[unica - 62] unica/unica 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de...

6
Kili RESISTIR MONTANHISMO já cá cantas

Upload: others

Post on 06-Sep-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: [UNICA - 62] UNICA/UNICA 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de conseguir alcançar o cume desta montanha. Por isso, acabamos por

KiliRESISTIRMONTANHISMO

já cá cantas

Page 2: [UNICA - 62] UNICA/UNICA 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de conseguir alcançar o cume desta montanha. Por isso, acabamos por

As paisagens únicas, os desafiantes 5892 metros de altitude,o momento inesquecível de chegar ao topo de África, lá onde

os glaciares são rosa ao nascer do sol, fazem da subida aomítico Kilimanjaro uma aventura para a vida. Um gozo que só

se alcança com dor. REPORTAGEM DE TERESA GENS (TEXTO) SONIA VIRTUE E

ANDRÉ GUERREIRO (FOTOGRAFIAS)

Page 3: [UNICA - 62] UNICA/UNICA 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de conseguir alcançar o cume desta montanha. Por isso, acabamos por

Não vou parar de andarnas próximas 12 horas e,hoje, as minhas pernasjá aguentaram uma cami-nhada de 13 quilóme-tros. Não dormi, nem se-quer passei pelas brasas.Sem queixas, o corpo foi

tomado pela adrenalina e, agora, é ela quemmais ordena. Na barriga aquela sensaçãopré-teste, na incerteza do final. Não acho quevá ‘chumbar’ nesta prova, mas o meu corponunca foi testado a quase seis mil metros dealtura e é para lá que vou. É, pelo menos,para lá que quero ir. Calço as botas e as luvasda neve. Ponho a balaclava. Estou vestida pa-ra os 12 graus abaixo de zero lá de cima. Epensar que a ‘linha’ do Equador é já ali.

Nas tendas do lado, fechos a correr, botõesde mola a clicar, pilhas em busca de polos ir-mãos, baterias extra (guardadas para este mo-mento) colocadas nas máquinas fotográficas.Todos se preparam para sair. Lá fora, umanel abraça a Lua, cheia, majestosa. Brilha,quase tanto, como os relâmpagos que rasgamos céus da cidade de Moshi, 4725 metros abai-xo do meu acampamento, o de Barafu — pala-vra suaíli para gelo. Um vento frio gela-me aface. Por dentro estou em brasa.

O esguio Joseph, guia de 43 anos, típicotanzaniano na fusão árabe e africana, temum gorro de pele do exército russo, oferta deum turista vindo dessas paragens. Nunca ha-via conhecido portugueses nesta jornada.Pois bem, estreia-se agora. Espero não fazerruim figura. Ali vão, sobretudo, norte-ameri-canos e europeus, também eles do norte. Detempos a tempos, espanhóis, brasileiros eaustralianos. Recentemente, a moda pegouentre japoneses. Comigo estão dois holande-ses, Borg e Maarten, de Amesterdão, o meumarido, e um par de norte-americanos, Nel-son e Sonia, de NYC. Geografias à parte, a‘tuga’, que alpinista nunca foi, preparou-sena linda serra de Sintra e está ali ‘pràs cur-vas’ rumo à grande cratera de neve.

A ascensão final. Olho para o Joseph que fitao relógio de pulso. Marca a altitude a que seencontra, azar o dele porque, maçadoramen-te, lhe fomos perguntando ao longo dos últi-mos seis dias. Agora, não são os metros queinteressam, mas o ponteiro que marca as ho-ras. Às 23h30, e já acompanhado dos trêsguias auxiliares — Dólar, Jamal e Augusti —,Joseph, guia principal da expedição, anunciaque chegou a hora. Garrafas de água quente,para não congelarem, são distribuídas. Mo-chilas às costas e... coragem. Nas próximasseis horas faremos a ascensão final até UhuruPeak, a 5891,8 metros da mais alta montanha

de África, uma das sete grandes do planeta, amaior montanha isolada no mundo e a únicasobre a savana. A tal das neves eternas, o míti-co Kilimanjaro, que Hemingway imortalizoumas não consta que tenha subido, até porquecá em baixo é que estava a caça grossa.

Quando a caminhada começa, o coraçãotranquiliza-se, estou em boas mãos. “Estare-mos atentos ao vosso bem-estar, se alguémtiver algum sintoma preocupante (da doençada altitude, potencialmente mortal) terá quedescer, mas isso não vai acontecer”, disse, eminglês, Joseph, após o jantar de batatas estufa-das com tomate. “Life is better than Kili” (avida é melhor do que o Kili), lembra numafrase que, adivinha-se, já repetiu vezes semconta. O desejo de chegar lá a cima é tão gran-de que nem sempre é fácil que acatem a suaordem de desistir. As estatísticas do ParqueNatural dizem-nos que cerca de 20 mil pes-soas, anualmente, tentam subi-lo. A taxa desucesso ronda os 40%. Farei parte dessa felizpercentagem?

