unidade 4 - português ii coesao

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  • 8/16/2019 Unidade 4 - Português II Coesao

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    Guia de Estudo - Português II

    UNIDADE 4 - COESÃO TEXTUAL

    Ao final do estudo desta unidade o(a) acadêmico(a) deverá ser capaz de:

      Conceituar coesão textual;

      Entender os mecanismos de ligação das ideias de um texto;

      Aplicar os elementos de coesão no texto.

      Resolver questões do ENADE, ENEM e de processos seletivos de universidades.

    Coesão é o nome que se dá à conexão interna entre os vários enunciados

    presentes no texto. Diz-se, assim, que um texto tem coesão quando seus vários

    enunciados estão organicamente articulados entre si, quando há ligação entre eles.

     As palavras ou expressões que promovem as relações entre os vários enunciados

    de um texto são chamados de elementos de coesão ou conectivos. Em síntese,

    Para que um texto apresente coesão, devemos escrever de maneira que as ideias

    se liguem umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto

    está coeso, temos a sensação de que sua leitura se dá com facilidade.

    Dispomos de vários mecanismos para conectar e relacionar as partes de um

    texto. Abaixo, citamos os principais:

    1. Coesão referencial

     Alcançamos a coesão referencial utilizando termos anafóricos (ou retomada

    de termos – palavras ou expressões usadas no lugar de outras que foram ditas ou

    escritas anteriormente) ou termos catafóricos (antecipação de termos – palavras

    ou expressões que antecipam  nossas ideias  –  são usadas para indicar que algo

    será dito, citado). 

    http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u13.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u13.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u13.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u13.jhtm

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    Guia de Estudo - Português II

    Veja os casos a seguir.

      onde: indica a noção de "lugar" e pode substituir outras palavras.

    Ex.: São Paulo é uma cidade onde a poluição atinge níveis muito altos. (Nocaso, onde retoma a palavra cidade.)

      cujo: pode estabelecer uma relação de posse entre dois substantivos.

    Ex.: Raul Pompeia é um escritor cujas obras lemos com prazer.

      que: pode substituir (e evitar a repetição de) palavras ou uma oração inteira.

    Ex.: Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, o que permitiu aos portugue-

    ses ampliarem seu império marítimo.

    2. Coesão lexical  –  também é o uso de termos anafóricos (uso de palavras e ex-

    pressões que substituem outras já escritas anteriormente no texto).

    Permite evitar a repetição de palavras e, também, unir partes de um texto.

    Esse tipo de coesão pode ser alcançado utilizando-se sinônimos - palavras seme-

    lhantes que podem ser usadas em diferentes contextos, mas sem alterar o que o

    texto pretende transmitir.

    Ex.: O presidente do Palmeiras, Silvano Eustáquio, afirmou que o time tem todas

    as condições para ganhar o campeonato. Segundo o dirigente, com Miudinho

    na zaga, o gol palmeirense será impenetrável. Na opinião do cartola, a torcida

    só terá motivos de alegria.

    3. Coesão sequencial

    Trata-se de estabelecer relações lógicas entre as ideias do texto. Para tanto, uti-

    lizamos os chamados conectivos ou elementos de coesão (principalmente prepo-

    sições e conjunções. Veja alguns casos.

      Consequência (ou conclusão): por isso, logo, portanto, pois, assim, então,

    de modo que, por conseguinte, em vista disso, desse modo, dessa maneira,

    devido a isso, em vista disso.

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    Guia de Estudo - Português II

    Ex.: Ela é muito competente, por isso (logo, portanto, assim, desse modo,

    dessa maneira etc.) conseguiu a vaga no trabalho desejado.

      Causa: porque, pois, visto que, já que, dado que, como, uma vez que, por-

    quanto, por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, por

    motivo de, por razões de.

    Ex.: Ela conseguiu a vaga, já que (pois, visto que etc.) é muito competente.

      Oposição (conjunções adversativas): mas, porém, todavia, contudo, no en-

    tanto, entretanto, não obstante.

    Ex.: Alexandre tinha tudo para ganhar a corrida, mas (porém, todavia, contu-

    do, no entanto, entretanto) sofreu um acidente de carro no dia competi-

    ção.

      Condição: se, caso, desde que, contanto que, salvo se, sem que, dado que,

    a menos que, a não ser que).

    Ex.: Você pode ir brincar, desde que (contanto que) faça todas as tarefas

    que lhe destinaram.

