unidade 7 evolução biológica 11ºano

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Unidade 7 – Evolução Biológica Evolução biológica – Evolução é o processo através do qual ocorrem mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, no sentido de adaptação ás condições do meio. Procariontes Podem ser: Procariontes fotoautotróficos Procariontes Quimioautotróficos Procariontes heterotróficos anaeróbicos e aeróbios. Modelos para a explicação da evolução: Modelo autogenético – Os organismos da célula eucariótica terão surgido como resultado de sucessivas invaginações da membrana plasmática da célula procariótica, com posteriores especializações. Modelo endossimbiótico – A célula eucariótica terá surgido de uma associação simbiótica entre diversas células procarióticas. Princípios do modelo autogenético: - Os seres eucarióticos são o resultado de uma evolução gradual de seres procariontes. - Numa fase inicial, as células desenvolveram-se por invaginações da membrana celular que originaram os sistemas endomenbranares. - Formaram o núcleo e o reticulo endoplasmático. - Também se formaram mitocôndrias e os cloroplastos. Críticas: - Não esclarece a causa do fenómeno que descreve. - Pressupõe que o DNA do núcleo e o das mitocôndrias e cloroplastos é o mesmo.

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Page 1: Unidade 7 evolução biológica 11ºano

Unidade 7 – Evolução Biológica

Evolução biológica – Evolução é o processo através do qual ocorrem mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, no sentido de adaptação ás condições do meio.

Procariontes

Podem ser:

Procariontes fotoautotróficos Procariontes Quimioautotróficos Procariontes heterotróficos anaeróbicos e aeróbios.

Modelos para a explicação da evolução:

Modelo autogenético – Os organismos da célula eucariótica terão surgido como resultado de sucessivas invaginações da membrana plasmática da célula procariótica, com posteriores especializações.

Modelo endossimbiótico – A célula eucariótica terá surgido de uma associação simbiótica entre diversas células procarióticas.

Princípios do modelo autogenético:

- Os seres eucarióticos são o resultado de uma evolução gradual de seres procariontes.

- Numa fase inicial, as células desenvolveram-se por invaginações da membrana celular que originaram os sistemas endomenbranares.

- Formaram o núcleo e o reticulo endoplasmático.

- Também se formaram mitocôndrias e os cloroplastos.

Críticas:

- Não esclarece a causa do fenómeno que descreve.

- Pressupõe que o DNA do núcleo e o das mitocôndrias e cloroplastos é o mesmo.

Princípios do modelo endossimbiótico:

- Uma célula procariótica capturou outra célula e estabeleceram relações simbióticas com beneficio mutuo.

- As relações tornaram-se permanentes;

- As células hospedes constituíram-se como organelos.

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Evidencias:

1 – Cloroplastos e mitocôndrias

- Assemelham-se a bactérias na forma, tamanho e estrutura.

- Possuem o DNA semelhante ao dos procariontes

- Produziram membranas internas;

- Dividiram-se independentemente da célula que os contem.

- Na membrana interna destes organelos existem enzimas e sistemas de transporte que se assemelham aos que estão presentes nos atuais procariontes.

- A síntese das mitocôndrias e dos cloroplastos é inibida por substâncias inibidoras de procariontes.

Em contrapartida:

- Verifica-se que alguns dos genes necessários para o funcionamento das mitocôndrias e dos cloroplastos estão presentes no núcleo da célula eucariótica.

2- A simbiose continua a ser um processo muito comum no mundo vivo.

Com os ancestrais das mitocôndrias:

- A possibilidade da célula hospedeira era anaeróbica, se manter viva, visto que ao incorporar procariontes aeróbios, tornou.se capaz de sobreviver num ambiente em que a concentração livre de oxigénio estava constantemente a aumentar devido á existência da fotossíntese.

Com os ancestrais dos cloroplastos:

- Uma maior facilidade em obter nutrientes, visto que estas eram produzidas pelo endossimbionte autotrófico incorporado.

