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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE RECUPERAÇÃO DE DADOS DE TI APÓS GRANDES CATÁSTROFES Por: Claudio Roberto de Oliveira França Orientador Professora Fabiane Muniz Silva Rio de Janeiro 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

RECUPERAÇÃO DE DADOS DE TI APÓS GRANDES

CATÁSTROFES

Por: Claudio Roberto de Oliveira França

Orientador

Professora Fabiane Muniz Silva

Rio de Janeiro

2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

RECUPERAÇÃO DE DADOS DE TI APÓS GRANDES

CATÁSTROFES

Este trabalho tem por finalidade mostrar a

importância de um Plano de Recuperação de

Desastres em Tecnologia da Informação

envolvendo: Alta Disponibilidade, tornando-se

essencial a utilização de uma boa política com

QUALIDADE. O seu impacto na esfera social,

econômica e cultural, tem envolvido situações sem

precedentes e que serão discutidas nesse projeto.

Por: Claudio Roberto de Oliveira França.

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AGRADECIMENTOS

A Minha esposa filhos e aos amigos

que incentivaram e apoiaram minha

jornada durante este último ano e

também a todos os Inkíces que sempre

iluminaram o meu caminho.

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DEDICATÓRIA

A minha Esposa que abriu mão das noites

de aula para que eu alcançasse o meu

objetivo, um enorme abraço nos meus

filhos: Felipe, Jessyca e Vini.

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RESUMO

No mundo digital dos dias atuais, a tecnologia de informação (TI) adquiriu

status de componente essencial para prover produtividade no desempenho

das funções cotidianas executadas em uma organização. A informação, em si,

constitui valioso patrimônio e sua integridade e disponibilidade são fatores

cada vez mais críticos (ISO9001: 2000) que determinam a sobrevivência de

uma empresa em um ambiente de alta produtividade e competitividade.

Devemos refletir sobre o grau de prontidão existente em suas organizações

para situações de contingência, considerando-se o nível de dependência por

elas apresentado em relação a sistemas de informação como componentes

requeridos para a plena consecução de sua missão ou atividade-fim. Com

respeito a aspectos de segurança da informação relacionado ao planejamento

de contingências e procedimentos de recuperação dos sistemas para a

continuidade dos negócios. A diversidade de soluções para suporte aos

sistemas de informação requer o adequado planejamento das atividades de

proteção e recuperação dos recursos identificados como vitais para a

organização e os resultados de tal tarefa dependem da eficiência do trabalho

cooperativo de Executivos, Gerentes de Informação, Desenvolvedores de

Aplicação, Administradores de Rede e de Base de Dados.

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METODOLOGIA

O procedimento metodológico foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica

pertinente ao tema, sendo consultados os principais livros sobre Disaster

Recovery e Planos de Continuidade de Negócios disponíveis no mundo

tecnológico, foram coletadas informações sobre o atentado de 11 de Setembro

de 2001, onde sem sombra de dúvida foi um marco para toda comunidade de

TI, a idéia desta pesquisa nasceu durante as aulas de ISO-9001, onde

comecei a vislumbrar que toda aquela metodologia de revisão de normas e

modelos, sistemas de arquivamento, documentação etc.; onde a ISO-9001

está fundamentada, serviu de exemplo para elaboração desta monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Objetivos de um DRP 09

CAPÍTULO II - Estrutura Organizacional de um DRP 21

CAPÍTULO III - Recursos necessários a um DRP 24

CHECKLIST BASICO 32

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

BIBLIOGRAFIA CITADA 37

ÍNDICE 38

FOLHA DE AVALIAÇÃO 39

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INTRODUÇÃO

O principal objetivo de um plano de continuidade de negócios (BCP – Business

Continuity Plan) é garantir a operação da empresa com o mínimo impacto aos

clientes em situações de contingência. No atentado de 11 de setembro de

2001 as Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova Iorque, as empresas

que tinham BCPs bem estruturados reiniciaram suas operações poucas horas

depois do atentado terrorista.

Algumas empresas subestimam os riscos de um desastre e não investem em

BCPs. Os planos de continuidade de negócios podem ser classificados em

dois tipos: os Planos de Continuidade das áreas de negócios e os Planos de

Recuperação de Desastres (DRP – Disaster Recovery Plan) do Centro de

Processamento de Dados.

Em muitos casos as áreas de negócios das empresas dependem fortemente

do processamento de dados para suas atividades e uma paralisação do

processamento pára o negócio da empresa. Um exemplo foi a paralisação do

serviço de e-mail do provedor de Internet Terra por dois dias devido a um

problema no subsistema de armazenamento de dados, em abril de 2003. O

site Terra teve que abonar dois dias da mensalidade dos seus 800 mil

assinantes com um prejuízo de mais de R$400 mil.

Por essa razão as empresas investem em planos de recuperação de desastre

(DRP) e não em planos de continuidade em suas áreas de negócios. Talvez,

as exceções sejam as instituições financeiras que são mais sensíveis às

paralisações de negócios motivadas por greves e blecautes de energia.

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CAPÍTULO I

OBJETIVOS DO DISASTER RECOVERY PLAN

(PLANO DE RECUPERAÇÃO DO NEGÓCIO)

Passado o ataque terrorista de 11 de setembro, pode-se dizer com certeza que

a tragédia mudou não apenas a vida dos norte-americanos, a economia

mundial e o próprio caminho da história, como também a forma como as

empresas passaram a lidar com a segurança de suas informações

estratégicas.

