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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI BRESSON PROJECT DESIGN E MOBILIDADE: HENRI CARTIER-BRESSON São Paulo 2009

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI BRESSON PROJECT

DESIGN E MOBILIDADE: HENRI CARTIER-BRESSON

São Paulo 2009

BRESSON PROJECT

DESIGN E MOBILIDADE: HENRI CARTIER-BRESSON

Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina Projeto Interdisciplinar II: Design e Animação, do curso Design Digital da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Prof. Drausio Vicente Camarnado Junior e Prof. Igor Hosse.

São Paulo 2009

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 5

1 HENRI CARTIER-BRESSON ............................................................................................................ 6

1.1 BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................6

1.2 5 FOTOS DE HENRI CARTIER-BRESSON...........................................................................7

2 A FORMA ............................................................................................................................................. 8

2.1 FORMA .............................................................................................................................................8

2.1.1 Forma Enquanto Ponto...........................................................................................................8

2.1.2 Forma Enquanto Linha...........................................................................................................8

2.1.3 Forma Enquanto Plano...........................................................................................................9

2.1.4 Forma Enquanto Volume........................................................................................................9

2.2 A FORMA NAS CRIAÇÕES DE BRESSON ........................................................................................... 10

3 O ENQUADRAMENTO ................................................................................................................... 11

3.1 ENQUADRAMENTO....................................................................................................................11

3.1.1 Moldura de Referência...........................................................................................................11

3.1.2 Proporção Áurea....................................................................................................................11

3.1.2.1 Phi: O número de Ouro.........................................................................................11

3.1.3 Estrutura.................................................................................................................................12

3.2. ENQUADRAMENTO NAS CRIAÇÕES DE BRESSON...........................................................13

CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 15

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INTRODUÇÃO

Nosso objeto de estudo é o fotografo Henri Cartier-Bresson. Famoso por ser um dos

precursores do fotojornalismo moderno Estudante de arte com influencias surrealistas,

compunha suas fotos de forma singular à luz dos conceitos de forma e enquadramento.

Nosso objetivo com essa pesquisa é analizar algumas das fotos de Henri Cartier-Bresson, a

luz dos conceitos de forma e enquadramento, para compreender melhor suas técnicas.

No capitulo 1 compomos uma breve biografia do fotografo Henri Cartier-Bresson.

Acompanha algumas fotos de Bresson.

Na seção dois mostraremos uma pesquisa sobre a forma. Esta pesquisa foi feita em cima de

dois grandes pesquisadores da área, tanto de artes plásticas como de design gráfico, Wassily

Kandinsky e Wusius Wong.

Kandinky nos traz uma visão mais filosófica sobre a forma, envolvendo alguns dos conceitos

utilizados pela Bauhaus.

Wusius Wong por outro lado complementa com uma visão conceitual, porem, mais técnica

sobre o uso da forma.

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CAPÍTULO 1: HENRI CARTIER-BRESSON

1.1.BIBLIOGRAFIA

Nascido em Chanteloup, Seine-et-Marne, Henri Cartier-Bresson desenvolveu um forte

fascínio inicialmente pela pintura, e particularmente com o surrealismo. Em 1932, depois de

passar um ano na Costa do Marfim, descobriu a Leica - Câmera de sua escolha - e começou

uma vida longa paixão pela fotografia. Em 1933 teve sua primeira exposição na

Galeria Julien Levy, em Nova York. Mais tarde, ele fez filmes com Jean Renoir.

Feito prisioneiro de guerra, em 1940, ele escapou na sua terceira tentativa em 1943 e,

posteriormente, se juntou a uma organização clandestina para ajudar os presos e foragidos.

Em 1945, ele fotografou a libertação de Paris com um grupo de jornalistas

profissionais e, em seguida, filmou o documentário Le Retour (O Retorno).

Em 1947, com Robert Capa, George Rodger, Chim 'David' Seymour e Vandivert William, ele

fundou a Magnum Photos. Depois de três anos que passou a viajar no Oriente, em 1952, ele

voltou para a Europa, onde publicou seu primeiro livro,

Images à la sauvette (publicado em Inglês como o momento decisivo).

Ele explicou a sua abordagem à fotografia nestes termos, "Para mim, a câmera é um caderno

de desenho, um instrumento de intuição e espontaneidade, o mestre do instante que, em

termos visuais, questiona e decide ao mesmo tempo.

