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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU
2015
NOVA GESTÃO MUNICIPAL E MEMÓRIA DA
COMUNIDADE: INTEGRANDO COMUNIDADES
CARENTES ATRAVÉS DE UM PROJETO DE VIDA NAS
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO MODERNA.
Rio de Janeiro
ALUNO: Marcelo Ganem Dias Teixeira
Orientador:
José de Oliveira
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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Agradecimentos:
Agradeço aos meus pais e família.
3
Dedicatória:
Dedico este trabalho à memória de meu avô Amaury Burlamaqui Dias e
meu bisavô Dr. Nagib Abes Ganem, que eram muito amigos meus. Em
consideração dos colegas e professores do Instituto a Vez do Mestre da
Universidade Cândido Mendes, aos colegas de Colégio de São Bento e da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro onde me graduei Bacharel
em Administração em 2001. Dedico este trabalho também a meus pais, Héldio
e Celeste, meus irmãos Rafael Ganem e Viviane Ganem, e por fim minha avó
Tereza Ganem. Dedico também aos colegas do Departamento de Educação da
Pontifícia Universidade Católica e aos colegas recenseadores do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística que trabalhei em 2010.
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RESUMO
O presente trabalho tem como principal objetivo mostrar ao leitor a
importância das relações humanas numa nova e moderna gestão municipal e
sua inter-relação com a memória da comunidade, no apoio aos jovens de
comunidades carentes tendo como meio de realização o perfeito equilíbrio
entre os gestores municipais e os agentes de municipais como agentes de
mudança na relação professor – aluno.
Visa também mostrar o papel da educação no cotidiano e elucidar o
papel de todos que contribuem para uma perfeita educação do corpo docente,
discente das universidades e seus potenciais alunos: como os de cursos
profissionalizantes e calouros de curso de ensino superior.
A pesquisa também enfatiza o papel do aluno universitário no mundo de
hoje globalizado e mais dinâmico como forma de reflexão positiva para sua
inserção no mercado de trabalho, sua valorização a cada dia como trabalhador
moderno e a valorização de sua auto-estima enquanto cidadão, mostrando
assim o seu papel enquanto indivíduo garantindo assim o seu sustento e de
seus pares e familiares.
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METODOLOGIA
Este trabalho é de cunho bibliográfico e se baseia na leitura de revistas
da área de educação, jornais, planilhas, pesquisas da internet e recursos
textuais.
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SUMÁRIO:
FOLHA DE ROSTO 1
AGRADECIMENTOS 2
DEDICATÓRIA 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E A CONSTRUÇÃO
DO PROJETO DE VIDA 8
CAPÍTULO II
MEMÓRIA DA COMUNIDADE E A NOVA GESTÃO MUNICIPAL 16
CAPÍTULO III
EAD – SOLUÇÃO INTELIGENTE PARA NOSSOS PROBLEMAS 29
CONCLUSÃO 33
ANEXOS 34
BIBLIOGRAFIA 35
ÍNDICE 36
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como principal objetivo mostrar ao leitor a
importância das relações humanas numa nova e moderna gestão municipal e
sua inter-relação com a memória da comunidade no apoio aos jovens de
comunidades carentes tendo como meio de realização o perfeito equilíbrio
entre os gestores municipais e os agentes de municipais como agentes de
mudança na relação professor – aluno. Mas como solucionar os problemas
orçamentários de nossa economia otimizando-os ao déficit educacional de
nossos jovens? Educação continuada a distância seria uma solução ao nosso
ver.
Para que o leitor tenha maior interesse pelo meu trabalho citarei alguns
autores que possam consultar como referência bibliográfica: Karl Marx (O
Capital), Charles Handy (Os Deuses da Administração), Gareth Morgan
(Imagens da Organização), Thomaz Wood Jr. ( Mudança Organizacional) e
Morin (Ciência com Consciência).
O que está em voga hoje do meu ponto de vista é a educação a
distância, onde o professor pode lecionar de casa ou do trabalho atendendo
esta demanda latente que foi percebida devido ao crescimento da população
economicamente ativa (IPEA) e de jovens demandando mais cursos técnicos
e/ou profissionalizantes.
No Capítulo 1 é onde se dá a importância na sociedade de hoje. Procuro
enfatizar a questão-problema que é como criar uma EAD para atender a
demanda de alunos do ensino básico, médio, superior e pós-graduados.
Através de cursos profissionalizantes (CCPTs) via EAD estaremos preparados
para este desafio.
O Capítulo 2 aborda a realidade brasileira para a solução final que
integrará a nossa realidade e de nossa comunidade científica aos desafios do
futuro.
O Capítulo 3 propõe solucionar o problema evidenciando a importância
de nos adaptarmos ao ensino à distância (EAD) nos dias modernos.
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CAPÍTULO 1 – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E A
CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE VIDA
1.1 Projeto de Vida
A criação de oportunidades para que os jovens em situação de risco
social possam atuar no mundo de forma produtiva, superando as dificuldades
existentes, é um grande desafio da sociedade que precisa ser vencido.
Os alunos das Classes Comunitárias Pré – Técnicas recebem uma
preparação para suprir as falhas de conhecimento existentes em sua
escolaridade e precisam sentir-se interessados para estudar.
Uma ferramenta importante para aumentar a motivação dos jovens é a
elaboração de um Projeto de Vida que permita que eles compreendam e
valorizem o significado dessa etapa de seu processo educacional e
identifiquem possibilidades para o futuro.
É dentro desta perspectiva que é apresentada, neste capítulo, a
proposta para a realização de um trabalho de Orientação Profissional que
conduza à construção do Projeto de Vida.
A Orientação Profissional tem uma função importante no fortalecimento
de atitudes e valores necessários para o desenvolvimento da cidadania ao
considerar que o jovem de classes populares, na evolução de sua trajetória de
vida, pode adquirir qualificação e formação profissionais necessárias à sua
justa inserção no sistema produtivo.
A Orientação Profissional tem como principais objetivos:
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• Favorecer a construção de um Projeto de Vida pessoal que inclua
a iniciação profissional e mostre a necessidade de uma
aprendizagem continuada.
