vygotsky quando se refere ao papel do brinquedo no desenvolvimento

da criança, aplica a palavra brinquedo á brincadeira do "faz-de-conta", como

por exemplo, o brincar de bombeiro, de casinha ou de escolinha. Ao se

envolver nesta brincadeira, a criança utiliza a linguagem adequada e participa

de atividades importantes, adquire experiência, conhecimento e assimila os

hábitos ou costumes culturais.

...a criança opera com significados dos objetivos e

ações aos quais estão habitualmente vinculados;

entretanto, uma contradição muito interessante surge,

uma vez que, na brincadeira, ela inclui também ações

reais e objetos reais. Isto caracteriza a natureza de

transição d atividade da brincadeira: é um estágio entre as

restrições puramente situacionais da primeira infância e o

pensamento adulto, que pode ser totalmente desvinculado

de situações reais. (Vygotsky, 1991)

Elkonin (1980), em seus estudos baseados nas teorias de Vygotsky,

reafirma que “o fundamental do jogo protagonizado em forma descolada não é

o objeto, nem seu uso, nem a mudança de objeto que o homem possa fazer,

mas acima de tudo as relações que as pessoas estabelecem mediante suas

ações com os objetivos; as é a relação homem-objeto, mas a relação homem-

homem”.

Segundo Oliveira (1993), o grupo cultural, onde um indivíduo se

desenvolve, possibilita as formas de perceber e organizar o real, formas estas

que se constituirão nos instrumentos psicológicos que farão a mediação entre o

sujeito e o mundo. Os grupos sociais onde as crianças se desenvolvem

possibilitam a geração de adultos que operam psicologicamente de forma

distinta, conforme o modo da cultura construída na ordenação do real.

49

Para Oliveira (1993), na relação homem com o mundo, as

representações mentais da realidade (exterior) se constituem nos principais

mediadores dessa interação. Por esse motivo, é salientada a necessidade da

criação e utilização dos instrumentos e signos externos como mediadores da

atividade humana. No decorrer do desenvolvimento, os signos passam a ser

utilizados por todos os indivíduos do grupo social, favorecendo a comunicação

entre as pessoas e propiciando a melhoria das relações sociais.

Segundo Vygotsky (1991), o brinquedo cria uma zona de

desenvolvimento proximal, assumindo um papel de extrema importância no

desenvolvimento das capacidades infantis, pois possibilita à criança, formas de

comportamento e desempenho diferenciado, muitas vezes não habitual de

acordo com a sua idade.

Vygotsky (1991) , diz que “O que a criança pode fazer com o auxílio dos

adultos, poderá fazê-lo amanhã por si só. A área de desenvolvimento potencial

permite-nos, pois, determinar os futuros passos d criança e a dinâmica do seu

desenvolvimento, e examinar não só o que o desenvolvimento já produziu, mas

também o que produzirá no processo de maturação”.

Para Oliveira (1993), a mediação ocorre numa relação onde há a

intervenção de um elemento intermediário, portanto, esta relação passa a ser

mediada por este elemento deixando de ser direta. No caso de uma pessoa

com a intenção de colocar o dedo na chama de uma vela, retira-o quando ouve

alguém dizer que irá se queimar. Assim, a relação estará sendo mediada pela

intervenção desse outro indivíduo. Caso fosse uma relação direta, seria (vela X

indivíduo) preciso que o calor provocasse dor para que o dedo fosse retirado. A

mediação acrescenta um ponto a mais na interação organismo X meio. No

decorrer do desenvolvimento, as relações mediadas são superiores as relações

diretas. Sendo assim, para Vygotsky, a relação homem X mundo é

fundamentalmente uma relação mediada e não direta.

50

Estas são algumas entre tantas contribuições de Vygotsky quanto à

teoria psicológica do jogo, onde explicita a origem social e cultural do jogo e a

unidade fundamental e indivisível da evolução da forma do jogo é o papel e as

ações a ele ligadas. Sendo assim, “uma das motivações principais do jogo é

obrar como um adulto. Não é ser adulto, mas agir como os adultos”. (Elkonin,

1980).

CAPITULO II

A BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO VIABILIZADOR DE

APRENDIZAGEM

Segundo Santos (1995), a brinquedoteca nasceu no século XX e é uma

nova instituição que garante à criança um espaço que facilite o ato de brincar.

Esse espaço se caracteriza pela existência de um conjunto de brinquedos,

jogos e brincadeiras e oferece aos seus usuários um ambiente agradável,

alegre e colorido, onde a importância maior é a ludicidade que os brinquedos

proporcionam. A brinquedoteca coloca ao alcance da criança inúmeras

atividades que possibilitam a ludicidade individual e coletiva, permitindo que ela

construa seu conhecimento próprio. Todas as brinquedotecas possuem como

objetivo o desenvolvimento das atividades lúdicas e a valorização do brincar,

independentemente do tipo e local onde estejam instituídas, sejam numa

escola, num hospital, num bairro, numa clínica ou numa universidade. A

brinquedoteca mostra o perfil da comunidade que lhe deu origem, tendo cada

função estabelecida, onde o acervo de jogos e brinquedos é utilizado para

atingir os objetivos propostos.

51

A brinquedoteca passou a ser conhecida e mais amplamente divulgada

na Europa, a partir dos anos 60 e no Brasil em 80, estimulando instituições a

destinarem a atenção ao brincar.

Em abril de 1985, é fundada, por professores e profissionais da área de

Educação, a ABB - Associação Brasileira de Brinquedotecas, entidade sem fins

lucrativos, para desenvolver trabalhos relativos à criança e o brinquedo.

Embora tenha surgido com objetivos de empréstimo de brinquedos e

espaço para brincar, a brinquedoteca vai além disso, nela a criança tem a

oportunidade de experimentar e conhecer, explorar e manipular objetos que

nem sempre fazem parte de seu convívio diário, vivenciando experiências

diferentes e compartilhadas.

De acordo com Cunha (1997), a brinquedoteca brasileira difere das

chamadas "Toy Libraries" porque é um espaço onde acontece uma interação

educacional. A autora coloca que “ a brinquedoteca provoca reflexões e, por

despertar pais e educadores para uma nova maneira de considerar a atividade

infantil, provoca alterações em escalas de valores. Pelos simples fato de existir,

a brinquedoteca é um testemunho de valorização da atividade lúdica das

crianças.