Logo após o atentado, vimos, lemos e ouvimos dezenas de histórias sobre

empresas que mantinham matrizes ou escritórios no World Trade Center e

simplesmente desapareceram. Na verdade, mais do que desaparecer

fisicamente, algumas companhias perderam sua identidade intelectual, uma

vez que concentravam todos os dados na estrutura que foi destruída no

atentado. Isso ocorreu porque muitas delas não tinham políticas de segurança

ou back-up implementadas. Por outro lado, boa parte das empresas sediadas

no local continuou suas operações, suportada por planos de contingência e

estratégias eficazes de ‘disaster recovery’, ou recuperação de desastres.

Desta forma, nos dias de hoje discutir e programar políticas de segurança das

informações se tornou fundamental para garantir a própria sobrevivência das

companhias. Afinal, ter um plano de continuidade de negócios para os

acidentes ou incidentes de percurso, passou a figurar como uma prioridade na

agenda dos executivos de tecnologia. Um bom exemplo desta mudança de

comportamento foi constatado em pesquisa recentemente divulgada pela

publicação norte-americana Information Week, realizada em parceria com a

consultoria Price Waterhouse Coppers junto a empresas em todo o mundo.

Após o ataque terrorista, cerca de 60% delas criaram ou atualizaram seus

planos de recuperação de desastres e continuidade dos negócios. A pesquisa

envolveu mais de oito mil empresas no mundo inteiro, sendo que 134 delas

com operações no Brasil.

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O estudo deixa claro que na atualidade segurança de sistemas e informações

se tornou um business issue, isto é, um assunto estratégico para as

companhias, por meio do estabelecimento de políticas de controle de acesso,

redução de vulnerabilidades, tolerância a falhas, armazenamento de dados e

back-up. E as cifras previstas de investimentos corroboram a tendência. De

acordo com o Instituto Dataquest, somente o mercado de soluções de storage,

ou armazenamento e back-up de dados, deve pular de US$ 6,6 bilhões, em

2001, para 16,7 bilhões, em 2005. O instituto norte-americano Giga Group

segue pela mesma linha e aponta que os investimentos das companhias em

segurança de informações devem crescer entre 50% e 60% em todo o mundo

nos próximos três anos.

Um desafio para as organizações é unir a segurança física com a denominada

segurança lógica, ou seja, não só a segurança dos ativos físicos e humanos,

mas a integração aos projetos de segurança do capital intelectual, que é o

verdadeiro diferencial competitivo. Para isso, há um caminho que já está sendo

trilhado, inclusive por setores que não demonstravam preocupações com

planos de continuidade de negócios, mas que após o desastre de 11 de

setembro, “acordaram” para uma nova realidade. Este complicado cenário

serviu como catalisador para novos investimentos em infra-estrutura de

contingência entre companhias dos segmentos de Telecomunicações,

Finanças e Governo, principalmente.

É claro que a implantação de uma política de segurança não é realizada da

noite para o dia e é fundamental que ela esteja alinhada a um plano de

contingência. Começar pelos maiores riscos é o primeiro passo, verificando

onde estão as brechas e onde os prejuízos podem ser maiores. Uma dica é

avaliar os processos críticos e os ativos internos, que podem sanar grande

parte das dúvidas sobre o que realmente deve ser feito e onde devem se

alocar os recursos.

Tendo listado os problemas e prioridades, o próximo passo é a aquisição de

ferramentas, que envolvem hardware e software. A política de segurança deve

ser avaliada continuamente em busca dos pontos ainda vulneráveis, por meio

de soluções de monitoramento e desempenho. Esta é uma boa dica para evitar

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dores de cabeça na hora da real necessidade, afinal a maioria das empresas

hoje necessita de disponibilidade total de seus sistemas e acesso direto aos

seus dados. Imagine, por exemplo, uma empresa de Call Center que fique

“fora do ar” por um período, por falta de um plano de continuidade de negócios.

Isto afetará o principal ativo da companhia, que é a sua credibilidade, sem

contar a má – impressão causada aos clientes irritados com a indisponibilidade

do serviço. O efeito disso para qualquer empresa é péssimo.

Na verdade, a eficácia de uma política de segurança de informações e

sistemas está diretamente atrelada ao nível de conscientização de cada

funcionário da organização. Afinal, felizmente, os atentados mais comuns às

empresas em nosso dia a dia são os vírus, os cavalos de tróia, as invasões de

hackers e o acesso de pessoas não habilitadas a dados estratégicos, e não

semelhantes ao que marcou o fatídico dia 11 de setembro de 2001(Mattos,

Marcio – 2003).

De acordo com as boas praticas informadas no DRII (2003) “Professional

Practices for Business Continuity Planners”, Disaster Recovery International

Institute.

O objetivo preliminar de um plano de recuperação de desastre (DRP) é permitir

que uma organização sobreviva a um desastre e que possa restabelecer as

operações dos negócios. A fim de sobreviver as empresas devem assegurar

que as operações críticas possam recomeçar o processamento normal dentro

de um espaço de tempo razoável. Para atingir esses objetivos o DRP deve

atender os seguintes requisitos:

• Prover um ambiente seguro e pessoas preparadas para um desastre;

• Reduzir as perdas financeiras em casos de desastres;

• Identificar linhas de negócios críticas que requeiram suporte em situações

de desastres;

• Identificar as fraquezas e executar um programa da prevenção de desastre;

• Minimizar a duração de uma paralisação das operações de negócio;

• Facilitar a coordenação eficaz de tarefas da recuperação; e,

• Reduzir a complexidade do esforço de recuperação.

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Para se alcançar o nível pretendido de proteção à informação – entendida

como um patrimônio ativo da organização torna-se imprescindível estabelecer

uma política organizacional de segurança. Mesmo em pequenas empresas,

onde a complexidade sistêmica pode, às vezes, induzir à equivocada

conclusão de que o planejamento é desnecessário, é fundamental definir

procedimentos de segurança (aí incluídos aqueles relativos à contingência e

recuperação) que, uma vez estabelecidos, sejam divulgados para todos os

integrantes da organização. A tarefa de definição da política de segurança

organizacional constitui uma das principais etapas do chamado ciclo de

segurança, como ilustrado pela Figura 1 fonte DRII (2003).