• Estimular a percepção dos alunos de suas potencialidades e das
possibilidades existentes na sociedade.
• Esclarecer sobre as múltiplas alternativas dos cursos
profissionalizantes e sobre a função social do trabalho.
• Situar a visão de mundo como um Sistema no qual se integram
conhecimentos dos setores de produção e dos campos do
trabalho.
• Aumentar as informações objetivas sobre os setores produtivos
A realização do Projeto de Vida situa os jovens em sua realidade social
e educacional e favorece a compreensão de que a vida é um processo
dinâmico.
Com o projeto é possível integrar as vivências passadas, o presente e as
expectativas quanto ao futuro.
Os jovens precisam valorizar a preparação que estão recebendo e
perceber a possibilidade de entrada no ensino profissionalizante como uma
etapa importante para o desenvolvimento de suas vidas como trabalhadores.
A Construção de um Projeto de Vida pessoal possibilita identificar
características, interesses, habilidades e explorar possibilidades.
O estabelecimento de metas futuras poderá conduzir a realização de
ações que tragam uma vida com mais autonomia e satisfação.
O objetivo geral deste projeto de vida se dá através de que preparemos
educadores comunitários voluntários para o desenvolvimento de uma atuação
que permita situar o Projeto de Vida como fio condutor do planejamento de
trabalho a ser desenvolvido, como um meio de conscientização, visando à
melhoria da aprendizagem dos alunos e sua futura inserção no mercado de
trabalho como perspectiva de inclusão social através do acesso a uma
qualificação profissional.
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A construção de um Projeto de Vida permite que os alunos valorizem
seu próprio potencial e aumentem a confiança que precisam ter neles mesmos.
Essa elaboração favorece a localização de identificações com o mundo do
trabalho. As atividades a serem realizadas favorecem a compreensão de que o
trabalho pode trazer satisfação, ser um meio para uma melhoria das condições
sociais dos alunos e para o exercício de uma cidadania consciente que
possibilite uma vida digna.
O que deve ser desenvolvido no trabalho de orientação profissional no
curso são ações que favoreçam os alunos a terem uma aprendizagem de
maneira que consigam fazer um plano de ação para o futuro, situando a
qualificação profissional como uma aquisição importante para suas vidas.
Como afirma Pinheiro (2002, p.141), “deve promover a aprendizagem de
conteúdos a ser ativada nos momentos de auto-percepção, percepção
dinâmica do mundo e visão prospectiva, inerentes às etapas do processo de
desenvolvimento pessoal”.
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL:
CONTEÚDOS
Auto-percepção Percepção do jovem das próprias potencialidades e das possibilidades existentes no meio, compreendendo as particularidades de seu contexto sociocultural.
Percepção dinâmica de mundo Conceitos de trabalho, produto, produtor e consumidor. Informações que levem à compreensão dos campos de trabalho, das áreas de produção e das atividades ocupacionais existentes. Visão sistêmica das profissões.
Visão prospectiva Sensibilização dos alunos, favorecimento da percepção de identificações para o exercício de um futuro papel na área técnica. Ser capaz de construir um plano de ação para concretizar as metas estabelecidas a curto, médio e longo prazo.
*Planejamento por Objetivos – Tabela 1.
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1.2 Elaboração do Projeto de Vida.
Para a elaboração do projeto de vida as três etapas são importantes. No
entanto, a comprovada falta de informação sobre os cursos existentes, o que
eles exigem e envolvem, requer que se dê destaque à Informação Ocupacional
que consiste na transmissão de informações sistematizadas sobre o mundo de
trabalho.
A Informação Ocupacional tem como papel fundamental levar os jovens
a uma percepção dinâmica do sistema produtivo.
Eles precisam compreender a organização do mundo do trabalho e
saber quais as oportunidades oferecidas pela sociedade.
A programação das CCPTs deve incluir atividades ligadas à realidade
sociocultural dos alunos que ampliem as informações já existentes, desfazendo
estereótipos e possíveis preconceitos.
Com as informações podem ser mostradas as diferentes profissões, as
tarefas típicas de cada uma, os locais onde são exercidas, as características
necessárias ao desempenho do trabalho, bem como as exigências para o
ingresso nos diversos cursos de qualificação profissional.
Como afirma Pinheiro (1973, p. 53):
“Atendendo para o fato de que a percepção ocupacional vai sendo
formada ao longo do desenvolvimento vocacional nos indivíduos, se torna
necessário que a Informação Ocupacional atue como um processo educativo,
dinâmico e permanente desde que a criança entre na escola, para permitir uma
percepção de conjunto das ocupações que se integram na realidade
sociocultural. (...) O caráter dinâmico se vincularia, a própria realidade do
momento social, cultural que cada indivíduo vive ao entrar na escola. Implicaria
um processo de Informação Ocupacional interdisciplinar, trabalhando por toda
a equipe escolar que ajudaria ao aluno estabelecer relações entre aquilo que
aprende e o mundo do trabalho.” (PINHEIRO, 1973).
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Como o próprio aluno precisa ser uma pessoa ativa na descoberta e
organização destes dados, os professores devem, no dia-a-dia, aproveitar as
oportunidades do ensino para criar situações de informação sobre o mundo do
trabalho.
Dessa maneira, o aluno poderá construir identificações, situar
preferências e interesses, e compreender a necessidade de ter uma atividade
produtiva que traga satisfação em sua carreira profissional.
“O docente precisa mostrar-se alguém realmente interessado em que o
aprendizado aconteça, usando o diálogo como fonte de entendimento, que vai
se construindo processualmente.
“Professor educador, que ajuda a dar à luz aquilo que o estudante já traz
dentro de si e que precisa apenas de mediações intencionalmente planejadas,
para que a construção do conhecimento se suceda e cresça tal qual uma
espiral infindável”. (VEIGA E CASTANHO ,2002, p. 239.)