Como podemos explicar este facto:

- A presença de cloroplastos nas plantas e algas e na ausência em fungos e animais apoia a incorporação sequencial das células procariontes por parte das células hospedeiras.

Críticas ao modelo endossimbiótico inicial:

- Não explica a origem do núcleo.

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Modelo endossimbiótico atual:

- As mitocôndrias e cloroplastos resultaram da incorporação de células procariontes por outras células.

- O involucro nuclear e o sistema endomenbranares ter-se-ão originado a partir de invaginações da membrana nuclear.

Limitações:

- Não diz como o DNA do núcleo comanda o funcionamento dos cloroplastos e das mitocôndrias.

- (…)

Origem da multicelularidade

Os eucariontes, inicialmente unicelulares, terão surgido seres multicelulares.

Numa Terra, povoada por imensos seres unicelulares, os fenómenos de predação tornaram-se frequentes.

Nesta situação, um aumento de tamanho, constitui uma vantagem:

- uma célula maior pode capturar outras células;

-Uma célula maior move-se mais rapidamente;

Os seres unicelulares não podem aumentar de tamanho …

Quando aumenta o volume, aumenta também o metabolismo, mas a célula não pode contar com um aumento equivalente na eficácia de trocas com o meio externo, uma vez que a superfície não aumenta na mesma proporção.

Quanto maior for a célula, menor é a superfície da membrana por unidade de volume de citoplasma capaz de realizar trocas com o meio externo.

A divisão celular, logo, está relacionada com a necessidade de equilíbrio entre a razão área e volume.

Para um ser com menos de 1mm tem duas formas de sobreviver:

1- Tem um metabolismo mais reduzido, o que diminui as necessidade de trocas com o meio externo, como no caso da acetabulária, uma alga unicelular.

2- Apresentar multicelularidade.

O aumento do numero de células, num mesmo volume, leva ao aumento da razão entre área e o volume.

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A multicelularidade terá tido origem na progressiva especialização e diferenciação das células dos seres coloniais e por isso, implicou uma grande interdependência estrutural e funcional entre as células que constituem o individuo.

Volvox

- Só te células somáticas

A função de reprodução está reservada a células maiores que sofreram especializações das estruturas sexuais.

- Os organismos coloniais, como o Volvox não são considerados verdadeiros seres multicelulares.

- A diferenciação celular é muito reduzida, limtando.se ás células reprodutivas.

- A especialização de determinadas células não é suficiente para considerar o Volvox um ser pluricelular.

A origem:

Os ancestrais dos organismos multicelulares seriam simples agregados de seres unicelulares, que foram estruturas designadas colonias ou agregados coloniais.

Inicialmente todas as células desempenharam a mesma função. Ao longo do tempo algumas das células foram-se especializando em determinadas funções.

A diferenciação celular e consequente especialização, em que se verifica a interdependência estrutural e funcional das células.

Vantagens da multicelularidade:

- Aumento do tamanho\ dimensões sem comprometer a eficácia de trocas com o meio externo, o que é favorável para a competição pelo alimento e território.

- Diminuição da taxa metabólica, resultado da especialização celular que permitiu uma utilização de energia de forma mais eficaz.

- Maior diversidade de formas, melhor adaptação a mais ambientes…

- Maior interdependência em relação ao meio ambiente, devido a uma eficaz homeostasia, resultante de uma interdependência de vários sistemas de órgãos.

-(…)

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Limitações:

- Células interiores obterem contacto direto com o meio exterior, fez com que surgisse um sistema de transporte.

-Dificuldades de coordenação – surgiu o sistema nervoso.

-O maior problema da interdependência celular, de uma célula, um tecido ou um órgão falharem, todo o organismo será afetado e a sua sobrevivência pode ser comprometida.

Fixismo e evolucionismo

Fixismo- as espécies são imutáveis.

Evolucionismo- As espécies evoluem ao longo do tempo.