O desenvolvimento de um DRP envolve a criação de uma "planta de

recuperação" para restaurar os recursos computacionais com as funções vitais

de processamento de dados para atender as necessidades dos negócios da

empresa. O plano deve procurar restabelecer o ambiente de processamento

no menor tempo possível a fim de evitar um efeito catastrófico nos negócios. O

desenvolvimento de uma estratégia viável de recuperação não deve ser uma

iniciativa exclusiva da área de processamento de dados, mas de toda a

organização para proteger os interesses da empresa.

Para atender esse objetivo deve se adotar uma metodologia que enfatize os

seguintes pontos chaves:

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Fornecer a gerência uma compreensão detalhada do esforço total requerido

para tornar e manter uma planta de recuperação eficaz;

Obter o compromisso da gerência apropriada para suportar e participar no

esforço de recuperação;

Definir as exigências de recuperação na perspectiva do negócio;

Documentar o impacto de uma perda prolongada às operações e ao negócio;

Selecionar as equipes do DRP para testes, atualizar e assegurar uma

execução eficaz do plano;

Desenvolver uma "planta de recuperação" que seja compreensível, fácil de

usar e manter;

Definir como as premissas do DRP devem ser integradas aos processos de

negócio para uma recuperação no tempo necessário para não haver ruptura

nos processos de negócios

Para se atingir um planejamento eficaz é necessário que o pessoal sênior de

sistemas de informação e das áreas de negócios esteja envolvido durante todo

o projeto para o beneficio da organização.

O planejamento do DRP deve prever as seguintes etapas:

Fase 1 – Pré-planejamento das atividades

Fase 2 – Avaliação da vulnerabilidade e definição das exigências do projeto

Fase 3 – Avaliação de impacto no negócio

Fase 4 – Definição detalhada das exigências

Fase 5 – Desenvolvimento do plano

Fase 6 – Plano de teste / simulação

Fase 7 – Programa de manutenção

Fase 8 – Testes iniciais e implementação

1) Fase 1 – Pré-planejamento das atividades

Essa fase determina as necessidades iniciais do projeto com base em

informações sobre os requerimentos de processamento de dados para as

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funções criticas da empresa. Isso permite a equipe refinar o escopo de

trabalho e identificar os aspectos críticos para o sucesso do projeto.

Durante esta fase o comitê executivo do projeto (Steering Committee) deve ser

estabelecido. O comitê tem a responsabilidade total para fornecer o sentido e a

orientação à equipe do projeto. O comitê deve também tomar todas as

decisões relacionadas ao esforço de planejamento do DRP. O gerente de

projeto deve trabalhar com o comitê para finalizar o planejamento detalhado e

desenvolver entrevistas para avaliar a segurança e elaborar a análise de

impacto no negócio.

Outros dois aspectos chaves desta fase são: o desenvolvimento de uma

política para suportar os programas da recuperação; e um programa para

educar a gerência e as pessoas-chave do projeto nas atividades que lhes

serão atribuídas.

2) Fase 2 – Avaliação da vulnerabilidade e definição das

exigências do projeto

Como diz o ditado é melhor evitar que remediar. Essa fase analisa as

vulnerabilidades do ambiente de processamento e avalia as possibilidades de

ocorrência de um desastre. Essa análise deve conduzir medidas para reduzir a

probabilidade de desastre.

Esta fase incluirá as seguintes tarefas chaves:

Uma avaliação completa da segurança do ambiente de processamento de

dados e do ambiente das comunicações, incluindo:

Pessoal;

Segurança física;

Procedimentos operacionais;

Planejamento de apoio e de contingência;

Desenvolvimento e manutenção dos sistemas;

Segurança das bases de dados;

Segurança de comunicações dos dados e voz;

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Sistemas e segurança do software de controle do acesso;

Apólices de seguro;

Planejamento e administração da segurança;

Controles da aplicação;

Computadores pessoais.

A avaliação da segurança permitirá a equipe de projeto melhorar os

procedimentos de emergência existentes e medidas de prevenção de

desastres.

Recomendações de atividades sobre a segurança devem ser encaminhadas

ao comitê executivo de modo que as ações corretivas possam ser iniciadas em

um momento oportuno.

Definição do esforço do planejamento.

Análise, recomendação e compra de um software para a manutenção e

controle permanente do DRP.

Desenvolvimento da estrutura da "planta de recuperação".

Montagem da equipe do projeto.

3) Fase 3 – Avaliação de Impacto no Negócio

Nessa fase é realizada uma avaliação de impacto nos negócios de todas as

unidades da empresa para identificar os sistemas, processos e funções

críticas. Essa análise de impacto econômico deve avaliar a negação de acesso

aos serviços de sistemas e outros serviços e facilidades. Deve-se definir

também qual o máximo tempo de sobrevivência do negócio sem acesso aos

sistemas.

O relatório de avaliação de impacto deve ser apresentado ao comitê executivo.

Esse relatório identifica as funções críticas dos serviços e os tempos que

devem ser recuperados os sistemas em caso de desastre. As informações são

usadas como base para definir os recursos necessários para suportar os

serviços críticos.

A etapa inicial do ciclo corresponde a uma análise de riscos e ameaças

(usualmente, denominada Business Impact Analysis – BIA), onde são

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estudadas criteriosamente as potenciais exposições às quais a informação

pode estar submetida, considerando-se a probabilidade de ocorrência de

situações de prejuízo. Deve-se determinar o nível aceitável para os controles

de segurança, custos de implantação e também o risco admitido para as

condições que não forem completamente cobertas, procurando-se avaliar o

impacto da perda de informações classificadas como sensíveis e quantificá-lo,

quando possível, em termos de dias de paralisação e prejuízo financeiro total.