Ao integrar o conhecimento de si mesmo com as informações recebidas
sobre o mundo, o jovem tem condição de elaborar uma prospecção para o
futuro, definindo metas e traçando, de forma eficiente e consciente, os passos
que precisa dar para realizar seu Projeto de Vida.
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1.3 O Papel da família na construção do Projeto de Vida do
jovem.
Para a família. O futuro dos jovens traz expectativas, apreensões, e até
mesmo, preocupações.
No momento em que estão terminando o ensino fundamental, é preciso
que os pais ou os adultos responsáveis considerem que a adolescência faz
parte do ciclo de vida de todo indivíduo e representa uma passagem ao mundo
adulto.
A família precisa ser esclarecida sobre o papel das CCPTs para
compreender a importância e os limites da preparação que é oferecida nesta
etapa ou trajetória educacional dos jovens.
Portanto, é essencial que lês recebam o apoio da família que deve
procurar esclarecer os questionamentos que fazem.
A família tem um papel importante no fortalecimento da auto-estima tão
necessária ao desenvolvimento do potencial dos jovens.
Com a freqüência nas CCPTs eles recebem reforço escolar e, desta
forma, poderão ficar mais bem preparados para prosseguir em sua formação
após a conclusão do Ensino Fundamental.
É preciso, portanto, que a família entenda que o curso pré-técnico
representa uma possibilidade a mais na educação básica e que poderá
favorecer um melhor desempenho no acesso aos cursos técnicos ou
profissionalizantes, bem como ao ensino médio.
Muitas vezes os adolescentes ficam confusos, têm dúvidas e, até
mesmo, mostram-se inseguros sobre o que é melhor fazer para dar
continuidade à sua história de vida.
A família precisa saber que é natural que isto aconteça. Daí, a
importância de serem realizadas reuniões periódicas com os familiares para
possibilitar esclarecimentos quanto ao desenvolvimento dos alunos e aos
objetivos das CCPTs.
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Nessas reuniões podem ser tratados assuntos que favoreçam a
participação construtiva da família, evitando que se instalem conflitos por
exigências excessivas e expectativas elevadas em relação ao desempenho dos
alunos.
Os alunos precisam ser estimulados para compreenderem que a vida é
um processo que se constrói passo a passo.
É importante que invistam em sua capacitação profissional a partir das
aprendizagens e experiências vividas durante o curso pré-técnico.
É possível afirmar que a melhoria da qualidade dos conhecimentos
básicos transmitidos no ensino fundamental é condição indispensável para
promover mais igualdade social no acesso à qualificação para o trabalho,
indicada na atual Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDBEN (Lei
9346/96).
É essencial que os professores promovam a ampliação de competências
necessárias ao processo de vida em um mundo com intensas transformações.
As aquisições cognitivas precisam se expressar em ações eficazes para que se
transformem em práticas competentes.
Como afirma Morin (1197, p.137) “... o desenvolvimento da ciência não
se efetua por acumulação de conhecimentos, mas pela transformação dos
princípios que organizam o conhecimento”.
A possibilidade de ingressar em cursos profissionalizantes favorece a
inclusão social dos jovens no mundo de trabalho e contribui para que obtenham
uma postura comprometida com sua própria evolução, tendo como objetivo
exercer seu papel profissional com competência.
Como aponta Cordão (2006, p. 52) o atual enfoque da educação
profissional representa “importante estratégia para que cidadãos, em número
cada vez maior, tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas
da sociedade contemporânea.”
A Orientação Profissional aqui proposta tem por base uma ética a favor
da expansão da vida. É preciso desenvolver práticas que possam diminuir as
desigualdades existentes em nossa sociedade.
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Nas CCPTs a Orientação Profissional visa ensinar os alunos a realizar
um projeto de Vida, ampliando sua visão de mundo para que compreendam
que a formação profissional faz parte de um processo e representa uma
perspectiva a mais para eles no percurso profissional que querem ter.
Uma vez que as CCPTs dirigem-se a jovens considerados de risco
social, a ação interdisciplinar, incluindo a família como parceira nesta proposta,
permite que se multipliquem conhecimentos para gerar oportunidades futuras
de trabalho e renda.
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CAPÍTULO 2 – MEMÓRIA DA COMUNIDADE E A NOVA
GESTÃO MUNICIPAL
2.1 Panorama da Administração
No que tange à administração municipal, a LDBEN está sendo
aguardada com muita expectativa no que diz respeito ao novo Plano-Diretor da
Gestão moderna de nossa comunidade científica.
Há muito, vem se questionando educadores, colaboradores, professores
(monitores, adjuntos e titulares) de como será frente às exigências da
globalização e da concorrência perfeita da Gestão Pública?
A administração municipal vem a cada dia se adequando com os
preceitos e diretrizes do que os profissionais de educação estão demandando
do ponto de vista de adequação da estrutura de nossas escolas particulares ou
não com a realidade dos alunos de níveis os mais distintos possíveis.
É preciso que também as empresas, órgãos de governo e poder público
tenham a premissa de que estas mudanças não acontecerão tão rapidamente.
O tempo demandado por uma aparelhagem do Estado é grande no que diz
respeito à sua estrutura.
Ninguém chega ao topo da pirâmide social pelo alto, é preciso começar
a escalar pelas bases como dizia “Maslow” em sua Pirâmide de Maslow. Antes
de chegar ao topo existe um trabalho de formiguinha que vem para o topo e só
uma consegue ser a primeira.
Na nova Gestão Municipal também é assim, é preponderante que se
organize o corpo docente formando parcerias público-privadas para atrair
investimentos de empresas, órgãos governamentais, entidades de classe e
ONGs.