    (Você pode ir brincar, se fizer  todas as tarefas que lhe destinaram.)

      Finalidade: indica objetivo (são as chamadas conjunções subordinativas fi-

    nais): afim de (que), para (que), com o objetivo de, com o intuitode.

    Ex.: Alexandre estudava oito horas por dia afim de (com o intuito de, com o

    objetivo de, com a finalidade de, para) conseguir a vaga no trabalho de-

    sejado.

      Concessão: indicam uma concessão, admitem  uma contradição, um fatoinesperado. Traz, em si, uma ideia de apesar de (são as cha-

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    Guia de Estudo - Português II

    madas conjunções subordinativas concessivas): embora, ape-

    sar de, ainda que, mesmo que, se bem que.

    Ex.: Foi à festa, embora (ainda que, mesmo que etc.) estivesse cansada.

    (Foi à festa apesar de estar cansada.)

    Apesar de ter chovido, fui ao cinema.

    (Embora tivesse chovido, fui ao cinema.)

    1. PRONOMES DEMONSTRATIVOS

    Os pronomes demonstrativos podem agir como conectivos (ou elementos de

    coesão) e merecem um estudo especial.

      Quanto à posição do emissor (falante) e receptor (ouvinte) da mensagem 

    1. Este/esta/isto: referem-se a algo que está próximo  do falante  e longe  do

    ouvinte.

    Ex.: Pedro disse a Paulo:

     – Esta camisa que estou vestindo é minha.

    2. Esse/essa/isso: referem-se a algo que está perto do ouvinte e longe do fa-

    lante.

    Ex.: Pedro disse a Paulo: – Essa camisa que você está vestindo é sua.

    3.  Aquele/aquela/aquilo: referem-se a algo que está longe do falante e do ou-

    vinte.

    Ex.: Pedro disse a Paulo:

     – Aquela camisa que José está vestindo é dele.

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    Guia de Estudo - Português II

      Quanto à citação

    1. Este/esta/isto: referem-se a algo que será citado, dito (termos catafóricos 

    ou antecipação de termos: palavras ou expressões que indicam que algo

    será citado, dito).

    Ex.: Lavoisier afirmou isto: “Na natureza, nada se perde, nada se cria; tudo

    se transforma.” 

    2. Esse/essa/isso: referem-se a algo que  já foi citado, dito (termos anafóricos 

    ou retomada de termos: palavras ou expressões que indicam que algo foicitado, dito).

    Ex.:  “Na natureza, nada se perde, nada se cria; tudo se transforma” – La-

    voisier afirmou isso.

      Quanto à substituição de termos na oração

    1. Este/esta/isto: referem-se ao termo mais próximo  (o último escrito e depois

    substituído na oração).

    2. Aquele/aquela/aquilo: referem-se ao termo mais distante (o primeiro escrito e

    depois substituído na oração).

    Ex.: José  e Renato, apesar de serem gêmeos, são muito diferentes. Porexemplo, este é calmo, aquele é explosivo.

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    OBSERVAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O BOM USO DOS ELEMENTOS DE CO-

    ESÃO

    Cuidado para não quebrar a coesão, como nos exemplos abaixo.

      O homem que tenta mostrar a todos que a corrida armamentista que se trava

    entre as potências é uma loucura.

    Correção: “O homem tenta mostrar a todos que a corrida armamentista que se

    trava entre as potências é uma loucura”, pois o conectivo que dei-

    xou o texto incompreensível.)

      Ao dizer  que todo o desejo de que os amigos viessem à sua festa desapare-

    cera, uma vez que seu pai se opusera à realização dela.

    Correção: o trecho está incompreensível, pois não se concluiu a ideia. Eis du-

    as correções possíveis:

    1.  Ao dizer que todo o desejo de que os amigos viessem à sua festa desapa-

    recera, uma vez que seu pai se opusera à realização dela, entrou para o

    quarto e não saiu mais de lá.

    2. Disse que todo o desejo de que os amigos viessem à sua festa desapare-

    cera, uma vez que seu pai se opusera à realização dela.

    Cuidado para não causar ambiguidade pelo mau uso do elemento de coesão,

    como nos exemplos seguintes: 

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    Exemplo A

    O PT entrou em desacordo com o PMDB por causa de sua proposta de aumento

    de salário.

    No caso acima, o pronome possessivo sua causou ambiguidade, ou seja,

    deu duplo sentido à frase. Podemos corrigi-lo de acordo com a mensagem que de-

    sejamos transmitir:

    1. A proposta de aumento de salário formulada pelo PT provocou desacordo

    com o PMDB.