Ainda segundo Cunha (1997), os objetivos de uma brinquedoteca são

estabelecidos a partir das finalidades do trabalho a serem desenvolvidas neste

espaço, podendo assim ser enumerados:

1. Proporcionar um espaço onde a criança possa brincar sossegada,

sem cobranças e sem sentir que está atrapalhando ou perdendo tempo;

2. Estimular o desenvolvimento de uma vida interior rica e da

capacidade de concentrar a atenção;

3. Estimular a operatividade das crianças;

4. Favorecer o equilíbrio emocional;

52

5. Dar oportunidade à expansão de potencialidades;

6. Desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade;

7. Proporcionar acesso a um número maior de brinquedos, de

experiências e de descobertas;

8. Dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar;

9. Incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora de

desenvolvimento intelectual, emocional e social;

10. Enriquecer o relacionamento entre as crianças e suas famílias;

11. Valorizar os sentimentos afetivos e cultivar a sensibilidade.

Para a pesquisadora e professora Tizuko Morchida Kishimoto,

normalmente são creches, escolas maternais e jardins de infância que adotam

brinquedotecas com fins pedagógicos. Existem também colégios que as

implantaram visando possibilitar apoio aos professores. São brinquedotecas

que possuem jogos no acervo e espaço livre para brincar, suprindo as

necessidades docentes. Ksihimoto caracteriza as brinquedotecas da seguinte

forma:

1. Brinquedotecas escolares: são organizadas em um setor da

escola, os alunos brincam e escolhem os jogos e brinquedos. Possui a função

basicamente pedagógica;

2. Brinquedotecas comunitárias: servem determinadas

comunidades, funcionando como bibliotecas circulantes, em um caminhão ou

ônibus que leva brinquedos a diferentes locais. As crianças podem, por um

determinado período de tempo, ter contato com diversos brinquedos. Mantidas

por associações, prefeituras ou organizações sem fins lucrativos, permitem à

criança um espaço para expressar a cultura infantil e propiciam a integração

social;

3. Brinquedotecas hospitalares: instituídas em um departamento do

hospital onde as crianças hospitalizadas têm a disposição brinquedos, que

podem ser levados ou não para os leitos dependendo das condições clínicas

53

do paciente. Auxiliam na recuperação e amenizam o trauma psicológico da

hospitalização através de atividades lúdicas;

4. Brinquedotecas universitárias: organizadas no ambiente

universitário para funcionar nos moldes de uma biblioteca de brinquedos e

materiais pedagógicos, para uso dos profissionais da educação e

pesquisadores. Tem como objetivo fornecer subsídios para a prática

pedagógica através dos brinquedos, desenvolvendo pesquisas que ressaltem a

importância dos jogos e brinquedos para a educação;

5. Brinquedotecas em bibliotecas: organizadas e mantidas por

bibliotecas públicas ou particulares. No Brasil, em geral, não realizam

empréstimo de brinquedos. Em bibliotecas públicas, geralmente são instituídas

através de campanhas de doações de brinquedos. Utilizam o espaço com

liberdade para a criança brincar com brinquedos artesanais, confeccionados

em oficinas oferecidas pela própria biblioteca ou com brinquedos mais

sofisticados, tais como os eletrônicos.

Segundo Negrine (1997), a brinquedoteca está sendo considerada como

uma das formas inovadoras atuais de pensar pedagógico, devido o

reconhecimento da importância da inclusão das atividades lúdicas no processo

de desenvolvimento do indivíduo.

Santos (1997), relata que uma brinquedoteca não significa apenas uma

sala com brinquedos, mais em primeiro lugar, uma mudança de postura frente

à educação. É mudar nossos padrões de conduta em relação à criança; é

abandonar métodos e técnicas tradicionais; é buscar o novo, não pelo

modernismo, mas pela convicção do que este novo representa;é acreditar no

lúdico como estratégia do desenvolvimento infantil.

Conforme Cunha (1997, p22) “a brinquedoteca tem uma mensagem a

dar para a escola porque pode ajudar as crianças a formarem um bom conceito

54

de mundo, um mundo onde a afetividade é acolhida, a criatividade estimulada e

os direitos da criança respeitados”.

Para Muniz (2000, p 86) “existem brinquedotecas em diferentes

contextos. A Brinquedoteca da escola, diferentemente da Brinquedoteca em

outros espaços, estrutura-se de forma organizada no cotidiano escolar. Por

entrar nesta ritualização, ela ocupa um espaço do fazer escolar”.

A primeira idéia que se tem de uma brinquedoteca é um ambiente

repleto de brinquedos coloridos, desejados por muitos e comprado por poucos

por ser acima do orçamento familiar, brinquedos de plásticos, de madeiras uma

variedade que encantaria crianças e adultos. Como colocar Friedman(1994)

“brinquedos que vão realizar sonhos, desmistificar fantasias ou simplesmente

estimular a criança a brincar livremente”.

De acordo com Rodari (1982), por meio das Brinquedotecas avaliamos

nas crianças o seu desenvolvimento, através do acompanhamento, da

observação diária, no que se refere a socialização, a iniciativa, a linguagem, ao

desenvolvimento motriz e buscamos através das atividades lúdicas o

desenvolvimento das suas potencialidades.

A brinquedoteca pode ser organizada a partir de espaços temáticos

para que a criança disponha de varias alternativas de ação, que permitam o

desenvolvimento de atividades diversificadas, criativas e que possam

oportunizar a interação entre as crianças. A divisão do espaço pode ser

variada, conforme descrita abaixo:

Canto do “faz de conta”- se caracteriza por dispor de mobílias infantis

que representem o ambiente doméstico, supermercados, feiras; camarim com

fantasias em geral, maquiagem, etc.

1. Canto de “leitura ou contar histórias”- este espaço pode ser com

almofadas, poltronas onde se faça uso dos livros infantis.

55

2. Canto das “invenções/sucatas”- ambiente onde é possível

construir o brinquedo por meio de sucatas; confeccionar jogos.

3. Teatro- espaço onde se recorre ao uso de fantoches,

apresentação de peças teatrais mediado por professores ou

atividades livres realizadas pelas crianças.

4. Área de psicomotricidade- ambiente com escorregadores,

balanços, túneis, etc.

Kishimoto (2000), apontando os problemas e perspectivas da educação

infantil, coloca que a inclusão de brinquedos no interior da escola requer a

organização de brinquedos de forma peculiar, sem sofisticação, adaptada aos

interesses e necessidades das crianças e que favoreça a recriação da

brincadeira, a cooperação e a expressão da criança. Sugere, ainda, o uso das

linguagens expressivas de forma integrada: artes visuais, plásticas, música,

dança, teatro, movimento e literatura infantil, que devem ser enfatizadas na

prática pedagógica da Educação Infantil.

2.1- O brincar e sua relação com o desenvolvimento e

aprendizagem infantil

Ao longo dos anos, o brincar passou a ser tema de conferências,

pesquisas, estudos que atribuem ao ato de brincar uma variedade de

significações, onde a brincadeira assume a dimensão cultural e social.

De acordo com Leite (1995), brincar, no mundo infantil, representa

descobrir, ter contato com desafios que permitem assistir, ouvir e sentir,

cabendo aos adultos a seleção consciente de que deve ou não deve ser

apresentado às crianças.

56

Para que o brincar se torne parte do trabalho do educativo, é necessário

que o educador entenda que “o brincar oferece-nos a possibilidade de que nos

tronemos mais humanos abrindo uma porta para ermos nós mesmos poder

expressar-nos, transformar-nos, curar, aprender,

crescer”.(Friedmann,2003,p.14)

Vygotsky(1991) vê a brincadeira como a criação de uma zona de

desenvolvimento proximal na criança pois, no brinquedo ela comporta-se de

forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também aprende a

separara objeto de significado.