Antes do surgimento da Internet e da tecnologia de redes, a questão da

administração da segurança e proteção da informação apresentava um perfil

notadamente centralizado, focado em programas normalmente executados em

mainframes e instalações com arranjo típico de CPD (centro de processamento

de dados), onde se localizavam todos – ou, pelo menos, os mais críticos – os

recursos de TI necessários à atividade da organização. Os planos de

contingência surgiram para a proteção deste ambiente e tinham seu foco

direcionado particularmente às atividades de TI.

Com as facilidades de rede, os recursos disponibilizados pela Web e a quase

ubiqüidade de acessos remotos determinada pelas necessidades de certos

tipos de negócio, as organizações passaram a ser submetidas a um universo

de ameaças mais diversificado e a abordagem de segurança precisou de uma

abrangência mais ampla, de modo a dotar as empresas de mecanismos de

segurança capazes de identificar, proteger e recuperar dados vitais para o

domínio do negócio considerado, mantendo-os acessíveis para os sistemas de

informação. Os planos de contingência passaram, então, a abordar as tarefas

de recuperação tendo como foco não apenas as atividades de TI, mas também

variáveis diretamente associadas ao negócio da organização e aos requisitos

de continuidade necessários para sua sobrevivência em situação de desastre.

Pela definição do [DRII2003], um desastre é um evento que ocorre repentina e

inesperadamente, com significativas conseqüências de danos e perdas para

uma organização.

A Figura 2, fonte DRII (2003) mostra o relacionamento entre os principais

fatores de segurança que devem ser considerados em uma abordagem de TI.

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Como se pode ver, os diferentes fatores estão ligados tanto a componentes de

hardware e software como a aspectos organizacionais e de recursos humanos.

Às ameaças, internas e externas, associadas aos fatores considerados na

Figura 2, fonte DRII (2003), podemos ainda acrescentar incidentes de

segurança como incêndios, alagamentos, interrupções no fornecimento de

energia e pane em serviços de comunicação e ar condicionado. Em função do

negócio da organização e do necessário suporte por parte do ambiente de TI,

as ameaças devem ser analisadas de forma conjugada com os riscos relativos

aos sistemas de informação, que podem resultar na perda ou adulteração da

informação e/ou indisponibilidade do serviço ou negócio.

O objetivo da análise de ameaças e riscos é buscar o equilíbrio inteligente

entre risco, eficiência e custo. E, por este motivo, a política e a cultura de

segurança é o ponto central para o desenho de qualquer solução, pois para

manter a segurança de uma organização e o grau de prontidão necessário

para reação em situação de real contingência é fundamental que seus

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componentes estejam treinados e alinhados com os corretos procedimentos a

serem observados no trabalho diário.

4) Fase 4 – Definição detalhada das exigências

Durante essa fase o perfil das exigências do plano de recuperação é

desenvolvido usando como base o relatório de impacto no negócio. Devem ser

desenvolvidas estratégias alternativas de recuperação com o auxilio de uma

ferramenta para estruturar as informações, como a técnica da matriz de

alternativas. O planejamento deve contemplar:

Hardware (mainframe, servidores, comunicação de dados e voz, computadores

pessoais, impressoras, etc.)

Software (pacotes, desenvolvimentos in-house e desenvolvimento externo)

Documentação (processamento de dados, sistemas e usuários)

Provedores de serviços externos (telecomunicações, telefonia, web hosting,

etc.)

Facilidades (energia, escritórios, equipamentos de escritórios, etc.)

Pessoal.

As estratégias de recuperação devem completar planos de curto, médio e

longo prazo.

5) Fase 5 – Desenvolvimento do Plano

Nesta fase, os componentes das plantas de recuperação são definidos e as

plantas são documentadas. Esta fase inclui também a execução das

mudanças nos procedimentos dos usuários e a implementação de processos

para suportar as estratégias selecionadas para a recuperação e as alternativas

identificadas.

Devem ser formalizados os acordos contratuais com os fornecedores de

hardware, software e serviços para suportar o plano de recuperação. As

equipes de apoio ao plano de recuperação devem ser formadas e definidas

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suas responsabilidades no plano. Os padrões de recuperação devem ser

consolidados nessa fase.

6) Fase 6 – Plano de Teste/Simulação

O programa de teste/simulação do DRP deve ser desenvolvido nessa fase. O

objetivo dos testes/simulações é validar o plano de recuperação e fazer os

ajustes necessários. Lembrando que os ambientes de negócios e

processamento de dados são dinâmicos, os planos de recuperação devem ser

constantemente revistos, atualizados e testados.

7) Fase 7 – Programa de Manutenção

A manutenção das plantas é fator critico de sucesso de uma recuperação real.

As plantas de recuperação devem refletir as mudanças nos ambientes reais. É

crítico que os processos existentes sejam revisados para fazer a manutenção

da planta de recuperação do cliente através do processo de gerência de

mudanças. Nas áreas onde a gerência de mudanças não existe, esse

procedimento deve ser implementado. Muitos produtos de software de

recuperação possuem a facilidade de gerência de mudanças.

8) Fase 8 – Testes Iniciais e Implementação

Uma vez o plano desenvolvido inicia-se a fase de implementação e testes.

Essa fase deve ser repetida no mínimo duas vezes por ano ou quando ocorrer

uma mudança significativa no ambiente de processamento de dados ou de

negócios.

As seguintes atividades devem ser realizadas:

Definição do escopo do teste;

Identificação das equipes de teste;

Estruturação do teste;

Condução do teste;

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Análise dos resultados do teste; e,

Modificação dos planos de recuperação, se necessário.