    2.  A proposta de aumento de salário formulada pelo PMDB provocou desa-

    cordo com o PT.

    EXEMPLO B

    Via ao longe a lua e a árvore florida, que  tingia a paisagem com suas variadas

    cores. 

    Nesse segundo exemplo, a ambiguidade foi causada pelo uso do conectivo

    que (Quem tingia a paisagem com suas variadas cores? A lua ou a árvore florida?).Neste caso, uma das possíveis formas para se corrigir a frase, eliminando a ambi-

    guidade, é a substituição do conectivo que por um pronome demonstrativo, como

    se demonstra a seguir:

    1. Via ao longe a lua e a árvore florida; esta tingia a paisagem com suas vari-

    adas cores.

    2. Via ao longe a lua e árvore florida; aquela tingia a paisagem com suas va-riadas cores.

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    ATIVIDADES

    I  –  Nas questões de 1 a 4, apresentamos alguns segmentos de discurso separados

    por ponto final. Retire o ponto final e estabeleça entre eles o tipo de relação que

    lhe parecer compatível, usando, para isso, o elemento de coesão (conectivo)

    adequado.

    1. O solo do Nordeste é muito seco e aparentemente árido. Quando caem as

    chuvas, imediatamente brota a vegetação.

    2. Uma seca desoladora assolou a região sul, principal celeiro do país. Vai faltar

    alimento e os preços vão disparar.

    3. Vai faltar alimento e os preços vão disparar. Uma seca desoladora assolou a

    região sul, principal celeiro do país.

    4. O trânsito em Porto Velho ficou completamente paralisado dia 15, das 14 às

    18 horas. Fortíssimas chuvas inundaram a cidade.

    II  –   As questões seguintes apresentam problemas de coesão por causa do mau uso

    do conectivo, isto é, da palavra ou expressão que estabelece a conexão entre os

    enunciados. A palavra ou expressão conectiva inadequada vem em destaque.

    Re-escreva os trechos, substituindo a forma errada pela correta. 

    1. Em São Paulo, já não chove há mais de dois meses, apesar de que  já sepense em racionamento de água e energia elétrica.

    2.  As pessoas caminham pelas ruas, despreocupadas, como se não existisse

    perigo algum, mas o policial continua folgadamente tomando o seu café no

    bar.

    3. Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e São Paulo, pois o estado do gra-mado do Maracanã não é dos piores.

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    4. Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com fome, onde 

    ocorre o grande número de desistências.

    III  –  É compreensível o conteúdo do período que segue? Explique por quê.

    Chegaram instruções repletas de recomendações para que os participantes

    do congresso, que, por sinal, acabou não se realizando por causa de fortes chuvas,

    que inundaram a cidade e paralisaram todos os meios de comunicação.

    IV  –  Leia o texto abaixo e responda às questões propostas sobre ele.

    Uma leitura eficiente do texto pressupõe, entre outros cuidados, o de depreen-

    der as conexões estabelecidas pelos conectivos e anafóricos. O texto que segue, de

    Mauro Santayana, traz bons exemplos desses elementos.

    Pulo do gato

    1.  O grande perigo do jornalista que começa é o de cair 2. na presunção

    sociológica. É claro que, tratando da socie- 3. dade, o jornalismo é também um pou-

    co de sociologia –  4. mas a sociologia deve ir para o lugar próprio, os artigos 5.

    elaborados com mais tempo, os editoriais e tópicos e, bem 6. digerida em texto flui-

    do, a reportagem.

    7. Jornalismo é razão e emoção. O texto apenas racional 8. é frio, e só comuni-

    ca aos que se encontrem diretamente 9. interessados no assunto. O texto deve

    saber dosar emo-10. ção e razão, e é nesse equilíbrio que está o chamado “pu- 11.

    lo do gato”. Muitos jornalistas acreditam que o adjetivo 12. emociona. Enganam-se.

    Quanto mais despida uma frase, 13. mais cortante o seu efeito.

    14. “E amolou o machado, preparou um toco para servir de 15. cepo, chamou o

    menino, amarrou-lhe as mãos, fez-lhe 16. um sinal para que ficasse calado, e ra-

    chou o seu corpo 17. em sete pedaços. O menino P., de cinco anos, não era 18. seu

    filho e F. descobrira isso poucos minutos antes, 19. quando discutia com a mu-

    lher.” Leads  como esse são 20. sempre possíveis na reportagem de polícia: não

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    necessi- 21. tam de adjetivos. As tragédias, como os cantores famo- 21. sos, dis-

    pensam apresentações.