Na opinião de Santos (2000) tanto Piaget, como Wallon, Vygostsky e

outros, atribuíram ao brincar da criança um papel decisivo na evolução dos

processos de desenvolvimento humano, como maturação e aprendizagem,

embora com enfoques diferentes.

Uma das propriedades definida ao brincar é descrita por Maluf da

seguinte forma:

“O brincar proporciona a aquisição de novos

conhecimentos, desenvolve habilidades de forma natural

e agradável. Ele é uma necessidade básica da criança é

essencial para um bom

desenvolvimento motor e social, emocional e

cognitivo”.(Maluf, 2003)

É o professor, como mediador, que ajuda a estruturar o campo das

brincadeiras na vida das crianças, na educação infantil, organizando sua base

estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos

ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar.

57

Por meio das brincadeiras o professore pode observar e constituir uma

visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada

uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim

como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que

dispõem.

Kishimoto(1999) afirma que:

“...quando as situações lúdicas são intencionalmente

criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de

aprendizagem surge a dimensão educativa.desde que

sejam mantidas as condições para expressão do jogo, ou

seja, a ação intencional da criança para brincar o

educador está potencializando as situações de

aprendizagem”.

Para Elkonin (1980), Vygotsky colocou o jogo como sendo o ponto

central para a compreensão do desenvolvimento psíquico dos pré-escolares.

Segundo este autor, Vygotsky afirmou que a imaginação nasce no jogo e que

antes do jogo não há imaginação.

Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

(1998) é “pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas

por elas mesmas, às crianças podem acionar seus pensamentos para a

resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a

brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem

experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as

pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos” (p.28)

É através do jogo/brincar que a criança passa a estabelecer o convívio

social com outras crianças, brincando ela quebra barreiras de relacionamento,

58

criar oportunidades de convivência em grupo e facilita na interação dialógica

com o adulto.

Winnicott (1975) comenta que, o “não-brincar em uma criança pode

significar que ela esteja com algum problema, o que pode prejudicar seu

desenvolvimento. O mesmo pode-se dizer de adultos quando não brincam ou

quando proíbem ou inibem a brincadeira nas crianças, privando-as de

momentos que são importantes em suas vidas, e nas dos adultos também”.

Segundo Cunha (1997), o adulto trabalhador de amanhã, é hoje a

criança que brinca muito. A criança que hoje participa de jogos e brincadeiras

saberá trabalhar em grupo amanhã. Se hoje aprende a aceitar as regras do

jogo, amanhã será capaz de respeitar as normas sociais. A criança trabalha

enquanto brinca e o brinquedo é o instrumento que proporciona o exercício das

capacidades necessárias a um adulto bem sucedido. Se a criança brinca,

habitua-se a construir um tempo livre de criatividade. Sendo este hábito bem

cultivado, trará satisfação e assim, na maturidade, haverá uma predisposição

espontânea para o trabalho.

CAPITULO III

DESCRIÇÃO DA PESQUISA

59

A investigação a cerca da qualidade das atividades lúdicas

desenvolvidas no espaço da brinquedoteca da Escola “Casa de brinquedos”,

com alunos do jardim I-C, foi iniciada dia 05 de setembro de 2008, a partir do

contato com a equipe técnica e pedagógica.

Para realização desta pesquisa foi utilizado como instrumentos

questionários (anexo 07) aplicado aos professores e guia de observação

(anexo 10) que serviram para analisar os indicadores 1,2,3,4 e 5.

Como evidências da qualidade do mobiliário, espaço da brinquedoteca,

dos jogos, brinquedos e atividades lúdicas utilizou-se fotos (anexos 11 a 13),

questionários(anexo 07), lista de comprovação(anexos 08 e 09) e guia de

observação(anexos 10 ).

Primeiramente, foi apresentada a coordenação pedagógica e gestora da

escola “Casa de Brinquedos” o plano de avaliação (vide anexo 14), e

explanação das pretensões acerca das atividades a serem desenvolvidas

dentro do ambiente escolar.

Os dias e horas para a investigação foram estabelecidos pela

coordenadora pedagógica da escola, onde ficou acordado que seria avaliado

somente um turno e as idas a escola se daria uma vez por semana, com dias e

horas estabelecidos pela coordenação pedagógica da escola. A avaliação a

cerca da qualidade das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca,

seguiu o cronograma estabelecido pela escola até o dia 12 de dezembro,

encerramento do ano letivo, perfazendo um total de 39 dias.

Com a aquiescência da equipe pedagógica para a realização da

avaliação na brinquedoteca, partiu-se para o reconhecimento do espaço

destinado a brinquedoteca e seu funcionamento, assim como um levantamento

inicial dos brinquedos e jogos existentes na mesma.

60

Após este momento, se fez necessário um novo levantamento

bibliográfico com a finalidade de subsidiar a pesquisa.

Com a pesquisa referente ao tema refeita e conhecendo o

funcionamento da brinquedoteca, partiu-se para a escolha de um sistema que

classificasse os jogos e brinquedos, com o propósito de analisar as atividades

lúdicas como mais um recurso pedagógico, e que mais se aproximava dos

objetivos da pesquisa. Assim optou-se pelo sistema de classificação ESAR

(anexo 01), que qualifica a utilidade dos brinquedos e jogos. Esta classificação

se limitou a descrição física do jogo, atividade lúdica, conduta cognitiva,

habilidades funcionais e atividade social. Para analisar as atividades lúdicas,

foram selecionados dois jogos para aplicação entre os alunos, os quais foram

divididos por grupos e as atividades foram mediadas pelo monitor, onde o jogo

e o brincar, vivenciado neste espaço, foram vistos como um momento de

experimentação de regras, ou seja, observar a capacidade do aluno de

respeitar e seguir regras, de troca de experiências, de interação social e de

comunicação, assim como a correlação das atividades lúdicas com os

conteúdos dados em sala de aula. Coube ao avaliador fazer uma observação

participativa, utilizando o guia de observação como instrumento viabilizador da

pesquisa, para qualificar as atividades lúdicas.

Com os professores, a coleta de informações se deu por meio de

entrevista, usando um questionário com perguntas objetivas, no intuito de obter

a opinião dos mesmos quanto à qualidade das atividades lúdicas

desenvolvidas na brinquedoteca, bem como da qualidade do mobiliário e dos

recursos pedagógicos utilizados na mesma.

3.1- Dificuldades e entraves

61

De início foi cogitada a possibilidade em desistir de pesquisar sobre a

qualidade das atividades lúdicas na brinquedoteca da educação infantil por não

conseguir uma escola para a investigação. A primeira escola a ser escolhida,

na qual passei 08 dias do mês de agosto, não permitiu que a pesquisa

continuasse por julgar que a brinquedoteca não estava apropriada para ser

avaliada e que a mesma seria fechada para reforma. Assim foi necessário

recorrer há mais duas outras escolas, que também se recusaram a ceder o

espaço da brinquedoteca para avaliação, alegando que não constavam no

projeto pedagógico da escola. A quarta escola, na qual a pesquisa finalmente

foi realizada, mostrou-se interessada na investigação.

