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ECONOMIA

Plano de Curso

Centro de Ensino Superior Piauiense LTDA - CESPI Diretoria Acadmica - DA Coordenao do Curso de Bacharelado Direito Disciplina INTRODUO A ECONOMIA Carga Horria 54 horas Professora Ana Maria Chaib Gomes Ribeiro Titulao Mestra

EMENTA: O problema econmico e seus fundamentos. A organizao econmica. Mecanismos para tomada de decises. Mercado. Sistemas econmicos e agregados. A crise da Economia Poltica e a emergncia do socialismo. As mudanas de paradigma e as lutas pelo progresso social. Sistema monetrio-financeiro. Desenvolvimento econmico.

Objetivo Geral Preparar o aluno de direito para o estudo de disciplinas que exijam o instrumental econmico, fornecendo-lhes uma formao terica bsica

Objetivo Geral A disciplina tem por objetivos familiarizar os futuros juristas com os conceitos e definies comumente utilizados pela Economia para descrever e analisar os fenmenos econmicos, habilitando-os, com isso, compreenso da realidade econmica, social e poltica brasileira.

Objetivo Geral Anlise da crise da economia poltica e da emergncia do socialismo e, ainda, a mudana dos paradigmas e as lutas pelo progresso social.

Objetivos Especficos

- - Compreender o processo de evoluo e o surgimento da economia como cincia. - Conhecer os mecanismos de tomada de decises do mercado

Objetivos Especficos

- Entender o processo de organizao da economia e os fatores que interagem no mercado, no setor pblico, no setor financeiro e monetrio e que levam ao desenvolvimento econmico. - Entender o processo de globalizao.

Contedo Programtico 1. O PROBLEMA ECONMICO E SEUS FUNDAMENTOS 1.1 Sistema Econmico: bens, fatores e possibilidades de produo. Leis, problemas econmicos e desenvolvimento das trocas. Organizao, circulao e tipos. 1.2 Evoluo histrica da economia: fase pr-cientfica (perodo primitivo, grego, romano, idade mdia). Mercantilismo e fisiocracia. Fase cientfica (clssicos e marxismo neoclssicos, Keynes e fase atual).

2. A ORGANIZAO ECONMICA. Compartimentalizao da economia: micro e macroeconomia 3. MECANISMOS PARA TOMADA DE DECISES 3.1 Teoria da demanda: definies, determinantes e comportamentos. 3.2 Teoria da oferta: definies, determinantes e comportamentos. Equilbrio de mercado

4. MERCADO 4.1 Estruturas de mercado e suas caractersticas. 5.SISTEMAS ECONMICOS E AGREGADOS 5.1.Economia de Mercado 5.2.Economia Planificada 5.3.Economia Mista

6.A CRISE DA ECONOMIA POLTICA E A EMERGNCIA DO SOCIALISMO 6.1. A crise do Capitalismo 6.2.A emergncia do socialismo 7. AS MUDANAS DE PARADIGMA E AS LUTAS PELO PROGRESSO SOCIAL 7.1. Novas formas de luta pelo progresso social

8. SISTEMA MONETRIO-FINANCEIRO 8.1. A moeda 8.2. Sistema monetrio 8.3. Sistema financeiro 8.4. Noes do Sistema Financeiro Brasileiro

9. DESENVOLVIMENTO ECONMICO 9.1. Crescimento econmico - indicadores tradicionais e novos indicadores 9.2. Desenvolvimento econmico- indicadores tradicionais e novos indicadores

Metodologia 1. Mtodo expositivo 2. Mtodo de Conversao 3. Mtodo Ativo (trabalhos independentes)

Recursos de Didticos1.

Recursos Materiais: Aulas Expositivas Datashow Exerccios Prticos de cada Unidade em sala de aula Textos para discusso

Sistema de Avaliao Procedimentos de Avaliao seguiro o Regulamento desta IES, onde levar-se- em conta os aspectos: 1. Assiduidade e pontualidade; 2. Participao nas atividades de grupo e nas pesquisas; 3. Esforos e desempenho nos exerccios propostos; 4. Leitura e produo de textos sugeridos pela disciplina; 5. Grau de progresso pessoal alcanado com a realizao da disciplina 6. Realizao de avaliaes mensais e bimestrais 6.1. As avaliaes sero sempre individuais e sem consultas, valendo de 0 a 10 pontos.

Sistema de Avaliao 6.2. As questes normalmente so descritivas, mas, a critrio do professor podero ser inseridas questes objetivas ou de mltipla escolha. 6.3.As respostas de cada avaliao devero ser pessoais, de forma que respostas decoradas, copiadas de livros, xerox e iguais a de outro aluno sero consideradas nulas e atribudas nota zero. Portanto, no passem cola e estejam atentos se algum estiver copiando. 6.4.A nota de cada bimestre ser composta de uma nota da avaliao mensal (no tem segunda chamada) e uma nota da avaliao bimestral. 6.5.No caso do aluno faltar a avaliao mensal, o mesmo far a avaliao bimestral com toda a matria ministrada. 6.6.Na falta da avaliao mensal, a nota atribuda ser zero e a nota do bimestre ser divida por dois. 6.7.No caso do aluno faltar a avaliao bimestral, a nota atribuda ser zero, e, para que o mesmo tenha direito de fazer avaliao final, dever alcanar pelo menos oito pontos em uma das avaliaes bimestrais. 6.8.Avaliao de segunda chamada somente para a primeira avaliao bimestral, se solicitada dentro do prazo estipulado pela Coordenao de Curso, via protocolo.

Sistema de Avaliao 6.9.Avaliaes no podero ser substitudas por trabalhos de nenhuma forma. 6.10.Se o aluno perder as duas avaliaes, que compem a nota bimestral, a ento suas notas parciais sero zero e sua nota final ser zero, implicando na reprovao. 6.11.Reviso de nota somente ser considerada se solicitada dentro de prazo estipulado no Regimento da FAP Teresina, que de at trs dias aps o recebimento da mesma. 6.12.Poltica de pedido de reviso de nota: Notas de avaliaes podem ser revistas. Para isto, o aluno que se sentir prejudicado deve fazer um pedido por escrito, explicando especificamente os pontos nos quais h a percepo de que a nota deve ser revista. Apesar de o pedido ser especfico, o professor se reserva o direito de recorrigir a avaliao inteira. A nota final da avaliao recorrigida, sem direito apelao, sai desta correo. Ou seja, pode subir, ou cair. 6.13. A compreenso da avaliao faz parte da mesma. Dvidas e perguntas ao professor devero ser feitas durante as aulas e exerccios prticos. No na hora da avaliao. 6.14.O aluno dever trazer seu material para elaborao das avaliaes. Emprstimos de canetas, borrachas, corretivos, dentre outros objetos no sero permitidos durante as avaliaes.

Sistema de Avaliao 7. Trabalhos de Pesquisa Todos os trabalhos de pesquisa s sero recebidos na data marcada e pelo professor sem excees. No sero feitos trabalhos para complementao de notas aps as avaliaes, favor no insistir. No sero aceitos, sob nenhuma hiptese, trabalhos transcritos de livros, xerox, textos de revistas, jornais ou similares, copiados da internet e/ou sem referncias bibliogrficas. Todos os trabalhos devero seguir as normas da ABNT, aprendidas na disciplina de Metodologia Cientfica. Os trabalhos a serem apresentados em sala de aula no podem, sob nenhuma hiptese, serem lidos somente.

Sistema de Avaliao 8. Exerccios prticos As listas de exerccio so uma ajuda extra ao aluno. Cabe a cada aluno respond-las. Elas so um treino para as avaliaes. Recomenda-se fortemente que sejam feitas porque ser difcil ter um bom desempenho nas avaliaes sem a compreenso completa das listas. Entretanto, fica a critrio do aluno respond-las.

9. Painis e debates em grupos A participao do aluno ser avaliada de forma qualitativa nos painis e nos debates em sala de aula, podendo, a critrio do professor, servir ou no para o arredondamento das notas.

Sistema de Avaliao 10. Portflio: para avaliaes perdidas ou pontos extras somente com elaborao de portflios sobre o assunto 11. Sugere-se a leitura do Plano e acompanhamento da disciplina ministrada por ele.

Sistema de Avaliao Note bem: As aulas so presenciais, isto quer dizer, com a presena do aluno. Ento, uma vez o aluno em sala de aula, por preferncia revelada (uma vez que efetuaram a matrcula), dever est a para assistir aula seriamente. As faltas so reprovativas, conforme Regimento da IES, e somente sero abonadas nos casos nele previstos. NO SERO TOLERADOS EM SALA DE AULA: 1) bate-papo; 2) entra e sai; 3) atraso de mais de 20 minutos. Recomenda-se ao aluno ler a previamente matria que ser ministrada em sala de aula, para poder tirar as dvidas que por ventura existam.

Bibliografia Bsica

PASSOS, Carlos Roberto Martins, OTTO Nogami, Princpios de Economia, So Paulo, Pioneira Thompson Learning, 2005. PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. So Paulo: Makron Books, 2005.

Bibliografia Complementar

FEIJ, Ricardo, Histria do Pensamento Econmico, So Paulo. Atlas, 2001. HUNT E SHERMAN, Histria do Pensamento Econmico, Petrpolis Rj: Ed. Vozes, 2001 MANKIN Gregory, Princpios de Economia, So Paulo, Editora Campus, 20003 MOCHON, Francisco, Princpios de Economia, So Paulo. Pearson Prencite Hall, 2007 PINHO, Diva Benevides, VASCONCELLOS, Antonio Sandoval e GREMAUD, Patrick Amaury, Manual de Introduo a Economia, So Paulo, Saraiva, 2006 TROSTER, Roberto Luis e MOCHN, Francisco. Introduo a Economia, So Paulo, Makron Books, 2005 VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de economia. So Paulo: Saraiva, 2006.

Contedo Programtico 1. O PROBLEMA ECONMICO E SEUS FUNDAMENTOS. 1.1 Sistema Econmico: bens, fatores e possibilidades de produo. Leis, problemas econmicos e desenvolvimento das trocas. Organizao, circulao e tipos. 1.2 Evoluo histrica da economia: fase pr-cientfica (perodo primitivo, grego, romano, idade mdia). Mercantilismo e fisiocracia. Fase cientfica (clssicos e marxismo neoclssicos, Keynes e fase atual).

