universidade candido mendes / avm …wayne (2016), que vieram à somar para com os meus aportes...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O TAI CHI CHUAN COMO FERRAMENTA PSICOMOTORA:
uma maneira de brincar como olhar de estimulação para
aprender
REGINALDO LEONEL DA CONCEIÇÃO
ORIENTADOR:
Profa. Ms. Fatima Alves
Rio de Janeiro
2018 DOCUMENTO P
ROTEGID
O PELA
LEID
E DIR
EITO A
UTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O TAI CHI CHUAN COMO FERRAMENTA PSICOMOTORA:
uma maneira de brincar como olhar de a estimulação
para aprender
Apresentação de monografia à AVM como
requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade. Por: Reginaldo Leonel da Conceição
Rio de Janeiro
2018
AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos a Deus, fonte de minha existência e
sustentabilidade. Gratidão à todos os Santos e Santas, que sempre me
recorri e recorro para me auxiliarem na jornada divina.
À minha Professora Mestre e Orientadora Fátima Alves, que me deu
carinhos e subsídios para que eu conseguisse desenvolver as minhas
escritas e compreender as minhas dificuldades.
À todos os Professores e Profissionais da AVM, que compartilharam
saberes para comigo, com muita propriedade e carinho e sua equipe
administrativa.
Aos meus Mestres de Tai Chi Chuan: Marcio Lacerda, Tamie Matsushita,
Waldemiro Schueler e Carla Lacerda, que me ensinaram e inspiram, com
suas sabedorias e paciência à adquirir o conhecimento do Tai Chi Chuan.
Aos meus amigos, alunos e professores praticantes da arte de Tai Chi
Chuan.
À minha Amiga Patrícia Magalhães que me deu apoio.
Ao meu amigo Marcio Assis Brasil.
À minhas amigas incondicionais: Andréa Correia, Cíntia de Azevedo Pita,
Cristina Marques, Cristiane Aguiar, Ilana Alcantara, Julia Rozino, Maria
José Rodrigues, Rachel Machado, Selma Blom, Silvana Bezerra.
Aos amigos de turma do curso de pós-graduação, que direta e
indiretamente contribuíram na construção desta jornada.
DEDICATÓRIA
Aos meus pais: Aguida Leonel da Conceição (Mãe) e
Aquino da Conceição (Pai), que sempre me
orientaram e me incentivaram nos meus estudos, com
muito carinhos e atenção, mesmo com todas as
dificuldades que obtínhamos, me ensinaram a
adquirir bons valores para se conviver em sociedade.
Ao Professor Mestre Anísio, um irmão, meu aluno de
Tai Chi Chuan, e que me inspirou para produzir esta
monografia, por praticar/compartilhar a arte milenar
chinesa com seus alunos.
Aos meus sobrinhos: Carlinha Leonel, Carlos Leonel,
Elenilza C. Sampaio Vasconellos Leonel, Victor Hugo
Leonel e Saimon Leonel, por reconhecerem e
entenderem as minhas ausências nos meus
momentos de estudos.
RESUMO
A elaboração desta monografia deu-se no contexto de se trabalhar os
objetivos propostos dentro de uma reflexão com relação ao tema ora apresentado:
a psicomotricidade, o tai chi chuan e o brincar como estimulação, através de uma
reflexão dentro de um olhar da ciência da psicomotricidade, onde buscou-se apoio
junto a autores que dialogam com a temática aqui apresentada, através de
pesquisa bibliográfica. Indagou-se: Como a prática de tai chi chuan, poderá
contribuir par a aquisição da aprendizagem tendo as brincadeiras como estímulos
nas fazes iniciais da educação? Logo, se fez relevante pensar em executar
pesquisas/estudos para entender a importância do brincar. Em conformidade com
o ato de estimular na formação do indivíduo nas fases iniciais que muito das vezes,
são deixados a desejar, por conta dos educadores ou por conta dos pais, que em
alguns momentos, acabam deixando de trabalhar os estímulos motores cognitivos
e emocionais dentro do ciclo de vida e na aprendizagem, que diga-se de passagem,
é crucial para o desenvolvimento do indivíduo podendo refletir junto ao seu contexto
social. Mediante ao exposto, detectamos que a prática do tai chi chuan, poderá vir
a trabalhar a valorização da psicomotricidade, sim! Dentro do contexto educacional,
mostrando para o docente e os pais, o quanto é importante se pensar em técnicas
“novas” voltadas para o estimular e brincar. Diferente do que já se têm, dentro dos
muros das escolas e buscar alternativas as tecnologias deste mundo globalizado
do século XXI.
Palavras chaves: psicomotricidade, brincar, tai chi chuan, jogar,
estimular e aprendizagem.
METODOLOGIA
No intuito de se alcançar os objetivos de estudos propostos para o tema: a
psicomotricidade, o tai chi chuan e o brincar como estimulação, buscou-se o apoio
de variados teóricos detentores destes saberes. Onde, através da metodologia de
pesquisa bibliográfica, desenvolveu-se os estudos de modo que facilitou a nossa
reflexão dentro do contexto do título: O tai chi chuan como ferramenta psicomotora:
uma maneira de brincar como olhar de estimulação para aprender.
Logo, o enriquecimento para o desenvolvimento do citado tema, se deu
através de autores renomados, onde citamos alguns em tela: Alves (2012 e 2016);
Boulch (1986); Fonseca (2008 e 2018); Freire (2011); Kishimoto (1998 e 2017);
Wayne (2016), que vieram à somar para com os meus aportes teóricos.
Com a ajudas destes autores específicos supracitados, que conseguimos
detectar que a prática de tai chi chuan dentro do contexto educacional, somará para
com a valorização da psicomotricidade, através do contexto educacional,
mostrando para o docente e os pais, o quanto é importante e relevante, se pensar
em técnicas “novas” voltadas para o estimular e brincar. Pensando-se em
ferramentas educacionais diferenciadas às que as crianças são apresentadas nas
escolas deste mundo globalizado do século XXI.
O brincar sempre estará relacionado ao lúdico e a ciência da
psicomotricidade onde devemos aprender a valorar o ato de estimular, seja ele
elaborado pelo docente ou pelos familiares das crianças.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 08
CAPÍTULO I
A importância da psicomotricidade no contexto do lúdico ..................... 11
CAPÍTULO II
A relação do brincar e o estimular dentro do cotidiano familiar, social e
escolar .................................................................................................................... 25
CAPÍTULO III
O Tai Chi Chuan dentro do contexto lúdico, educacional e
psicomotor.............................................................................................................. 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 65
INDICE ..................................................................................................................... 68
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INTRODUÇÃO
“Sugiro que para cada ano letivo, por ocasião das matrículas,
também o corpo das crianças seja matriculado”. (Paulo Freire 1997).
Nesta pesquisa, estaremos demostrando tão quanto que o ato de brincar
está presente no indivíduo desde o ambiente intrauterino, permanecendo em sua
fase adulta também, porém, o foco será a fase educacional infantil.
E é pelo ato de brincar que o indivíduo vai somando estímulos para a sua
evolução, recheando-se de fantasias. Sendo assim, destaca-se que depois de ter
convivido com os pais, no convívio do processo lúdico familiar, este indivíduo
passara para o momento educacional escolar em um segundo momento de sua
vida.
Será neste ambiente educacional escolar que ele vivenciará novas maneiras
de curtir o brincar para estimular.
E foi pensando neste ambiente famíliar e escolar, que se surgiu a proposta
de se desenvolver esta pesquisa, adentrando-se em uma inquietação minha1 ao
perceber que na prática do tai chi chuan, quiçá um grande quesito de um olhar
recreativo e psicomotor, na direção da ciência da psicomotricidade.
Que nos resultou a gerar, primordialmente, o objetivo geral deste trabalho
que é: ─ compreender a importância de que os pais e os docentes, devem trabalhar
os estímulos motores, cognitivos e emocionais das crianças com o apoio de uma
visão educacional utilizando o brincar e o tai chi chuan, consequentemente
atentando-se para o reflexo no contexto social.
Quanto aos objetivos específicos esses são: ─ definir a importância da
psicomotricidade no contexto do lúdico; relacionar o brincar e o estimular dentro do
cotidiano familiar, escolar e seu contexto social e descrever o tai chi chuan dentro
do contexto lúdico, educacional e psicomotor.
1 O pesquisador é praticante da arte milenar chinesa, o Tai Chi Chuan, desde 1992 e atua como instrutor, com cunho social por mais de dez anos. O segundo local onde o mesmo desenvolve a arte milenar chinesa, se dá em seu local de de trabalho.
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Quanto ao aspecto metodológico, no intuito de se alcançar os objetivos de
estudos propostos, para o tema: a psicomotricidade, o tai chi chuan e o brincar
como estimulação, buscou-se o apoio de variados teóricos detentores destes
saberes. Onde, através da metodologia de pesquisa bibliográfica, desenvolveu-se
os estudos de modo que facilitou a nossa reflexão dentro do contexto do título: O
tai chi chuan como ferramenta psicomotora: uma maneira de brincar como olhar de
estimulação para aprender.
Logo, o enriquecimento para o desenvolvimento do citado tema deu-se
através de autores renomados, onde citamos alguns em tela: Alves (2012 e 2016);
Boulch (1986); Fonseca (2008 e 2018); Kishimoto (1998 e 2017); Wayne (2016),
que somaram para o meu aporte teórico.
É salutar registramos que com a ajudas destes autores específicos
supracitados, que conseguimos detectar que a prática de tai chi chuan somatiza-
se para com a valorização da psicomotricidade, dentro do contexto educacional,
mostrando para o docente e os pais, o quanto é importante se pensar em técnicas
“novas” voltadas para o estimular e o brincar. Pensando um pouco diferente do que
já se tem dentro dos muros das escolas e buscar alternativas as tecnologias deste
mundo globalizado do século XXI.
Considerando as informações supra, esta pesquisa tende a justificar-se
mediante a relevância que se faz para que seja executada é entender a importância
da brincadeira e o estimular na formação do indivíduo em suas fases iniciais, onde
muito das vezes são deixados a desejar. Sejam pelos pais ou pelos educadores
escolares, ao não valorizarem o ato de brincar e consequentemente deixando de
trabalhar os seus estímulos motores e cognitivos dentro do ciclo de vida da
aprendizagem.
No entanto, a falta de práticas de estímulos nas fases iniciais fará com que
o indivíduo neste caso a criança, cresça e/ou desenvolva alguma dificuldade
psicomotora. Porém, se deve pensar em trabalhar os estímulos sempre com devida
moderação.
Sendo assim, se faz lembrar que a criança executa seus movimentos
psicomotores já no ambiente intrauterino, e estes movimentos psicomotores
deverão ser permanecido até a melhor idade e dentro da perspectiva deste olhar,
se pensou nos seguintes capítulos:
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A importância da psicomotricidade no contexto do lúdico
A relação do brincar e o estimular dentro do cotidiano familiar,
social e escolar
O Tai Chi Chuan dentro do contexto lúdico, educacional e
psicomotor
Paralelamente, pensando-se em brincar e estimular, estaremos
paulatinamente levando o indivíduo para o mundo da aprendizagem. Dentro destes
contextos, estaremos buscando entender com mais relevâncias o brincar, o
estimular, a psicomotricidade e o tai chi chuan.
Sim o tai chi chuan! Pois este, poderá ser uma nova ferramenta que mesmo
advindo de uma arte chinesa secular, poderá nós auxiliar no desenvolvimento
motor, cognitivo e emocionais do indivíduo. Independente de estarmos em pleno
século XXI, onde ainda encontramos a falta de compreensão por parte dos pais e
dos educandos em valorizarem o ato de brincar e estimular no processo de
aprendizagem, sem querer generalizar.
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CAPÍTULO I
A IMPORTÃNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO
CONTEXTO DO LÚDICO
Ao escrevermos este título para este capítulo, e o assim fizemos,
imediatamente detectamos que mesmo estando nós em pleno século XXI,
acabamos nos deparamos com pais/familiares e educadores escolares que não
valorizam a existência da psicomotricidade no momento lúdico no contexto do lazer
infantil social ou educacional.
Quantos aos pais e familiares, estes não entenderem ou compreenderem o
que é esta ciência maravilhosa, cujo nome é psicomotricidade e o que a mesma
têm haver com a ludicidade. ─ Tudo bem! Podemos até “relevar”. Assim, como o
lúdico em seu contexto real e não como um mero lazer.
No entanto, quanto aos educadores. Estes sim! É um pouco mais crucial ao
se pensar que os mesmos, também, “desdém” da importância do lúdico e
consequentemente a prática da motricidade que existe embutido no momento da
ludicidade e pouco valorizam a ciência que existe embutida no momento do lúdico.
1.1. O Papel do Lúdico
O lúdico tem um papel fundamental, no desenvolvimento da criança, e muito
das vezes acaba passando despercebido dentro do contexto familiar, escolar e
social. Classificando-o como momento para passar o tempo ou relaxar que pode
até ser também.
Porém, muito das vezes quando se vê uma criança desfrutando de um jogo,
não se imagina quantas coisas podem existir dentro daquele momento lúdico, cujo
qual ela está executando. Como exemplo, a criança poderá estar aprimorando suas
habilidades motoras, a concentração, o raciocínio lógico e tantos outros. Sem
contar que se trabalha também as dimensões: corporal, cognitiva e afetiva.
De acordo com Almeida (2006 apud Machado e Nunes, 2017) a essência do
lúdico é:
“O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo
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que a definição deixou de ser o simples sinônimo do jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo.” (p. 19).
O lúdico, nada mais é do que o jogo em si e as formas de brincadeiras, e é
através dele que se vai perpassar os valores que se devem ser adquiridos e
desenvolvidos nas fases iniciais no caso da educação infantil chegando na
adolescência, através de estímulos.
Registra-se que na verdade estes valores, vão muito além perpassando por
todas as fazes, chegando até a fase adulto do indivíduo, porém registraremos em
tela, somente a faze infantil. Em se pensando em um cunho pedagógico
educacional e social.
No entanto, sempre ao se praticar/aplicar a atividade jogo, seja ele no
contexto social ou educacional, este, o deve ser praticado com regras moderadas
e adaptadas de forma que todos consigam brincar, claro dentro dos limites das
idades. O jogo deve gerar empatia e não competitividades apesar disto, devemos
saber que a frustação também faz parte do processo evolutivo.
Segundo Kishimoto (2001), o jogo infantil e a educação:
Antes da revolução romântica, três concepções estabeleciam as relações entre o jogo infantil e a educação: (1) recreação; (2) uso de jogo para favorecer o ensino de conteúdos escolares; e (3) diagnóstico da personalidade infantil e recurso para ajustar o ensino às necessidades infantis. O jogo é visto como recreação, desde a antiguidade greco-romana, a parece como relaxamento necessário a atividades que exigem esforço físico, intelectual e escolar (Aristóteles, Tomás de Aquino, Sêneca, Socrates). Por longo tempo, o jogo infantil fica limitado à recreação. Durante a Idade Média, o jogo foi considerado “não sério”, por sua associação ao jogo de azar, bastante divulgado na época. O jogo serviu para divulgar princípios de moral e ética e conteúdos de história, geografia e outros, a partir do Renascimento, o período de “compulsão lúdica”. O Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Ao atender necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares. Assim, para se contrapor aos processos verbalistas de ensino à palmatória vigente, o pedagogo deveria da forma lúdica aos conteúdos. Quintiliano, Erasmo, Rabelais, Basedow comungam dessa perpectiva. (p. 31-32).
O lúdico sempre existiu e existirá dentro do convívio do homem, diga-se de
passagem, desde a era da pré-histórica. Hoje em dia, várias escolas e educadores
trabalham com ele dentro do contexto de ensino aprendizagem. Os pais e os
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familiares das crianças, estes executam atividades lúdicas para com seus filhos no
dia a dia também. Só que ambos os citados os aplicam, sem o olhar merecedor
que se deve ter no momento da ludicidade para com as crianças.
No momento da prática/aplicação do jogo, diga-se de passagem, melhor
dizendo em seu processo de execução ou brincadeira, poder-se-á detectar variados
problemas psicomotor no indivíduo ou até mesmo os que irão refletir para com sua
evolução social e escolar (no caso do processo de ensino aprendizagem).