Após o primeiro contato com a escola “Casa de Brinquedos”, foi

estabelecido pela coordenação pedagógica da escola que a investigação

seguiria um cronograma estipulado pela escola, para que a rotina dos alunos

não fosse modificada por completo, bem como, a avaliadora seria

acompanhada em todas as atividades pela coordenadora pedagógica. Assim, a

pesquisa se deu com dias e horas estabelecido pela coordenação pedagógica,

o qual não favoreceu a investigação, pois quando a coordenação se ausentava

não era permitida a investigação, sendo necessário transferir para outra data.

Outro ponto que interferiu no processo de investigação foi à

mecanicidade como as atividades lúdicas se deram, os alunos eram

convidados pela coordenação a fazerem uma demonstração de como as

atividades eram realizadas na brinquedoteca e na sala de aula.

3.2 – Análise dos resultados

62

Os resultados estão apresentados em duas etapas:

Primeira etapa: refere-se a constataçao dos recursos materiais(jogos e

brinquedo) utilizados na escola apartir da lista de comprovaçao(anexos 8 e

09) e análise dos questionários (vide anexo 07) respondidos pelos professores

da educação infantil. Para apreciação dos dados dos questionários, nesta

primeira análise, foram utilizados gráficos estatísticos em colunas.

Técnica: Entrevista

Instrumentos: Questionário

Tratamentos dos dados: gráficos

Nesta etapa, delimitaram-se as perguntas do questionário a partir dos

enfoques de estandares, de compromisso e de satisfação, para a analise dos

critérios 1 e 2, tendo como padrão de qualidade os estandares(anexo02)

estabelecidos.

Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico

Indicador 1- Correlação das atividades lúdicas com os conteúdos

dados em sala.

Conforme análise dos dados do gráfico 01(anexo 3), 62,5% das

atividades lúdicas, realizadas na brinquedoteca, são correlacionada aos

conteúdos dados em sala de aula. Os estandares de qualidade para este

indicador é de que 80% das atividades lúdicas deveriam estar relacionadas aos

conteúdos dados em sala de aula. Constatando que os valores encontrados

estão aquém do valor estabelecido como ideal.

Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico

Indicador 2- Atividades lúdicas permitem desenvolver a

capacidade de respeitar e seguir regras.

63

Os dados estatísticos do gráfico 02(vide anexo 3) demonstram que

apenas 62,5% das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca,

permitem desenvolver a capacidade de respeitar e seguir regras, o que não

cumpre em opinião ao padrão de qualidade estabelecido na pesquisa que é de

70%..

Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos

Indicador 3- Brinquedos e jogos em bom estado de conservação

Conforme análise dos brinquedos a partir do gráfico 3(anexo 04),

apenas 12,5% dos brinquedos estão em bom estado de conservação,

enquanto que os dados contidos no gráfico 04(anexo 04) , revelam que 62,5%

dos jogos foram considerados em bom estado de conservação. Os dados

constatados nos gráficos 3 e 4 estão abaixo do padrão de qualidade

estabelecido para esta pesquisa, onde tanto os jogos quanto os brinquedos

deveriam cumprir em 70%. Os jogos aqui analisados estão distribuídos por

todas as salas de aula, uma vez que a brinquedoteca não dispõe de um lugar

para os mesmo.

Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos

Indicador 4. Brinquedos e jogos suficientes para atender aos

alunos

Os dados estatísticos do gráfico 05(anexo 05) revelam na analise dos

brinquedos que, 62,5% dos professores consideram que os brinquedos são

suficientes para atender a todos os alunos de uma mesma turma. Enquanto

que a análise dos jogos no gráfico 06(anexo 05) indica que não há jogos na

brinquedoteca para atender aos alunos, pois os mesmos somente são

utilizados em sala de aula. Em comparação com o padrão de qualidade

estabelecido por esta pesquisa, a quantidade de recursos pedagógicos (jogos e

brinquedos) está aquém do esperado, estabelecido em 70%.

Critério 2-Recursos materiais/pedagógicos

64

Indicador 5. Mobiliário funcional

Conforme os dados apurados no grafico 07(anexo 06), apenas 25% dos

entrevistados consideram o mobiliário(mesas e cadeiras) em uso na

brinquedoteca adaptados aos diferentes jogos e no uso para atividades lúdicas

diversas. Portanto, os dados se mostram abaixo do esperado para o padrão de

qualidade estabelecido em 70%.

Na análise dos dados, ficou constatado que o mobiliário(anexo 06) da

brinquedoteca atende aos tamanhos e necessidades físicas dos alunos em

100%. Atingindo um excelente nível de qualidade, pois o estabelecido como

padrão é de 70%.

Segunda etapa: refere-se à análise do guia de observação (vide anexo

10). A segunda etapa desta pesquisa constituiu-se pela codificação das

sessões de observação das atividades lúdicas correlacionadas com o conteúdo

dado em sala.

Técnica: Observação participativa

Instrumentos: Guia de observação

Tratamentos dos dados: análise dos instrumentos.

Conforme a observação realizada, as atividades dirigidas são

relacionadas com os conteúdos dados em sala, respeitando a conduta

cognitiva da atividade, as habilidades funcionais e atividades sociais. Porém, as

atividades lúdicas não são realizadas na brinquedoteca, todas as atividades

com jogos são feitas em sala de aula.

65

CONCLUSÃO

Conforme constatado, através do quadro de horários e da análise dos

questionários, a brinquedoteca atende a todos os alunos da educação infantil

nas atividades lúdicas. Quanto à correlação das atividades lúdicas com os

conteúdos dados em sala, constatou-se que os valores encontrados estão

aquém do valor estabelecido como ideal. Este resultado retrata que a

brinquedoteca é compreendida como um espaço privilegiado para os alunos

brincarem e terem momentos alegres na brinquedoteca, onde o aluno possa

brincar livremente e sem cobranças. As atividades mediadas ocorrem com

mais freqüência na sala de aula, onde são adotados os jogos. Resultado

confirmado com a observação participativa, onde as atividades feitas em sala

de aula são seguidas de mediação e relacionadas com o conteúdo

programático. Durante a observação, o auxiliar da sala trabalhou os conceitos

de cheio/vazio, leve/pesado, grande/pequeno, sempre rememorando os

conceitos durante todas as atividades. A capacidade de respeitar e seguir

regras são possíveis por meio das atividades lúdicas. Quanto a conservação e

quantidade dos jogos e brinquedos estes foram considerados abaixo do padrão

estabelecidos, ressaltando que os jogos não fazem parte do acervo da

brinquedoteca, estando todos distribuídos pela escola, em salas diversas.

Ainda nos aspectos dos recursos materiais, o mobiliário(mesas e cadeiras) em

uso na brinquedoteca é funcional, no entanto não atende a todas as atividades

desenvolvidas, embora estejam em conformidade com o tamanho e

necessidades físicas dos alunos. Quanto ao nível de satisfaçao dos alunos

estes demonstram satisfaçao ao fazerm uso da briqnuedoteca.