MEIO COMPLEXOCOMUNIDADE LOCAL SOCIEDADE MERCADO NAO LEIS EXTRA NAO

RECURSOS TERRA TRABALHO INICIATIVAPROPRIETRIOS OU ACIONISTAS CONTROLE GERENCIAL MAXIMIZAR LUCROS MINIMIZAR CUSTOS BEM-ESTAR PESSOAL SATISFAO EXTRA-NAO ESTABILIZAR EMPREGOS PROPRIETRIOS EXECUTIVOS NVEL MDIO SATISFAO NAOADMINSTRADORES

CAPITAL

EMPREGADOS MAXIMIZAR ATIVOS MAXIMIZAR VENDAS SATISFAO CLIENTES SATISFAO COMUNIDADE SATISFAO SOCIEDADE REC.NATURAIS

Cincia que, tendo por base o uso mais eficiente de recursos materiais escassos, estuda a atividade produtiva destinada produo de bens e servios, atravs das variaes e combinaes dos fatores da produo - recursos naturais, trabalho, capital e iniciativa - balizadas por sua oferta e procura, pelos preos dos bens e servios, pela distribuio de renda e pelas disponibilidades financeiras para sua execuo.

a parte da cincia econmica que focaliza o comportamento das empresas no mercado, atravs da teoria da firma, compreendendo: a funo de produo, a funo de custos, a oferta e a procura nos diferentes tipos de mercado e a ao dos consumidores individuais no mercado de bens e servios.

Parte da cincia econmica que focaliza o comportamento do sistema econmico como um todo e tem como objeto de estudo as relaes entre os grandes agregados estatsticos: a renda nacional, o consumo, a poupana, o investimento, a oferta e a procura de moeda, o nvel de preos e o nvel de emprego.

A ECONOMIAEst presente na vida de todas as pessoas. Os dados e fatos que a mdia divulga nos meios televisivos diariamente afetam o modo pelo qual as pessoas tomam suas decises.32

UMA DEFINIO

A economia o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor e como os distribuem entre pessoas diferentes.33

Escassez

Numa situao de escassez os bens so limitados relativamente aos desejos.

Deste modo importante que uma economia faa o melhor uso dos seus recursos limitados, ou seja que os utilize de forma eficiente.34

Escassez

Escassez fantasma da escassez. aquela coisa chata, que no deixa a gente ter tudo o que quer. A escassez assombra a economia porque os desejos e necessidades das pessoas so infinitos, mas os recursos para produzir bens e servios so limitados. Sempre fica faltando alguma coisa para algum. Nos pases pobres, a escassez de recursos (dinheiro, pessoas para trabalhar, estrutura, etc) mais sria, e a populao sofre muito. Mas tambm nos pases ricos, o acesso s coisas limitado.

Escassez A capacidade humana de desejar as coisas ilimitada; Escolha Comparao entre alternativas; Quando se faz uma escolha, os benefcios das outras opes se tornam passado. Custo de Oportunidade

Escassez Situao em que os recursos so inadequados para atender a todos os desejos da populao. No confunda escassez com pobreza. At mesmo os muito ricos querem mais! Escassez tambm no pode ser confundida com falta!

Escassez

Lembre-se: o fato de existir muito pouco de um bem no o torna mais escasso ele tambm precisa ser desejvel. Ex.: Areia

Escolha

A escassez fora as pessoas a fazerem escolhas. Palavra-chave: TROCA satisfazer mais uma neces-sidade implica satisfazer menos outra. Ex.: Poupana

Recursos ou Fatores de Produo

Recursos ou Fatores de Produo

Criao de Renda

Criao de Renda

Fluxo de Renda e Recursos

Bens e Servios

Bens e Servios Tudo que permite satisfazer as necessidades humanas; 1 - Tangvel bens; 2 - Intangvel servios; 2 - Bens econmicos so escassos e precisam de esforo para adquir-los

Bens e Servios 1 - Bens de consumo so usados para satisfao das necessidades humanas; 2 - Bens de capital so utilizados para produo de outros bens; 1 - Bens pblicos no-exclusivos; 2 - Bens privados exclusivos;

- Qual o Objetivo da Administrao destes Recursos ? - Atender uma srie de necessidades Individuais e Coletivas que precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivncia dos INDIVDUOS. Tais como : - ALIMENTAO - TRANSPORTE - EDUCAO - SADE - BENS E SERVIOS EM GERAL

Necessidade humana: a sensao de carncia de algo unida ao desejo de satisfaz-la.Tipos de necessidades:Natural: por exemplo, comer. Necessidades do indivduo Segundo o requerente Necessidades da sociedade Social: decorrente da vida na sociedade; por exemplo, festa de casamento. Coletivas: partem do indivduo e passam a ser da sociedade; por exemplo, o transporte. Pblicas: surgem da mesma sociedade; por exemplo, a ordem pblica. Necessidades vitais ou primrias: destas depende a conservao da vida; por exemplo, os alimentos. Necessidades civilizadas ou secundrias: so as que tendem a aumentar o bemestar do indivduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econmico e social em que se desenvolvem os indivduos; por exemplo,o turismo.

Segundo sua natureza

Custo de Oportunidade Quando um bem escasso, a opo de us-lo de um modo significa desistir de us-lo de outro. O valor de uso do qual as pessoas desistem o custo de oportunidade dessa escolha.

Problema: O proprietrio de uma pequena firma precisa contratar alguns gerentes.Vamos supor que cada gerente s tem tempo para realizar uma tarefa. A tarefa A vale $100.000 para o proprietrio; a tarefa B vale $75.000; e a tarefa C vale $50.000. O proprietrio contrata dois gerentes, atribuindo a um deles a tarefa A e ao outro a tarefa B. Qual o custo de oportunidade da tarefa B?

Soluo: O custo de oportunidade da tarefa B o valor da alternativa desprezada nesse caso, a tarefa C. Portanto, o custo de oportunidade da tarefa B $50.000. Note que o custo de oportunidade da tarefa A tambm de $50.000, pois, com dois gerentes, a tarefa C foi descartada em prol da tarefa A.

Problema: Suponhamos que a firma do problema anterior continue com dois gerentes, e que cada um deles precise realizar a tarefa do outro com a mesma eficincia. Qual o valor do segundo gerente, isto , qual a perda para a firma se ela o demitisse sem o substituir?

Soluo: Se o segundo gerente fosse demitido (e no substitudo), a tarefa B no seria realizada. Portanto, o valor do segundo gerente $75.000. Se o primeiro sair e o segundo continuar, este assumir a tarefa A, e a tarefa B no ser realizada. Assim, o primeiro gerente tambm vale $ 75.000.

EFICINCIA ECONMICA Corresponde utilizao mais efetiva de recursos de uma sociedade na satisfao das necessidades da populao. Uma economia est a produzir de forma eficiente quando no pode aumentar o bem-estar econmico de um indivduo sem prejudicar o de outro indivduo qualquer.56

SISTEMA ECONMICO

Sistema Econmico a forma como a sociedade est organizada para desenvolver as atividades econmicas que so as atividades de produo, circu-lao, distribuio e consumo de bens e servios.

Sistemas Econmicos

Capitalismo Socialismo Comunismo

Sistema Econmico Sistema Econmico Propriedade pblica x Propriedade privada Os problemas econmicos fundamentais (o que e quanto, como e para que produzir) so resolvidos ou por um rgo central de planeja-mento ou pelo mercado.

Os trs problemas da organizao econmica

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QUESTES BSICAS DA ECONOMIA

O qu e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?

Quais tipos de bens devem ser produzidos?

Quanto de cada um dos inmeros tipos de bens e servios devero ser produzidos ?

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Como os bens devem ser produzidos?

Quem estar trabalhando e que tipo de tecnologia e recurso os inmeros tipos de bens e servios sero produzidos ?

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Como os bens produzidos sero distribudos?

De que forma os inmeros tipos de bens e servios sero distribudos?

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Formas de resolver os problemas da organizao econmica nas economias

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Economia de mercado

Numa economia de mercado os indivduos e as empresas privadas tomam as decises sobre a produo e o consumo. Um sistema de preos, de lucros e prejuzos, de incentivos e prmios determina o qu, como e para quem.

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Economia dirigida

Numa economia dirigida o governo toma todas as decises importantes acerca da produo e distribuio dos bens e servios.

O Estado possui a maior parte dos meios de produo, o maior empregador e dirige as atividades das empresas.68

Economia mista

Uma economia mista combina elementos de mercado e de direo central. Nunca existiu uma economia de mercado pura embora a Inglaterra do sculo XIX se aproxime dessa situao.

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RESUMOO qu e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?

Necessidades Escassez Humanas Ilimitadas X Escolha Recursos Produtivos Escassos

RESUMORECURSOSRecursos Naturais Terra (aluguis) Recursos Humanos Trabalho (salrios) Capacidade Empresarial (lucros) Recursos Produzidos Capital (juros)

FUNESrea para cultivo, minerais e ambiente cultural talentos produtivos (mental e fsico) e energia padronizar a produo, inovar os lucros e tecnologias e assumir riscos construes, equipamentos e outros materiais refinados (produes incompletas)

CONTRIBUIESmateriais e energia

conhecimento (tecnologia e energia)

tecnologia, energia e materiais

Complexidade das relaes Com a heterogeneidade das relaes entre os homens (Produo, compra, venda, armazenagem..) dos compartimentos produtivos (agricultura, industria,...)das instituies (famlia, governo, empresas,...) houve a necessidade de teorizar sobre sua funcionalidade.

Necessidades A organizao socioeconmica busca a satisfao das necessidades humanas. H um trade-off entre satisfao e dor. As escolhas racionais seguem a lgica do mnimo esforo. O tempo com o trabalho proporcional ao nvel de satisfao com o lazer.

Tipos de necessidades Individuais a) absolutas (biolgicas) b) relativas (sociais) b.1) espirituais e b.2) materiais (luxo suntuoso). O homem primitivo gastava todo o seu tempo na busca da satisfao das necessidades absolutas, o homem contemporneo gasta a maior parte do seu tempo na busca da satisfao das necessidades relativas - criadas.

A COMPLEXIDADE DO SISTEMA PRODUTIVO. Numa economia arcaica: A produo dos recursos se dava a nvel familiar. Exemplo: necessidade de se vestir. Criao de carneiro/extrao l/fiao/ fios/confeco da roupa Todos os atos fundamentais da produo ao consumo se davam pelo mesmo homem.

Caractersticas Coincidncia temporal para o momento Espacial para o aqui. Responsabilidade vital : para sobrevivncia Dinmica biolgica: em funo da temperatura estaes-. Poucas eram as estratgias visando o acumulo de bens

Economia modernaAtividades 1)Produo de fibras 2) Fiao 3) Tintura 4) Tecelagem 5) Comercializao 6) Confeco 7) Comercializao Agente 1)Ovinoculatura/Indstria qumica 2)Ind. Da Fiao 3) Ind. De Tinturaria 4) Ind. De Tecelagem 5) Com. Atacadista 6) Ind. De Vesturio 7) Comrcio de vesturio Produtos 1)Fibras de l /Fibras Sintticas 2)Fios 3) Acabamentos de Fios 4) Tecidos 5) Distribuio aos confeccionistas 6) Roupas feitas 7) Distribuio aos consumidores

A propagao dos lucros Restaria ainda citar outros agentes que intervm neste processo: transporte, seguradoras, governo, bancos...

O que se nota que: desapareceu a produo para o consumo prprio, ocorreu a diviso do trabalho e a distribuio de bens ganhou grande importncia.

