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Unidades de Conservação no Brasil: da República à Gestão de Classe Mundial Marcos Antonio Reis Araujo R A Consultoria e Treinamento Belo Horizonte SEGRAC - Editora e Gráfica 2007 os 4380 L Unidade Conservação.in1 1 os 4380 L Unidade Conservação.in1 1 14/5/2007 09:59:36 14/5/2007 09:59:36

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Unidades de Conservação no Brasil:da República à Gestão de Classe Mundial

Marcos Antonio Reis AraujoR A Consultoria e Treinamento

Belo HorizonteSEGRAC - Editora e Gráfi ca

2007

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© Copyright 2007 - Marcos Antonio Reis AraujoCoordenação Editorial: Marcos Antonio Reis AraujoRevisão de texto: Maria Lina Soares SouzaIlustrações: Marcos Jonusan e Mariotoni Machado PereiraEditoração e Capa: Mariotoni Machado Pereira / (31) 3385.1703Capa: Foto do Paredão de Santo Antônio - Parque Estadual do Ibitipoca - MG, de autoria de Mariotoni Machado Pereira. Imagem gentilmente cedida pelo Instituto Estadual de Florestas

Como adquirir o livro: www.ract.com.br

Catalogação na publicação: Silvana de Almeida CRB.1018-6

Araujo, Marcos Antonio Reis. Unidades de Conservação no Brasil: da república à gestão de classe mundial. Belo Horizonte : SEGRAC, 2007.

272 p.: il. Bibliografi a

1. Unidades de conservação - biodiversidade. 2. História Ambiental - gestão. I.

CDU: 502.35

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Prefácio

Comecei a escrever este texto num vôo de Manaus (AM) para Porto de Trombetas (PA). Durante todo o percurso, sobrevoamos o enorme tapete verde da fl oresta amazônica com seus inúmeros cursos d’água. Da janela do avião podia-se contemplar uma paisagem de extrema beleza e complexidade ecológica. Essa impressionante visão deixa claro a qualquer um que o Brasil é um país estratégico para a segurança ambiental global, pois detém uma das maiores biodiversidades do planeta. Nossos biomas possuem cerca de 200 mil espécies e armazenam mais de 100 bilhões de toneladas de carbono. O desmatamento em larga escala poderia agravar a crise de biodiversidade e o aquecimento do planeta.

Por outro lado, é um país que está moldando o seu projeto de futuro, no qual busca melhorar a qualidade de vida de sua população e ocupar o devido espaço na arena internacional. Esse projeto irá demandar mais crescimento econômico, distribuição de renda e investimento maciço na ampliação da infra-estrutura do país. Conciliar nosso projeto de futuro com nossas responsabilidades para com a segurança ambiental global representa um enorme desafi o e irá exigir extrema competência.

As unidades de conservação são instrumentos fundamentais em qualquer estratégia de conservação da biodiversidade, e em amplas áreas da Amazônia, têm sido utilizadas como forma de deter o desmatamento. No entanto, somente a sua criação não é sufi ciente. É preciso alcançar uma boa efetividade de gestão. E foi justamente pensando nisso que escrevemos este livro, que teve origem em minha tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre da Universidade Federal de Minas Gerais. A tese demonstrou que as unidades de conservação são organizações e, como tais, podiam se benefi ciar com a aplicação das modernas tecnologias gerenciais desenvolvidas a partir de meados do século XX.

No livro, procuramos aprofundar a abordagem e mostrar como podemos atingir um patamar de gestão “classe mundial” o termo designa uma

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organização que é referencial de excelência em gestão em nossas unidades de conservação, de modo a torná-las um referencial de excelência para os demais países do mundo. Para isso, procuramos examinar, com certo grau de detalhe, a história das unidades de conservação no mundo e no Brasil. O conhecimento do passado nos ajuda a compreender o presente, a tirar as lições pertinentes e a construir, com mais segurança, o futuro.