A visão fixista considera que as espécies surgiram tal como as conhecemos. As espécies são imutáveis.

-As espécies são independentes umas das outras quanto á sua origem.

- As hipóteses fixistas foram aceites até meados do seculo XVIII.

Criacionismo – A vida como ato de criação divina, as espécies são perfeitas e estáveis.

Espontaneísmo – A vida tem origem em matéria não viva.

- Os organismos podem surgir por geração espontânea, a partir de matéria inerte, por ação de um princípio ativo que atua sobre essa matéria.

- As formas de vida poderiam ser organizadas numa escala crescente de complexidade.

- Cada espécie tinha o seu lugar atribuído ao longo dessa escala de vida e todos os degraus estavam ocupados.

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Rumo ao evolucionismo

Sistemática – Estudo das espécies atuais.

Paleontologia- Analise pormenorizada dos fosseis.

Presença de espécies distintas em diferentes estratos geológicos.Algumas formas fosseis não correspondiam a formas atuais.

Teoria do catastrofismo – Atribui a biodiversidade decido á ocorrência de catástrofes que eliminaram os seres vivos e os substituíram por outros diferentes.

O fixismo: 3 teorias:

- Criacionismo- defendido por Lineu.

- Espontaneísmo- defendido por Aristóteles

-Catastrofismo- Defendido por Cuvier.

Ideias transformistas:

-Perceção dinâmica e transformista do mundo.

-Admitem mudanças lentas e progressivas dos seres vivos a partir de ancestrais comuns, que ao longo do tempo geológico vão dar origem a diferentes células e organismos.

Evolucionismo:

-Os seres vivos tem origem noutras espécies já existentes.

-As espécies alteram-se de forma lenta e progressiva ao longo do tempo.

Fixismo Evolucionismo

Todas as espécies surgem ao mesmo tempo.

Os seres vivos sofrem modificações ao longo do tempo.

Os seres vivos do passado são iguais aos do presente.

Os seres vivos tem relações de parentesco entre si.

As espécies mantém-se inalteradas. Todos os seres vivos têm ancestrais comuns.

As espécies são independentes. As espécies evoluem de espécies pré-existentes.

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Mecanismos de evolução

Lamarck afirmou que as espécies sofrem modificações ao longo do tempo, o que possibilita a evolução.

As mudanças ocorridas no meio ambiente provocam, numa espécie, a necessidade de adaptação, e por isso, os seres sofrem alterações ( modificações que levam á alteração).

Procura da perfeição.

Lamarck foi o primeiro a perceber a importância de adaptação dos seres vivos ao ambiente e sua relação com a evolução.

Adaptação – faculdade dos seres vivos de desenvolverem características estruturais e funcionais para assegurar a sua sobrevivência.

Lamarck elaborou duas leis:

Lei do uso e do desuso

“ A necessidade cria o órgão e a função codifica-o”

O meio pode obrigar ao uso repetitivo de um órgão ou parte do corpo, provocando o seu crescimento e o seu desenvolvimento. A falta de uso deste provocará a sua atrofia e até o seu desaparecimento.

As éspecies teriam evoluído em consequência de alterações estruturais ocorridas nos seus órgãos por causa do uso, ou ao contrário, do desuso dos mesmos.

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Lei da herança dos caracteres adquiridos

-As características adquiridas durante a vida, sob a ação modificadora do meio e pelo uso e não uso desses órgãos, seriam transmitidas ás gerações seguintes, originando mudanças morfológicas no conjunto da população.

Resumo da teoria de Lamarck:

1- Homogeneidade da população inicial;2- Modificações ambientais;3- Necessidade de adaptação4- Novos comportamentos (uso ou não de certos órgãos);5- Modificações no organismo;6- Transmissão de caracteres adquiridos aos descendentes;7- Adaptação da espécie ao longo das gerações8- Levando á evolução!