Sendo assim, se deve pensar em atividades psicomotoras que envolva: a
coordenação motora fina, coordenação motora ampla, lateralidades,
esquema corporal e tantas outras. Onde descreveremos melhor nos
subcapítulos e capítulos seguintes, o que são e suas implicações na falta do
processo de desenvolvimento psicomotor.
Ademais, ao ser detectado uma dificuldade de desenvolvimento no decorrer
dos jogos pelos pais ou familiares, isto, poderá ser o momento se ne qua non.
No geral, o que queremos relatar é que: ─ se o poio e orientação surgirem o
mais de imediato possível, qualquer problema psicomotor poderá ser eliminado ou
minimizado. E para isto os pais e familiares deverão contar com o apoio da escola
por ser a instituição mais próxima em um primeiro momento.
Quem sabe, eliminando o problema dentro dos próprios muros das escolas,
fazendo com que o problema cognitivo motor, não se desenvolva muito refletindo
menos no processo de ensino aprendizagem.
Ademais, por mais que as escolas não valorizem os problemas psicomotor
de seus alunados. Sempre encontraremos um docente que deterá um certo
conhecimento e poderá ajudar como proceder e porque não a própria escola não
deveria dar este primeiro feedback necessário para este indivíduo e os pais.
Sendo assim, mesmo sendo feito este procedimento observatório de forma
talvez simples considerado por alguns, o mesmo poderá trazer um grande benefício
para este indivíduo no futuro.
Veja bem, não estamos aqui querendo que as pessoas saiam por ai
aplicando pareceres desnecessário sem serem especialistas no assunto, o que
queremos é que se exista mais colaboração/conscientização e observação por
parte dos pais que muito das vezes detectam o problema no desenvolvimento da
criança e estes, acabam escondendo-os, por vários motivos um deles falaremos
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mais à frente no capítulo dois, que é a falta de estímulos psicomotores, que os pais
veem em seus filhos e dizem que não tem.
Alertamos, que estamos falando aqui de: movimentos psicomotores, que é
vinculado a psicomotricidade e esta, que está inserido dentro do contexto do
momento da ludicidade seja o jogo ou a brincadeira.
E é na brincadeira que as vezes, os pais percebem que o filho tem um déficit
e diz que é normal exemplo: “─ é, ele está crescendo é muito pequena a filha da
vizinha só andou com 5 anos ou só falou aos 5 anos isto é normal”. Assim, pensam
muitos pais em nosso país. E as vezes até a escola deixa passar despercebido
estas complicações/dificuldades psicomotoras.
Estamos chamando a atenção para este fato de “observação psicomotora
pois, a mesma, devem obter observações diárias”, por parte de todos que estão em
convívio com a criança, eles, deveriam ter o dever de colaborar para com o melhor
desenvolvimento psicomotor da mesma.
Em nossos diálogos com Santos (2015), detectamos e ressaltamos que as
crianças de hoje em dia mediante a Lei de Diretrizes e Bases/LDB, cuja lei nº
9.394/96, as mesmas, passaram a frequentarem a escola muito mais cedo do que
se fazia no passado, por conta dos avanços ocorridos nesta lei como veremos em
tela registrados em seus artigos 29, 30 e 31.
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei. nº 12.796, de 2013).
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I. Creches, ou entidades, equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II. pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei. nº 12.796, de 2013).
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei. nº 12.796, de 2013).
I. avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo par o acesso ao ensino fundamental:
(Incluído pela Lei. nº 12.796, de 2013)
II. carga horária mínima anual de 800 (oitocentos) horas,
distribuídas por no mínimo de 200 (duzentos) dias
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trabalhados educacional; (Incluído pela Lei. nº 12.796, de 2013)
III. atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei. nº 12.796, de 2013)
IV. controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei. nº 12.796, de 2013)
V. expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei. nº 12.796, de 2013)
O desenvolvimento humano ele ocorre desde o ambiente intrauterino,
porém, alertamos e entendemos que é na faze da educação infantil que se vai
contemplar e provocar o indivíduo no seu desenvolvimento cognitivos motores.
Segundo Fonseca (2018) o que é cognição: “é uma das componentes fundamental
do potencial de adaptação e de aprendizagem: sem ela, a evolução da espécie
humana e de sua comunicação linguística e concomitante representação simbólica
não seriam exequíveis.” (p.62).
Um momento lúdico de um jogo pode ajudar e muito no processo de
desenvolvimento cognitivo da criança exemplo: um jogo de manipulação de formas
geométricas por incrível que pareça simples, o mesmo irá ajudar que se evite
problemas de dislexia (na forma de escrita) e outros. Neste momento estamos
falando de problema de organização espacial.
Dentro deste prisma, cabe a escola de educação infantil, valorar os tempos
de lazer que existem nas escolas com um olhar mais clínico psicomotor e nos
momentos de jogos lúdicos com frustações trabalhe o reforço positivo com palavras
positivas que venham a enriquecer o domínio de suas emoções.
Não queremos colocar a escola como uma vilã dentro deste contexto, pois a
mesma como citamos nas leis e até no dia a dia de hoje, vem sofrendo
transformações constantemente por conta das necessidades das formações
familiares melhor dizendo a sociedade no geral. Onde o que queremos é que a
mesma seja uma verdadeira aliada pois, ela é a base de tudo e que a mesma pense
em trabalhar um corpo mais vivo dentro dos muros das escolas. Mediante ao
exposto, de certa forma colaborando com uma prévia orientação sobre a
importância desta ciência maravilhosa que está presente em todo o ato motor de
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desenvolvimento da criança e o mesmo, muito bem perpassa pelos momentos
lúdicos que sejam eles quais quer que sejam independentes de ondem o forem
executados. Podendo ser ocorrido em variados ambientes como exemplos:
dentro de casa;
dentro dos condomínios;
nos hospitais;
no contexto social (praças, igrejas) e
nas escolas
É importante ressaltamos aqui, que o momento lúdico, ele pode ocorre em
qualquer ambiente em que esteja sendo praticado jogando ou brincando, a
ludicidade, não ocorre somente nos locais citados supra.
Registra-se aqui, que a criança brinca, utilizando o seu corpo e
consequentemente conecta-se ao mundo através dele, para assim compreendê-lo:
“─ o corpo e o mundo”.
E vai ser através desta conexão cognitiva, interativa e social em um
momento lúdico, que o corpo irá se desenvolver e conectar-se ao mundo
perpassando sempre pelo momento da ludicidade, isto nada mais é do que uma
das fazes de momento psicomotor que está vinculado a ciência da psicomotricidade
onde a descreveremos em nossos subcapítulos a seguir. É através do lúdico que a
criança ira se desenvolver, e, muito pais pensam que é somente uma brincadeira,
um passa tempo como alguns docentes também o ver assim, sabemos que não o
é. Hoje, mais do que nunca é necessário que se crie e resgate momentos lúdicos
de jogos e brincadeiras dentro e fora do muro das escolas de forma que a criança
utilize mais o corpo.
O lúdico é muito importante para todos nós seja na faze infantil, na
adolescência ou até mesmo na faze adulta.
Em suma, mais do nunca esperamos que em nosso país, venhamos a
pensar em obtermos uma qualidade de ensino com um viés mais humanista e este
procedimento com certeza passará pela ludicidade e a psicomotricidade e para isto,
se deve pensar em trabalhar os estímulos dentro da faze da educação infantil sem
perder a lúdico.
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1.2. Conceituando a Psicomotricidade
Como comentamos anteriormente, para falarmos de lúdico, brincadeira e
jogos, devemos dialogar com a ciência da psicomotricidade, que estuda o homem
em movimento e seu corpo, esta registra-se aqui, é o seu objetivo. Que é realizado
através das conexões com o mundo interno e externo e vai ser dentro deste
contexto que o indivíduo vai desenvolvendo os seus cognitivos motores para que
se adquira uma aprendizagem de qualidade em especial na infância e que é claro,
irá refletir em sua vida social. Grandes estudiosos da psicomotricidade, apresentam
variadas definições acerca desta ciência maravilhosa.
Sendo assim, destacamos alguns em tela.
A Psicomotricidade em fragmentos: “Psique” – fenômeno da mente; “Moto”
– ou “Motriz” força que dá movimento ao “corpo”. Dentro destas explanações fomos
dialogar com Fonseca (2008) que nos responde veementemente o que esta ciência
estuda:
Estudo das funções, e das perturbações que interessam à integração e à regulação mental da motricidade, com referência particular ao desenvolvimento da criança, podendo abranger também outros níveis experienciais (p. ex. adolescentes, adultos idosos etc. Conexão entre mente e o corpo, entre o pensamento e ação, implicando a significação psicológica da motricidade. Como Educação psicomotora, destina-se à otimização do potencial relacional e de aprendizagem. Como reeducação psicomotora, destina-se à prevenir e compensar atrasos de desenvolvimento motor, emocional e cognitivo e a modificabilizar síndromes como disfunções cerebrais mínimas, instabilidade, dispraxias, tiques, dificuldades de aprendizagens, etc. O termo psicomotricidade é utilizado para definir o estudo profissional dos especialistas que asseguram a observação dinâmica e a reabilitação das perturbações. (Fonseca, 2008, p. 577).
Vários outros teóricos contextualizarão esta ciência maravilhosa que
segundo Fonseca (2016) muitos destes, são oriundos de diferentes países e cultura
é claro. Fonseca (2016), nos retrata que a psicomotricidade surgiu na França, se
expandido para o mediterrâneo e territórios latinos americanos que também
obtiveram grandes contribuições para com esta ciência. Gerando uma evolução e
uma revolução na contextualização do tema, claro que acabou se desconstruindo
vários mitos. Um bom exemplo seria a questão de que o jogo e a brincadeiras são
mero lazer. E a psicomotricidade está aí para mostrar que não o é, vai muito além
disto.
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Sendo assim, expomos em tela o organograma de desenvolvimento
psicomotor e aprendizagem, criado por Vitor da Fonseca (2008, p. 10), com autores
renomados sempre relembrados e retratado por ele, ressaltamos que tantos outros
vieram/surgiram ou vão surgir depois destes grandes especialistas.
Registra-se aqui, segundo Fonseca (2008, p. 9), a psicomotricidade tem sua
origem na França com Wallon.
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E APRENIDZAGEM
AUTORES
Europeus
AUTORES
Norte americanos
AUTORES
Russos
Escala de Desenvolvimento Psicomotor
WALLON
Período psicomotor do
pensamento
KEPHART
Da aquisição à generalização
motora
VYGOTSKY
Perspectiva sócio histórica
da motricidade
PIAGET
Da embriologia motora a embriologia mental
CRATTY
A pirâmide do comporta-mento perceptivo motor
LURIA
A organização neurofuncional da psicomotricidade
AJURIAGUERRA
A criança e o seu corpo
GETMAN
O complexo visuomotor
BERNSTEIN A coordenação e a regulação
cibernética da psicomotricidade
FROSTIG
Habilidade visuoperceptivas e
educação pelo movimento
WALLON
Período psicomotor do pensamento
BARSCH
A teoria movigenética
CRUICKSHANK
Disfunção perceptivo motora
e disfunção cerebral mínima
J. AYRES
Integração sensorial
e aprendizagem
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Definindo a psicomotricidade segundo Fonseca (2008, p. 09):
A psicomotricidade pode ser definida como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistêmicas entre o psiquismo e a motricidade. O Psiquismo, nessa perspectiva, é entendido como sendo constituído pelo conjunto do funcionamento mental, ou seja, integra as sensações, as percepções, as imagens, as emoções, os afetos, os fantasmas, os medos, as projeções, as aspirações, as representações, as simbolizações, as conceitualizações, as ideias, as construções mentais, etc., assim, como a acontece as aquisições evolutivas ulteriores.
Segundo Conceição (2017), no “portal” da ABP (Associação Brasileira de
Psicomotricidade), a Psicomotricidade surge no Brasil, na década de 50 e foi na
decanato de 80 que se criou a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP),
que em 30 de abril de 2005, sofre alteração no nome, para se cumprir a exigência
do Novo Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002), passando
a denominar-se: Associação brasileira de Psicomotricidade (ABP), ficando como
nome fantasia de – Sociedade Brasileira de Psicomotricidade.
Ainda segundo o mesmo “portal”, “no Brasil, diversas Universidades
oferecem curso de pós-graduação, e em 29 de maio de 1989, pelo Decreto Lei n.º
97.782 foi autorizado no Rio de Janeiro o primeiro curso de graduação em
Psicomotricidade”.
Do ponto de vista da “ABP”:
A Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo, o estudo do homem através do seu corpo em movimento, em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas afetivas e orgânicas. Psicomotricidade, portanto é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade e sua socialização.
Percebemos que a psicomotricidade é uma ciência que detém um vasto
campo de conhecimento para se lidar e explorar e a mesma olha para o ser humano
em sua totalidade e sempre vinculada ao corpo, ação e emoção. Já quanto aos
fundamentos, eles são com bases na ontogênese “evolução do homem” e
filogênese “evolução da espécie”.
20
1.3. O corpo e a psicomotricidade
O corpo é registrado por vários teóricos como o objeto que a criança percebe
através das sensações.
Mesmo assim, registra-se que para o desenvolvimento da criança, cabe a
ela obter um bom conhecimento deste corpo, pois caso isto não ocorra poderá lhe
acarretar problemas futuros, na sua idade cronológica, na sua aprendizagem e em
seu convívio social.
A criança deve ser estimulada desde de cedo a reconhecer seu corpo, pois
será através dele que ela irá se conectar com o mundo e segundo Vayer (1980):
A realidade do Mundo é entendida através do conjunto dos órgãos receptores (sensorialidade), mas é através da sua acção que: – a criança se reconhece, – reconhece o mundo à sua volta (o dos outros e das coias), – estabelece relações entre o seu Eu e esse mundo que a rodeia. A ação é, pois uma relação com o Mundo, é ela que dá um sentido ao conjunto das sensações e percepções. É ela que constiui, com temos afirmado, a primeira forma de comunicação. (p. 59).
Como comentamos, várias definições poderemos encontrar em nossas
leituras científicas contextualizando o “corpo” em que se refere para com a
psicomotricidade e mais uma vez nos deparamos com Vayer (1980, p. 10): “O
corpo não é um símbolo nem um objeto de qualquer instrumento, ele
subentende a sua presença no Mundo”.
Segundo o mesmo autor (idem, ibidem, p. 57):
“Todo o desenvolvimento da criança é o resultado das trocas que se estabelecem, se desenvolvem, se diversificam e, finalmente, se estrutura e organizam através da acção. A importância e riqueza das trocas mundo/eu estão naturalmente ligadas à maneira como são vividas as comunicações, ou seja, a qualidade do diálogo que se estabelece entre a pessoa da criança e os elementos do mundo exterior e essa qualidade do diálogo é função da presença do adulto e da qualidade dessa presença”.
Vayer (1980), ainda nos remete ao significado ao “corpo” em relação a
reeducação, e identificando-o dentro do contexto para com a educação psicomotora
em duas grandes correntes:
“– A primeira inspirada na psicanálise, encara sobretudo o corpo nos seus aspectos simbólicos, seno a atividade corporal a expressão dos fantasmas e dos desejos profundos da criança.
21
– A segunda, inspirada pelas técnicas existentes na educação pelo movimento, encara essencialmente o corpo como um objeto ou um instrumento, que é ao mesmo tempo uma forma de aprendizagem
e um meio para aprender ou para se exprimir”. Vayer (1980, p. 9).
Dando continuidade a este pensamento, dialogamos com Alves (2016), com
seus recortes temporais distintos e complementar em se tratando do tema:
“O corpo é o primeiro objeto que a criança percebe por meio das sensações, mobilizações e deslocamento e é por intermédio da organização das sensações relativas ao próprio corpo que a criança esquematiza o seu; tendo como resultado a associação de elementos cada vez mais coordenados e complexos. O movimento vem como resposta muscular à estimulação sensorial levando em consideração a informação motora, como reação involuntária como atos intencionais e reações globais do organismo aos estímulos do meio. Como a Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo o estudo do ser por meio do seu corpo e contribui no desenvolvimento da criança para aquisição da aprendizagem nos aspectos cognitivos-moto-afetivo”. [...] (41).