Muitos colegas contribuíram com artigos de excelente qualidade para enriquecer esta obra, demonstrando que ciência é realmente uma atividade coletiva. A todos eles quero expressar meu profundo agradecimento e minha satisfação de tê-los como parceiros nesta obra. O desafi o de melhorar a efetividade de gestão das unidades de conservação e, conseqüentemente, de nossa política ambiental irá demandar a cooperação entre uma vasta gama de profi ssionais. Espero que a primeira experiência empreendida neste livro possa se aprofundar e permitir, no futuro, a elaboração de um manual de excelência em gestão para unidades de conservação tropicais. Fica aqui o convite a outros profi ssionais para se integrarem nesse esforço.

Gostaria de fazer um agradecimento especial ao professor Ricardo Motta Pinto Coelho, do laboratório de Gestão Ambiental do ICB/UFMG, que me orientou tanto no mestrado como no doutorado. Aos professores do Programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre - ECMVS/UFMG pelo incentivo, a Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e ao US Fish and Wildlife Service pelo importante apoio que prestam ao programa ECMVS e a todos os companheiros da Cooperação Técnica Alemã – GTZ, em especial ao Dr. Gustavo Wachtel, que deu a oportunidade de colocar nossas idéias em prática.

Marcos Antonio Reis Araujo.

Belo Horizonte, março de 2007.

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Capítulo 1A biodiversidade e sua importância .................................................

Capítulo 2Crise de biodiversidade no século XXI ............................................

Capítulo 3Unidades de conservação:

importância e história no mundo .....................................................

Capítulo 4Unidades de conservação no Brasil: a história de um povo

em busca do desenvolvimento e da proteção da natureza ...............

Capítulo 5A seleção e o desenho de unidades de conservação .........................

Capítulo 6Gestão de unidades de conservação .................................................

Estudo de Caso 6.1 - Avaliação do desempenho gerencial de unidades de conservação: a técnica a serviço de gestões efi cazes ..............................................

Helder Henique de Faria

Estudo de Caso 6.2 - Avaliação da efetividade de gestão de unidades de conservação urbanas: um estudo de caso na Ilha de Santa Catarina, Sul do Brasil. ..........

Emiliana Debetir

Estudo de Caso 6.3 - Transformando o tracking tool em instrumento de planejamento plurianual

para as unidades de conservação .....................................................Marcos Antonio Reis Araujo, Ronaldo Weigand Jr. e Tatiany E. Barata Pereira

Sumário

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Capítulo 7

Aplicando as ferramentas da qualidade nas unidades de conservação ...........................................................

Capítulo 8

Em busca da gestão de classe mundial nas unidades de conservação ...........................................................

Estudo de Caso 8.1 - Utilizando o Modelo de Excelência em Gestão Pública para explicar por que as unidades de conservação são precariamente geridas no Brasil ...........................

Marcos Antonio Reis Araujo & Ricardo Motta Pinto-Coelho

Estudo de caso 8.2 - Programa Parque Modelo: a primeira experiência de implementação da excelência em gestão em unidades de conservação no Brasil ............................................

Marcos Antonio Reis Araujo, Cleani Marques Paraíso,Rogério F. Bittencourt Cabral e Estevão José Marchesini Fonseca

Estudo de Caso 8.3 - O uso de um sistema de informações geográfi cas como ferramenta de apoio à gestão de um Parque Nacional ...............................................................................

Marcelo Moreira Costa e Marcos Antonio Reis Araujo

Estudo de Caso 8.4 - Transformação organizacional: a construção de capacidade de gestão em três Parques Nacionais brasileiros ..........................................................

Cláudia Figueiredo

Estudo de Caso 8.5 - Experiências inovadoras na gestão das unidades de conservação em Minas Gerais .............. José Carlos Carvalho

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“Não é a mais forte nem a mais inteligente das espécies que sobrevive, mas a que melhor se adapta e responde às mudanças.”

Charles Darwin

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Capítulo 1

A biodiversidade e sua importância

O que é biodiversidade?

Três bilhões e meio de anos de evolução resultaram na grande riqueza atual da vida em nosso planeta, tradicionalmente medida a partir do número de espécies de organismos vivos. Isso, no entanto, não expressa adequadamente a extraordinária variedade e complexidade da natureza. O conceito de biodiversidade, ou diversidade biológica, que representa a totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região, veio preencher essa lacuna (WRI et al., 1992), como mostra a fi gura 1.1.

Segundo Heywood e Watson (1997), o termo diversidade biológica foi primeiramente defi nido por Norse e MacNamur, em 1980, e englobava dois conceitos correlatos: a diversidade genética (soma da variabilidade genética dentro da mesma espécie) e a diversidade ecológica (número de espécies existentes em uma comunidade). A forma contraída foi introduzida em 1985, por Walter Rosen, durante um encontro destinado ao planejamento do Fórum Nacional de Biodiversidade, que ocorreu no ano seguinte, em Washington (Wilson, 1988).

A primeira defi nição a reconhecer os três principais componentes da biodiversidade (genes, espécies e ecossistemas) foi feita em 1986 e acabou por ser amplamente utilizada, sendo reconhecida no segundo artigo da Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada durante a Rio-92 (Primack, 1999).

WRI et al. (1992) defi nem os níveis de biodiversidade da seguinte forma:

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Figura 1.1 – Níveis de diversidade biológica (Primack, 1999)

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11A biodiversidade e sua importância

• Diversidade genética – É a totalidade de genes dentro das espécies. Isso engloba a variabilidade genética entre populações de uma mesma espécie e a variabilidade genética dentro de uma população. A diversidade genética facilita o estabelecimento da espécie em um novo hábitat e também a sua persistência num contexto de mudança do ambiente. Quando uma população de determinada espécie se extingue, leva consigo genes únicos, que são a reserva adaptativa da espécie diante das mudanças ambientais, tais como as mudanças climáticas globais, previstas para meados do século XXI. Desse modo, populações de uma mesma espécie que ocupam ambientes distintos passam a constituir unidades genéticas importantes e merecedoras de proteção.

• Diversidade de espécies – É a variedade de espécies de uma região. Levantamentos recentes indicam que já foi descrito um total aproximado de 1,7 milhão de organismos diferentes (Heywood & Watson, 1997), como se pode ver na fi gura 1.2. No entanto, a partir de estudos realizados em árvores das fl orestas tropicais, estima-se que existam na Terra de 10 a 30 milhões de espécies. Cerca de 15% delas são marinhas e o restante é terrestre.

Figura 1.2 – Número aproximado de espécies descritas (baseado em Hunter,1996)

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• Diversidade de comunidades e ecossistemas – Comunidade é o conjunto de populações que vivem em determinada área, num determinado tempo. O conjunto de comunidades associadas

a um ambiente físico denomina-se ecossistema. Esse nível de

biodiversidade engloba a variedade de hábitats, de comunidades

e de ecossistemas da paisagem de uma região. Engloba também

a diversidade de interações. Freqüentemente, cada uma das

milhões de espécies existentes na Terra interage com outras

mediante competição, predação, parasitismo e mutualismo,

entre outros processos ecológicos. As espécies interagem

também com o ambiente físico mediante processos de troca de

energia e de elementos, como a fotossíntese, a respiração e os

ciclos biogeoquímicos. Todas essas interações são componentes

importantes da biodiversidade.

Alguns autores também consideram a diversidade cultural humana

como um componente da biodiversidade. Tal diversidade manifesta-se

na variedade de línguas e dialetos, nas crenças religiosas, nas práticas de

manejo da terra, na arte, na música, na culinária, na estrutura social e

em tantos outros atributos da sociedade humana. A diversidade cultural

representa soluções ao problema da sobrevivência em determinados

ambientes e ajuda os indivíduos a se adaptarem à variação do ambiente

(WRI et al., 1992).

A biodiversidade no Brasil

O Brasil é um país predominantemente tropical, e isso tem forte infl uência

em sua biodiversidade. Os trópicos compreendem a área do mundo

localizada entre o Trópico de Câncer (latitude 23,5º N) e o Trópico de

Capricórnio (latitude 23,5º S), cobrindo 40% da superfície do planeta. Na

perspectiva ecológica, os trópicos compreendem a região delimitada pela

isoterma de 20ºC de temperatura média anual. Algumas das características

peculiares das fl orestas tropicais, listadas abaixo (Montagnini & Jordan, 2005), impõem enormes desafi os à conservação e ao manejo dos ecossistemas tropicais.

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13A biodiversidade e sua importância

• Alta diversidade de espécies• Alta freqüência de polinização cruzada• Ocorrência comum de mutualismo• Alto índice de fl uxo de energia na cadeia trófi ca• Ciclo de nutrientes relativamente curto

A alta diversidade de espécies tem impressionado os cientistas desde longa data. Alfred Russel, H. Bates e Charles Darwin foram alguns dos naturalistas que reverenciaram a diversidade de espécies tropicais no século XIX. Diversas teorias têm sido propostas para explicar a alta diversidade de espécies nas latitudes tropicais. Entre elas, podemos mencionar: teoria do tempo, teoria da estabilidade climática, teoria da heterogeneidade espacial, hipótese da competição, hipótese da predação, hipótese da produtividade. Para uma descrição detalhada dessas teorias e hipóteses, veja Pianka (1966).

O Brasil é considerado o país de maior biodiversidade do planeta. Dada a sua dimensão continental e a grande variação geomorfológica e climática, abriga sete biomas: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga, Campos Sulinos e o bioma Costeiro (Bueno, 2001). Os ecossistemas que fazem parte do bioma amazônico ocupam cerca de 3,68 milhões de km2, os do Cerrado abrangem em torno de 2 milhões de km2, os da Mata Atlântica estendem-se por 1,1 milhão de Km2 e os da Caatinga cobrem 736 mil Km2.

Estima-se que, até o presente momento, tenham sido registradas no Brasil cerca de 200 mil espécies (tabela 1.1). Com base nos grupos taxonômicos mais bem conhecidos, estima-se que o país possui cerca de 13,6% das espécies do mundo (Lewinsohn & Prado, 2002).

A importância da biodiversidade

Grande parte do progresso humano derivou da exploração dos recursos biológicos. Os alimentos e muitos dos produtos farmacêuticos e medicinais vêm de plantas e animais silvestres ou domesticados. A exploração dos recursos pesqueiros naturais representa um aporte de mais de 100 milhões de toneladas de alimento em todo o mundo. A medicina tradicional constitui a base de cuidado primário da saúde para 80% da população dos países em desenvolvimento, o que representa mais de três bilhões de pessoas. Só na

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14 Unidades de Conservação no Brasil: da República à Gestão de Classe Mundial

medicina tradicional chinesa, são usadas mais de cinco mil espécies da fl ora e da fauna. Nos Estados Unidos, um quarto das receitas médicas aviadas prescreve fármacos cujo princípio ativo é extraído de plantas. Mais de três mil antibióticos – o mais importante arsenal da medicina contra doenças infecciosas – provêm de microrganismos (WRI et al., 1992).

Segundo o Ministério do Meio Ambiente do Brasil, a diversidade biológica tem importância econômica decisiva. Cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do país são gerados pelo setor primário (agroindústrias), que depende diretamente do patrimônio genético provido pela diversidade biológica. O setor fl orestal responde por 4% do PIB, e o setor pesqueiro representa 1%. Na pauta de exportações, os produtos da diversidade biológica, principalmente café, soja e laranja, respondem por

Tabela 1.1: Estimativas ou contagens do número de espécies descritas no Brasil e no mundo (simplifi cado a partir de Lewinsohn & Prado, 2002)

Reino/ Filo Brasil conhecido Mundo conhecido

Virus 250 a 400 3.600

Monera 1.100 a 1.350 4.760

• “Bactéria” 300 a 450 4.200

• Mycoplasma 4 a 7 60

• Cyanophycota 800 a 900 3.100

Fungi 12.500 a 13.500 70.500 a 72.000

Stramenopila 141 760

Protista 7.000 a 9.900 75.300

Plantae 45.300 a 49.500 264.000 a 279.400

• Bryophyta 3.100 14.000 a 16.600

• Pteridophyta 1.200 a 1.400 9.600 a 12.000

• “Gymnospermae” 15 806

• Magnoliophyta (Angiospermas)

40.000 a 45.000 240.000 a 250.000

Animália 113.000 a 151.000 1.287.000 a 1.330.000

• “Invertebrados” 107.000 a 145.000 1.236.000 a 1.287.000

• Chordata 6.200 41.400 a 42.200

o Pisces 2.811 23.800

o Amphibia 600 4.220

o Reptilia 468 6.460

o Aves 1.677 9.700

o Mammalia 524 4.650

Total 179.000 a 226.000 1.706.000 a 1.766.000

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