A escola demonstra um enorme interesse em tornar o momento de

aprendizagem mais dinâmico, envolvendo as atividades lúdicas no dia-a-dia

66

dos alunos, como mais um recurso pedagógico, porém cabe salientar que se

faz necessário algumas recomendações para que o brincar, o lúdico faça parte

deste processo de construção do conhecimento de forma mais prazerosa e

como um estimulador da criatividade do aluno.

A correlação dos conteúdos com as atividades lúdicas podem ser feitas

através da exploração dos jogos/brincadeiras na brinquedoteca.

O espaço da brinquedoteca deve favorecer o reencontro e a troca de

experiência entre os alunos, para tanto as atividades teatrais podem favorecer

esta troca, partindo daí para as atividades com jogos/brinquedos.

Cabe aos educadores tornarem o espaço da brinquedoteca um

viabilizador no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, produzirem

conhecimento num ambiente prazeroso como o é a brinquedoteca.

67

BIBLIOGRAFIA

1. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de

Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a

Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.1, v.3.

2. CUNHA, Nylse Helena da Silva. A brinquedoteca brasileira. In:

Santos, Santa Marli Pires Santos (org.)Brinquedoteca: o lúdico em

diferentes contextos/ - Petrópolis, RJ: 8ª ed. Vozes, 1997.

3. ELKONIN, Daniel B. Psicologia Del juego.Madrid: Visor Libros,1980.

4. FROEBEL,Friedrich. The education of man.Ed.Harris,W.T. Trad.

Hailmann,W.N. Nova York:D.Appleton,1912c.[1887].(The

International Seires,v.5). In: Kishimoto, T. M. Froebel e a concepção

de jogo infantil. In:Kishimoto,T. M.(org.)O brincar e suas teorias - São

Paulo:Pioneira Thomson Learning, 2000.

5. FRIEDMAN,Adriana.”A criança na brinquedoteca”.Revista do

Professor de Educaçao Infantil,v.7,1994.

6. KISHIMOTO, T. M. Diferentes tipos de brinquedoteca. In: Friedmann,

A. O direito de brincar: a Brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo: Abrinq,

1996.

7. __. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3ª edição, SP:

Cortez, 1999.

8. __O Brincar e suas teorias - São Paulo: Pioneira Thomson Learning,

2000.

9. LEITE, Disalda;ESTEVES,Acúrsio.Pedagogia do Brincar. 2ª ed. Ed.

Salvador: Artes Contemporânea, 1995

10. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 2ª

ed. Petrópolis-RJ: Vozes,2003.

11. MOLL, Luis C. Vygotsky e a educação: implicações pedagógicas da

psicologia sócio-histórica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996

12. MUNIZ. M.C.S.A brinquedoteca no contexto escolar da educação

infantil.In:Santos,Santa Marli Pires dos.Brinquedoteca:a criança, o

adulto e o lúdico.- Petrópolis, RJ:Vozes, 2000.

68

13. NEGRINE. Airton. Brinquedoteca: teoria e prática. In: SANTOS.

Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes

contextos. Petrópolis: 8ª ed.: Vozes, 1997.

14. OLIVEIRA, M.K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um

processo sócio-histórico.São Paulo: Scipione, 1993.

15. RODARI, Granni., Gramática da Fantasia. São Paulo -SP; Sumus,

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16. SANTOS, Santa Marli Pires dos. (org). A Ludicidade como ciência. 2ª

ed. –Petrópolis,RJ: Vozes,2008.

17. __Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ:

Vozes, 1997.

18. __ Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Vozes, 2ª. Ed. RJ,

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19. SILVA, Edna Lucia. MENEZES, Estera Muszkat (2001). Metodologia

da pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: Laboratório

de Ensino à Distância da UFSC.

20. VYGOTSKY,L.S.A formação social da mente.4.ed.Sao Paulo:Martins

Fontes,1991.

21. __.Pensamento e linguagem.1ª .ed.Sao Paulo:Martins Fontes,1998.

22. WINNICOTT,D.W.”De La dependência a la independência en el

desarollo Del individuo”.In:El proceso de maduración en El

niño.Barcelona:laia,1975.

69

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 – Dados sobre o sistema de classificação de jogos e brinquedos

Anexo 2 – Quadro de Parâmetro de qualidade

Anexos 3,4,5 e 6 – Gráficos

Anexo 7 – Questionários

Anexos 8 e 9 – Lista de comprovação

Anexos 10 e 11 – Guia de observação

Anexos 12 – Evidências –Fotos

Anexos 13 – Plano de pesquisa

70

ANEXO 1

Este método específico de análise de brinquedos e jogos foi

elaborado pela psicóloga canadense Denise Garon em 1982, auxiliada,

posteriormente, por Rolande Filion e por Manon Doucet.

O sistema de classificação ESAR* segundo sua autora, apresenta-

se como um esquema de análise para avaliar a contribuição psicológica e

pedagógica dos acessórios das brincadeiras que as crianças têm

habitualmente à mão. Este esquema se estrutura de acordo com as

etapas de desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta. O

método, embora conte com várias influências teóricas foi elaborado,

principalmente,com base na abordagem piagetiana e apresenta-se em

várias facetas do brincar.

O Sistema ESAR de classificação de brinquedos

Este método específico de análise de brinquedos e jogos foi

elaborado pela psicóloga canadense Denise Garon em 1982, auxiliada,

posteriormente, por Rolande Filion e por Manon Doucet.

O sistema de classificação ESAR* segundo sua autora, apresenta-

se como um esquema de análise para avaliar a contribuição psicológica e

pedagógica dos acessórios das brincadeiras que as crianças têm

habitualmente à mão. Este esquema se estrutura de acordo com as

etapas de desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta. O

método, embora conte com várias influências teóricas foi elaborado,

principalmente,com base na abordagem piagetiana e apresenta-se em

várias facetas do brincar.

71

A primeira faceta descreve a evolução das formas lúdicas

fundamentais e a palavra ESAR é composta precisamente a partir da

primeira letra da palavra que identifica cada uma das categorias desta

faceta :

E para o jogo/brincadeira de Exercício que surge desde primeira

idade a partirdegestos e movimentos sensoriais e motores.

S para o jogo/brincadeira Simbólica onde ocorre a representação de

um objeto por outro, a simulação e o faz de conta.

A para o jogo/brincadeira de Acoplagem/Montagem onde peças

agrupadas passam a fazer parte da construção de um todo com novo

significado.

R para o jogo/brincadeira com Regras simples que se iniciam a

partir dos 4 anos podendo, a partir dos 7 anos, se tornar mais complexas

e vindo a tomar uma forma cada vez mais elaborada na adolescência e na

idade adulta.

* Fonte: GARON, Denise – “Classificação e Análise de Materiais

Lúdicos” - in Friedmann, Adriana - O Direito de Brincar : A Brinquedoteca

– Ed. Scritta – São Paulo- 1992

36

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38

ANEXO 3

GRAFICOS 1 E 2

Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico

Indicador 1- Correlação das atividades lúdicas com os conteúdos dados

em sala.