    Obs.: Antes de começar a resolver as questões propostas, atente-se para a palavralead , usada no jornalismo para indicar um pequeno texto de apresentação de

    um texto maior.

    1. Qual é o antecedente a que se refere o pronome relativo que na linha 1?

    2. Na frase “O grande perigo do jornalista que começa é o de cair na presunção

    sociológica”, o o em destaque é um pronome demonstrativo. A que elemen-

    to do texto ele se refere?

    3. Na linha 15, a quem se refere o lhe que ocorre em “amarrou-lhe as mãos” e

    “fez-lhe um sinal”? 

    4. Na linha 16, está dito: “e rachou o seu corpo”; na linha 18, afirma-se: “não era

    seu filho”. A que termos refere-se o pronome possessivo seu em cada caso?

    5. Na linha 18, afirma-se “F. descobrira isso poucos minutos antes...” 

    a.  O pronome isso faz referência a que elemento do texto?

    b.  O advérbio antes reporta a que tempo?

    6.Em “Leads como

    esse”, linha 

    19, o pronome

    esse a que se refere? Por que o

    autor usou esse e não este?

    V  –  Re-escreva o texto abaixo, substituindo a palavra golfinhos por outros termos

    anafóricos.

    O golfinho nada velozmente e sai da água em grandes saltos, fazendo acroba-

    cias. É mamífero e, como todos os mamíferos, só respira fora da água. O golfi-nho vive em grupos e comunica-se com outros golfinhos através de gritos es-

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    tranhos que são ouvidos a quilômetros de distância. É assim que o golfinho pe-

    de ajuda quando está em perigo ou avisa os golfinhos onde há comida. O gol-

    finho aprende facilmente os truques que o homem ensina e é por isso que mui-

    tos golfinhos são aprisionados e exibidos em espetáculos em quase todo o

    mundo.

    VI  –  Com base no princípio da coesão textual, assinale apenas uma alternativa nas

    questões seguintes, extraídas do ENADE, ENEM  e de processos seletivos 

    para universidades.

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    QUESTÃO 01

    “Embora um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os dois

    tipos de atitude é exatamente o mesmo.” 

    O sentido da frase acima permanecerá inalterado, se substituirmos a conjunção

    embora por:

    a) contanto que.

    b) desde que.

    c) uma vez que.

    d) por mais que.

    QUESTÃO 02

    Os pronomes, muitas vezes, retomam palavras enunciadas no texto (termos

    anafóricos), constituindo uma opção para que se evitem repetições enfadonhas

    ao longo dele. Considere, em relação ao uso do pronome isso no anúncio “Mo-

    toqueiro, o capacete é sua segurança: ponha isso na cabeça”, as afirmações

    que seguem:

    I. O pronome isso retoma “capacete”, conscientizando, assim, o leitor a

    que se use esse protetor na cabeça.

    II. O pronome isso retoma toda a ideia “o capacete é sua segurança”,

    insistindo, dessa forma, em que o leitor adira a esse princípio de

    ação.

    III. O anúncio perde em força apelativa, na medida em que o emprego

    de isso leva o destinatário da mensagem a uma leitura ambígua.IV. O chamariz apelativo encontra-se, precisamente, no fato de o uso

    de isso desencadear uma leitura ambígua.

    Dessas afirmativas, são verdadeiras apenas:

    a) I e II.

    b) III e IV.

    c) I, III e IV.

    d) I, II e IV.

    e) II, III e IV.

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    QUESTÃO 03

     Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do quadro abaixo.

    Por favor, dê-me ____________ caneta que está aí perto

    de você; ___________ aqui não serve para eu escrever.

    a) aquela, esta

    b) esta, esta

    c) essa, esta

    d) essa, essa

    e) aquela, essa

    QUESTÃO 04

    O Ministério do Meio Ambiente, em junho de 2009, lançou campanha para o con-

    sumo consciente de sacolas plásticas, que já atingem, aproximadamente, o númeroalarmante de 12 bilhões por ano no Brasil.

    Veja o slogan dessa campanha:

    O possível êxito dessa campanha ocorrerá porque:

    I. se cumpriu a meta de emissão zero de gás carbônico estabelecida pelo Pro-

    grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente, revertendo o atual quadro

    de elevação das médias térmicas globais.

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    Guia de Estudo - Português II

    II. deixaram de ser empregados, na confecção de sacolas plásticas, materiais

    oxibiodegradáveis e os chamados bioplásticos que, sob certas condições de

    luz e de calor, se fragmentam.

    III. foram adotadas, por parcela da sociedade brasileira, ações comprometidas

    com mudanças em seu modo de produção e de consumo, atendendo aos ob-

     jetivos preconizados pela sustentabilidade.

    IV. Houve redução tanto no quantitativo de sacolas plásticas descartadas indis-

    criminadamente no ambiente, como também no tempo de decomposição de

    resíduos acumulados em lixões e aterros sanitários.

    Estão CORRETAS somente as afirmativas:a) I e II

    b) I e III

    c) II e III

    d) II e IV

    e) III e IV

    QUESTÃO 05

    Numere o conjunto de sentenças de modo que cada par forme uma sequência

    coesa e coerente. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência

    numérica obtida.

    (1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do trabalho da segurança do traba-

    lho.

    (2) Na evolução por que passou a teoria do risco profissional, abandonou-se o

    trabalho profissional como ponto de referência para colocar-se, em seu lugar,

    a atividade empresarial.

    (3) Há que se fazer a distinção entre acidentes do trabalho e doença do trabalho.

    (4) O Direito do Trabalho reconhece a importância da função da mulher no lar.

    (5) Motivos de ordem biológica, moral, social e econômica encontram-se na base

    da regulamentação legal do trabalho do menor.

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    Guia de Estudo - Português II

    ( ) A culminação desse processo evolutivo encontra-se no conceito de risco so-

    cial e na ideia correlata de responsabilidade social.

    ( ) Daí as restrições da jornada normal e ao trabalho noturno.

    ( ) A necessidade de trabalhar não deve prejudicar o normal desenvolvimento

    de seu organismo.

    ( ) Enquanto esta é inerente a determinados ramos de atividade, os primeiros

    são aqueles que ocorrem pelo exercício do trabalho, provocando lesão cor-

    poral.

    ( ) Constitui aquela o conjunto de princípios e regras destinados a preservar a

    saúde do trabalhador.

     A sequência numérica correta obtida é:

    a) 1, 3, 4, 5, 2

    b) 3, 2, 1, 5, 4

    c) 2, 5, 3, 1, 4

    d) 5, 1, 4, 3, 2

    e) 2, 4, 5, 3, 1

    QUESTÃO 06

    "As palavras, paralelamente, iam ficando sem vida.

    Já a oração era morna, depois fria, depois inconsciente..."

    (Machado de Assis, Entre santos)

    "Nas feiras, praças e esquinas do Nordeste, costuma-se ferir a madeira com o que

    houver à mão: gilete, canivete ou prego. Já nos ateliês sediados entre Salvador e o

    Chuí, artistas cultivados preferem a sutileza da goiva ou do buril."

    (Veja, 17/08/94, p. 122)

    “Ele só se movimenta correndo e perdeu o direito de brincar sozinho na rua onde

    mora – por diversas vezes já atravessou-a com sinal fechado para pedestres, desvi-

    ando-se de motoristas apavorados.” (Veja, 24/08/94, p.60)

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    Nos textos acima, o termo já exprime, respectivamente, a ideia de:

    a) tempo, causalidade, intensificação

    b) oposição, espaço, tempoc) tempo, oposição, intensificação

    d) intensificação, oposição, tempo

    e) tempo, espaço, tempo

    QUESTÃO 07

     Atente-se para as seguintes afirmações:

    I. Todo homem tem amor-próprio.

    II. O amor-próprio é uma marca da natureza.

    III. As marcas da natureza são incontornáveis.

     As afirmações acima articulam-se de modo claro, coeso e coerente na frase:

    a) Sendo uma marca da natureza, todo homem tem amor-próprio, incontornável

    como os demais.

    b) Todo homem tem amor-próprio, que é uma das marcas da natureza, mesmo

    quando são incontornáveis.

    c) Por serem incontornáveis as marcas da natureza, o mesmo ocorre com todo

    homem que tem amor-próprio.

    d) Como marca da natureza, o amor-próprio é incontornável, tal como acontece

    com os homens.

    e) O amor-próprio, que tem todo homem, é uma marca da natureza, incontorná-

    vel como as outras.

