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Unidade 8- Precursores da Era Industrial, Economistas Liberais e Socialismo

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Unidade 8- Precursores da Era Industrial, Economistas Liberais e Socialismo

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1- Precursores da Era Industrial

O início da Era Industrial foi profundamente influenciado por certos pensadores que partiram na frente, deram o exemplo e criaram uma nova mentalidade industrial.

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1.1- Matthew Boulton

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1.1- Matthew Boulton

Engenheiro e manufatureiro inglês, Boulton (1728-1809) passou a utilizar ao redor de 1800 a padronização de princípios operativos, adotando esquemas de planejamento, incentivos à produção do trabalhador, planos de seguro de vida, bonificação, adoção de métodos de trabalho.

Com James Watt criou a Fundição Soho para produzir artigos de metais por meio de conceitos como:

- Padronização de máquinas para equilibrar o ritmo de fabricação;

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1.1- Matthew Boulton

- Fabricação de peças intercambiáveis;

- Planejamento detalhado das operações de trabalho;

- Planejamento e controle da produção por meio de estimativas;

- Cronometragem e estudo de tempos e movimentos;

- Pagamento de incentivos salariais de acordo com a produção individual;

- Segura de vida em grupo e bonificações ao pessoal.

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1.2- Eli Whitney

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1.2- Eli Whitney

Whitney (1765-1825) foi um inventor e empresário americano que criou o primeiro descaroçador de algodão. Atribuiu-se a ele a invenção do sistema americano de manufatura e a linha de montagem. Foi o primeiro a ganhar um contrato do governo americano para fabricar armas.

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1.3- Robert Owen

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1.3- Robert Owen

Owen (1771-1858) foi um industrial inglês, considerado o pai do movimento corporativo. Adotou novas práticas em sua fiação na Escócia, onde trabalhavam cerca de 2 mil pessoas, inclusive 500 crianças com idade inferior a 5 anos.

Ele adotou a experiência iluminista e paternalista. Passou a oferecer benefícios aos trabalhadores, como moradia, educação gratuita para crianças e um armazém sem fins lucrativos.

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1.3- Robert Owen

A idade mínima para o trabalho aumentou para 10 anos e a jornada diminuiu de 14 para 12 horas.

Owen foi o precursor dos sistemas de informação pública a respeito de vendas e produção na moderna gestão, principalmente para enfrentar a competição.

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1.3- Robert Owen

Com sua experiência prática, Owen comprovou que era mais vantajoso trabalhar em sua fábrica do que em outros lugares e que os trabalhadores podiam ser incentivados por recompensas. Foi um dos primeiros proprietários a enfatizar os problemas humanos na fábrica.

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1.4- Charles Babbage

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1.4- Charles Babbage

Babbage (1791-1871) cientista, matemático e inventor inglês, é considerado o fundador da pesquisa operacional. Criou a primeira calculadora mecânica em 1822 e tornou-se o pioneiro do computador digital. Recomendava o uso de dados na administração de empresas.

Babbage escreveu sobre os princípios econômicos da fabricação e a análise das operações, sugerindo conceitos para a melhoria das práticas, habilidades e redução de custos em cada processo produtivo.

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1.5- Daniel McCallum

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1.5- Daniel McCallum

McCallum (1815-1878) foi um engenheiro ferroviário escocês, que assumiu em 1856 a superintendência geral da Ferrovia New York & Erie nos EUA.

Preocupado em melhorar as práticas administrativas que produzissem um desempenho melhor, considerava que uma boa administração deveria se basear em disciplina, descrições detalhadas do trabalho, relatórios freqüentes, salários e promoções por mérito, hierarquia claramente definida, unidade de comando, etc. Para ele os princípios da administração deveriam ser:

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1.5- Daniel McCallum

- Uma clara divisão de responsabilidade;

- Poder e autoridade;

- Relatórios para saber se as responsabilidades estão sendo cumpridas;

- Rapidez nos relatórios de erros e negligências;

- Sistema de relatórios e verificações diárias;

- Sistema global para detectar erros imediatamente.