O escopo do teste depende da estratégia de recuperação selecionada, o que

reflete os requerimentos de negócio da empresa. O plano de recuperação

desenvolvido deve ser escrito de forma que seja compreensível e fiel a

realidade da organização.

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CAPITULO II

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UM DRP

A organização da equipe do projeto de recuperação deve ser flexível para

atender os requisitos desse tipo de atividade. A implementação, manutenção e

execução de um plano de recuperação exigem dedicação do pessoal e

trabalho sob pressão. Um fator crítico de sucesso é a criação de uma

organização dedicada para essa finalidade.

Os planos de recuperação devem ser tratados como documentos vivos. As

informações estão em constante processo de mudança e a cada dia tornam-se

mais integradas e complexas. Os planos de recuperação devem acompanhar

essas mudanças. Os planos de testes/simulações devem assegurar a

capacidade de recuperação do ambiente considerando as constantes

mudanças dos processos. A organização deve assegurar que a equipe do DRP

esteja sempre atualizada sobre as mudanças nos negócios.

A seguir é apresentado um modelo de organização para conduzir o plano de

recuperação, Buttler, Janet (1994):

1) Comitê Executivo

O comitê executivo deve incluir representantes das áreas chaves da

organização:

Sistemas de Informação;

Infra-estrutura de tecnologia da informação;

Desenvolvimento de Sistemas;

Redes de Comunicações de Dados;

Comunicação de Voz;

Unidades de Negócios.

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2) Equipe do Projeto

Segundo Buttler, Janet (1994): A composição da equipe do projeto varia de

acordo com o ambiente tecnológico e de negócios onde os planos foram

desenvolvidos é importante notar que os gerentes dos ambientes tecnológicos

e das unidades de negócios são responsáveis pela manutenção e teste de

seus respectivos planos. Entretanto, o pessoal responsável pelo planejamento

da estratégia de recuperação deve ser o coordenador das atividades de teste,

revisão dos planos e manutenção do plano principal.

A Auditoria Interna deve ser convidada a fazer parte de todas as equipes. Os

gerentes representados nas diversas equipes devem recomendar pessoas

seniores para representá-los ou eles próprios participarem das equipes

contribuindo com sua experiência no desenvolvimento dos planos de

recuperação.

(2.1) Equipe Principal

Gerente do Projeto;

Especialista em operação de computadores e redes de dados;

Especialista em suporte de sistemas;

Especialista em suporte de voz, redes e telecomunicações.

(2.2) Equipe Técnica

Analista de redes;

Analista de infra-estrutura física;

Analista de banco de dados;

Analista de segurança;

Analista de operação;

§ Analista de suporte de rede;

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(2.3) Equipe de Negócios

• Membros das diversas áreas de negócios que fazem parte do plano de recuperação.

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CAPITULO III

RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM DRP

As empresas devem evitar implementar planos de recuperação sem uma

equipe e recursos dedicados para essa finalidade sob o risco de falharem após

altos investimentos. Uma das razões do fracasso de alguns planos é a falta de

comprometimento das equipes na manutenção e testes do plano de forma

continua o que resulta na perda da compatibilidade do plano de recuperação

com a realidade da empresa. Wold, G. H. (1997).

Para garantir o sucesso do plano de recuperação deve se investir em três

categorias:

(1) Pessoal

Os gerentes devem alocar profissionais experientes e competentes para

participar das equipes de recuperação.

(2) Investimento inicial

A empresa deve investir na compra de equipamentos redundantes nas áreas

de voz e comunicação de dados, processamento de dados (incluindo

servidores e subsistemas de armazenamento de dados), equipamentos

redundantes de geração de energia (UPS, geradores a diesel, etc.) e

equipamentos de apoio (fax, PCs, scanner, copiadoras, etc.).

(3) Despesas recorrentes

As despesas recorrentes incluem o aluguel de espaço para instalar os

computadores e outros equipamentos, contratos de serviços e manutenção.

Uma alternativa eficaz e que exige menos investimentos é a contratação de

uma empresa especializada em DRP, onde é possível contratar todos os

serviços de recuperação, desde o planejamento, manutenção e equipamentos.

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PLANO DE CONTINGÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE NEGÓCIOS

Segundo o ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006, o plano de contingência e

recuperação de negócios para sistemas de informação insere-se na política de

segurança como instrumento de planejamento estratégico, constituindo o

documento que especifica procedimentos pré-estabelecidos, a serem

observados nas tarefas de recuperação do ambiente de sistemas e negócios,

de modo a minimizar o impacto nas atividades da organização ocasionado por

dano ou desastre que não puderam ser evitados pelas medidas de segurança

em vigor.

A fim de evitar esforços desnecessários, reduzir custos e tornar exeqüível um

plano de contingência, geralmente é contemplados pelo planejamento somente

os recursos identificados como essenciais para a continuidade da missão da

organização.

1. O Plano de Contingência e Recuperação de Negócios

1.1. Estrutura do Documento

O Plano de Contingência e Recuperação de Negócios (PCRN) deve ser

elaborado como um documento normativo, formalmente aprovado pela direção

da organização e amplamente divulgado, de modo que todos os funcionários e

integrantes da empresa estejam cientes dos procedimentos por ele

estabelecidos. Recomenda-se que o documento correspondente ao ato de

aprovação do plano seja inserido logo após a folha de rosto.

O PCRN descreve os procedimentos relativos ao ambiente de TI e à área de

negócios que devem ser adotados no caso de ocorrência de sinistro ou

impedimento relevante que venha a comprometer o funcionamento normal da

organização. As ações a serem encetadas para a recuperação das instalações

e sistemas e para a redução do impacto sobre as atividades da organização

têm como premissa a ocorrência de um dano ou desastre que comprometa a

execução dos serviços essenciais à sua missão.

