unidade de recuperaÇÃo pÓs- anestÉsica · definição É um setor do centro cirúrgico onde...
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O primeiro relato sobre a
existência de uma sala de
recuperação pós-anestésica foi
em 1801 na Inglaterra.
Florence Nightingale, em
1863, já previa a necessidade de
que os pacientes operados
fossem agrupados para facilitar
seu atendimento nas primeiras
horas pós-operatórias.
A partir de 1920 após a
Segunda Guerra Mundial,
muitos hospitais europeus e
norte-americanos planejam a
instalação da sala de
recuperação anestésica.
Somente em 1942, nos
Estados Unidos da América,
utilizaram pela primeira vez o
termo sala de recuperação
anestésica e teve seus objetivos
específicos delineados.
No Brasil, apesar de já
fazer parte das previsões das
unidades cirúrgicas desde de
1977, pela Portaria 400.
A obrigatoriedade da sala
de Recuperação Pós-
Anestésica somente foi
estabelecida em 1993 por
Decreto Federal, com a
Resolução CFM nº1363/93.
Definição
É um setor do Centro Cirúrgico onde são
dispensados cuidados intensivos após anestesia
e cirurgia. A fim de minimizar as prováveis
complicações decorrentes da anestesia.
O tempo de permanência do paciente neste
setor varia em média de 1 a 6 horas.
Finalidade
Oferecer suporte ao paciente na fase de recuperação
da anestesia, até que os reflexos protetores estejam
presentes, os sinais vitais voltem a normalidade e seja
recuperado a consciência.
Prevenir ou tratar possíveis complicações resultantes
do ato anestésico ou cirúrgico
Estabelecer medidas para aliviar a dor pós-operatória.
Proporcionar ao paciente atendimento seguro, em se
tratando de um local provido de recursos materiais
específicos e humanos, preparados para a prestação da
assistência neste período, considerado crítico.
Localização
A URPA deve estar integrada no Centro
Cirúrgico, próximo aos elevadores, para facilitar
a remoção dos pacientes.
Centro Cirúrgico e URPA da Maternidade Leila Diniz- RJ
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
BÁSICOS DE UMA URPA
Duas saídas de oxigênio com fluxômetros
Uma saída de ar comprimido
Uma fonte de aspiração a vácuo
Um foco de luz
Tomadas elétricas de 110 e 220 watts
Monitor cardíaco
Oxímetro de pulso
Esfignomanômetro
Ventiladores mecânicos
Carrinho de parada
ROTINAS DE ADMISSÃO E ALTA
DOS PACIENTES NA URPA
Identificaçãoo Nome do pacienteo Número do registro geralo Idadeo Sexoo Procedência (clínica de origem)o Cirurgia e equipe cirúrgicao Anestesia e anestesiologistao Horário de chegada
Obs.: Quando o enfermeiro da URPA recebe um
paciente ele deve pedir um resumo dos problemas na
SO e dos que podem surgir no período de
recuperação.
NORMAS DE ASSISTÊNCIA NA
URPA Avaliação inicial, pontos a serem observados:
Respiração
Coloração da pele e temperatura
Necessidade de instalação de O2, drenagem, aspiração de
secreções e outros.
Infusões
Posição e mobilidade
Nível de consciência
Ferida operatória
Dor, força muscular
Extremidades (unhas e lóbulos das orelhas)
Após a avaliação inicial do estado do pacientedevemos:
Posicionar adequadamente o paciente, de acordo
com o tipo de cirurgia e anestesia, atentando para as
manobras de segurança (grades levantadas, macas
com freios acionados, entre outros.)
Manter VAS desobstruídas
Instalar O2 sob nebulização contínua
Verificar os sinais vitais de 15 em 15 minutos na
primeira hora e de 30 em 30 minutos nas horas
seguintes.
Observar o nível de consciência e conter o paciente
agitado.
Observar e registrar dados coletados
relacionados a:
Curativos cirúrgicos;
Cateterizações venosas e arteriais;
Reflexos;
Drenos com conexões corretamente ligadas;
Sondas com conexões corretamente ligadas,
tipo e volume do material eliminado;
Eliminações: tipo e volume, manter diurese
horária, indicando sempre que for desprezada;
Implementar balanço hídrico.
Aquecer o paciente.
Proceder a monitorização se necessário.
Proceder a montagem da PVC e PAM, se
necessário.
Observar a prescrição médica.
Coletar materiais para exames e encaminhar,
quando necessário.
Executar outros procedimentos de caráter
institucional.
Obs.: A avaliação do paciente se dá continuamente
até o momento de sua alta da URPA; Como
instrumento desta avaliação é comumente utilizado
o ÍNDICE DE ALDRETE E KROULIK
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PELO
ÍNDICE DE ALDRETE E KROLIK
Atividade
Muscular
Movimenta os quatro membros
Movimenta dois membros
É incapaz de mover os membros voluntariamente ou sob comando
2
1
0
Respiração É capaz de respirar profundamente ou de tossir livremente
Apresenta dispnéia ou limitação da respiração
Tem apnéia
2
1
0
Circulação PA em 20% do nível pré-anestésico
PA em 20 – 49% do nível anestésico
PA em 50% do nível pré-anestésico
2
1
0
Consciência Está lúcido e orientado no tempo e espaço
Desperta, se solicitado
Não responde
2
1
0
Saturação de O2 É capaz de manter saturação de O2 maior que 92% respirando em
ar ambiente
Necessidade de O2 para manter saturação maior que 90%
Apresenta saturação de O2 menor que 90%, mesmo com
suplementação de oxigênio
2
1
0
SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO
Os oxímetros de pulso medem a saturação
da hemoglobina baseando-se na pulsação do
sangue arterial.
Os valores normais da saturação de
oxigênio no ar ambiente de pessoas:
Jovem e saudável deve ser de 98% a 100%
Idoso tem possibilidade de estar com valores abaixo da faixa dos 90%
Fumante intenso e/ou portador de grave doença pulmonar podem apresentar níveis abaixo dos 80%
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE CRIANÇAS DE
(0 – 12 ANOS) PELO ÍNDICE DE STEWARD
Vias Aéreas Tosse ou chora
Apresenta boa manutenção/respira facilmente
Requer manutenção
2
1
0
Consciência Está desperto
Responde a estímulos verbais ou táteis
Não responde
2
1
0
Movimentação Movimenta os membros intencionalmente
Faz movimentos não – intencionais
Não se movimenta
2
1
0
ALTA DA URPA
O paciente recebe alta da URPA quando o enfermeiro detectar aestabilidade das condições orgânicas do paciente, levando em contadiversos aspectos.
Saturação de oxigênio dentro dos limites de normalidade;
Orientação do paciente no tempo e no espaço
Ausência de sangramento ativo da ferida operatória;
Ausência de retenção urinária;
Inexistência de queixa álgica ou manutenção da dor sob
controle;
Estabilidade de sinais vitais;
Ausência de náuseas e vômitos
Presença de atividade e força muscular;
Presença de sensibilidade cutânea após bloqueio motor;
Valor da escala de Aldrete e Kroulik entre 8 e 10