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1.5- Daniel McCallum

McCallum criou um sistema de relatórios diários, semanais e mensais. Para

manejar toda essa massa de informações gerada dentro da empresa, a estatística passou a ser utilizada com intensidade.

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1.6- Henry Varnum Poor

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1.6- Henry Varnum Poor

Poor (1812-1905) foi um engenheiro ferroviário americano, considerado o primeiro consultor

industrial e cita o desempenho de McCallum em arranjar e sistematizar para aperfeiçoar o sistema ferroviário e eliminar desperdícios pela simplificação e redução de despesas.

Poor concebeu a administração como uma ciência baseada em três princípios: organização,

comunicação e informação.

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1.6- Henry Varnum Poor

Ele é o pensador mais influente do mundo organizacional do século XIX. Sua

principal contribuição foi o reconhecimento dos problemas humanos na fábrica. Além disso, foi o responsável pelo início das publicações de balanços e informações financeiras sobre as empresas.

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1.7- Barão de Mauá

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1.7- Barão de Mauá

Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o Barão de Mauá, foi um importante financista e empresário industrial de seu tempo. Um brasileiro associado a capitais ingleses que durante o Segundo Reinado, criou diversas empresas de serviços públicos, tendo sempre como cliente principal o Estado.

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1.8- Joseph Wharton

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1.8- Joseph Wharton

Wharton (1826-1909) foi um industrial americano. Doou, em 1881, para a Universidade da Pensilvânia, uma quantia de US$ 100.000,00, para a criação da primeira escola de administração do mundo.

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1.9- Henry Metcalfe

Metcalfe (1847-1917) foi um capitão americano que organizou em 1885 o arsenal de Frankford, uma

fábrica de armas, e reformulou o sistema de remuneração, implementando o pagamento por peças.

Foi o precursor do chamado walking around, um tipo de supervisão móvel que seria implantado nas indústrias em meados de século XX. Para ele, a administração era uma arte.

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1.10- Henry R. Towne

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1.10- Henry R. Towne

Towne (1844-1924) foi um industrial americano que em 1886, apresentou à American Society of Mechanical Engineers um ensaio intitulado “O Engenheiro como Economista”, no qual chamava a atenção para a necessidade de realizar um estudo científico da administração de trabalhos. Foi a primeira vez que se abordou a necessidade de um enfoque científico no estudo da administração.

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2- Economistas Liberais

No começo do século XVIII, surgiram na Europa, em paralelo a diversas

correntes filosóficas, várias teorias econômicas preocupadas em explicar os fenômenos empresariais e baseadas em dados empíricos, isto é, na simples observação das tradições do comércio da época.

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2- Economistas Liberais

As teorias econômicas liberais enfatizavam o direito natural: a ordem natural é a ordem mais perfeita.

Segundo o liberalismo, a vida econômica deve afastar-se da influência estatal, uma vez que o trabalho segue os princípios

econômicos, e a mão-de-obra está sujeita às mesmas leis da economia.

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2- Economistas Liberais

Contudo, os operários ficam à mercê dos patrões, porque estes são os donos dos meios de produção. A livre concorrência é

o postulado principal do liberalismo econômico.

A partir da segunda metade do século XIX, o liberalismo começou a perder sua enorme

influência, enfraquecendo na medida em que o capitalismo se agigantou.

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2.1- Adam Smith

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2.1- Adam Smith

Adam Smith (1723-1790), nascido na Escócia, foi o criador da Escola Clássica da Economia. Em sua principal obra, A Riqueza das Nações, de 1766, trata da divisão do trabalho e atribui grande importância a essa divisão, antecipando em quase um século as primeiras abordagens à fragmentação e especialização das tarefas.

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2.1- Adam Smith

Smith expõe as razoes para o aumento da produção provocado pela divisão do trabalho ao salientar que esse grande incremento da quantidade de trabalho, que o mesmo número de operários é capaz de executar, resulta no seguinte:

1) Aumento da habilidade de cada operário;

2) A economia de tempo;

3) A invenção de várias máquinas que facilitam e abreviam o trabalho.