Gráfico 01

Critério 1- Atividades lúdicas como recurso pedagógico

Indicador 2- Atividades lúdicas permitem desenvolver a capacidade de

respeitar e seguir regras.

Gráfico 2

62,5%

37,5%

0123456

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de compromisso

Pergunta da avaliaçao 2.As atividades lúdicas, desenvolvidas na brinquedoteca, são correlacionadas aos conteúdos dados em sala de aula

62,5%

37,5%

0

2

4

6

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 4.As atividades lúdicas, desenvolvidas na brinquedoteca, permitem ao aluno deenvolver a capacidade de respeitar e seguir regras?

39

ANEXO 4

GRÁFICOS 3 E 4

Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos

Indicador 3- Brinquedos e jogos em bom estado de conservação

Gráfico 3- Análise dos brinquedos

Gráfico 4 - Análise dos jogos

12,5%

87,5%

0

5

10

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 7.Os brinquedos estão em bom estado de conservaçao?

40

ANEXO 5

GRÁFICOS 05 E 06

Critério 2. Recursos materiais/pedagógicos

Indicador 4. Brinquedos e jogos suficientes para atender aos alunos

Gráfico 05- Análise dos brinquedos

62,5%

37,5%

0

2

4

6

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 7. Os jogos estão em bom estado de conservaçao?

41

Gráfico 06– Análise dos jogos

62,5%

37,5%

0123456

SIM NÃO

Enfoque de cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 8. A brinquedoteca possui em seu acervo brinquedos suficientes para atender à todos os alunos de uma mesma turma?

0%

100%

02468

10

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 8. A brinquedoteca possui em seu acervo jogos suficientes para atender à todos os alunos de uma mesma turma?

42

ANEXO 6

GRÁFICOS 07E 08

Critério 2-Recursos materiais/pedagógicos

Indicador 5. Mobiliário funcional

Gráfico 07- Mobiliário adequado as diferentes atividades lúdicas

Gráfico 08- Mobiliário atende aos tamanhos e necessidades físicas dos

alunos

25%

75%

0

2

4

6

8

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 9.O mobiliário da brinquedoteca é funcional, adaptado aos diferentes jogos e atividades diversificadas?

100%

0%0

5

10

SIM NÃO

Enfoque de Cumprimento de Compromisso

Pergunta da avaliaçao 9.O mobiliário da brinquedoteca é adaptado aos diferentes tamanhos e necessidades físicas dos alunos?

43

ANEXO 7

QUESTIONÁRIOS

Este instrumento de investigação tem o propósito avaliar a

qualidade das atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca da

Escola “Casa de brinquedos”, bem como analisar a qualidade dos

recursos materiais e pedagógicos utilizados na brinquedoteca. O

instrumento é constituído por perguntas objetivas. De antemão, agradeço

a colaboração dos participantes na contribuição para esta pesquisa.

A brinquedoteca como ambiente de aprendizagem SIM NÃO

A brinquedoteca atende a todos os alunos da

educação infantil?

As atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca

são correlacionadas aos conteúdos dados em sala de

aula?

As atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca

permitem aos alunos desenvolver a capacidades de

respeitar e seguir regras?

As atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca

são adequadas às idades dos alunos?

44

Os alunos demonstram satisfação ao fazerem uso da

brinquedoteca?

As atividades lúdicas realizadas na brinquedoteca são

mediadas pelos professores?

As atividades com jogos são realizadas na

brinquedoteca?

Para uso da brinquedoteca há dias e horas regulares

para cada turma?

As atividades lúdicas na brinquedoteca favorecem o

reencontro e a troca entre os alunos de turmas

diferentes?

Quanto aos recursos materiais e pedagógicos da

brinquedoteca

SIM NÃO

A brinquedoteca possui em seu acervo brinquedos

suficientes para atender aos alunos de uma mesma

turma?

A brinquedoteca possui em seu acervo jogos

suficientes para atender aos alunos de uma mesma

turma?

Os brinquedos estão em bom estado de conservação?

Os jogos estão em bom estado de conservação?

O mobiliário (mesas, cadeiras e estantes) é adaptado

aos diferentes tamanhos e necessidades físicas dos

alunos?

O mobiliário (mesas e cadeiras) da brinquedoteca é

funcional, utilizado para aplicação dos jogos e demais

atividades lúdicas?

Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes

ANEXO 8

LISTA DE COMPROVAÇÃO

45

Este instrumento de avaliação tem o propósito de registrar as

observações a cerca da presença ou ausência de recursos

materiais/pedagógicos na brinquedoteca, bem como o estado de

conservação dos mesmos.

RECURSOS MATERIAIS/

PEDAGÓGIGOS

Presente

Ausente

Estado de conservação

Ótim

o

Bom Razoáve

l

Ruim

Móveis (mesas e cadeiras) de

tamanho apropriado a faixa etária

dos alunos.

Móveis (mesas e cadeiras)

suficientes para atender a todos os

alunos de uma mesma turma.

Móveis (estantes e armários)

suficientes para armazenamento

dos brinquedos.

Móveis (estantes e armários) de

tamanho adaptado aos alunos.

Brinquedos diversos na

brinquedoteca

Jogos diversos na brinquedoteca

Espaço da brinquedoteca amplo.

Espaço na brinquedoteca para

atividades de faz-de-conta

Espaço na brinquedoteca para

atividades psicomotoras

Espaço na brinquedoteca para

teatro

Espaço na brinquedoteca para

atividades no playground

Área externa com tangue de areia.

Área externa para atividades lúdicas

diversas.

Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes

46

ANEXO 9

LISTA DE COMPROVAÇÃO

Este instrumento de avaliação tem o propósito de registrar as

observações a cerca da presença ou ausência de recursos lúdico-

pedagógicos na brinquedoteca, bem como o estado de conservação dos

mesmos.

Recurso lúdico-

pedagógico

Presente

Ausente

Estado de conservação

Ótimo Bom Razoável Ruim

Jogos de exercício:

Sensório motor

Sensório visual

Sensório sonoro

Sensório tátil

Sensório olfativo

Sensório gustativo

Sensório de

manipulação

47

Jogos simbólicos:

Jogos de associações

Jogos de linguagem

Jogos de

representações

Jogos para armar:

Jogos de construções

Jogos de disposições

Jogos de montagens

Jogos de encaixe

Jogos de regras

simples:

Jogos de loteria

Jogos de dominó

Jogos de seqüência

Jogos de circuito

Jogos de habilidades

Jogos de perguntas e

respostas

Jogos matemáticos

Teatro

Jogos de regras

complexas:

Jogos de reflexão

Jogos de estratégia

Jogos de vocabulário

complexo

Jogos de armar

complexo

Representação teatral

em palco

Brinquedos:

Bonecas

48

Carros

Caminhões

Utensílios domésticos

Casa de boneca

Mini geladeira

Mini armário de cozinha

Mini fogão

Balde

Bola

Brinquedos de sucatas

Brinquedos construídos

pelos alunos

Brinquedos de papelão,

papel, plástico

Piscina de bolinhas

Escorregador

Peças de obstáculos

para atividades

psicomotoras

Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes

49

ANEXO 10

Guia de Observação

Este guia de observação tem a finalidade de classificar as

atividades lúdicas desenvolvidas na brinquedoteca e análise das mesmas

como mais um recurso para o processo de construção da aprendizagem

do aluno. Como embasamento teórico para utilização deste instrumento

foi usado o sistema ESAR de classificação e análise de jogos e

brinquedos.