O Brasil tem modelos de administração municipal em todos os seus
Estados, porém os seus legisladores precisam interagir entre si com eficácia e
eficiência. “Só para exemplificar é preciso que saibamos a diferença entre
estes dois conceitos: no futebol eficácia é ganhar o campeonato e eficiência é
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ganhar o campeonato jogando bonito.” A preocupação de todos há meu ver é
quanto ao futuro do país, isto é, do jovem e com este respeito que me
proponho a escrever um pouco sobre a gestão. O caminho proposto neste
trabalho acadêmico está em consonância com o Plano de Metas, que é um
programa estratégico do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE e está
estruturado em diretrizes e consolidado em um plano de metas concretas,
efetivas, voltadas para a melhoria da qualidade da educação como podemos
exemplificar com a tabela a seguir:
Rio de Janeiro Indicadores: Situação atual: Gestão Democrática Organização Positiva
Conselhos Escolares Positiva Conselho Municipal de Educação Positiva Sistema Municipal de ensino Positiva Conselho de alimentação escolar Positiva Fundeb Positiva Articulação com secretarias mun. Positiva Articulação c/ secretaria de Edu. Positiva Articulação c/ Min. Público Positiva Proposta educacional p/ o mun. Positiva Projeto pol. E pedagógico nas CRES
Positiva
Gestão por metas e resultados Positiva Diagnóstico da Área (Rio de Janeiro) O que encontrou de realizado pela Gestão e eficaz no que tange a Organização? Quais as prioridades da Gestão? Quais os principais resultados alcançados? O que faria de diferente? Qual o maior desafio encontrado nesta dimensão? O que tentou, mas não foi possível realizar? O que considera inovador ou inédito dentro da sua Gestão? Qual conceito ou nota daria dentro de sua Gestão? Obrigado por sua participação!
- Tabela 2 – PDE.
Assim sendo, será possível traçar um paralelo entre a gestão anterior à
sua e a atual nas escolas da cidade do Rio de Janeiro que está dentro do
nosso Estado. Pode-se ainda maximizar ou minimizar os resultados
encontrados estatisticamente para analisarmos os pontos fortes encontrados e
corrigir os pontos fracos encontrados após a tabulação dos dados.
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A nova gestão da educação é um importante elemento mobilizador e
legitimador das políticas educacionais do município. Por exemplo, os
resultados obtidos na aprendizagem dos alunos têm um impacto significativo
na construção da visão que a sociedade tem da educação.
Isto quer dizer que à administração deve oferecer uma infra-estrutura
positiva com suas equipes multidisciplinares, seu corpo docente e funcionários
para garantir o direito de apreender destes jovens.
Por outro lado, cabe ao poder público, na tarefa de promover o
reconhecimento da educação pela comunidade, esforçar-se por mobilizar a
sociedade civil no sentido de colaborar e implicar-se com cenário educacional
do município.
O PME – Plano Municipal de Educação tem no que tange à sua
importância passa a ser um Plano Diretor do Município.
Após esta análise como que a Gestão poderia mostrar-se eficiente e
eficaz com relação ao critério de classificação econômica brasileiro?
É preciso levar em consideração o CCEB para que, administremos tal
situação onde:
Classes Brasil Total Alimentação e Moradia
Educação Fumo Serviços profissionais
A 3% 16 6 21% 6% 26% B1 4% 12 6 16% 5% 16% B2 15% 27 20 34% 18% 31% C1 20% 20 22 18% 24% 15% C2 21% 12 18 7% 19% 7% DE 37% 13 28 4% 28% 5% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Classes Renda % A Até 20 salários mínimos 10 B1 De 10 à 20 salários mínimos 8 B2 Até 10 salários mínimos 12 C1 Até 2 salários mínimos 26 C2 1 24 DE Menos de 1 20
Tabelas 3 e 4 – CCEB - Fonte IBGE – Censo 2010
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2.2 Geração X,Y e Z
A Geração X engloba as pessoas nascidas a partir do início dos anos
1960 até o final dos anos 1970, podendo alcançar o início dos anos 1980, sem,
contudo ultrapassar 1984. É esta geração a que passou pela censura e a forte
opressão de governos autoritários e militares. Comumente, a mudança entre
gerações ocorre ao longo de 3 a 5 anos talvez mais.
A Geração Y é o termo que se utiliza à geração do milênio ou a geração
da Internet, são os nascidos após 1980 até meados da década de 1990. Essa
geração desenvolveu-se num período de grandes avanços tecnológicos e
automação.
Cresceu em períodos de grande prosperidade econômica, super exposta
a novo nível de informação, afastada dos trabalhos braçais e sobrecarregada
de prêmios e facilidades materiais em troca de pouco ou nenhum esforço,
muito em função dos pais que viveram a geração X e como forma de estimular
seus filhos passaram apoiá-los como geração Y.
Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo
tarefas múltiplas.
Acostumados a conseguirem o que querem sem muito esforço, não se
sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e desejam salários
ambiciosos desde cedo, em geral com a suposição de que conhecimento e
currículo técnico tornam desnecessários outros atributos profissionais.
É comum, nos jovens desta geração ter muitos empregos, trocando
rapidamente a cada ano como se fosse uma gestão por metas e objetivos de
suas carreiras, usam muitos recursos tecnológicos.
A geração Z é o termo que se refere a geração nascida após o Baby
boom,de uma juventude que nasceu entre 1990 e 2010 (juventude digital) onde
tipicamente a maioria é solteira, já tiveram o primeiro trabalho, gostam de
estudar e odeiam fazer qualquer tipo de trabalho doméstico. Eles gostam de
jogar games, praticar esportes e ouvir uma boa música.
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2.3 – Memória da comunidade e sua relação com a
Universidade
Esgotou-se a pouca esperança de que a Universidade Brasileira
pudesse enfrentar por si mesma os vícios que a corrompem. A crise geral do
estado e o corporativismo congelaram-na num bloco com reduzida margem de
mobilidade interna: professores estáveis recebendo salários insuficientes,
funcionários estáveis mal treinados e mal preparados para vencer os desafios
da revolução da informática; alunos que, no melhor dos casos, recebem um
treinamento profissional apenas adequado.
Tudo isto forma uma paisagem de gelo. Nessas condições, fazer crescer
esta estrutura emperrada depende muito da comunidade, isto é, da memória da
comunidade.
“Para escrever um bom futuro temos que olhar o passado e preservar
sua memória”. Quero dizer precisamos da participação de todos, os jovens de
ensino médio como os de CCTPs. Mas como mudar este cenário?