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2.1- Adam Smith

Ele alega que o egoísmo é útil para a sociedade. Os trabalhadores trabalham bem para poder garantir

seu salário e emprego. O que é ótimo para os capitalistas. Os capitalistas esperam lucros, mas para lucrar devem vender produtos bons e baratos. O que é ótimo para os consumidores.

Seguindo seu raciocínio: quando uma pessoa busca o melhor para si mesma, toda a sociedade é beneficiada. Assim, já que o individualismo é bom para a sociedade, o ideal seria que as pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais.

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2.1- Adam Smith

Desta forma, o Estado deveria intervir o mínimo possível na economia. Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente, como se houvesse uma mão invisível cuidando de tudo.

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2.2- Thomas Malthus

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2.2- Thomas Malthus

Malthus (1766-1834), nascido na Inglaterra, um dos fundadores da Escola Clássica da Economia, em suas obras, Princípios de Economia Política, de 1820, e Definições em Economia Política, de 1827, demonstrou que o nível de atividade de uma economia capitalista depende de uma demanda efetiva, o que para ele, justificava o

esbanjamento dos ricos e o sofrimento dos pobres.

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2.3- David Ricardo

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2.3- David Ricardo

Ricardo (1772-1823), nascido na Inglaterra, um dos fundadores da Escola Clássica da Economia junto com Smith e Malthus, em sua principal obra, Princípios de Economia Política e Tributação, de 1817, aborda temas como o trabalho, capital, salário, renda, produção, preços e mercados.

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2.4- James Mill

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2.4- James Mill

James Mill (1773-1836), também nascido na Escócia, em sua principal obra, Elementos

de Economia Política, de 1826, sugeria uma série de medidas relacionadas com o estudo de tempos e movimentos do trabalho, como meio de obter incremento da produção nas indústrias da época. Para ele, o planejamento era a função mais importante.

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2.5- John Stuart Mill

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2.5- John Stuart Mill

John Stuart Mill (1806-1873), filósofo utilitarista inglês, filho de James Mill, em sua obra, Princípios de Economia Política, de 1848, propõe um conceito de controle extremamente voltado para o problema de como evitar furtos nas empresas, estava preocupado com a segurança. Seu pensamento indica vestígios de Socialismo.

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3- Socialismo

Karl Marx (1818-1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da

doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.

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3- Socialismo

Friedrich Engels (1820-1895), filósofo alemão, principal colaborador de Marx, desempenhou papel de destaque na elaboração da doutrina comunista.

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3- Socialismo

Em 1848 Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista, considerado um programa do

comunismo. Nele analisam os diversos regimes econômicos e sociais e, principalmente, a sociedade capitalista, e concluem que a luta de classes constitui o motor da história.

Para eles o capitalismo constitui um modo de produção transitório e sujeito a crises econômicas cíclicas por causa de suas contradições internas e de uma etapa do desenvolvimento da sociedade em direção ao modo de produção socialista e ao comunismo.

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3- Socialismo

O Estado é sempre um órgão a serviço da classe dominante, cabendo à classe operária lutar pela

sua conquista e implementar a ditadura do proletariado.

Em 1867, Marx publica o primeiro volume do livro O Capital e o seu conceito de mais-valia, com base na teoria do valor-trabalho.

Assim como Smith e Ricardo, Marx considerava que o valor de toda mercadoria é determinado pela

quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la.

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3- Socialismo

Como a força de trabalho é uma mercadoria cujo valor é determinado pelos meios de vida necessários à subsistência do

trabalhador, se ele trabalhar além de um determinado número de horas estará

produzindo não apenas o valor correspondente ao de sua força de trabalho, mas também um valor a mais, isto é, um valor excedente sem contrapartida denominado mais-valia.

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3- Socialismo

É dessa fonte que são tirados os possíveis lucros dos capitalistas, além da terra e do juro.

Mantendo inalterados os salários, a taxa de mais-valia tende a elevar-se quando a jornada e/ou a intensidade do trabalho aumenta.