Necessidades coletivas Na sociedade avanada existem aquelas que somente a ao em sociedade pode vir a satisfazer: educao, sade, redes de transporte, servios de comunicao etc. Exigncias da sociedade urbano industrial

Na sociedade moderna a caracterstica bsica a separao espao-temporal entre produzir e consumir. No capitalismo isto implica : como conseguir dinheiro e como gastar dinheiro.

Como a troca em espcie invivel, os homens precisam obter dinheiro - o ato de compra e venda uma troca de servios Necessidade de organizar a produo: Os atos de produo so organizados pelos organizadores da produo - empresriosque utilizam-se dos executores da produo trabalhadores- dos recursos disponveis capital e recursos naturais.

Bens econmicos Definio: tudo aquilo que satisfaz necessidades e tem valor. Quanto possuem caractersticas fsicas so denominados bens materiais ( carros, arroz...) quanto no possuem so denominados servios ( aulas, mdicos....)

Classificao dos bens Livres: quando no implicam nenhum sacrifcio ou esforo no seu consumo. Econmicos: requer esforo humano, so escassos; so objetos de propriedade e posse e seu valor se expressa em preos. A capacidade do sistema produtivo incorporar preos em bens livres.

Como se explica a escassez ? Pela quantidade e qualificao conhecimento ainda limitado. Pela quantidade de instrumentos auxiliares de produo- poucas mquinas Pela falta de recursos naturais Pela disseminao do conhecimento tcnico cientfico

Produo de bens O ato de produzir deve ser entendido como sendo a execuo de atividades que tenham como finalidade satisfao de necessidades por meio de trocas. Todos somos produtores e consumidores. A organizao da produo requer a manipulao e a transformao de matrias-primas utilizando e fatores fatores de produo

Potencial produtivo Sendo a produo a interao dos fatores de produo - comandados por alguns homens poderamos dizer que a disponibilidade desses elementos num dado sistema econmico, associada a um determinado nvel de conhecimento tcnico-cientfico, revela o potencial de produo do sistema sua capacidade terica de produo.

Trabalho: representado pelo esforo humano. Os aspectos populacionais so importantes para a anlise do sistema econmico (densidade, distribuio espacial do estoque humano, sade e educao, zonas habitadas:urbana ou rural)

A distribuio espacial do estoque humano, segundo uma diviso regional do territrio nacional, espelham uma diferenciao econmica geogrfica e cultural.

Capital: conjunto de instrumentos que tem por finalidade buscar a eficincia do esforo humano. A formao de capital na economia capitalista proporcionou a diviso em classes

Para o conjunto da economia nacional (macroeconomicamente) o capital tem sentido pela utilizao dos instrumentos auxiliares da produo de bens que ampliam a capacidade produtiva da nao: ferramentas,mquinas, edifcios, escolas, hospitais, aeroportos, etc. A utilizao do instrumento define sua caracterstica de capital ( carro-txi)

Recursos naturais: a origem de toda riqueza. Bens naturais e a energia. Tipos de bens naturais: solo e subsolo; recursos hidrolgicos e clima. A dotao e utilizao econmica de recursos naturais deve ser vista em termos dinmicos e no estticos (descoberta de novos poos de petrleo)

Tipos de bens - conforme seu uso Bens e servios de consumo: satisfaz diretamente as necessidades dos homens. Bens e servios intermedirios: matriasprimas e servios insumidos que ainda no atingiram a caractersticas de bens finais. Bens de capital: So aqueles destinados a produo de outros bens.

O aparelho produtivo o conjunto de todas as unidades produtivas do sistema. Podem ser classificadas segundo o grau de processamento e elaborao de seus produtos. A) setor primrio: atividades que agem diretamente sobre a natureza-agricultura. B) setor secundrio: modificao e transformao de bens industria C) Setor tercirio: Setor de servios educao

Dez Princpios de Economia

Uma Casa e a Economia Enfrentam... Decises?

Decises?

Decises?

Decises?

Decises Quem vai trabalhar? O que produzir? Que insumos/ recursos utilizar? A quem vender?

Escassez... ...significa que a sociedade tm menos a oferecer do que as pessoas desejam Administrar os recursos de uma sociedade importante porque os recursos so escassos A sociedade no consegue produzir tudo o que os seus indivduos desejam

Economia o estudo de como a sociedade administra os seus escassos recursos

Economistas estudam... ...como as pessoas tomam decises ...como as pessoas interagem entre si ...as foras e as tendncias que afetam a economia como um todo

Conceitos Bsicos Necessidade Humana Bens e Servios Recursos Produtivos Agentes Econmicos Mercado Fluxos e Estoque

Necessidades Humanas No h limites para as necessidades humanas, tanto em nmero quanto em variedade Necessidades no-econmicas Amor, sabedoria, o ar

Necessidades econmicas Bens e servios

Bens Pblicos e Recursos Comuns

As melhores coisas do mundo so de graa Bens gratuitos so um desafio especial para anlise econmica A maioria dos bens em nossa economia so alocados em mercados para esses bens, o preo o sinal que guia as decises de consumidores e produtores

As melhores coisas do mundo so de graa Quando bens esto disponveis de forma gratuita, as foras de mercado que normalmente alocam os recursos de nossa economia esto ausentes Quando um bem no tem preo, mercados privados no conseguem assegurar que o bem seja produzido e consumido de forma apropriada

As melhores coisas do mundo so de graa Nesses casos, polticas governamentais podem potencialmente remediar falhas de mercado resultante dessa falta de preo, e aumentar o bem-estar econmico dessa sociedade

Diferentes Tipos de Bens Quando pensamos nos vrios bens em uma economia, til agrupar esses bens de acordo com duas caractersticas: O bem excluvel? O bem rival?

Diferentes Tipos de Bens Exclusividade: Pessoas podem ser impedidas de usar o bem Leis reconhecem e regulamentam direitos de propriedade privada

Rival O uso do bem por uma pessoa diminui o prazer de outra em usar aquele bem

Quatro Tipos de Bens Bens privados Bens pblicos Recursos comuns Monoplios naturais

Tipos de Bem Bens privados So ao mesmo tempo excluveis e rivais

Bens pblicos No so nem excluveis nem rivais

Recursos comuns So rivais mas no so excluveis

Monoplios naturais So excluveis mas no rivais

Tipos de BemRivais?

SimBens privados

NoMonoplios naturais

SimExcluveis?

sorvete roupa

Corpo de Bombeiros TV a cabo

Recursos Comuns

Bens pblicos

No

Peixe no mar Meio ambiente

Defesa nacional Conhecimento

Bens Pblicos Importantes Defesa nacional Pesquisa bsica Programas de combate pobreza

Recursos Comuns Recursos comuns, como bens pblicos, no so excluveis. Eles esto disponveis gratuitamente para qualquer um que queiram usufruir deles Recursos comuns so bens rivais, pois, o uso do recursos por uma pessoa reduz o uso por outras

Exemplos de Recursos Comuns Ar e gua puras Bacias de petrleo Peixes, baleias e outras vidas selvagens

Resumo Bens diferem quanto a rivalidade e exclusividade Um bem excluvel se for possvel impedir que outra pessoa o use Um bem rival se o uso desse bem diminui o uso de outra pessoa desse bem

Resumo Bens pblicos no so nem rivais nem excluveis J que pessoas no so cobrados pela utilizao dos bens pblicos, as pessoas tm o incentivo de tomar carona quando esse bem suprido de forma privada Os governos suprem bens pblicos tomando decises quantitativas baseadas nas anlises de custo-benefcio

Resumo Recursos comuns so rivais mas no excluveis J que as pessoas no so cobradas pelo uso dos recursos comuns, as pessoas tendem a sobre-utilizar esses recursos Os governos tendem a tentar limitar o uso dos recursos comuns

Bens e Servios Tudo aquilo que permite satisfazer s necessidades humanas. Diferena entre Bens e Servios Quando tangvel chama-se de bem, e servio quando intangvel

Tipos de Bens: Bens Livres Existem em quantidade ilimitada (pelo menos por enquanto) e podem ser obtido com pouco ou nenhum esforo. Exemplo: o ar, a luz do sol, o mar, etc...

Bens Econmicos So bens relativamente escassos e necessita esforo para adquirilos So divididos em: Bens materiais Alimentos, roupas, ao, petrleo, carros, etc ...

Bens Econmicos Bens imateriais (servios) Consulta mdica, viagem de avio

Bens Materiais Bens de Consumo So aqueles utilizados diretamente para a satisfao das necessidades humanas. Bem No-Durvel Desaparece aps utilizao. Exemplo: alimentos, cigarro,

Bens Materiais Bens de Consumo Bem Durvel Podem ser usados por muito tempo. Exemplo: mveis, eletrodomsticos, videogame

Bens de Capital So aqueles bens utilizados na produo de outros bens Computadores, mquinas, edifcios, fbricas, etc...

Tanto os bens de capital como de consumo so chamados de Bens Finais (j esto acabados) Existem tambm bens

intermedirios, que aindaprecisam ser transformados para atingir a sua forma definitiva. So tambm bens de capital. Exemplo: ao, vidro, petrleo, etc...

Bens Privados e Pblicos Bens Privados So produzidos e possudos individualmente. Exemplo: ar condicionados, patinetes, bicicletas, etc...

Bens Pblicos So aqueles consumidos por vrios indivduos. Exemplo: segurana pblica, escolas, bibliotecas, hospitais, etc...

Recursos Produtivos So elementos utilizados no processo de fabricao dos mais variados tipos de bens Tambm so escassos So eles: Terra (Recursos naturais) Trabalho Capital Capacidade Empresarial

Recursos Produtivos Terra: recurso natural. Pagamento = Aluguel

Trabalho: esforo humano. Pagamento = Salrios

Capital: recurso financeiro, monetrio. Pagamento = Juros

Capacidade Empresarial: Pessoas que combinam terra, trabalho e capital sofrendo riscos. Pagamento = Lucro.