______________________________________________

Nome:___________________________________________________________________

50

Descrição Física:_________________________________________________________

Escolha das palavras chaves

Atividade lúdica:_________________________________________________________

Conduta cognitiva:________________________________________________________

Habilidades

funcionais:_____________________________________________________

Atividades sociais:________________________________________________________

Condutas

afetivas:_________________________________________________________

Avaliadora: Fabiana Carla Barreto Mendes

51

An

exo

11

EV

IDÊ

NC

IAS

- F

oto

s

Alu

no

s d

a ed

uca

ção

infa

nti

l jar

dim

I-C

As

ativ

idad

es c

om

jog

os

não

são

rea

lizad

as n

a b

rin

qu

edo

teca

, são

fei

tas

em s

ala

de

aula

.

Ati

vid

ade

com

bar

ban

te e

peç

as e

m m

adei

ra. A

tivi

dad

es m

edia

das

pel

a m

on

ito

ra d

a sa

la

Nes

te m

om

ento

o in

stru

men

to u

tiliz

ado

pel

a p

esq

uis

ado

ra f

oi u

m g

uia

de

ob

serv

ação

.

Ati

vid

ade

com

peç

as e

m m

adei

ra e

m f

orm

as g

eom

étri

cas.

.

52

AN

EX

O -

12

Ati

vid

ades

na

bri

nq

ued

ote

ca

Esp

aço

cas

a d

e b

on

ecas

Ob

jeto

s u

sad

o n

as a

tivi

dad

es d

e fa

z d

e co

nta

53

AN

EX

O 1

3

Esp

aço

par

a as

ati

vid

ades

psi

com

oto

ras

54

Os

jog

os,

suca

tas,

tin

tas

e al

gu

ns

bri

nq

ued

os

são

arm

azen

ado

s em

um

am

bie

nte

fo

ra d

a b

rin

qu

edo

teca

55

A

NE

XO

14-

PA

NO

DE

PE

SQ

UIS

A

Alu

no

(a):

FA

BIA

NA

CA

RL

A B

AR

RE

TO

ME

ND

ES

Mat

rícu

la:

3162

4

Cu

rso

:ED

UC

AO

INF

AN

TIL

E D

ES

EN

VO

LV

IME

NT

O

TE

MA

A B

RIN

QU

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EC

A C

OM

O R

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UR

SO

PE

DA

GIC

O N

A E

DU

CA

ÇA

O IN

FA

NT

IL

TÍT

UL

O

A B

RIN

QU

ED

OT

EC

A C

OM

O R

EC

UR

SO

PE

DA

GIC

O N

A C

ON

ST

RU

ÇA

O D

O C

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HE

CIM

EN

TO

DO

AL

UN

O

DA

ED

UC

AO

INF

AN

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, NA

ES

CO

LA

“C

AS

A D

E B

RIN

QU

ED

OS

PR

OB

LE

MA

A b

rin

qu

edo

teca

vem

gan

han

do

esp

aço

no

am

bie

nte

esc

ola

r p

elo

no

vo p

arad

igm

a d

e ap

ren

der

bri

nca

nd

o,

on

de

apre

nd

izag

em s

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aria

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mo

do

pra

zero

so e

inte

rati

vo, n

o e

nta

nto

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ue

vem

oco

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do

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ue

a

bri

nq

ued

ote

ca t

em s

ido

vis

ta s

om

ente

co

mo

par

te p

aisa

gís

tica

da

esco

la,o

nd

e n

ão g

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te u

ma

po

stu

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lúd

ico

-ped

agó

gic

a n

a su

a es

sên

cia,

ap

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ten

ta p

assa

r u

m im

agem

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esco

la m

od

ern

a.A

bri

nq

ued

ote

ca,

nes

te c

on

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o, n

ão t

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pre

nd

izag

em m

ais

din

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a e

atra

tiva

, bem

co

mo

, não

corr

elac

ion

am a

pre

nd

izag

em c

om

bri

nca

r, s

end

o o

esp

aço

da

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nq

ued

ote

ca u

tiliz

ado

co

mo

mo

men

to

recr

eati

vo p

ara

o a

lun

o e

de

des

can

so p

ara

o p

rofe

sso

r, d

a m

esm

a fo

rma

qu

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lúd

ico

era

tra

tad

o n

as

teo

rias

do

séc

ulo

pas

sad

o. N

este

pri

sma,

cab

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seg

uin

te in

dag

ação

:

As

ativ

idad

es lú

dic

as d

esen

volv

idas

na

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nq

ued

ote

ca c

on

trib

uem

co

m o

pro

cess

o d

e co

nst

ruçã

o d

a

apre

nd

izag

em d

o a

lun

o d

a ed

uca

ção

infa

nti

l?

56

JUS

TIF

ICA

TIV

A

Ref

leti

r e

rep

ensa

r a

prá

tica

ed

uca

cio

nal

a p

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r d

a b

rin

cad

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co

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a u

m p

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sso

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do

con

hec

imen

to m

ais

cria

tivo

e d

inâm

ico

. B

rin

can

do

, a c

rian

ça e

xper

imen

ta, d

esco

bre

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ein

ven

ta,

des

envo

lve

suas

hab

ilid

ades

, es

tim

ula

su

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rio

sid

ade,

co

nfi

ança

, au

to-e

stim

a, in

tera

ção

so

cial

,

favo

rece

nd

o a

ssim

, na

con

stru

ção

de

sua

ling

uag

em, n

o d

esen

volv

imen

to d

o p

ensa

men

to, n

a at

ençã

o e

na

cap

acid

ade

de

des

emp

enh

ar a

tivi

dad

es c

ole

tiva

s.

A p

esq

uis

a se

just

ific

a p

ela

nec

essi

dad

e d

e ev

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ciar

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ati

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ades

lúd

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iad

as, r

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adas

na

bri

nq

ued

ote

ca a

par

tir

da

corr

elaç

ão d

os

jog

os

e b

rin

cad

eira

s co

m o

s co

nte

úd

os

aplic

ado

s, c

on

trib

uem

e

favo

rece

m c

om

o p

roce

sso

de

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ação

do

co

nh

ecim

ento

no

alu

no

.On

de

o b

rin

car

pas

sar

a se

r u

ma

pro

po

sta

ped

agó

gic

a, i

nco

rpo

ran

do

o lú

dic

o c

om

o e

ixo

co

nd

uto

r d

o d

esen

volv

imen

to d

a cr

ian

ça,

pro

du

zin

do

um

cu

rríc

ulo

mai

s d

inâm

ico

, co

m u

ma

apre

nd

izag

em m

ais

pra

zero

sa e

mo

tiva

do

ra t

anto

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a o

edu

cad

or

qu

anto

par

a o

alu

no

.