É por economia de meios que se chega a simplicidade de expressão. "

A partir de 1968 começou a reduzir suas atividades fotográficas, preferindo concentrar-se em

desenho e pintura. Em 2003, com sua esposa e filha, ele criou a Fundação Henri Cartier-

Bresson, em Paris para a preservação de sua obra. Cartier-Bresson recebeu um número

extraordinário de prêmios, prêmios e doutorados honorários. Ele morreu em sua casa na

Provence, em 3 de agosto de 2004, poucas semanas de seu aniversário de 96.

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1.2. 7 FOTOS DE HENRI CARTIER-BRESSON

1 2 3

4 5

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CAPÍTULO 2: A FORMA

2.1. Forma

Há muitas classificações para a forma, entretanto, podemos classificar segundo Wusius Wong

(1998 ) a forma enquanto ponto, linha ou um plano. Um ponto no papel, embora pequeno,

tem de ter formato, tamanho, cor, e textura, se pretende que ele seja visto. O mesmo acontece

com uma linha ou um plano.

Pontos, linhas, ou planos visíveis são formas no sentido verdadeiro, embora formas enquanto

pontos ou linhas continuem a ser chamadas simplesmente de pontos ou linhas na prática

comum.

Outra teoria complementar sobre as formas vem de Wassily Kandinsky (1926) que dizia: “A

busca da qualidade é o móvel de todo artista, sua finalidade. A qualidade é a expressão

máxima da qualidade artística. Logo: a forma iguala o conteúdo. Os elementos e os elementos

secundários.”

A forma ideal teria o Maximo de efeito com o mínimo de esforço. E o conteúdo seria a soma

desses efeitos, e a construção metódica se igualaria à disposição das formas (como altura,

profundidade, comprimento, largura das linhase etc...

2.1.1. Forma Enquanto Ponto

Wusius Wong (1998) que uma forma enquanto ponto é reconhecida pela pequenez ,

entretanto, a pequenez é relativa. A forma pode parecer grande, quando confinada em uma

moldura de referência diminuta, porém a mesma forma pode parecer muito pequena quando

inserida em uma moldura de referência bem maior.

O formato mais comum de um ponto é um círculo, no entanto, um ponto pode ser um

quadrado, um triângulo, oval, ou mesmo um pouco irregular.

Um ponto pode ser classificado por:

• Tamanho comparativamente pequeno; • Formato razoavelmente simples.

2.1.2. Forma Enquanto Linha

A forma pode ser reconhecida como uma linha se sua largura for extremamente estreita ou seu

comprimento ser bem evidente.

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Uma linha geralmente transmite o sentido de finura. A finura, como a pequenez, é relativa. A

proporção extrema entre o comprimento e largura de um formato o torna uma linha, mas não

há nenhum critério absoluto para isto.

Há três aspectos separados que segundoWucius Wong(1998) devem ser considerados em uma

linha:

• O formato geral: Se refere à sua aparência geral, a qual é descrita como uma reta, curva, quebrada, irregular ou desenhada à mão.

• O corpo: Como uma linha tem largura, seu corpo está contido entre duas bordas. Os formatos destas duas bordas e a relação entre elas determinam o formato do corpo. Normalmente, as duas bordas são lisas e paralelas, mas algumas vezes, elas podem fazer com que o corpo da linha pareça afilado, nodoso, ondulado ou irregular.

• As extremidades: Estas podem ser insignificantes quando a linha é muito fina, porém, se ela for bem larga, os formatos de suas extremidades podem se tornar evidentes: Quadradas, redondas, pontiagudas ou de qualquer formato simples.

2.1.3. Forma Enquanto Plano

Em uma superfície bidimensional, dizia Wusius Wong (1998), todas as formas planas que não

são comumente reconhecidas como pontos ou linhas, são formas enquanto plano.

Uma forma plana é limitada por linhas conceituais, as quais constituem as bordas da forma.

As características destas linhas conceituais e suas inter-relações determinam o formato da

forma plana.

Formas planas têm uma variedade de formatos, que podem ser classificados como:

• Geométricos: Construídos matematicamente. • Orgânicos: Limitados por curvas livres, sugerindo fluidez e crescimento. • Retilíneos: Limitados por linhas retas que não se relacionam umas às outras

matematicamente. • Irregulares: Limitados por linhas retas e curvas que não se relacionam umas às outras

matematicamente. • Feitos à mão: Caligráficos ou criados à mão, sem o auxílio de instrumentos. • Acidentais: Determinados pelo efeito de processos ou materiais especiais, obtidos

acidentalmente.

2.1.4. Forma Enquanto Volume

A forma enquanto volume é completamente ilusória e exige uma situação espacial peculiar.

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2.2. Forma nas criações de Bresson

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CAPÍTULO 3: O ENQUADRAMENTO

3.1. Enquadrameno

3.1.1. A moldura de referência

Elementos visuais normalmente existem no interior de uma fronteira, que é denominada

“moldura de referência”. Esta moldura de referência marca os limites externos de um desenho

e define uma área dentro da qual os elementos criados e o espaço vazio residual, se houver

algum, trabalham juntos.

A moldura de referência não é necessariamente uma moldura real. Se assim for, então deve

ser considerada como parte integrante do desenho. Os elementos visuais da moldura visível

não devem ser desprezados. Se não houver uma moldura real, as bordas de um cartaz, a

página de uma revista, as várias superfícies de um pacote. Todas se tornam molduras de

referência para os respectivos desenhos.

A moldura de referência de um desenho pode ser qualquer formato, embora normalmente seja

retangular. O formato do corte de uma folha impressa é a moldura de referência do desenho

que está contido nesta.

3.1.2. Proproção Áurea

A sequência de Fibonacci (lê-se:fibonati), é uma função f:N N, que será denotada aqui pelo seu conjunto imagem:

f(N)={1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,144,233,377,...}

Para conhecer aplicações sobre as Sequências de Fibonacci, veja nosso link sobre Aplicações das Sequências de Fibonacci.

3.1.2.1 Phi: O número de Ouro

A escola grega de Pitágoras estudou e observou muitas relações e modelos numéricos que apareciam na: natureza, beleza, estética, harmonia musical e outros, mas provavelmente a mais importante é a razão áurea, razão divina ou proporção divina.

Há muitos livros sobre o assunto, mas em português, existe um excelente livro publicado pela Editora Universidade de Brasília em 1985: A divina proporção: Um Ensaio sobre a Beleza na Matemática, H. E. Huntley, Brasília-DF.

Esta razão foi muito usada por Phidias, um escultor grego e em função das primeiras letras de seu nome usamos Phi para representar o valor numérico da razão de ouro:

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Phi = = 1.618033988749895

Triângulo Áureo: É um triângulo isósceles ABC com ângulos da base de 72º e ângulo

do ápice de 36º. O triângulo áureo é encontrado no "pentagrama místico". A partir do

triângulo áureo podemos desenhar uma espiral logarítmica.

3.1.3 Estrutura

Outro elemento muito importante da composição é a estrutura, que serve para manter o

controle sobre as formas dentro de uma foto, um desenho e etc...

A estrutura geralmente impõe ordem e determina relações internas de formas em um

desenhon dizia Wusius Wong(1998).

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3.2. Enquadramento nas composições de Bresson

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CONCLUSÃO

Concluímos neste projeto que Bresson possuía um estilo único, de forma com que ele fosse marcado pelas suas imagens conceitualmente muito bem construídas e grande uso de formas, enquadramento muito bem encontrado, assim formando sua grande marca: O Momento Decisivo. Utilizando nossas pesquisas, cremos que seja possível transportarmos as técnicas que uma vez Bresson utilizou em suas composições fotográficas para nossas animações, a fim de ter um resultado conceitualmente semelhante ao de Bresson.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros

KANDINSKY, Wassily; Curso de Bauhaus / Wassily Kandinky; [tradução Eduardo

Brandão.-São Pulo : Martins Fontes, 1996.

WONG, wucius; Princípios de Forma e Desenho / Wucius Wong ; [tradução Alvamar Helena

Lamparelli]. – São Paulo : Martins Fontes, 1998.

Resumos on-line

http://www.mat.uel.br/geometrica/php/pdf/dg_prop_%C3%A1urea.pdf

BARISON, Maria Bernadete; Geométrica 1 vol.1 n.4a. 2005

Internet

MAGNUM PHOTOS. Henri Cariter Bresson biography.Disponivel em:

http://www.magnumphotos.com/Archive/C.aspx?VP=XSpecific_MAG.Biography_VPage&A

ID=2K7O3R14T50B

http://www.mtm.ufsc.br/lemat/paurea.pdf

http://goldennumber.net/