Agentes Econmicos Famlias Detentoras dos recursos de produo. Fornecem s empresas esses recursos em troca de pagamento: aluguel, salrio, juros e lucro

Empresas Unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar os bens e servios

Governo

Podemos dividir os 10 princpios da economia em:

Como as pessoas tomam decises Como as pessoas interagem Como a economia como um todo funciona

Dez Princpios da Economia Como as pessoas tomam decises 1) Pessoas enfrentam o problema da escolha (trade - off) 2) O custo de algo o que voc tem de desistir de ter, para ter esse algo 3) Pessoas racionais agem na margem 4) Pessoas respondem incentivos

Dez Princpios da Economia

Como as pessoas interagem 1) O comrcio pode fazer com que todos melhorem 2) Mercados normalmente so boas formas de organizar a atividade econmica 3) Governos podem, algumas vezes, melhorar os mercados

Dez Princpios da Economia

Como a economia funciona 1) O nvel de vida de um pas depende da sua habilidade de produzir bens e servios 2) Os preos sobem quando o governo imprime muito dinheiro 3) A sociedade enfrenta, no curto prazo, uma escolha entre inflao e desemprego

Como as pessoas tomam decises1) Problema da escolha (trade off) No existe boca livre

Como as pessoas tomam decises 1. Problema da escolha Para ter algo normalmente temos que abrir mo de outra coisa Armas ou manteiga Lazer ou trabalho Eficincia e igualdade

Como as pessoas tomam decises 1. Problema da escolha Trade-off ou tradeoff uma expresso que define uma situao em que h conflito de escolha. Ele se caracteriza em uma ao econmica que visa resoluo de problema mas acarreta outro, obrigando uma escolha. Eficincia significa: obter o mximo dos recursos escassos Igualdade significa: os benefcios resultantes dos recursos da sociedade so distribudos equitativamente entre os membros dessa sociedade

Trade off Vamos pegar como exemplo um casal com R$ 30.000,00 em poupana. Eles decidiram que querem comprar um carro com o dinheiro. A compra de um carro poderia elevar a qualidade de vida do casal, pois no seria mais necessrio pegar nibus. No entanto, eles estariam adquirindo um ativo com cara de passivo, j que este traria mais custos para suas finanas (documentao, combustvel, seguro, etc ). Isso consiste em um tradeoff, a resoluo de um problema que acarreta outro. Se ao invs de comprar um carro o casal decidisse investir o dinheiro em um negcio, ele tambm estaria fazendo um tradeoff. O dinheiro aplicado poderia gerar novos ativos para o casal no futuro, no entanto, no presente eles abriram mo do capital (que poderia ser usado para melhorar sua qualidade de vida) para aplicar em algo que pode demorar a trazer benefcios reais. Esse tipo de conflito acontece o tempo todo e com todo mundo, em menor ou maior escala. O importante saber que o tradeoff existe, para que voc possa fazer escolhas conscientes e acertadas

Como as pessoas tomam decises 2. O custo de algo o que voc tem de desistir de ter, para ter esse algo Decises requerem comparar custos e benefcios de cada alternativa exemplo: ir a universidade x trabalhar Custo de Oportunidade: o que voc desiste de ter (de uma alternativa) para ter o que quer (de outra alternativa)

Parece at filosofia, mas no . Em economia, o custo de alguma coisa aquilo que voc abre mo para obt-la. mais do que apenas o preo que voc paga por ela. O que mais voc poderia fazer? Quais oportunidades foram perdidas?

Imagine que voc tem dois caminhos a sua frente:

Ao fim de um dos caminhos voc consegue visualizar o amor da sua vida. No final do outro voc v um pote de ouro. Voc s pode escolher um caminho a percorrer e aps a escolha o outro caminho deixa de existir dramtico, no? :O Pois bem, se voc escolheu o amor de sua vida, isto te custou o pote de ouro. E vice-versa. Esse custo tambm chamado de custo de oportunidade.

O custo de oportunidade um termo usado na economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, at mesmo social, causado pela renncia do ente econmico, bem como os benefcios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicao alternativa. By Wikipdia.

Como as pessoas tomam decises 3. Pessoas racionais tomam decises comparando custos e benefcios na margem Mudanas marginais so ajustes pequenos e incrementais em um plano de ao qualquer Benefcio Marginal (BM) Custo Marginal (CM)

Esse princpio interessante. O Mankiw comea explicando esse princpio apontando para o fato de que as decises que tomamos durante nossa vida raramente so preto no branco. Durante o jantar no decidimos entre comer at estourar ou em fazer jejum. Decidimos se vale ou no a pena pegar mais uma poro ou se deveramos ou no pegar mais um pedao de carne. Quando estamos para fazer uma prova, no decidimos entre estudar mais 24 horas seguidas ou no fazer nada. Decidimos entre estudar uma hora a mais ou a ver TV ao invs disso. Ns decidimos entre mudanas marginais. Mudanas marginais so pequenos ajustes incrementais a um plano de ao. By Mankiw

De forma simples, como os exemplos mostram, as pessoas e empresas podem tomar decises melhores se pensarem na margem. Um tomador de decises racional executa uma ao somente se o benefcio marginal (tirar uma nota maior na prova) da ao ultrapassa o custo marginal (estudar pelo menos mais 10 horas). Um maneira boa de explicar esse raciocnio a seguinte: Assuma que a situao que voc tem agora a melhor possvel. Se a vantagem de mudar for maior de que seu custo, ento a mudana boa

Duas Suposies Bsicas da Economia

Comportamento racional Interesse pessoal

Como as pessoas tomam decises 4. Pessoas respondem incentivos Mudanas marginais em custos e/ou benefcios resultantes de uma deciso fazem com que as pessoas tomem decises A deciso de escolher um bem sobre outro ocorre quando Benefcio Marginal > Custo Marginal

Como as pessoas tomam decises4. Pessoas respondem incentivos Kobe Bryant decidiu no ir a uma universidade e jogar basquetebol profissional quando lhe foi oferecido um contrato de US$10 milhes

As pessoas tomam decises se baseando em custos e benefcios que essa deciso pode acarretar, por isso que fcil entender que quando esses benefcios mudam suas decises tambm podem mudar. Um exemplo clssico a variao do preo. O efeito do preo sobre o comportamento dos compradores e dos vendedores num mercado crucial para entender como a economia funciona. Mas isso no est restrito apenas a esfera econmica. Como exemplo, Mankiw descreve um caso da mudana da poltica pblica sobre cintos de segurana na dcada de 1960 nos EUA. Quando os formuladores de polticas deixam de considerar como suas polticas afetam os incentivos, muitas vezes chegam a resultados diferentes dos desejados.

Ao decidir o nvel de cuidado tomado ao dirigir, as pessoas comparam o benefcio marginal de dirigir cuidadosamente com seu custo marginal. O custo marginal nesse caso o tempo que se leva de um lugar a outro. J que dirigir cuidadosamente muitas vezes implica em dirigir mais devagar. O efeito direto de leis que impem o uso de cinto de segurana aos motoristas o de aumentar a sensao de segurana (j que diminuem o risco de morte em um acidente) e com isso diminuir o benefcio marginal de que uma direo cuidadosa traria. a mesma sensao que o motorista tem quando a estrada est em perfeitas condies. Com isso, o motorista dirige mais rpido o que causa maior quantidade de acidentes automobilsticos. Alm disso, a reduo de uma conduo cuidadosa tem um efeito adverso sobre os pedestres, pois esses passam a ter maior probabilidade de se envolverem em acidente e no contam com o benefcio de maior segurana decorrente do uso de cintos de segurana.

Em um estudo realizado pelo economista Sam Peltzman em 1975, foi demonstrado que as leis de segurana no trnsito apresentam muitos efeitos como esse. Esse apenas um exemplo de como as mudanas em incentivos podem impactar o comportamento das pessoas. Os incentivos que os economistas estudam so em geral mais diretos e claros. Com isso, Mankiw finaliza: Ao analisarmos qualquer poltica, precisamos considerar no apenas seus efeitos diretos, mas tambm os efeitos indiretos que operam por meio dos incentivos. Se a poltica mudar os incentivos, ela provocar alterao no comportamento das pessoas.

Dez Princpios da Economia

Como as pessoas interagem O comrcio pode fazer com que todos melhorem Mercados normalmente so boas formas de organizar a atividade econmica Governos podem, algumas vezes, melhorar os mercados

Como as pessoas interagem 5. O comrcio pode fazer com que todos melhorem Indivduos ganham por comercializar com outros indivduos A competio resulta em ganho atravs da produo O comrcio permite que indivduos se especializem no que fazem melhor

Ao contrrio do que se pode imaginar, no comrcio pode haver mais de um ganhador. Pases concorrem entre si, assim como empresas e indivduos (quando fazem compras!). No entanto, isso no necessariamente ruim. Ao mesmo tempo que concorrem entre si, eles tambm conseguem se beneficiar do comrcio com os outros. No comrcio, as pessoas podem se especializar naquilo que fazem melhor, fazendo com que assim todos desfrutem de uma variedade de produtos e servios melhores.

A idia como um todo interessante, no entanto ela no contempla os casos em que a especialidade de um indivduo, empresa ou pas, seja pouco remunerada em comparao com outras. Por exemplo: imagine um pas A especialista em computadores e outro pas B especialista em bananas. Bem, os consumidores de A certamente poderiam querer bananas de B no entanto fcil observar que computadores no so vendidos a preo de bananas.

Como as pessoas interagem 6. Mercados normalmente so boas formas de organizar a atividade econmica Em uma economia de mercado, indivduos e firmas decidem o que comprar, para quem trabalhar, quem contratar e o que produzir A relao entre firmas e indivduos conhecida como a mo invisvel

Como as pessoas interagem 6. Mercados normalmente so boas formas de organizar a atividade econmica Foi Adam Smith, em 1776, que observou que a relao entre firmas e indivduos em um mercado se d como de houvesse uma mo invisvel as guiando

Como as pessoas interagem 6. Mercados normalmente so boas formas de organizar a atividade econmica Indivduos e firmas usam o preo para decidir o que comprar ou vender, sem saber, eles esto levando em considerao o custo social das suas aes Como resultado, os preos levam os tomadores de deciso a alcanar objetivos que maximizam o bem-estar geral de uma sociedade

Bem, em geral os mercados so uma boa maneira para se organizar a atividade econmica. Alguns pases j tentaram concentrar todas as decises econmicas em seu governo, isto , o governo dita o que deve ser produzido, como e quanto deve custar. Isso se provou um tanto quanto ineficiente no passado. Em geral, as decises no so geis o bastante e no englobam todas as possibilidades. Na economia de mercado, o oposto. Empresas, famlias e indivduos tomam suas prprias decises, sempre se baseando em seu prprio bem estar. Isso faz com que a economia como um todo ganhe, pois mais produtos e servios so produzidos e vendidos.

Nas palavras de Adam Smith: cada indivduo procura apenas seu prprio ganho. Porm, como se fosse levado por uma mo invisvel para produzir um resultado que no fazia parte de sua inteno Perseguindo seus prprios interesses, freqentemente promove os interesses da prpria sociedade, com mais eficincia do que se realmente tivesse a inteno de faz-lo Adam Smith A Riqueza das Naes. Mas infelizmente no possivel generalizar. Os mercados tambm podem falhar e disso que se trata o stimo princpio da economia: s vezes os governos podem melhorar os resultados do mercado.

Como as pessoas interagem 7. Governos podem, algumas vezes, melhorar os mercados Quando os mercados falham o Governo intervm para: Promover eficincia Promover igualdade

Falhas nos mercados causam ineficincia e significa que a mo invisvel falhou

Como as pessoas interagem 7. Governos podem, algumas vezes, melhorar os mercados Falhas de mercado podem ser causadas por externalidades, isto , o impacto da ao de um indivduo no bem-estar de outro indivduo (poluio) Poder de mercado o poder que um nico indivduo tem de influenciar o mercado

Apesar dos mercados serem geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econmica, os mercados tambm podem falhar, e quando isso acontece necessrio que o Governo intervenha. So duas as causas mais comuns para as falhas de mercado: Externalidades e Poder de mercado. Uma externalidade ocorre quando uma pessoa (indivduo, empresa, comunidade, etc.) sofre positivamente ou negativamente por meio de uma ao decorrente de terceiros. O exemplo mais clssico de externalidade a poluio. A poluio gerada quando industrias (na maior parte) fabricam seus produtos para clientes interessados neles. No entanto, a comunidade em volta da indstria que sofre com os dejetos.