OB

JET

IVO

GE

RA

L

• A

nal

isar

se

as a

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dad

es lú

dic

as m

edia

das

, des

envo

lvid

as n

a b

rin

qu

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teca

, co

ntr

ibu

em c

om

o

pro

cess

o d

e co

nst

ruçã

o d

a ap

ren

diz

agem

do

alu

no

da

edu

caçã

o in

fan

til.

57

OB

JET

IVO

S

ES

PE

CÍF

ICO

S

• Id

enti

fica

r as

var

iáve

is d

o e

stu

do

cie

ntí

fico

, in

clu

ind

o a

s id

éias

, exp

eriê

nci

as e

pen

sam

ento

s d

e au

tore

s re

con

hec

ido

s n

o c

amp

o d

a lu

dic

idad

e.

• C

orr

elac

ion

ar a

s at

ivid

ades

lúd

icas

med

iad

as, r

ealiz

adas

na

bri

nq

ued

ote

ca, c

om

a a

plic

ação

do

cu

rríc

ulo

uti

lizad

o n

a ed

uca

ção

infa

nti

l, co

mo

rec

urs

o n

a co

nst

ruçã

o d

a ap

ren

diz

agem

.

• A

veri

gu

ar a

qu

alid

ade

do

mo

bili

ário

e d

os

recu

rso

s m

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iais

/ped

agó

gic

os

(jo

go

s e

bri

nq

ued

os)

ex

iste

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s n

a b

rin

qu

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teca

• Id

enti

fica

r o

pen

sam

ento

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s d

oce

nte

s d

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sco

la “

Cac

a d

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rin

qu

edo

s”, q

uan

to à

co

ntr

ibu

ição

das

at

ivid

ades

lúd

icas

na

pro

mo

ção

de

apre

nd

izag

ens

sig

nif

icat

ivas

.

HIP

ÓT

ES

E

Acr

edit

a-se

qu

e ap

esar

de

ain

da

hav

er c

erta

fal

ta d

e co

nh

ecim

ento

das

div

ersa

s p

oss

ibili

dad

es d

idát

icas

na

área

da

lud

icid

ade,

a a

pre

nd

izag

em p

or

mei

o d

o lú

dic

o é

um

a p

ost

ura

ino

vad

ora

on

de

o p

arad

igm

a é

um

sist

ema

qu

e co

nd

uz

a u

ma

con

cep

ção

de

edu

caçã

o p

ara

além

da

inst

ruçã

o, o

nd

e a

apre

nd

izag

em s

e d

á p

or

form

a d

inâm

ica,

atr

ativ

a, m

oti

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ora

.

DE

LIM

ITA

ÇÃ

O

A p

esq

uis

a se

rá r

ealiz

ada

com

o o

bje

tivo

de

anal

isar

as

ativ

idad

es lú

dic

as d

esen

volv

idas

no

esp

aço

da

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nq

ued

ote

ca, c

om

o p

oss

ívei

s d

e p

rod

uçã

o d

e co

nh

ecim

ento

s, n

a b

rin

qu

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teca

da

Esc

ola

“C

asa

de

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nq

ued

os”

, co

m a

lun

os

na

faix

a et

ária

de

4 e

5 an

os,

ori

un

do

s d

a ed

uca

ção

infa

nti

l.

58

PR

OC

ED

IME

NT

OS

ME

TO

DO

GIC

OS

(Co

mo

pre

ten

de

des

envo

lver

o

trab

alh

o?

En

foca

r

det

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es d

a

amo

stra

,

met

rod

olo

gia

emp

reg

ada

e

refe

rên

cias

bib

liog

ráfi

cas)

A c

on

cep

ção

teó

rica

des

ta p

esq

uis

a te

rá c

om

o e

mb

asam

ento

a p

ersp

ecti

va s

óci

o-h

istó

rica

, co

nsi

der

and

o a

rele

vân

cia

qu

e V

ygo

tsky

ao c

on

text

o s

oci

al e

m q

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oco

rre

o d

esen

volv

imen

to e

a e

xtre

ma

imp

ort

ânci

a

do

bri

nq

ued

o n

este

co

nte

xto

. C

om

o r

ecu

rso

met

od

oló

gic

o, a

pri

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ser

á fe

ito

um

leva

nta

men

to d

e d

ado

s

em li

vro

s, a

rtig

os

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tífi

cos

e si

tes

refe

ren

tes

ao t

ema.

Po

ster

iorm

ente

, se

rá r

ealiz

ado

um

leva

nta

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to

qu

anti

tati

vo e

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alit

ativ

o d

os

bri

nq

ued

os

e jo

go

s ex

iste

nte

s n

a b

rin

qu

edo

teca

a s

er a

valia

da,

bem

co

mo

da

qu

alid

ade

da

infr

a-es

tru

tura

da

mes

ma.

A in

vest

igaç

ão s

erá

bas

ead

a n

o m

od

elo

est

atís

tico

des

crit

ivo

, po

is s

e o

cup

a em

des

cob

rir

os

dad

os

e

inte

rpre

tá-l

os.

A v

ariá

vel s

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a q

ual

idad

e d

as a

tivi

dad

es lú

dic

as d

esen

volv

idas

na

bri

nq

ued

ote

ca, t

rata

nd

o-

se d

e u

ma

vari

ável

qu

anti

tati

va c

on

tín

ua.

A p

op

ula

ção

par

a ap

licaç

ão d

as a

tivi

dad

es lú

dic

as s

erá

con

stit

uíd

a p

or

alu

no

s d

a E

du

caçã

o In

fan

til-

Jar

dim

I-C

, tu

rno

ves

per

tin

o. A

po

pu

laçã

o p

ara

aplic

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do

s q

ues

tio

nár

ios

será

fo

rmad

a p

or

pro

fess

ore

s d

a

edu

caçã

o in

fan

til.

A a

mo

stra

gem

é p

rob

abilí

stic

a al

eató

ria

e p

ara

o c

álcu

lo d

a am

ost

ra f

oi u

tiliz

ado

a

fórm

ula

:

N=

N

z²p

q

z²p

q+(

N-

1)e²

, co

m c

on

fiab

ilid

ade

z=1,

96.

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMETNO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

MÉTODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I – A LUDICIDADE NO CAMPO DAS CIENCIAS 10

1.1. O lúdico numa perspectiva sócio-histórica 13

3. CAPITULO II- A BRINQUEDOTECA COM ESPAÇO VIABILIZADOR

DE APRENDIZAGEM 17

2.1- O brincar e sua relação com o desenvolvimento e aprendizagem

Infantil 22

4. CAPITULO III- DESCRIÇAO DA PESQUISA 25

3.1-Dificuldades e entraves 27

3.2-Análise dos resultados 28

60

CONCLUSAO 31

BIBLIOGRAFIA 33

ANEXOS 35

ÍNDICE 53

FOLHA DE AVALIAÇAO 54

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: