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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
MANEIRAS DE SE PRESERVAR A ÁGUA
Por: Cristiane Diniz Vieira
Orientador
Prof. Ms. Fabiane Muniz
Niterói, RJ
2007
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
MANEIRAS DE SE PRESERVAR A ÁGUA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Planejamento
e Educação Ambiental.
Por Cristiane Diniz Vieira
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ser meu
refúgio nos momentos de alegrias e de
maiores dificuldades.
A minha estimada família pelo
indispensável apoio.
A minha irmã Ana Cristina e a amiga
Nilsilane por terem me acompanhado
no decorrer de todo o curso.
A todos os amigos, especialmente
Peter, Margarida, Daniela, Eneida e
Neiva que me apoiaram e auxiliaram
nos momentos mais angustiantes.
A professora Fabiane que sempre
atenciosa e sorridente me orientou.
4
DEDICATÓRIA
A minha mãe motivo de meu orgulho, que
sempre fica feliz e realizada a cada uma
das minhas vitórias.
A Ana Cristina e Regiane por saber que
acima de irmãs são minhas amigas.
Aos meus amados sobrinhos Victor,
Caroline e Caio desejando que eles
tenham um futuro de muito sucesso.
A minha grande e inesquecível amiga
Lílian.
Aos meus cunhados Carlos e Valmir que
de alguma forma sempre estão por perto
para me ajudar.
5
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo refletir sobre a grande
necessidade da preservação da água.
Encontramos água em quase tudo o que nos rodeia: no ar, no solo, nas
plantas, nos animais, inclusive no nosso corpo.
Durante muitos anos, o ser humano considerou a água como algo que
jamais se modificaria ou faltaria. Mas ao que tudo indica, o mundo poderá vir a
sofrer uma seca sem precedentes.
Hoje em dia, a água já pode ser considerada um bem mais precioso do
que foi o petróleo, no século passado.
O mau uso, aliado à crescente demanda pelo recurso, vem
preocupando especialistas e autoridades no assunto, pelo evidente decréscimo
da disponibilidade de água limpa em todo o planeta.
É imprescindível compreender o seu ciclo e preservarmos, preservando
assim a própria vida.
A poluição da água é um problema que afeta a todos. É preciso haver
logo uma conscientização da população mundial para que ainda se possa
fazer algo. É uma luta contra o tempo. Poupar recursos, reciclar a água,
economizar na torneira são algumas ações pequenas, fáceis, mas
fundamentais. É preciso fazer projetos com objetivo de conscientizar e educar
as pessoas, pois, se a educação ambiental avançar como é esperado, todos
estarão sendo beneficiados.
Atualmente é necessária uma preocupação para educar as pessoas
para a preservação da água, bem indispensável para a vida no planeta Terra.
Para atingir o objetivo proposto, foi necessária uma pesquisa
bibliográfica, através de análise interpretativa e síntese de diversos autores,
como Karmann, Branco, Hirata e outros.
METODOLOGIA
6
Este trabalho teve como principal metodologia a pesquisa bibliográfica.
Segundo Severino (2000), a pesquisa bibliográfica é uma série de
procedimentos para a localização e busca metódica dos documentos que
possam interessar ao tema discutido.
Pesquisas em livros, na legislação e em site da internet proporcionaram
a elaboração deste estudo.
Os principais autores que embasaram esta pesquisa foram Karmann,
Branco e Hirata.
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – A ÁGUA FUNDAMENTAL FONTE DA VIDA 10
CAPÍTULO II – ÁGUA DOCE E LIMPA: DE “DÁDIVA” À RARIDADE 19
CAPÍTULO III – PRESERVAÇAO DA ÁGUA: UMA QUESTÃO DE
SOBREVIVÊNCIA 29
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
WEBGRAFIA 43
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 45
8
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre a grande
necessidade da preservação da água.
Visto pelo lado de fora, o planeta Terra deveria se chamar água. É
composto por três quartos de água divididos em três categorias: água salgada,
geleiras e água doce. A água salgada ocupa cerca de noventa e sete por
cento, porém não são potáveis e não podemos bebê-la. Outros dois por cento
são em forma de geleiras no oceano e também não são disponíveis para o
uso. A água doce se subdivide em dois grupos. O primeiro ocupa
aproximadamente um por cento do total e é composto por águas subterrâneas
em forma de vapor, o que significa que também não podemos consumir. O
segundo são as águas doces de rios e lagos disponíveis para nosso consumo,
somando apenas um por cento do espaço aquático no planeta terra.
A generosidade da natureza fazia crer em inesgotáveis mananciais,
abundantes e renováveis. Hoje, o mau uso, aliado à crescente demanda pelo
recurso, vem preocupando especialistas e autoridades no assunto, pelo
evidente decréscimo da disponibilidade de água limpa em todo o planeta.
Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de
conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como
Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se
consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades
sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas.
Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do
mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias
regiões do País.
O Brasil, que aparentemente tem grande disponibilidade de água:
detém aproximadamente doze por cento da água doce superficial do mundo.
Ainda sofre com a má distribuição. Os setenta por cento da água disponíveis
para uso estão localizados na Região Amazônica. Os trinta por cento restantes
9
distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a noventa e três por
cento da população.
Segundo o Conselho Mundial da Água, todos os dias morrem 25 mil
pessoas no planeta por doenças relacionadas à má qualidade da água, um
número maior do que o provocado pela guerra.
Precisamos mais que nunca da mobilização social pela causa. É preciso
maior atenção à crise ambiental. É preciso refletir sobre as intensas
implicações que a falta de água pode nos trazer.
Não temos uma receita certa, mas é preciso que algo seja feito.
Podemos usar a escola como principal meio de conscientização.
O papel de uma escola é educar seus alunos e, para isso, é
necessário ultrapassar as fronteiras dos conteúdos acadêmicos. Atualmente é
necessária uma postura e uma consciência ambiental, reparando os danos
causados ao meio ambiente e evitando novos desastres ecológicos.
Conscientizando nossos alunos e eles por sua vez sua família,
estaremos contribuindo para a preservação da água que é fundamental fonte
de vida.
10
CAPÍTULO I
A ÁGUA: FUNDAMENTAL FONTE DA VIDA
Durante muitos anos, o ser humano considerou a água como algo que
jamais se modificaria ou faltaria. Mas ao que tudo indica, o mundo poderá vir a
sofrer uma seca sem precedentes.
Hoje em dia, a água já pode ser considerada um bem mais precioso do
que foi o petróleo, no século passado.
Segundo Karmann (2001), a água é a substância mais abundante na
superfície do planeta, participando dos seus processos modeladores pela
dissolução de materiais terrestres e do transporte de partículas. É o melhor e
mais comum solvente disponível. Nos rios, a água é responsável pelo
transporte de partículas, desde a forma iônica (em solução) até cascalho e
blocos, representando o meio mais eficiente de erosão da superfície terrestre.
Sob forma de gelo, acumula-se em grandes volumes, inclusive geleiras,
escarificando o terreno, arrastando blocos rochosos e esculpindo a paisagem.
Sua importância na superfície terrestre é atestada ainda quando se
comparam as áreas cobertas por água e gelo com aquelas de “terra firme”. Por
isso a Terra é chamada de planeta azul quando vista do espaço: é a cor da
água. Abaixo da superfície, a água também é importante, alimentando poços,
hoje responsáveis por significante abastecimento de água em grandes centros
urbanos e áreas áridas.
A água é fundamental para manter a vida no planeta, através da
fotossíntese, que produz a fonte de alimento para os seres consumidores pela
reação entre o gás carbônico e a água.
Não devemos esquecer que a água faz parte da constituição dos seres
vivos, em diferentes quantidades. Podemos citar como exemplo: que o ser
humano possui cerca de 70 % do seu peso em água; uma árvore, 75 %, a
água-viva, 95 % e um besouro cerca de 50 % de água.
Podemos citar diversas justificativas para sensibilizar que sem água
não há vida. Conforme afirma Branco (2004):
11
“A água constitui fator de grande importância na
constituição do mundo em que vivemos. No clima, permite
a manutenção de temperaturas amenas e variações não
muito acentuadas. É responsável pela formação da maior
parte das rochas sedimentares. Além disso, constitui
componente indispensável à existência da vida em todas
as suas formas.” (Branco, 2004, p.9).
Sabendo de sua grande importância para a vida no planeta nos
preocupa o grande descaso que é dado.
Segundo Barros (2006), uma quantidade insuficiente de água
transforma a sobrevivência num grande problema. Hoje, cerca de 1,3 bilhão de
pessoas sofrem com a falta de água em todo mundo. Se nada for feito para
melhorar essa situação, por volta de 2025, a crise da água atingirá muito mais
gente – grande parte da humanidade estará sem água de boa qualidade para
beber.
Encontramos a poluição em vários rios. Além da contaminação da água
de rios, lagos e represas há também o desperdício, que começa na rede de
distribuição de água à população. Redes defeituosas e com manutenção
precária são responsáveis por grande parte do desperdício de água nas
cidades em geral. Encontramos também desperdício doméstico: num banho
com o chuveiro ligado durante quinze minutos, joga-se fora cerca de 240 litros
de água, quando é possível economizar e gastar apenas 80 litros. Outro
problema são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam cerca de 40
% de toda a água da casa.
1.1. Ciclo Hidrológico
Segundo Jakievicius e Hermanson (2006) os pesquisadores acreditam
que o planeta Terra tenha surgido por volta de 4,6 bilhões de anos atrás. No
12
inicio era uma bola de gases muito quentes que, com o passar do tempo,
foram se resfriando. A atmosfera primitiva era formada por gases muito
diferentes dos que temos hoje e metais em estado líquido; havia também água,
mas na forma de vapor, pois a temperatura era altíssima. A Terra foi se
resfriando e os vapores condensaram-se formando os grandes oceanos.
Descargas elétricas em grandes quantidades, vulcões, tempestades e muita
chuva.
Na atmosfera primitiva, o vapor de água formava densas nuvens. A água
caia na superfície do planeta na forma de chuva, mas como a superfície da
Terra era muito quente, a água se evaporava quase que imediatamente,
voltando a formar nuvens. Era o início do ciclo da água na natureza.
“A água distribui-se na atmosfera e na parte
superficial da crosta até uma profundidade de
aproximadamente 10 km abaixo da interface
atmosfera/crosta, constituindo a hidrosfera, que consiste
em uma série de reservatórios como os oceanos,
geleiras, rios lagos, vapor de água atmosférica, água
subterrânea e água retida nos seres vivos. O constante
intercâmbio entre estes reservatórios compreende o ciclo
da água ou ciclo hidrológico, movimentando pela energia
solar, e representa o processo mais importante da
dinâmica externa da Terra.” (Karmann, 2001, p.114).
A circulação contínua da água na natureza constitui este processo que
chamamos ciclo da água. Esse ciclo deve-se ao conjunto de mudanças de
lugar e estado físico da água no decorrer do tempo. Neste processo a água
passa por três estados físicos:
• Liquido – encontrado nos rios, lagos e mares;
13
• Sólido – encontrado nas geleiras;
• Gasoso (evaporação) – mistura-se com a atmosfera.
Ciclo Hidrológico
O ciclo da água ocorre, pois o sol aquece a água dos lagos, rios e
mares, que se encontram no estado líquido. A água entra em estado gasoso
(evaporação) e sobe para a atmosfera. Esse vapor torna-se mais frio e mais
condensado formando as nuvens. As nuvens viajam pela terra até que as
gotículas se tornam grandes e as nuvens pesadas, caindo novamente sobre a
terra sob forma de chuva, granizo (pedras de gelo) ou neve (flocos de gelo).
Segundo (Branco, 2004) o ciclo das águas, ou ciclo hidrológico, está
diretamente ligado ao ciclo energético terrestre, isto é, a distribuição da energia
proveniente do Sol. É essa energia que é responsável pelo transporte da água
presente no mar, no solo e na vegetação, para as grandes altitudes
atmosféricas, que constituem as nuvens, de onde se derrama, na forma de
chuva e de neve, sobre os continentes.
14
1.2. Origem da água
“A origem da primeira água na história
da Terra está relacionada com a formação da atmosfera,
ou seja, a degaseificação do planeta. Este termo refere-
se ao fenômeno de liberação de gases por um sólido ou
liquido quando este é aquecido ou resfriado. Este
processo, atuante até hoje, teve início na fase de
resfriamento geral da Terra, após a fase de fusão parcial.
Neste gradativo resfriamento e formação de rochas
ígneas, foram liberados gases, principalmente vapor de
água e gás carbônico, entre vários outros.” (Karmann,
2001, p.114).
Segundo (Branco, 2004) a água em estado líquido, foi importante para o
resfriamento do planeta, dissolvendo a maior parte do gás carbônico
atmosférico e transformando-o em carbonatos, que se precipitaram nos
oceanos, na forma de rocha calcário. O gás carbônico é responsável pelo
efeito estufa porque tem a propriedade de absorver as radiações que vem do
Sol e aprisionar as radiações infravermelhas, que são as mais quentes,
tendendo a manter temperaturas muito elevadas na superfície do planeta. Na
Terra, a dissolução do gás carbônico pela água permitiu seu resfriamento até
as temperaturas atuais.
1.3. A água no planeta Terra
Nosso planeta é composto por 3/4 de água dividida em três categorias:
água salgada, geleiras e água doce. A água salgada ocupa cerca de 97%,
porém não são potáveis e não podemos bebê-la. Outros 2% são em forma de
geleiras no oceano e também não são disponíveis para o uso. A água doce se
15
subdivide em dois grupos. O primeiro ocupa 0,99% do total e é composto por
águas subterrâneas em forma de vapor, o que significa que também não
podemos consumir. O segundo são as águas doces de rios e lagos disponíveis
para nosso consumo, somando apenas 1% do espaço aquático no planeta
terra.
ÁGUA DOCE
Distribuição km³ %
Água doce
Calotas polares e geleiras 24,14 1,74
Solo e subsolo 10,83 0,76
Lagos e pântanos 0,1 0,008
Rios 0,002 0,0002
Total 35,1 2,53
ÁGUA SALGADA
Oceanos, lagos e subterrânea 1.350,00 97,45
VAPOR ATMOSFÉRICO 0,013 0,001
TOTAL DE ÁGUA NA TERRA 1.385,00 100 Fonte: Águas doces no Brasil - capital ecológico, uso e conservação. A. C. Rebouças, B.Braga, J. G. Tundizi.
A quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos, pronta
para o consumo, é suficiente para atender de seis a sete vezes o mínimo anual
que cada habitante do Planeta precisa. Apesar de parecer abundante, esse
recurso é escasso: representa apenas 0,3% do total de água no Planeta. O
restante dos 2,5% de água doce está nos lençóis freáticos e aqüíferos, nas
calotas polares, geleiras, neve permanente e outros reservatórios, como
pântanos, por exemplo.
16
1.4. A importância da água
“A importância da água para os seres vivos reside
no fato de a absorção de todas as substancias por eles
consumidas e de todas as reações do seu metabolismo
serem feitas por via aquosa. Isso acontece porque a
água, além de ser quimicamente neutra, possui a
propriedade de dissolver um número muito grande de
substâncias químicas minerais e orgânicas, sólidas ou
gasosas, facilitando assim a sua penetração através das
membranas celulares e o seu transporte por todo o
organismo. Afora isso, graças a sua grande estabilidade
térmica, capacidade de acumular calor e resistência às
variações bruscas de temperatura, a água é a substância
ideal para garantir a estabilidade interna dos organismos,
quer do ponto de vista químico, quer do físico. ” (Branco,
2004, p.23).
A água é a fonte da vida. Sem ela seria impossível a nossa própria
sobrevivência, já que ocupa cerca de 70% do corpo humano. E, além disso, a
água é necessária em vários momentos do nosso dia a dia, como:
• Na alimentação - Fundamental para o cozimento e a higiene dos
alimentos. Com ela nós lavamos as frutas e verduras, preparamos
sucos e cozinhamos. Além disso, todos os alimentos naturais são
compostos por água.
• Na Higiene - Em tudo. Lavar as mãos antes das refeições, tomar banho,
escovar os dentes, nada disso seria possível sem água.
• Nas tarefas domésticas - Lavar roupas, louças, lavar os pisos e
azulejos. Para manter tudo sempre limpo, a presença da água é
essencial.
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• Solvente da vida - a água é capaz de dissolver várias substâncias, como
certos gases e sais minerais. Essa capacidade que tem de atuar como
solvente é fundamental para a vida. No sangue, por exemplo, a água
dissolve sais minerais diversos, açúcares (como a glicose), certas
vitaminas, aminoácidos e outras substâncias que são transportadas e
distribuídas para os vários órgãos do corpo.
A água é fundamental para a vida de todos os seres vivos. A ONU
(Organização das Nações Unidas) em 22 de março de 1992 instituiu o Dia
Mundial da Água, expondo a necessidade de preservação e utilização e
divulgou o documento redigido sobre a Declaração Universal dos Direitos da
Água, que diz o seguinte:
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente cada povo, cada
região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de
todos.
2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida e de
todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceder como
são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à
água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é
estipulado no Art. 30 de Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos,
frágeis e muito limitados. Assim sendo a água deve ser manipulada com
racionalidade, preocupação e parcimônia.
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água
e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando
normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este
equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos por
onde os ciclos começam.
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5. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores, ela é,
sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma
necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para as
gerações presentes e futuras.
6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor
econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e
que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De
maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento,
para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração
de qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma
obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta
questão não deve ser ignorada nem pelo Homem nem pelo Estado.
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção
e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e
o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
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CAPÍTULO II
ÁGUA DOCE E LIMPA: DE “DÁDIVA” À RARIDADE
A generosidade da natureza fazia crer em inesgotáveis mananciais,
abundantes e renováveis. Hoje, o mau uso, aliado à crescente demanda pelo
recurso, vem preocupando especialistas e autoridades no assunto, pelo
evidente decréscimo da disponibilidade de água limpa em todo o planeta.
“A estrutura peculiar das moléculas de água é
responsável por uma série de propriedades muito
particular. Além disso, a água é um dos componentes que
entram em maiores proporções na formação do globo
terrestre. Dessas propriedades particulares e ímpares,
resultam várias características fundamentais do nosso
ambiente terrestre.” (Branco, 2004, p.25).
Segundo Lopes (1999) a água é a substância mais abundante dentro e
fora do corpo de todos os seres vivos. O surgimento e a manutenção da vida
na Terra estão diretamente ligados à água. Com certeza onde encontramos
vida certamente encontraremos água.
De forma resumida a molécula de água é formada por dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio.
Nossa vida esta associada direta ou indiretamente a água. Segundo
Nogueira (2007), existem várias situações que são simples, mas que podemos
perceber a dádiva que é a água, como por exemplo:
• A beleza das águas cristalinas correndo entre as pedras de um rio;
• O mar límpido com os peixes visíveis nadando e vivendo
tranquilamente;
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• O banho refrescante, com água renovando as forças trazendo sensação
de bem-estar depois de alguma atividade cansativa;
• Um copo de água fresca quando a boca está seca;
• A água que ocupa boa parte da terra e que nem sempre pode ser
bebida.
A água é o bem fundamental da vida. Pena que este bem está se
tornando raridade. Segundo Hirata (2001) o nosso planeta “água” está
passando sede. Como poderíamos imaginar que nos tempos atuais milhões de
pessoas vivam com menos de cinco litros de água diariamente em um planeta
que a maior parte de sua superfície é constituído de água.
Segundo o informativo Sócioambiental (2007) estudiosos acreditam que
brevemente a nossa água estará sendo o motivo principal de grandes conflitos
entre os países. Já vemos sinais dessa tensão em muitas áreas, como por
exemplo, no Oriente Médio e na África. Mesmo o Brasil, que é um país
privilegiado com 12 % da água doce superficial no planeta Terra já observam
muitas cidades sofrerem com problemas pela falta’água. A maior causa de
problemas é a distribuição desigual. Outra dificuldade é a distância entre as
fontes até os centros consumidores. É o que acontece na Califórnia (EUA), que
para se manter depende até de neve derretida no distante Colorado. Não
precisamos ir tão longe, aqui no Brasil, em São Paulo, podemos observar que,
mesmo tendo surgido na confluência de muitos rios, com o passar do tempo à
poluição conseguiu tornar impossível à água para consumo as fontes que eram
próximas e precisa atualmente captar água de bacias distantes, alterando com
isso cursos de rios e a distribuição natural da água na região.
Nos últimos dez anos, a quantidade de água distribuída aos brasileiros
cresceu de 30 %, mas quase dobrou a proporção de água que não oferece
tratamento e o desperdício é de assustar: 45% de toda água ofertada pelos
sistemas públicos.
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2.1. Disponibilidade e distribuição
Embora o nosso país seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em
rios do mundo, ao uso inadequado e poluição interfere nesse recurso em
várias regiões.
O Brasil abriga o maior rio em extensão e volume do mundo, o rio
Amazonas. E ainda 90 % do território brasileiro recebe chuvas durante o ano e
as condições geológicas e climáticas proporcionam a formação de uma
extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-árido, pois os rios são
pobres e temporários. No entanto essa água é distribuída de maneira irregular.
Enquanto na Região Sudeste onde estão a maior concentração populacional
do País tem disponível 6 % do total da água, na Amazônia, onde se encontra
as mais baixas concentrações populacionais tem 78 % da água superficial.
O território brasileiro é tão privilegiado que mesmo na Região Nordeste
(área de incidência do Semi-Árido), não encontramos uma região homogênea.
Existem muitos pontos onde a água é permanente, mostrando, portanto que
existem opções a solução de problemas socioambientais que são atribuídos à
seca.
Podemos observar que a situação da água no Brasil encontra-se assim
distribuída:
• O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo;
• Os 70 % da água disponível para uso estão localizados na Região
Amazônica;
• Os 30 % restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender
a 93% da população.
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Distribuição dos Recursos Hídricos, da Superfície e da População (em % do total do país).
Fonte: DNAEE 1992
Área das Bacias Hidrográficas no Brasil (em %)
2.2. A água no mundo
A quantidade existente de água doce no planeta estocada em rios e
lagos, pronta para o consumo, é suficiente para atender de seis a sete vezes o
mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa se soubesse usar o
necessário. Apesar de parecer abundante, esse recurso é escasso: representa
apenas 0,3% do total de água no mundo. O restante dos 2,5% de água doce
encontra-se nos lençóis freáticos e aqüíferos, nas calotas polares, geleiras,
neve permanente e outros reservatórios, como pântanos, por exemplo.
Se em termos globais a água doce é suficiente para todos, sua
distribuição é irregular. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais,
23
que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão
48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas
de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.
O problema de escassez acontece não apenas à irregularidade na
distribuição da água e ao aumento da procura - o que muitas vezes pode gerar
conflitos de uso – mas também ao fato de que, nos últimos 50 anos, a
degradação da qualidade da água aumentou em níveis preocupantes. Hoje em
dia, as grandes cidades, indústrias e áreas de desenvolvimento agrícola com
grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já começam a sofrer a
dificuldade na qualidade da água, o que pode contribuir com vários problemas
de saúde pública.
A situação da água no mundo
Regiões onde há deficiência de água
África: Saara (9.000.000 km2) - Kalahari (260.000 km2)
Ásia: Arábia (225.500 km2) - Gobi (1.295.000 km2)
Chile: Atacama (78.268 km2)
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Os problemas de água atingem hoje principalmente o Oriente Médio, o
norte da África, a Ásia Central e a África (região próxima ao deserto do Saara).
Mas também há problemas na China Ocidental, no Oeste e Sul da Índia, no
Oeste da América Latina e em grandes regiões do Paquistão e do México. No
Afeganistão e na Índia, a falta d’água é tanta grande que as pessoas lavam as
mãos com areia e o banho, quase não existe. No total, vinte e seis países
possuem menos de 1000 m de água potável por habitante/ano, o que coloca
uma população de 255 milhões de pessoas à beira do colapso. A situação é
crítica na Hungria, China, Tailândia e Estados Unidos.
2.3. Qualidade comprometida
“Em conseqüência da sua alta capacidade de dissolver
elementos e compostos químicos, a água está sujeita a
transportar em solução inúmeras impurezas que lhe são
fornecidas pelo ambiente. Por essa mesma razão, ela é
utilizada pelo ser humano como veículo de seus dejetos,
o que leva os rios a se tornarem poluídos e impróprios
para as várias utilidades.” (Branco, 2004, p.65).
Segundo o informativo Sócioambiental (2007) a água limpa cada vez
torna-se mais rara na Zona Costeira e a água potável cada vez mais cara. Isso
acontece devido à forma como a água disponível está sendo usada: com
desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem preocupação
com a qualidade. Com isso, parte da água já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas),
devido a processos de industrialização, produção agrícola e principalmente
urbanização, que são necessários, mas pouco estruturados no que se refere à
preocupação com a preservação ambiental e da água.
Nas cidades, surgem os problemas de abastecimento que estão
diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício
25
descontrolado e à urbanização desestruturada. Encontramos na zona rural, os
recursos hídricos também explorados de forma irregular, além de parte da
vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de
atividades como agricultura e pecuária e com isso algumas vezes, os
agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam poluindo a
água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro
de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos
atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto
gerado. O saneamento básico não é realizado de forma adequada, já que 90%
dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem
tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de
degradação nunca imaginado.
Segundo o jornal o Globo de 21/03/07 20 % da população do Brasil não
tem acesso à água potável e com este problema aumenta a mortalidade infantil
principalmente na região Nordeste. Estima-se que a metade da população dos
países do Hemisfério Sul tenha problemas de enfermidades causadas
diretamente pela água de má qualidade.
Segundo o Conselho Mundial da Água, todos os dias morrem 25 mil
pessoas no planeta por doenças relacionadas à má qualidade da água, um
número maior do que o provocado pela guerra.
Segundo Nogueira (2007), não é justo aceitar que existe um dono das
águas. É um absurdo um pequeno grupo ganhar lucros com o direito humano
fundamental que é a água. Mais absurdo ainda é imaginar que distantes
estrangeiros controlem a água com o objetivo de gerar lucro. A água é um bem
social e não privilégio para nenhum grupo. Baseado nisso, a Constituição
Federal estabelece:
Artigo 20. São bens da União
III. Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,
ou que banhem mais de um estado, sirvam de limite com outros países, ou se
26
estendam a territórios estrangeiros ou deles provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais.
Artigo 21. Compete a União
XI. Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos e definir critérios de
outorga de direitos de seu uso.
Artigo 26. Incluem-se entre os bens do Estado
I. As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma de lei, as decorrentes de obra da
União.
Segundo Nogueira (2007), estas disposições constituem evidentemente
instrumentos do Estado para a defesa do interesse público, não consentindo
favorecer nenhum valor econômico a água, quer dizer, não transformá-la em
mercadoria. Infelizmente em 08 de janeiro de 1997, surgiu a lei federal
94.33(artigo1º, II, artigo5. IV) em que a água passou a ser considerada como
um recurso natural limitado, dotado de valor econômico, isto é, a água passou
a ser identificada também como uma mercadoria. Para vender água à
população a lei permitiu a criação de Agência de Água, um sistema de
administração adotado com o objetivo de desvinculá-lo da política partidária,
porém que vem sendo motivo de muitas críticas, pois na prática, ficou muito
sujeito ao poder econômico das grandes corporações.
É um absurdo ser defendida e apoiada por grandes corporações uma lei
que transforma a água em mercadoria. A água sendo um bem fundamental
para a vida deveria ser um direito de todo homem, mulher, criança, idoso,
enfim, todos deveriam ter acesso à água de boa qualidade. Este é um direito
de quem se preocupa com a qualidade de vida. Este deveria ser o princípio
fundamental para não acontecer o que mais tememos: a idéia que só terá água
quem tiver dinheiro. Hoje em dia já começamos a observar o reflexo disto: por
exemplo, não observamos mais nos restaurantes, uma jarra de água filtrada
para bebermos. Vemos-nos obrigados a comprar água industrializada, mineral.
27
Antigamente era um absurdo negar água a alguém. Atualmente sobre a égide
da mentalidade capitalista do século XX, precisamos comprar água.
Se do lado do povo existe a cultura que não devemos negar água a
qualquer pessoa, em contraposição, observamos no governo, que há um
entorpecimento e uma surpreendente submissão aos órgãos internacionais de
financiamento, Banco Mundial, BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) e BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento). O que nos deixa surpresos é que estes bancos são
divulgados com uma imagem de que ajudam os países mais pobres, mas, na
verdade, estão ligados e dominados pelo sistema financeiro internacional para
ajudar a consumação dos interesses das transnacionais nos diversos países.
Estamos cada vez mais cercados por um sistema industrializado
controlando a água que precisamos para viver. Esta lei precisa ser revista, ela
só faz permitir o comércio dos recursos naturais.
Segundo Ventura (2001), realmente a cobrança pelo uso da água tem
respaldo legal na Lei Federal nº. 9433/97, estabelecendo que a água é um
bem econômico sujeito a cobrança e que os recursos financeiros arrecadados
deverão ser utilizados em financiamentos de programas e intervenções para a
recuperação ambiental da bacia hidrográfica. Mas temos a sensação que já
pagamos pela água, porém, perante a lei o que pagamos,seja em residência
ou indústrias, é o tratamento e distribuição da água, mas não pela água em si.
A partir da implementação da lei, todos, sem exceção, irão pagar pela água
que retiram da natureza e também pelos dejetos que nelas despejam. Isso
quer dizer que teremos que pagar não apenas pelos custos de tratamento e
distribuição da água, como também pela água em si. Este projeto foi tão bem
articulado, ao que parece que conseguiu unir políticos, empresários,
proprietários rurais, além de ecologistas, ambientalistas, e até consumidores
preocupados com o meio ambiente. Esperamos que este dinheiro retorne às
bacias onde deveria ser recolhido, para ser aplicado, obrigatoriamente, em
obras de esgoto, revegetação, reflorestamento e prevenção de erosão.
28
Segundo o Banco Mundial, em dez anos, 40 % da população de todo o
planeta não encontrarão mais água suficiente para se manter. As guerras do
século XX foram devido ao petróleo. As do século XXI acontecerão por causa
da água. Isso se agrava devido às reservas de água no mundo (cerca de 220),
encontram-se em regiões de fronteiras. O continente europeu já acabou com
as suas florestas e devido a isso, já não possui muita água.
Precisamos mais que nunca da mobilização social pela causa. É preciso
maior atenção à crise ambiental. É preciso refletir sobre as intensas
implicações que a falta de água pode nos trazer.
Não podemos permitir que o bem essencial da vida caia no poder das
transnacionais formando cartel. A água é uma dádiva, um direito fundamental
do ser humano e de todo ser vivo e nunca uma mercadoria. Defende-la não é
defender riquezas, mas a própria vida.
29
CAPÍTULO III
PRESERVAÇÃO DA ÁGUA: UMA QUESTÃO DE
SOBREVIVÊNCIA
Quando determinado elemento adquire função para o ser humano,
falamos que ele constitui um recurso, quer dizer, uma fonte de utilidade. Se
este recurso provém da própria natureza, ele passa a ser considerado recurso
natural.
Segundo Branco (2004), os recursos naturais podem ser não-
renováveis, quando uma vez utilizados, não são substituídos em sua fonte, isto
é, tendem a se esgotar na natureza, como é o caso dos metais, do carvão
mineral, do petróleo, etc. Outros recursos podem ser renovados. Podemos
citar como exemplo, os vegetais, cortados para a produção de lenha, de
matérias-primas ou de alimentos, que podem renovar-se, rebrotando ou
crescendo a partir de sementes depositadas no solo. Os peixes também
servem como exemplo, pois, mesmo servindo de alimento para outros animais,
inclusive o ser humano, reproduzem-se continuamente, restabelecendo os
estoques de pescado.
“A água constitui um caso particular de recurso
renovável. Qualquer que seja o seu uso, no final ela é
restituída ao ambiente, retornando a sua origem. Quando
fervida em uma caldeira, para geração de energia
termoelétrica, é devolvida ao ar e aos ciclos naturais,
depois de realizar o seu trabalho. Da mesma forma, a
água que faz girar uma turbina, depois de gerar energia
hidrelétrica, retorna ao rio seguindo seu curso natural em
direção ao oceano. Finalmente, a que é usada na
30
irrigação das plantações retorna através da
evapotranspiração, e a empregada no abastecimento das
cidades é devolvida na forma de esgotos líquidos.”
(Branco, 2004, p.89).
Devido a isso, a quantidade de água que existe na natureza terrestre é
constante: ela não se perde. Mas sua distribuição no espaço e no tempo pode
ser modificada em virtude das chuvas periódicas e de outros fenômenos que
tem a influência do ser humano e que alteram o ciclo hidrológico normal.
Vastas regiões do planeta, que já foram povoadas por densas florestas, hoje
são ocupadas por savanas, de vegetação rarefeita, ou até desertos, devido às
modificações naturais no ciclo das chuvas. Grandes alterações foram
conseqüências da ação do ser humano ao interferir nos fenômenos de
evapotranspiração ou ao desviar os rios de seu curso natural.
Tais fatos podem ocorrer em conseqüência de fenômenos naturais, mas
são agravados por efeitos das ações predatórias do ser humano sobre o meio
ambiente.
Por isso tememos o que pode acontecer.
A preocupação com a água está atingindo proporções alarmantes.
Segundo Hirata (2001), já no ano de 1972, a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente em Estocolmo anunciava uma possível crise mundial
da água. Na década de 1990, o Comitê de Recursos Naturais das Nações
Unidas confirmou que oitenta países, que representavam 40 % da população
mundial, sofriam de grave ausência de água e que em muitos casos esta
carência era um fator limitante influenciando no desenvolvimento econômico e
social. Hoje a escassez da água atinge mais de quatrocentos e sessenta
milhões de indivíduos, sendo necessário modificar o modo de vida da
sociedade para que a população mundial não venha a sofrer problemas mais
graves nas próximas décadas.
“A contaminação da água vem crescendo
assustadoramente, sobretudo nas zonas costeiras e em
31
grandes cidades em todo o mundo. Fornecer água
potável para todos é o grande desafio da humanidade
para os próximos anos. A água de boa qualidade pode
reduzir a taxa de mortalidade e aumentar a expectativa de
vida da população.” (Hirata, 2001, p.422).
Sabemos que a água é um bem que deve ser utilizado pelo ser humano
para manter sua sobrevivência e a melhoria de suas condições econômicas,
sociais e comunitárias. Segundo Benetti e Bidone (2001) dentre os recursos
naturais à água é o que apresenta os mais variados, legítimos e correntes
usos. Atualmente, em função dos progressos sociais e industriais que vem
atravessando a humanidade podemos citar várias utilidades de uso da água,
entre elas:
• Abastecimento público;
• Consumo industrial;
• Matéria prima para a indústria;
• Irrigação;
• Recreação;
• Dessedentação de animais;
• Geração de energia elétrica;
• Transporte;
• Diluição de despejos;
• Preservação da flora e fauna.
Em todos os casos citados acima precisamos de água e sentimos que
cada vez mais é necessária uma conscientização da população mundial de
que para nossa sobrevivência é preciso preservá-la.
3.1. Medidas preventivas de preservação dos recursos hídricos
32
De acordo com Benetti e Bidone (2001), a qualidade de água de mananciais que formam uma bacia hidrográfica está diretamente relacionada
com o uso do solo na bacia e também com o grau de controle sobre fontes de
poluição.
Para se ter o controle sobre as fontes de poluição basta observar o
tratamento de águas residuárias sanitárias e industriais. Há tecnologia
disponível e sua instalação depende como sempre da disponibilidade
financeira para a implantação das obras de engenharia. Porém as
modificações na qualidade da água estão relacionadas diretamente com as
modificações que acontecem na bacia hidrográfica, como solo e vegetação.
Portanto, um programa de controle de poluição das águas precisa
obrigatoriamente, contemplar um planejamento territorial na bacia hidrográfica.
Observando características como cobertura vegetal, clima, tipo de solo,
geologia, topografia, drenagem, pode-se chegar a um adequado zoneamento
de usos do solo na bacia. Desse modo seriam determinadas áreas de
preservação de mananciais, reservas florestais, distritos industriais, áreas de
expansão urbana, áreas agrícolas, enfim o uso do solo seguiria as
características naturais da bacia hidrográfica. O planejamento territorial, junto a
outras medidas com o objetivo de prevenir é um instrumento de baixo custo e
eficaz para o controle de poluição.
Segundo Benetti e Bidone (2001) existem outras medidas que podem
ser tomadas que são eficientes que deve ser através do acesso a informações
que permitirá uma real educação. Entre essas medidas podemos citar:
• A utilização de técnicas adequadas de manejo do solo, diminuindo a
erosão;
• A racionalização da utilização de agrotóxicos e fertilizantes;
• A reutilização do lixo, sendo também uma vantagem econômica;
• Ordenar o crescimento urbano para áreas menos críticas, evitando
impermeabilização progressiva do solo, diminuindo com isso o
33
escoamento superficial e transbordamentos de riachos e córregos
urbanos;
• Proteção das áreas marginais aos cursos de água, normalmente
sujeitas a inundações periódica.
Atualmente o mundo vive uma crise da água, entre os fatores podemos
citar:
• A demanda mundial por água dobrou nos últimos vinte anos;
• A disponibilidade de água por habitantes no mundo foi reduzida em 60
% nos últimos cinqüenta anos;
• A escassez crônica de água já atinge duzentos e cinqüenta milhões de
pessoas em vinte e cinco países;
• Em setenta regiões do planeta Terra já existe conflitos pelo controle da
água potável;
• Seriam necessários US$400 bilhões para oferecer água potável a toda à
população mundial.
Segundo Ventura (2001) a falta de água já está sendo considerada um
dos maiores problemas da humanidade neste século. Por enquanto, porém - e
apesar do alerta das autoridades e das organizações ligadas ao setor - a
população parece não ter se dado conta desse fato e continua gastando água
a torto e a direito. Por isso que além de alertar é preciso educar a população.
Podemos observar alguns dados alarmantes que comprovam como se
desperdiça água:
• Quase a metade dos gastos de água numa residência – 47 % - vem da
descarga sanitária. Cada vez que uma pessoa usa uma descarga gasta
pelo menos vinte litros de água.
• O esquecimento de torneiras abertas em residências, shoppings, clubes,
bares e restaurantes;
34
• Torneiras mal vedadas que fica gotejando água e chega a desperdiçar
quarenta e seis litros de água a cada vinte e quatro horas, cerca de
1360 litros por mês. A mesma quantidade que uma pessoa necessita
para suprir suas necessidades básicas diárias segundo a Organização
Mundial de Saúde.
• Vazamentos em encanamentos, que podem levar meses até manifestar
estragos nas paredes;
• Banhos longos consumindo cerca de 95 a 180 litros de água;
• Para regar as plantas, se gasta cerca de 186 litros de água;
• Muita gente ainda utiliza a mangueira como vassoura, desperdiçando
um absurdo de água para lavar calçadas;
• São alarmantes os efeitos da falta de saneamento básico. Segundo a
Organização Mundial de Saúde, 80% das doenças, 65% das
internações hospitalares e 30% dos óbitos são causados pela ausência
de cobertura sanitária. Em outras palavras, por água contaminada.
Atualmente, vinte crianças com menos de sete anos morrem por dia, de
doenças decorrentes da falta de saneamento básico;
• A população sofre, vítima de um cenário preocupante, com
disseminação de valas negras, poluição dos rios, mares e lagoas,
desperdício de água e um altíssimo índice de doenças que poderiam ser
evitadas com o simples tratamento do esgoto;
• A poluição causada por metalúrgicas pode ser ainda mais perigosa que
a das indústrias têxteis. Ela não tinge as águas do rio, é invisível, mas
contamina os lençóis freáticos com metais pesados que são altamente
nocivos para a saúde.
Não temos uma receita certa, mas é preciso que algo seja feito.
Podemos usar a escola como principal meio de conscientização.
A poluição da água, não é um problema individual. É preciso haver logo
uma conscientização da população mundial para que ainda se possa fazer
algo. É uma luta contra o tempo, como se uma “bomba do tempo” estivesse
ativada, correndo o risco de explodir a qualquer momento.
35
Segundo Ventura (2001), não é alarmismo. O que podemos afirmar é
que a capacidade do planeta de fornecer a água doce indispensável à vida
está a cada dia se esgotando. Segundo a ONU calcula-se que dentro de vinte
e cinco anos, 2,8 bilhões de pessoas viverão em regiões de seca crônica. De
acordo com os especialistas há uma previsão para um quadro de grande
escassez de água no mundo no decorrer deste século.
Em muitos países já começa a ser percebida esta realidade, mas
infelizmente a população ainda não está consciente da importante necessidade
de economizar água, preservar nossos mananciais e controlar atividades
poluidoras. Precisamos despertar a população mundial para a necessidade de
preservar a água.
Algumas atitudes de como preservar:
• Diversos países europeus desenvolveram descargas com dois botões –
um libera apenas cinco litros de água por vezes e o outro, quinze litros.
Com esta simples medida é possível obter uma grande economia de
água no final do dia;
• A substituição de torneiras convencionais por outras de fechamento
automáticas, representando uma economia de água de mais de 100 %;
• Consertar o quanto antes torneiras e descargas que vazam, pois
representam grande desperdício mensal;
• Uma torneira aberta gasta 12 a 20 litros por minuto. Portanto, todo
cuidado é pouco para lavar mãos, rosto, louça, roupa, seja o que for.
• Quem lava louça com a torneira meio aberta gasta cerca de duzentos e
quarenta e três litros de água em quinze minutos. É possível reduzir
bastante este consumo, retirando os restos dos pratos e panelas com
uma escovinha, colocando-os na pia e cobrindo de água; a seguir,
ensaboar com a torneira fechada, só voltando a usar água novamente
para enxaguar.
36
• Ao escovar os dentes molhar a escova e fechar a torneira enquanto se
escova os dentes, enxaguando a boca com um copo d'água. Com isso,
é possível economizar cerca de doze litros de água.
• Precisamos nos acostumar a tomar banhos mais curtos. Manter o
registro fechado enquanto nos ensaboamos, diminuindo o tempo de
ducha aberta para cinco minutos, o consumo cai para oitenta e um litros.
Já existem países em que os chuveiros contam com válvulas idênticas
às de uma descarga sanitária, ou seja, um jato d'água para a pessoa se
molhar e outro para se enxaguar;
• Nos dias de hoje, deveria ser considerado um crime, lavar calçada com
mangueira a não ser que isso fosse feito com água de chuva acumulada
num reservatório especial. O certo é utilizar vassoura e quando for, de
fato, indispensável, apelar para um ou dois baldes de água, em vez de
deixar a mangueira aberta o tempo todo, gastando até 300 litros de
água;
• Para lavar carros, o certo é também utilizar baldes e não mangueiras.
Uma mangueira ligada o tempo todo durante a limpeza do automóvel
consome até seiscentos litros de água. Com um balde se gasta no
máximo sessenta litros.
• Atualmente, existem técnicas de limpeza e tratamento de água que se
forem realizadas nos prazos de manutenção, dispensam por completo a
realização de trocas de água. O perigo são as piscinas de plástico,
algumas imensas e que têm sua água trocada quase todos os dias
durante o verão. Vale lembrar que num metro cúbico de água temos mil
litros. Assim, mesmo em piscinas pequenas a quantidade de água é
muito grande, daí a preocupação;
• As empresas devem investir em estações de tratamento de seus
efluentes, visando se encaixar nos rígidos padrões de qualidade da ISO
14.000;
• Os empresários vêm percebendo que em médio prazo, é um bom
negócio reaproveitar a água, reciclar rejeitos e racionalizar o uso de
matéria-prima, o que reduz em larga escala o impacto ambiental.
37
Segundo Dias (2007), poupar recursos, reciclar a água, economizar na
torneira são algumas ações pequenas, fáceis, mas fundamentais. É preciso
fazer projetos com objetivo de conscientizar e educar as pessoas, pois, se a
educação ambiental avançar como é esperado, todos estarão sendo
beneficiados.
Organizações e escolas de diversas cidades precisam se mobilizar para
mostrar as crianças e jovens que são o futuro do nosso planeta que é preciso
fazer alguma coisa. Mostrando que eles são peças fundamentais para a
preservação da água no mundo. Dentro deste contexto, a educação ambiental
tem um fundamental papel de informação, orientação e sensibilização para os
assuntos relativos à água.
3.2. Números que fazem pensar
Segundo Ventura (2001), devemos nos alertar para os seguintes dados:
• De cada 100 brasileiros, apenas 72 contam com sistema de
abastecimento de água (OMS);
• Em Israel, um copinho de água está sendo vendido por quatro
dólares;
• Aqui mesmo no Brasil, um litro de água mineral já está custando
quase o mesmo preço do litro da gasolina;
• No século vinte, enquanto a população mundial cresceu quatro
vezes, o consumo de água cresceu sete vezes;
• As Nações Unidas estimam que dois milhões de pessoas já vivem
com escassez de água;
• A agricultura é a atividade econômica que mais gasta água. E no
momento em que se preocupa com o uso racional da água, a
38
utilização da irrigação na produção agrícola é questionada. No
Brasil, são 3,4 milhões de hectares irrigados, que respondem por
16% da produção nacional. A maior parte, cerca de 700 mil
hectares, está na região do semi-árido, no Nordeste do País, 1,5
milhão na região Sul, 900 mil no Sudoeste e o restante no Centro-
Oeste. Para ter melhor aproveitamento do equipamento e evitar
desperdícios de água, especialistas chamam a atenção para a
necessidade de elaboração de projetos de irrigação. A definição do
sistema de irrigação depende do tipo de solo, cultura a ser
implantada, clima e topografia do terreno.
É preciso maior atenção à crise ambiental. E preciso refletir sobre as
intensas implicações que a falta de água pode nos trazer.
Enquanto despoluição é quando não existe o lançamento de águas
contaminadas no rio, revitalização implica em recuperação ambiental,
recuperação das margens, das espécies, recuperação dos formatos dos rios.
Precisamos evoluir da despoluição para a revitalização.
Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas
para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das
águas doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de
reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base
na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos,
saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para
as particularidades de cada região.
É necessário, então, mais consciência por parte da população no uso
da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do
saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas
podem ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a
demanda, o custo dessa água é pelo menos 50% menor do que o preço da
água fornecida pelas companhias de saneamento, porque não precisa passar
por tratamento. Apesar de não ser própria para consumo humano, poderia ser
39
usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e
nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções –
casas, prédios, escolas, complexos industriais – devem incorporar sistemas de
aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo
humano.
CONCLUSÃO
Ao longo deste trabalho, buscamos questionar e refletir sobre o
que nos resta fazer diante do enorme problema, que é a poluição da água, que
envolve a todos os habitantes do planeta. A partir das observações feitas,
estamos um pouco decepcionados, mas ao mesmo tempo mais dispostos a
enfrentar o compromisso sério em relação à preservação da água.
Após a pesquisa chegamos à conclusão de que não é nenhuma
novidade que a água do planeta está correndo um sério risco. Sempre ouvimos
noticias em vários meios de comunicação, nos alertando quanto ao futuro do
planeta. Infelizmente temos consciência de que o problema foi agravado por
quem mais deveria proteger que é o ser humano.
É preciso maior atenção à crise ambiental e refletir sobre as intensas
implicações que a falta de água pode nos trazer.
Os desperdícios, a poluição dos rios, as agressões à camada de ozônio
vêem destruindo o recurso mais importante para a nossa sobrevivência.
Mas, nem tudo está perdido.
E a responsabilidade é de todos nós para promover um ambiente
equilibrado e assegurar uma vida saudável.
40
O que se conclui é que a preservação da água não é só uma questão de
bom senso, é uma questão de sobrevivência.
É necessário haver logo uma conscientização da população mundial de
que o problema é sério e que somente através das mudanças de hábitos
poderemos preservar.
Podemos aproveitar a escola que deve ultrapassar os limites dos
conteúdos acadêmicos, e transmitir aos alunos, que são o futuro do mundo,
uma visão ecológica de forma que adquiram uma consciência ambiental,
reparando os danos que o ser humano pode causar ao ambiente e educando-
os de modo que eles se conscientizem que devem economizar, reciclar, e
preservar a água. Estas são pequenas e fáceis atitudes que fazem toda a
diferença e garante a fundamental fonte de vida.
41
BIBLIOGRAFIA
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VENTURA, Dalva. Preservação da água: uma questão de sobrevivência/
www.premioreportaje.org acessado em 20/04/07
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A ÁGUA: FUNDAMENTAL FONTE DE VIDA 10
1.1 – Ciclo hidrológico 11
1.2 – Origem da água 14
1.3 – A água no planeta Terra 14
1.4 – A importância da água 16
CAPÍTULO II
ÁGUA DOCE E LIMPA: DE “DÁDIVA” À RARIDADE 19
2.1 – Disponibilidade e distribuição 21
2.2 – A água no mundo 22
2.3 – Qualidade comprometida 24
CAPÍTULO III
PRESERVAÇAO DA ÁGUA: UMA QUESTÃO DE
SOBREVIVÊNCIA
29
3.1 – Medidas preventivas de preservação de recursos
hídricos
31
45
3.2 – Números que fazem pensar 37
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
WEBGRAFIA 43
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: Maneiras de se preservar a água
Autor: Cristiane Diniz Vieira
Data da entrega: 28/07/07
Avaliado por: Fabiane Muniz Conceito:
46