Quer outro exemplo? Imagine uma pastelaria. Ela est fazendo seus pastis para vender a seus clientes, os clientes esto interessados em comprlos e sabem que vo ter que pagar por eles e aturar um pouquinho daquele cheiro maravilhoso de fritura. No entanto, a dona Josefa que mora ao lado da pastelaria no quer nada a ver com pastelaria e j no agenta mais o cheiro e a fumaa o tempo todo. A dona Josefa est sofrendo por meio de uma externalidade.

Outro caso de falha o poder de mercado. Essa falha acontece quando um vendedor ou um comprador (ou um pequeno grupo de ) tem o poder de manipular preos. No lado do vendedor isso fcil de se ver pois monoplios so exemplos clssicos de poder de mercado, mas o contrrio tambm pode acontecer. Quando o mercado tem apenas um possvel comprador para um bem ou servio, isso chamado Monopsnio. Em economia, monopsnio uma forma de mercado com apenas um comprador, chamado de monopsonista, e inmeros vendedores. um tipo de competio imperfeita, inverso ao caso do monoplio, onde existe apenas um vendedor e vrios compradores. O termo foi introduzido por Joan Robinson. Wikipdia Nos dois casos, externalidades e poder de mercado, o governo deve intervir para garantir o funcionamento da concorrncia justa e otimizar o mercado

Dez Princpios da Economia

Como a economia funciona O nvel de vida de um pas depende da sua habilidade de produzir bens e servios Os preos sobem quando o governo imprime muito dinheiro A sociedade enfrenta, no curto prazo, uma escolha entre inflao e desemprego

Como a economia funciona 8. O nvel de vida de um pas depende da sua habilidade de produzir bens e servios O nvel de vida pode ser medido de diversas formas: Comparando as rendas dos indivduos Comparando o valor total de mercado da produo de um pas

Praticamente todas as diferenas no padro de vida de pases ou indivduos atribudo diferena de produtividade

Como a economia funciona 8. O nvel de vida de um pas depende da sua habilidade de produzir bens e servios Produtividade a quantidade de bens ou servios que um indivduo pode produzir em uma hora Maior produtividade => maior bem-estar

Mankiw resume esse princpio como sendo relacionado a produtividade de um pas. Em economia, produtividade a quantidade de bens e servios que um trabalhador pode produzir por hora de trabalho. Vale lembrar, no entanto que a produtividade per si no resultado apenas do esforo direto do trabalhador.

Mankiw ainda complementa: A relao entre produtividade e padro de vida tambm traz implicaes profundas para a poltica pblica. Quando se pensa sobre como alguma poltica afetar os padres de vida, a questo-chave como ela afetar nossa capacidade de produzir bens e servios. A produtividade fruto da sociedade, suas ferramentas, mtodos, tecnologia e sistemas de ensino.

Como a economia funciona 9. Os preos sobem quando o governo imprime muito dinheiro Inflao o aumento generalizado de preos de uma economia (uma de suas causas quando h muito dinheiro circulando em uma economia)

Imagine a seguinte situao: Voc o presidente de uma pas que est muito endividado e o encarregado por encontrar uma soluo para o problema. Como a dvida na moeda de seu prprio pas, voc decide que existe uma soluo fcil para o problema: - Imprimir mais dinheiro e quitar as dvidas! Certo? Errado. Quando um governo comea a imprimir mais moeda do que a economia pode suportar a inflao aumenta. Isso acontece devido a quantidade de dinheiro disponvel no mercado, que aumenta de forma no natural.

Em geral, com mais dinheiro no mercado as pessoas compram mais. Com isso a demanda aumenta tambm de forma no natural. O aumento imprevisto da demanda causa queda na oferta (poucos produtos para muitos interessados). Com pouca oferta e muita demanda temos um aumento dos preos. Esse ciclo vicioso j ocorreu em muitos pases no sculo XX e provvel que continue acontecendo enquanto as pessoas que cuidam da poltica econmica dos pases no se atentarem para os impactos que medidas como essa podem ter.

Como a economia funciona 10. A sociedade enfrenta, no curto prazo, uma escolha entre inflao e desemprego

Inflao Voc escolhe!

Desemprego

CURVA DE PHILLIPS

% DE % DE VARIAO VARIAO SALARIAL

% DE DESEMPREGO

O ltimo princpio da economia diz que a sociedade enfrenta um tradeoff entre inflao e desemprego no curto prazo, ou seja, se a inflao aumenta, o desemprego diminui e viceversa. Esse princpio parece um pouco estranho, mas acompanhe o raciocnio: Se o nmero de pessoas desempregadas diminui o mercado passa a ter mais gente com dinheiro. Mais gente com dinheiro significa mais compras e maior demanda por produtos e servios. Maior demanda implica em maior preo.

Agora do outro lado: Se os preos aumentam, os lucros dos comerciantes aumentam (pelo menos no curto prazo) Com aumento de lucros, a tendncia aumentar a produo Para aumentar a produo precisa-se de mais mo-de-obra. um ciclo sem fim. A princpio essa idia me pareceu um pouco estranha, ento fui atrs de alguns dados histricos no site do IBGE e das taxas de inflao para o mesmo perodo para saber se esse princpio tem cabimento. Olhe o que eu encontrei:

Durante o ano de 2002 e incio de 2003 fica clara essa relao quando o a mdia do desemprego diminui (em vermelho) a inflao aumenta (em azul). Em outros momentos a relao no to clara. Mas importante lembrar que a inflao e o desemprego podem sofrer influncia de vrios outros fatores Tags: EconomiaLinkedInOs 10 Princpios da Economia por N. Gregory MankiwTradeoff

Resumo Quando indivduos tomam decises, eles tm que fazer uma escolha Pessoas racionais tomam decises comparando benefcio marginal com o custo marginal

Resumo Indivduos se beneficiam ao comercializar com outros indivduos Mercados normalmente so bons coordenadores do comrcio O Governo pode, potencialmente, melhorar ou corrigir problemas de mercado

Resumo A produtividade de uma pas determina o seu padro de vida A sociedade enfrenta uma escolha difcil no curto prazo: inflao ou desemprego?

Resumo Quando indivduos tomam decises, eles tm que fazer uma escolha Pessoas racionais tomam decises comparando benefcio marginal com o custo marginal

Resumo Indivduos se beneficiam ao comercializar com outros indivduos Mercados normalmente so bons coorde-nadores do comrcio O Governo pode, potencialmente, melho-rar ou corrigir problemas de mercado

Resumo A produtividade de uma pas determina o seu padro de vida A sociedade enfrenta uma escolha difcil no curto prazo: inflao ou desemprego?

BREVE HISTRICO DAS CINCIAS ECONMICAS

Sculo XVI-XVII-XVIII

Mercantilistas

Fisiocratas

Sculo XVIII

Adam Smith 1723 - 1790

Malthus 1766 - 1834

Jean Baptiste Say 1768 - 1832

David Ricardo 1772 - 1823 Stuart Mill 1806 - 1873

Neoclssicos e Marginalistas Marshall 1842 - 1924 Sraffa 1898 - 1983 Keynes 1883 - 1943 Walras 1834 - 1910

Marx 1818 - 1883 Fisher 1867 - 1947

O novo Cambridge

Economia do Desequilbrio

Sntese Neoclssica

Nova Macroeconoia Clssica

Monetarismo

Nova Esquerda

ECONOMIA

EVOLUO DO PENSAMENTO ECONMICO

Evoluo da Cincia Econmica Evoluo Histrica da Atividade Econmica A atividade econmica das primeiras comunidades era muito simples. O Homem, para satisfazer as suas necessidades essenciais, limitava-se a caar, pescar e recolher frutos e razes era um recoletor. Era nmade. H cerca de 10 000 anos, a descoberta da agricultura e a criao de animais provocaram grandes transformaes na vida do Homem. A agricultura e a criao de gado so responsveis pelo processo de sedentarismo do Homem. Estas novas atividades permitiram que o Homem passasse a ser um produtor. As condies para que se produzisse um excedente de alimentos relativamente s necessidades e estes se tornaram objetos de troca entre os homens revoluo neoltica.

Evoluo na agricultura e criao de gado - melhoramento dos instrumentos de trabalho foram descobertos nesta altura e utilizados metais como o cobre, o bronze e o ferro contribuindo para esta evoluo.

A criao de excedentes est na origem do aparecimento de desigualdades sociais - a apropriao dos excedentes ir provocar divises. Estas divises do origem ao Estado, forma de organizao poltica para manter a ordem. A atividade econmica que passou a basear-se no trabalho de escravos, originou a acumulao de riquezas. Decorrendo a estagnao devido decadncia da produo.

Evoluo na agricultura e criao de gado - melhoramento dos instrumentos de trabalho foram descobertos nesta altura e utilizados metais como o cobre, o bronze e o ferro contribuindo para esta evoluo.

Os proprietrios no utilizavam novas tcnicas de produo devido aparente rentabilidade da mode-obra dos escravos. Com o fim do Imprio Romano do Ocidente, a economia europia sofreu profundas modificaes. A circulao dos homens e as comunicaes comerciais tornaram-se mais difceis. As relaes comerciais, martimas e terrestres diminuram e a produo agrcola e artesanal passou a limitar-se s produes de autosubsistncia, consumidas nos domnios. Criava-se a sociedade feudal.

SOCIEDADE FEUDAL Os servos tomam o lugar dos escravos na manuteno das exploraes agrcolas. So obrigados a entregar aos senhores feudais prestaes em espcies de rendas ou dinheiro. Com exigncias mais pesadas os servos migraram em massa para as cidades. O suporte de toda a atividade econmica o trabalho dos servos enfraquece e o sistema entra em crise.

SOCIEDADE FEUDAL Na Idade Mdia o comrcio desenvolveu-se e as cidades cresceram. Surge a burguesia. A burguesia surge ligada a novas atividades da cidade, atividades no agrcolas, como o artesanato, indstria primitiva (minas, trabalho de l, metalurgia). a vida urbana que vai permitir as primeiras manifestaes de capitalismo na Idade Mdia, pelo menos na sua forma de capitalismo comercial. o comrcio que, apoiado numa indstria nascente, permite a acumulao de excedentes, que formam a base do poder da burguesia.

Feudo

Sociedade Capitalista As bases da sociedade capitalista que constitui hoje o modo de organizao social dominante e se caracteriza por: propriedade privada dos meios de produo, dos resultados da produo, produo essa para venda, com o objetivo de obter um lucro e utilizao da fora do trabalho assalariado durante o processo produtivo, mediante uma remunerao o salrio.