Creio que com uma mobilização de segmentos da sociedade e atacando
o problema pela raiz, como por exemplo: aproveitando professores em suas
universidades de origem, investindo no jovem que com curso técnico já tem
emprego garantido por empresas inteligentes que tem como seu capital social
a responsabilidade social.
Empresários que investirem em jovens capacitando-os e mostrando o
caminho para este segmento tão importante da economia que é a educação
terão mais destaque em seu trabalho de responsabilidade social e/ou
filantropismo.
Assim disse Karl Marx: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”, atualmente
a crise do Estado, do empresariado está oprimindo muito o trabalhador que
vive com baixos salários e anarquicamente não tem poder de barganha em
negociar com os “patrões”.
Talvez para o jovem possa passar este problema administrando com sua
juventude, mas para um adulto maduro é mais difícil.
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O jovem pode conseguir patrocínio de empresas que investem no social
e com isso chegar ao nível técnico, mas para os graduados não! Então, pode
ser a solução investir em pesquisa segmentando os professores e
pesquisadores absorvendo assim esta mão-de-obra obsoleta? Creio que sim...
Até quando podemos ser solidários no modelo do capital que é o lucro pela
mais valia?
Até quando podemos ver co-irmãos desempregados ou oprimidos pela
pressão inflacionária, do aumento do custo de vida da matéria-prima e zelar
pelo bem-estar econômico e social da sociedade brasileira?
O que esperar de um modelo neoliberal onde 10% dos ricos exploram
90% dos pobres do país?
Renda familiar per Capita Famílias (em mil) Pessoas (em mil) (Em Salários Mínimos) Número % % Ac Número % %Ac Até ¼ s. m. 4.692 14,7 14,7 24.444 18,7 18,7 De ¼ a 1/2 6.374 19,9 34,6 28.728 22,0 40,7 De ½ a 1 7.860 24,6 59,2 31.844 24,4 65,1 De 1 a 2 6.462 20,2 79,4 23.872 18,3 83,4 De 2 a 3 2.471 7,7 87,1 8.469 6,5 89,9 De 3 a 5 2.121 6,6 93,7 7.008 5,4 95,3 De 5 a 10 1.404 4,4 98,1 4.477 3,4 98,7 De 10 a 20 484 1,5 99,6 1.370 1,0 99,7 Mais de 20 134 0,4 100,0 316 0,3 100,0 Sem declaração
214 _ _ 883 _ _
TOTAL 32.215 - - 131.411 - - Fonte: IBGE – TABELA 5 - DISTRIBULIÇÃO DE RENDA FAMILIAR
PER CAPITA – 1985
Após considerarmos este quadro o que podemos acreditar? Ele retrata
uma nação subdesenvolvida desde a década de 80. Atualmente, em 2015
podemos perceber uma crise parecida com a crise de 1929.
O nosso país, infelizmente tem muitas desigualdades o que para poucos
tem a visão de espetáculo de crescimento para outros a realidade é outra!
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2.4 – Cultura
Cultura usualmente é tida como o padrão de desenvolvimento refletido
nos sistemas sociais de conhecimento, ideologia, valores, leis e rituais
cotidianos.
Também é vista como o grau de refinamento evidente em tais sistemas
de crenças e práticas.
A antropologia serve de base para o estudo da cultura organizacional.
Requer uma ruptura radical com a crença de que existe um centro do mundo e
de que algumas culturas são mais avançadas ou evoluídas que outras. O
antropólogo social ou organizacional deve ter elevado grau de relativismo
cultural, de modo a neutralizar eventuais distorções provocadas por seu
contexto cultural de origem. A experiência da autoridade leva a se perceber a
própria cultura, através do reconhecimento de que ela nada tem de natural e
sim é essencialmente formada de construções sociais, e a cultura do outro.
A cultura pode ser entendida como um sistema simbólico, tal como a
arte, o mito, a linguagem, em sua qualidade de instrumento de comunicação
entre as pessoas e os grupos sociais, que permite a elaboração de um
conhecimento consensual sobre o significado do mundo; e também como um
instrumento de poder e legitimação da ordem vigente.
Na perspectiva da Antropologia, a dimensão simbólica é concebida
como capaz de integrar todos os aspectos da prática social. Segundo Durhan
(Fleury, 1987), os antropólogos tenderam sempre a conceber os padrões
culturais não como um molde que produziria condutas estritamente idênticas,
mas antes como as regras de um jogo, isto é, uma estrutura que permite
atribuir significado a certas ações e em função da qual se jogam infinitas
partidas. Não existe também a preocupação em estabelecer relações entre as
representações e o poder.
Nesta última corrente, Van Maanen (Fleury, l991) identifica vários tipos
de estratégias de socialização, que podem ser combinados em função de se
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adequar o mais eficientemente possível o indivíduo aos objetivos e natureza
daquela organização (tem a ver com a socialização secundária de Berger).
Para Schein, também desta última corrente, cultura organizacional é o
conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou
desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e
integração interna e que funcionou bem o suficiente para serem considerados
válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber,
pensar e sentir, em relação a esses problemas.
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2.5 – Terceira Idade
Em 1830, a espécie humana atingiu a marca de um bilhão de pessoas, o
que demorou milhões de anos para acontecer.
Em 1927 este número dobrou. Em 1960 chegamos aos três bilhões de
habitantes no planeta. De lá para cá, o ritmo se acelerou.
Em 14 anos a marca dos quatro bilhões foi atingida, o quinto bilhão veio
em 1987 e, após 12 anos, em 1999, alcançamos o sexto bilhão.
Paralelo a este fato pesquisadores descobriram que um percentual
grande de idosos ainda não conseguiu se alfabetizar, portanto é que venho dar
credibilidade a este grupo neste trabalho mostrando também a importância
deste grupo ter uma educação de alfabetização como acontece nos grupos do
EJA - Educação de Jovens e Adultos.