Criticas á teoria de Lamarck:

- As modificações provenientes do uso e do desuso dos órgãos são adaptações somáticas e individuais, não transmissíveis á descendência.

- A função não determina a estrutura.

- A função não faz o órgão.

- Nem sempre o uso modifica o órgão.

- Possui pontos não testáveis cientificamente;

(…)

Darwinismo

Teoria da Seleção Natural

Dados biogeográficos:

Darwin apercebeu-se:

- Da imensa biodiversidade

-Dos padrões comuns de vida;

-Das diferenças ambientais;

-Das adaptações dos seres vivos;

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- das migrações.

-(…).

Dados geológicos:

Observou:

- Numerosos fosseis.

- Descobriu nos Andes conchas marinhas.

- Assistiu á erupção de um vulcão.

Para isso, teve em conta:

- A origem dos fosseis.

-O tempo geológico

-o uniformatarismo de Lyell

-(…)

Seleção Artificial – seleção de características através de cruzamentos planeados. Os indivíduos obtidos são visivelmente diferentes dos ancestrais.

Seleção Natural – O ambiente seleciona os indivíduos com as características mais favoráveis.

Se se pode obter tanta diversidade por seleção artificial, de um modo análogo, é possível ocorrer na Natureza uma seleção consumada pelos fatores ambientais- Seleção Natural.

- A luta pela sobrevivência- sobrevivência do mais apto

- O tempo e a reprodução diferencial das formas mais favorecidas em relação ás menos aptas produzem mudanças nas espécies restantes, conduzindo á formação de novas espécies.

Existem variações entre os indivíduos da mesma espécie- Variabilidade intraespecífica.

-Os organismos tem uma grande capacidade de reprodução, mas o nº de indivíduos mantém-se constante..

- Isto ocorre porque uma grande parte dos indivíduos é naturalmente eliminada em cada geração pois há uma luta pela sobrevivência.

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Apenas sobrevivem os mais bem adaptados porque:

Tem vantagens competitivas.São conservador por “ seleção natural”.Reproduzem-se mais;

Em contrapartida, os menos aptos:

- São progressivamente eliminados. A isto, Darwin chamou de “ seleção Natural”.

A reprodução diferencial permite a acumulação de pequenas variações, que determinam a sua sobrevivência ao longo das gerações.

Existe uma variabilidade intraespecífica

Há uma luta pela sobrevivência

Por Seleção Natural, os mais aptos sobrevivem e reproduzem-se. Os menos aptos são eliminados.

A reprodução diferencial permite a acumulação gradual de pequenas variações, que determinam ao longo do tempo a transformação e o aparecimento de novas espécies.

Argumentos do evolucionismo

Argumentos:

- Anatómicos

-Paleontológicos

- Biogeográficos

- Citológicos

-Cariológicos

-Seleção Artificial

- Embriológicos

- Bioquímicos

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Anatomia comparada

É um sistema de classificação com base no grau de semelhança dos caracteres morfológicos.

Baseado em três argumentos:

- Estruturas homólogas – Evolução divergente – Serie filogenética

- Estruturas análogas – Evolução convergente

Estruturas homólogas – São estruturas que devido a uma origem embrionária idêntica possuem idêntica organização estrutural e posição relativa idêntica, podendo desemprenhar funções diferentes.

Estruturas homólogas:

Semelhante origem.Idêntica organização funcional e posição relativa;Podem desempenhar funções diferentes.

As estruturas homologas são interpretas como resultado de Evolução Divergente e são resultado da seleção natural sobre indivíduos em diferentes meios.

Estruturas homólogas

Ancestral Comum

Ambientes divergentes

Diferentes pressões seletivas

Sobrevivência dos organismos com características mais favoráveis para cada ambiente

Seres vivos diferentes

Diversificação dos seres vivos, com órgãos e funções diferentes

A anatomia comparada fornece dados a favor da evolução, uma vez que sugere a existência de seleções de parentesco entre os diferentes vertebrados.