O capitalismo no deixou de evoluir at aos nossos dias tendo j ultrapassado a dimenso nacional. O cenrio econmico o de mundializao e interdependncia entre as economias.

O PENSAMENTO ECONMICO O pensamento econmico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepncia e oposies. A evoluo deste pensamento pode ser dividida em dois grandes perodos: Fase Pr-Cientfica e Fase Cientfica Econmica.

A fase pr-cientfica composta por trs sub-perodos A Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos poltico filosficos. A Idade Mdia ou Pensamento Escolstico, repleta de doutrinas teolgico-filosficas e tentativas de moralizao das atividades econmicas. No Mercantilismo houve uma expanso dos mercados consumidores e do comrcio.

A fase cientfica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clssica e Pensamento Marxista Fisiocracia - a existncia de uma "ordem natural", onde o Estado no deveria intervir (laissez-faire, laissez-passer) nas relaes econmicas. Os clssicos acreditavam que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), atravs do ajuste de preos ("moinvisvel"). O marxismo criticava a "ordem natural" e a "harmonia de interesses" (defendida pelos clssicos), afirmando que tanto um como outro resultava na concentrao de renda e na explorao do trabalho.

Escola Neoclssica Apesar de fazer parte da fase cientfica, a Escola Neoclssica e o Keynesianismo diferenciam-se dos outros perodos por elaborar princpios tericos fundamentais e revolucionar o pensamento econmico. na Escola Neoclssica que o pensamento liberal se consolida e surge a teoria subjetiva do valor. A Teoria Keynesiana, procura-se explicar as flutuaes de mercado e o desemprego (suas causas, sua cura e seu funcionamento).

A FORMAO DO PENSAMENTO ECONMICO O pensamento econmico tem como preocupao bsica a soluo dos problemas econmicos de sua poca. PR-HISTRIA: Descobrimento da Agricultura; Formao das primeiras comunidades sedentrias; Aumento populacional. Soluo de necessidades econmicas imediatas (agricultura, pastoreio, desenvolvimento tecnolgico) para garantir a sobrevivncia da espcie humana.

ANTIGUIDADE: Formao das primeiras civilizaes com organizaes sociais mais complexas. Surge o Estado: Egito, Mesopotmia, Fencia, Grcia e Roma; Surgimento de idias econmicas fragmentrias de carter secundrio em estudos filosficos e polticos (Grcia): Xenofonte (355 a.c.):

Economia: oikos

casa nomos

lei

Economia era entendida como princpios de gesto de bens privados. Tratava de conhecimentos prticos de gesto domstica. Aristteles: estudos sobre administrao privada e finanas pblicas

MERCANTILISMO (1450 1750): 1. Movimento Econmico Transformaes importantes: Reforma Protestante: Lutero e Calvino (ser rico no pecado); Melhora do padro de vida: desejo de bem-estar; Surgimento do Estado Moderno (centralizao poltica); Igreja perde poder na interferncia da economia; Ampliao das fronteiras do mundo: Grandes Navegaes; Fomento do comrcio exterior. Mudana dos princpios de criao e circulao de riqueza: Declnio do Feudalismo como sistema de produo; Comrcio passa a ser a nova fonte de riqueza;

Mercantilismo Os mercantilistas fora os primeiros a estabele-cer princpios de uma poltica econmica. Mercantilismo no foi considerado cincia, pois representava apenas um conjunto de precei-tos de poltica prtica. Mercantilismo levou a excessos por parte do Estado: absolutismo, regulamentaes, guerras e nacionalismo que emperravam a atividade econmica.

Doutrina mercantilista A riqueza das naes depende da quantidade de moeda em circulao e a arte de governar tem por objetivo acumular moedas e metais preciosos;

Conseqncias: Fortalecimento do Estado como agente de poltica econmica; Regulamentao do comrcio favorecendo exportaes e impedindo importaes; A balana comercial deve ser positiva;

Doutrina mercantilista Conseqncias: Transformao da Economia Regional para a Econo-mia Nacional; Deslocamento do eixo econmico mundial do Mediterrrneo para o Atlntico; Poltica colonial de explorao: retirada de metais preciosos e produtos raros a serem revendidos no mercado Europeu; No Brasil, o comrcio com outras naes e a instala-o de indstrias impedido para evitar a concor-rncia com Portugal; O indivduo um apndice do Estado, um instrumen-to da riqueza da nao;

ESCOLAS LIBERAIS DO SCULO XVIII: a) ESCOLA FISIOCRTICA (1760-1770) (governo da natureza): Primeira concepo sistemtica da Cincia Econmica.

Transformaes importantes: Aperfeioamento tcnico (Revoluo Industrial); Crescentes manifestaes em favor de uma reforma nas concepes de trabalho, consumo, tributos, etc. (Revoluo Francesa); Florescimento do capitalismo; Surgimento do Iluminismo, a Idade da Razo.

Doutrina Fisiocrata Oposio ao Absolutismo, ao Mercantilismo e ao excesso de interveno governamental; Idias baseadas no cientificismo, liberalismo e individualismo; Ordem Natural e auto-reguladora dos fenmenos econmicos; O Universo regido por leis naturais, absolutas, imutveis e universais, desejadas pela Providncia Divina para a felicidade dos homens.

O Estado no pode intervir na ordem econmica, pois contraria a vontade da natureza. Lema: Laissez-faire, laissez-passer;

Doutrina Fisiocrata S a terra (natureza) fonte de riquezas (agricultura, pesca e minerao). As classes sociais no envolvidas com o trabalho agrcola so estreis; desestmulo ao comrcio e s finanas.

Fundador e principal pensador: Franois Quesnay (1694-1774). Representou uma evoluo frente ao mercantilismo, mas se mostrava incapaz de compreender os fenmenos econmicos da poca. Seu grande mrito foi criar os fundamentos da Escola Clssica.

ESCOLA CLSSICA (1776-1870) Fundador: Adam Smith: A Riqueza das Naes. Liberalismo: a economia funciona segundo uma ordem natural e automtica regulada pela livre concorrncia e pela lei da oferta e da procura (Mo Invisvel). O Estado no deve intervir;

Individualismo: a busca pelo interesse prprio por parte dos indivduos contribui positivamente para o crescimento econmico geral (vcios privados, benefcios pblicos); Fonte de riqueza o Trabalho.

ESCOLA CLSSICA (1776-1870) O desenvolvimento econmico baseado na diviso e especializao do trabalho; diviso do trabalho proporciona destreza pessoal, economia de tempo e condies favorveis ao invento de novas tcnicas e mquinas; ou seja, aumenta a produtividade;

Smith se preocupava com a elevao do nvel de vida e o bem-estar econmico de toda a sociedade; Pressupe uma harmonia de interesses entre as vrias classes sociais.

Escola Clssica. Adam Smith contestava a interveno do governo na economia e apoiava a suposio de que a economia funciona melhor baseada nas leis de mercado, na livre iniciativa tambm denominada laissez-faire. O interesse individual e a concorrncia maximizam o desenvolvimento econmico. Que havendo concorrncia o empresrio precisa ser eficiente, mantendo custos baixos para ser competitivo. Os benefcios desse desenvolvimento deveriam ser partilhados por toda a sociedade. A produtividade (gerao de maior produto) decor-rente da diviso do trabalho Ex: Alfinete

Exemplo da fbrica de alfinetes: Um operrio no treinado para a utilizao das mquinas dificilmente poderia talvez fabricar um nico alfinete em um dia, empenhando o mximo de trabalho; no conseguir fabricar vinte. Um operrio desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocao da cabea do alfinete; para fazer uma cabea de alfinete requerem-se 3 ou 4 operaes diferentes; montar a cabea j uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes outra; a prpria embalagem dos alfinetes tambm constitui uma atividade independente. A atividade de fabricar um alfinete requer 18 operaes distintas.

Exemplo da fbrica de alfinetes: Uma pequena manufatura com 10 empregados e na qual alguns desses executavam 2 ou 3 operaes diferentes. Se no fossem muito hbeis e no estivessem treinados para o uso das mquinas conseguiam fabricar em torno de 12 libras de alfinetes por dia. 1 libra contm mais do que 4 mil alfinetes de tamanho mdio. Essas 10 pessoas produziam - mais do que 48 mil alfinetes por dia. Cada pessoa conseguia fazer 1/10 de 48 mil alfinete por dia - que cada uma produzia 4.800 alfinetes diariamente. Se tivessem trabalhado independentemente um do outro e sem que nenhum deles tivesse sido treinado para esse ramo de atividade, cada um deles no teria conseguido fabricar 20 alfinetes por dia, e talvez nem mesmo 1, ou seja: com certeza no conseguiria produzir a 240 parte, e nem mesmo a 4.800 parte do que so capazes de produzir, em virtude de uma adequada diviso do trabalho e combinao de suas diferentes operaes.

Liberalismo Econmico O liberalismo econmico, aliado a crescente industrializao trouxe a afluncia econmica dos pases centrais e conseqncias sociais preocupantes:Queda do padro de vida das classes trabalha-doras; Longas jornadas de trabalho e baixos salrios; Ausncia de legislao trabalhista e previdenciria; Instabilidades econmicas constantes (crises de superproduo). A idia de uma ordem natural e da harmonia de interesses comeava a ser questionada. Tais leis no poderiam ser deixadas fora de controle.

Teoria da Mo invisvel Para o aumento da riqueza necessrio ampliar os mercados e a iniciativa privada. Teoria da mo invisvelTodo indivduo age pela expectativa de recompen-sa. A busca do prprio interesse leva harmonia social. As leis do mercado no devem sofrer interven-es e a economia sozinha se direcionar por si mesma para o melhor caminho guiada por uma mo invisvel.

Ex. Se cada pessoa resolve embelezar seu jar-dim a cidade fica mais bonita.

Vale saber: MO INVISVEL (laissez-faire): milhares de consumidores e empresas, sozinhos, como que guiados por uma mo invisvel encontram a posio de equilbrio nos vrios mercados, sem a interveno do Estado.

Seguidores: Thomas Robert Malthus (1766-1834): Formulou a teoria populacional pessimista (1798). A populao, quando no controlada, cresce a taxas geomtricas, e a produo de alimentos a taxas aritmticas; a causa dos males da sociedade seria o excesso populacional; advogou o adiamento de casamentos, a limitao de filhos em famlias pobres e aceitava a guerra como soluo para o excesso populacional;

Seguidores John Stuart Mill (1806-1873): Sistematizou e consolidou a anlise clssica desde Smith. Introduziu na economia a preocupao com a Justia Social. Preocupou-se com as leis que governam a distribuio de renda; promoveu transio para reaes socialistas;

Seguidores Jean Baptiste Say (1768-1832): Lei de Say: a oferta cria sua prpria de-manda; na qual o aumento da produo transforma-se em renda de trabalhadores e empresrios que gasta em outras mercadorias e servios; d ateno ao empresrio e ao lucro; completa a obra de Smith em vrios pontos

Seguidores: David Ricardo (1772-1823): Primeiro autor a prever conseqncias sociais negativas com o crescente uso da mquina na produo (substituio do homem pela mquina); No comrcio internacional, introduziu a Teoria das Vantagens Comparativas onde o comrcio entre os pases depende das dotaes relativas de fatores de produo;

David Ricardo O objeto da economia - estudo da repartio da riqueza. Principais contribuies: Teoria do Valor O valor de uma mercadoria determinado pela quantidade de trabalho necessrio para produzir essa mercadoria. O valor dado pelo custo do trabalho .

David Ricardo Principais contribuies: Teoria da Repartio Existiam 3 classes sociais: os latifundirios, os capitalistas e os operrios. Havia conflito entre as classes e Ricardo se posicio-nou a favor dos capitalistas porque, segundo sua teoria, o crescimento econmico s possvel com o investimento e o investimento parte do lucro aplicado na produo. S os capitalistas teriam condies de investir, pois, os operrios no receberiam o suficiente para gerar excedentes sobre suas necessidades

David Ricardo Teoria das Vantagens Comparativas - Se os pases se especializassem na produo daquilo que esto mais aptos a fazer e em seguida tro-cassem suas mercadorias, todos obteriam maiores benefcios. Brasil Japo Alimento Automvel 10 t 1 5t 1

O custo de oportunidade de um automvel para o Japo de 5 t, logo ele tem maior vantagem comparativa na produo de automveis. Pois com a produo de um carro ao invs de ele comprar 5 t de alimento no Japo ele compra 10 t no Brasil.

ESCOLA MARXISTA: Karl Marx (1818-1883): O Capital. O materialismo histrico e o dialtico foram as bases de sustentao marxista que influen-ciou-o e acompanhou por toda a sua vida. O mtodo dialtico uma maneira de se ver a realidade levando em considerao a histria, a cultura da sociedade. Materialismo a matria que cria a idia e Dialtica v a realidade como um todo org-nico e estruturado, que possu um movimento e deve ser conhecido.

ESCOLA MARXISTA: J a metafsica entende a realidade como uma coisa parada, preocupa-se em estudar a essncia das individua-lidades que compe a realidade. Considera a realidade como um agrupamento catico de elementos inertes sem movimento orgnico.

Karl Marx PRODUO DE MAIS-VALIA A taxa de mais-valia depender, se todas as outras circunstncia permanecerem invariveis, das propores existentes entre a parte da jornada em que o operrio tem que trabalhar para reproduzir o valor da fora de trabalho.

O excedente do trabalho o lucro no capita-lismo ( o trabalho no pago). Exemplo: se um operrio trabalhar oito horas por dia e para sua sobrevivncia ele necessite de quatro apenas para sua sobrevivncia, o restante a mais-valia, isto acontece sem que o trabalhador perceba.

Karl Marx A mais-valia divide-se em: mais-valia absoluta, ocorre com o aumento da jornada de trabalho e mais-valia relativa, ocorre com o aumento da produtividade.

Materialismo Dialtico Conceito de dialtica O exprime uma idia de reciprocidade, de troca de palavras, dilogo.

A dialtica a arte da discusso. Ela no se confunde com a retrica. A retrica pretende impressionar e captar, a dialtica busca no apenas convencer, mas tambm levar compreenso. A dialtica compreende o raciocnio que busca a verdade por intermdio da conciliao de contradies.

MATERIALISMO HISTRICO A explicao da histria das sociedades humanas, em todas as pocas, atravs dos fatos materiais, essencialmente econmicos e tcnicos. A sociedade comparada a um edifcio no qual as fundaes, a infra-estrutura, seriam as foras econmicas, enquanto o edifcio em si, a superestrutura, as idias, costumes, instituies (polticas, religiosas, jurdicas, etc)..

MATERIALISMO HISTRICO As relaes sociais so inteiramente interligadas s foras produtivas. Adqui-rindo novas foras produtivas, os homens modificam o seu modo de produo, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relaes sociais. O moinho a brao vos dar a sociedade com o suse-rano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) Diviso entre o clssico e o Contempo-rneo Neo Clssicos As causas do desenvolvimento da riqueza preocupao com o homem. Marshall 1890 Incorporao da vari-vel BEM-ESTAR.

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) A nfase no processo de acumulao capita-lista e as conseqncias sociais da industri-alizao: o baixo padro de vida da classe trabalha-dora, a longa jornada de trabalho, os reduzidos salrios e a ausncia de legislao trabalhista, evidenciavam que o sistema de distribuio de renda no estava funcionando bem no sistema capitalista em expanso.

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) Marshall considerava a economia como a cincia do comportamento humano e no cincia da riqueza. A economia deveria partir da anlise das necessidades humanas e das leis que determinam a utilizao dos recursos para satisfaz-los.

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) Fatos econmicos relevantes: Capitalismo concorrencial cede lugar a um capitalismo molecular, de grandes comcentraes econmicas com forte tendn-cia monopolista; Crescente sindicalizao dos trabalhado-res eleva nveis salariais e produz uma classe mdia; Prosperidade econmica dos pases oci-dentais contraria previses pessimistas de Malthus e Marx;

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) Fatos econmicos relevantes: O estudo da economia adquire carter internacional; Economia torna-se disciplina acadmica estudada em Universidades. Os neoclssicos (ou marginalistas) so os responsveis pela elaborao dos princ-pios tericos fundamentais da Cincia Econmica.

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) Mudana na definio dos problemas econmicos: A anlise econmica deve partir do estudo das necessidades humanas e das leis que determinam a utilizao dos recursos disponveis para satisfa-z-las; Crena na economia de mercado fez com que no se preocupassem com poltica e planejamento; Preocupao com a alocao dos recursos econ-micos escassos para maximizar a satisfao dos consumidores; Estudo das caractersticas subjetivas das escalas de preferncia individuais, das necessidades hu-manas e da atividade econmica desenvolvida para saci-la;

O PERODO NEOCLSSICO (1870-1929) Mudana na definio dos problemas econ-micos: Criao do conceito de homem econmico, racio-nal e calculador, empenhado em equilibrar dis-pndios marginais e ganhos marginais; Crescente uso de modelos matemticos para retra-tar a realidade econmica e o comportamento humano; O valor de um bem no mais decorrente do traba-lho nele incorporado, mas da importncia a ele atribuda de forma subjetiva pelo consumidor.

A abordagem neo-clssica pontos fundamentaisA economia estuda como os homens vivem, agem e pensam O valor dos bens e servios tem relao com as necessidades dos indivduos. Ao contrrio de Ricardo, o valor do trabalho que deveria ser determinado pelo valor do produto que vai depender da sua utilidade. Se voc est num deserto com muita sede e no h gua. Nesse contexto a gua um bem extremamente valioso e til

Conceito de Utilidade Marginal Decrescentea utilidade diminui medida que aumenta a quantidade consumida do bem Exemplo do copo de gua no deserto.

no caso da propaganda o valor de cada bem ou servio depende do momento, do estado psicolgico e da fora de atrao que cada produto exerce sobre os indivduos em determinadas situaes

Conceito de Utilidade Marginal Decrescente A economia tem como fim descobrir co-mo as virtudes humanas combinadas com as foras da concorrncia podem conduzir ao bemestar social. A Economia a cincia que examina a ao individual e social essencialmente ligada a obteno e a utilizao das condies materiais do bem-estar.

Alfred Marshall responsvel pela sntese neo-clssica, reco-nheceu a dificuldade de mensurao das mo-tivaes humanas, reduziu o nmero de variveis estudadas e simplificou a anlise econmica tornando-a acessvel ao grande pblico. reconhecia a necessidade do Estado intervir no mercado para garantir o seu correto funcionamento.

A economia neoclssica o que se chama de uma metateoria Ela um conjunto de regras implcitas ou de entendimentos para a construo de teorias econmicas satisfatrias. As hipteses fundamentais incluem as seguintes:

Hipteses 1. Pessoas racionais preferem entre resultados; 2. Indivduos maximizam utilidade e firmas maximizam lucro; 3. Pessoas agem racionalmente com base em toda informao relevante.

Podemos ento falar de teorias neocls-sicas do emprego, dos lucros, do cres-cimento, da moeda. Podemos criar relaes de produo neoclssicas entre insumos e produtos, ou teorias neoclssicas do casamento e do divrcio e do intervalo entre cada gravi-dez. Pensemos, por exemplo, no caso das demisses.

Uma teoria que suponha que as decises de demisso de uma firma so baseadas no equilbrio entre os benefcios da demisso de um trabalhador adicional e os custos associados a essa ao uma teoria neoclssica. Uma teoria que explica as decises de demis-so pela mudana na simpatia dos gestores por empregados com caractersticas especficas no uma teoria neoclssica.

A economia neoclssica conceitualizou os agentes, firmas e famlias, como atores racionais. Os agentes foram modelados como otimizadores que eram levados ao melhor resultado. O equilbrio resultante era o melhor, no sentido de que qualquer outra alocao de bens e servios deixaria algum em pior situao. Assim, o sistema social, na viso neoclssica, estava livre de conflitos insolveis. O prprio termo sistema social uma medida do sucesso da economia neoclssica, porque a idia de um sistema, com seus componentes interagentes, suas variveis, parmetros e restries, a linguagem da Fsica de meados do sculo XIX. A rea da Mecnica racional foi um modelo para a economia neoclssica.

A economia neoclssica conceitualizou os agentes, firmas e famlias, como atores racionais. Os agentes foram modelados como otimizadores que eram levados ao melhor resultado. O equilbrio resultante era o melhor, no sentido de que qualquer outra alocao de bens e servios deixaria algum em pior situao. Assim, o sistema social, na viso neoclssica, estava livre de conflitos insolveis. O prprio termo sistema social uma medida do sucesso da economia neoclssica, porque a idia de um sistema, com seus componentes interagentes, suas variveis, parmetros e restries, a linguagem da Fsica de meados do sculo XIX. A rea da Mecnica racional foi um modelo para a economia neoclssica. Os agentes eram como tomos, a utilidade era como a energia, a maximizao da utilidade era como a minimizao da energia potencial, e assim por diante. Dessa forma, a retrica da cincia bem-sucedida foi relacionada teoria neoclssica e dessa forma a prpria economia foi relacionada cincia. Se essa conexo foi intencionada pelos primeiros marginalistas ou se foi um dos aspectos do sucesso da cincia, menos importante que as implicaes da prpria conexo. Porque uma vez que a economia neoclssica foi associada com economia cientfica, qualquer desafio abordagem neoclssica parecia um questionamento da cincia, do progresso e da modernidade.

Os agentes eram como tomos, a utilidade era como a energia, a maximizao da utilidade era como a minimizao da energia potencial, e assim por diante. Dessa forma, a retrica da cincia bem-sucedida foi relacionada teoria neoclssica e dessa forma a prpria economia foi relacionada cincia. Se essa conexo foi intencionada pelos primeiros marginalistas ou se foi um dos aspectos do sucesso da cincia, menos importante que as implicaes da prpria conexo. Porque uma vez que a economia neoclssica foi associada com economia cientfica, qualquer desafio abordagem neoclssica parecia um questionamento da cincia, do progresso e da modernidade.

O valor da economia neoclssica O valor da economia neoclssica pode ser medido pelo conjunto de verdades para as quais ela fornece esclarecimento. As verdades que dizem respeito a incentivos sobre preos e informao, sobre a interde-pendncia das decises e sobre as conse-qncias no-intencionais das escolhas so temas bem desenvolvidos nas teorias neocls-sicas, bem como sua autoconscincia a respeito do uso das evidncias.

Planejamento das Necessiades Para fazer o planejamento das necessidades futuras de energia em meu estado, por exemplo, a Comisso de Utilidades Pblicas faz uma previso (neoclssica) de demanda, junta com uma anlise (neoclssica) de custo de construo de usinas de vrios tamanhos e tipos (e.g. uma usina movida a carvo de baixo enxofre com capacidade de 800 megawatts) e desenvolve uma estratgia de implementao da usina num sistema de mnimo custo com uma concomitante estratgia de preo.

Todos os envolvidos, da indstria prefeitura, das companhias eltricas aos ambientalistas, todos falam a mesma lngua da elasticidade da demanda e da minimizao dos custos, dos custos marginais e da taxa de retorno. As regras de desenvolvimento e avaliao de teorias esto claras na economia neoclssica e esta clareza benfica para a comunidade de economistas. A cientificidade da economia neoclssica, deste ponto de vista, no sua fraqueza, mas sua fora.

O KEYNESIANISMO (1929 poca atual) Crise de 1929 e a Grande Depresso: PNB dos EUA: em 1929 em 1933 em 1929 em 1933 em 1929 em 1932 Us$ 103,1 bilhes; Us$ 55,6 bilhes. 1,5 milhes ; 14 milhes, da populao ativa. 15,7 %; 1,7 %.

Desemprego:

Investimentos (em % do PNB):

ALGUNS ANTECEDENTESA teoria econmica predominante (1920/1936) Teoria Neoclssica. Pressuposto bsico: a Lei de Say: o processo de produo capitalista , tambm um processo de gerao de rendas (Lucro, salrio,aluguis, etc.) e, por isso, a oferta cria sua prpria demanda. demanda Esta viso levava ao ajuste automtico da economia, isto , a economia como um todo, no admitia o desemprego involuntrio. Se desemprego houver, o ser temporrio, espordico e parcial. Entretanto, a realidade da poca, desmentia a teoria. O DESEMPREGO GRASSAVA POR TODA A EUROPA E A AMRICA

COMO REAGIRAM OS TERICOS DA POCA DIANTE DESTE QUADRO? Pelo lado dos: TRABALHADORES EMPRESRIOS

Os salrios j no obedeciam as Leis de oferta e procura. O sindicalismo impedia artificialmente que os salrios descessem.

As empresas deixavam de contratar quando os salrios se elevam muito.

CONCLUSO DA POCA: A CAUSA DOS DESEMPREGOS SERIAM OS ALTOS SALRIOS. ????

O KEYNESIANISMO (1929 poca atual) Em trs anos o padro de vida recuou aos padres do incio do sculo; Cria-se uma crise de conscincia dos eco-nomistas que se vem incapazes de elaborar polticas econmicas adequadas para o re-torno ao crescimento; A imagem de funcionamento normal a pleno emprego de uma economia auto-regulada desenvolvida pelas teorias clssica e neo-clssi-ca mostra-se ingnua e distante da realidade prtica.

A Revoluo Keynesiana: A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936) Representa uma ruptura com a tradio clssica; Concluiu que o Estado deve participar da ativi-dade econmica, procurando compensar o de-clnio dos investimentos privados nos perodos de crise econmica, reaquecendo a economia;

Os neoclssicos sempre foram defensores da livre concorrncia (Ideologia Liberal). Este era o modelo, que levaria ao ajustamento automtico da economia, entretanto a realidade j era outra. Estavam surgindo os grandes monoplios e oligoplios desde o inicio do sculo, com isto, o primado da concorrncia perfeita era desfeita. Neste contexto Keynes, aponta duas grandes fraquezas do capitalismo:

a) Desemprego; b) Distribuio excessivamente desigual e arbitrria da renda e da riqueza. Antes de Keynes, alguns polticos advogavam uma poltica de obras pblicas para abrandar a questo dos desempregos.

NA REALIDADE HAVIA UMA INCOERNCIA ENTRE A TEORIA EM VOGA E A PRTICA OBSERVADA

Os clssicos apontavam como causa do desemprego a rigidez dos monoplios: a) Dos sindicados que impediam a flexibilidade dos salrios; a) Das empresas que impediam a concorrncia perfeita.

RACIOCNIO BSICOQue fatores explicam o nvel de emprego, numa sociedade industrial moderna? O NVEL DE EMPREGO DOS FATORES DETERMINADO PELO NVEL DE PRODUO Quem determina o nvel de produo? A DEMANDA EFETIVA Quem determina a demanda efetiva? - Consumo (C) - Bens de Investimentos (I) Esta por hiptese:

Sem comrcio exterior e sem governo

A viso de Keynes totalmente diversa. No se trata de rigidez ou imperfeio do mercado. No se trata de voltar ao mundo ideal da concorrncia perfeita. Ele mostra que o capitalismo funciona mal por deficincia do principio da demanda efetiva , conforme demonstrado atravs de um instrumental analtico prprio.

Sendo o consumo C uma funo da renda: (Y), C = (Y). Para Keynes, o consumo agregado, isto , a taxa de consumo de toda a sociedade, sempre menor do que 1, uma vez que ela poupa parte de sua renda. O Investimento (I) funo das expectativas dos empresrios quanto aos Lucros Futuros(E) e da Taxa de juros(i). Logo, tambm que: I =(E;i). Restringindo agora ao modelo simplificado teremos:

Y = C + IA RENDA (Y) determinada pelos gastos em consumo e pelos gastos em investimentos, este portanto, o princpio da demanda efetiva. efetiva Como o consumo relativamente estvel, o principal determinante da renda passa a ser os investimentos. ESTA A CHAVE investimentos PARA COMPREENDER AS OSCILAES E A INSTABILIDADE DO SISTEMA CAPITALISTA.

PRINCPIO DA DEMANDA EFETIVAO princpio da demanda efetiva agora o oposto da lei de Say. Para Keynes: A DEMANDA EFETIVA o primado dos gastos em comsumo e investimento (demanda) sobre a produo (oferta). Ou seja, quem determina o volume de produo e volume de emprego a demanda efetiva que no apenas a

demanda efetivamente realizada, mas ainda o que se espera seja gasto em consumo mais o que se espera seja gasto em investimento.

Para Keynes O desemprego provocado por deficincia da prpria demanda. A baixa de salrios poderia agravar a situao, porque levaria ao desestmulo do consumo. A queda do consumo levaria alguns empresrios arquivarem projetos futuros de investimentos, ou at, diminurem a produo corrente. Neste ltimo caso, haveria aumento da capacidade ociosa e, portanto, o desemprego. Assim, a demanda efetiva pode ser maior ou menor que a capacidade produtiva de um pas, em determinado momento. Se for menor, teremos desemprego. Se for maior, teremos inflao.

PORTANTO,

NO EXISTE NENHUM MECANISMO DE AJUSTAMENTO AUTOMTICO CAPAZ DE IGUALAR A OFERTA E A DEMANDA, NO NVEL DE PLENOEMPREGO COMO PRECONIZAVAM OS CLSSICOS COM BASE NA LEI DE SAY.

CONSUMO E PROPENSO MARGINAL A CONSUMIR Ao aumentar a renda de uma comunidade, aumentar tambm o consumo, mas em proporo menor que o aumento da renda. Em outros termos, para a comunidade como um todo, nem toda a renda ser consumida. Parte dela ser poupada. Logo, podemos decompor cada unidade de renda em consu-

mo e poupana.A porcentagem do aumento da renda aplicada em consumo ser denominada de Propenso Marginal a Consumir (PMgC). Por conseqncia, a parte no aplicada no consumo ser denominada de Propenso Marginal a Poupar (PMgS).

Os exemplos mostram que o multiplicador ser tanto maior quanto maior for a propenso a consumir, ou quanto menor a propenso a poupar(?). Eis aqui, o paradoxo da poupana ( paradoxo da parcimnia). parcimnia Aumente a propenso a poupar e se estar diminuindo a renda do perodo seguinte???

COM A QUEDA DA RENDA, CAI O CONSUMO, CONSUMO A DEMANDA E, CONSEQUENTEMENTE, O INVESTIMENTO

KEYNES E OS CICLOS ECONMICOSQuando a poupana maior que os investimentos a economia declina; Quando os investimentos so maiores que a poupana a economia cresce; Uma poltica de juros baixos estimula o fluxo da poupana para os investimentos; alm do mais, juros baixos ativam o consumo e ajudam a produo; Para combater o desemprego, o governo deve realizar obras pblicas, criando frentes de trabalho

A Revoluo Keynesiana:

Se a iniciativa privada, atuando livremente no mercado, incompetente para garantir a manuteno dos nveis de emprego, ento a fun-o da Poltica Econmica do Governo no substituir a iniciativa privada (como nas econo-mias socialistas), mas complement-la e am-par-la quando necessrio.

A Revoluo Keynesiana: Estudou os determinantes do nvel de emprego e da Renda Nacional; Defendia a realizao de dficits pbli-cos propositais para inflar a demanda agregada, o que acabava por gerar infla-o. Inverte o sentido da Lei de Say: o papel da demanda agregada de bens e servios; a demanda determina o nvel de produo que ir aumentar o volume de emprego.

Keynes Segundo ele quanto mais pobre for a socieda-de, maior ser sua propenso marginal a consumir, pois dever utilizar quase toda sua renda em consumo. Nas economias desenvolvidas ocorre o con-trrio, a propenso marginal a poupar maior. Aumento da poupana originado pelo aumen-to da renda. Se as famlias forem induzidas a reduzir o com-sumo, at por meio de uma campanha publici-tria, haveria reduo no nvel de investimen-to e, conseqentemente da renda e da poupana.

Keynes Para Keynes o que determina o investimento no a poupana, mas a expectativa de lucro do empresrio. Essas expectativas dependem de fatores que fogem ao controle da economia - a interven-o atravs de polticas econmicas. Por exemplo: Para ativar a economia o governo pode reduzir os impostos e/ou aumentar seus gastos, pois, au-menta a demanda. Para desativar a economia o governo pode agir de forma inversa; reduzindo seus gastos ou aumen-tado os impostos.

ROBBINS 1932 incorpora o termo ESCASSEZ O objeto central da economia contempornea o estudo da escassez, e os problemas dela decorrentes. As quantidades de recursos existentes so insuficien-tes para atender as necessidades humanas que so ilimitadas. Pode-se dizer que a economia a cincia da escassez. Necessidades so ilimitadas Se eu tenho uma casa depois quero um carro, depois um carro melhor, depois viajar. Recursos so limitados Satisfao das necessidades de bens e servios escassos