Um chichi pode ser inesquecível. A Lua é ami-ga e alumia quase tudo, tornando desnecessá-rias as lanternas, tipo mineiro, que levamos àcabeça. Todos transportam, pelo menos, trêslitros de água que o guia insiste temos que irbebendo. Tenho-a bebido nos últimos dias co-mo nunca na minha vida. Com este consumo jáse pode julgar sobre a frequência com que, aolongo do percurso — por floresta tropical eseus macacos colobos, tundra e deserto alpino—, temos precisão de um WC. Como a nature-za manda e as toilettes (cabanas de madeira)não abundam, vamos perdendo a vergonha eparando, aqui e ali, atrás das rochas. Uma pau-sa para chichi — com vista sobre as profundasescarpas, as charnecas povoadas por ground-sels gigantes (uma das espécies endémicas) ousobre as cascatas que banham ‘esculturas’ delava, algumas imensas como a Lava Tower —,garanto-vos, pode ser inesquecível!

Que fique claro: quem não se dá com es-tas ‘atividades’ campestres, quem se horrori-za com a ideia de ficar sete dias sem banho,quem franze o nariz a beber água diretamen-te dos riachos, esqueça o Kilimanjaro. Aquinão há lugar para os tiques supérfluos da civi-lização. Resta-nos baixar as máscaras, recor-rer à imaginação e, claro, aos toalhetes, ami-gos inseparáveis a colocar no lixo — carrega-do pelos porters. São eles, os carregadores,os 12 bravos do pelotão (dois por alpinista).Transportam, literalmente, tudo do acampa-mento por ali acima. Mal vestidos, mal calça-dos, mal pagos, sempre com um sorriso e um“jambo” (olá) quando nos ultrapassam — oque acontece, invariavelmente, para que en-contremos o acampamento montado e o chá

MONTANHISMO

DESLUMBRANTE SUBIRAO KILIMANJARO NÃO ÉPARA TODOS. É UMASEMANA CAMINHANDOCERCA DE 15 KM POR DIA,DIFICULTADOS PELAALTITUDE. NO PERCURSOA PAISAGEM MUDA RADI-CALMENTE: PASSA-SEPOR FLORESTA TROPI-CAL (EM BAIXO), TUNDRAE DESERTO ALPINO (AOLADO), ATÉ CHEGAR ÀSNEVES ETERNAS NOCUME DA MONTANHA

64 REVISTA ÚNICA · 17/09/2011

Page 4: [UNICA - 62] UNICA/UNICA 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de conseguir alcançar o cume desta montanha. Por isso, acabamos por

pronto quando chegamos.Sem dramas, todos se adaptam à falta de

duche, até porque vamos sendo refrescadospela chuva ao longo do percurso — a estaçãodas chuvas já começou. Pela manhã, a higienebásica é possível ‘chapinhando’ nos alguida-res com água morna colocados à porta da ten-da. Porta a manter fechada porque uns peque-nos ratos (lindos!) acompanharão os acampa-mentos na esperança de alimento fácil, tal co-mo os enormes corvos pretos com seus voosrasantes. Ambos passam a ser uma compa-nhia. Só à noite, quando o topo do Kilimanja-ro brilha, branquinho, lá em cima, suspensono céu escuro, refugiam-se nas rochas.

Sempre “slowly, slowly”. O nosso trajeto cor-responde a qualquer coisa como 100 quilóme-tros, a subir, sempre “slowly, slowly”, comorepetem os guias, para facilitar a habituaçãodo corpo à altitude. Há mais cinco trilhos pos-

síveis: Marangu, Rongai, Lemosho, Shira eUmbwe, mas o nosso é, de longe, o mais céni-co, embora íngreme, até ao alto da monta-nha. Andamos cerca de 15 quilómetros pordia, subindo mas também descendo, o quepermite que a adaptação do corpo seja gra-dual e mais eficaz. Estamos bem equipados e,embora a escalada não seja tecnicamente difí-cil, a distância, a altitude, a baixa temperatu-ra, o vento e a chuva tornam-na exigente.

Preocupa-nos, sobretudo, a doença da alti-tude, o Kilimanjaro está bem acima dos trêsmil metros em que o edema pulmonar ou ce-rebral pode ocorrer. Todos, uns mais do queoutros, sofreram de dores de cabeça e en-joos. Não por causa da comida. O nosso cozi-nheiro é fantástico. Só me pergunto comoconsegue, em tais condições, preparar aque-las iguarias, à base de arroz e batata, commolhos condimentados por cravinho, caril,colorau e outras especiarias. Cozinha numa

Cerca de 20 mil pes-soas por ano tentamsubir o Kilimanjaro. Ataxa de sucesso rondaos 40%. Farei parteda feliz percentagem?

«

65

Page 5: [UNICA - 62] UNICA/UNICA 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de conseguir alcançar o cume desta montanha. Por isso, acabamos por

pequena tenda vermelha, em dois ou três ta-chos. Também temos empregado de mesaque nos serve na tenda de refeições.

Joseph nunca come connosco, faz o brie-fing do dia seguinte quando, no final da refei-ção, bebemos chá tanzaniano. Descansou-nosdesde cedo: “o enjoo e as dores de cabeça mo-deradas são normais”. Está sempre alerta, asua reputação como guia será proporcionalao número de expedições de sucesso que lide-rar. Como tem mulher (só uma, garante, oque não é comum por aquelas bandas) e trêsfilhos para sustentar, não pode perder o em-prego e, também por isso, é ultracuidadoso.Já o faz há 13 anos e foge da conversa dasmortes como o diabo da cruz. Ouve-se quetodos os anos morrem 10 a 12 pessoas no Kili-manjaro. Joseph só toca no assunto non gratono último briefing: “nem pensar em tomarcomprimidos para dormir” — é desejável quese durma entre o final do jantar e as 23 horas,dada a exigência da ascensão final, logo segui-da da descida. A razão do alerta foi uma japo-nesa que sucumbiu na subida. Joseph, fervo-roso católico, jura sobre a bíblia que a nipóni-ca misturou diamox (medicamento usado naprevenção de sintomas de doenças da monta-nha) com sonoríferos.

Ao longo da caminhada questionei-o sobreos meios de socorro. Sabia que não levavamgarrafa de oxigénio e tinha lido que, no anopassado, a ex-tenista Martina Navratilova, so-freu de edema pulmonar e foi transportadaem braços e depois de maca por ali abaixo.Para casos graves há um helicóptero (explora-do por um privado) e um heliporto em todosos acampamentos. A comunicação é fácil, poishá cobertura de rede em todo o monte. Mas omelhor é não vir a precisar de nada disto.

A falta de oxigénio é um filme. Estou a subirhá mais de duas horas e, com menos oxigé-nio disponível, o Augusti, guia auxiliar, ti-rou-me a mochila das costas e pô-la nas deleporque notou o meu cansaço. Na fase final, amochila leva o mesmo que no início da jorna-da — água, máquina fotográfica, barra de ce-reais ou chocolates, lenços de papel, toalhi-tas —, mas pesa toneladas. Os guias tornamtudo possível. Sonia há muito que não leva adela. Sobe com bastões de caminhada e vomi-tou, algumas vezes, sem perder o ânimo. Onamorado pede-lhe desculpa, por a ter ‘arras-tado’ até ali: “Honey, I’m so sorry!” Ela sosse-ga-o: “Oh, honey, I wanted to come.” Comonos filmes...

Quando, finalmente, os nossos pés tocamas neves eternas, alguns homens da expedição,já amarelitos, também passam a carga aosguias. A coisa está a apertar. O ar é rarefeito etorna-se cada vez mais difícil respirar. Foi sem-

pre um prazer caminhar até aqui, só faltou veros dragões alados que, diz a lenda, viviam nes-te monte por cima das nuvens, na margemoriental do Vale do Rift, onde abunda a vegeta-ção rara e o solo ‘lunar’, digno de filme de fic-ção científica. Mas, agora, é puro sacrifício!

A subida final é duríssima e não consigoextrair qualquer prazer disto. Há quem quei-ra, simplesmente, parar. Eu também quero,mas se parar, deixo-me dormir em poucos se-gundos. Joseph opõe-se, crispado, a que pare-mos os 10 minutos que reivindicamos por es-tarmos exaustos. Nos dias anteriores, nemsempre houve consensos (somos globais o ta-nas, as diferenças culturais notam-se), mas es-ta noite partilhamos o mesmo, o único, oenorme desejo de conseguir alcançar o cumedesta montanha. Por isso, acabamos por se-guir Joseph como um líder espiritual. A par-tir de Stela Point, a 5745 metros, arrasta-mo-nos. Para muitos aquele é o ponto final.Não para nós. Os guias conhecem bem o nos-so estado de espírito e já viram estes corposcansados outras vezes. Profissionais, moti-vam, garantem-nos que têm fé em nós, quefalta tão pouco que não há como desistir ago-ra. Ah, pois, quase lá, 30 minutos ainda nosseparam de Uhuru (liberdade em suaíli). Fe-lizmente, já nem consigo pensar, limito-me aseguir. Ao longo destes intermináveis minu-tos cantam para nós a cantiga que já conhece-mos mas que, agora, somos incapazes deacompanhar: “jambo, jambo bwana, habarigani, mzuri sana, wageni wakaribishwa, Kili-manjaro hakuna matata”.

Um percurso feito de trocas. Estamos juntoshá sete dias e, com estes homens altos, ma-gros, infatigáveis, formamos uma equipa. Ensi-nam-nos suaíli, falamos dos costumes, das fa-mílias, da gastronomia dos nossos países, so-bretudo quando paramos para comer da nos-sa lancheira, composta por frango, pastéis devegetais, bananas pequeninas e pacotes de su-mo. Ouvimos música local através do rádio, aenergia solar. Criei muita empatia com o Jo-seph, mas não morro de amores pelo Jamal,que anda mesmo a fazer-se à ‘gorja’ dos ameri-canos. É certo que todos esperam a ‘tip’, con-tam com ela para viver. Mas, em Joseph alémde uma cabeça que faz contas, adivinha-seuma alma grande e sã. Responde, carinhosa-mente, a todas as minhas perguntas e não sa-be que sou jornalista. É ambicioso, quer, umdia, ter carro e pôr os filhos num colégio priva-do. Sendo pobre, diz, a educação é o legadoque lhes pode deixar. Pergunta se tenho car-ro, como é a minha casa e onde estudam osmeus filhos. Minto-lhe, não quero ter aos 36tudo o que ele ambiciona aos 43 e, dificilmen-te, virá a ter um dia. Lamenta que o governo

cobre taxas diárias pela permanência no Kili,o que diminui os dias de subida, e de aclimata-ção, potenciando o insucesso das expedições.Precisamente o que tentou evitar na nossa. Ca-minhamos há seis dias com o fito de chegar aocume, foi isso que me trouxe à Tanzânia.Quando bebemos o último chá, antes de dei-xar o acampamento, um dos holandeses lan-çou para a mesa: “Se não conseguir, chegaraqui já foi imenso.” “Bullshit”, alguém contes-tou. Concordei, em pensamento. E agora queo sol está a nascer e ilumina o gigantesco gla-

A subida final é duríssi-ma. Os minutos até aocume parecem intermi-náveis. Felizmente,já não consigo pensar,limito-me a seguir

MONTANHISMO

«

66 REVISTA ÚNICA · 17/09/2011

Page 6: [UNICA - 62] UNICA/UNICA 2029 - 17-09-11teresagens.pt/wp-content/uploads/kili.pdfenorme desejo de conseguir alcançar o cume desta montanha. Por isso, acabamos por

Vale a pena saber

ciar cor de rosa, na cratera do vulcão Kibo,todos sabemos, exatamente, porque viemosaté aqui. Já não somos os de há bocado, o incrí-vel poder das tabuletas escritas a amarelo, aanunciar que é ali, ali mesmo, e os gritos tea-trais do guia: “Congratulations, you are at thesummit”, operaram no grupo a metamorfose.Voltámos a estar vivos num, todo-poderoso,cenário de cores e formas. À frente, o extintoMawenzi parece de novo em erupção com osraios de sol, como lava, a jorrar da cratera.Rosas, laranjas, lilases, anilados sobrepõem-se

neste céu, até hoje, inimaginável. Lá em bai-xo, um chão de nuvens brancas resplandecen-tes de tanta luz. Na neve, os palmilhados tri-lhos negros, de pedra vulcânica, desenham orasto dos venturosos. Um gozo que se alcançacom dor. Sensação que tento explicar quando,de regresso a casa, uma amiga pergunta: “Eachas que isso são férias?” Talvez não, não de-certo, as típicas férias de sonho. Mas há lá re-sort, no mundo, que possa dar-me aquilo queo Kili me deu: uma aventura prà vida. n

[email protected]

Preço da expedição: 1.470 dólares(1.032 euros), na Kessy Brothers, 7 diase 6 noites.Visto: obtido à chegada ao aeroportopor 50 dólaresVacinação/Profilaxia: da malária, vaci-na da febre amarela obrigatóriaGorjetas: ‘obrigatórias’ a todo o staff,nunca abaixo dos 80 dólares para oguia principalLíngua: inglês e suaíliMoeda: xelim da Tanzânia ou dólaresamericanosEquipamento: tendas e sacos-cama(para temperaturas negativas) são forne-cidos pela Kessy Brothers. Botas detrekking de qualidade (essenciais), lu-vas, calças e blusões quentes e imper-meáveis, balaclava (gorro), roupa inte-rior térmica, bastões para caminhar(facultativo).

CONFORTO (POSSÍVEL)EM CIMA, A EQUIPA QUEFEZ PARTE DA EXPEDI-ÇÃO COM OS TRANSPOR-TADORES QUE LEVAMTODO O EQUIPAMENTOPARA OS ACAMPAMEN-TOS. AO LADO, TERESADESCANSA JUNTO ÀSTENDAS. DURANTE SETEDIAS NÃO HÁ BANHOSNEM ESQUISITICES

67