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- A homologia entre os indivíduos de organismos diferentes sugere que eles se originaram de um ancestral comum, que por evolução divergente terá originado diferentes grupos de vertebrados.

Radiação adaptativa – Novas espécies formaram-se a partir de um ancestral comum, devido ao facto de terem ocupado habitats ou nichos ecológicos diferentes- Evolução divergente.

Pode fazer se uma seriação que expressa a evolução desses órgãos nos diferentes grupos de animais- Arvores ou series filogenéticas.

Serie filogenética - diagrama com diferentes ramificações que tem em conta a origem dos grupos a partir de ancestrais comuns.

Diferentes series filogenéticas:

-Série filogenética progressiva e complexidade crescente

- Série filogenética regressiva e progressiva mente mais simples

Estruturas análogas - estruturas com origem embrionária diferente mas semelhante em termos morfológicos e utilizadas para realizar funções semelhantes em ambientes semelhantes

A convergência evolutiva ou evolução convergente verifica-se quando membros de grupos filogeneticamente diferentes assumem fenótipos semelhantes como resposta a semelhantes pressões seletivas, adaptação a condições ecológicas semelhantes.

Sobre condições ambientais similares estruturas funcionalmente diferentes em diferentes grupos de organismos podem passar por modificações para servirem a funções similares

A semelhança não é sinal de parentesco mas resultado de adaptação dos organismos ao mesmo meio ambiente -aquático por exemplo

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Convergência evolutiva

Indivíduos com diferentes origens

Habitats Semelhantes

Pressões seletivas semelhantes

Favorece os indivíduos cujas características os tornam mais aptos, independentemente do grupo a que pertencem.

Seres vivos semelhantes

Estruturas vestigiais - São estruturas anatómicas atrofiadas com função não evidente e desprovidas de significado fisiológico em determinados grupos, enquanto noutros grupos são desenvolvidas e funcionais.

- Correspondem a órgãos que foram úteis a um ancestral comum no passado

- Consoante o meio. a seleção natural poda favorecer indivíduos com determinados órgãos desenvolvidos que noutro meio são perfeitamente dispensáveis.

Síntese

-Do ponto de vista evolutivo os órgãos vestigiais surgem como resultado da adaptação a um novo ambiente onde estes olhos não são necessários

-A presença de estruturas vestigiais revela a ação de uma evolução no sentido regressivo, privilegiando indivíduos com estruturas cada vez menores.

-Órgãos vestigiais não são mais que as estruturas homólogas de outros plenamente desenvolvidos

Dados da paleontologia

É considerado fóssil qualquer indicio da presença de organismos( vestígios) que viveram em tempos remotos da Terra.

Os fosseis ao revelarem espécies inexistentes atualmente, contrariam a ideia de uma imutabilidade e apoiam o evolucionismo.

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Formas fosseis intermedias ou sintéticas:

- Correspondem a fosseis de indivíduos que apresentavam características que correspondem na atualidade a dois ou mais grupos diferentes de organismos, permitindo-nos concluir que tiveram um ancestral comum e que sofreram um processo de evolução divergente.

Formas fosseis de transição:

São forma sintéticas que fizeram a transição de um grupo para novos grupos de indivíduos. Correspondem a fosseis de indivíduos que apresentavam características de duas ou mais classes distintas.

Fosseis vivos:São organismos atuais pertencentes a grupos biológicos que, no passado geológico da Terra, foram muito mais abundantes e diversificados que na atualidade.

São morfologicamente muito similares aos seus parentes conhecidos através do registo fóssil.

Argumentos biogeográficos

- As espécies são mais semelhantes quando mais próximo geograficamente se encontram.´

-Quanto mais afastados as regiões maior serão as diferenças.

Mas também:

- Ocorrem semelhanças entre seres que habitam locais geograficamente distantes.

- á um diversidade intraespecífica em locais geograficamente diferentes.

Provavelmente devido a separação dos continentes e evolução divergente!

Argumentos citológicos

Teoria celular – origem comum, reforçada ainda pela existência de um metabolismo celular idêntico em todos os seres vivos.

Argumentos cariológicos

É baseado no número de cromossomas específico de cada espécie, já que dois indivíduos da mesma espécie possuem o mesmo nº de cromossomas, diferindo apenas nos seus genótipos.

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Argumentos da Seleção Natural

- Alteração e formação de novas espécies por seleção natural

Argumentos embriológicos

O acompanhamento do desenvolvimento embrionário de diferentes espécies permite estabelecer relações de parentesco entre os diferentes grupos.

- A embriologia sugere a existência de uma relação de parentesco entre os diferentes grupos de seres vivos cujos embriões são semelhantes.

Filogenia –historia evolutiva de grupo de seres vivos

Ontogenia- historia do desenvolvimento de um individuo ao longo da sua vida.

Argumentos bioquímicos

Moléculas semelhantes- origem comum dos seres vivos.

Quanto mais afastados filogeneticamente se encontrarem dois indivíduos, mais diferem na sequencia de DNA, na sequencia de proteínas e , portanto, mais processos metabólicos que essas proteínas encontram.

As diferenças entre as unidades anatómicas resultam da interação dos genes com o ambiente ao longo de prolongados períodos de desenvolvimento.

Análise de proteínas:

Quanto maior a semelhança na composição das proteínas, maior o grau de parentesco e portanto maior a proximidade evolutiva entre dois seres vivos.

Sequência de ADN:

O ADN permite avaliar o grau de divergência entre as espécies com origens comuns.

Para isso utiliza-se a técnica de hibridação do ADN:

- O grau e proporcional ao grau de parentesco entre as espécies.

Quanto maior o grau de hibridação do ADN, maior a semelhança de composição das moléculas de ADN e, portanto, maior o grau de parentesco.

O DNA é a molécula que contem o material genético dos seres vivos sendo transmitido ao longo das gerações, assim, quanto maior a hibridação entre duas moléculas de DNA, maior o parentesco entre duas espécies, por isso a hibridação do DNA é um argumento a favor do evolucionismo.

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Testes serológicos

O sistema imunológico do individuo reconhece como estranhos quaisquer proteínas diferentes das suas que entrem no seu meio interno, podendo responder com a produção de anticorpos.

Baseia-se nas relações antigene- anticorpo

Antigene – é toda a partícula ou molécula estranha ao organismo e capaz de iniciar uma resposta imune.

Anticorpo – São glicoproteínas sintetizadas e excretadas por células presentes no plasma, tecidos e secreções que atacam proteínas estranhas ao corpo, chamadas de antigénios, realizando assim a defesa do organismo.

Quanto maior for a taxa de secreção, maior será a compatibilidade.

Teoria sintética da evolução- Neodarwinismo

Segundo Darwin:

As populações não são geneticamente uniformes

Possuem uma enorme variedade de genes;

Variabilidade de características nos indivíduos da espécie (fenótipo) resulta de variabilidade de características dos indivíduos (genótipo).

Estas nem sempre se manifestam no genótipo devido aos genes dominantes.

Quando se manifestam?

Os indivíduos podem ficar numa situação vantajosa

Os indivíduos podem ficar numa situação desvantajosa

São selecionados naturalmente, reproduzem-se e tornam-se maioritários

São eliminados por seleção natural

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Variabilidade genética e evolução

Mutações – fonte primaria de variabilidade

Recombinação genética – fonte mais próxima de variabilidade

Mutações:

Acumulação de pequenas alterações;Aparecimento de características novas favoráveis;Mutações ocorrem ao acaso;Por seleção natural podem ser mantidas ou eliminadas;Trazem novidade genética.

Recombinação genética:

Através de meiose( crossing-over e separação ao acaso dos cromossomas homólogos) e fecundação( união aleatória dos gametas).

Unidade evolutiva:

População:

Pode ser:

Conceito ecológico: Conjunto de indivíduos de uma espécie que vive numa determinada área, num dado intervalo de tempo.Conceito genético: Conjunto de indivíduos da mesma espécie entrecruzáveis entre si e que compartilham determinados conjuntos de genes.

A evolução é o resultado da seleção Natural.

- A seleção natural atua sobre a variabilidade genética dos indivíduos de uma população, ou seja, sobre o fundo genético.

- A seleção natural atua sobre a globalidade dos indivíduos de uma população com toda a sua carga genética.

Fundo genético:

Conjunto de todos os genes (alelos) presentes numa população num dado momento.

Para o mesmo gene (Ex: cor dos olhos) existem diferentes alelos (castanhos, azuis …)

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A ação da seleção natural consiste em selecionar genótipos mais bem adaptados a uma determinada condição ecológica, eliminados aqueles que são desvantajosos por essa mesma condição.

Uma população evolui, modificando a frequência relativa dos genes.

- Cada conjunto génico confere determinadas potencialidades adaptativas.

Sintetizando:

- Os indivíduos portadores do conjunto génico mais favorável, isto é , que lhes confere características mais adaptativas para um determinado meio ( os mais aptos) sobrevivem e reproduzem-se mais( sobrevivência e reprodução diferencial) transmitidos aos descendentes os seus genes, através das células reprodutoras, estes genes serão mais frequentes nas gerações futuras.

A acumulação lenta e gradual dos genes ao longo de muitas gerações leva a alterações do fundo genético da população e pode surgir uma nova espécie.

Evolução -> Corresponde ás alterações do fundo genético da população

Efeitos da seleção natural: esta tende a diminuir a variabilidade genética.

Quanto maior a diversidade genética, maior será a probabilidade de ela se adaptar a mudanças que ocorrem no meio, pois, entre toda essa diversidade podem aparecer indivíduos portadores de conjuntos génicos que sejam favorecidos pelo seleção natural.

Fatores que podem modificar o fundo genético de uma população:

MutaçõesSeleção naturalMigraçõesDeriva genéticaCruzamento não ao acasoSeleção artificial

As migrações

Introdução de novos genes por deslocações de indivíduos

Através do fluxo genético tende a haver uma diminuição das diferenças genéticas entre as populações da mesma espécie.

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Deriva genética – variação do fundo genético da população como resultado do acaso.

Frequente em populações de reduzido tamanho.

Efeito do fundador.

Efeito do gargalo.

Especiação:

Isolamento reprodutor entre as espécies. Formação de novas espécies.

A formação de novas espécies é devido:

- Barreiras geográficas (montanhas, rios…)

- Interrompem o fluxo génico.

A seleção natural atua de maneiras diferentes. Quando entram em contacto novamente as populações estão reprodutivamente diferentes.

Poliploidia

- formação de novas espécies de forma instantânea, isto é , de uma geração para outra.

Teoria Neodarwinismo( síntese ):

- Variabilidade intraespecífica

Mutações

Recombinação genética( meiose e fecundação)

- Seleção natural (mais aptos e menos aptos) – (conjunto génico mais e menos favorável).

- Reprodução- alteração do fundo genético( frequência de genes) da população.

Exemplo:

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Na população inicial de piolhos das plantas há variabilidade de características fenotipas como resultado de variabilidade genética ( meiose e fecundação) há piolhos portadores de genes alelos responsáveis pela resistência ao inseticida e piolhos que não tem esses alelos.

Deste modo há conjuntos génicos mais favoráveis que lhes permitem sobreviver ao inseticida e conjuntos génicos menos favoráveis que não lhes permitem a sobrevivência.

Os seleção natural privilegiou os piolhos com alelos responsáveis pela resistência ao inseticida e estes podem assim sobreviver e reproduzir-se.

Este conjunto génico apareceu com maior frequência na população e alterou o seu fundo genético.

Atualmente, a maior parte dos piolhos são resistentes ao inseticida.