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Em uma situação real de contingência, convém ressaltar que todas as ações

decorrentes devem, em primeiro lugar, preservar a vida e a segurança dos

integrantes da organização e demais pessoas expostas a risco. Os

procedimentos descritos no plano compreendem ações a serem executadas

em três diferentes fases da situação de contingência:

• Ativação (deflagração) da contingência;

• Restauração das condições operacionais em ambiente alternativo; e

• Retorno à normalidade.

A estrutura desse documento deve contemplar os itens básicos a seguir

descritos.

a) Propósito do plano:

Este item deve estabelecer de forma clara qual o objetivo do documento e a

quem ele se destina.

b) Definições conceituais: como o documento não é restrito a profissional de

TI, é recomendável incluir um pequeno glossário com definições da

terminologia usualmente empregada em contingências (sinistro, desastre,

backup site, centro de operações, restauração etc).

c) Escopo: o plano deve definir com objetividade a abrangência da

contingência planejada e quais recursos estão cobertos pelos procedimentos

definidos no documento.

d) Equipes de trabalho: é importante registrar no plano como será efetuada a

divisão do trabalho em situação de contingência, observando-se as três fases

anteriormente citadas (ativação, restauração e retorno). Neste bloco, devem

constar os elementos e unidades organizacionais envolvidos na consecução do

plano e suas respectivas atribuições em cada fase.

e) Descrição do ambiente alternativo: dependendo da análise dos riscos e

ameaças, a solução de contingência adotada pode se resumir a procedimentos

de mirroring, com duplicação de dados, mas pode também definir o uso de um

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CPD - alternativo em ambiente situado e configurado em alguma unidade

dentro da própria organização, mas normalmente fisicamente dela separada ou

ainda definir soluções hot ou cold-site, que utilizam recursos e ambientes

externos às instalações da organização, contratados especificamente para

este fim. A solução adotada deve ser detalhadamente descrita, incluindo-se

mapa de localização da instalação alternativa e eventuais contatos externos

contratuais, requeridos para a deflagração da contingência.

f) Planos decorrentes: em situações de contingência, um pequeno detalhe

pode, muitas vezes, transformar-se em óbice intransponível, se não tiver sido

devidamente contemplado no planejamento. Como subsídios para o Plano de

Contingência e Recuperação de Negócios, devem ser elaborados planos

decorrentes, contendo informações suficientemente detalhadas com relação a

aspectos específicos, como os mencionados na seção 1.2 deste artigo.

g) Informações complementares:

Devem ser anexadas ao plano todas as informações consideradas úteis para a

consecução dos procedimentos descritos. Como exemplo, podemos citar

algumas informações básicas, que, em um momento de desastre, tornam se

críticas caso não sejam localizadas a tempo: identificação e localização de

mídias para instalação de algum software que deva ser executado em

servidores de rede e/ou estações de trabalho; instruções específicas para a

ativação da contingência, que devem incluir, entre outras informações, a

indicação de um local de concentração para reunir as pessoas convocadas a

agir em qualquer uma das fases previstas no plano; e telefones de contato de

seguradoras e órgãos que devam ser acionados no momento seguinte à

ativação da contingência.

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1.2. Planos Decorrentes

Como exemplos típicos de planos decorrentes, podemos mencionar os

documentos a seguir descritos, que podem compor o Plano de Contingência e

Recuperação de Negócios sob a forma de anexos.

Plano de Backups: deve fornecer a identificação e localização das cópias de

segurança, indicando os volumes e mídias a serem utilizados para a

restauração de arquivos e/ou bases de dados e a referência temporal

correspondente à informação assim recuperada.

Plano de Busca: provê, basicamente, a identificação das pessoas que devem

ser acionadas em situação de contingência, o grupo de contingência ao qual

pertencem e as formas de contato para sua localização.

Plano de Recuperação de Aplicativo: deve descrever procedimentos

específicos necessários para a recuperação de aplicativos residentes na

instalação da organização, enfatizando possíveis detalhes não incluídos na

recuperação global relativa ao ambiente operacional.

Plano Logístico: deve prever as providências necessárias para assegurar a

consecução do plano de contingência no que se refere à viabilização de

atividades não técnicas como, por exemplo: deslocamento do pessoal

convocado para as atividades de recuperação, tanto do ambiente de TI como

das instalações danificadas; atendimento a público externo (quando aplicável);

condições para alimentação e repouso das equipes envolvidas na recuperação

- que muitas vezes trabalharão em regime excepcional de horário -, guarda e

movimentação para instalação provisória de mobiliário, equipamentos e

documentação resgatados da instalação sinistrada.

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1.3. Distribuição, Revisão e Arquivamento do PCRN

Todas as unidades organizacionais diretamente envolvidas nas atividades

descritas no Plano de Contingência e Recuperação de Negócios precisam

receber uma cópia do documento produzido.

Conforme novos recursos sejam incorporados à realidade operacional da

organização e à medida que funcionalidades sejam alteradas ou introduzidas

no ambiente de aplicação, o PCRN deve ser atualizado pelo setor associado a

tais mudanças, de modo a refletir a nova realidade. O componente da

organização responsável pelo planejamento global da contingência deve estar

atento ao grau de evolução dos ambientes, a fim de programar situações

significativas a serem testadas em exercícios de contingência periodicamente

executados.

Por medida de prevenção, pelo menos uma cópia do PCRN deve ser mantida

arquivada fora das dependências da organização, em local divulgado para as

equipes de contingência.

2. Estrutura Organizacional de Contingência

De acordo com Wickens, John (1989) - Contingency Planning: Anticipating

Disaster – V.3 existe uma subdivisão das responsabilidades, para a

consecução das atividades de planejamento, execução e manutenção do

Plano de Contingência, propõe-se uma estrutura que organiza indivíduos de

diferentes equipes em células denominadas Grupos de Contingência (GC),

responsáveis por atividades específicas. Esta estrutura é ativada apenas em

situações de contingência, inserindo-se no organograma da organização, de

modo que cada GC assim constituído fica subordinado a uma unidade

organizacional permanente.

2.1. Dividindo Responsabilidades

O PCRN deve explicitar as responsabilidades de cada Grupo de Contingência,

bem como aquelas atribuídas aos elementos que responderão pela

Coordenação Executiva e à Direção da organização. As responsabilidades são

categorizadas em responsabilidades permanentes (obrigatórias mesmo em

situação normal de operação, a fim de assegurar a prontidão) e

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responsabilidades decorrentes de uma situação real de contingência

(aplicáveis a necessidades evidenciadas imediatamente após a ativação da

contingência, durante o período de recuperação dos danos provocados pelo

desastre e na fase de retorno à normalidade).

Como exemplo é relacionado a baixo algumas das responsabilidades

atribuídas ao GC de Suporte a Hardware e Software.

2.2 Responsabilidades do GC de Suporte a Hardware e Software

Responsabilidades Permanentes:

Participar ao GC de Logística e Apoio Administrativo as alterações relativas ao

Anexo I - Relação do Hardware sob Seguro, bem como manter atualizados os

dados cadastrais das empresas prestadoras de suporte técnico para sua

Manutenção;

Analisar e propor alternativas para a solução de contingência, recomendando,

se julgada conveniente, a redefinição dos requisitos relativos ao CPD

alternativo a ser utilizado;

Fazer refletir nos recursos definidos para contingência as atualizações de

software e hardware operacional eventualmente ocorridas nas instalações do

CPD e necessárias em situação de contingência;

Executar regularmente os procedimentos de salvaguarda para as cópias de

segurança de todos os softwares e arquivos componentes do Plano de

Recuperação, controlando e mantendo e estes backups de contingência fora

do CPD;

Manter a salvo, fora do CPD, documentação completa da configuração do

ambiente instalado (estrutura de catálogos, bancos de dados, bibliotecas,

recursos da rede de teleprocessamento, etc.);

Responsabilidades após a Ativação da Contingência:

Assim que informado da situação de contingência e acionado pelo Grupo de

COORDENAÇÃO EXECUTIVA, cada membro deste GC deverá comparecer

ao Centro de Operações para receber as instruções iniciais;

Executar as atividades definidas para restauração do ambiente operacional.

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Responsabilidades durante o Período de Recuperação:

Executar os procedimentos para retirada das cópias de segurança

correspondentes à posição mais recente de todos os softwares e arquivos

componentes do Plano de Recuperação, armazenados fora do CPD;

Ativar o sistema operacional e os softwares de apoio no CPD alternativo;

Restaurar todos os arquivos e bases de dados e validar o acesso a eles;

Disponibilizar aos usuários o acesso, remoto e local, para utilização dos

aplicativos recuperados; Interagir com o GC de OPERAÇÕES DE RESCALDO

E SALVAMENTO na avaliação dos danos e possibilidade de recuperação dos

equipamentos danificados; Manter o GC de COORDENAÇÃO EXECUTIVA

informado do andamento das ações.

Responsabilidades no Retorno à Normalidade: Concluir todas as correções

e atividades programadas para execução dos processos vitais e comunicara

todos os envolvidos o início dos procedimentos de retorno; Providenciar as

cópias backup dos dados atualizados no CPD alternativo durante a

contingência e seu retorno ao site, nas novas instalações.

Apagar todos os registros e dados armazenados em discos, estações de

trabalho ou servidores utilizados no CPD alternativo como recurso de

processamento.

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Checklist Básico

As perguntas elaboradas neste checklist foram elaboradas a partir de

[DRII2003], [ISO2000] e [IBM1999], com o propósito de auxiliar gestores e

profissionais de TI na avaliação preliminar do grau de prontidão de suas

organizações, com referência a situações de contingência.

1. Na hipótese de ocorrência de algum tipo de desastre ou interrupção

significativa na condição de funcionamento de sua organização (por exemplo,

incêndio ou interrupção continuada de energia), existem procedimentos

documentados na forma de planos de contingência e recuperação ? <SIM>

<NÃO>

2. Se a resposta para a questão 1 foi positiva, que tipos de cenários de

contingência estão previstos ?

3. Se a resposta para a questão 1 foi positiva, qual o limite máximo de tempo

(em termos de horas, dias, semanas, meses) admitido para inoperância de sua

organização em cada cenário previsto?

4. Se a resposta para a questão 1 foi positiva, o plano de contingência

estabelece prioridades distintas para atividades críticas, vitais à organização?

<SIM> <NÃO>

5. Se a resposta para a questão 4 foi positiva, qual o tempo máximo admitido

de inoperância para atividades classificadas como vitais?

<até 04 horas> <04-08 horas> <até 01 dia> <01-02 dias> <mais de 02 dias>

6. Se a resposta para a questão 1 foi positiva, o plano de sua organização

cobre alguns ou todos os locais onde são disponibilizados serviços (CPD, setor

de atendimento ao público externo, sala de servidores, etc)? <ALGUNS>

<TODOS>

7. O CPD ou sala de servidores de sua organização está localizado no mesmo

edifício ou complexo onde são realizadas as atividades de negócio? <SIM>

<NÃO>

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8. Na hipótese de contingência, sua organização possui cópias de segurança

recentes salvas em um edifício diferente do complexo onde são realizadas as

atividades de negócios? <SIM> <NÃO>

9. Na hipótese de contingência, existem meios eficientes de localizar e

contactar as equipes a serem acionadas para recuperação do ambiente de

sistemas? <SIM> <NÃO>

10. Sua organização dispõe de um local alternativo previsto para fins de

recuperação dos sistemas de TI? <SIM> <NÃO>

11. Se a resposta para a questão 1 foi positiva, quantos testes do plano de

contingência sua organização efetuou até a presente data?

<nenhum> <apenas 01> <02-04> <05-10> <mais de 10>

12. Se a resposta para a questão 1 foi positiva, o plano prevê a participação de

integrantes das áreas de negócio de sua organização ou apenas dos

profissionais de TI?

<apenas TI> <TI e negócios>

13. Qual valor se aproximaria do prejuízo financeiro estimado para sua

organização caso fossem perdidos ou corrompidos os dados mantidos pelos

sistemas de informação?

<menos de 200K> <201-500K> <501-1000K> <mais de 1000K> <inestimável> K= R$

1.000,00

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CONCLUSÕES

A tecnologia de informação se incorporou à rotina diária das organizações,

que, cada vez mais, exigem qualidade, integridade e disponibilidade de seus

dados. Para o quesito qualidade, a conduta normalmente observada para

assegurar a correta distribuição de tarefas consiste em conscientizar o usuário

(proprietário dos dados) - ou, ainda, o profissional nomeado como analista de

negócios – de que pertence a ele a parcela principal de responsabilidade pela

definição da informação com o grau de qualidade esperado. Contudo, quanto

aos aspectos integridade e disponibilidade, existem ainda algumas lacunas de

responsabilidade, com contornos indefinidos entre usuários e profissionais da

área de TI.

Independente do porte de uma aplicação é essencial que se tenha sempre em

mente a relevância da informação por ela mantida e os requisitos de

segurança que devem ser atendidos. Observa-se um impasse para definições

de segurança quando os proprietários dos dados – elementos normalmente

mais afetos às funções da camada de negócios - não são requisitados a

identificar quais informações são vitais para a atividade da empresa ou então

delegam tal responsabilidade para o setor de TI, que, geralmente, não se

encontra devidamente estruturado para responder por ela. A experiência

acumulada ao longo dos mais de quinze anos de profissão tem resultado em

crescente grau de refinamento e exatidão na análise das vulnerabilidades dos

sistemas de contingência. Podemos resumir as lições aprendidas até o

momento na forma das seguintes mensagens, destinadas a futuros

planejadores de contingência:

-A segurança e integridade das pessoas devem estar em primeiro lugar; sem o

conhecimento que elas possuem, a recuperação de todo o software ou

hardware de sua organização será inútil.

-O Plano de Contingência e Recuperação de Negócios (PCRN) deve ser

redigido e forma clara e objetiva e seu conteúdo devem ser amplamente

disseminados pela organização.

Obtenha o comprometimento da Direção e setores da área de negócios.

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-Além das equipes de TI, obtenha a participação de integrantes dos setores de

negócios durante os exercícios de contingência.

-Reserve tempo suficiente para o planejamento das atividades relativas a cada

novo exercício, a fim de explorar a oportunidade e testar novas funcionalidades

ou atualizações ocorridas no ambiente operacional de sua organização.

-Divulgue os resultados dos exercícios de contingência realizados e demonstre

a evolução alcançada com cada teste, quanto à segurança e qualidade da

informação sob custódia.

-Assegure-se de que suas cópias de segurança (backups) para as informações

vitais estão sendo regularmente produzidas: programe um ou mais testes da

operação de restauração de arquivos ou bases de dados, de modo a evitar

surpresas desagradáveis.

-Estimule o trabalho cooperativo entre os integrantes dos Grupos de

Contingência e mantenha-os atualizados sobre as versões do PCRN.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 - Código de Prática para a Gestão da

Segurança da Informação

ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006 Sistemas de Gestão de Segurança da

Informação - Requisitos

Serrano, Antônio (2001) - Disaster Recovery - Um Paradigma na Gestão da

Continuidade.

Buttler, Janet (1994) – Contingency Planning and Disaster Recovery Strategies

COBIT – Control Objectives for Information Technology, disponível em

http://www.isaca.org

Disaster Recovery Journal. IBM (1999) “Business Continuity: New Risks, New

Imperatives and a New Approach”, Report G510-1135-00.

DRII (2003) “Professional Practices for Business Continuity Planners”, Disaster

Recovery International Institute.

ITIL – Information Technology Infrastructure Library, disponível em

http://www.itsmf.org/qualifications.

PMP – Project Management Professional Certificate, disponível em

http://www.pmi.org/info/PDC_Cert_PMPCAPM.asp.

Wickens, John (1989) - Contingency Planning: Anticipating Disaster – V.3

Wold, G. H. (1997) “Disaster Recovery Plan Process”, Disaster Recovery

Journal.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

ABNT NBR ISO 9001:2000: Especifica requisitos para um Sistema de Gestão

da Qualidade, onde uma organização precisa demonstrar sua capacidade para

fornecer produtos que atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos

regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do cliente.

Information Week - http://www.informationweek.com/ - Revista especializada

em TI tendo inclusive sua versão em Português.

Instituto DataQuest - unidade do Gartner Group

Price Waterhouse Coppers - © 2008 PRICEWATERHOUSECOPPERS.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Objetivos de um DRP 09

CAPÍTULO II - Estrutura Organizacional de um DRP 21

CAPÍTULO III - Recursos necessários a um DRP 24

CHECKLIST BASICO 32

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

BIBLIOGRAFIA CITADA 37

FOLHA DE AVALIAÇÃO 39

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto a Vez do Mestre

Título da Monografia:

RECUPERAÇÃO DE DADOS DE TI APÓS GRANDES CATÁSTROFES

Autor: Claudio Roberto de Oliveira França

Data da entrega:

Avaliado por: Fabiane Muniz da Silva Conceito: