unidade removedora de sulfato - urs
DESCRIPTION
Descrição do funcionamento de uma URS na indústria do petróleo e gás.TRANSCRIPT
TURMA: EIN09720/1
DISCIPLINA: SISTEMAS DE PRODUÇAO TERRESTRE E MARÍTIMO
PROFESSOR: Sonali de Araujo
ALUNO: Davidson Lucas Abreu de Andrade
MATRICULA: 5701053
UNIDADE DE REMOÇÃO DE SULFATO (URS)
1. Função
A Unidade de Remoção de Sulfato é um equipamento composto por várias partes, cada
qual com sua finalidade, utilizado no tratamento da água injetada através dos Sistemas de
Injeção tanto para manutenção da pressão no reservatório, quanto para elevar o fator de
recuperação da produção de hidrocarbonetos. A função da URS é basicamente prevenir e
reduzir as perdas provocadas incrustações no reservatório. Em função da incompatibilidade
da água do mar (injetada) com a água conata (proveniente do reservatório) e de alterações
físico químicas (pH, temperatura, pressão, etc), pode ocorrer a formação de incrustação no
reservatório, nos poços produtores e nos equipamentos de superfície. A incrustação
geralmente é composta por sais pouco solúveis em água como: sulfato de bário, carbonato
de cálcio, sulfato de cálcio e etc.
2. Esquema de Funcionamento: Razões de Permeado / Rejeito
As unidades simples de remoção de sulfato geralmente trabalham com apenas 1 estágio de
nanofiltração, com razão final de 3:1, ou seja, de cada 100m³ de volume de água tratada,
75m³ saem do sistema caracterizados como PERMEADO, onde a concentração de sulfato
encontra-se abaixo de 100 ppm, e 25m³ saem do sistema como REJEITO, com
concentração média de 6000 ppm de sulfato.
Nas unidades de remoção de sulfato mais complexas, como as utilizadas pela Petrobras na
recuperação secundária de campos maduros como os da bacia de Campos no Rio de
Janeiro, existem dois estágios membranas de nanofiltração. Em ambos os estágios,
formados por bancos de membranas, o conjunto de membranas trabalha com a razão
permeado/concentrado de 1:1. Quando a água do mar passa pelo primeiro estágio de
membranas, ela se divide nos dois bancos de forma similar e a medida que a água passa
pelo interior dos vasos, a seleção dos íons acontece. Como cada vaso trabalha à 50%,
teremos na configuração duas saídas de água uma caracterizada como permeado e outra
como rejeito.
U N I V E R S I D A D E D O G R A N D E R I O
PROF. JOSÉ DE SOUZA HERDY
ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A água considerada como REJEITO, que representa 50% do volume total de alimentação
no primeiro estágio passará pelo segundo estágio, constituído por apenas um banco de
membranas, esse rejeito entra com alta concentração de sulfato (em média 6000 ppm) e
com vazão reduzida, o que torna essa água auto-incrustante e por esse motivo se faz
necessária a injeção de um antiincrustante a montante do sistema. A água considerada
rejeito no primeiro estágio torna-se então alimentação do segundo estágio que também
trabalha com razão 1:1, logo 50% desta água que representa 25% da alimentação total do
sistema irá representar o REJEITO de todo o processo, com concentração média de 11000
ppm de sulfato.
O restante da água desulfatada, que representa 50% do segundo estágio (25% da
alimentação total) é considerada PERMEADO e saí do segundo estágio com concentração
média de 50 ppm de sulfato. Esse permeado se une então ao permeado do primeiro estágio
(50% da alimentação total) somando assim 75% do total de água alimentada no sistema de
remoção de sulfato.
A figura abaixo representa o esquema de funcionamento de uma URS com dois estágios.
FIGURA 1 - Esquema do arranjo das membranas nos vasos e divisão de estágios.
Fonte: PETROBRAS (2008b)
3. Quando se utiliza
Para mensurar o potencial de incrustação no reservatório e identificar se o mesmo apresenta
viabilidade econômica e se é possível produzir sem a utilização de uma URS é realizado o
cálculo do índice de saturação do sistema aquoso, daquele reservatório, em relação aos seus
componentes químicos. Neste estudo as condições de temperatura e pressão devem ser
mantidas constantes.
O índice de saturação é expresso como:
I.S. = aA. aC / KpsAC
Onde,
aA = atividade do ânion A
aC = atividade do cátion C
KpsAC = produto de solubilidade do composto AC.
Para cada condição de temperatura, pressão e percentual de mistura da água da formação
com a água de injeção, a massa dos sais insolúveis formados deve ser interpretada como a
máxima massa a precipitar (Mppt), pois os sistemas aquosos podem existir em seu estado
saturado. A precipitação total desta massa depende do seu grau de saturação (I.S.) e da
perturbação a qual o sistema é submetido (variações no nível de turbulência, de pressão,
velocidade de fluxo, presença de agentes nucleantes, etc). O máximo valor de I.S., previsto
para uma determinada mistura de água com a água da formação, define a condição mais
crítica para precipitação que nem sempre corresponde à maior massa a precipitar (MMppt).
Esse valor máximo de I.S. indica aos engenheiros se há viabilidade técnica e econômica
para aquele reservatório apenas com injeção de antiincrustante (técnica de squeeze) ou se a
viabilidade somente será aprovada com a instalação de uma unidade de remoção de sulfato
(URS).
4. Bibliografia
VASCONCELOS, A., M., Contribuição da unidade de remoção de sulfato na redução de
perdas por incrustação: um estudo comparado aplicado ao caso de uma plataforma de
produção “offshore”, monografia de graduação, FSMA-Macaé,RJ, 2009.
Documento interno Petrobrás sobre incrustação. Apostila de incrustação para engenheiros
de petróleo. Agosto de 2008b.
AKER KVAERNER. Apostila treinamento, 2007.Curso de treinamento para operadores
MODEC. Macaé.