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    RESPOSTAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS NA UNIDADE 4

    Atividade I

    1. O solo do Nordeste é muito seco e aparentemente árido, mas (porém, toda-

    via, contudo, no entanto, entretanto, não obstante), quando caem as chuvas,

    imediatamente brota a vegetação.

    2. Uma seca desoladora assolou a região sul, principal celeiro do país, portanto

    (logo, por isso, assim, desse modo, dessa maneira etc.) vai faltar alimento e

    os preços vão disparar.

    3. Vai faltar alimento e os preços vão disparar porque (pois,) uma seca desola-

    dora assolou a região sul, principal celeiro do país.

    (Vai faltar alimento e os preços vão disparar devido a uma seca desoladoraque assolou a região sul, principal celeiro do país.)

    4. O trânsito em Porto Velho ficou completamente paralisado dia 15, das 14 às

    18 horas porque (pois, quando) fortíssimas chuvas inundaram a cidade.

    (O trânsito em Porto Velho ficou completamente paralisado dia 15, das 14 às

    18 horas devido a fortíssimas chuvas que inundaram a cidade.)

    Atividade II1. Em São Paulo, já não chove há mais de dois meses, por  isso, logo, portan-

    to, dessa maneira, desse modo, assim etc.) já se pensa em racionamento

    de água e energia elétrica.

    2.  As pessoas caminham pelas ruas, despreocupadas, como se não existisse

    perigo algum, enquanto (e) o policial continua folgadamente tomando o seu

    café no bar.

    3. Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e São Paulo, embora (apesar deetc.) o estado do gramado do Maracanã não seja dos piores.

    (Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e São Paulo, apesar de o estado

    do gramado do Maracanã não ser  dos piores.)

    4. Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com fome, por

    isso (logo, portanto,  dessa maneira, desse modo,  assim etc.) ocorre o

    grande número de desistências.

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    Guia de Estudo - Português II

    Atividade III

    Não é compreensível o conteúdo do texto, pois o primeiro período não foi concluso

    (Quais são as instruções, as recomendações?). Não se concluiu a primeira ideia e

    passou-se a falar da não realização do progresso por causa das fortes chuvas, que

    inundaram a cidade e paralisaram todos os meios de comunicação.

    Atividade IV

    1. O pronome relativo que se refere a jornalista.

    2. O pronome demonstrativo o (a palavra o e a palavra a funcionam como pronome

    demonstrativo quando puderem ser substituídas, respectivamente, por aquele e

    aquela) refere-se ao grande jornalista.3. A palavra lhe refere-se a menino.

    4. O pronome possessivo seu, na linha 15, refere-se ao menino e, na linha 16, refe-

    re-se a F., suposto pai do menino P.

    5. a. O pronome demonstrativo isso faz referência ao fato de F. ter descoberto que

    o menino P. era filho de outro homem.

    b. O advérbio antes reporta aos momentos anteriores ao assassinato, quando F.

    descobriu que o menino P. era filho de outro homem.6. O pronome demonstrativo esse se refere ao lead  transcrito (“E amolou o macha-

    do, preparou um toco para servir de cepo, chamou o menino, amarrou-lhe as

    mãos, fez-lhe um sinal para que ficasse calado, e rachou o seu corpo em sete

    pedaços. O menino P., de cinco anos, não era seu filho e F. descobrira isso pou-

    cos minutos antes, quando discutia com a mulher.”). 

    O autor usou esse em vez de este porque refere-se a algo que  já foi citado,

    escrito (no caso, refere-se ao lead  transcrito).

    Atividade V

    (Sugestão de resposta)

    O golfinho nada velozmente e sai da água em grandes saltos, fazendo acroba-

    cias. É mamífero e, como todos os mamíferos, só respira fora da água. Esse

    animal vive em grupos e comunica-se com outros de sua classe através de gri-

    tos estranhos que são ouvidos a quilômetros de distância. É assim que ele pede

    ajuda quando está em perigo ou avisa os outros de sua espécie onde há comi-

    da. Ele aprende facilmente os truques que o homem ensina e é por isso que

  • 8/16/2019 Unidade 4 - Português II Coesao

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    Guia de Estudo - Português II

    muitos animais dessa natureza são aprisionados e exibidos em espetáculos

    em quase todo o mundo.

    Atividade VI

    1. D 5. E2. D 6. C3. C 7. E4. E

    Obs.: Se você acertou mais de 85% das questões, trabalhe a Unidade 5. Caso con-

    trário, releia a Unidade 4 e refaça as atividades propostas.