Segundo o mesmo autor (idem, ibidem, p. 41):
“Ás vezes, falta visão ao sistema escolar de perceber o quanto o corpo e o movimento são essenciais ao desempenho da criança na educação. A linguagem da mobilidade tem de existir e acontecer no meio escolar. Há muito se deixou de praticar atividades físicas em algumas escolas por acharem que o importante é ver a criança dentro da sala de aula sentada na sua cadeira, observando e prestando atenção ao que lhe é exposto no conteúdo didático. Conhecimento não é so isso, é também movimento, e esse movimento vem por meio do corpo, corpo esse que deveria ser liberado para que por ele a criança se expresse, até mesmo para dizer que não está entendendo e pedir explicações para automatizar melhor o conteúdo”. (41).
Estes autores, deixam bem claro que a percepção do corpo é de suma
importância para o desenvolvimento do indivíduo.
1.4. A aprendizagem e a psicomotricidade com seus benefícios
A escola é o local hoje para se ter novas vivências, tendo em vista que não
se brinca mais na rua como antigamente. Por conta disto, o grande desafio
educacional está sendo saber estimular sem deixar de lado é claro a brincadeira, o
jogo a ludicidade. Tendo em vista que a infância hoje em dia, ser bem diferenciada
da do passado, porém, diga-se de passagem, bem recente. Por conta da falta de
segurança que ocorre nos bairros em nosso país, não se brinca mais nas ruas.
22
Paralelo a isto, temos hoje em dia a criança sendo confinada muito mais
cedo do que antes nas escolas. Porém, algumas instituições, detêm um espaço
com um número extremamente elevado de crianças em sala de aula e espaços de
péssima adaptação.
Dentro desta perspectiva atual, mais do que nunca se deve pensar em
trabalhar a educação psicomotora na escola, Boulch (1986) muito bem retrata esta
orientação:
“A educação psicomotora concerne uma formação de base indispensável a toda a criança que seja normal ou com problemas. Responde a uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta possibilidadades da criança e ajudar sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano A terapia psicomotora refere-se particularmente a todos os casos problemas nos quais a dimensão afetiva ou relacional parece dominante na instalação inicial do transtorno”. (p. 13).
Segundo o mesmo autor (idem, ibidem, p. 24):
“A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares e escolares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser aplicada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança permite prevenir inadaptações, difíceis de corrigir quando já estruturadas”. (idem, ibidem,p. 24).
Alves (2016), também muito bem pontua estas colocações:
“A Psicomotricidade deveria ser adota como uma modalidade de ensino para que o professor pudesse perceber o quanto que ao aplicar as atividades psicomotoras no conteúdo pedagógico da criança, facilitaria o seu aprendizado [...]”. (p.117).
A psicomotricidade é uma modalidade superimportante para o docente e o
discente dentro do contexto escolar e para os pais/familiares dos indivíduos
também.
A psicomotricidade através de suas atividades, irá enviar mensagens para o
cérebro ativando os estímulos necessários para uma evolução ou uma correção
motora através da maturação do cérebro.
Na fase da educação infantil é que a criança inicia a descoberta de seu corpo
e o do outro, onde ela vai sentir: as emoções, os limites e os afetos. E para isto
23
também devemos trabalhar e/ou explorar as atividades psicomotoras dentro dos
muros das escolas, trabalhando os espaços que existem utilizando a comunicação
da linguagem corporal com jogos e brincadeira lúdicas. Pois estas irão ajudar no
desenvolvimento do cérebro, se forem corretamente estimuladas nesta etapa
educacional que refletirá em seu desenvolvimento global.
Percebemos que a aprendizagem está ligada extremamente ao
desenvolvimento cognitivo motor, tendo em vista que o mundo psicomotor, este se
conecta em todas as atividades educacionais e sociais que a criança executa ou
executará.
Só que o desenvolvimento e aprendizagem de uma criança, é sempre
diferente uma da outra, tendo em vista variados fatores que podem refletir no
processo de ensino aprendizado, como exemplo: o ambiente familiar, os estímulos
motores coretos e no momento certo e outros.
Dentro desta colocação cabe termos também um ambiente familiar bem
harmonioso para que não se prejudique o tônus deste indivíduo e mais uma vez
Boulch (1986), simplesmente exemplifica:
[...] se acriança é mal cuidada, se suas necessidades não são satisfeitas, se a mãe impaciente a agarra bruscamente, se a sua ansiedade se traduz por um excesso de tensão, a criança reagirá por descargas tônicas. O equilíbrio da mãe condiciona o equilíbrio emocional da criança. Este equilíbrio não depende só de reações conscientes da mãe, mas sim de sua vida inconsciente, que faz com que ela esteja distendida ou nervosa. (p. 75).
Registra-se aqui, o equilíbrio, deve ser de todos aqueles que convive com
este indivíduo dando-lhe afeto, para que se tenha um desenvolvimento harmonioso,
e para isto, os pais ou familiares devem estar unidos.
Na realidade o preparo para a aprendizagem vem surgindo desde o
ambiente intrauterino e permanecerá em sua fase adulta, toda via o ambiente
escolar e familiar tem de ser um ambiente acolhedor para este indivíduo,
principalmente nas fazes que perpassam a educação infantil.
E esta evolução, ela vai ocorrer através de seus elementos chaveis
estudados na ciência da psicomotricidade, na verdade, infelizmente, muitos deles,
as vezes passam despercebidos no ambiente familiar e em especial na escola,
citaremos alguns que são a base desta ciência.
24
Esquema corporal;
Lateralidade;
Noção do corpo;
Estruturação espaço temporal;
Praxia Global;
Praxia Distal;
Tonicidade;
Coordenação oculomanual e pedal.
O interessante observarmos neste momento que: – através da percepção de
alguma dificuldade psicomotora do indivíduo, que esta poderá ser trabalhada
através de jogos e brincadeiras e o cérebro, ficará feliz também.
Neste momento dialogamos com Oliveira (2015) que nos fala sobre a
maturação cerebral, onde a mesma, vai passar por todas estas bases, e se não
forem bem estimuladas na faze infantil, teremos sérios problemas no processo de
ensino aprendizagem e social, por isto a estimulação deve ser trabalhada no fases
iniciais do indivíduo é fundamental, e os jogos e as brincadeiras, estes são as
ferramentas principais que infelizmente alguns pais ou familiares e corroborando
até alguns educadores, não as valorizam como deveriam e nem se quer pensam
em técnicas novas. Alertamos que queremos lembrar que estamos falando aqui,
simplesmente do sistema nervoso, diga-se que os neurônios que vão conduzir os
estímulos hora citados ou recebidos e para isto serem processado pelo córtex
cerebral que receberá impulsos que chegaram de receptores, vindo através de
estímulos fora do corpo “exteroceptivos”, podendo ser uma parte do corpo, como o
ouvido, paladar e outros.
Em resumo, a aprendizagem vai passar por estas bases psicomotoras onde
uma dependerá da outra de forma que irá formar e/ou auxiliará as aprendizagens
e isto seria muito bom que todos soubessem e porque não os familiares/pais dos
alunos, e a escola, esta, poderia sim dar uma breve orientação para os pais, como
já comentamos em outros momento.
E assim, também aproveitar e aplicar atividades que não fossem gélidas e
que as crianças deixassem de serem uma mera receptora de informação e acabar
com o mito de que jogos e brincadeiras são meros passatempo.
25
CAPÍTULO II
A RELAÇÃO BRINCAR E O ESTIMULAR DENTRO DO
COTIDIANO FAMILIAR, ESCOLAR E SEU CONTEXTO
SOCIAL
Neste capítulo em questão, estaremos abordando a relação do
estimular/brincar, onde como já comentamos e percebermos como estes
procedimentos cada vez mais vem se esvaindo dentro do contexto escolar, familiar
e claro no social. Para isto, se precisa mais do que antes se aproximarem
escola/professor/família e a sociedade no geral.
2.1. A relação brincar e estimular dentro do cotidiano familiar,
escolar e seu contexto social
O processo de estimulação cognitiva e motora, como já comentamos em
tela, ela se inicia no ambiente intrauterino e em seu segundo momento, ela vai se
dar dentro de casa, onde os pais e seus familiares devem constantemente brincar,
serem afetivos, contar estória/ler, jogar ou como se diz no senso comum no
linguajar popular: “─ não deixar passar em branco o momento lúdico da criança”.
Deve-se pensar sempre também, se possível for levar os filhos nas praças
públicas.
Porém, hoje, diferente do passado, devemos ficar atendo para não nos
depararmos com um obstáculo chamado violência. Em alguns momentos
encontramos também os brinquedos destruídos por vândalos, ou a falta de
manutenção do Estado.
Ocasionalmente, o que mais se vê hoje em dia e consequentemente por
conta da correia deste mundo globalizado, são os pais chegarem do trabalho e se
quer brincarem com seus filhos. Vários são os fatores que se leva a este fato: brigas
familiares; falta de projeto em parceria com os pais escolas e a sociedade.
Podemos somatizar à péssima qualidade de transporte público que temos em
nosso país, que faz com que muitos pais trabalhadores percam cerca de 3 (três), 4
(quatro) horas ou mais, para chegarem em casa.
26
Em suma, vários são os fatores para que podem ocorrer a este fato, onde os
familiares fiquem desestimulados em casa a não darem atenção aos seus filhos
após chegarem do trabalho.
Paralelo ao que já postamos em tela, percebemos que se os estímulos não
forem trabalhados nas fazes iniciais de vida do indivíduo, isto, irá fazer com “ele”
obtenham algum problema cognitivo ou motor, refletindo em suas relações
sociais/valores. Sendo assim, a Ciência da Psicomotricidade será uma aliada impar
para mostrar o quanto estas relações estão intrínsecas para com o
desenvolvimento do indivíduo.
No entanto, percebe-se que mesmo estando nós em pleno século XXI,
alguns pais, veem a escola como o elo motor principal no processo de estímulos e
ensino aprendizagem, onde: “─ dizemos que não o é!” E buscamos em Fonseca
(2015, p. 105-106.) uma concordância.
Os pais, primeiros educadores da criança e primeiros mediatizadores da sua aprendizagem, têm uma influência crucial no desenvolvimento global dos seus filhos; por analogia, os professores também exercem uma função primordial no desenvolvimento holísiticos dos seus estudantes. Antes de educar a criança, são os pais que temos que educar; em paralelo, antes de educar os estudantes, são os professores que temos de mediatizar. Sem nenhuma preparação dos pais, ou com uma superficial formação filosófica e pedagógica dos professores, corre-se o risco de se perder uma oportunidade-chave na aprendizagem das crianças e dos jovens e compromete-se seriamente a socigênese.
E este elo, para se formar cidadãos, leitores, críticos, autônomos,
participativos, etc., deve-se partir de um elo único somatizando-se com os
pais/familiares/escolas/professores/a sociedade. Todavia, vemos que a escola é
uma das molas mestres neste processo, porém, não o é sozinha como bem retrata
para nós Libâneo (2007, p. 8 - 10):
“Não dizemos mais que a escola é a mola das transformações sociais. Não o é sozinha. As tarefas de construção de uma democracia econômica e política pertencem a várias esferas de atuação da sociedade, e a escola é apenas uma delas. Mas a escola tem um papel insubstituível quando se trata de preparação das novas gerações para enfrentamento das exigências postas pela sociedade moderna ou pós-industrial, como dizem outros. Por sua vez, o fortalecimento das lutas sociais, a conquista de cidadania, dependem de ampliar, cada vez mais o número de pessoas que possam participar das decisões primordiais que dizem
27
respeito aos seus interesses. A escola tem, pois, o compromisso de reduzir a distância entre a ciência cada vez mais complexa e a cultura de base produzida no cotidiano, e a provida pela escolarização. Junto a sito tem, também o compromisso de ajudar os alunos a tornarem-se sujeitos pensantes, capazes de construir elementos categoriais de compreensão e apropriação crítica da realidade. Diante dessas exigências, a escola precisa oferecer serviço de qualidade e um produto de qualidade de modo que os alunos que passam por ela ganhem melhores e mais efetivas condições de
exercício da liberdade política e intelectual”. Libâneo (2007, p. 8 - 10).
As passagens supra de Libâneo, só vem a somatizar com a nossa proposta
de que a escola, com apoio dos professores, deve sim mostrar para os pais alguns
termos técnicos e científicos como já o fizemos e veremos, onde no casso em
questão é: “─ a ciência da psicomotricidade”. De modo que se venha a quebrar
mitos e paradigmas, dentro de um olhar em que alguns pais/ou familiares possam
entender melhor um pouco mais sobre as importantes tarefas colaborativa que
ocorrem dentro dos muros das escolas desenvolvidas pelos seus corpos docentes
e apoiadores.
Sendo assim, ao adquirir um melhor conhecimento sobre o título em questão
estudado teremos em nossa sociedade pais e familiares e entidades socias que
valorizem mais o momento de lazer e/ou o momento lúdico infantil.
Pois, muitos, na verdade, não sabem que os momentos recreativos fazem
parte da evolução do cérebro do indivíduo em seu processo
cognitivo/afetivo/motor/sentidos.
Em suma, em si falar sobre instituições, sejam elas públicas e/ou privadas,
que claro, são geridas/gerenciadas pelos adultos, onde muito das vezes, não
sabem valorizar os momentos lúdicos, e não percebem que estão corroborando
com a evolução de estímulos, onde, seja ele qual for, passa pelo cérebro. Órgão
este, que precisa para o seu desenvolvimento que o corpo exercite faça,
movimentos e execute ações, em suas fazes iniciais de vida dos 0 (zeros) aos 6
(seis) anos de idade, períodos estes que são da educação infantil e crucial para se
termos no futuro um cidadãos que sejam mais crítico e participativo perante a nossa
sociedade. E isto, só vai ocorrer através de uma escola e pais, mais proativos na
formação destes indivíduos.
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Poderíamos falar de várias instituições que detêm em seu ambiente
crianças, como por exemplo, citaremos duas: “─ os hospitais e as creches”. Que
muito das vezes se quer tem um espaço em suas unidades apropriadas, para se
trabalhar os estímulos psicomotores das crianças que lá estão.
No caso dos hospitais, estes com suas crianças enfermas, muitos se quer
tem uma brinquedoteca no âmbito de suas dependências para seus atendimentos
pediátricos, muitos, ignoram a lei que retrata do assunto: Lei Nº 11.104 de 21 de
março de 2005, que em seus artigos sinaliza:
Art. 1 Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se a qualquer unidade de saúde que ofereça atendimento pediátrico em regime de internação.
Art. 2º Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar. (Fonte do portal: http://www.brinquedoteca.org.br/lei-no-11-104-de-21-de-marco-de-2005/).
Não entraremos em grande desenvolvimento sobre este assunto, porém a
creche por ser uma entidade que vem crescendo em nosso pais está convêm
registrarmos na sequência em nosso subcapítulo.
Concomitante, cabe a nós relatarmos que os procedimentos para estimular
um indivíduo ele, deve existir em todos os momentos em que o mesmo se encontra
perante a sociedade, esteja enfermo, ou não.
2.1.2. A creche
Estamos falando de jogos, brincadeiras, estimulação, dentro deste primas,
convêm dizer que o local para se trabalhar este assunto hoje em dia se dá na creche
também. Local que em cada ano vem sendo mais e mais disputados pelo pais, por
conta de terem que deixarem seus filhos em um espaço “educacional”, para
poderem trabalhar.
Será que estes ambientes estão mesmo preparados para receber estes
cidadãos? Atentando-se que alguns são espaços que não valorizam a estimulação
como deveriam ser.
29
Temos locais que não valorizam os jogos, as brincadeiras, o faz de conta,
não deixam as crianças se molharem, não podem subir em árvores, não soltam
pipas, não fazem pipas de papeis, não brincam de piques, não jogam bolas, não se
sujam, nem parece que estamos no século XXI, onde, sabemos da importância de
tudo isto como estamos demostrando em tela.
Onde em concordância com Hoffmann e Silva (Orgs), (2010, p. 9, apud
Bujes: Hoffman, 1991, p. 112), nos demonstra como a coisa é séria:
As crianças de nossas creches não é dado o direito de pedir colo sujar-se, brincar na água (porque dá bronquite) brincar na areia (porque dá alergia), acordar antes do tempo, quebrar brinquedos, fazer barulho. O que elas podem ou não fazer é dito pelo adulto e essas decisões estão a serviço da rotina e do conforto as pessoas que aí trabalham, mesmo que inconscientemente do seu significado e do autoritarismo nela subjacentes.
É neste ambiente, a creche, que se deveria trabalhar a psicomotricidade,
onde se deveria ser obrigado a ter um psicomotricista. Porém, como não tem,
convém se pensar em que o professor, detenha um certo conhecimento sobre a
ciência do corpo em movimento neste espaço assim como os pais.
Até porque, muitos destas crianças que estão em creches, precisam de uma
gama de estímulos psicomotores. Pois, como pode um local em que se encontra
uma grande quantidade de indivíduos com o cérebro em formação/em
desenvolvimento não serem estimuladas a contento. “Dever-se-ia ter uma
fiscalização”.
Dentro deste prisma, muitas creches não querem que seus alunos não se
sujem, não corram, não subam em árvores, não façam barulhos, não se molhem,
tudo isto e muito mais. Porém, este impacto de negatividade, poderá gerar um
bloqueio grande cerebral, que refletirá no futuro, por falta de estímulos. Hoffmann
e Silva (Orgs), (2010, p. 13), nos afirma que:
Respeitar a criança é não limitar suas oportunidades de descobertas, é conhecê-la verdadeiramente para
proporcionar-lhe experiências de vida ricas e desafiadoras, é procurar não fazer por ela, auxiliando-a a encontrar meios de
fazer o que quer, e deixá-la ser criança. Respeitá-la é oferecer-lhe um ambiente livre de tensões, de pressões, de limites ás suas manifestações, deixando-a expressar-se da
maneira que lhe convém e buscando entender o significado de todas as suas ações.
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Nesta acepção, a ação que se deve pensar para a educação pré-escolar, de
modo que se velha a encorajar as crianças, buscamos em Hoffmann e Silva (Orgs),
(2010, p. 13, apud Kamii, 1991) o caminho para percorrer:
─ tornar-se cada vez mais autônomas em relação aos adultos;
─ integrar com outras crianças e resolver os conflitos entre elas mesmas; ─ ser independente e curiosa, usar inciativa própria no
objetivo de susa curiosidades; ─ ter confiança e habilidades para formar ideias próprias das
coisas e a expressar suas ideias, não se desencorajando facilmente diante dos obstáculos.
Hoffmann e Silva (Orgs), (2010), vem nos afirmar que com os princípios
supra que o educador terá que pensar em atividades norteadoras para se ampliar
descobertas para as áreas do conhecimento.
Veja bem, não queremos generalizar em sim pontuamos para reflexão. Pois,
sabemos que existem instituições que sabem fazer a diferença.
2.1.3. O cérebro
Não podemos falar de jogos, do brincar, de afeto, de estimular no processo
de desenvolvimento cognitivo e motor dos indivíduos nas fazes iniciais de 0 (zero)
a seis (06) anos sem falar dele: “─ o cérebro”.
Registra-se aqui como já fizemos em tela que: “─ os estímulos
devem permanecer, além da terceira idade”.
E, ele, o cérebro, é uma máquina supercomplexa divina e espetacular, por
isto cada vez mais em que pensarmos em psicomotricidade que é a ciência que
trabalha e estuda o corpo em seus estímulos, movimentos, sentidos e afetos, dever-
se-á falar dele.
Segundo Muninz (2014, p. 15): “Tudo que você vê, ouve, sente, pensa,
interpreta e reage sobre o mundo externo é o cérebro que faz por você”.
Porque refletimos sobre? Pois, é no ato de se praticar atividades lúdicas que
vamos estimulá-lo, ajudando a se formar melhor, neste caso, fortalecendo as
conexões de nossos neurônios. Que, nos anos iniciais de vida se somam a
educação infantil que irá corroborar para que isto ocorra e será através das
atividade e práticas lúdicas com o olhar da ciência da psicomotricidade, e com os
31
apoios pedagógicos necessário, que iremos fazer com que um indivíduo
evolua/desenvolva-se ou que se detecte alguns transtorno nele através de uma
avaliação psicomotora2 e de uma anamnese3.
Esta parte de avaliação não vamos nos aprofundar aqui, assim claro como
a anaminesse. No entanto convém refletirmos sobre e para isto, fomos dialogar
com Oliveira, em sua obra (2014, p. 27, apud Carric, Koenchin e Masson In:
MASSON, 1985, p. 58).
[...] valorizam o exame psicomotor, afirmando que este se aproxima do exame neurológico pelo fato de serem testadas as diferentes funções do sistema nervoso, como as “estruturas responsáveis pela regulação tônica do sistema nervoso, como as “estruturas responsáveis pela regulação tônica da motricidade, seja ela reflexa ou mais complexa e as que governam as sensibilidades, a sensorialidade, a afetividade e as funções superiores”.
Ainda se falando em avaliação psicomotora, dialogamos novamente com
Oliveira (2014, p. 28).
A maior contribuição deste instrumento de avaliação é fornecer pistas para detectar e identificar crianças com dificuldades psicomotoras que estejam sendo prejudicadas em suas habilidades corporais e, consequentemente, em seu relacionamento efetivo com o meio. Sabemos que uma criança usa seu corpo como ponto de referências para conhecer e interagir com o mundo que a cerca. Um corpo não organizado que lhe obedece, estará prejudicando-a em seu desenvolvimento intelectual, social e mesmo afetivo-emocional, pois não confia em suas potencialidades. Estará também prejudicando a aprendizagem na escola, visto que algumas habilidades psicomotoras são necessárias à aprendizagem e ao próprio desenvolvimento.
Os pensamentos supra, vem a somar-se de acordo com Muniz (2014, p. 15):
“o cérebro adora aprender com imagens, sons e movimentos”. “─ Vamos refletir!”
Em se falando do cérebro, nos deparamos em nossas pesquisas com o
portal “Meu Cérebro (2018)”, onde encontramos umas frases para refletirmos mais
2 “A avaliação psicomotora é uma ferramenta indispensável a todos os profissionais que trabalham com o corpo”. (Oliveira, p. 28. 2014.). 3 “A anamnese é um instrumento valioso utilizado por vários profissionais. É realizada em forma de entrevista na qual é abordado um conjunto de informações sobre a história de vida do cliente e de suas principais dificuldades”. (Oliveira, p.11. 2014).
32
um pouco sobre este órgão complexo e maravilhoso. As expomos em tela para
reflexão:
“O nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade.” Charles Chaplin.
“A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica. E deixar cicatrizes no cérebro”. Noam Chomsky.
“O homem não pode sobreviver, exceto através de sua mente. Ele vem à Terra desarmado. Seu cérebro é sua única arma”. Ayn Rand.
“O que se vê depende do que acontece no cérebro”. Bertrand Russell.
“Um homem pinta com seu cérebro, não com suas mãos”. Michelangelo Buonarroti.
Quando falamos do cérebro, alguns pais e familiares logo pensam: “─
porquê meu filho não aprende? Sabemos conforme em diálogo com Le Boouch
(1982), que se o indivíduo vive em um ambiente hostil, pobre de estímulos, com
brigas, e palavras negativas, influenciará no processo de desenvolvimento do
indivíduo, neste caso refletirá nas conexões de neurônios do cérebro”. Vamos
refletir!
Várias são as estruturas e formas que compõe o cérebro, não vamos
estudar/relatar todas nesta pesquisa, porém, convêm relatarmos algumas delas,
para os pais conhecerem, assim como, o corpo docente da escola seus apoiadores
e a sociedade. São elas: a sinapse, os neurônios, córtex, neuroplasticiade, lobo
frontal e sistema nervoso.
Registramos o córtex com a psicomotricidade através de Fonsenca (2008,
p. 411 apud Luria):
A organização do córtex é função da complexidade da motricidade que, organizada por sua vez, em comportamentos, resulta da generalização e da associação dos dados (imputs) sensórias vindos da periferia (olhos, ouvidos, pele, músculos, tendões, ligamentos e articulações). Entre o mundo exterior (ambiente ou os ecossistemas naturais e socais) e córtex, diz no Luria, existe um processo sensorial e neuronal que transforma o estímulo vindo do exterior (imput) em um estímulo significativo integrado mentalmente. Dos órgãos sensórias à medula ou ao tálamo para os centros corticais, a sensação é transformada sucessivamente em percepção, imagem, simbolização, conceptualização. O córtex surge, assim, como um órgão especializado em analisar os estímulos exteriores, organizando-os, categorizando-os, classificando-os e transformando-os em experiências a reter e a conservar pela memória como background e repertório de informação a recuperar e a rechamar, para elaborar e executar
33
respostas motoras adaptativas para o futuro. Fonsenca (2008, p.
411 apud Luria).
Segundo Delduque (Orgs), (2016, p. 36):
O córtex cerebral envolve os hemisférios cerebrais e é composto de massa cinzenta. A principal função do córtex é ser responsável pelas operações das capacidades cognitivas. Ele é o grande especialista nas modalidades sensórias e tem uma organização de forma hierárquica que atua om o ambiente e o processamento das funções superiores. Ao pensar na funcionalidade dos hemisférios cerebrais, faz-se necessário compreender que cada hemisfério tem suas especificidades e não exclusividades de funções, porém, para o desempenho das atividades diárias, há uma comunicação entre eles. Dependendo da atividade proposta, um hemisfério vai assumir a função, mas o outro hemisfério também irá participar.
Dando sequência, em tela, exporemos algumas funções dos hemisférios
cerebrais, Delduque (Orgs), idem, ibidem (p. 38):
Hemisfério Esquerdo Hemisfério Direito
Interpreta os acontecimentos
Controle motor fino
Escrita à mão
É analítico
Racional
Símbolos
Linguagem
Compreensão de palavas
Leitura
Fonética
Localização de fatos e detalhes
Conversação e receitação
Seguimento de instruções
Escuta
Associação auditiva
É objetivo
Percebe o tempo
Minucioso
Sequencial
Ritimo
Reconhece números como palavras
Relações espaciais
Interpreta a linguagem corporal
Figuras e padrões
Computação matemática
Sensibilidade e cores
Canto e música
Expressão artística
Criatividade
Visualização
Sentimentos e emoções
Percebe simbolismo e metáforas de palavras e textos
Reconhece rostos e gestos e movimentos faciais
É subjetivo
É impulsivo
Reconhece músicas, lugares e objetos
Fonte: Delduque (Orgs), idem, ibidem (p. 38):
34
Sendo assim, o córtex, possui, além dos hemisférios esquerdo e direito
segundo Delduque (Orgs) (2016), também dispõe dos lobos, onde cada um detêm
uma função específica, sendo indispensável para o processo cerebral, expomos
em tela.
LOBOS FUNÇÕES
Lobos Frontais Controle da função motora ─ planejamento dos atos e organização psicomotora, praxias, iniciação de atividade, planejamento de comunicação não verbal, comportamento orientado par objetivo, julgamento, interpretação da emoção, modula a memória, imediata e atenção, flexibilidade em resolução de problemas, comportamento social e motivação. Responsável pela fala articulada, fluência verbal e identifica erros.
Lobos Parietais Processamento de sensibibilidade, prevem percepção relacionada ao esquema corporal ─ processamento espacial. Reconhecimento tátil de objetos e formas e elaboração grafomotora.
Lobos Occipitais Processamento da visão, incluindo relação espacial de objetos visuais, análise do movimento e cor e controle da fixação visual. Interpreta as sensações visuais (sequência, figura-fundo, posição e decodificação).
Lobos Temporais Processamento de informação auditiva, classificação de sons, processamento de emoção e memória episódica, emocional e saciedade, fuga, impulso sexual, luta, proteção. Percepção e conhecimento do olfato e do paladar.
Fonte: Delduque (Orgs), (2016, p. 39-40).
É fundamental para o aprimoramento e desenvolvimento da aprendizagem
tanto familiar quanto ao escolar, determos um certo conhecimento do cérebro. E
sendo assim para melhor saber trabalhar os exercícios para o corpo.
Muniz (2014) afirma que o nosso cérebro tem semelhança aos nossos
músculos cujo qual se fortalecem através movimento diga-se exercícios físico.
35
Sendo que ele, o cérebro, precisa de exercício mentais e físicos para liberar
endorfinas, que são neuromoduladores cerebrais responsáveis pela sensação de
bem-estar pós-atividades física.
O cérebro é plástico e mutante, ele não é estático! Responde aos estímulos ambientais não apenas com operações funcionais imediatas mas também com alterações de longa duração, algumas das quais podem se tornar permanentes. A neuroplasticidade sintetiza essa capacidade dinâmica, mutante, transformadora do cérebro que implica mudanças na transmissão de informações entre os neurônios, tornando alguns mais ativos, outros menos, de acordo com as necessidade imposta pelo ambiente externo e pelas próprias operações mentais. (p. 63)
Dentro desta acepção, mais do que nunca, devemos investir em atividades
lúdicas com as crianças.
2.2. A relação brincar e estimular dentro das atividades práticas psicomotoras
Quando se pratica as atividades psicomotoras, cada uma delas tem uma
finalidade, onde, para muitos que não entendem esta ciência maravilhosa, acabam
vendo-a como uma simples brincadeira. Na verdade, é brincadeira sim!
Porém, por traz temos um cunho científico específico como estamos
relatando em tela, que poderá ser utilizado como avaliativo, como citamos em
nosso subcapítulo 2.1.3, página 30, onde fizemos um breve apontamento sobre a
importância da avaliação psicomotora, que é uma ferramenta impar para o
profissional da ciência da psicomotricidade, que é: o psicomotricista. E este, poderá
ter uma visão abrangente nos momentos lúdicos, aplicados com os indivíduos.
Neste subcapítulo, relataremos os termos científicos denominados nas
atividades das práticas psicomotoras como formas de exercícios, que ocorrem nos
momentos lúdicos desta ciência maravilhosa.
Os termos científicos, são parâmetros para se poder direcionar a observação
e o caminho do problema preexistente do indivíduo, para que se consiga tentar
saná-lo, caso necessário.
Não obstante disto tudo, vale pensarmos o seguinte: “─ se todas as escolas,
sejam elas, públicas ou privadas obtivessem, um profissional psicomotricista, seria
um grande ganho para se diminuir os problemas encontrados no processo de
ensino e aprendizagem”.
36
Pois, muitos dos problemas e dificuldades escolares, surgem por conta da
falta de atividades lúdicas nas fazes iniciais, consequência por conta dos estímulos
atrasados recebidos de alguns alunos por conta dos pais/familiares ou da própria
escola.
Na verdade! Seria um sonho, onde todas escolas obtivessem um Profissional
de Psicomotricidade, para acompanhar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e
motor dos indivíduos em suas fases escolares. Nossas premissas, nos coloca em
conformidade com Alves (2018, p. 87 apud Amaral).
Recentemente, La Pierre (1986) se referiu à educação psicomotora como a descoberta do próprio corpo e da capacidade de execução dos movimentos, envolvendo, também, a descoberta do outro e do ambiente, melhorando as capacidades psíquicas, facilitando as aprendizagens posteriores. Pouco tempo depois, Oliveira, em 1997, fez referência aos motivos das dificuldades psicomotoras em diversos aspectos, os quais podem envolver incapacidade intelectual ou pequenos problemas de adaptação. Se não forem cuidados, podem causar dificuldades na aprendizagem. Nas instituições educacionais, professores envolvidos com a Educação Infantil ou com o processo de alfabetização, ao perceberem alguma limitação apresentada pelo aluno, geralmente o encaminha para clínicas especializadas. No entanto, muitas dificuldades poderiam ser resolvidas dentro do ambiente escolar por intermédio de atividades psicomotoras convenientes, principalmente nos jogos e nas atividades lúdicas, onde a criança pode explorar o mundo que a cerca, discriminando aspectos espaciais, relacionando e redimensionando o seu espaço psíquico, as ligações afetivas e, consequentemente, o domínio do corpo. No ambiente escolar, alunos que participam de brincadeiras, envolvendo corridas e jogos, podem apresentar, momentaneamente, algumas dificuldades que costumam ser superadas durante a interação da criança nas atividades, ampliando seu repertório psicomotor, cognitivo e afetivo. Essas concepções levam a perceber que a atividade motora e a cognitiva interagem constantemente, podendo influenciar no desenvolvimento global do sujeito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação prevê a idade mínima de quatro anos de idade, para o ingresso da criança no sistema educacional, onde ela deve permanecer, no mínimo quatro anos no turno parcial ou de sete horas na jornada integral. As recomendações para o desenvolvimento e a educação harmônico da criança, nessa fase, visam provocar estímulos que ativem conjuntamente, as áreas cerebrais motoras, sensórias e emocionais, principalmente no período da pré-escola até o final do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, aplicados por profissionais especializados em Psicomotricidade.
37
Para a aplicação dos estímulos psicomotorores, as instituições precisam de espaços e materiais adequados ou adaptados. [...].
Alves (2018, p. 87 apud Amaral).
Sobre uma ótica semelhante nos deparemos com Fonseca (2014, p. 242).
Existe um amplo consenso que a instituição e o ensino tradicionais, repetidos de geração em geração, não respondem nem às necessidades de desenvolvimento das crianças nem às novas expectativas dos pais e da sociedade em geral, que progressivamente vão dando conta da crise da educação.
Vitor da Fonseca (2014), nos retrata que a investigação psicoeducacional
dar-se-á através de uma instrução eficaz ou eficiente (grifo do autor), de modo
que se produz indicadores de bom ou adequado rendimento escolar e se envolverá
por quatro componentes-chave (grifo do autor). São eles: “os alunos, o
professor, a escola e o currículo”.
Fonseca, op. cit., pp. 242.
Muitos professores sabem que, se o objetivo da instrução ou do ensino for meramente despejar ou debitar algum tipo de informação na cabeça dos alunos, ou se limitar a reproduzir algum tipo de informação na cabeça dos alunos, ou se limitar a reproduzir ou repetir determinadas habilidades motoras como se vertessem água para dentro de um copo vazio, a educação não terá muito sucesso. Só quando a instrução e o ensino falham, é que a reeducação ou a terapia passam a ser consideradas.
A instrução e o ensino tradicionais que são dados transferidos tipicamente a um vasto número de crianças na sala de aula ou no ginásio ou na piscina, servem a maioria, mas não respeitam, muitas vezes, a minoria das crianças com problemas vários e necessidades diferenciadas. No sistema de ensino tradicional, o instrutor e o professor não são formados nem treinados para, na sala de aula, atenderem e cuidarem, quer do estilo individualizado, quer do nível de maturação neuropsicomotora ou da história de cada criança.
Lamentavelmente, o ensino tem negligenciado, abusivamente, as Neurociências e a Psicomotricidade, apesar de as relações entre cérebro, corpo e mente serem o âmago do processo de aprendizagem na criança e no jovem. O enfoque neuropsicomotor da aprendizagem tem sido ignorado pelo ensino, pois se continua a ensinar crianças e jovens, sem saber como o órgão, por excelência, da aprendizagem funciona, trata ou processa informação. A instrução e o ensino por tradição, não buscam as razões mais profundas das vulnerabilidades psicomotoras reveladas pelas crianças que apresentam sinais de inadaptação e desaprendizagem. A causa dos fracassos das crianças não cabe
nas suas finalidades. Por definição, a instrução e o ensino não
38
apresentam estratégias de inovação nem soluções para o problema. A instrução e o ensino não estão vocacionados para remover, compensar ou modificabilizar o défice, a disfunção ou a dificuldade psicomotora que a criança pode estar a experienciar por alguma razão específica. Ela trata as crianças todas por igual, como fizessem parte de uma comunidade homogênea de aprendizes. (Fonseca, op. cit., pp. 242).
Idem, ibidem (p. 245).
As raízes da educação psicomotora assumem que as dificuldades das crianças em aprender podem ser modificadas, minimizadas, reduzidas e superadas, por meio de uma intervenção psicomotora apropriada e mediatizada. (FONSECA, 2001).
Em suma, percebemos que a educação psicomotora é
fundamental/imprescindível para o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo de
todas as crianças, sejam elas, ditas “normais” ou “não”. Pois, ela fará com que se
adquire um conhecimento corporal adequado, que dará suporte em seu processo
de ensino e aprendizagem na escola e para o futuro perante a sociedade.
Antes de relatarmos algumas sequências de atividades práticas da
psicomotricidade, fazemos um breve comentário onde aqui registramos, que ao
ativarmos/trabalharmos os estímulos das crianças devemos nos preocupar para
que a mesma não se frustre, mesmo estando em seus momentos recreativos. E,
isto é, superimportante a ser observado segundo Alves (2018, p. 96 apud Amaral).
Os estímulos são importantes para aprendizagem e o desenvolvimento das percepções e formulação da cognição, por isso, devem ser cuidadosamente aplicados sem provocar frustações que possam afetar a autonomia do praticante. O organizador deve levar em consideração a cultura, o ambiente, os gêneros, a maturação, a idade, as habilidades e limitações do praticante, par que haja êxito, pedagógico, e atenda à formação do indivíduo.
Exemplificamos em tela, os “tipos de estímulos” em de acordo com Alves
(2018, p. 96 - 97 apud Amaral).
Visual Discriminação de formar/objetos/cores/relevos
Percepção e orientação espacial Localização Dominância
Dinâmica do deslocamento/equilíbrio
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Auditivo Discriminação sons/rítmos/tons Percepção e orientação espacial
Localização Dominância
Dinâmica do posicionamento/equilíbrio
Gustativo Discriminação dos sabores/intensidades
Olfativo Discriminação dos cheiros, localização / intensidades
Tátil Discriminação formato/textura Percepção e orientação espacial
Localização
Equilibração Dinâmica do equilíbrio (aparelho vestibular, cerebelo, triângulo plantar e
reações proprioceptivas) Estáticas: corporal e de objetos Dinâmica: corporal e de objetos
Motores Dominância Lateral
Coordenação global Coordenação fina (membros superiores e
inferiores) Coordenação oculomanual Coordenação oculopedal
Expressão corporal Levantar/transportar/tracionar/empurrar
Quadrupediar/andar/correr/saltar (com um ou dois pés)/rolar/girar nos eixos: anteroposterior
transverso e longitudinal
Afetivos/ Sociais
Percepção das emoções. Socialização/relações
interpessoal/intrapessoal Elevação de autoestima Redação emocional com as percepções
Sensórias (todas)
Fonte: Alves (2018, p. 96 - 97 apud Amaral).
Ao depararmos com o quadro de estímulos supra, percebemos que os
conceitos funcionais e relacionais, estão implícitos no quadro, que fazem com que
se dê vida ao corpo, aos movimentos e ao afeto. São área psicomotoras que
40
necessitam ser estimuladas/ou exploradas desde cedo e através de procedimento
funcionais, vejamos segundo Alves (2016, p. 145):
Tudo que diz respeito à integralidade motora percebida em um ato e na condição social são referentes aos procedimentos funcionais do ponto de vista da coordenação motora da percepção do equilíbrio, do tônus, do esquema corporal, da postura da
lateralidade, da respiração da organização e estruturação espaço-tempo e do rítimo. Alves (2016, p. 145).
Consequentemente, será através destas pontuações “tipos de estímulos”
e “conceitos funcionais e relacionais” que vamos trabalhar as áreas
psicomotoras de desenvolvimento do indivíduo, através de atividades psicomotoras
via seus exercícios, que irão auxiliar na sua evolução ou para que possamos
detectar alguma comorbidade ou não.
Pontuaremos em tela alguns destes supostos exercícios psicomotores que
o profissional de psicomotricidade poderá trabalhar para avaliar e observar as
crianças em seu dia a dia de momento lúdicos. Segundo Alves (2012, p. 132-143)
os descreveremos:
Exercício de esquema corporal
Exercício de lateralidade
Exercício de coordenação dinâmica global
Exercício de coordenação visório-manual ou fina
Exercício de coordenação visual
Exercício grafomotores
Exercício de orientação temporal
Exercício de orientação espacial
Exercícios fonoarticulatórios
Exercícios respiratórios
Exercícios de expressão verbal e gestual
Exercício de percepção tátil
Exercício de percepção gustativa
Exercício de percepção olfativa
Exercício de percepção auditiva
Exercício de percepção visual
Exercício de relaxamento
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Diante ao exposto, vai ser através destas orientações de exercício lúdicos,
que poderemos identificar se o indivíduo tem algum déficit cognitivo, afetivo ou
motor em sua estrutura funcional.
Porém, cabe ressaltar que as atividades/exercícios, dar-se-á de acordo com
a idade de cada cidadão. São as estimulações que vão fazer com que o indivíduo
cresça com desenvoltura e independência. Alguns animais, já nascem totalmente
independente, como é o caso das tartarugas, porém, o ser humana, ele precisa de
um adulto para aprimoras sues estímulos.
Para isto, precisamos desvendar a estruturação funcional da
Psicomotricidade, onde, neste momento estaremos descrevendo algumas delas,
com base de estudos de alguns teóricos no assunto:
Segundo Machado e Nunes (2017, p. 31) o que é coordenação global:
[...] é a ação simultânea de diferentes grupos musculares na execução de movimentos voluntários amplos e relativamente completos. Exemplo: para caminhar, utilizamos a coordenação motora ampla em que os membros superiores e inferiores se alternam coordenadamente para que haja deslocamento.
A coordenação motora fina descrito por Oliveira (2015, p. 42):
A coordenação fina diz respeito à habilidade e destreza manual e constitui um aspecto particular da coordenação global. Temos que ter condições de desenvolver formas diversas de pegar os diferentes objetos. Uma coordenação elaborada dos dedos da mão facilita a aquisição de novos conhecimentos. É através do ato de preensão que uma criança vai descobrindo pouco a pouco os objetos de seu meio ambiente. Brandâo (1984, p. 5) analisa a mão como um dos instrumentos mais úteis para a descoberta do mundo, afirmando que ela é um instrumento de ação a serviço da inteligência.
Idem, ibidem (p. 43):
A coordenação óculo manual se efetua com precisão sobre a base de um domínio visual previamente estabelecido ligado aos gestos executados, facilitando, assim, uma maior harmonia do movimento. Esta coordenação é essencial para a escrita. Para Ajuriaguerra (in: CONDEMARIN & CHADWICK, 1987), o desenvolvimento da escrita depende de diversos fatores: maturação geral do sistema nervoso, desenvolvimento psicomotor geral em relação à tonicidade e coordenação dos movimentos e desenvolvimento da motricidade fina dos dedos da mão.
O equilíbrio na opinião de Machado e Nunes (2017, p. 32):
42
[...] reuni um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e dinâmicas (com movimento) abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das aquisições de locomoção. O equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio conseguido em determinada posição, ou de apresentar a capacidade de manter certa postura sobre uma base. O equilíbrio dinâmico é aquele conseguido com o corpo em movimento, determinando sucessivas
alterações da base de sustentação. Machado e Nunes (2017, p.
32).
O esquema corporal também em conformidade com Machado e Nunes (2017, p.
33):
[...] é o saber pré-consciente a respeito do seu próprio corpo e de suas partes, permitindo que o sujeito se relacione com espaço, objetos e pessoas que o circundam. As informações proprioceptivas ou cinestésicas é que constroem este saber acerca do corpo e, á medida que o corpo cresce, acontecem modificações e ajustes no esquema corporal. Exemplo a criança sabe que a cabeça esta em cima do pescoço e sabe que ambos faze parte de um conjunto maior que é o corpo.
Veremos a lateralidade segundo Oliveira (2015, p. 62-63):
A lateralidade é a propensão que o ser humano possui de utilizar preferencialmente mais de um lado do corpo do que o outro em três níveis: mão, olho e pé. Isto significa que existe um predomínio maior, ou melhor, uma dominância de um dos lados. O lado dominante apresenta maior força muscular, mais precisão e mais rapidez. É ele que inicia e executa a ação principal. O outro lado auxilia esta ação e é igualmente importante. Na realidade os dois não funcionam isoladamente, mas de forma complementar.
Idem, ibidem (p. 74), em se pensando em estrutura espacial:
A estruturação espacial é essencial par que vivamos em sociedade. É através do espaço e das relações espaciais que nos situamos no meio em que vivemos, em que estabelecemos relações entre as coisas em que fizemos observações, comparando-as, combinando-as vendo as semelhanças e diferenças entre elas. Idem, ibidem (p. 74),
O reflexo da estruturação espacial na escrita, segundo Oliveira (2015, p.
75 apud Ajuriaguerra, 1988, p. 290) a essência do lúdico é:
A escrita é uma atividade motora que obedece a exigências muito precisas de estruturação espacial. A criança deve compor sinais orientados e reunidos de acordo com leis; deve, em seguida, respeitar as leis de sucessão que fazem destes sinais palavras e
43
frases. A escrita é, pois, uma atividade espaçotemporal muito complexa.
A estruturação temporal em conformidade com Machado e Nunes (2017,
p. 35):
[...] a noção de tempo se desenvolve-se a partir da audição. É mais difícil aprendê-la do que noção de espaço. Temos o tempo rítimico, que é aquele que demarca o compasso de tudo que fizemos e é individual, como o rítimo de nosso batimento cardíaco, de nossa respiração, dos nossos passos ao caminhar... Temos também a noção de temo cronológico que diz respeito às ideias temporais como ontem, hoje, amanhã... E ainda há noção de tempo subjetivo que está diretamente ligado à questão afetiva quando dependendo do grau de ansiedade de motivação que colocamos nos fatos, estes parecem durar mais ou menos tempo.
O rítimo em consonância com Machado e Nunes, idem, ibidem (p. 35):
[...] diz respeito à movimentação própria de cada um. Existem rítimo lento moderado, acelerado, cadenciado e noção de duração e sucessão, o que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítimica pode causar um leitura lenta, silabada com pontuação e entonação inadequadas. Na parte prática, as dificuldades de ritimo contribuiem para que a criança escreva duas ou mais palavras unidas adicionando letras às palavras ou omita letras e sílabas.
A percepção de acordo com Fonseca, (2008, p. 576):
Processo de organização e interpretação dos dados do mundo exterior (eventos, objetos, imagens, símbolos, etc.) e do mundo interior (movimentos, sensações, emoções, etc.) que são obtidos através dos sentidos. Processo de captação e de integração atencional que se segue à sensação e que envolve a análise e a síntese dos dados sensoriais, aclarando-os ou discriminando-os, comparando-os ou classificando-os, com a finalidade de identificar os seus diferentes aspectos. A sua perturbação pode evocar dificuldades de aprendizagem sutis normalmente identificadas na pré-escola, no âmbito não só da exteroceptividade (fraca discriminação, escrutínio, análise e retenção visual ─ espaço ─ ou auditiva ─ tempo e rítimo), como da proprioceptividade (problema posturais, atencionais, táteis, cinestésicos, gnósticos, práxicos, etc.)
A percepção auditiva em conformidade com Oliveira (2015, p. 102):
Um professor desde cedo deve auxiliar os alunos a saber discriminar os sons dentro da linguagem oral. Quando forem aprender terão que associar o som percebido a uma grafia. É necessário que para isto eles tenham verdadeiramente uma boa
44
discriminação auditiva, além de uma capacidade de simbolização, decodificação e memorização. Quando as crianças decodificam, estão dando um significado a muitos sons que ouviram. A memória auditiva é também muito importante, pois favorece a retenção e recordação das palavras captadas auditivamente. Muitas crianças têm dificuldades de discriminação porque se esquecem do som que as letras representam.
A percepção visual, dentro do olhar de Gonçalves (2014, p. 62):
[...] é a via de relação entre o indivíduo e seu ambiente. É a capacidade de receber as impressões sensórias captadas do mundo exterior e do próprio corpo e discriminá-las, selecioná-las e identificá-las, relacionando-as com as experiências anteriores ou similares e por fim, reconhecendo-as. A percepção visual representa o primeiro degrau das funções cognitivas, pois garante a representação mental, que permite, à distância, a visão e o reconhecimento do objeto.
A percepção tátil em consonância com Gonçaçves, idem, ibidem (p. 66):
[...] é entendida como o meio pelo qual o indivíduo projeta, registra, analisa, armazena e integra no cérebro as informações captadas pelos receptores táteis, por meio de manipulação e manuseio do mundo exterior e de si próprio. O tato é utilizado pelo bebê, indiferencialmente, pelas mãos e boca, atraindo a visão para a ação e, assim, modulando a intermodalidade dos canais sensórias, isto é: nenhum dos trabalha isoladamente: eles se completam, dando ao indivíduo a maior quantidade possível de informações a respeito de uma situação.
Em suma, registramos que os exercícios psicomotores, podem ser
realizados com crianças individualmente ou em grupo, para auxiliar o
desenvolvimento global do indivíduo auxiliando-as de modo que não se gere algum
distúrbio no futuro como: (postura corporal, dificuldade ao executar exercício
com pinça e tantos outros movimentos), a pedagogia do corpo é fundamental
nas fazes iniciai, conforme Alves (2010, p. 39):
Na pedagogia do corpo, devemos ter o conhecimento sobre o corpo e seus princípios por meio de arte e da ciência e, é claro, experenciar e observá-lo. Também descobri-lo, saber o que se pode fazer com ele como, de que forma, identifica-lo e usá-lo. Por tanto, a Pedagogia do Corpo é conhecer, aprender e agir. Ensinar por meio do corpo tomando-o como base métodos e teorias de pensadores e estudo realizados pelas vivências e experiências em crianças.
45
Convém, pensarmos em colocarmos dentro dos planos de aulas/curriculos,
atividades como as propostas supra.
No entanto, percebemos que dever-se-á o alunado ter e obter uma boa
desenvoltura corporal e isto, estará relacionado nas estruturas funcionais motoras
que exemplificamos em tela com aporte dos teóricos apresentados, cujo qual,
poderemos nos aprofundar um pouco mais no futuro.
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CAPÍTULO III
O TAI CHI CHUAN DENTRO DO CONTEXTO LÚDICO,
EDUCACIONAL E PSICOMOTOR
Neste capítulo estaremos contextualizando o tai chi chuan dentro do
processo do lúdico educacional e psicomotor. Veremos que com seus movimentos
lentos expostos pelo corpo que vem do cérebro, expressam um balé harmonioso
entre os dois: “─ o corpo e o cérebro”. Interessante que este pensamento condiz
com o pensar de “Vitor da Fonseca”:
“O cérebro diz ao corpo o que fazer, mas as sensações vinda do corpo permitem ao cérebro fazer o que disse”.
Delduque (2016, p. 24 apud Fonseca, 2012).
Nesta acepção, este pensamento, nos remete ao pensar sobre o Tai Chi
Chuan e vamos conceitua-lo antes de contextualizarmos ele com o lúdico, a
educação e a psicomotricidade.
3.1. O Tai Chi Chuan – “T’ai Chi Ch’uan, Tai Ji Quan ou Tai Ji Chuan”
O tai chi chuan, é uma arte marcial milenar chinesa, que executa movimentos
lentos e contínuos, de forma equilibradas, com uma respiração lenta e profunda,
alguns a chamam de a yoga taoista em movimento.
Existem 05 (cinco) estilos, que na china os denominam com o nome da
família que os difundiram, e são interligados entre si, sinalizamo-os em tela,
conforme o portal www.taichichuan.com:
"Estilo Chen ─ os movimentos são rápidos e lentos, combinados juntos com pulos e movimentos bruscos. Forma velha e punho longo formam criados pela 17a geração.
Estilo Yang ─ Yang Luchan aprendeu a forma velha da família Chen. Os movimentos Yang são lentos, contínuos, suaves, grande e abertos. Yang Lucan aprendeu com um membro da 14a geração da família Chen.
Estilo Wu/Hao ─ O primeiro estilo Wu veio dos etilos Yang e Chen e é lento, plano, pequeno e as posturas são altas. Wu Yuxiang aprendeu com Yang Banhou, 2a geração da família Yang, e então aprendeu com Chen Qingping, 14a geração da família Chen. Wu/Hao é a menor forma.
47
Estilo Wu ─ O estilo Wu veio de Wu Quanyu e Wu Jian Quan que aprenderam de Yang Banhou. Eles inclinavam o corpo deles para o lado, mas quando eles inclinavam, pensavam estar retos.
Estilo Sun ─ Sun Lutang aprendeu de Hao Weijian. Os movimentos deles combinam 3 estilos juntos: Tai Chi Chuan Wu/Hao, Hsing i Chuan e Bagua Chuan.
Segundo o portal supra, cada um dos estilos citados, tem um movimento
externo diferente, porém, com suas energias internas semelhantes.
Descrever o que é tai chi chuan, as vezes conforme alguns teóricos
comentam e concordamos é um pouco dificultoso como Wayne e Fuerst (2016)
comentam, talvez seja pela riqueza e diversidade que se tem com seus múltiplos
componentes/elementos que detém ingredientes físicos cognitivos e psicossociais,
estonteantes.
Partindo destas premissas, que convém registrarmos o seu objetivo
conforme Wayne e Fuerst (2016, p. 32) que assim o define objetivamente: “[...] é
fortalecer, relaxar e integrar o corpo e a mente, aumentar o fluxo natural de
Qi, melhorar a saúde, contribuir para o desenvolvimento pessoal e aumentar
a capacidade de autodefesa”.
Então conceituamos o tai chi chuan com base em Lao-Tzu por Wayne e
Fuerst (2016, p. 21):
[...] é derivado do conceito de Yn e Yang , conhecido também como o símbolo do Tai Chi Chuan. Yn e Yang é um conceito central da medicina, filosofia e ciências tradicionais chinesas e um dos pilares mais produtivos da cultura chinesa. O símbolo Yin-Yang, muito popular agora também no Ocidente, exibe dois polos opostos e complementares que, juntos, criam um todo dinâmico, equilibrado, integrado e interdependente.
O interessante de tudo isto é que dentro deste conceito segundo Wayne e
Fuerst (2016) o treinamento de tai chi chuan incorpora o conceito do Yin-Yang em
diversos níveis dentre os quais o físico e o ambiente social. A prática de tai chi em
especial deve ocorrer em local aberto se possível florido em contato com a natureza
em resumo: “─ se possível em ambiente ao ar livre, fazendo a conexão com o
mundo”.
Alguns estudiosos, vão além conforme Kit (2016, p. 21): “[...] O Tai Chi
Chuan pode até mesmo ser praticado no espaço restrito do escritório ou do
quarto de dormir [..]”. Deixamos esta passagem para reflexão.
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Algumas pesquisas apontam o tai chi chuan com impactos positivos junto à
seus praticantes:
A ciência do Tai Chi está comprovando o que os praticantes de Tai Chi sabem há séculos ─ que o Tai Chi aumenta o vigor, a energia, a flexibilidade e a sensação de bem-estar e melhora o equilíbrio e a mobilidade, Atualmente, pesquisa de ponta corroboram as antigas afirmações de que o Tai Chi tem um impacto positivo na saúde do coração, dos ossos, nervos e músculos do sistema
imunológico e da mente. Wayne e Fuerst (2016, p. 20).
As pesquisas abordadas recentemente conforme comentado supra tem
apontamentos positivos essenciais para que pensemos o tai chi na escola
alinhando à psicomotricidade quando se diz que a prática desta arte milenar
chinesa melhora o equilíbrio, mobilidade, sensação de bem esta, trabalha os
músculos e a mente, Wayne e Fuerst (2016, p, 32), somatizam para nós mais ainda
quando registram que: “... O treinamento de Tai Chi Chuan combina mo-
vimentos lentos intencionais com respiração e habilidades cognitivas (por
exemplo, atenção plena e imaginação)”. Perfeita esta colocação ao se pensar
em psicomotricidade, fica a dica na reflexão.
Enfim, uns breves conceitos sobre o tai chi chuan por Wayne e Fuerst (2016,
p, 32 - 33).
[...] nome mais formal grafado de diversas formas maneiras tais como T’ai Chi Ch’uan, Tai Ji Quan ou Tai Ji Chuan, dependendo dos estilos de transcrição.
Juntos, as palavras Tai Chi Chuan são traduzidas como “Boxe Supremo”. Boxe de Grandes Extremos” e “Boxe da Suprema Cumeeira” e descrevem uma forma de luta ou exercício baseado nos princípios de Yin e Yang, de mudança e transformação dinâmicas, integrando o corpo e a mente, o interno e externo.
Chi vs. Qi e Tai Chi vs. Qigong O caracter “Qi” é diferente do “Chi” de Tai Chi. Qi é como a palavra neve na língua esquimó ─ tem vários significados e, no entanto, é difícil de definir. “Qi’ se refere à energia vital, a informações, respiração ou espírito, O Qi não é exclusivo dos seres humano: pelo contrário, permeia todo o universo. Qi é a primeira parte de um conjunto bastante diversificado de práticas psicossomáticas denominado Qigong. De maneira geral. Qigong pode ser traduzido como cultivo ou domínio de Qi. Alguns estilos de Qigong são mais voltados para a saúde e a espiritualidade, neles, a pessoa, sentada, faz exercícios de respiração e meditação. Outros são mais vigorosos e têm o
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objetivo de melhorar as habilidades nas artes marciais. A maioria das pessoas acha que o Tai Chi é uma forma de Qigong, porque ele cultiva, movimenta e ajuda a controlar o Qi.
Do ponto de vista de Kit (2016, p. 23):
[...] o grande mestre Wang Zong Yue diz que o “Tai Chi nasce no Vazio. Origina o movimento e o repouso, e é mãe do yin e do yang. Quando movido, separa; quando em repouso, unifica”. É impressionante o quanto essa filosofia se aproxima da física moderna no que diz respeito ao átomo e ao universo.
Idem, ibidem (p. 35).
[...] o termo “tai chi” significa “o cosmo”, tem a sua origem no Yi Jiing (I Ching), o Livro das Mutações, e está intimamente relacionado com a filosofia taoísta. Mas ninguém tem muita certeza a respeito da origem do Tai Chi Chuan, ainda que várias teorias tenham sido postuladas a esse respeito.
Para o conceito desta arte, alguns teóricos registram um belo conto em que
um sacerdote taoista aprende o tai chi ao observar a briga entre uma serpente e
um pássaro, encontramos esta bela passagem nos escritos de Kit (2016, p. 36),
que belamente nos retrata:
Um dia Zhang San Feng testemunhou uma briga entre uma serpente e um grou (alguns documentos dizem que se tratava de um pardal), e isso o inspirou a modificar o seu kung fu shaolin, relativamente rude, para um estilo mais suave que passou a ser conhecido como Os 32 Estilo do Wudang do Punho Longo. Este, mais tarde, desenvolveu-se no Tai Chi Chuan. Zhang San Feng foi o primeiro mestre a descartar os métodos de treinamento exterior ─ como golpear sacos de areia, pressionar as mãos em grãos, treinar com pesos ─ e estimular os métodos interiores ─ como o controle da respiração, o fluxo do chi e a visualização. Por esse motivo, ele ficou conhecido como o primeiro patriarca do kung-fu interior, arte que abrange o Tai Chi Chuan, o kun-fu Pakua e o kung-fu Hsing Yi. A maioria das escolas de Tai Chi reconhece hoje Zhang San Feng como o fundador do Tai Chi Chuan, com exceção do estilo Chen de Tai Chi Chuan, [...].
Como comentamos, vários são os contos sobre o surgimento desta arte
milenar chinesa.
Antes de se iniciar a prática/sequência/estilo ou forma de tai chi chuan, é de
práxis utilizar os exercidos também lento ou de forma estáticas chamados de chi
kung, para o aquecimento antes da atividade, pensamos nós que o balé do tai chi
chuan, não deixa de ser uma forma de chi kung.
50
Ressaltamos que, o estilo de tai chi chuan mais praticado pelo mundo, é o
Yang. Conforme nos retrata DESPEUX (2011, p. 24): “[..] a família Chen foi o
berço do Taiji quan, a família Yang foi a fonte principal de sua propagação,
graças a Yang Luchan, discípulo de Chen Changxing”. Ressaltamos que o
praticante de tai chi chuan, também utilizam algumas armas como espada, leque,
sabre, bastão e outras.
Ao ganhar o mundo é conhecida como uma arte/técnica psicossomática
/profilática. Hoje em dia, é estudada por grandes faculdades como a de Harvard ,
muitos não a veem como arte marcial - Wayne e Fuerst (2016).
3.1.2. O Chi Kung (Qigong)
Os exercícios de chi kung, são para trabalhar a energia interna, através de
meditação podendo ser estática ou parada, com movimentos leves e suaves, que
vão facilitar o fluxo de energia o qi, através de uma respiração lenta e profunda
que exige uma concentração e coordenação motora.
Chi Gung (também escrito Chi Kung ou Qigong e pronunciado tchi gung) é uma arte que ensina a desenvolver e a usar intencionalmente a energia que temos em nós. Essa energia que os chineses chamam de chi, impregna o nosso corpo, o ambiente em que vivemos e mesmos os recantos mais turbulentos de nossa imaginação. Estudos científicos realizados na China e em outros países mostram que a energia chi é constituída de várias formas de energia, como radiação infravermelha, eletricidade estática, infra-som e campos magnéticos. Basicamente, chi é uma forma complexa de energia que se manifesta em nossa vitalidade, em nosso espírito e em nossa vida propriamente dita. Sem chi, nós morreríamos. O Chi Gung é a arte de harmonizar a respiração com a atenção. Ele atua estimulando a mente a movimentar o chi e impulsionado o chi a movimentar o sangue e o oxigênio, causando assim alteração
do metabolismo [...].
[...] A maioria das pessoas que pratica Chi Gung usa o chi para
equilibrar a energia interna do corpo com o objetivo de alcançar
saúde física, mental e espiritual. CARNIE (2011, p. 15).
A prática de Chi Kung, é milenar e como o tai chi chuan, existem vários
contos sobre o surgimento desta técnica de respiração, segundo Carnie (2011): “O
primeiro livro com informações sobre o Chi Gung foi escrito em torno de 700 a.C. e
recebeu o título de O Clássico da Medicina Interna do Imperador Amarelo”.
51
3.2. Pensando o tai chi chuan na educação, no esquema corporal
psicomotor e no lúdico
Às vezes, falta visão ao sistema escolar de perceber o quanto o corpo e o movimento são essenciais ao desempenho da criança na educação. (Alves (2016, p. 41).
O tai chi chuan, pode ser praticado por todos nós, independe do credo
religioso, ou idade que tenha o cidadão, podendo ser ele: “jovem, idoso ou
criança”.
Quando se pensa em praticar com as crianças esta arte milenar chinesa,
poderemos estar levando para elas, uma nova forma de brincar de se aventurar em
um contexto lúdico (estimulando-a), que estará também alinhando ao quesito
saúde, já que o tai chi chuan tem um cunho totalmente terapêutico com esta
finalidade como já retratamos em tela.
O interessante, e observamos que, quem pratica, e aprende, esta arte
milenar chinesa, automaticamente quer ensinar uns aos outros, e com a criança,
não o é diferente. Sem contar que ajudará a ela, aflorar o comportamento social no
quesito respeito.
Ressaltamos também que o praticante de tai chi chuan valorizam e muito as
questões de valores e isto, também poderá ser muito bem trabalhado nas crianças
desta geração onde alguns não detêm bons valores e não respeitam a ordem e
sucessão. Dentro deste prisma convém a implantação desta prática nas escolas,
pois além de trabalhar a afetividade, vai fazer com que os discentes aprendam a
respeitar seus limites, e isto é muito bem observado e valorado por quem pratica
esta arte milenar chinesa.
Logo, através dela o docente irá aprender a valorar o instrutor de tai chi
chuan, o seu colega de classe e consequentemente o corpo docente com seu
quadro de apoio escolar e com este comportamento do bem aflorado, irá refletir em
nosso dia a dia, em nossa sociedade no futuro.
Nesta acepção, fomos dialogar com Marques (2012, p. 65), para
entendermos o que é limite.
Nos dicionários de língua portuguesa, a palavra “limite” é
sinônimo de fronteira, de linha divisória, o que nos remete a dois lados, a dois continentes. O limite do quintal da minha casa termina onde começa o quintal da casa do meu vizinho.
52
Invadir o quintal do meu vizinho é errado. Nesse caso,
ultrapassar o limite é errado, é negativo, refere-se a invadir algo que não me pertence. Na ação humana, a noção de
limites está vinculada ao respeito que se tem pelo outro, é a ideia de que a minha liberdade termina onde começa a do outro. Atitude como saber ouvir, aceitar ideias dos outros,
ainda que sejam diferentes das suas, pedir licença, esperar a vez para falar são comportamentos aprendidos na
convivência com o outro; portanto, a convivência humana educa e ensina limites. [...].
Quando falamos aqui, da ordem e sucessão, é importante registrarmos e
exemplificar que quando executamos a sequência do tai chi chuan, ela pode ser
feita em grupo, trio, dupla ou individual. Porém, ao praticarmos com mais de uma
pessoa, devemos saber respeitar o tempo, o momento, a velocidade uma da outra.
A ordem e sucessão, é muito bem respeitada por todos que praticam tai chi
chuan.
O interessante desta passagem, é que este comportamento de saber
esperar o seu tempo ou a ordem, é muito bem questionado na ciência da
psicomotricidade que é a ordem de sucessão.
Sendo assim, a criança ao pratica o tai chi chuan, terá de saber valorar e
muito este quesito de ordem e sucessão que é: “─ saber esperar, saber respeitar
o tempo do outro e o limite”. Que muito das vezes elas não conseguem em seu
dia a dia, por conta de vários fatores que não vamos descrever aqui em relação ao
quesito educação. Porém, a prática de tai chi fará com que ela se redescubra,
dentro deste prisma.
É importante registrarmos que a criança que pratica o tai chi chuan, deva
conhecer com clareza as partes de seu corpo, e mesmo não o sabendo, poderá
utilizar da prática desta arte milenar chinesa para o vir a descobri-lo.
Ao pensarmos em aplicar o tai chi chuan na escola, estaremos fazendo com
que a aula vá para o pátio da escola: “─ se bem que algumas atividades pedagogias
com os nomes dos animais e partes do corpo, a cultura da china a história do
surgimento do tai chi chuan, podem ser trabalhas em sala de aula também.
Trabalhar e valor a aula no pátio da escola se faz extremamente necessário
cada vez mais, por conta dos sedentarismos de muitas crianças, gerando nelas
doenças precoces. E temos muitas escolas que não valorizam os exercícios físicos
em seus currículos. Nesta acepção dialogamos com Wayne e Fuerst (2016, p, 314).
53
[...] A falta de visão de cortar aulas de ginásticas é um
exemplo como a conexão entre mente e corpo não é levada em consideração. A falta de exercício físico na escola
provavelmente contribui para a atual epidemia de obesidade infantil e prejudica o desempenho escolar das crianças. Vários estudos mostram que o exercício é essencial para a
saúde do corpo e da mente dos adolescentes e que estabelece uma trajetória de comportamentos saudáveis ao
longo da vida [...].
Além do mais, constantemente vemos as crianças longe das praças, por
conta da questão da violência que ocorrem nos bairros em nosso país.
E, hoje, no pátio da escola, quando no intervalo, todas desde cedo estão
conectados a um celular, é a cultura do controle remoto podemos assim dizer, que
já enraizou/engessou-se no pátio e na sala de aula, em resumo, no dia a dia. Alves
(2016, p. 33), muito bem nos retrata esta realidade.
As escolas estão expostas hoje a uma cultura doméstica de movimento, por meio de controle remotos e pela própria violência que a vida traz, por isso devemos fazer com que elas
interajam com atividades que poderão favorecer uma educação mais centrada e criativa, apropriando-se dos
espações e dos elementos da cultura corporal, dos ritmos e também, dos seus desejos [...].
Precisamos quebrar esta cultura doméstica como acabamos de retratar, e
somarmos o nosso ponto de vista com a colocação de Alves (2016), até porque o
balanço, o desejo, o ritmo estão implícitos no trabalho que se faz como o corpo ao
se praticar o tai chi chuan e vemos isto como um grande alinhado para a ciência da
psicomotricidade e para a escola, juntando o lúdico ao contexto escolar.
Sendo assim, deveríamos pensar em termos um currículo escolar com
psicomotricidade e tai chi chuan.
Como já registramos em nosso capítulo II (dois), o corpo e o movimento
são essenciais para o desenvolvimento da criança no quesito educacional infanti l,
e o tai chi chuan alinha tudo isto e muito mais pois para praticá-lo precisamos
conhecer um pouco da pedagogia do corpo e como comentamos, caso a criança
não conheça partes do seu corpo que são necessárias para se praticar esta arte
milenar chinesa, ela irá aprender paulatinamente sem pressa cada movimento em
consonância com a parte do corpo.
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Sendo assim, a forma que iremos obter para atrair a criança para pratica
desta arte milenar chinesa, será por conta dos nomes dos movimentos que no caso
específico exemplificaremos na forma e/ou estilo e/ou da família yang de 24
movimentos onde em nossa tradução do chinês para o inglês e chegando ao
português, acabou tendo para nós uma conotação com um que de lúdico e poética,
como muito bem exemplifica para nós Angela Socci no portal da “Sociedade
Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental”.
O Tai Chi Chuan possui nomes poéticos para os movimentos feitos e as posturas preparatórias, como “abraçando a árvore”, “acariciado a cauda do pássaro”, “galo dourado numa perna só”, “afastando o macaco para trás”, “procurando a agulha no fundo mar”, “serpente branca mostra a língua”, entre outros. Isso pode virar uma grande brincadeira pra as crianças, além de fazer com que ela memorizem com mais facilidade as imagens relacionadas ao nomes, na hora de praticar os movimentos. No aspecto pedagógico, a atividade permite a inserção dos conceitos de Yin e Yang (princípios universais), além do relacionamento entre os elementos da natureza (Água, Fogo, Terra, Ar, Metal e Madeira) e fenômenos como o vento, chuva, árvore e montanhas. É uma forma divertida de oferecer à criança o sentido de que ela faz parte da natureza, e incentivar a preservação e o
cuidado com o meio ambiente.
Fonte: http://www.sbtcc.org.br/artigos/tai-chi-chuan-para-criancas
Através de sua forma com nomes de animais e a necessidade de se
trabalhar o equilíbrio do corpo em movimento nas crianças, podemos trabalhar o tai
chi chuan e o chi kung com as crianças, para isto, obter-se-á a necessidade de
saber ouvir e observar/visualizar, mentalizar e intencionar junto com o que o mestre/
instrutor cujo qual, estará orientando ao alunado. Estará o praticante, trabalhando
diversos componentes cognitivos que estão vinculados ao pensar da ciência da
psicomotricidade, componentes estes que já citamos em nossos capítulos
anteriores, em especial convém relermos o Capítulo II, antes de seguirmos em frente,
o subitem em que retratamos: “A relação brincar e estimular dentro das atividades práticas
psicomotoras”.
Sendo assim, muitos pais e educadores, devem estar a se pensar o que tem
haver o tai chi chuan com a psicomotricidade, o estimular, a educação e o lúdico.
Diremos que tudo!!!
O Tai Chi pode ajudar as crianças a adquirir bem cedo habilidades para toda a vida, com a ajuda dos pais e
professores. Wayne e Fuerst (2016, p, 32 - 33).
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Ao praticarmos o tai chi chuan, através de seus movimentos lentos e suaves,
precisamos nos deslocar na sequência de um lado para o outro. Sendo é assim, é
extremamente necessário que para seu treinamento/prática, que a criança tenha,
detenha ou aprenda a ter a percepção e o conhecimento dos elementos da
estrutura funcional acoplados a ciência da psicomotricidade são eles: “o que é lado
direito e esquerdo, precisa ter noção de espaço, o que é cheio e vazio, ter
noção de lateralidade e outros”.
Precisamos também, conhecermos o nome de alguns animais, pois como já
comentamos em tela, ao fazer certos movimentos precisamos usar o imaginário a
mente para desenvolver a sequência e os nomes de alguns animais surgem na
sequência dos movimentos são eles: “macaco, tigre, cavalo, galo, serpente e
outros”.
Precisamos também, saber/conhecer algumas partes do corpo, sendo
assim, caberá a criança ter conhecimento dele como por exemplo: “pé, braço,
pescoço, nariz, peito, cintura, mão, olhos, joelho, cotovelo e outras partes”,
tudo estará alinhado a uma coordenação motora, que precisará ter uma boa
percepção de equilíbrio.
A prática do tai chi chuan ocorre como já comentamos através de
movimentos lentos trabalhando a respiração concentração, respeito de ordem
sucessão por estar em grupo. Estes exercícios irão ajudar na postura corporal, em
resumo no desenvolvimento cognitivo e motor da criança e tudo isto, passará por
uma necessidade de se ter uma boa noção de equilíbrio.
Poderíamos exemplificar em tela, várias partes da estrutura funcional da
ciência da psicomotricidade, associados a variados tipos de estímulos que
poderiam ser estudados e avaliados após e durante a prática do tai chi chuan, são
eles: “auditivos; visual; gustativo, olfativo; tátil, motores, afetivos, sociais,
equilíbrio e tantos outros.
A sequência do tai chi chuan está vinculada à todos os estímulos
necessários para o quesito aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo do
indivíduo, face a necessidade claro de sempre sabermos respeitar os limites de
cada um de seus praticantes.
Apesar de comentarmos sobre os estímulos a serem observados, que são
extremamente avaliados pelos psicomotricistas, este profissional poderá também
56
perceber como forma de avaliação e desenvolvimento dentro da sequência os
exercícios psicomotores implícitos no decorrer dela ou de forma seccionada, para
se trabalhar avaliar, observar ou simplesmente se divertir.
Os exercícios/estrutura funcional que vemos implícitos na sequência dentro
de um olhar da ciência da psicomotricidade são os de: lateralidade, coordenação
motora, orientação espacial, respiração, expressão gestual, expressão
verbal, percepção olfativa (perceber o cheiro da natureza ao redor), percepção
auditiva (ouvir o som da natureza ao redor), percepção visual; relaxamento;
equilíbrio e outros. Face ao exposto, poderíamos fazer uma exemplificação
individual de cada um destes exercício dentro da sequência do tai chi chuan, porém,
vamos nos ater em uma exemplificação somente do quesito equilíbrio, no subitem
3.2.1.
Os exercícios do tai chi chuan, podem e poderá através dos músculos do
corpo o tônus trabalhar toda a coordenação global necessária para o
desenvolvimento cognitivo do indivíduo, em sua fase inicial de vida, que reflete em
seu processo educacional ou social. Ele, o tai chi chuan, vai trabalhar também a
pedagogia do corpo e da mente, pois os mesmos não se desvinculam do
movimento, principalmente quando aprendemos a sequência ela surgem via
informações do cérebro, por conta da neuroplasticidade que ocorreu nele.
Logo, a prática requer que se execute movimentos uniforme com eficácia e
mais interessante sem cobrança exagerada tudo muito sublime, surgindo com o
tempo a autonomia que irá se desenvolver ao executar o movimento podendo ser
em grupo ou individualmente.
Somando-se ao exposto, devemos pensar em se trabalhar uma nova
ferramenta educacional dentro dos muros das escolas, podemos trabalhar no pátio
com propostas que sejam gratificantes, novas, diferentes para o alunado, como a
que estamos propondo em tela, porém, cabe à nós também refletirmos analisar e
executar quanto professor as sugestões ora expostas que Alves (2016, p. 47) nos
apresenta:
em sala de aula devemos criar um clima de descontração;
estimule hábito favoráveis às tomadas de decisões; transmita decisões positivas, fazendo sempre a criança se sentir
alguém;
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estabeleça regras. Dessa forma, as crianças adquirem noções de limites;
estabeleça, mesmo que não esteja como “você” quer;
não prometa quando não puder fazer;
organize sempre as atividades, não se esqueça de partir sempre do concreto para o abstrato e do simples para o complexo;
não se esqueça de cada criança tem seu próprio ritimo. Cada criança é uma criança;
aproveite o interesse e as curiosidades que as crianças trazem para utilizar no processo pedagógico;
crie atividades com funções cognitivas e psicomotoras;
evite rotular a criança, isso pode comprometer seu comportamento;
você como professor pode e deve reconhecer suas falhas e suas próprias dificuldades;
avalie as atividades do aluno não esquecendo que esse aluno é reflexo de suas experiências no seu âmbito familiar.
o professor tem de estar atento para proporcionar ao aluno um crescimento de conhecimento, de habilidades, de ação e de
afetividade. Alves (2016, p. 47).
A pratica de tai chi chuan, pode ser uma bela proposta de atividades
pedagógicas com funções cognitivas motoras ou não, de modo que se venha a ser
uma novidade dentro dos muros das escolas ou até mesmo no contexto social.
Existem várias formas e técnicas à se utilizar no processo de ensino aprendizagem,
como bem cola Alves (2016, p. 53 apud Freire): “ O homem não aprende apenas
com sua inteligência, mas com seu corpo e suas vísceras, sua sensibilidade
e imaginação”. A aprendizagem da prática do tai chi chuan, necessita
extremamente do imaginário. E este processo poderá ajudar crianças com
necessidades especiais, com muito bem nos relata em tela Wayne e Fuerst (2016,
p, 315): “[...] O Ta Chi ajuda as crianças com necessidades especiais, entre elas as
com transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) a controlar a
ansiedade e o humor [...]”.
3.2.1. O exercício do equilíbrio no tai chi chuan e a
psicomotricidade
A perda de qualquer um dos cinco sentidos tradicionais não representa necessariamente uma ameaça à vida. Mas a perda do sentido de orientação em relação a Terra, da noção de “para cima” e “para baixo” e da própria posição no planeta é uma das experiências mais perturbadoras pelas quais o ser humano pode passar. Wayne e Fuerst (2016, p, 135 apud SCOTT McCrrede, In Search of the Lost Sense).
58
Neste subcapítulo, vamos no ater a falar sobre o equilibro dentro da prática
do tai chi chun, deixando-o como reflexão em paralelo com a psicomotricidade.
Nesta acepção, como comentamos anteriormente os exercícios que existem
implícitos dentro da sequência de tai chi chuan são vários, e estão extremamente
acoplados à estrutura funcional da ciência psicomotricidade damos ênfases ao
mesmo: “lateralidade, orientação espacial, respiração e tantos outros”. Diante ao
exposto exemplificaremos o equilíbrio.
Pensamos o equilíbrio, como a base da coordenação motora para o
desenvolvimento e deslocação para tudo, e por isto, como já comentamos em tela,
precisa se ter um bom conhecimento corporal e fortalecimento do tônus muscular,
e o tai chi chuan trabalha tudo isto para se praticar os movimentos.
Temos que conseguir se equilibrar e sustentar o peso do corpo ora em
movimento ou estático, tendo de saber controlá-lo quanto a gravidade sempre
trabalhando a cintura e com bastante concentração. Segundo Wayne e Fuerst
(2016, p, 69): “[...] Ao estimular a adoção de posturas equilibradas, abertas e
relaxadas, o Tai Chi exerce impacto sobre a funcionalidade de praticamente todos
os sistemas orgânicos”.
Ainda se pensando no equilibro na opinião de Wayne e Fuerst (2016, p, 69):
O equilíbrio é inerente à filosofia do Tai Chi e é expresso no símbolo Yin-Yang. A metade mais clara do símbolo Yn-Yang ─ que representa atividade e ação ─ tem um pequeno círculo escuro que representa inatividade ou inação. Da mesma forma, a metade escura do símbolo Yin-Yang ─ representando inatividade ou inação ─ tem um pequeno círculo claro de atividade. Os pequenos círculos de cada uma das metades que representam a metade oposta mantêm o equilíbrio e da energia sob controle. No Tai Chi, devemos evitar o dois extremos ─ atividades demais sem limites ou relaxamento inerte e sem energia. Na prática do Tai Chi, esses dois princípios inter-relacionados ─ moderação nos esforços e relaxamento ativo ─ são os dois lados de um importante ingrediente ativo que está por trás de muitos dos efeitos terapêuticos do Tai Chi.
Idem, ibedem (p.135).
Equilíbrio é a chave para uma vida plena e saudável. Nas pessoas mais velhas, impede quedas e dá autoconfiança para a manutenção das atividades físicas e sociais. Nas mais jovens, um bom equilíbrio permite melhorar desempenho nos esportes. Em todos os casos, o equilíbrio gera uma sensação de bem-estar.
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O equilíbrio e a relação que você tem com a gravidade envolvem muitos fatores que integram entre si, como força e flexibilidade, percepção, sensorial, coordenação ou sinergia neuromuscular e processos cognitivos. Se você compreender esses componentes, inclusive eles se degradam com a idade ou doenças, e também como são afetados pelo Tai Chi, entenderá porque o Tai Chi é tão eficaz na melhora do equilíbrio.
[...] O Tai Chi proporciona um benefício duplo na redução de fraturas ─ além de melhorar o equilíbrio e reduzir as quedas, estudos preliminares, inclusive nossas próprias pesquisas, indicam que o Tai Chi também pode reduzir a perda da densidade mineral óssea (DMC), sobretudo em mulheres na pós-menopausa.
Nesta acepção, estamos percebendo que com o tai chi chuan, podemos
trabalhar o equilíbrio dentro de vários prismas e Wayne e Fuerst (2016, p, 69) nos
demostra mais uma solução:
[...] Tai Chi melhoram o equilíbrio e reduzem o número de quedas. Com base em revisões sistemáticas de exercícios e prevenção de quedas, o Tai Chi pode ser um dos exercícios mais indicados. Os vários ingredientes ativos inerentes ao Tai Chi ajudam a compensar deficiências nos quatro sistemas corporais (musculoesquelético, sensorial, neuromuscular e cognitivo) que estão por trás da perda de equilíbrio. Graças à sua abordagem suave e gradual, o Tai Chi pode ser praticado por pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico.
O tai chi chuan requer bastante equilíbrio dinâmico, que são a sua
locomoção com movimentos com Yn e Yang, cheio e vazio, masculino e fenino,
preto e branco e tantos outros.
Como colocamos em nossas epígrafes existem várias maneiras de se
trabalhar o corpo em movimento dentro da ciência da psicomotricidade e o tai chi
chua, é um aliado impar a se trabalhar em nossas escolas, sendo assim com ele
se devemos trabalhar de forma pedagógica e dentro do contexto da
psicomotricidade se devemos pensar em aplica-lo mais em nosso país, para não
termos desequilíbrios educacionais vindo de casa ou da escola para casa e vise e
versa, em suma o tai chi é uma bela de uma ferramenta, para se pensar em colocar
no currículo da escola alinhada a psicomotricidade ele pode ser utilizado até como
volta a calma.
60
3.2.2. Conversa informal com Professor e facilitador de tai chi
chuan - trecho do artigo: “A PSICOMOTRICIDADE NO
CONTEXTO ESCOLAR: o Tai Chi Chuan como ferramenta em
estudo” do Pedagogo Reginaldo Leonel (2017)
Os movimentos corporais precisam estar presente em várias linhas da escolaridade, renovando e definindo novos princípios
para aprender. Alves (2016, p. 193 apud Wallon)
Recentemente, foi feito um estudo sobre a prática do tai chi chuan em duas
escolas na região de Campo Grande (Zona Oeste), no Rio de Janeiro.
Em tela, expomos fragmentos do artigo, no que tange a conversa informal
com o Professor Pedagogo, Mestre de Capoeira, Faixa Preta de Judo e facilitador
de tai chi chuan, que ministra aulas em duas de suas escolas onde dá aula, vamos
ao colóquio.
Dentro da proposta de estudo de caso e estudos bibliográficos, registra-se em loco, a conversa informal com o Professor que tem cerca de 50 anos e que ministra suas aulas em duas escolas particulares da região de Campo Grande/RJ, o mesmo é Pedagogo e Instrutor de Tai Chi Chuan Estito “Yang”, há cerca de 06 (seis) anos aplica a arte milenar chinesa em duas renomadas instituições escolares ambas, particulares da região em consonância com a visão da psicomotricidade. Que por conversa espontânea prontamente respondeu aos questionamentos que veio a somar com os estudos bibliográficos. Na conversa informal com o Professor, o mesmo respondeu quando foi abordado sobre, se ele sabia o que era psicomotricidade e se afirmativo, comentar sobre. Em resposta do mesmo: registrou-se o bom conhecimento sobre a ciência da psicomotricidade, “reconhecendo-a como uma aliada fundamental na formação dos discentes por conta de ser através dela que se vai estudar o corpo e o movimento em conformidade a leitura corporal ligando-a ao mundo interno e externo”. No que se tratava sobre a importância da psicomotricidade, para o desenvolvimento do discente. O Professor, nos relatou que: “quanto a sua importância no contexto educacional, se ela for bem aplicada, ajudará no desenvolvimento escolar do alunado diga-se em toda a formação do mesmo, no entanto é na educação infantil que ela é a mola mestre. Pois, através dela que se vai conseguir minimizar impactos durante a vida infantil para sua formação adulta, por isto as dificuldades devem ser detectadas em tempo hábil freando obstáculos”. No tocante, sobre de que forma a escola trabalha o corpo e o movimento com as crianças, em resposta, obtivemos: “a escola onde o docente atua, historicamente sempre atuou com atividades lúdicas populares voltadas para a psicomotricidade, onde tem atividades de educação física, com um corpo técnico aliado as artes
61
márcias, basicamente o Tai Chi Chuan que trabalha o indivíduo de uma forma holística, ou seja, como um todo/corpo e mente”. Em se tratando da realização da prática de Tai Chi Chuan, indagou-se se a mesma comenta sobre as partes do corpo humano e quais. O Professor nos esclarece que: “na prática do Tai Chi Chuan partes do corpo são comentadas por fazerem partes de certos movimentos que também exigi noção de espaço, lateralidade e o equilíbrio, onde o praticante tem que conhecer parte do corpo como por exemplo: perna, cintura, joelho, mãos, ombros, pulmão, dedos”... Já, no quesito em que buscou-se saber além das atividades que a escola tem e executa como prática voltadas para a psicomotricidade, indagou-se se o Tai Chi Chuan estaria dentro deste contexto e por qual motivo, em sua colocação, obtivemos: “sim! Esta, é uma arte marcial que trabalha concentração em movimento e essa técnica tem que ter um objetivo concreto na vida, com objetivo central em sala de aula que é cerne da questão! Podendo ser utilizada como volta a calma. Ele é o corpo inteiro, interno e externo!” No que tange, aprimoramento do conhecimento ou ampliação dos saberes voltados para o conhecimento da ciência da psicomotricidade, o professor, busca orientações através de: “participação em seminários, congressos, fóruns, palestras, leituras de livros, diálogos com a equipe diretiva da instituição, cursos, análises de vídeos, e filmes pertinente a ciência da motricidade e todas as formas necessárias para se somar ao conhecimento desta ciência”. No último colóquio, buscou-se saber se durante a prática foi observado uma melhoria no comportamento dos discentes no seu dia a dia escolar ou fora da instituição e se é registrado para a equipe diretiva da instituição. Neste prisma o mesmo relatou que: “dentro de uma postura de ética, fica muito feliz ao se deparar com alunos e ex-alunos (já crescidos) que mesmo em seu momento de lazer, o retrata com carinho e zelo, fazendo a posição de reverência/saudação/cumprimento, que se faz ao iniciar ou terminar a prática do Tai Chi Chuan. Onde com a mão direita fechada, a esquerda aberta colocando-a sobre a direita, é feita a posição com a mão na altura do peito, demonstrando respeito e reconhecimento, registra-se aqui os valores”.
Fonte: Trecho do artigo: “A PSICOMOTRICIDADE NO
CONTEXTO ESCOLAR: o Tai Chi Chuan como ferramenta em estudo” do Professor e Pedagogo Reginaldo Leonel (2017).
Em alguns países o tai chi chuan é valorizado, dentro das faculdades e
escolas públicas, segundo Wayne e Fuerst (2016), ela faz parte do currículo destas
instituições por conta de grandes pesquisas feitas por instituições como a
Faculdade de Medicina de Havard que detectaram benefícios para a mente e o
corpo vinculados a esta arte.
62
COSIDERAÇÕES FINAIS
No presente estudo com levantamentos bibliográficos, buscou-se apaziguar
algumas inquietações embutidas em nosso tema hora apresentado: a
psicomotricidade, o tai chi chuan e o brincar como estimulação, que recebeu um
olhar impar da ciência da psicomotricidade, que para nós é e sempre será a ciência
base para o acompanhamento da criança em seu processo de desenvolvimento
social e educacional, em especial em suas fazes iniciais que é a educação infantil.
Cabe registrarmos também, que não ficamos irrestrito à ciência da
psicomotricidade em consultas aos nossos teóricos, buscamos mestres em outros
assuntos para somar.
Dessa forma, buscou-se mostrar para os pais/familiares, professores e a
sociedade o tão quanto é importante valoramos o ato de brincar de modo que todos
venham a valorar o momento lúdico que é fundamental no processo de
desenvolvimento do indivíduo, em suas fases iniciais.
Pois, como observamos, é no momento recreativo que iremos fazer com que
os estímulos venham a se aflorar, e ser ele um aporte para o futuro, nos processos
de aprendizagens, sejam elas: a leitura, o equilíbrio, a flexibilidade, a escrita, a
matemática, o afeto e tantos outros.
Portanto, não devemos ver as brincadeiras como um mero lazer, sejam elas
nos ambientes sociais ou escolares e nestes momentos de diversão se deve
também valorar o reforço positivo.
Mediante ao exposto, registramos que estes estudos, não findam por aqui,
ainda se tem muito o que se estudar e debater sobre os questionamentos hora
apresentados, o corpo humano, por mais que esteja em pleno século XXI, nos
apresenta muitas dificuldades motoras como: as coordenações psicomotoras.
Logo, ainda precisa muito ser trabalhado, observado e estudado, esteja ele
estando em estado estático, em movimento ou em equilíbrio e deve ser desde cedo,
para que junto ao sistema nervoso cerebral em desenvolvimento em conexões ao
cérebro com seus neurônios aprimorem suas ações de estímulos psicomotoras tais
como: “visual, auditivo, gustativo, olfativo, tátil, equilibração, motores, afetivos,
socais e tantos outros que citamos em tela”.
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Percebemos, diga-se de passagem, que a escola é o local impar para se
trabalhar tudo isto, sendo assim, pensou-se em termos uma nova ferramenta para
auxiliar a aflorar os estímulos e fomos buscar na cultura oriental o “tai chi chuan”,
como um aporte para este feito.
Onde através de seus movimentos lentos, com nomes de animais, que
conseguiremos trabalhar a pedagogia do corpo e o cérebro com seu córtex
trabalhando os estímulos supras citados de forma lúdica. Empiricamente,
percebemos a importância desta arte chinesa para que o indivíduo passe a se
incluir como elemento da natureza, aprendendo a respeitar o ecossistema e o
praticante também aprende disciplina e respeito, que poderá auxiliar para diminuir
o estresse e a violência escolar.
Outra opção dentre as já citadas, é utilizá-lo para a volta a calma, seja dento
do contexto social ou educacional.
Logo, com a prática de tai chi chuan podemos fazer com que a criança aguce
a sua concentração, seu equilíbrio corporal, que tenha disciplina, trabalhe o seu
córtex aguçando suas partes de estímulos através da respiração, com imagens
criadas na mente para comporem o seu corpo em movimento.
Somando-se assim, o nosso pensar em se obter “técnicas novas” voltadas
para o estimular e/ou brincar, diferente do que já se têm, dentro dos muros das
escolas e buscando-se diferenciar um pouco das aulas que ocorrem dentro de salas
de aulas, com as tais cadeiras com disposições enfileiradas uma atrás da outra,
com discentes sendo um mero receptores, e, sim levarmos as crianças para o pátio
da escola ou fora dela em contato com a natureza, pois para o treino e/ou prática
do tai chi chuan se requer de espaço, apesar de que podemos trabalhar em sala
de aula antes atividades pedagógicas com nomes e representações do corpo
humano, nomes de animais, percepções dos estímulos, como: o cheiro a visão o
tátil, e outros que se requer para o praticante de tai chi e tudo isto poderá ser claro
com um olhar de um psicomotricista.
Por isto, cremos que o currículo escolar para se trabalhar o lúdico dever-se-
ia ter um psicomotricista em todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas, e
com isto dizimar o mito que as brincadeiras são um mero lazer, e diminuir também
um pouco do sedentarismo, que gera vários timos de doenças precoces, cada vez
mais, com isto, somando-se as tais tecnologias do mundo globalizado deste século
64
XXI. Não queremos aqui dizer que devemos banir as tecnologias das escolas, pois
até porque, as mesmas também podem ser uma aliada para o corpo em
movimento. Porém, isto é um outro tema a ser trabalhado. Logo, percebeu-se que
trabalhando os estímulos desde de cedo, formaremos cidadãos, mais pensativos,
críticos e participativos. Pois, a falta de estímulo no processo de vida inicial do
indivíduo, pode ser crucial para o mesmo como registramos em tela, e este, é de
suma importância para o todos nós, por isto, muitos das vezes ouve-se dizer que
as crianças não devem pular de fases/etapas, em seu processo de
desenvolvimento.
Desta maneira, esperamos estar contribuindo auxiliando para com os
pais/familiares, profissionais da educação e seus apoiadores a valorarem o tema
em tela ora debatido e estudado.
65
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Pinheiro São Paulo: Pensamento, 2016.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO .............................................................................................. 01
AGRADECIMENTOS ............................................................................................ 03
DEDICATÓRIA ...................................................................................................... 04
RESUMO ................................................................................................................. 05
METODOLOGIA .................................................................................................... 06
SUMÁRIO ............................................................................................................... 07
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 08
CAPÍTULO I
A importância da psicomotricidade no contexto do lúdico ...................... 11
1.1. O Papel do Lúdico ...................................................................................... 11
1.2. Conceituando a Psicomotricidade ......................................................... 17
1.3. O corpo e a psicomotricidade ................................................................ 20
1.4. A aprendizagem e a psicomotricidade com seus benefícios.......... 21
CAPÍTULO II
A relação do brincar e o estimular dentro do cotidiano familiar, social
e escolar ................................................................................................................. 25
2.1. A relação do brincar e o estimular dentro do cotidiano familiar,
social e escolar ............................................................................................. 25
2.1.2. A creche ...................................................................................................... 28
2.1.3. O cérebro .................................................................................................... 30
2.2. A relação brincar e estimular dentro das atividades práticas
psicomotoras ................................................................................................ 35
CAPÍTULO III
O tai chi chuan dentro do contexto lúdico,
educacional e psicomotor ................................................................................. 46
3.1. O Tai Chi Chuan – “T’ai Chi Ch’uan, Tai Ji Quan ou
Tai Ji Chuan” ................................................................................................. 46
3.1.2. O chi kung (Qigong) ................................................................................. 50
69
3.2. Pensando o tai chi chuan na educação, no esquema corporal
psicomotor e o lúdico ................................................................................. 51
3.2.1. O exercício do equilíbrio no tai chi chuan e
a psicomotricidade ................................................................................... 57
3.2.2. Conversa informal com professor e facilitador de tai chi
chuan - trecho do artigo: “A PSICOMOTRICIDADE NO
CONTEXTO ESCOLAR: o Tai Chi Chuan como ferramenta em
estudo” do Pedagogo Reginaldo Leonel (2017) .............................. 60
Considerações finais .......................................................................................... 62
Referências bibliográficas ................................................................................ 65
Índice ....................................................................................................................... 68