Para solucionar este problema é que também podemos não só olhar
para os jovens e adolescentes de nosso país como também para os idosos,
criando cursos de informática para a terceira idade, de idiomas e também de
cursos gratuitos profissionalizantes ou pré-técnicos mostrando assim que não
há idade para quem quer estudar ou aprender uma profissão.
Quando especialistas afirmam se torna cada vez mais um país de idosos
é que percebemos o quadro a seguir:
2010 Pop. Total Pop. Idosos % Brasil 174.904.436 15.383.434 8,8 Estado do RJ 14.743.188 1.620.345 11,0 Município do RJ 5.941.712 781.713 13,2
Tabela 6 – Fonte IBGE (CENSO 2010).
Assim sendo, a população idosa representa segundo o último censo
cerca de 10 % da população fluminense, é preciso que cuidemos também
deste grupo social para que os mesmos tenham acesso à educação continuada
à distância (EAD), cultura e lazer.
25
2.6 – Emprendedorismo nas Organizações
Nas organizações, esse agente de mudanças é conhecido como
empreendedor. Estes, por sua vez, são elementos dispostos a inovar e criar
produtos, estratégias e situações que promovem o desenvolvimento
organizacional.
Até meados da década de 70, falar em mudança organizacional era
predominantemente falar em projeto ou desenho organizacional. A idéia de
mudança estava centrada no conceito de alteração de organogramas, na
criação, modificação ou extinção de cargos e funções.
É somente nos anos 80 que esta abordagem vai ganhar forma. Grande
parte do interesse pelo tema deve-se ao fato de que, após operar todo tipo de
mudança em suas empresas, muitos administradores perceberam que ainda
era necessário mudar os valores comuns e as crenças dos grupos para que os
resultados surgissem.
Para Herzog (citado por Wood, 1992), mudança no contexto
organizacional engloba alterações fundamentais no comportamento humano,
nos padrões de trabalho e nos valores em resposta a modificações ou
antecipando alterações estratégicas, de recursos ou de tecnologia. Ele
considera também que a chave para enfrentar com sucesso o processo de
mudança é o gerenciamento das pessoas, mantendo alto nível de motivação e
evitando desapontamentos.
Para ele, grande desafio não é a mudança tecnológica, mas mudar as
pessoas e a cultura organizacional, renovando os valores para ganhar
vantagem competitiva.
O ponto de partida para esta análise da mudança estratégica é a noção
de que a formulação do conteúdo de qualquer nova estratégia supõe controlar
seu contexto e processo.
O contexto externo é o ambiente social, econômico, político e
competitivo. O contexto interno é a própria cultura organizacional, através da
qual as idéias de mudança devem fluir.
26
O processo de mudança refere-se às ações, reações e interações das
várias partes interessadas. Segundo Morgan (1996) aprende-se a encarar sis-
temas vivos como entidades distintas caracterizadas por inúmeros padrões de
interdependência, tanto internos, como em relação aos seus ambientes.
Caso nos coloquemos “dentro” desses sistemas percebemos que
estamos dentro de um sistema fechado de interação e que o ambiente é parte
da organização do sistema.
O padrão do sistema deve ser entendido como um todo. Por isso não faz
sentido dizer que um sistema interage com seu ambiente, são transações
dentro de si mesmas.
Se as relações com o ambiente são internamente determinadas, então
os sistemas só podem evoluir e mudar através de mudanças auto-geradas na
identidade.
Quando uma organização deseja entender o seu ambiente, deve então
entender-se a si mesma, uma vez que a compreensão do ambiente é sempre
uma projeção de si próprias.
Muitas organizações encontram sérios problemas em lidar com o mundo
exterior por não reconhecerem que são uma parte dos seus respectivos
ambientes.
“A sociedade de consumo tem, claramente, um forte encanto e traz
consigo muitos benefícios econômicos. Também seria injusto argumentar que
as vantagens obtidas por uma geração anterior de consumidores não deveriam
ser compartilhadas pela geração seguinte. Todavia, o aumento disparado do
consumo na última década – e as projeções alucinantes que logicamente dele
derivam – indica que o mundo como um todo se verá, em breve, frente a um
grande dilema”. (Gardner, Assadourian e Sarin, 2004: 4)
27
2.7 - Políticas Educacionais para agregar desiguais.
Prevalece a visão escolar de que desiguais em alfabetização, em
escolarização, em acesso e permanência na escola. Mais recentemente
desiguais em resultados de aprendizagem, no padrão de qualidade.
Ainda está arraigada a visão de que o ser desigual em percursos
escolares os torna mal sucedidos em percursos sociais.
Essa redução das desigualdades ao escolar não tem empobrecido a
relação tão fecunda entre políticas de gestão?
O escolar dá conta da complexa reprodução das nossas desigualdades
sociais? Esquecer essa complexidade não termina empobrecendo a visão das
próprias desigualdades escolares?
As desigualdades escolares são reduzidas a capacidades desiguais dos
alunos, responsabilizando-os pelas desigualdades escolares. Uma visão com
profundas raízes em nossa cultura escolar que se traduz nas avaliações
rigorosas de cada aluno, no controle de seu percurso.
Responsabilizar os alunos pelas desigualdades escolares tem levado a
buscar explicações nas supostas desiguais competências escolares que
carregam das famílias e de seus coletivos de origem para as escolas, o
analfabetismo dos pais não pode ser justificativa para seus filhos serem
desiguais.
É preciso, extinguir o analfabetismo dos jovens e adolescentes no nosso
país.
De outro lado, buscar explicações nos contra-valores que supostamente
carregam: dificuldade de acompanhar os processos-tempos de aprendizagem,
porque lentos e com problemas de aprendizagem e disciplina.
Políticas públicas têm de ser feitas para agregar Estados e Municípios
combatendo a evasão escolar, o analfabetismo destes jovens para prepará-los
para o mercado de trabalho cada vez mais competitivo e desleal.
Ao condenar os alunos e seus coletivos de origem inocentamos o
sistema, o Estado e suas instituições.
28
2.8 – Descentralização como dimensão da gestão
educacional
A compreensão histórica e dialética do conceito de descentralização é
fundamental para que se possa construí-la como um processo de organização
do Estado e da relação deste com a sociedade de forma contrária ao que no
primeiro momento possa parecer.
Do ponto de vista mais progressista, a descentralização é pensada como
um processo complexo de redefinição territorial, política e administrativa do
Estado, como base para o aprofundamento da democracia nas relações com a
sociedade civil.
Portanto, a descentralização induz à democratização quando se re-
distribuem, funções, competências, recursos e se verifica a fragmentação ou a
dispersão do poder nos diferentes sujeitos sociais.
A leitura que fazemos do discurso neoliberal sobre a descentralização
leva-nos a compreendê-la como transferência de tarefas às esferas locais
(municípios), sob rígida fiscalização e controle.
Os Conselhos Escolares foram criados como espaços de explicitação
dos conflitos e superação, porém não chegaram a viabilizar o avanço da
democratização da gestão, alterando o perfil dominante entre escola e a
comunidade (alunos, pais e professores).
Outros elementos que entram no processo de descentralização são a
cooperação entre instâncias centrais e locais; a construção do estado
democrático incluindo a abertura de espaços à participação civil, nos órgãos
institucionalizados pela reforma.
Observamos a complexidade de variáveis que envolvem um processo de
gestão descentralizada. A lógica desta gestão passa pela noção de
cooperação, de democracia e de autonomia.
O que representa uma mudança nos objetivos “agilizando” decisões e a
operacionalização dos serviços públicos, tornando a administração mais
eficiente e próxima dos cidadãos.
29
CAPÍTULO 3 – EAD – SOLUÇÃO INTELIGENTE PARA
NOSSOS PROBLEMAS
3.1 – Ead
Mas como solucionar os problemas orçamentários de nossa economia
“otimizando-os” ao déficit educacional de nossos jovens? Educação continuada
à distância.
O déficit educacional e a situação-problema, vista nos capítulos
anteriores, poderão agora neste último ter uma resposta para solucionar este
caso.
O que está em voga hoje em meu ponto de vista é a educação à
distância, onde o professor pode lecionar de casa ou do trabalho atendendo
esta demanda latente que foi percebida devido ao crescimento da população
economicamente ativa (PEA) e de jovens demandando mais cursos técnicos
e/ou profissionalizantes.
Onde o aluno pode ter suas carências de formação escolar e/ou
universitárias atendidas e preparadas para o mercado de trabalho cada vez
mais competitivo devido o avanço da tecnologia.
O que fazer depois do ensino fundamental? O que fazer depois do
ensino médio? O que fazer depois da universidade? O que fazer depois da
pós-graduação?
Estas são perguntas que todo estudante fazem e para isso creio que a
educação a distância continuada seja a solução para nossos problemas. O
problema é de todos e de nossa sociedade civil, por isso que em algumas
cidades e estados já vem em funcionamento pelas escolas, colégios e
universidades.
Mas por que este problema encareceu tanto o custo social? Creio que foi
por causa do avanço da tecnologia, da economia de escala, do desemprego,
do custo de vida, do aumento do consumo e do crescimento da população
brasileira.
30
O avanço da tecnologia encareceu os bens de consumo duráveis e não
duráveis; a economia de escala alterou o modelo de administração (em massa,
em série e enxuta) depois da revolução industrial principalmente antes
exportávamos matéria-prima para os Estados Unidos e importávamos
tecnologia agora o eixo de exportação e importação é Sul- Sul porque estamos
comercializando com a China; quanto ao consumo e ao crescimento
populacional podemos explicar melhor...
O crescimento populacional e econômico do pós-guerra criou o cenário
perfeito para o surgimento, explosão e consolidação do consumo de massa e,
conseqüentemente, deu início ao processo de estabelecimento de uma cultura
baseada no consumo.
Surgia, então, o verdadeiro problema a ser enfrentado e, talvez, o
provável causador do colapso socioeconômico de nossa sociedade, apesar de,
por muito tempo, o “vilão” ainda conseguir passar despercebido.
Passamos a consumir cada vez mais e, mais que isso, adotou-se em
todo o mundo padrões de produção e consumo incompatíveis com a
capacidade dos ecossistemas e das reservas existentes de recursos se
recuperarem.
A espiral para baixo tinha começado a ser trilhada... Com a chegada dos
anos 1970 – precisamente 1973 – o modelo que funcionava tão bem a mais de
duas décadas sofre um revês dramático, provocado pela entrada de um novo
ator na cena geopolítica global, os países produtores de petróleo,
representados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo –
OPEP.
O petróleo, que até então alimentava a explosão do consumo pelo
mundo aumentou enormemente de preço, o que não chegou a inviabilizar a
“máquina do crescimento” baseada na queima de combustíveis fósseis, mas
serviu para – talvez pela primeira vez – fazer com que se começasse a
questionar ser possível que aquele modelo de crescimento não fosse o mais
adequado.
Os anos 70 representaram um momento de aumento da preocupação da
sociedade com relação às questões ambientais e que progressivamente
31
levaram a discussão a abranger os temas ligados ao consumo, em especial os
relacionados aos padrões de produção e consumo.
Também foi o momento histórico de início e consolidação das
conferências internacionais organizadas pelos integrantes do sistema das
Nações Unidas.
O acompanhamento do desenvolvimento dos diversos encontros e
conferências internacionais voltados para temas como população,
desenvolvimento, comércio e meio ambiente pode nos quatro, permitir um
melhor entendimento de como alguns dos conceitos em uso
“contemporâneo” foi construído e adotado pela elite que controla, ou pelo
menos influenciando fortemente, os processos globais de tomada de decisão.
Em 1972, em Estocolmo, durante a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente Humano, foi a primeira vez que representantes dos
países industrializados e em desenvolvimento se reuniram para discutir,
exclusiva e sistematicamente, a questão do meio ambiente global e o
desenvolvimento do planeta, gerando resultados muito expressivos como
a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, o
“desenvolvimento” posterior de uma série de Conferências da Organização das
Nações Unidas voltadas para temas como a alimentação, a moradia, a
população, os direitos humanos e a condição de vida das mulheres, e a
promoção da idéia de que era necessário se mudar a forma como os seres
humanos se relacionava com o meio ambiente.
No mesmo ano foi publicado pelo MIT o relatório “Limites do
Crescimento”, produzido pelo chamado “Clube de Roma”.
O relatório apontou explicitamente os limites do crescimento econômico
por causa da sua dependência em virtude da não renovação da maioria dos
recursos naturais e propondo – polemicamente– o “não crescimento
econômico” ou o “crescimento econômico zero”.
Produzido em um período marcado pela moda da utilização de modelos
computadorizados de fenômenos complexos, o relatório foi severamente
criticado por uma série de razões.
32
Em primeiro lugar, a sua conclusão condenava o Terceiro Mundo (que
em 1972 ainda era uma realidade social, econômica e política) à pobreza
eterna. Sem crescimento, não havia possibilidade de desenvolvimento.
Em segundo lugar, o relatório ignorava por completo a transição
demográfica, incorporando ao modelo extrapolações lineares das taxas vitais
da época. A transição já prevista pelos demógrafos (que apenas não souberam
precisar o seu timing) já tinha se iniciado, embora tímida e imperceptivelmente.
Todavia os avanços da ciência demográfica, já no início dos anos setenta,
absolutamente não autorizavam esta simplificação.
Em terceiro lugar, outras simplificações foram incorporadas para
compensar a falta de dados referentes aos parâmetros do modelo,
principalmente quanto aos recursos naturais. “Educação à distância é o
processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores
e alunos estão separados espacialmente e/ou temporariamente”.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual o
conceito de presencibilidade também se altera. Poderemos ter professores
externos compartilhando determinadas aulas. As crianças, pela especificidade
de suas necessidades de desenvolvimento e sociabilização, não podem
prescindir do contato físico, da interação.
Mas nos cursos médio, superiores e de pós-graduação, o virtual,
provavelmente superará o presencial. Haverá uma grande reorganização das
escolas com salas de aula, salas de pesquisas e bibliotecas.
33
CONCLUSÃO
O autor espera ter contribuído para uma boa leitura, com exemplos reais
e referências bibliográficas pertinentes ao tema.
No capítulo 1, procurei elucidar a importância do ensino aos jovens e
adultos com qualquer tipo de escolaridade ou perfil sócio-econômico.
Além de valorizar o papel da universidade com a criação inovadora da
Memória da Comunidade e seu papel de responsabilidade social nos dias de
hoje.
A criação de um projeto de vida para estes jovens e adultos além do
papel de suas famílias integrando-os à sociedade e às exigências do mundo
moderno globalizado.
No segundo capítulo, procurei mostrar a importância da comunidade e
sua memória na auto-estima de seus cidadãos através de uma gestão eficaz e
eficiente da administração municipal, além de ter falado nas gerações X, Y e Z,
ter relacionado com uma cultura social nas universidades de ponta.
Também neste capítulo procurei mostrar o valor do empreendedorismo
nas organizações como forma de filantropismo ou responsabilidade social.
No terceiro e último capítulo, procurei apontar a solução de nosso
problema central que é a EAD.
Como forma de solucionar os problemas de nossa economia em um
mundo globalizado, de vertiginoso crescimento populacional e com o avanço
da tecnologia, somente o ensino à distância para resolver estes problemas
sociais e pedagógicos.
34
ANEXOS
Índice de Anexos
Anexo 1 – Tabela 1 – Planejamento por Objetivos – pág. 10.
Anexo 2 – Tabela 2 – Plano de Desenvolvimento da Educação – pág. 17.
Anexo 3 – Tabela 3 – CCEB – pág. 18.
Anexo 4 – Tabela 4 – CCEB – pág. 18.
Anexo 5 – Tabela 5 – DISTRIBUIÇÃO DE RENDA FAMILIAR – pág. 21
Anexo 6 – Tabela 6 – Censo 2010 – pág. 24.
35
BIBLIOGRAFIA
CORDÃO, F. A. Educação Profissional: Cidadania e Trabalho. Rio de
Janeiro: Senac, 2006.
FLEURY, Maria Tereza Leme & FISHER, Rosa Maria. Cultura e Poder
nas Organizações. Rio de Janeiro: Atlas,1991.
GARDNER, Gary Assadourian. O Estado de Consumo Hoje.
Salvador(BA): Uma Editora, 2004.
HANDY, Charles. Deuses da Administração Como Enfrentar as
Constantes Mudanças da Cultura Organizacional. São
Paulo:Vértice,1987
MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 1867.
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas,1996 .
MORIN, E – Ciência com Consciência. Rio de Janeiro: Bertran Brasil,
1997.
PINHEIRO, M. A. Percepção Ocupacional e Desenvolvimento
Vocacional. Rio de Janeiro:Tese de Mestrado, PUC,1973.
VEIGA, I.P.A. e CASTANHO, M.E. Pedagogia Universitária: A Aula em
Foco. São Paulo: Papirus, 2002.
WOOD JR, Thomaz. Mudança Organizacional. São Paulo: Uma
Abordagem Preliminar, 1992.
36
ÍNDICE:
Folha de rosto 1
Agradecimentos 2
Dedicatória 3
Resumo 4
Metodologia 5
Sumário 6
Introdução 7
Capítulo I 8
1.1 – Projeto de Vida 8
1.2 – Elaboração do Projeto de Vida 11
1.3 – O papel da família na construção
do projeto de vida do jovem 13
Capítulo II 16
2.1 – Panorama da Administração 16
2.2 – Geração X,Y e Z 19
2.3 – Memória da Comunidade e
sua relação com a Universidade 20
2.4 – Cultura 22
2.5 – Terceira Idade 24
2.6 – Empreendedorismo nas Organizações 25
2.7 – Políticas Educacionais
para agregar desiguais 27
2.8 – Descentralização como dimensão
da gestão educacional 28
Capítulo III 29
3.1 – EAD 29
Conclusão 33
Anexos 34
Bibliografia 35
Índice 36